Estratégias de Materiais e Operações Logísticas

Núcleo de Educação a Distância wwwunigranriocombr Rua Prof José de Souza Herdy 1160 25 de Agosto Duque de Caxias RJ Reitor Arody Cordeiro Herdy PróReitoria de Programas de PósGraduação Nara Pires PróReitoria de Programas de Graduação Lívia Maria Figueiredo Lacerda Produção Gerência de Desenho Educacional NEAD Desenvolvimento do material Leonardo Aragão Guimarães 1ª Edição Copyright 2019 Unigranrio Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida transmitida e gravada por qualquer meio eletrônico mecânico por fotocópia e outros sem a prévia autorização por escrito da Unigranrio PróReitoria Administrativa e Comunitária Carlos de Oliveira Varella Núcleo de Educação a Distância NEAD Márcia Loch Sumário Estratégias de Materiais Para início de conversa 04 Objetivo 05 1 Administração de Materiais e Técnicas de Planejamento de Estoques 06 11 Contexto Introdutório 06 12 Tipos de Estoques 09 13 Sistemas de Gerenciamento do Ressuprimento 13 2 Armazenagem Conceitos Técnicas e Operações em DepósitosArmazéns 21 3 Armazenagem Estratégica e Decisões sobre Armazenagem 29 Referências 33 4 Operações Logísticas Para início de conversa A maximização dos ganhos de uma empresa é a meta principal de uma empresa Para o atingir esse objetivo é muito importante para a sobrevivência das empresas Erros na gestão dos materiais podem dar grandes prejuízos em toda a cadeia de suprimentos se considerarmos que um extrativista não retira seu lote de grãos a fábrica o distribuidor e o varejista ficam desprovidos Por isso as estratégias de materiais são imprescindíveis para o gestor Para tomar decisões ajustadas à dinâmica atual é fundamental utilizar bem o gerenciamento de materiais por meio do conceito e das técnicas de planejamento de estoque além das técnicas e operações em armazéns Por fim a utilização estratégica de depósitos e centros de distribuição para a melhor efetividade e lucratividade da cadeia de suprimentos é uma valiosa descoberta nos dias atuais Sendo assim é importante saber como agir diante das pressões que possam afetar as organizações como um todo 5 Operações Logísticas Objetivo Identificar as causas tipos e funções dos estoques na Cadeia de Suprimentos 6 Operações Logísticas 1 Administração de Materiais e Técnicas de Planejamento de Estoques Uma boa administração de materiais pode ser melhor apreciada quando os bens necessários não estão disponíveis na hora em que precisam Imagine por um instante uma linha de fabricação com mais de 200 funcionários parada por falta de insumos para a produção Certamente os funcionários iriam receber seus salários independentemente da falta de materiais fossem ou não fossem produzidos os produtos BALLOU 1993 DIEDRICH NEVES 2019 Com essa ilustração em mente temos a certeza de que os erros devem ser reduzidos ao máximo e para tanto diversas ferramentas e técnicas foram ao longo do tempo incorporadas à gestão de materiais Quando bem empregadas tais técnicas ampliam a capacidade de atendimento de uma cadeia de suprimentos Os estoques são parte integrante da cadeia de suprimentos que segundo Ballou 2006 são acumulações de matériasprimas componentes materiais em processos e produtos acabados que surgem em numerosos pontos do canal de distribuição e da cadeia de suprimentos da organização Segundo Bertaglia 2006 a formação de estoques ainda se explica pelo desequilíbrio existente entre a demanda e o fornecimento O estoque serve como também um remédio para o aumento de preço inflação problemas de abastecimento e demora na reposição 11 Contexto Introdutório Discorreremos sobre alguns conceitos que servirão de base para que o aprendizado seja o mais claro possível Segundo Platão 2009 Sócrates dizia que é fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer Portanto neste capítulo utilizaremos diversos exemplos para aprimorar o nosso conhecimento sobre como as estratégias de materiais são utilizadas em um contexto empresarial e prático 7 Operações Logísticas Quando tratamos de estratégias de materiais na cadeia de suprimentos observamos que alguns nomes já nos vem à mente de imediato como armazenagem logística interna gestão da cadeia de suprimentos movimentação de materiais Esses termos serão abordados mais à frente Neste momento vamos nos ater a quatro premissas importantes em relação aos materiais Premissa 1 Armazenagem é consequência da falta de informações qualificadas de demandas futuras incertezas Uma premissa importantíssima a ser estabelecida é a de que a armazenagem ocorre pela falta de informações precisas e plenas das demandas futuras Isso significa que quanto menor for o controle da demanda maior será a necessidade de armazenagem O fato de haver inseguranças ao longo da cadeia de suprimentos exige que estoques sejam feitos ao longo da cadeia BALLOU 2006 RUSSO 2009 CHOPRA MEINDL 2003 Vamos analisar a seguinte situação hipotética Um supermercadista sabendo que no inverno mais cobertores são vendidos e que localmente houve a liberação de FGTS para saque injetando assim mais de 30 bilhões na economia espera um aumento nas vendas de cobertores A incerteza acerca da sazonalidade e do comportamento dos seus clientes faz com que ele adiante as entregas do fornecedor gerando um estoque e armazenando materiais a mais em sua loja Para você a atitude do varejista foi a correta Premissa 2 Sempre haverá uma pequena guerra entre o setor de compras e financeiro Estoques são soldados que combatem a incerteza entretanto a única coisa que o comprador sabe quando adquire uma mercadoria seja ela um insumo ou um produto para revenda é a de que o boleto virá e uma nova obrigação financeira foi gerada Isso significa que quanto mais estoques houver em uma organização mais capital ela terá parado e seu fluxo de caixa será impactado Em geral isso faz com que os compradores e os gestores financeiros tenham divergências Importante 8 Operações Logísticas Figura 1 Compra x Financeiro A guerra Fonte Proteste 2017 Nos supermercados as compras devem ser muito assertivas Em uma operação de varejo normalmente elas representam são 70 de todo o faturamento e custo da loja Isso significa que se houver uma só compra a mais ou errada você só tem 30 de toda a receita para tentar desfazer o deslize Às vezes leva mais de três meses de faturamento em um supermercado para se recuperar de apenas uma compra errada ou com quantidades errôneas Por isso a relação entre o setor financeiro e o setor de compras é acirradíssima Premissa 3 Falhas na gestão dos materiais causa impacto em toda a cadeia de suprimentos Se bem lembrarmos a cadeia de suprimentos é um fluxo normal de matérias primas compradas os produtos são produzidos em uma fábrica e levados a um centro de distribuição ou depósito de produtos acabados para posteriormente serem encaminhados aos varejistas ou clientes A cadeia de suprimentos é também conhecida como rede logística na qual fornecedores centros de distribuição varejistas fábricas estoques e processos se integram KAMINSKY SIMICHILEVI 2010 Curiosidade 9 Operações Logísticas Portanto um erro de gestão de materiais no início certamente causará um efeito devastador na ponta da cadeia de suprimentos Basta uma falha na gestão de estoques do centro de distribuição e lá se vão prazos não são cumpridos riscos enormes de rupturas no varejista serão identificados e o cliente será perdido ou os níveis de serviço não serão atendidos Premissa 4 A armazenar não é apenas estocar A estocagem é um dos processos da armazenagem Para Russo 2009 a armazenagem é necessária porque não é possível consumir os produtos na mesma taxa em que são produzidos Logo tornase fundamental estocar produtos para melhorar o atendimento aos consumidores reduzir custos de fretes e mitigar os custos de produção Segundo Ballou 1993 a estocagem é apenas um dos processos da armazenagem São eles 1 Abrigo estocagem 2 Consolidação 3 Transferência e transbordo 4 Agrupamento ou composição mixing Conhecendo essas quatro premissas fica evidenciado o tamanho da responsabilidade do gestor de materiais de uma organização Vamos conferir algumas técnicas de planejamento e administração dos materiais 12 Tipos de Estoques Se na área da saúde as doenças possuem um tratamento específico no caso dos estoques também Há tipos de estoques diferentes para cada finalidade de absorção dos desequilíbrios entre oferta e demanda Geralmente os estoques também são presentes em condições em que não se pode produzir para entrega direta aos clientes assim sendo para atingimento de um grau razoável de disponibilidade é necessário manter estoques que agem como amortecedores entre a demanda e oferta 10 Operações Logísticas Para Corrêa e Corrêa 2012 os estoques são acúmulos de recursos materiais em um sistema de transformação e devem manter seus níveis tão baixos quanto possíveis até por que manter estoques desnecessários traz perdas diretas ao capital da organização Estoque de Segurança Para Dias 2008 o estoque de segurança é a quantidade mínima para cobertura de atrasos no suprimento visando à segurança da continuidade dos processo sem risco de faltas Estoque de reposição Quantidade mínima que se deve ter em estoque a fim de suprir a demanda no tempo de reposição Estoque de Ciclo Estoque que visa à economia de escola tendo como função a redução de custos com energia transporte setup entre outros Também existem como resultado da incapacidade da operação fornecer simultaneamente todos os itens que produz Estoque de Antecipação ou Sazonal Fornece condições de suprimento quando a capacidade da produção e a demanda estão em desequilíbrio maior No caso dos produtos sazonais não há necessidade de manter os níveis de produção alto em certos períodos do ano assim os períodos são previstos e os estoques podem ser antecipados para garantir os suprimentos SLACK 2009 Figura 2 Tipos de estoque e suas definições Fonte Adaptado de Chagas Mello 2014 Estudando os estoques de forma mais profunda uma pergunta à tona É vantajoso ou não manter estoques Podemos ver na Figura 2 apenas é vantajoso se os critérios exigidos pelas circunstâncias forem cumpridos Aliás ter mais estoque do que o necessário é mau sinal de gestão Os estoques são compostos principalmente por insumos material em processo e produtos acabados Matériasprimas ou insumos são os materiais básicos para a produção e seu consumo é proporcional 11 Operações Logísticas ao volume da produção Nos casos em que as empresas fabricam produtos complexos o estoque de matériasprimas poderá conter itens já processados anteriormente ou adquiridos de outras empresas para facilitar as coisas Produtos em processo são todos os materiais parcialmente acabados que estão sendo utilizados no processo produtivo Além de ser considerado produto em processo todo aquele que já foi de alguma forma processado ou transportado para a linha de produção mas que ainda pode adquirir outras características no fim do processo produto Cabe ressaltar que existe uma relação entre a duração do processo produtivo da empresa e seu nível médio e estoques de produtos em processo Produtos acabados são todos os itens que já foram produzidos mas ainda não foram vendidos A previsão de demanda normalmente feita pelo setor de Planejamento e Controle da Produção PCP tem como objetivo disponibilizar um número suficiente de produtos acabados para satisfazer à demanda prevista Essa previsão para os estoques considera os seguintes tópicos A evolução das vendas no passado Variáveis em que há correlação com a demanda Publicidade Pesquisas de Mercado Opiniões de pessoaschave Outras variáveis de caráter geral As origens dos estoques podem estar em grandes falhas produtivas dentro da organização tais como manter estoques em excesso problemas na produtividade produtos defeituosos falhas de gestão entre outros Podem também ser oriundos de absenteísmo e incertezas de Mercado Fique de olho nos estoques pois eles certamente tem muitas coisas a revelar sobre a gestão da organização bem como mostrar certas ineficiências que podem ser melhoradas 12 Operações Logísticas Então naturalmente surge a pergunta Por que manter estoques A resposta está no Quadro 1 a seguir Principais áreas responsáveis Causas Tipos Funções Operações Produção Incerteza Estoque de segurança para produção para distribuição Desaclopamento entre operações Tempo de reposição Estoque de fluxo em processo em trânsito Viabilizar a operação do sistema produtivo Economia de escala Estoque de ciclo lote de produção lote de compra Redução de custos de energia de transporte Demanda sazonal Estoque sazonal Estabilização da capacidade de produção Finanças Aplicação financeira Estoque especulativo Ganhar dinheiro Marketing Promover vendas Promocional Conquistar novos clientes Todas Obsolescência Estoque obsoleto mico Nenhuma Quadro 1 Causas tipos e funções de estoque Fonte Adaptado de Costa e Jardim 2017 O Quadro 1 apresenta as principais causas tipos e funções dos estoques sendo que com esse conhecimento o profissional poderá compreender a abrangência necessária dos estoques reconhecendo onde e quando poderá diminuir os eventuais exageros Lembrese de que o estoque pode ter vários objetivos diferentes entretanto todos têm algo em comum os estoques ocupam espaço físico diminuem a capacidade do fluxo de caixa e podem ser sinal de perdas financeiras a longo prazo para a organização Portanto cabe manter os estoques a um nível mais eficiente possível 13 Operações Logísticas 13 Sistemas de Gerenciamento do Ressuprimento Tendo em mente que não são as respostas que movem o mundo e sim as perguntas os sistemas de gerenciamento de abastecimento visam responder a duas perguntas Quanto pedir Qual a quantidade de reposição Para isso será necessário calcular o lote econômico de reposição ou o estoque máximo de reposição Quando pedir Qual o momento de reposição Para isso será necessário calcular o ponto de pedido ou ponto de reposição ou o período fixo de reposição ou de encomenda Para responder a essas perguntas o profissional deverá aprender algumas ferramentas que o nortearão na tomada de decisões voltadas para estoques e abastecimento Isto posto serão utilizados os modelos clássicos de gerenciamento e de reposição de estoque quais sejam 1 Ponto de Pedido Quantidade Fixa de encomenda PPQF e 2 Estoque Máximo Período fixo de encomenda EMPF Suas características principais são Emissão de ordens de produção ou compras em resposta à demanda ocorrida São constituídos por regras de operação geralmente simples e de fácil automatização Partem da premissa de que a função de probabilidade da taxa de demanda se mantém inalterada ao longo do tempo Sistema 1 Ponto de Pedido e Quantidade Fixa de Encomenda PPQF Uma das perguntas mais importantes para a gestão de materiais é quanto produzir ou comprar Para responder devemos pensar o que é oneroso no meu sistema e o que vai impactar os custos totais de forma decisiva Um importante custo é o de armazenar CA que são todos os custos de manter a mercadoria por um período São exemplos os custos de estocar 14 Operações Logísticas do seguro de oportunidade de capital de giro empatado de deterioração de custo do risco de obsolescência entre outros Importante ressaltar que quanto maior o tamanho do lote maior será o custo de armazenar Outro custo bastante importante é o de pedir ou encomendar CP que pode ser exemplificado pelos custos administrativos de colocação do pedido custos associados ao processo de aquisição custos externos e internos de movimentação custo de frete do lote entregue custo de desembaraço alfandegário do lote custo de inspeção do lote custo de pesagem do veículo de entrega custo dos equipamentos e outras despesas adicionais por causa do aumento do número de pedidos Importante ressaltar que quanto maior o tamanho do lote menor será o custo de pedir A Figura 3 a seguir apresenta uma síntese desse conflito Lote QUANTIDADE ÓTIMA OU LOTE ECONÔMICO Quanto produzir ou comprar Pedir lotes altos pode ter alto custo de armazenagem Como determinar o tamanho de lote Variáveis Custo de Armazenagem CA Custo de fazer pedidos CP Números de pedidos feitos N Demanda D t Lote Poucos pedidos Estoque médio Qual o tamanho ideal do lote Mas pedir lotes muito baixos pode ter alto custo pedidos fretes etc Muitos pedidos t Figura 3 Quantidade ótima ou lote econômico de compra Fonte Adaptado de Corrêa e Corrêa 2012 15 Operações Logísticas Ao ter objetivos conflitantes qual deverá ser a opção do gestor Aumentar o lote reduz o custo de pedir pois diminuem os pedidos mas aumenta o custo de armazenar em virtude de a quantidade do item ser maior e ficar por mais tempo em estoque De outra forma reduzir o lote aumenta o custo de pedir pois aumentará o número de pedidos entretanto reduz o custo de armazenar já que as quantidades serão menores e os itens ficarão menos tempo em estoque Sendo assim o que fazer Para resolver esse conflito e ajudar na determinação da quantidade ideal será utilizada a abordagem da quantidade ótima de encomenda Qo também conhecida pela nomenclatura Lote Econômico de Compras LEC Se considerarmos que o Custo Total CT é a soma do custo de armazenagem mais o custo de fazer pedidos temos que o lote econômico de compra se dá quando o Custo de Armazenar CA é igual ao Custo de Pedir CP ou seja quando há o encontro das retas CA e CP conforme demonstrado na Figura 4 Custo Total CT Custo de armazenagem CA Custo de fazer Pedidos CP x Estoque médio Custo unitário de estocagem Tamanho de lote L 2 Ce x Número de pedidos feitos Custo unitário por pedido fixo Demanda D Tamanho de lote L Cf L D CT x Ce x Cf 2 L Custo Lote econômico LEC Lote CT CP CA Obs LEC Qo LE ocorre quando CA CP L D x Ce x Cf 2 L 2 x D x Cf LEC Ce Figura 4 Funções relativas ao Lote Econômico de Compra Fonte Adaptado de Corrêa e Corrêa 2012 16 Operações Logísticas Logo existe um nível de estoque em que o custo total é mínimo representando uma solução de compromisso entre o custo de fazer pedidos ou de encomendar e o custo de armazenagem Agora que aprendemos a calcular a quantidade fixa de reposição Qo ou LEC chegou a hora de calcular o momento de reposição ou seja quando pedir Para isso será utilizado o Ponto de Pedido PP também conhecido como Ponto de Reposição PR O gráfico 1 a seguir auxilia na determinação desse momento de reposição tempo Quando comprar Nível de estoque Taxa de demanda d Ponto de Pedido PP Lead Time LT ou Tempo de Ressuprimento TR PP DTR Gráfico 1 Cálculo do Ponto de Pedido Fonte Adaptado de Corrêa e Corrêa 2012 Podemos ver no gráfico 1 que o ponto de pedido é determinado em função da taxa de demanda d que pode ou não variar com o tempo e o LT lead time ou tempo de reposição ou ressuprimento TR tempo este que o fornecedor leva para suprir um novo lote Esses tempos são discriminados da seguinte forma Tempo de fluxo da informação administrativo é o tempo até que a necessidade do material seja contatada e transformada em ordem junto ao fornecedor Tempo do fluxo do material operacional é o tempo que o material leva para ser manuseado dentro dos depósitos fluxo de 17 Operações Logísticas chão de fábricaloja ou sendo transportado entre diferentes estágios na cadeia de suprimentos Tempo de Reposição TR é o tempo de fluxo da informação somado ao tempo de fluxo do material Separar os diversos componentes do TR pode prover um olhar crítico para os estoques e seus movimentos oferecendo assim a possibilidade de mitigar seus desperdícios por meio de programas de melhoria contínua Contudo se houver muita variação da demanda ou do tempo de ressuprimento será necessário inserir um estoque de segurança para amortizar essa incerteza conforme expresso no Gráfico 2 Estoque Providenciado Tempo t1 Q0 PP TR ES TR TR t2 Q0 Q0 Gráfico 2 Ponto de Pedido Quantidade Fixa de Encomenda Fonte Elaborado pelo autor Repare que o PP é a quantidade de material destinada a atender o consumo durante o Tempo de Reposição TR E quanto maior o ponto de pedido menor será o risco de ruptura nos estoques Já a quantidade fixa de encomenda o Qo do gráfico 2 deve procurar equilibrar o custo de encomendar com o custo de armazenar Nesse sistema está sendo considerado sem probabilidade de faltas durante o período de pedido do contrário a conta seria outra Ao se deparar com a necessidade de cálculos envolvendo decisões importantes de estoques ou níveis de suprimentos convém sempre pensar nas restrições envolvidas no sistema tais como as capacidades fluxo de materiais modais lead time 18 Operações Logísticas Lembrese de que na maioria das vezes todo o tempo gasto em estoques normalmente não agrega valor monetário à operação portanto estes tempos sempre que possível devem ser reduzidos Resumo do Método PPQF Princípio de funcionamento Os parâmetros da operação desse sistema de gerenciamento são o Ponto de Pedido e a Quantidade ótima Lote Econômico de Compra Sempre que o Estoque providenciado Saldo físico Compras a receber alcança o ponto de pedido uma nova encomenda é disparada com uma quantidade fixa O estoque de segurança tem a responsabilidade de diminuir os riscos da ocorrência de faltas ou rupturas Principais Características Controle mais rígido mais preciso para evitar falhas no sistema Para muitos itens serão necessários sistemas informatizados Reduz as chances de perdas por prazos de validade vencidos A quantidade encomendada é sempre a mesma para um determinado item com isso facilitando os processos de aquisição na organização compras Sistema 2 Estoque Máximo Período Fixo de Encomenda EMPF Em vez de fixar a quantidade e variar o momento como visto no método PPQF o objetivo do método EMPF é fixar o momento do pedido por exemplo toda quartafeira e completar o tanque do espaço destinado ao item Repare no Gráfico 3 que as quantidades Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 e Q6 são variáveis pois dependem da quantidade consumida no período mas o momento é sempre o mesmo Importante 19 Operações Logísticas Tr Tr Tr Tr Tr Tr T0 T0 T0 T0 T0 T0 Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Pedido ES Estoque Providenciado Tempo EM Gráfico 3 Comportamento gráfico do Sistema EMPF Fonte Elaborado pelo autor O Gráfico 3 demonstra o comportamento desse sistema de gerenciamento de estoques Vamos analisar cada personagem desse sistema A quantidade de materiais deve ser mantida para que possa cobrir toda a demanda durante o tempo de cobertura Tcob que é a soma do Tempo de Reposição TR o Período ótimo de encomenda To Por exemplo um período fixo de 1 semana 7 dias associado a uma entrega do fornecedor que leva 3 dias faz com que o Tcob seja de 10 dias TEMPO DE COBERTURA Período de Encomenda Tempo de Reposição A quantidade de encomenda Q1 Q2Qn será calculada pela subtração do estoque máximo EM menos o estoque providenciado Lembrando que este último é definido pelo saldo físico do estoque em conjunto com as compras a receber tal como expresso na fórmula a seguir QUANTIDADE DE ENCOMENDA Estoque Máximo Saldo Físíco Compras a Receber Na solução EMPF o período de encomenda deve procurar equilibrar o custo de encomendar pedir com o custo de armazenar estocar minimizando 20 Operações Logísticas o custo total Isso significa que no sistema EMPF de gerenciamento de estoques o foco será na otimização do período enquanto no PPQF o foco era a quantidade ótima Quantidade Ótima de Encomenda PERÍODO ÓTIMO DE ENCOMENDA Demanda Média Diária Estoque Máximo É o estoque suficiente para cobrir a demanda durante o tempo de cobertura A demanda é uma variável aleatória resultante da combinação de duas outras variáveis a demanda diária e o tempo de cobertura Deve ser determinado de forma a oferecer um nível de serviço desejado Resumo do Método EMPF Princípio de funcionamento Os parâmetros da operação desse sistema de gerenciamento são o Estoque Máximo e o período fixo de encomenda As encomendas são realizadas em intervalos fixos de tempo chamados de PERÍODOS FIXOS DE ENCOMENDA em quantidades suficientes para repor um nível máximo de estoque chamado ESTOQUE MÁXIMO O estoque de segurança é parte do Estoque Máximo e seu objetivo é evitar a ocorrência de faltas quando a demanda durante o tempo de cobertura for maior do que a demanda média esperada Pode ser calculado pela diferença entre a capacidade máxima do sistema a demanda média esperada durante o tempo de cobertura Principais Características Facilidade de entendimento e de aplicabilidade já que permite a definição de um mesmo período de encomenda para um determinado item ou para uma família de produtos Importante 21 Operações Logísticas Proporciona controlar suas atividades de rotina ao reduzir o número de requisições e de processamentos notas fiscais recebimentos etc Permite que se saiba com antecedência os momentos em que ocorrerá a liberação de novos pedidos de reposição Com isso é possível coordenar melhor a reposição simultânea ou não de vários itens de estoque diferentes Ao comparar os dois modelos utilizados observase que o método PPQF é mais econômico para um dado nível de serviço e pode ser operado com um menor estoque segurança e médio Contudo aumenta o trabalho administrativo e operacional ao não mitigar o número de ordens de compras e das respectivas entregas Ainda nessa comparação observase que o método EMPF possibilita uma menor perda de vendas contribuindo para um aumento do faturamento Entretanto o volume de estoque e o estoque médio tendem a ser maiores podendo gerar vencimento dos prazos de validade Vale aqui um esclarecimento você encontrará em alguns livros e materiais a expressão estoque mínimo Contudo essa expressão é usada como sinônimo de duas coisas totalmente diferentes são elas o ponto de pedido ou o estoque de segurança Sendo assim evite utilizar a expressão estoque mínimo 2 Armazenagem Conceitos Técnicas e Operações em Depósitos Armazéns Ballou 1993 já afirmava a importância da armazenagem na logística ao proporcionar melhor rentabilidade por meio do planejamento organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos A armazenagem é a atividade que permite manter bens e materiais em instalações adequadas a fim de preservar suas características ideais para consumo BALLOU 2006 BOWERSOX COOPER CLOSS 2006 22 Operações Logísticas A operação efetiva da armazenagem está ligada a fatores críticos que a organização utiliza para executála tais como visualizados na Figura 5 a seguir Isso significa que a armazenagem também diz respeito à estocagem ordenada e à distribuição de produtos acabados dentro da própria fábrica ou em locais destinados a este fim seja pelos fabricantes ou por meio do processo de distribuição É importante destacar que a estocagem é apenas uma das várias funções da armazenagem Para que serve de fato a armazenagem ou seja qual a razão para armazenar Vamos ver o Quadro 2 Atender a oscilações do mercado ECONÔMICAS Economias no transporte e economias de produção Descontos nas quantidades adquiridas e nas taxas de transportes OPERACIONAIS Cobertura de diferenças de tempo e espaço entre produtores e consumidores SERVIÇOS Dar suporte a políticas de níveis de serviços Atender a oscilações do mercado Quadro 2 Razões para armazenagem Fonte Elaborado pelo autor Podemos notar que do ponto de vista econômico armazenar significa muitas vezes economizar em escala nos meios de transporte bem como adequar os ciclos de produção da indústria reduzindo as variabilidades nos processos além de permitir descontos pelas quantidades nos lotes fabris Instalações Métodos Recursos Figura 5 Fatores críticos para operação efetiva da armazenagem Fonte Elaborado pelo autor 23 Operações Logísticas Já nas razões operacionais a cobertura de diferenças no tempo e espaço ajudam a sincronizar a cadeia de suprimentos já que no caso de rupturas de estoques toda a cadeia fica comprometida ou seja armazenar materiais serve de segurança para a sincronização e atendimento da indústria e do cliente Falando de serviços armazenar traz benefícios no tocante ao atendimento das oscilações de mercado e políticas de níveis de serviços o que indica que uma boa armazenagem é crucial para o desenvolvimento saudável da organização Atividades do armazém São alguns exemplos de atividades que ocorrem dentro de um armazém EXEMPLOS Carregamento Consolidação Descarregamento Documentação Expedição Inspeção Movimentação Paletização Segurança Separação EM ALGUNS CASOS Embalagens Montagem de kits Operações industriais de montagem Controle de umidade e temperatura Figura 6 Atividades no armazém Fonte Elaborado pelo autor 24 Operações Logísticas Como podemos ver na Figura 6 são vários os processos ocorridos no armazém os quais visam à redução tanto de riscos de acidente custos de armazenagem mantendo os níveis aceitáveis de serviço Além disso maximizar a utilização do espaço é uma das vertentes da armazenagem a qual otimiza também os fluxos físicos e de informações e consequentemente aumentar a produtividade Existem algumas desvantagens em se armazenar até por que nem tudo são flores certo Os materiais armazenados estão sujeitos a capitais o que significa que haverá juros a se pagar A armazenagem também requer ocupação de recintos próprios ou aluguel os quais se traduzem em rendas fixas maiores e quando se trata da cadeia de suprimentos custos fixos nunca são bemvindos Outros fatores a serem colocados como desvantagens são os prazos de validade das mercadorias que devem ser respeitados Um armazém de grandes dimensões também implica em altos custos com movimentações que não agregam valor de capital nenhum ao produto e por isso devem ser reduzidas Em última análise outra desvantagem é o fato de que grandes armazéns requisitam equipamentos de tecnologia o que é mais um custo fixo que pode impactar na saúde financeira da organização Sistemas de localização de estoques Ao considerarse a otimização de espaços vejamos os sistemas de localização de estoques Os sistemas de memória dependem da memória das pessoas responsáveis pela colocação e retirada do material da estocagem Esse sistema funciona bem quando apenas uma pessoa trabalha em uma determinada área de estocagem e existem poucos itens de estoque também conhecido como Stock Keeping Unit SKU e quando o número de locais diferentes de estocagem é reduzido Um sistema definido ou fixo é estabelecido para cada SKU em um local específico e único de estocagem Em um sistema de localização definida ou fixa a localização do item sempre deverá ser conhecida Isso significa que quando um item for estocado estará determinado seu local e não poderá guardar nenhum outro item ali mesmo que o local esteja vazio 25 Operações Logísticas Um sistema de localização aleatória permite que o material seja estocado em qualquer lugar disponível Quando um item é colocado aleatoriamente na área de estocagem o endereço do local em que ele foi posto é registrado para futura consulta Convém que os registros do sistema com localização aleatória possam ser manuais ou computadorizados Processos da armazenagem A armazenagem possui seis atividades básicas 1 Recebimento Controle e programação das entregas recebimento físico do material checagem da nota fiscal x material físico recebido além disso também é necessário checar visualmente a integridade do material das embalagens e das datas de vencimento dos produtos 2 Movimentação Constitui a atividade de préestocagem paletização repaletização aplicação de filmes stretch colocação de etiquetas etc 3 Estocagem Armazenamento dos materiais conforme critérios de volume popularidade semelhanças físicas valor Sua principal função é guardar proteger e preservar o material até que seja requerido pelo cliente 4 Separação de pedidos É a coleta dos pedidos segundo a necessidade dos clientes É uma etapa fundamental do pedido pois consome cerca de 60 dos custos operacionais de um centro de distribuição Convém que o profissional sempre esteja atento a reduções de deslocamento prospectando soluções para melhoria contínua desse processo 5 Embalagem Tem como objetivo geral a proteção do produto da melhor forma possível correlacionase diretamente com o modal de transporte a ser utilizado Grande parte das perdas de espaço físico nos transportes pode ser reduzida caso as embalagens e seus respectivos projetos sejam melhorados de forma eficaz e eficiente 6 Expedição É a transferência dos materiais agrupados por rota para a doca de expedição em geral a leitura das etiquetas é feita por códigos de barras para confirmação da saída das embalagens 26 Operações Logísticas Normalmente tem como subprocessos a pesagem carregamento dos veículos e conferência Formas de estocagem das mercadorias Existem várias formas de armazenar os materiais adequadamente que serão abordados a seguir Uma forma bastante utilizada é a estocagem por paletes Nesse caso os pedidos nunca contêm frações de determinados produtos apenas paletes fechados Outra forma é a estocagem por caixas que são mais usadas quando a menor unidade de separação são as caixas fechadas Estocagem por caixas fracionadas são usadas no caso em que as caixas necessitam ser abertas para o manuseio de pacotes que compõem a caixa e por fim a estocagem por itens que é a alternativa mais fracionada na qual são manuseados itens individuais de determinados produtos Veja na Figura 7 um tipo de armazenagem sem restrições de acesso Corredor Corredor Corredor Corredor Corredor Figura 7 Estocagem do tipo acesso irrestrito Fonte Adaptado de Francischini e Gurgel 2002 Convém que pessoas que tenham a gestão do estoque nesse tipo de acesso estejam presentes e tenham pleno conhecimento dos estoques até por que sem elas em momentos que for necessário saber onde estão os SKUs seria inviável 27 Operações Logísticas Na Figura 8 é ilustrado o caso é indicado para itens do tipo PEPS Primeiro a Entrar Primeiro a Sair Corredor Figura 8 Estocagem tipo Corredor Fonte Adaptado de Francischini e Gurgel 2002 É importante que toda a equipe seja treinada para assegurar a acurácia do sistema Se não existe o risco de embaralhar toda a organização caso haja um só erro de colocação de materiais trazendo grandes perdas de tempo e recursos para a reorganização Na Figura 9 é ilustrada uma situação em que o foco é a velocidade Nesse caso os itens são dispostos em forma de S justamente para facilitar a retirada Corredor Corredor Figura 9 Sistema de estocagem tipo drive thru Fonte Adaptado de Francischini e Gurgel 2002 Cercado por dois corredores para retirada para possibilitar o uso de mais de um equipamento para retiradas simultâneas 28 Operações Logísticas Na Figura 10 vemos que os produtos com maior valor agregado são posicionados na ponta ou seja produtos classificados na parte A da curva ABC quando se diz respeito aos valores estarão sempre mais próximos da entrada e da saída Itens alto valor Saída Entrada Itens Médio valor Itens baixo valor Figura 10 Classificação ABC por valor Fonte Elaborado pelo autor 2019 Este tipo de estocagem é muito utilizado no varejo de roupas ou joalherias primeiro por questão de segurança segundo por que fica mais fácil para executar controles dos fiscais dos centros de distribuição Na Figura 11 fica evidenciado que os produtos mais próximos da saída são aqueles mais populares Muito utilizado no varejo de alimentos supermercados pois facilita a visualização do cliente quando entra na loja Entrada Itens de alto giro colocados próximos às áreas de entrada e saída Saída Itens A Itens B Itens C Figura 11 Estocagem por Curva ABC pela popularidade de um item Fonte Elaborado pelo autor 2019 29 Operações Logísticas Em um estoque de um Centro de Distribuição CD também é muito utilizado para facilitar a saída organizada Uma desvantagem é que caso haja um grande pedido de um item que se encontra na parte C da curva ABC pode haver perdas de tempo desnecessárias Para ter sucesso quanto à armazenagem de materiais o profissional deverá optar pela melhor forma de estocagem e atentar para os processos básicos da armazenagem Para se chegar a algum lugar convém que tenhamos um mapa certo Então procure identificar os seis processos da armazenagem e aprimorar as formas de estocagem para a melhoria contínua de sua organização 3 Armazenagem Estratégica e Decisões sobre Armazenagem A seguir apresentaremos uma analogia para ilustrar melhor as estratégias sobre armazenagem A personagem número 1 desta metáfora é a roupa suja que pode estar em vários cômodos ou ser tirada no momento em que uma pessoa vai tomar banho O personagem número 2 é o cesto que armazena as roupas sujas A personagem número 3 é a máquina de lavar que receber a roupa suja em lotes econômicos para otimizar o uso da água e do sabão em pó que serão utilizados em quantidades melhores visando à efetividade em seus resultados Trazendo essa analogia para a logística a personagem 1 é o produto na fábrica ou fornecedor está espalhado em diversos lugares diferentes por um país ou pelo mundo o personagem 2 é o centro de distribuição que recebe vários produtos em lotes de tamanhos diferentes de diversas partes do país ou mundo a personagem 3 é o cliente que apenas receberá aquilo que for necessário ou ótimo Observar a armazenagem dessa forma é uma decisão estratégica Abordaremos a seguir as vantagens e desvantagens na utilização dos Centros de Distribuição CD além dos benefícios e desafios do software Warehouse Management Systems WMS 30 Operações Logísticas A escolha do posicionamento e da função das instalações de armazenagem é parte de um conjunto integrado de decisões que envolve políticas de serviço ao cliente de estoque de transporte e de produção que visam promover um fluxo eficiente de materiais e produtos acabados ao longo de toda a cadeia de suprimentos BALLOU1993 As empresas procuram cada vez mais agilizar o fluxo de materiais comprimindo o tempo entre o recebimento e a entrega dos pedidos para reduzir os investimentos em estoque Nesse ambiente o papel da armazenagem está voltado a prover a capacidade de resposta rápida Muitos dos serviços executados visam juntamente reduzir as necessidades de estoques Diante desse cenário o Mercado está migrando para a centralização do estoque facilitando a entrega direta e contínua em cada ponto de venda fazendo com que os CDs assumam um papel estratégico As principais vantagens e desvantagens dos CDs podem ser observadas na Figura 12 Vantagens Facilita a Gestão de materiais Reduz custos logísticos Reduz o Lead Time Diminui a proximidade com o cliente Aumenta o desempenho da entrega Aumenta o market share Aumenta a produtividade Desvantagens Aumentos nos custos de manutenção dos estoques Aumento com gastos de transportes de suprimentos Figura 12 Vantagens e desvantagens Fonte Elaborado pelo autor 2019 Convém que todas as decisões voltadas para os centros de distribuição sejam tomadas por um viés analítico ponderando assim as vantagens e desvantagens 31 Operações Logísticas Para que os centros de distribuição sejam geridos de forma adequada a tecnologia da informação tem se preparado para apoiar o desafio logístico da armazenagem e gestão de materiais na cadeia de suprimentos Os sistemas têm progredido expressivamente na atualidade sobretudo com os novos conhecimentos e inovações incrementais que a tecnologia da informação tem trazido à indústria e à logística como um todo Hoje em dia imaginar um estoque sem um sistema de códigos de barra ou de localização de estoques é muito difícil É importante relembrar que na logística as três atividades principais são transporte processamento de pedidos e armazenagem O WMS é uma ferramenta importante para apoiar todas essas atividades conforme exemplificado na Figura 13 Empacotamento embalagem e consolidação Transferência Seleção de pedidos Recepção e Conferência Administração Carregamento Embarque Descarregamento Desembarque Figura 13 O WMS no armazém Fonte UFRJ 32 Operações Logísticas Um WMS opera com etiquetas de códigos de barras com o controle das divergências de estoque Além disso permite o controle do item pelo endereço número de lote tamanho cor vencimento e isto permite evitar grandes perdas no estoque antecipando ações que sem essas informações seriam inviáveis Permite também um inventário rotativo uma boa configuração do local de armazenagem seja por bloco ou coluna bem com o controle de lotes e rastreabilidade dos itens para efeitos de entrega e pósvenda A utilização do WMS quando bem implementado pode proporcionar vários benefícios Dentre eles as informações mais confiáveis e uma melhor utilização da infraestrutura equipamentos de movimentação colaboradores etc Além dos benefícios citados anteriormente também são importantes a redução de perdas com produtos vencidos e produtos obsoletos as menores perdas por falta de produto ruptura de estoque e a melhor gestão operacional do armazém com a utilização com indicadores de desempenho 33 Operações Logísticas Referências BALLOU R H Logística empresarial transportes administração de materiais e distribuição física São Paulo Atlas 1993 Gerenciamento da cadeia de suprimentos logística empresarial São Paulo Bookman 2006 BERTAGLIA PR Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento São Paulo Saraiva 2006 BOWERSOX D J COOPER M B CLOSS D J Gestão logística de cadeias de suprimentos São Paulo Bookman 2006 CHAGAS C V D MELLO D R Avaliação do sistema de reposição de estoque na empresa de Laticínios de Ouro do setor de laticínios do RJ com base na existência de um modelo de gestão de estoque Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Engenharia de Produção Universidade do Grande Rio Prof José de Souza Herdy Escola de Ciência e Tecnologia 2014 CHOPRA S MEINDL P Gerenciamento da cadeia de suprimentos São Paulo Prentice Hall 2003 CORRÊA H L CORRÊA C A Administração da produção e operações manufatura e serviços uma abordagem estratégica São Paulo Atlas 2012 COSTA RS JARDIM EGM Gestão de operações de produção e serviços São Paulo Atlas 2017 34 Operações Logísticas DIEDRICH H NEVES L V Análise da logística interna no centro de distribuição na rede de lojas Benoit de LajeadoRS Revista Destaques Acadêmicos Lajeado v 11 n1 p724 2019 FRANCISCHINI P G GURGEL F A Administração de materiais e do patrimônio São Paulo Pioneira Thomson 2002 KAMINSKY Philip SIMICHILEVI David SIMICHILEVI Edith Cadeia de suprimentos projeto e gestão conceitos estratégias e estudos de caso Porto Alegre Bookman 2010 PLATÃO A apologia de Sócrates São Paulo Martin Claret 2009 PROTESTE Economize quase 3 mil por ano no supermercado Disponível em httpswwwprotesteorgbrsuascontassupermercadonoticiaeconomizequase 3milporanonosupermercado Acesso em 26 jun 2019 RUSSO C P Armazenagem controle e distribuição Curitiba Ibpex 2009 UFRJ Armazenagem Disponível em httpwwwieufrjbrdownload AparecidaAulaLogisticaArmazenagempdf Acesso em 26 jul 2019