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Texto de pré-visualização
Claudia Mariza Braga Leitura e Produção de Texto MEC SEED UAB 2011 Reitor Helvécio Luiz Reis Coordenador UABNEADUFSJ Heitor Antônio Gonçalves Comissão Editorial Fábio Alexandre de Matos Flávia Cristina Figueiredo Coura Geraldo Tibúrcio de Almeida e Silva José do Carmo Toledo José Luiz de Oliveira Leonardo Cristian Rocha Presidente Maria Amélia Cesari Quaglia Maria do Carmo Santos Neta Maria Jaqueline de Grammont Machado de Araújo Maria Rita Rocha do Carmo Marise Maria Santana da Rocha Rosângela Branca do Carmo Rosângela Maria de Almeida Camarano Leal Terezinha Lombello Ferreira Edição Núcleo de Educação a Distância Comissão Editorial NEADUFSJ Capa Eduardo Henrique de Oliveira Gaio Diagramação Luciano Alexandre Pinto B813l Braga Claudia Mariza Leitura e produção de texto São João delRei MG UFSJ 2011 56p Curso de Especialização em Práticas de Letramento e Alfabetização 1 Português 2Produção de texto I Título CDU 8111343 Agradecimento Às pedagogas Neide Manhã e Mariza Braga sem cuja preciosa e essencial colaboração este trabalho não teria sido possível 5 Sumário Pra começo de conversa 07 Unidade 1 Lendo a vida 09 Unidade 2 Práticas de leitura 17 Unidade 3 Práticas de escrita 43 Pra final de conversa 55 Referências 56 7 Pra começo de conversa Prezadoa ColegaEstudante Estamos iniciando agora a disciplina Leitura e Produção de Texto do curso de PRÁTICAS DE LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO do NEADUFSJ Buscamos fazer dessa disciplina um efetivo fórum de discussões sobre nossas práticas de leitura e escrita num ambiente descontraído e lúdico onde não apenas vamos pensar nas possíveis aplicações junto a nossos alunos como também praticaremos formas variadas de produção Dividimos o curso em 3 unidades Na primeira apresentamos algumas reflexões sobre a leitura e a escrita a segunda traz propostas de discussões a respeito de eventuais exercícios a serem aplicados junto aos alunos na terceira somos nós os praticantes Esperando que as dicas e discussões aqui propostas e estabelecidas sejam fecundas e proveitosas desejamos a todosas um ótimo trabalho Com meu abraço Claudia Braga 9 Lendo a vida Objetivo Estimular a reflexão sobre o conceito de leitura unidade 1 11 unidade1 Lendo a vida Em agosto de 2010 um conhecido periódico brasileiro trazia como título de sua matéria de capa Falar e escrever bem rumo à vitória Tratavase de uma breve enquete sobre as formas de expressão orais e escritas e seu manejo no sentido de demonstrar como os profissionais têm necessidade de se expressar bem em sua língua materna para alcançar êxito em todas as áreas Em meio à reportagem propriamente dita os repórteres Sérgio Martins e Marcelo Marthe afirmam ler é indispensável para quem quer se expressar bem E ler inclui de Machado de Assis e Graciliano Ramos até um blog decente na internet mas atenção é preciso ler de tudo não uma coisa ou outra Ler mostra as infinitas possibilidades de expressão da língua enriquece o vocabulário e o bom vocabulário é o melhor amigo da precisão ensina o leitor a organizar seu pensamento e ainda oferece a ele algo de valor inestimável conteúdo Revista Veja 11082010 p 100 Sabemos disso É pela leitura que aprimoramos nossa capacidade de expressão oral e escrita Mas essa leitura é bastante anterior a Machado de Assis ou aos blogs da internet Todos nós desde o nascimento percebemos compreendemos lemos o universo que nos cerca Todos nós desde a infância somos leitores do mundo E essa leitura do mundo que nos cerca vai moldar nossa escrita nele metafórica e concretamente Assim nossos alunos que chegam à escola possuem um conhecimento advindo dessa leitura inicial de mundo E só se transformarão em leitores de textos quando passarem a ter contato com eles dominando todo o processo de uma leitura diferente daquela que utilizaram anteriormente Dessa forma com certeza o ato ou o hábito de ler é influenciado por determinantes que causam reações e sensações diversas no leitor a partir de seu histórico particular de seu 12 aprendizado anterior de leitura do mundo Assim a leitura não é algo estático mas em permanente transformação que deve sobretudo ser prazeroso pois aprender a ler é também ter acesso a um mundo distinto daquele em que a oralidade se instala e organiza Assegurar o direito de aprender a ler e escrever e assim participar do mundo da escrita é um dos principais desafios o processo educativo atual Todos têm direito de adquirir esses conhecimentos acumulados historicamente e os contextos em que foram produzidos Para isso o conhecimento da linguagem escrita é fundamental Diante disso podemos afirmar que a leitura varia e se transforma de acordo com o texto o momento e a situação na qual se encontra o leitor pois não se lê uma poesia como se lê um problema de matemática ou uma narrativa CAGLIARI 2005 p 172 Assim o acesso ao mundo da escrita exige habilidades para além do apenas aprender a ler e a escrever exige práticas de letramento autênticas que garantam aos alunos o procedimento de leitor e escritor autônomo que lhe dê possibilidades de incorporar habilidades de uso da leitura e da escrita desenvolvidas no início da escolarização com ampliação gradativa e consistente para sua formação digna e plena Magda Soares 2002 explica como foi se ampliando progressivamente o conceito de educação até os anos 40 do século passado os questionários do censo indagavam simplesmente se a pessoa sabia ler e escrever servindo como comprovação da resposta afirmativa ou negativa a capacidade de assinatura do próprio nome A partir dos anos 50 e até o último censo 2000 os questionários passaram a indagar se a pessoa era capaz de ler e escrever um bilhete simples o que já evidencia a ampliação do conceito de alfabetização Já não se considera alfabetizado aquele que apenas declara saber ler e escrever genericamente mas aquele que sabe usar a leitura e a escrita para exercer uma prática social em que a escrita é necessária p 45 A metodologia descrita nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa 1997 indica que o Planejamento é um instrumento por excelência capaz de assegurar o diagnóstico das capacidades e dos conhecimentos prévios dos alunos e de criar condições 13 unidade1 e tempos para definir objetivos e para organizar atividades Nos mesmos documentos há ênfase sobre a necessidade de investimento nos meios para a sua implementação destacandose que a organização das atividades em torno da alfabetização deverá levar em conta a progressão de níveis do trabalho pedagógico em função dos níveis de aprendizagem dos alunos na natureza das atividades envolvendo conceitos e procedimentos pertinentes aos diversos componentes para o aprendizado da língua escrita a compreensão e a valorização da cultura escrita a apropriação do sistema de escrita a oralidade a leitura e a produção de textos escritos a criação de um ambiente alfabetizador ou de um contexto de cultura escrita oferecido pelas formas de organização da sala e de toda a escola capaz de disponibilizar aos alunos a familiarização com a escola e a interação com diferentes tipos gêneros portadores e suportes da escrita nas mais diversas formas Sendo assim em relação ao ler e escrever verificase que o professor precisa facilitar a interação entre a escrita e a leitura e ao mesmo tempo precisa propor desafios que tenham significado para os alunos para que estes se sintam instigados pela busca de resultados ou seja para que se tornem sujeitos ativos e envolvidos com os procedimentos de leitor eou escritor Logo tanto quanto seus alunos é preciso que o professor se torne sujeito do mundo da leitura e da escrita que organize registros de acompanhamento do processo de construção do conhecimento de seu grupo que busque textos que componham a pluralidade das práticas de leitura O prazer da leitura A leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo mas por certa forma de escrevêla ou de descrevêla quer dizer transformá la em uma prática consciente Paulo Freire É importante que o trabalho de leitura esteja incorporado às práticas cotidianas de sala de aula visto tratarse de uma forma estimuladora e prazerosa para o conhecimento a leitura é importante em todas as idades e em todos os momentos da vida pois estimula a formação de cidadãos críticos que se exige para a inserção na sociedade 14 O prazer em ler é uma técnica que se adquire no decorrer dos anos tendo em vista que vem gradativamente e contribui para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas as particularidades os sentidos a extensão e a profundidade de cada texto lido Segundo Lajolo 1997 p 7 lêse para conhecer o mundo para viver melhor Nesse contexto o papel dos professores não só de Língua Portuguesa como de outras áreas de ensino é de colaborar para a compreensão e as transformações do mundo Assim segundo Silva 1996 p 46 É necessário aprender a ler e mais tarde ler para aprender Quer dizer conseguir que o indivíduo tornese capaz de compreender os diferentes tipos de textos que existem em sociedade e que assim possa participar de dinâmica que é a própria do mundo da escrita Para conquistar e ganhar novos leitores é imprescindível saber utilizarse dos artifícios necessários através dos quais se possa oferecer ao outro o que o outro deseja mesmo que este não tenha consciência do seu próprio desejo e da necessidade de adquirir novos conhecimentos Dessa forma no momento do trabalho com a leitura é que são fincados os alicerces para a produção de bons textos A escolha de textos e temas adequados à faixa etária dos alunos permite que eles se integrem ao exercício da leitura de modo prazeroso e investigativo De acordo com os PCN de Língua Portuguesa 1997 p 54 para formar um leitor competente é preciso formar alguém que compreenda o que lê que possa aprender a ler também o que não está escrito identificando elementos implícitos que estabeleça relações entre o texto que lê e outros já lidos que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto que consiga justificar e validar a sua leitura a partir da localização de elementos discursivos Mas para que ocorra uma leitura fluente é preciso que haja o envolvimento de uma série de estratégias cognitivas que permitam ao leitor guiar sua leitura A esse respeito Goodman 1990 p 1618 apresenta as seguintes estratégias 15 unidade1 Seleção o leitor elege as informações do texto que lhe são realmente úteis necessárias Predição o leitor faz o uso de seu conhecimento prévio para antecipar predizer o que virá no texto e seu respectivo significado Inferência o leitor utiliza seus conhecimentos conceptual e linguístico para complementar a ideias que não estão explícitas no texto Autocontrole o leitor põe à prova suas estratégias e as modifica se for necessário Autocorreção o leitor repensa e corrige suas hipóteses levantadas por inferência ou predição É necessário que a leitura tenha sentido e objetivo para o aprendiz Em função disso a escolha de textos de boa qualidade autênticos variados desde o início da escolarização é fundamental para a formação de bons leitores ATIVIDADE A unidade 1 levanta reflexões sobre diferentes processos de leitura Qual sua opinião sobre as considerações apresentadas Elabore um texto conceituando as eventuais práticas de leitura e o que seria para você o leitor ideal 17 Práticas de Leitura Objetivo Trabalhar a leitura de imagens e textos com vistas a sua análise escrita unidade 2 19 unidade2 Práticas de Leitura O trabalho com a produção de textos orais e escritos é primordial no processo ensino aprendizagem de língua É impossível pensar na escrita sem associála à prática da leitura e verificase que um bom leitor tem muito maior possibilidade de ser um escritor competente do que aquele que não tem o hábito da leitura Segundo os PCN de Língua Portuguesa 1997 um escritor competente é aquele que na produção de um discurso sabe escolher o gênero textual mais adequado para alcançar seus objetivos É capaz de planejar seu discurso de acordo com o destinatário sem desconsiderar as características do gênero Um escritor competente é capaz também de avaliar se seu texto apresenta ideias confusas ambiguidade ou redundância revisando e reescrevendo até tornálo adequado a seus objetivos 21 Produção coletiva No início do trabalho de escrita nas classes de alfabetização os textos devem ser criados coletivamente e escritos no quadro pelo professor que fará o papel de escriba Depois os textos poderão ser transcritos em um cartaz e afixados na sala de aula para serem lidos diariamente pelo professor e pelos alunos em grupo ou individualmente O texto deverá ser sempre substituído por outros textos coletivos criados pelo grupo recentemente 22 Os Gêneros textuais Os textos literários são divididos em dois grupos textos em verso textos em prosa O professor deverá sempre definir o gênero textual a ser utilizado pelo aluno para a produção de um texto Em uma situação de interação verbal são considerados vários elementos de acordo com a situação de comunicação em que o locutor se encontra 20 devendo escolher sempre o gênero textual mais adequado avaliando com quem fala sobre o que fala com que finalidade fala pois como afirma Koch toda ação linguageira implica diferentes capacidades da parte do sujeito de adaptarse às características do contexto e do referente capacidade de ação de mobilizar modelos discursivos capacidades discursivas e de dominar as operações psicolinguísticas e as unidades linguísticas capacidades linguísticodiscursivas 2002 p 56 Assim se um locutor quer defender um determinado ponto de vista de um assunto ele poderá usar um texto de opinião Se quer ensinar a preparar um determinado prato o gênero a ser utilizado é uma receita culinária Entretanto se o sujeito quer relatar acontecimentos pessoais a alguém íntimo que mora distante o mais adequado será escrever uma carta Ao professor cabe eleger um determinado gênero textual para ser trabalhado na escola definindo um modelo específico desse gênero com referências teóricas específicas e determinar as dimensões que serão abordadas com os alunos É da maior importância que se realizem na escola trabalhos com os diferentes gêneros textuais que diariamente circulam entre as pessoas Este trabalho ampliará a capacidade linguística e discursiva do aprendiz Com efeito segundo Mikhail Bakhtin É de acordo com nosso domínio dos gêneros que usamos com desembaraço que descobrimos mais depressa e melhor nossa individualidade neles quando isso é possível e útil que refletimos com maior agilidade a situação irreproduzível da comunicação verbal que realizamos com o máximo de perfeição o intuito discursivo que livremente concebemos 1997 p 304 23 A Coesão e a coerência Para que o professor possa auxiliar seus alunos de forma eficiente na organização e estruturação da escrita deve estar atento à coesão e à coerência textuais Segundo Koch Travaglia 1989 p 1112 A coerência seria a possibilidade de estabelecer no texto alguma forma de unidade ou relação Essa unidade é sempre apresentada como unidade 21 unidade2 de sentido do texto o que caracteriza a coerência como global isto é referente ao texto como um todo KOCH TRAVAGLIA De acordo com as mesmas autoras 1989 p 1314 a coesão é ao contrário da coerência explicitamente revelada através de marcas linguísticas índices formais na estrutura da sequência linguística e superficial do texto sendo portanto de caráter linear já que se manifesta na organização sequencial do texto a coesão é então a ligação entre os elementos superficiais do texto o modo como eles se relacionam o modo com frases ou partes delas se combinam para assegurar um desenvolvimento proporcional A coesão relacionase à organização textual A coerência é externa ou seja é construída pelo leitor que compreenderá ou não o texto 24 A Reescrita e a socialização de textos Para a formação de um leitor competente o professor deve orientar seus alunos em relação ao processo de revisão dos textos produzidos Para isso deve ser solicitada a releitura e a reelaboração de suas produções textuais com o objetivo de melhorálas o máximo possível No momento da revisão dos textos cabe ao professor selecionar os aspectos nos quais deseja que seus alunos se concentrem elementos de coesão pontuação adequação ortográfica clareza de ideias uso da linguagem adequada a quem se destina o texto As atividades de revisão textual podem ser realizadas individualmente em grupos ou por toda a classe e para o trabalho de reescrita de textos produzidos em grupo devemse traçar metas que favoreçam o espírito de cooperação entre os alunos como por exemplo as sugestões que se seguem Combinar com os alunos os critérios que serão utilizados na correção Selecionar para a reescrita a produção que contenha os erros que aparecem com maior frequência com a maioria da classe Escolher uma produção e pedir autorização a seus autores para copiálas no quadro na íntegra Ler ou pedir aos alunos que leiam o texto para que eles mesmos percebam os erros cometidos 22 Após identificar os erros na produção escrita solicitar sugestões por parte do grupo para uma nova organização da frase ou da forma correta de escrever uma palavra Ter o cuidado de não alterar o sentido do texto deixando que os alunosautores decidam sobre a incorporação das sugestões da classe respeitando a autonomia do texto a ser escrito Escolher a cada reescrita a produção de uma dupla ou grupo diferente de modo que todos tenham seus textos reescritos Cabe ao professor portanto ser mediador desse processo de formação do aprendiz ajudandoo cada vez mais a produzir textos coesos coerentes e eficazes quanto a seus objetivos 25 Atividades de leitura O objetivo da escrita é a leitura mas quem vai escrever só é capaz de fazêlo se souber o que escreve Portanto a leitura é uma habilidade que precede a própria escrita Cagliari 1999 p 196 A partir do parágrafo acima começaremos nossas atividades práticas com a leitura de pinturas gravuras e fotos com o objetivo de a partir da análise das imagens incentivar a produção escrita sobre elas 251 Pintura a Tela A Casa Amarela Vincent Van Gogh 1888 23 unidade2 FIGURA 1 A Casa Amarela Vincent Van Gogh 1888 Fonte httparquiteturaparalelafileswordpresscom201007y01jpg Acesso em 10 jun 2011 Conversando sobre a tela O local reproduzido pela tela nos revela uma grande metrópole ou uma cidade de interior É um momento atual ou do passado Enumere fatos que comprovem as suas observações b Tela The River Bennecourt O rio Bennecourt MONET 1868 24 FIGURA 2 The River Bennecourt O rio Bennecourt MONET 1868 Fonte httpabsurtusfileswordpresscom201103557riversceneat bennecourt1868jpg Acesso em 10 jun 2011 Conversando sobre a pintura O que compõe essa tela Que detalhe na pintura nos revela o sexo da personagem Na sua opinião Ela aguarda alguém Faz uma reflexão Descansa após o dia de trabalho DISCUTA SUAS RESPOSTAS NO FÓRUM DA TURMA COMPARE SUA RESPOSTA COM A DE SEUS COLEGAS 25 unidade2 252 Fotografia FIGURA 3 Fotografia 1 Fonte PASSOS Célia SILVA Zeneide Coleção Eu Gosto Integrado 4ªsérieEd IBEP 2006 Explorando a foto Quem foi fotografado O que faz Demonstra emoção Por que podemos reconhecer se ele é destro ou canhoto Gravuras comparativas 26 FIGURA 4 Fotografia 2 Fonte PASSOS Célia SILVA Zeneide Coleção Eu Gosto Integrado 4ªsérieEdIBEP 2006 Observe atentamente as fotografias Comparar os locais Descrever a figura da esquerda e da direita Quais as semelhanças Quais as diferenças COMO ESSAS ILUSTRAÇÕES PODERIAM SER EXPLORADAS NA ESCOLA DISCUTA SUAS RESPOSTAS NO FÓRUM DA TURMA COMPARE SUA RESPOSTA COM A DE SEUS COLEGAS 253 Tiras Num crescendo de dificuldades apresentamos e analisaremos diferentes tiras As tirinhas são quadrinhos de desenhos muito parecidos com as histórias em quadrinhos só que bem menores assim sua mensagem deve ser passada com total precisão dado o curto espaço de que dispõe 27 unidade2 É comum vermos as tirinhas abordarem temas atuais de forma sarcástica como é o caso da corrupção esportes e outros assuntos que são criticados e ironizados através dos desenhos encontramos até algumas que fazem fortes críticas ao governo ou a pessoas famosas em particular O objetivo de trabalharmos com tirinhas é o de partindo de um universo familiar ao aluno provocar uma reflexão sobre as mensagens apresentadas em cada uma delas a Tira 1 FIGURA 5 Tira 1 Fonte http3bpblogspotcomZS1t8ouQWrYSrgkHc6rjdIAAAAAAAABq4 RDMLFl66egEs1600htirameninomaluquinho3007jpg Acesso em 30 jun 2011 Refletindo e conversando sobre a tira Local onde se passa o fato O que ocasionou a desistência pelo primeiro lugar Esse fato é comum na rotina diária b Tira 2 FIGURA 6 Tira 2 Fonte httpwwwportalpowercombrtirinhasinteligentes Acesso em 12 abr 2011 28 Refletindo e conversando sobre a tira Qual a dúvida do menino da tira Por que ele não acredita na afirmativa do pai E para você existe essa dúvida Justifique c Tira 3 FIGURA 7 Tira 3 Fonte httpwwwportalpowercombrtirinhasinteligentes Acesso em 12 abr 2011 Quando se conhece um bom livro O que significa mas quando ele abre nossas cabeças ESSAS TIRINHAS PODERIAM SER EXPLORADAS NA ESCOLA COMENTE CADA UMA DELAS NO FÓRUM DA TURMA COMPARE SEUS COMENTÁRIOS COM OS DE SEUS COLEGAS 254 História em quadrinhos As histórias em quadrinhos são enredos narrados quadro a quadro por meio de desenhos e textos que utilizam o discurso direto característico da língua falada O objetivo do trabalho com as histórias em quadrinhos é o de apresentar de um modo lúdico fatos a serem analisados a Em meio às sempre atuais questões sobre o meio ambiente Chico Bento personagem criado por Maurício de Souza apresenta algo bem ecológico 29 unidade2 Leia a história FIGURA 8 Chico Bento Fonte Maurício de Souza Chico Bento n 396 São Paulo Globo março2002 Questões Que tipo de pesca Chico Bento realiza Qual a emoção que ele demonstra sentir ao realizar essa pescaria O que ele fez com o objetivo de preservar o nosso Planeta 30 255 Textos diversos Com o objetivo de aproximar o aprendiz dos diferentes gêneros literários selecionamos textos para exploração da leitura e posteriormente da escrita 2551 Propagandas e anúncios A propaganda tem o objetivo de vender um produto ou um serviço levar alguém a aderir a uma causa ou criar uma imagem favorável de uma empresa ou instituição utilizando artifícios psicológicos ilusórios a fim de manipular a vontade O anúncio tem como objetivo tornar algo público sem artifícios auxiliares simplesmente expor o produto a Veja os anúncios de um classificado de um jornal observando o que cada texto apresenta ou propõe FIGURA 9 Classificados Fonte Jornal O GLOBO 10 jun 2011 Reflita e compare Semelhanças Diferenças Propostas b Leia as três propagandas a seguir Todas falam de Artes 31 unidade2 Fonte de todas as propagandas Jornal O GLOBO 10 jun 2011 Em que se diferenciam Qual das propagandas mais seduz Por quê ESSES ANÚNCIOS PODERIAM SER EXPLORADOS NA ESCOLA COMO COMPARE SUA OPINIÃO COM A DE SEUS COLEGAS NO FÓRUM DA TURMA 32 2552 Crônica Como você deve ter observado o texto visa a divertir o leitor falando de coisas de seu cotidiano de modo informal Imagine ações engraçadas do pai na tentativa de tornar o filho um grande jogador de futebol 2553 Fábulas Fábulas são histórias fantásticas cujos personagens são animais que nessas histórias sentem agem e pensam como os seres humanos As fábulas por serem uma das mais antigas maneiras de contar histórias veiculam uma norma de conduta para a essência humana para expressar suas emoções e sentimentos contêm um fundo moral para a educação humana e criticam os valores de nossa sociedade O objetivo de trabalhar com fábulas é incentivar o aluno a reconhecer o aprendizado proposto pela conclusão da fábula 33 unidade2 a A Formiga e a Pomba Uma Formiga estava na margem de um rio bebendo água e sendo arrastada pela forte correnteza estava prestes a se afogar Uma Pomba que estava em uma árvore sobre a água observando tudo arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da mesma Subindo na folha a Formiga flutua em segurança até a margem Eis que pouco tempo depois um caçador de pássaros escondido pelas folhas da árvore se prepara para apanhar a Pomba colocando visgo no galho onde ela descansa sem que ela perceba o perigo A Formiga percebendo sua intenção dálhe uma ferroada no pé Do susto ele deixa cair sua armadilha de visgo e isso dá chance para que a Pomba acorde e voe para longe a salvo Autor Esopo Fonte httpcantinhodasfabulasvilaboluolcombraformigaeapombahtml Acesso em 14 abr 2011 Moral da História b O Carvalho e os Juncos Um enorme carvalho ao ser puxado do chão pela força de forte ventania rio abaixo é levado pela correnteza Arrastado pelas águas ele cruza com alguns Juncos e em tom de pranto exclama Gostaria de ser como vocês que de tão delicados e esguios não são de modo algum afetados por estes fortes ventos 34 E eles responderam Você competiu e lutou com o vento por isso mesmo foi destruído Nós ao contrário nos curvamos mesmo diante do mais leve sopro da brisa e por essa razão permanecemos inteiros e a salvo Autor Esopo Fonte httpcantinhodasfabulasvilaboluolcombrocarvalhoeosjuncoshtml Acesso em 14 abr 2011 Moral da História NA SUA OPINIÃO COMO PODERÍAMOS TRABALHAR COM FÁBULAS NA ESCOLA COMPARE SEUS COMENTÁRIOS COM OS DE SEUS COLEGAS 2554 Conto Conto é uma narrativa curta que apresenta os mesmos elementos de um romance narrador personagens enredo espaço e tempo Diferenciase do romance pela sua concisão linearidade e unidade o conto deve construir uma história focada em um conflito básico e apresentar o desenvolvimento e resolução desse conflito O objetivo de trabalhar com contos é o de apresentar ao aluno uma forma curta de narrativa O caboclo o padre e o estudante Um estudante e um padre viajavam pelo sertão tendo como bagageiro um caboclo Deramlhes numa casa um pequeno queijo de cabra Não sabendo como dividilo mesmo porque chegaria um pequenino pedaço para cada um o padre resolveu que todos dormissem e o queijo seria daquele que tivesse durante a noite o sonho mais bonito pensando engabelar todos com os seus recursos oratórios Todos aceitaram e foram dormir À noite o caboclo acordou foi ao queijo e comeuo Pela manhã os três sentaramse à mesa para tomar café e cada qual teve que contar o seu sonho O padre disse ter sonhado com a escada de Jacó e descreveua brilhantemente Por ela ele subia triunfalmente para o céu O estudante então 35 unidade2 narrou que sonhara estar já dentro do céu à espera do padre que subia O caboclo sorriu e falou Eu sonhei que via seu padre subindo a escada e seu doutor lá dentro do céu rodeado de amigos Eu ficava na terra e gritava Seu doutor seu padre o queijo Vosmincês esqueceram o queijo Então vosmincês respondiam de longe do céu Come o queijo caboclo Come o queijo caboclo Nós estamos no céu não queremos queijo O sonho foi tão forte que eu pensei que era verdade levantei me enquanto vosmincês dormiam e comi o queijo Luís da Câmara Cascudo Fonte httpportalsmeprefeituraspgovbrRegionais108800Documentos melhortexto2009ciclo1caboclopdf Acesso em 14042011 Trabalhando o texto Quais são os personagens do texto Por que o queijo de cabra tornouse um problema Que solução foi dada pelo padre para resolver a questão O desfecho do texto é surpreendente em relação ao que se esperava que acontecesse entre os três personagens caracterizados logo no início COMENTE SUAS RESPOSTAS NO FÓRUM DA TURMA 2554 Poemas O poema é uma obra em verso O poema depois de criado existe por si em si mesmo ao alcance de qualquer leitor Os poetas têm escrito poemas de vários tipos Dois deles entretanto são considerados os principais o poema lírico e o poema narrativo Alguns críticos acrescentam como um terceiro tipo o poema dramático Há textos poéticos onde os versos têm rima e em outros não 36 Leia os poemas a seguir a CIDADEZINHA QUALQUER Carlos Drummond de Andrade Casas entre bananeiras mulheres entre laranjeiras pomar amor cantar Um homem vai devagar Um cachorro vai devagar Um burro vai devagar Devagar as janelas olham Eta vida besta meu Deus Fonte httpwwwhorizonteunammxbrasildrumm6html Acesso em 12042011 b O ADOLESCENTE Mário Quintana A vida é tão bela que chega a dar medo Não o medo que paralisa e gela estátua súbita mas esse medo fascinante e fremente de curiosidade que faz o jovem felino seguir para a frente farejando o vento ao sair a primeira vez da gruta Medo que ofusca luz Cumplicemente as folhas contamte um segredo velho como o mundo Adolescente olha A vida é nova A vida é nova e anda nua vestida apenas com o teu desejo Fonte httpquintanaeternoblogspotcom200901oadolescentehtml Acesso em 12042011 37 unidade2 Trabalhando com os textos REFLITA SOBRE OS TÍTULOS DOS POEMAS ELES PODERIAM SER EXPLORADOS NA ESCOLA COMO EXPONHA SUA OPINIÃO NO FÓRUM DA TURMA COMPARE SEUS COMENTÁRIOS COM OS DE SEUS COLEGAS 2555 Letra de Música A música popular brasileira é das mais ricas do planeta em termos de melodia ritmo e ou temática Trabalhar a leitura de músicas tem como objetivo fazer com que o aluno ouvindo e cantando perceba que em qualquer tipo de canção há temas para reflexão Tente Outra Vez Raul Seixas Fonte httpletrasterracombrraulseixas48334 Acesso em 12 abr 2011 Conversando sobre o texto Observe no texto as palavras de sentido positivo Selecione 3 Justifique a sua escolha Cite três argumentos que justificam o tentar novamente O que você entende por não pense que a cabeça aguenta se você parar Há uma voz que canta uma voz que dança uma voz que gira Bailando no ar Queira Basta ser sincero e desejar profundo Você será capaz de sacudir o mundo vai Tente outra vez Tente E não diga que a vitória está perdida Se é de batalhas que se vive a vida Tente outra vez Veja Não diga que a canção está perdida Tenha fé em Deus tenha fé na vida Tente outra vez Beba Pois a água viva ainda está na fonte Você tem dois pés para cruzar a ponte Nada acabou não não não não Tente Levante sua mão sedenta e recomece a andar Não pense que a cabeça agüenta se você parar não não não não 38 A palavra TENTE repetese várias vezes Qual seria a intenção do poeta com esta repetição DISCUTA SUAS RESPOSTAS COM OS COLEGAS 2557 Trabalhando com peça teatral JUDAS EM SÁBADO DE ALELUIA Luis Carlos Martins Pena CENA IV FAUSTINO Maricota MARICOTA Fui bem desgraçada em dar meu coração a um ingrato FAUSTINO enternecido Maricota MARICOTA Se eu pudesse arrancar do peito esta paixão FAUSTINO Maricota eisme a teus pés Ajoelhase e enquanto fala Maricota rise sem que ele veja Necessito de toda a tua bondade para ser perdoado MARICOTA Deixeme FAUSTINO Queres que morra a teus pés Batem palmas na escada MARICOTA assustada Quem será Faustino conservase de joelhos CAPITÃO na escada dentro Dá licença MARICOTA assustada É o capitão Ambrósio Para Faustino Váse embora váse embora Vai para dentro correndo FAUSTINO levantase e vai atrás dela Então o que é isso Deixoume Foi se E esta Que farei Anda ao redor da sala como procurando onde esconderse Não sei onde esconderme Vai espiar à porta e daí corre para a janela Voltou e está conversando à porta com um sujeito mas decerto não deixa de entrar Em boas estou metido e daqui não Corre para o judas despelhe a casaca e o colete tiralhe as botas e o chapéu e arrancalhe os bigodes O que me pilhar tem talento porque mais tenho eu Veste o colete e casaca sobre a sua própria roupa calça as botas põe o chapéu armado e arranja os bigodes Feito isso esconde o corpo do judas em uma das gavetas da cômoda onde também esconde o próprio chapéu e toma o lugar do judas Agora pode vir Batem Eilo Batem Aí vem 39 unidade2 CENA V CAPITÃO e FAUSTINO no lugar do judas CAPITÃO entrando Não há ninguém em casa Ou estão todos surdos Já bati palmas duas vezes e nada de novo Tira a barretina e a põe sobre a mesa e assentase na cadeira Esperarei Olha ao redor de si dá com os olhos no judas supõe à primeira vista ser um homem e levantase rapidamente Quem é Reconhecendo que é um judas Ora ora ora E não me enganei com o judas pensando que era um homem Oh oh está um figurão E o mais é que está tão bem feito que parece vivo Assentase Onde está esta gente Preciso falar com o cabo José Pimenta e ver a filha Não seria mau que ele não estivesse em casa desejo ter certas explicações com a Maricota Aqui aparece na porta da direita Maricota que espreita receosa O capitão a vê e levantase Ah CENA VI MARICOTA e os mesmos MARICOTA entrando sempre receosa e olhando para todos os lados Senhor capitão CAPITÃO chegandose para ela Desejei verte e a fortuna ajudoume Pegandolhe na mão Mas que tens Estás receosa Teu pai MARICOTA receosa Saiu CAPITÃO Que temes então MARICOTA adiantase e como que procura um objeto com os olhos pelos cantos da sala Eu Nada Estou procurando o gato CAPITÃO largandolhe a mão O gato E por causa do gato recebeme com esta indiferença MARICOTA à parte Saiu Para o capitão Ainda em cima zangase comigo Por sua causa é que eu estou nestes sustos CAPITÃO Por minha causa MARICOTA Sim CAPITÃO E é também por minha causa que procura o gato 40 MARICOTA É sim CAPITÃO Essa agora é melhor Expliquese MARICOTA à parte Em que me fui eu meter O que lhe hei de dizer CAPITÃO Então MARICOTA Lembrase CAPITÃO De quê MARICOTA Da da daquela carta que escreveume anteontem em que me aconselhava que fugisse da casa de meu pai para a sua CAPITÃO E o que tem MARICOTA Guardeia na gavetinha do meu espelho e como a deixasse aberta o gato brincando sacoume a carta porque ele tem esse costume CAPITÃO Oh mas isso não é graça Procuremos o gato A carta estava assinada e pode comprometerme É a última vez que tal me acontece Puxa a espada e principia a procurar o gato Fonte httpwwwportalsaofranciscocombralfamartinspenaojudasemsabado dealeluiaphp Acesso em 13 abr 2011 Estudo do texto Apesar de não ter lido as primeiras cenas do texto você pode entender o que se passou anteriormente Como você definiria a relação entre Maricota e Faustino Que papel representa o Capitão nessa peça teatral COMO PODERÍAMOS EXPLORAR ESSE TEXTO EM SALA DE AULA DISCUTA SUA OPINIÃO COM SEUS COLEGAS NO FÓRUM DA TURMA 2558 Resenha crítica A resenha crítica é um gênero argumentativo Ela expressa uma opinião ou tese sobre um produto cultural livro filme peça show música etc e apresenta argumentos que justificam essa opinião 41 unidade2 Fonte Jornal O GLOBO 30 mar 2011 Avalie o conteúdo da resenha Foram apresentados mais pontos positivos ou negativos da peça Pensando em sua resposta anterior conclua a avaliação final da peça é coerente com aquilo que a resenha apresenta Por quê ESSE TIPO DE TEXTO PODERIA SER USADO EM SALA COMO EXPONHA SUA OPINIÃO E DISCUTAA COM OS COLEGAS NO FÓRUM 42 ATIVIDADE A unidade 2 apresenta diferentes tipos de textos sugerindo sua possível utilização em nossa prática cotidiana 1 Qual sua opinião sobre as sugestões apresentadas 2 A partir de um gênero textual de sua escolha elabore um exercício de verificação de apreensão de leitura para aplicação 43 Propostas de produção escrita Objetivo Trabalhar a prática da escrita em diferentes gêneros de produção unidade 3 45 Propostas de produção escrita Com base nos trabalhos de leitura realizada faremos agora nós também exercícios de produção escrita Lembramos que as unidades propostas no desenvolvimento da leitura podem ser exploradas e trabalhadas na produção escrita 31 Pontuação Os sinais de pontuação servem para marcar pausas a vírgula o ponto e vírgula o ponto ou a melodia da frase o ponto de exclamação o ponto de interrogação etc Geralmente estão ligados à organização sintática dos termos na frase eles são regidos por regras Assim é necessário trabalhar com os alunos a necessidade de seu bom emprego para a melhor compreensão do que é lido ou escrito Leia o texto que nos fala sobre os sinais de pontuação E veja como esse trabalho pode ser descontraído e prazeroso Quem é importante Certo dia num caderno Numa página interna Deuse a grande reunião Dos sinais de pontuação Para decidir no instante Qual é o mais importante Chegou correndo afobadão O Ponto de Exclamação Bufando muito excitado Entusiasmado ou assustado Socorro Viva Sarava Dá o fora sempre a berrar E logo todo sinuoso A rebolarse entrou pimpão O enxerido e mui curioso Dom Ponto de Interrogação Quem é Por quê Aonde Quando ele só vive perguntando E vêm as Vírgulas dengosas Muito falantes muito prosas E anunciam Nós meninas Somos as pausas pequeninas Que pelas frases espalhadas São sempre tão solicitadas Mas já chegam os Dois Pontos Ponto e Vírgula e pronto Tem início a discussão Que já dá em confusão Sem por cima ter um ponto Vírgula é um sinal bem tonto Ponto e vírgula declara Arrogante e fecha a cara 46 ATIVIDADE 1 Crie você mesmoa agora uma forma de trabalhar a pontuação em sala de aula Discuta sua proposta com os tutores e os colegas no Fórum da turma 32 História em quadrinhos ATIVIDADE 2 De modo a exercitar a criação de discursos diretos crie as falas das personagens da história em quadrinhos a seguir Essa não Tenha paciência Intervêm as Reticências Somos nós as importantes Tanto agora como dantes Quando falta competência Botam logo Reticências Til e Acento Circunflexo Numa discussão sem nexo Cara a cara bravos quase Se engalfinham Mas a Crase Corta a briga ao declarar Poucos sabem me empregar Me respeitem pois bastante Já que sou tão importante Mas DoisPontos protestou Importante eu é que sou Eu preparo toda a ação E a enumeração É aqui que nós entramos Nós as Aspas e avisamos Sem nossa contribuição Não existe citação A Cedilha e o Travessão Já se enfrentaram mas então Bem na hora firme e pronto Se apresenta o senhor Ponto Importante é o meu sinal Basta Fim PONTO FINAL Tatiana Belinki Diversos russos São Paulo Scipione 1994 47 unidade3 Fonte PASSOS Célia SILVA Zeneide Coleção Eu Gosto Integrado 4ª sérieEdIBEP 2006 Envie o diálogo criado ao tutor da turma 33 Propagandas ATIVIDADE 3 Elabore um anúncio para a venda de cada item Uma casa Um carro Um utensílio doméstico 34 Fábula O galo e a águia Dois galos estavam disputando em feroz luta o direito de comandar o galinheiro de uma chácara Por fim um põe o outro para correr e é o vencedor O Galo derrotado afastouse e foi se recolher num canto sossegado do galinheiro 48 O vencedor voando até o alto de um muro bateu as asas e exultante cantou com toda força Uma Águia que pairava ali perto lançouse sobre ele e com um golpe certeiro levouo preso em suas poderosas garras O Galo derrotado saiu do seu canto e daí em diante reinou absoluto livre de concorrência Autor Esopo Fonte httpcantinhodasfabulasvilaboluolcombrogalodebrigaeaaguiahtml cantinhodasfabulasvilaboluolcombr Acesso em 14042011 Moral da História O orgulho e a arrogância são o caminho mais curto para a ruína e o infortúnio ATIVIDADE 4 Crie agora SUA fábula Lembrese de que toda fábula tem uma mensagem moral a ser difundida Apresente sua história no Fórum da turma 35 Notícias de jornal Diferentemente dos textos de ficção das fábulas os jornais devem dar informações precisas sobre os fatos fornecendo o maior número de dados no menor espaço possível Vejamos uma notícia difundida em diferentes meios de comunicação DESARMAMENTO INFANTIL 49 unidade3 Fonte Jornal O GLOBO 13 abr 2011 ATIVIDADE 5 Faça uma leitura crítica do texto Destaque pontos positivos e negativos Pesquise na internet para saber mais sobre o desarmamento infantil Discuta a proposta da Campanha Desarmamento Infantil do Instituto Sou da Paz com os tutores e os colegas no Fórum da turma Elabore um texto sobre o assunto a partir de suas leituras e experiências cotidianas 36 Crônicas Temos que estimular nossos alunos a analisar criticamente eventos de seu cotidiano 50 Façamos uma breve prática antes de aplicálo Observe as imagens abaixo Elas são relacionadas a disputas esportivas que mobilizam no público uma variedade de reações e sentimentos Fonte Jornal O GLOBO 13 abr 2011 ATIVIDADE 5 Escreva uma crônica a respeito de um jogo da modalidade de sua preferência Para isso você deverá descrever e analisar os fatos que conferiram emoção à partida A abordagem do tema deverá ser feita de forma espontânea e subjetiva Roteiro para a elaboração do texto Qual jogo foi escolhido Que características desse jogo merecem ser destacadas algum jogador a arbitragem os torcedores um time em especial 51 unidade3 Qual será o tom da sua crítica como torcedor como admirador com descontração com otimismo como desabafo como deboche Ao escrever o texto lembrese Sua crônica deve ter um título Pode fazer referência a atletas agremiações lugares jogo analisado explicando se for necessário Além da descrição de lances você deve fazer uma análise pessoal da partida selecionada Você pode ilustrar com recorte de revista jornal ou com uma fotografia Avalie o que você escreveu e veja se há necessidade da reescrita Envie seu texto ao fórum da turma da turma 37 Resenha crítica Vamos exercitar agora a análise crítica em forma de resenha Pense em algum filme livro ou peça teatral você que tenha visto e faça uma resenha crítica A resenha deverá conter Nome do livro Autor Editora Data de publicação Número de páginas Complete com informações que farão parte da sua resenha Tema do livro e a que público se destina Sua opinião sobre o livro Características do livro que justificam a sua opinião sobre ele 52 Destaque sempre pontos positivos eou negativos Crie um título que deverá vir antes do conteúdo da resenha e apresente a opinião que será defendida Avalie e reescreva o texto Para avaliar sua produção siga respondendo as seguintes perguntas Há informações básicas sobre a obra Seu ponto de vista sobre o livro está claro Apresentou argumentos para justificar seu ponto de vista Procurou escrever de forma impessoal Você acredita que a sua resenha convence o leitor a respeito do seu ponto de vista Depois de sua releitura faça as modificações necessárias e envie seu texto ao seu tutor e a seus colegas 53 unidade3 38 Uma leitura árdua os gráficos Fonte Jornal O GLOBO 13 abr 2011 Analisando os gráficos podemos verificar que houve um crescimento de óbitos em acidentes de trânsito no Brasil Observar e comparar óbitos durante a década de 1998 a 2008 a De pedestres b Em acidentes de automóvel c Em acidentes de motociclista d E acidentes de ciclista Com base na observação do gráfico elabore três possíveis causas para esse resultado e sugira soluções Envie seu texto ao tutor 54 ATIVIDADE 1 Crie um exercício para seus alunos A partir de um texto de sua escolha elabore um exercício de expressão escrita para aplicação em sala 2 Autoavaliação O conteúdo da disciplina atendeu às suas expectativas Destaque pontos positivos e negativos As discussões no fórum foram proveitosas Como foi sua participação nessas discussões Como se deu sua atuação nas atividades propostas Concluindo a disciplina você diria que ela foi útil a seu trabalho em sala 55 Pra final de conversa Prezadoa ColegaEstudante Concluímos aqui nossas atividades da disciplina Leitura e Produção de Texto do curso de PRÁTICAS DE LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO Esperamos que as propostas tenham efetivamente estimulado questões e reflexões sobre as possibilidades de compreensão e escrita Para finalizar nosso trabalho propomos uma última atividade Gostaríamos também de contar com a avaliação do a colega sobre a disciplina e sobre sua atuação nela Assim pedimos que você elabore um texto sobre este período de estudos no qual sejam respondidas as questões propostas abaixo e o poste na plataforma Até a próxima Um abraço Claudia Braga 56 REFERÊNCIAS BAKHTIN Mikhail Estética da criação verbal Trad Paulo Bezerra São Paulo Martins Fontes 1997 BUIN Edilaine Aquisição da escrita a coerência e a coesão São Paulo Contexto 2002 CAGLIARI Luiz Carlos Alfabetizando sem o Babébibóbu São Paulo Scipione 2005 GOODMAN Kenneth S O processo de leitura considerações a respeito da língua e desenvolvimento In FERREIRO Emilia PALÁCIO Margarida G Os processos de leitura e escrita novas perspectivas Porto Alegre Artes Médicas 1990 KOCH Ingedore V Linguística textual uma introdução São Paulo Cortez 1994 KOCH Ingedore GV TRAVAGLIA Luiz Carlos Texto e coerência São Paulo Cortez 1989 LAJOLO Marisa Do mundo da leitura para a leitura do mundo São Paulo Ática 1993 Revista VEJA n 2177 São Paulo Editora Abril 11 ago 2010 pp 94101 SOARES Magda Português uma proposta para o letramento São Paulo Moderna 2002 SILVA E T A Produção da Leitura na Escola São Paulo Ática 1996 SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL Parâmetros curriculares nacionais Língua Portuguesa Brasília MECSEF 1997
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Texto de pré-visualização
Claudia Mariza Braga Leitura e Produção de Texto MEC SEED UAB 2011 Reitor Helvécio Luiz Reis Coordenador UABNEADUFSJ Heitor Antônio Gonçalves Comissão Editorial Fábio Alexandre de Matos Flávia Cristina Figueiredo Coura Geraldo Tibúrcio de Almeida e Silva José do Carmo Toledo José Luiz de Oliveira Leonardo Cristian Rocha Presidente Maria Amélia Cesari Quaglia Maria do Carmo Santos Neta Maria Jaqueline de Grammont Machado de Araújo Maria Rita Rocha do Carmo Marise Maria Santana da Rocha Rosângela Branca do Carmo Rosângela Maria de Almeida Camarano Leal Terezinha Lombello Ferreira Edição Núcleo de Educação a Distância Comissão Editorial NEADUFSJ Capa Eduardo Henrique de Oliveira Gaio Diagramação Luciano Alexandre Pinto B813l Braga Claudia Mariza Leitura e produção de texto São João delRei MG UFSJ 2011 56p Curso de Especialização em Práticas de Letramento e Alfabetização 1 Português 2Produção de texto I Título CDU 8111343 Agradecimento Às pedagogas Neide Manhã e Mariza Braga sem cuja preciosa e essencial colaboração este trabalho não teria sido possível 5 Sumário Pra começo de conversa 07 Unidade 1 Lendo a vida 09 Unidade 2 Práticas de leitura 17 Unidade 3 Práticas de escrita 43 Pra final de conversa 55 Referências 56 7 Pra começo de conversa Prezadoa ColegaEstudante Estamos iniciando agora a disciplina Leitura e Produção de Texto do curso de PRÁTICAS DE LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO do NEADUFSJ Buscamos fazer dessa disciplina um efetivo fórum de discussões sobre nossas práticas de leitura e escrita num ambiente descontraído e lúdico onde não apenas vamos pensar nas possíveis aplicações junto a nossos alunos como também praticaremos formas variadas de produção Dividimos o curso em 3 unidades Na primeira apresentamos algumas reflexões sobre a leitura e a escrita a segunda traz propostas de discussões a respeito de eventuais exercícios a serem aplicados junto aos alunos na terceira somos nós os praticantes Esperando que as dicas e discussões aqui propostas e estabelecidas sejam fecundas e proveitosas desejamos a todosas um ótimo trabalho Com meu abraço Claudia Braga 9 Lendo a vida Objetivo Estimular a reflexão sobre o conceito de leitura unidade 1 11 unidade1 Lendo a vida Em agosto de 2010 um conhecido periódico brasileiro trazia como título de sua matéria de capa Falar e escrever bem rumo à vitória Tratavase de uma breve enquete sobre as formas de expressão orais e escritas e seu manejo no sentido de demonstrar como os profissionais têm necessidade de se expressar bem em sua língua materna para alcançar êxito em todas as áreas Em meio à reportagem propriamente dita os repórteres Sérgio Martins e Marcelo Marthe afirmam ler é indispensável para quem quer se expressar bem E ler inclui de Machado de Assis e Graciliano Ramos até um blog decente na internet mas atenção é preciso ler de tudo não uma coisa ou outra Ler mostra as infinitas possibilidades de expressão da língua enriquece o vocabulário e o bom vocabulário é o melhor amigo da precisão ensina o leitor a organizar seu pensamento e ainda oferece a ele algo de valor inestimável conteúdo Revista Veja 11082010 p 100 Sabemos disso É pela leitura que aprimoramos nossa capacidade de expressão oral e escrita Mas essa leitura é bastante anterior a Machado de Assis ou aos blogs da internet Todos nós desde o nascimento percebemos compreendemos lemos o universo que nos cerca Todos nós desde a infância somos leitores do mundo E essa leitura do mundo que nos cerca vai moldar nossa escrita nele metafórica e concretamente Assim nossos alunos que chegam à escola possuem um conhecimento advindo dessa leitura inicial de mundo E só se transformarão em leitores de textos quando passarem a ter contato com eles dominando todo o processo de uma leitura diferente daquela que utilizaram anteriormente Dessa forma com certeza o ato ou o hábito de ler é influenciado por determinantes que causam reações e sensações diversas no leitor a partir de seu histórico particular de seu 12 aprendizado anterior de leitura do mundo Assim a leitura não é algo estático mas em permanente transformação que deve sobretudo ser prazeroso pois aprender a ler é também ter acesso a um mundo distinto daquele em que a oralidade se instala e organiza Assegurar o direito de aprender a ler e escrever e assim participar do mundo da escrita é um dos principais desafios o processo educativo atual Todos têm direito de adquirir esses conhecimentos acumulados historicamente e os contextos em que foram produzidos Para isso o conhecimento da linguagem escrita é fundamental Diante disso podemos afirmar que a leitura varia e se transforma de acordo com o texto o momento e a situação na qual se encontra o leitor pois não se lê uma poesia como se lê um problema de matemática ou uma narrativa CAGLIARI 2005 p 172 Assim o acesso ao mundo da escrita exige habilidades para além do apenas aprender a ler e a escrever exige práticas de letramento autênticas que garantam aos alunos o procedimento de leitor e escritor autônomo que lhe dê possibilidades de incorporar habilidades de uso da leitura e da escrita desenvolvidas no início da escolarização com ampliação gradativa e consistente para sua formação digna e plena Magda Soares 2002 explica como foi se ampliando progressivamente o conceito de educação até os anos 40 do século passado os questionários do censo indagavam simplesmente se a pessoa sabia ler e escrever servindo como comprovação da resposta afirmativa ou negativa a capacidade de assinatura do próprio nome A partir dos anos 50 e até o último censo 2000 os questionários passaram a indagar se a pessoa era capaz de ler e escrever um bilhete simples o que já evidencia a ampliação do conceito de alfabetização Já não se considera alfabetizado aquele que apenas declara saber ler e escrever genericamente mas aquele que sabe usar a leitura e a escrita para exercer uma prática social em que a escrita é necessária p 45 A metodologia descrita nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa 1997 indica que o Planejamento é um instrumento por excelência capaz de assegurar o diagnóstico das capacidades e dos conhecimentos prévios dos alunos e de criar condições 13 unidade1 e tempos para definir objetivos e para organizar atividades Nos mesmos documentos há ênfase sobre a necessidade de investimento nos meios para a sua implementação destacandose que a organização das atividades em torno da alfabetização deverá levar em conta a progressão de níveis do trabalho pedagógico em função dos níveis de aprendizagem dos alunos na natureza das atividades envolvendo conceitos e procedimentos pertinentes aos diversos componentes para o aprendizado da língua escrita a compreensão e a valorização da cultura escrita a apropriação do sistema de escrita a oralidade a leitura e a produção de textos escritos a criação de um ambiente alfabetizador ou de um contexto de cultura escrita oferecido pelas formas de organização da sala e de toda a escola capaz de disponibilizar aos alunos a familiarização com a escola e a interação com diferentes tipos gêneros portadores e suportes da escrita nas mais diversas formas Sendo assim em relação ao ler e escrever verificase que o professor precisa facilitar a interação entre a escrita e a leitura e ao mesmo tempo precisa propor desafios que tenham significado para os alunos para que estes se sintam instigados pela busca de resultados ou seja para que se tornem sujeitos ativos e envolvidos com os procedimentos de leitor eou escritor Logo tanto quanto seus alunos é preciso que o professor se torne sujeito do mundo da leitura e da escrita que organize registros de acompanhamento do processo de construção do conhecimento de seu grupo que busque textos que componham a pluralidade das práticas de leitura O prazer da leitura A leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo mas por certa forma de escrevêla ou de descrevêla quer dizer transformá la em uma prática consciente Paulo Freire É importante que o trabalho de leitura esteja incorporado às práticas cotidianas de sala de aula visto tratarse de uma forma estimuladora e prazerosa para o conhecimento a leitura é importante em todas as idades e em todos os momentos da vida pois estimula a formação de cidadãos críticos que se exige para a inserção na sociedade 14 O prazer em ler é uma técnica que se adquire no decorrer dos anos tendo em vista que vem gradativamente e contribui para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas as particularidades os sentidos a extensão e a profundidade de cada texto lido Segundo Lajolo 1997 p 7 lêse para conhecer o mundo para viver melhor Nesse contexto o papel dos professores não só de Língua Portuguesa como de outras áreas de ensino é de colaborar para a compreensão e as transformações do mundo Assim segundo Silva 1996 p 46 É necessário aprender a ler e mais tarde ler para aprender Quer dizer conseguir que o indivíduo tornese capaz de compreender os diferentes tipos de textos que existem em sociedade e que assim possa participar de dinâmica que é a própria do mundo da escrita Para conquistar e ganhar novos leitores é imprescindível saber utilizarse dos artifícios necessários através dos quais se possa oferecer ao outro o que o outro deseja mesmo que este não tenha consciência do seu próprio desejo e da necessidade de adquirir novos conhecimentos Dessa forma no momento do trabalho com a leitura é que são fincados os alicerces para a produção de bons textos A escolha de textos e temas adequados à faixa etária dos alunos permite que eles se integrem ao exercício da leitura de modo prazeroso e investigativo De acordo com os PCN de Língua Portuguesa 1997 p 54 para formar um leitor competente é preciso formar alguém que compreenda o que lê que possa aprender a ler também o que não está escrito identificando elementos implícitos que estabeleça relações entre o texto que lê e outros já lidos que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto que consiga justificar e validar a sua leitura a partir da localização de elementos discursivos Mas para que ocorra uma leitura fluente é preciso que haja o envolvimento de uma série de estratégias cognitivas que permitam ao leitor guiar sua leitura A esse respeito Goodman 1990 p 1618 apresenta as seguintes estratégias 15 unidade1 Seleção o leitor elege as informações do texto que lhe são realmente úteis necessárias Predição o leitor faz o uso de seu conhecimento prévio para antecipar predizer o que virá no texto e seu respectivo significado Inferência o leitor utiliza seus conhecimentos conceptual e linguístico para complementar a ideias que não estão explícitas no texto Autocontrole o leitor põe à prova suas estratégias e as modifica se for necessário Autocorreção o leitor repensa e corrige suas hipóteses levantadas por inferência ou predição É necessário que a leitura tenha sentido e objetivo para o aprendiz Em função disso a escolha de textos de boa qualidade autênticos variados desde o início da escolarização é fundamental para a formação de bons leitores ATIVIDADE A unidade 1 levanta reflexões sobre diferentes processos de leitura Qual sua opinião sobre as considerações apresentadas Elabore um texto conceituando as eventuais práticas de leitura e o que seria para você o leitor ideal 17 Práticas de Leitura Objetivo Trabalhar a leitura de imagens e textos com vistas a sua análise escrita unidade 2 19 unidade2 Práticas de Leitura O trabalho com a produção de textos orais e escritos é primordial no processo ensino aprendizagem de língua É impossível pensar na escrita sem associála à prática da leitura e verificase que um bom leitor tem muito maior possibilidade de ser um escritor competente do que aquele que não tem o hábito da leitura Segundo os PCN de Língua Portuguesa 1997 um escritor competente é aquele que na produção de um discurso sabe escolher o gênero textual mais adequado para alcançar seus objetivos É capaz de planejar seu discurso de acordo com o destinatário sem desconsiderar as características do gênero Um escritor competente é capaz também de avaliar se seu texto apresenta ideias confusas ambiguidade ou redundância revisando e reescrevendo até tornálo adequado a seus objetivos 21 Produção coletiva No início do trabalho de escrita nas classes de alfabetização os textos devem ser criados coletivamente e escritos no quadro pelo professor que fará o papel de escriba Depois os textos poderão ser transcritos em um cartaz e afixados na sala de aula para serem lidos diariamente pelo professor e pelos alunos em grupo ou individualmente O texto deverá ser sempre substituído por outros textos coletivos criados pelo grupo recentemente 22 Os Gêneros textuais Os textos literários são divididos em dois grupos textos em verso textos em prosa O professor deverá sempre definir o gênero textual a ser utilizado pelo aluno para a produção de um texto Em uma situação de interação verbal são considerados vários elementos de acordo com a situação de comunicação em que o locutor se encontra 20 devendo escolher sempre o gênero textual mais adequado avaliando com quem fala sobre o que fala com que finalidade fala pois como afirma Koch toda ação linguageira implica diferentes capacidades da parte do sujeito de adaptarse às características do contexto e do referente capacidade de ação de mobilizar modelos discursivos capacidades discursivas e de dominar as operações psicolinguísticas e as unidades linguísticas capacidades linguísticodiscursivas 2002 p 56 Assim se um locutor quer defender um determinado ponto de vista de um assunto ele poderá usar um texto de opinião Se quer ensinar a preparar um determinado prato o gênero a ser utilizado é uma receita culinária Entretanto se o sujeito quer relatar acontecimentos pessoais a alguém íntimo que mora distante o mais adequado será escrever uma carta Ao professor cabe eleger um determinado gênero textual para ser trabalhado na escola definindo um modelo específico desse gênero com referências teóricas específicas e determinar as dimensões que serão abordadas com os alunos É da maior importância que se realizem na escola trabalhos com os diferentes gêneros textuais que diariamente circulam entre as pessoas Este trabalho ampliará a capacidade linguística e discursiva do aprendiz Com efeito segundo Mikhail Bakhtin É de acordo com nosso domínio dos gêneros que usamos com desembaraço que descobrimos mais depressa e melhor nossa individualidade neles quando isso é possível e útil que refletimos com maior agilidade a situação irreproduzível da comunicação verbal que realizamos com o máximo de perfeição o intuito discursivo que livremente concebemos 1997 p 304 23 A Coesão e a coerência Para que o professor possa auxiliar seus alunos de forma eficiente na organização e estruturação da escrita deve estar atento à coesão e à coerência textuais Segundo Koch Travaglia 1989 p 1112 A coerência seria a possibilidade de estabelecer no texto alguma forma de unidade ou relação Essa unidade é sempre apresentada como unidade 21 unidade2 de sentido do texto o que caracteriza a coerência como global isto é referente ao texto como um todo KOCH TRAVAGLIA De acordo com as mesmas autoras 1989 p 1314 a coesão é ao contrário da coerência explicitamente revelada através de marcas linguísticas índices formais na estrutura da sequência linguística e superficial do texto sendo portanto de caráter linear já que se manifesta na organização sequencial do texto a coesão é então a ligação entre os elementos superficiais do texto o modo como eles se relacionam o modo com frases ou partes delas se combinam para assegurar um desenvolvimento proporcional A coesão relacionase à organização textual A coerência é externa ou seja é construída pelo leitor que compreenderá ou não o texto 24 A Reescrita e a socialização de textos Para a formação de um leitor competente o professor deve orientar seus alunos em relação ao processo de revisão dos textos produzidos Para isso deve ser solicitada a releitura e a reelaboração de suas produções textuais com o objetivo de melhorálas o máximo possível No momento da revisão dos textos cabe ao professor selecionar os aspectos nos quais deseja que seus alunos se concentrem elementos de coesão pontuação adequação ortográfica clareza de ideias uso da linguagem adequada a quem se destina o texto As atividades de revisão textual podem ser realizadas individualmente em grupos ou por toda a classe e para o trabalho de reescrita de textos produzidos em grupo devemse traçar metas que favoreçam o espírito de cooperação entre os alunos como por exemplo as sugestões que se seguem Combinar com os alunos os critérios que serão utilizados na correção Selecionar para a reescrita a produção que contenha os erros que aparecem com maior frequência com a maioria da classe Escolher uma produção e pedir autorização a seus autores para copiálas no quadro na íntegra Ler ou pedir aos alunos que leiam o texto para que eles mesmos percebam os erros cometidos 22 Após identificar os erros na produção escrita solicitar sugestões por parte do grupo para uma nova organização da frase ou da forma correta de escrever uma palavra Ter o cuidado de não alterar o sentido do texto deixando que os alunosautores decidam sobre a incorporação das sugestões da classe respeitando a autonomia do texto a ser escrito Escolher a cada reescrita a produção de uma dupla ou grupo diferente de modo que todos tenham seus textos reescritos Cabe ao professor portanto ser mediador desse processo de formação do aprendiz ajudandoo cada vez mais a produzir textos coesos coerentes e eficazes quanto a seus objetivos 25 Atividades de leitura O objetivo da escrita é a leitura mas quem vai escrever só é capaz de fazêlo se souber o que escreve Portanto a leitura é uma habilidade que precede a própria escrita Cagliari 1999 p 196 A partir do parágrafo acima começaremos nossas atividades práticas com a leitura de pinturas gravuras e fotos com o objetivo de a partir da análise das imagens incentivar a produção escrita sobre elas 251 Pintura a Tela A Casa Amarela Vincent Van Gogh 1888 23 unidade2 FIGURA 1 A Casa Amarela Vincent Van Gogh 1888 Fonte httparquiteturaparalelafileswordpresscom201007y01jpg Acesso em 10 jun 2011 Conversando sobre a tela O local reproduzido pela tela nos revela uma grande metrópole ou uma cidade de interior É um momento atual ou do passado Enumere fatos que comprovem as suas observações b Tela The River Bennecourt O rio Bennecourt MONET 1868 24 FIGURA 2 The River Bennecourt O rio Bennecourt MONET 1868 Fonte httpabsurtusfileswordpresscom201103557riversceneat bennecourt1868jpg Acesso em 10 jun 2011 Conversando sobre a pintura O que compõe essa tela Que detalhe na pintura nos revela o sexo da personagem Na sua opinião Ela aguarda alguém Faz uma reflexão Descansa após o dia de trabalho DISCUTA SUAS RESPOSTAS NO FÓRUM DA TURMA COMPARE SUA RESPOSTA COM A DE SEUS COLEGAS 25 unidade2 252 Fotografia FIGURA 3 Fotografia 1 Fonte PASSOS Célia SILVA Zeneide Coleção Eu Gosto Integrado 4ªsérieEd IBEP 2006 Explorando a foto Quem foi fotografado O que faz Demonstra emoção Por que podemos reconhecer se ele é destro ou canhoto Gravuras comparativas 26 FIGURA 4 Fotografia 2 Fonte PASSOS Célia SILVA Zeneide Coleção Eu Gosto Integrado 4ªsérieEdIBEP 2006 Observe atentamente as fotografias Comparar os locais Descrever a figura da esquerda e da direita Quais as semelhanças Quais as diferenças COMO ESSAS ILUSTRAÇÕES PODERIAM SER EXPLORADAS NA ESCOLA DISCUTA SUAS RESPOSTAS NO FÓRUM DA TURMA COMPARE SUA RESPOSTA COM A DE SEUS COLEGAS 253 Tiras Num crescendo de dificuldades apresentamos e analisaremos diferentes tiras As tirinhas são quadrinhos de desenhos muito parecidos com as histórias em quadrinhos só que bem menores assim sua mensagem deve ser passada com total precisão dado o curto espaço de que dispõe 27 unidade2 É comum vermos as tirinhas abordarem temas atuais de forma sarcástica como é o caso da corrupção esportes e outros assuntos que são criticados e ironizados através dos desenhos encontramos até algumas que fazem fortes críticas ao governo ou a pessoas famosas em particular O objetivo de trabalharmos com tirinhas é o de partindo de um universo familiar ao aluno provocar uma reflexão sobre as mensagens apresentadas em cada uma delas a Tira 1 FIGURA 5 Tira 1 Fonte http3bpblogspotcomZS1t8ouQWrYSrgkHc6rjdIAAAAAAAABq4 RDMLFl66egEs1600htirameninomaluquinho3007jpg Acesso em 30 jun 2011 Refletindo e conversando sobre a tira Local onde se passa o fato O que ocasionou a desistência pelo primeiro lugar Esse fato é comum na rotina diária b Tira 2 FIGURA 6 Tira 2 Fonte httpwwwportalpowercombrtirinhasinteligentes Acesso em 12 abr 2011 28 Refletindo e conversando sobre a tira Qual a dúvida do menino da tira Por que ele não acredita na afirmativa do pai E para você existe essa dúvida Justifique c Tira 3 FIGURA 7 Tira 3 Fonte httpwwwportalpowercombrtirinhasinteligentes Acesso em 12 abr 2011 Quando se conhece um bom livro O que significa mas quando ele abre nossas cabeças ESSAS TIRINHAS PODERIAM SER EXPLORADAS NA ESCOLA COMENTE CADA UMA DELAS NO FÓRUM DA TURMA COMPARE SEUS COMENTÁRIOS COM OS DE SEUS COLEGAS 254 História em quadrinhos As histórias em quadrinhos são enredos narrados quadro a quadro por meio de desenhos e textos que utilizam o discurso direto característico da língua falada O objetivo do trabalho com as histórias em quadrinhos é o de apresentar de um modo lúdico fatos a serem analisados a Em meio às sempre atuais questões sobre o meio ambiente Chico Bento personagem criado por Maurício de Souza apresenta algo bem ecológico 29 unidade2 Leia a história FIGURA 8 Chico Bento Fonte Maurício de Souza Chico Bento n 396 São Paulo Globo março2002 Questões Que tipo de pesca Chico Bento realiza Qual a emoção que ele demonstra sentir ao realizar essa pescaria O que ele fez com o objetivo de preservar o nosso Planeta 30 255 Textos diversos Com o objetivo de aproximar o aprendiz dos diferentes gêneros literários selecionamos textos para exploração da leitura e posteriormente da escrita 2551 Propagandas e anúncios A propaganda tem o objetivo de vender um produto ou um serviço levar alguém a aderir a uma causa ou criar uma imagem favorável de uma empresa ou instituição utilizando artifícios psicológicos ilusórios a fim de manipular a vontade O anúncio tem como objetivo tornar algo público sem artifícios auxiliares simplesmente expor o produto a Veja os anúncios de um classificado de um jornal observando o que cada texto apresenta ou propõe FIGURA 9 Classificados Fonte Jornal O GLOBO 10 jun 2011 Reflita e compare Semelhanças Diferenças Propostas b Leia as três propagandas a seguir Todas falam de Artes 31 unidade2 Fonte de todas as propagandas Jornal O GLOBO 10 jun 2011 Em que se diferenciam Qual das propagandas mais seduz Por quê ESSES ANÚNCIOS PODERIAM SER EXPLORADOS NA ESCOLA COMO COMPARE SUA OPINIÃO COM A DE SEUS COLEGAS NO FÓRUM DA TURMA 32 2552 Crônica Como você deve ter observado o texto visa a divertir o leitor falando de coisas de seu cotidiano de modo informal Imagine ações engraçadas do pai na tentativa de tornar o filho um grande jogador de futebol 2553 Fábulas Fábulas são histórias fantásticas cujos personagens são animais que nessas histórias sentem agem e pensam como os seres humanos As fábulas por serem uma das mais antigas maneiras de contar histórias veiculam uma norma de conduta para a essência humana para expressar suas emoções e sentimentos contêm um fundo moral para a educação humana e criticam os valores de nossa sociedade O objetivo de trabalhar com fábulas é incentivar o aluno a reconhecer o aprendizado proposto pela conclusão da fábula 33 unidade2 a A Formiga e a Pomba Uma Formiga estava na margem de um rio bebendo água e sendo arrastada pela forte correnteza estava prestes a se afogar Uma Pomba que estava em uma árvore sobre a água observando tudo arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da mesma Subindo na folha a Formiga flutua em segurança até a margem Eis que pouco tempo depois um caçador de pássaros escondido pelas folhas da árvore se prepara para apanhar a Pomba colocando visgo no galho onde ela descansa sem que ela perceba o perigo A Formiga percebendo sua intenção dálhe uma ferroada no pé Do susto ele deixa cair sua armadilha de visgo e isso dá chance para que a Pomba acorde e voe para longe a salvo Autor Esopo Fonte httpcantinhodasfabulasvilaboluolcombraformigaeapombahtml Acesso em 14 abr 2011 Moral da História b O Carvalho e os Juncos Um enorme carvalho ao ser puxado do chão pela força de forte ventania rio abaixo é levado pela correnteza Arrastado pelas águas ele cruza com alguns Juncos e em tom de pranto exclama Gostaria de ser como vocês que de tão delicados e esguios não são de modo algum afetados por estes fortes ventos 34 E eles responderam Você competiu e lutou com o vento por isso mesmo foi destruído Nós ao contrário nos curvamos mesmo diante do mais leve sopro da brisa e por essa razão permanecemos inteiros e a salvo Autor Esopo Fonte httpcantinhodasfabulasvilaboluolcombrocarvalhoeosjuncoshtml Acesso em 14 abr 2011 Moral da História NA SUA OPINIÃO COMO PODERÍAMOS TRABALHAR COM FÁBULAS NA ESCOLA COMPARE SEUS COMENTÁRIOS COM OS DE SEUS COLEGAS 2554 Conto Conto é uma narrativa curta que apresenta os mesmos elementos de um romance narrador personagens enredo espaço e tempo Diferenciase do romance pela sua concisão linearidade e unidade o conto deve construir uma história focada em um conflito básico e apresentar o desenvolvimento e resolução desse conflito O objetivo de trabalhar com contos é o de apresentar ao aluno uma forma curta de narrativa O caboclo o padre e o estudante Um estudante e um padre viajavam pelo sertão tendo como bagageiro um caboclo Deramlhes numa casa um pequeno queijo de cabra Não sabendo como dividilo mesmo porque chegaria um pequenino pedaço para cada um o padre resolveu que todos dormissem e o queijo seria daquele que tivesse durante a noite o sonho mais bonito pensando engabelar todos com os seus recursos oratórios Todos aceitaram e foram dormir À noite o caboclo acordou foi ao queijo e comeuo Pela manhã os três sentaramse à mesa para tomar café e cada qual teve que contar o seu sonho O padre disse ter sonhado com a escada de Jacó e descreveua brilhantemente Por ela ele subia triunfalmente para o céu O estudante então 35 unidade2 narrou que sonhara estar já dentro do céu à espera do padre que subia O caboclo sorriu e falou Eu sonhei que via seu padre subindo a escada e seu doutor lá dentro do céu rodeado de amigos Eu ficava na terra e gritava Seu doutor seu padre o queijo Vosmincês esqueceram o queijo Então vosmincês respondiam de longe do céu Come o queijo caboclo Come o queijo caboclo Nós estamos no céu não queremos queijo O sonho foi tão forte que eu pensei que era verdade levantei me enquanto vosmincês dormiam e comi o queijo Luís da Câmara Cascudo Fonte httpportalsmeprefeituraspgovbrRegionais108800Documentos melhortexto2009ciclo1caboclopdf Acesso em 14042011 Trabalhando o texto Quais são os personagens do texto Por que o queijo de cabra tornouse um problema Que solução foi dada pelo padre para resolver a questão O desfecho do texto é surpreendente em relação ao que se esperava que acontecesse entre os três personagens caracterizados logo no início COMENTE SUAS RESPOSTAS NO FÓRUM DA TURMA 2554 Poemas O poema é uma obra em verso O poema depois de criado existe por si em si mesmo ao alcance de qualquer leitor Os poetas têm escrito poemas de vários tipos Dois deles entretanto são considerados os principais o poema lírico e o poema narrativo Alguns críticos acrescentam como um terceiro tipo o poema dramático Há textos poéticos onde os versos têm rima e em outros não 36 Leia os poemas a seguir a CIDADEZINHA QUALQUER Carlos Drummond de Andrade Casas entre bananeiras mulheres entre laranjeiras pomar amor cantar Um homem vai devagar Um cachorro vai devagar Um burro vai devagar Devagar as janelas olham Eta vida besta meu Deus Fonte httpwwwhorizonteunammxbrasildrumm6html Acesso em 12042011 b O ADOLESCENTE Mário Quintana A vida é tão bela que chega a dar medo Não o medo que paralisa e gela estátua súbita mas esse medo fascinante e fremente de curiosidade que faz o jovem felino seguir para a frente farejando o vento ao sair a primeira vez da gruta Medo que ofusca luz Cumplicemente as folhas contamte um segredo velho como o mundo Adolescente olha A vida é nova A vida é nova e anda nua vestida apenas com o teu desejo Fonte httpquintanaeternoblogspotcom200901oadolescentehtml Acesso em 12042011 37 unidade2 Trabalhando com os textos REFLITA SOBRE OS TÍTULOS DOS POEMAS ELES PODERIAM SER EXPLORADOS NA ESCOLA COMO EXPONHA SUA OPINIÃO NO FÓRUM DA TURMA COMPARE SEUS COMENTÁRIOS COM OS DE SEUS COLEGAS 2555 Letra de Música A música popular brasileira é das mais ricas do planeta em termos de melodia ritmo e ou temática Trabalhar a leitura de músicas tem como objetivo fazer com que o aluno ouvindo e cantando perceba que em qualquer tipo de canção há temas para reflexão Tente Outra Vez Raul Seixas Fonte httpletrasterracombrraulseixas48334 Acesso em 12 abr 2011 Conversando sobre o texto Observe no texto as palavras de sentido positivo Selecione 3 Justifique a sua escolha Cite três argumentos que justificam o tentar novamente O que você entende por não pense que a cabeça aguenta se você parar Há uma voz que canta uma voz que dança uma voz que gira Bailando no ar Queira Basta ser sincero e desejar profundo Você será capaz de sacudir o mundo vai Tente outra vez Tente E não diga que a vitória está perdida Se é de batalhas que se vive a vida Tente outra vez Veja Não diga que a canção está perdida Tenha fé em Deus tenha fé na vida Tente outra vez Beba Pois a água viva ainda está na fonte Você tem dois pés para cruzar a ponte Nada acabou não não não não Tente Levante sua mão sedenta e recomece a andar Não pense que a cabeça agüenta se você parar não não não não 38 A palavra TENTE repetese várias vezes Qual seria a intenção do poeta com esta repetição DISCUTA SUAS RESPOSTAS COM OS COLEGAS 2557 Trabalhando com peça teatral JUDAS EM SÁBADO DE ALELUIA Luis Carlos Martins Pena CENA IV FAUSTINO Maricota MARICOTA Fui bem desgraçada em dar meu coração a um ingrato FAUSTINO enternecido Maricota MARICOTA Se eu pudesse arrancar do peito esta paixão FAUSTINO Maricota eisme a teus pés Ajoelhase e enquanto fala Maricota rise sem que ele veja Necessito de toda a tua bondade para ser perdoado MARICOTA Deixeme FAUSTINO Queres que morra a teus pés Batem palmas na escada MARICOTA assustada Quem será Faustino conservase de joelhos CAPITÃO na escada dentro Dá licença MARICOTA assustada É o capitão Ambrósio Para Faustino Váse embora váse embora Vai para dentro correndo FAUSTINO levantase e vai atrás dela Então o que é isso Deixoume Foi se E esta Que farei Anda ao redor da sala como procurando onde esconderse Não sei onde esconderme Vai espiar à porta e daí corre para a janela Voltou e está conversando à porta com um sujeito mas decerto não deixa de entrar Em boas estou metido e daqui não Corre para o judas despelhe a casaca e o colete tiralhe as botas e o chapéu e arrancalhe os bigodes O que me pilhar tem talento porque mais tenho eu Veste o colete e casaca sobre a sua própria roupa calça as botas põe o chapéu armado e arranja os bigodes Feito isso esconde o corpo do judas em uma das gavetas da cômoda onde também esconde o próprio chapéu e toma o lugar do judas Agora pode vir Batem Eilo Batem Aí vem 39 unidade2 CENA V CAPITÃO e FAUSTINO no lugar do judas CAPITÃO entrando Não há ninguém em casa Ou estão todos surdos Já bati palmas duas vezes e nada de novo Tira a barretina e a põe sobre a mesa e assentase na cadeira Esperarei Olha ao redor de si dá com os olhos no judas supõe à primeira vista ser um homem e levantase rapidamente Quem é Reconhecendo que é um judas Ora ora ora E não me enganei com o judas pensando que era um homem Oh oh está um figurão E o mais é que está tão bem feito que parece vivo Assentase Onde está esta gente Preciso falar com o cabo José Pimenta e ver a filha Não seria mau que ele não estivesse em casa desejo ter certas explicações com a Maricota Aqui aparece na porta da direita Maricota que espreita receosa O capitão a vê e levantase Ah CENA VI MARICOTA e os mesmos MARICOTA entrando sempre receosa e olhando para todos os lados Senhor capitão CAPITÃO chegandose para ela Desejei verte e a fortuna ajudoume Pegandolhe na mão Mas que tens Estás receosa Teu pai MARICOTA receosa Saiu CAPITÃO Que temes então MARICOTA adiantase e como que procura um objeto com os olhos pelos cantos da sala Eu Nada Estou procurando o gato CAPITÃO largandolhe a mão O gato E por causa do gato recebeme com esta indiferença MARICOTA à parte Saiu Para o capitão Ainda em cima zangase comigo Por sua causa é que eu estou nestes sustos CAPITÃO Por minha causa MARICOTA Sim CAPITÃO E é também por minha causa que procura o gato 40 MARICOTA É sim CAPITÃO Essa agora é melhor Expliquese MARICOTA à parte Em que me fui eu meter O que lhe hei de dizer CAPITÃO Então MARICOTA Lembrase CAPITÃO De quê MARICOTA Da da daquela carta que escreveume anteontem em que me aconselhava que fugisse da casa de meu pai para a sua CAPITÃO E o que tem MARICOTA Guardeia na gavetinha do meu espelho e como a deixasse aberta o gato brincando sacoume a carta porque ele tem esse costume CAPITÃO Oh mas isso não é graça Procuremos o gato A carta estava assinada e pode comprometerme É a última vez que tal me acontece Puxa a espada e principia a procurar o gato Fonte httpwwwportalsaofranciscocombralfamartinspenaojudasemsabado dealeluiaphp Acesso em 13 abr 2011 Estudo do texto Apesar de não ter lido as primeiras cenas do texto você pode entender o que se passou anteriormente Como você definiria a relação entre Maricota e Faustino Que papel representa o Capitão nessa peça teatral COMO PODERÍAMOS EXPLORAR ESSE TEXTO EM SALA DE AULA DISCUTA SUA OPINIÃO COM SEUS COLEGAS NO FÓRUM DA TURMA 2558 Resenha crítica A resenha crítica é um gênero argumentativo Ela expressa uma opinião ou tese sobre um produto cultural livro filme peça show música etc e apresenta argumentos que justificam essa opinião 41 unidade2 Fonte Jornal O GLOBO 30 mar 2011 Avalie o conteúdo da resenha Foram apresentados mais pontos positivos ou negativos da peça Pensando em sua resposta anterior conclua a avaliação final da peça é coerente com aquilo que a resenha apresenta Por quê ESSE TIPO DE TEXTO PODERIA SER USADO EM SALA COMO EXPONHA SUA OPINIÃO E DISCUTAA COM OS COLEGAS NO FÓRUM 42 ATIVIDADE A unidade 2 apresenta diferentes tipos de textos sugerindo sua possível utilização em nossa prática cotidiana 1 Qual sua opinião sobre as sugestões apresentadas 2 A partir de um gênero textual de sua escolha elabore um exercício de verificação de apreensão de leitura para aplicação 43 Propostas de produção escrita Objetivo Trabalhar a prática da escrita em diferentes gêneros de produção unidade 3 45 Propostas de produção escrita Com base nos trabalhos de leitura realizada faremos agora nós também exercícios de produção escrita Lembramos que as unidades propostas no desenvolvimento da leitura podem ser exploradas e trabalhadas na produção escrita 31 Pontuação Os sinais de pontuação servem para marcar pausas a vírgula o ponto e vírgula o ponto ou a melodia da frase o ponto de exclamação o ponto de interrogação etc Geralmente estão ligados à organização sintática dos termos na frase eles são regidos por regras Assim é necessário trabalhar com os alunos a necessidade de seu bom emprego para a melhor compreensão do que é lido ou escrito Leia o texto que nos fala sobre os sinais de pontuação E veja como esse trabalho pode ser descontraído e prazeroso Quem é importante Certo dia num caderno Numa página interna Deuse a grande reunião Dos sinais de pontuação Para decidir no instante Qual é o mais importante Chegou correndo afobadão O Ponto de Exclamação Bufando muito excitado Entusiasmado ou assustado Socorro Viva Sarava Dá o fora sempre a berrar E logo todo sinuoso A rebolarse entrou pimpão O enxerido e mui curioso Dom Ponto de Interrogação Quem é Por quê Aonde Quando ele só vive perguntando E vêm as Vírgulas dengosas Muito falantes muito prosas E anunciam Nós meninas Somos as pausas pequeninas Que pelas frases espalhadas São sempre tão solicitadas Mas já chegam os Dois Pontos Ponto e Vírgula e pronto Tem início a discussão Que já dá em confusão Sem por cima ter um ponto Vírgula é um sinal bem tonto Ponto e vírgula declara Arrogante e fecha a cara 46 ATIVIDADE 1 Crie você mesmoa agora uma forma de trabalhar a pontuação em sala de aula Discuta sua proposta com os tutores e os colegas no Fórum da turma 32 História em quadrinhos ATIVIDADE 2 De modo a exercitar a criação de discursos diretos crie as falas das personagens da história em quadrinhos a seguir Essa não Tenha paciência Intervêm as Reticências Somos nós as importantes Tanto agora como dantes Quando falta competência Botam logo Reticências Til e Acento Circunflexo Numa discussão sem nexo Cara a cara bravos quase Se engalfinham Mas a Crase Corta a briga ao declarar Poucos sabem me empregar Me respeitem pois bastante Já que sou tão importante Mas DoisPontos protestou Importante eu é que sou Eu preparo toda a ação E a enumeração É aqui que nós entramos Nós as Aspas e avisamos Sem nossa contribuição Não existe citação A Cedilha e o Travessão Já se enfrentaram mas então Bem na hora firme e pronto Se apresenta o senhor Ponto Importante é o meu sinal Basta Fim PONTO FINAL Tatiana Belinki Diversos russos São Paulo Scipione 1994 47 unidade3 Fonte PASSOS Célia SILVA Zeneide Coleção Eu Gosto Integrado 4ª sérieEdIBEP 2006 Envie o diálogo criado ao tutor da turma 33 Propagandas ATIVIDADE 3 Elabore um anúncio para a venda de cada item Uma casa Um carro Um utensílio doméstico 34 Fábula O galo e a águia Dois galos estavam disputando em feroz luta o direito de comandar o galinheiro de uma chácara Por fim um põe o outro para correr e é o vencedor O Galo derrotado afastouse e foi se recolher num canto sossegado do galinheiro 48 O vencedor voando até o alto de um muro bateu as asas e exultante cantou com toda força Uma Águia que pairava ali perto lançouse sobre ele e com um golpe certeiro levouo preso em suas poderosas garras O Galo derrotado saiu do seu canto e daí em diante reinou absoluto livre de concorrência Autor Esopo Fonte httpcantinhodasfabulasvilaboluolcombrogalodebrigaeaaguiahtml cantinhodasfabulasvilaboluolcombr Acesso em 14042011 Moral da História O orgulho e a arrogância são o caminho mais curto para a ruína e o infortúnio ATIVIDADE 4 Crie agora SUA fábula Lembrese de que toda fábula tem uma mensagem moral a ser difundida Apresente sua história no Fórum da turma 35 Notícias de jornal Diferentemente dos textos de ficção das fábulas os jornais devem dar informações precisas sobre os fatos fornecendo o maior número de dados no menor espaço possível Vejamos uma notícia difundida em diferentes meios de comunicação DESARMAMENTO INFANTIL 49 unidade3 Fonte Jornal O GLOBO 13 abr 2011 ATIVIDADE 5 Faça uma leitura crítica do texto Destaque pontos positivos e negativos Pesquise na internet para saber mais sobre o desarmamento infantil Discuta a proposta da Campanha Desarmamento Infantil do Instituto Sou da Paz com os tutores e os colegas no Fórum da turma Elabore um texto sobre o assunto a partir de suas leituras e experiências cotidianas 36 Crônicas Temos que estimular nossos alunos a analisar criticamente eventos de seu cotidiano 50 Façamos uma breve prática antes de aplicálo Observe as imagens abaixo Elas são relacionadas a disputas esportivas que mobilizam no público uma variedade de reações e sentimentos Fonte Jornal O GLOBO 13 abr 2011 ATIVIDADE 5 Escreva uma crônica a respeito de um jogo da modalidade de sua preferência Para isso você deverá descrever e analisar os fatos que conferiram emoção à partida A abordagem do tema deverá ser feita de forma espontânea e subjetiva Roteiro para a elaboração do texto Qual jogo foi escolhido Que características desse jogo merecem ser destacadas algum jogador a arbitragem os torcedores um time em especial 51 unidade3 Qual será o tom da sua crítica como torcedor como admirador com descontração com otimismo como desabafo como deboche Ao escrever o texto lembrese Sua crônica deve ter um título Pode fazer referência a atletas agremiações lugares jogo analisado explicando se for necessário Além da descrição de lances você deve fazer uma análise pessoal da partida selecionada Você pode ilustrar com recorte de revista jornal ou com uma fotografia Avalie o que você escreveu e veja se há necessidade da reescrita Envie seu texto ao fórum da turma da turma 37 Resenha crítica Vamos exercitar agora a análise crítica em forma de resenha Pense em algum filme livro ou peça teatral você que tenha visto e faça uma resenha crítica A resenha deverá conter Nome do livro Autor Editora Data de publicação Número de páginas Complete com informações que farão parte da sua resenha Tema do livro e a que público se destina Sua opinião sobre o livro Características do livro que justificam a sua opinião sobre ele 52 Destaque sempre pontos positivos eou negativos Crie um título que deverá vir antes do conteúdo da resenha e apresente a opinião que será defendida Avalie e reescreva o texto Para avaliar sua produção siga respondendo as seguintes perguntas Há informações básicas sobre a obra Seu ponto de vista sobre o livro está claro Apresentou argumentos para justificar seu ponto de vista Procurou escrever de forma impessoal Você acredita que a sua resenha convence o leitor a respeito do seu ponto de vista Depois de sua releitura faça as modificações necessárias e envie seu texto ao seu tutor e a seus colegas 53 unidade3 38 Uma leitura árdua os gráficos Fonte Jornal O GLOBO 13 abr 2011 Analisando os gráficos podemos verificar que houve um crescimento de óbitos em acidentes de trânsito no Brasil Observar e comparar óbitos durante a década de 1998 a 2008 a De pedestres b Em acidentes de automóvel c Em acidentes de motociclista d E acidentes de ciclista Com base na observação do gráfico elabore três possíveis causas para esse resultado e sugira soluções Envie seu texto ao tutor 54 ATIVIDADE 1 Crie um exercício para seus alunos A partir de um texto de sua escolha elabore um exercício de expressão escrita para aplicação em sala 2 Autoavaliação O conteúdo da disciplina atendeu às suas expectativas Destaque pontos positivos e negativos As discussões no fórum foram proveitosas Como foi sua participação nessas discussões Como se deu sua atuação nas atividades propostas Concluindo a disciplina você diria que ela foi útil a seu trabalho em sala 55 Pra final de conversa Prezadoa ColegaEstudante Concluímos aqui nossas atividades da disciplina Leitura e Produção de Texto do curso de PRÁTICAS DE LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO Esperamos que as propostas tenham efetivamente estimulado questões e reflexões sobre as possibilidades de compreensão e escrita Para finalizar nosso trabalho propomos uma última atividade Gostaríamos também de contar com a avaliação do a colega sobre a disciplina e sobre sua atuação nela Assim pedimos que você elabore um texto sobre este período de estudos no qual sejam respondidas as questões propostas abaixo e o poste na plataforma Até a próxima Um abraço Claudia Braga 56 REFERÊNCIAS BAKHTIN Mikhail Estética da criação verbal Trad Paulo Bezerra São Paulo Martins Fontes 1997 BUIN Edilaine Aquisição da escrita a coerência e a coesão São Paulo Contexto 2002 CAGLIARI Luiz Carlos Alfabetizando sem o Babébibóbu São Paulo Scipione 2005 GOODMAN Kenneth S O processo de leitura considerações a respeito da língua e desenvolvimento In FERREIRO Emilia PALÁCIO Margarida G Os processos de leitura e escrita novas perspectivas Porto Alegre Artes Médicas 1990 KOCH Ingedore V Linguística textual uma introdução São Paulo Cortez 1994 KOCH Ingedore GV TRAVAGLIA Luiz Carlos Texto e coerência São Paulo Cortez 1989 LAJOLO Marisa Do mundo da leitura para a leitura do mundo São Paulo Ática 1993 Revista VEJA n 2177 São Paulo Editora Abril 11 ago 2010 pp 94101 SOARES Magda Português uma proposta para o letramento São Paulo Moderna 2002 SILVA E T A Produção da Leitura na Escola São Paulo Ática 1996 SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL Parâmetros curriculares nacionais Língua Portuguesa Brasília MECSEF 1997