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HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL Flávio Azevedo Marques de Saes Alexandre Macchione Saes Editora Saraiva A Capítulo 13 A RECONSTRUÇÃO EUROPEIA NO PÓSGUERRA E A ECONOMIA MUNDIAL NA DÉCADA DE 1920 19181929 deflagração da Primeira Guerra Mundial deu início a uma fase de profundas rupturas na organização da economia internacional Direta ou indiretamente questionavase com a guerra a influência política dos países imperialistas e a divisão geográfica do mundo entre eles e ainda a organização do sistema econômico internacional O pósguerra só ressaltaria a tendência anteriormente observada de avanço econômico e tecnológico de novos países resultado da Segunda Revolução Industrial e de incompatibilidade entre o até então hegemônico e inquestionável padrãoouro amparado pelo centro financeiro londrino e as novas exigências comerciais mundiais O modelo que havia imperado durante todo o século XIX representava no limite a estrutura construída pela política inglesa cujos pilares fundamentais eram a economia de mercado o livrecomércio o Estado liberal e o padrão ouro A estrutura liberal e a hegemonia inglesa como centro financeiro e comercial garantiram o equilíbrio de poder e a estabilidade econômica internacional durante aproximadamente um século POLANYI 2000 p47 Contudo nos primeiros anos do século XX tal estrutura mostrouse frágil em vários países diante do crescimento das reivindicações dos trabalhadores por emprego e frágil internacionalmente não só pelo desenvolvimento industrial retardatário como também pelo estabelecimento de um cenário de concorrência políticoeconômica o imperialismo entre países recém industrializados e a GrãBretanha O padrãoouro apesar de abandonado durante a guerra mantinhase como sustentáculo da influência britânica no mundo inteiro garantindo os mecanismos de troca internacionais Mesmo com o impacto da guerra que provocara na Europa destruição humana e industrial 331 crise inflacionária e endividamento os governos buscaram reconstruir o modelo econômico e político do século XIX durante os anos 1920 Na Europa Ocidental o pósguerra demarcou duas fases distintas uma primeira fase logo após a guerra de reconstrução das sociedades num contexto complexo de destruição física e humana de desorganização do mercado mundial de endividamento público e inflação e uma segunda fase já em meados dos anos 1920 de recuperação expansão econômica e reorganização das antigas estruturas econômicas Do outro lado do Atlântico contudo os Estados Unidos gozavam em primeiro lugar de grande prestígio financeiro em função dos empréstimos para a guerra e para a reconstrução europeia com Nova Iorque tornandose um novo e importante centro financeiro e em segundo lugar de grande poder industrial representado entre outros pelo sensacional desenvolvimento da indústria automobilística além de ultrapassar de longe em volume de produção industrial as outras potências Entretanto dentro das relações políticas internacionais os Estados Unidos ainda se apresentavam de uma maneira tímida nos centros de decisão Assim delineiase o pósguerra e os anos 1920 como o nascer de uma nova estrutura de equilíbrio de poder e nova organização da economia mundial que porém ainda se sustentava pelos marcos e instituições tradicionais A contínua preocupação do governo da GrãBretanha de recuperar o padrãoouro nos anos 1920 é simbólica como a última tentativa de manter a sua hegemonia Na verdade a essencialidade do padrãoouro para o funcionamento do sistema econômico internacional da época era o dogma primeiro e único comum aos homens de todas as nações de todas as classes de todas as religiões e filosofias sociais Era a única realidade invisível à qual podia se apegar a vontade de viver quando a humanidade se encontrava a braços ela mesma com a tarefa de restaurar sua existência em frangalhos POLANYI 2000 p42 Por isso Karl Polanyi classifica os anos 1920 como conservadores considerando que os governos levaram ao limite as instituições e a ideologia liberal da hegemonia britânica do século XIX cuja ruptura final se deu com a quebra da bolsa de Nova Iorque e a Grande Depressão da década de 1930 abriuse assim o período da grande transformação nos revolucionários anos 1930 131 RECONSTRUÇÃO E REPARAÇÕES DE GUERRA EUROPA 19191925 1311 A herança da Primeira Guerra Mundial A Primeira Guerra Mundial foi para Eric Hobsbawm 1995 p31 o primeiro evento na história em que efetivamente houve um conflito de extensão 332 mundial Foi uma guerra que envolveu todas as grandes potências e levou os combates para o alémmar nas mais diferentes regiões e por mais que alguns países não tivessem participado ativamente dos combates reflexos foram espalhados por todos os lados A destruição provocada por quatro anos de guerra foi excepcionalmente grande em especial para alguns países europeus como França Bélgica Inglaterra Alemanha Rússia países bálticos e Império AustroHúngaro A guerra provocou perdas humanas destruição física desorganização financeira contração no produto e condições sociais e políticas instáveis Tornando frágil o Estado de vários países especialmente na Europa central e oriental o processo de reconstrução e recuperação requeria a assistência das potências aliadas dos Estados Unidos em particular ALDCROFT 2001 p56 As perdas humanas foram muito além das mortes nos campos de batalha estas ascenderam a cerca de 85 milhões de homens adicionalmente 7 milhões se tornaram incapacitados permanentemente e mais 15 milhões sofreram ferimentos de maior ou menor gravidade As mortes de civis em decorrência da guerra embora difíceis de determinar com precisão foram elevadas vítimas do conflito militar de fome e inanição ou de doenças também morreram aos milhões estimase em cerca de 5 milhões para a Europa exclusive a Rússia e um total de 16 milhões para a Rússia incluindo militares e civis envolvidos na guerra na revolução e na guerra civil Adicionando a esses dados a estimativa do déficit de nascimentos decorrentes da guerra Aldcroft admite que a perda total de população entre 1914 e 1921 incluindo mortes e redução da natalidade foi da ordem de 50 a 60 milhões ALDCROFT 2001 p681 A destruição física foi igualmente elevada fazendas fábricas habitações ferrovias plantéis de gado sofreram danos em grau maior ou menor reduzindo a capacidade produtiva dos países europeus Desse modo ao fim da guerra se impunha a recuperação de seu sistema produtivo o que demandava elevados recursos de que os países europeus não dispunham Aliás a herança financeira da guerra era outro pesado encargo para as economias dos países que se envolveram nos combates Como grande parte dos gastos de guerra foi financiada por meio de crédito e não por poupanças houve forte impacto inflacionário desvalorização das moedas e abandono do padrãoouro Além disso GrãBretanha e França endividaramse com os Estados Unidos uma dívida que seria cobrada ao fim da guerra Em suma a situação monetária e financeira dos países europeus havia se desorganizado durante a guerra e demandava sua reconstrução À perda populacional à destruição física e à desorganização financeira se somavam os efeitos da guerra sobre a produção dos países europeus Para os 333 países diretamente envolvidos nas operações militares a redução da produção industrial e agrícola não foi compensada pelo aumento da produção bélica Mesmo em 1920 a maior parte dos países não havia recuperado os níveis de produção industrial de 1913 a Rússia foi um caso extremo em 1920 a produção industrial se reduzira a cerca de 13 da produção em 1913 mas França Bélgica Alemanha Áustria Hungria Polônia Tchecoslováquia Bulgária e Romênia tinham em 1920 um produto industrial 30 menor do que o de 1913 Apenas GrãBretanha e Itália haviam recuperado os níveis pré guerra ALDCROFT 2001 p12 Mais grave era o fato de esses países terem perdido mercados para Estados Unidos e Japão uma perda permanente diante dos avanços da indústria desses países Na Europa durante a guerra os investimentos se concentraram na produção bélica ao fim da guerra a capacidade produtiva assim criada se tornou supérflua Por exemplo a produção de navios essencial para manter a guerra naval não encontrou mais demanda quando o conflito terminou o mesmo se pode dizer dos investimentos realizados para a produção de ferro aço e carvão pois o nível da demanda no pósguerra não era capaz de ocupar a ampla capacidade instalada durante a guerra Desse modo a Europa apresentava capacidade ociosa em certos ramos industriais que no entanto não eram aqueles de cuja produção mais necessitava para a reconstrução e a recuperação de suas economias Assim a reconstrução das economias europeias exigia volumosas importações que pressionavam suas balanças comerciais a demanda nacional era suprida com custosos produtos importados e o crescente déficit precisava ser coberto com empréstimos De outro lado os Estados Unidos nos anos seguintes à guerra diminuíram suas importações em 50 reduzindo a receita europeia de exportações Entre 1919 e 1920 a importação da Europa continental alcançou US 125 bilhões enquanto as exportações receitas invisíveis rendas oriundas do transporte marítimo companhias de seguros empréstimos e investimentos alémmar e transferência de ouro não somavam nem US 7 bilhões Para cobrir esse déficit era preciso contar com ajuda externa e nesse momento apenas os Estados Unidos tinham recursos para tanto Podese dizer que até 1925 a Europa viveu um enorme desequilíbrio na busca de sua reconstrução carência de recursos materiais e financeiros que atingiu de forma menos grave os Aliados mas de modo profundo os países derrotados na guerra principalmente Alemanha Áustria e Hungria os quais enfrentaram adicionalmente os custos das reparações de guerra impostas pelos vencedores Sob ótica distinta Feinstein Temin e Toniolo ressaltam como legado da guerra a agitação social expressa pela expansão quase universal das lutas e 334 protestos das classes trabalhadoras O sindicalismo já existente antes da guerra fortaleceuse durante o conflito a necessidade de intensificar a produção para fins militares levou a concessões aos sindicatos a Revolução Russa também teria exercido considerável influência sobre os movimentos das classes trabalhadoras que se tornavam mais receptivos às propostas do socialismo O impacto da crescente mobilização dos trabalhadores foi diferente em cada país em alguns como a Alemanha o governo cedeu às pressões e realizou reformas que diminuíram a agitação social em outros como a França e a GrãBretanha um grande número de greves no imediato pósguerra foi sucedido por medidas repressivas dos governos Se na França os sindicatos sentiram o impacto da repressão na GrãBretanha a ação do governo foi incapaz de desorganizar o movimento trabalhista Apesar da diversidade de resultados do confronto entre governos e trabalhadores a força crescente dos sindicatos introduziu maior rigidez nos salários ao mesmo tempo que a tendência anterior à formação de grandes empresas cartéis associações fortalecida pelos efeitos da própria guerra também limitava a flexibilidade dos preços Essa rigidez para os autores dificultou os ajustes necessários à economia ao fim da Primeira Guerra Mundial FEINSTEIN TEMIN TONIOLO 1997 p2028 As grandes diferenças entre as economias dos países europeus no pós guerra respondem por desempenhos bastante distintos na década de 1920 1312 Expansão inflação recessão 19191921 Ao fim da guerra era esperada alguma redução do ritmo da atividade econômica compras de materiais para a guerra desde armamentos até alimentos para as tropas foram canceladas e os soldados desmobilizados deixavam de receber sua remuneração Ao retornarem às suas origens os soldados deveriam constituir uma ampla massa de desempregados já que se previa forte redução da demanda agregada Efetivamente nos primeiros meses após o armistício observouse suave recessão No entanto a partir do meio do ano de 1919 verificouse rápida ascensão da economia cuja duração foi de cerca de um ano Esse surto caracterizouse por aguda elevação dos preços diante do aumento da demanda num momento em que o setor produtivo ainda se recuperava dos impactos da guerra O efeito expansivo sobre a produção foi mais intenso nos Estados Unidos na GrãBretanha no Japão e em países que permaneceram neutros durante a guerra como a Suécia A Europa Continental tinha poucas condições de se beneficiar da expansão da demanda pois concentrava esforços na reconstrução de suas economias O caso dos Estados Unidos é particularmente expressivo de maio de 1919 a janeiro de 335 1920 a atividade industrial cresceu 19 ARTHMAR 1997 p93 Como se explica esse forte impulso sobre a produção de alguns países no pósguerra Durante a guerra ao se concentrar a produção na indústria bélica criouse uma demanda reprimida por muitos produtos não só bens duráveis mas também bens de consumo corrente não disponíveis nos anos do conflito Além disso o financiamento da guerra se fez ainda que em pequena parte por meio de empréstimos do público aos governos por meio dos chamados bônus de guerra ou seja uma parcela da população formou durante a guerra uma poupança que ao fim pode ser gasta para satisfazer a demanda reprimida durante os anos de guerra Assim admitese que uma demanda represada por cerca de quatro anos foi liberada em 1919 e gerou o impulso para a expansão da economia de alguns países Além disso as empresas promoveram a recomposição de seus estoques praticamente esgotados nos anos da guerra e os governos não puderam suspender de imediato todos os dispêndios assumidos anteriormente Desse modo somaramse várias fontes de ampliação da demanda agregada num momento em que o setor produtivo ainda não havia se readaptado plenamente à demanda de um período de paz ALDCROFT 2001 p2425 Essa súbita expansão da demanda teve outro forte impacto na economia uma abrupta elevação dos preços em parte alimentada por políticas monetárias e fiscais expansionistas Desse modo a tendência à elevação dos preços já presente durante a Primeira Guerra acentuouse em 1919 e 1921 Se o crescimento da produção foi característico de alguns países como Estados Unidos GrãBretanha Japão a inflação generalizouse por toda a Europa ainda que em graus distintos TABELA 131 Índices de preços ao consumidor 19141920 1914 1918 1920 Alemanha 100 304 990 Áustria 100 1163 5115 Itália 100 289 467 França 100 213 371 Suécia 100 219 269 Holanda 100 162 194 GrãBretanha 100 200 248 Estados Unidos 100 203 249 336 Fontes FEINSTEIN TEMIN TONIOLO 1997 p39 Para os Estados Unidos ARTHMAR 1997 p94 Obs Estados Unidos preços no atacado 1913 100 1918 jan1919 1920 jun1920 Esse surto expansivo sofreu abrupta e profunda reversão a partir de meados de 1920 Essa reversão foi particularmente forte nos Estados Unidos os preços no atacado caíram do nível de 254 em maio de 1920 para 143 em julho de 1921 ou seja uma deflação de 43 a produção industrial cujo pico atingira o índice 90 em junho de 1920 caiu para 64 em julho de 1921 uma redução da ordem de 29 O desemprego de cerca de 950 mil trabalhadores em 1919 ascendeu a 5 milhões em 1921 ARTHMAR 1997 p103 Em suma são dados que atestam a profunda recessão que atingiu a economia norteamericana em 1921 Na GrãBretanha o impacto recessivo foi igualmente elevado os preços por atacado declinaram de 196 em maio de 1920 para 118 em julho de 1921 e continuaram caindo até se estabilizarem em torno de 95100 em 1922 O índice de produção também caiu do nível 117 em junho de 1920 para 56 em junho de 1921 ARTHMAR 1997 p117 Poucos países escaparam da deflação e da recessão de 1921 aumento da produção industrial em 1921 foi registrado na Alemanha na Áustria na Tchecoslováquia e na Polônia resultado em parte do fato de a inflação não ter sido debelada nesses países dando um estímulo artificial para a atividade econômica ALDCROFT 2001 p25 Como se explica a reversão súbita de um período de expansãoinflação para outro de recessãodeflação Usualmente são elencadas três causas para explicar esse processo reversivo a primeira vertente considera que conforme a rápida expansão da produção alcançou a demanda os pretextos para a elevação de preços e contínuo investimento na produção cessaram A segunda interpretação responsabiliza o próprio crescimento exagerado dos preços auxiliado pelos processos especulativos como um inibidor econômico na medida em que os salários não acompanhavam a inflação crescendo a resistência para o consumo O aumento dos custos industriais gerou incertezas nos negócios limitando os novos investimentos A terceira visão enfatiza o papel dos governos nacionais para frear o processo inflacionário políticas fiscais e monetárias restritivas promovidas nos Estados Unidos e na GrãBretanha e de maneira menos severa na Suécia e Japão foram armas para debelar a inflação frear a expansão econômica e reduzir os fluxos de crédito Nos Estados Unidos houve uma significativa redução nos gastos públicos em 1919 o déficit orçamentário foi da ordem de US 13 bilhões em 1920 houve um superávit de US 291 milhões a indicar a substancial redução dos recursos 337 injetados na economia pelo governo Outros governos como os da Grã Bretanha e do Japão seguiram a mesma orientação em suas políticas fiscais ALDCROFT 2001 p26 É possível que todas as causas acima citadas tenham colaborado para promover a depressão de 1921 contudo atividades especulativas decorrentes do ambiente inflacionário ampliaram os efeitos do boom e da crise econômica Investimentos foram realizados na expectativa de grandes lucros em atividades ou saturadas ou obsoletas como a produção de barcos e aço de carvão e de algodão respectivamente Igualmente intensa foi a especulação nas bolsas em especial na GrãBretanha A atividade no mercado de novas emissões alcançou proporções fenomenais Novas emissões no mercado de Londres se multiplicaram mais de seis vezes entre 1918 e 1920 alcançando um total de 384 milhões de libras um nível que não foi superado até a década de 1960 ALDCROFT 2001 p27 Recessão e deflação intensas nos Estados Unidos e na GrãBretanha atingiram outros países de forma variada Alguns também controlaram a inflação depois de 1920 promovendo mesmo alguma deflação foi o caso de Suíça Suécia Noruega Dinamarca e Holanda Outros como a França e a Itália continuaram a registrar algum grau moderado de inflação Finalmente Alemanha Áustria e Hungria passaram por hiperinflações em níveis inéditos na história econômica mundial FEINSTEIN TEMIN TONIOLO 1997 p39 Igualmente variado foi o desempenho das economias na primeira metade dos anos 1920 Os Estados Unidos retomaram desde 1922 o rápido crescimento ao passo que a GrãBretanha em busca do padrãoouro mantevese estagnada O índice de atividade industrial dos países apresentados a seguir registra o nível atingido em 1925 tendo 1913 100 como referência LEWIS 1949 p35 Japão 222 Índia 117 Romênia 92 Itália 157 França 114 Reino Unido 86 EUA 148 Suécia 113 Hungria 77 Holanda 142 Bélgica 100 Rússia 70 Austrália 141 Áustria 95 Polônia 63 Canadá 117 Alemanha 95 Esse diferente desempenho reflete em grande medida a forma pela qual os países se envolveram com a Primeira Guerra os mais afetados pela destruição e os que arcaram com as reparações de guerra tiveram grande dificuldade 338 para ainda na primeira metade dos anos 1920 retomarem o crescimento econômico Para tanto contribuiu também a tendência ao protecionismo intensificada nesses anos No contexto de recuperação econômica do pósguerra diversos países abandonaram parte dos preceitos do liberalismo econômico e começaram a praticar políticas protecionistas ou ampliar as que já praticavam Essa era uma tendência mundial levada também aos países que tiveram condições de dar os primeiros passos rumo à industrialização Por meio da substituição de importações no período de guerra o Japão a Índia a Austrália e alguns países da América Latina como Brasil México e Argentina tentaram defender a emergente indústria Foi o caso das indústrias de ferro aço maquinaria materiais ferroviários e químicos australianos das indústrias de ferro aço têxtil e de papel indianos e farmacêuticos argentinos Esse avanço industrial dos países periféricos era prejudicial para os interesses dos países europeus que dificilmente conseguiriam recuperar de maneira absoluta o mercado perdido O protecionismo também floresceu na GrãBretanha país ícone do liberalismo como no restante da Europa Eram criadas cada vez mais tarifas alfandegárias restrições de importações quotas de produtos e licenças de exportação e importação entre os países fazendo com que o comércio entre os países europeus caísse consideravelmente na primeira metade da década de 1920 em comparação com os anos anteriores à guerra Para suprir a demanda de produtos importados os governos buscaram incentivar a diversificação da produção nacional tanto industrial como agrícola Na GrãBretanha os atos McKenna de 1915 e Safeguarding of Industries e Dyestuffs Importation de 1921 impuseram taxas aduaneiras para uma série de produtos industriais chaves Os Estados Unidos não ficariam muito atrás ao decretar a tarifa FordneyMcCumber em 1922 elevando os níveis das tarifas norte americanas Assim a política protecionista era a garantia de auxiliar o desenvolvimento de certos setores internamente de aliviar o balanço de pagamentos e ainda de criar empregos num cenário de crise econômica KENWOOD LOUGHEED 1992 p175178 Neste cenário de queda das exportações para o restante do mundo de destruição de parte significativa das plantas industriais e desorganização da economia mundial os países da Europa precisavam criar ainda condições de cumprir com os pagamentos de empréstimos incorridos perante os Estados Unidos Logo a reconstrução era tarefa árdua e tornouse ainda mais difícil pela condução dos tratados de paz em especial o Tratado de Versalhes que impôs pesadas penas e dívidas para os países perdedores ALDCROFT 2001 p9 339 1313 Reparações de guerra e hiperinflação o caso da Alemanha Ao fim da guerra colocouse o problema de definir as bases para as relações entre vencedores e derrotados Em 1919 e 1920 foram estabelecidos tratados de paz separadamente com os países derrotados Alemanha Áustria Hungria Bulgária e Turquia O mais importante desses Tratados foi o de Versalhes junho de 1919 que definia as reparações de guerra devidas pela Alemanha aos vencedores GrãBretanha França Estados Unidos e Itália Os objetivos dos vencedores em síntese eram fortalecer os países europeus para que não fossem levados pelo caminho da revolução russa redividir os territórios deixados em aberto pela queda dos grandes Impérios AustroHúngaro Russo Turco e Alemão enfraquecer a Alemanha que quase sozinha havia derrotado as tropas aliadas redefinir as políticas internas dos países vitoriosos e finalmente garantir um acordo de paz que impossibilitasse o surgimento de uma nova guerra Para tanto foi criada a Liga das Nações que deveria agregar as principais potências mundiais a fim de solucionar pacífica e democraticamente as questões diplomáticas entre os países Contudo tanto o Tratado de Versalhes como a Liga das Nações se mostraram incapazes de instituir um equilíbrio de poder definitivo A falta de legitimidade das decisões tomadas pelo Tratado de Versalhes passava a ser o principal problema Tanto os interesses da Alemanha como os da União Soviética importantes países durante a guerra e que viviam momentos de indefinição não tinham a menor relevância A Itália mesmo que unida aos países vencedores não seria atendida de maneira satisfatória E finalmente os Estados Unidos sob a liderança do presidente Thomas Woodrow Wilson 19131921 logo abandonou as negociações quando o Congresso norteamericano se recusou a ratificar o acordo de paz Em suma restavam GrãBretanha e França como forças de decisão para pautar o Tratado de Versalhes e comandar a Liga das Nações A paz punitiva determinada pelo tratado definia que a Alemanha era a culpada pela guerra e por isso o país deveria perder todas suas colônias que seriam divididas entre França e GrãBretanha deveria entregar os territórios da AlsáciaLorena e as minas do Sarre para a França e outros territórios para Dinamarca Polônia e Bélgica perdendo um total de 135 de seu território2 deveria entregar sua frota naval para a GrãBretanha seria privada de manter uma força aérea e podia assegurar um exército reduzido de apenas 100 mil homens e finalmente eramlhe repassadas todas as dívidas de guerra Todas as exigências já representavam um fardo considerável para a 340 Alemanha mas a comissão de indenizações do Tratado de Versalhes dificultaria ainda mais a situação para o país perdedor Por meio de cálculos grosseiros e com a justificativa de que a Alemanha é que havia invadido Bélgica e França a comissão chegou ao valor da indenização imposta à Alemanha de US 40 bilhões3 O pagamento das indenizações pela Alemanha era importante para a França e para a GrãBretanha que haviam assumido vultosas dívidas com os Estados Unidos para a manutenção das tropas e para as primeiras tarefas de reconstrução Essas dívidas ascenderam a cerca de US 87 bilhões dívidas que os representantes norteamericanos não pensavam em perdoar Assim França e GrãBretanha esperavam receber as indenizações de guerra alemãs para iniciar o pagamento dos empréstimos norteamericanos Contudo nos dizeres do presidente Calvin Coolidge ficava clara a disposição dos Estados Unidos de cobrar os Aliados Mas eles tomaram emprestado não tomaram A dificuldade era que a Alemanha não tinha a menor possibilidade de pagar tais valores principalmente pensando que em termos práticos os pagamentos em dinheiro só seriam realizados com recursos obtidos por meio de superávits nas contas internacionais alemãs ou seja pelo aumento das exportações e redução das importações Para tanto a Alemanha deveria expandir incrivelmente a produção interna e suspender as importações travando setores de outros países que dependiam do mercado alemão Os impostos nacionais deveriam ser ampliados num país exausto pela guerra e com um novo governo buscando reerguer um país destruído Portanto as condições para o pagamento das dívidas eram inexistentes e John Maynard Keynes exmembro da delegação britânica por meio da contundente crítica ao modelo apresentado advertia em The Economic Consequences of the Peace os perversos resultados que esta imposição à Alemanha poderia gerar GALBRAITH 1994 p25 Keynes atacou ostensivamente os membros da cúpula de Versalhes considerando que o interesse destes não era trazer a paz para um continente devastado e faminto mas provocar a total destruição da sociedade alemã com as pesadas reparações4 O efeito das críticas ao tratado foi inútil Não só os representantes da França não recuaram das cobranças como também a Alemanha iniciou um tremendo esforço para pagar as indenizações estipuladas O protecionismo econômico disseminado pelos principais países na relação comercial com a Alemanha e as políticas restritivas norteamericanas e britânicas reduziram as exportações alemãs sem um saldo apreciável na balança comercial o país não tinha recursos em moeda estrangeira para realizar as importações necessárias para a reconstrução do país e para o pagamento das indenizações de guerra Para fazer frente a essas necessidades houve crescimento dos gastos 341 governamentais assim como do endividamento gerando uma forte pressão inflacionária pressão que também se fez sentir na Áustria na Polônia e na Hungria Os índices de aumento dos preços justificam plenamente o rótulo de hiperinflações comparando os níveis anteriores à guerra com os prevalecentes ao fim da inflação entre 1924 e 1926 os preços haviam se multiplicado 14000 vezes na Áustria 23000 vezes na Hungria 2500000 vezes na Polônia e um bilhão de vezes na Alemanha LEWIS 1949 p235 Com o crescimento acelerado dos preços as poupanças foram abandonadas em favor do consumo imediato ao mesmo tempo em que as empresas transformavam suas reservas em ativos reais A ampliação do consumo provocou um aumento ainda mais expressivo dos preços e o atraso dos impostos era estimulado pela desvalorização da moeda reduzindo as receitas fiscais do governo alemão Em 1923 o governo já não conseguia acompanhar as demandas dos gastos públicos e nem cumprir com as dívidas Em retaliação ao não pagamento dos valores acertados pelo Tratado de Versalhes a França invadiu o vale do Ruhr uma das principais áreas industriais alemãs O colapso industrial elevou ainda mais os preços e a moeda se desvalorizava causando a famosa hiperinflação alemã São inúmeros os casos ilustrativos sobre essa hiperinflação alemã de pessoas que buscavam o dinheiro nos bancos com carrinhos da urgência do gasto por causa da desvalorização diária ou ainda o caso do congressista norteamericano A P Andrew que trocou seus 7 dólares por 4 bilhões de marcos e pagou 15 bilhão de marcos por uma refeição GALBRAITH 1994 p28 Em fins de 1923 entretanto as medidas comandadas pelo Dr Hjalmar Schacht diretor do Reichsbank conseguiram conter o processo inflacionário O rentenmark foi criado para substituir o desvalorizado marco com garantia do banco Rentenbank e um lastro simbólico das riquezas territoriais alemãs Ao mesmo tempo o governo havia equilibrado seu orçamento e evitou recorrer a novos empréstimos e a emissões o que restaurou a confiança do público na moeda Porém para garantir a estabilidade era essencial equacionar o problema das reparações de guerra a fim de evitar a continuidade do desequilíbrio externo da economia alemã Como as indenizações com os Aliados ainda estavam pendentes a fim de cumprir com os compromissos com a França e a GrãBretanha sem comprometer a estabilidade monetária e as reservas alemãs dois novos planos foram elaborados com o apoio norteamericano o Plano Dawes de 1924 e o Plano Young de 1929 O Plano Dawes estabeleceu novos valores anuais para o pagamento das reparações considerando o quanto a Alemanha poderia pagar e não quanto deveria pagar como culpada pela 342 guerra Além disso garantiu um empréstimo de 40 milhões de libras para auxiliar nesses pagamentos A perspectiva de estabilidade acabou por atrair recursos externos para a Alemanha tendo em vista as oportunidades de investimento na reconstrução do país governo e empresas privadas obtiveram volumosos empréstimos principalmente norteamericanos que permitiram pagar parte das indenizações aos franceses e britânicos nos novos valores estabelecidos pelo Plano Dawes De sua parte franceses e britânicos enviavam esses recursos para os Estados Unidos em pagamento por suas dívidas O alívio dos encargos das reparações de guerra foi essencial para a retomada da estabilidade monetária alemã O Plano Young de 1929 ampliou as facilidades já propiciadas pelo Plano Dawes Essa situação perdurou até 1931 quando diante da Grande Depressão Herbert Hoover ofereceu moratória de um ano para a liquidação das dívidas dos Aliados A Conferência de Lausanne no ano seguinte promoveu uma redução considerável nos valores de indenizações até que em 1933 Adolf Hitler suspendeu o pagamento das dívidas e indenizações atitude seguida pela França e GrãBretanha quanto às suas dívidas com os Estados Unidos Em suma a recuperação europeia tanto dos Aliados como dos países derrotados dependeu de recursos externos num momento em que os Estados Unidos tinham a única economia capaz de irrigar a Europa com empréstimos e investimentos dada a prosperidade que a caracterizou uma vez superada a recessão de 19216 132 OS ESTADOS UNIDOS E A EXPANSÃO ECONÔMICA DOS ANOS 1920 Diversamente dos países europeus cujas economias foram afetadas em grau maior ou menor pela Primeira Guerra Mundial a economia norteamericana acabou por se beneficiar com as mudanças ocorridas nos quatro anos do conflito Os Estados Unidos participaram da ação militar porém seu território não foi campo de batalhas por outro lado forneceram material bélico suprimentos e grande parte do financiamento dos gastos realizados pelos Aliados Ao fim da guerra graças à dimensão de seu setor produtivo puderam apoiar a reconstrução europeia por meio da exportação de bens que a Europa não podia produzir Adicionalmente os Estados Unidos passaram a suprir grande parte das demandas de mercados controlados anteriormente pelas exportações da Europa em especial a América Latina Desse modo os Estados Unidos reforçaram sua posição como maior produtor industrial do mundo Tabela 132 Com o impacto da guerra sobre as finanças britânicas o mercado financeiro norteamericano também se tornou o principal fornecedor 343 de recursos na esfera financeira internacional TABELA 132 Porcentagem da distribuição da produção industrial 1913 19261929 Fonte KENWOOD LOUGHEED 1992 p171 Assim os Estados Unidos adentraram a década de 1920 como a maior economia industrial e financeira no mundo mas ao mesmo tempo adotando uma postura isolacionista de um país praticamente autossuficiente Na verdade as pressões internas da sociedade norte americana eram determinantes na condução das políticas econômicas de qualquer presidente que assumisse o governo A produção industrial por mais que alimentasse parte dos mercados europeus e latinoamericanos ainda dependia fundamentalmente das respostas do mercado interno Desta maneira os Estados Unidos evitaram emergir durante os anos 1920 como um país hegemônico subordinandose assim às lógicas de mercado tradicionais lideradas pelo centro financeiro londrino e respondendo com certo isolamento por causa das demandas internas da sociedade americana Contudo por mais insignificantes que fossem as intromissões políticas dos Estados Unidos no equilíbrio de poder mundial durante este período seu gigantismo industrial comercial e financeiro revelou com o crash da bolsa de Nova Iorque em 1929 o quanto as diferentes partes da economia mundial estavam estreitamente conectadas com a economia norteamericana A evolução da economia norteamericana na década de 1920 respondeu portanto a esses dois determinantes de um lado o isolacionismo de sua política de outro o peso de sua economia no plano mundial Como indicamos anteriormente o pósguerra foi marcado nos anos 1919 1921 por uma fase de expansãoinflação seguida de recessãodeflação Essa sequência foi especialmente aguda nos Estados Unidos vale pois explorar mais detidamente os eventos que caracterizaram esse breve ciclo Nos meses seguintes à derrota alemã os Estados Unidos iniciaram uma política de redução drástica dos gastos militares Ainda no ano de 1919 a Força Expedicionária que contava com 4 milhões de soldados foi reduzida para cerca de 140 mil Ao mesmo tempo novos gastos com fardas 344 alojamento transporte alimentação medicamentos e munições foram cancelados após a rendição alemã Essa redução dos gastos do governo deveria ter um impacto recessivo sobre a economia Entretanto vários contratos assinados pelo governo para encomenda de equipamentos militares como a construção de navios tiveram de ser mantidos assim como os empréstimos para a reconstrução europeia alargando os gastos públicos durante o ano de 1919 que alcançaram US 184 bilhões com um déficit fiscal de US 133 bilhões Somente as despesas do governo federal referentes aos recursos enviados para os Aliados somavam US 43 bilhões com a Grã Bretanha US 3 bilhões com França e US 16 bilhões com a Itália Os capitais investidos para a reconstrução da Europa por outro lado foram imprescindíveis por meio das importações que geraram para os resultados do superávit comercial norteamericano de US 49 bilhões ARTHMAR 2002 p9899 Em suma o impacto recessivo da desmobilização foi mais do que compensado por outros gastos do governo e pelo comportamento da exportação mantendo a economia norteamericana fortemente aquecida O desempenho do setor externo norteamericano também se fez nítido pela acumulação de reservas de ouro o que colaborava para fortalecer o centro financeiro novaiorquino Tabela 133 Assim a Primeira Guerra Mundial e a fase imediata de reconstrução europeia tinham colocado os Estados Unidos como um dos agentes mais importantes da economia mundial Contudo a vitória do partido republicano em 1920 e os efeitos da depressão de 1921 retraíram tal participação num movimento interno para construir políticas favoráveis aos anseios nacionais Afinal a proporção de produtos manufaturados exportados em comparação à produção total norteamericana não passava de 10 em 1914 chegando a pouco menos de 8 em 1929 Os investimentos estrangeiros diretos também não representavam proporções elevadas em comparação com o volume da economia interna O partido republicano defendia uma plataforma política de ações que dava prioridade para o mercado interno relegando a um plano secundário as considerações de ordem internacional A decisão do Congresso norte americano de não ratificar o Tratado de Versalhes refletiu essa postura dos republicanos Sucedendo Wilson foram eleitos três presidentes republicanos Warren Harding que governou até sua morte em 1923 sendo substituído pelo vicepresidente Calvin Coolidge reeleito em 1924 e finalmente Herbert Hoover eleito presidente em 1928 Fazia parte das atitudes do governo norte americano nesse período a defesa de maior isolamento por exemplo por meio da criação da tarifa FordneyMcCumber de 1922 que ampliava o protecionismo ao seu mercado 345 TABELA 133 Reservas de ouro em poder de bancos centrais e governos 1913 1929 do total Fonte EICHENGREEN 2000 p98 Tal medida se mostraria negativa inclusive para os Estados Unidos pois reduzia suas importações e consequentemente as rendas em dólares dos países que compravam as exportações norteamericanas Logo essas nações com suas receitas em dólares paulatinamente estreitadas promoviam outros controles tarifários para resguardar suas reservas Na mesma direção o anúncio de medidas mais rigorosas no acolhimento de imigrantes em 1924 representava a preocupação da sociedade com aumento da concorrência no mercado de trabalho reduzindo a média anual de imigração de um milhão para cem mil Uma política austera de gastos públicos também foi implementada principalmente quando os efeitos inflacionários do boom de 19191920 estavam chegando a limites intoleráveis Entre 1920 e 1921 US 9 bilhões foram diminuídos das despesas federais em bens e serviços dentro do país o auxílio aos países aliados foi reduzido das cifras de bilhões para US 175 milhões enquanto a arrecadação de impostos crescia US 525 milhões ARTHMAR 2002 p100 E para controlar o sistema monetário e a manutenção do padrãoouro nacional o recémcriado Federal Reserve Bank fundado em 1913 elevou a taxa de redesconto de 4 para 7 ainda em 1920 absorvendo a liquidez internacional Desse modo foram ampliadas suas já volumosas reservas de ouro e com o retorno à estabilidade não foi difícil aos Estados Unidos garantir a conversibilidade do dólar 346 A partir do final de 1922 a economia norteamericana superou a recessãodeflação e retomou o crescimento iniciando um boom que se encerraria com a crise de 1929 O Federal Reserve reduziu a taxa de juros e permitiu a expansão do crédito dos bancos comerciais Além disso durante o pouco mais de um ano de deflação os trabalhadores principalmente industriais conseguiram evitar que seus salários fossem reduzidos na mesma proporção dos preços Assim houve aumento dos salários reais o que alimentou a expansão da demanda agregada ARTHMAR 1997 p240242 A expansão da demanda encontrou campo para se concretizar em vários bens alguns frutos de inovações do período ou do passado recente Para Lewis a expansão teve início com a construção residencial A escassez de residências gerada pela redução de construções durante a guerra criou uma demanda reprimida cuja satisfação foi beneficiada pela queda dos custos de construção LEWIS 1949 p38 Porém a produção industrial foi o principal vetor da expansão da década de 1920 nos Estados Unidos Entre 1923 e 1929 a produção manufatureira cresceu 30 e entre 1925 e 1929 o número de estabelecimentos industriais ampliouse de 183900 para 206700 LEWIS 1949 p3839 KENNEDY 1989 p316 A indústria automobilística foi aquela que melhor expressou a dinâmica da década de 1920 Além do crescimento quantitativo Lewis registra o crescimento de 33 entre 1923 e 1929 LEWIS 1949 p38 a produção de automóveis estabelece fortes vínculos com outros ramos petróleo borracha aço estanho construção e transporte rodoviário entre outros Assim o impacto da indústria automobilística se disseminou por amplas áreas da economia Evidentemente isso reforçava a posição de liderança industrial dos Estados Unidos por exemplo em 1929 o país produziu 45 milhões de veículos motores enquanto França 211 mil Inglaterra 182 mil e Alemanha 117 mil KENNEDY 1989 p316 E o principal responsável por esse aumento da produção de automóveis foi Henry Ford que dedicado à construção de modelos mais simples o Modelo T no sistema de linha de montagem conseguiu reduzir os custos de US 1000 por veículo em 1913 para apenas US 300 em 1924 LANDES 2005 p465 Outra inovação que ganhou inúmeras aplicações na década de 1920 foi a eletricidade na esfera industrial e em especial na doméstica rádios geladeiras aspiradores cinema são exemplos do impacto da eletricidade sobre a vida quotidiana das populações Estas novas oportunidades abertas na década de 1920 mantiveram o investimento em nível elevado o que também contribuiu para acelerar a expansão da economia norteamericana O Produto Nacional Bruto cresceu 23 entre 1923 e 1929 enquanto o aumento da população foi de 9 a indicar a substancial elevação da renda per capita no período Mas essa 347 rápida expansão teve outras implicações Os Estados Unidos precisaram ampliar suas importações de produtos como borracha estanho petróleo entre outras matériasprimas Em compensação as exportações de carros máquinas agrícolas equipamentos de escritório também cresceram Para tanto era necessário que os Estados Unidos passassem a se responsabilizar de maneira mais ativa pela economia mundial Sua produção industrial só poderia alcançar outros mercados com apoio dos próprios investimentos norteamericanos no exterior e com maior importação de produtos europeus Assim de um lado em 1924 o Federal Reserve reduziu sua taxa de redesconto como apoio para que outros países voltassem ao padrãoouro em especial a GrãBretanha Assim os recursos financeiros voltariam a buscar a City de Londres em que vigoravam taxas de juros mais elevadas O aumento das reservas britânicas permitiria o retorno da libra ao padrãoouro Além disso o governo federal voltou a criar vias de financiamento para economias europeias como os empréstimos realizados pelo Plano Dawes à Alemanha Ou seja a própria dinâmica da economia norteamericana induziu medidas de política econômica que escapavam do estrito isolacionismo defendido por muitos nos Estados Unidos O mesmo se pode dizer das ações do Federal Reserve ora auxiliando a expansão da economia mundial ora voltandose primordialmente para os interesses da economia norteamericana Reduzir a taxa de redesconto do Reserve Bank ou realizar operações expansionistas de mercado aberto teria fomentado saídas de capital e a redistribuição desse ouro no resto do mundo Em 1927 foram registrados pequenos esforços nessa direção especialmente quando o Federal Reserve de Nova York baixou sua taxa de redesconto e realizou compras no mercado aberto para ajudar a Grã Bretanha a sair de uma crise de pagamentos Posteriormente a política norteamericana deu uma guinada contraditória As autoridades do Federal Reserve ficaram cada vez mais preocupadas ao longo de 1927 com o crescimento explosivo de Wall Street algo que consideravam estar desviando recursos de usos mais produtivos Para desestimular a especulação nas bolsas o Federal Reserve Bank de Nova York elevou sua taxa de redesconto de 35 para 5 no primeiro semestre de 1928 Suas ações foram sentidas tanto nos Estados Unidos como no exterior O aperto monetário deteve a expansão da economia norteamericana As elevadas taxas de juros fizeram com que o capital norteamericano deixasse de fluir para o exterior Ao não liberar ouro o Fed fez crescer as tensões sobre outros países que foram obrigados a reagir elevando suas próprias taxas de redesconto EICHENGREEN 2000 p102103 A política monetária dirigida pelo Federal Reserve devia dar conta tanto das exigências externas como das internas O compromisso com a restauração do padrãoouro em especial na GrãBretanha induziu redução dos juros norteamericanos em 1924 e em 1927 a fim de desviar recursos para a City de Londres e aumentar as reservas do Banco da Inglaterra Mas essa política podia produzir a expansão do crédito nos Estados Unidos comprometendo objetivos do próprio Federal Reserve Crédito relativamente fácil ajudou a 348 manter o nível de investimento elevado porém também sustentou ações tipicamente especulativas Dois grandes movimentos especulativos marcaram a década de 1920 nos Estados Unidos O primeiro no início da década foi um boom imobiliário na Flórida Estimulados pelo clima mais ameno da região compradores adquiriam lotes com uma pequena entrada muitas vezes paga com recursos de empréstimos bancários Com uma procura crescente terrenos podiam ser revendidos com lucros elevados o que estimulava empresários do ramo imobiliário a lotear novas áreas cada vez mais distantes do litoral A euforia terminou em 1926 quando não apareceram novos compradores e os preços começaram a cair GALBRAITH 1994 p4344 Mais importante foi a especulação com ações na bolsa de Nova Iorque Começou em 1924 sofreu breve recuo em 1926 talvez como reflexo do colapso imobiliário na Flórida acentuouse em 1927 o que levou o Federal Reserve a adotar medidas de restrição ao crédito em 1928 Embora o objetivo fosse desviar recursos da especulação com ações para a atividade produtiva o resultado foi recessivo e não conseguiu impedir a continuidade do desvio de recursos para os negócios em Wall Street Como sabemos o resultado foi a crise da bolsa em 1929 que será analisada no próximo capítulo Se a década de 1920 nos Estados Unidos foi a partir de 1923 de euforia um setor não se beneficiou desse boom Tratase da agricultura um indicador dos problemas que a atingiram no período é o declínio dos preços agrícolas mundiais tomando como base o período de 19231925 índice desses preços 100 houve declínio gradual até o índice 70 entre julho e outubro de 1929 KINDLEBERGER 1986 p73 Vários fatores conduziram a esse resultado o progressivo restabelecimento da produção agrícola de países europeus no pósguerra a adoção de novas técnicas de produção como a utilização de fertilizantes artificiais e a reintegração de linhas de comércio rompidas durante a guerra que aumentaram a concorrência entre os produtores agrícolas gerando resultados perversos para os agricultores norteamericanos Esse cenário de baixos preços produziu uma situação adversa para os agricultores norteamericanos numa época em que o conjunto da economia vivia momentos de euforia De certo modo essa euforia garantiu aos Estados Unidos a condição de líder da economia mundial nos anos 1920 Sendo o maior comerciante e credor os Estados Unidos haviam superado a Europa como importador de matériasprimas de regiões como a América Latina e como exportador de produtos industrializados além de realizar os empréstimos para a reconstrução da economia europeia Nova Iorque se destacava pelo volume de empréstimos e negócios e o governo federal auxiliava a estabilidade pelas grandes reservas de ouro Contudo diferentemente da GrãBretanha os Estados Unidos ainda 349 dependiam essencialmente de seu mercado interno e por isso suas ações como centro hegemônico de um novo sistema econômico permaneceram contraditórias durante a década de 1920 Era o principal exportador mundial mas mantinha barreiras tarifárias para importação de produtos manufaturados reduzindo a possibilidade de os países devedores pagarem suas contas Realizava empréstimos para a reconstrução europeia mas ao menor sinal de instabilidade e perda das reservas de ouro aumentava as taxas de juros atraindo os capitais para Nova Iorque e endividando ainda mais os países financiados Essa instabilidade no mercado internacional sugere a fragilidade do esquema que sustentava a economia mundial e que ruiu a partir do aprofundamento da crise de 1929 133 RECUPERAÇÃO ECONÔMICA EUROPEIA E RESTABELECIMENTO DO PADRÃOOURO Ao fim da Primeira Guerra além da reconstrução das economias afetadas pelo conflito o restabelecimento do padrãoouro se colocava entre as tarefas prioritárias Nas palavras de Polanyi citadas anteriormente o padrãoouro era o dogma primeiro e único comum aos homens de todas as nações de todas as classes de todas as religiões e filosofias sociais No entanto ele fora abandonado durante a guerra pois os países europeus não puderam manter a conversibilidade de suas moedas7 Com a instabilidade dos anos 19191921 não se criaram as condições para o restabelecimento do padrãoouro como se desejava Mas os efeitos da depressão de 1921 na Europa não perduraram muito e já em 1922 sinais de recuperação apareciam em algumas economias As taxas de desemprego continuariam altas na Europa por toda a década de 19208 mas a estabilização da economia possibilitou que alguns países se propusessem a meta de retorno ao padrãoouro A GrãBretanha o fez em 1925 o que estimulou a reintegração de outras nações ao sistema monetário internacional fundado no padrãoouro Mas diferentemente do período anterior à Primeira Guerra Mundial foram os Estados Unidos que forneceram os alicerces para o padrão ouro da década de 1920 auxiliando a estabilização da economia inglesa e dando suporte financeiro para países como a Alemanha No entanto o padrãoouro da década de 1920 era substancialmente distinto daquele vigente antes da Primeira Guerra Um primeiro problema dizia respeito à escassez de ouro no mundo No início da década de 1920 as reservas norteamericanas britânicas e francesas somadas representavam aproximadamente 60 de todas as reservas mundiais Países como Alemanha Itália Índia Rússia e Brasil tinham perdido importantes reservas de ouro Com o objetivo de solucionar o problema de liquidez foram organizadas duas conferências internacionais que contudo não 350 contaram com a presença dos Estados Unidos de Bruxelas em 1920 e de Gênova em 1922 Determinavase a partir de então que o lastro das moedas que retornavam ao padrãoouro não seria mais necessariamente constituído por reservas metálicas mas por outras formas de reserva de valor como uma moeda efetivamente lastreada em ouro Desse modo enfrentavase a escassez do metal no mercado mundial sem abandonar de todo a noção do padrão ouro Desta maneira flexibilizouse o padrãoouro admitindo que moedas estrangeiras que fossem conversíveis em ouro pudessem ser adotadas como reservas para outras moedas num regime por vezes chamado de padrão câmbioouro Essa recomendação feita pela conferência aos bancos centrais correspondia aos interesses britânicos de recuperar a posição estratégica no comércio mundial Como observavam os britânicos John M Keynes e Ralph Hawtrey que desempenharam papéis importantes nas resoluções de Gênova a tendência era que a libra fosse a moeda escolhida como reserva de valor principalmente pela importância do setor financeiro britânico Tinhase como certo que Londres com sua estrutura financeira altamente desenvolvida se tornaria um importante repositório de reservas cambiais como havia sido no século XIX A revitalização de seu papel traria para a City como já era denominado o bairro que abriga seu centro financeiro as atividades bancárias de que ela muito necessitava Esses negócios ajudariam a restabelecer o mecanismo de ajuste no balanço de pagamentos que havia funcionado tão admiravelmente antes da guerra EICHENGREEN 2000 p9697 Entretanto sem a participação dos Estados Unidos as resoluções não saíram de imediato e o sistema monetário internacional guiado pelo padrão ouro teve que evoluir gradativamente Em meados da década de 1920 especialmente no ano de 1924 o isolacionismo como base da política externa norteamericana começou a ser relaxado e o país de uma posição de defesa da economia nacional passou a influir mais decisivamente nas resoluções econômicas europeias e mundiais No esforço de criar um cenário de maior estabilidade monetária a preparar o retorno ao padrãoouro tanto os Estados Unidos como a GrãBretanha destinaram grandes somas para empréstimos a fim de permitir a reorganização financeira de países como Áustria em 1922 Hungria em 1924 e ainda Polônia Tchecoslováquia Bulgária Romênia e Itália em 1925 KENWOOD LOUGHEED 1992 p180 Outro importante ajustamento foi realizado na Alemanha recémsaída da hiperinflação por meio do Plano Dawes de 1924 sustentado por novos empréstimos norteamericanos No geral para todos esses países era importante restabelecer a conversibilidade em ouro para evitar o retorno da inflação de maneira que as novas moedas emitidas no país deveriam ser compatíveis com as reservas internas de ouro e de moedas 351 estrangeiras como a libra e o dólar reabastecidas pelos empréstimos externos Porém mesmo com o apoio norteamericano o retorno ao padrãoouro não era uma tarefa simples diante das mudanças ocorridas na economia mundial durante e após a Primeira Guerra O caso da GrãBretanha é exemplar dessas dificuldades Desde 1918 a GrãBretanha já demonstrava o desejo de retornar ao padrãoouro de forma a reconstituir o antigo sistema monetário mundial do qual o país era o centro financeiro Essa noção foi elaborada no relatório do Comitê Cunliffe de dezembro de 1919 que considerava a continuidade do padrãoouro imperativa e propunha restaurar a paridade vigente antes da guerra Mas para obter sucesso os ingleses precisavam realizar importantes reajustes em particular promover substancial redução dos preços Por que essa deflação era necessária para o retorno da libra ao padrãoouro na paridade vigente antes da guerra Durante a Primeira Guerra a inflação britânica foi muito elevada e com a suspensão da conversibilidade da libra em ouro houve forte desvalorização da moeda por exemplo em relação ao dólar Ao restaurar o padrãoouro na paridade anterior à guerra sem promover forte deflação os preços dos produtos britânicos ficariam muito caros no mercado internacional prejudicando as exportações isso porque os preços nos outros países em particular nos Estados Unidos haviam crescido menos do que na GrãBretanha Para continuar competitiva no mercado internacional a GrãBretanha deveria manter desvalorizada a libra diante do dólar ou promover a redução de seus preços Como a opção foi de buscar o retorno ao padrãoouro na antiga paridade a deflação se tornou imperiosa Mas a deflação enfrentava forte resistência interna pois os políticos britânicos tiveram de se defrontar com os interesses do movimento trabalhista Medidas restritivas como deflação e valorização cambial eram necessárias para levar o país de volta ao padrãoouro mas provocariam uma redução ainda maior das exportações e a ampliação do desemprego Karl Polanyi descreveu esse trade off que britânicos e tantos outros governos europeus deveriam enfrentar A proteção social e a interferência na moeda não eram simplesmente temas análogos mas frequentemente idênticos Desde o estabelecimento do padrãoouro a moeda passou a ser ameaçada tanto pela elevação do nível salarial quanto pela inflação direta ambas podiam diminuir as exportações e até depreciar os câmbios Esta simples conexão entre as duas formas básicas de intervenção tornouse o fulcro da política na década de 1920 Partidos preocupados com a segurança da moeda protestavam tanto contra os déficits orçamentários ameaçadores como contra as políticas do dinheiro barato opondose assim tanto à inflação do tesouro quanto à inflação do crédito ou em termos mais práticos denunciando os encargos sociais e os altos salários os sindicatos profissionais e os partidos trabalhistas POLANYI 2000 p265226 No entanto a deflação passível de ser produzida por políticas recessivas não era suficiente para garantir o retorno ao padrãoouro isso porque a 352 transição dependia das ações tomadas pelos Estados Unidos Nos primeiros anos da década de 1920 a política econômica norteamericana mantinhase recessiva com cortes de gastos elevação das taxas de juros e valorização da moeda atraindo capitais para o mercado norteamericano e impossibilitando que a libra pudesse ser valorizada Assim a transição foi conduzida pela Grã Bretanha de maneira gradual com o objetivo de evitar maiores deflações do que aquela ocorrida em 1921 Entre as ações do governo ainda em 1921 o Banco da Inglaterra havia elevado sua taxa de redesconto para sanar a desvalorização da libra frente ao dólar Como previsto as medidas recessivas ampliaram em menos de um ano as taxas de desemprego de 2 para 113 Somente em 1924 o cenário começou a se mostrar mais favorável para o governo conservador britânico o que era imperioso pois o ano de 1925 fora estabelecido como o limite para retornar ao padrãoouro por lei aprovada sete anos antes no Parlamento britânico Por determinação de Benjamin Strong presidente do Federal Reserve norteamericano foram baixadas as taxas de redesconto nos Estados Unidos O capital em busca de rendimentos mais elevados fluiu para Londres valorizando a libra que voltou à paridade com o ouro pelo preço anterior à guerra de 3 libras 17 xelins e 9 pence por onça de ouro com teor de pureza 0999 Assim o padrãoouro na GrãBretanha foi restaurado no ano de 1925 mas à custa de uma sobrevalorização da libra o que forçou novas elevações nas taxas de juros britânicas agravando a recessão pela dificuldade de realizar exportações e ampliando de forma mais drástica o desemprego EICHENGREEN 2000 p9092 Como resultado o governo britânico precisou lidar com manifestações e greves operárias como a maior greve da história da GrãBretanha em 19269 A credibilidade britânica no mercado internacional ainda era grande e logo que o país retornou ao padrãoouro acabou por trazer outros países para dentro do sistema entre eles Austrália Nova Zelândia e Hungria Entre 1925 e 1928 a reconstrução do padrãoouro foi praticamente concluída No início de 1926 já eram 39 os países que compunham o novo padrãoouro incluindo a GrãBretanha os Estados Unidos Holanda Suécia Dinamarca Suíça Alemanha Hungria Finlândia Tchecoslováquia Iugoslávia Bulgária Rússia os domínios ingleses Índia Austrália África do Sul e Canadá mais doze nações latinoamericanas Nos dois anos seguintes outros importantes países se adequaram ao padrãoouro como França Itália e Argentina KENWOOD LOUGHEED 1992 p182 A França viveria uma situação peculiar frente ao ajustamento ao padrão ouro durante os anos 1920 Uma das principais economias mundiais no período a França havia sido um dos países que mais havia sofrido com a guerra A reconstrução de toda a infraestrutura do país foi elaborada por meio 353 de financiamento inflacionário em grande medida emissão de moeda crescente elevação de preços e desvalorização da moeda pois as antigas rendas da economia francesa haviam sido aniquiladas Antes da guerra a França como a GrãBretanha havia acumulado enormes investimentos no exterior que tiveram de ser liquidados como forma de pagamento para os Estados Unidos além dos próprios investimentos perdidos principalmente os empréstimos para a Rússia que foram negados pelo governo após a revolução de 1917 Os rendimentos em juros do capital no exterior foram reduzidos de 8040 bilhões de francos antes da guerra para 2800 bilhões de francos em 1920 LANDES 2005 p387 Os grandes déficits orçamentários para o financiamento da reconstrução persistiram por mais de meia década enquanto era estabelecido o debate entre os grupos de esquerda que exigiam a organização de programas sociais e de emprego e a direita que exigia a recuperação da moeda e a redução dos gastos sociais Os franceses não aceitavam o aumento de impostos já que consideravam a Alemanha culpada pela guerra e como país responsável pelas perdas francesas deveria se comprometer com a reconstrução do país A valorização do franco estava associada à possibilidade de o governo francês honrar os pagamentos de sua dívida Assim a moeda teve momentos de valorização em 1921 diante da expectativa francesa de receber as indenizações alemãs e em 1923 com a invasão francesa ao vale do Ruhr pelo governo de Raymond Poincaré Ambos os eventos se mostraram efêmeros pois se no primeiro momento as indenizações não vieram no volume esperado no segundo momento a invasão ao Ruhr se mostrou eficaz somente nos primeiros meses Logo a tendência à desvalorização da moeda voltou a rondar Contudo em fins de 1923 com avanços nas negociações entre França e Alemanha mediadas pelo Plano Dawes o governo francês conseguiu restaurar o equilíbrio orçamentário com aumento dos impostos e maiores pagamentos das indenizações alemãs As dívidas francesas foram reduzidas de maneira considerável entre 1923 e 1925 caindo de US 38 bilhões para US 08 bilhão permitindo a valorização da moeda Tal fato deu nova credibilidade para o governo centroesquerdista de Édouard Herriot substituto de Poincaré que pode assumir novos empréstimos por meio do banco norte americano J P Morgan e do inglês Lazard Frères Mas uma nova reversão no valor do franco foi sentida no ano de 1925 com a queda de 19 francos por dólar no início do ano para 28 francos por dólar no final de 1925 e finalmente para 41 francos por dólar em julho de 1926 EICHENGREEN 2000 p87 Enquanto grande parte da Europa voltava ao padrãoouro a França demonstrava amplas dificuldades de estabilizar sua moeda e recuperar a valorização desta 354 A alta burguesia francesa contrária às ideias da esquerda francesa de taxação do capital derrubou Herriot e durante quatorze meses de indefinição ampliou a retirada de ativos da França A cotação do franco consequentemente voltou a registrar intensas quedas A solução da crise econômica francesa só tomou forma em julho de 1926 quando Poincaré voltou ao governo promovendo pequenos aumentos de impostos fazendo cortes nos gastos públicos e principalmente enterrando de vez a possibilidade de taxação de impostos sobre o capital Como resultado Poincaré sedimentou as condições para a volta do capital que se refugiara no exterior condicionando a nova valorização do franco Nos anos seguintes com a estabilização da moeda francesa e o retorno ao padrãoouro em 1928 as reservas de ouro do Banco da França foram multiplicadas dobrando de 1926 a 1929 triplicando em 1930 e quadruplicando em 1931 Se em 1925 a França detinha 79 do ouro em poder dos governos e bancos centrais em 1931 essa parcela havia subido para 239 apenas os Estados Unidos com 359 tinham reservas em ouro superiores às da França EICHENGREEN 2000 p98 O crescimento das reservas era resultado de uma subvalorização do franco que proporcionava vantagens competitivas no mercado internacional gerando um importante excedente em contas correntes mas ajudando a desequilibrar o sistema financeiro internacional A comparação do retorno ao padrãoouro da GrãBretanha e da França é útil para mostrar o impacto da taxa de câmbio sobre o desempenho da economia Como vimos a GrãBretanha ao restabelecer o padrãoouro em 1925 voltou à paridade da libra com o ouro anterior à Primeira Guerra Como os preços britânicos haviam subido mais do que os norteamericanos a libra se tornou sobrevalorizada em relação ao dólar Keynes estimava essa sobrevalorização em cerca de 10 Já a França na volta ao padrãoouro não restaurou a paridade anterior à Primeira Guerra pelo contrário a nova paridade do franco com o ouro implicava substancial desvalorização da moeda francesa o que é facilmente perceptível antes da guerra uma libra equivalia a cerca de 5 francos e em 1928 com a nova paridade francoouro uma libra passou a valer cerca de 25 francos Essas novas paridades da libra e do franco com o ouro explicam em grande parte o desempenho diferencial das economias britânica e francesa na década de 1920 Esse fato pode ser evidenciado primeiro pelo desempenho das exportações dos dois países Comparando o volume de exportações em 1913 índice 100 com o volume em 1929 a França atingiu um volume de 147 ao passo que o Reino Unido GrãBretanha Irlanda do Norte registrou o volume de 81 Ou seja enquanto as exportações francesas cresceram após a 355 guerra as britânicas decresceram O efeito da nova paridade da moeda embora não seja único não pode ser ignorado Uma moeda subvalorizada como o franco o que já ocorria mesmo antes da volta ao padrãoouro favorece as exportações ao passo que a sobrevalorização da libra as desestimulava É certo que para a GrãBretanha havia problemas estruturais pois suas principais indústrias carvão ferro e aço construção de navios e tecidos não conseguiam competir no mercado mundial por conta de mudanças tecnológicas de produtos substitutos e de mercados perdidos durante a guerra para novos produtores Porém a volta da libra ao padrão ouro além da sobrevalorização exigia também a manutenção de elevadas taxas de juros para atrair recursos externos que ampliassem as reservas internacionais necessárias para sustentar o padrãoouro É claro altas taxas de juro inibem o investimento e contribuem para o ambiente recessivo da economia britânica na década de 1920 Isso se reflete também nos índices de produção industrial da GrãBretanha e da França no período Tomando como base a produção de 1913 índice 100 a produção industrial britânica em 1920 havia retornado a esse nível 100 e em 1929 aumentou para o nível 128 Já na França a produção industrial em 1920 era substancialmente inferior à de 1913 índice 62 mas em 1929 se situava no nível 142 Ou seja enquanto a produção industrial britânica cresceu 28 na década de 1920 a francesa teve um aumento de 129 FEINSTEIN TEMIN TONIOLO 1997 p60 A experiência desses dois países se repetiu em outros da Europa de modo geral os países que ao retornarem ao padrãoouro restabeleceram a paridade anterior à Primeira Guerra tiveram desempenhos fracos na década de 1920 ou passaram por crises severas em função das medidas necessárias para restaurar o padrãoouro É o caso da Dinamarca e da Noruega menos traumático foi o processo para Holanda Suécia e Suíça Já os países que desvalorizam sua moeda no retorno ao padrãoouro ostentaram melhor desempenho na década de 1920 é o caso principalmente de França Itália Alemanha e Bélgica Evidentemente em cada país há peculiaridades que podem nuançar a regra geral aqui sugerida No entanto o efeito de uma moeda sobrevalorizada ou subvalorizada parece ser em todos os casos bastante forte FEINSTEIN TEMIN TONIOLO 1997 p6271 Neste novo cenário o padrãoouro perdia uma de suas condições fundamentais isto é a convergência entre as políticas econômicas de diferentes países Em suma o restabelecimento do padrãoouro na Europa evidenciou a dificuldade de restaurálo numa economia mundial que sofrera profundas mudanças durante e após e Primeira Guerra Mundial O período de 19251929 foi caracterizado portanto pelo momento de reconstrução do padrãoouro numa fase de grande expansão e 356 desenvolvimento da economia mundial com a incorporação das transformações da Segunda Revolução Industrial Contudo a fragilidade da dependência mundial às exportações de capital norteamericanas foi exposta em 1928 quando os Estados Unidos na tentativa de assegurar o boom em Wall Street elevou a taxa de juros Para compensar a queda da entrada de capitais dos Estados Unidos vários países retornaram às políticas protecionistas com o objetivo de ampliar as rendas das balanças comerciais O impacto da crise de 1929 e da Grande Depressão evidenciou que as bases da economia mundial da década de 1920 eram frágeis e foram insuficientes para fazer frente aos problemas colocados pelos eventos do fim da década Isso é o que sugere W Arthur Lewis numa breve síntese sobre a década de 1920 escrita em 1949 em que situa sua análise do período diante da visão que predominava naquela década É mais fácil avaliar agora a segunda metade dos anos 1920 do que era naquele tempo A visão corrente à época era dominada pela crescente prosperidade amplamente associada com a expansão e com os empréstimos americanos A guerra e suas heranças estavam sendo esquecidas Mas agora nós podemos ver que se 19191925 foi um período obviamente dominado pelos efeitos da guerra 19251929 não foi muito mais do que um período de reajustamento aos efeitos da guerra embora esses efeitos não fossem mais visíveis na superfície Problemas deixados pela guerra permaneceram não resolvidos especialmente a criação de um sistema monetário internacional estável o ajuste da dimensão da economia agrícola e a reorientação da GrãBretanha da Alemanha e da França no mundo do pósguerra Tão logo a América deixou de se expandir e de emprestar os desajustes subjacentes vieram à tona e cobraram seu preço LEWIS 1949 p50 A conclusão de Lewis nos leva portanto à discussão da crise de 1929 e da Grande Depressão dos anos 1930 em conexão com os eventos da década de 1920 REFERÊNCIAS ALDCROFT D 2001 The European Economy 19142000 4a ed London Routledge ARTHMAR R 1997 Deflação A Experiência do Bloco Aliado nos Anos 20 Tese de Doutorado São Paulo FEAUSP ARTHMAR R 2002 Os Estados Unidos e a Economia Mundial no PósPrimeira Guerra Estudos Históricos n29 EICHENGREEN B 2000 A Globalização do Capital Uma História do Sistema Monetária Internacional São Paulo Editora 34 FEINSTEIN C H TEMIN P TONIOLO G 1997 The European Economy Between the Wars Oxford Oxford University Press GALBRAITH J K 1994 Uma Viagem pelo Tempo Econômico Um Relato em Primeira Mão São Paulo Pioneira HOBSBAWM E 1995 A Era dos Extremos O Breve Século XX 19141991 São Paulo Cia das Letras KENNEDY P 1989 Ascensão e Queda das Grandes Potências Rio de Janeiro Campus KENWOOD A G LOUGHEED A L 1992 The Growth of the International Economy 1820 357 1990 London Routledge KEYNES JM 1984 Keynes Organizado por T Szmrecsányi São Paulo Ática KINDLEBERGER C P 1986 The World in Depression 19291939 Berkeley University of California Press LANDES D 2005 Prometeu Desacorrentado Rio de Janeiro Editora Campus LEWIS W A 1949 Economic Survey 19191939 London George Allen Unwin Ltd POLANYI K 2000 A Grande Transformação As Origens de Nossa Época Rio de Janeiro Elsevier 358 1 Embora não subestime a tragédia humana inerente às perdas durante a Primeira Guerra Aldcroft lembra que poucos países sofreram escassez de mão de obra na década de 1920 que pelo contrário foi marcada por elevado desemprego ALDCROFT 2001 p8 2 O Tratado de Versalhes arbitrava as questões entre os Aliados e a Alemanha Outros tratados subsequentes definiram as cláusulas entre Aliados e Áustria St Germain Bulgária Neuilly e Hungria Trianon transformando consideravelmente as fronteiras europeias Foram criados novos países como Finlândia Lituânia Letônia e Estônia independentes dos russos TchecoEslováquia da destruição do Império dos Habsburgos e Iugoslávia incluindo antigos territótórios independentes Sérvia e Montenegro e dos impérios dos Habsbrugos e turco a Polônia foi reconstituída 3 O total de US 40 bilhões era em preços da época que corresponderiam a US 400 bilhões de 1992 GALBRAITH 1994 p24 4 No livro The Economic Consequences of Peace especialmente no Capítulo A Europa depois do Tratado Keynes critica os dirigentes de França Reino Unido Estados Unidos e Itália por não se preocuparem na definição do Tratado de Versalhes com a recuperação das economias dos países derrotados O Conselho dos Quatro não deu atenção a essas questões por estar preocupado com outras Clemenceau em esmagar a vida econômica do inimigo Lloyd George em fazer um acordo e levar para casa alguma coisa para exibir durante uma semana o Presidente Wilson dos Estados Unidos em não fazer coisa alguma que deixasse de ser justa e certa É um fato extraordinário que o problema econômico fundamental de uma Europa faminta e desintegrada diante de seus olhos constituísse uma questão incapaz de despertar o interesse dos Quatro No campo econômico as indenizações de guerra eram sua principal preocupação eram tratadas como um problema de teologia de política de chicana eleitoral ou seja sob todos os aspectos exceto no que se refere ao futuro econômico dos Estados cujo destino estavam decidindo KEYNES 1984 p54 5 À época a hiperinflação alemã gerou uma polêmica Para uma parte dos analistas o causa primária da hiperinflação foi o déficit no balanço de pagamentos decorrente dos encargos das reparações de guerra que deviam ser pagas em moeda estrangeira Esse déficit levou a substancial desvalorização do marco alemão e em consequência à elevação dos preços dos importados necessários à reconstrução e ao dia a dia da população alemã Com a acelerada elevação dos preços as autoridades foram obrigadas a emitir papelmoeda alimentando a inflação Para outro grupo de analistas a inflação teve como causa primária a excessiva emissão de papelmoeda cuja origem seria um déficit orçamentário elevado decorrente dos gastos com os encargos de empréstimos realizados durante a guerra e também com os programas econômicos e sociais do pós guerra FEINSTEIN TEMIN TONIOLO 1997 p40 6 A tarefa da reconstrução após a Primeira Guerra foi muito mais difícil nos países da Europa Central e Oriental Áustria Tchecoslováquia Bulgária Hungria Polônia Romênia Iugoslávia e Rússia Aldcroft lembra que aos problemas comuns aos países que passaram pela guerra devastação física escassez de recursos elevado desemprego desequilíbrios orçamentário e do balanço de pagamentos inflação caos financeiro foram somados os decorrentes da formação de novos países como a redefinição territorial constituição de novas estruturas políticas e administrativas em geral bastante frágeis a reorganização econômica em um novo espaço territorial Em consequência as condições de vida nesses países no pósguerra foi bem mais precária do que a dos países da Europa Ocidental até porque não contaram com o apoio norte americano ALDCROFT 2001 p3336 7 O abandono do padrãoouro decorreu de um lado da redução das reservas de ouro de países europeus principalmente GrãBretanha e França pela necessidade de utilizálas para cobrir o déficit na balança comercial de outro pelo aumento da emissão de moeda como parte dos recursos necessários para o financiamento da guerra De forma muito esquemática podemos dizer que havia mais moeda em circulação e menos ouro nas reservas o que tornou inviável manter a conversibilidade nas paridades vigentes antes da guerra Evidentemente isso se refletiu na desvalorização dessas moedas diante do dólar pois os Estados Unidos como vimos ampliou o volume de ouro em suas reservas durante a guerra 686 8 Entre 1924 e 1929 período de amplo crescimento econômico as taxas de desemprego europeias ficaram em torno de 10 e 12 em países como GrãBretanha Alemanha e Suécia e 17 e 18 na Dinamarca e Noruega Em comparação os Estados Unidos mantiveram taxas em torno de 4 HOBSBAWM 1995 p95 9 Em 1925 Keynes publicou um artigo reproduzido em sua obra Essays in Persuasion de 1931 chamado The Economic Consequences of Mr Churchill no qual atribui ao retorno ao padrão ouro na paridade anterior à Primeira Guerra o profundo desemprego que já se manifestava à época na GrãBretanha Considerando um erro a restauração da paridade da libra em relação ao ouro Keynes afirmava em sua crítica a Churchill então Ministro da Fazenda britânico que ele não possuía nenhum discernimento instintivo para impedilo de cometer tais erros e que sem esse discernimento havia sido suplantado pelas vozes clamorosas das finanças convencionais Os altos funcionários do Tesouro e a comunidade financeira da City londrina teriam induzido Churchill a tomar aquela medida na esperança e no interesse de recuperar para as finanças britânicas a posição dominante que haviam ostentado até a Primeira Guerra GALBRAITH 1994 p41 687 Os Anos de Chumbo Notas sobre a Economia e a Política Internacional no EntreGuerras UHGHULFR0DXFFK The battery pack is designed to power your device without an external electrical connection The typical life of a battery pack is approximately one to two years dependent on usage characteristics If the battery pack is old and no longer holds a charge it should be disposed of in accordance with local regulations Always use or replace batteries with ones of the same type and rating as recommended by the manufacturer Improper handling of batteries may cause fire or chemical burn hazard Do not disassemble crush puncture or short external contacts Do not dispose of in fire or water Do not expose to temperatures above 60C 140F Replace battery pack only with manufacturers recommended battery pack Keep battery pack away from children Batteries contain chemicals that may cause skin irritation or burns If battery fluid comes into contact with skin or eyes flush immediately with water and seek medical advice Dispose of used battery packs promptly according to local regulations to avoid pollution PRODUCTS When i 0 omul de subsol este cel de pe pozitia 0 a listei de oameni Cati oameni raman dupa aceasta extragere R 1 19 Cand i 1 omul de subsol este cel de pe pozitia 1 a listei de oameni indexul listei incepe cu 0 ca in programare Cati oameni raman dupa extragerea din pasul 1 R 9 1 8 Cand i8 omul de subsol este cel de pe pozitia 8 a listei de oameni Cati oameni raman dupa extragerea din pasul 8 R 2 11 Observam ca dupa extragerea din pasul 8 mai ramane o singura persoana in lista Aceasta trebuie sa fie Solomon Bucher Concluzie Solomon Bucher este ultimul om ramas in subsol Din punct de vedere matematic la fiecare pas numarul de oameni se reduce cu 1 iar pozitia urmatorului om de subsol creste cu 1 Aceasta metoda poate fi generalizata pentru orice numar de oameni si conditii specifice Hello Chris We are pleased to inform you that you have been selected for the position of Communications Manager at The Walker Foundation Congratulations Look for Communications Manager The Walker Foundation Y employees The Telegraph UK Introducing the new Communications Manager in our team Welcome 1919 4 34 C Biting Power of Teeth Fig 17 The approximate biting power at different points in the jaw The curve above shows the approximate relative biting power in the different parts of the jaw as shown by the letters to the left or right of the tooth drawn to indicate the position where the power was measured The horizontal position of the letters shows the approximate position of the corresponding teeth on the upper jaw After Shillingburg N2 CH4 CH4 N2 CH4 CO2 CH2 H2O CO CH2 H2O CH2OH H CH2OH CH4 CH32OH H CH32OH CO2 C3H7O2 MGCH2OH CHO HCO H3O CO H3O CO2 Chemical Interface Model Surface reaction mechanism il Chemical Interface Model Simulation N2 Ar CH4 CO2 and potential pyrolysis products are simultaneously simulated Reactions are described at the molecular level and integrated into a continuum mass momentum and energy balance oss B andotential Surface Chemical Reactions Banson Surface Heterogeneous Reactions Water adsorption and desorption H2Ogas H2Osurf HOOHdesorption Water dissociation and recombination H2Osurf Hofs OHsurf O Hydrogen atom adsorption and abstraction Hatom Hsurf Hads Hsurf Hgas Hydroxyl adsorption and abstraction OHgas OHsurf OHads OHsurf OHgas Reactive heating for H2O adsorption and H2O dissociation incorporated in this model denotes an available surface site Surface reaction mechanism il Chemical Interface Model Simulation Summary The CIM model allows the investigation of plasma surface reaction mechanisms the role of surface chemistry on plasma composition and the reaction mechanisms at plasmamaterial interfaces Experimental datasets support model verification Future work includes additional model refinements and integration into coupled plasma simulations Bring me the recruits I want musketeers Gentlemen at arms Men with style I find your lack of science disturbing The more you tighten your grip Tarkin the more star systems will slip through your fingers Case Modifications Case Modifications Case Modifications Dam health and safety is everyones responsibility Taree water supply dams are carefully maintained and regularly inspected by specialist engineers to ensure safety If you notice anything unusual or see a dam emergency please contact Hunter Water phone 1300 657 657 Hunter Water TAREE WATER SUPPLY DAMS Braemar Dam constructed 1983 Storage 97000 ML Meadow Creek Dam constructed 1990 Storage 9400 ML POPHAM DAM Constructed 1975 Storage 28145 ML Beaudesert Dam constructed 1911 Storage 1587 ML Emergency warning signs Dam is unsafe for recreational activities and public access Unauthorized access is strictly prohibited Danger Keep out Keep clear of dam wall Access to dam gatesreacltorsstairs etc Severe injury or death may result Hunter Water wwwhunterwatercomau Phone 1300 657 657 In an emergency call 000 Unit 5 7 Vella Drive Port Macquarie NSW 2444 Head Office 601 Hunter Street Newcastle NSW 2300 wwwhunterwatercomau Boats Diving Swimming or fishing from dam wall is prohibited Warning Slippery surfaces Falling debris Heavy machinery Unstable and Deep edges Deep water Unexpected releases of water Poisonous plantsinsects Please note these dams are NOT open for swimming or recreational fishing activities Dry weather Water restrictions are in place Please use water wisely Water supply dams are NOT open for recreational use Emergency Warning Signs are displayed to ensure visitors and the surrounding community are aware of potential hazards at the dams Emergency Warning Signs are displayed on most Hunter Water owned dams to ensure visitors and the surrounding community are aware of potential hazards at the dams These hazards include but are not limited to Ongoing dam safety and security works Remote location Deep water Poor mobile phone coverage A dam emergency is an incident where a dam wall or structure has been damaged and the community may be at risk Emergency Warning signs include the following information Emergency services contact details If you notice anything unusual or see a dam emergency please contact Hunter Water on 1300 657 657 K4CB 21022023 Ayuda al ciudadano en diversas situaciones y se encarga de darle orientación ante cualquier situación que se le presenta Defender y promover los derechos humanos en la localidad Defender y promover los derechos humanos en la ciudad de Quito Se propone como un espacio de comunicación directa entre la autoridad y la comunidad Los concejos de protección y restitución de derechos a niños niñas y adolescentes tienen la finalidad PRINCIPALES FUNCIONES PRIORIZACIÓN DE PROBLEMÁTICAS LOCALES PARA LA CONSTRUCCIÓN DE POLÍTICAS PÚBLICAS LOCALES Construir de manera conjunta con los ciudadanos y las autoridades locales un canal de comunicación para la presentación de sugerencias inquietudes y peticiones en relación con temas que les afectan en su localidad Creación de espacios para el diálogo y la concertación Mejorar la calidad de vida de sus habitantes Promover espacios de participación ciudadana y desarrollo comunitario Los gobiernos parroquiales son las instituciones públicas del Estado con formación organización y autonomía administrativa económica y política con personería jurídica autonomía política administrativa y económica para gestionar los recursos públicos y el desarrollo local Lo conforman La asamblea parroquial el alcalderepresentante y la junta parroquial El alcalde de la parroquia rural corresponde a una autoridad política con funciones ejecutivas que pertenece al gobierno parroquial rural Su función principal es la de administrar la parroquia rural y representa a la comunidad indígena la junta parroquial está integrada por el alcalde y los vocales o vocalas parroquiales que son ciudadanos elegidos con los que se gestionan y ejecutan las políticas públicas y locales FUNCIONES DE LA JUNTA PARROQUIAL Elaborar planes de desarrollo y presupuestos participativos con la respectiva gestión y administración de programas y proyectos Promover y fortalecer la organización comunitaria y la participación ciudadana Gestionar ante las instancias provinciales regionales y nacionales los recursos económicos para el desarrollo local Gestionar la seguridad y defensa civil así como atender a situaciones de emergencia que presenten las comunidades Atención a las necesidades básicas del territorio priorizando etnia género y personas con discapacidad FUNCIONES DE LA ASAMBLEA PARROQUIAL Elegir al alcalde o representante de la parroquia rural Elevar sus informes de gestión y rendición de cuentas Aprobar mecanismos de participación ciudadana a nivel parroquial Tomar decisiones en relación con acuerdos para la reparación de daños y la restitución de derechos en un marco de participación ciudadana y respeto a los derechos humanos Conocer y vigilar el cumplimiento de las disposiciones legales vigentes en materia de administración y gestión de bienes servicios y recursos públicos Elaborar el plan de desarrollo parroquial rural participativo con sus proyectos y presupuesto correspondiente Conocer los informes de rendición de cuentas y formular las recomendaciones que correspondan Aprobar el plan de desarrollo parroquial rural y los planes cantonales en base a sus competencias Para la ejecución de cada una de las funciones pueden contar con el apoyo del CIDAP FUNCIONES DEL ALCALDE O REPRESENTANTE PARROQUIAL Representar legalmente a la parroquia rural y administrar los recursos públicos Ejercer y hacer cumplir las disposiciones legales y ordenanzas emitidas por el Gobierno Autónomo Descentralizado parroquial rural Supervisar y evaluar la ejecución de planes programas y proyectos a nivel parroquial rural Mantener relaciones con otras entidades gubernamentales y sociales para la consecución de los objetivos locales Impulsar proyectos de desarrollo económico social y cultural en su parroquia Coordinar la planificación y ejecución del presupuesto participativo parroquial Promover la participación ciudadana y fortalecer las organizaciones comunitarias dentro de su jurisdicción El Cuerpo de Bomberos es una institución para prevenir controlar y combatir todo tipo de incendios y otras emergencias y desastres así como para asistir en la protección y salvaguardia de la vida y bienes de las personas FUNCIONES Prevenir y combatir incendios en el territorio de su jurisdicción Coordinar la atención en casos de emergencias y desastres Participar en actividades de prevención y educación en riesgos Mantener el equipamiento vehículos y otros recursos en condiciones óptimas Prestar servicios de primeros auxilios y rescates Colaborar con otras instituciones en situaciones de emergencia Capacitar a su personal y voluntarios en técnicas y procedimientos de rescate y atención a emergencias Promover la cultura preventiva en la comunidad El Cuerpo de Bomberos trabaja en colaboración con la Policía Nacional Fuerzas Armadas Cruz Roja organismos de socorro y otras entidades públicas y privadas En Ecuador el Cuerpo de Bomberos es una entidad autónoma con personería jurídica y administración propia que funciona como un organismo público descentralizado Santa Cruz High School 20112012 Honor Roll Higher Achievement APHonorIB Classesonly Selected 1st Semester 2nd Semester Adopted from the Santa Cruz County Office of Education and the Live Oak Union School District Fall 2010 Aptos High School 20112012 Honor Roll Selected for Honor Roll all yearA recognized for having an overall GPA of 303499 for all grading periods and semester 2nd Semester 1st Semester Santa Cruz High School 20112012 Honor Roll Higher Achievement Selected for Honor Roll all year A recognized for having an overall GPA of 35 or higher for all grading periods and semester Spring Fall 2011 VXDV PHWDV GH LQYHVWLPHQWR H SURGXWR LQWHUOLJDGDO XYhGHV RLOHG VHX DWDTXH SURSRVWRU DE D VLQRWD DVLQGVWULDV HVWDYDP VXEPHWLGDV D FYGLJRV LQGHSHUPVDO uLRV GR LQIRUPDoHV QDV HVWLPDWLYDV QRV LQWHUHVVHWD D OXWD OD SHUVXSD suDoHV SDUWLFXODU 1mR KDYLD QHQKXP LQVWUXPHQWR RX PHFDQHV SDUD 7UDQWLHV HQWUH RV SODQRV H SURMHoHV GDV GLIHUHQWHV LQGVWULDV 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PLOKHV VH PSUHJDGRV JUDoDV DRV LQJHUWPHQW RPLO LQFLSDWRV 3 WDQWH R Y LO QRV IUDXGRV LSUR TXH 3 H PLO QDV VREUDWRG D GD VXD HLVWr QFLD 3 WHYH IRFXOL DGGR HP D SURMHWRV H HVWDEHOHFHU LQLFLDWLYDV TXH QmR FROLG SULYDG D RL HVVD UDmR TXH D LPSHGLX GH GHVHQFDGHD KDELW D o HV SRSXODUHV TXH SRGHULD WHU UHVXOWDGR HP GH VSRUWHG HDURQ GH 5RRVHYHOW TXDQGR FRQIURQWDGDV FRP DV HSHULrQFL DV ELOOH PRRGy IRL FULDGD XPD QRYD PRHGD YLQFXODGD 0DILQYHVWLPDWH FRPR 5RILFK VDQLFRORFDGR D VHUYL oR GDV QHFHVVLGDGHV GH LQLPDJLQiyHO QRV 8 DVVLP FRPR QD UDQoD RX QD QJODGdRERJ Tabela 75 EUA Contas Públicas Federais Desemprego e Emprego Emergencial 193342 Receitas Federais US bilhões Despesas Federais US bilhões Déficit US bilhões Dívida Pública US bilhões Desemprego 1000 Taxa de Desemprego Emprego emergencial 1000 1933 1934 1935 1936 1937 1938 1939 1940 1941 1942 RQWHV RQWDV SEOLFDV DPSDJQD HDURQ 0LWFKH D HVHPSUHJRHPSUHJRPHUJHQFLDODOWRQ 5RFNRII ANEXO ESTATÍSTICO Tabela VII1 EUA Área Cultivada e Produção de Culturas Selecionadas 193240 ÁREA CULTIVADA 1000 hectares PRODUTO toneladas métricas Trigo Milho Aveia Algodão Trigo Milho Aveia Algodão 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938 1939 1940 RQWH0LWFKHOO RPHQWiULRV D 1RVTXDWUR FDVRV D UHGXomR GDV i UHDV FXOWLYD GH DV i UHDV GHVWLQDGDV DR FXOWLYR GR WULJR VH FRQWUDHP QRF DVR GR DOJRGmR D UHGXomR GDV i UHDV FX 1RTXHVH UHIHUH DR PLOKR H j DYHLD D WHQGrQFLD j UH HQWUH H DFUHDV DOORWDQWR 2VHORVWHD V IRUDP HIHWLYRV R FRQFOXVHV GH HDURQ E P UHODomR j SURGXomR Ki GRLV VXESHUtRGRV Qt SULPHLUR VXESHUtRGR Ki XPD FRQWUDomR JHUDO GD SURGX HIHLWRV GDV VHFDV GH H IRUDP SDUWLFXODUPHQWR GD DYHLD SDUWLUGH Ki XPD WHQGrQFLD DR FUHVFLP SURGXomR GH DYHLD DVVXPH D SDUWLUGH HQWmR XP F DOJRGmR DSyV XP LPSRUWDQWH FUHVFLPHQWR HP VH DQWHULRU 2VQRV GH KXPER UHGHULFR 0DXFFKHOO L 75 2V SURJUDPHVGDV LQIR UHHRZ HVRIDOL UHUDP LQPHUDV FUtWLFDV I GLILFXOGDGHV QD GLVWLQomR HQWUH WUDEDOKDGRUHV HP FULWpULRV GLVWLQWRV GH KDELOLWDomR VHOHomR H UHP FRPSOHLGDGH QD GHILQLomR GDV DWULEXLoHV HQWUH 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LPSRUWDQWH GR TXH DV FRQWUDGLoHV H RV HYHQWI LPSOHPHQWDomR 2 DVSHFWL PHPRQ 1HZ PDROL GH ELFYRQK FRLPHQWR HSG VRPHQWH D LQWHUYHQomR FRQVFLHQWH GR VWDGR SRGHULDP FRQFRUUrQFLD GH 7 HDUQEDODGLFDO 2OLRX H GHX VXEVWkQFLD j S TXDOGR DDUHV GR PHUF DGR DPHDoDUDP D YLGD GD VRFL LQWHUHVVH SEOLFR H UHVWDXHDU DO GLJX G UHS WRQWL 1HZ HIRLQ XPD GH GR FV DRV SUHFHVVRQ GH FDWLV H YDORUHV VH SURMHWDUDP QR GHV HFRQ PLFR GR SyV JXHUUD R FRQWUiULR GR FDSLWDOLVPR FDSLWDOLVPR UHIRUPDGR GH 5RRVHYHOW IRL XPDOHQ SUL JH R GLVFRUUHUV HDUHZ REXOD QHO R XR 5RQFRXVVXGHWrP DYDOLDomR G QVLRQ YHO D SVR C tWLFDV H VRFLDLV GHVWD YHUGDO RL SRVV t yHO YHULILFDU D JRYHUQDELOLGDGH GR FLFGR H FRQTXLVWDV VRFLDLV RL SRVV t yHO GHPRQVWUDU TXH V DPHULFDQD WHULD PHUJXOKDGR QR GHFR GHIIRUP G HYR GXomR QKHRFGRWLFD GR VHZ HDOWRU OHVWQRX VH XP HHPSOR LQFPRGR SDUD R OLEH REVHVVmR SDWpWLF D HP LJQRUi OR RX GH VTXDOLILFi OR 2VQRV GH KXPER UHGHULFR 0DXFFKHOO História Econômica do Século XX 012024 Fichamentos da Unidade 2 FICHAMENTO 1 OBRIGATÓRIO SAES F SAES A M História econômica geral São Paulo Saraiva 2013 cap13 1 Objetivos do texto 2 Argumentos desenvolvidos no texto 3 Impressões do estudante sobre o texto 4 Trechos que por alguma razão você queira destacar com indicação de página FICHAMENTO 2 OBRIGATÓRIO MAZZUCCHELLI F Os anos de chumbo economia e política internacional no entreguerras São Paulo Unesp 2009 cap7 1 Objetivos do texto 2 Argumentos desenvolvidos no texto 3 Impressões do estudante sobre o texto 4 Trechos que por alguma razão você queira destacar com indicação de página História Econômica do Século XX 012024 Fichamentos da Unidade 2 FICHAMENTO 1 OBRIGATÓRIO SAES F SAES A M História econômica geral São Paulo Saraiva 2013 cap13 1 Objetivos do texto O texto objetiva analisar a reconstrução europeia após a Primeira Guerra Mundial e o impacto na economia mundial durante a década de 1920 2 Argumentos desenvolvidos no texto A Primeira Guerra Mundial causou rupturas significativas na economia internacional questionando a influência política dos países imperialistas e a organização do sistema econômico global O padrãoouro fundamental para a hegemonia britânica no século XIX mostrou se inadequado para as novas exigências comerciais mundiais pósguerra A reconstrução econômica europeia foi dividida em duas fases uma inicial de recuperação física e humana e uma posterior de expansão econômica Os Estados Unidos emergiram como uma potência industrial e financeira embora com uma postura internacional tímida 3 Impressões do estudante sobre o texto O texto oferece uma visão abrangente e detalhada dos desafios econômicos enfrentados pela Europa no pósguerra e destaca a ascensão dos Estados Unidos como um novo centro financeiro A análise das duas fases de reconstrução europeia é particularmente esclarecedora 4 Trechos que por alguma razão você queira destacar com indicação de página O modelo que havia imperado durante todo o século XIX representava no limite a estrutura construída pela política inglesa cujos pilares fundamentais eram a economia de mercado o livrecomércio o Estado liberal e o padrãoouro p 331 Na Europa Ocidental o pósguerra demarcou duas fases distintas uma primeira fase logo após a guerra de reconstrução das sociedades num contexto complexo de destruição física e humana e uma segunda fase já em meados dos anos 1920 de recuperação expansão econômica e reorganização das antigas estruturas econômicas p 331 Os Estados Unidos gozavam em primeiro lugar de grande prestígio financeiro em função dos empréstimos para a guerra e para a reconstrução europeia com Nova Iorque tornandose um novo e importante centro financeiro e em segundo lugar de grande poder industrial p 331 FICHAMENTO 2 OBRIGATÓRIO MAZZUCCHELLI F Os anos de chumbo economia e política internacional no entreguerras São Paulo Unesp 2009 cap7 1 Objetivos do texto O texto tem como objetivo discutir o processo de reconstrução europeia e as reparações de guerra impostas aos países derrotados especialmente a Alemanha no período de 1919 a 1925 2 Argumentos desenvolvidos no texto A Primeira Guerra Mundial causou destruição humana e física excepcionalmente grande especialmente na Europa As perdas humanas e a destruição física exigiram uma complexa reconstrução das economias europeias muitas vezes com a assistência das potências aliadas e dos Estados Unidos As reparações de guerra impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes geraram uma profunda crise econômica e hiperinflação A estabilização da economia alemã só foi possível com a ajuda de planos como o Plano Dawes apoiado pelos Estados Unidos 3 Impressões do estudante sobre o texto O texto fornece uma análise detalhada e crítica das consequências econômicas da Primeira Guerra Mundial destacando a complexidade e a severidade das reparações de guerra A discussão sobre a hiperinflação alemã é particularmente impactante 4 Trechos que por alguma razão você queira destacar com indicação de página A Primeira Guerra Mundial foi para Eric Hobsbawm 1995 p31 o primeiro evento na história em que efetivamente houve um conflito de extensão mundial p 332 A destruição física foi igualmente elevada fazendas fábricas habitações ferrovias plantéis de gado sofreram danos em grau maior ou menor reduzindo a capacidade produtiva dos países europeus p 333 Por meio de cálculos grosseiros e com a justificativa de que a Alemanha é que havia invadido Bélgica e França a comissão chegou ao valor da indenização imposta à Alemanha de US 40 bilhões p 340 Os índices de aumento dos preços justificam plenamente o rótulo de hiperinflações comparando os níveis anteriores à guerra com os prevalecentes ao fim da inflação os preços haviam se multiplicado 14000 vezes na Áustria 23000 vezes na Hungria 2500000 vezes na Polônia e um bilhão de vezes na Alemanha p 341
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HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL Flávio Azevedo Marques de Saes Alexandre Macchione Saes Editora Saraiva A Capítulo 13 A RECONSTRUÇÃO EUROPEIA NO PÓSGUERRA E A ECONOMIA MUNDIAL NA DÉCADA DE 1920 19181929 deflagração da Primeira Guerra Mundial deu início a uma fase de profundas rupturas na organização da economia internacional Direta ou indiretamente questionavase com a guerra a influência política dos países imperialistas e a divisão geográfica do mundo entre eles e ainda a organização do sistema econômico internacional O pósguerra só ressaltaria a tendência anteriormente observada de avanço econômico e tecnológico de novos países resultado da Segunda Revolução Industrial e de incompatibilidade entre o até então hegemônico e inquestionável padrãoouro amparado pelo centro financeiro londrino e as novas exigências comerciais mundiais O modelo que havia imperado durante todo o século XIX representava no limite a estrutura construída pela política inglesa cujos pilares fundamentais eram a economia de mercado o livrecomércio o Estado liberal e o padrão ouro A estrutura liberal e a hegemonia inglesa como centro financeiro e comercial garantiram o equilíbrio de poder e a estabilidade econômica internacional durante aproximadamente um século POLANYI 2000 p47 Contudo nos primeiros anos do século XX tal estrutura mostrouse frágil em vários países diante do crescimento das reivindicações dos trabalhadores por emprego e frágil internacionalmente não só pelo desenvolvimento industrial retardatário como também pelo estabelecimento de um cenário de concorrência políticoeconômica o imperialismo entre países recém industrializados e a GrãBretanha O padrãoouro apesar de abandonado durante a guerra mantinhase como sustentáculo da influência britânica no mundo inteiro garantindo os mecanismos de troca internacionais Mesmo com o impacto da guerra que provocara na Europa destruição humana e industrial 331 crise inflacionária e endividamento os governos buscaram reconstruir o modelo econômico e político do século XIX durante os anos 1920 Na Europa Ocidental o pósguerra demarcou duas fases distintas uma primeira fase logo após a guerra de reconstrução das sociedades num contexto complexo de destruição física e humana de desorganização do mercado mundial de endividamento público e inflação e uma segunda fase já em meados dos anos 1920 de recuperação expansão econômica e reorganização das antigas estruturas econômicas Do outro lado do Atlântico contudo os Estados Unidos gozavam em primeiro lugar de grande prestígio financeiro em função dos empréstimos para a guerra e para a reconstrução europeia com Nova Iorque tornandose um novo e importante centro financeiro e em segundo lugar de grande poder industrial representado entre outros pelo sensacional desenvolvimento da indústria automobilística além de ultrapassar de longe em volume de produção industrial as outras potências Entretanto dentro das relações políticas internacionais os Estados Unidos ainda se apresentavam de uma maneira tímida nos centros de decisão Assim delineiase o pósguerra e os anos 1920 como o nascer de uma nova estrutura de equilíbrio de poder e nova organização da economia mundial que porém ainda se sustentava pelos marcos e instituições tradicionais A contínua preocupação do governo da GrãBretanha de recuperar o padrãoouro nos anos 1920 é simbólica como a última tentativa de manter a sua hegemonia Na verdade a essencialidade do padrãoouro para o funcionamento do sistema econômico internacional da época era o dogma primeiro e único comum aos homens de todas as nações de todas as classes de todas as religiões e filosofias sociais Era a única realidade invisível à qual podia se apegar a vontade de viver quando a humanidade se encontrava a braços ela mesma com a tarefa de restaurar sua existência em frangalhos POLANYI 2000 p42 Por isso Karl Polanyi classifica os anos 1920 como conservadores considerando que os governos levaram ao limite as instituições e a ideologia liberal da hegemonia britânica do século XIX cuja ruptura final se deu com a quebra da bolsa de Nova Iorque e a Grande Depressão da década de 1930 abriuse assim o período da grande transformação nos revolucionários anos 1930 131 RECONSTRUÇÃO E REPARAÇÕES DE GUERRA EUROPA 19191925 1311 A herança da Primeira Guerra Mundial A Primeira Guerra Mundial foi para Eric Hobsbawm 1995 p31 o primeiro evento na história em que efetivamente houve um conflito de extensão 332 mundial Foi uma guerra que envolveu todas as grandes potências e levou os combates para o alémmar nas mais diferentes regiões e por mais que alguns países não tivessem participado ativamente dos combates reflexos foram espalhados por todos os lados A destruição provocada por quatro anos de guerra foi excepcionalmente grande em especial para alguns países europeus como França Bélgica Inglaterra Alemanha Rússia países bálticos e Império AustroHúngaro A guerra provocou perdas humanas destruição física desorganização financeira contração no produto e condições sociais e políticas instáveis Tornando frágil o Estado de vários países especialmente na Europa central e oriental o processo de reconstrução e recuperação requeria a assistência das potências aliadas dos Estados Unidos em particular ALDCROFT 2001 p56 As perdas humanas foram muito além das mortes nos campos de batalha estas ascenderam a cerca de 85 milhões de homens adicionalmente 7 milhões se tornaram incapacitados permanentemente e mais 15 milhões sofreram ferimentos de maior ou menor gravidade As mortes de civis em decorrência da guerra embora difíceis de determinar com precisão foram elevadas vítimas do conflito militar de fome e inanição ou de doenças também morreram aos milhões estimase em cerca de 5 milhões para a Europa exclusive a Rússia e um total de 16 milhões para a Rússia incluindo militares e civis envolvidos na guerra na revolução e na guerra civil Adicionando a esses dados a estimativa do déficit de nascimentos decorrentes da guerra Aldcroft admite que a perda total de população entre 1914 e 1921 incluindo mortes e redução da natalidade foi da ordem de 50 a 60 milhões ALDCROFT 2001 p681 A destruição física foi igualmente elevada fazendas fábricas habitações ferrovias plantéis de gado sofreram danos em grau maior ou menor reduzindo a capacidade produtiva dos países europeus Desse modo ao fim da guerra se impunha a recuperação de seu sistema produtivo o que demandava elevados recursos de que os países europeus não dispunham Aliás a herança financeira da guerra era outro pesado encargo para as economias dos países que se envolveram nos combates Como grande parte dos gastos de guerra foi financiada por meio de crédito e não por poupanças houve forte impacto inflacionário desvalorização das moedas e abandono do padrãoouro Além disso GrãBretanha e França endividaramse com os Estados Unidos uma dívida que seria cobrada ao fim da guerra Em suma a situação monetária e financeira dos países europeus havia se desorganizado durante a guerra e demandava sua reconstrução À perda populacional à destruição física e à desorganização financeira se somavam os efeitos da guerra sobre a produção dos países europeus Para os 333 países diretamente envolvidos nas operações militares a redução da produção industrial e agrícola não foi compensada pelo aumento da produção bélica Mesmo em 1920 a maior parte dos países não havia recuperado os níveis de produção industrial de 1913 a Rússia foi um caso extremo em 1920 a produção industrial se reduzira a cerca de 13 da produção em 1913 mas França Bélgica Alemanha Áustria Hungria Polônia Tchecoslováquia Bulgária e Romênia tinham em 1920 um produto industrial 30 menor do que o de 1913 Apenas GrãBretanha e Itália haviam recuperado os níveis pré guerra ALDCROFT 2001 p12 Mais grave era o fato de esses países terem perdido mercados para Estados Unidos e Japão uma perda permanente diante dos avanços da indústria desses países Na Europa durante a guerra os investimentos se concentraram na produção bélica ao fim da guerra a capacidade produtiva assim criada se tornou supérflua Por exemplo a produção de navios essencial para manter a guerra naval não encontrou mais demanda quando o conflito terminou o mesmo se pode dizer dos investimentos realizados para a produção de ferro aço e carvão pois o nível da demanda no pósguerra não era capaz de ocupar a ampla capacidade instalada durante a guerra Desse modo a Europa apresentava capacidade ociosa em certos ramos industriais que no entanto não eram aqueles de cuja produção mais necessitava para a reconstrução e a recuperação de suas economias Assim a reconstrução das economias europeias exigia volumosas importações que pressionavam suas balanças comerciais a demanda nacional era suprida com custosos produtos importados e o crescente déficit precisava ser coberto com empréstimos De outro lado os Estados Unidos nos anos seguintes à guerra diminuíram suas importações em 50 reduzindo a receita europeia de exportações Entre 1919 e 1920 a importação da Europa continental alcançou US 125 bilhões enquanto as exportações receitas invisíveis rendas oriundas do transporte marítimo companhias de seguros empréstimos e investimentos alémmar e transferência de ouro não somavam nem US 7 bilhões Para cobrir esse déficit era preciso contar com ajuda externa e nesse momento apenas os Estados Unidos tinham recursos para tanto Podese dizer que até 1925 a Europa viveu um enorme desequilíbrio na busca de sua reconstrução carência de recursos materiais e financeiros que atingiu de forma menos grave os Aliados mas de modo profundo os países derrotados na guerra principalmente Alemanha Áustria e Hungria os quais enfrentaram adicionalmente os custos das reparações de guerra impostas pelos vencedores Sob ótica distinta Feinstein Temin e Toniolo ressaltam como legado da guerra a agitação social expressa pela expansão quase universal das lutas e 334 protestos das classes trabalhadoras O sindicalismo já existente antes da guerra fortaleceuse durante o conflito a necessidade de intensificar a produção para fins militares levou a concessões aos sindicatos a Revolução Russa também teria exercido considerável influência sobre os movimentos das classes trabalhadoras que se tornavam mais receptivos às propostas do socialismo O impacto da crescente mobilização dos trabalhadores foi diferente em cada país em alguns como a Alemanha o governo cedeu às pressões e realizou reformas que diminuíram a agitação social em outros como a França e a GrãBretanha um grande número de greves no imediato pósguerra foi sucedido por medidas repressivas dos governos Se na França os sindicatos sentiram o impacto da repressão na GrãBretanha a ação do governo foi incapaz de desorganizar o movimento trabalhista Apesar da diversidade de resultados do confronto entre governos e trabalhadores a força crescente dos sindicatos introduziu maior rigidez nos salários ao mesmo tempo que a tendência anterior à formação de grandes empresas cartéis associações fortalecida pelos efeitos da própria guerra também limitava a flexibilidade dos preços Essa rigidez para os autores dificultou os ajustes necessários à economia ao fim da Primeira Guerra Mundial FEINSTEIN TEMIN TONIOLO 1997 p2028 As grandes diferenças entre as economias dos países europeus no pós guerra respondem por desempenhos bastante distintos na década de 1920 1312 Expansão inflação recessão 19191921 Ao fim da guerra era esperada alguma redução do ritmo da atividade econômica compras de materiais para a guerra desde armamentos até alimentos para as tropas foram canceladas e os soldados desmobilizados deixavam de receber sua remuneração Ao retornarem às suas origens os soldados deveriam constituir uma ampla massa de desempregados já que se previa forte redução da demanda agregada Efetivamente nos primeiros meses após o armistício observouse suave recessão No entanto a partir do meio do ano de 1919 verificouse rápida ascensão da economia cuja duração foi de cerca de um ano Esse surto caracterizouse por aguda elevação dos preços diante do aumento da demanda num momento em que o setor produtivo ainda se recuperava dos impactos da guerra O efeito expansivo sobre a produção foi mais intenso nos Estados Unidos na GrãBretanha no Japão e em países que permaneceram neutros durante a guerra como a Suécia A Europa Continental tinha poucas condições de se beneficiar da expansão da demanda pois concentrava esforços na reconstrução de suas economias O caso dos Estados Unidos é particularmente expressivo de maio de 1919 a janeiro de 335 1920 a atividade industrial cresceu 19 ARTHMAR 1997 p93 Como se explica esse forte impulso sobre a produção de alguns países no pósguerra Durante a guerra ao se concentrar a produção na indústria bélica criouse uma demanda reprimida por muitos produtos não só bens duráveis mas também bens de consumo corrente não disponíveis nos anos do conflito Além disso o financiamento da guerra se fez ainda que em pequena parte por meio de empréstimos do público aos governos por meio dos chamados bônus de guerra ou seja uma parcela da população formou durante a guerra uma poupança que ao fim pode ser gasta para satisfazer a demanda reprimida durante os anos de guerra Assim admitese que uma demanda represada por cerca de quatro anos foi liberada em 1919 e gerou o impulso para a expansão da economia de alguns países Além disso as empresas promoveram a recomposição de seus estoques praticamente esgotados nos anos da guerra e os governos não puderam suspender de imediato todos os dispêndios assumidos anteriormente Desse modo somaramse várias fontes de ampliação da demanda agregada num momento em que o setor produtivo ainda não havia se readaptado plenamente à demanda de um período de paz ALDCROFT 2001 p2425 Essa súbita expansão da demanda teve outro forte impacto na economia uma abrupta elevação dos preços em parte alimentada por políticas monetárias e fiscais expansionistas Desse modo a tendência à elevação dos preços já presente durante a Primeira Guerra acentuouse em 1919 e 1921 Se o crescimento da produção foi característico de alguns países como Estados Unidos GrãBretanha Japão a inflação generalizouse por toda a Europa ainda que em graus distintos TABELA 131 Índices de preços ao consumidor 19141920 1914 1918 1920 Alemanha 100 304 990 Áustria 100 1163 5115 Itália 100 289 467 França 100 213 371 Suécia 100 219 269 Holanda 100 162 194 GrãBretanha 100 200 248 Estados Unidos 100 203 249 336 Fontes FEINSTEIN TEMIN TONIOLO 1997 p39 Para os Estados Unidos ARTHMAR 1997 p94 Obs Estados Unidos preços no atacado 1913 100 1918 jan1919 1920 jun1920 Esse surto expansivo sofreu abrupta e profunda reversão a partir de meados de 1920 Essa reversão foi particularmente forte nos Estados Unidos os preços no atacado caíram do nível de 254 em maio de 1920 para 143 em julho de 1921 ou seja uma deflação de 43 a produção industrial cujo pico atingira o índice 90 em junho de 1920 caiu para 64 em julho de 1921 uma redução da ordem de 29 O desemprego de cerca de 950 mil trabalhadores em 1919 ascendeu a 5 milhões em 1921 ARTHMAR 1997 p103 Em suma são dados que atestam a profunda recessão que atingiu a economia norteamericana em 1921 Na GrãBretanha o impacto recessivo foi igualmente elevado os preços por atacado declinaram de 196 em maio de 1920 para 118 em julho de 1921 e continuaram caindo até se estabilizarem em torno de 95100 em 1922 O índice de produção também caiu do nível 117 em junho de 1920 para 56 em junho de 1921 ARTHMAR 1997 p117 Poucos países escaparam da deflação e da recessão de 1921 aumento da produção industrial em 1921 foi registrado na Alemanha na Áustria na Tchecoslováquia e na Polônia resultado em parte do fato de a inflação não ter sido debelada nesses países dando um estímulo artificial para a atividade econômica ALDCROFT 2001 p25 Como se explica a reversão súbita de um período de expansãoinflação para outro de recessãodeflação Usualmente são elencadas três causas para explicar esse processo reversivo a primeira vertente considera que conforme a rápida expansão da produção alcançou a demanda os pretextos para a elevação de preços e contínuo investimento na produção cessaram A segunda interpretação responsabiliza o próprio crescimento exagerado dos preços auxiliado pelos processos especulativos como um inibidor econômico na medida em que os salários não acompanhavam a inflação crescendo a resistência para o consumo O aumento dos custos industriais gerou incertezas nos negócios limitando os novos investimentos A terceira visão enfatiza o papel dos governos nacionais para frear o processo inflacionário políticas fiscais e monetárias restritivas promovidas nos Estados Unidos e na GrãBretanha e de maneira menos severa na Suécia e Japão foram armas para debelar a inflação frear a expansão econômica e reduzir os fluxos de crédito Nos Estados Unidos houve uma significativa redução nos gastos públicos em 1919 o déficit orçamentário foi da ordem de US 13 bilhões em 1920 houve um superávit de US 291 milhões a indicar a substancial redução dos recursos 337 injetados na economia pelo governo Outros governos como os da Grã Bretanha e do Japão seguiram a mesma orientação em suas políticas fiscais ALDCROFT 2001 p26 É possível que todas as causas acima citadas tenham colaborado para promover a depressão de 1921 contudo atividades especulativas decorrentes do ambiente inflacionário ampliaram os efeitos do boom e da crise econômica Investimentos foram realizados na expectativa de grandes lucros em atividades ou saturadas ou obsoletas como a produção de barcos e aço de carvão e de algodão respectivamente Igualmente intensa foi a especulação nas bolsas em especial na GrãBretanha A atividade no mercado de novas emissões alcançou proporções fenomenais Novas emissões no mercado de Londres se multiplicaram mais de seis vezes entre 1918 e 1920 alcançando um total de 384 milhões de libras um nível que não foi superado até a década de 1960 ALDCROFT 2001 p27 Recessão e deflação intensas nos Estados Unidos e na GrãBretanha atingiram outros países de forma variada Alguns também controlaram a inflação depois de 1920 promovendo mesmo alguma deflação foi o caso de Suíça Suécia Noruega Dinamarca e Holanda Outros como a França e a Itália continuaram a registrar algum grau moderado de inflação Finalmente Alemanha Áustria e Hungria passaram por hiperinflações em níveis inéditos na história econômica mundial FEINSTEIN TEMIN TONIOLO 1997 p39 Igualmente variado foi o desempenho das economias na primeira metade dos anos 1920 Os Estados Unidos retomaram desde 1922 o rápido crescimento ao passo que a GrãBretanha em busca do padrãoouro mantevese estagnada O índice de atividade industrial dos países apresentados a seguir registra o nível atingido em 1925 tendo 1913 100 como referência LEWIS 1949 p35 Japão 222 Índia 117 Romênia 92 Itália 157 França 114 Reino Unido 86 EUA 148 Suécia 113 Hungria 77 Holanda 142 Bélgica 100 Rússia 70 Austrália 141 Áustria 95 Polônia 63 Canadá 117 Alemanha 95 Esse diferente desempenho reflete em grande medida a forma pela qual os países se envolveram com a Primeira Guerra os mais afetados pela destruição e os que arcaram com as reparações de guerra tiveram grande dificuldade 338 para ainda na primeira metade dos anos 1920 retomarem o crescimento econômico Para tanto contribuiu também a tendência ao protecionismo intensificada nesses anos No contexto de recuperação econômica do pósguerra diversos países abandonaram parte dos preceitos do liberalismo econômico e começaram a praticar políticas protecionistas ou ampliar as que já praticavam Essa era uma tendência mundial levada também aos países que tiveram condições de dar os primeiros passos rumo à industrialização Por meio da substituição de importações no período de guerra o Japão a Índia a Austrália e alguns países da América Latina como Brasil México e Argentina tentaram defender a emergente indústria Foi o caso das indústrias de ferro aço maquinaria materiais ferroviários e químicos australianos das indústrias de ferro aço têxtil e de papel indianos e farmacêuticos argentinos Esse avanço industrial dos países periféricos era prejudicial para os interesses dos países europeus que dificilmente conseguiriam recuperar de maneira absoluta o mercado perdido O protecionismo também floresceu na GrãBretanha país ícone do liberalismo como no restante da Europa Eram criadas cada vez mais tarifas alfandegárias restrições de importações quotas de produtos e licenças de exportação e importação entre os países fazendo com que o comércio entre os países europeus caísse consideravelmente na primeira metade da década de 1920 em comparação com os anos anteriores à guerra Para suprir a demanda de produtos importados os governos buscaram incentivar a diversificação da produção nacional tanto industrial como agrícola Na GrãBretanha os atos McKenna de 1915 e Safeguarding of Industries e Dyestuffs Importation de 1921 impuseram taxas aduaneiras para uma série de produtos industriais chaves Os Estados Unidos não ficariam muito atrás ao decretar a tarifa FordneyMcCumber em 1922 elevando os níveis das tarifas norte americanas Assim a política protecionista era a garantia de auxiliar o desenvolvimento de certos setores internamente de aliviar o balanço de pagamentos e ainda de criar empregos num cenário de crise econômica KENWOOD LOUGHEED 1992 p175178 Neste cenário de queda das exportações para o restante do mundo de destruição de parte significativa das plantas industriais e desorganização da economia mundial os países da Europa precisavam criar ainda condições de cumprir com os pagamentos de empréstimos incorridos perante os Estados Unidos Logo a reconstrução era tarefa árdua e tornouse ainda mais difícil pela condução dos tratados de paz em especial o Tratado de Versalhes que impôs pesadas penas e dívidas para os países perdedores ALDCROFT 2001 p9 339 1313 Reparações de guerra e hiperinflação o caso da Alemanha Ao fim da guerra colocouse o problema de definir as bases para as relações entre vencedores e derrotados Em 1919 e 1920 foram estabelecidos tratados de paz separadamente com os países derrotados Alemanha Áustria Hungria Bulgária e Turquia O mais importante desses Tratados foi o de Versalhes junho de 1919 que definia as reparações de guerra devidas pela Alemanha aos vencedores GrãBretanha França Estados Unidos e Itália Os objetivos dos vencedores em síntese eram fortalecer os países europeus para que não fossem levados pelo caminho da revolução russa redividir os territórios deixados em aberto pela queda dos grandes Impérios AustroHúngaro Russo Turco e Alemão enfraquecer a Alemanha que quase sozinha havia derrotado as tropas aliadas redefinir as políticas internas dos países vitoriosos e finalmente garantir um acordo de paz que impossibilitasse o surgimento de uma nova guerra Para tanto foi criada a Liga das Nações que deveria agregar as principais potências mundiais a fim de solucionar pacífica e democraticamente as questões diplomáticas entre os países Contudo tanto o Tratado de Versalhes como a Liga das Nações se mostraram incapazes de instituir um equilíbrio de poder definitivo A falta de legitimidade das decisões tomadas pelo Tratado de Versalhes passava a ser o principal problema Tanto os interesses da Alemanha como os da União Soviética importantes países durante a guerra e que viviam momentos de indefinição não tinham a menor relevância A Itália mesmo que unida aos países vencedores não seria atendida de maneira satisfatória E finalmente os Estados Unidos sob a liderança do presidente Thomas Woodrow Wilson 19131921 logo abandonou as negociações quando o Congresso norteamericano se recusou a ratificar o acordo de paz Em suma restavam GrãBretanha e França como forças de decisão para pautar o Tratado de Versalhes e comandar a Liga das Nações A paz punitiva determinada pelo tratado definia que a Alemanha era a culpada pela guerra e por isso o país deveria perder todas suas colônias que seriam divididas entre França e GrãBretanha deveria entregar os territórios da AlsáciaLorena e as minas do Sarre para a França e outros territórios para Dinamarca Polônia e Bélgica perdendo um total de 135 de seu território2 deveria entregar sua frota naval para a GrãBretanha seria privada de manter uma força aérea e podia assegurar um exército reduzido de apenas 100 mil homens e finalmente eramlhe repassadas todas as dívidas de guerra Todas as exigências já representavam um fardo considerável para a 340 Alemanha mas a comissão de indenizações do Tratado de Versalhes dificultaria ainda mais a situação para o país perdedor Por meio de cálculos grosseiros e com a justificativa de que a Alemanha é que havia invadido Bélgica e França a comissão chegou ao valor da indenização imposta à Alemanha de US 40 bilhões3 O pagamento das indenizações pela Alemanha era importante para a França e para a GrãBretanha que haviam assumido vultosas dívidas com os Estados Unidos para a manutenção das tropas e para as primeiras tarefas de reconstrução Essas dívidas ascenderam a cerca de US 87 bilhões dívidas que os representantes norteamericanos não pensavam em perdoar Assim França e GrãBretanha esperavam receber as indenizações de guerra alemãs para iniciar o pagamento dos empréstimos norteamericanos Contudo nos dizeres do presidente Calvin Coolidge ficava clara a disposição dos Estados Unidos de cobrar os Aliados Mas eles tomaram emprestado não tomaram A dificuldade era que a Alemanha não tinha a menor possibilidade de pagar tais valores principalmente pensando que em termos práticos os pagamentos em dinheiro só seriam realizados com recursos obtidos por meio de superávits nas contas internacionais alemãs ou seja pelo aumento das exportações e redução das importações Para tanto a Alemanha deveria expandir incrivelmente a produção interna e suspender as importações travando setores de outros países que dependiam do mercado alemão Os impostos nacionais deveriam ser ampliados num país exausto pela guerra e com um novo governo buscando reerguer um país destruído Portanto as condições para o pagamento das dívidas eram inexistentes e John Maynard Keynes exmembro da delegação britânica por meio da contundente crítica ao modelo apresentado advertia em The Economic Consequences of the Peace os perversos resultados que esta imposição à Alemanha poderia gerar GALBRAITH 1994 p25 Keynes atacou ostensivamente os membros da cúpula de Versalhes considerando que o interesse destes não era trazer a paz para um continente devastado e faminto mas provocar a total destruição da sociedade alemã com as pesadas reparações4 O efeito das críticas ao tratado foi inútil Não só os representantes da França não recuaram das cobranças como também a Alemanha iniciou um tremendo esforço para pagar as indenizações estipuladas O protecionismo econômico disseminado pelos principais países na relação comercial com a Alemanha e as políticas restritivas norteamericanas e britânicas reduziram as exportações alemãs sem um saldo apreciável na balança comercial o país não tinha recursos em moeda estrangeira para realizar as importações necessárias para a reconstrução do país e para o pagamento das indenizações de guerra Para fazer frente a essas necessidades houve crescimento dos gastos 341 governamentais assim como do endividamento gerando uma forte pressão inflacionária pressão que também se fez sentir na Áustria na Polônia e na Hungria Os índices de aumento dos preços justificam plenamente o rótulo de hiperinflações comparando os níveis anteriores à guerra com os prevalecentes ao fim da inflação entre 1924 e 1926 os preços haviam se multiplicado 14000 vezes na Áustria 23000 vezes na Hungria 2500000 vezes na Polônia e um bilhão de vezes na Alemanha LEWIS 1949 p235 Com o crescimento acelerado dos preços as poupanças foram abandonadas em favor do consumo imediato ao mesmo tempo em que as empresas transformavam suas reservas em ativos reais A ampliação do consumo provocou um aumento ainda mais expressivo dos preços e o atraso dos impostos era estimulado pela desvalorização da moeda reduzindo as receitas fiscais do governo alemão Em 1923 o governo já não conseguia acompanhar as demandas dos gastos públicos e nem cumprir com as dívidas Em retaliação ao não pagamento dos valores acertados pelo Tratado de Versalhes a França invadiu o vale do Ruhr uma das principais áreas industriais alemãs O colapso industrial elevou ainda mais os preços e a moeda se desvalorizava causando a famosa hiperinflação alemã São inúmeros os casos ilustrativos sobre essa hiperinflação alemã de pessoas que buscavam o dinheiro nos bancos com carrinhos da urgência do gasto por causa da desvalorização diária ou ainda o caso do congressista norteamericano A P Andrew que trocou seus 7 dólares por 4 bilhões de marcos e pagou 15 bilhão de marcos por uma refeição GALBRAITH 1994 p28 Em fins de 1923 entretanto as medidas comandadas pelo Dr Hjalmar Schacht diretor do Reichsbank conseguiram conter o processo inflacionário O rentenmark foi criado para substituir o desvalorizado marco com garantia do banco Rentenbank e um lastro simbólico das riquezas territoriais alemãs Ao mesmo tempo o governo havia equilibrado seu orçamento e evitou recorrer a novos empréstimos e a emissões o que restaurou a confiança do público na moeda Porém para garantir a estabilidade era essencial equacionar o problema das reparações de guerra a fim de evitar a continuidade do desequilíbrio externo da economia alemã Como as indenizações com os Aliados ainda estavam pendentes a fim de cumprir com os compromissos com a França e a GrãBretanha sem comprometer a estabilidade monetária e as reservas alemãs dois novos planos foram elaborados com o apoio norteamericano o Plano Dawes de 1924 e o Plano Young de 1929 O Plano Dawes estabeleceu novos valores anuais para o pagamento das reparações considerando o quanto a Alemanha poderia pagar e não quanto deveria pagar como culpada pela 342 guerra Além disso garantiu um empréstimo de 40 milhões de libras para auxiliar nesses pagamentos A perspectiva de estabilidade acabou por atrair recursos externos para a Alemanha tendo em vista as oportunidades de investimento na reconstrução do país governo e empresas privadas obtiveram volumosos empréstimos principalmente norteamericanos que permitiram pagar parte das indenizações aos franceses e britânicos nos novos valores estabelecidos pelo Plano Dawes De sua parte franceses e britânicos enviavam esses recursos para os Estados Unidos em pagamento por suas dívidas O alívio dos encargos das reparações de guerra foi essencial para a retomada da estabilidade monetária alemã O Plano Young de 1929 ampliou as facilidades já propiciadas pelo Plano Dawes Essa situação perdurou até 1931 quando diante da Grande Depressão Herbert Hoover ofereceu moratória de um ano para a liquidação das dívidas dos Aliados A Conferência de Lausanne no ano seguinte promoveu uma redução considerável nos valores de indenizações até que em 1933 Adolf Hitler suspendeu o pagamento das dívidas e indenizações atitude seguida pela França e GrãBretanha quanto às suas dívidas com os Estados Unidos Em suma a recuperação europeia tanto dos Aliados como dos países derrotados dependeu de recursos externos num momento em que os Estados Unidos tinham a única economia capaz de irrigar a Europa com empréstimos e investimentos dada a prosperidade que a caracterizou uma vez superada a recessão de 19216 132 OS ESTADOS UNIDOS E A EXPANSÃO ECONÔMICA DOS ANOS 1920 Diversamente dos países europeus cujas economias foram afetadas em grau maior ou menor pela Primeira Guerra Mundial a economia norteamericana acabou por se beneficiar com as mudanças ocorridas nos quatro anos do conflito Os Estados Unidos participaram da ação militar porém seu território não foi campo de batalhas por outro lado forneceram material bélico suprimentos e grande parte do financiamento dos gastos realizados pelos Aliados Ao fim da guerra graças à dimensão de seu setor produtivo puderam apoiar a reconstrução europeia por meio da exportação de bens que a Europa não podia produzir Adicionalmente os Estados Unidos passaram a suprir grande parte das demandas de mercados controlados anteriormente pelas exportações da Europa em especial a América Latina Desse modo os Estados Unidos reforçaram sua posição como maior produtor industrial do mundo Tabela 132 Com o impacto da guerra sobre as finanças britânicas o mercado financeiro norteamericano também se tornou o principal fornecedor 343 de recursos na esfera financeira internacional TABELA 132 Porcentagem da distribuição da produção industrial 1913 19261929 Fonte KENWOOD LOUGHEED 1992 p171 Assim os Estados Unidos adentraram a década de 1920 como a maior economia industrial e financeira no mundo mas ao mesmo tempo adotando uma postura isolacionista de um país praticamente autossuficiente Na verdade as pressões internas da sociedade norte americana eram determinantes na condução das políticas econômicas de qualquer presidente que assumisse o governo A produção industrial por mais que alimentasse parte dos mercados europeus e latinoamericanos ainda dependia fundamentalmente das respostas do mercado interno Desta maneira os Estados Unidos evitaram emergir durante os anos 1920 como um país hegemônico subordinandose assim às lógicas de mercado tradicionais lideradas pelo centro financeiro londrino e respondendo com certo isolamento por causa das demandas internas da sociedade americana Contudo por mais insignificantes que fossem as intromissões políticas dos Estados Unidos no equilíbrio de poder mundial durante este período seu gigantismo industrial comercial e financeiro revelou com o crash da bolsa de Nova Iorque em 1929 o quanto as diferentes partes da economia mundial estavam estreitamente conectadas com a economia norteamericana A evolução da economia norteamericana na década de 1920 respondeu portanto a esses dois determinantes de um lado o isolacionismo de sua política de outro o peso de sua economia no plano mundial Como indicamos anteriormente o pósguerra foi marcado nos anos 1919 1921 por uma fase de expansãoinflação seguida de recessãodeflação Essa sequência foi especialmente aguda nos Estados Unidos vale pois explorar mais detidamente os eventos que caracterizaram esse breve ciclo Nos meses seguintes à derrota alemã os Estados Unidos iniciaram uma política de redução drástica dos gastos militares Ainda no ano de 1919 a Força Expedicionária que contava com 4 milhões de soldados foi reduzida para cerca de 140 mil Ao mesmo tempo novos gastos com fardas 344 alojamento transporte alimentação medicamentos e munições foram cancelados após a rendição alemã Essa redução dos gastos do governo deveria ter um impacto recessivo sobre a economia Entretanto vários contratos assinados pelo governo para encomenda de equipamentos militares como a construção de navios tiveram de ser mantidos assim como os empréstimos para a reconstrução europeia alargando os gastos públicos durante o ano de 1919 que alcançaram US 184 bilhões com um déficit fiscal de US 133 bilhões Somente as despesas do governo federal referentes aos recursos enviados para os Aliados somavam US 43 bilhões com a Grã Bretanha US 3 bilhões com França e US 16 bilhões com a Itália Os capitais investidos para a reconstrução da Europa por outro lado foram imprescindíveis por meio das importações que geraram para os resultados do superávit comercial norteamericano de US 49 bilhões ARTHMAR 2002 p9899 Em suma o impacto recessivo da desmobilização foi mais do que compensado por outros gastos do governo e pelo comportamento da exportação mantendo a economia norteamericana fortemente aquecida O desempenho do setor externo norteamericano também se fez nítido pela acumulação de reservas de ouro o que colaborava para fortalecer o centro financeiro novaiorquino Tabela 133 Assim a Primeira Guerra Mundial e a fase imediata de reconstrução europeia tinham colocado os Estados Unidos como um dos agentes mais importantes da economia mundial Contudo a vitória do partido republicano em 1920 e os efeitos da depressão de 1921 retraíram tal participação num movimento interno para construir políticas favoráveis aos anseios nacionais Afinal a proporção de produtos manufaturados exportados em comparação à produção total norteamericana não passava de 10 em 1914 chegando a pouco menos de 8 em 1929 Os investimentos estrangeiros diretos também não representavam proporções elevadas em comparação com o volume da economia interna O partido republicano defendia uma plataforma política de ações que dava prioridade para o mercado interno relegando a um plano secundário as considerações de ordem internacional A decisão do Congresso norte americano de não ratificar o Tratado de Versalhes refletiu essa postura dos republicanos Sucedendo Wilson foram eleitos três presidentes republicanos Warren Harding que governou até sua morte em 1923 sendo substituído pelo vicepresidente Calvin Coolidge reeleito em 1924 e finalmente Herbert Hoover eleito presidente em 1928 Fazia parte das atitudes do governo norte americano nesse período a defesa de maior isolamento por exemplo por meio da criação da tarifa FordneyMcCumber de 1922 que ampliava o protecionismo ao seu mercado 345 TABELA 133 Reservas de ouro em poder de bancos centrais e governos 1913 1929 do total Fonte EICHENGREEN 2000 p98 Tal medida se mostraria negativa inclusive para os Estados Unidos pois reduzia suas importações e consequentemente as rendas em dólares dos países que compravam as exportações norteamericanas Logo essas nações com suas receitas em dólares paulatinamente estreitadas promoviam outros controles tarifários para resguardar suas reservas Na mesma direção o anúncio de medidas mais rigorosas no acolhimento de imigrantes em 1924 representava a preocupação da sociedade com aumento da concorrência no mercado de trabalho reduzindo a média anual de imigração de um milhão para cem mil Uma política austera de gastos públicos também foi implementada principalmente quando os efeitos inflacionários do boom de 19191920 estavam chegando a limites intoleráveis Entre 1920 e 1921 US 9 bilhões foram diminuídos das despesas federais em bens e serviços dentro do país o auxílio aos países aliados foi reduzido das cifras de bilhões para US 175 milhões enquanto a arrecadação de impostos crescia US 525 milhões ARTHMAR 2002 p100 E para controlar o sistema monetário e a manutenção do padrãoouro nacional o recémcriado Federal Reserve Bank fundado em 1913 elevou a taxa de redesconto de 4 para 7 ainda em 1920 absorvendo a liquidez internacional Desse modo foram ampliadas suas já volumosas reservas de ouro e com o retorno à estabilidade não foi difícil aos Estados Unidos garantir a conversibilidade do dólar 346 A partir do final de 1922 a economia norteamericana superou a recessãodeflação e retomou o crescimento iniciando um boom que se encerraria com a crise de 1929 O Federal Reserve reduziu a taxa de juros e permitiu a expansão do crédito dos bancos comerciais Além disso durante o pouco mais de um ano de deflação os trabalhadores principalmente industriais conseguiram evitar que seus salários fossem reduzidos na mesma proporção dos preços Assim houve aumento dos salários reais o que alimentou a expansão da demanda agregada ARTHMAR 1997 p240242 A expansão da demanda encontrou campo para se concretizar em vários bens alguns frutos de inovações do período ou do passado recente Para Lewis a expansão teve início com a construção residencial A escassez de residências gerada pela redução de construções durante a guerra criou uma demanda reprimida cuja satisfação foi beneficiada pela queda dos custos de construção LEWIS 1949 p38 Porém a produção industrial foi o principal vetor da expansão da década de 1920 nos Estados Unidos Entre 1923 e 1929 a produção manufatureira cresceu 30 e entre 1925 e 1929 o número de estabelecimentos industriais ampliouse de 183900 para 206700 LEWIS 1949 p3839 KENNEDY 1989 p316 A indústria automobilística foi aquela que melhor expressou a dinâmica da década de 1920 Além do crescimento quantitativo Lewis registra o crescimento de 33 entre 1923 e 1929 LEWIS 1949 p38 a produção de automóveis estabelece fortes vínculos com outros ramos petróleo borracha aço estanho construção e transporte rodoviário entre outros Assim o impacto da indústria automobilística se disseminou por amplas áreas da economia Evidentemente isso reforçava a posição de liderança industrial dos Estados Unidos por exemplo em 1929 o país produziu 45 milhões de veículos motores enquanto França 211 mil Inglaterra 182 mil e Alemanha 117 mil KENNEDY 1989 p316 E o principal responsável por esse aumento da produção de automóveis foi Henry Ford que dedicado à construção de modelos mais simples o Modelo T no sistema de linha de montagem conseguiu reduzir os custos de US 1000 por veículo em 1913 para apenas US 300 em 1924 LANDES 2005 p465 Outra inovação que ganhou inúmeras aplicações na década de 1920 foi a eletricidade na esfera industrial e em especial na doméstica rádios geladeiras aspiradores cinema são exemplos do impacto da eletricidade sobre a vida quotidiana das populações Estas novas oportunidades abertas na década de 1920 mantiveram o investimento em nível elevado o que também contribuiu para acelerar a expansão da economia norteamericana O Produto Nacional Bruto cresceu 23 entre 1923 e 1929 enquanto o aumento da população foi de 9 a indicar a substancial elevação da renda per capita no período Mas essa 347 rápida expansão teve outras implicações Os Estados Unidos precisaram ampliar suas importações de produtos como borracha estanho petróleo entre outras matériasprimas Em compensação as exportações de carros máquinas agrícolas equipamentos de escritório também cresceram Para tanto era necessário que os Estados Unidos passassem a se responsabilizar de maneira mais ativa pela economia mundial Sua produção industrial só poderia alcançar outros mercados com apoio dos próprios investimentos norteamericanos no exterior e com maior importação de produtos europeus Assim de um lado em 1924 o Federal Reserve reduziu sua taxa de redesconto como apoio para que outros países voltassem ao padrãoouro em especial a GrãBretanha Assim os recursos financeiros voltariam a buscar a City de Londres em que vigoravam taxas de juros mais elevadas O aumento das reservas britânicas permitiria o retorno da libra ao padrãoouro Além disso o governo federal voltou a criar vias de financiamento para economias europeias como os empréstimos realizados pelo Plano Dawes à Alemanha Ou seja a própria dinâmica da economia norteamericana induziu medidas de política econômica que escapavam do estrito isolacionismo defendido por muitos nos Estados Unidos O mesmo se pode dizer das ações do Federal Reserve ora auxiliando a expansão da economia mundial ora voltandose primordialmente para os interesses da economia norteamericana Reduzir a taxa de redesconto do Reserve Bank ou realizar operações expansionistas de mercado aberto teria fomentado saídas de capital e a redistribuição desse ouro no resto do mundo Em 1927 foram registrados pequenos esforços nessa direção especialmente quando o Federal Reserve de Nova York baixou sua taxa de redesconto e realizou compras no mercado aberto para ajudar a Grã Bretanha a sair de uma crise de pagamentos Posteriormente a política norteamericana deu uma guinada contraditória As autoridades do Federal Reserve ficaram cada vez mais preocupadas ao longo de 1927 com o crescimento explosivo de Wall Street algo que consideravam estar desviando recursos de usos mais produtivos Para desestimular a especulação nas bolsas o Federal Reserve Bank de Nova York elevou sua taxa de redesconto de 35 para 5 no primeiro semestre de 1928 Suas ações foram sentidas tanto nos Estados Unidos como no exterior O aperto monetário deteve a expansão da economia norteamericana As elevadas taxas de juros fizeram com que o capital norteamericano deixasse de fluir para o exterior Ao não liberar ouro o Fed fez crescer as tensões sobre outros países que foram obrigados a reagir elevando suas próprias taxas de redesconto EICHENGREEN 2000 p102103 A política monetária dirigida pelo Federal Reserve devia dar conta tanto das exigências externas como das internas O compromisso com a restauração do padrãoouro em especial na GrãBretanha induziu redução dos juros norteamericanos em 1924 e em 1927 a fim de desviar recursos para a City de Londres e aumentar as reservas do Banco da Inglaterra Mas essa política podia produzir a expansão do crédito nos Estados Unidos comprometendo objetivos do próprio Federal Reserve Crédito relativamente fácil ajudou a 348 manter o nível de investimento elevado porém também sustentou ações tipicamente especulativas Dois grandes movimentos especulativos marcaram a década de 1920 nos Estados Unidos O primeiro no início da década foi um boom imobiliário na Flórida Estimulados pelo clima mais ameno da região compradores adquiriam lotes com uma pequena entrada muitas vezes paga com recursos de empréstimos bancários Com uma procura crescente terrenos podiam ser revendidos com lucros elevados o que estimulava empresários do ramo imobiliário a lotear novas áreas cada vez mais distantes do litoral A euforia terminou em 1926 quando não apareceram novos compradores e os preços começaram a cair GALBRAITH 1994 p4344 Mais importante foi a especulação com ações na bolsa de Nova Iorque Começou em 1924 sofreu breve recuo em 1926 talvez como reflexo do colapso imobiliário na Flórida acentuouse em 1927 o que levou o Federal Reserve a adotar medidas de restrição ao crédito em 1928 Embora o objetivo fosse desviar recursos da especulação com ações para a atividade produtiva o resultado foi recessivo e não conseguiu impedir a continuidade do desvio de recursos para os negócios em Wall Street Como sabemos o resultado foi a crise da bolsa em 1929 que será analisada no próximo capítulo Se a década de 1920 nos Estados Unidos foi a partir de 1923 de euforia um setor não se beneficiou desse boom Tratase da agricultura um indicador dos problemas que a atingiram no período é o declínio dos preços agrícolas mundiais tomando como base o período de 19231925 índice desses preços 100 houve declínio gradual até o índice 70 entre julho e outubro de 1929 KINDLEBERGER 1986 p73 Vários fatores conduziram a esse resultado o progressivo restabelecimento da produção agrícola de países europeus no pósguerra a adoção de novas técnicas de produção como a utilização de fertilizantes artificiais e a reintegração de linhas de comércio rompidas durante a guerra que aumentaram a concorrência entre os produtores agrícolas gerando resultados perversos para os agricultores norteamericanos Esse cenário de baixos preços produziu uma situação adversa para os agricultores norteamericanos numa época em que o conjunto da economia vivia momentos de euforia De certo modo essa euforia garantiu aos Estados Unidos a condição de líder da economia mundial nos anos 1920 Sendo o maior comerciante e credor os Estados Unidos haviam superado a Europa como importador de matériasprimas de regiões como a América Latina e como exportador de produtos industrializados além de realizar os empréstimos para a reconstrução da economia europeia Nova Iorque se destacava pelo volume de empréstimos e negócios e o governo federal auxiliava a estabilidade pelas grandes reservas de ouro Contudo diferentemente da GrãBretanha os Estados Unidos ainda 349 dependiam essencialmente de seu mercado interno e por isso suas ações como centro hegemônico de um novo sistema econômico permaneceram contraditórias durante a década de 1920 Era o principal exportador mundial mas mantinha barreiras tarifárias para importação de produtos manufaturados reduzindo a possibilidade de os países devedores pagarem suas contas Realizava empréstimos para a reconstrução europeia mas ao menor sinal de instabilidade e perda das reservas de ouro aumentava as taxas de juros atraindo os capitais para Nova Iorque e endividando ainda mais os países financiados Essa instabilidade no mercado internacional sugere a fragilidade do esquema que sustentava a economia mundial e que ruiu a partir do aprofundamento da crise de 1929 133 RECUPERAÇÃO ECONÔMICA EUROPEIA E RESTABELECIMENTO DO PADRÃOOURO Ao fim da Primeira Guerra além da reconstrução das economias afetadas pelo conflito o restabelecimento do padrãoouro se colocava entre as tarefas prioritárias Nas palavras de Polanyi citadas anteriormente o padrãoouro era o dogma primeiro e único comum aos homens de todas as nações de todas as classes de todas as religiões e filosofias sociais No entanto ele fora abandonado durante a guerra pois os países europeus não puderam manter a conversibilidade de suas moedas7 Com a instabilidade dos anos 19191921 não se criaram as condições para o restabelecimento do padrãoouro como se desejava Mas os efeitos da depressão de 1921 na Europa não perduraram muito e já em 1922 sinais de recuperação apareciam em algumas economias As taxas de desemprego continuariam altas na Europa por toda a década de 19208 mas a estabilização da economia possibilitou que alguns países se propusessem a meta de retorno ao padrãoouro A GrãBretanha o fez em 1925 o que estimulou a reintegração de outras nações ao sistema monetário internacional fundado no padrãoouro Mas diferentemente do período anterior à Primeira Guerra Mundial foram os Estados Unidos que forneceram os alicerces para o padrão ouro da década de 1920 auxiliando a estabilização da economia inglesa e dando suporte financeiro para países como a Alemanha No entanto o padrãoouro da década de 1920 era substancialmente distinto daquele vigente antes da Primeira Guerra Um primeiro problema dizia respeito à escassez de ouro no mundo No início da década de 1920 as reservas norteamericanas britânicas e francesas somadas representavam aproximadamente 60 de todas as reservas mundiais Países como Alemanha Itália Índia Rússia e Brasil tinham perdido importantes reservas de ouro Com o objetivo de solucionar o problema de liquidez foram organizadas duas conferências internacionais que contudo não 350 contaram com a presença dos Estados Unidos de Bruxelas em 1920 e de Gênova em 1922 Determinavase a partir de então que o lastro das moedas que retornavam ao padrãoouro não seria mais necessariamente constituído por reservas metálicas mas por outras formas de reserva de valor como uma moeda efetivamente lastreada em ouro Desse modo enfrentavase a escassez do metal no mercado mundial sem abandonar de todo a noção do padrão ouro Desta maneira flexibilizouse o padrãoouro admitindo que moedas estrangeiras que fossem conversíveis em ouro pudessem ser adotadas como reservas para outras moedas num regime por vezes chamado de padrão câmbioouro Essa recomendação feita pela conferência aos bancos centrais correspondia aos interesses britânicos de recuperar a posição estratégica no comércio mundial Como observavam os britânicos John M Keynes e Ralph Hawtrey que desempenharam papéis importantes nas resoluções de Gênova a tendência era que a libra fosse a moeda escolhida como reserva de valor principalmente pela importância do setor financeiro britânico Tinhase como certo que Londres com sua estrutura financeira altamente desenvolvida se tornaria um importante repositório de reservas cambiais como havia sido no século XIX A revitalização de seu papel traria para a City como já era denominado o bairro que abriga seu centro financeiro as atividades bancárias de que ela muito necessitava Esses negócios ajudariam a restabelecer o mecanismo de ajuste no balanço de pagamentos que havia funcionado tão admiravelmente antes da guerra EICHENGREEN 2000 p9697 Entretanto sem a participação dos Estados Unidos as resoluções não saíram de imediato e o sistema monetário internacional guiado pelo padrão ouro teve que evoluir gradativamente Em meados da década de 1920 especialmente no ano de 1924 o isolacionismo como base da política externa norteamericana começou a ser relaxado e o país de uma posição de defesa da economia nacional passou a influir mais decisivamente nas resoluções econômicas europeias e mundiais No esforço de criar um cenário de maior estabilidade monetária a preparar o retorno ao padrãoouro tanto os Estados Unidos como a GrãBretanha destinaram grandes somas para empréstimos a fim de permitir a reorganização financeira de países como Áustria em 1922 Hungria em 1924 e ainda Polônia Tchecoslováquia Bulgária Romênia e Itália em 1925 KENWOOD LOUGHEED 1992 p180 Outro importante ajustamento foi realizado na Alemanha recémsaída da hiperinflação por meio do Plano Dawes de 1924 sustentado por novos empréstimos norteamericanos No geral para todos esses países era importante restabelecer a conversibilidade em ouro para evitar o retorno da inflação de maneira que as novas moedas emitidas no país deveriam ser compatíveis com as reservas internas de ouro e de moedas 351 estrangeiras como a libra e o dólar reabastecidas pelos empréstimos externos Porém mesmo com o apoio norteamericano o retorno ao padrãoouro não era uma tarefa simples diante das mudanças ocorridas na economia mundial durante e após a Primeira Guerra O caso da GrãBretanha é exemplar dessas dificuldades Desde 1918 a GrãBretanha já demonstrava o desejo de retornar ao padrãoouro de forma a reconstituir o antigo sistema monetário mundial do qual o país era o centro financeiro Essa noção foi elaborada no relatório do Comitê Cunliffe de dezembro de 1919 que considerava a continuidade do padrãoouro imperativa e propunha restaurar a paridade vigente antes da guerra Mas para obter sucesso os ingleses precisavam realizar importantes reajustes em particular promover substancial redução dos preços Por que essa deflação era necessária para o retorno da libra ao padrãoouro na paridade vigente antes da guerra Durante a Primeira Guerra a inflação britânica foi muito elevada e com a suspensão da conversibilidade da libra em ouro houve forte desvalorização da moeda por exemplo em relação ao dólar Ao restaurar o padrãoouro na paridade anterior à guerra sem promover forte deflação os preços dos produtos britânicos ficariam muito caros no mercado internacional prejudicando as exportações isso porque os preços nos outros países em particular nos Estados Unidos haviam crescido menos do que na GrãBretanha Para continuar competitiva no mercado internacional a GrãBretanha deveria manter desvalorizada a libra diante do dólar ou promover a redução de seus preços Como a opção foi de buscar o retorno ao padrãoouro na antiga paridade a deflação se tornou imperiosa Mas a deflação enfrentava forte resistência interna pois os políticos britânicos tiveram de se defrontar com os interesses do movimento trabalhista Medidas restritivas como deflação e valorização cambial eram necessárias para levar o país de volta ao padrãoouro mas provocariam uma redução ainda maior das exportações e a ampliação do desemprego Karl Polanyi descreveu esse trade off que britânicos e tantos outros governos europeus deveriam enfrentar A proteção social e a interferência na moeda não eram simplesmente temas análogos mas frequentemente idênticos Desde o estabelecimento do padrãoouro a moeda passou a ser ameaçada tanto pela elevação do nível salarial quanto pela inflação direta ambas podiam diminuir as exportações e até depreciar os câmbios Esta simples conexão entre as duas formas básicas de intervenção tornouse o fulcro da política na década de 1920 Partidos preocupados com a segurança da moeda protestavam tanto contra os déficits orçamentários ameaçadores como contra as políticas do dinheiro barato opondose assim tanto à inflação do tesouro quanto à inflação do crédito ou em termos mais práticos denunciando os encargos sociais e os altos salários os sindicatos profissionais e os partidos trabalhistas POLANYI 2000 p265226 No entanto a deflação passível de ser produzida por políticas recessivas não era suficiente para garantir o retorno ao padrãoouro isso porque a 352 transição dependia das ações tomadas pelos Estados Unidos Nos primeiros anos da década de 1920 a política econômica norteamericana mantinhase recessiva com cortes de gastos elevação das taxas de juros e valorização da moeda atraindo capitais para o mercado norteamericano e impossibilitando que a libra pudesse ser valorizada Assim a transição foi conduzida pela Grã Bretanha de maneira gradual com o objetivo de evitar maiores deflações do que aquela ocorrida em 1921 Entre as ações do governo ainda em 1921 o Banco da Inglaterra havia elevado sua taxa de redesconto para sanar a desvalorização da libra frente ao dólar Como previsto as medidas recessivas ampliaram em menos de um ano as taxas de desemprego de 2 para 113 Somente em 1924 o cenário começou a se mostrar mais favorável para o governo conservador britânico o que era imperioso pois o ano de 1925 fora estabelecido como o limite para retornar ao padrãoouro por lei aprovada sete anos antes no Parlamento britânico Por determinação de Benjamin Strong presidente do Federal Reserve norteamericano foram baixadas as taxas de redesconto nos Estados Unidos O capital em busca de rendimentos mais elevados fluiu para Londres valorizando a libra que voltou à paridade com o ouro pelo preço anterior à guerra de 3 libras 17 xelins e 9 pence por onça de ouro com teor de pureza 0999 Assim o padrãoouro na GrãBretanha foi restaurado no ano de 1925 mas à custa de uma sobrevalorização da libra o que forçou novas elevações nas taxas de juros britânicas agravando a recessão pela dificuldade de realizar exportações e ampliando de forma mais drástica o desemprego EICHENGREEN 2000 p9092 Como resultado o governo britânico precisou lidar com manifestações e greves operárias como a maior greve da história da GrãBretanha em 19269 A credibilidade britânica no mercado internacional ainda era grande e logo que o país retornou ao padrãoouro acabou por trazer outros países para dentro do sistema entre eles Austrália Nova Zelândia e Hungria Entre 1925 e 1928 a reconstrução do padrãoouro foi praticamente concluída No início de 1926 já eram 39 os países que compunham o novo padrãoouro incluindo a GrãBretanha os Estados Unidos Holanda Suécia Dinamarca Suíça Alemanha Hungria Finlândia Tchecoslováquia Iugoslávia Bulgária Rússia os domínios ingleses Índia Austrália África do Sul e Canadá mais doze nações latinoamericanas Nos dois anos seguintes outros importantes países se adequaram ao padrãoouro como França Itália e Argentina KENWOOD LOUGHEED 1992 p182 A França viveria uma situação peculiar frente ao ajustamento ao padrão ouro durante os anos 1920 Uma das principais economias mundiais no período a França havia sido um dos países que mais havia sofrido com a guerra A reconstrução de toda a infraestrutura do país foi elaborada por meio 353 de financiamento inflacionário em grande medida emissão de moeda crescente elevação de preços e desvalorização da moeda pois as antigas rendas da economia francesa haviam sido aniquiladas Antes da guerra a França como a GrãBretanha havia acumulado enormes investimentos no exterior que tiveram de ser liquidados como forma de pagamento para os Estados Unidos além dos próprios investimentos perdidos principalmente os empréstimos para a Rússia que foram negados pelo governo após a revolução de 1917 Os rendimentos em juros do capital no exterior foram reduzidos de 8040 bilhões de francos antes da guerra para 2800 bilhões de francos em 1920 LANDES 2005 p387 Os grandes déficits orçamentários para o financiamento da reconstrução persistiram por mais de meia década enquanto era estabelecido o debate entre os grupos de esquerda que exigiam a organização de programas sociais e de emprego e a direita que exigia a recuperação da moeda e a redução dos gastos sociais Os franceses não aceitavam o aumento de impostos já que consideravam a Alemanha culpada pela guerra e como país responsável pelas perdas francesas deveria se comprometer com a reconstrução do país A valorização do franco estava associada à possibilidade de o governo francês honrar os pagamentos de sua dívida Assim a moeda teve momentos de valorização em 1921 diante da expectativa francesa de receber as indenizações alemãs e em 1923 com a invasão francesa ao vale do Ruhr pelo governo de Raymond Poincaré Ambos os eventos se mostraram efêmeros pois se no primeiro momento as indenizações não vieram no volume esperado no segundo momento a invasão ao Ruhr se mostrou eficaz somente nos primeiros meses Logo a tendência à desvalorização da moeda voltou a rondar Contudo em fins de 1923 com avanços nas negociações entre França e Alemanha mediadas pelo Plano Dawes o governo francês conseguiu restaurar o equilíbrio orçamentário com aumento dos impostos e maiores pagamentos das indenizações alemãs As dívidas francesas foram reduzidas de maneira considerável entre 1923 e 1925 caindo de US 38 bilhões para US 08 bilhão permitindo a valorização da moeda Tal fato deu nova credibilidade para o governo centroesquerdista de Édouard Herriot substituto de Poincaré que pode assumir novos empréstimos por meio do banco norte americano J P Morgan e do inglês Lazard Frères Mas uma nova reversão no valor do franco foi sentida no ano de 1925 com a queda de 19 francos por dólar no início do ano para 28 francos por dólar no final de 1925 e finalmente para 41 francos por dólar em julho de 1926 EICHENGREEN 2000 p87 Enquanto grande parte da Europa voltava ao padrãoouro a França demonstrava amplas dificuldades de estabilizar sua moeda e recuperar a valorização desta 354 A alta burguesia francesa contrária às ideias da esquerda francesa de taxação do capital derrubou Herriot e durante quatorze meses de indefinição ampliou a retirada de ativos da França A cotação do franco consequentemente voltou a registrar intensas quedas A solução da crise econômica francesa só tomou forma em julho de 1926 quando Poincaré voltou ao governo promovendo pequenos aumentos de impostos fazendo cortes nos gastos públicos e principalmente enterrando de vez a possibilidade de taxação de impostos sobre o capital Como resultado Poincaré sedimentou as condições para a volta do capital que se refugiara no exterior condicionando a nova valorização do franco Nos anos seguintes com a estabilização da moeda francesa e o retorno ao padrãoouro em 1928 as reservas de ouro do Banco da França foram multiplicadas dobrando de 1926 a 1929 triplicando em 1930 e quadruplicando em 1931 Se em 1925 a França detinha 79 do ouro em poder dos governos e bancos centrais em 1931 essa parcela havia subido para 239 apenas os Estados Unidos com 359 tinham reservas em ouro superiores às da França EICHENGREEN 2000 p98 O crescimento das reservas era resultado de uma subvalorização do franco que proporcionava vantagens competitivas no mercado internacional gerando um importante excedente em contas correntes mas ajudando a desequilibrar o sistema financeiro internacional A comparação do retorno ao padrãoouro da GrãBretanha e da França é útil para mostrar o impacto da taxa de câmbio sobre o desempenho da economia Como vimos a GrãBretanha ao restabelecer o padrãoouro em 1925 voltou à paridade da libra com o ouro anterior à Primeira Guerra Como os preços britânicos haviam subido mais do que os norteamericanos a libra se tornou sobrevalorizada em relação ao dólar Keynes estimava essa sobrevalorização em cerca de 10 Já a França na volta ao padrãoouro não restaurou a paridade anterior à Primeira Guerra pelo contrário a nova paridade do franco com o ouro implicava substancial desvalorização da moeda francesa o que é facilmente perceptível antes da guerra uma libra equivalia a cerca de 5 francos e em 1928 com a nova paridade francoouro uma libra passou a valer cerca de 25 francos Essas novas paridades da libra e do franco com o ouro explicam em grande parte o desempenho diferencial das economias britânica e francesa na década de 1920 Esse fato pode ser evidenciado primeiro pelo desempenho das exportações dos dois países Comparando o volume de exportações em 1913 índice 100 com o volume em 1929 a França atingiu um volume de 147 ao passo que o Reino Unido GrãBretanha Irlanda do Norte registrou o volume de 81 Ou seja enquanto as exportações francesas cresceram após a 355 guerra as britânicas decresceram O efeito da nova paridade da moeda embora não seja único não pode ser ignorado Uma moeda subvalorizada como o franco o que já ocorria mesmo antes da volta ao padrãoouro favorece as exportações ao passo que a sobrevalorização da libra as desestimulava É certo que para a GrãBretanha havia problemas estruturais pois suas principais indústrias carvão ferro e aço construção de navios e tecidos não conseguiam competir no mercado mundial por conta de mudanças tecnológicas de produtos substitutos e de mercados perdidos durante a guerra para novos produtores Porém a volta da libra ao padrão ouro além da sobrevalorização exigia também a manutenção de elevadas taxas de juros para atrair recursos externos que ampliassem as reservas internacionais necessárias para sustentar o padrãoouro É claro altas taxas de juro inibem o investimento e contribuem para o ambiente recessivo da economia britânica na década de 1920 Isso se reflete também nos índices de produção industrial da GrãBretanha e da França no período Tomando como base a produção de 1913 índice 100 a produção industrial britânica em 1920 havia retornado a esse nível 100 e em 1929 aumentou para o nível 128 Já na França a produção industrial em 1920 era substancialmente inferior à de 1913 índice 62 mas em 1929 se situava no nível 142 Ou seja enquanto a produção industrial britânica cresceu 28 na década de 1920 a francesa teve um aumento de 129 FEINSTEIN TEMIN TONIOLO 1997 p60 A experiência desses dois países se repetiu em outros da Europa de modo geral os países que ao retornarem ao padrãoouro restabeleceram a paridade anterior à Primeira Guerra tiveram desempenhos fracos na década de 1920 ou passaram por crises severas em função das medidas necessárias para restaurar o padrãoouro É o caso da Dinamarca e da Noruega menos traumático foi o processo para Holanda Suécia e Suíça Já os países que desvalorizam sua moeda no retorno ao padrãoouro ostentaram melhor desempenho na década de 1920 é o caso principalmente de França Itália Alemanha e Bélgica Evidentemente em cada país há peculiaridades que podem nuançar a regra geral aqui sugerida No entanto o efeito de uma moeda sobrevalorizada ou subvalorizada parece ser em todos os casos bastante forte FEINSTEIN TEMIN TONIOLO 1997 p6271 Neste novo cenário o padrãoouro perdia uma de suas condições fundamentais isto é a convergência entre as políticas econômicas de diferentes países Em suma o restabelecimento do padrãoouro na Europa evidenciou a dificuldade de restaurálo numa economia mundial que sofrera profundas mudanças durante e após e Primeira Guerra Mundial O período de 19251929 foi caracterizado portanto pelo momento de reconstrução do padrãoouro numa fase de grande expansão e 356 desenvolvimento da economia mundial com a incorporação das transformações da Segunda Revolução Industrial Contudo a fragilidade da dependência mundial às exportações de capital norteamericanas foi exposta em 1928 quando os Estados Unidos na tentativa de assegurar o boom em Wall Street elevou a taxa de juros Para compensar a queda da entrada de capitais dos Estados Unidos vários países retornaram às políticas protecionistas com o objetivo de ampliar as rendas das balanças comerciais O impacto da crise de 1929 e da Grande Depressão evidenciou que as bases da economia mundial da década de 1920 eram frágeis e foram insuficientes para fazer frente aos problemas colocados pelos eventos do fim da década Isso é o que sugere W Arthur Lewis numa breve síntese sobre a década de 1920 escrita em 1949 em que situa sua análise do período diante da visão que predominava naquela década É mais fácil avaliar agora a segunda metade dos anos 1920 do que era naquele tempo A visão corrente à época era dominada pela crescente prosperidade amplamente associada com a expansão e com os empréstimos americanos A guerra e suas heranças estavam sendo esquecidas Mas agora nós podemos ver que se 19191925 foi um período obviamente dominado pelos efeitos da guerra 19251929 não foi muito mais do que um período de reajustamento aos efeitos da guerra embora esses efeitos não fossem mais visíveis na superfície Problemas deixados pela guerra permaneceram não resolvidos especialmente a criação de um sistema monetário internacional estável o ajuste da dimensão da economia agrícola e a reorientação da GrãBretanha da Alemanha e da França no mundo do pósguerra Tão logo a América deixou de se expandir e de emprestar os desajustes subjacentes vieram à tona e cobraram seu preço LEWIS 1949 p50 A conclusão de Lewis nos leva portanto à discussão da crise de 1929 e da Grande Depressão dos anos 1930 em conexão com os eventos da década de 1920 REFERÊNCIAS ALDCROFT D 2001 The European Economy 19142000 4a ed London Routledge ARTHMAR R 1997 Deflação A Experiência do Bloco Aliado nos Anos 20 Tese de Doutorado São Paulo FEAUSP ARTHMAR R 2002 Os Estados Unidos e a Economia Mundial no PósPrimeira Guerra Estudos Históricos n29 EICHENGREEN B 2000 A Globalização do Capital Uma História do Sistema Monetária Internacional São Paulo Editora 34 FEINSTEIN C H TEMIN P TONIOLO G 1997 The European Economy Between the Wars Oxford Oxford University Press GALBRAITH J K 1994 Uma Viagem pelo Tempo Econômico Um Relato em Primeira Mão São Paulo Pioneira HOBSBAWM E 1995 A Era dos Extremos O Breve Século XX 19141991 São Paulo Cia das Letras KENNEDY P 1989 Ascensão e Queda das Grandes Potências Rio de Janeiro Campus KENWOOD A G LOUGHEED A L 1992 The Growth of the International Economy 1820 357 1990 London Routledge KEYNES JM 1984 Keynes Organizado por T Szmrecsányi São Paulo Ática KINDLEBERGER C P 1986 The World in Depression 19291939 Berkeley University of California Press LANDES D 2005 Prometeu Desacorrentado Rio de Janeiro Editora Campus LEWIS W A 1949 Economic Survey 19191939 London George Allen Unwin Ltd POLANYI K 2000 A Grande Transformação As Origens de Nossa Época Rio de Janeiro Elsevier 358 1 Embora não subestime a tragédia humana inerente às perdas durante a Primeira Guerra Aldcroft lembra que poucos países sofreram escassez de mão de obra na década de 1920 que pelo contrário foi marcada por elevado desemprego ALDCROFT 2001 p8 2 O Tratado de Versalhes arbitrava as questões entre os Aliados e a Alemanha Outros tratados subsequentes definiram as cláusulas entre Aliados e Áustria St Germain Bulgária Neuilly e Hungria Trianon transformando consideravelmente as fronteiras europeias Foram criados novos países como Finlândia Lituânia Letônia e Estônia independentes dos russos TchecoEslováquia da destruição do Império dos Habsburgos e Iugoslávia incluindo antigos territótórios independentes Sérvia e Montenegro e dos impérios dos Habsbrugos e turco a Polônia foi reconstituída 3 O total de US 40 bilhões era em preços da época que corresponderiam a US 400 bilhões de 1992 GALBRAITH 1994 p24 4 No livro The Economic Consequences of Peace especialmente no Capítulo A Europa depois do Tratado Keynes critica os dirigentes de França Reino Unido Estados Unidos e Itália por não se preocuparem na definição do Tratado de Versalhes com a recuperação das economias dos países derrotados O Conselho dos Quatro não deu atenção a essas questões por estar preocupado com outras Clemenceau em esmagar a vida econômica do inimigo Lloyd George em fazer um acordo e levar para casa alguma coisa para exibir durante uma semana o Presidente Wilson dos Estados Unidos em não fazer coisa alguma que deixasse de ser justa e certa É um fato extraordinário que o problema econômico fundamental de uma Europa faminta e desintegrada diante de seus olhos constituísse uma questão incapaz de despertar o interesse dos Quatro No campo econômico as indenizações de guerra eram sua principal preocupação eram tratadas como um problema de teologia de política de chicana eleitoral ou seja sob todos os aspectos exceto no que se refere ao futuro econômico dos Estados cujo destino estavam decidindo KEYNES 1984 p54 5 À época a hiperinflação alemã gerou uma polêmica Para uma parte dos analistas o causa primária da hiperinflação foi o déficit no balanço de pagamentos decorrente dos encargos das reparações de guerra que deviam ser pagas em moeda estrangeira Esse déficit levou a substancial desvalorização do marco alemão e em consequência à elevação dos preços dos importados necessários à reconstrução e ao dia a dia da população alemã Com a acelerada elevação dos preços as autoridades foram obrigadas a emitir papelmoeda alimentando a inflação Para outro grupo de analistas a inflação teve como causa primária a excessiva emissão de papelmoeda cuja origem seria um déficit orçamentário elevado decorrente dos gastos com os encargos de empréstimos realizados durante a guerra e também com os programas econômicos e sociais do pós guerra FEINSTEIN TEMIN TONIOLO 1997 p40 6 A tarefa da reconstrução após a Primeira Guerra foi muito mais difícil nos países da Europa Central e Oriental Áustria Tchecoslováquia Bulgária Hungria Polônia Romênia Iugoslávia e Rússia Aldcroft lembra que aos problemas comuns aos países que passaram pela guerra devastação física escassez de recursos elevado desemprego desequilíbrios orçamentário e do balanço de pagamentos inflação caos financeiro foram somados os decorrentes da formação de novos países como a redefinição territorial constituição de novas estruturas políticas e administrativas em geral bastante frágeis a reorganização econômica em um novo espaço territorial Em consequência as condições de vida nesses países no pósguerra foi bem mais precária do que a dos países da Europa Ocidental até porque não contaram com o apoio norte americano ALDCROFT 2001 p3336 7 O abandono do padrãoouro decorreu de um lado da redução das reservas de ouro de países europeus principalmente GrãBretanha e França pela necessidade de utilizálas para cobrir o déficit na balança comercial de outro pelo aumento da emissão de moeda como parte dos recursos necessários para o financiamento da guerra De forma muito esquemática podemos dizer que havia mais moeda em circulação e menos ouro nas reservas o que tornou inviável manter a conversibilidade nas paridades vigentes antes da guerra Evidentemente isso se refletiu na desvalorização dessas moedas diante do dólar pois os Estados Unidos como vimos ampliou o volume de ouro em suas reservas durante a guerra 686 8 Entre 1924 e 1929 período de amplo crescimento econômico as taxas de desemprego europeias ficaram em torno de 10 e 12 em países como GrãBretanha Alemanha e Suécia e 17 e 18 na Dinamarca e Noruega Em comparação os Estados Unidos mantiveram taxas em torno de 4 HOBSBAWM 1995 p95 9 Em 1925 Keynes publicou um artigo reproduzido em sua obra Essays in Persuasion de 1931 chamado The Economic Consequences of Mr Churchill no qual atribui ao retorno ao padrão ouro na paridade anterior à Primeira Guerra o profundo desemprego que já se manifestava à época na GrãBretanha Considerando um erro a restauração da paridade da libra em relação ao ouro Keynes afirmava em sua crítica a Churchill então Ministro da Fazenda britânico que ele não possuía nenhum discernimento instintivo para impedilo de cometer tais erros e que sem esse discernimento havia sido suplantado pelas vozes clamorosas das finanças convencionais Os altos funcionários do Tesouro e a comunidade financeira da City londrina teriam induzido Churchill a tomar aquela medida na esperança e no interesse de recuperar para as finanças britânicas a posição dominante que haviam ostentado até a Primeira Guerra GALBRAITH 1994 p41 687 Os Anos de Chumbo Notas sobre a Economia e a Política Internacional no EntreGuerras UHGHULFR0DXFFK The battery pack is designed to power your device without an external electrical connection The typical life of a battery pack is approximately one to two years dependent on usage characteristics If the battery pack is old and no longer holds a charge it should be disposed of in accordance with local regulations Always use or replace batteries with ones of the same type and rating as recommended by the manufacturer Improper handling of batteries may cause fire or chemical burn hazard Do not disassemble crush puncture or short external contacts Do not dispose of in fire or water Do not expose to temperatures above 60C 140F Replace battery pack only with manufacturers recommended battery pack Keep battery pack away from children Batteries contain chemicals that may cause skin irritation or burns If battery fluid comes into contact with skin or eyes flush immediately with water and seek medical advice Dispose of used battery packs promptly according to local regulations to avoid pollution PRODUCTS When i 0 omul de subsol este cel de pe pozitia 0 a listei de oameni Cati oameni raman dupa aceasta extragere R 1 19 Cand i 1 omul de subsol este cel de pe pozitia 1 a listei de oameni indexul listei incepe cu 0 ca in programare Cati oameni raman dupa extragerea din pasul 1 R 9 1 8 Cand i8 omul de subsol este cel de pe pozitia 8 a listei de oameni Cati oameni raman dupa extragerea din pasul 8 R 2 11 Observam ca dupa extragerea din pasul 8 mai ramane o singura persoana in lista Aceasta trebuie sa fie Solomon Bucher Concluzie Solomon Bucher este ultimul om ramas in subsol Din punct de vedere matematic la fiecare pas numarul de oameni se reduce cu 1 iar pozitia urmatorului om de subsol creste cu 1 Aceasta metoda poate fi generalizata pentru orice numar de oameni si conditii specifice Hello Chris We are pleased to inform you that you have been selected for the position of Communications Manager at The Walker Foundation Congratulations Look for Communications Manager The Walker Foundation Y employees The Telegraph UK Introducing the new Communications Manager in our team Welcome 1919 4 34 C Biting Power of Teeth Fig 17 The approximate biting power at different points in the jaw The curve above shows the approximate relative biting power in the different parts of the jaw as shown by the letters to the left or right of the tooth drawn to indicate the position where the power was measured The horizontal position of the letters shows the approximate position of the corresponding teeth on the upper jaw After Shillingburg N2 CH4 CH4 N2 CH4 CO2 CH2 H2O CO CH2 H2O CH2OH H CH2OH CH4 CH32OH H CH32OH CO2 C3H7O2 MGCH2OH CHO HCO H3O CO H3O CO2 Chemical Interface Model Surface reaction mechanism il Chemical Interface Model Simulation N2 Ar CH4 CO2 and potential pyrolysis products are simultaneously simulated Reactions are described at the molecular level and integrated into a continuum mass momentum and energy balance oss B andotential Surface Chemical Reactions Banson Surface Heterogeneous Reactions Water adsorption and desorption H2Ogas H2Osurf HOOHdesorption Water dissociation and recombination H2Osurf Hofs OHsurf O Hydrogen atom adsorption and abstraction Hatom Hsurf Hads Hsurf Hgas Hydroxyl adsorption and abstraction OHgas OHsurf OHads OHsurf OHgas Reactive heating for H2O adsorption and H2O dissociation incorporated in this model denotes an available surface site Surface reaction mechanism il Chemical Interface Model Simulation Summary The CIM model allows the investigation of plasma surface reaction mechanisms the role of surface chemistry on plasma composition and the reaction mechanisms at plasmamaterial interfaces Experimental datasets support model verification Future work includes additional model refinements and integration into coupled plasma simulations Bring me the recruits I want musketeers Gentlemen at arms Men with style I find your lack of science disturbing The more you tighten your grip Tarkin the more star systems will slip through your fingers Case Modifications Case Modifications Case Modifications Dam health and safety is everyones responsibility Taree water supply dams are carefully maintained and regularly inspected by specialist engineers to ensure safety If you notice anything unusual or see a dam emergency please contact Hunter Water phone 1300 657 657 Hunter Water TAREE WATER SUPPLY DAMS Braemar Dam constructed 1983 Storage 97000 ML Meadow Creek Dam constructed 1990 Storage 9400 ML POPHAM DAM Constructed 1975 Storage 28145 ML Beaudesert Dam constructed 1911 Storage 1587 ML Emergency warning signs Dam is unsafe for recreational activities and public access Unauthorized access is strictly prohibited Danger Keep out Keep clear of dam wall Access to dam gatesreacltorsstairs etc Severe injury or death may result Hunter Water wwwhunterwatercomau Phone 1300 657 657 In an emergency call 000 Unit 5 7 Vella Drive Port Macquarie NSW 2444 Head Office 601 Hunter Street Newcastle NSW 2300 wwwhunterwatercomau Boats Diving Swimming or fishing from dam wall is prohibited Warning Slippery surfaces Falling debris Heavy machinery Unstable and Deep edges Deep water Unexpected releases of water Poisonous plantsinsects Please note these dams are NOT open for swimming or recreational fishing activities Dry weather Water restrictions are in place Please use water wisely Water supply dams are NOT open for recreational use Emergency Warning Signs are displayed to ensure visitors and the surrounding community are aware of potential hazards at the dams Emergency Warning Signs are displayed on most Hunter Water owned dams to ensure visitors and the surrounding community are aware of potential hazards at the dams These hazards include but are not limited to Ongoing dam safety and security works Remote location Deep water Poor mobile phone coverage A dam emergency is an incident where a dam wall or structure has been damaged and the community may be at risk Emergency Warning signs include the following information Emergency services contact details If you notice anything unusual or see a dam emergency please contact Hunter Water on 1300 657 657 K4CB 21022023 Ayuda al ciudadano en diversas situaciones y se encarga de darle orientación ante cualquier situación que se le presenta Defender y promover los derechos humanos en la localidad Defender y promover los derechos humanos en la ciudad de Quito Se propone como un espacio de comunicación directa entre la autoridad y la comunidad Los concejos de protección y restitución de derechos a niños niñas y adolescentes tienen la finalidad PRINCIPALES FUNCIONES PRIORIZACIÓN DE PROBLEMÁTICAS LOCALES PARA LA CONSTRUCCIÓN DE POLÍTICAS PÚBLICAS LOCALES Construir de manera conjunta con los ciudadanos y las autoridades locales un canal de comunicación para la presentación de sugerencias inquietudes y peticiones en relación con temas que les afectan en su localidad Creación de espacios para el diálogo y la concertación Mejorar la calidad de vida de sus habitantes Promover espacios de participación ciudadana y desarrollo comunitario Los gobiernos parroquiales son las instituciones públicas del Estado con formación organización y autonomía administrativa económica y política con personería jurídica autonomía política administrativa y económica para gestionar los recursos públicos y el desarrollo local Lo conforman La asamblea parroquial el alcalderepresentante y la junta parroquial El alcalde de la parroquia rural corresponde a una autoridad política con funciones ejecutivas que pertenece al gobierno parroquial rural Su función principal es la de administrar la parroquia rural y representa a la comunidad indígena la junta parroquial está integrada por el alcalde y los vocales o vocalas parroquiales que son ciudadanos elegidos con los que se gestionan y ejecutan las políticas públicas y locales FUNCIONES DE LA JUNTA PARROQUIAL Elaborar planes de desarrollo y presupuestos participativos con la respectiva gestión y administración de programas y proyectos Promover y fortalecer la organización comunitaria y la participación ciudadana Gestionar ante las instancias provinciales regionales y nacionales los recursos económicos para el desarrollo local Gestionar la seguridad y defensa civil así como atender a situaciones de emergencia que presenten las comunidades Atención a las necesidades básicas del territorio priorizando etnia género y personas con discapacidad FUNCIONES DE LA ASAMBLEA PARROQUIAL Elegir al alcalde o representante de la parroquia rural Elevar sus informes de gestión y rendición de cuentas Aprobar mecanismos de participación ciudadana a nivel parroquial Tomar decisiones en relación con acuerdos para la reparación de daños y la restitución de derechos en un marco de participación ciudadana y respeto a los derechos humanos Conocer y vigilar el cumplimiento de las disposiciones legales vigentes en materia de administración y gestión de bienes servicios y recursos públicos Elaborar el plan de desarrollo parroquial rural participativo con sus proyectos y presupuesto correspondiente Conocer los informes de rendición de cuentas y formular las recomendaciones que correspondan Aprobar el plan de desarrollo parroquial rural y los planes cantonales en base a sus competencias Para la ejecución de cada una de las funciones pueden contar con el apoyo del CIDAP FUNCIONES DEL ALCALDE O REPRESENTANTE PARROQUIAL Representar legalmente a la parroquia rural y administrar los recursos públicos Ejercer y hacer cumplir las disposiciones legales y ordenanzas emitidas por el Gobierno Autónomo Descentralizado parroquial rural Supervisar y evaluar la ejecución de planes programas y proyectos a nivel parroquial rural Mantener relaciones con otras entidades gubernamentales y sociales para la consecución de los objetivos locales Impulsar proyectos de desarrollo económico social y cultural en su parroquia Coordinar la planificación y ejecución del presupuesto participativo parroquial Promover la participación ciudadana y fortalecer las organizaciones comunitarias dentro de su jurisdicción El Cuerpo de Bomberos es una institución para prevenir controlar y combatir todo tipo de incendios y otras emergencias y desastres así como para asistir en la protección y salvaguardia de la vida y bienes de las personas FUNCIONES Prevenir y combatir incendios en el territorio de su jurisdicción Coordinar la atención en casos de emergencias y desastres Participar en actividades de prevención y educación en riesgos Mantener el equipamiento vehículos y otros recursos en condiciones óptimas Prestar servicios de primeros auxilios y rescates Colaborar con otras instituciones en situaciones de emergencia Capacitar a su personal y voluntarios en técnicas y procedimientos de rescate y atención a emergencias Promover la cultura preventiva en la comunidad El Cuerpo de Bomberos trabaja en colaboración con la Policía Nacional Fuerzas Armadas Cruz Roja organismos de socorro y otras entidades públicas y privadas En Ecuador el Cuerpo de Bomberos es una entidad autónoma con personería jurídica y administración propia que funciona como un organismo público descentralizado Santa Cruz High School 20112012 Honor Roll Higher Achievement APHonorIB Classesonly Selected 1st Semester 2nd Semester Adopted from the Santa Cruz County Office of Education and the Live Oak Union School District Fall 2010 Aptos High School 20112012 Honor Roll Selected for Honor Roll all yearA recognized for having an overall GPA of 303499 for all grading periods and semester 2nd Semester 1st Semester Santa Cruz High School 20112012 Honor Roll Higher Achievement Selected for Honor Roll all year A recognized for having an overall GPA of 35 or higher for all grading periods and semester Spring Fall 2011 VXDV PHWDV GH LQYHVWLPHQWR H SURGXWR LQWHUOLJDGDO XYhGHV RLOHG VHX DWDTXH SURSRVWRU DE D VLQRWD DVLQGVWULDV HVWDYDP VXEPHWLGDV D FYGLJRV LQGHSHUPVDO uLRV GR LQIRUPDoHV QDV HVWLPDWLYDV QRV LQWHUHVVHWD D OXWD OD SHUVXSD suDoHV SDUWLFXODU 1mR KDYLD QHQKXP LQVWUXPHQWR RX PHFDQHV SDUD 7UDQWLHV HQWUH RV SODQRV H SURMHoHV GDV GLIHUHQWHV LQGVWULDV 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Selecionadas 193240 ÁREA CULTIVADA 1000 hectares PRODUTO toneladas métricas Trigo Milho Aveia Algodão Trigo Milho Aveia Algodão 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938 1939 1940 RQWH0LWFKHOO RPHQWiULRV D 1RVTXDWUR FDVRV D UHGXomR GDV i UHDV FXOWLYD GH DV i UHDV GHVWLQDGDV DR FXOWLYR GR WULJR VH FRQWUDHP QRF DVR GR DOJRGmR D UHGXomR GDV i UHDV FX 1RTXHVH UHIHUH DR PLOKR H j DYHLD D WHQGrQFLD j UH HQWUH H DFUHDV DOORWDQWR 2VHORVWHD V IRUDP HIHWLYRV R FRQFOXVHV GH HDURQ E P UHODomR j SURGXomR Ki GRLV VXESHUtRGRV Qt SULPHLUR VXESHUtRGR Ki XPD FRQWUDomR JHUDO GD SURGX HIHLWRV GDV VHFDV GH H IRUDP SDUWLFXODUPHQWR GD DYHLD SDUWLUGH Ki XPD WHQGrQFLD DR FUHVFLP SURGXomR GH DYHLD DVVXPH D SDUWLUGH HQWmR XP F DOJRGmR DSyV XP LPSRUWDQWH FUHVFLPHQWR HP VH DQWHULRU 2VQRV GH KXPER UHGHULFR 0DXFFKHOO L 75 2V SURJUDPHVGDV LQIR UHHRZ HVRIDOL UHUDP LQPHUDV FUtWLFDV I GLILFXOGDGHV QD GLVWLQomR HQWUH WUDEDOKDGRUHV HP FULWpULRV GLVWLQWRV GH KDELOLWDomR VHOHomR H UHP FRPSOHLGDGH QD GHILQLomR GDV DWULEXLoHV HQWUH 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LPSRUWDQWH GR TXH DV FRQWUDGLoHV H RV HYHQWI LPSOHPHQWDomR 2 DVSHFWL PHPRQ 1HZ PDROL GH ELFYRQK FRLPHQWR HSG VRPHQWH D LQWHUYHQomR FRQVFLHQWH GR VWDGR SRGHULDP FRQFRUUrQFLD GH 7 HDUQEDODGLFDO 2OLRX H GHX VXEVWkQFLD j S TXDOGR DDUHV GR PHUF DGR DPHDoDUDP D YLGD GD VRFL LQWHUHVVH SEOLFR H UHVWDXHDU DO GLJX G UHS WRQWL 1HZ HIRLQ XPD GH GR FV DRV SUHFHVVRQ GH FDWLV H YDORUHV VH SURMHWDUDP QR GHV HFRQ PLFR GR SyV JXHUUD R FRQWUiULR GR FDSLWDOLVPR FDSLWDOLVPR UHIRUPDGR GH 5RRVHYHOW IRL XPDOHQ SUL JH R GLVFRUUHUV HDUHZ REXOD QHO R XR 5RQFRXVVXGHWrP DYDOLDomR G QVLRQ YHO D SVR C tWLFDV H VRFLDLV GHVWD YHUGDO RL SRVV t yHO YHULILFDU D JRYHUQDELOLGDGH GR FLFGR H FRQTXLVWDV VRFLDLV RL SRVV t yHO GHPRQVWUDU TXH V DPHULFDQD WHULD PHUJXOKDGR QR GHFR GHIIRUP G HYR GXomR QKHRFGRWLFD GR VHZ HDOWRU OHVWQRX VH XP HHPSOR LQFPRGR SDUD R OLEH REVHVVmR SDWpWLF D HP LJQRUi OR RX GH VTXDOLILFi OR 2VQRV GH KXPER UHGHULFR 0DXFFKHOO História Econômica do Século XX 012024 Fichamentos da Unidade 2 FICHAMENTO 1 OBRIGATÓRIO SAES F SAES A M História econômica geral São Paulo Saraiva 2013 cap13 1 Objetivos do texto 2 Argumentos desenvolvidos no texto 3 Impressões do estudante sobre o texto 4 Trechos que por alguma razão você queira destacar com indicação de página FICHAMENTO 2 OBRIGATÓRIO MAZZUCCHELLI F Os anos de chumbo economia e política internacional no entreguerras São Paulo Unesp 2009 cap7 1 Objetivos do texto 2 Argumentos desenvolvidos no texto 3 Impressões do estudante sobre o texto 4 Trechos que por alguma razão você queira destacar com indicação de página História Econômica do Século XX 012024 Fichamentos da Unidade 2 FICHAMENTO 1 OBRIGATÓRIO SAES F SAES A M História econômica geral São Paulo Saraiva 2013 cap13 1 Objetivos do texto O texto objetiva analisar a reconstrução europeia após a Primeira Guerra Mundial e o impacto na economia mundial durante a década de 1920 2 Argumentos desenvolvidos no texto A Primeira Guerra Mundial causou rupturas significativas na economia internacional questionando a influência política dos países imperialistas e a organização do sistema econômico global O padrãoouro fundamental para a hegemonia britânica no século XIX mostrou se inadequado para as novas exigências comerciais mundiais pósguerra A reconstrução econômica europeia foi dividida em duas fases uma inicial de recuperação física e humana e uma posterior de expansão econômica Os Estados Unidos emergiram como uma potência industrial e financeira embora com uma postura internacional tímida 3 Impressões do estudante sobre o texto O texto oferece uma visão abrangente e detalhada dos desafios econômicos enfrentados pela Europa no pósguerra e destaca a ascensão dos Estados Unidos como um novo centro financeiro A análise das duas fases de reconstrução europeia é particularmente esclarecedora 4 Trechos que por alguma razão você queira destacar com indicação de página O modelo que havia imperado durante todo o século XIX representava no limite a estrutura construída pela política inglesa cujos pilares fundamentais eram a economia de mercado o livrecomércio o Estado liberal e o padrãoouro p 331 Na Europa Ocidental o pósguerra demarcou duas fases distintas uma primeira fase logo após a guerra de reconstrução das sociedades num contexto complexo de destruição física e humana e uma segunda fase já em meados dos anos 1920 de recuperação expansão econômica e reorganização das antigas estruturas econômicas p 331 Os Estados Unidos gozavam em primeiro lugar de grande prestígio financeiro em função dos empréstimos para a guerra e para a reconstrução europeia com Nova Iorque tornandose um novo e importante centro financeiro e em segundo lugar de grande poder industrial p 331 FICHAMENTO 2 OBRIGATÓRIO MAZZUCCHELLI F Os anos de chumbo economia e política internacional no entreguerras São Paulo Unesp 2009 cap7 1 Objetivos do texto O texto tem como objetivo discutir o processo de reconstrução europeia e as reparações de guerra impostas aos países derrotados especialmente a Alemanha no período de 1919 a 1925 2 Argumentos desenvolvidos no texto A Primeira Guerra Mundial causou destruição humana e física excepcionalmente grande especialmente na Europa As perdas humanas e a destruição física exigiram uma complexa reconstrução das economias europeias muitas vezes com a assistência das potências aliadas e dos Estados Unidos As reparações de guerra impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes geraram uma profunda crise econômica e hiperinflação A estabilização da economia alemã só foi possível com a ajuda de planos como o Plano Dawes apoiado pelos Estados Unidos 3 Impressões do estudante sobre o texto O texto fornece uma análise detalhada e crítica das consequências econômicas da Primeira Guerra Mundial destacando a complexidade e a severidade das reparações de guerra A discussão sobre a hiperinflação alemã é particularmente impactante 4 Trechos que por alguma razão você queira destacar com indicação de página A Primeira Guerra Mundial foi para Eric Hobsbawm 1995 p31 o primeiro evento na história em que efetivamente houve um conflito de extensão mundial p 332 A destruição física foi igualmente elevada fazendas fábricas habitações ferrovias plantéis de gado sofreram danos em grau maior ou menor reduzindo a capacidade produtiva dos países europeus p 333 Por meio de cálculos grosseiros e com a justificativa de que a Alemanha é que havia invadido Bélgica e França a comissão chegou ao valor da indenização imposta à Alemanha de US 40 bilhões p 340 Os índices de aumento dos preços justificam plenamente o rótulo de hiperinflações comparando os níveis anteriores à guerra com os prevalecentes ao fim da inflação os preços haviam se multiplicado 14000 vezes na Áustria 23000 vezes na Hungria 2500000 vezes na Polônia e um bilhão de vezes na Alemanha p 341