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5 páginas sobre como o investimento no brasil segue a característica de keynes sobre animal spirit (teoria geral capitulos 11 e 12). dados: obs: Os indicadores variam no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam situação melhor ou expectativa otimista. Mes/Ano Índice de Confiança do Empresário Industrial - ICEI Índice de expectativa sobre a empresa Brasil Difusão 12/2021 62,5 11/2021 61,7 10/2021 63,2 09/2021 63,4 08/2021 67,5 07/2021 66,6 06/2021 66,8 05/2021 64,7 04/2021 60,5 03/2021 59,6 02/2021 64,3 01/2021 65 12/2020 66,4 11/2020 66,7 10/2020 66,4 09/2020 67,1 08/2020 64,5 07/2020 57 06/2020 50,7 05/2020 42,3 04/2020 37,2 03/2020 64,5 02/2020 68,4 01/2020 68,8 12/2019 67,9 11/2019 66,3 10/2019 63,8 09/2019 64,2 08/2019 64,3 07/2019 63,4 06/2019 63 05/2019 62,2 04/2019 63,6 03/2019 66,7 02/2019 69,3 01/2019 70 12/2018 69,2 11/2018 68,7 10/2018 59,5 09/2018 58,8 08/2018 59,1 07/2018 56,8 06/2018 56,6 05/2018 60,3 04/2018 61,2 03/2018 63,4 02/2018 63,3 01/2018 63,5 12/2017 62,5 11/2017 61,1 10/2017 60,7 09/2017 60,3 08/2017 58,2 07/2017 56,6 06/2017 57,6 05/2017 59,3 04/2017 58,9 03/2017 59,6 02/2017 59,4 01/2017 56,9 12/2016 54,3 11/2016 57,2 10/2016 58,1 09/2016 60,1 08/2016 58,3 07/2016 54,9 06/2016 53,7 05/2016 50,2 04/2016 46,2 03/2016 46,5 02/2016 46,3 01/2016 46,4 12/2015 44,8 11/2015 45,2 10/2015 44,5 09/2015 45,1 08/2015 46,5 07/2015 46,6 06/2015 47,9 05/2015 47,6 04/2015 48,5 03/2015 47,1 02/2015 49,6 01/2015 53,6 12/2014 53,5 11/2014 52,6 10/2014 54,1 09/2014 54,5 08/2014 54,9 07/2014 54,7 06/2014 55,4 05/2014 55,4 04/2014 57,8 03/2014 60,2 02/2014 60,5 01/2014 60,9 12/2013 61,4 11/2013 61,3 10/2013 61,6 09/2013 61,7 08/2013 60,5 07/2013 58,2 06/2013 62 05/2013 62,4 04/2013 62,5 03/2013 64 02/2013 64,9 01/2013 63,4 12/2012 63,3 11/2012 64 10/2012 62,3 09/2012 63,8 08/2012 61 07/2012 60,4 06/2012 63 05/2012 64,4 04/2012 64,1 03/2012 65,5 02/2012 64,6 01/2012 63,9 12/2011 60,9 11/2011 61,1 10/2011 61,1 09/2011 62,9 08/2011 63,1 07/2011 65,3 06/2011 64,9 05/2011 64,1 04/2011 66,3 03/2011 66,5 02/2011 67,3 01/2011 67,1 12/2010 66,2 11/2010 66,5 10/2010 67,5 09/2010 67,8 08/2010 68,2 07/2010 68 06/2010 70,5 05/2010 70,5 04/2010 71,2 03/2010 72,3 02/2010 72,3 01/2010 72,6 INVESTIMENTO NO BRASIL E AS CARACTERÍSTICAS DE KAYNES O objetivo de traçar propostas iniciais para uma teoria pós-keynesiana de tomada de decisão de investimento torna necessário encontrar uma base relevante para a formação de um sistema teórico sobre os elementos do investimento. Portanto, para atingir esse objetivo, uma revisão bibliográfica de escritos keynesianos e pós-keynesianos é uma fonte importante para encontrar os elementos essenciais para a compreensão do investimento empresarial. Diante disso, a teoria da decisão de investimento deve (i) começar no ambiente em que a empresa opera, e deve abordar (ii) os determinantes das necessidades de investimento que inicialmente moldam e posteriormente expandem a empresa, pelo empreendedor, suas incertezas e expectativas, seus Estado de confiança e eficiência marginal do capital (EMC, posteriormente) como cálculo do retorno esperado do investimento, (iii) oferta de financiamento. Antes mesmo de tentar definir o processo keynesiano de tomada de decisão de investimento, é preciso observar o ambiente em que ele surge, a firma. Lavoie (2014) recentemente tentou entender a empresa a partir de uma perspectiva pós-keynesiana, realizando uma conferência sobre o tema mais discutido sobre o assunto, inclusive por autores pós- keynesianos de diferentes linhas de pensamento. Para tanto, os autores destacam seis pontos: o tipo de mercado ou processo competitivo que uma empresa enfrenta; os objetivos da empresa; restrições ao seu crescimento; a curva de custos e o excesso de capacidade; teoria de preços e, finalmente, uma discussão entre preços orientados por custos e preços de produção. No meio, Lavoie (2014) insere uma discussão sobre a curva de custos e o excesso de capacidade da empresa. Nesse sentido, os autores reuniram vários trabalhos para contrastar a forma em U da curva de custo neoclássica, considerando que, na realidade, a curva de custo unitário total, denotada por L, é sustentada por três elementos: (i) O custo médio de firmas diminui no curto prazo; (ii) o custo marginal e as variáveis médias são em sua maioria constantes quando se considera o uso de toda a capacidade instalada planejada, e (iii) as firmas normalmente produzem com alguma capacidade ociosa. O custo é discutido devido ao seu importante papel na determinação do preço, pois para os pós-keynesianos o preço é dado a partir da percepção de custo e da utilização da capacidade instalada para o lucro, não apenas para manutenção da energia elétrica, mas também permite que investimentos futuros sejam realizados. Por outro lado, a incerteza ontológica está relacionada ao ambiente em que o empreendedor atua - isto significa o setor em que a empresa atua e o cenário econômico em que a empresa atua, que envolve inclusive valorização, possivelmente com foco em elementos estrangeiros em constante processo de criação, ou seja, o futuro está sendo construído, que depende das decisões atualmente tomadas e mantém as informações e o acesso a elas em constante fluxo. Isso impossibilita que o empreendedor tenha acesso a priori a todas as informações possíveis sobre resultados futuros, enfatizando que o tempo é irreversível, assim como os possíveis resultados futuros de qualquer decisão. Por sua vez, a contrapartida da incerteza é a expectativa. Segundo Keynes (1996), as expectativas de curto prazo determinam a produção oferecida pelas empresas e seus respectivos preços, "toda vez que uma decisão tem que ser tomada, esse equipamento é levado em consideração. Vale destacar a importância da capacidade instalada da empresa para as expectativas de curto prazo. Segundo Steindl (1983), as empresas não estão localizadas em pontos de maximização da produção, como sugere a teoria neoclássica, mas utilizam a capacidade instalada como ferramenta para responder a mudanças inesperadas de demanda, permitindo-lhes superar os constrangimentos que podem surgir das mudanças de demanda, em sua Obtenha uma maior vantagem competitiva no mercado. No entanto, de acordo com Keynes (1996), o que é diretamente relevante para as decisões de investimento são as expectativas de longo prazo, ou seja, quanto de renda futura o empreendedor espera obter com o aumento do estoque de capital. Com isso em mente, um elemento fundamental da visão pós-keynesiana é consistente: o financiamento. A disponibilidade de crédito é tão crucial para a realização do investimento, tanto ex ante quanto ex post, que Keynes (1937) em seu debate pós-GT a chamou de motivo financeiro da demanda por moeda. Em suma, segundo Keynes (1937), as finanças eram originalmente um contrato de dívida de curto prazo que permitia ao empreendedor executar seu projeto de investimento, que pode vir de fontes externas ou internas. Para investimentos ex ante e ex ante, a possibilidade de financiamento externo é um empréstimo, como sugere Eichner (1985), ou, para investimentos ex ante, como enfatiza Feijó (1993), a emissão de ações e títulos de dívida, dependendo: inversamente, sobre Disponibilidade de crédito a ser fornecido pelo mercado de capitais, especialmente o sistema bancário. Modelos de financiamento interno podem ser encontrados em Eichner (1985) e Harcourt e Kenyon (1976), que enfatizam que o financiamento interno geralmente é obtido através da margem de lucro da empresa, o que permite a retenção de lucros. Segundo Eichner, essa margem é ditada pela "demanda (curva ECC) e oferta de fundos de investimento adicionais para firmas ou grupos de firmas da indústria que tenham poder de fixação de preços - poder que, na maioria das vezes, oferecido pela indústria líder de preços”. Devido a essa condição de poder, uma empresa pode manipular seus lucros por meio do preço para obter fluxos internos de recursos, permitindo obter maiores margens de lucro e, assim, investir mais por meio de recursos internos. O autofinanciamento desses investimentos é mais viável em um oligopólio, que é o tipo mais comum de mercado segundo Eichner (1985). A precificação em um oligopólio é mais independente entre as empresas, ou seja, elas estabelecem preços com base em previsões de demanda esperada, que levam em consideração seu posicionamento de mercado e custos gerais, incluindo financiamento e capacidade ociosa para atender às flutuações da demanda. Além disso, Aidar e Terra (2017) apontam que questões de competitividade ditarão que as empresas exercem maior poder de mercado. Dessa forma, pode ter maior controle sobre preços e produção, ter mais confiança na formação de expectativas de curto prazo e melhorar as condições internas para maiores lucros. Além disso, os autores argumentam que quanto maior a competitividade, maior a capacidade da firma de capturar uma parcela crescente de uma determinada demanda esperada. Antes de discutir os fatores que determinam e influenciam o investimento, é necessário chamar a atenção para o papel do empreendedor no processo geral de tomada de decisão. Nesse ponto, é fundamental entender todas as questões que acompanham a atuação do empreendedor, e suas decisões de investimento, mesmo envoltas em incertezas, permitem que as empresas se destaquem e busquem o crescimento. A imagem do empresário como representante dentro da empresa pode ser considerada como proprietário, diretor ou conselho de administração da empresa, e até mesmo os acionistas com poder de decisão, todos com características de recursos humanos corporativos e afetados por todos os fatores envolvidos no processo de tomada de decisão. Com isso em mente, são as expectativas de longo prazo que orientam a avaliação do empreendedor, o que torna a decisão de investimento crítica e, como ressalta Carvalho (2003), exige-se do empreendedor muito mais do que sua percepção de seus meios, ações e informação, mas também um estado de autoconfiança que o faz acreditar verdadeiramente nas decisões que tomou, tanto que usa eficazmente o seu espírito animal. Nesse sentido, os autores também apontam que, à medida que as decisões são sequenciadas, elementos de análise de decisão são misturados com informações de investimentos já realizados. Mudanças na composição do capital de uma empresa ou entre empresas concorrentes podem resultar no fornecimento de novas máquinas que são mais eficientes do que as existentes. Isso resulta em uma EMC atual menor em comparação com o novo capital disponível, pois as empresas já em operação perdem competitividade devido às expectativas mais altas em relação aos concorrentes que optaram por investir neste novo capital, o que implica em melhor eficiência marginal no novo capital relacionado ao capital usado. Além disso, caso o empreendedor decida implementar esse novo capital mais eficiente, existe outra possibilidade que pode alterar a composição do capital da firma, como no exemplo acima: o aumento da demanda por investimentos dos concorrentes para o mesmo tipo de capital aumenta a estrutura de capital da empresa, aumentando seu custo de reposição. Diante desse novo capital mais eficiente, apesar de enfrentar custos de reposição mais elevados, os empreendedores desejam reduzir os custos de manutenção envolvidos, como reduzir custos de mão de obra e aumentar a produtividade, proporcionando mais benefícios por meio desse novo capital. pode aumentar sua receita esperada e, assim, aumentar sua EMC total, que é o capital antigo e o novo combinados. Por fim, ainda é possível que as empresas alterem a composição do capital alterando o custo de manutenção do capital, dada a possibilidade de que um capital mais eficiente surja na competição ou decida implementar esses capitais para alterar a composição do capital. Isso significa que, ceteris paribus, qualquer mudança nos salários, se positiva, aumentará os custos de manutenção, reduzirá a EMC; ou o surgimento de qualquer nova tecnologia de produção no sentido de aumentar a produtividade, ceteris paribus Em qualquer caso, reduzirá os custos de manutenção e aumentar a CEM. A própria composição do capital, portanto, depende de invenções ou novas tecnologias com o mesmo objetivo de otimizar a produção, e de mudanças no preço de oferta desse capital resultantes da demanda e oferta de investimento nesse capital. As expectativas de longo prazo, por outro lado, envolvem fatores que o empreendedor se sente mais ou menos confiante sobre qual será a receita esperada do investimento assumido. Especificamente, as expectativas de longo prazo podem ser baseadas no resultado atual de um determinado investimento, nas mudanças nas taxas de juros e nos níveis de preços – e seu impacto subsequente nos valores da moeda – e na percepção do empreendedor sobre os cenários macroeconômico, nacional e internacional. Embora o empreendedor não possa rever as decisões que já tomou, como parte do pressuposto não ergódico, ele é capaz de usar a experiência passada e presente para obter mais informações sobre o ambiente em que atua para tomar decisões mais céticas. Carvalho (1988) tem ressalvas sobre o conhecimento que os empreendedores ganham com investimentos passados. O autor lembra que, por se tratar de uma decisão de maturidade mais longa, criou algumas dificuldades em perceber a verdadeira causa dos resultados passados, reduzindo assim o nível de informação frente à incerteza e melhorando o estado de confiança do empresário. Além disso, essa análise é limitada em termos do impacto do capital atual na EMC, pois só é válida para decidir sobre novos investimentos. Assim, por exemplo, um resultado atual positivo afeta a EMC do capital total da empresa, ou seja, quando um novo investimento é realizado, a empresa pode considerar a soma do capital antigo e dos novos funcionários em uma nova análise, o que pode beneficiar todo o EMC. As expectativas de mudanças nas taxas de juros podem afetar a EMC por ser uma alternativa ao investimento produtivo. Quando se espera que as taxas de juros subam, a tendência da EMC é, não absolutamente, mas relativamente pequena, porque além do aumento do custo de oportunidade dos ativos de capital, especificamente, a receita futura pode ser atenuada por uma redução no tamanho do financiamento. Além disso, o consumo aumenta os custos de investimento por meio de financiamentos mais caros. Vale destacar que, como fez Keynes (1996), a taxa de juros considerada é a taxa de juros de longo prazo porque, além de ser um fator de alocação de custos, concorre com o investimento produtivo de financiamento a investimento. Assim, no que diz respeito às mudanças no valor do dinheiro causadas por mudanças nos preços, Keynes (1996) distingue entre a possibilidade de duas mudanças e seus respectivos efeitos. Por um lado, mudanças imprevistas não têm nenhum efeito sobre os investimentos atuais precisamente porque não suscitam as expectativas do empreendedor, enquanto mudanças baseadas em mudanças esperadas no valor do dinheiro têm efeito sobre eles "na velocidade com que novos investimentos produtos são produzidos, por meio deles Resposta à eficiência marginal do capital. Por velocidade entendemos a existência e possibilidade de utilização de capacidade ociosa para aumentar imediatamente a produção. Portanto, os autores enfatizam que a provável expectativa de preços mais altos poderia ter um efeito estimulante sobre a EMC , o que por sua vez poderia facilitar o investimento atual. Além da formação das próprias expectativas de longo prazo, Keynes (1996) chama a atenção para o fato de que não bastam as previsões do empreendedor, mas sua confiança nessa avaliação, seu estado de confiança, e se situa na concepção pós-keynesiana do empreendimento. É importante porque o estado de confiança afeta o tamanho da EMC, as necessidades de investimento. Então, investir com base em expectativas de longo prazo será "ficar rico da noite para o dia"? Não, quando se considera que o empresário que se preocupa em cumprir suas expectativas de renda futura é capaz de constante escrutínio de curto prazo. Isso não significa que investimentos eficientes possam ser retirados, mas apenas que o empresário pode absorver os "erros" cometidos para não repeti-los, podendo também ajustar suas previsões de acordo com novos acontecimentos, sejam econômicos, administrativos ou outros. REFERÊNCIAS LAVOIE, M. Post Keynesian Economics: New Foundations. Aldershot: Edward Elgar, 2014. AIDAR, G. L. e TERRA, F. H. B. A Teoria da Firma Pós-Keynesiana: uma revisão dos elementos relevantes. Revista Análise Econômica (UFRGS), v. 35, p. 21-45, 2017. KEYNES, J.M. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Tradução do texto The General Theory of Employment, Interest and Money Royal Economic Society, 1973, São Paulo: Editora Atlas S.A., 1996. STEINDL, J. Maturidade e Estagnação no Capitalismo Americano. Coleção “Os Economistas”. São Paulo: Abril Cultural, 1983. FEIJÓ, C. A. A firma em um Ambiente Inflacionário: uma visão pós-keynesiana. Revista Análise Econômica, v. 11, n. 19, p.122-135, mar, 1993 EICHNER, A. Uma Teoria da Determinação do “Mark-Up” sob Condições de Oligopólio. Ensaios FEE, v. 6, n. 2, p. 3-22, 1985. HARCOURT, G. C. e KENYON, P. Pricing and Investment decisions. Kyklos, v. 29, n. 3, p. 449-77, 1976.
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5 páginas sobre como o investimento no brasil segue a característica de keynes sobre animal spirit (teoria geral capitulos 11 e 12). dados: obs: Os indicadores variam no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam situação melhor ou expectativa otimista. Mes/Ano Índice de Confiança do Empresário Industrial - ICEI Índice de expectativa sobre a empresa Brasil Difusão 12/2021 62,5 11/2021 61,7 10/2021 63,2 09/2021 63,4 08/2021 67,5 07/2021 66,6 06/2021 66,8 05/2021 64,7 04/2021 60,5 03/2021 59,6 02/2021 64,3 01/2021 65 12/2020 66,4 11/2020 66,7 10/2020 66,4 09/2020 67,1 08/2020 64,5 07/2020 57 06/2020 50,7 05/2020 42,3 04/2020 37,2 03/2020 64,5 02/2020 68,4 01/2020 68,8 12/2019 67,9 11/2019 66,3 10/2019 63,8 09/2019 64,2 08/2019 64,3 07/2019 63,4 06/2019 63 05/2019 62,2 04/2019 63,6 03/2019 66,7 02/2019 69,3 01/2019 70 12/2018 69,2 11/2018 68,7 10/2018 59,5 09/2018 58,8 08/2018 59,1 07/2018 56,8 06/2018 56,6 05/2018 60,3 04/2018 61,2 03/2018 63,4 02/2018 63,3 01/2018 63,5 12/2017 62,5 11/2017 61,1 10/2017 60,7 09/2017 60,3 08/2017 58,2 07/2017 56,6 06/2017 57,6 05/2017 59,3 04/2017 58,9 03/2017 59,6 02/2017 59,4 01/2017 56,9 12/2016 54,3 11/2016 57,2 10/2016 58,1 09/2016 60,1 08/2016 58,3 07/2016 54,9 06/2016 53,7 05/2016 50,2 04/2016 46,2 03/2016 46,5 02/2016 46,3 01/2016 46,4 12/2015 44,8 11/2015 45,2 10/2015 44,5 09/2015 45,1 08/2015 46,5 07/2015 46,6 06/2015 47,9 05/2015 47,6 04/2015 48,5 03/2015 47,1 02/2015 49,6 01/2015 53,6 12/2014 53,5 11/2014 52,6 10/2014 54,1 09/2014 54,5 08/2014 54,9 07/2014 54,7 06/2014 55,4 05/2014 55,4 04/2014 57,8 03/2014 60,2 02/2014 60,5 01/2014 60,9 12/2013 61,4 11/2013 61,3 10/2013 61,6 09/2013 61,7 08/2013 60,5 07/2013 58,2 06/2013 62 05/2013 62,4 04/2013 62,5 03/2013 64 02/2013 64,9 01/2013 63,4 12/2012 63,3 11/2012 64 10/2012 62,3 09/2012 63,8 08/2012 61 07/2012 60,4 06/2012 63 05/2012 64,4 04/2012 64,1 03/2012 65,5 02/2012 64,6 01/2012 63,9 12/2011 60,9 11/2011 61,1 10/2011 61,1 09/2011 62,9 08/2011 63,1 07/2011 65,3 06/2011 64,9 05/2011 64,1 04/2011 66,3 03/2011 66,5 02/2011 67,3 01/2011 67,1 12/2010 66,2 11/2010 66,5 10/2010 67,5 09/2010 67,8 08/2010 68,2 07/2010 68 06/2010 70,5 05/2010 70,5 04/2010 71,2 03/2010 72,3 02/2010 72,3 01/2010 72,6 INVESTIMENTO NO BRASIL E AS CARACTERÍSTICAS DE KAYNES O objetivo de traçar propostas iniciais para uma teoria pós-keynesiana de tomada de decisão de investimento torna necessário encontrar uma base relevante para a formação de um sistema teórico sobre os elementos do investimento. Portanto, para atingir esse objetivo, uma revisão bibliográfica de escritos keynesianos e pós-keynesianos é uma fonte importante para encontrar os elementos essenciais para a compreensão do investimento empresarial. Diante disso, a teoria da decisão de investimento deve (i) começar no ambiente em que a empresa opera, e deve abordar (ii) os determinantes das necessidades de investimento que inicialmente moldam e posteriormente expandem a empresa, pelo empreendedor, suas incertezas e expectativas, seus Estado de confiança e eficiência marginal do capital (EMC, posteriormente) como cálculo do retorno esperado do investimento, (iii) oferta de financiamento. Antes mesmo de tentar definir o processo keynesiano de tomada de decisão de investimento, é preciso observar o ambiente em que ele surge, a firma. Lavoie (2014) recentemente tentou entender a empresa a partir de uma perspectiva pós-keynesiana, realizando uma conferência sobre o tema mais discutido sobre o assunto, inclusive por autores pós- keynesianos de diferentes linhas de pensamento. Para tanto, os autores destacam seis pontos: o tipo de mercado ou processo competitivo que uma empresa enfrenta; os objetivos da empresa; restrições ao seu crescimento; a curva de custos e o excesso de capacidade; teoria de preços e, finalmente, uma discussão entre preços orientados por custos e preços de produção. No meio, Lavoie (2014) insere uma discussão sobre a curva de custos e o excesso de capacidade da empresa. Nesse sentido, os autores reuniram vários trabalhos para contrastar a forma em U da curva de custo neoclássica, considerando que, na realidade, a curva de custo unitário total, denotada por L, é sustentada por três elementos: (i) O custo médio de firmas diminui no curto prazo; (ii) o custo marginal e as variáveis médias são em sua maioria constantes quando se considera o uso de toda a capacidade instalada planejada, e (iii) as firmas normalmente produzem com alguma capacidade ociosa. O custo é discutido devido ao seu importante papel na determinação do preço, pois para os pós-keynesianos o preço é dado a partir da percepção de custo e da utilização da capacidade instalada para o lucro, não apenas para manutenção da energia elétrica, mas também permite que investimentos futuros sejam realizados. Por outro lado, a incerteza ontológica está relacionada ao ambiente em que o empreendedor atua - isto significa o setor em que a empresa atua e o cenário econômico em que a empresa atua, que envolve inclusive valorização, possivelmente com foco em elementos estrangeiros em constante processo de criação, ou seja, o futuro está sendo construído, que depende das decisões atualmente tomadas e mantém as informações e o acesso a elas em constante fluxo. Isso impossibilita que o empreendedor tenha acesso a priori a todas as informações possíveis sobre resultados futuros, enfatizando que o tempo é irreversível, assim como os possíveis resultados futuros de qualquer decisão. Por sua vez, a contrapartida da incerteza é a expectativa. Segundo Keynes (1996), as expectativas de curto prazo determinam a produção oferecida pelas empresas e seus respectivos preços, "toda vez que uma decisão tem que ser tomada, esse equipamento é levado em consideração. Vale destacar a importância da capacidade instalada da empresa para as expectativas de curto prazo. Segundo Steindl (1983), as empresas não estão localizadas em pontos de maximização da produção, como sugere a teoria neoclássica, mas utilizam a capacidade instalada como ferramenta para responder a mudanças inesperadas de demanda, permitindo-lhes superar os constrangimentos que podem surgir das mudanças de demanda, em sua Obtenha uma maior vantagem competitiva no mercado. No entanto, de acordo com Keynes (1996), o que é diretamente relevante para as decisões de investimento são as expectativas de longo prazo, ou seja, quanto de renda futura o empreendedor espera obter com o aumento do estoque de capital. Com isso em mente, um elemento fundamental da visão pós-keynesiana é consistente: o financiamento. A disponibilidade de crédito é tão crucial para a realização do investimento, tanto ex ante quanto ex post, que Keynes (1937) em seu debate pós-GT a chamou de motivo financeiro da demanda por moeda. Em suma, segundo Keynes (1937), as finanças eram originalmente um contrato de dívida de curto prazo que permitia ao empreendedor executar seu projeto de investimento, que pode vir de fontes externas ou internas. Para investimentos ex ante e ex ante, a possibilidade de financiamento externo é um empréstimo, como sugere Eichner (1985), ou, para investimentos ex ante, como enfatiza Feijó (1993), a emissão de ações e títulos de dívida, dependendo: inversamente, sobre Disponibilidade de crédito a ser fornecido pelo mercado de capitais, especialmente o sistema bancário. Modelos de financiamento interno podem ser encontrados em Eichner (1985) e Harcourt e Kenyon (1976), que enfatizam que o financiamento interno geralmente é obtido através da margem de lucro da empresa, o que permite a retenção de lucros. Segundo Eichner, essa margem é ditada pela "demanda (curva ECC) e oferta de fundos de investimento adicionais para firmas ou grupos de firmas da indústria que tenham poder de fixação de preços - poder que, na maioria das vezes, oferecido pela indústria líder de preços”. Devido a essa condição de poder, uma empresa pode manipular seus lucros por meio do preço para obter fluxos internos de recursos, permitindo obter maiores margens de lucro e, assim, investir mais por meio de recursos internos. O autofinanciamento desses investimentos é mais viável em um oligopólio, que é o tipo mais comum de mercado segundo Eichner (1985). A precificação em um oligopólio é mais independente entre as empresas, ou seja, elas estabelecem preços com base em previsões de demanda esperada, que levam em consideração seu posicionamento de mercado e custos gerais, incluindo financiamento e capacidade ociosa para atender às flutuações da demanda. Além disso, Aidar e Terra (2017) apontam que questões de competitividade ditarão que as empresas exercem maior poder de mercado. Dessa forma, pode ter maior controle sobre preços e produção, ter mais confiança na formação de expectativas de curto prazo e melhorar as condições internas para maiores lucros. Além disso, os autores argumentam que quanto maior a competitividade, maior a capacidade da firma de capturar uma parcela crescente de uma determinada demanda esperada. Antes de discutir os fatores que determinam e influenciam o investimento, é necessário chamar a atenção para o papel do empreendedor no processo geral de tomada de decisão. Nesse ponto, é fundamental entender todas as questões que acompanham a atuação do empreendedor, e suas decisões de investimento, mesmo envoltas em incertezas, permitem que as empresas se destaquem e busquem o crescimento. A imagem do empresário como representante dentro da empresa pode ser considerada como proprietário, diretor ou conselho de administração da empresa, e até mesmo os acionistas com poder de decisão, todos com características de recursos humanos corporativos e afetados por todos os fatores envolvidos no processo de tomada de decisão. Com isso em mente, são as expectativas de longo prazo que orientam a avaliação do empreendedor, o que torna a decisão de investimento crítica e, como ressalta Carvalho (2003), exige-se do empreendedor muito mais do que sua percepção de seus meios, ações e informação, mas também um estado de autoconfiança que o faz acreditar verdadeiramente nas decisões que tomou, tanto que usa eficazmente o seu espírito animal. Nesse sentido, os autores também apontam que, à medida que as decisões são sequenciadas, elementos de análise de decisão são misturados com informações de investimentos já realizados. Mudanças na composição do capital de uma empresa ou entre empresas concorrentes podem resultar no fornecimento de novas máquinas que são mais eficientes do que as existentes. Isso resulta em uma EMC atual menor em comparação com o novo capital disponível, pois as empresas já em operação perdem competitividade devido às expectativas mais altas em relação aos concorrentes que optaram por investir neste novo capital, o que implica em melhor eficiência marginal no novo capital relacionado ao capital usado. Além disso, caso o empreendedor decida implementar esse novo capital mais eficiente, existe outra possibilidade que pode alterar a composição do capital da firma, como no exemplo acima: o aumento da demanda por investimentos dos concorrentes para o mesmo tipo de capital aumenta a estrutura de capital da empresa, aumentando seu custo de reposição. Diante desse novo capital mais eficiente, apesar de enfrentar custos de reposição mais elevados, os empreendedores desejam reduzir os custos de manutenção envolvidos, como reduzir custos de mão de obra e aumentar a produtividade, proporcionando mais benefícios por meio desse novo capital. pode aumentar sua receita esperada e, assim, aumentar sua EMC total, que é o capital antigo e o novo combinados. Por fim, ainda é possível que as empresas alterem a composição do capital alterando o custo de manutenção do capital, dada a possibilidade de que um capital mais eficiente surja na competição ou decida implementar esses capitais para alterar a composição do capital. Isso significa que, ceteris paribus, qualquer mudança nos salários, se positiva, aumentará os custos de manutenção, reduzirá a EMC; ou o surgimento de qualquer nova tecnologia de produção no sentido de aumentar a produtividade, ceteris paribus Em qualquer caso, reduzirá os custos de manutenção e aumentar a CEM. A própria composição do capital, portanto, depende de invenções ou novas tecnologias com o mesmo objetivo de otimizar a produção, e de mudanças no preço de oferta desse capital resultantes da demanda e oferta de investimento nesse capital. As expectativas de longo prazo, por outro lado, envolvem fatores que o empreendedor se sente mais ou menos confiante sobre qual será a receita esperada do investimento assumido. Especificamente, as expectativas de longo prazo podem ser baseadas no resultado atual de um determinado investimento, nas mudanças nas taxas de juros e nos níveis de preços – e seu impacto subsequente nos valores da moeda – e na percepção do empreendedor sobre os cenários macroeconômico, nacional e internacional. Embora o empreendedor não possa rever as decisões que já tomou, como parte do pressuposto não ergódico, ele é capaz de usar a experiência passada e presente para obter mais informações sobre o ambiente em que atua para tomar decisões mais céticas. Carvalho (1988) tem ressalvas sobre o conhecimento que os empreendedores ganham com investimentos passados. O autor lembra que, por se tratar de uma decisão de maturidade mais longa, criou algumas dificuldades em perceber a verdadeira causa dos resultados passados, reduzindo assim o nível de informação frente à incerteza e melhorando o estado de confiança do empresário. Além disso, essa análise é limitada em termos do impacto do capital atual na EMC, pois só é válida para decidir sobre novos investimentos. Assim, por exemplo, um resultado atual positivo afeta a EMC do capital total da empresa, ou seja, quando um novo investimento é realizado, a empresa pode considerar a soma do capital antigo e dos novos funcionários em uma nova análise, o que pode beneficiar todo o EMC. As expectativas de mudanças nas taxas de juros podem afetar a EMC por ser uma alternativa ao investimento produtivo. Quando se espera que as taxas de juros subam, a tendência da EMC é, não absolutamente, mas relativamente pequena, porque além do aumento do custo de oportunidade dos ativos de capital, especificamente, a receita futura pode ser atenuada por uma redução no tamanho do financiamento. Além disso, o consumo aumenta os custos de investimento por meio de financiamentos mais caros. Vale destacar que, como fez Keynes (1996), a taxa de juros considerada é a taxa de juros de longo prazo porque, além de ser um fator de alocação de custos, concorre com o investimento produtivo de financiamento a investimento. Assim, no que diz respeito às mudanças no valor do dinheiro causadas por mudanças nos preços, Keynes (1996) distingue entre a possibilidade de duas mudanças e seus respectivos efeitos. Por um lado, mudanças imprevistas não têm nenhum efeito sobre os investimentos atuais precisamente porque não suscitam as expectativas do empreendedor, enquanto mudanças baseadas em mudanças esperadas no valor do dinheiro têm efeito sobre eles "na velocidade com que novos investimentos produtos são produzidos, por meio deles Resposta à eficiência marginal do capital. Por velocidade entendemos a existência e possibilidade de utilização de capacidade ociosa para aumentar imediatamente a produção. Portanto, os autores enfatizam que a provável expectativa de preços mais altos poderia ter um efeito estimulante sobre a EMC , o que por sua vez poderia facilitar o investimento atual. Além da formação das próprias expectativas de longo prazo, Keynes (1996) chama a atenção para o fato de que não bastam as previsões do empreendedor, mas sua confiança nessa avaliação, seu estado de confiança, e se situa na concepção pós-keynesiana do empreendimento. É importante porque o estado de confiança afeta o tamanho da EMC, as necessidades de investimento. Então, investir com base em expectativas de longo prazo será "ficar rico da noite para o dia"? Não, quando se considera que o empresário que se preocupa em cumprir suas expectativas de renda futura é capaz de constante escrutínio de curto prazo. Isso não significa que investimentos eficientes possam ser retirados, mas apenas que o empresário pode absorver os "erros" cometidos para não repeti-los, podendo também ajustar suas previsões de acordo com novos acontecimentos, sejam econômicos, administrativos ou outros. REFERÊNCIAS LAVOIE, M. Post Keynesian Economics: New Foundations. Aldershot: Edward Elgar, 2014. AIDAR, G. L. e TERRA, F. H. B. A Teoria da Firma Pós-Keynesiana: uma revisão dos elementos relevantes. Revista Análise Econômica (UFRGS), v. 35, p. 21-45, 2017. KEYNES, J.M. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Tradução do texto The General Theory of Employment, Interest and Money Royal Economic Society, 1973, São Paulo: Editora Atlas S.A., 1996. STEINDL, J. Maturidade e Estagnação no Capitalismo Americano. Coleção “Os Economistas”. São Paulo: Abril Cultural, 1983. FEIJÓ, C. A. A firma em um Ambiente Inflacionário: uma visão pós-keynesiana. Revista Análise Econômica, v. 11, n. 19, p.122-135, mar, 1993 EICHNER, A. Uma Teoria da Determinação do “Mark-Up” sob Condições de Oligopólio. Ensaios FEE, v. 6, n. 2, p. 3-22, 1985. HARCOURT, G. C. e KENYON, P. Pricing and Investment decisions. Kyklos, v. 29, n. 3, p. 449-77, 1976.