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95 METODOLOGIA DE PROJETOS APRENDER E ENSINAR PARA A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NUMA VISÃO COMPLEXA Marilda Aparecida Behrens A nova realidade da sociedade do conhecimento tem desafiado o professor a repensar a prática pedagógica e se tornar um investigador articulador mediador e pesquisador crítico e reflexivo Nesse contexto além de um profissional competente precisa tornarse um cidadão autônomo e criativo que saiba solucionar problemas e manter constante iniciativa para questionar e transformar a sociedade BEHRENS 2006 Na sociedade do conhecimento1 um movimento da ciência começa a tomar força exigindo uma visão inovadora de pensar e de conceber o universo Para tanto a ciência propõe um novo paradigma baseado no pensamento complexo Designado como paradigma da complexidade2 tem forte influência na educação e nas demais áreas de conhecimento Esse paradigma instiga a buscar uma formação mais ampliada e complexa dos professores e dos alunos Com esse enfoque propõe a visão crítica reflexiva e transformadora na Educação e exige a interconexão de múltiplas visões abordagens e tendências Nesse movimento paradigmático a docência em todos os níveis de ensino tem sido desafiada a adotar metodologias inovadoras e recursos de aprendizagem compatíveis com as exigências da sociedade do conhecimento Professores e alunos em profunda aliança precisam aprender não só como ter acesso à informação mas principalmente como desenvolver espírito crítico com vistas à produção de conhecimento O aprender a aprender configurase como o desafio da sociedade do conhecimento e tornase significativo uma vez que o docente não consegue ensinar tudo ao seu aluno assim 96 precisa provocálo a acessar as informações na literatura e na web depurálas e eleger quais são os conteúdos relevantes para responder ao questionamento proposto no início ou ao longo do processo da aprendizagem Esse processo de aprender a aprender implica saber formular questões observar investigar localizar as fontes de informação utilizar instrumentos e estratégias que lhe permitam elaborar as informações coletadas enfim saber escolher o que é relevante para encontrar possíveis soluções para o problema proposto Com essa perspectiva percebese que são necessárias práticas pedagógicas que se coadunem ao paradigma da complexidade3 que se proponham de maneira crítica a ultrapassar a reprodução e a repetição de conteúdos Na última década os professores são desafiados a adotar metodologias de ensino que incluam a pesquisa como instrumento de aprendizagem que segundo Demo 1995 implica aprender a aprender A aprendizagem por meio do ensino com pesquisa numa visão crítica supera os processos restritos a escutar ler decorar e repetir BEHRENS 2000 pois essa visão reducionista da aprendizagem precisa dar lugar a processos que envolvam ações como investigue problematize argumente produza crie projete entre outras O professor deve focalizar metodologias que envolvam novos procedimentos para alcançar processos de aprendizagem que subsidiem a produção do conhecimento Cabe ressaltar que o ensino reprodutivista4 não tem dado conta de instrumentalizar os alunos para as aprendizagens exigidas no século XXI O ensino em todos os níveis segundo Behrens 1996 perdeu o caráter de terminalidade pois no século XXI para ter sucesso e competência o profissional precisa se tornar um pesquisador permanente na sua área de conhecimento e estar aberto para aprender coisas novas também de outros campos de conhecimento Os docentes receberam na sua formação informações conteúdos saberes e conhecimentos que não o tornam um profissional pronto para toda uma vida profissional Portanto tornase importante as propostas do aprender a aprender numa visão complexa pois permitem um processo que nunca termina tratase de caminhos nos quais as descobertas acontecem constantemente assim professor e alunos podem se tornar receptivos para as mudanças que se fazem necessárias A Educação no início do século XXI apresenta novas perspectivas que impulsionam professor e alunos a vivenciarem processos que gerem autonomia para aprender com criatividade e inovação e assim buscar a superação da reprodução no exercício da produção do conhecimento para tanto os docentes precisam se tornar críticos para superar o ensino conservador e repetitivo que se tornou inadequado O professor necessita participar desse processo de mudança e estar consciente de que existem múltiplas visões5 que devem ser contempladas no ensino 97 A metodologia que agrega ensino e pesquisa pode possibilitar ao professor a reorganização do trabalho docente por sua vez os alunos deixam de receber os conteúdos prontos e acabados O aprender a aprender coloca o professor e o aluno como agentes de investigação para tanto superam as perguntas com respostas prontas e sugerem a proposição de problematizações para as quais é preciso buscar as possíveis respostas BEHRENS 2005 Mas a concepção de pesquisa também precisa ser repensada pois não se trata de copiar folhas e folhas de conteúdos sem entender o sentido do tema O professor e o aluno juntos buscam as soluções possíveis para o problema para tanto focados no questionamento partem para a coleta de informações em diversas fontes ou seja na biblioteca na literatura com profissionais da área nos laboratórios de informática nos recursos tecnológicos entre outros De posse das informações coletadas o docente propõe aos alunos discussões criticas sobre os temas pesquisados e consequentemente selecionam os conhecimentos relevantes para a aprendizagem significativa Diante dessa perspectiva fazse necessária a reflexão sobre a proposição de novas metodologias que possam atender às necessidades da realidade atual As investigações em autores que apresentam contribuições sobre essas questões Moran 2000 Behrens 2006 Hernadez 1999 Boutinet 2002 apontam para a Metodologia de Projetos6 como uma abordagem relevante para atender ao paradigma da complexidade Ensinar e aprender por projetos aponta as possibilidades de oferecer aos alunos outra maneira de aprender a partir de problemas advindos da realidade A produção de conhecimento para ter significado precisa estabelecer relações com a vida dos alunos A intenção é favorecer o desenvolvimento de estratégias de indagação interpretação e apresentação do processo o que requer investigar um tema por meio de um problema que por sua complexidade favoreça o melhor conhecimento dos alunos dos docentes de si mesmos e do mundo PROJETOS HISTÓRICO E RESSIGNIFICAÇÃO Nestas últimas décadas o termo projeto tem surgido com ênfase na literatura especialmente na Educação Boutinet 2002 apresenta significados associados a esse termo ou seja intenção propósito objetivo o problema a resolver esquema design metodologia planos procedimentos estratégias desenvolvimento Desde o século XV os projetos como afirma Boutinet 2002 p 28 podem ser concebidos por uma atividade intelectual de elaboração do conhecimento e envolvem atividades múltiplas em sua realização 98 No relato histórico sobre a Pedagogia de Projetos Boutinet 2002 p181 esclarece que foi o pensamento pragmático norteamericano que suscitou os primeiros trabalhos sobre a pedagogia do projeto Nos anos de 1915 a 1920 J Dewey 1916 e W H Kilpatrick 1918 tentaram opor à pedagogia tradicional e acrescenta que os autores buscavam uma pedagogia progressista também chamada de pedagogia aberta na qual o aluno se tornava ator de sua formação através de aprendizagens concretas e significativas para ele A intenção de Dewey e Kilpatrick ao propor uma pedagogia de projetos envolvia a transformação do aluno em sujeito de sua própria aprendizagem A pedagogia de projetos surge então nos anos 1920 a partir de trabalhos de John Dewey e William Kilpatrick e tem sua origem no movimento da Escola Nova mas cabe destacar que naquela época vigorava uma formação com base no modelo fordista que preparava as crianças apenas para o trabalho em uma fábrica sem incorporar aspectos da realidade cotidiana dentro da escola No entanto Dewey e Kilpatrick buscavam formar os alunos para uma vivência democrática que exigia envolvimento e participação na aprendizagem O sentido de projeto com o passar dos tempos foi tomando outros significados No campo educacional recebeu denominações variadas ou seja uma série de termos que foram e estão sendo usados para designar projetos que são pedagogia do projeto trabalho por projetos aprendizagem por projetos ensino por projeto projeto educativo metodologia de projetos entre outros Salvaguardadas algumas peculiaridades a diferença fundamental é em primeiro lugar o contexto histórico que foi proposto pois embora possam ter propósitos diferentes e com usos diversificados a focalização recai na aprendizagem Por volta dos anos oitenta numa abordagem progressista ressurge a proposta como Projeto de Trabalho que tem como finalidade a tentativa da aproximação da aprendizagem na escola com os problemas do cotidiano ou seja da realidade na qual o aluno se insere HERNADEZ 1998 Acreditase que alguns docentes ainda hoje criticam a opção por projetos para aprender a aprender pois como alerta de Boutinet 2000 em determinada época o conceito sobre o projeto no campo educacional carregou a impressão de ensino improvisado sem seriedade de utilização mal controlada Sem foco e sem organização didática no trabalho por projetos cabe tudo o que foi pesquisado pelo aluno assim o professor tem dificuldade de localizar as aprendizagens que foram geradas no processo Com essa visão reducionista os projetos são utilizados para desenvolver temáticas desatreladas dos conteúdos propostos pelas disciplinas pois em geral são focalizados em festejos ou campanhas humanitárias por exemplo dia das mães dia dos pais semana da ecologia campanha do agasalho entre outros O trabalho por projetos nas escolas em geral ainda tem sido utilizado para realizar atividades fora do ambiente da sala de aula 99 Cabe destacar a relevância do trabalho por projetos em eventos como por exemplo os realizados nas Feiras de Ciências nas quais os alunos se saem muito bem e se destacam pela autonomia e criatividade Os docentes não podem negar que os alunos ao realizarem esses projetos aprendem e produzem conhecimentos próprios pois na maioria da vezes sabem elaborar e argumentar sobre a pesquisa Em geral os educadores têm uma visão muito positiva do uso de trabalhos por projeto nesses eventos Mas a proposta de trabalho por projetos sofre hoje um processo de ressignificação pois orienta o professor a utilizálo em aprendizagens na disciplina em sala de aula ou seja incluindo a investigação que leva a buscar os conteúdos as informações e os conhecimentos Nesse sentido pode ser realizado em uma ou mais disciplinas com a proposta metodológica integrada e precisa garantir os conteúdos propostos para cada uma delas de maneira conectada O sentido do projeto volta a reaparecer com ênfase nas últimas décadas do século XX e nesse movimento segundo Boutinet 2002 cabe a cada um indivíduo ou grupo planejar e justificar suas próprias intenções ao optar por Trabalho por Projetos Segundo Fagundes 1999 a atividade de fazer projetos é simbólica intencional e natural do ser humano Por meio dele buscase a solução de problemas e se desenvolve um processo de produção de conhecimento Nesse sentido ressaltase que o trabalho por projetos pode ser utilizado em todas as áreas de conhecimento e em todos os níveis de ensino METODOLOGIA DE PROJETOS POSSIBILIDADE DE GERAR APRENDIZAGEM COMPLEXA E TRANSDISCIPLINAR Neste início de século dentre as denominações que envolvem projetos ao longo da história da Educação aparece com mais ênfase a Metodologia de Projetos e volta a ser indicada em especial porque gera a possibilidade de acolhimento de um paradigma a complexidade para ensinar e aprender Behrens 2006 assim elege essa denominação por refletir uma metodologia comprometida com os propósitos pedagógicos de natureza inovadora Justificase a opção por metodologia de projetos principalmente porque há necessidade de superar a visão reducionista na educação como propõe Morin 2001 p 15 quando alerta para visão disciplinar em currículos lineares pois nos ensinam a isolar os objetos do seu meio ambiente a separar as disciplinas em vez de reconhecer suas correlações a dissociar os problemas em vez de reunir e integrar Obrigamnos a reduzir o complexo ao simples isto é a separar o que está ligado a decompor e não a recompor a eliminar tudo o que causa desordens ou contradições em nosso entendimento 100 Nesse sentido Morin 2009 p13 aponta que a sociedade se encontra ante o desafio de considerar a educação numa concepção cada vez mais ampla que supere a visão reducionista profunda e grave entre saberes separados fragmentados compartimentados entre disciplinas e por outro lado realidades ou problemas cada vez mais polidisciplinares transversais multidimensionais transnacionais globais e planetários A fragmentação dificulta a visão de contexto e muitas vezes impede de entender o todo e na concepção de Morin 2009 p15 os desenvolvimentos disciplinares das ciências não só trouxeram as vantagens da divisão do trabalho mas também os inconvenientes da supervalorização do confinamento e do despedaçamento do saber Não só produziram o conhecimento mas também a ignorância e a cegueira A metodologia de projetos pode auxiliar na ampliação da visão inter7 e transdisciplinar pois representa um processo metodológico de aprendizagem que envolve níveis de integração interconexão interrelacionamento de informações agregação de informações conteúdos conhecimentos e saberes na busca de uma abordagem mais complexa Com a proposição do movimento da Ciência e da Educação em busca da transdisciplinaridade8 a metodologia de projeto vem se destacando como a mais relevante para desenvolver uma proposta metodológica que leve à produção do conhecimento pois possibilita atender aos requisitos necessários para a superação da visão cartesiana tão impregnada na docência em todos os níveis de ensino No entanto o uso adequado dessa metodologia requer um marco conceitual ressignificado pelos professores que venha a contemplar os propósitos do paradigma da complexidade As propostas elaboradas e apresentadas por formadores e docentes preocupados em encontrar alternativas para melhorar o ensino com visão transdisciplinar baseiamse na ideia de integração de conhecimentos na importância de levar em conta também o mundo de fora da escola considerando o cotidiano e a realidade dos alunos Para buscar uma concepção para aprender com visão complexa na sociedade atual uma questão fundamental centrase na necessidade de o indivíduo compreender o mundo em que vive ou seja aprender ao longo da vida e não só para fazer provas decoradas que muitas vezes não fazem sentido para os alunos que ficam sem entender seu significado Nesse processo precisa aprender como terá acesso analisar e interpretar as informações disponíveis pois para Hernandez 1998 na educação escolar desde a Escola infantil até a Universidade supõese que se deva facilitar a aprendizagem num processo que começa mas que nunca termina pois sempre podemos ter acesso a novas formas mais complexas para dar significado ao conhecimento Esse desafio persegue os educadores no sentido de procurar subsídios para favorecer a aprendizagem do aluno com metodologias mais elaboradas e relacionais que levem à produção de conhecimento 101 O caminho metodológico vai da informação até o conhecimento e segundo Hernandez 1998 pode ser realizado por diferentes vias ou seguindo diversas estratégias sendo uma das mais relevantes a consciência do indivíduo sobre seu próprio processo de aprendizagem Nesse sentido as relações que se vão estabelecendo com a informação se realizam à medida que esta vai sendo apropriada em outras situações problemas e informações a partir de caminhos e opções e de reflexões sobre a própria experiência de aprender Para que o indivíduo possa chegar a essa tomada de consciência individual é essencial que haja uma aliança entre interação em sala de aula e o comprometimento por parte do professor no seu papel como mediador e facilitador desse processo Segundo Hernandez 1998 p 64 os projetos supõem um enfoque do ensino que trata de ressituar a concepção e as práticas educativas na escola para dar resposta e não A resposta e acrescenta que as mudanças sociais e metodológicas precisam ser produzidas com os alunos e não simplesmente readaptar uma proposta do passado e atualizála A concepção de metodologia de projetos se torna possível quando está baseada no ensino para a compreensão e para o significado pois para Hernandez 1998 p 61 o projeto pode favorecer a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares em relação ao tratamento da informação e em relação entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses que facilitem aos alunos a construção de seus conhecimentos a transformação da informação procedente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimento próprio Metodologia de projetos conforme Behrens 2006 exige em primeiro lugar que o professor apresente para os alunos um problema ou que elabore um problema com os alunos tomando como referência os conteúdos que devem ser trabalhados naquela fase de escolarização ou seja na educação infantil no ensino fundamental ou na universidade Assim tomase o problema para iniciar uma pesquisa focada na aprendizagem Nesse sentido a partir de uma situação problematizada de aprendizagem os próprios estudantes começam a participar do processo de criação pois buscam respostas às suas dúvidas Mas não lhes interessa apenas localizálas e sim entender o significado delas pois pretendem como resultado a construção de conhecimentos significativos Aprendem assim a partir do problema buscam informações elegem o que é significativo para responder ao questionamento elaboram e produzem conhecimento BEHRENS 2005 Tratase de uma metodologia flexível que vai se construindo ao longo do processo em cada aprendizagem e se renova a cada problema colocado que gere outra aprendizagem significativa Nessa perspectiva Hernandez 1998 p81 reforça essa proposta indicando passos para caracterizar um projeto Partese de um tema ou de um problema negociado com a turma Inicia se um processo de pesquisa Buscamse e selecionamse fontes de informação Estabelecem 102 se critérios de ordenação e de interpretação das fontes e acrescenta Recolhemse novas dúvidas e perguntas Estabelecemse relações com outros problemas Representase o processo de elaboração do conhecimento que foi seguido Recapitulase avaliase o que se aprendeu Conectase com um novo tema ou problema O que se percebe nessa sequência proposta é que a aprendizagem e o ensino se realizam mediante um percurso que nunca é fixo mas serve de fio condutor para a atuação do docente com os alunos Assim para Hernandez 1998 p 61 os projetos entendidos em sua dimensão pedagógica e simbólica podem permitir a aproximarse da identidade dos alunos e favorecer a construção da subjetividade longe de um prisma paternalista gerencial ou psicologista o que implica considerar que a função da escola não é apenas ensinar conteúdos nem vincular a instrução com a aprendizagem b revisar a organização do currículo por disciplinas e a maneira de situálo no tempo e no espaço escolar O que torna necessária à proposta de um currículo que não seja uma representação do conhecimento fragmentada distanciada dos problemas que os alunos vivem e necessitam responder em suas vidas mas sim solução de continuidade c levar em conta o que acontece fora da escola nas transformações sociais e nos saberes a enorme produção de informação que caracteriza a sociedade atual e aprender a dialogar de uma maneira crítica com todos esses fenômenos A concepção de educação em especial num paradigma da complexidade considera o trabalho na sala de aula por projetos como uma mudança na ação pedagógica do professor Essa transformação converte os professores e alunos em aprendizes não só dos temas que são objeto de estudo mas também de aprendizagens relevantes para vida A contribuição de Hernandez 1998 p90 é pertinente quando defende uma concepção da Educação e da Escola como A abertura para os conhecimentos e problemas que circulam fora da sala de aula e que vão além do currículo básico A importância da relação com a informação que na atualidade se produz e circula de maneira diferente da que acontecia em épocas recentes os problemas que estudam os saberes organizados o contraste de pontos de vista e a ideia de que a realidade não é senão para o sistema ou para a pessoa que a defina Daí a importância de saber reconhecer os lugares dos quais se fala as relações de exclusão que se favorecem e de construir critérios avaliativos para relacionarse com essas interpretações O papel do professor como facilitador problematizador da relação dos alunos com o conhecimento processo no qual também o docente atua como aprendiz A importância da atitude de escuta o professor como base para construir com os alunos experiências substantivas de aprendizagem Uma experiência substantiva é aquela que não tem um único caminho permite desenvolver uma atitude investigadora e ajuda os estudantes a dar sentido a suas vidas aprender deles mesmos e às situações do mundo que os rodeia Nesse sentido o diálogo com a gênese dos fenômenos desde uma perspectiva de reconstrução histórica aparece como fundamental 103 Enfatizase que com essa concepção a metodologia de projetos tornase relevante porque se renova a cada problematização investigada assim nunca se repete e permite adquirir dimensões novas em cada aprendizagem O diálogo pedagógico pode acontecer dentro da sala de aula e em outros cenários O professor precisa ter a clareza que o projeto deve expandir o conhecimento e levar à colaboração da aprendizagem entre pares Segundo Hernandez1998 p90 a organização do currículo não deve acompanhar uma visão disciplinar e reducionista mas sim a partir de uma concepção do currículo integrado que leve em conta um horizonte educativo planejado não como metas mas sim como objetivos de processo e acrescenta Esse horizonte educativo se perfila em cada curso e se reconstrói em termos do que os alunos podem ter aprendido ao final de cada projeto oficina ou experiência substantiva O trabalho educativo na metodologia de projeto favorece a autonomia do aluno no sentido de estimulálo a realizar aprendizagem tanto no âmbito individual como no coletivo Diante disso fica claro que a aprendizagem significativa é característica principal da metodologia de projetos e nesse processo segundo Mercado 1999 p81 necessita Estabelecer relações entre os vários aspectos que estão envolvidos no tema o assunto que está sendo discutido Realizar relações com outros assuntos já vistos Desenvolver a capacidade de se colocar questões e de ressignificar as informações que já havia construído em função dos novos fatos e conhecimentos apresentados e discutidos pelo professor ou pelo grupo Reconhecer contradições e construir argumentações consistentes em favor de seu ponto de vista ou visão sobre o tema em questão Nessa perspectiva o aluno é visto como sujeito que utiliza sua experiência e conhecimento para resolver problemas Para Mercado 1999 o problema determina os conteúdos a serem trabalhados permitindo aos alunos estabelecerem suas próprias estratégias de modo que consigam operar com elas conceitualmente estabelecendo novas relações e formulando explicações sobre os fenômenos que superem a fragmentação ou as divisões do saber já existente É uma preocupação que vai além do saber pois diz respeito à possibilidade de viver no mundo contemporâneo sem ficar à margem dele enfrentando uma sociedade informatizada e na qual as condições e fontes de trabalho estão em constante processo de transformação A METODOLOGIA DE PROJETOS COMO PROPOSTA INOVADORA As concepções e os valores culturais caracterizam a escola e as práticas educativas e precisam atender às necessidades sociais e educativas Nesse sentido os projetos podem ser considerados como uma prática educativa que teve reconhecimento em diferentes períodos de maneira especial 104 aquela em que afirma que o pensamento tem sua origem numa situação problemática que se deve resolver mediante uma série de atos voluntários Cabe ressaltar que a ideia de trabalhar na metodologia por projetos demanda que o professor possa escolher uma dimensão inovadora no processo de ensinar e de aprender Esse posicionamento é reforçado por Mercado 1999 p75 quando enfatiza que o paradigma inovador envolve processos contínuos de aprendizagens portanto não reduz a metodologia a uma lista de objetivos e etapas a serem cumpridas Ao contrário reflete uma concepção de conhecimento como produção individual e coletiva em que a experiência vivida e a produção cultural sistematizada se entrelaçam dando significado às aprendizagens significativas A relação ensinoaprendizagem se dá num processo mais dinâmico assim a metodologia de projetos pode atender a esse movimento e auxiliar na aprendizagem colaborativa9 Para conseguir a formação de sujeitos participativos e autônomos o docente precisa criar possibilidades de metodologia de ensino inovador e desfazer a forma de aula tradicional em que só o professor fala e apresenta os conteúdos aos alunos que ficam restritos a escutar copiar memorizar e repetir os conteúdos As razões que valorizam a organização dos conteúdos escolares por projetos são defendidas por Sancho In MERCADO 1999 p78 quando coloca as seguintes considerações O trabalho por projetos proporciona o contexto a partir do qual aparecerá a necessidade das disciplinas e sua compreensão organizativa Os projetos e os temas didáticos delineiam problemas que não podem estar situados em disciplinas particulares pois esta obriga a que se examinem desde as particularidades até as diferentes visões de uma disciplina Os projetos proporcionam uma maior margem para a aprendizagem iniciada pelo aluno que pode seguir melhor seu próprio ritmo sem sentirse oprimido pela estrutura de uma disciplina particular ou por decisões tomadas a priori sobre a organização sequencial relacional do que se está conhecendo permitindo desenvolver diferentes estratégias organizativas e marcos de aprendizagem que evitam o caráter repetitivo que pode predominar nos planejamentos disciplinares ou em formas que os educadores possam utilizar para organizar os conhecimentos escolares Considerando essas razões a metodologia de projeto pode possibilitar a elaboração de aprendizagens em que o aluno tem ampla participação pode agir refletir discutir e assim tem a oportunidade de construir seu próprio conhecimento METODOLOGIA DE PROJETOS E O PAPEL DO PROFESSOR O professor ao optar por uma metodologia de projetos na sala de aula precisa criar situações que se reflitam em problemas para serem trabalhados por seus alunos envolvendo confronto entre 105 diferentes pontos de vista e gerando discussões sobre as temáticas pelos alunos Nesses momentos a cooperação e a superação do conflito entre os alunos precisam ser mediadas pelo professor O conflito estimula a troca entre os alunos e favorece uma visão crítica do conhecimento que está sendo adquirido na escola Tanto os alunos como os professores pensam leem questionam suas próprias ideias e interagem com seus colegas compartilham suas inseguranças tornando esta interação enriquecida mutuamente Segundo Behrens 1996 p 39 a metodologia de projetos demanda por parte do professor orientador oportunizar situações de inovação e criatividade envolvendo os discentes favorecendo dessa maneira o processo de diálogo e construção do conhecimento aliada ao posicionamento crítico criativo e transformador Assim a metodologia de projetos implica mudança de ação docente pois requer uma proposta que tenha como foco a aprendizagem significativa conectada com os interesses dos alunos e articulada com problemas reais que se apresentam na sociedade Nessa metodologia a primeira preocupação do professor será buscar a reflexão a pesquisa e a investigação sobre os pressupostos teóricos e práticos das abordagens pedagógicas para se posicionarem paradigmaticamente BEHRENS 2000 p 107 Nesse sentido o ensino centrado em situações de aprendizagem e problemas tem o intuito de desafiar os alunos a investigar e pesquisar superando os desafios e propiciando espaços para que individualmente e coletivamente seja construído o conhecimento FASES DA APRENDIZAGEM POR PROJETOS A metodologia de projetos pode assumir diferentes configurações mas conforme Hernadez 1998 o desenvolvimento de aprendizagem envolve três momentos Num primeiro momento o professor e os alunos por meio da proposição da problematização escolhem o tema como ponto de partida que gera a curiosidade as dúvidas as indagações o desejo e a vontade de investigar O segundo momento é o desenvolvimento no qual são elaborados atividades para buscar respostas ao problema proposto As atividades partem do problema e precisam gerar situações que obriguem o aluno a agir observando a existência de vários pontos de vista e de diferentes formas e caminhos para o aprendizado O terceiro momento trata da síntese ou seja a sistematização do conhecimento elaborado Esse processo pode subsidiar a elaboração de problematizações para iniciar outros projetos Na mesma direção Behrens 2000 propõe para a metodologia de projetos algumas fases que podem auxiliar no atingimento do paradigma da complexidade com foco na produção do conhecimento Cabe alertar que para compor a metodologia de projetos o professor pode ordená 106 las da melhor forma possível ou mesmo modificálas se o processo de aprendizagem assim o exigir As fases interrelacionadas que subsidiam o processo de aprendizagem numa metodologia de projetos com visão complexa crítica e transformadora podem ser compostas como dadas na figura que segue A concepção de educação em especial num paradigma da complexidade considera a metodologia de projetos na sala de aula como uma mudança significativa na ação pedagógica do professor Essa transformação converte os professores e alunos em aprendizes não só dos temas que são objeto de estudo mas também de aprendizagens relevantes para vida Fonte Behrens Marilda Aparecida Metodologia de Projetos num paradigma emergente IN Moran José Manuel Masetto Marcos Behrens Marilda Novas tecnologias e mediação pedagógica Campinas Papirus2000 Apresentação e Discussão da Metodologia de Projeto Na fase inicial o professor que opta por metodologia de projetos numa visão complexa prepara uma minuta da proposta pedagógica por meio de um programa de aprendizagem ou plano de trabalho docente e a submete à apreciação dos alunos A minuta inclui a organização pedagógica com os todos os passos fases propostos ao longo do processo de aprendizagem 107 assim indica a problematização contextualização levantamento dos temas recursos envolvidos ações didáticas que atendam à proposta metodológica apresentação dos critérios para avaliação no processo das atividades que compõem o porfólio indicação de autores para realização de possíveis leituras links de acesso à temática O tema do projeto poderá envolver uma ou mais disciplinas O docente apresenta a proposta aos alunos para a discussão em sala de aula Num processo livre e democrático os alunos opinam sobre o processo pois precisam se envolver na discussão da proposta O posicionamento do professor de abertura e acolhimento leva a ter clareza de que a aceitação das opiniões dos alunos numa relação dialógica é significativa e relevante para o sucesso da produção do conhecimento Segundo Behrens 2000 p109 Os alunos que ainda não estão habituados a conviver num processo participativo encontram algumas dificuldades de se manifestarem com receio de sofrerem repressões ou constrangimento na sala de aula Fagundes 1999 também traz essa ideia pois quando fala em aprendizagem por projetos esta necessariamente se referindo à formulação de questões pelo autor do projeto pelo sujeito que vai construir conhecimento Partese do princípio de que o aluno nunca é uma tabula rasa isto é ele tem uma experiência anterior de sua própria vivência Escolha do Tema A escolha do tema é o ponto de partida para a definição de uma metodologia de projeto Essa fase deve ser resultado de um trabalho dialógico crítico e reflexivo que consiga agregar o grupo Na metodologia de Projetos quem escolhe o tema a ser investigado são os alunos e os professores Segundo Fagundes 1999 o tema é gerado pelos conflitos pelas perturbações dos envolvidos num determinado contexto A questão a ser pesquisada deve ter como ponto de partida a curiosidade as dúvidas as indagações o desejo e a vontade pois a motivação é intrínseca própria do sujeito que aprende Fagundes Maçada e Sato 1999 p16 completam Quando o aprendiz é desafiado a questionar quando ele se perturba e necessita pensar para expressar suas duvidas quando lhe é permitido formular questões que tenham significação para ele emergindo de sua historia de vida de seus interesses seus valores e condições pessoais passa a desenvolver a competência para formular e equacionar problemas Quem consegue formular com clareza um problema a ser resolvido começa a aprender a definir as direções de sua atividade Nesta fase o professor sugere os temas envolvidos numa problematização e juntamente com os alunos discute a pertinência e relevância dessa aprendizagem Assim os alunos têm claro quais são as aprendizagens requeridas naquele processo metodológico 108 Depois de escolhido o tema segundo Hernandez 1998 o próximo passo é a busca dos instrumentos bibliografia publicações diversas endereços eletrônicos pertinentes ao assunto em questão O professor deve ter clareza dos conhecimentos envolvidos no processo e gerar atividades que permitam que o aluno fique instigado a buscar possíveis soluções neste sentido realizar uma previsão dos conteúdos e de atividades assim criar um clima de envolvimento e de interesse no grupo ou seja reforçar a consciência de aprender do grupo No trabalho com projetos a responsabilidade de procurar fontes de informação não cabe somente ao professor mas aos alunos também Para Hernandez 1998 p 75 Esse envolvimento dos estudantes na busca da informação tem uma serie de efeitos que se relacionam com a intenção educativa dos Projetos Em primeiro lugar faz com que assumam como próprio o tema e que aprendam a situarse diante da informação a partir de suas próprias possibilidades e recursos Mas também lhes leva a envolver outras pessoas na busca de informação o que significa considerar que não se aprende só na escola e que o aprender é um ato comunicativo já que necessitam da informação que os outros trazem Nessa perspectiva o aluno tem a possibilidade de descobrir que é responsável por sua própria aprendizagem que tem condições de interagir com seu grupo e com o professor pois passa a vêlo como um orientador que não tem todas as respostas prontas mas que está disposto a auxiliálo no aprender a aprender Problematização Concomitante à proposição do tema o docente apresenta aos alunos a problematização do tema que é considerada a fase desafiadora e essencial no projeto de aprendizagem A problematização precisa ser colocada como provocação para estimular os alunos a se envolver no projeto Os problemas pertinentes ao tema surgirão da reflexão coletiva e devem desencadear um processo de valorizar e instigar o envolvimento dos alunos para buscar soluções com referência à problemática levantada Segundo Behrens 2000 p110 problematização tem o papel de desencadear a discussão e o envolvimento dos alunos na temática do projeto e acrescenta que professor é o mediador da construção do problema antecipadamente ou no início do projeto junto com os alunos Na verdade a qualidade da indagação determina o sucesso inicial do envolvimento dos alunos Nesta fase os alunos precisam perceber que o sucesso dessa caminhada depende do seu envolvimento e do seu empenho pois sua responsabilidade reflete na qualidade de aprendizagem dele mesmo e do grupo 109 Contextualização Para que o trabalho com projetos seja efetivado o tema que originou o problema deve estar localizado historicamente conectado ao mundo pois para Hernandez 1998 o problema deve estar contextualizado deve partir das vivências das experiências do que os estudantes já sabem de seus esquemas de conhecimentos precedentes de suas hipóteses verdadeiras falsas ou incompletas O docente precisa ficar atento para a provisoriedade do projeto As soluções encontradas não podem ser taxadas como únicas embora significativas para produzir conhecimento Para Behrens 2000 p 111 Das múltiplas perguntas e respostas a serem investigadas é preciso selecionar quais as que interessam pesquisar em função da aprendizagem a ser proposta e acrescenta que Nesta fase o professor precisa ter clareza de aonde quer chegar ou pelo menos quais os pontos que deverão ser percorridos para proporcionar a aprendizagem em foco Exposição teórica Esse momento precisa ser usado para abordar de maneira geral os assuntos a serem tratados O tema e o problema exigem pistas teóricas para que os alunos entendam o eixo de conhecimentos que alimenta o projeto Tratase de garantir os conteúdos que serão trabalhados naquela etapa de aprendizagem dos alunos O professor se utiliza desse recurso que longe de ser uma aula expositiva tradicional deverá apresentar diálogo no qual as sugestões pertinentes ao tema escolhido são avaliadas e aceitas ou não Assim a exposição didática terá a função de instigar os alunos a pesquisarem nos mais variados recursos para enriquecer o processo de investigação e produção do conhecimento levando em consideração a necessidade de compartilhamento das informações encontradas BEHRENS 2005 p100 Essa fase não deve exceder dois ou três encontros com os alunos É o momento coletivo da definição de parâmetros teóricos em relação ao que vai ser investigado Não se trata de ditar receitas para serem seguidas mas de explicitar possíveis caminhos para produzir conhecimentos sobre a problemática proposta As aulas expositivas dialógicas têm a finalidade de orientar a pesquisa do problema BEHRENS 2000 p112 Pesquisa individual Nessa fase o aluno irá demonstrar sua efetiva participação por meio da pesquisa individual Embora a metodologia de projetos proponha um trabalho coletivo ela contempla a ação individual pois 110 O equilíbrio entre o trabalho individual e coletivo deve ser observado pelo professor por dois motivos significativos primeiro o de estimular individualmente os alunos a buscarem os referencias necessários para a pesquisa e o segundo para que esse esforço seja promulgado e valorizado perante os colegas Não se trata de instalar a competitividade mas de valorizar o envolvimento e a competência na investigação desencadeada pelo aluno BEHRENS 2000 p113 Neste momento o professor deve estimular os alunos para a busca e o acesso às informações nas mais variadas fontes e assim procurar coletivizar em sala de aula os referenciais que aparecerem nas pesquisas individuais dos alunos O professor neste processo orienta o aluno mostrandolhe os meios para pesquisar na literatura na biblioteca ou em livros disponibilizados Como recursos de consulta podem ser utilizadas as tecnologias como a Internet deixando os alunos localizar referenciais significativos na rede WEB como também subsidiar os estudantes com alguns endereços eletrônicos tornandoos disponíveis ao grupo O aluno precisa ser alertado sobre os cuidados que deverão ter ao pesquisar na WEB ou seja na Internet Acostumados a validarem tudo que encontram por escrito num primeiro momento tendem a acreditar no conteúdo apresentado na rede No entanto os conhecimentos apresentados nos sites podem conter conteúdos de qualidade duvidosa assim os alunos precisam aprender a acessar sites que apresentem qualidade e que se origem de fontes confiáveis Produção individual Esta fase trata da produção de um texto individual ou atividade prática a partir das informações recolhidas nas pesquisas Para Behrens 2000 o professor deve auxiliar os alunos nesta etapa para que não se utilizem pesquisas copiadas repetitivas e sem significado Para a autora os alunos devem ser estimulados a se soltar crítica e reflexivamente para uma produção sobre os dados e informações que trouxerem para a sala de aula O desafio é escrever um texto ou realizar a atividade proposta que deve ter qualidade pertinência e clareza de ideias O comprometimento integral do aluno é essencial nesta fase A fase de produção individual permite ao aluno a possibilidade de manifestar suas opiniões e apresentar sua produção a partir da pesquisa realizada e compartilhada com seus colegas BEHRENS 2005 Discussão crítica Na etapa de discussão coletiva crítica e reflexiva o professor desafia os alunos a exporem seus textos individuais ou as atividades realizadas com o objetivo de produzir conhecimento coletivamente De acordo com Behrens 2005 p 105 111 A discussão critica tem como objetivo principal à aproximação da teoria e da pratica aliadas á possibilidade de abrir perspectivas para que o professor e o aluno possam ser agentes de intervenção na realidade concreta que se apresenta na comunidade Com os subsídios da discussão reflexiva o aluno começa aprender a aprender que ser investigador transcende a produção escrita e demanda ações efetivas para transformar a sociedade Os alunos nesta fase terão a oportunidade de desenvolver suas ideias criticamente além de levar a reflexões referentes a aceitarem as diferenças as opiniões contrárias as parcerias entre os colegas Segundo Behrens 2005 esse procedimento permite que os alunos argumentem e defendam suas ideias sobre a temática investigada Com esse amadurecimento crítico e reflexivo os alunos podem acolher as opiniões dos companheiros ou defender suas próprias convicções Produção coletiva Nesta etapa de acordo com Behrens 2000 são reunidas as produções individuais as reflexões e as contribuições da discussão coletiva e produzse o texto coletivo ou atividade proposta A autora recomenda que para que haja uma contribuição significativa o número de participantes na produção do texto coletivo ou atividade seja de três ou no máximo quatro alunos Tratase de garantir espaço para discussão pois a aprendizagem é individual e ela se dá num ambiente coletivo BEHRENS 2006 Se o grupo for muito numeroso pode comprometer a qualidade da aprendizagem O professor deve orientar os alunos nesta fase levandoos a discutir sobre os pontos convergentes e divergentes tornandoos subsídios para a produção do texto ou atividade crítica e de qualidade Nesse processo os alunos aprendem como elaborar produção própria e defender suas ideias e sua pesquisa Segundo Behrens 2006 a fase de produção coletiva provoca o trabalho entre pares e permite acoplar e interconectar as produções individuais realizadas pelos alunos Nesta fase há necessidade de retomar a problemática e orientar os alunos para a produção coletiva no projeto pois a falta de orientação do docente pode levar os alunos a acumularem suas produções individuais sem discutilas e sem elaborálas Recomendase que a produção coletiva seja entregue juntamente com a produção individual a fim de se acompanhar o desenvolvimento de cada aluno e a participação de todos no projeto Produção inal Nesta etapa o professor deve discutir com os alunos previamente a possibilidade de enriquecer essa fase final por meio das experiências vivenciadas no projeto concretizandoas a partir de variados procedimentos como 112 Exposições didáticas em sala de aula dos textos individuais e coletivos produzidos montagem de painel na sala ou no espaço da escola sobre os conhecimentos referenciais que foram pesquisados encenação criada e produzida pelos alunos mediada pelo professor organização de evento envolvendo a comunidade sobre os referenciais pesquisados a proposição de montagem de um jornal com a divulgação dos textos e ilustrações produzidas pelos alunos organização de revista ou periódico acadêmico com os textos dos alunos e que crie a possibilidade de publicar as produções do grupo a criação de produção de vídeo pelos alunos com a possibilidade de coletivizar o avanço do grupo com a comunidade acadêmica BEHRENS 2005 p 106 Além desses procedimentos outras alternativas podem ser criadas por sugestões dos alunos enriquecendo a produção final A produção final possibilita a intervenção na realidade com ações individuais e coletivas entre pares na própria sala de aula na escola ou na comunidade BEHRENS 2006 Avaliação da aprendizagem Na metodologia de projetos a avaliação da aprendizagem ocorre ao longo do processo contínua e gradual Em todas as etapas o professor tem critérios claros sobre os procedimentos que deverão fazer parte daquele momento de aprendizagem O professor deve comunicar aos alunos os critérios de avaliação em cada fase para que possam acompanhar sua própria aprendizagem e a do grupo As avaliações da aprendizagem devem incluir as atividades individuais e coletivas bem como o valor atribuído a cada fase do projeto Segundo Behrens 2006 p 107 Esse procedimento gera a possibilidade de que os alunos se manifestem e discutam a avaliação buscando o consenso sobre os critérios que deverão ser proposto com clareza e com transparência e acrescenta Acreditase que o planejamento por meio de contrato didático e o procedimento avaliativo por meio de porfólio sejam procedimentos didáticos compatíveis com a metodologia de projetos Avaliação coletiva A última fase corresponde à avaliação coletiva do projeto Tratase do momento de reflexão tanto sobre o resultado como sobre a participação de cada elemento do grupo Nesta etapa o professor encaminha o grupo para a discussão Segundo Behrens 2006 nesta fase os alunos precisam manifestarse sobre as atividades propostas com o intuito de melhorálas ou mantêlas Behrens 2006 enfatiza a relevância de criar possibilidades para que os alunos possam manifestar suas contribuições sobre a vivência do projeto Esse processo avaliativo coroa a fase final do 113 processo e tem como função o acolhimento das impressões das opiniões e sugestões dos alunos que são fundamentais para reconstruir o projeto ou subsidiar a proposição do próximo projeto No mesmo sentido Hernandez 1998 p93 destaca que Uma das finalidades dos projetos é promover formas de aprendizagem que questionem a ideia de verdade única ao colocar os alunos diante de diferentes interpretações dos fenômenos está se questionando plenamente a visão da avaliação baseada na consideração da realidade como algo objetivo e estável e acrescenta Com isso o papel da avaliação passa a fazer parte do próprio processo de aprendizagem e não é um apêndice que estabelece e qualifica o grau de ajuste dos alunos com a resposta única Se um projeto de trabalho pressupõe uma elaboração do conhecimento a partir da relação das fontes com a informação que os alunos têm a avaliação deverá possibilitar essa reconstrução O papel do professor consistirá em instigar a avaliação de cada fase e levantar os pontos positivos e as dificuldades encontradas em cada momento da proposta Para Behrens 2006 essas fases sugeridas não se esgotam nem são lineares mas apresentam um esboço diante das possibilidades que poderão ser construídas pelo professor e pelos alunos A aprendizagem numa visão complexa exige um paradigma inovador que desafie os professores para uma docência relevante e significativa que supere processos repetitivos e acríticos e que permita o questionamento e a problematização da realidade circundante Propõe a convivência com múltiplas dimensões e com diferentes visões exigindo tolerância com o diferente e comprometimento com a transformação da sociedade Assim acreditase que a metodologia de projetos pode ser um procedimento pertinente para oferecer aos alunos aprendizagens que levem à produção do conhecimento mas que especialmente provoquem aprendizagem para vida REFERÊNCIAS ALARCÃO I Org Formação reflexiva de professores Estratégias de supervisão Porto Porto Editora 1996 BEHRENS M A Formação continuada dos professores e a prática pedagógica Curitiba Paraná Champagnat 1996 BEHRENS M A Formação Pedagógica e os desafios do mundo moderno In MASETTO M T Org Docência na Universidade Campinas Papirus 1998 BEHRENS M A O Paradigma Emergente e a Prática Pedagógica Petrópolis Vozes 2005 BEHRENS M A O paradigma da complexidade Metodologia de projetos contratos didáticos e portfólios BEHRENS M A Petrópolis Vozes 2006 114 BEHRENS M A Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente In MORAN J M MASETTO M T BEHRENS M A Novas tecnologias e mediação pedagógica Campinas Papirus 2000 BOUTINET J Antropologia do Projeto Porto Alegre Art Méd 2002 DEMO P Educar pela pesquisa Campinas São Paulo Autores Associados 1996 FAGUNDES L Educação à distância uso de rede telemática com baixo custo Anais do Seminário Informática e Educação os desafios do futuro Campinas Unicamp 1999 FAGUNDES L Projeto de Educação à distância Criação de rede informática para alfabetização em língua matemática e tecnologia Porto Alegre UFRGSLEC 1993 FAGUNDES L Informática na escola Tecnologia Educacional Rio de Janeiro v 22 n107 p 7984 jul ago 2001 FAGUNDES L Aprendizes do futuro as inovações começaram Brasília MEC 1999 FREIRE P Pedagogia da Esperança Rio de Janeiro Paz e Terra 1992 FREIRE P SHOR I Medo e ousadia São Paulo Paz e Terra 1999 HERNANDEZ F VENTURA M A organização do Currículo por projetos Porto Alegre Art Méd 1999 HERNANDEZ F VENTURA M Transgressão e Mudança na Educação Porto Alegre ArtMed 1998 MERCADO L Formação Continuada de Professores e Novas Tecnologias Maceió EDUFAL 1999 MIZUKAMI Maria da Graça In Ensino as abordagens do processo São Paulo EPU 1986 MORAES Maria Cândida O Paradigma educacional emergente São Paulo Papirus 2002 MORIN Edgar Os sete saberes necessários à educação do futuro São Paulo Cortez 2000 MORIN Edgar A cabeça bem feita Repensar a reforma Reformar o pensamento 16 ed Rio de Janeiro Bertrand 2009 MORIN Edgar A religação dos saberes o desafio do século XXI Tradução e notas Flávia Nascimento Rio de Janeiro Bertrand 2001 SCHÖN D Formar professores como profissionais reflexivos In NÓVOA A Org Os professores e a sua formação Lisboa Dom Quixote 1992 TORRES R Globalização e Interdisciplinaridade o currículo integrado Porto Alegre ArtMed 1997 DEFINIÇÕES E NOTAS EXPLICATIVAS 1 A sociedade do conhecimento é compreendida como aquela na qual o conhecimento é o principal fator estratégico de riqueza e poder tanto para as organizações quanto para os países bem como para educação Nessa nova sociedade a inovação tecnológica ou novo conhecimento passa a ser um fator importante para a produtividade e para o desenvolvimento econômico dos países Essa nova sociedade é impulsionada também 115 por contínuas mudanças algumas tecnológicas como a Internet e a digitalização e outras econômicosociais como a globalização DRUCKER 1994 2 Em suas obras Morin 2000 p38 explica Complexus significa o que foi tecido junto de fato há complexidade quando os elementos diferentes são inseparáveis constitutivos do todo como o econômico o político o sociológico o psicológico o afetivo o mitológico e há um tecido interdependente interativo e interretroativo entre o objeto de conhecimento e seu contexto as partes e o todo o todo e as partes as partes entre si Por isso a complexidade é a união entre a unidade e a multiplicidade 3 O paradigma da complexidade demanda uma conexão de diferentes abordagens pedagógicas ou seja uma abordagem progressista que leva ao diálogo à argumentação e à vivência coletiva uma abordagem holística que busca a visão de totalidade e a abordagem do ensino com pesquisa que instrumentaliza o aluno para investigar as informações e transformálas em conhecimento BEHRENS 2005 4 Ensino reprodutivista Ensino focado nos conteúdos baseados em mera transmissão de informações As aulas teóricas verbalizada visam à repetição à cópia e à memorização No ensino conservador a experiência do aluno não é considerada 5 Visão de totalidade Considerase que a prática pedagógica deve superar a visão fragmentada retomando as partes num todo significativo Visão de rede de teia de conexão Considerase que os fenômenos estão interconectados havendo uma relação direta de interdependência entre os seres humanos Visão de sistemas integrados considerase que todos os seres humanos devem ter acesso ao mundo globalizado aumentando assim as oportunidades para construir uma sociedade mais justa igualitária e integrada Visão de relatividade e movimento Considerase que é essencial ter uma percepção de que os conhecimentos são relativos não existindo uma verdade absoluta e que esses conhecimentos estão em constante movimento qualquer esforço em solidificar a verdade poderá ser redimensionado em momentos subsequentes por novas descobertas Visão de cidadania e ética Considerase que a formação dos seres humanos deve estar alicerçada na construção da cidadania com uma postura ética onde exista o respeito aos valores pessoais e sociais espírito de solidariedade justiça e paz BEHRENS 2006 p 29 6 A opção por um ensino baseado em projetos proporciona a possibilidade de uma aprendizagem pluralista e permite articulações diferenciadas de cada aluno envolvido no processo Ao alicerçar projetos o professor pode optar por um ensino com pesquisa com uma abordagem de discussão coletiva crítica e reflexiva que oportunize aos alunos a convivência com a diversidade de opiniões convertendo as atividades metodológicas em situações de aprendizagem ricas e significativas Esses procedimentos metodológicos propiciam o acesso a maneiras diferenciadas de aprender e especialmente de aprender a aprender BEHRENS 2000 p81 7 A interdisciplinaridade demanda o querer ser o querer agregar assim as disciplinas são tomadas com um esforço intencional de cooperação e correlação buscando a síntese A atitude Interdisciplinar pode ser provocada na proposição de interconexões das disciplinas que devem se interrelacionar e desencadear processos de interação entre duas ou mais disciplinas 116 8 A atitude transdisciplinar apresentase no grau máximo de relações na integração de disciplinas que permitem a interconexão dos conteúdos no sentido de auxiliar na unificação dos conhecimentos e na compreensão da realidade Assim a Transdisciplinaridade representa um nível de integração interconexão interrelacionamento disciplinar na busca de uma visão mais complexa 9 Aprendizagem Colaborativa Parte da ideia de que o conhecimento é resultante de um consenso entre membros de uma comunidade de conhecimento algo que as pessoas constroem dialogando trabalhando juntas direta ou indiretamente e chegando a um acordo QUESTÕES REFERENTES AO ARTIGO METODOLOGIA DE PROJETOS APRENDER E ENSINAR PARA A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NUMA VISÃO COMPLEXA 1 Por Que trabalhar com projetos Trabalhar com projetos pode gerar a possibilidade de acolhimento de um paradigma a complexidade para ensinar e aprender Além disso a sociedade se encontra ante o desafio de considerar a educação numa concepção cada vez mais ampla 2 Qual é a concepção de educação que subsidia a aprendizagem por projetos A visão reducionista da educação Há uma necessidade de superar essa concepção de educação tão limitada 3 Quais são as fases da metodologia de projetos Explique cada uma delas A metodologia que caracteriza um projeto envolve algumas fases tais como Apresentação e Discussão da Metodologia de Projeto Nessa fase inicial o professor apresenta aos alunos uma minuta da proposta pedagógica indicando todas as fases do projeto Escolha do Tema A escolha do tema é o ponto inicial para que seja definida a metodologia do projeto O tema é gerado pelos conflitos pelas perturbações dos envolvidos num determinado contexto A questão a ser pesquisada deve ter como ponto de partida a curiosidade as dúvidas as indagações o desejo e a vontade pois a motivação é intrínseca própria do sujeito que aprende Nesta fase o professor sugere os temas envolvidos numa problematização e juntamente com os alunos discute a pertinência e relevância dessa aprendizagem Após a seleção do tema buscase os instrumentos a serem utilizados bibliografia publicações diversas endereços eletrônicos pertinentes ao assunto em questão Problematização A problematização precisa ser colocada como provocação para estimular os alunos a se envolver no projeto Os problemas pertinentes ao tema surgirão da reflexão coletiva e devem desencadear um processo de valorizar e instigar o envolvimento dos alunos para buscar soluções com referência à problemática levantada Nesta fase os alunos precisam perceber que o sucesso dessa caminhada depende do seu envolvimento e do seu empenho pois sua responsabilidade reflete na qualidade de aprendizagem dele mesmo e do grupo Contextualização O problema deve estar contextualizado deve partir das vivências das experiências do que os estudantes já sabem de seus esquemas de conhecimentos precedentes de suas hipóteses verdadeiras falsas ou incompletas O docente precisa ficar atento para a provisoriedade do projeto As soluções encontradas não podem ser taxadas como únicas embora significativas para produzir conhecimento Nesta fase o professor precisa ter clareza de aonde quer chegar ou pelo menos quais os pontos que deverão ser percorridos para proporcionar a aprendizagem em foco Exposição teórica Essa fase é utilizada para abordar de forma ampla os assuntos que serão tratados O tema e o problema exigem pistas teóricas para que os alunos entendam o eixo de conhecimentos que alimenta o projeto Tratase de garantir os conteúdos que serão trabalhados naquela etapa de aprendizagem dos alunos Pesquisa individual Nessa fase o aluno irá demonstrar sua efetiva participação por meio da pesquisa individual Neste momento o professor deve estimular os alunos para a busca e o acesso às informações nas mais variadas fontes e assim procurar coletivizar em sala de aula os referenciais que aparecerem nas pesquisas individuais dos alunos Produção individual É o momento em que a partir das informações escolhidas nas pesquisas será elaborado a produção de um texto individual A fase de produção individual permite ao aluno a possibilidade de manifestar suas opiniões e apresentar sua produção a partir da pesquisa realizada e compartilhada com seus colegas Discussão crítica Na etapa de discussão coletiva crítica e reflexiva o professor desafia os alunos a exporem seus textos individuais ou as atividades realizadas com o objetivo de produzir conhecimento coletivamente Produção coletiva Nessa etapa é reunido todos os textos que foram produzidos de maneira individual afim de que seja produzido o texto coletivo ou atividade proposta Produção final Nessa última fase produção final possibilita a intervenção na realidade com ações individuais e coletivas entre pares na própria sala de aula na escola ou na comunidade O professor deve discutir com os alunos previamente a possibilidade de enriquecer essa fase final por meio das experiências vivenciadas no projeto 4 Qual é o papel do professor O papel do professor é oportunizar situações de inovação e criatividade envolvendo os discentes favorecendo dessa maneira o processo de diálogo e construção do conhecimento aliada ao posicionamento crítico criativo e transformador 5 Como avaliar a aprendizagem A forma de avaliação de projetos ocorre ao longo do projeto de forma contínua e gradual Em todas as etapas o professor tem critérios claros sobre os procedimentos que deverão fazer parte daquele momento de aprendizagem O professor deve comunicar aos alunos os critérios de avaliação em cada fase para que possam acompanhar sua própria aprendizagem e a do grupo

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95 METODOLOGIA DE PROJETOS APRENDER E ENSINAR PARA A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NUMA VISÃO COMPLEXA Marilda Aparecida Behrens A nova realidade da sociedade do conhecimento tem desafiado o professor a repensar a prática pedagógica e se tornar um investigador articulador mediador e pesquisador crítico e reflexivo Nesse contexto além de um profissional competente precisa tornarse um cidadão autônomo e criativo que saiba solucionar problemas e manter constante iniciativa para questionar e transformar a sociedade BEHRENS 2006 Na sociedade do conhecimento1 um movimento da ciência começa a tomar força exigindo uma visão inovadora de pensar e de conceber o universo Para tanto a ciência propõe um novo paradigma baseado no pensamento complexo Designado como paradigma da complexidade2 tem forte influência na educação e nas demais áreas de conhecimento Esse paradigma instiga a buscar uma formação mais ampliada e complexa dos professores e dos alunos Com esse enfoque propõe a visão crítica reflexiva e transformadora na Educação e exige a interconexão de múltiplas visões abordagens e tendências Nesse movimento paradigmático a docência em todos os níveis de ensino tem sido desafiada a adotar metodologias inovadoras e recursos de aprendizagem compatíveis com as exigências da sociedade do conhecimento Professores e alunos em profunda aliança precisam aprender não só como ter acesso à informação mas principalmente como desenvolver espírito crítico com vistas à produção de conhecimento O aprender a aprender configurase como o desafio da sociedade do conhecimento e tornase significativo uma vez que o docente não consegue ensinar tudo ao seu aluno assim 96 precisa provocálo a acessar as informações na literatura e na web depurálas e eleger quais são os conteúdos relevantes para responder ao questionamento proposto no início ou ao longo do processo da aprendizagem Esse processo de aprender a aprender implica saber formular questões observar investigar localizar as fontes de informação utilizar instrumentos e estratégias que lhe permitam elaborar as informações coletadas enfim saber escolher o que é relevante para encontrar possíveis soluções para o problema proposto Com essa perspectiva percebese que são necessárias práticas pedagógicas que se coadunem ao paradigma da complexidade3 que se proponham de maneira crítica a ultrapassar a reprodução e a repetição de conteúdos Na última década os professores são desafiados a adotar metodologias de ensino que incluam a pesquisa como instrumento de aprendizagem que segundo Demo 1995 implica aprender a aprender A aprendizagem por meio do ensino com pesquisa numa visão crítica supera os processos restritos a escutar ler decorar e repetir BEHRENS 2000 pois essa visão reducionista da aprendizagem precisa dar lugar a processos que envolvam ações como investigue problematize argumente produza crie projete entre outras O professor deve focalizar metodologias que envolvam novos procedimentos para alcançar processos de aprendizagem que subsidiem a produção do conhecimento Cabe ressaltar que o ensino reprodutivista4 não tem dado conta de instrumentalizar os alunos para as aprendizagens exigidas no século XXI O ensino em todos os níveis segundo Behrens 1996 perdeu o caráter de terminalidade pois no século XXI para ter sucesso e competência o profissional precisa se tornar um pesquisador permanente na sua área de conhecimento e estar aberto para aprender coisas novas também de outros campos de conhecimento Os docentes receberam na sua formação informações conteúdos saberes e conhecimentos que não o tornam um profissional pronto para toda uma vida profissional Portanto tornase importante as propostas do aprender a aprender numa visão complexa pois permitem um processo que nunca termina tratase de caminhos nos quais as descobertas acontecem constantemente assim professor e alunos podem se tornar receptivos para as mudanças que se fazem necessárias A Educação no início do século XXI apresenta novas perspectivas que impulsionam professor e alunos a vivenciarem processos que gerem autonomia para aprender com criatividade e inovação e assim buscar a superação da reprodução no exercício da produção do conhecimento para tanto os docentes precisam se tornar críticos para superar o ensino conservador e repetitivo que se tornou inadequado O professor necessita participar desse processo de mudança e estar consciente de que existem múltiplas visões5 que devem ser contempladas no ensino 97 A metodologia que agrega ensino e pesquisa pode possibilitar ao professor a reorganização do trabalho docente por sua vez os alunos deixam de receber os conteúdos prontos e acabados O aprender a aprender coloca o professor e o aluno como agentes de investigação para tanto superam as perguntas com respostas prontas e sugerem a proposição de problematizações para as quais é preciso buscar as possíveis respostas BEHRENS 2005 Mas a concepção de pesquisa também precisa ser repensada pois não se trata de copiar folhas e folhas de conteúdos sem entender o sentido do tema O professor e o aluno juntos buscam as soluções possíveis para o problema para tanto focados no questionamento partem para a coleta de informações em diversas fontes ou seja na biblioteca na literatura com profissionais da área nos laboratórios de informática nos recursos tecnológicos entre outros De posse das informações coletadas o docente propõe aos alunos discussões criticas sobre os temas pesquisados e consequentemente selecionam os conhecimentos relevantes para a aprendizagem significativa Diante dessa perspectiva fazse necessária a reflexão sobre a proposição de novas metodologias que possam atender às necessidades da realidade atual As investigações em autores que apresentam contribuições sobre essas questões Moran 2000 Behrens 2006 Hernadez 1999 Boutinet 2002 apontam para a Metodologia de Projetos6 como uma abordagem relevante para atender ao paradigma da complexidade Ensinar e aprender por projetos aponta as possibilidades de oferecer aos alunos outra maneira de aprender a partir de problemas advindos da realidade A produção de conhecimento para ter significado precisa estabelecer relações com a vida dos alunos A intenção é favorecer o desenvolvimento de estratégias de indagação interpretação e apresentação do processo o que requer investigar um tema por meio de um problema que por sua complexidade favoreça o melhor conhecimento dos alunos dos docentes de si mesmos e do mundo PROJETOS HISTÓRICO E RESSIGNIFICAÇÃO Nestas últimas décadas o termo projeto tem surgido com ênfase na literatura especialmente na Educação Boutinet 2002 apresenta significados associados a esse termo ou seja intenção propósito objetivo o problema a resolver esquema design metodologia planos procedimentos estratégias desenvolvimento Desde o século XV os projetos como afirma Boutinet 2002 p 28 podem ser concebidos por uma atividade intelectual de elaboração do conhecimento e envolvem atividades múltiplas em sua realização 98 No relato histórico sobre a Pedagogia de Projetos Boutinet 2002 p181 esclarece que foi o pensamento pragmático norteamericano que suscitou os primeiros trabalhos sobre a pedagogia do projeto Nos anos de 1915 a 1920 J Dewey 1916 e W H Kilpatrick 1918 tentaram opor à pedagogia tradicional e acrescenta que os autores buscavam uma pedagogia progressista também chamada de pedagogia aberta na qual o aluno se tornava ator de sua formação através de aprendizagens concretas e significativas para ele A intenção de Dewey e Kilpatrick ao propor uma pedagogia de projetos envolvia a transformação do aluno em sujeito de sua própria aprendizagem A pedagogia de projetos surge então nos anos 1920 a partir de trabalhos de John Dewey e William Kilpatrick e tem sua origem no movimento da Escola Nova mas cabe destacar que naquela época vigorava uma formação com base no modelo fordista que preparava as crianças apenas para o trabalho em uma fábrica sem incorporar aspectos da realidade cotidiana dentro da escola No entanto Dewey e Kilpatrick buscavam formar os alunos para uma vivência democrática que exigia envolvimento e participação na aprendizagem O sentido de projeto com o passar dos tempos foi tomando outros significados No campo educacional recebeu denominações variadas ou seja uma série de termos que foram e estão sendo usados para designar projetos que são pedagogia do projeto trabalho por projetos aprendizagem por projetos ensino por projeto projeto educativo metodologia de projetos entre outros Salvaguardadas algumas peculiaridades a diferença fundamental é em primeiro lugar o contexto histórico que foi proposto pois embora possam ter propósitos diferentes e com usos diversificados a focalização recai na aprendizagem Por volta dos anos oitenta numa abordagem progressista ressurge a proposta como Projeto de Trabalho que tem como finalidade a tentativa da aproximação da aprendizagem na escola com os problemas do cotidiano ou seja da realidade na qual o aluno se insere HERNADEZ 1998 Acreditase que alguns docentes ainda hoje criticam a opção por projetos para aprender a aprender pois como alerta de Boutinet 2000 em determinada época o conceito sobre o projeto no campo educacional carregou a impressão de ensino improvisado sem seriedade de utilização mal controlada Sem foco e sem organização didática no trabalho por projetos cabe tudo o que foi pesquisado pelo aluno assim o professor tem dificuldade de localizar as aprendizagens que foram geradas no processo Com essa visão reducionista os projetos são utilizados para desenvolver temáticas desatreladas dos conteúdos propostos pelas disciplinas pois em geral são focalizados em festejos ou campanhas humanitárias por exemplo dia das mães dia dos pais semana da ecologia campanha do agasalho entre outros O trabalho por projetos nas escolas em geral ainda tem sido utilizado para realizar atividades fora do ambiente da sala de aula 99 Cabe destacar a relevância do trabalho por projetos em eventos como por exemplo os realizados nas Feiras de Ciências nas quais os alunos se saem muito bem e se destacam pela autonomia e criatividade Os docentes não podem negar que os alunos ao realizarem esses projetos aprendem e produzem conhecimentos próprios pois na maioria da vezes sabem elaborar e argumentar sobre a pesquisa Em geral os educadores têm uma visão muito positiva do uso de trabalhos por projeto nesses eventos Mas a proposta de trabalho por projetos sofre hoje um processo de ressignificação pois orienta o professor a utilizálo em aprendizagens na disciplina em sala de aula ou seja incluindo a investigação que leva a buscar os conteúdos as informações e os conhecimentos Nesse sentido pode ser realizado em uma ou mais disciplinas com a proposta metodológica integrada e precisa garantir os conteúdos propostos para cada uma delas de maneira conectada O sentido do projeto volta a reaparecer com ênfase nas últimas décadas do século XX e nesse movimento segundo Boutinet 2002 cabe a cada um indivíduo ou grupo planejar e justificar suas próprias intenções ao optar por Trabalho por Projetos Segundo Fagundes 1999 a atividade de fazer projetos é simbólica intencional e natural do ser humano Por meio dele buscase a solução de problemas e se desenvolve um processo de produção de conhecimento Nesse sentido ressaltase que o trabalho por projetos pode ser utilizado em todas as áreas de conhecimento e em todos os níveis de ensino METODOLOGIA DE PROJETOS POSSIBILIDADE DE GERAR APRENDIZAGEM COMPLEXA E TRANSDISCIPLINAR Neste início de século dentre as denominações que envolvem projetos ao longo da história da Educação aparece com mais ênfase a Metodologia de Projetos e volta a ser indicada em especial porque gera a possibilidade de acolhimento de um paradigma a complexidade para ensinar e aprender Behrens 2006 assim elege essa denominação por refletir uma metodologia comprometida com os propósitos pedagógicos de natureza inovadora Justificase a opção por metodologia de projetos principalmente porque há necessidade de superar a visão reducionista na educação como propõe Morin 2001 p 15 quando alerta para visão disciplinar em currículos lineares pois nos ensinam a isolar os objetos do seu meio ambiente a separar as disciplinas em vez de reconhecer suas correlações a dissociar os problemas em vez de reunir e integrar Obrigamnos a reduzir o complexo ao simples isto é a separar o que está ligado a decompor e não a recompor a eliminar tudo o que causa desordens ou contradições em nosso entendimento 100 Nesse sentido Morin 2009 p13 aponta que a sociedade se encontra ante o desafio de considerar a educação numa concepção cada vez mais ampla que supere a visão reducionista profunda e grave entre saberes separados fragmentados compartimentados entre disciplinas e por outro lado realidades ou problemas cada vez mais polidisciplinares transversais multidimensionais transnacionais globais e planetários A fragmentação dificulta a visão de contexto e muitas vezes impede de entender o todo e na concepção de Morin 2009 p15 os desenvolvimentos disciplinares das ciências não só trouxeram as vantagens da divisão do trabalho mas também os inconvenientes da supervalorização do confinamento e do despedaçamento do saber Não só produziram o conhecimento mas também a ignorância e a cegueira A metodologia de projetos pode auxiliar na ampliação da visão inter7 e transdisciplinar pois representa um processo metodológico de aprendizagem que envolve níveis de integração interconexão interrelacionamento de informações agregação de informações conteúdos conhecimentos e saberes na busca de uma abordagem mais complexa Com a proposição do movimento da Ciência e da Educação em busca da transdisciplinaridade8 a metodologia de projeto vem se destacando como a mais relevante para desenvolver uma proposta metodológica que leve à produção do conhecimento pois possibilita atender aos requisitos necessários para a superação da visão cartesiana tão impregnada na docência em todos os níveis de ensino No entanto o uso adequado dessa metodologia requer um marco conceitual ressignificado pelos professores que venha a contemplar os propósitos do paradigma da complexidade As propostas elaboradas e apresentadas por formadores e docentes preocupados em encontrar alternativas para melhorar o ensino com visão transdisciplinar baseiamse na ideia de integração de conhecimentos na importância de levar em conta também o mundo de fora da escola considerando o cotidiano e a realidade dos alunos Para buscar uma concepção para aprender com visão complexa na sociedade atual uma questão fundamental centrase na necessidade de o indivíduo compreender o mundo em que vive ou seja aprender ao longo da vida e não só para fazer provas decoradas que muitas vezes não fazem sentido para os alunos que ficam sem entender seu significado Nesse processo precisa aprender como terá acesso analisar e interpretar as informações disponíveis pois para Hernandez 1998 na educação escolar desde a Escola infantil até a Universidade supõese que se deva facilitar a aprendizagem num processo que começa mas que nunca termina pois sempre podemos ter acesso a novas formas mais complexas para dar significado ao conhecimento Esse desafio persegue os educadores no sentido de procurar subsídios para favorecer a aprendizagem do aluno com metodologias mais elaboradas e relacionais que levem à produção de conhecimento 101 O caminho metodológico vai da informação até o conhecimento e segundo Hernandez 1998 pode ser realizado por diferentes vias ou seguindo diversas estratégias sendo uma das mais relevantes a consciência do indivíduo sobre seu próprio processo de aprendizagem Nesse sentido as relações que se vão estabelecendo com a informação se realizam à medida que esta vai sendo apropriada em outras situações problemas e informações a partir de caminhos e opções e de reflexões sobre a própria experiência de aprender Para que o indivíduo possa chegar a essa tomada de consciência individual é essencial que haja uma aliança entre interação em sala de aula e o comprometimento por parte do professor no seu papel como mediador e facilitador desse processo Segundo Hernandez 1998 p 64 os projetos supõem um enfoque do ensino que trata de ressituar a concepção e as práticas educativas na escola para dar resposta e não A resposta e acrescenta que as mudanças sociais e metodológicas precisam ser produzidas com os alunos e não simplesmente readaptar uma proposta do passado e atualizála A concepção de metodologia de projetos se torna possível quando está baseada no ensino para a compreensão e para o significado pois para Hernandez 1998 p 61 o projeto pode favorecer a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares em relação ao tratamento da informação e em relação entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses que facilitem aos alunos a construção de seus conhecimentos a transformação da informação procedente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimento próprio Metodologia de projetos conforme Behrens 2006 exige em primeiro lugar que o professor apresente para os alunos um problema ou que elabore um problema com os alunos tomando como referência os conteúdos que devem ser trabalhados naquela fase de escolarização ou seja na educação infantil no ensino fundamental ou na universidade Assim tomase o problema para iniciar uma pesquisa focada na aprendizagem Nesse sentido a partir de uma situação problematizada de aprendizagem os próprios estudantes começam a participar do processo de criação pois buscam respostas às suas dúvidas Mas não lhes interessa apenas localizálas e sim entender o significado delas pois pretendem como resultado a construção de conhecimentos significativos Aprendem assim a partir do problema buscam informações elegem o que é significativo para responder ao questionamento elaboram e produzem conhecimento BEHRENS 2005 Tratase de uma metodologia flexível que vai se construindo ao longo do processo em cada aprendizagem e se renova a cada problema colocado que gere outra aprendizagem significativa Nessa perspectiva Hernandez 1998 p81 reforça essa proposta indicando passos para caracterizar um projeto Partese de um tema ou de um problema negociado com a turma Inicia se um processo de pesquisa Buscamse e selecionamse fontes de informação Estabelecem 102 se critérios de ordenação e de interpretação das fontes e acrescenta Recolhemse novas dúvidas e perguntas Estabelecemse relações com outros problemas Representase o processo de elaboração do conhecimento que foi seguido Recapitulase avaliase o que se aprendeu Conectase com um novo tema ou problema O que se percebe nessa sequência proposta é que a aprendizagem e o ensino se realizam mediante um percurso que nunca é fixo mas serve de fio condutor para a atuação do docente com os alunos Assim para Hernandez 1998 p 61 os projetos entendidos em sua dimensão pedagógica e simbólica podem permitir a aproximarse da identidade dos alunos e favorecer a construção da subjetividade longe de um prisma paternalista gerencial ou psicologista o que implica considerar que a função da escola não é apenas ensinar conteúdos nem vincular a instrução com a aprendizagem b revisar a organização do currículo por disciplinas e a maneira de situálo no tempo e no espaço escolar O que torna necessária à proposta de um currículo que não seja uma representação do conhecimento fragmentada distanciada dos problemas que os alunos vivem e necessitam responder em suas vidas mas sim solução de continuidade c levar em conta o que acontece fora da escola nas transformações sociais e nos saberes a enorme produção de informação que caracteriza a sociedade atual e aprender a dialogar de uma maneira crítica com todos esses fenômenos A concepção de educação em especial num paradigma da complexidade considera o trabalho na sala de aula por projetos como uma mudança na ação pedagógica do professor Essa transformação converte os professores e alunos em aprendizes não só dos temas que são objeto de estudo mas também de aprendizagens relevantes para vida A contribuição de Hernandez 1998 p90 é pertinente quando defende uma concepção da Educação e da Escola como A abertura para os conhecimentos e problemas que circulam fora da sala de aula e que vão além do currículo básico A importância da relação com a informação que na atualidade se produz e circula de maneira diferente da que acontecia em épocas recentes os problemas que estudam os saberes organizados o contraste de pontos de vista e a ideia de que a realidade não é senão para o sistema ou para a pessoa que a defina Daí a importância de saber reconhecer os lugares dos quais se fala as relações de exclusão que se favorecem e de construir critérios avaliativos para relacionarse com essas interpretações O papel do professor como facilitador problematizador da relação dos alunos com o conhecimento processo no qual também o docente atua como aprendiz A importância da atitude de escuta o professor como base para construir com os alunos experiências substantivas de aprendizagem Uma experiência substantiva é aquela que não tem um único caminho permite desenvolver uma atitude investigadora e ajuda os estudantes a dar sentido a suas vidas aprender deles mesmos e às situações do mundo que os rodeia Nesse sentido o diálogo com a gênese dos fenômenos desde uma perspectiva de reconstrução histórica aparece como fundamental 103 Enfatizase que com essa concepção a metodologia de projetos tornase relevante porque se renova a cada problematização investigada assim nunca se repete e permite adquirir dimensões novas em cada aprendizagem O diálogo pedagógico pode acontecer dentro da sala de aula e em outros cenários O professor precisa ter a clareza que o projeto deve expandir o conhecimento e levar à colaboração da aprendizagem entre pares Segundo Hernandez1998 p90 a organização do currículo não deve acompanhar uma visão disciplinar e reducionista mas sim a partir de uma concepção do currículo integrado que leve em conta um horizonte educativo planejado não como metas mas sim como objetivos de processo e acrescenta Esse horizonte educativo se perfila em cada curso e se reconstrói em termos do que os alunos podem ter aprendido ao final de cada projeto oficina ou experiência substantiva O trabalho educativo na metodologia de projeto favorece a autonomia do aluno no sentido de estimulálo a realizar aprendizagem tanto no âmbito individual como no coletivo Diante disso fica claro que a aprendizagem significativa é característica principal da metodologia de projetos e nesse processo segundo Mercado 1999 p81 necessita Estabelecer relações entre os vários aspectos que estão envolvidos no tema o assunto que está sendo discutido Realizar relações com outros assuntos já vistos Desenvolver a capacidade de se colocar questões e de ressignificar as informações que já havia construído em função dos novos fatos e conhecimentos apresentados e discutidos pelo professor ou pelo grupo Reconhecer contradições e construir argumentações consistentes em favor de seu ponto de vista ou visão sobre o tema em questão Nessa perspectiva o aluno é visto como sujeito que utiliza sua experiência e conhecimento para resolver problemas Para Mercado 1999 o problema determina os conteúdos a serem trabalhados permitindo aos alunos estabelecerem suas próprias estratégias de modo que consigam operar com elas conceitualmente estabelecendo novas relações e formulando explicações sobre os fenômenos que superem a fragmentação ou as divisões do saber já existente É uma preocupação que vai além do saber pois diz respeito à possibilidade de viver no mundo contemporâneo sem ficar à margem dele enfrentando uma sociedade informatizada e na qual as condições e fontes de trabalho estão em constante processo de transformação A METODOLOGIA DE PROJETOS COMO PROPOSTA INOVADORA As concepções e os valores culturais caracterizam a escola e as práticas educativas e precisam atender às necessidades sociais e educativas Nesse sentido os projetos podem ser considerados como uma prática educativa que teve reconhecimento em diferentes períodos de maneira especial 104 aquela em que afirma que o pensamento tem sua origem numa situação problemática que se deve resolver mediante uma série de atos voluntários Cabe ressaltar que a ideia de trabalhar na metodologia por projetos demanda que o professor possa escolher uma dimensão inovadora no processo de ensinar e de aprender Esse posicionamento é reforçado por Mercado 1999 p75 quando enfatiza que o paradigma inovador envolve processos contínuos de aprendizagens portanto não reduz a metodologia a uma lista de objetivos e etapas a serem cumpridas Ao contrário reflete uma concepção de conhecimento como produção individual e coletiva em que a experiência vivida e a produção cultural sistematizada se entrelaçam dando significado às aprendizagens significativas A relação ensinoaprendizagem se dá num processo mais dinâmico assim a metodologia de projetos pode atender a esse movimento e auxiliar na aprendizagem colaborativa9 Para conseguir a formação de sujeitos participativos e autônomos o docente precisa criar possibilidades de metodologia de ensino inovador e desfazer a forma de aula tradicional em que só o professor fala e apresenta os conteúdos aos alunos que ficam restritos a escutar copiar memorizar e repetir os conteúdos As razões que valorizam a organização dos conteúdos escolares por projetos são defendidas por Sancho In MERCADO 1999 p78 quando coloca as seguintes considerações O trabalho por projetos proporciona o contexto a partir do qual aparecerá a necessidade das disciplinas e sua compreensão organizativa Os projetos e os temas didáticos delineiam problemas que não podem estar situados em disciplinas particulares pois esta obriga a que se examinem desde as particularidades até as diferentes visões de uma disciplina Os projetos proporcionam uma maior margem para a aprendizagem iniciada pelo aluno que pode seguir melhor seu próprio ritmo sem sentirse oprimido pela estrutura de uma disciplina particular ou por decisões tomadas a priori sobre a organização sequencial relacional do que se está conhecendo permitindo desenvolver diferentes estratégias organizativas e marcos de aprendizagem que evitam o caráter repetitivo que pode predominar nos planejamentos disciplinares ou em formas que os educadores possam utilizar para organizar os conhecimentos escolares Considerando essas razões a metodologia de projeto pode possibilitar a elaboração de aprendizagens em que o aluno tem ampla participação pode agir refletir discutir e assim tem a oportunidade de construir seu próprio conhecimento METODOLOGIA DE PROJETOS E O PAPEL DO PROFESSOR O professor ao optar por uma metodologia de projetos na sala de aula precisa criar situações que se reflitam em problemas para serem trabalhados por seus alunos envolvendo confronto entre 105 diferentes pontos de vista e gerando discussões sobre as temáticas pelos alunos Nesses momentos a cooperação e a superação do conflito entre os alunos precisam ser mediadas pelo professor O conflito estimula a troca entre os alunos e favorece uma visão crítica do conhecimento que está sendo adquirido na escola Tanto os alunos como os professores pensam leem questionam suas próprias ideias e interagem com seus colegas compartilham suas inseguranças tornando esta interação enriquecida mutuamente Segundo Behrens 1996 p 39 a metodologia de projetos demanda por parte do professor orientador oportunizar situações de inovação e criatividade envolvendo os discentes favorecendo dessa maneira o processo de diálogo e construção do conhecimento aliada ao posicionamento crítico criativo e transformador Assim a metodologia de projetos implica mudança de ação docente pois requer uma proposta que tenha como foco a aprendizagem significativa conectada com os interesses dos alunos e articulada com problemas reais que se apresentam na sociedade Nessa metodologia a primeira preocupação do professor será buscar a reflexão a pesquisa e a investigação sobre os pressupostos teóricos e práticos das abordagens pedagógicas para se posicionarem paradigmaticamente BEHRENS 2000 p 107 Nesse sentido o ensino centrado em situações de aprendizagem e problemas tem o intuito de desafiar os alunos a investigar e pesquisar superando os desafios e propiciando espaços para que individualmente e coletivamente seja construído o conhecimento FASES DA APRENDIZAGEM POR PROJETOS A metodologia de projetos pode assumir diferentes configurações mas conforme Hernadez 1998 o desenvolvimento de aprendizagem envolve três momentos Num primeiro momento o professor e os alunos por meio da proposição da problematização escolhem o tema como ponto de partida que gera a curiosidade as dúvidas as indagações o desejo e a vontade de investigar O segundo momento é o desenvolvimento no qual são elaborados atividades para buscar respostas ao problema proposto As atividades partem do problema e precisam gerar situações que obriguem o aluno a agir observando a existência de vários pontos de vista e de diferentes formas e caminhos para o aprendizado O terceiro momento trata da síntese ou seja a sistematização do conhecimento elaborado Esse processo pode subsidiar a elaboração de problematizações para iniciar outros projetos Na mesma direção Behrens 2000 propõe para a metodologia de projetos algumas fases que podem auxiliar no atingimento do paradigma da complexidade com foco na produção do conhecimento Cabe alertar que para compor a metodologia de projetos o professor pode ordená 106 las da melhor forma possível ou mesmo modificálas se o processo de aprendizagem assim o exigir As fases interrelacionadas que subsidiam o processo de aprendizagem numa metodologia de projetos com visão complexa crítica e transformadora podem ser compostas como dadas na figura que segue A concepção de educação em especial num paradigma da complexidade considera a metodologia de projetos na sala de aula como uma mudança significativa na ação pedagógica do professor Essa transformação converte os professores e alunos em aprendizes não só dos temas que são objeto de estudo mas também de aprendizagens relevantes para vida Fonte Behrens Marilda Aparecida Metodologia de Projetos num paradigma emergente IN Moran José Manuel Masetto Marcos Behrens Marilda Novas tecnologias e mediação pedagógica Campinas Papirus2000 Apresentação e Discussão da Metodologia de Projeto Na fase inicial o professor que opta por metodologia de projetos numa visão complexa prepara uma minuta da proposta pedagógica por meio de um programa de aprendizagem ou plano de trabalho docente e a submete à apreciação dos alunos A minuta inclui a organização pedagógica com os todos os passos fases propostos ao longo do processo de aprendizagem 107 assim indica a problematização contextualização levantamento dos temas recursos envolvidos ações didáticas que atendam à proposta metodológica apresentação dos critérios para avaliação no processo das atividades que compõem o porfólio indicação de autores para realização de possíveis leituras links de acesso à temática O tema do projeto poderá envolver uma ou mais disciplinas O docente apresenta a proposta aos alunos para a discussão em sala de aula Num processo livre e democrático os alunos opinam sobre o processo pois precisam se envolver na discussão da proposta O posicionamento do professor de abertura e acolhimento leva a ter clareza de que a aceitação das opiniões dos alunos numa relação dialógica é significativa e relevante para o sucesso da produção do conhecimento Segundo Behrens 2000 p109 Os alunos que ainda não estão habituados a conviver num processo participativo encontram algumas dificuldades de se manifestarem com receio de sofrerem repressões ou constrangimento na sala de aula Fagundes 1999 também traz essa ideia pois quando fala em aprendizagem por projetos esta necessariamente se referindo à formulação de questões pelo autor do projeto pelo sujeito que vai construir conhecimento Partese do princípio de que o aluno nunca é uma tabula rasa isto é ele tem uma experiência anterior de sua própria vivência Escolha do Tema A escolha do tema é o ponto de partida para a definição de uma metodologia de projeto Essa fase deve ser resultado de um trabalho dialógico crítico e reflexivo que consiga agregar o grupo Na metodologia de Projetos quem escolhe o tema a ser investigado são os alunos e os professores Segundo Fagundes 1999 o tema é gerado pelos conflitos pelas perturbações dos envolvidos num determinado contexto A questão a ser pesquisada deve ter como ponto de partida a curiosidade as dúvidas as indagações o desejo e a vontade pois a motivação é intrínseca própria do sujeito que aprende Fagundes Maçada e Sato 1999 p16 completam Quando o aprendiz é desafiado a questionar quando ele se perturba e necessita pensar para expressar suas duvidas quando lhe é permitido formular questões que tenham significação para ele emergindo de sua historia de vida de seus interesses seus valores e condições pessoais passa a desenvolver a competência para formular e equacionar problemas Quem consegue formular com clareza um problema a ser resolvido começa a aprender a definir as direções de sua atividade Nesta fase o professor sugere os temas envolvidos numa problematização e juntamente com os alunos discute a pertinência e relevância dessa aprendizagem Assim os alunos têm claro quais são as aprendizagens requeridas naquele processo metodológico 108 Depois de escolhido o tema segundo Hernandez 1998 o próximo passo é a busca dos instrumentos bibliografia publicações diversas endereços eletrônicos pertinentes ao assunto em questão O professor deve ter clareza dos conhecimentos envolvidos no processo e gerar atividades que permitam que o aluno fique instigado a buscar possíveis soluções neste sentido realizar uma previsão dos conteúdos e de atividades assim criar um clima de envolvimento e de interesse no grupo ou seja reforçar a consciência de aprender do grupo No trabalho com projetos a responsabilidade de procurar fontes de informação não cabe somente ao professor mas aos alunos também Para Hernandez 1998 p 75 Esse envolvimento dos estudantes na busca da informação tem uma serie de efeitos que se relacionam com a intenção educativa dos Projetos Em primeiro lugar faz com que assumam como próprio o tema e que aprendam a situarse diante da informação a partir de suas próprias possibilidades e recursos Mas também lhes leva a envolver outras pessoas na busca de informação o que significa considerar que não se aprende só na escola e que o aprender é um ato comunicativo já que necessitam da informação que os outros trazem Nessa perspectiva o aluno tem a possibilidade de descobrir que é responsável por sua própria aprendizagem que tem condições de interagir com seu grupo e com o professor pois passa a vêlo como um orientador que não tem todas as respostas prontas mas que está disposto a auxiliálo no aprender a aprender Problematização Concomitante à proposição do tema o docente apresenta aos alunos a problematização do tema que é considerada a fase desafiadora e essencial no projeto de aprendizagem A problematização precisa ser colocada como provocação para estimular os alunos a se envolver no projeto Os problemas pertinentes ao tema surgirão da reflexão coletiva e devem desencadear um processo de valorizar e instigar o envolvimento dos alunos para buscar soluções com referência à problemática levantada Segundo Behrens 2000 p110 problematização tem o papel de desencadear a discussão e o envolvimento dos alunos na temática do projeto e acrescenta que professor é o mediador da construção do problema antecipadamente ou no início do projeto junto com os alunos Na verdade a qualidade da indagação determina o sucesso inicial do envolvimento dos alunos Nesta fase os alunos precisam perceber que o sucesso dessa caminhada depende do seu envolvimento e do seu empenho pois sua responsabilidade reflete na qualidade de aprendizagem dele mesmo e do grupo 109 Contextualização Para que o trabalho com projetos seja efetivado o tema que originou o problema deve estar localizado historicamente conectado ao mundo pois para Hernandez 1998 o problema deve estar contextualizado deve partir das vivências das experiências do que os estudantes já sabem de seus esquemas de conhecimentos precedentes de suas hipóteses verdadeiras falsas ou incompletas O docente precisa ficar atento para a provisoriedade do projeto As soluções encontradas não podem ser taxadas como únicas embora significativas para produzir conhecimento Para Behrens 2000 p 111 Das múltiplas perguntas e respostas a serem investigadas é preciso selecionar quais as que interessam pesquisar em função da aprendizagem a ser proposta e acrescenta que Nesta fase o professor precisa ter clareza de aonde quer chegar ou pelo menos quais os pontos que deverão ser percorridos para proporcionar a aprendizagem em foco Exposição teórica Esse momento precisa ser usado para abordar de maneira geral os assuntos a serem tratados O tema e o problema exigem pistas teóricas para que os alunos entendam o eixo de conhecimentos que alimenta o projeto Tratase de garantir os conteúdos que serão trabalhados naquela etapa de aprendizagem dos alunos O professor se utiliza desse recurso que longe de ser uma aula expositiva tradicional deverá apresentar diálogo no qual as sugestões pertinentes ao tema escolhido são avaliadas e aceitas ou não Assim a exposição didática terá a função de instigar os alunos a pesquisarem nos mais variados recursos para enriquecer o processo de investigação e produção do conhecimento levando em consideração a necessidade de compartilhamento das informações encontradas BEHRENS 2005 p100 Essa fase não deve exceder dois ou três encontros com os alunos É o momento coletivo da definição de parâmetros teóricos em relação ao que vai ser investigado Não se trata de ditar receitas para serem seguidas mas de explicitar possíveis caminhos para produzir conhecimentos sobre a problemática proposta As aulas expositivas dialógicas têm a finalidade de orientar a pesquisa do problema BEHRENS 2000 p112 Pesquisa individual Nessa fase o aluno irá demonstrar sua efetiva participação por meio da pesquisa individual Embora a metodologia de projetos proponha um trabalho coletivo ela contempla a ação individual pois 110 O equilíbrio entre o trabalho individual e coletivo deve ser observado pelo professor por dois motivos significativos primeiro o de estimular individualmente os alunos a buscarem os referencias necessários para a pesquisa e o segundo para que esse esforço seja promulgado e valorizado perante os colegas Não se trata de instalar a competitividade mas de valorizar o envolvimento e a competência na investigação desencadeada pelo aluno BEHRENS 2000 p113 Neste momento o professor deve estimular os alunos para a busca e o acesso às informações nas mais variadas fontes e assim procurar coletivizar em sala de aula os referenciais que aparecerem nas pesquisas individuais dos alunos O professor neste processo orienta o aluno mostrandolhe os meios para pesquisar na literatura na biblioteca ou em livros disponibilizados Como recursos de consulta podem ser utilizadas as tecnologias como a Internet deixando os alunos localizar referenciais significativos na rede WEB como também subsidiar os estudantes com alguns endereços eletrônicos tornandoos disponíveis ao grupo O aluno precisa ser alertado sobre os cuidados que deverão ter ao pesquisar na WEB ou seja na Internet Acostumados a validarem tudo que encontram por escrito num primeiro momento tendem a acreditar no conteúdo apresentado na rede No entanto os conhecimentos apresentados nos sites podem conter conteúdos de qualidade duvidosa assim os alunos precisam aprender a acessar sites que apresentem qualidade e que se origem de fontes confiáveis Produção individual Esta fase trata da produção de um texto individual ou atividade prática a partir das informações recolhidas nas pesquisas Para Behrens 2000 o professor deve auxiliar os alunos nesta etapa para que não se utilizem pesquisas copiadas repetitivas e sem significado Para a autora os alunos devem ser estimulados a se soltar crítica e reflexivamente para uma produção sobre os dados e informações que trouxerem para a sala de aula O desafio é escrever um texto ou realizar a atividade proposta que deve ter qualidade pertinência e clareza de ideias O comprometimento integral do aluno é essencial nesta fase A fase de produção individual permite ao aluno a possibilidade de manifestar suas opiniões e apresentar sua produção a partir da pesquisa realizada e compartilhada com seus colegas BEHRENS 2005 Discussão crítica Na etapa de discussão coletiva crítica e reflexiva o professor desafia os alunos a exporem seus textos individuais ou as atividades realizadas com o objetivo de produzir conhecimento coletivamente De acordo com Behrens 2005 p 105 111 A discussão critica tem como objetivo principal à aproximação da teoria e da pratica aliadas á possibilidade de abrir perspectivas para que o professor e o aluno possam ser agentes de intervenção na realidade concreta que se apresenta na comunidade Com os subsídios da discussão reflexiva o aluno começa aprender a aprender que ser investigador transcende a produção escrita e demanda ações efetivas para transformar a sociedade Os alunos nesta fase terão a oportunidade de desenvolver suas ideias criticamente além de levar a reflexões referentes a aceitarem as diferenças as opiniões contrárias as parcerias entre os colegas Segundo Behrens 2005 esse procedimento permite que os alunos argumentem e defendam suas ideias sobre a temática investigada Com esse amadurecimento crítico e reflexivo os alunos podem acolher as opiniões dos companheiros ou defender suas próprias convicções Produção coletiva Nesta etapa de acordo com Behrens 2000 são reunidas as produções individuais as reflexões e as contribuições da discussão coletiva e produzse o texto coletivo ou atividade proposta A autora recomenda que para que haja uma contribuição significativa o número de participantes na produção do texto coletivo ou atividade seja de três ou no máximo quatro alunos Tratase de garantir espaço para discussão pois a aprendizagem é individual e ela se dá num ambiente coletivo BEHRENS 2006 Se o grupo for muito numeroso pode comprometer a qualidade da aprendizagem O professor deve orientar os alunos nesta fase levandoos a discutir sobre os pontos convergentes e divergentes tornandoos subsídios para a produção do texto ou atividade crítica e de qualidade Nesse processo os alunos aprendem como elaborar produção própria e defender suas ideias e sua pesquisa Segundo Behrens 2006 a fase de produção coletiva provoca o trabalho entre pares e permite acoplar e interconectar as produções individuais realizadas pelos alunos Nesta fase há necessidade de retomar a problemática e orientar os alunos para a produção coletiva no projeto pois a falta de orientação do docente pode levar os alunos a acumularem suas produções individuais sem discutilas e sem elaborálas Recomendase que a produção coletiva seja entregue juntamente com a produção individual a fim de se acompanhar o desenvolvimento de cada aluno e a participação de todos no projeto Produção inal Nesta etapa o professor deve discutir com os alunos previamente a possibilidade de enriquecer essa fase final por meio das experiências vivenciadas no projeto concretizandoas a partir de variados procedimentos como 112 Exposições didáticas em sala de aula dos textos individuais e coletivos produzidos montagem de painel na sala ou no espaço da escola sobre os conhecimentos referenciais que foram pesquisados encenação criada e produzida pelos alunos mediada pelo professor organização de evento envolvendo a comunidade sobre os referenciais pesquisados a proposição de montagem de um jornal com a divulgação dos textos e ilustrações produzidas pelos alunos organização de revista ou periódico acadêmico com os textos dos alunos e que crie a possibilidade de publicar as produções do grupo a criação de produção de vídeo pelos alunos com a possibilidade de coletivizar o avanço do grupo com a comunidade acadêmica BEHRENS 2005 p 106 Além desses procedimentos outras alternativas podem ser criadas por sugestões dos alunos enriquecendo a produção final A produção final possibilita a intervenção na realidade com ações individuais e coletivas entre pares na própria sala de aula na escola ou na comunidade BEHRENS 2006 Avaliação da aprendizagem Na metodologia de projetos a avaliação da aprendizagem ocorre ao longo do processo contínua e gradual Em todas as etapas o professor tem critérios claros sobre os procedimentos que deverão fazer parte daquele momento de aprendizagem O professor deve comunicar aos alunos os critérios de avaliação em cada fase para que possam acompanhar sua própria aprendizagem e a do grupo As avaliações da aprendizagem devem incluir as atividades individuais e coletivas bem como o valor atribuído a cada fase do projeto Segundo Behrens 2006 p 107 Esse procedimento gera a possibilidade de que os alunos se manifestem e discutam a avaliação buscando o consenso sobre os critérios que deverão ser proposto com clareza e com transparência e acrescenta Acreditase que o planejamento por meio de contrato didático e o procedimento avaliativo por meio de porfólio sejam procedimentos didáticos compatíveis com a metodologia de projetos Avaliação coletiva A última fase corresponde à avaliação coletiva do projeto Tratase do momento de reflexão tanto sobre o resultado como sobre a participação de cada elemento do grupo Nesta etapa o professor encaminha o grupo para a discussão Segundo Behrens 2006 nesta fase os alunos precisam manifestarse sobre as atividades propostas com o intuito de melhorálas ou mantêlas Behrens 2006 enfatiza a relevância de criar possibilidades para que os alunos possam manifestar suas contribuições sobre a vivência do projeto Esse processo avaliativo coroa a fase final do 113 processo e tem como função o acolhimento das impressões das opiniões e sugestões dos alunos que são fundamentais para reconstruir o projeto ou subsidiar a proposição do próximo projeto No mesmo sentido Hernandez 1998 p93 destaca que Uma das finalidades dos projetos é promover formas de aprendizagem que questionem a ideia de verdade única ao colocar os alunos diante de diferentes interpretações dos fenômenos está se questionando plenamente a visão da avaliação baseada na consideração da realidade como algo objetivo e estável e acrescenta Com isso o papel da avaliação passa a fazer parte do próprio processo de aprendizagem e não é um apêndice que estabelece e qualifica o grau de ajuste dos alunos com a resposta única Se um projeto de trabalho pressupõe uma elaboração do conhecimento a partir da relação das fontes com a informação que os alunos têm a avaliação deverá possibilitar essa reconstrução O papel do professor consistirá em instigar a avaliação de cada fase e levantar os pontos positivos e as dificuldades encontradas em cada momento da proposta Para Behrens 2006 essas fases sugeridas não se esgotam nem são lineares mas apresentam um esboço diante das possibilidades que poderão ser construídas pelo professor e pelos alunos A aprendizagem numa visão complexa exige um paradigma inovador que desafie os professores para uma docência relevante e significativa que supere processos repetitivos e acríticos e que permita o questionamento e a problematização da realidade circundante Propõe a convivência com múltiplas dimensões e com diferentes visões exigindo tolerância com o diferente e comprometimento com a transformação da sociedade Assim acreditase que a metodologia de projetos pode ser um procedimento pertinente para oferecer aos alunos aprendizagens que levem à produção do conhecimento mas que especialmente provoquem aprendizagem para vida REFERÊNCIAS ALARCÃO I Org Formação reflexiva de professores Estratégias de supervisão Porto Porto Editora 1996 BEHRENS M A Formação continuada dos professores e a prática pedagógica Curitiba Paraná Champagnat 1996 BEHRENS M A Formação Pedagógica e os desafios do mundo moderno In MASETTO M T Org Docência na Universidade Campinas Papirus 1998 BEHRENS M A O Paradigma Emergente e a Prática Pedagógica Petrópolis Vozes 2005 BEHRENS M A O paradigma da complexidade Metodologia de projetos contratos didáticos e portfólios BEHRENS M A Petrópolis Vozes 2006 114 BEHRENS M A Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente In MORAN J M MASETTO M T BEHRENS M A Novas tecnologias e mediação pedagógica Campinas Papirus 2000 BOUTINET J Antropologia do Projeto Porto Alegre Art Méd 2002 DEMO P Educar pela pesquisa Campinas São Paulo Autores Associados 1996 FAGUNDES L Educação à distância uso de rede telemática com baixo custo Anais do Seminário Informática e Educação os desafios do futuro Campinas Unicamp 1999 FAGUNDES L Projeto de Educação à distância Criação de rede informática para alfabetização em língua matemática e tecnologia Porto Alegre UFRGSLEC 1993 FAGUNDES L Informática na escola Tecnologia Educacional Rio de Janeiro v 22 n107 p 7984 jul ago 2001 FAGUNDES L Aprendizes do futuro as inovações começaram Brasília MEC 1999 FREIRE P Pedagogia da Esperança Rio de Janeiro Paz e Terra 1992 FREIRE P SHOR I Medo e ousadia São Paulo Paz e Terra 1999 HERNANDEZ F VENTURA M A organização do Currículo por projetos Porto Alegre Art Méd 1999 HERNANDEZ F VENTURA M Transgressão e Mudança na Educação Porto Alegre ArtMed 1998 MERCADO L Formação Continuada de Professores e Novas Tecnologias Maceió EDUFAL 1999 MIZUKAMI Maria da Graça In Ensino as abordagens do processo São Paulo EPU 1986 MORAES Maria Cândida O Paradigma educacional emergente São Paulo Papirus 2002 MORIN Edgar Os sete saberes necessários à educação do futuro São Paulo Cortez 2000 MORIN Edgar A cabeça bem feita Repensar a reforma Reformar o pensamento 16 ed Rio de Janeiro Bertrand 2009 MORIN Edgar A religação dos saberes o desafio do século XXI Tradução e notas Flávia Nascimento Rio de Janeiro Bertrand 2001 SCHÖN D Formar professores como profissionais reflexivos In NÓVOA A Org Os professores e a sua formação Lisboa Dom Quixote 1992 TORRES R Globalização e Interdisciplinaridade o currículo integrado Porto Alegre ArtMed 1997 DEFINIÇÕES E NOTAS EXPLICATIVAS 1 A sociedade do conhecimento é compreendida como aquela na qual o conhecimento é o principal fator estratégico de riqueza e poder tanto para as organizações quanto para os países bem como para educação Nessa nova sociedade a inovação tecnológica ou novo conhecimento passa a ser um fator importante para a produtividade e para o desenvolvimento econômico dos países Essa nova sociedade é impulsionada também 115 por contínuas mudanças algumas tecnológicas como a Internet e a digitalização e outras econômicosociais como a globalização DRUCKER 1994 2 Em suas obras Morin 2000 p38 explica Complexus significa o que foi tecido junto de fato há complexidade quando os elementos diferentes são inseparáveis constitutivos do todo como o econômico o político o sociológico o psicológico o afetivo o mitológico e há um tecido interdependente interativo e interretroativo entre o objeto de conhecimento e seu contexto as partes e o todo o todo e as partes as partes entre si Por isso a complexidade é a união entre a unidade e a multiplicidade 3 O paradigma da complexidade demanda uma conexão de diferentes abordagens pedagógicas ou seja uma abordagem progressista que leva ao diálogo à argumentação e à vivência coletiva uma abordagem holística que busca a visão de totalidade e a abordagem do ensino com pesquisa que instrumentaliza o aluno para investigar as informações e transformálas em conhecimento BEHRENS 2005 4 Ensino reprodutivista Ensino focado nos conteúdos baseados em mera transmissão de informações As aulas teóricas verbalizada visam à repetição à cópia e à memorização No ensino conservador a experiência do aluno não é considerada 5 Visão de totalidade Considerase que a prática pedagógica deve superar a visão fragmentada retomando as partes num todo significativo Visão de rede de teia de conexão Considerase que os fenômenos estão interconectados havendo uma relação direta de interdependência entre os seres humanos Visão de sistemas integrados considerase que todos os seres humanos devem ter acesso ao mundo globalizado aumentando assim as oportunidades para construir uma sociedade mais justa igualitária e integrada Visão de relatividade e movimento Considerase que é essencial ter uma percepção de que os conhecimentos são relativos não existindo uma verdade absoluta e que esses conhecimentos estão em constante movimento qualquer esforço em solidificar a verdade poderá ser redimensionado em momentos subsequentes por novas descobertas Visão de cidadania e ética Considerase que a formação dos seres humanos deve estar alicerçada na construção da cidadania com uma postura ética onde exista o respeito aos valores pessoais e sociais espírito de solidariedade justiça e paz BEHRENS 2006 p 29 6 A opção por um ensino baseado em projetos proporciona a possibilidade de uma aprendizagem pluralista e permite articulações diferenciadas de cada aluno envolvido no processo Ao alicerçar projetos o professor pode optar por um ensino com pesquisa com uma abordagem de discussão coletiva crítica e reflexiva que oportunize aos alunos a convivência com a diversidade de opiniões convertendo as atividades metodológicas em situações de aprendizagem ricas e significativas Esses procedimentos metodológicos propiciam o acesso a maneiras diferenciadas de aprender e especialmente de aprender a aprender BEHRENS 2000 p81 7 A interdisciplinaridade demanda o querer ser o querer agregar assim as disciplinas são tomadas com um esforço intencional de cooperação e correlação buscando a síntese A atitude Interdisciplinar pode ser provocada na proposição de interconexões das disciplinas que devem se interrelacionar e desencadear processos de interação entre duas ou mais disciplinas 116 8 A atitude transdisciplinar apresentase no grau máximo de relações na integração de disciplinas que permitem a interconexão dos conteúdos no sentido de auxiliar na unificação dos conhecimentos e na compreensão da realidade Assim a Transdisciplinaridade representa um nível de integração interconexão interrelacionamento disciplinar na busca de uma visão mais complexa 9 Aprendizagem Colaborativa Parte da ideia de que o conhecimento é resultante de um consenso entre membros de uma comunidade de conhecimento algo que as pessoas constroem dialogando trabalhando juntas direta ou indiretamente e chegando a um acordo QUESTÕES REFERENTES AO ARTIGO METODOLOGIA DE PROJETOS APRENDER E ENSINAR PARA A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NUMA VISÃO COMPLEXA 1 Por Que trabalhar com projetos Trabalhar com projetos pode gerar a possibilidade de acolhimento de um paradigma a complexidade para ensinar e aprender Além disso a sociedade se encontra ante o desafio de considerar a educação numa concepção cada vez mais ampla 2 Qual é a concepção de educação que subsidia a aprendizagem por projetos A visão reducionista da educação Há uma necessidade de superar essa concepção de educação tão limitada 3 Quais são as fases da metodologia de projetos Explique cada uma delas A metodologia que caracteriza um projeto envolve algumas fases tais como Apresentação e Discussão da Metodologia de Projeto Nessa fase inicial o professor apresenta aos alunos uma minuta da proposta pedagógica indicando todas as fases do projeto Escolha do Tema A escolha do tema é o ponto inicial para que seja definida a metodologia do projeto O tema é gerado pelos conflitos pelas perturbações dos envolvidos num determinado contexto A questão a ser pesquisada deve ter como ponto de partida a curiosidade as dúvidas as indagações o desejo e a vontade pois a motivação é intrínseca própria do sujeito que aprende Nesta fase o professor sugere os temas envolvidos numa problematização e juntamente com os alunos discute a pertinência e relevância dessa aprendizagem Após a seleção do tema buscase os instrumentos a serem utilizados bibliografia publicações diversas endereços eletrônicos pertinentes ao assunto em questão Problematização A problematização precisa ser colocada como provocação para estimular os alunos a se envolver no projeto Os problemas pertinentes ao tema surgirão da reflexão coletiva e devem desencadear um processo de valorizar e instigar o envolvimento dos alunos para buscar soluções com referência à problemática levantada Nesta fase os alunos precisam perceber que o sucesso dessa caminhada depende do seu envolvimento e do seu empenho pois sua responsabilidade reflete na qualidade de aprendizagem dele mesmo e do grupo Contextualização O problema deve estar contextualizado deve partir das vivências das experiências do que os estudantes já sabem de seus esquemas de conhecimentos precedentes de suas hipóteses verdadeiras falsas ou incompletas O docente precisa ficar atento para a provisoriedade do projeto As soluções encontradas não podem ser taxadas como únicas embora significativas para produzir conhecimento Nesta fase o professor precisa ter clareza de aonde quer chegar ou pelo menos quais os pontos que deverão ser percorridos para proporcionar a aprendizagem em foco Exposição teórica Essa fase é utilizada para abordar de forma ampla os assuntos que serão tratados O tema e o problema exigem pistas teóricas para que os alunos entendam o eixo de conhecimentos que alimenta o projeto Tratase de garantir os conteúdos que serão trabalhados naquela etapa de aprendizagem dos alunos Pesquisa individual Nessa fase o aluno irá demonstrar sua efetiva participação por meio da pesquisa individual Neste momento o professor deve estimular os alunos para a busca e o acesso às informações nas mais variadas fontes e assim procurar coletivizar em sala de aula os referenciais que aparecerem nas pesquisas individuais dos alunos Produção individual É o momento em que a partir das informações escolhidas nas pesquisas será elaborado a produção de um texto individual A fase de produção individual permite ao aluno a possibilidade de manifestar suas opiniões e apresentar sua produção a partir da pesquisa realizada e compartilhada com seus colegas Discussão crítica Na etapa de discussão coletiva crítica e reflexiva o professor desafia os alunos a exporem seus textos individuais ou as atividades realizadas com o objetivo de produzir conhecimento coletivamente Produção coletiva Nessa etapa é reunido todos os textos que foram produzidos de maneira individual afim de que seja produzido o texto coletivo ou atividade proposta Produção final Nessa última fase produção final possibilita a intervenção na realidade com ações individuais e coletivas entre pares na própria sala de aula na escola ou na comunidade O professor deve discutir com os alunos previamente a possibilidade de enriquecer essa fase final por meio das experiências vivenciadas no projeto 4 Qual é o papel do professor O papel do professor é oportunizar situações de inovação e criatividade envolvendo os discentes favorecendo dessa maneira o processo de diálogo e construção do conhecimento aliada ao posicionamento crítico criativo e transformador 5 Como avaliar a aprendizagem A forma de avaliação de projetos ocorre ao longo do projeto de forma contínua e gradual Em todas as etapas o professor tem critérios claros sobre os procedimentos que deverão fazer parte daquele momento de aprendizagem O professor deve comunicar aos alunos os critérios de avaliação em cada fase para que possam acompanhar sua própria aprendizagem e a do grupo

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