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Economia ·

Economia Brasileira Contemporânea

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E NK Yr al ee At A ALIN See be oe Ae RS A PO eee 4 AY a a Sa ae eS wii fi A eS Francisco MOCHON Wife ae 7 a a HATES MCAT mE eT CARLOS ROBERTO MARTINS PASSOS ECONOMIA TEORIA E POLÍTICA 421 1831 Taxas de câmbio fl exíveis ou fl utuantes Em um sistema de taxas de câmbio fl exíveis ou livre mente fl utuantes a taxa de câmbio depende exclusiva mente do jogo de oferta e da demanda de divisas Como demonstramos na Seção 182 quando a taxa de câmbio não é compatível com o desejo dos demandantes e dos ofertantes de divisas de euros no caso que estamos con siderando a aparição de um excesso de oferta que pres siona a taxa de câmbio para baixo depreciação do euro ou de um excesso de demanda que força a taxa de câm bio para cima apreciação do euro fará que a taxa de câmbio alcance o equilíbrio livremente e sem nenhum tipo de intervenção por parte do Banco Central A taxa de câmbio que o mercado estabelece é a que garante o equi líbrio entre a oferta e a demanda de euros Os movimentos ou alterações da taxa de câmbio são causados por desloca mentos das curvas de oferta e de demanda de euros As taxas de câmbio flexíveis e a política monetária Conforme vimos no Capítulo 16 quando a oferta mone tária aumenta a taxa de juros se reduz o que faz aumentar o investimento privado a demanda agregada e a produção Vamos incluir nesse cenário as taxas de câmbio e os movi mentos internacionais de capital A diminuição da taxa de juros interna originada pelo aumento da oferta monetária reduz o diferencial entre a taxa de juros interna e a taxa de juros externa de forma que as saídas de capital aumentem e as entradas diminuam Como conseqüência a oferta de moeda nacional oferta de euros aumentará deslocamento para a direita da curva de oferta de euros e diminuirá a de manda de euros deslocamento para a esquerda da curva de demanda de euros E como resultado desses deslocamen tos a taxa de câmbio diminuirá o euro depreciará o que estimulará as exportações X e reduzirá as importações M ou seja as exportações líquidas XL aumentarão ge rando um efeito expansivo sobre a demanda agregada Esse efeito se somará ao efeito provocado sobre o investimento de modo que o aumento da produção no curto prazo será superior ao considerado em uma economia fechada isto é sem setor externo Em uma economia aberta em razão da taxa de câmbio e das movimentações de capitais a política monetária no curto prazo tem um efeito de aumento sobre a produção agregada por sua incidência sobre as exportações líquidas As taxas de câmbio fl exíveis ou fl utuantes e o balanço de pagamentos Em um sistema de câmbio fl exível as variações das taxas de câmbio promovem os ajustes internacionais As auto 422 CAPÍTULO 18 O MERCADO DE DIVISAS E A UNIÃO MONETÁRIA EUROPÉIA ridades econômicas não precisam planejar suas políticas internas em função do impacto em seus intercâmbios internacionais Assim nessa classe de sistemas as movimentações do balanço de pagamentos de um país originam as mudanças na oferta e na demanda de divisas As exportações tendem a aumentar a oferta de divi sas a demanda de euros As importações provocam aumento na demanda de divisas a oferta de euros Os desequilíbrios no balanço de pagamentos podem provocar variações na oferta e procura de divisas e em conseqüência podem modifi car as taxas de câmbio Esses ajustes entretanto ocorrem sem intervenção das autori dades monetárias Essas alterações na taxa de câmbio de uma moeda afetam as importações e exportações forçan do o equilíbrio no balanço de pagamentos Um sistema de taxa de câmbio totalmente fl exível ajusta o balanço de pagamentos automaticamente igualando a oferta e a demanda de divisas tornando desnecessária a intervenção do banco central para restabelecer o equilíbrio externo Limitações do sistema de taxas de câmbio fl exíveis ou fl utuantes Na prática o mecanismo que descrevemos pode não fun cionar exatamente da maneira explicada Isso porque po dem surgir problemas com a sensibilidade das variações da taxa de câmbio nas exportações e importações Em outras palavras se o balanço de pagamentos dos países da UME incorre em défi cit e se o euro depreciar pode ocorrer que as exportações não aumentem o sufi ciente e que as importações somente se reduzam moderadamente Nesse caso porém a quantidade de euros a ser paga será maior Uma difi culdade adicional pode aparecer quando por exemplo uma depreciação do euro aumentar o preço das importações o que além de incidir sobre o custo de vida poderá elevar os custos de produção de muitas empresas e infl uir negativamente sobre os preços das exportações A atuação dos especuladores também pode difi cultar o fun cionamento dos mercados de di visas Outro inconveniente do sistema de taxas de câmbio fl exíveis é que gera uma grande incerteza nas relações in ternacionais Suponhamos por exemplo que um empre sário espanhol importe materiais dos Estados Unidos para produzir computadores Se for estabelecido um prazo de seis meses para o pagamento a ser efetuado em dólares o empresário europeu não poderá determinar de modo preciso seus custos de produção pois dependerá de qual seja a taxa de câmbio no fi nal do referido período Essa incerteza pode ser combatida com a adoção de algumas formas de seguro sobre a taxa de câmbio Flutuação suja a intervenção nos mercados de divisas Um sistema de fl utuação suja é aquele que funciona es sencialmente como um sistema de taxas de câmbio fl exí veis Nesse tipo de sistema entretanto os bancos centrais de diversos países realizam no curto prazo intervenções para alterar as taxas de câmbio em determinada direção Essa intervenção consiste na compra ou venda de sua pró pria moeda conforme se deseje frear uma depreciação ou seja frear a diminuição de seu preço com relação às outras moedas ou se deseje frear uma apreciação ou seja um aumento de seu preço em relação a outras moedas A fl utuação suja ocorre quando sob um sistema de taxas de câmbio essencialmente fl exíveis os bancos centrais intervêm visando alterálas em determinada direção A intervenção nos mercados de divisas só pode ser rea lizada pelos bancos centrais Tem por objetivo modifi car as taxas de câmbio suavizando suas fl utuações e para isso os bancos centrais compram ou vendem a moeda do próprio país conforme desejem frear sua depreciação ou sua apreciação Além dessas intervenções de compra e venda de divi sas os bancos centrais intervêm na evolução das taxas de câmbio por meio da política monetária alterando as taxas de juros Por exemplo um aumento da taxa de juros por parte do Banco Central tenderá a provocar uma apreciação do euro Com a elevação das taxas de juros os poupadores estrangeiros preferirão colocar suas economias em dívida européia que proporciona maior remuneração Oferecerão então seus dólares no mercado de divisas Isso provocará um deslocamento para a direita da curva de demanda de euros e um aumento na taxa de câmbio dólareuro Figura 184 apreciando o euro em relação ao dólar fazendo que os produtos europeus fi quem menos competitivos Os bancos centrais intervêm no mercado de divisas comprando ou vendendo divisas e manipulando a política monetária por meio de alterações nas taxas de juros ECONOMIA TEORIA E POLÍTICA 423 Na realidade um aumento na taxa de juros da zona do euro não apenas provocará um deslocamento para a direi ta da curva de demanda de euros Conforme mostrado na Figura 184 o aumento da taxa de juros interna também reduzirá as saídas de capital originando um deslocamen to da curva de oferta de euros para a esquerda O efeito desse deslocamento duplo pode ser visualizado na Figura 184 e concretizase em uma apreciação do euro No caso inverso uma diminuição da taxa de juros pelo BCE tenderá a depreciar o euro em relação ao dólar fazen do que os produtos europeus fi quem mais competitivos 1832 Taxas de câmbio fi xas Em um sistema de taxas de câmbio fi xas o Banco Central fi xa determinado valor para sua moeda em relação à outra ou em relação a uma cesta de moedas O Banco Central intervém no mercado de divisas com o objetivo de man ter a taxa de câmbio no nível fi xado comprando ou ven dendo divisas Sob um sistema de taxas de câmbio fi xas o Banco Central determina de forma rígida a taxa de câmbio que se denomina taxa de câmbio ofi cial Ela é mantida em um nível fi xo à margem do jogo de oferta e de demanda de divisas Em um sistema de taxas de câmbio fi xas o valor da moeda é fi xado pelo Banco Central sem levar em consideração a oferta e a demanda de divisas Quando o mercado tende a situar a taxa de câmbio em valor diferente da taxa de câmbio ofi cial o Banco Central intervém comprando ou vendendo euros Suponhamos que a oferta e demanda de euros tenda a situar a taxa de câmbio em um valor inferior deprecia ção em relação à taxa de câmbio ofi cial e que o Banco Central intervenha comprando euros Figura 186 Essa compra de euros por parte do Banco Central que com sua atuação unese aos demandantes privados de euros provoca um deslocamento para a direita da curva de de manda de euros fazendo que a taxa de câmbio fi xada pe las curvas de oferta e de procura de divisas coincida com a taxa de câmbio ofi cial ou de intervenção Com esse tipo de intervenção evitase a depreciação da taxa de câmbio e ela é mantida artifi cialmente apreciada em decorrência da compra de euros por parte do Banco Central Esse tipo de intervenção já foi utilizado com freqüên cia em determinados países latinoamericanos e a lógica nos diz que se mantida durante um longo período ela se torna inviável Isso ocorreu com o peso argentino que estava fi xado ou atrelado ao dólar a uma taxa artifi cialmente apreciada Em dezembro de 2001 em função da crise gerada pelo sistema de taxas fi xas de câmbio o governo argentino suspendeu a conversibilidade do peso de 1 por 1 Devese levar em conta que a compra de pesos A partir de uma situação de equilíbrio inicial E0 com uma taxa de câmbio dólareuro de 12 um aumento da taxa de juros inter na iin aumenta também o diferencial da taxa de juros iin iex que por sua vez 1 aumenta as entradas de capital deslocando a curva de demanda de euros para a direita e 2 reduz as saídas de capital deslocando a curva de oferta de euros para a esquerda O novo equilíbrio ocorrerá em E1 Nesse novo equilíbrio a taxa de câmbio é mais elevada porque o euro apreciou Δ in O Euros E1 12 13 D0 D1 E0 O0 O1 Taxa de câmbio dólareuro i Figura 184 Efeitos de um aumento na taxa de juros na zona do euro O Banco Central estabelece uma taxa de câmbio fi xa que é a taxa de câmbio ofi cial e intervém se as forças do mercado tenderem a situar a taxa de câmbio de equilíbrio em um valor diferente O Euros Taxa de câmbio O D t c 0 Figura 185 Taxa de câmbio fixa 424 CAPÍTULO 18 O MERCADO DE DIVISAS E A UNIÃO MONETÁRIA EUROPÉIA por parte do Banco Central argentino era realizada por meio da entrega de divisas dólares de modo que chegou um momento em que ele fi cou sem reserva de divisas Outra possibilidade é que o livre jogo de oferta e deman da de euros tenda a situar a taxa de câmbio em um valor superior apreciado à taxa de câmbio ofi cial e que o Banco Central intervenha vendendo euros Figura 187 A ven da de euros por parte do Banco Central quando realizada em conjunto com os ofertantes privados de euros provoca um deslocamento da curva de oferta de euros para a direita fazendo que a taxa de câmbio determinada pelas curvas de oferta e da demanda de euros deprecie até coincidir com a taxa de câmbio ofi cial ou de intervenção Dessa forma me diante a venda de euros evitase a apreciação da moeda Essa estratégia de manter a moeda artifi cialmente depre ciada para fomentar as exportações tem sido muito utilizada pelos países asiáticos Na atualidade é provável que a China seja o exemplo mais representativo dessa estratégia Esses tipos de intervenções do Banco Central no mer cado de câmbio possuem um caráter transitório uma vez que não se pode vender ou comprar euros de forma inde fi nida Quando se está diante de um desequilíbrio perma nente o Banco Central pode optar por modifi car a taxa de câmbio ofi cial As taxas de câmbio fi xas e os especuladores Juntamente com as motivações para comprar e vender eu ros em troca de dólares fato que estivemos considerando nos parágrafos anteriores devemos adicionar a atuação daquelas pessoas que acreditam que podem obter lucro comprando vendendo uma moeda antes que ela aprecie deprecie para depois vendêla comprála por um pre ço mais caro mais barato Esses são os especuladores Seus movimentos especulativos no longo prazo tendem a compensarse e seu efeito se dilui ao longo do tempo mas no curto prazo podem provocar bruscas fl utuações nas taxas de câmbio O efeito de seus movimentos pode ser especialmente sentido quando todos os especuladores an tecipam certa tendência ou seja pensam que vai ocorrer determinado acontecimento que terá efeito sobre a cota ção de uma moeda Os sistemas de taxas de câmbio fi xas são justifi cados com base na conveniência de se manter certa estabilidade nos mercados de divisas Argumentase que as taxas de câmbio fi xas são uma alternativa para evi tar as oscilações bruscas das taxas de câmbio derivadas dos movimentos especulativos que ocorrem nos merca dos livres No entanto os especuladores podem forçar as autoridades de um país a abandonar um sistema de taxas de câmbio fi xas como ocorreu no Reino Unido que teve de deixar o Sistema Monetário Europeu SME diante da pressão especulativa realizada sobre a libra esterlina As taxas de câmbio fi xas limitam as oscilações bruscas e excessivas das taxas de câmbio mas podem sucumbir diante da pressão dos especuladores Se a oferta e a demanda de euros determinam uma taxa de câm bio inferior à taxa ofi cial tc1 o Banco Central para manter a taxa de câmbio artifi cialmente apreciada intervém comprando euros Grafi camente isso supõe um deslocamento da curva de demanda de euros para a direita até alcançar a taxa ofi cial t c0 O Euros E 1 t c 0 D 1 E DO E t c 1 E O BCE compra euros O E Taxa de câmbio Figura 186 Intervenção do Banco Central por meio da compra de euros Se a oferta e a demanda de euros determinam uma taxa de câm bio superior tc1 à taxa ofi cial o Banco Central vende euros fazendo que o equilíbrio seja deslocado de E para E1 e a taxa de câmbio deprecie igualandose à taxa ofi cial t c0 O Euros Taxa de câmbio E 1 t c 0 t c 1 E D E O BCE vende euros O 1 E O 0 E Figura 187 Intervenção do Banco Central por meio da venda de euros ECONOMIA TEORIA E POLÍTICA 425 As taxas de câmbio fi xas e a política monetária Quando se pensa nos inconvenientes das taxas de câmbio fi xas o principal deles deriva dos efeitos monetários não desejados resultantes da intervenção dos bancos centrais nos mercados de divisas Se por exemplo o Banco Central intervém com prando euros para evitar a depreciação da moeda está vendendo divisas e portanto reduzindo seus ativos ver Quadro 161 Assim se o Banco Central compra euros que são pagos com divisas está drenando liquidez do sistema tal como mencionamos no Capítulo 16 mediante uma diminuição da base monetária e conseqüentemente da oferta monetária No entanto quando o Banco Central intervém vendendo euros para evitar a apreciação da mo eda simultaneamente está comprando divisas o que gera um efeito expansivo sobre a base e a oferta monetárias Por isso podemos afi rmar que as taxas de câmbio fi xas e as contínuas intervenções do Banco Central fazem que ele perca o controle sobre a política monetária As intervenções que o Banco Central deve realizar comprando ou vendendo euros para manter a taxa de câmbio ofi cial têm efeitos não desejados sobre a base monetária e conseqüentemente sobre a oferta monetária De certo modo a origem do problema provém do fato de que quando as taxas de câmbio são fi xas o Banco Central se compromete a manter a taxa de câmbio em determinado nível e esse objetivo condiciona sua atuação Portanto as autoridades monetárias não podem utilizar a política monetária para outros fi ns Assim se por exem plo a economia entrasse em uma recessão e o Banco Central aumentasse a oferta monetária diminuiria a taxa de juros no país e o diferencial das taxas de juros entre as taxas internas e estrangeiras seria reduzido A conseqüên cia seria o aumento das saídas de fundos para o estrangei ro e diminuição das entradas Isso faria a oferta de moeda nacional aumentar com um deslocamento para a direita e diminuiria a demanda de euros deslocamento para a esquerda de forma que a taxa de câmbio tenderia a dimi nuir depreciar Mediante essa situação o Banco Central que tem o compromisso de manter a taxa de câmbio fi xa teria de comprar euros em troca de divisas o que origi naria uma redução dos ativos do Banco Central e uma redução da base monetária e portanto uma diminuição da oferta monetária Essa diminuição da oferta monetária cancelaria o incremento inicial o que evidenciaria a im possibilidade de o Banco Central recorrer a uma política monetária expansionista para responder a uma queda de atividade quando o próprio Banco Central já se compro meteu em manter um sistema de taxas de câmbio fi xas Em um sistema de taxas de câmbio fi xas e livre movimentação de capitais o Banco Central não pode realizar uma política monetária autônoma com outro objetivo que não seja a manutenção da taxa de câmbio Devemos ainda destacar que as intervenções do Banco Central para manter a taxa de câmbio no nível da taxa ofi cial além de incidirem sobre a oferta monetária con tribuem para o desequilíbrio do balanço de pagamentos via alteração do item Variação de reservas ver Seção 176 A desvalorização e a valorização da taxa de câmbio Mesmo que o sistema de taxas de câmbio fi xas deva sua denominação ao fato de o Banco Central fi xar a taxa de câmbio ofi cial e intervir contra as forças do mercado para que ela não seja alterada a realidade é que em muitas circunstâncias inclusive nos sistemas de câmbio fi xo as autoridades monetárias se vêem forçadas a alterar as ta xas de câmbio Em economia utilizamse termos específi cos para dis tinguir as mudanças realizadas pela autoridade monetária nas taxas de um sistema de taxas fi xas ou ofi ciais das variações quase permanentes que ocorrem com as taxas de câmbio fl exíveis Assim quando o Banco Central pro move uma redução na taxa de câmbio em um sistema de taxas fi xas dizemos que ocorre uma desvalorização em vez de depreciação e para nos referirmos a um aumento na taxa de câmbio utilizamos o termo valorização em vez de apreciação Quando existe um desequilíbrio entre a taxa de câmbio que refl ete a tendência de mercado e a taxa de câmbio ofi cial e ele é permanente as autoridades monetárias podem elevar a taxa de câmbio ofi cial va lorização ou rebaixála desvalorização Efeitos de uma desvalorização Uma desvalorização ou seja uma alteração para baixo da taxa de câmbio ofi cial faz que os produtos nacionais fi quem mais baratos para os importadores estrangeiros o que provoca um aumento das exportações nacionais Paralelamente os produtos estrangeiros fi carão mais ca ros para os importadores nacionais e as importações di minuirão Portanto em termos reais o componente X M da demanda agregada tenderá a aumentar acarretando um aumento da demanda agregada No curto prazo aumen 426 CAPÍTULO 18 O MERCADO DE DIVISAS E A UNIÃO MONETÁRIA EUROPÉIA tará a renda real de equilíbrio assim como a taxa de juros de equilíbrio o que provocará uma entrada de capital es trangeiro Essa entrada de divisas gerará um aumento da variação líquida de reservas que por sua vez aumen tará o item ouro e divisas do balanço do banco central Isso determinará um aumento da base monetária e conse qüentemente da oferta monetária Em um sistema de taxas de câmbio fi xas uma desvalorização é uma redução da taxa de câmbio e uma valorização corresponde a uma elevação da taxa de câmbio Efeitos de uma valorização Quando o Banco Central aumenta a taxa de câmbio ofi cial as exportações tendem a diminuir e as importações a aumentar em termos reais Isso provoca uma redução de X M e por decorrência uma redução da demanda agregada No curto prazo a produção de equilíbrio se re duz diminuindo também a procura de dinheiro para tran sações o que fará baixar a taxa de juros Isso acarretará uma saída de capitais Essa saída de capitais diminuirá o valor do item variação líquida de reservas do balanço de pagamentos repercutindo de forma imediata no balan ço do banco central e fazendo que a base monetária e a oferta monetária diminuam 1833 Taxas de câmbio semifi xas ou mistas Os sistemas de taxas de câmbio semifi xas podem ser considerados como um caso intermediário entre os siste mas de fl utuação e de taxas fi xas São sistemas nos quais se permite certo grau de fl exibilidade para a taxa de câm bio mas dentro de alguns limites determinados São os denominados crawlingpeg45 ou regime cooperativo O regime cooperativo consiste na fi xação de uma parida de central para a taxa de câmbio que se mantém fi xa no tempo6 No entanto nesses casos permitese certa varia bilidade da taxa de câmbio que seja determinada pelas denominadas bandas de fl utuação Essas bandas de fl u tuação indicam a depreciação ou apreciação máxima que uma moeda pode ter em relação à sua paridade central Esse sistema foi seguido pela maioria dos países da União Européia Nesses regimes cambiais os bancos centrais são obrigados a intervir para evitar uma fl utuação exces siva da taxa de câmbio com relação à paridade central ou taxa de câmbio ofi cial Entretanto por existir certo grau de fl exibilidade os bancos centrais não são obrigados a intervir constantemente para manter a taxa de câmbio na referida paridade central O sistema de taxas de câmbio semifi xas não procura evitar a fl utuação da moeda mas sim limitar suas osci lações Suponhamos que o Banco Central estabeleça uma taxa de câmbio ofi cial tc uma banda de fl utuação deli mitada por uma taxa de câmbio máxima tcs e uma taxa de câmbio mínima tci Figura 188 O Banco Central só intervirá quando a taxa de câmbio se situar acima da taxa de câmbio máxima ou abaixo da taxa de câmbio mínima Quando a taxa de câmbio se mantém dentro dos limi tes da banda o funcionamento ocorre como no caso das taxas de câmbio fl exíveis e é guiado pelos movimentos de oferta e demanda de euros A autoridade monetária somente intervém quando as forças do mercado tendem a situar a taxa de câmbio fora dos limites prefi xados e atua como no regime de taxas de câmbio fi xas venden do euros comprando dólares para evitar a apreciação e comprando euros vendendo dólares para evitar a depre ciação fazendo que a taxa de câmbio se mantenha dentro dos limites de fl utuação 4 NRT A expressão crawlingpeg é empregada para denominar um re gime de reajuste periódico das taxas de câmbio No Brasil entretanto essa expressão foi traduzida por regime de minidesvalorizações 5 Muitos países da América Latina mantiveram os sistemas de crawling peg ou seja um sistema de taxas de câmbio semifi xas mas com fre qüentes desvalorizações Nesse sistema fi xase determinada taxa de câm bio que é ajustada com freqüência em função de alguns indicadores 6 Esse sistema cambial tem sua origem na Conferência de Bretton Woods Estados Unidos 1948 e seu funcionamento é muito parecido com o sistema do Fundo Monetário Internacional FMI Ele pretendia esta bilizar as taxas de câmbio mas sem sofrer os inconvenientes do pa drãoouro que consiste na falta de liquidez internacional derivada da disponibilidade insufi ciente de ouro em determinados momentos O Banco Central estabelece uma taxa de câmbio ofi cial tc0 e uma banda de fl utuação com um limite superior tcs e um limite inferior tci e somente intervém quando as forças do mercado tendem a situar a taxa de câmbio de equilíbrio fora da banda de fl utuação tc s tc 0 tc i O Euros tc O D Taxa de câmbio dólareuro Figura 188 Taxas de câmbio semifixas Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem Na Biblioteca Virtual da Instituição você encontra a obra na íntegra