11
Pedagogia
UMG
42
Pedagogia
UMG
1
Pedagogia
UMG
43
Pedagogia
UMG
6
Pedagogia
UMG
6
Pedagogia
UMG
1
Pedagogia
UMG
8
Pedagogia
UMG
13
Pedagogia
UMG
5
Pedagogia
UMG
Texto de pré-visualização
cR\nCentro de Referência Paulo Freire MOACIR GADOTTI\nEDUCAÇÃO E PODER\nIntrodução à Pedagogia do Conflito\n13ª edição\nCORTEZ EDITORA EDUCAÇÃO E PODER\nIntrodução à Pedagogia do Conflito Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)\n(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)\n\nG12c\nGadotti, Moacir\nEducação e poder : introdução à pedagogia do conflito / Moacir Gadotti. - 13. ed. - São Paulo : Cortez , 2003.\n\nBibliografia\nISBN 85-249-0306-6\n\n1. Educação - Brasil 2. Educação - Filosofia. 3. Pedagogia 4. Política e educação 5. Sociologia educacional - Brasil 1. Título.\n\n17. c 18. CDD -370.981\n17. c 18. -370\n17. c 18. -370.1\n17. c 18. -370.190981\n17. -379\n18. -379.201\n\n80-0364\n\nÍndices para catálogo sistemático:\n1. Brasil : Educação 370.981 (17. c 18.)\n2. Brasil : Educação e sociedade 370.190981 (17. c 18.)\n3. Brasil : Educação : Filosofia 370.1 (17. c 18.)\n4. Brasil : Educação e política 379 (17.) 379.201 (18.)\n5. Filosofia da educação 370.1 (17. c 18.)\n6. Pedagogia 370 (17. c 18.) MOACIR GADOTTI\n\nEDUCAÇÃO E PODER\nIntrodução à Pedagogia do Conflito\n\n13ª edição\n\nCORTEZ EDITORA EDUCAÇÃO E PODER: introdução à pedagogia do conflito\nMoacir Gadotti\n\nCapa: Carlos Clámen\nRevisão: Bárbara Eleonora Benevides\n\nNenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou duplicada sem autorização expressa do autor e do editor.\n\n© 1980 by Moacir Gadotti\n\nDireitos para esta edição\nCORTEZ EDITORA\nRua Bartira, 317 - Perdizes\n05009-000 - São Paulo - SP\nTel.: (11) 3864-0111 Fax: (11) 3864-4290\nE-mail: cort@cortezeditora.com.br\nwww.cortezeditora.com.br\n\nImpressão no Brasil – fevereiro de 2003 CONTEÚDO\n\nApresentação .................................................... 7\n\nPrimeira Parte\n\nPOR UMA FILOSOFIA CRITICA DA EDUCAÇÃO\nA dúvida e a tarefa de educar .................................. 13\nPara que serve afinal a filosofia? Que filosofia? ......... 24\nFilosofia, ideologia e educação ................................... 31\nIdeias diretrizes para uma filosofia crítica da educação .... 37\n\nSegunda Parte\n\nINTRODUÇÃO À PEDAGOGIA DO CONFLITO\nRevisão crítica do papel do pedagogo na atual sociedade brasileira ................. 53\nAção pedagógica e prática social transformadora .......... 65\nA postura do educador numa sociedade em conflito ........ 74\n\nTerceira Parte\n\nIDEOLOGIA E CONTRA-IDEOLOGIA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA\nContra a tradição humanista da nossa educação .......... 85\nA Educação Permanente: um modelo de discurso ideológico importado ............ 92\nO Mobral: a pedagogia do colonizador a serviço da dominação cultural ................. 101\nA supervisão escolar e a tendência tecnocrática da educação brasileira ................ 105\nA universidade brasileira: funções, estrutura de poder, perspectivas ......... 112\n\nEducação e desenvolvimento no Brasil de hoje: um balanço crítico .......... 123\nConsumismo e educação necrófila ................................ 131\nA \"Cidade Educativa\" ............................................... 136\nConsciência crítica e universidade ................................ 140 Educação e desenvolvimento no Brasil de hoje: um balanço crítico .......... 123\nConsumismo e educação necrófila ................................ 131\nA \"Cidade Educativa\" ............................................... 136\nConsciência crítica e universidade ................................ 140 APRESENTAÇÃO\n\nEstão aqui reunidos alguns textos e documentos de trabalho escritos no decorrer destes últimos anos. A ideia de apresentá-los a um público maior do que aquele de uma sala de aula surgir no momento em que alguns educadores, após a leitura de um artigo publicado na Rev.ista Educação e Sociedade, pediram-me para explicar melhor o que entendia por \"Pedagogia do Conflito\", que lá apenas introduzia, formulando melhor suas categorias básicas.\n\nTenho sempre insistido em que não tinha a pretensão de inventar uma nova teoria. A pedagogia do conflito é a minha prática da educação. Muito pouco dessa prática está escrito, com toda a prática. O que está escrito, sem a sistematização de uma teoria acabada, passo agora às mãos do editor. Confesso que está ainda ao nível de \"introdução\". O leitor encontrará, porém, algumas reflexões que poderão orientá-lo na educação como prática do conflito. A ele passa a tarefa de enfrentar os desafios que ela representa, desenvolvendo e ampliando o seu significado, pela sua prática.\n\nReunindo textos escritos em épocas e lugares diferentes, sob um único título, poderia dar a falsa impressão de que eles estão ligados, formando um todo harmônico. Rejeito de imediato a hipótese de que o pensamento de alguém é uma totalidade em mudança, em evolução. Por mais racionalista que seja um autor, toda a construção teórica da história de suas ideias é certamente descontinuada, contraditória, fragmentária, como, aliás, a história das ideias de todos os tempos. É certamente de pouca imaginação tentar colocar a história das ideias e das filosofias numa linha horizontal de desenvolvimento crescente, como o fazem a maioria dos tratados de filosofia da educação.\n\nEsses textos são fragmentos. Seria falso de minha parte os apresentasse compondo um todo, desenvolvendo o que pretenciosamente chamei de \"Pedagogia do Conflito\". A Pedagogia do Conflito é a teoria de uma prática pedagógica que procura não esconder o conflito, mas ao contrário, o afronta, desconstruindo-o. Essa é a função dessa prática. Os textos que estão neste volume não têm como definir o estatuto epistemológico dessa pedagogia, sistematizando suas categorias fundamentais numa nova (e grande) teoria. Mesmo porque, de um lado, me recuso a dar novas receitas mágicas, que possam reorientar os educadores e, de outro, creio que eles não são tão ingênuos para aceitá-las. Não pretendo apresentar e desenvolver uma nova teoria. Pretendo sim, mostrar como prático a minha teoria e teorizo a minha prática educativa, reagindo a ela.\n\nEsses textos apresentam ainda outra característica: a fonte pre\nsência da linguagem oral. Eles trazem a marca das circunstâncias nas quais foram pronunciados. Daí a sua diversidade e as frequen- tes repetições. É verdade que poderia refazê-los, corrigi-los, ape- rfei- çoá-los, ordená-los e sistematizá-los para comporem uma \"obra acabada\". Ao contrário, preferi publicá-los tais quais são: textos inacabados, pré-textos para um debate, indicando as circunstâncias em que foram produzidos. Mesmo assim, estão reunidos sob três partes. A primeira parte reúne textos de caráter mais filosófico sobre a educa- ção, indicando algumas linhas diretrizes para uma filosofia crítica da educação. A segunda parte reúne textos sobre a prática peda- gógica e a postura do educador. A terceira parte reúne diversos textos que ilustram a política, a teoria e a prática pedagógica no Brasil de hoje, enfocadas sob o ângulo comum da crítica da ideologia.\n\nTratando-se de filosofia da educação e de pedagogia, o título deste livro — \"Educação e Poder\" — poderá surpreender. O leitor não encontrará aqui uma explicitação da teoria do Estado, é verdade, nem uma história das políticas educacionais. Minha intenção, ao dar esse título, foi recolocar a questão do poder como tema central da filosofia da educação e da pedagogia. Não apenas o poder no sentido particular de poder do Estado, de dominação, mas sobre- tudo o poder no seu sentido amplo, de possibilidade, hegemonia, projeto. A questão do poder tem caído no esquecimento nos meios educativos. É preciso dar-lhe audiência novamente.\n\nToda tentativa de sistematizar uma prática é certamente frus- trante: o ato educativo não é sistematizável. A prática educativa é outra coisa além da ciência e das metodologias. É um complexo de atos e de conhecimentos, de decisões e de atenção que ultrapassa as possibilidades de uma teorização global. Tento, por isso, evitar a todo custo a ilusão filosófica da totalidade e da globalidade. Falar e escrever o que observamos e praticamos e achamos que de- ver ser dito, isso talvez valha a pena. Não apenas para nós, mas para que muitos outros trabalhadores da educação possam construir uma pedagogia capaz não apenas de transmitir um legado histórico de maneira crítica, mas igualmente de plantar as sementes de uma nova cultura que supere as contradições atuais, as falsas dicotomias, a opressão e o desamor presentes nas estruturas burocráticas do nosso edífico educacional.
11
Pedagogia
UMG
42
Pedagogia
UMG
1
Pedagogia
UMG
43
Pedagogia
UMG
6
Pedagogia
UMG
6
Pedagogia
UMG
1
Pedagogia
UMG
8
Pedagogia
UMG
13
Pedagogia
UMG
5
Pedagogia
UMG
Texto de pré-visualização
cR\nCentro de Referência Paulo Freire MOACIR GADOTTI\nEDUCAÇÃO E PODER\nIntrodução à Pedagogia do Conflito\n13ª edição\nCORTEZ EDITORA EDUCAÇÃO E PODER\nIntrodução à Pedagogia do Conflito Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)\n(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)\n\nG12c\nGadotti, Moacir\nEducação e poder : introdução à pedagogia do conflito / Moacir Gadotti. - 13. ed. - São Paulo : Cortez , 2003.\n\nBibliografia\nISBN 85-249-0306-6\n\n1. Educação - Brasil 2. Educação - Filosofia. 3. Pedagogia 4. Política e educação 5. Sociologia educacional - Brasil 1. Título.\n\n17. c 18. CDD -370.981\n17. c 18. -370\n17. c 18. -370.1\n17. c 18. -370.190981\n17. -379\n18. -379.201\n\n80-0364\n\nÍndices para catálogo sistemático:\n1. Brasil : Educação 370.981 (17. c 18.)\n2. Brasil : Educação e sociedade 370.190981 (17. c 18.)\n3. Brasil : Educação : Filosofia 370.1 (17. c 18.)\n4. Brasil : Educação e política 379 (17.) 379.201 (18.)\n5. Filosofia da educação 370.1 (17. c 18.)\n6. Pedagogia 370 (17. c 18.) MOACIR GADOTTI\n\nEDUCAÇÃO E PODER\nIntrodução à Pedagogia do Conflito\n\n13ª edição\n\nCORTEZ EDITORA EDUCAÇÃO E PODER: introdução à pedagogia do conflito\nMoacir Gadotti\n\nCapa: Carlos Clámen\nRevisão: Bárbara Eleonora Benevides\n\nNenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou duplicada sem autorização expressa do autor e do editor.\n\n© 1980 by Moacir Gadotti\n\nDireitos para esta edição\nCORTEZ EDITORA\nRua Bartira, 317 - Perdizes\n05009-000 - São Paulo - SP\nTel.: (11) 3864-0111 Fax: (11) 3864-4290\nE-mail: cort@cortezeditora.com.br\nwww.cortezeditora.com.br\n\nImpressão no Brasil – fevereiro de 2003 CONTEÚDO\n\nApresentação .................................................... 7\n\nPrimeira Parte\n\nPOR UMA FILOSOFIA CRITICA DA EDUCAÇÃO\nA dúvida e a tarefa de educar .................................. 13\nPara que serve afinal a filosofia? Que filosofia? ......... 24\nFilosofia, ideologia e educação ................................... 31\nIdeias diretrizes para uma filosofia crítica da educação .... 37\n\nSegunda Parte\n\nINTRODUÇÃO À PEDAGOGIA DO CONFLITO\nRevisão crítica do papel do pedagogo na atual sociedade brasileira ................. 53\nAção pedagógica e prática social transformadora .......... 65\nA postura do educador numa sociedade em conflito ........ 74\n\nTerceira Parte\n\nIDEOLOGIA E CONTRA-IDEOLOGIA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA\nContra a tradição humanista da nossa educação .......... 85\nA Educação Permanente: um modelo de discurso ideológico importado ............ 92\nO Mobral: a pedagogia do colonizador a serviço da dominação cultural ................. 101\nA supervisão escolar e a tendência tecnocrática da educação brasileira ................ 105\nA universidade brasileira: funções, estrutura de poder, perspectivas ......... 112\n\nEducação e desenvolvimento no Brasil de hoje: um balanço crítico .......... 123\nConsumismo e educação necrófila ................................ 131\nA \"Cidade Educativa\" ............................................... 136\nConsciência crítica e universidade ................................ 140 Educação e desenvolvimento no Brasil de hoje: um balanço crítico .......... 123\nConsumismo e educação necrófila ................................ 131\nA \"Cidade Educativa\" ............................................... 136\nConsciência crítica e universidade ................................ 140 APRESENTAÇÃO\n\nEstão aqui reunidos alguns textos e documentos de trabalho escritos no decorrer destes últimos anos. A ideia de apresentá-los a um público maior do que aquele de uma sala de aula surgir no momento em que alguns educadores, após a leitura de um artigo publicado na Rev.ista Educação e Sociedade, pediram-me para explicar melhor o que entendia por \"Pedagogia do Conflito\", que lá apenas introduzia, formulando melhor suas categorias básicas.\n\nTenho sempre insistido em que não tinha a pretensão de inventar uma nova teoria. A pedagogia do conflito é a minha prática da educação. Muito pouco dessa prática está escrito, com toda a prática. O que está escrito, sem a sistematização de uma teoria acabada, passo agora às mãos do editor. Confesso que está ainda ao nível de \"introdução\". O leitor encontrará, porém, algumas reflexões que poderão orientá-lo na educação como prática do conflito. A ele passa a tarefa de enfrentar os desafios que ela representa, desenvolvendo e ampliando o seu significado, pela sua prática.\n\nReunindo textos escritos em épocas e lugares diferentes, sob um único título, poderia dar a falsa impressão de que eles estão ligados, formando um todo harmônico. Rejeito de imediato a hipótese de que o pensamento de alguém é uma totalidade em mudança, em evolução. Por mais racionalista que seja um autor, toda a construção teórica da história de suas ideias é certamente descontinuada, contraditória, fragmentária, como, aliás, a história das ideias de todos os tempos. É certamente de pouca imaginação tentar colocar a história das ideias e das filosofias numa linha horizontal de desenvolvimento crescente, como o fazem a maioria dos tratados de filosofia da educação.\n\nEsses textos são fragmentos. Seria falso de minha parte os apresentasse compondo um todo, desenvolvendo o que pretenciosamente chamei de \"Pedagogia do Conflito\". A Pedagogia do Conflito é a teoria de uma prática pedagógica que procura não esconder o conflito, mas ao contrário, o afronta, desconstruindo-o. Essa é a função dessa prática. Os textos que estão neste volume não têm como definir o estatuto epistemológico dessa pedagogia, sistematizando suas categorias fundamentais numa nova (e grande) teoria. Mesmo porque, de um lado, me recuso a dar novas receitas mágicas, que possam reorientar os educadores e, de outro, creio que eles não são tão ingênuos para aceitá-las. Não pretendo apresentar e desenvolver uma nova teoria. Pretendo sim, mostrar como prático a minha teoria e teorizo a minha prática educativa, reagindo a ela.\n\nEsses textos apresentam ainda outra característica: a fonte pre\nsência da linguagem oral. Eles trazem a marca das circunstâncias nas quais foram pronunciados. Daí a sua diversidade e as frequen- tes repetições. É verdade que poderia refazê-los, corrigi-los, ape- rfei- çoá-los, ordená-los e sistematizá-los para comporem uma \"obra acabada\". Ao contrário, preferi publicá-los tais quais são: textos inacabados, pré-textos para um debate, indicando as circunstâncias em que foram produzidos. Mesmo assim, estão reunidos sob três partes. A primeira parte reúne textos de caráter mais filosófico sobre a educa- ção, indicando algumas linhas diretrizes para uma filosofia crítica da educação. A segunda parte reúne textos sobre a prática peda- gógica e a postura do educador. A terceira parte reúne diversos textos que ilustram a política, a teoria e a prática pedagógica no Brasil de hoje, enfocadas sob o ângulo comum da crítica da ideologia.\n\nTratando-se de filosofia da educação e de pedagogia, o título deste livro — \"Educação e Poder\" — poderá surpreender. O leitor não encontrará aqui uma explicitação da teoria do Estado, é verdade, nem uma história das políticas educacionais. Minha intenção, ao dar esse título, foi recolocar a questão do poder como tema central da filosofia da educação e da pedagogia. Não apenas o poder no sentido particular de poder do Estado, de dominação, mas sobre- tudo o poder no seu sentido amplo, de possibilidade, hegemonia, projeto. A questão do poder tem caído no esquecimento nos meios educativos. É preciso dar-lhe audiência novamente.\n\nToda tentativa de sistematizar uma prática é certamente frus- trante: o ato educativo não é sistematizável. A prática educativa é outra coisa além da ciência e das metodologias. É um complexo de atos e de conhecimentos, de decisões e de atenção que ultrapassa as possibilidades de uma teorização global. Tento, por isso, evitar a todo custo a ilusão filosófica da totalidade e da globalidade. Falar e escrever o que observamos e praticamos e achamos que de- ver ser dito, isso talvez valha a pena. Não apenas para nós, mas para que muitos outros trabalhadores da educação possam construir uma pedagogia capaz não apenas de transmitir um legado histórico de maneira crítica, mas igualmente de plantar as sementes de uma nova cultura que supere as contradições atuais, as falsas dicotomias, a opressão e o desamor presentes nas estruturas burocráticas do nosso edífico educacional.