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Tizuko M Kishimoto Org Jogo brinquedo brincadeira e a educação CAPÍTULO IV A série busca no jogo do lúdico na Matemática Manoel Orisvaldo de Moura As referências ao uso do jogo no ensino de matemática nos últimos anos têm sido constantes Os congressos brasileiros sobre jogos realizados na Universidade de São Paulo em 1989 e em 1990 já faziam referência ao jogo no ensino de matemática O mesmo podemos notar nos Encontros Nacionais de Educação Matemática ENEM promovidos pela Sociedade Brasileira de Educação Matemática realizados desde 1987 nos encontros de Educação Matemática Nesses eventos o trabalho era mais pautado em discussões de concepções de grupo e temas ou minicursos A Fundação para o Desenvolvimento Escolar FDE São Paulo também tem propiciado a discussão do jogo como proposta pedagógica através de cursos e de publicações ver Ideias nr 17 e p 10 As evidências parecem justificar a importância que vêm assumindo o jogo nas propostas de ensino de matemática TIZUKO MORCHIDA KISHIMOTO Tornase relevante a análise desta tendência para que possamos assumir conscientemente o nosso papel de educadores Isto se justifica em virtude de podermos estar incorrendo em enormes e reiterados erros muitas vezes só percebemos a irreparabilidade dos danos que a ausência desse assunto na educação matemática causa somente após a sua pertinência A educação matemática está repleta de exemplos de ações em que se destacam aspectos isolados dos problemas de aprendizagem desta disciplina A matemática moderna é apenas um dos exemplos mais significativos Os congressos de educação matemática patrocinados pela Unesco também contribuíram para uma visão restrita dos problemas do ensino da matemática As discussões de Almiro 1980 Maltos 1989 Moura 1992 e Fiorentini 1994 sobre a evolução do conceito de educação matemática mostram que os problemas de ensino desta disciplina até bem pouco tempo eram abordados tomandose apenas aspectos isolados dos elementos educativos que a apoiavam Até meados da década de 70 as discussões procuravam ora nos objetivos ora nos métodos ora nos conteúdos a principal causa do fracasso do ensino da matemática A visão de que o ensino de matemática requer contribuição de outras áreas do conhecimento que ele é multifacetado é para o professor de matemática algo recente e ainda infelizmente pouco difundido e aceito A análise dessa tendência indica a necessidade de reflexões sobre novas propostas de ensino de modo que tenhamos como ponto de partida sua realidade escolar e formas próprias da pedagogia do professor Foi necessário que contribuições de pedagogos com formações em áreas diversas e de outras áreas de conhecimento viessem a se incorporar à ma JOGO BRINQUEDO BRINCADEIRA E EDUCAÇÃO TIZUKO MORCHIDA KISHIMOTO próxima página Gráfica ocorre na década de 90 uma ampla revisão bibliográfica Tizuko Kishimoto 1994 usa o jogo na educação que remontam à Idade Antiga passando pela educação na Grécia e Roma antigas se tornaram o século préapenas a história mais recente veremos que devemos permanecer na segunda metade que vamos ter entre nós aspectos de uma visão bastante relevante para o aparecimento das propostas de ensino que se inserem no contexto da matemática educativa São as contribuições de Piaget Bruner Wallon e Vygotsky que nesta análise marcam as novas propostas de ensino É portanto consciente de que os sujeitos ao aprenderem não o processo de aprendizagem de determinados pensamentos Há no entanto quem não acompanhe esta visão na maioria dos casos substitui as relações mentais por mecanismos assimiladores determinados compreensivos Aliada a esta ideia o fatalismo o que impede o professor de ensinar e dirigir a partir do exterior foi progressivamente substituída pela ideia de um ser humano que seleciona assimila processa Recentemente as teorias de cunho sociointeracionista nos trazem outros elementos que vêm juntarse àquelas que até então não tomam o ato de ensino como complexo e isto merece ser enfatizado Os conteúdos passam por vários níveis de forma mais ampla Não são apenas informações de uma determinada disciplina e sim definidos a partir de um conjunto de valores sociais a serem aprendidos por um número considerável de sujeitos da escola Os conteúdos passam a ser considerados objetivos formais e possíveis de ser veiculados através de atividades de ensino Colle Gallart 1987 Léon 1991 A análise dos novos elementos incorporados ao ensino de matemática pode complementar e concretizar o avanço das discussões a respeito da educação e dos fatores que contribuem para uma melhor aprendizagem O jogo parece deste modo dentro de um amplo cenário que procura apresentar a educação em particular a educação matemática uma vez mais em parcha para se consolidar como um dos processos identificados A alternativa que esse cenário deve ter o nosso ponto segundo parta não cairmos em erros grosseiros como os cometidos na recente história da matemática Ao analisar o jogo de matemática podemos fazer uma análise crítica a respeito do que está incorporado às atividades educativas para que a partir daí tenhamos claramente a justeza de seu uso Não é nossa pretensão fazer uma história do jogo na educação matemática O nosso objetivo é buscar as raízes desse discurso para apontar algumas contribuições que os atuais dados seguem tomando com os modelos adotados sem uma análise prévia das condições em que aparecem as propostas de ensino e das bases teóricas que as sustentam O jogo recebe de teóricos como Piaget Vygotsky Leontiev Elkonin entre outros apoio teórico para o seu aparecimento em propostas de ensino de matemática Lembrado como importante elemento para a educação infantil no processo de apreensão dos conhecimentos em situações cotidianas o jogo passa a ser defendido como importante aliado do ensino formal de matemática Moura 1991 Kishimoto 1994 Kishimoto 1994 cita pelo menos duas dezenas de autores que propõem ou utilizam jogos nas diversas áreas do conhecimento escolar são exemplos mais recentes de aplicação das contribuições teóricas da psicologia da antropologia e da sociologia para a educação O lado sério do jogo a possibilidade de aprender O raciocínio docormente do fato de que os sujeitos aprendem através do jogo é que este possa ser utilizado pelo professor em sala de aula As primeiras ações de professores apoiados em ensinofuncionalistas formalistas mostraram uma variedade de jogos para que os alunos pudessem descobrir conceitos inerentes às estruturas dos jogos por meio de sua manipulação Esta concepção tem levado a prática a uma padronização da utilização dos jogos nas escolas As práticas de tal prática se restringem aos jogos tirados nas teorias psíquicas que colocam apenas no sujeito as possibilidades de aprender desconsiderando elementos externos como possibilidades de aprendizagem São tais concepções de privatização e subjetivistas que colocam na esfera do sujeito o papel único e válido de aprender o que implica portanto que qualquer tentativa de ação e de ensino que não considere uma estrutura marcada pelo fracasso ou a produção de um conhecimento meramente repetitivo Coll 1994 p 102 Essas concepções têm como principal característica a crença de que o desenvolvimento cognitivo é a sustentação da aprendizagem isto é que para haver aprendizagem é necessário que o aprendiz tenha um determinado nível de desenvolvimento que apenas forma pode colocar o educador na posição dos sujeitos vindos da forma pode colocar o educador na posição dos sujeitos que apenas forem capazes de receber aquilo que o jogo sugira em situação escolar Desta maneira as situações de jogo são consideradas como parte das atividades pedagógicas porque são elementos estimuladores do desenvolvimento Sendo assim o jogo no ensino formal aparece apenas como possibilitador de colocar em ação um pensamento que ruma para uma nova estrutura O jogo ainda segundo essa concepção deve ser usado na educação matemática obedecendo a certos níveis de conhecimento dos sujeitos e provendo caminhos e mecanismos para que eles distribuam aos alunos um conhecimento que lhes permita dar um salto na compreensão dos conceitos matemáticos É assim que materiais estruturados como blocos lógicos material dourado cuisenaire e outros na maioria de germ A criança colocada diante de situações lúdicas aprende a estrutura lógica da matemática Esta poderia ser tomada como a visão do conteúdo da educação matemática que trataremos até aqui Na segunda concepção o jogo deve estar integrado ao conteúdo cultural e assim o seu uso requer um certo planejamento do conhecimento e dos elementos sociais em que se insere O uso de jogos deve ser considerado desenvolvimento feito a concretização da concepção que entende a constituição do conhecimento por leis internas ao sujeito essencialmente individual e marcada por um processo dialético no qual o sujeito vai usando ao longo do seu desenvolvimento o jogo seja contento simplesmente com provar regras seja permitindo outros conhecimentos velados na atividade lúdica e permitidos pelo jogo da engenharia Ao mesmo tempo que apoiava em teorias psicológicas que defendiam a utilização de materiais concretos como facilitadores da aprendizagem acolhedora de uma linguagem matematicamente estruturada outro paradigma da psicologia na época a estrutura do conhecimento matemático se aproxima das estruturas psicológicas dos sujeitos Piaget 1973 Disso decorreu o aparecimento de propostas de ensino à matemática em que se destacava uma visão da matemática em que as estruturas do conhecimento segundo a sociologia para a educação São as contribuições da psicologia de cunho socioratacionais que vêm a estabelecer novas paradigmas para a utilização do jogo na produção matemática e acreditam no papel do jogo na produção de conhecimentos tal como a anterior Diferençase daquela ao considerar o jogo como impregnado de conteúdos culturais e que os sujeitos ao tomar contato com ele o fazem na sua história social e cultural juvenil A partir desse sujeito que está aprendendo conteúdos que lhes permitem entender o conjunto de práticas sociais nas quais se inserem Neste sentido as concepções sociointeracionistas partem do pressuposto de que a criança aprende e desenvolve suas estruturas cognitivas em interação com o conesso social O jogo promova o desenvolvimento pelas suas concepção e aprendizado E isto ocorre porque os sujeitos ao jogar podem lidar com regras que lhe permitem ser impregnados de outros conhecimentos velados pela sociedade A diferenciação desse conhecimento é social e portanto pode permitir novos elementos para aprender os conhecimentos futuros O jogo nesta visão da psicologia permite a apreensão dos conteúdos porque coloca os sujeitos diante da impossibilidade de resolver na prática as suas necessidades psicológicas do indivíduo e experimenta assim situações de faz de conta que propiciam uma vida social escolar criada para solucionar em situação escolar É uma decorrência desta visão o aparecimento dos cartinhas de jogos das brincadeiras de faz de conta etc O jogo como produtor das aprendizagens e do desenvolvimento passa a ser considerado uma das ações mais importantes aliado para o ensino já que coloca o aluno diante de situações de jogos culturais a serem veiculados na escola além de poder estar promovendo o desenvolvimento de novas estruturas cognitivas O jogo na educação matemática passa a ter o caráter de material de ensino quando considerado promotor de aprendizagem geral A lógica da primariedade deste modo aprende também a estrutura lógica da matemática Estamos tratando até aqui da visão do conteúdo que veiculados nas escolas fazendo parte da primeira visão O jogo deve estar integrado ao desenvolvimento das estruturas a uma concepção de jogo amadurecido e desenvolvido O uso de sucata para construção de jogos e desenvolvimento do raciocínio exige a concretização da lógica do jogo Os conhecimentos pedagógicos elaborados são a concretização da concepção que entende a constituição do conhecimento como fenômeno essencialmente individual e cultural E é com o jogo que se coloca de modo intencional e sendo assim requer um conceito de aprendizagem geral Nesta perspectiva o jogo será conteúdo assumido com a finalidade de desenvolver habilidades de resolução de pro O jogo como atividade o sério e o lúdico se encontram na matemática Pelo exposto até aqui podemos perceber na educação matemática uma certa tendência para o uso do jogo Mais de vemos que tantas e ela está sendo empregada com bases teóricas que garantam um ensino com maior embasamento científico Temos alguns indicadores que nos permitem inferrir que estamos conseguindo a sair de uma visão do jogo como puro material instrucional para incorporálo ao ensino tornandoo mais lúdico e propiciando o tratamento dos aspectos afetivos que caracterizam o ensino e a aprendizagem com uma atividade de acordo com a definição de Leonetti 1988 Contudo o jogo é uma definição mais ampla vimos que este vem sendo usado no ensino de matemática há muito mais tempo do que imaginamos Perelman 1990 seguramente um grande precursor do uso do jogo no ensino de matemática do conceito como dado para a exploração determinada do concreto pensando para o aluno de forma lúdica Os quebracabeças os quadrados mágicos os problemasdesafios etc poderiam ser enquadrados nestas características de jogo como a forma lúdica de lidar com o conceito Outra forma de considerarmos o jogo no ensino é por exemplo a própria turma do Malba Tahan aproxima a matemática do aluno bem como faz calculando com a maestria de um hábil jogador com a imaginação e o fomento a envolvêlo na solução de problemas matemáticos Nesta linha também podemos incluir Monteiro Lobato com Matematítica Como vemos temos até Walt Disney com sua Matematítica Enfim esta lista não é fechada e os matemáticos não são tão insensíveis ao risco Acrescentemos a esta lista de exemplos tendências mais recentes de publicações que recorrem ao lúdico no ensino de matemática Os livros paradidáticos que se tornaram tão conhecidos nos últimos tempos por exemplo os livros de matemática de muitos no mercado são a expressão do respeito lúdico ao ensino que as editoras estão dando para os aspectos lúdicos no ensino de matemática O próprio nome paradidático parece indicar que esses livros devem ser utilizados não de forma totalmente didática mas aliando o uso do livro a um elemento lúdico Mas essa dalética de forma que os alunos não os confundam com aulas de matemática Eles devem ver a matemática de forma prazerosa e lúdica Talvez valesse a pena uma análise mais detalhada desta tendência da utilização dos paradidáticos no ensino de modo que pudéssemos avaliar não só o seu aspecto pretensamente lúdico mas também avaliando até que medida tais obras atendem ou pretendem formar e se são respeitadas a crianças que a que nos parece importante por ora é discutir o significado do jogo e sua importância na educação matemática E para isso teremos mais uma vez de largar mão de conceitos alheios à matemática A psicologia é chamada a responder pelas razões da utilização do jogo na educação matemática O conceito de atividade desenvolvido por Leonetti 1988 talvez possa explicar legitimar e justificar o uso da atividade lúdica na proposta pedagógica ao conceito de atividade lúdica no entanto isto por si só não significa como elemento indispensável no processado ensino de matemática o motivo para executar certas ações Essas se forem realizadas com um objetivo tornarseão atividades Esses objetivos propostos pelos participantes por exemplo são os da educação préescolar já que nessa fase da vida a educação préescolar no mundo é o jogo Através dele as crianças compreendem o mundo adulto tocando os seus significados e aprendendo conceitos Ao analisar o papel do jogo na educação Kishimoto 1994 através da bibliografia aponta as inúmeras dúvidas dos autores que se referem ao uso do jogo como elemento muito amplo O uso do material concreto como subsídio à oferta pedagógica tem levado educadores a natural diminuir muito da concepção de ensino na qual a área isolada do conhecimento é aquela que tem que ser ensinada e discutida dentro da disciplina Coll 1994 nos lembra que existem livros didáticos livros de pesquisa livros que de certa maneira referemse ao conteúdo do currículo mas que vão além deste núcleo porque exploram geometria quadros de frações equivalentes jogos de encaixe quebracabeças e muitos outros A grande diversidade de jogos e livros comerciais de jogo atualmente estão sendo explorados pelas editoras de materiais pedagógicos Mas é apropriada autor a quem responde a pergunta ao afirmar Se brinquedos são sempre suportes de brincadeiras sua utilização deveria criticar momentos lúdicos de livre exploração nos quais prevalecem a incerteza do ato e não os buscans resultados Porém se os mesmos objetos servem como auxiliares da aprendizagem e principalmente são utilizados para a socialização de conceitos e vínculos a socialização a internalização de conceitos ou mesmo o desenvolvimento de algumas TIZUKO MORCHIDA KISHIMOTO habilidades Nesse caso o objeto conhecido como brinquedo não realiza sua função lúdica deixa de ser brinquedo para tornarse material pedagógico Kishimoto 1994 p 14 Dessa maneira a autora diferencia brinquedo e material pedagógico fundamentandose na natureza dos objetivos da ação educativa Fica mais clara a sua posição sobre o jogo pedagógico quando afirma Ao permitir a manifestação do imaginário infantil por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente a função pedagógica sugere o desenvolvimento integral da criança Neste sentido qualquer jogo preparado na escola desde que respeite a natureza do lúdico apresenta caráter educativo Kishimoto 1994 p 22 Pode receber também a denominação gerai de jogo educativo do seu trabalho pedagógico A dúvida sobre se o jogo é ou não educativo se deve ou não ser usado com fins didáticos poderia ser solucionada se o educador tomasse para si o papel de organizador do ensino Isto quer dizer que este professor teria consciência de que o seu trabalho é organizar situações de ensino e aprendizagem que vão motivar a consciência do significado do conhecimento e ser adulto no que para que o aprenda tornase necessário um conjunto de ações executadas com métodos adequados Dessas ações se formam parte importante algum instrumento para se atingir o objetivo decorrente da negociação pedagógica acontecida no espaço escolar O professor vivencia a unicidade do significado de jogo e de material pedagógico na elaboração da atividade de ensino ao considerar seus objetivos os objetivos institucionais objetivos culturais os instrumentos materiais e psicológicos capazes de colocar o pensamento 90 91 JOGO BRINQUEDO BRINCADEIRA E EDUCAÇÃO TIZUKO MORCHIDA KISHIMOTO 92 TIZUKO MORCHIDA KISHIMOTO 93 JOGO BRINQUEDO BRINCADEIRA E EDUCAÇÃO 94 TIZUKO MORCHIDA KISHIMOTO 95 JOGO BRINQUEDO BRINCADEIRA E EDUCAÇÃO 96 a vivenciar virtualmente situações de solução de problemas que se aproximem daquelas que o homem realmente enfrenta ou enfrenta A iniciação através do jogo a busca da compreensão de regras a tentativa de aproximação das ações adultas vividas no jogo estão em acordo com pressupostos teóricos construtivistas que sugeriam ser necessário a promoção de situações de ensino que possam colocar a criança diante de atividades que lhe possibilitem a utilização de conhecimentos prévios para a construção de outros mais elaborados Por tratese de ação educativa ao professor cabe organizar a forma que se torne atividade que estimule a autoestimu letuação do aluno fazendo com que ele tenha possibilidade para tanto a formação do aluno como a do professor e também os erros e acertos dos alunos poderá buscar o aprimoramento do seu trabalho pedagógico O jogo na educação matemática parece justificarse ao introduzir na área das ciências matemáticas que pouco a pouco é incorporada aos conceitos matemáticos formais deve desenvolver a capacidade de lidar com informações e criar significados contidos para os conceitos matemáticos e estudo de novos conteúdos A matemática dessa forma deve buscar no jogo com sentido amplo a ludicidade das soluções construídas para as situaçõesproblema seriamente vividas pelo homem Bibliografia BISHOP A Aspectos sociales e culturales de la educación matemática Ensinanza de las ciencias Madrid Instituto de Ciencias de la Educación de la Universidad Autónoma de Barcelona 1988 COLL C Apprendizagem escolar e construção de conhecimento Porto Alegre Artes Médicas 1994 GALLART I S I La importancia de los contenidos en la enseñanza In Investigación en la Escuela Universidad de Sevilla n 3 1987 DAMBRÓSIO U Da realidade à ação reflexões sobre educação e matemática Campinas Papirus 1986 Ethnomathematics São Paulo Ática 1990 DRIVER R Um enfoque construtivista para el desarrollo del currículo en ciencias Inf Enseñanza de las ciencias 6 2 p 109201 1988 FLORENTIN D Ritmos de pesquisa brasileira em educação matemática o caso da produção científica em cursos de pósgraduação 1994 Tese Doutorado Unicamp Campinas FRIERE P Pedagogia do oprimido Rio de Janeiro Paz e Terra 1983 GERDES P Org Antropología y Enseñanza Maputo Moçambique Instituto Superior Pedagógico 1993 KISHIMOTO T M O jogo e a educação infantil São Paulo Pioneira 1994 LEÓN R C et al Proyecto curricular investigación y renovación escolar IRES Grupo investigación en la escuela Dada Búfonas S J 1991 LEONTIEV A N Uma contribuição teoria da aprendizagem São Paulo Cortez 1981 MAPOS M Cronologia do ensino de matemática Lisboa Associação de Professores de Matemática 1989 MOURA M O de O jogo na educação matemática In Idéias O jogo e a construção do conhecimento na préescola São Paulo FDE n10 p4553 1991 Contributo do sôfignio numérico em situação de ensino 1992 Tese Doutorado Universidade de São Paulo São Paulo PIAGET J A epistemologia genética Petrópolis Vozes 1973 SNYDERS G A alegria na escola São Paulo Manole 1988 SOUZA N M M de Fundamentos da educação matemática in prática pedagógica do cotidiano escolar o jogo em questão 1994 Dissertação Mestrado Unesp Marília JOGO BRINQUEDO BRINQUEDERIA E A EDUCAÇÃO O livro intitulado Jogo brinquedo brincadeira e a educação organizado por Tizuko M Kishimoto no capítulo IV denominado A séria busca no jogo do lúdico na Matemática de autoria de Manoel Oriosvaldo de Moura aborda sobre o emprego de jogos para o processo de ensino da matemática Moura 2011 destaca que durante muito tempo o ensino de matemática era realizado de maneira descontextualizada o que contribuía bastante para o insucesso desta disciplina O autor considera que é recente além de pouco compartilhada e aceita a crença acerca de que a matemática precisa ser trabalhada eou ensinada de modo interdisciplinar Tal visão demanda reflexões sobre o ensino Moura 2011 ressalta que Kishimoto realizou uma vasta revisão bibliográfica e deparouse com referências da utilização de jogos para fins educacionais na época da Roma e Grécia antigas Entretanto as contribuições teóricas mais significativas são bem mais recentes e trazem o emprego de recursos pedagógicos em que os aprendizes podem atuar de forma ativa no seu processo de aprendizagem Estudiosos como Bruner Piaget Vygotsky e Wallon são alguns exemplos de autores que enveredam por esta vertente De acordo com Moura 2011 também é recente a ideia de que os professores não são apenas transmissores de conteúdos e que os alunos não são meros receptores destes conteúdos Os professores podem aprender com seus alunos e os alunos devem refletir acerca dos conhecimentos ser críticos além de deixar a passividade de lado e atuar ativamente no processo de aprendizagem Segundo Moura 2011 os jogos surgem na educação mais precisamente na matemática como recursos baseados em estudos científicos Autores como Elkonin Leontiev Piaget Vygotsky entre outros trouxeram os jogos para dentro das propostas de ensino voltadas à matemática A partir daí os jogos começam a ser defendidos como ferramentas relevantes para o ensino da matemática Conforme Moura 2011 os jogos possibilitam o aprendizado por isso devem ser usados por professores em suas aulas Visto que ajudam na produção de conhecimentos e colaboram para o desenvolvimento pois estão repletos eou permeados por aprendizagem Tal visão faz com que nasçam os cantinhos dos jogos das brincadeiras entre outros já que os jogos começaram a se tornar aliados do ensino Na matemática os jogos fazem com que os alunos possam desenvolver habilidades para solucionar problemas por meio da aplicação das estruturas e fórmulas matemáticas estudadas De acordo com Moura 2011 os jogos também podem ser encarados na matemática como ferramentas lúdicas assim como algumas publicações paradidáticas que abordam a disciplina de uma maneira leve e prazerosa ao deixar de lado aquela abordagem séria e sisuda Qualquer dúvida acerca da utilização ou não dos jogos no processo de ensino pode ser resolvida mediante a tomada do papel de organizador deste processo por parte do docente Moura 2011 ressalta ao final de seu texto que os jogos possuem muita relevância no contexto educacional por estabelecerem um contato dos alunos com os saberes considerados científicos através da promoção de uma aproximação dos estudantes com problemas hipotéticos que são passíveis de serem enfrentados pelos seres humanos na vida real O capítulo de Moura 2011 é de extrema relevância para o debate acerca da utilização de jogos nas aulas de matemática Visto que o autor embasase na história e em teóricos renomados o que só reforça que suas ideias estão pautadas em fatos e na ciência Referências KISHIMOTO Tizuko M Org Jogo brinquedo brincadeira e a educação 14 ed São Paulo Cortez 2011

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Tornase relevante a análise desta tendência para que possamos assumir conscientemente o nosso papel de educadores Isto se justifica em virtude de podermos estar incorrendo em enormes e reiterados erros muitas vezes só percebemos a irreparabilidade dos danos que a ausência desse assunto na educação matemática causa somente após a sua pertinência A educação matemática está repleta de exemplos de ações em que se destacam aspectos isolados dos problemas de aprendizagem desta disciplina A matemática moderna é apenas um dos exemplos mais significativos Os congressos de educação matemática patrocinados pela Unesco também contribuíram para uma visão restrita dos problemas do ensino da matemática As discussões de Almiro 1980 Maltos 1989 Moura 1992 e Fiorentini 1994 sobre a evolução do conceito de educação matemática mostram que os problemas de ensino desta disciplina até bem pouco tempo eram abordados tomandose apenas aspectos isolados dos elementos educativos que a apoiavam Até meados da década de 70 as discussões procuravam ora nos objetivos ora nos métodos ora nos conteúdos a principal causa do fracasso do ensino da matemática A visão de que o ensino de matemática requer contribuição de outras áreas do conhecimento que ele é multifacetado é para o professor de matemática algo recente e ainda infelizmente pouco difundido e aceito A análise dessa tendência indica a necessidade de reflexões sobre novas propostas de ensino de modo que tenhamos como ponto de partida sua realidade escolar e formas próprias da pedagogia do professor Foi necessário que contribuições de pedagogos com formações em áreas diversas e de outras áreas de conhecimento viessem a se incorporar à ma JOGO BRINQUEDO BRINCADEIRA E EDUCAÇÃO TIZUKO MORCHIDA KISHIMOTO próxima página Gráfica ocorre na década de 90 uma ampla revisão bibliográfica Tizuko Kishimoto 1994 usa o jogo na educação que remontam à Idade Antiga passando pela educação na Grécia e Roma antigas se tornaram o século préapenas a história mais recente veremos que devemos permanecer na segunda metade que vamos ter entre nós aspectos de uma visão bastante relevante para o aparecimento das propostas de ensino que se inserem no contexto da matemática educativa São as contribuições de Piaget Bruner Wallon e Vygotsky que nesta análise marcam as novas propostas de ensino É portanto consciente de que os sujeitos ao aprenderem não o processo de aprendizagem de determinados pensamentos Há no entanto quem não acompanhe esta visão na maioria dos casos substitui as relações mentais por mecanismos assimiladores determinados compreensivos Aliada a esta ideia o fatalismo o que impede o professor de ensinar e dirigir a partir do exterior foi progressivamente substituída pela ideia de um ser humano que seleciona assimila processa Recentemente as teorias de cunho sociointeracionista nos trazem outros elementos que vêm juntarse àquelas que até então não tomam o ato de ensino como complexo e isto merece ser enfatizado Os conteúdos passam por vários níveis de forma mais ampla Não são apenas informações de uma determinada disciplina e sim definidos a partir de um conjunto de valores sociais a serem aprendidos por um número considerável de sujeitos da escola Os conteúdos passam a ser considerados objetivos formais e possíveis de ser veiculados através de atividades de ensino Colle Gallart 1987 Léon 1991 A análise dos novos elementos incorporados ao ensino de matemática pode complementar e concretizar o avanço das discussões a respeito da educação e dos fatores que contribuem para uma melhor aprendizagem O jogo parece deste modo dentro de um amplo cenário que procura apresentar a educação em particular a educação matemática uma vez mais em parcha para se consolidar como um dos processos identificados A alternativa que esse cenário deve ter o nosso ponto segundo parta não cairmos em erros grosseiros como os cometidos na recente história da matemática Ao analisar o jogo de matemática podemos fazer uma análise crítica a 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não considere uma estrutura marcada pelo fracasso ou a produção de um conhecimento meramente repetitivo Coll 1994 p 102 Essas concepções têm como principal característica a crença de que o desenvolvimento cognitivo é a sustentação da aprendizagem isto é que para haver aprendizagem é necessário que o aprendiz tenha um determinado nível de desenvolvimento que apenas forma pode colocar o educador na posição dos sujeitos vindos da forma pode colocar o educador na posição dos sujeitos que apenas forem capazes de receber aquilo que o jogo sugira em situação escolar Desta maneira as situações de jogo são consideradas como parte das atividades pedagógicas porque são elementos estimuladores do desenvolvimento Sendo assim o jogo no ensino formal aparece apenas como possibilitador de colocar em ação um pensamento que ruma para uma nova estrutura O jogo ainda segundo essa concepção deve ser usado na educação matemática obedecendo a certos níveis de conhecimento dos sujeitos e provendo caminhos e mecanismos para que eles distribuam aos alunos um conhecimento que lhes permita dar um salto na compreensão dos conceitos matemáticos É assim que materiais estruturados como blocos lógicos material dourado cuisenaire e outros na maioria de germ A criança colocada diante de situações lúdicas aprende a estrutura lógica da matemática Esta poderia ser tomada como a visão do conteúdo da educação matemática que trataremos até aqui Na segunda concepção o jogo deve estar integrado ao conteúdo cultural e assim o seu uso requer um certo planejamento do conhecimento e dos elementos sociais em que se insere O uso de jogos deve ser considerado desenvolvimento feito a concretização da concepção que entende a constituição do conhecimento por leis internas ao sujeito essencialmente individual e marcada por um processo dialético no qual o sujeito vai usando ao longo do seu desenvolvimento o jogo seja contento simplesmente com provar regras seja permitindo outros conhecimentos velados na atividade lúdica e permitidos pelo jogo da engenharia Ao mesmo tempo que apoiava em teorias psicológicas que defendiam a utilização de materiais concretos como facilitadores da aprendizagem acolhedora de uma linguagem matematicamente estruturada outro paradigma da psicologia na época a estrutura do conhecimento matemático se aproxima das estruturas psicológicas dos sujeitos Piaget 1973 Disso decorreu o aparecimento de propostas de ensino à matemática em que se destacava uma visão da matemática em que as estruturas do conhecimento segundo a sociologia para a educação São as contribuições da psicologia de cunho socioratacionais que vêm a estabelecer novas paradigmas para a utilização do jogo na produção matemática e acreditam no papel do jogo na produção de conhecimentos tal como a anterior Diferençase daquela ao considerar o jogo como impregnado de conteúdos culturais e que os sujeitos ao tomar contato com ele o fazem na sua história social e cultural juvenil A partir desse sujeito que está aprendendo conteúdos que lhes permitem entender o conjunto de práticas sociais nas quais se inserem Neste sentido as concepções sociointeracionistas partem do pressuposto de que a criança aprende e desenvolve suas estruturas cognitivas em interação com o conesso social O jogo promova o desenvolvimento pelas suas concepção e aprendizado E isto ocorre porque os sujeitos ao jogar podem lidar com regras que lhe permitem ser impregnados de outros conhecimentos velados pela sociedade A diferenciação desse conhecimento é social e portanto pode permitir novos elementos para aprender os conhecimentos futuros O jogo nesta visão da psicologia permite a apreensão dos conteúdos porque coloca os sujeitos diante da impossibilidade de resolver na prática as suas necessidades psicológicas do indivíduo e experimenta assim situações de faz de conta que propiciam uma vida social escolar criada para solucionar em situação escolar É uma decorrência desta visão o aparecimento dos cartinhas de jogos das brincadeiras de faz de conta etc O jogo como produtor das aprendizagens e do desenvolvimento passa a ser considerado uma das ações mais importantes aliado para o ensino já que coloca o aluno diante de situações de jogos culturais a serem veiculados na escola além de poder estar promovendo o desenvolvimento de novas estruturas cognitivas O jogo na educação matemática passa a ter o caráter de material de ensino quando considerado promotor de aprendizagem geral A lógica da primariedade deste modo aprende também a estrutura lógica da matemática Estamos tratando até aqui da visão do conteúdo que veiculados nas escolas fazendo parte da primeira visão O jogo deve estar integrado ao desenvolvimento das estruturas a uma concepção de jogo amadurecido e desenvolvido O uso de sucata para construção de jogos e desenvolvimento do raciocínio exige a concretização da lógica do jogo Os conhecimentos pedagógicos elaborados são a concretização da concepção que entende a constituição do conhecimento como fenômeno essencialmente individual e cultural E é com o jogo que se coloca de modo intencional e sendo assim requer um conceito de aprendizagem geral Nesta perspectiva o jogo será conteúdo assumido com a finalidade de desenvolver habilidades de resolução de pro O jogo como atividade o sério e o lúdico se encontram na matemática Pelo exposto até aqui podemos perceber na educação matemática uma certa tendência para o uso do jogo Mais de vemos que tantas e ela está sendo empregada com bases teóricas que garantam um ensino com maior embasamento científico Temos alguns indicadores que nos permitem inferrir que estamos conseguindo a sair de uma visão do jogo como puro material instrucional para incorporálo ao ensino tornandoo mais lúdico e propiciando o tratamento dos aspectos afetivos que caracterizam o ensino e a aprendizagem com uma atividade de acordo com a definição de Leonetti 1988 Contudo o jogo é uma definição mais ampla vimos que este vem sendo usado no ensino de matemática há muito mais tempo do que imaginamos Perelman 1990 seguramente um grande precursor do uso do jogo no ensino de matemática do conceito como dado para a exploração determinada do concreto pensando para o aluno de forma lúdica Os quebracabeças os quadrados mágicos os problemasdesafios etc poderiam ser enquadrados nestas características de jogo como a forma lúdica de lidar com o conceito Outra forma de considerarmos o jogo no ensino é por exemplo a própria turma do Malba Tahan aproxima a matemática do aluno bem como faz calculando com a maestria de um hábil jogador com a imaginação e o fomento a envolvêlo na solução de problemas matemáticos Nesta linha também podemos incluir Monteiro Lobato com Matematítica Como vemos temos até Walt Disney com sua Matematítica Enfim esta lista não é fechada e os matemáticos não são tão insensíveis ao risco Acrescentemos a esta lista de exemplos tendências mais recentes de publicações que recorrem ao lúdico no ensino de matemática Os livros paradidáticos que se tornaram tão conhecidos nos últimos tempos por exemplo os livros de matemática de muitos no mercado são a expressão do respeito lúdico ao ensino que as editoras estão dando para os aspectos lúdicos no ensino de matemática O próprio nome paradidático parece indicar que esses livros devem ser utilizados não de forma totalmente didática mas aliando o uso do livro a um elemento lúdico Mas essa dalética de forma que os alunos não os confundam com aulas de matemática Eles devem ver a matemática de forma prazerosa e lúdica Talvez valesse a pena uma análise mais detalhada desta tendência da utilização dos paradidáticos no ensino de modo que pudéssemos avaliar não só o seu aspecto pretensamente lúdico mas também avaliando até que medida tais obras atendem ou pretendem formar e se são respeitadas a crianças que a que nos parece importante por ora é discutir o significado do jogo e sua importância na educação matemática E para isso teremos mais uma vez de largar mão de conceitos alheios à matemática A psicologia é chamada a responder pelas razões da utilização do jogo na educação matemática O conceito de atividade desenvolvido por Leonetti 1988 talvez possa explicar legitimar e justificar o uso da atividade lúdica na proposta pedagógica ao conceito de atividade lúdica no entanto isto por si só não significa como elemento indispensável no processado ensino de matemática o motivo para executar certas ações Essas se forem realizadas com um objetivo tornarseão atividades Esses objetivos propostos pelos participantes por exemplo são os da educação préescolar já que nessa fase da vida a educação préescolar no mundo é o jogo Através dele as crianças compreendem o mundo adulto tocando os seus significados e aprendendo conceitos Ao analisar o papel do jogo na educação Kishimoto 1994 através da bibliografia aponta as inúmeras dúvidas dos autores que se referem ao uso do jogo como elemento muito amplo O uso do material concreto como subsídio à oferta pedagógica tem levado educadores a natural diminuir muito da concepção de ensino na qual a área isolada do conhecimento é aquela que tem que ser ensinada e discutida dentro da disciplina Coll 1994 nos lembra que existem livros didáticos livros de pesquisa livros que de certa maneira referemse ao conteúdo do currículo mas que vão além deste núcleo porque exploram geometria quadros de frações equivalentes jogos de encaixe quebracabeças e muitos outros A grande diversidade de jogos e livros comerciais de jogo atualmente estão sendo explorados pelas editoras de materiais pedagógicos Mas é apropriada autor a quem responde a pergunta ao afirmar Se brinquedos são sempre suportes de brincadeiras sua utilização deveria criticar momentos lúdicos de livre exploração nos quais prevalecem a incerteza do ato e não os buscans resultados Porém se os mesmos objetos servem como auxiliares da aprendizagem e principalmente são utilizados para a socialização de conceitos e vínculos a socialização a internalização de conceitos ou mesmo o desenvolvimento de algumas TIZUKO MORCHIDA KISHIMOTO habilidades Nesse caso o objeto conhecido como brinquedo não realiza sua função lúdica deixa de ser brinquedo para tornarse material pedagógico Kishimoto 1994 p 14 Dessa maneira a autora diferencia brinquedo e material pedagógico fundamentandose na natureza dos objetivos da ação educativa Fica mais clara a sua posição sobre o jogo pedagógico quando afirma Ao permitir a manifestação do imaginário infantil por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente a função pedagógica sugere o desenvolvimento integral da criança Neste sentido qualquer jogo preparado na escola desde que respeite a natureza do lúdico apresenta caráter educativo Kishimoto 1994 p 22 Pode receber também a denominação gerai de jogo educativo do seu trabalho pedagógico A dúvida sobre se o jogo é ou não educativo se deve ou não ser usado com fins didáticos poderia ser solucionada se o educador tomasse para si o papel de organizador do ensino Isto quer dizer que este professor teria consciência de que o seu trabalho é organizar situações de ensino e aprendizagem que vão motivar a consciência do significado do conhecimento e ser adulto no que para que o aprenda tornase necessário um conjunto de ações executadas com métodos adequados Dessas ações se formam parte importante algum instrumento para se atingir o objetivo decorrente da negociação pedagógica acontecida no espaço escolar O professor vivencia a unicidade do significado de jogo e de material pedagógico na elaboração da atividade de ensino ao considerar seus objetivos os objetivos institucionais objetivos culturais os instrumentos materiais e psicológicos capazes de colocar o pensamento 90 91 JOGO BRINQUEDO BRINCADEIRA E EDUCAÇÃO TIZUKO MORCHIDA KISHIMOTO 92 TIZUKO MORCHIDA KISHIMOTO 93 JOGO BRINQUEDO BRINCADEIRA E EDUCAÇÃO 94 TIZUKO MORCHIDA KISHIMOTO 95 JOGO BRINQUEDO BRINCADEIRA E EDUCAÇÃO 96 a vivenciar virtualmente situações de solução de problemas que se aproximem daquelas que o homem realmente enfrenta ou enfrenta A iniciação através do jogo a busca da compreensão de regras a tentativa de aproximação das ações adultas vividas no jogo estão em acordo com pressupostos teóricos construtivistas que sugeriam ser necessário a promoção de situações de ensino que possam colocar a criança diante de atividades que lhe possibilitem a utilização de conhecimentos prévios para a construção de outros mais elaborados Por tratese de ação educativa ao professor cabe organizar a forma que se torne atividade que estimule a autoestimu letuação do aluno fazendo com que ele tenha possibilidade para tanto a formação do aluno como a do professor e também os erros e acertos dos alunos poderá buscar o aprimoramento do seu trabalho pedagógico O jogo na educação matemática parece justificarse ao introduzir na área das ciências matemáticas que pouco a pouco é incorporada aos conceitos matemáticos formais deve desenvolver a capacidade de lidar com informações e criar significados contidos para os conceitos matemáticos e estudo de novos conteúdos A matemática dessa forma deve buscar no jogo com sentido amplo a ludicidade das soluções construídas para as situaçõesproblema seriamente vividas pelo homem Bibliografia BISHOP A Aspectos sociales e culturales de la educación matemática Ensinanza de las ciencias Madrid Instituto de Ciencias de la Educación de la Universidad Autónoma de Barcelona 1988 COLL C Apprendizagem escolar e construção de conhecimento Porto Alegre Artes Médicas 1994 GALLART I S I La importancia de los contenidos en la enseñanza In Investigación en la Escuela Universidad de Sevilla n 3 1987 DAMBRÓSIO U Da realidade à ação reflexões sobre educação e matemática Campinas Papirus 1986 Ethnomathematics São Paulo Ática 1990 DRIVER R Um enfoque construtivista para el desarrollo del currículo en ciencias Inf Enseñanza de las ciencias 6 2 p 109201 1988 FLORENTIN D Ritmos de pesquisa brasileira em educação matemática o caso da produção científica em cursos de pósgraduação 1994 Tese Doutorado Unicamp Campinas FRIERE P Pedagogia do oprimido Rio de Janeiro Paz e Terra 1983 GERDES P Org Antropología y Enseñanza Maputo Moçambique Instituto Superior Pedagógico 1993 KISHIMOTO T M O jogo e a educação infantil São Paulo Pioneira 1994 LEÓN R C et al Proyecto curricular investigación y renovación escolar IRES Grupo investigación en la escuela Dada Búfonas S J 1991 LEONTIEV A N Uma contribuição teoria da aprendizagem São Paulo Cortez 1981 MAPOS M Cronologia do ensino de matemática Lisboa Associação de Professores de Matemática 1989 MOURA M O de O jogo na educação matemática In Idéias O jogo e a construção do conhecimento na préescola São Paulo FDE n10 p4553 1991 Contributo do sôfignio numérico em situação de ensino 1992 Tese Doutorado Universidade de São Paulo São Paulo PIAGET J A epistemologia genética Petrópolis Vozes 1973 SNYDERS G A alegria na escola São Paulo Manole 1988 SOUZA N M M de Fundamentos da educação matemática in prática pedagógica do cotidiano escolar o jogo em questão 1994 Dissertação Mestrado Unesp Marília JOGO BRINQUEDO BRINQUEDERIA E A EDUCAÇÃO O livro intitulado Jogo brinquedo brincadeira e a educação organizado por Tizuko M Kishimoto no capítulo IV denominado A séria busca no jogo do lúdico na Matemática de autoria de Manoel Oriosvaldo de Moura aborda sobre o emprego de jogos para o processo de ensino da matemática Moura 2011 destaca que durante muito tempo o ensino de matemática era realizado de maneira descontextualizada o que contribuía bastante para o insucesso desta disciplina O autor considera que é recente além de pouco compartilhada e aceita a crença acerca de que a matemática precisa ser trabalhada eou ensinada de modo interdisciplinar Tal visão demanda reflexões sobre o ensino Moura 2011 ressalta que Kishimoto realizou uma vasta revisão bibliográfica e deparouse com referências da utilização de jogos para fins educacionais na época da Roma e Grécia antigas Entretanto as contribuições teóricas mais significativas são bem mais recentes e trazem o emprego de recursos pedagógicos em que os aprendizes podem atuar de forma ativa no seu processo de aprendizagem Estudiosos como Bruner Piaget Vygotsky e Wallon são alguns exemplos de autores que enveredam por esta vertente De acordo com Moura 2011 também é recente a ideia de que os professores não são apenas transmissores de conteúdos e que os alunos não são meros receptores destes conteúdos Os professores podem aprender com seus alunos e os alunos devem refletir acerca dos conhecimentos ser críticos além de deixar a passividade de lado e atuar ativamente no processo de aprendizagem Segundo Moura 2011 os jogos surgem na educação mais precisamente na matemática como recursos baseados em estudos científicos Autores como Elkonin Leontiev Piaget Vygotsky entre outros trouxeram os jogos para dentro das propostas de ensino voltadas à matemática A partir daí os jogos começam a ser defendidos como ferramentas relevantes para o ensino da matemática Conforme Moura 2011 os jogos possibilitam o aprendizado por isso devem ser usados por professores em suas aulas Visto que ajudam na produção de conhecimentos e colaboram para o desenvolvimento pois estão repletos eou permeados por aprendizagem Tal visão faz com que nasçam os cantinhos dos jogos das brincadeiras entre outros já que os jogos começaram a se tornar aliados do ensino Na matemática os jogos fazem com que os alunos possam desenvolver habilidades para solucionar problemas por meio da aplicação das estruturas e fórmulas matemáticas estudadas De acordo com Moura 2011 os jogos também podem ser encarados na matemática como ferramentas lúdicas assim como algumas publicações paradidáticas que abordam a disciplina de uma maneira leve e prazerosa ao deixar de lado aquela abordagem séria e sisuda Qualquer dúvida acerca da utilização ou não dos jogos no processo de ensino pode ser resolvida mediante a tomada do papel de organizador deste processo por parte do docente Moura 2011 ressalta ao final de seu texto que os jogos possuem muita relevância no contexto educacional por estabelecerem um contato dos alunos com os saberes considerados científicos através da promoção de uma aproximação dos estudantes com problemas hipotéticos que são passíveis de serem enfrentados pelos seres humanos na vida real O capítulo de Moura 2011 é de extrema relevância para o debate acerca da utilização de jogos nas aulas de matemática Visto que o autor embasase na história e em teóricos renomados o que só reforça que suas ideias estão pautadas em fatos e na ciência Referências KISHIMOTO Tizuko M Org Jogo brinquedo brincadeira e a educação 14 ed São Paulo Cortez 2011

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