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Texto de pré-visualização

Curso de Graduação a Distância Infância Cultura e Mídia 02 créditos 40 horas Autor Tânia Maria Filiú de Souza Universidade Católica Dom Bosco Virtual wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 2 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Missão Salesiana de Mato Grosso Universidade Católica Dom Bosco Instituição Salesiana de Educação Superior Chanceler Pe Ricardo Carlos Reitor Pe José Marinoni PróReitora de Graduação e Extensão Profª Rubia Renata Marques Diretor da UCDB Virtual Prof Jeferson Pistori Coordenadora Pedagógica Profª Blanca Martín Salvago Direitos desta edição reservados à Editora UCDB Diretoria de Educação a Distância 67 33123335 wwwvirtualucdbbr UCDB Universidade Católica Dom Bosco Av Tamandaré 6000 Jardim Seminário Fone 67 33123800 Fax 67 33123302 CEP 79117900 Campo Grande MS Souza Tânia Maria Filiú Infância Cultura e Mídia Tânia Maria Filiú Souza Campo Grande UCDB 2018 63 p Palavraschave 1 Infância 2 Cultura 3 Mídia 0221 3 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 APRESENTAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO Este material foi elaborado pelo professor conteudista sob a orientação da equipe multidisciplinar da UCDB Virtual com o objetivo de lhe fornecer um subsídio didático que norteie os conteúdos trabalhados nesta disciplina e que compõe o Projeto Pedagógico do seu curso Elementos que integram o material Critérios de avaliação são as informações referentes aos critérios adotados para a avaliação formativa e somativa e composição da média da disciplina Quadro de Controle de Atividades tratase de um quadro para você organizar a realização e envio das atividades virtuais Você pode fazer seu ritmo de estudo sem ul trapassar o prazo máximo indicado pelo professor Conteúdo Desenvolvido é o conteúdo da disciplina com a explanação do pro fessor sobre os diferentes temas objeto de estudo Indicações de Leituras de Aprofundamento são sugestões para que você possa aprofundar no conteúdo A maioria das leituras sugeridas são links da Internet para facilitar seu acesso aos materiais Atividades Virtuais atividades propostas que marcarão um ritmo no seu estudo As datas de envio encontramse no calendário do Ambiente Virtual de Aprendizagem Como tirar o máximo de proveito Este material didático é mais um subsídio para seus estudos Consulte outros conteúdos e interaja com os outros participantes Portanto não se esqueça de Interagir com frequência com os colegas e com o professor usando as ferramentas de comunicação e informação do Ambiente Virtual de Aprendizagem AVA Usar além do material em mãos os outros recursos disponíveis no AVA aulas audiovisuais videoaulas fórum de discussão fórum permanente de cada unidade etc Recorrer à equipe de tutoria sempre que precisar orientação sobre dúvidas quanto a calendário atividades ferramentas do AVA e outros Ter uma rotina que lhe permita estabelecer o ritmo de estudo adequado a suas necessidades como estudante organize o seu tempo Ter consciência de que você deve ser sujeito ativo no processo de sua aprendiza gem contando com a ajuda e colaboração de todos 4 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Objetivo Geral Compreender a relação entre a infância a cultura e a mídia Analisar a influência das mídias na cultura e na formação da criança SUMÁRIO UNIDADE 1 INFÂNCIA NA INTERCULTURALIDADE 08 11 Singularidades da Criança e da Infância 08 12 Cultura espaço historicamente construído 12 13 Representatividade do corpo 14 UNIDADE 2 CULTURA LÚDICA INFANTIL E TECNOLOGIA DIGITAL 24 21 Infância e tecnologia digital 30 22 O Autoconhecimento e Formação Escolar 35 UNIDADE 3 TECNOLOGIA E ESCOLARIZAÇÃO PERCEPÇÕES DE UM TEMPO REAL E DE UM ESPAÇO CRÍTICO NA INFÂNCIA 39 31 Tecnologia na educação e a inclusão digital 41 32 Tecnologia digital 46 33 Escolarização 50 REFERÊNCIAS 54 EXERCÍCIOS E ATIVIDADES 58 Avaliação A UCDB Virtual acredita que avaliar é sinônimo de melhorar isto é a finalidade da avaliação é propiciar oportunidades de açãoreflexão que façam com que você possa aprofundar refletir criticamente relacionar ideias etc A UCDB Virtual adota um sistema de avaliação continuada além das provas no final de cada módulo avaliação somativa será considerado também o desempenho do aluno ao longo de cada disciplina avaliação formativa mediante a realização das atividades Todo o processo será avaliado pois a aprendizagem é processual Para que se possa atingir o objetivo da avaliação formativa é necessário que as atividades sejam realizadas criteriosamente atendendo ao que se pede e tentando sempre exemplificar e argumentar procurando relacionar a teoria estudada com a prática As atividades devem ser enviadas dentro do prazo estabelecido no calendário de cada disciplina 5 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Critérios para composição da Média Semestral Para compor a Média Semestral da disciplina levase em conta o desempenho atingido na avaliação formativa e na avaliação somativa isto é as notas alcançadas nas diferentes atividades virtuais e nas provas da seguinte forma Somatória das notas recebidas nas atividades virtuais somada à nota da prova dividido por 2 Caso a disciplina possua mais de uma prova será considerada a média entre as provas Média Semestral Somatória Atividades Virtuais Média Provas 2 Assim se um aluno tirar 7 nas atividades e 5 na prova MS 7 5 2 6 Antes do lançamento desta nota final será divulgada a média de cada aluno dando a oportunidade de que os alunos que não tenham atingido média igual ou superior a 70 possam fazer a Recuperação das Atividades Virtuais Se a Média Semestral for igual ou superior a 40 e inferior a 70 o aluno ainda poderá fazer o Exame Final A média entre a nota do Exame Final e a Média Semestral deverá ser igual ou superior a 50 para considerar o aluno aprovado na disciplina Assim se um aluno tirar 6 na Média Semestral e tiver 5 no Exame Final MF 6 5 2 55 Aprovado FAÇA O ACOMPANHAMENTO DE SUAS ATIVIDADES O quadro abaixo visa ajudálo a se organizar na realização das atividades Faça seu cronograma e tenha um controle de suas atividades Coloque na segunda coluna o prazo em que deve ser enviada a atividade consulte o calendário disponível no ambiente virtual de aprendizagem Coloque na terceira coluna o dia em que você enviou a atividade AVALIAÇÃO PRAZO DATA DE ENVIO Atividade 11 Ferramenta Tarefa online Atividade 21 Ferramenta Tarefa online Atividade 31 Ferramenta Tarefa online 6 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 BOAS VINDAS Bemvindoa à disciplina Infância Cultura e Mídia do curso de Pedagogia A partir de agora você está convidadoa a conhecer sobre a influência da mídia na cultura da Infância ao longo da história da humanidade Você terá acesso a definição de cada um desses aspectos frente a perspectiva da educação Vamos começar uma nova caminhada de estudos em que o conteúdo teórico a metodologia a reflexão e o conhecimento cada vez mais aprofundado nos reafirmam que em nossos estudos estamos dispostos e seremos levados a ampliar nossos aprendizados por meio de temáticas e práticas que nos oportunizarão a nossa formação inicial quanto ao que significa ensinar bem como aprender Sabemos que ao término dessa etapa não estaremos com o conhecimento esgotado Para Kenski 2007 p 08 A escola representa na sociedade moderna o espaço de formação não apenas das gerações jovens mas de todas as pessoas Em um momento caracterizado por mudanças velozes as pessoas procuram na educação escolar a garantia de formação que lhes possibilite o domínio de conhecimentos e melhor qualidade de vida E frente ao mundo cada vez mais digital é preciso saber de onde se parte e para onde se vai quando o trabalho se refere à infância Ao longo dos nossos encontros e em todo o material didático depararemos com assuntos e reflexões apresentados de forma clara e que oa levará à reflexão sobre a história da infância a influência da cultura de um povo na estruturação das gerações bem como sobre a importância da mídia e sua influência ao longo da história do desenvolvimento de uma criança Ah Também você vai poder contar com uma gama de sugestões para enriquecer seus conhecimentos quanto aos assuntos tratados na disciplina Importante assim como o acesso ao material são as leituras o tempo dedicado a novas descobertas relacionando os seus conhecimentos prévios conceitos e préconceitos O avanço nos seus conhecimentos aprimoramento formação dependerá do seu empenho em se dedicar aos estudos a fim de progredir de fazer a diferença dentro de um contexto em que está em processo de formação com reflexão ação reflexão Vamos iniciar nossos estudos BOM ESTUDO Tânia Maria Filiú de Souza 7 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Préteste A finalidade deste préteste é fazer um diagnóstico quanto aos conhecimentos prévios que você já tem sobre os assuntos que serão desenvolvidos nesta disciplina Não fique preocupado com a nota pois não será pontuado 1 Você tem conhecimento sobre o histórico da infância Sim Não 2 Você já assistiu alguma propaganda que discrimina meninos de meninas Sim Não 3 Você concorda que a sociedade tem ganho no desenvolvimento da infância quando o assunto são as tecnologias Sim Não 4 Você se considera capaz de trabalhar com as mídias no âmbito da Educação Infantil Sim Não 5 As suas expectativas em relação aos temas dessa disciplina são a Aprofundar seus conhecimentos b Compreender a relação entre infância cultura e mídia c Analisar a influência da mídia na sociedade atual d Aprender como trabalhar com a mídia na educação básica Submeta o Préteste por meio da ferramenta Questionário 8 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 UNIDADE 1 INFÂNCIA NA INTERCULTURALIDADE OBJETIVO DA UNIDADE Refletir sobre a influência da interculturalidade na infância Nessa unidade abordaremos as diferentes concepções sobre a infância considerando os espaços da interculturalidade que nos permite realizar uma reflexão entre as culturas ou como diz Collet 2003 olhando para a interrelação e o diálogo entre elas 11 Singularidades da Criança e da Infância A criança e a infância foram motivos de estudos de várias áreas do conhecimento como a biologia que durante muitos anos apresentou a concepção de criança até a primeira infância pautada no desenvolvimento humano Os estudos da psicologia observaram as fases de desenvolvimento por etapas do nascimento ao início da adolescência quando passou a considerar a idade como critério para definir as características de cada fase pela qual passa o ser humano As fases do desenvolvimento vão saindo de uma dependência do meio para a independência conforme os fatores externos existentes Nesse sentido foi criado pela saúde as curvas de desenvolvimento Fonte httpcrescimenthoblogspotcom A sociologia buscou pesquisar e estudar a criança sobre a influência social e do meio na estruturação do seu desenvolvimento passando a considerála como um ser ativo e não somente passivo no processo e na influência sobre o meio como também produtora de cultura Identificando a criança e a sua infância levando em consideração a origem étnica de gênero sexualidade de meio social foram definidas as características universais 9 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 A maior parte dos estudos de identificação da criança como sujeito ativo na sociedade foram realizados no contexto da escola Nesse sentido para Kenski 2007 p 08 A escola representa na sociedade moderna o espaço de formação não apenas das gerações jovens mas de todas as pessoas Em um momento caracterizado por mudanças velozes as pessoas procuram na educação escolar a garantia de formação que lhes possibilite o domínio de conhecimentos e melhor qualidade de vida Desta maneira a escola tem a responsabilidade para com a sociedade de assegurar as condições para que a criança construa sua cidadania despertando capacidades para o desenvolvimento em relação aos aspectos sensóriomotor afetivo e emocional social e cognitivo respeitando as possibilidades e características da faixa etária Fonte httptwixarmeK7T3 Para Prestes 2008 invariavelmente e biologicamente a infância corresponde a uma etapa de vida de todo ser humano independente da sua origem etnia condição social de sua sexualidade seja considerada dentro dos padrões de normalidade de saúde ou com algum tipo de deficiência de sua cultura condições econômicas e políticas Embora a discussão atual sobre a infância esteja de certa maneira evidente não somente nas áreas dos direitos de cada cidadão nem sempre houve a valorização e a preocupação com esta fase da vida do ser humano respeitando suas particularidades e identidade infantil Infelizmente por muito tempo foi estigmatizada pela sociedade como sendo uma fase de vida considerada insignificante e relegada como em inferior condição humana sem o mínimo reconhecimento e importância para a sociedade 10 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte httpsbitly2KwgW1k Ainda prevalece no senso comum a diferença entre a criança e a infância mesmo nos organismos da escola e no próprio seio familiar A criança é considerada como alguém que não sabe ainda incapaz de agir dada a sua pureza e passividade sendo necessariamente dependente de alguém que faça por ela e para ela pois não tem maturidade e portanto muita ingenuidade para agir É muito forte também a consideração que se tem sobre a fase da infância baseada na definição universal de suas possibilidades linear de desenvolvimento historicamente onde não há o reconhecimento de sua importância na participação na produção cultural social e histórica da humanidade Sobre essa premissa Prestes 2008 p 20 aponta A infância além de nomear um período de vida do homem deve ser entendida em diferentes aspectos A criança não está estaticamente inserida nela Há diferenças políticas econômicas sociais e culturais que corroboram para diferentes conceitos de infância de acordo com o espaço e o tempo que ela ocupa É necessário considerar o contexto e as referências ao entorno da infância para uma aproximação do conceito pois está articulada a época classe social e raça Cada período histórico carrega suas marcas sociais em toda a humanidade e a infância imbuída neste contexto não está fora do âmbito das disputas de interesses existentes nas sociedades portanto recebe influências alterando o cenário cultural e social incessantemente Para Mello 2007 p 07 A infância do ser humano é mais longa e incomparavelmente mais complexa por seu conteúdo e pelo caráter das mudanças psíquicas que têm lugar em seu desenvolvimento do que o que acontece com os filhotes dos animais é uma conquista humana A infância é o tempo em que a criança deve introduzirse na riqueza da cultura humana histórica e socialmente criada reproduzindo para si qualidades especificamente humanas Isso permite às novas gerações subir nos ombros das gerações anteriores para superálas no caminho do desenvolvimento tecnológico científico e do progresso social 11 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Considerando o curto espaço de tempo entre o nascimento de uma criança até o início da adolescência períodos curtos mas de grande transformação na vida na mesma proporção ocorrem as grandes possibilidades de ação desses sujeitos que influenciam várias áreas do desenvolvimento da sociedade como um todo Se a criança está inserida no contexto social e não é passiva logo influencia sobremaneira o meio Para Kramer 2006 p 15 Crianças são sujeitos sociais e históricos marcadas portanto pelas condições das sociedades em que estão inseridas A criança não se resume a ser alguém que não é mas que se tornará adulto no dia em que deixar de ser crianças Reconhecemos que é específico da infância seu poder da imaginação a fantasia a criação a brincadeira entendida como experiência de cultura Crianças são cidadãs pessoas detentoras de direitos que produzem cultura e nela são produzidas Esse modo de ver as crianças favorece entendêlas e também ver o mundo a partir do seu ponto de vista A infância mais que estágio é categoria histórica existe história humana porque o homem tem infância As crianças brincam isso é que as caracteriza Com a sua maneira peculiar e própria de compreender o mundo ao mesmo tempo em que estão na história fazem história agem com suas linguagens interações e com as pessoas onde independentemente do reconhecimento que se possa ter de suas dimensões É a parte da vida em que se dão as primeiras descobertas do mundo das relações que a partir do ambiente e do sujeito possam acontecer NUNES SILVA 2001 p 10 Fonte urlshorteneratsJN13 Reconhecer aceitar e oportunizar a criança como sujeito ativo que não é passível de ser desprezado em sua condição de colaborar com a sua existência e com suas capacidades é por outro lado oportunizar novas descobertas é estimular novas criações é oportunizar o papel social São atitudes e posturas no mínimo desafiadoras para uma sociedade que tem como berço a ideia de que crianças não passam de seres que apenas devem receber propostas porque são passivas o que é uma concepção secular e humanamente inviável permanecer Para Rosemberg e Mariano 2010 p 31 12 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 as crianças não apenas internalizam a cultura mas contribuem ativamente para a produção e a mudança cultural Significa também que as crianças são circunscritas pela reprodução cultural Isto é crianças e suas infâncias são afetadas pelas sociedades e culturas das quais são membros Infância é período em que se inicia as experiências e o conhecimento de mundo da cultura com suas crenças em que o desenvolvimento de um sujeito em um curto período de espaço de tempo se transforma e cabe reconhecer e respeitar suas vicissitudes e singularidades No entanto essa concepção é histórica e cultural demandando tempo para a sua modificação Fonte encurtadorcombrcrBX0 12 Cultura espaço historicamente construído Embora tenhamos por meio das leis todo um aparato como base de garantia dos direitos e proteção inerentes à criança existem desigualdades e contradições ou seja todas as crianças em fase de sua infância não somente no cenário brasileiro apesar de possuírem a garantia de conhecimento aprendizagem desenvolvimento saúde as condições de acesso às experiências nem sempre são oportunizadas Historicamente também surgem discussões por meio de organismos diversos para uma permanente busca pela reflexão e reelaboração do próprio ponto de vista das práticas sociais e da educação onde se pauta a questão biológica e universal da criança São características que em qualquer espaço geográfico do mundo devem ser enxergadas no espaço em que ocupa De igual ela passa a ser única vista em sua singularidade e na sua multiplicidade de influências diretas que recebe do meio em que está inserida seja do primeiro grupo a família como os demais dos quais participa direta ou indiretamente todas dotadas de suas crenças costumes religiões e hierarquias 13 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Quando falamos de cultura de espaço historicamente construído podemos ter a representação de períodos por meio de imagens e por outro lado é justamente a imagem que se tem é a que ficará como ícone da representação de um povo de um marco histórico seja qual for em qual área do conhecimento social Há necessidade de que as crianças se reconheçam nas referências visuais que têm e muitas vezes são segregadas em grupos que por critério de cor de pele de etnia para subjugar suas características limitando suas possibilidades de acesso a mudanças de condições de vida e cultura Assim também ocorre com a infância a análise de tempo cronológico e de experiência de vida Para exemplificar vamos à clássica imagem de propaganda de crianças em sinais de trânsito seja pedindo ou vendendo algo para colaborar com o sustento da família Qual é a imagem que temos como referência A criança maltrapilha suja desnutrida ligadas a mazelas sociais ou as bem nutridas vestidas com dignidade protegidas do tempo de um sol forte sob um calor escaldante com seu boné e protetor solar bem calçado e com aparência de saúde e felicidade estampado aos olhos Em uma sociedade que desde os séculos passados dita as características da infância como sendo uma sentença única padronizada sem considerar a perspectiva de mudança de padrão compromete a auto representação positiva e evolutiva da criança Nesse sentido as imagens vão se constituindo nas representações de como as crianças são vistas e passam ser referências São apresentadas para sociedade de maneiras diversas como em ilustrações de livros didáticos para paradidáticos em obras de artes em propagandas Dessa maneira imageticamente a representação da criança vai sendo reforçada dificultando a desconstrução de uma ideia que perpetua e nada tem a colaborar com a evolução da autoestima e auto representação positiva sendo capaz de sair dos padrões que parecem irremediáveis No entanto descontruir e reconstruir cultura é preciso que haja várias áreas com empenho na reflexão e proposição de novas culturas e condutas na história da infância As crianças eram vistas até o final do século XX como mini adultas sendo muitas vezes forçadas a desempenharem atividades de adultos sem que para isso fossem respeitadas no seu desenvolvimento cognitivo e estrutura física Os trabalhos sob pena de castigo e maus tratos uma vez não realizados deveriam ser desempenhados independente da tarefa ou condição da criança Cada qual desempenhava uma função de maneira obrigatória o que passava a ser a identificação de cada um Foi quando passavam a trazer a profissão no sobrenome de batismo como por exemplo João da lavoura Segundo Florentino e Góes 2005 p 217 14 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Alguns haviam começado muito cedo O pequeno Gastão por exemplo aos quatro anos já desempenhava tarefas domésticas leves na fazenda de José de Araújo Rangel Gastão nem bem se pusera de pé e já tinha um senhor Manoel aos oito anos já pastoreava o gado da fazenda de Guaxindiba pertencente à baronesa de Macaé E de Rosa escrava de Josefa Maria Viana aos 11 anos de idade diziase ser costureira Aos 14 anos erase um adulto completo Essas práticas foram apontadas por Fonseca 2002 permitindo se observar que a convivência com os mais velhos durante os afazeres já os encaminhava para as ocupações futuras das crianças na fase final da infância Mattoso 1988 p 52 relata que as crianças até os três anos de idade acompanhavam suas mães nos afazeres escravos a que eram destinadas e na fase seguinte até os oitos anos de idade passavam a colaborar nos serviços escravos com tarefas regulares e servindo também aos senhores Caracterizando assim o período em que a escravidão se iniciava Muitas das imagens foram retratadas pelo artista Jean Baptiste Debret que era um pintor francês que veio para o Brasil para trabalhar com o imperador D João VI realizando várias artes que retrataram o período da monarquia em grande parte a rotina de crianças escravas que povoavam as ruas do Rio de Janeiro Assim podemos refletir que não havia nessas épocas distinção entre adultos e crianças seus corpos tinham a mesma representatividade 13 Representatividade do corpo Para analisar as relações de corporeidade é necessário nos remeter aos estudos da Sociologia Antropologia Filosofia História e demais áreas do conhecimento com o objetivo de conhecer e compreender como essas relações estão sendo constituídas socialmente ao longo dos anos o fato é que há uma grande desigualdade de gêneros socialmente em todos os grupos Segundo Faria 2006 p 87 neste espaço da sociedade vivemos as mais distintas relações de poder gênero classe idade étnicas Desse modo é necessário estudar as relações no contexto educativo da creche e préescolas onde confrontamse adultos entre eles professora diretora cozinheira guarda pai mãe secretárioa de educação prefeitoa vereadora etc confrontamse crianças entre elas menino menina mais velha mais nova negra branca judia com necessidades especiais pobre rica de classe média católica umbandista ateia café com leite quatro olhos etc e confrontamse adultos e crianças a professora e as meninas a professora e os meninos o professor percentual bastante baixo mas existente e com tendência a lento crescimento e os meninos o professor e as meninas o professor e a mãe da menina 15 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Como podemos perceber as discussões nas questões de gênero classe idade étnica deve começar bem cedo desde a educação infantil pois as relações da criança nesse espaço é que introduz o menino e a menina na vida social respeitando a história de cada criança que vem de classe social religião etnias diferentes Cada sociedade diferencia a forma de tratar as diversidades em desigualdade de gêneros sendo as mulheres as que carregam o maior fardo de opressão Podemos considerar comum o desenvolvimento de meninos e meninas no sentido apresentar comportamentos masculino e feminino Citaremos Vianna e Finco 2009 p 275 sobre a fala de uma professora para exemplificar a nossa afirmação Normalmente as meninas são mais tranquilas que os meninos As meninas falam muito e os meninos são mais agitados assim com o corpo As classes com mais meninos são mais agitadas As meninas eu costumo chamálas de princesas então é uma relação mais meiga mais doce mesmo E os meninos são os meus rapazes os meus rapazes são mais ativos gostam de correr de pular não param quietos no lugar As meninas são mais meiguinhas são mais dóceis mais caprichosas mais atenciosas Os meninos gostam mais de brincar são mais descuidados mais agitados tem uma diferença muito grande Eu não tenho um aluno que tem o capricho de muitas meninas a maioria dos meus meninos faz as coisas de qualquer jeito não tem cuidado não é caprichoso deixa as coisas jogadas não tenho menina que deixa o estojo jogado no chão Os meninos não têm muita paciência para se apegar nos detalhes das atividades eles querem acabar logo para poder brincar para ficar livre As meninas já são mais cuidadosas se preocupam com detalhes Elas se preocupam com o que eu vou achar do trabalho delas os meninos não estão nem aí Meninas e meninos na educação infantile Nas cores eles se prendem o azul e o cor de rosa a gente mesmo adulto acaba impondo isso se você vir as portas dos banheiros é azul dos meninos e rosa das meninas Como podemos ver ao contrário do menino a menina desempenha um papel passivo na sociedade sempre relegada à margem como um ser de segunda categoria nas várias instituições Ocorre que a família a igreja a escola e o estado prestam colaboração nessa reprodução ou seja em cada uma dessas instituições já está sendo formada essa diferenciação entre os papéis definidos entre os meninos e meninas Naturalmente vão se constituindo mesmo antes do nascimento influenciando no comportamento dos sujeitos nas funções de estabelecimento de normas postura esperada pela sociedade delimitando os espaços de direitos de ir e vir Desta maneira qualquer atitude comportamento que a criança transgrida o limite imposto pela sociedade adulta quanto à questão de gênero tornase o foco da atenção Sendo assim é considerada um problema do ponto de vista do saber e do poder O caso é o indivíduo tal como pode ser descrito mensurado medido comparado a outros e isso em sua própria individualidade e é também o indivíduo que tem que ser 16 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 treinado ou retreinado tem que ser classificado normalizado excluído etc como relatou FOUCAULT 1977 p70 Isso nos leva a pensar na violação de lei eou norma relacionada ao gênero propondo que se instale nas crianças um único conceito de identidade Fonte httpsbitly2MMcWWX Aos meninos é dado a força sempre com permissão e responsabilidade de trabalhos ligados à ordem ao poder monopolizando o desenvolvimento de certas profissões No entanto para as meninas é reservado todo o tipo de cuidado em que se faz necessário a calma o equilíbrio emocional os cuidados maternais a paciência serenidade solidariedade a prestimosidade e habilidades em ensinar e cuidar das crianças da natureza do bemestar da família com o objetivo de estar disponível para servir e zelar pelos espaços que lhe foram designados atividades que desde a infância são retratadas nas brincadeiras e nos brinquedos oferecidos Assim é delimitado o que fazer como se comportar e o que não deveria ser feito Todo embasamento para essas funções entre os meninos e meninas são calcados na definição do próprio sexo Historicamente e socioculturalmente o conceito para definir os espaços de cada um naturalmente segundo Bourdieu 2003 pp1920 O mundo social constrói o corpo como realidade sexuada e como depositário de princípios de visão e de divisão sexualizante Este programa social de percepção incorporada aplicase a todas as coisas do mundo e antes de tudo ao próprio corpo realidade biológica é ele que constrói a diferença entre os sexos biológicos conformandoa aos princípios de uma visão mítica do mundo enraizada na relação arbitrária da relação de dominação dos homens sobre as mulheres ela mesma inscrita com a divisão do trabalho na realidade da ordem social Entendemos que é a anatomia e sua diferença entre meninos e meninas que definem e justificam a função de cada um socialmente e no mundo trabalho E assim naturalmente vai sendo alicerçado por meio dessa visão social a função de cada um que 17 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 mais tarde são questionáveis e revistas pela própria sociedade Essa mudança depende de um esforço de toda a sociedade que precisa se despir de preconceitos que politicamente culturalmente urgem serem revistos para que se tenha mudança Para Godelier 1980 pp1112 os estereótipos são ensinados na mais tenra idade e estruturam de antemão a percepção da realidade social O autor quis dizer que a condição minorada das meninas imposta pelos valores sociais são calcadas nos princípios da economia da política e da simbologia em que foi enquadrada isto é a mulher como forma de objeto capaz de suprir as necessidades da sociedade enquanto na questão econômica elas não possuem acesso a todas as profissões que os homens possuem Fonte httpblogdrpeppercombrideologiadegenero Conforme Vianna e Finco 2009 p280 As preferências são construídas na préescola e tende a contribuir para que as crianças pequenas sigam um padrão socialmente imposto do que seria certo ou errado aceitável ou passível de rejeição O modelo binário masculinofeminino é apresentado diariamente para elas A manutenção desse modelo binário depende do ocultamento das masculinidades e feminilidades alternativas do silêncio sobre elas e de sua marginalização É por meio desses maus exemplos que a sociedade reforça a associação unívoca e supostamente natural entre sexo e padrões de gênero Modificar ou desmitificar essa condição de padrão de gênero reproduzida fortemente na imagem da menina e do menino depende do movimento de desnaturalização e questionamento das áreas das ciências que se estudam sobre o desenvolvimento e comportamento humano suas influências e capacidades para além das questões biológicas Na produção das indústrias de brinquedos também foi sendo reproduzida os objetos que significavam a prática destinada para meninos e meninas De maneira que as meninas ganhavam panelinhas bonecas reforçando uma tendência aos cuidados 18 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 domésticos e maternais e aos meninos foi sendo ofertado carrinhos ferramentas experiências que hoje estão presentes no cotidiano Fonte httpsbitly2ITWqSr Fonte httpsbitly2zcC73a Fonte httpsbitly2tT0ZYv Nesse sentido o universo automobilístico por exemplo não contava com o público feminino no cenário a menos que fosse uma passageira Se antes apenas os meninos eram estimulados a brincar com carros por outro lado para as meninas essa possibilidade não existia Com o passar dos anos dado a independência da mulher avançando cada vez mais em desenvolver tarefas as quais historicamente era inviabilizada de se fazer eis que a própria indústria automobilística lança um desafio para a sociedade Sob o viés da mídia e do comércio O exemplo a seguir nos faz refletir sobre uma certa mudança de olhares para a menina Ferreira 2014 p 96 apresenta um anúncio publicado nos EUA nos anos 60 que destaca as representações de gênero da época O anúncio foi nos anos 60 e teve sua versão levada a público também aqui no Brasil Quando a versão em português caiu em minhas mãos por acaso enviada por email achei que embora meu propósito fosse falar da publicidade atual de carros essa peça apesar de veiculada há meio século poderia contribuir bastante para a discussão Vou focar aqui na versão brasileira mas tratarei de alguns aspectos da versão em inglês pois eles são bastante significativos para a entendermos as representações atuais de gênero 19 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte httpsbitly2lREQWf Desta forma historicamente quando se fala em carro nos remete à figura masculina tanto quanto o pilotar quanto ao ensinar de conhecimentos de manutenção e consertos Mas embora essa cultura seja antiga e fortemente influenciável quando surge a oportunidade de proporcionar ao mundo feminino a proximidade com essas tarefas ainda é grande a dúvida da competência na área Sampaio 2007 explicita o movimento do feminismo cujo objetivo é a garantia da questão igualitária entre os sexos para a libertação das mulheres deixando de lado que a sexualidade pudesse interferir ou delimitar politicamente os seus espaços de atuação A luta pelos direitos para ocuparem as mesmas funções no trabalho vão sendo discutidas em grande ascensão Esse movimento surgiu no século XVIII na Europa visando uma a livre expressão política e intelectual livrando assim a opressão sofrida pelo gênero o qual segundo Sampaio 20017 p16 possibilitaram com isso pensar as relações de poder que produzem as desigualdades 20 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte httpsbitly2KQJ2jG Sobre a definição e condição individual de cada gênero Saffiotti 2004 tratase de um conceito aberto e que é socialmente construído para diferenciar e representar o feminino do masculino incutindo sobre cada um um juízo de valor Gênero e sexualidade a teoria de que a anatomia dos corpos é a única diferença sexual que define a identidade de gênero demanda que as atitudes costumes comportamentos peculiaridades de ciclos de vida seriam distintos entre homens e mulheres O padrão imposto pela sociedade é de que os meninos naturalmente se sentiriam masculino e as meninas femininas Então como explicar em casos que o sexo biológico não coaduna com os padrões de gênero conhecidos e estabelecidos pela história cultural E que o que foi estabelecido desde que nasceu que foge à regra de gênero até então Para Carrara e Heilborn 2009 pp 123124 apud PEREIRA et al 2009 A expressão identidade de gênero foi usada primordialmente no campo médicopsiquiátrico justamente para designar o que estas disciplinas consideravam transtornos de identidade de gênero isto é o desconforto persistente criado pela divergência entre sexo atribuído ao corpo e a identificação subjetiva com o sexo oposto Nos últimos anos outros campos da ciência bem como as próprias pessoas que se identificam como travestis transexuais transgêneros trans ou intersexuais têm retomado esse conceito seja para questionar a perspectiva que avalia tais variações como patológicas seja para reivindicar direitos relativos ao reconhecimento social da identificação com o sexo assumido pela pessoa quando a 21 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 aparência e o comportamento são diferentes daqueles esperados para o sexo atribuído no nascimento com base nas características anatômicas Desta maneira percebese que as relações entre gênero sexualidade ciência trabalho estão sempre em condição de serem redimensionados os papéis que ocupam socialmente visto que a participação política crítica não são estáticos e historicamente vão sofrendo mudanças de padrões cotidianamente Fonte httpsbitly2Ns579Y As expressões artísticas por exemplo essas surgem a medida em que os adultos colocam em reflexão sobre a condição imposta pelos padrões ditos normais como podemos ver na sequência a letra da música Masculino e feminino de autoria do cantor e compositor brasileiro Pepeu Gomes em parceria com a também compositora e cantora Baby Consuelo e Didi Gomes fomentando a diferença entre o conceito de gênero e de sexo dizendo que não são iguais explicando que o sexo de uma pessoa ou a definição da identidade biológica não está ligada à identidade de gênero a qual ela apresenta E que essa última é uma construção social como sujeito feminino ou masculino 22 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Masculino e Feminino Pepeu Gomes Ôu Ser um homem feminino Não fere o meu lado masculino Se Deus é menina e menino Sou Masculino e Feminino Olhei tudo que aprendi E um belo dia eu vi Desta maneira não se deve descartar a existência da diversidade que permeia por todos os âmbitos da sociedade Historicamente buscar identificar essa diversidade e acolher suas especificidades e condições fazse necessário discutir nas várias esferas urgentes considerando novas formas de organização de um povo nesse sentido ao pensarmos na criança devemos respeitar sua individualidade sua maneira de ver estar e agir no meio em que está inserido Como facilitador dessa influência temos a propaganda a publicidade pois elas atuam grandemente na mudança da cultura de um povo expressam linguagens diversificadas que merecem atenção à ética O primeiro espaço onde a ética é problematizada ou discutida é a escola e esta tem como colaborar com reflexões críticas no tocante a representação social das crianças quando enfatiza o papel de reconhecer que por de trás de cada texto verbal ou não verbal das propagandas as ideologias fomentadas pelas classes dominantes estão implícitas Para Hall 2006 p9 Um tipo diferente de mudança estrutural está transformando as sociedades modernas no final do século XX Isso está fragmentando as paisagens culturais de classe gênero sexualidade etnia raça e nacionalidade que no passado nos tinham fornecido sólidas localizações como indivíduo sociais Essas transformações estão também mudando nossas identidades pessoais abalando a ideia que temos de nós próprios como sujeito integrados Desta forma há oportunidade de quebrar paradigmas tão arraigados principalmente na imagem de menino e menina A escola assim teria condições de fazer novas abordagens em que a partir dos participantes vão sendo abertos espaços para descobrir as diferenças não apenas de gêneros mas sim de todos os outros aspectos culturais 23 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Antes de continuar seu estudo realize o Exercício 1 e a Atividade 11 Dicas de aprofundamento GIRARDELLO G Liga roda clica estudos em mídia infância e cultura CampinasSP Papirus 2008 BUCKINGHAM David Crescer na era das mídias São Paulo Loyola 2007 FERREIRA Aparecida de Jesus Org Relações étnicoraciais de gênero e sexualidade perspectivas contemporâneas Disponível em httpbooksscieloorgidbtydhpdfferreira9788577982103pdf Acesso em 04 jul 2019 Assista ao vídeo Pare Pense Erotização Precoce Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvhuKGAd6BEk Acesso em 18 maio 2020 Assista ao video Concurso de beleza Turma da Mônica Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvGKwYaSlR0RM Acesso em 16 mar 2021 24 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 UNIDADE 2 CULTURA LÚDICA INFANTIL E TECNOLOGIA DIGITAL OBJETIVO DA UNIDADE Refletir e compreender a cultura lúdica infantil e as tecnologias digitais Nessa unidade vamos estudar a ludicidade e a tecnologia digital iniciando com uma reflexão sobre as culturas da infância pois essas carregam as marcas de uma sociedade em sua complexidade Segundo Sarmento 2002 p 04 A pluralização do conceito significa que as formas e os conteúdos das culturas infantis são produzidas em uma relação de interdependência com culturas societais atravessadas por relações de classes de gênero e proveniência ética que impedem definitivamente a fixação num sistema coerente único nos modos de significação e ação infantil Não obstante a marca da geração tornase patente em todas as culturas infantis como denominador comum traço distintivo que se inscreve nos elementos simbólicos e materiais para além de toda a heterogeneidade assinalando o lugar da infância na produção cultural As culturas infantis resultam da sociedade são construídas historicamente e alteradas nos seus processos históricos Estas dependem da recomposição das condições da sociedade em que a criança vive A cultura infantil acontece de forma diversa em diferentes lugares podendo ocorrer nas brincadeiras em casa na escola apresenta uma interdependência com a cultura global as brincadeiras por exemplo estas integram vários elementos diferentes dependendo do lugar que a criança vive que acabam influenciando em sua dinâmica BROUGÈRE 2010 Brougère enfatiza que não existe na criança uma brincadeira natural A brincadeira é um processo de relação interindividual portanto de cultura BROUGÈRE 2010 p 104 E acrescenta a brincadeira é entre outras coisas um meio de a criança viver a cultura que a cerca tal como ela é verdadeiramente e não como ela deveria ser BROUGÈRE 2010 p 62 Nesse sentido podemos refletir a brincadeira como um espaço de troca de vivência social onde as crianças interagem constituindo seu EU como sujeito humano que produz história e cultura Ainda citando o mesmo autor 2010 a televisão influenciou muito na cultura infantil na medida que ela interfere nas temáticas propostas das brincadeiras já existentes 25 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 De acordo com Brougère 2010 p 57 Nem tudo se presta à brincadeira A brincadeira não aparece como uma imitação servil daquilo que é visto na televisão mas sim como um conjunto de imagens que têm a vantagem de ser conhecidas por todas ou quase todas as crianças de ser combinadas utilizadas transformadas no âmbito de uma estrutura lúdica A criança não recebe passivamente o que a televisão apresenta ela modifica e apropria dela por intermédio de suas brincadeiras como acontece por exemplo quando imita a cultura de sua família em uma brincadeira ela modifica a ação conforme as vivências de seu cotidiano A criança está em uma etapa de vida em que a imaginação e a criatividade são marcantes Nessa perspectiva a criança começa a ser visualizada como sujeito que produz cultura quando reconhecemos que ela é agente social e que está presente em um grupo marcante Falando em visualização as crianças na modernidade têm outras vivências pois estão imersas nas culturas digitais Isso nos leva a refletir que as crianças utilizam das tecnologias como contexto nas relações de interação social com seus pares família e nos espaços que ocupam Segundo a Internet Safety for Kids Families Segurança de Internet para Crianças Famílias um estudo realizado pela empresa de segurança Trend Micro em 2011 as crianças brasileiras são as que entram mais cedo nas redes sociais e que os pais brasileiros são os menos rígidos Fonte httpsbitly2KLnJU7 26 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte httpsbitly2KLnJU7 Nas culturas digitais encontramos imigrantes digitais e nativos digitais Os imigrantes digitais são aqueles que se esforçam na adaptação do uso dessas tecnologias ou seja precisam aprender a utilizar as novas tecnologias Já os nativos digitais apenas aprendem a operar um produto manuseandoo de forma natural Os imigrantes digitais por mais que desenvolva uma habilidade digital ainda necessitam de um suporte por exemplo como imprimir um documento para lêlo enquanto os nativos digitais preferem ler na própria tela do aparelho Os imigrantes digitais procuram desenvolver esta intimidade com seus celulares tablets computadores Iphone Ipod Ipad e dessa forma buscam desenvolver as características que o nativo digital tem naturalmente Marc Prensky 2001 estudioso na área de Educação e Tecnologia nomeou de Nativos Digitais as pessoas que já nasceram nesta era tecnológica assim estão mergulhados no mundo digital navegam e utilizam as ferramentas da web de maneira natural como se sempre tivessem existido até porque os nativos digitais não conhecem outra realidade nasceram em um mundo submerso em tecnologia brincam desde cedo com videogames utilizam seus tablets e computadores Dessa forma eles desconhecem por exemplo a forma de se comunicar por meio de um papel em branco uma caneta escrever uma carta a mão colocar no envelope e enviála pelo correio pois é da realidade deles e muito mais prático mandar um email ou ainda uma mensagem de texto por meio de seu celular No contexto da tecnologia e da infância as crianças são consideradas como Nativos digitais e exigem de nós uma reflexão não só sobre o ser criança mas como também o uso das tecnologias por elas 27 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 A criança é parte de uma sociedade onde existe uma pluralidade composta por diversidades sociais históricas econômicas políticas e religiosas se relacionam com o mundo que a cerca de acordo com sua compreensão e potencialidade O seu desenvolvimento é o resultado de uma aprendizagem pelo meio da experiência adquirida no ambiente em que vive Ela aprende na relação em que caracteriza seu meio e geram mudanças no seu comportamento Quando interage com o meio em que está inserida tornase um ser ativo constrói estruturas mentais explora o ambiente tem autonomia própria e é capaz de superar desafios para conquistar seu espaço Nesse sentido é que nos colocamos para discutir a tecnologia na infância em suas entrelinhas Criança que aprende na interação em uma cultura cibernética global com base na multimídia Veen e Vrakking 2009 p 30 afirmam que existe aparentemente uma nova espécie que atua em uma cultura cibernética global com base na multimídia Freire 2015 pp 132 152 questiona a afirmação de Veen e Vrakking Será que podemos afirmar que de fato existe uma nova espécie Há realmente uma geração digital Seria possível uma generalização das crianças ao ponto de chamálas atualmente de crianças digitais Com esses questionamentos Freire levanta uma reflexão de como esta geração chamada de cultura cibernética lida com a cultura lúdica na atualidade Essas indagações leva a pesquisa sobre as crianças e suas relações com a cultura midiática Segundo Sarmento 2001 estamos vivendo em outros tempos em que as crianças são afetadas pela globalização A infância não é tida como universal e nem absoluta os tempos de infância são múltiplos Nesse sentido podemos refletir que o universo infantil está contaminado com a cultura midiática presente no dia a dia das crianças Essa expressão cultura midiática é utilizada por Santaella 2003 pp 1516 como sinônimo de cultura das mídias novas sementes começaram a brotar no campo das mídias com o surgimento de equipamentos e dispositivos que possibilitaram o aparecimento de uma cultura do disponível e do transitório fotocopiadoras videocassetes e aparelhos para gravação de vídeos equipamentos do tipo walkman e walktalk acompanhados de uma remarcável indústria de videoclips e videogames juntamente com a expansiva indústria de filmes em vídeo para serem alugados nas videolocadoras tudo isso culminando no surgimento da TV a cabo Essas tecnologias equipamentos e as linguagens criadas para circularem neles têm como principal característica propiciar a escolha e consumo individualizados em oposição ao consumo massivo São esses processos comunicativos que considero como constitutivos de uma cultura das mídias 28 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Esses processos comunicativos levam as novas gerações a utilizarem de vários recursos tecnológicos desde a infância onde possui o controle das informações de acordo com suas necessidades Os recursos tecnológicos estão presentes também na cultura lúdica das crianças e esta cultura acontece de modo diferenciado nos espaços onde a brincadeira pode ocorrer pois ela foi dividida separada dos aspectos da cultura global Nesse sentido podemos considerar que as crianças não possuem o mesmo entendimento das brincadeiras aquelas passadas pela mídia pois não a recebem de modo passivo as crianças são críticas Porém por outro lado é por intermédio das mídias que as crianças têm acesso a várias informações como relata Pinto 2000 p 266 inumeráveis situações informações e problemas em torno da vida social e natural próxima e distante sobre diversas facetas e dimensões do tempo e do espaço numa linguagem complexa que resulta de uma combinação de várias linguagens Neste sentido Cohn 2005 p 35 também afirma que as crianças não são apenas produzidas pelas culturas mas são produtoras de cultura elas têm autonomia cultural em relação ao adulto COHN 2005 p 35 As crianças são sujeitos ativos de cultura Fonte httptwixarmem7T3 A criança deve ser conhecida como sujeito social capaz de produzir cultura e isso se apresenta por meio da relação com seus pares na família e nas instituições infantis Nesse sentido as instituições infantis não devem ficar presas somente aos cuidados restritos às necessidades físicas e a falta da família As instituições infantis como espaço de vivência de amadurecimento cognitivo social afetivo onde promove o acesso à educação as crianças exige pensar no professor 29 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 na formação desse professor nas relações que estes estabelecem com as crianças e também com os demais profissionais da escola nessa era digital Segundo Prensky 2001 os professores que atuam nas instituições de ensino e possuem mais de vinte anos são imigrantes no ciberespaço Ou seja nasceram em outro meio e aprenderam a construir conhecimento de forma diferente do que esta geração denominada de nativos o faz Então a grande maioria de nossos professores são denominados pelo referido autor Imigrantes Digitais pessoas que nasceram antes desta tecnologia se desenvolver e acompanharam este desenvolvimento e o viram ser introduzido em sua vida diária e que por isso precisam se adaptar a ele Hoje podemos observar que em qualquer lugar a que vamos seja em um supermercado no banco no ônibus na praça encontramos sujeitos se comunicando por meio de seus aparelhos celulares tablets entre outros e assim a comunicação instantânea se faz presente diariamente Fonte httptwixarmed7T3 Podemos exemplificar a necessidade de adequação por meio da utilização do celular que em grande maioria são computadores de bolso Assim por meio de um pequeno aparelho temos todas as funções que antes precisavam ser acessadas em um computador de mesa Hoje em um único aparelho temos máquina fotográfica filmadora telefone televisão e navegamos na internet dentre outras possibilidades 30 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 21 Infância e tecnologia digital Durante toda a infância experimentamos situações que envolvem relações de dependência independência e autonomia Essas relações são dinâmicas e podem se manifestar de diversas formas em contextos diferentes Isso porque as situações de dependência podem originarse de momentos de crise de limitações transitórias de contextos culturais e ainda podem se dar em diversos domínios como mental físico econômico social entre outros Isso significa que numa dada situação podemos depender de alguém mas em situação diferente esta dependência pode não existir Neste sentido a independência opondose a dependência traduzse um estado em que a sujeito não necessita de assistência será Coloco essa provocação como reflexão de dependência independência e autonomia da criança na era da tecnologia digital Fonte encurtadorcombrfEQX5 Quando pensamos na infância da criança e no seu processo de desenvolvimento esperamos que essas em certa medida possam precisar de apoio para realizar determinadas atividades visto que somente na medida em que se desenvolvem aprendem integralmente tornamse capazes de se libertar também em certa medida da necessidade de assistência do adulto Contudo a relação de dependência referese à funcionalidade da criança com relação ao adulto que não se origina de suas limitações Ou seja a criança tem condição física e cognitiva para realizar atividades cotidianas mas não lhe é permitida essa experiência o que acaba gerando prejuízos ao desenvolvimento de sua independência Com relação à autonomia consideramos que esta é possibilitada pelo desenvolvimento intelectual da criança a mesma está relacionada à capacidade do indivíduo de utilizar seus próprios instrumentos de analise reflexão e avaliação as diversas situações problema que demandem sua ação mental para resolvêlas Ser intelectualmente autônomo 31 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 pressupõe que o indivíduo é capaz de usar seus conhecimentos e suas experiências para criticamente pensar sobre determinada situação eou objeto do conhecimento livre de pressões externas imposições e verdades absolutas A partir da reflexão podemos perceber que ser independente não significa necessariamente ser autônomo Entretanto ter iniciativa para realizar ações de forma independente do outro sobretudo quando pensamos em ações que as crianças podem realizar sem depender do adulto representa um importante passo a caminho da sua autonomia De acordo com o Referenciais Curriculares NEI 1998 p 39 A progressiva independência na realização das mais diversas ações embora não garanta a autonomia é condição necessária para o seu desenvolvimento A autonomia e a independência da criança configuramse em processos formativos que se constroem nas relações criançaobjeto criançacriança e criançaadulto e se desenvolverão de forma diferenciada em cada fase do crescimento e desenvolvimento dessa criança No sentido de progressiva independência das crianças podemos relatar nos últimos anos as chamadas novas mídias quando a cultura digital se torna rotina de milhares de crianças destacando essa independência certo que isso acontece em espaço diferente de condições e acesso Nesse sentido no contexto onde as práticas das crianças de contato com a TV sites da internet informações online nos remete a refletir sobre as relações de interdependência na utilização das tecnologias a interdependência dos diferentes direitos é a condição de sua própria realização como dizem Sarmento e Pinto 1997 p 5 fica penoso responsabilizar a criança por sua participação quando falamos de mídia pois as crianças tem o direito à proteção com normas estabelecidas do ponto de vista da mediação cultural Segundo Fantin 2016 p 604 Na relação entre infância mídia e economia a participação das crianças ocorre tanto pela produção quanto pelo consumo infantil Os produtos culturais para a infância livros cinemafilmes televisão jogos e outros produtos de consumo para crianças moda guloseimas material escolar serviços recreativos fazem parte de um dos segmentos de mercado de difusão mundial E embora saibamos que as crianças têm direito ao consumo é importante discutir o tipo de consumo digital ao qual as crianças estão submetidas e as formas de mediação na perspectiva da mídiaeducação entendida como educação para cidadania Nesse sentido a escola pode contribuir com o estatuto social da infância afirmando o sentido da ação educativa da ideia de sustentabilidade problematizando a dimensão simbólica do consumo como pertencimento e dos mecanismos de controle das crianças que muitas vezes são feitos em nome de seus interesses e das possibilidades de participação Dessa forma a participação das crianças com relação às mídias é questionada 32 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Para refletir As crianças são eficientes o bastante para praticar seus diretos Podemos tomar a fala de Buckingham 2000 que debate os elementos legais das crianças como a responsabilidade das crianças pelos seus atos o relacionamento das crianças e a participação das crianças na sociedade Fonte encurtadorcombrBCE05 Com base nessa premissa fica claro que várias situações em relação aos direitos proteção e participação das crianças apresentam uma não competência delas ou seja elas são incapazes de fazer de forma diferente o que foi solicitado pelo adulto isso leva a crer que não consideram suas habilidades se elas apresentam essa incapacidade é porque não tiveram oportunidade de fazer de outra forma Fantin 2015 p 605 relata que É evidente que existem muitas situações em que a relação entre os direitos de proteção e participação demonstra que a competência das crianças é maior do que a habitualmente reconhecida ou que em muitos casos elas são incapazes de atuar de outra forma simplesmente porque não tiveram oportunidade de fazêlo No entanto o desafio é não subestimar as crianças considerandoas incapazes nem as superestimar atribuindolhes comportamentos além de suas capacidades e condições emocionais pois faltalhes discernimento para ponderar as possíveis implicações de suas escolhas Diante disso dizer que as crianças já decidem suas posições como seres que já são provoca um reconhecimento de constatação do seu desenvolvimento admitindo que elas não podem ser ainda admitidas na política e na igualdade por estarem sendo preparadas para elas diz Arendt 1997 p 160 Admitir o contrário seria o abandono a 33 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 exigência de um comportamento adulto da parte de quem ainda pode oferecer o desamparo e a não proteção da criança frente a um mundo exigente e difícil FANTIN 2011 p 44 Nessa perspectiva vivemos em uma época que confundimos a criança real da criança consumidora imaginária pois a criança é influenciada pelo meio em que vive Conforme enfatiza Buckingham 2000 p 111 muitos discursos que defendem os direitos das crianças consumidoras definindoas como atores sociais ou políticos independentes sem afirmar a responsabilidade democrática mascaram a soberania do consumidor no discurso dos direitos culturais É necessário discutir esse momento da criança real e da criança consumidora pois muitos entram em defesa dos direitos da criança consumidora sem afirmar que esta tem responsabilidades mascarando seus direitos culturais As crianças da geração digital X Y Z como são chamadas precisam do viés cultural independente do conceito que usemos como transferência de entendimento entre divergentes campos teóricos políticos econômicos históricos geográficos e culturais Fonte httpsbitly2MNPfh4 Assim o surgimento de uma chamada geração digital só pode ser adequadamente compreendido à luz de outras mudanças suas práticas que regulam e definem a vida de crianças e jovens das realidades de seus contextos e ambientes sociais cotidianos diz Buckingham 2008 p 15 se referindo a fatores como a economia a política da cultura juvenil as políticas sociais e culturais 34 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte httpsbitly2zaCnjc Podemos considerar que as chamadas gerações digitais estão produzindo modificações nas novas crianças mas esse é um novo diálogo a ser debatido pelos estudos da cultura da educação neurociência e antropologia No entanto ao mesmo tempo em que os conhecimentos se multiplicam diariamente de uma forma muito veloz o professor como agente transformador precisa buscar uma formação contínua a qual seja capaz de prepará lo para acompanhar as novas expectativas das crianças Diante disso se faz necessário que este profissional esteja disposto a aprender para que assim acompanhe as demandas da realidade das crianças e busque novas estratégias que contribuam para seu aprendizado e de todos com dinamismo e qualidade no seu processo educativo Grande parte de nossos professores não estavam acostumados com tanta tecnologia na sua vida diária pois todo este desenvolvimento tecnológico se destaca mesmo a partir da década de 1990 Por isso a maioria dos professores são imigrantes digitais e precisam se adaptar à utilização diária das novas tecnologias e suas ferramentas principalmente a internet pois por intermédio dessa como estratégia pedagógica conseguirá proporcionar ações coletivas entre as crianças Nesse sentido em poucas décadas a comunicação rápida e universal se transformou em algo natural e essencial então há necessidade de formação para que todos os envolvidos principalmente no processo de aprendizagem sejam bem íntimos com a utilização da internet e todas as ferramentas que ela proporciona Podemos destacar o texto de Gianolla 2006 p 55 que diz os sentimentos relacionados com o computador acontecem sob alguns aspectos principais recusa medo e sedução assim podemos perceber que tudo é uma questão de intimidade com o novo e suas perspectivas 35 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Ao professor da educação infantil que tem o papel de mediar o aprendizado e a interação das crianças com seus pares seus objetos e das crianças com o adulto as tecnologias têm muito a oferecer como um instrumento pedagógico A partir dessa mediação muitas possibilidades se apresentam como uma nova forma de identidade profissional do professor permitindo pensar e agir como professor profissional Nesse sentido que reforçamos a necessidade da formação dos professores com as tecnologias considerando que por meio dela o professor será capaz de acessar pesquisar criar novos ambientes de aprendizado estimulando e sendo o mediador do aprendizado das crianças O professor deve ser um agente em constante aprendizado pois nas ações que as crianças apresentam há várias situações imersas no contexto de suas singularidades 22 O Autoconhecimento e Formação Escolar Na verdade a formação é o ato de desconstruir e construir em todo tempo com o cuidado da não banalização dos atos e fatos Construir e desconstruir estão intimamente ligados à teoria e à prática possibilitando a aprendizagem de forma sistemática metodológica e ordenada A teoria é infinda mas a prática nos permite a atualização uma vez que nos limitam daí as mudanças advindas de uma ação conjugada ao saber pensar Segundo Demo 2006 os sentidos da formação permanente são 1º Desaparecer a formatação de épocas formais de formação a mesma deve ser a vida toda 2º Horizonte formativo de forma dinâmica 3º Dialética entre o que fica e o que passa o que muda tende a permanecer 4º Teoria e prática uma não vive sem a outra se completam na troca 5º A arte de saber pensar saber pensar e no primeiro passo saber questionar 6º Da liberdade de pensamento e intervenção sempre relativa de forma que seja factível influenciar sem subserviência e finalmente o 7º Meios e fins que para ele as ferramentas tecnológicas são meios que garantem acesso cada vez mais ao mundo da informação e informação por si só ainda não é aprendizagem e conhecimento porque não passa de um meio Nesse sentido a formação docente sobre a base biológica e a aplicabilidade dos recursos tecnológicos complexos bem como as oportunidades de aprendizagem em ambiente virtual tornase urgente DEMO 2006 Formar para as tecnologias é formar o julgamento o senso crítico o pensamento hipotético e dedutivo as faculdades de observação e de pesquisa a imaginação a capacidade de memorizar e classificar a leitura e a análise de textos e de imagens a representação de redes de procedimentos e de estratégias de comunicação PERRENOUD 2000 p128 36 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Este pensamento de Perrenoud deixa claro que não basta ter a máquina É preciso se reconhecer enquanto ser humano com todas as suas singularidades fazer uma releitura de tudo que nos cerca inclusive do lugar em que nos encontramos na sociedade para então essa busca de comunicação seja virtual ou não se desenvolva em sua plenitude E vemos que essa questão passa muito mais pela formação do ser humano de como ele se vê de como busca a sua realização profissional de como foi a sua formação acadêmica é um exercício pedagógico didático metodológico Fonte encurtadorcombrltFZ2 A formação do professor é necessária para quebrar paradigmas sair da zona de conforto e aprofundar em novas práticas e olhares A modernidade está aí e exige novo comprometimento e comportamento frente às mudanças O professor que é mediador da aprendizagem é crítico ciente do seu inacabamento e imerso numa prática contextualizada tanto nos aspectos culturais e históricos se permitindo lidar com o computador acessar a Internet e sabendo que o uso do mesmo também desenvolve sua autonomia sua criatividade O virtual possui uma plena realidade enquanto virtual DELEUZE 1992 p 335 Isto é possível quando o professor consegue transpor de forma integrada a abordagem do conteúdo junto à resolução de problemas compatibilizando com a realidade e necessidade o pedagógico com o tecnológico A escola não pode ignorar o que acontece no mundo As tecnologias da Informação e Comunicação transformam o mundo espetacularmente não só as maneiras de comunicar mas também de trabalhar de decidir de pensar PERRENOUD 2000 p 07 Isto significa que as tecnologias permitem não só aprendizagem com cunho efetivamente pedagógico mas em sua totalidade 37 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 O estar em sala não é mais que uma mão única deve ser de mão dupla onde os professores aprendem pois é um ato complexo de relação social tanto o professor como a criança interagem com outros pares criando uma cadeia de informações colaborativas posto que a assimilação da aprendizagem envolve também a visão de mundo de cada um atrelado aos saberes de experiências feitos do trabalho em grupo do individual e pelos mecanismos de apropriação do conhecimento reelaborado por cada um fazendo assim um exercício de aprendizagem permanente Aprender é algo contínuo permanente a vida toda e de várias maneiras O professor vive a lógica que a criança precisa aprender e não se vê na condição de aprender também Ao redefinir o professor Demo 2006 afirma que ele deve ser um eterno aprendiz pois o mesmo se define pela aprendizagem e não pelo ensino pois essa é permanente e dinâmica cuidar da criança exige habilidade emocional e política direito de estudar isso inclui a capacidade de elaborar seu próprio material didático Nesse sentido o professor precisa de atualização permanente e atualmente uma delas na era tecnológica Demo 2006 p2 afirma É de sua profissão a busca sistemática de conhecimento novo e inovador é importante saber usar as novas tecnologia conservandoa como ferramenta sobre tudo é fundamental saber humanizar as tecnologias inovadoras deve participar de estudos virtuais aproveitando o horizonte que se abre com a nova mídia e também para dar exemplo de como se pode ainda estudar melhor não apenas aperfeiçoar a cópia deve fazer uso da educação para alargar as oportunidades e também imprimirlhe a devida dignidade de aprendizagem o educador precisa saber postarse nas fronteiras do conhecimento Nesse sentido as tecnologias utilizadas como ferramentas para os professores viabilizarão nos espaços educativos das crianças uma mudança de foco no campo investigativo e descritivos das manifestações infantis 38 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Antes de continuar seu estudo realize os Exercícios 2 e 3 e a Atividade 21 Dicas de Aprofundamento FANTIN Monica Cultura digital e aprendizagem multimídia com o uso de laptop na escola Disponível em httpsbitly2IRCZd9 Acesso em 04 jul 2019 FIGUEIREDO Milene dos Santos TOMAZETTI Elisete Medianeira Inância escola e mídia as culturas infantilis em discussão Disponível em httpswwwepublicacoesuerjbrindexphprevistateiasarticleview24018 Acesso em 15 ago 2020 Para informações mais detalhadas sobre a estimulação Gênero socialização inicial consulte nossas sínteses e os artigos escritos por especialistas na Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância disponível gratuitamente para download em wwwenciclopediacriancacom Acesso em 04 jul 2019 39 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 UNIDADE 3 TECNOLOGIA E ESCOLARIZAÇÃO PERCEPÇÕES DE UM TEMPO REAL E DE UM ESPAÇO CRÍTICO NA INFÂNCIA OBJETIVO DA UNIDADE Refletir sobre a influência das tecnologias digitais na escolarização em um tempo real na infância O ser humano dotado de inteligência buscou produzir conhecimentos durante toda a sua história e vencer os obstáculos impostos pela natureza O desejo de conhecer e o impulso de compreender fatos por meio dos acontecimentos levou o homem à solução de problemas No decorrer dos tempos buscou elaborar métodos definitivos para a solução desses problemas Para superar suas dificuldades e necessidades desenvolveu instrumentos tecnológicos para construir coisas úteis Nessa perspectiva com a preocupação de minimizar esforços repetitivos e tediosos o ser humano desenvolveu máquinas que diante de novas necessidades que se apresentavam evoluíamse Assim as inovações tecnológicas não foram consideradas apenas para conhecimento e informação mas como um serviço de aplicabilidade na vida prática proporcionando dispositivos de processamentocomunicação da informação inovação e uso realimentação cumulativa A esse respeito Castells 1989 p 36 afirma que as novas tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas a serem aplicadas mas processos a serem desenvolvidos pela primeira vez na história a mente humana é uma força direta de produção não apenas um elemento positivo do sistema produtivo No sentido da mente humana como uma força direta de produção os instrumentos e as ferramentas são consideradas como aplicabilidade na vida prática Esse histórico reflete que continuamente o homem por meio das tecnologias buscou melhorias no seu modo de vida Elas estão presentes em todos os lugares e em todas as atividades que realizamos modificando a relação do homem com o mundo que o cerca A esse respeito Castells 2005 p 71 afirma que Foram de fato revoluções no sentido de que um grande aumento repentino e inesperado de aplicações tecnológicas transformou os processos de produção e distribuição criou uma enxurrada de novos produtos e mudou de maneira decisiva a localização das riquezas e 40 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 do poder no mundo que de repente ficaram ao alcance dos países e elites capazes de comandar o novo sistema tecnológico Dessa forma principalmente depois da Revolução Industrial houve um despertar no mundo filosófico sobre a diferença entre técnica e tecnologia desencadeando uma mudança no pensamento da época em que a tecnologia assume a primazia das análises não bastava compreender a técnica era necessário compreender que o estudo da técnica não deveria ser resumido somente a trabalhos manuais ou mecânicos sobre materiais e construção de obras Estudar a técnica ou seja analisar a tecnologia assumiu na atualidade o centro de muitos estudos teóricos que procuram compreender as mudanças nos processos sociais econômicos e políticos Em um mundo em que a tecnologia ocupa uma posição tão decisiva gera pessoas tecnológicas afinadas com a técnica A esse respeito Vargas 1999 p 39 relata que A tecnologia chegou em nosso tempo especialmente depois da globalização a adquirir enorme importância não só para os indivíduos mas também para as nações e para a sociedade em geral levantando problemas econômicos políticos sociais e mesmo culturais tornase necessário indagar sobre a própria essência do que é tecnologia Isto é urge meditar filosoficamente sobre o significado e o sentido de que se chama tecnologia A tecnologia é usada para facilitar as ações do ser humano e não dificultálas Deve se adaptar às necessidades humanas não fazer com que os seres humanos se adaptem a suas diretrizes A tecnologia não substitui o ser humano mas potencializa suas capacidades SOUZA 2010 Dessa forma as tecnologias se apresentam como processo de transmissão e comunicação da informação de uns locais para outros a pequena ou a grande distância O século XXI se valida com a proposta de superação da concepção vigente nos anos 1980 que o mero domínio da operação de hardware e software era uma finalidade em si O que se tem hoje é uma consciência clara da riqueza da tecnologia aplicada como ferramenta a serviço do desenvolvimento de habilidades e competências gerais e instrumento de uma cidadania global Ser sujeito numa sociedade globalizada e tecnológica implica dominar seus códigos e instrumentos de linguagem que são diferentes hoje dos que usávamos no passado 41 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte httptwixarmen7T3 31 Tecnologia na educação e a inclusão digital O uso das tecnologias na educação se compreende a partir das características em que se constitui de suas potencialidades e restrições em relação às formas de interação e construção de significados com atenção ao contexto da escola Quando se trabalha com as tecnologias é questão prioritária lembrarse que elas também fazem parte do cotidiano da criança e que portanto a escolha e definição devem levar em conta a sua realidade Desta forma na educação o reflexo das tecnologias incorpora novas maneiras de comunicação entre pessoas e a busca de informações para a geração do conhecimento Ao depararmos com uma criança tentando fazer algo no computador o que nos vem ao pensamento é como ela conseguirá realizar tal tarefa pois não notamos um esforço significativo para cumprir O adulto movido pelo sentimento humano ajudamos e assim nos tornamos mediadores desse papel Com isso não lhe propiciamos condições de independência capacidade ou seja não consideramos suas possibilidades Não ajudamos eou na maioria das vezes fazemos talvez porque em um sentimento de subestimação consideramos que a dificuldade impossibilita a criança de ter sucesso ou simplesmente porque ficamos compadecidos com as condições de ser criança Esta situação é muito complexa quando o local é a escola Os professores ainda estão contaminados por uma cultura anterior não estão convictos que eles mesmos podem ajudar a ensinar uma criança com o uso das mídias As atitudes criam um mundo artificial no qual as crianças não se sentem capazes de fazer algo por elas mesmas mas sim levam a acreditar que somente outras pessoas podem pensar e fazer coisas por eles ajudandoas a se tornarem mais dependentes Todo ambiente de aprendizagem precisa dispor de ferramentas apropriadas para que as crianças possam controlar as atividades que desejam desenvolver Por meio do encorajamento podemos ajudar cada criança respeitando sua capacidade A escola não deve ignorar ou superproteger as crianças mas sim desenvolver estratégias que possam 42 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 entender a natureza de cada uma assim como suas capacidades Dessa forma estaremos conhecendo o potencial de cada criança Segundo Bersch 2006 p31 O trabalho com a tecnologia na escola é de buscar com criatividade uma alternativa para que o aluno realize o que deseja ou precisa É encontrar uma estratégia para que possa fazer de outro jeito É valorizar o seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades de ação e interação para a comunicação a partir de suas habilidades É conhecer e criar novas alternativas para a comunicação escrita mobilidade leitura brincadeiras artes utilização de materiais escolares e pedagógicos exploração e produção de temas através do computador É envolver o aluno ativamente desafiando a experimentar e conhecer permitindo que construa individual e coletivamente novos conhecimentos É retirar do aluno o papel de espectador e atribuirlhe a função de ator Assim podemos considerar as mídias na Educação como recursos que propiciam a construção de arquivos de sistemas de comunicação e processamento de atividades organizadas em um sistema capaz de executar um conjunto de tarefas Quando a criança obtém acesso à mídia adequadamente essa prática possibilita avanços na aprendizagem e nas mais variadas habilidades importantes que podem traduzir em uma melhora de suas condições de vida em que a linguagem da mídia possibilita esse movimento de forma dinâmica A acessibilidade no campo das informações de comunicação de compartilhamento das mesmas de pesquisas gerais tanto para a criança quanto para a família e profissionais é beneficiada de forma considerável pela inclusão digital Fonte httptwixarme17T3 A inclusão digital é de grande relevância para as crianças e se deve principalmente não somente ao acesso de informações mas de romper barreiras de conhecimentos em diversas linguagens As pesquisas avançaram a criança intensifica conhecimentos e compreensão aprimorando suas capacidades por intermédio da inclusão digital 43 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Nesse sentido a informatização do ambiente de aprendizagem enfatiza a inclusão digital no universo da educação reunindo um conjunto de atividades que perpassam mecanismos que oportunizam a livre expressão organização e formação de um espaço midiatizado gerando a identidade de um grupo de navegadores e navegadoras no ciberespaço sob orientação e acompanhamento do professor A oportunidade que a escola tem para oferecer um trabalho pedagógico utilizandose dos recursos da informática mediados pelo professor não só traz a inclusão digital mas também se apresenta como apoio e suporte no trabalho com as crianças no sentido da expressão de sentimentos ideias opiniões organização como viabiliza o avanço na aprendizagem BRASIL 1996 Segundo Sarmento 2005 p371 é preciso que se faça uma distinção semântica entre infância e criança categorias que muitas vezes são apresentadas com o mesmo significado no senso comum Por isso a Sociologia da infância costuma fazer contra a orientação aglutinante do senso comum uma distinção semântica e conceptual entre infância para significar a categoria social do tipo geracional e criança referente ao sujeito concreto que integra essa categoria geracional e que na sua existência para além da pertença de um grupo etário próprio é sempre um ator social que pertence a uma classe social a um gênero etc Como podemos constatar o autor ao falar em criança logo remete à infância com os pressupostos da sociologia da infância a qual considera a construção social como uma constituição de uma estrutura geracional universal presente nas sociedades humanas Destaca também que o mundo do adulto interfere no relacionamento ou seja na conceituação que o adulto tem da criança interfere nos discursos e nas práticas com as crianças De acordo com Fernandes 2009 p87 Outro olhar sobre a infância partindo das leituras que as crianças fazem acerca dos seus quotidianos e dos problemas sociais com que se confrontam permite recentrar a atenção para as problemáticas que condicionam as suas vidas que porventura poderão passar despercebidas aos olhares adultos que olham a ordem social das crianças através de lentes adultas Nesse sentido a importância de se pensar na criança e na influência da organização da sociedade advindas das mãos dos adultos não devem deixar de ter clareza no que está posto na prática ou seja a imagem que se tem dessa criança Um dos desafios dos adultos é respeitar a criança como um ser social de direitos ativo nas relações com seus pares com todos que partilhem o contexto onde está inserido Estudiosos da 44 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 infância destacam que os principais eixos norteadores a serem trabalhados na infância são o cuidar o brincar e o educar Dessa forma independente do ambiente que a criança esteja inserida como em casa ou no ambiente pedagógico esses eixos devem proporcionar viabilização de situações significativas ao interesse natural da criança Na educação infantil por exemplo o cuidar é parte integrante da educação essa atitude é contemplada desde o planejamento educacional até a realização das atividades em si portanto a partir do momento em que se está trocando ou alimentando uma criança ao mesmo tempo está educandoestimulando por isso essa ação deve ser conjunta dos educadores e com a equipe da instituição O cuidar e o educar ocorrem simultaneamente e um conclui o outro envolvendo a afetividade a exploração de ambientes de diferentes maneiras e a construção de significados pessoais e coletivos que auxiliam o desenvolvimento das capacidades cognitivas infantis bem como das potencialidades afetivas emocionais sociais corporais estéticas e éticas O cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das crianças que quando observadas ouvidas e respeitadas podem dar pistas importantes sobre a qualidade do que estão recebendo Os procedimentos de cuidados precisam seguir os princípios de promoção da saúde Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento das capacidades humanas é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em conhecimentos específicos sobre o desenvolvimento biológico emocional e intelectual das crianças levando em conta diferentes realidades socioculturais BRASIL 1998 p25 A criança é ser em desenvolvimento faz parte de uma sociedade onde existe uma pluralidade natural composta por diversidades sociais históricas econômicas políticas e religiosas e é nesse contexto que os conhecimentos deverão ser elaborados e vivenciados na educação infantil A criança como ser sociável se relaciona com o mundo que a cerca de acordo com sua compreensão e potencialidade o seu desenvolvimento é o resultado de uma aprendizagem natural mas também paralelamente estimulada que ocorre por meio da experiência adquirida no ambiente em que vive Ela aprende com as relações valores e crenças que caracterizam seu meio e geram mudanças no seu comportamento Quando interage com o meio em que está inserida tornase um ser ativo constrói estruturas mentais explora o ambiente tem autonomia própria e é capaz de superar desafios para conquistar seu espaço 45 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 O seu crescimento é acompanhado por fases ou etapas de desenvolvimento caracterizando aspectos peculiares e significativos como o físico o cognitivo o emocional e o espiritual muito importantes para sua formação integral Cada criança tem seu ritmo próprio e características individuais embora muitas vezes são descritas que todas passem pelas mesmas fases ou etapas do desenvolvimento as mesmas não estão necessariamente associadas à idade cronológica Esses aspectos tornam a criança um ser único que nos primeiros anos de vida precisa de cuidados específicos Segundo Oliveira 2002 p135 A experiência de conhecer crianças pequenas é muito interessante Elas demonstram agir com inteligências e chamam nossa atenção pelas coisas que fazem pelas perguntam que nos trazem Desde seu nascimento o bebe é confrontado não apenas com as características físicas de seu meio mas também com o mundo de construção materiais e não materiais elaborados pelas gerações precedentes das quais de início ele não tem consciência Essas construções comportam dimensões objetivas formas ou obras e dimensões representativas codificadas especialmente pelas palavras das línguas naturais plenas de significações e de valores contextualizados Considerando que no decorrer do seu desenvolvimento a criança compreende a realidade por meio da sua experiência com as coisas e objetos apresentando emoções de diferentes origens e intensidades demonstrando suas preferências e seus interesses pessoais dessa forma então ela elabora conceitos e progressivamente vai se integrando com a realidade vivida Fonte httptwixarmeT7T3 Nesse sentido de entender o conceito de infância e criança pesquisadores da sociologia da infância tem vivido a interlocução com outras áreas de estudo para assegurar uma reflexão a respeito dos conceitos Segundo Dornelles e Fernandes 2015 p 01 do campo das ciências sociais a pedagogia a antropologia a eco nomia a história e sociologia e humanas literatura a religião a filosofia e 46 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 as artes plásticas mas também das ciências do comportamento sobre tudo a psicologia e das ciências exatas tem sido fundamental para compreender a infância vivida pelas crianças a partir delas mesmas como única condição para poder dar conta das complexidades de que se revestem os seus mundos de vida na contemporaneidade A imagem da infância e da criança se constitui pela valorização da sua ação social como criança ativa que apresenta sua competência no processo de construção de conhecimento Segundo Sarmento 200 p 02 O imaginário infantil constitui uma das mais estudadas características das formas específicas de relação das crianças com o mundo O imaginário infantil é concebido com a expressão de um déficit as crianças imaginam o mundo porque carecem de um pensamento objetivo ou porque estão imperfeitamente formado os seus laços racionais coma realidade Esta ideia do déficit é inferente à negatividade na definição da criança que constitui um pressuposto epistêmico na construção social da infância pela modernidade criança é o que não fala infans o que não tem luz o a luno o que não trabalha o que não tem direitos políticos o que não é imputável o que não tem responsabilidade parental ou judicial o que carece de razão etc Neste sentido a infância é negada sobre uma base ideológica resultante de um procedimento de um pensamento moderno com suporte no discurso científico A infância é percebida como algo já determinado na qual as crianças se apresentam como gestores sociais reprodutores de infância por meio das negociações compartilhadas com os adultos A infância vista como um não lugar Isto se configura à medida que há uma enorme valorização nos conhecimentos já apresentados como fundamentais na constituição e formação institucional sem muitas discussões e análise no que afirmam sobre o que está posto como infância e criança considerados visitantes temporais Estes visitantes temporais na contemporânea apresentam novas práticas culturais e lúdicas perante as mudanças de espaços em que ocupam As crianças hoje apresentam uma cultura digital discutem as múltiplas faces da infância pois interagem entre si e com a cultura de suas identidades por meio das tecnologias digitais 32 Tecnologia digital Cada vez mais somos tomados pela diversidade de meios de comunicação com informações onde há grande influência da mídia no desenvolvimento da sociedade em que as crianças são instigadas via ludicidade a consumir produtos e aprender comportamentos diversos Segundo Fischer 1997 p 65 na atualidade 47 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 poderíamos dizer que a mídia em nossa época estaria funcionando como um lugar privilegiado de superposição de verdades um lugar por excelência de produção circulação e veiculação de enunciados de múltiplas fontes sejam eles criados a partir de outras formações sejam eles gerados nos próprios meios Uma das características principais é que nela na mídia por razões basicamente do alcance das tecnologias investidas nesse campo qualquer discurso materializado em entrevista de TV ou em cena de telenovela por exemplo é passível de ter sua força de efeito ampliada de uma forma radicalmente diferente do que sucede a um discurso que opera através das páginas de um livro didático ou de um regulamento disciplinar escolar Na construção social da vida de um ser humano é a fase da infância quando a dimensão de influência dos meios midiáticos possui mais força à medida em que a sociedade vai incutindo os valores diante dos contextos temporais que vão se modificando conforme interesses políticos e financeiros A cada dia mais o público infantil passa grande parte do tempo em contato com programas de televisão como forma de distração e com a facilidade de aquisição no mercado também se entende a possibilidade de acesso a tablets jogos e filmes nos celulares em sites e outros endereços eletrônicos destinados a diversão e que nem sempre se veem acompanhados por algum adulto familiar ou amigo Desta maneira agem como receptores de toda sorte as propagandas de produtos que são estimuladas a adquirirem instantaneamente Quase sempre o momento em que a família acompanha uma programação com os seus filhos já não corresponde ao horário de programação a que estão acostumados ou seja a programação destinada a público infantil fica relegado à produção dos desenhos animados e demais programas destinados ao universo infantil e sem que conheçam as mensagens que trazem expressas as temáticas evidenciadas Da mesma maneira de que em casa não se discute o que as crianças acessam na televisão na escola atitude é a mesma embora ambas instituições saibam que a TV influencia nas escolhas de consumo e nos comportamentos do público infantil Por outro lado temos a censura livre de proibições em canais abertos e muita facilidade aos canais com programações específicas com facilidade de acesso São os canais de TV fechada que está bem ao alcance da grande parte da população 48 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte httpsbitly2lSuMME O acesso facilitado não impede o contato com programações de teor impróprio ao público infantil e por vezes retiram com facilidade a condição de boa moral e costumes assim como é comum cenas de violência de consumo banalizado de condutas sociais e de relacionamentos familiares na contramão do respeito e da ordem No entanto a escola não trabalha com o senso crítico da publicidade pelo menos nos anos iniciais não é comum essa prática A grande verdade calcada nos anúncios é de que o produto industrializado vai trazer à saúde a força necessária para a luta do dia a dia Que a criança ficará mais inteligente se consumir os produtos e apelando para os sentimentos de cunho positivo como alegria poder mais e mais os pais vão sendo dobrados pelos filhos que insistentemente pedem o produto e assim com a ideia de que estarão fazendo um bem na verdade estão reforçando na venda dos produtos das indústria o crescimento do consumo a toda sorte Alimentase a ideia de que para ser feliz é preciso consumir os produtos que estão na moda em voga em destaque Mas nem todas as pessoas tiveram ou possuem acesso aos avanços da tecnologia o que remete a uma forma de analfabetismo digital caracterizando uma forma de exclusão Conforme aponta Soares 2003 p 86 A globalização da economia atinge de forma direta o mundo da cultura Os bens simbólicos difundidos através de filmes programas de TV e de radio livros revistas e jornais já não escapam a uma subordinação inapelável à nova prática econômica alimentando o imaginário da maior parte dos seres humanos de todas as raças religiões e poder aquisitivo Não estamos falando apenas de produtos como brinquedos adereços escolares de vestimentas de sapatos de bolsas sacolas mochilas alimentos que muitas vezes possuem marcas de personagens que estão em evidência seja de filmes desenhos produtos 49 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 marcando a presença de que o consumismo é cada vez mais fortalecido pelo público a que se destina Fonte httpsbitly2z71XFS Assim como a criança chega no mundo e depende das relações e cuidados para se desenvolver a mídia por outro lado influencia nesse desenvolvimento desde a fase infantil Há um desencontro entre os interesses dos adultos que o pouco tempo que possuem no convívio com seus filhos também buscam seus interesses nos programas de TV enquanto isso não se discute o que vem sendo oferecido ao público infantil e que a todo tempo é alimentado por informações que inferem diretamente na forma de pensar agir e fazer suas escolhas sem que haja uma reflexão sobre os conteúdos implícitos nos programas nas propagandas como um desejo infinito de consumir as mercadorias que são lançadas com frequência E da mesma maneira que os produtos de uso pessoal brinquedos e alimentos prometem bemestar de ser aceito de se destacar no grupo de ser popular ser mais visível bem como sustentar a sensação de pertencimento a um grupo de pessoas felizes Desta maneira compreendese que há uma influência do status físico incutido nas propagandas e seus produtos Existe um esteriótipo de beleza entre as meninas e os meninos que prevalece e fortalece a cada dia oferencendo a felicidade para quem estiver dentro dos padrões apresentados São as bonecas de cor de pele clara de cabelos loiros e de corpos esbeltos e enquanto os meninos são fortes apresentando todo vigor de saúde possível como superheróis imortais capazes de combater todo o mal com suas armas Sofrem aqueles que nem de perto passam a ter uma semelhança referente aos estereótipos apresentados 50 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte encurtadorcombrnFLNT 33 Escolarização Assim como na família a escola também não tem por hábito uma conduta reflexiva sobre os conteúdos que a TV e outros meios de publicidade divulgados cotidianamente embora sejam formadores de opinião São espaços formadores de opinião e que ao mesmo tempo a escola brasileira por exemplo é um espaço que tem por objetivo dar oportunidade de formar cidadãos críticos Os valores em que cada época sofre com influência dos recursos midiáticos ao mesmo tempo influencia a história e a cultura em diferentes épocas O maior passatempo das crianças são as programações televisivas os desenhos animados e que os pais acreditam ser o melhor a oferecer aos seus filhos enquanto distração que pode prender a atenção dos pupilos pois ao mesmo tempo permanecem concentradas e centrados em um espaço Para Dornelles 2005 p86 esse comportamento abre espaço para que se inventam novas formas de disciplinamento não só sobre o corpo das crianças mas também sobre seus desejos que precisam ser regulados e normatizados para estarem conformes ao grupo ou espaço frequentado nos quais é imperativo consumir determinados produtos veiculados pela publicidade Desta maneira as crianças vão cada vez mais cedo convidadas instigadas e levadas a viverem sobre as propostas feitas por adultos em que ao mesmo tempo distancia da verdade infantil do que se refere à necessidade de se ter experiências naturais do tempo da infância Como um movimento dialético ao mesmo tempo em que a criança é influenciada pelos conteúdos da programação infantil os responsáveis por elas não se dão conta de que possuem de repente um grande vilão na educação dos seus filhos Em contrapartida os adultos também não se deram conta muitas vezes de que foram seduzidos por esse mesmo movimento sem que questionassem os resultados desta 51 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 ação da passividade diante das reações Segundo os estudos de Sacristan 2002 p 27 a forma de ser dos professores é uma forma de comportamento cultural não uma forma adquirida nos cursos de formação Isto significa que é muito importante atender às raízes culturais das quais se nutrem os professores para entender como atuam e como queremos que deva atuar Para Gadotti 2000 p 38 a escola precisa ser o centro de inovações e tem como papel fundamental orientar criticamente especialmente as crianças e jovens na busca de uma informação que os faça crescer e não embrutecer A criticidade e a crítica dos programas e conteúdos midiáticos oferecidos às crianças são uma responsabilidade que cabe ser partilhada entre escola e família Diante da vasta gama de recursos tecnológicos espalhados em todas as esferas tanto social quanto econômica e que parece ser crescente cada vez mais as crianças ultrapassam as habilidades dos adultos quando o assunto é operar essas ferramentas As crianças chegam na escola com autonomia digital e cheias de conhecimentos que corriqueiramente convivem como afirma Alves 2008 p06 e 07 os sujeitos que nasceram imersos no mundo digital interagem simultaneamente com as diferentes mídias Como nasceram em tempos de tecnologia é encontrada naturalmente e de acesso considerado instantâneo os pais já não passaram por essa mesma oportunidade o que difere entre uma e outra geração e que cada vez mais será menos distante uma vez que as crianças de hoje serão os próprios produtores de avanços tecnológicos Ao mesmo tempo em que o público infantil recebe informações que são processadas no mundo simbólico de como é de fato a vida no mundo adulto diante de suas experiências ele vai ampliando outras formas de ver estar e agir no mundo Uma vez influenciado influenciará novas gerações e assim sucessivamente sem cessar Não tão confortável e convidativo quanto receber novas informações tecnológicas é conviver em uma escola que ainda está distante da era atual em termos de metodologia e recursos materiais e de conhecimento por grande parte dos educadores que também foram formados em tempos em que não se tinha tanto ou quase nada de formação em mídias Sobre essa realidade Veen e Wrakking 2011 pp 45 afirmam As crianças hoje passam horas de seu dia assistindo a televisão jogando no computador e conversando nas salas de bate papo Ao fazêlo processam quantidades enormes de informação por meio de uma grande variedade de tecnologias e meios Elas se comunicam com amigos e outras pessoas de forma muito mais intensa do que as gerações anteriores usando a televisão o MSN os telefones celulares os iPods os blogs os Wikis as salas de batepapo a internet os jogos e outras plataformas de comunicação utilizando tais recursos e plataformas em redes técnicas globais tendo o mundo como quadro de referência 52 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Para tanto se faz necessário que os educadores saibam selecionar os recursos nos programas para propiciar o desenvolvimento dos conhecimentos acadêmicos de cunho pedagógico onde ao mesmo tempo em que oportuniza a aprendizagem anima os alunos explorar cada vez mais as possibilidades de novas formas de utilizar os materiais de forma real e não com simulações Desta maneira a passividade cede espaço para a criatividade e interatividade de maneira a fazer parte do currículo e da proposta pedagógica da escola contribuindo para o avanço de novas descobertas Nessa vertente Mello 2010 p200 afirma nos deparamos com a necessidade do educador dirigir sempre sua prática pela intencionalidade baseada no conhecimento das peculiaridades da criança e de seu desenvolvimento pois o lugar que a criança ocupa nas relações sociais de que participa exerce força motivadora no desenvolvimento de sua inteligência e de sua personalidade Portanto nossa concepção de criança condiciona o desenvolvimento das crianças que educamos uma vez que condiciona a atividade que lhes propomos na perspectiva históricocultural quanto mais consciente é nossa relação com a teoria mais ampla rica e diversificada pode ser a experiência que propomos à criança e maior o rol de qualidades humanas de que ela pode se apropriar O uso intencional das mídias no espaço escolar ao mesmo tempo estimula as funções executivas propicia o interesse as potencialidades capacidades a motivação o desenvolvimento dos aspectos afetivos sociais cognitivos a criticidade a memória a criatividade a percepção com experiências interessantes agradáveis curiosas A mídia representa um campo autônomo do conhecimento que deve ser estudado e ensinado às crianças da mesma forma que estudamos e ensinamos a literatura por exemplo A integração da mídia à escola tem necessariamente de ser realizada nestes dois níveis enquanto objeto de estudo fornecendo às crianças e aos adolescentes os meios de dominar esta nova linguagem e enquanto instrumento pedagógico fornecendo aos professores suportes altamente eficazes para a melhoria da qualidade do ensino BELLONI 1991 p 41 Nesse sentido não podemos ignorar o uso das mídias nas escolas pois as crianças possuem acesso a várias ferramentas que vão além das páginas dos cadernos e das capas de livros Isso coloca em discussão o papel do professor diante das ferramentas que a mídia oferece Para Vigostsky apud Rego 2001 p 110 Precisamos de ambientes em que o conhecimento já sistematizado não seja tratado de forma dogmática e esvaziado de significado Precisamos de ambientes em que as pessoas possam dialogar duvidar discutir questionar e compartilhar saberes Lugares em que as pessoas tenham autonomia possam pensar refletir sobre seu próprio processo de construção de conhecimento e ter acesso a novas informações Onde haja 53 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 espaço para as diferenças para as contradições para o erro para a criatividade para a colaboração e para as transformações Assim é necessário pensar na reformulação do sistema educacional no qual contemple a criatividade a comunicação o diálogo espaços que contribuem para o saber pois todas crianças são produtoras de cultura independente de sua função operacional no ambiente escolar Para finalizar seu estudo realize os Exercícios 4 e 5 e a Atividade 31 Dicas de Aprofundamento FERREIRA Marluci Guthiá Cultura Lúdica e Cultura midiática na contemporaneidade O que as crianças pequenas revelam à cerca dessa relação Disponível em httpwwwportaldeperiodicosunisulbrindexphpPoiesisarticleview2738 Acesso em 04 jul 2019 Prâksis Revista do ICHLA Instituto de Ciências Humanas Letras e Artes I C H L A Ano X Volume 1 Janeiro de 2013 Editora Feevale 2013 Instituto de Ciências Humanas Disponível em httptwixarme7PT3 Acesso em 04 jul 2019 COSTA Jonatas Maia da WIGGERS Ingrid Dittrich A mídiaeducação na escola por um ensino emancipatório em educação física Disponível em httpwwwanpedorgbrsitesdefaultfilesgt162847textopdf Acesso em 04 jul 2019 BELLONI Maria Luiza Crianças e Mídias no Brasil cenários de mudança livro eletrônico Campinas SP Papirus 2014 O livro encontrase disponível na Biblioteca Virtual Universitária 54 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 REFERÊNCIAS ALVES Lynn Relações entre jogos digitais e aprendizagem delineando percurso Educação Formação Tecnologias vol12 pp 310 Novembro de 2008 disponível em httpefteducompt ARENDT Hannah Entre passado e futuro 4 ed São Paulo Perspectiva 1997 ARIÈS Philippe História social da criança e da família 2 ed Rio de Janeiro LTC 1981 BELLONI ML Educação para a mídia missão urgente da escola Comunicação Sociedade São Bernardo do Campo v 10 n 17 p 3646 ago 1991 BERSCH R Introdução à tecnologia assistiva Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil CEDI Porto Alegre 2006 Disponível em Acesso em 15 janeiro 2019 BOURDIEU P A dominação masculina 3 ed Rio de Janeiro Bertrand Brasil 2003 BRASIL Secretaria de Educação 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et al Org Gênero e diversidade na escola formação de professorasres em gênero orientação sexual e relações étnicoraciais Rio de Janeiro CEPESC 2009 KRAMER Sônia A infância e sua singularidade In Jeanete Beauchamp Sandra Denise Pagel Aricélia Ribeiro do Nascimento Orgs Ensino fundamental de nove anos orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade Brasília FNDE Estação Gráfica 2006 KENSKI Vani Moreira Educação e tecnologias O novo ritmo da informação CampinasSP Papirus 2007 LIMA L L G VENANCIO R P O abandono de crianças negras no Rio de Janeiro In PRIORE M D Org História das crianças no Brasil São Paulo Contexto 1991 MATTOSO K Q O filho da escrava Em torno da Lei do Ventre Livre Revista Brasileira de História São Paulo v 8 n16 p3755 marago 1988 MELLO Suely Amaral Infância e humanização algumas considerações na perspectiva históricocultural Florianópolis Revista Perspectiva Vol 25 n 1 janeirojulho 2007 Contribuições de Vygotsky para a Educação infantil In GADELUPE Sueli MILLER Stela Vygotsky e a escola atual fundamentos teóricos e implicações pedagógicas São Paulo Cultura Acadêmica 2010 NUNES César SILVA Edna A educação sexual da criança polêmicas do nosso tempo CampinasSP Autores Associados 2000 OLIVEIRA Zilma de Moraes R Educação Infantil fundamentos e métodos São Paulo Editora Cortez 2002 PERRENOUD Philippe Construir as Competências desde a Escola Porto Alegre Artmed Editora 1999 PINTO Manuel A Televisão no Quotidiano das Crianças Porto Afrontamento 2000 PRENSKY M Digital Natives Digital Immigrants On the Horizon Bradford v 9 n 5 oct 2001 PRESTES Reucinéia Isabel A educação da criança de 0 a 6 anos no município de Ponta Grossa fundação PROAMOR Dissertação de Mestrado Ponta Grossa Universidade Estadual de Ponta Grossa 2008 57 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 REGO T C Vygotsky uma perspectiva histórica cultural da educação 12 ed PetrópolisRJ Vozes 2001 ROSEMBERG F MARIANO C L S A convenção internacional sobre os direitos da criança debates e tensões Cadernos de pesquisa n 141 2010 p 693728 SACRISTÁN J Gimeno Tendências investigativas na formação dos professores Inter Ação Revista de Faculdade de Educação de UFG n27 v2p154 juldez2002 SAFFIOTI Heleieth Gênero patriarcado violência São Paulo Fundação Perseu Abramo 2004 SAMPAIO D F Relações de gênero na indústria automotiva a problemática da divisão sexual do trabalho e da divisão essencializada da mulher Um estudo de caso 2007 176 p Dissertação Mestrado em Sociologia Universidade Federal do Paraná Curitiba 2007 SANTAELLA Lucia Culturas e artes do póshumano da cultura das mídias à cibercultura São Paulo Paulus 2003 SARMENTO M J Infância exclusão social e educação como utopia realizável Educação e Sociedade v23 n78 p265283 abr2002 Gerações e Alteridade interrogações a partir da sociologia da infância Educ Soc CampinasSP vol 26 n 91 p 361378 MaioAgo 2005 SOARES Ismar de Oliveira Sociedade da Informação ou da Comunicação São Paulo Cidade Nova 2003 SOUZA I M A SOUZA L V A O uso da tecnologia como facilitador da aprendizagem do aluno na escolar Itabaiana GEPIADDE ano 4 volume 8 jul dez de 2010 VARGAS Milton Org História da Técnica e da Tecnologia no Brasil São Paulo UNESP 1984 VIANA C FINCO D Meninas e meninos na Educação Infantil uma questão de gênero e poder Cadernos Pagu 33 julhodezembro de 2009265283 VEEN Win VRAKKING B Homo Zappiens educando na era digital Porto Alegre Artmed 2009 58 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 EXERCÍCIOS E ATIVIDADES EXERCÍCIO 1 1 Cada período histórico carrega suas marcas sociais em toda a humanidade e a infância imbuída neste contexto não está fora do âmbito das disputas de interesses existentes nas sociedades portanto recebe influências alterando o cenário cultural e social incessantemente Para Mello 2007 p 07 é correto afirmar que a A infância é o tempo em que a criança deve introduzirse na riqueza da cultura humana histórica e socialmente criada reproduzindo para si qualidades especificamente humanas b A infância é o tempo em que a criança deve somente desenvolver a psicomotricidade para si que são qualidades especificamente humanas c A infância é o tempo em que a criança não tem qualidades especificamente humanas d A infância é o tempo em que a criança está na escola para se alfabetizar 2 Se a criança está inserida no contexto social e não é passiva logo influencia sobremaneira o meio Para Kramer 2006 p 15 é correto afirmar que I Crianças são cidadãs pessoas detentoras de direitos que produzem cultura e nela são produzidas II O modo de ver as crianças favorece entendêlas e também ver o mundo a partir do seu ponto de vista III A infância mais que estágio é categoria histórica existe história humana porque o homem tem infância IV Crianças são cidadãs mini adultos responsáveis pelo que impõe de costume na sociedade a Apenas o enunciado I está correto b Apenas os enunciados II e IV estão corretos c Apenas os enunciados I II e III estão corretos d Apenas os enunciados II e IV estão corretos Verifique seu aprendizado realizando o Exercício no Ambiente Virtual de Aprendizagem 59 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 ATIVIDADE 11 Pesquise informações referentes aos conceitos de Infância Cultura e Mídia Escolha um desses conceitos e faça uma reflexão de uma lauda sobre a informação escolhida realçando a sua importância Observação A partir dos estudos realizados na unidade apresente o resultado de sua pesquisa citando adequadamente as fontes Não esqueça de realizar seu comentário pessoal a respeito do que se solicita no enunciado Submeta a atividade por meio da ferramenta Tarefa online EXERCÍCIO 2 1 Segundo Sarmento 2002 a pluralização do conceito significa que as formas e os conteúdos das culturas infantis são produzidos em uma relação de interdependência com culturas societais atravessadas e estas são atravessadas por relações de a Classes de gênero e tecnologia b Gênero de proveniência ética e condições dinâmica c Proveniência ética de classes e de materiais d Classes de gênero e proveniência ética 2 Segundo Fantin 2016 na relação entre infância mídia e economia a participação das crianças ocorre tanto pela produção quanto pelo consumo infantil Os produtos culturais para a infância livros cinemafilmes televisão jogos e outros produtos de consumo para crianças moda guloseimas material escolar serviços recreativos fazem parte de que tipo de segmentos de a Mercado de difusão mundial b Processo formativo das crianças c Progressiva independência das crianças d Direito a proteção da autonomia Verifique seu aprendizado realizando o Exercício no Ambiente Virtual de Aprendizagem 60 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 EXERCÍCIO 3 1 Segundo Vargas 1999 p 39 A tecnologia chegou em nosso tempo especialmente depois da globalização a adquirir enorme importância não só para os indivíduos mas também para as nações e para a sociedade em geral levantando problemas econômicos políticos sociais e mesmo culturais tornase necessário indagar sobre a própria essência do que é tecnologia Isto é urge meditar filosoficamente sobre o significado e o sentido de que se chama tecnologia Portanto é correto afirmar que a As tecnologias se apresentam como processo de transmissão e comunicação da informação apenas a grande distância de um lugar para outro b A tecnologia substitui o ser humano pois potencializa suas capacidades c A tecnologia é usada para facilitar as ações do ser humano d As pessoas devem se adaptar as tecnologias e não ao contrário 2 Quando a criança obtém acesso à mídia adequadamente considerase que a A influência da tecnologia digital não traz benefício para a criança e sua família b A linguagem da mídia prejudica o desenvolvimento da fala na criança c O uso da tecnologia leva a criança a não refletir sobre como desenvolver o processamento de atividades organizadas em um sistema capaz de executar um conjunto de tarefas d Haverá avanços na aprendizagem e nas mais variadas habilidades importantes que podem traduzir em uma melhora de suas condições de vida Verifique seu aprendizado realizando o Exercício no Ambiente Virtual de Aprendizagem ATIVIDADE 21 Diante da influência das tecnologias digitais na infância faça uma análise de sua atuação e destaque duas situações em que fica muito clara essa influência na vida de uma criança Submeta a atividade por meio da ferramenta Tarefa online 61 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 EXERCÍCIO 4 1 Um dos desafios dos adultos é respeitar a criança como um ser social de direitos ativo nas relações com seus pares com todos que partilhem o contexto onde está inserido Estudiosos da infância destacam que os principais eixos norteadores a serem trabalhados na infância são I O cuidar II O brincar III O educar IV A saúde a Todos os enunciados estão corretos b Apenas os enunciados II e IV estão corretos c Apenas os enunciados I III e IV estão corretos d Apenas as afirmativas I II e III estão corretas 2 Complete a sentença com uma das alternativas abaixo Na construção social da vida de um ser humano a fase que possui mais força da influência dos meios midiáticos a Adulta b Da infância c Do bebê d Da adolescência Verifique seu aprendizado realizando o Exercício no Ambiente Virtual de Aprendizagem EXERCÍCIO 5 1 O uso intencional das mídias no espaço escolar ao mesmo tempo estimula as funções executivas propicia o interesse as potencialidades capacidades e a motivação Analise os enunciados e assinale abaixo a alternativa que complementa o uso intencional das mídias no espaço escolar I As mídias no espaço escolar propiciam o desenvolvimento dos aspectos afetivos e sociais II As mídias no espaço escolar propiciam o desenvolvimento dos aspectos cognitivos III As mídias no espaço escolar propiciam o desenvolvimento dos aspectos da criatividade IV As mídias no espaço escolar propiciam somente o desenvolvimento de experiências individuais a Apenas o enunciado I está correto 62 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 b Apenas os enunciados I II e III estão corretos c Apenas os enunciados I e II e estão corretos a Apenas os enunciados II e IV estão corretos 2 A tecnologia é usada para facilitar as ações do ser humano e não dificultálas Deve adaptar às necessidades humanas não fazer com que os seres humanos se adaptem a suas diretrizes A tecnologia não substitui o ser humano mas potencializa suas capacidades SOUZA 2010 Portanto podemos afirmar que a O maior passatempo das crianças são as programações televisivas os desenhos animados e que os pais acreditam ser o melhor a oferecer aos seus filhos enquanto distração b As ações desenvolvidas pelos integrantes da família são unicamente responsáveis para influenciar as crianças c As Tecnologias se apresentam como processo de transmissão e comunicação da informação de uns locais para outros a pequena ou a grande distância d As ações das crianças sofrem influência apenas nas atividades integradas à proposta pedagógica da escola 3 A aprendizagem humana é complexa e não se limita ao simples depósito de conteúdos de informações pois o conhecimento não é linear e nem tampouco compartimentado Dessa forma podemos afirmar que a O uso das tecnologias na educação no processo de aprendizagem auxilia no desenvolvimento e na compreensão em relação às formas de interação e construção de significados b Quando se trabalha com as tecnologias não é questão prioritária lembrarse que elas também fazem parte do cotidiano da criança c O enfoque da aprendizagem escolar somente está atrelado a conhecimentos passados d Na educação o reflexo das tecnologias somente deve ocorrer para distrair os alunos sem preocupação na busca de informações para a geração do conhecimento Verifique seu aprendizado realizando o Exercício no Ambiente Virtual de Aprendizagem ATIVIDADE 31 Leia o texto a seguir O trabalho com a tecnologia na escola é de buscar com criatividade uma alternativa para que o aluno realize o que deseja ou precisa É encontrar uma estratégia para que possa fazer de outro jeito É valorizar o seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades de ação e interação para a comunicação a partir de suas habilidades É conhecer e criar novas alternativas para a comunicação escrita mobilidade leitura brincadeiras artes utilização de materiais escolares e pedagógicos exploração e produção de temas através do computador É envolver o aluno ativamente desafiando a experimentar e conhecer permitindo que construa individual e coletivamente novos conhecimentos É retirar do aluno o papel de espectador e atribuirlhe a função de ator BERSCH 2006 p31 63 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 A partir dessas palavras e à luz dos assuntos abordados na unidade 3 reflita e faça um texto entre 10 e 15 linhas respondendo ao seguinte questionamento Quais as vantagens e desvantagens do uso da tecnologia na escola com crianças Justifique Submeta a atividade por meio da ferramenta Tarefa

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Curso de Graduação a Distância Infância Cultura e Mídia 02 créditos 40 horas Autor Tânia Maria Filiú de Souza Universidade Católica Dom Bosco Virtual wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 2 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Missão Salesiana de Mato Grosso Universidade Católica Dom Bosco Instituição Salesiana de Educação Superior Chanceler Pe Ricardo Carlos Reitor Pe José Marinoni PróReitora de Graduação e Extensão Profª Rubia Renata Marques Diretor da UCDB Virtual Prof Jeferson Pistori Coordenadora Pedagógica Profª Blanca Martín Salvago Direitos desta edição reservados à Editora UCDB Diretoria de Educação a Distância 67 33123335 wwwvirtualucdbbr UCDB Universidade Católica Dom Bosco Av Tamandaré 6000 Jardim Seminário Fone 67 33123800 Fax 67 33123302 CEP 79117900 Campo Grande MS Souza Tânia Maria Filiú Infância Cultura e Mídia Tânia Maria Filiú Souza Campo Grande UCDB 2018 63 p Palavraschave 1 Infância 2 Cultura 3 Mídia 0221 3 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 APRESENTAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO Este material foi elaborado pelo professor conteudista sob a orientação da equipe multidisciplinar da UCDB Virtual com o objetivo de lhe fornecer um subsídio didático que norteie os conteúdos trabalhados nesta disciplina e que compõe o Projeto Pedagógico do seu curso Elementos que integram o material Critérios de avaliação são as informações referentes aos critérios adotados para a avaliação formativa e somativa e composição da média da disciplina Quadro de Controle de Atividades tratase de um quadro para você organizar a realização e envio das atividades virtuais Você pode fazer seu ritmo de estudo sem ul trapassar o prazo máximo indicado pelo professor Conteúdo Desenvolvido é o conteúdo da disciplina com a explanação do pro fessor sobre os diferentes temas objeto de estudo Indicações de Leituras de Aprofundamento são sugestões para que você possa aprofundar no conteúdo A maioria das leituras sugeridas são links da Internet para facilitar seu acesso aos materiais Atividades Virtuais atividades propostas que marcarão um ritmo no seu estudo As datas de envio encontramse no calendário do Ambiente Virtual de Aprendizagem Como tirar o máximo de proveito Este material didático é mais um subsídio para seus estudos Consulte outros conteúdos e interaja com os outros participantes Portanto não se esqueça de Interagir com frequência com os colegas e com o professor usando as ferramentas de comunicação e informação do Ambiente Virtual de Aprendizagem AVA Usar além do material em mãos os outros recursos disponíveis no AVA aulas audiovisuais videoaulas fórum de discussão fórum permanente de cada unidade etc Recorrer à equipe de tutoria sempre que precisar orientação sobre dúvidas quanto a calendário atividades ferramentas do AVA e outros Ter uma rotina que lhe permita estabelecer o ritmo de estudo adequado a suas necessidades como estudante organize o seu tempo Ter consciência de que você deve ser sujeito ativo no processo de sua aprendiza gem contando com a ajuda e colaboração de todos 4 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Objetivo Geral Compreender a relação entre a infância a cultura e a mídia Analisar a influência das mídias na cultura e na formação da criança SUMÁRIO UNIDADE 1 INFÂNCIA NA INTERCULTURALIDADE 08 11 Singularidades da Criança e da Infância 08 12 Cultura espaço historicamente construído 12 13 Representatividade do corpo 14 UNIDADE 2 CULTURA LÚDICA INFANTIL E TECNOLOGIA DIGITAL 24 21 Infância e tecnologia digital 30 22 O Autoconhecimento e Formação Escolar 35 UNIDADE 3 TECNOLOGIA E ESCOLARIZAÇÃO PERCEPÇÕES DE UM TEMPO REAL E DE UM ESPAÇO CRÍTICO NA INFÂNCIA 39 31 Tecnologia na educação e a inclusão digital 41 32 Tecnologia digital 46 33 Escolarização 50 REFERÊNCIAS 54 EXERCÍCIOS E ATIVIDADES 58 Avaliação A UCDB Virtual acredita que avaliar é sinônimo de melhorar isto é a finalidade da avaliação é propiciar oportunidades de açãoreflexão que façam com que você possa aprofundar refletir criticamente relacionar ideias etc A UCDB Virtual adota um sistema de avaliação continuada além das provas no final de cada módulo avaliação somativa será considerado também o desempenho do aluno ao longo de cada disciplina avaliação formativa mediante a realização das atividades Todo o processo será avaliado pois a aprendizagem é processual Para que se possa atingir o objetivo da avaliação formativa é necessário que as atividades sejam realizadas criteriosamente atendendo ao que se pede e tentando sempre exemplificar e argumentar procurando relacionar a teoria estudada com a prática As atividades devem ser enviadas dentro do prazo estabelecido no calendário de cada disciplina 5 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Critérios para composição da Média Semestral Para compor a Média Semestral da disciplina levase em conta o desempenho atingido na avaliação formativa e na avaliação somativa isto é as notas alcançadas nas diferentes atividades virtuais e nas provas da seguinte forma Somatória das notas recebidas nas atividades virtuais somada à nota da prova dividido por 2 Caso a disciplina possua mais de uma prova será considerada a média entre as provas Média Semestral Somatória Atividades Virtuais Média Provas 2 Assim se um aluno tirar 7 nas atividades e 5 na prova MS 7 5 2 6 Antes do lançamento desta nota final será divulgada a média de cada aluno dando a oportunidade de que os alunos que não tenham atingido média igual ou superior a 70 possam fazer a Recuperação das Atividades Virtuais Se a Média Semestral for igual ou superior a 40 e inferior a 70 o aluno ainda poderá fazer o Exame Final A média entre a nota do Exame Final e a Média Semestral deverá ser igual ou superior a 50 para considerar o aluno aprovado na disciplina Assim se um aluno tirar 6 na Média Semestral e tiver 5 no Exame Final MF 6 5 2 55 Aprovado FAÇA O ACOMPANHAMENTO DE SUAS ATIVIDADES O quadro abaixo visa ajudálo a se organizar na realização das atividades Faça seu cronograma e tenha um controle de suas atividades Coloque na segunda coluna o prazo em que deve ser enviada a atividade consulte o calendário disponível no ambiente virtual de aprendizagem Coloque na terceira coluna o dia em que você enviou a atividade AVALIAÇÃO PRAZO DATA DE ENVIO Atividade 11 Ferramenta Tarefa online Atividade 21 Ferramenta Tarefa online Atividade 31 Ferramenta Tarefa online 6 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 BOAS VINDAS Bemvindoa à disciplina Infância Cultura e Mídia do curso de Pedagogia A partir de agora você está convidadoa a conhecer sobre a influência da mídia na cultura da Infância ao longo da história da humanidade Você terá acesso a definição de cada um desses aspectos frente a perspectiva da educação Vamos começar uma nova caminhada de estudos em que o conteúdo teórico a metodologia a reflexão e o conhecimento cada vez mais aprofundado nos reafirmam que em nossos estudos estamos dispostos e seremos levados a ampliar nossos aprendizados por meio de temáticas e práticas que nos oportunizarão a nossa formação inicial quanto ao que significa ensinar bem como aprender Sabemos que ao término dessa etapa não estaremos com o conhecimento esgotado Para Kenski 2007 p 08 A escola representa na sociedade moderna o espaço de formação não apenas das gerações jovens mas de todas as pessoas Em um momento caracterizado por mudanças velozes as pessoas procuram na educação escolar a garantia de formação que lhes possibilite o domínio de conhecimentos e melhor qualidade de vida E frente ao mundo cada vez mais digital é preciso saber de onde se parte e para onde se vai quando o trabalho se refere à infância Ao longo dos nossos encontros e em todo o material didático depararemos com assuntos e reflexões apresentados de forma clara e que oa levará à reflexão sobre a história da infância a influência da cultura de um povo na estruturação das gerações bem como sobre a importância da mídia e sua influência ao longo da história do desenvolvimento de uma criança Ah Também você vai poder contar com uma gama de sugestões para enriquecer seus conhecimentos quanto aos assuntos tratados na disciplina Importante assim como o acesso ao material são as leituras o tempo dedicado a novas descobertas relacionando os seus conhecimentos prévios conceitos e préconceitos O avanço nos seus conhecimentos aprimoramento formação dependerá do seu empenho em se dedicar aos estudos a fim de progredir de fazer a diferença dentro de um contexto em que está em processo de formação com reflexão ação reflexão Vamos iniciar nossos estudos BOM ESTUDO Tânia Maria Filiú de Souza 7 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Préteste A finalidade deste préteste é fazer um diagnóstico quanto aos conhecimentos prévios que você já tem sobre os assuntos que serão desenvolvidos nesta disciplina Não fique preocupado com a nota pois não será pontuado 1 Você tem conhecimento sobre o histórico da infância Sim Não 2 Você já assistiu alguma propaganda que discrimina meninos de meninas Sim Não 3 Você concorda que a sociedade tem ganho no desenvolvimento da infância quando o assunto são as tecnologias Sim Não 4 Você se considera capaz de trabalhar com as mídias no âmbito da Educação Infantil Sim Não 5 As suas expectativas em relação aos temas dessa disciplina são a Aprofundar seus conhecimentos b Compreender a relação entre infância cultura e mídia c Analisar a influência da mídia na sociedade atual d Aprender como trabalhar com a mídia na educação básica Submeta o Préteste por meio da ferramenta Questionário 8 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 UNIDADE 1 INFÂNCIA NA INTERCULTURALIDADE OBJETIVO DA UNIDADE Refletir sobre a influência da interculturalidade na infância Nessa unidade abordaremos as diferentes concepções sobre a infância considerando os espaços da interculturalidade que nos permite realizar uma reflexão entre as culturas ou como diz Collet 2003 olhando para a interrelação e o diálogo entre elas 11 Singularidades da Criança e da Infância A criança e a infância foram motivos de estudos de várias áreas do conhecimento como a biologia que durante muitos anos apresentou a concepção de criança até a primeira infância pautada no desenvolvimento humano Os estudos da psicologia observaram as fases de desenvolvimento por etapas do nascimento ao início da adolescência quando passou a considerar a idade como critério para definir as características de cada fase pela qual passa o ser humano As fases do desenvolvimento vão saindo de uma dependência do meio para a independência conforme os fatores externos existentes Nesse sentido foi criado pela saúde as curvas de desenvolvimento Fonte httpcrescimenthoblogspotcom A sociologia buscou pesquisar e estudar a criança sobre a influência social e do meio na estruturação do seu desenvolvimento passando a considerála como um ser ativo e não somente passivo no processo e na influência sobre o meio como também produtora de cultura Identificando a criança e a sua infância levando em consideração a origem étnica de gênero sexualidade de meio social foram definidas as características universais 9 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 A maior parte dos estudos de identificação da criança como sujeito ativo na sociedade foram realizados no contexto da escola Nesse sentido para Kenski 2007 p 08 A escola representa na sociedade moderna o espaço de formação não apenas das gerações jovens mas de todas as pessoas Em um momento caracterizado por mudanças velozes as pessoas procuram na educação escolar a garantia de formação que lhes possibilite o domínio de conhecimentos e melhor qualidade de vida Desta maneira a escola tem a responsabilidade para com a sociedade de assegurar as condições para que a criança construa sua cidadania despertando capacidades para o desenvolvimento em relação aos aspectos sensóriomotor afetivo e emocional social e cognitivo respeitando as possibilidades e características da faixa etária Fonte httptwixarmeK7T3 Para Prestes 2008 invariavelmente e biologicamente a infância corresponde a uma etapa de vida de todo ser humano independente da sua origem etnia condição social de sua sexualidade seja considerada dentro dos padrões de normalidade de saúde ou com algum tipo de deficiência de sua cultura condições econômicas e políticas Embora a discussão atual sobre a infância esteja de certa maneira evidente não somente nas áreas dos direitos de cada cidadão nem sempre houve a valorização e a preocupação com esta fase da vida do ser humano respeitando suas particularidades e identidade infantil Infelizmente por muito tempo foi estigmatizada pela sociedade como sendo uma fase de vida considerada insignificante e relegada como em inferior condição humana sem o mínimo reconhecimento e importância para a sociedade 10 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte httpsbitly2KwgW1k Ainda prevalece no senso comum a diferença entre a criança e a infância mesmo nos organismos da escola e no próprio seio familiar A criança é considerada como alguém que não sabe ainda incapaz de agir dada a sua pureza e passividade sendo necessariamente dependente de alguém que faça por ela e para ela pois não tem maturidade e portanto muita ingenuidade para agir É muito forte também a consideração que se tem sobre a fase da infância baseada na definição universal de suas possibilidades linear de desenvolvimento historicamente onde não há o reconhecimento de sua importância na participação na produção cultural social e histórica da humanidade Sobre essa premissa Prestes 2008 p 20 aponta A infância além de nomear um período de vida do homem deve ser entendida em diferentes aspectos A criança não está estaticamente inserida nela Há diferenças políticas econômicas sociais e culturais que corroboram para diferentes conceitos de infância de acordo com o espaço e o tempo que ela ocupa É necessário considerar o contexto e as referências ao entorno da infância para uma aproximação do conceito pois está articulada a época classe social e raça Cada período histórico carrega suas marcas sociais em toda a humanidade e a infância imbuída neste contexto não está fora do âmbito das disputas de interesses existentes nas sociedades portanto recebe influências alterando o cenário cultural e social incessantemente Para Mello 2007 p 07 A infância do ser humano é mais longa e incomparavelmente mais complexa por seu conteúdo e pelo caráter das mudanças psíquicas que têm lugar em seu desenvolvimento do que o que acontece com os filhotes dos animais é uma conquista humana A infância é o tempo em que a criança deve introduzirse na riqueza da cultura humana histórica e socialmente criada reproduzindo para si qualidades especificamente humanas Isso permite às novas gerações subir nos ombros das gerações anteriores para superálas no caminho do desenvolvimento tecnológico científico e do progresso social 11 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Considerando o curto espaço de tempo entre o nascimento de uma criança até o início da adolescência períodos curtos mas de grande transformação na vida na mesma proporção ocorrem as grandes possibilidades de ação desses sujeitos que influenciam várias áreas do desenvolvimento da sociedade como um todo Se a criança está inserida no contexto social e não é passiva logo influencia sobremaneira o meio Para Kramer 2006 p 15 Crianças são sujeitos sociais e históricos marcadas portanto pelas condições das sociedades em que estão inseridas A criança não se resume a ser alguém que não é mas que se tornará adulto no dia em que deixar de ser crianças Reconhecemos que é específico da infância seu poder da imaginação a fantasia a criação a brincadeira entendida como experiência de cultura Crianças são cidadãs pessoas detentoras de direitos que produzem cultura e nela são produzidas Esse modo de ver as crianças favorece entendêlas e também ver o mundo a partir do seu ponto de vista A infância mais que estágio é categoria histórica existe história humana porque o homem tem infância As crianças brincam isso é que as caracteriza Com a sua maneira peculiar e própria de compreender o mundo ao mesmo tempo em que estão na história fazem história agem com suas linguagens interações e com as pessoas onde independentemente do reconhecimento que se possa ter de suas dimensões É a parte da vida em que se dão as primeiras descobertas do mundo das relações que a partir do ambiente e do sujeito possam acontecer NUNES SILVA 2001 p 10 Fonte urlshorteneratsJN13 Reconhecer aceitar e oportunizar a criança como sujeito ativo que não é passível de ser desprezado em sua condição de colaborar com a sua existência e com suas capacidades é por outro lado oportunizar novas descobertas é estimular novas criações é oportunizar o papel social São atitudes e posturas no mínimo desafiadoras para uma sociedade que tem como berço a ideia de que crianças não passam de seres que apenas devem receber propostas porque são passivas o que é uma concepção secular e humanamente inviável permanecer Para Rosemberg e Mariano 2010 p 31 12 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 as crianças não apenas internalizam a cultura mas contribuem ativamente para a produção e a mudança cultural Significa também que as crianças são circunscritas pela reprodução cultural Isto é crianças e suas infâncias são afetadas pelas sociedades e culturas das quais são membros Infância é período em que se inicia as experiências e o conhecimento de mundo da cultura com suas crenças em que o desenvolvimento de um sujeito em um curto período de espaço de tempo se transforma e cabe reconhecer e respeitar suas vicissitudes e singularidades No entanto essa concepção é histórica e cultural demandando tempo para a sua modificação Fonte encurtadorcombrcrBX0 12 Cultura espaço historicamente construído Embora tenhamos por meio das leis todo um aparato como base de garantia dos direitos e proteção inerentes à criança existem desigualdades e contradições ou seja todas as crianças em fase de sua infância não somente no cenário brasileiro apesar de possuírem a garantia de conhecimento aprendizagem desenvolvimento saúde as condições de acesso às experiências nem sempre são oportunizadas Historicamente também surgem discussões por meio de organismos diversos para uma permanente busca pela reflexão e reelaboração do próprio ponto de vista das práticas sociais e da educação onde se pauta a questão biológica e universal da criança São características que em qualquer espaço geográfico do mundo devem ser enxergadas no espaço em que ocupa De igual ela passa a ser única vista em sua singularidade e na sua multiplicidade de influências diretas que recebe do meio em que está inserida seja do primeiro grupo a família como os demais dos quais participa direta ou indiretamente todas dotadas de suas crenças costumes religiões e hierarquias 13 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Quando falamos de cultura de espaço historicamente construído podemos ter a representação de períodos por meio de imagens e por outro lado é justamente a imagem que se tem é a que ficará como ícone da representação de um povo de um marco histórico seja qual for em qual área do conhecimento social Há necessidade de que as crianças se reconheçam nas referências visuais que têm e muitas vezes são segregadas em grupos que por critério de cor de pele de etnia para subjugar suas características limitando suas possibilidades de acesso a mudanças de condições de vida e cultura Assim também ocorre com a infância a análise de tempo cronológico e de experiência de vida Para exemplificar vamos à clássica imagem de propaganda de crianças em sinais de trânsito seja pedindo ou vendendo algo para colaborar com o sustento da família Qual é a imagem que temos como referência A criança maltrapilha suja desnutrida ligadas a mazelas sociais ou as bem nutridas vestidas com dignidade protegidas do tempo de um sol forte sob um calor escaldante com seu boné e protetor solar bem calçado e com aparência de saúde e felicidade estampado aos olhos Em uma sociedade que desde os séculos passados dita as características da infância como sendo uma sentença única padronizada sem considerar a perspectiva de mudança de padrão compromete a auto representação positiva e evolutiva da criança Nesse sentido as imagens vão se constituindo nas representações de como as crianças são vistas e passam ser referências São apresentadas para sociedade de maneiras diversas como em ilustrações de livros didáticos para paradidáticos em obras de artes em propagandas Dessa maneira imageticamente a representação da criança vai sendo reforçada dificultando a desconstrução de uma ideia que perpetua e nada tem a colaborar com a evolução da autoestima e auto representação positiva sendo capaz de sair dos padrões que parecem irremediáveis No entanto descontruir e reconstruir cultura é preciso que haja várias áreas com empenho na reflexão e proposição de novas culturas e condutas na história da infância As crianças eram vistas até o final do século XX como mini adultas sendo muitas vezes forçadas a desempenharem atividades de adultos sem que para isso fossem respeitadas no seu desenvolvimento cognitivo e estrutura física Os trabalhos sob pena de castigo e maus tratos uma vez não realizados deveriam ser desempenhados independente da tarefa ou condição da criança Cada qual desempenhava uma função de maneira obrigatória o que passava a ser a identificação de cada um Foi quando passavam a trazer a profissão no sobrenome de batismo como por exemplo João da lavoura Segundo Florentino e Góes 2005 p 217 14 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Alguns haviam começado muito cedo O pequeno Gastão por exemplo aos quatro anos já desempenhava tarefas domésticas leves na fazenda de José de Araújo Rangel Gastão nem bem se pusera de pé e já tinha um senhor Manoel aos oito anos já pastoreava o gado da fazenda de Guaxindiba pertencente à baronesa de Macaé E de Rosa escrava de Josefa Maria Viana aos 11 anos de idade diziase ser costureira Aos 14 anos erase um adulto completo Essas práticas foram apontadas por Fonseca 2002 permitindo se observar que a convivência com os mais velhos durante os afazeres já os encaminhava para as ocupações futuras das crianças na fase final da infância Mattoso 1988 p 52 relata que as crianças até os três anos de idade acompanhavam suas mães nos afazeres escravos a que eram destinadas e na fase seguinte até os oitos anos de idade passavam a colaborar nos serviços escravos com tarefas regulares e servindo também aos senhores Caracterizando assim o período em que a escravidão se iniciava Muitas das imagens foram retratadas pelo artista Jean Baptiste Debret que era um pintor francês que veio para o Brasil para trabalhar com o imperador D João VI realizando várias artes que retrataram o período da monarquia em grande parte a rotina de crianças escravas que povoavam as ruas do Rio de Janeiro Assim podemos refletir que não havia nessas épocas distinção entre adultos e crianças seus corpos tinham a mesma representatividade 13 Representatividade do corpo Para analisar as relações de corporeidade é necessário nos remeter aos estudos da Sociologia Antropologia Filosofia História e demais áreas do conhecimento com o objetivo de conhecer e compreender como essas relações estão sendo constituídas socialmente ao longo dos anos o fato é que há uma grande desigualdade de gêneros socialmente em todos os grupos Segundo Faria 2006 p 87 neste espaço da sociedade vivemos as mais distintas relações de poder gênero classe idade étnicas Desse modo é necessário estudar as relações no contexto educativo da creche e préescolas onde confrontamse adultos entre eles professora diretora cozinheira guarda pai mãe secretárioa de educação prefeitoa vereadora etc confrontamse crianças entre elas menino menina mais velha mais nova negra branca judia com necessidades especiais pobre rica de classe média católica umbandista ateia café com leite quatro olhos etc e confrontamse adultos e crianças a professora e as meninas a professora e os meninos o professor percentual bastante baixo mas existente e com tendência a lento crescimento e os meninos o professor e as meninas o professor e a mãe da menina 15 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Como podemos perceber as discussões nas questões de gênero classe idade étnica deve começar bem cedo desde a educação infantil pois as relações da criança nesse espaço é que introduz o menino e a menina na vida social respeitando a história de cada criança que vem de classe social religião etnias diferentes Cada sociedade diferencia a forma de tratar as diversidades em desigualdade de gêneros sendo as mulheres as que carregam o maior fardo de opressão Podemos considerar comum o desenvolvimento de meninos e meninas no sentido apresentar comportamentos masculino e feminino Citaremos Vianna e Finco 2009 p 275 sobre a fala de uma professora para exemplificar a nossa afirmação Normalmente as meninas são mais tranquilas que os meninos As meninas falam muito e os meninos são mais agitados assim com o corpo As classes com mais meninos são mais agitadas As meninas eu costumo chamálas de princesas então é uma relação mais meiga mais doce mesmo E os meninos são os meus rapazes os meus rapazes são mais ativos gostam de correr de pular não param quietos no lugar As meninas são mais meiguinhas são mais dóceis mais caprichosas mais atenciosas Os meninos gostam mais de brincar são mais descuidados mais agitados tem uma diferença muito grande Eu não tenho um aluno que tem o capricho de muitas meninas a maioria dos meus meninos faz as coisas de qualquer jeito não tem cuidado não é caprichoso deixa as coisas jogadas não tenho menina que deixa o estojo jogado no chão Os meninos não têm muita paciência para se apegar nos detalhes das atividades eles querem acabar logo para poder brincar para ficar livre As meninas já são mais cuidadosas se preocupam com detalhes Elas se preocupam com o que eu vou achar do trabalho delas os meninos não estão nem aí Meninas e meninos na educação infantile Nas cores eles se prendem o azul e o cor de rosa a gente mesmo adulto acaba impondo isso se você vir as portas dos banheiros é azul dos meninos e rosa das meninas Como podemos ver ao contrário do menino a menina desempenha um papel passivo na sociedade sempre relegada à margem como um ser de segunda categoria nas várias instituições Ocorre que a família a igreja a escola e o estado prestam colaboração nessa reprodução ou seja em cada uma dessas instituições já está sendo formada essa diferenciação entre os papéis definidos entre os meninos e meninas Naturalmente vão se constituindo mesmo antes do nascimento influenciando no comportamento dos sujeitos nas funções de estabelecimento de normas postura esperada pela sociedade delimitando os espaços de direitos de ir e vir Desta maneira qualquer atitude comportamento que a criança transgrida o limite imposto pela sociedade adulta quanto à questão de gênero tornase o foco da atenção Sendo assim é considerada um problema do ponto de vista do saber e do poder O caso é o indivíduo tal como pode ser descrito mensurado medido comparado a outros e isso em sua própria individualidade e é também o indivíduo que tem que ser 16 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 treinado ou retreinado tem que ser classificado normalizado excluído etc como relatou FOUCAULT 1977 p70 Isso nos leva a pensar na violação de lei eou norma relacionada ao gênero propondo que se instale nas crianças um único conceito de identidade Fonte httpsbitly2MMcWWX Aos meninos é dado a força sempre com permissão e responsabilidade de trabalhos ligados à ordem ao poder monopolizando o desenvolvimento de certas profissões No entanto para as meninas é reservado todo o tipo de cuidado em que se faz necessário a calma o equilíbrio emocional os cuidados maternais a paciência serenidade solidariedade a prestimosidade e habilidades em ensinar e cuidar das crianças da natureza do bemestar da família com o objetivo de estar disponível para servir e zelar pelos espaços que lhe foram designados atividades que desde a infância são retratadas nas brincadeiras e nos brinquedos oferecidos Assim é delimitado o que fazer como se comportar e o que não deveria ser feito Todo embasamento para essas funções entre os meninos e meninas são calcados na definição do próprio sexo Historicamente e socioculturalmente o conceito para definir os espaços de cada um naturalmente segundo Bourdieu 2003 pp1920 O mundo social constrói o corpo como realidade sexuada e como depositário de princípios de visão e de divisão sexualizante Este programa social de percepção incorporada aplicase a todas as coisas do mundo e antes de tudo ao próprio corpo realidade biológica é ele que constrói a diferença entre os sexos biológicos conformandoa aos princípios de uma visão mítica do mundo enraizada na relação arbitrária da relação de dominação dos homens sobre as mulheres ela mesma inscrita com a divisão do trabalho na realidade da ordem social Entendemos que é a anatomia e sua diferença entre meninos e meninas que definem e justificam a função de cada um socialmente e no mundo trabalho E assim naturalmente vai sendo alicerçado por meio dessa visão social a função de cada um que 17 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 mais tarde são questionáveis e revistas pela própria sociedade Essa mudança depende de um esforço de toda a sociedade que precisa se despir de preconceitos que politicamente culturalmente urgem serem revistos para que se tenha mudança Para Godelier 1980 pp1112 os estereótipos são ensinados na mais tenra idade e estruturam de antemão a percepção da realidade social O autor quis dizer que a condição minorada das meninas imposta pelos valores sociais são calcadas nos princípios da economia da política e da simbologia em que foi enquadrada isto é a mulher como forma de objeto capaz de suprir as necessidades da sociedade enquanto na questão econômica elas não possuem acesso a todas as profissões que os homens possuem Fonte httpblogdrpeppercombrideologiadegenero Conforme Vianna e Finco 2009 p280 As preferências são construídas na préescola e tende a contribuir para que as crianças pequenas sigam um padrão socialmente imposto do que seria certo ou errado aceitável ou passível de rejeição O modelo binário masculinofeminino é apresentado diariamente para elas A manutenção desse modelo binário depende do ocultamento das masculinidades e feminilidades alternativas do silêncio sobre elas e de sua marginalização É por meio desses maus exemplos que a sociedade reforça a associação unívoca e supostamente natural entre sexo e padrões de gênero Modificar ou desmitificar essa condição de padrão de gênero reproduzida fortemente na imagem da menina e do menino depende do movimento de desnaturalização e questionamento das áreas das ciências que se estudam sobre o desenvolvimento e comportamento humano suas influências e capacidades para além das questões biológicas Na produção das indústrias de brinquedos também foi sendo reproduzida os objetos que significavam a prática destinada para meninos e meninas De maneira que as meninas ganhavam panelinhas bonecas reforçando uma tendência aos cuidados 18 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 domésticos e maternais e aos meninos foi sendo ofertado carrinhos ferramentas experiências que hoje estão presentes no cotidiano Fonte httpsbitly2ITWqSr Fonte httpsbitly2zcC73a Fonte httpsbitly2tT0ZYv Nesse sentido o universo automobilístico por exemplo não contava com o público feminino no cenário a menos que fosse uma passageira Se antes apenas os meninos eram estimulados a brincar com carros por outro lado para as meninas essa possibilidade não existia Com o passar dos anos dado a independência da mulher avançando cada vez mais em desenvolver tarefas as quais historicamente era inviabilizada de se fazer eis que a própria indústria automobilística lança um desafio para a sociedade Sob o viés da mídia e do comércio O exemplo a seguir nos faz refletir sobre uma certa mudança de olhares para a menina Ferreira 2014 p 96 apresenta um anúncio publicado nos EUA nos anos 60 que destaca as representações de gênero da época O anúncio foi nos anos 60 e teve sua versão levada a público também aqui no Brasil Quando a versão em português caiu em minhas mãos por acaso enviada por email achei que embora meu propósito fosse falar da publicidade atual de carros essa peça apesar de veiculada há meio século poderia contribuir bastante para a discussão Vou focar aqui na versão brasileira mas tratarei de alguns aspectos da versão em inglês pois eles são bastante significativos para a entendermos as representações atuais de gênero 19 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte httpsbitly2lREQWf Desta forma historicamente quando se fala em carro nos remete à figura masculina tanto quanto o pilotar quanto ao ensinar de conhecimentos de manutenção e consertos Mas embora essa cultura seja antiga e fortemente influenciável quando surge a oportunidade de proporcionar ao mundo feminino a proximidade com essas tarefas ainda é grande a dúvida da competência na área Sampaio 2007 explicita o movimento do feminismo cujo objetivo é a garantia da questão igualitária entre os sexos para a libertação das mulheres deixando de lado que a sexualidade pudesse interferir ou delimitar politicamente os seus espaços de atuação A luta pelos direitos para ocuparem as mesmas funções no trabalho vão sendo discutidas em grande ascensão Esse movimento surgiu no século XVIII na Europa visando uma a livre expressão política e intelectual livrando assim a opressão sofrida pelo gênero o qual segundo Sampaio 20017 p16 possibilitaram com isso pensar as relações de poder que produzem as desigualdades 20 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte httpsbitly2KQJ2jG Sobre a definição e condição individual de cada gênero Saffiotti 2004 tratase de um conceito aberto e que é socialmente construído para diferenciar e representar o feminino do masculino incutindo sobre cada um um juízo de valor Gênero e sexualidade a teoria de que a anatomia dos corpos é a única diferença sexual que define a identidade de gênero demanda que as atitudes costumes comportamentos peculiaridades de ciclos de vida seriam distintos entre homens e mulheres O padrão imposto pela sociedade é de que os meninos naturalmente se sentiriam masculino e as meninas femininas Então como explicar em casos que o sexo biológico não coaduna com os padrões de gênero conhecidos e estabelecidos pela história cultural E que o que foi estabelecido desde que nasceu que foge à regra de gênero até então Para Carrara e Heilborn 2009 pp 123124 apud PEREIRA et al 2009 A expressão identidade de gênero foi usada primordialmente no campo médicopsiquiátrico justamente para designar o que estas disciplinas consideravam transtornos de identidade de gênero isto é o desconforto persistente criado pela divergência entre sexo atribuído ao corpo e a identificação subjetiva com o sexo oposto Nos últimos anos outros campos da ciência bem como as próprias pessoas que se identificam como travestis transexuais transgêneros trans ou intersexuais têm retomado esse conceito seja para questionar a perspectiva que avalia tais variações como patológicas seja para reivindicar direitos relativos ao reconhecimento social da identificação com o sexo assumido pela pessoa quando a 21 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 aparência e o comportamento são diferentes daqueles esperados para o sexo atribuído no nascimento com base nas características anatômicas Desta maneira percebese que as relações entre gênero sexualidade ciência trabalho estão sempre em condição de serem redimensionados os papéis que ocupam socialmente visto que a participação política crítica não são estáticos e historicamente vão sofrendo mudanças de padrões cotidianamente Fonte httpsbitly2Ns579Y As expressões artísticas por exemplo essas surgem a medida em que os adultos colocam em reflexão sobre a condição imposta pelos padrões ditos normais como podemos ver na sequência a letra da música Masculino e feminino de autoria do cantor e compositor brasileiro Pepeu Gomes em parceria com a também compositora e cantora Baby Consuelo e Didi Gomes fomentando a diferença entre o conceito de gênero e de sexo dizendo que não são iguais explicando que o sexo de uma pessoa ou a definição da identidade biológica não está ligada à identidade de gênero a qual ela apresenta E que essa última é uma construção social como sujeito feminino ou masculino 22 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Masculino e Feminino Pepeu Gomes Ôu Ser um homem feminino Não fere o meu lado masculino Se Deus é menina e menino Sou Masculino e Feminino Olhei tudo que aprendi E um belo dia eu vi Desta maneira não se deve descartar a existência da diversidade que permeia por todos os âmbitos da sociedade Historicamente buscar identificar essa diversidade e acolher suas especificidades e condições fazse necessário discutir nas várias esferas urgentes considerando novas formas de organização de um povo nesse sentido ao pensarmos na criança devemos respeitar sua individualidade sua maneira de ver estar e agir no meio em que está inserido Como facilitador dessa influência temos a propaganda a publicidade pois elas atuam grandemente na mudança da cultura de um povo expressam linguagens diversificadas que merecem atenção à ética O primeiro espaço onde a ética é problematizada ou discutida é a escola e esta tem como colaborar com reflexões críticas no tocante a representação social das crianças quando enfatiza o papel de reconhecer que por de trás de cada texto verbal ou não verbal das propagandas as ideologias fomentadas pelas classes dominantes estão implícitas Para Hall 2006 p9 Um tipo diferente de mudança estrutural está transformando as sociedades modernas no final do século XX Isso está fragmentando as paisagens culturais de classe gênero sexualidade etnia raça e nacionalidade que no passado nos tinham fornecido sólidas localizações como indivíduo sociais Essas transformações estão também mudando nossas identidades pessoais abalando a ideia que temos de nós próprios como sujeito integrados Desta forma há oportunidade de quebrar paradigmas tão arraigados principalmente na imagem de menino e menina A escola assim teria condições de fazer novas abordagens em que a partir dos participantes vão sendo abertos espaços para descobrir as diferenças não apenas de gêneros mas sim de todos os outros aspectos culturais 23 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Antes de continuar seu estudo realize o Exercício 1 e a Atividade 11 Dicas de aprofundamento GIRARDELLO G Liga roda clica estudos em mídia infância e cultura CampinasSP Papirus 2008 BUCKINGHAM David Crescer na era das mídias São Paulo Loyola 2007 FERREIRA Aparecida de Jesus Org Relações étnicoraciais de gênero e sexualidade perspectivas contemporâneas Disponível em httpbooksscieloorgidbtydhpdfferreira9788577982103pdf Acesso em 04 jul 2019 Assista ao vídeo Pare Pense Erotização Precoce Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvhuKGAd6BEk Acesso em 18 maio 2020 Assista ao video Concurso de beleza Turma da Mônica Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvGKwYaSlR0RM Acesso em 16 mar 2021 24 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 UNIDADE 2 CULTURA LÚDICA INFANTIL E TECNOLOGIA DIGITAL OBJETIVO DA UNIDADE Refletir e compreender a cultura lúdica infantil e as tecnologias digitais Nessa unidade vamos estudar a ludicidade e a tecnologia digital iniciando com uma reflexão sobre as culturas da infância pois essas carregam as marcas de uma sociedade em sua complexidade Segundo Sarmento 2002 p 04 A pluralização do conceito significa que as formas e os conteúdos das culturas infantis são produzidas em uma relação de interdependência com culturas societais atravessadas por relações de classes de gênero e proveniência ética que impedem definitivamente a fixação num sistema coerente único nos modos de significação e ação infantil Não obstante a marca da geração tornase patente em todas as culturas infantis como denominador comum traço distintivo que se inscreve nos elementos simbólicos e materiais para além de toda a heterogeneidade assinalando o lugar da infância na produção cultural As culturas infantis resultam da sociedade são construídas historicamente e alteradas nos seus processos históricos Estas dependem da recomposição das condições da sociedade em que a criança vive A cultura infantil acontece de forma diversa em diferentes lugares podendo ocorrer nas brincadeiras em casa na escola apresenta uma interdependência com a cultura global as brincadeiras por exemplo estas integram vários elementos diferentes dependendo do lugar que a criança vive que acabam influenciando em sua dinâmica BROUGÈRE 2010 Brougère enfatiza que não existe na criança uma brincadeira natural A brincadeira é um processo de relação interindividual portanto de cultura BROUGÈRE 2010 p 104 E acrescenta a brincadeira é entre outras coisas um meio de a criança viver a cultura que a cerca tal como ela é verdadeiramente e não como ela deveria ser BROUGÈRE 2010 p 62 Nesse sentido podemos refletir a brincadeira como um espaço de troca de vivência social onde as crianças interagem constituindo seu EU como sujeito humano que produz história e cultura Ainda citando o mesmo autor 2010 a televisão influenciou muito na cultura infantil na medida que ela interfere nas temáticas propostas das brincadeiras já existentes 25 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 De acordo com Brougère 2010 p 57 Nem tudo se presta à brincadeira A brincadeira não aparece como uma imitação servil daquilo que é visto na televisão mas sim como um conjunto de imagens que têm a vantagem de ser conhecidas por todas ou quase todas as crianças de ser combinadas utilizadas transformadas no âmbito de uma estrutura lúdica A criança não recebe passivamente o que a televisão apresenta ela modifica e apropria dela por intermédio de suas brincadeiras como acontece por exemplo quando imita a cultura de sua família em uma brincadeira ela modifica a ação conforme as vivências de seu cotidiano A criança está em uma etapa de vida em que a imaginação e a criatividade são marcantes Nessa perspectiva a criança começa a ser visualizada como sujeito que produz cultura quando reconhecemos que ela é agente social e que está presente em um grupo marcante Falando em visualização as crianças na modernidade têm outras vivências pois estão imersas nas culturas digitais Isso nos leva a refletir que as crianças utilizam das tecnologias como contexto nas relações de interação social com seus pares família e nos espaços que ocupam Segundo a Internet Safety for Kids Families Segurança de Internet para Crianças Famílias um estudo realizado pela empresa de segurança Trend Micro em 2011 as crianças brasileiras são as que entram mais cedo nas redes sociais e que os pais brasileiros são os menos rígidos Fonte httpsbitly2KLnJU7 26 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte httpsbitly2KLnJU7 Nas culturas digitais encontramos imigrantes digitais e nativos digitais Os imigrantes digitais são aqueles que se esforçam na adaptação do uso dessas tecnologias ou seja precisam aprender a utilizar as novas tecnologias Já os nativos digitais apenas aprendem a operar um produto manuseandoo de forma natural Os imigrantes digitais por mais que desenvolva uma habilidade digital ainda necessitam de um suporte por exemplo como imprimir um documento para lêlo enquanto os nativos digitais preferem ler na própria tela do aparelho Os imigrantes digitais procuram desenvolver esta intimidade com seus celulares tablets computadores Iphone Ipod Ipad e dessa forma buscam desenvolver as características que o nativo digital tem naturalmente Marc Prensky 2001 estudioso na área de Educação e Tecnologia nomeou de Nativos Digitais as pessoas que já nasceram nesta era tecnológica assim estão mergulhados no mundo digital navegam e utilizam as ferramentas da web de maneira natural como se sempre tivessem existido até porque os nativos digitais não conhecem outra realidade nasceram em um mundo submerso em tecnologia brincam desde cedo com videogames utilizam seus tablets e computadores Dessa forma eles desconhecem por exemplo a forma de se comunicar por meio de um papel em branco uma caneta escrever uma carta a mão colocar no envelope e enviála pelo correio pois é da realidade deles e muito mais prático mandar um email ou ainda uma mensagem de texto por meio de seu celular No contexto da tecnologia e da infância as crianças são consideradas como Nativos digitais e exigem de nós uma reflexão não só sobre o ser criança mas como também o uso das tecnologias por elas 27 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 A criança é parte de uma sociedade onde existe uma pluralidade composta por diversidades sociais históricas econômicas políticas e religiosas se relacionam com o mundo que a cerca de acordo com sua compreensão e potencialidade O seu desenvolvimento é o resultado de uma aprendizagem pelo meio da experiência adquirida no ambiente em que vive Ela aprende na relação em que caracteriza seu meio e geram mudanças no seu comportamento Quando interage com o meio em que está inserida tornase um ser ativo constrói estruturas mentais explora o ambiente tem autonomia própria e é capaz de superar desafios para conquistar seu espaço Nesse sentido é que nos colocamos para discutir a tecnologia na infância em suas entrelinhas Criança que aprende na interação em uma cultura cibernética global com base na multimídia Veen e Vrakking 2009 p 30 afirmam que existe aparentemente uma nova espécie que atua em uma cultura cibernética global com base na multimídia Freire 2015 pp 132 152 questiona a afirmação de Veen e Vrakking Será que podemos afirmar que de fato existe uma nova espécie Há realmente uma geração digital Seria possível uma generalização das crianças ao ponto de chamálas atualmente de crianças digitais Com esses questionamentos Freire levanta uma reflexão de como esta geração chamada de cultura cibernética lida com a cultura lúdica na atualidade Essas indagações leva a pesquisa sobre as crianças e suas relações com a cultura midiática Segundo Sarmento 2001 estamos vivendo em outros tempos em que as crianças são afetadas pela globalização A infância não é tida como universal e nem absoluta os tempos de infância são múltiplos Nesse sentido podemos refletir que o universo infantil está contaminado com a cultura midiática presente no dia a dia das crianças Essa expressão cultura midiática é utilizada por Santaella 2003 pp 1516 como sinônimo de cultura das mídias novas sementes começaram a brotar no campo das mídias com o surgimento de equipamentos e dispositivos que possibilitaram o aparecimento de uma cultura do disponível e do transitório fotocopiadoras videocassetes e aparelhos para gravação de vídeos equipamentos do tipo walkman e walktalk acompanhados de uma remarcável indústria de videoclips e videogames juntamente com a expansiva indústria de filmes em vídeo para serem alugados nas videolocadoras tudo isso culminando no surgimento da TV a cabo Essas tecnologias equipamentos e as linguagens criadas para circularem neles têm como principal característica propiciar a escolha e consumo individualizados em oposição ao consumo massivo São esses processos comunicativos que considero como constitutivos de uma cultura das mídias 28 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Esses processos comunicativos levam as novas gerações a utilizarem de vários recursos tecnológicos desde a infância onde possui o controle das informações de acordo com suas necessidades Os recursos tecnológicos estão presentes também na cultura lúdica das crianças e esta cultura acontece de modo diferenciado nos espaços onde a brincadeira pode ocorrer pois ela foi dividida separada dos aspectos da cultura global Nesse sentido podemos considerar que as crianças não possuem o mesmo entendimento das brincadeiras aquelas passadas pela mídia pois não a recebem de modo passivo as crianças são críticas Porém por outro lado é por intermédio das mídias que as crianças têm acesso a várias informações como relata Pinto 2000 p 266 inumeráveis situações informações e problemas em torno da vida social e natural próxima e distante sobre diversas facetas e dimensões do tempo e do espaço numa linguagem complexa que resulta de uma combinação de várias linguagens Neste sentido Cohn 2005 p 35 também afirma que as crianças não são apenas produzidas pelas culturas mas são produtoras de cultura elas têm autonomia cultural em relação ao adulto COHN 2005 p 35 As crianças são sujeitos ativos de cultura Fonte httptwixarmem7T3 A criança deve ser conhecida como sujeito social capaz de produzir cultura e isso se apresenta por meio da relação com seus pares na família e nas instituições infantis Nesse sentido as instituições infantis não devem ficar presas somente aos cuidados restritos às necessidades físicas e a falta da família As instituições infantis como espaço de vivência de amadurecimento cognitivo social afetivo onde promove o acesso à educação as crianças exige pensar no professor 29 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 na formação desse professor nas relações que estes estabelecem com as crianças e também com os demais profissionais da escola nessa era digital Segundo Prensky 2001 os professores que atuam nas instituições de ensino e possuem mais de vinte anos são imigrantes no ciberespaço Ou seja nasceram em outro meio e aprenderam a construir conhecimento de forma diferente do que esta geração denominada de nativos o faz Então a grande maioria de nossos professores são denominados pelo referido autor Imigrantes Digitais pessoas que nasceram antes desta tecnologia se desenvolver e acompanharam este desenvolvimento e o viram ser introduzido em sua vida diária e que por isso precisam se adaptar a ele Hoje podemos observar que em qualquer lugar a que vamos seja em um supermercado no banco no ônibus na praça encontramos sujeitos se comunicando por meio de seus aparelhos celulares tablets entre outros e assim a comunicação instantânea se faz presente diariamente Fonte httptwixarmed7T3 Podemos exemplificar a necessidade de adequação por meio da utilização do celular que em grande maioria são computadores de bolso Assim por meio de um pequeno aparelho temos todas as funções que antes precisavam ser acessadas em um computador de mesa Hoje em um único aparelho temos máquina fotográfica filmadora telefone televisão e navegamos na internet dentre outras possibilidades 30 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 21 Infância e tecnologia digital Durante toda a infância experimentamos situações que envolvem relações de dependência independência e autonomia Essas relações são dinâmicas e podem se manifestar de diversas formas em contextos diferentes Isso porque as situações de dependência podem originarse de momentos de crise de limitações transitórias de contextos culturais e ainda podem se dar em diversos domínios como mental físico econômico social entre outros Isso significa que numa dada situação podemos depender de alguém mas em situação diferente esta dependência pode não existir Neste sentido a independência opondose a dependência traduzse um estado em que a sujeito não necessita de assistência será Coloco essa provocação como reflexão de dependência independência e autonomia da criança na era da tecnologia digital Fonte encurtadorcombrfEQX5 Quando pensamos na infância da criança e no seu processo de desenvolvimento esperamos que essas em certa medida possam precisar de apoio para realizar determinadas atividades visto que somente na medida em que se desenvolvem aprendem integralmente tornamse capazes de se libertar também em certa medida da necessidade de assistência do adulto Contudo a relação de dependência referese à funcionalidade da criança com relação ao adulto que não se origina de suas limitações Ou seja a criança tem condição física e cognitiva para realizar atividades cotidianas mas não lhe é permitida essa experiência o que acaba gerando prejuízos ao desenvolvimento de sua independência Com relação à autonomia consideramos que esta é possibilitada pelo desenvolvimento intelectual da criança a mesma está relacionada à capacidade do indivíduo de utilizar seus próprios instrumentos de analise reflexão e avaliação as diversas situações problema que demandem sua ação mental para resolvêlas Ser intelectualmente autônomo 31 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 pressupõe que o indivíduo é capaz de usar seus conhecimentos e suas experiências para criticamente pensar sobre determinada situação eou objeto do conhecimento livre de pressões externas imposições e verdades absolutas A partir da reflexão podemos perceber que ser independente não significa necessariamente ser autônomo Entretanto ter iniciativa para realizar ações de forma independente do outro sobretudo quando pensamos em ações que as crianças podem realizar sem depender do adulto representa um importante passo a caminho da sua autonomia De acordo com o Referenciais Curriculares NEI 1998 p 39 A progressiva independência na realização das mais diversas ações embora não garanta a autonomia é condição necessária para o seu desenvolvimento A autonomia e a independência da criança configuramse em processos formativos que se constroem nas relações criançaobjeto criançacriança e criançaadulto e se desenvolverão de forma diferenciada em cada fase do crescimento e desenvolvimento dessa criança No sentido de progressiva independência das crianças podemos relatar nos últimos anos as chamadas novas mídias quando a cultura digital se torna rotina de milhares de crianças destacando essa independência certo que isso acontece em espaço diferente de condições e acesso Nesse sentido no contexto onde as práticas das crianças de contato com a TV sites da internet informações online nos remete a refletir sobre as relações de interdependência na utilização das tecnologias a interdependência dos diferentes direitos é a condição de sua própria realização como dizem Sarmento e Pinto 1997 p 5 fica penoso responsabilizar a criança por sua participação quando falamos de mídia pois as crianças tem o direito à proteção com normas estabelecidas do ponto de vista da mediação cultural Segundo Fantin 2016 p 604 Na relação entre infância mídia e economia a participação das crianças ocorre tanto pela produção quanto pelo consumo infantil Os produtos culturais para a infância livros cinemafilmes televisão jogos e outros produtos de consumo para crianças moda guloseimas material escolar serviços recreativos fazem parte de um dos segmentos de mercado de difusão mundial E embora saibamos que as crianças têm direito ao consumo é importante discutir o tipo de consumo digital ao qual as crianças estão submetidas e as formas de mediação na perspectiva da mídiaeducação entendida como educação para cidadania Nesse sentido a escola pode contribuir com o estatuto social da infância afirmando o sentido da ação educativa da ideia de sustentabilidade problematizando a dimensão simbólica do consumo como pertencimento e dos mecanismos de controle das crianças que muitas vezes são feitos em nome de seus interesses e das possibilidades de participação Dessa forma a participação das crianças com relação às mídias é questionada 32 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Para refletir As crianças são eficientes o bastante para praticar seus diretos Podemos tomar a fala de Buckingham 2000 que debate os elementos legais das crianças como a responsabilidade das crianças pelos seus atos o relacionamento das crianças e a participação das crianças na sociedade Fonte encurtadorcombrBCE05 Com base nessa premissa fica claro que várias situações em relação aos direitos proteção e participação das crianças apresentam uma não competência delas ou seja elas são incapazes de fazer de forma diferente o que foi solicitado pelo adulto isso leva a crer que não consideram suas habilidades se elas apresentam essa incapacidade é porque não tiveram oportunidade de fazer de outra forma Fantin 2015 p 605 relata que É evidente que existem muitas situações em que a relação entre os direitos de proteção e participação demonstra que a competência das crianças é maior do que a habitualmente reconhecida ou que em muitos casos elas são incapazes de atuar de outra forma simplesmente porque não tiveram oportunidade de fazêlo No entanto o desafio é não subestimar as crianças considerandoas incapazes nem as superestimar atribuindolhes comportamentos além de suas capacidades e condições emocionais pois faltalhes discernimento para ponderar as possíveis implicações de suas escolhas Diante disso dizer que as crianças já decidem suas posições como seres que já são provoca um reconhecimento de constatação do seu desenvolvimento admitindo que elas não podem ser ainda admitidas na política e na igualdade por estarem sendo preparadas para elas diz Arendt 1997 p 160 Admitir o contrário seria o abandono a 33 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 exigência de um comportamento adulto da parte de quem ainda pode oferecer o desamparo e a não proteção da criança frente a um mundo exigente e difícil FANTIN 2011 p 44 Nessa perspectiva vivemos em uma época que confundimos a criança real da criança consumidora imaginária pois a criança é influenciada pelo meio em que vive Conforme enfatiza Buckingham 2000 p 111 muitos discursos que defendem os direitos das crianças consumidoras definindoas como atores sociais ou políticos independentes sem afirmar a responsabilidade democrática mascaram a soberania do consumidor no discurso dos direitos culturais É necessário discutir esse momento da criança real e da criança consumidora pois muitos entram em defesa dos direitos da criança consumidora sem afirmar que esta tem responsabilidades mascarando seus direitos culturais As crianças da geração digital X Y Z como são chamadas precisam do viés cultural independente do conceito que usemos como transferência de entendimento entre divergentes campos teóricos políticos econômicos históricos geográficos e culturais Fonte httpsbitly2MNPfh4 Assim o surgimento de uma chamada geração digital só pode ser adequadamente compreendido à luz de outras mudanças suas práticas que regulam e definem a vida de crianças e jovens das realidades de seus contextos e ambientes sociais cotidianos diz Buckingham 2008 p 15 se referindo a fatores como a economia a política da cultura juvenil as políticas sociais e culturais 34 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte httpsbitly2zaCnjc Podemos considerar que as chamadas gerações digitais estão produzindo modificações nas novas crianças mas esse é um novo diálogo a ser debatido pelos estudos da cultura da educação neurociência e antropologia No entanto ao mesmo tempo em que os conhecimentos se multiplicam diariamente de uma forma muito veloz o professor como agente transformador precisa buscar uma formação contínua a qual seja capaz de prepará lo para acompanhar as novas expectativas das crianças Diante disso se faz necessário que este profissional esteja disposto a aprender para que assim acompanhe as demandas da realidade das crianças e busque novas estratégias que contribuam para seu aprendizado e de todos com dinamismo e qualidade no seu processo educativo Grande parte de nossos professores não estavam acostumados com tanta tecnologia na sua vida diária pois todo este desenvolvimento tecnológico se destaca mesmo a partir da década de 1990 Por isso a maioria dos professores são imigrantes digitais e precisam se adaptar à utilização diária das novas tecnologias e suas ferramentas principalmente a internet pois por intermédio dessa como estratégia pedagógica conseguirá proporcionar ações coletivas entre as crianças Nesse sentido em poucas décadas a comunicação rápida e universal se transformou em algo natural e essencial então há necessidade de formação para que todos os envolvidos principalmente no processo de aprendizagem sejam bem íntimos com a utilização da internet e todas as ferramentas que ela proporciona Podemos destacar o texto de Gianolla 2006 p 55 que diz os sentimentos relacionados com o computador acontecem sob alguns aspectos principais recusa medo e sedução assim podemos perceber que tudo é uma questão de intimidade com o novo e suas perspectivas 35 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Ao professor da educação infantil que tem o papel de mediar o aprendizado e a interação das crianças com seus pares seus objetos e das crianças com o adulto as tecnologias têm muito a oferecer como um instrumento pedagógico A partir dessa mediação muitas possibilidades se apresentam como uma nova forma de identidade profissional do professor permitindo pensar e agir como professor profissional Nesse sentido que reforçamos a necessidade da formação dos professores com as tecnologias considerando que por meio dela o professor será capaz de acessar pesquisar criar novos ambientes de aprendizado estimulando e sendo o mediador do aprendizado das crianças O professor deve ser um agente em constante aprendizado pois nas ações que as crianças apresentam há várias situações imersas no contexto de suas singularidades 22 O Autoconhecimento e Formação Escolar Na verdade a formação é o ato de desconstruir e construir em todo tempo com o cuidado da não banalização dos atos e fatos Construir e desconstruir estão intimamente ligados à teoria e à prática possibilitando a aprendizagem de forma sistemática metodológica e ordenada A teoria é infinda mas a prática nos permite a atualização uma vez que nos limitam daí as mudanças advindas de uma ação conjugada ao saber pensar Segundo Demo 2006 os sentidos da formação permanente são 1º Desaparecer a formatação de épocas formais de formação a mesma deve ser a vida toda 2º Horizonte formativo de forma dinâmica 3º Dialética entre o que fica e o que passa o que muda tende a permanecer 4º Teoria e prática uma não vive sem a outra se completam na troca 5º A arte de saber pensar saber pensar e no primeiro passo saber questionar 6º Da liberdade de pensamento e intervenção sempre relativa de forma que seja factível influenciar sem subserviência e finalmente o 7º Meios e fins que para ele as ferramentas tecnológicas são meios que garantem acesso cada vez mais ao mundo da informação e informação por si só ainda não é aprendizagem e conhecimento porque não passa de um meio Nesse sentido a formação docente sobre a base biológica e a aplicabilidade dos recursos tecnológicos complexos bem como as oportunidades de aprendizagem em ambiente virtual tornase urgente DEMO 2006 Formar para as tecnologias é formar o julgamento o senso crítico o pensamento hipotético e dedutivo as faculdades de observação e de pesquisa a imaginação a capacidade de memorizar e classificar a leitura e a análise de textos e de imagens a representação de redes de procedimentos e de estratégias de comunicação PERRENOUD 2000 p128 36 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Este pensamento de Perrenoud deixa claro que não basta ter a máquina É preciso se reconhecer enquanto ser humano com todas as suas singularidades fazer uma releitura de tudo que nos cerca inclusive do lugar em que nos encontramos na sociedade para então essa busca de comunicação seja virtual ou não se desenvolva em sua plenitude E vemos que essa questão passa muito mais pela formação do ser humano de como ele se vê de como busca a sua realização profissional de como foi a sua formação acadêmica é um exercício pedagógico didático metodológico Fonte encurtadorcombrltFZ2 A formação do professor é necessária para quebrar paradigmas sair da zona de conforto e aprofundar em novas práticas e olhares A modernidade está aí e exige novo comprometimento e comportamento frente às mudanças O professor que é mediador da aprendizagem é crítico ciente do seu inacabamento e imerso numa prática contextualizada tanto nos aspectos culturais e históricos se permitindo lidar com o computador acessar a Internet e sabendo que o uso do mesmo também desenvolve sua autonomia sua criatividade O virtual possui uma plena realidade enquanto virtual DELEUZE 1992 p 335 Isto é possível quando o professor consegue transpor de forma integrada a abordagem do conteúdo junto à resolução de problemas compatibilizando com a realidade e necessidade o pedagógico com o tecnológico A escola não pode ignorar o que acontece no mundo As tecnologias da Informação e Comunicação transformam o mundo espetacularmente não só as maneiras de comunicar mas também de trabalhar de decidir de pensar PERRENOUD 2000 p 07 Isto significa que as tecnologias permitem não só aprendizagem com cunho efetivamente pedagógico mas em sua totalidade 37 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 O estar em sala não é mais que uma mão única deve ser de mão dupla onde os professores aprendem pois é um ato complexo de relação social tanto o professor como a criança interagem com outros pares criando uma cadeia de informações colaborativas posto que a assimilação da aprendizagem envolve também a visão de mundo de cada um atrelado aos saberes de experiências feitos do trabalho em grupo do individual e pelos mecanismos de apropriação do conhecimento reelaborado por cada um fazendo assim um exercício de aprendizagem permanente Aprender é algo contínuo permanente a vida toda e de várias maneiras O professor vive a lógica que a criança precisa aprender e não se vê na condição de aprender também Ao redefinir o professor Demo 2006 afirma que ele deve ser um eterno aprendiz pois o mesmo se define pela aprendizagem e não pelo ensino pois essa é permanente e dinâmica cuidar da criança exige habilidade emocional e política direito de estudar isso inclui a capacidade de elaborar seu próprio material didático Nesse sentido o professor precisa de atualização permanente e atualmente uma delas na era tecnológica Demo 2006 p2 afirma É de sua profissão a busca sistemática de conhecimento novo e inovador é importante saber usar as novas tecnologia conservandoa como ferramenta sobre tudo é fundamental saber humanizar as tecnologias inovadoras deve participar de estudos virtuais aproveitando o horizonte que se abre com a nova mídia e também para dar exemplo de como se pode ainda estudar melhor não apenas aperfeiçoar a cópia deve fazer uso da educação para alargar as oportunidades e também imprimirlhe a devida dignidade de aprendizagem o educador precisa saber postarse nas fronteiras do conhecimento Nesse sentido as tecnologias utilizadas como ferramentas para os professores viabilizarão nos espaços educativos das crianças uma mudança de foco no campo investigativo e descritivos das manifestações infantis 38 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Antes de continuar seu estudo realize os Exercícios 2 e 3 e a Atividade 21 Dicas de Aprofundamento FANTIN Monica Cultura digital e aprendizagem multimídia com o uso de laptop na escola Disponível em httpsbitly2IRCZd9 Acesso em 04 jul 2019 FIGUEIREDO Milene dos Santos TOMAZETTI Elisete Medianeira Inância escola e mídia as culturas infantilis em discussão Disponível em httpswwwepublicacoesuerjbrindexphprevistateiasarticleview24018 Acesso em 15 ago 2020 Para informações mais detalhadas sobre a estimulação Gênero socialização inicial consulte nossas sínteses e os artigos escritos por especialistas na Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância disponível gratuitamente para download em wwwenciclopediacriancacom Acesso em 04 jul 2019 39 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 UNIDADE 3 TECNOLOGIA E ESCOLARIZAÇÃO PERCEPÇÕES DE UM TEMPO REAL E DE UM ESPAÇO CRÍTICO NA INFÂNCIA OBJETIVO DA UNIDADE Refletir sobre a influência das tecnologias digitais na escolarização em um tempo real na infância O ser humano dotado de inteligência buscou produzir conhecimentos durante toda a sua história e vencer os obstáculos impostos pela natureza O desejo de conhecer e o impulso de compreender fatos por meio dos acontecimentos levou o homem à solução de problemas No decorrer dos tempos buscou elaborar métodos definitivos para a solução desses problemas Para superar suas dificuldades e necessidades desenvolveu instrumentos tecnológicos para construir coisas úteis Nessa perspectiva com a preocupação de minimizar esforços repetitivos e tediosos o ser humano desenvolveu máquinas que diante de novas necessidades que se apresentavam evoluíamse Assim as inovações tecnológicas não foram consideradas apenas para conhecimento e informação mas como um serviço de aplicabilidade na vida prática proporcionando dispositivos de processamentocomunicação da informação inovação e uso realimentação cumulativa A esse respeito Castells 1989 p 36 afirma que as novas tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas a serem aplicadas mas processos a serem desenvolvidos pela primeira vez na história a mente humana é uma força direta de produção não apenas um elemento positivo do sistema produtivo No sentido da mente humana como uma força direta de produção os instrumentos e as ferramentas são consideradas como aplicabilidade na vida prática Esse histórico reflete que continuamente o homem por meio das tecnologias buscou melhorias no seu modo de vida Elas estão presentes em todos os lugares e em todas as atividades que realizamos modificando a relação do homem com o mundo que o cerca A esse respeito Castells 2005 p 71 afirma que Foram de fato revoluções no sentido de que um grande aumento repentino e inesperado de aplicações tecnológicas transformou os processos de produção e distribuição criou uma enxurrada de novos produtos e mudou de maneira decisiva a localização das riquezas e 40 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 do poder no mundo que de repente ficaram ao alcance dos países e elites capazes de comandar o novo sistema tecnológico Dessa forma principalmente depois da Revolução Industrial houve um despertar no mundo filosófico sobre a diferença entre técnica e tecnologia desencadeando uma mudança no pensamento da época em que a tecnologia assume a primazia das análises não bastava compreender a técnica era necessário compreender que o estudo da técnica não deveria ser resumido somente a trabalhos manuais ou mecânicos sobre materiais e construção de obras Estudar a técnica ou seja analisar a tecnologia assumiu na atualidade o centro de muitos estudos teóricos que procuram compreender as mudanças nos processos sociais econômicos e políticos Em um mundo em que a tecnologia ocupa uma posição tão decisiva gera pessoas tecnológicas afinadas com a técnica A esse respeito Vargas 1999 p 39 relata que A tecnologia chegou em nosso tempo especialmente depois da globalização a adquirir enorme importância não só para os indivíduos mas também para as nações e para a sociedade em geral levantando problemas econômicos políticos sociais e mesmo culturais tornase necessário indagar sobre a própria essência do que é tecnologia Isto é urge meditar filosoficamente sobre o significado e o sentido de que se chama tecnologia A tecnologia é usada para facilitar as ações do ser humano e não dificultálas Deve se adaptar às necessidades humanas não fazer com que os seres humanos se adaptem a suas diretrizes A tecnologia não substitui o ser humano mas potencializa suas capacidades SOUZA 2010 Dessa forma as tecnologias se apresentam como processo de transmissão e comunicação da informação de uns locais para outros a pequena ou a grande distância O século XXI se valida com a proposta de superação da concepção vigente nos anos 1980 que o mero domínio da operação de hardware e software era uma finalidade em si O que se tem hoje é uma consciência clara da riqueza da tecnologia aplicada como ferramenta a serviço do desenvolvimento de habilidades e competências gerais e instrumento de uma cidadania global Ser sujeito numa sociedade globalizada e tecnológica implica dominar seus códigos e instrumentos de linguagem que são diferentes hoje dos que usávamos no passado 41 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte httptwixarmen7T3 31 Tecnologia na educação e a inclusão digital O uso das tecnologias na educação se compreende a partir das características em que se constitui de suas potencialidades e restrições em relação às formas de interação e construção de significados com atenção ao contexto da escola Quando se trabalha com as tecnologias é questão prioritária lembrarse que elas também fazem parte do cotidiano da criança e que portanto a escolha e definição devem levar em conta a sua realidade Desta forma na educação o reflexo das tecnologias incorpora novas maneiras de comunicação entre pessoas e a busca de informações para a geração do conhecimento Ao depararmos com uma criança tentando fazer algo no computador o que nos vem ao pensamento é como ela conseguirá realizar tal tarefa pois não notamos um esforço significativo para cumprir O adulto movido pelo sentimento humano ajudamos e assim nos tornamos mediadores desse papel Com isso não lhe propiciamos condições de independência capacidade ou seja não consideramos suas possibilidades Não ajudamos eou na maioria das vezes fazemos talvez porque em um sentimento de subestimação consideramos que a dificuldade impossibilita a criança de ter sucesso ou simplesmente porque ficamos compadecidos com as condições de ser criança Esta situação é muito complexa quando o local é a escola Os professores ainda estão contaminados por uma cultura anterior não estão convictos que eles mesmos podem ajudar a ensinar uma criança com o uso das mídias As atitudes criam um mundo artificial no qual as crianças não se sentem capazes de fazer algo por elas mesmas mas sim levam a acreditar que somente outras pessoas podem pensar e fazer coisas por eles ajudandoas a se tornarem mais dependentes Todo ambiente de aprendizagem precisa dispor de ferramentas apropriadas para que as crianças possam controlar as atividades que desejam desenvolver Por meio do encorajamento podemos ajudar cada criança respeitando sua capacidade A escola não deve ignorar ou superproteger as crianças mas sim desenvolver estratégias que possam 42 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 entender a natureza de cada uma assim como suas capacidades Dessa forma estaremos conhecendo o potencial de cada criança Segundo Bersch 2006 p31 O trabalho com a tecnologia na escola é de buscar com criatividade uma alternativa para que o aluno realize o que deseja ou precisa É encontrar uma estratégia para que possa fazer de outro jeito É valorizar o seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades de ação e interação para a comunicação a partir de suas habilidades É conhecer e criar novas alternativas para a comunicação escrita mobilidade leitura brincadeiras artes utilização de materiais escolares e pedagógicos exploração e produção de temas através do computador É envolver o aluno ativamente desafiando a experimentar e conhecer permitindo que construa individual e coletivamente novos conhecimentos É retirar do aluno o papel de espectador e atribuirlhe a função de ator Assim podemos considerar as mídias na Educação como recursos que propiciam a construção de arquivos de sistemas de comunicação e processamento de atividades organizadas em um sistema capaz de executar um conjunto de tarefas Quando a criança obtém acesso à mídia adequadamente essa prática possibilita avanços na aprendizagem e nas mais variadas habilidades importantes que podem traduzir em uma melhora de suas condições de vida em que a linguagem da mídia possibilita esse movimento de forma dinâmica A acessibilidade no campo das informações de comunicação de compartilhamento das mesmas de pesquisas gerais tanto para a criança quanto para a família e profissionais é beneficiada de forma considerável pela inclusão digital Fonte httptwixarme17T3 A inclusão digital é de grande relevância para as crianças e se deve principalmente não somente ao acesso de informações mas de romper barreiras de conhecimentos em diversas linguagens As pesquisas avançaram a criança intensifica conhecimentos e compreensão aprimorando suas capacidades por intermédio da inclusão digital 43 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Nesse sentido a informatização do ambiente de aprendizagem enfatiza a inclusão digital no universo da educação reunindo um conjunto de atividades que perpassam mecanismos que oportunizam a livre expressão organização e formação de um espaço midiatizado gerando a identidade de um grupo de navegadores e navegadoras no ciberespaço sob orientação e acompanhamento do professor A oportunidade que a escola tem para oferecer um trabalho pedagógico utilizandose dos recursos da informática mediados pelo professor não só traz a inclusão digital mas também se apresenta como apoio e suporte no trabalho com as crianças no sentido da expressão de sentimentos ideias opiniões organização como viabiliza o avanço na aprendizagem BRASIL 1996 Segundo Sarmento 2005 p371 é preciso que se faça uma distinção semântica entre infância e criança categorias que muitas vezes são apresentadas com o mesmo significado no senso comum Por isso a Sociologia da infância costuma fazer contra a orientação aglutinante do senso comum uma distinção semântica e conceptual entre infância para significar a categoria social do tipo geracional e criança referente ao sujeito concreto que integra essa categoria geracional e que na sua existência para além da pertença de um grupo etário próprio é sempre um ator social que pertence a uma classe social a um gênero etc Como podemos constatar o autor ao falar em criança logo remete à infância com os pressupostos da sociologia da infância a qual considera a construção social como uma constituição de uma estrutura geracional universal presente nas sociedades humanas Destaca também que o mundo do adulto interfere no relacionamento ou seja na conceituação que o adulto tem da criança interfere nos discursos e nas práticas com as crianças De acordo com Fernandes 2009 p87 Outro olhar sobre a infância partindo das leituras que as crianças fazem acerca dos seus quotidianos e dos problemas sociais com que se confrontam permite recentrar a atenção para as problemáticas que condicionam as suas vidas que porventura poderão passar despercebidas aos olhares adultos que olham a ordem social das crianças através de lentes adultas Nesse sentido a importância de se pensar na criança e na influência da organização da sociedade advindas das mãos dos adultos não devem deixar de ter clareza no que está posto na prática ou seja a imagem que se tem dessa criança Um dos desafios dos adultos é respeitar a criança como um ser social de direitos ativo nas relações com seus pares com todos que partilhem o contexto onde está inserido Estudiosos da 44 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 infância destacam que os principais eixos norteadores a serem trabalhados na infância são o cuidar o brincar e o educar Dessa forma independente do ambiente que a criança esteja inserida como em casa ou no ambiente pedagógico esses eixos devem proporcionar viabilização de situações significativas ao interesse natural da criança Na educação infantil por exemplo o cuidar é parte integrante da educação essa atitude é contemplada desde o planejamento educacional até a realização das atividades em si portanto a partir do momento em que se está trocando ou alimentando uma criança ao mesmo tempo está educandoestimulando por isso essa ação deve ser conjunta dos educadores e com a equipe da instituição O cuidar e o educar ocorrem simultaneamente e um conclui o outro envolvendo a afetividade a exploração de ambientes de diferentes maneiras e a construção de significados pessoais e coletivos que auxiliam o desenvolvimento das capacidades cognitivas infantis bem como das potencialidades afetivas emocionais sociais corporais estéticas e éticas O cuidado precisa considerar principalmente as necessidades das crianças que quando observadas ouvidas e respeitadas podem dar pistas importantes sobre a qualidade do que estão recebendo Os procedimentos de cuidados precisam seguir os princípios de promoção da saúde Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento das capacidades humanas é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em conhecimentos específicos sobre o desenvolvimento biológico emocional e intelectual das crianças levando em conta diferentes realidades socioculturais BRASIL 1998 p25 A criança é ser em desenvolvimento faz parte de uma sociedade onde existe uma pluralidade natural composta por diversidades sociais históricas econômicas políticas e religiosas e é nesse contexto que os conhecimentos deverão ser elaborados e vivenciados na educação infantil A criança como ser sociável se relaciona com o mundo que a cerca de acordo com sua compreensão e potencialidade o seu desenvolvimento é o resultado de uma aprendizagem natural mas também paralelamente estimulada que ocorre por meio da experiência adquirida no ambiente em que vive Ela aprende com as relações valores e crenças que caracterizam seu meio e geram mudanças no seu comportamento Quando interage com o meio em que está inserida tornase um ser ativo constrói estruturas mentais explora o ambiente tem autonomia própria e é capaz de superar desafios para conquistar seu espaço 45 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 O seu crescimento é acompanhado por fases ou etapas de desenvolvimento caracterizando aspectos peculiares e significativos como o físico o cognitivo o emocional e o espiritual muito importantes para sua formação integral Cada criança tem seu ritmo próprio e características individuais embora muitas vezes são descritas que todas passem pelas mesmas fases ou etapas do desenvolvimento as mesmas não estão necessariamente associadas à idade cronológica Esses aspectos tornam a criança um ser único que nos primeiros anos de vida precisa de cuidados específicos Segundo Oliveira 2002 p135 A experiência de conhecer crianças pequenas é muito interessante Elas demonstram agir com inteligências e chamam nossa atenção pelas coisas que fazem pelas perguntam que nos trazem Desde seu nascimento o bebe é confrontado não apenas com as características físicas de seu meio mas também com o mundo de construção materiais e não materiais elaborados pelas gerações precedentes das quais de início ele não tem consciência Essas construções comportam dimensões objetivas formas ou obras e dimensões representativas codificadas especialmente pelas palavras das línguas naturais plenas de significações e de valores contextualizados Considerando que no decorrer do seu desenvolvimento a criança compreende a realidade por meio da sua experiência com as coisas e objetos apresentando emoções de diferentes origens e intensidades demonstrando suas preferências e seus interesses pessoais dessa forma então ela elabora conceitos e progressivamente vai se integrando com a realidade vivida Fonte httptwixarmeT7T3 Nesse sentido de entender o conceito de infância e criança pesquisadores da sociologia da infância tem vivido a interlocução com outras áreas de estudo para assegurar uma reflexão a respeito dos conceitos Segundo Dornelles e Fernandes 2015 p 01 do campo das ciências sociais a pedagogia a antropologia a eco nomia a história e sociologia e humanas literatura a religião a filosofia e 46 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 as artes plásticas mas também das ciências do comportamento sobre tudo a psicologia e das ciências exatas tem sido fundamental para compreender a infância vivida pelas crianças a partir delas mesmas como única condição para poder dar conta das complexidades de que se revestem os seus mundos de vida na contemporaneidade A imagem da infância e da criança se constitui pela valorização da sua ação social como criança ativa que apresenta sua competência no processo de construção de conhecimento Segundo Sarmento 200 p 02 O imaginário infantil constitui uma das mais estudadas características das formas específicas de relação das crianças com o mundo O imaginário infantil é concebido com a expressão de um déficit as crianças imaginam o mundo porque carecem de um pensamento objetivo ou porque estão imperfeitamente formado os seus laços racionais coma realidade Esta ideia do déficit é inferente à negatividade na definição da criança que constitui um pressuposto epistêmico na construção social da infância pela modernidade criança é o que não fala infans o que não tem luz o a luno o que não trabalha o que não tem direitos políticos o que não é imputável o que não tem responsabilidade parental ou judicial o que carece de razão etc Neste sentido a infância é negada sobre uma base ideológica resultante de um procedimento de um pensamento moderno com suporte no discurso científico A infância é percebida como algo já determinado na qual as crianças se apresentam como gestores sociais reprodutores de infância por meio das negociações compartilhadas com os adultos A infância vista como um não lugar Isto se configura à medida que há uma enorme valorização nos conhecimentos já apresentados como fundamentais na constituição e formação institucional sem muitas discussões e análise no que afirmam sobre o que está posto como infância e criança considerados visitantes temporais Estes visitantes temporais na contemporânea apresentam novas práticas culturais e lúdicas perante as mudanças de espaços em que ocupam As crianças hoje apresentam uma cultura digital discutem as múltiplas faces da infância pois interagem entre si e com a cultura de suas identidades por meio das tecnologias digitais 32 Tecnologia digital Cada vez mais somos tomados pela diversidade de meios de comunicação com informações onde há grande influência da mídia no desenvolvimento da sociedade em que as crianças são instigadas via ludicidade a consumir produtos e aprender comportamentos diversos Segundo Fischer 1997 p 65 na atualidade 47 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 poderíamos dizer que a mídia em nossa época estaria funcionando como um lugar privilegiado de superposição de verdades um lugar por excelência de produção circulação e veiculação de enunciados de múltiplas fontes sejam eles criados a partir de outras formações sejam eles gerados nos próprios meios Uma das características principais é que nela na mídia por razões basicamente do alcance das tecnologias investidas nesse campo qualquer discurso materializado em entrevista de TV ou em cena de telenovela por exemplo é passível de ter sua força de efeito ampliada de uma forma radicalmente diferente do que sucede a um discurso que opera através das páginas de um livro didático ou de um regulamento disciplinar escolar Na construção social da vida de um ser humano é a fase da infância quando a dimensão de influência dos meios midiáticos possui mais força à medida em que a sociedade vai incutindo os valores diante dos contextos temporais que vão se modificando conforme interesses políticos e financeiros A cada dia mais o público infantil passa grande parte do tempo em contato com programas de televisão como forma de distração e com a facilidade de aquisição no mercado também se entende a possibilidade de acesso a tablets jogos e filmes nos celulares em sites e outros endereços eletrônicos destinados a diversão e que nem sempre se veem acompanhados por algum adulto familiar ou amigo Desta maneira agem como receptores de toda sorte as propagandas de produtos que são estimuladas a adquirirem instantaneamente Quase sempre o momento em que a família acompanha uma programação com os seus filhos já não corresponde ao horário de programação a que estão acostumados ou seja a programação destinada a público infantil fica relegado à produção dos desenhos animados e demais programas destinados ao universo infantil e sem que conheçam as mensagens que trazem expressas as temáticas evidenciadas Da mesma maneira de que em casa não se discute o que as crianças acessam na televisão na escola atitude é a mesma embora ambas instituições saibam que a TV influencia nas escolhas de consumo e nos comportamentos do público infantil Por outro lado temos a censura livre de proibições em canais abertos e muita facilidade aos canais com programações específicas com facilidade de acesso São os canais de TV fechada que está bem ao alcance da grande parte da população 48 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte httpsbitly2lSuMME O acesso facilitado não impede o contato com programações de teor impróprio ao público infantil e por vezes retiram com facilidade a condição de boa moral e costumes assim como é comum cenas de violência de consumo banalizado de condutas sociais e de relacionamentos familiares na contramão do respeito e da ordem No entanto a escola não trabalha com o senso crítico da publicidade pelo menos nos anos iniciais não é comum essa prática A grande verdade calcada nos anúncios é de que o produto industrializado vai trazer à saúde a força necessária para a luta do dia a dia Que a criança ficará mais inteligente se consumir os produtos e apelando para os sentimentos de cunho positivo como alegria poder mais e mais os pais vão sendo dobrados pelos filhos que insistentemente pedem o produto e assim com a ideia de que estarão fazendo um bem na verdade estão reforçando na venda dos produtos das indústria o crescimento do consumo a toda sorte Alimentase a ideia de que para ser feliz é preciso consumir os produtos que estão na moda em voga em destaque Mas nem todas as pessoas tiveram ou possuem acesso aos avanços da tecnologia o que remete a uma forma de analfabetismo digital caracterizando uma forma de exclusão Conforme aponta Soares 2003 p 86 A globalização da economia atinge de forma direta o mundo da cultura Os bens simbólicos difundidos através de filmes programas de TV e de radio livros revistas e jornais já não escapam a uma subordinação inapelável à nova prática econômica alimentando o imaginário da maior parte dos seres humanos de todas as raças religiões e poder aquisitivo Não estamos falando apenas de produtos como brinquedos adereços escolares de vestimentas de sapatos de bolsas sacolas mochilas alimentos que muitas vezes possuem marcas de personagens que estão em evidência seja de filmes desenhos produtos 49 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 marcando a presença de que o consumismo é cada vez mais fortalecido pelo público a que se destina Fonte httpsbitly2z71XFS Assim como a criança chega no mundo e depende das relações e cuidados para se desenvolver a mídia por outro lado influencia nesse desenvolvimento desde a fase infantil Há um desencontro entre os interesses dos adultos que o pouco tempo que possuem no convívio com seus filhos também buscam seus interesses nos programas de TV enquanto isso não se discute o que vem sendo oferecido ao público infantil e que a todo tempo é alimentado por informações que inferem diretamente na forma de pensar agir e fazer suas escolhas sem que haja uma reflexão sobre os conteúdos implícitos nos programas nas propagandas como um desejo infinito de consumir as mercadorias que são lançadas com frequência E da mesma maneira que os produtos de uso pessoal brinquedos e alimentos prometem bemestar de ser aceito de se destacar no grupo de ser popular ser mais visível bem como sustentar a sensação de pertencimento a um grupo de pessoas felizes Desta maneira compreendese que há uma influência do status físico incutido nas propagandas e seus produtos Existe um esteriótipo de beleza entre as meninas e os meninos que prevalece e fortalece a cada dia oferencendo a felicidade para quem estiver dentro dos padrões apresentados São as bonecas de cor de pele clara de cabelos loiros e de corpos esbeltos e enquanto os meninos são fortes apresentando todo vigor de saúde possível como superheróis imortais capazes de combater todo o mal com suas armas Sofrem aqueles que nem de perto passam a ter uma semelhança referente aos estereótipos apresentados 50 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Fonte encurtadorcombrnFLNT 33 Escolarização Assim como na família a escola também não tem por hábito uma conduta reflexiva sobre os conteúdos que a TV e outros meios de publicidade divulgados cotidianamente embora sejam formadores de opinião São espaços formadores de opinião e que ao mesmo tempo a escola brasileira por exemplo é um espaço que tem por objetivo dar oportunidade de formar cidadãos críticos Os valores em que cada época sofre com influência dos recursos midiáticos ao mesmo tempo influencia a história e a cultura em diferentes épocas O maior passatempo das crianças são as programações televisivas os desenhos animados e que os pais acreditam ser o melhor a oferecer aos seus filhos enquanto distração que pode prender a atenção dos pupilos pois ao mesmo tempo permanecem concentradas e centrados em um espaço Para Dornelles 2005 p86 esse comportamento abre espaço para que se inventam novas formas de disciplinamento não só sobre o corpo das crianças mas também sobre seus desejos que precisam ser regulados e normatizados para estarem conformes ao grupo ou espaço frequentado nos quais é imperativo consumir determinados produtos veiculados pela publicidade Desta maneira as crianças vão cada vez mais cedo convidadas instigadas e levadas a viverem sobre as propostas feitas por adultos em que ao mesmo tempo distancia da verdade infantil do que se refere à necessidade de se ter experiências naturais do tempo da infância Como um movimento dialético ao mesmo tempo em que a criança é influenciada pelos conteúdos da programação infantil os responsáveis por elas não se dão conta de que possuem de repente um grande vilão na educação dos seus filhos Em contrapartida os adultos também não se deram conta muitas vezes de que foram seduzidos por esse mesmo movimento sem que questionassem os resultados desta 51 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 ação da passividade diante das reações Segundo os estudos de Sacristan 2002 p 27 a forma de ser dos professores é uma forma de comportamento cultural não uma forma adquirida nos cursos de formação Isto significa que é muito importante atender às raízes culturais das quais se nutrem os professores para entender como atuam e como queremos que deva atuar Para Gadotti 2000 p 38 a escola precisa ser o centro de inovações e tem como papel fundamental orientar criticamente especialmente as crianças e jovens na busca de uma informação que os faça crescer e não embrutecer A criticidade e a crítica dos programas e conteúdos midiáticos oferecidos às crianças são uma responsabilidade que cabe ser partilhada entre escola e família Diante da vasta gama de recursos tecnológicos espalhados em todas as esferas tanto social quanto econômica e que parece ser crescente cada vez mais as crianças ultrapassam as habilidades dos adultos quando o assunto é operar essas ferramentas As crianças chegam na escola com autonomia digital e cheias de conhecimentos que corriqueiramente convivem como afirma Alves 2008 p06 e 07 os sujeitos que nasceram imersos no mundo digital interagem simultaneamente com as diferentes mídias Como nasceram em tempos de tecnologia é encontrada naturalmente e de acesso considerado instantâneo os pais já não passaram por essa mesma oportunidade o que difere entre uma e outra geração e que cada vez mais será menos distante uma vez que as crianças de hoje serão os próprios produtores de avanços tecnológicos Ao mesmo tempo em que o público infantil recebe informações que são processadas no mundo simbólico de como é de fato a vida no mundo adulto diante de suas experiências ele vai ampliando outras formas de ver estar e agir no mundo Uma vez influenciado influenciará novas gerações e assim sucessivamente sem cessar Não tão confortável e convidativo quanto receber novas informações tecnológicas é conviver em uma escola que ainda está distante da era atual em termos de metodologia e recursos materiais e de conhecimento por grande parte dos educadores que também foram formados em tempos em que não se tinha tanto ou quase nada de formação em mídias Sobre essa realidade Veen e Wrakking 2011 pp 45 afirmam As crianças hoje passam horas de seu dia assistindo a televisão jogando no computador e conversando nas salas de bate papo Ao fazêlo processam quantidades enormes de informação por meio de uma grande variedade de tecnologias e meios Elas se comunicam com amigos e outras pessoas de forma muito mais intensa do que as gerações anteriores usando a televisão o MSN os telefones celulares os iPods os blogs os Wikis as salas de batepapo a internet os jogos e outras plataformas de comunicação utilizando tais recursos e plataformas em redes técnicas globais tendo o mundo como quadro de referência 52 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 Para tanto se faz necessário que os educadores saibam selecionar os recursos nos programas para propiciar o desenvolvimento dos conhecimentos acadêmicos de cunho pedagógico onde ao mesmo tempo em que oportuniza a aprendizagem anima os alunos explorar cada vez mais as possibilidades de novas formas de utilizar os materiais de forma real e não com simulações Desta maneira a passividade cede espaço para a criatividade e interatividade de maneira a fazer parte do currículo e da proposta pedagógica da escola contribuindo para o avanço de novas descobertas Nessa vertente Mello 2010 p200 afirma nos deparamos com a necessidade do educador dirigir sempre sua prática pela intencionalidade baseada no conhecimento das peculiaridades da criança e de seu desenvolvimento pois o lugar que a criança ocupa nas relações sociais de que participa exerce força motivadora no desenvolvimento de sua inteligência e de sua personalidade Portanto nossa concepção de criança condiciona o desenvolvimento das crianças que educamos uma vez que condiciona a atividade que lhes propomos na perspectiva históricocultural quanto mais consciente é nossa relação com a teoria mais ampla rica e diversificada pode ser a experiência que propomos à criança e maior o rol de qualidades humanas de que ela pode se apropriar O uso intencional das mídias no espaço escolar ao mesmo tempo estimula as funções executivas propicia o interesse as potencialidades capacidades a motivação o desenvolvimento dos aspectos afetivos sociais cognitivos a criticidade a memória a criatividade a percepção com experiências interessantes agradáveis curiosas A mídia representa um campo autônomo do conhecimento que deve ser estudado e ensinado às crianças da mesma forma que estudamos e ensinamos a literatura por exemplo A integração da mídia à escola tem necessariamente de ser realizada nestes dois níveis enquanto objeto de estudo fornecendo às crianças e aos adolescentes os meios de dominar esta nova linguagem e enquanto instrumento pedagógico fornecendo aos professores suportes altamente eficazes para a melhoria da qualidade do ensino BELLONI 1991 p 41 Nesse sentido não podemos ignorar o uso das mídias nas escolas pois as crianças possuem acesso a várias ferramentas que vão além das páginas dos cadernos e das capas de livros Isso coloca em discussão o papel do professor diante das ferramentas que a mídia oferece Para Vigostsky apud Rego 2001 p 110 Precisamos de ambientes em que o conhecimento já sistematizado não seja tratado de forma dogmática e esvaziado de significado Precisamos de ambientes em que as pessoas possam dialogar duvidar discutir questionar e compartilhar saberes Lugares em que as pessoas tenham autonomia possam pensar refletir sobre seu próprio processo de construção de conhecimento e ter acesso a novas informações Onde haja 53 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 espaço para as diferenças para as contradições para o erro para a criatividade para a colaboração e para as transformações Assim é necessário pensar na reformulação do sistema educacional no qual contemple a criatividade a comunicação o diálogo espaços que contribuem para o saber pois todas crianças são produtoras de cultura independente de sua função operacional no ambiente escolar Para finalizar seu estudo realize os Exercícios 4 e 5 e a Atividade 31 Dicas de Aprofundamento FERREIRA Marluci Guthiá Cultura Lúdica e Cultura midiática na contemporaneidade O que as crianças pequenas revelam à cerca dessa relação Disponível em httpwwwportaldeperiodicosunisulbrindexphpPoiesisarticleview2738 Acesso em 04 jul 2019 Prâksis Revista do ICHLA Instituto de Ciências Humanas Letras e Artes I C H L A Ano X Volume 1 Janeiro de 2013 Editora Feevale 2013 Instituto de Ciências Humanas Disponível em httptwixarme7PT3 Acesso em 04 jul 2019 COSTA Jonatas Maia da WIGGERS Ingrid Dittrich A mídiaeducação na escola por um ensino emancipatório em educação física Disponível em httpwwwanpedorgbrsitesdefaultfilesgt162847textopdf Acesso em 04 jul 2019 BELLONI Maria Luiza Crianças e Mídias no Brasil cenários de mudança livro eletrônico Campinas SP Papirus 2014 O livro encontrase disponível na Biblioteca Virtual Universitária 54 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 REFERÊNCIAS ALVES Lynn Relações entre jogos digitais e aprendizagem delineando percurso Educação Formação Tecnologias vol12 pp 310 Novembro de 2008 disponível em httpefteducompt ARENDT Hannah Entre passado e futuro 4 ed São Paulo Perspectiva 1997 ARIÈS Philippe História social da criança e da família 2 ed Rio de Janeiro LTC 1981 BELLONI ML Educação para a mídia missão urgente da escola Comunicação Sociedade São Bernardo do Campo v 10 n 17 p 3646 ago 1991 BERSCH R Introdução à tecnologia assistiva Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil CEDI Porto Alegre 2006 Disponível em Acesso em 15 janeiro 2019 BOURDIEU P A dominação masculina 3 ed Rio de Janeiro Bertrand Brasil 2003 BRASIL Secretaria de Educação Fundamental Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Ministério da Educação e do Desporto Secretaria de Educação Fundamental Brasília MECSEF 1998 V I e II BROUGÉREGilles Brinquedo e Cultura Traduzido por Gisela Wajskop 4 ed São Paulo Cortez 2001 BUCKINGHAM David After The Death of Childood Growing up in the Age of Eletronic Media Great Britain Polity Press 2000 CARRARA S Educação diferença diversidade e desigualdade In PEREIRA et al Org Gênero e diversidade na escola formação de professorasres em Gênero Orientação Sexual e Relações ÉtnicoRaciais Rio de Janeiro CEPESC 2009 CASTELLS Manuel La Sociedad de Rede Vol I La Era de la Información Economia Sociedad e Cultura Madrid Ed Alianza 1989 CITELLI Adilson Palavras meios de comunicação e educação São Paulo Cortez 2006 COHN C Antropologia da criança Rio de Janeiro Jorge Zahar Editor 2005 COLLET Celia GOUVÊA Leticia Interculturalidade e educação escolar indígena um breve histórico Cadernos de educação escolar indígena 3º grau indígena Barra dos Bugres UNEMAT v 2 n 1 2003 p 173188 DEBRET J B Viagem pictoresca e histórica ao Brasil Belo Horizonte ItatiaiaSão Paulo EDUSP 1989 DELEUZE Gilles Conversações 19721990 Trad Peter Pál Pelbart São Paulo Editora 34 1992 55 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 DOLORES L V FERNANDES N Estudos da criança e pesquisa com crianças nuances lusobrasileiras acerca dos desafios éticos e metodológicos Currículo sem Fronteiras v 15 n 1 p 6578 janabr 2015 DEMO Pedro Formação Permanente e Tecnologias Educacionais 2 ed Editora Vozes 2011 DORNELLES Leni Vieira Infâncias que nos escapam Da criança na rua à criança cyber RJ Petrópolis Vozes 2005 DORNELLES Leni Vieira FERNANDES Natália Estudos da criança e pesquisa com crianças nuances lusobrasileiras acerca dos desafios éticos e metodológicos Currículo sem Fronteiras v 15 n 1 p 6578 janabr 2015 Disponível em httpwwwcurriculosemfronteirasorgvol15iss1articlesdornellesfernandespdf Acesso em jun 2019 FANTIN M Novos paradigmas da didática e a proposta metodológica dos Episódios de Aprendizagem Situada EAS Educação Realidade v 40 n2 abrjun 2015 p443464 Disponivel em httpseerufrgsbrindexphpeducacaoerealidadearticleview46056 Acesso em jun 2019 FARIA Ana Lúcia Goulart de Pequena infância educação e gênero subsídios para um estado da arte Cadernos Pagu CampinasSP n 26 pp 279288 2006 FERREIRA A J Org Relações étnicoraciais de gênero e sexualidade perspectivas contemporâneas online Ponta Grossa Editora UEPG 2014 182 p ISBN 978857798 2103 Available from SciELO Books httpbooksscieloorg httpbooksscieloorgidbtydhpdfferreira9788577982103pdf Acesso em 140319 FERNANDES Domingos Avaliar para aprender fundamentos práticas e políticas São Paulo Unesp 2009 FISCHER Rosa Maria Bueno O estatuto pedagógico da mídia questões de análise Educação e Realidade Porto Alegre v22 n2 p5979 juldez 1997 FOUCAULT Michel Vigiar e punir PetrópolisRJ Vozes 1977 FONSECA M V A educação dos negros uma nova face do processo de abolição da escravidão no Brasil Bragança PaulistaSP EDUSF 2002 FLORENTINO M GÓES J R Morfologias da infância escrava Rio de Janeiro séculos XVIII e XIX In FLORENTINO M Org Tráfico cativeiro e liberdade Rio de Janeiro Civilização Brasileira 2005 GADOTTI Moacir Perspectivas Atuais da Educação São Paulo em Perspectivas 2000 Disponível em httpwwwscielobrscielophpscriptsciserialpid01028839lngennrmiso Acesso jun 2019 GIANOLLA Raquel Miranda Informática na educação representações sociais do cotidiano São Paulo Cortez 2006 56 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 GIRARDELLO Gilka Produção cultural infantil diante da tela da TV à internet In FANTIN M GIRARDELLO G Orgs Liga roda clica estudos em mídia cultura e infância CampinasSP Papirus 2008 GODELIER M As relações homemmulher o problema da dominação masculina Encontros com a civilização brasileira Rio de Janeiro v 3 n 8 p 930 1980 HALL Stuart A identidade cultural na pósmodernidade Rio de Janeiro DPA 2006 HEILBORN M L Gênero e diversidade na escola A ampliação do debate In PEREIRA et al Org Gênero e diversidade na escola formação de professorasres em gênero orientação sexual e relações étnicoraciais Rio de Janeiro CEPESC 2009 KRAMER Sônia A infância e sua singularidade In Jeanete Beauchamp Sandra Denise Pagel Aricélia Ribeiro do Nascimento Orgs Ensino fundamental de nove anos orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade Brasília FNDE Estação Gráfica 2006 KENSKI Vani Moreira Educação e tecnologias O novo ritmo da informação CampinasSP Papirus 2007 LIMA L L G VENANCIO R P O abandono de crianças negras no Rio de Janeiro In PRIORE M D Org História das crianças no Brasil São Paulo Contexto 1991 MATTOSO K Q O filho da escrava Em torno da Lei do Ventre Livre Revista Brasileira de História São Paulo v 8 n16 p3755 marago 1988 MELLO Suely Amaral Infância e humanização algumas considerações na perspectiva históricocultural Florianópolis Revista Perspectiva Vol 25 n 1 janeirojulho 2007 Contribuições de Vygotsky para a Educação infantil In GADELUPE Sueli MILLER Stela Vygotsky e a escola atual fundamentos teóricos e implicações pedagógicas São Paulo Cultura Acadêmica 2010 NUNES César SILVA Edna A educação sexual da criança polêmicas do nosso tempo CampinasSP Autores Associados 2000 OLIVEIRA Zilma de Moraes R Educação Infantil fundamentos e métodos São Paulo Editora Cortez 2002 PERRENOUD Philippe Construir as Competências desde a Escola Porto Alegre Artmed Editora 1999 PINTO Manuel A Televisão no Quotidiano das Crianças Porto Afrontamento 2000 PRENSKY M Digital Natives Digital Immigrants On the Horizon Bradford v 9 n 5 oct 2001 PRESTES Reucinéia Isabel A educação da criança de 0 a 6 anos no município de Ponta Grossa fundação PROAMOR Dissertação de Mestrado Ponta Grossa Universidade Estadual de Ponta Grossa 2008 57 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 REGO T C Vygotsky uma perspectiva histórica cultural da educação 12 ed PetrópolisRJ Vozes 2001 ROSEMBERG F MARIANO C L S A convenção internacional sobre os direitos da criança debates e tensões Cadernos de pesquisa n 141 2010 p 693728 SACRISTÁN J Gimeno Tendências investigativas na formação dos professores Inter Ação Revista de Faculdade de Educação de UFG n27 v2p154 juldez2002 SAFFIOTI Heleieth Gênero patriarcado violência São Paulo Fundação Perseu Abramo 2004 SAMPAIO D F Relações de gênero na indústria automotiva a problemática da divisão sexual do trabalho e da divisão essencializada da mulher Um estudo de caso 2007 176 p Dissertação Mestrado em Sociologia Universidade Federal do Paraná Curitiba 2007 SANTAELLA Lucia Culturas e artes do póshumano da cultura das mídias à cibercultura São Paulo Paulus 2003 SARMENTO M J Infância exclusão social e educação como utopia realizável Educação e Sociedade v23 n78 p265283 abr2002 Gerações e Alteridade interrogações a partir da sociologia da infância Educ Soc CampinasSP vol 26 n 91 p 361378 MaioAgo 2005 SOARES Ismar de Oliveira Sociedade da Informação ou da Comunicação São Paulo Cidade Nova 2003 SOUZA I M A SOUZA L V A O uso da tecnologia como facilitador da aprendizagem do aluno na escolar Itabaiana GEPIADDE ano 4 volume 8 jul dez de 2010 VARGAS Milton Org História da Técnica e da Tecnologia no Brasil São Paulo UNESP 1984 VIANA C FINCO D Meninas e meninos na Educação Infantil uma questão de gênero e poder Cadernos Pagu 33 julhodezembro de 2009265283 VEEN Win VRAKKING B Homo Zappiens educando na era digital Porto Alegre Artmed 2009 58 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 EXERCÍCIOS E ATIVIDADES EXERCÍCIO 1 1 Cada período histórico carrega suas marcas sociais em toda a humanidade e a infância imbuída neste contexto não está fora do âmbito das disputas de interesses existentes nas sociedades portanto recebe influências alterando o cenário cultural e social incessantemente Para Mello 2007 p 07 é correto afirmar que a A infância é o tempo em que a criança deve introduzirse na riqueza da cultura humana histórica e socialmente criada reproduzindo para si qualidades especificamente humanas b A infância é o tempo em que a criança deve somente desenvolver a psicomotricidade para si que são qualidades especificamente humanas c A infância é o tempo em que a criança não tem qualidades especificamente humanas d A infância é o tempo em que a criança está na escola para se alfabetizar 2 Se a criança está inserida no contexto social e não é passiva logo influencia sobremaneira o meio Para Kramer 2006 p 15 é correto afirmar que I Crianças são cidadãs pessoas detentoras de direitos que produzem cultura e nela são produzidas II O modo de ver as crianças favorece entendêlas e também ver o mundo a partir do seu ponto de vista III A infância mais que estágio é categoria histórica existe história humana porque o homem tem infância IV Crianças são cidadãs mini adultos responsáveis pelo que impõe de costume na sociedade a Apenas o enunciado I está correto b Apenas os enunciados II e IV estão corretos c Apenas os enunciados I II e III estão corretos d Apenas os enunciados II e IV estão corretos Verifique seu aprendizado realizando o Exercício no Ambiente Virtual de Aprendizagem 59 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 ATIVIDADE 11 Pesquise informações referentes aos conceitos de Infância Cultura e Mídia Escolha um desses conceitos e faça uma reflexão de uma lauda sobre a informação escolhida realçando a sua importância Observação A partir dos estudos realizados na unidade apresente o resultado de sua pesquisa citando adequadamente as fontes Não esqueça de realizar seu comentário pessoal a respeito do que se solicita no enunciado Submeta a atividade por meio da ferramenta Tarefa online EXERCÍCIO 2 1 Segundo Sarmento 2002 a pluralização do conceito significa que as formas e os conteúdos das culturas infantis são produzidos em uma relação de interdependência com culturas societais atravessadas e estas são atravessadas por relações de a Classes de gênero e tecnologia b Gênero de proveniência ética e condições dinâmica c Proveniência ética de classes e de materiais d Classes de gênero e proveniência ética 2 Segundo Fantin 2016 na relação entre infância mídia e economia a participação das crianças ocorre tanto pela produção quanto pelo consumo infantil Os produtos culturais para a infância livros cinemafilmes televisão jogos e outros produtos de consumo para crianças moda guloseimas material escolar serviços recreativos fazem parte de que tipo de segmentos de a Mercado de difusão mundial b Processo formativo das crianças c Progressiva independência das crianças d Direito a proteção da autonomia Verifique seu aprendizado realizando o Exercício no Ambiente Virtual de Aprendizagem 60 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 EXERCÍCIO 3 1 Segundo Vargas 1999 p 39 A tecnologia chegou em nosso tempo especialmente depois da globalização a adquirir enorme importância não só para os indivíduos mas também para as nações e para a sociedade em geral levantando problemas econômicos políticos sociais e mesmo culturais tornase necessário indagar sobre a própria essência do que é tecnologia Isto é urge meditar filosoficamente sobre o significado e o sentido de que se chama tecnologia Portanto é correto afirmar que a As tecnologias se apresentam como processo de transmissão e comunicação da informação apenas a grande distância de um lugar para outro b A tecnologia substitui o ser humano pois potencializa suas capacidades c A tecnologia é usada para facilitar as ações do ser humano d As pessoas devem se adaptar as tecnologias e não ao contrário 2 Quando a criança obtém acesso à mídia adequadamente considerase que a A influência da tecnologia digital não traz benefício para a criança e sua família b A linguagem da mídia prejudica o desenvolvimento da fala na criança c O uso da tecnologia leva a criança a não refletir sobre como desenvolver o processamento de atividades organizadas em um sistema capaz de executar um conjunto de tarefas d Haverá avanços na aprendizagem e nas mais variadas habilidades importantes que podem traduzir em uma melhora de suas condições de vida Verifique seu aprendizado realizando o Exercício no Ambiente Virtual de Aprendizagem ATIVIDADE 21 Diante da influência das tecnologias digitais na infância faça uma análise de sua atuação e destaque duas situações em que fica muito clara essa influência na vida de uma criança Submeta a atividade por meio da ferramenta Tarefa online 61 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 EXERCÍCIO 4 1 Um dos desafios dos adultos é respeitar a criança como um ser social de direitos ativo nas relações com seus pares com todos que partilhem o contexto onde está inserido Estudiosos da infância destacam que os principais eixos norteadores a serem trabalhados na infância são I O cuidar II O brincar III O educar IV A saúde a Todos os enunciados estão corretos b Apenas os enunciados II e IV estão corretos c Apenas os enunciados I III e IV estão corretos d Apenas as afirmativas I II e III estão corretas 2 Complete a sentença com uma das alternativas abaixo Na construção social da vida de um ser humano a fase que possui mais força da influência dos meios midiáticos a Adulta b Da infância c Do bebê d Da adolescência Verifique seu aprendizado realizando o Exercício no Ambiente Virtual de Aprendizagem EXERCÍCIO 5 1 O uso intencional das mídias no espaço escolar ao mesmo tempo estimula as funções executivas propicia o interesse as potencialidades capacidades e a motivação Analise os enunciados e assinale abaixo a alternativa que complementa o uso intencional das mídias no espaço escolar I As mídias no espaço escolar propiciam o desenvolvimento dos aspectos afetivos e sociais II As mídias no espaço escolar propiciam o desenvolvimento dos aspectos cognitivos III As mídias no espaço escolar propiciam o desenvolvimento dos aspectos da criatividade IV As mídias no espaço escolar propiciam somente o desenvolvimento de experiências individuais a Apenas o enunciado I está correto 62 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 b Apenas os enunciados I II e III estão corretos c Apenas os enunciados I e II e estão corretos a Apenas os enunciados II e IV estão corretos 2 A tecnologia é usada para facilitar as ações do ser humano e não dificultálas Deve adaptar às necessidades humanas não fazer com que os seres humanos se adaptem a suas diretrizes A tecnologia não substitui o ser humano mas potencializa suas capacidades SOUZA 2010 Portanto podemos afirmar que a O maior passatempo das crianças são as programações televisivas os desenhos animados e que os pais acreditam ser o melhor a oferecer aos seus filhos enquanto distração b As ações desenvolvidas pelos integrantes da família são unicamente responsáveis para influenciar as crianças c As Tecnologias se apresentam como processo de transmissão e comunicação da informação de uns locais para outros a pequena ou a grande distância d As ações das crianças sofrem influência apenas nas atividades integradas à proposta pedagógica da escola 3 A aprendizagem humana é complexa e não se limita ao simples depósito de conteúdos de informações pois o conhecimento não é linear e nem tampouco compartimentado Dessa forma podemos afirmar que a O uso das tecnologias na educação no processo de aprendizagem auxilia no desenvolvimento e na compreensão em relação às formas de interação e construção de significados b Quando se trabalha com as tecnologias não é questão prioritária lembrarse que elas também fazem parte do cotidiano da criança c O enfoque da aprendizagem escolar somente está atrelado a conhecimentos passados d Na educação o reflexo das tecnologias somente deve ocorrer para distrair os alunos sem preocupação na busca de informações para a geração do conhecimento Verifique seu aprendizado realizando o Exercício no Ambiente Virtual de Aprendizagem ATIVIDADE 31 Leia o texto a seguir O trabalho com a tecnologia na escola é de buscar com criatividade uma alternativa para que o aluno realize o que deseja ou precisa É encontrar uma estratégia para que possa fazer de outro jeito É valorizar o seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades de ação e interação para a comunicação a partir de suas habilidades É conhecer e criar novas alternativas para a comunicação escrita mobilidade leitura brincadeiras artes utilização de materiais escolares e pedagógicos exploração e produção de temas através do computador É envolver o aluno ativamente desafiando a experimentar e conhecer permitindo que construa individual e coletivamente novos conhecimentos É retirar do aluno o papel de espectador e atribuirlhe a função de ator BERSCH 2006 p31 63 wwwvirtualucdbbr 0800 647 3335 A partir dessas palavras e à luz dos assuntos abordados na unidade 3 reflita e faça um texto entre 10 e 15 linhas respondendo ao seguinte questionamento Quais as vantagens e desvantagens do uso da tecnologia na escola com crianças Justifique Submeta a atividade por meio da ferramenta Tarefa

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