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Núcleo de Educação a Distância wwwunigranriocombr Rua Prof José de Souza Herdy 1160 25 de Agosto Duque de Caxias RJ Reitor Arody Cordeiro Herdy PróReitoria de PósGraduação e Pesquisa PROPEP Emilio Antonio Francischetti PróReitoria de Administração Acadêmica PROAC Carlos de Oliveira Varella Núcleo de Educação a Distância NEAD Márcia Loch Produção Gerência de Desenho Educacional NEAD Desenvolvimento do material Leonardo Aragão Guimarães 1ª Edição Copyright 2019 Unigranrio Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida transmitida e gravada por qualquer meio eletrônico mecânico por fotocópia e outros sem a prévia autorização por escrito da Unigranrio PróReitoria de Graduação PROGRAD Virginia Genelhu de Abreu Francischetti PróReitoria de PósGraduação Lato Sensu e Extensão PROPEX Nara Pires Sumário Estratégias de Transporte Para início de conversa 04 Objetivo 05 1 Papel e Princípios Básicos em Transportes na Cadeia de Suprimentos 06 11 Modos de Transporte Características e Critérios de Decisão 08 12 Projetos de Transportes e os Critérios de Decisão 19 Referências 26 4 Operações Logísticas Para início de conversa O transporte é o elemento mais importante do custo logístico na maioria das organizações tendo um papel fundamental na prestação de serviços ao cliente Em termos de distribuição de custos normalmente representa 60 dos gastos logísticos e pode até ultrapassar o lucro operacional Dessa forma surge a dúvida Como definir o melhor modal de transporte Seria comparando eles de modo a estabelecer uma discussão sobre o tema Sim Neste capítulo veremos uma breve abordagem sobre o panorama atual dos transportes no Brasil os desafios logísticos e as ferramentas para tomada de decisão referente ao tema Veremos também o surgimento de operadores logísticos para redução de custos fixos e aumento nos ganhos econômicos do transporte Este estudo visa ao mesmo tempo classificar os modais de transporte de carga comparandoos de forma enriquecedora na discussão do tema Vale estabelecer que os projetos de transportes e seus critérios de decisão nos darão um breve vislumbre da multimodalidade e intermodalidades de transporte para entendermos onde queremos chegar na cadeia de suprimentos 5 Operações Logísticas Objetivo Aprender as principais características para a escolha dos modais de transporte e o seu impacto no desempenho da Cadeia de Suprimentos 6 Operações Logísticas 1 Papel e Princípios Básicos em Transportes na Cadeia de Suprimentos O transporte no plano nacional e internacional é subprocesso relevante da logística o deslocamento interno do fornecedor para empresa entre plantas para o cliente estando ele em forma de materiais subconjuntos componentes e produtos acabados ou não ou em peças de reposição é fator de utilidade o transporte em se acrescenta valor de tempo e determina a consistência e a rapidez da qual o produto vai de um ponto a outro BALLOU 2001 COSTA e FARIA 2005 Para Gurgel 2000 os objetivos do transporte estão associados aos fins da empresa entretanto devem ser tratados a corresponder às expectativas previstas O produto deve chegar ao destino final sem danos Os prazos devem ser cumpridos A mercadoria deve ser entregue no local correto A descarga deve ser feita adequadamente Os processos devem ser aprimorados Os custos da entrega devem ser reduzidos A satisfação do cliente Os benefícios gerados para a organização devem ser aumentados O diferencial competitivo no mercado depende em grande parte da correta utilização dos transportes Portanto as empresas devem estar atentas ao gerenciamento dessa atividade uma vez que está intrinsecamente ligada a dois pilares que sustentam os negócios são eles satisfação do cliente e minimização de custos O sistema de transporte utilizado deve ser cuidadosamente pensado uma vez que eles podem ser responsáveis por até dois terços de todos os custos logísticos representar também entre 2 e 10 da receita 7 Operações Logísticas Um melhor sistema de transporte contribui para redução de preços no mercado a garantia de uma economia de escala na produção e o aumento da competitividade no mercado Existem decisões que devem ser tomadas em todo tempo para que os sistemas de transportes sejam adequadamente congruentes as necessidades dos clientes o quadro um exemplifica Alguns alguns tipos de decisões Nível de decisão Localização Transportes Estoques Processamento do pedido Armazenagem Compras ESTRATÉGICO Número tamanho e localização de instalações Seleção do modal Políticas de estoque rotatividade Projeto do sistema de procuração do pedido Layout seleção de equipamento de manuseio Políticas de relacionamento TÁTICO Posicionamento do estoque Contrato sazonal de equipamento Estoque de segurança controle Regras de prioridades Utilização do espaço escolhas sazonais Contratação seleção de fornecedores OPERACIONAL Determinação de carga Roteirização agendamento e despacho Reposição quantidades e prazos Atendimento Coleta e arrumação Liberação de pedidos compra Quadro 1 Tipos de decisões e seus níveis Fonte Elaborado pelo autor Como podese observar no Quadro 1 a administração da distribuição física possui três níveis de decisões estratégico tático e operacional Dessa forma podese entender melhor configuração global do sistema de distribuição e saber como utilizar os recursos do sistema de forma eficiente e determinar qual será o tipo de supervisão para a realização das tarefas As principais motivações da elaboração de um sistema de transporte na cadeia logística se dão pelas diferentes quantidades de pedidos com ampla variedade de produtos e múltiplas localizações dos clientes Os posicionamentos de estoque em pontos distintos as características dos transportadores e os padrões das encomendas dos clientes por si só já fazem com que a elaboração do sistema seja um grande desafio da logística empresarial 8 Operações Logísticas 11 Modos de Transporte Características e Critérios de Decisão Entender para atender é o lema de alguns operadores logísticos Compreender os modais logísticos é uma tarefa complexa e aquele que possuir conhecimento adequado sobre os modais de transporte certamente tem destaque quando se trata no estabelecimento de estratégias de transporte adquirindo mais capacidade para executar decisões próximas da eficiência operacional Para Ballou 2001 são 5 modais de transporte mais utilizados a saber Figura 1 Modais de transportes Fonte Elaborado pelo autor Segundo Costa 2017 no Brasil a maioria das informações indica que mais de 61 das cargas são transportadas por rodovias 20 por ferrovias 14 pelo setor aquaviário 4 pelo setor dutoviário enquanto o aéreo fica com menos de 1 Veremos agora as principais vantagens e desvantagens de cada um dos modais de transporte e os critérios que farão a decisão do gestor de transportes ser mais ajustada TRANSPORTE TRANSPORTE MULTIMODAL RODOVIÁRIO FERROVIÁRIO AQUAVIÁRIO DUTOVIÁRIO AÉREO 9 Operações Logísticas Modal rodoviário Segundo Fleury 2000 o transporte rodoviário se dá pelas rotas em terra estradas e rodovias Os principais motivos para sua utilização são suas vantagens Flexibilidade As rotas não são necessariamente fixas e podem ser feitas ou modificadas com certa facilidade Viabilidade É possível carregar desde grãos até ouro Velocidade Dependendo da quilometragem tem prazo razoável Preço Competitivo na maioria das vezes Figura 2 VUC Utilizado para transportes urbanos Fonte Texaco 2018 10 Operações Logísticas Esse tipo de modalidade é utilizada para cargas médias pequenas e normalmente para curtas e médias distâncias a coleta ela é feita de ponto a ponto O transporte rodoviário oferece uma cobertura bem ampla e pode ser caracterizado como versátil e flexível além de ser prático No Brasil o fato de as rodovias serem feitas com capital público diminui os custos fixos relativos a este modal entretanto os custos variáveis são de médio porte combustível pedágios manutenções Vale ressaltar que embora seja óbvio que a execução de operações no modal rodoviário pareça ser melhor se comparada àquela feita com recursos próprios nem sempre essa é a opção mais acertada O profissional deve estabelecer as relações de custo para saber até onde vale a pena ter uma frota própria Em resumo o transporte rodoviário possui Custo fixo baixo pois as rodovias são construídas pelo governo Custo variável médio tais como combustível e manutenção Pontualidade média Poucas perdas percentuais Cobertura a ponto o que significa cobrir qualquer lugar sempre que necessário desde que se haja estradas compatíveis Alta disponibilidade e flexibilidade Alta variabilidade no tempo de entrega Capacidade ideal para pequenas cargas a curtas distâncias O modal rodoviário é bastante indicado para a manufatura de produtos agrícolas na distribuição no atacado e no varejo por sua natureza Curiosidade 11 Operações Logísticas Modo ferroviário Sob um outro prisma o modal ferroviário é muito eficiente para os transportes a granel e de grandes massas É bastante comum utilizálo em produtos cujo valor agregado seja baixo e há altos volumes de movimentação como os granéis minérios produtos agrícolas Nesse modal são percorridas pequenas ou longas distâncias e a velocidade é menor Em comparação ao transporte rodoviário Lambert 1998 atesta que o transporte ferroviário não tem a versatilidade e flexibilidade do rodoviário até porque limitase às instalações fixas de trilhos Você sabia que hoje no Brasil uma linha férrea de 30129 quilômetros de extensão sendo que destes 1121 são eletrificados A linha férrea brasileira está presente em 22 estados e no Distrito Federal existem 4 tipos de bitolas Larga irlandesa 1600 m 4057 km Padrão internacional 1435 m 2024 km Métrica 1000 m 23489 km Mista 1600 m 1435 m 1000 m 396 km 12 Operações Logísticas Figura 3 Mapa ferroviário brasileiro Fonte Adaptado de Alemi 2015 Como se nota muito pouco deste tão vasto país é coberto por ferrovias caso houvesse uma linha férrea maior certamente obteriase a otimização de custos e tempo 13 Operações Logísticas Para empresas que possuem uma frota própria os custos do modo ferroviário são semelhantes aos custos fixos do transporte rodoviário principalmente quando falamos de manutenção Na perspectiva do usuário os custos que devem ser observados da tarifa ferroviária são os da densidade pesovolume Nesse caso não são incluídas as taxas de armazenagem mas sim de estadia de vagão ou transbordo entre modais BALLOU 2011 Em suma o transporte ferroviário possui Custo fixo de autoequipamentos terminais e vias Custo variável baixo combustível e manutenção Baixo custo para cargas completas Pequeno oferta Velocidade média Risco de perdas moderado Medição da variabilidade no tempo de entrega Vantagem para cargas a granel Além disso é indicado para indústrias extrativistas manufatura pesada combustíveis e commodities agrícolas Modo aeroviário O transporte aéreo é utilizado somente em circunstâncias muito especiais justificáveis apenas nos casos em que o nível de perdas e os níveis de serviços requeridos pelo cliente sejam evidenciados O produto em si deve ter alto valor agregado até porque segundo Lambert 1998 o frete aéreo não pode se justificar para produtos com baixo valor aliás o alto preço do frete representaria uma grande parte do valor do produto Importante 14 Operações Logísticas Já quando se fala de distâncias os produtos de alto valor agregado e que possuem também alto nível de exigência da parte dois clientes podem se fazer uma boa opção para o uso deste modal isso porque como o tempo de transporte é menor os custos com seguro e embalagens também diminui Cálculo de carga aérea A base de cálculo do frete aéreo leva em conta o peso ou volume é considerado aquele que proporciona maior valor de acordo com a IATA citada por Ferreira 2003 a seguinte relação é estabelecida Comprimento altura largura m3³ m3³ 0006 Quantidade de kg peso cubado Significa que 6000 cm³ 1 kg ou 6m³ 1 Ton Em tese se um material de 1 kg estiver acondicionado em mais de 6 mil centímetros cúbicos considerase o volume como base de cálculo caso contrário o peso é estimativo as tarifas aéreas baseadas em tráficos custos ou rotas São estabelecidas pelas empresas para entretanto serem cobradas uniformemente pela IATA O transporte aeroviário tem as seguintes características Custo fixo alto aeroportos e aeronaves manuseio de cargas Custo variável alto combustível manutenção e pessoal Limitações de peso e volume Baixo risco de danos Disponibilidade média Alta variabilidade no tempo de entrega Ideal para cargas de alto valor urgentes eou perecíveis É indicado para cargas expressas e pequenos volumes de emergência 15 Operações Logísticas Modal aquaviário Nesse tipo de transporte é necessário o posicionamento geográfico favorável à forma que o deslocamento possa ser realizado com êxito Esse tipo de transporte pode ser desmembrado Segundo Lambert et al 1998 separamse em Fluvial para o interior usando canais ou rios Por meio de lagos Oceanos podendo ser litorâneos ou interlitorâneos Marítimo internacional Grande parte dos produtos que se utilizam desse modal são semiacabados matériaprima à granel tais como grãos minérios carvão calcário e outros Um fator complexo que o modal aquaviário enfrenta é sua intermodalidade Pela pouca flexibilidade de rotas ou terminais depende de soluções intermodais e uma forte legislação aduaneira O modal aquaviário normalmente é utilizado para grandes distâncias entretanto apresenta baixas velocidades Outra possível restrição ao seu uso é que no caso de transportes para o interior os rios mares lagos ou canais devem ser navegáveis BALLOU 2001 BOWERSOX e CLOSS 2001 Figura 4 Transporte aquaviário Fonte Rocha 2014 16 Operações Logísticas No tocante às decisões tomadas para se transportar nessa modalidade vale ressaltar alguns pontos a saber Custo médio fixo navios equipamentos Custo variável baixo combustível manutenção volume Baixomédio risco de perdas Baixa velocidade disponibilidade Sensível às condições climáticas Baixa variabilidade no tempo de entrega Ideal para cargas pesadas e não perecíveis É indicado principalmente para minerais commodities agrícolas químicos e cimentos Modal dutoviário O modal dutoviário ainda não é amplamente utilizado em todas as segmentos da economia Normalmente utilizamse dutos subterrâneos a utilização de dutos é restrita produtos em estado líquido gasoso ou pastoso Para Lambert 1998 um número limitado de produtos são distribuídos por dutovias sendo os principais o gás natural petróleo e seus derivados produtos químicos água ou pastosos Os produtos dentro do duto são monitorados e controlados remotamente por computadores As perdas e os danos que podem ocorrer mediante vazamentos ou danos estruturais são bem raros e as condições climáticas têm pouquíssimos efeitos sobre os produtos que são movimentados no duto onde não exigem mão de obra em abundância portanto ausências de funcionários têm poucas efeito nas operações de transporte nesse modal BALLOU 2001 FLEURY 2000 LAMBERT 1998 17 Operações Logísticas Figura 5 Transporte dutoviário Fonte Dreamstime Podese notar que pela alta tecnologia empregada na instalação de projetos dutoviários bem como pela mão de obra de ponta para as instalações iniciais e materiais de última geração o transporte dutoviário possui um custo fixo altíssimo parecido com aqueles da ferrovia Grande parte desses custos se dão em função do direito de acesso construção requisitos de controle e capacidade de bombeamento COSTA e FARIA 2005 Em resumo o modal dutoviário possui Alto custo fixo concessões de acesso construção controle das estações capacidade de bombeamento Custo variável baixo praticamente sem pessoal Pouco flexibilidade Baixa velocidade e disponibilidade Alta pontualidade Alto investimento inicial Importante 18 Operações Logísticas Capacidade ideal para linhas dedicadas Indicado principalmente para petróleos e derivados pastosos gases e líquidos Resumo De todas as características mencionadas sobre os modais de transporte e podemos notar as principais no Gráfico 1 Gráfico 1 Modais de transporte em relação ao valor e volume a ser transportado Fonte Elaborado pelo autor Na imagem acima podemos notar que à medida que o valor do produto sobe e o volume é baixo podemos usar o modal aeroviário Ao passo que quando o volume é muito alto e o valor é baixo o mais indicado é o dutoviário Ter conhecimento dos critérios de decisão e dos tipos de modais é essencial e seguir os critérios descritos no Gráfico 1 ajudará o gestor a tomar decisões ajustadas no tocante a qual modal utilizar a depender do produto e seus volumes Importante Alto Baixo Baixo Volume Valor Alto Aeroviário Rodoviário Ferroviário Aquaviário Dutoviário 19 Operações Logísticas 12 Projetos de Transportes e os Critérios de Decisão Tzu 2008 enfatiza que a força é que enverga o arco porém é a decisão que dispara a flecha Tendo em mente essa metáfora o gestor logístico deve possuir ferramentas e informações para tomar decisões ajustadas em relação aos transportes e seus projetos A problemática é Qual modal de transporte devo utilizar para levar meu produto ao cliente Nesse subtópico iremos passar as informações necessárias que devem estar adequadamente à mão do gestor O melhor modal de transporte Para decidir se um modal é ou não o melhor tome por nota 6 critérios claros Figura 6 Critérios de decisão para a escolha do modal Fonte Elaborado pelo autor Velocidade Confiabilidade Capacidade Frequência Custo Disponibilidade 20 Operações Logísticas Isso significa que o gestor precisa saber o quão rápido será o modal velocidade quão confiável é o transporte confiabilidade qual a flexibilidade para acomodação de volumes diferentes capacidade quão fácil é ligar qualquer origem a qualquer destino disponibilidade com que frequência o transporte pode ser acionado frequência e quão caro é o transporte para a distância em questão custo Para facilitar a compreensão a Figura 7 demonstra uma correlação entre o critério e qual o modal mais indicado sendo o da direita o menos indicado e o da esquerda o que possui maior atributo do critério em questão CRITÉRIO MODAL Velocidade Duto Aqua Ferro Rodo Aero Confiabilidade Aero Aqua Ferro Rodo Duto Capacidade Duto Aero Rodo Ferro Aqua Disponibilidade Duto Aqua Aero Ferro Rodo Frequência Aqua Aero Ferro Rodo Duto Quadro 2 Correlação entre critério e indicação de modal Fonte Elaborado pelo autor Ainda segundo Fleury 2000 há a tabela de desempenho que demonstra outras figuras para melhor entendimento do gestor para decisões logísticas O Quadro 2 apresenta por uma avaliação quantitativa o desempenho segundo os critérios decisórios 21 Operações Logísticas Índice de Desempenho Aquaviário Rodoviário Aéreo Ferroviário Dutoviário Velocidade de entrega 4 2 1 3 5 Pontualidade da entrega 4 2 5 3 1 Frequência 5 2 3 4 1 Custo fixo 2 1 3 4 5 Flexibilidade da rota 4 1 3 2 5 Tabela 1 Tabela qualitativa de desempenho sendo 1 para melhor desempenho e 5 para pior Fonte Adaptado de Fleury 2000 Podemos notar que dessa forma o gestor consegue saber qual modal utilizar mediante as necessidades encontradas Na parte quantitativa o Quadro 3 abaixo também pode ser utilizado como referência Modo Aquaviário Rodoviário Aéreo Ferroviário Dutoviário Velocidade Lenta Rápida Muito rápida Média Muito lenta Frequência de embarques Muito baixa Alta Média Baixa Alta Disponibilidade geográfica Limitada Muito alta Média Baixa Muito limitada Capacidade de transportes Alta Média Baixa Alta Baixa Custo variável Baixo Médio Muito alto Baixo Muito baixo Quadro 3 Tabela qualitativa de desempenho Fonte Adaptado de Fleury 2000 22 Operações Logísticas O Quadro 2 demonstra de forma qualitativa o desempenho dos modais mediante cada característica decisória Por exemplo se quisermos que uma carga chegue ao cliente da forma mais rápida possível a melhor opção será pelo modal aéreo Custos associados aos modais A escolha do modal de transportes e seus projetos também devem levar em consideração os custos associados Convém que a escolha do modal passe pela análise de custos vinculadas ao serviço Gráfico 2 Escolha do modal de transporte mediante análise de custos Fonte Elaborado pelo autor Como o Gráfico 2 demonstra as decisões sobre quais modais utilizar também podem ser tomadas pela análise de custos Podemos perceber que quando comparados aos custos de estoque ou manutenção o custo de usar o transporte por trem é altíssimo ao passo que o de avião tem um custo de transporte alto e um custo de estoque baixo até por que é mais rápida a sua expedição Da análise do Gráfico 2 convém que o gestor pense sempre no menor custo total reta azul que é a soma das duas parábolas Trem Caminhão Avião Serviço de Transporte Curiosidade 23 Operações Logísticas Transporte intermodal Ainda no âmbito da logística existem os serviços prestados por operadores de transportes multimodais Vejamos o que discorre a Lei brasileira n 9611 de 19 de fevereiro de 1998 Transporte Multimodal de Cargas é aquele que regido por um único contrato utiliza duas ou mais modalidades de transporte desde a origem até o destino e é executado sob a responsabilidade única de um operador de transporte multimodal O Operador de Transporte Multimodal é a pessoa jurídica contratada como principal para a realização do transporte multimodal de cargas da origem até o destino por meios próprios ou por intermédio de terceiros grifo nosso BRASIL 1998 O transporte intermodal é a movimentação de bens em uma única unidade de carregamento da qual utilizamse sucessivos modais de transporte sem o manuseio dos bens na mudança entre modais Piggyback é a técnica mais antiga de transporte intermodal conhecida Essa técnica demanda vagões especiais adequações de gabaritos e grandes investimentos em terminais Figura 7 Piggyback Fonte Wikipedia Essa técnica consiste em uma carreta ser carregada no modal ferroviário para percorrer distâncias maiores a custos menores 24 Operações Logísticas Decidindo terceirizar Nem todos os projetos logísticos devem ser arcados com os recursos únicos da organização Para evitar a perda de capital mediante altos investimentos em infraestrutura própria ou frotas a terceirização é uma boa opção para dar giro financeiro e manter os custos mais variáveis Os principais fatores que podem pesar na decisão de terceirizar um projeto logístico são Tamanho da operação Competência geral interna Competência e competitividade do setor Existência de carga de retorno Volume dos investimentos Qualidade desejada dos serviços Rentabilidade Custos Nível de serviço Flexibilidade da programação Abertura de negociação Estabilidade financeira do prestador de serviço Qualidade do pessoal operacional Disponibilização de informações de desempenho Todos esses tópicos devem estar na ponta do lápis antes das decisões de terceirização serem tomadas Vantagens e desvantagens da terceirização Vejamos a Figura 9 25 Operações Logísticas Figura 8 Vantagens e desvantagens de frota terceirizada Fonte Elaborado pelo autor Começando pelas vantagens da terceirização do transporte em primeiro lugar temos que o negócio principal do parceiro logístico é o transporte Mas o que isto tem a ver Tudo Na maioria massiva das empresas o negócio principal pode perder o foco se a logística de transportes for incrementada nas atividades principais da empresa O parceiro logístico vive do transporte o que faz com que a responsabilidade de reduzir custos otimizar e buscar soluções ótimas seja de outra organização assim liberando tempo e recursos para reinvestir no negócio principal da organização ou no core business Ainda analisando as vantagens ter uma frota terceirizada faz com que os problemas operacionais sejam reduzidos pois como normalmente são regidos por contrato Como a transportadora quer prosperar em seus êxitos fará tudo o que estiver ao alcance para que nada corra errado e consequentemente reduzindo custos e tendo serviços previsíveis por contrato Em outra mão as possíveis desvantagens podem ser que caso a empresa terceirizada tenha problemas de qualidade ou no atendimento ao cliente a imagem da organização principal pode ser afetada por exemplo se a empresa XPTO contratar a transportadora ABCD e a segunda trabalhar de forma inadequada a má fama da segunda irá afetar a primeira Em segunda instância como o transporte é terceirizado a empresa principal perde um controle na gestão do nível de serviço o que pode ser prejudicial caso a terceirizada não satisfaça ao cliente Negócios principal do parceiro logístico Redução de problemas operacionais Imagem da empresa pode ser comprometida Custos e níveis de serviço previsíveis contrato Menor controle no nível de serviço VANTAGENS DESVANTAGENS 26 Operações Logísticas Referências ALEMI T R O modal ferroviário no Brasil Disponível em https logisticasemfronteiraswordpresscom20150810transporteferroviario nobrasil Acesso em 08 jun 2019 BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos São Paulo Atlas 2001 BOWERSOX DJ CLOSS DJ Logística empresarial o processo de integração da cadeia de suprimento São Paulo Atlas 2001 BRASIL Lei nº 9611 de 19 de fevereiro de 1998 Dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas e dá outras providências Disponível em https presrepublicajusbrasilcombrlegislacao109202lei961198 Acesso em 25 jul 2019 COSTA M A O estudo dos modais de transporte Disponível em https wwwlogisticadescomplicadacomoestudodosmodaisdetransporte Acesso em 01062019 COSTA M F G FARIA A C Gestão de custos logísticos São Paulo Atlas 2005 FLEURY P F Supply Chain Management In FLEURY P F WANKE P FIGUEIREDO K F Logística Empresarial São Paulo Atlas 2000 LAMBERT D M STOCK J R VANTINE J G Administração estratégica da logística São Paulo Vantine Consultoria 1998 27 Operações Logísticas GURGEL F A Logística industrial São Paulo Atlas 2000 ROCHA A M Modal aquaviário 2014 Disponível em https blogdorochaseguroswordpresscom20140517modalaquaviario Acesso em 08 jun 2018 TZU S A arte da guerra São Paulo Jardim dos Livros 1998
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Núcleo de Educação a Distância wwwunigranriocombr Rua Prof José de Souza Herdy 1160 25 de Agosto Duque de Caxias RJ Reitor Arody Cordeiro Herdy PróReitoria de PósGraduação e Pesquisa PROPEP Emilio Antonio Francischetti PróReitoria de Administração Acadêmica PROAC Carlos de Oliveira Varella Núcleo de Educação a Distância NEAD Márcia Loch Produção Gerência de Desenho Educacional NEAD Desenvolvimento do material Leonardo Aragão Guimarães 1ª Edição Copyright 2019 Unigranrio Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida transmitida e gravada por qualquer meio eletrônico mecânico por fotocópia e outros sem a prévia autorização por escrito da Unigranrio PróReitoria de Graduação PROGRAD Virginia Genelhu de Abreu Francischetti PróReitoria de PósGraduação Lato Sensu e Extensão PROPEX Nara Pires Sumário Estratégias de Transporte Para início de conversa 04 Objetivo 05 1 Papel e Princípios Básicos em Transportes na Cadeia de Suprimentos 06 11 Modos de Transporte Características e Critérios de 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estabelecer que os projetos de transportes e seus critérios de decisão nos darão um breve vislumbre da multimodalidade e intermodalidades de transporte para entendermos onde queremos chegar na cadeia de suprimentos 5 Operações Logísticas Objetivo Aprender as principais características para a escolha dos modais de transporte e o seu impacto no desempenho da Cadeia de Suprimentos 6 Operações Logísticas 1 Papel e Princípios Básicos em Transportes na Cadeia de Suprimentos O transporte no plano nacional e internacional é subprocesso relevante da logística o deslocamento interno do fornecedor para empresa entre plantas para o cliente estando ele em forma de materiais subconjuntos componentes e produtos acabados ou não ou em peças de reposição é fator de utilidade o transporte em se acrescenta valor de tempo e determina a consistência e a rapidez da qual o produto vai de um ponto a outro BALLOU 2001 COSTA e FARIA 2005 Para Gurgel 2000 os objetivos do transporte estão associados aos fins da empresa entretanto devem ser tratados a corresponder às expectativas previstas O produto deve chegar ao destino final sem danos Os prazos devem ser cumpridos A mercadoria deve ser entregue no local correto A descarga deve ser feita adequadamente Os processos devem ser aprimorados Os custos da entrega devem ser reduzidos A satisfação do cliente Os benefícios gerados para a organização devem ser aumentados O diferencial competitivo no mercado depende em grande parte da correta utilização dos transportes Portanto as empresas devem estar atentas ao gerenciamento dessa atividade uma vez que está intrinsecamente ligada a dois pilares que sustentam os negócios são eles satisfação do cliente e minimização de custos O sistema de transporte utilizado deve ser cuidadosamente pensado uma vez que eles podem ser responsáveis por até dois terços de todos os custos logísticos representar também entre 2 e 10 da receita 7 Operações Logísticas Um melhor sistema de transporte contribui para redução de preços no mercado a garantia de uma economia de escala na produção e o aumento da competitividade no mercado Existem decisões que devem ser tomadas em todo tempo para que os sistemas de transportes sejam adequadamente congruentes as necessidades dos clientes o quadro um exemplifica Alguns alguns tipos de decisões Nível de decisão Localização Transportes Estoques Processamento do pedido Armazenagem Compras ESTRATÉGICO Número tamanho e localização de instalações Seleção do modal Políticas de estoque rotatividade Projeto do sistema de procuração do pedido Layout seleção de equipamento de manuseio Políticas de relacionamento TÁTICO Posicionamento do estoque Contrato sazonal de equipamento Estoque de segurança controle Regras de prioridades Utilização do espaço escolhas sazonais Contratação seleção de fornecedores OPERACIONAL Determinação de carga Roteirização agendamento e despacho Reposição quantidades e prazos Atendimento Coleta e arrumação Liberação de pedidos compra Quadro 1 Tipos de decisões e seus níveis Fonte Elaborado pelo autor Como podese observar no Quadro 1 a administração da distribuição física possui três níveis de decisões estratégico tático e operacional Dessa forma podese entender melhor configuração global do sistema de distribuição e saber como utilizar os recursos do sistema de forma eficiente e determinar qual será o tipo de supervisão para a realização das tarefas As principais motivações da elaboração de um sistema de transporte na cadeia logística se dão pelas diferentes quantidades de pedidos com ampla variedade de produtos e múltiplas localizações dos clientes Os posicionamentos de estoque em pontos distintos as características dos transportadores e os padrões das encomendas dos clientes por si só já fazem com que a elaboração do sistema seja um grande desafio da logística empresarial 8 Operações Logísticas 11 Modos de Transporte Características e Critérios de Decisão Entender para atender é o lema de alguns operadores logísticos Compreender os modais logísticos é uma tarefa complexa e aquele que possuir conhecimento adequado sobre os modais de transporte certamente tem destaque quando se trata no estabelecimento de estratégias de transporte adquirindo mais capacidade para executar decisões próximas da eficiência operacional Para Ballou 2001 são 5 modais de transporte mais utilizados a saber Figura 1 Modais de transportes Fonte Elaborado pelo autor Segundo Costa 2017 no Brasil a maioria das informações indica que mais de 61 das cargas são transportadas por rodovias 20 por ferrovias 14 pelo setor aquaviário 4 pelo setor dutoviário enquanto o aéreo fica com menos de 1 Veremos agora as principais vantagens e desvantagens de cada um dos modais de transporte e os critérios que farão a decisão do gestor de transportes ser mais ajustada TRANSPORTE TRANSPORTE MULTIMODAL RODOVIÁRIO FERROVIÁRIO AQUAVIÁRIO DUTOVIÁRIO AÉREO 9 Operações Logísticas Modal rodoviário Segundo Fleury 2000 o transporte rodoviário se dá pelas rotas em terra 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se comparada àquela feita com recursos próprios nem sempre essa é a opção mais acertada O profissional deve estabelecer as relações de custo para saber até onde vale a pena ter uma frota própria Em resumo o transporte rodoviário possui Custo fixo baixo pois as rodovias são construídas pelo governo Custo variável médio tais como combustível e manutenção Pontualidade média Poucas perdas percentuais Cobertura a ponto o que significa cobrir qualquer lugar sempre que necessário desde que se haja estradas compatíveis Alta disponibilidade e flexibilidade Alta variabilidade no tempo de entrega Capacidade ideal para pequenas cargas a curtas distâncias O modal rodoviário é bastante indicado para a manufatura de produtos agrícolas na distribuição no atacado e no varejo por sua natureza Curiosidade 11 Operações Logísticas Modo ferroviário Sob um outro prisma o modal ferroviário é muito eficiente para os transportes a granel e de grandes massas É bastante comum utilizálo em produtos cujo valor agregado seja baixo e há altos volumes de movimentação como os granéis minérios produtos agrícolas Nesse modal são percorridas pequenas ou longas distâncias e a velocidade é menor Em comparação ao transporte rodoviário Lambert 1998 atesta que o transporte ferroviário não tem a versatilidade e flexibilidade do rodoviário até porque limitase às instalações fixas de trilhos Você sabia que hoje no Brasil uma linha férrea de 30129 quilômetros de extensão sendo que destes 1121 são eletrificados A linha férrea brasileira está presente em 22 estados e no Distrito Federal existem 4 tipos de bitolas Larga irlandesa 1600 m 4057 km Padrão internacional 1435 m 2024 km Métrica 1000 m 23489 km Mista 1600 m 1435 m 1000 m 396 km 12 Operações Logísticas Figura 3 Mapa ferroviário brasileiro Fonte Adaptado de Alemi 2015 Como se nota muito pouco deste tão vasto país é coberto por ferrovias caso houvesse uma linha férrea maior certamente obteriase a otimização de custos e tempo 13 Operações Logísticas Para empresas que possuem uma frota própria os custos do modo ferroviário são semelhantes aos custos fixos do transporte rodoviário principalmente quando falamos de manutenção Na perspectiva do usuário os custos que devem ser observados da tarifa ferroviária são os da densidade pesovolume Nesse caso não são incluídas as taxas de armazenagem mas sim de estadia de vagão ou transbordo entre modais BALLOU 2011 Em suma o transporte ferroviário possui Custo fixo de autoequipamentos terminais e vias Custo variável baixo combustível e manutenção Baixo custo para cargas completas Pequeno oferta Velocidade média Risco de perdas moderado Medição da variabilidade no tempo de entrega Vantagem para cargas a granel Além disso é indicado para indústrias extrativistas manufatura pesada combustíveis e commodities agrícolas Modo aeroviário O transporte aéreo é utilizado somente em circunstâncias muito especiais justificáveis apenas nos casos em que o nível de perdas e os níveis de serviços requeridos pelo cliente sejam evidenciados O produto em si deve ter alto valor agregado até porque segundo Lambert 1998 o frete aéreo não pode se justificar para produtos com baixo valor aliás o alto preço do frete representaria uma grande parte do valor do produto Importante 14 Operações Logísticas Já quando se fala de distâncias os produtos de alto valor agregado e que possuem também alto nível de exigência da parte dois clientes podem se fazer uma boa opção para o uso deste modal isso porque como o tempo de transporte é menor os custos com seguro e embalagens também diminui Cálculo de carga aérea A base de cálculo do frete aéreo leva em conta o peso ou volume é considerado aquele que proporciona maior valor de acordo com a IATA citada por Ferreira 2003 a seguinte relação é estabelecida Comprimento altura largura m3³ m3³ 0006 Quantidade de kg peso cubado Significa que 6000 cm³ 1 kg ou 6m³ 1 Ton Em tese se um material de 1 kg estiver acondicionado em mais de 6 mil centímetros cúbicos considerase o volume como base de cálculo caso contrário o peso é estimativo as tarifas aéreas baseadas em tráficos custos ou rotas São estabelecidas pelas empresas para entretanto serem cobradas uniformemente pela IATA O transporte aeroviário tem as seguintes características Custo fixo alto aeroportos e aeronaves manuseio de cargas Custo variável alto combustível manutenção e pessoal Limitações de peso e volume Baixo risco de danos Disponibilidade média Alta variabilidade no tempo de entrega Ideal para cargas de alto valor urgentes eou perecíveis É indicado para cargas expressas e pequenos volumes de emergência 15 Operações Logísticas Modal aquaviário Nesse tipo de transporte é necessário o posicionamento geográfico favorável à forma que o deslocamento possa ser realizado com êxito Esse tipo de transporte pode ser desmembrado Segundo Lambert et al 1998 separamse em Fluvial para o interior usando canais ou rios Por meio de lagos Oceanos podendo ser litorâneos ou interlitorâneos Marítimo internacional Grande parte dos produtos que se utilizam desse modal são semiacabados matériaprima à granel tais como grãos minérios carvão calcário e outros Um fator complexo que o modal aquaviário enfrenta é sua intermodalidade Pela pouca flexibilidade de rotas ou terminais depende de soluções intermodais e uma forte legislação aduaneira O modal aquaviário normalmente é utilizado para grandes distâncias entretanto apresenta baixas velocidades Outra possível restrição ao seu uso é que no caso de transportes para o interior os rios mares lagos ou canais devem ser navegáveis BALLOU 2001 BOWERSOX e CLOSS 2001 Figura 4 Transporte aquaviário Fonte Rocha 2014 16 Operações Logísticas No tocante às decisões tomadas para se transportar nessa modalidade vale ressaltar alguns pontos a saber Custo médio fixo navios equipamentos Custo variável baixo combustível manutenção volume Baixomédio risco de perdas Baixa velocidade disponibilidade Sensível às condições climáticas Baixa variabilidade no tempo de entrega Ideal para cargas pesadas e não perecíveis É indicado principalmente para minerais commodities agrícolas químicos e cimentos Modal dutoviário O modal dutoviário ainda não é amplamente utilizado em todas as segmentos da economia Normalmente utilizamse dutos subterrâneos a utilização de dutos é restrita produtos em estado líquido gasoso ou pastoso Para Lambert 1998 um número limitado de produtos são distribuídos por dutovias sendo os principais o gás natural petróleo e seus derivados produtos químicos água ou pastosos Os produtos dentro do duto são monitorados e controlados remotamente por computadores As perdas e os danos que podem ocorrer mediante vazamentos ou danos estruturais são bem raros e as condições climáticas têm pouquíssimos efeitos sobre os produtos que são movimentados no duto onde não exigem mão de obra em abundância portanto ausências de funcionários têm poucas efeito nas operações de transporte nesse modal BALLOU 2001 FLEURY 2000 LAMBERT 1998 17 Operações Logísticas Figura 5 Transporte dutoviário Fonte Dreamstime Podese notar que pela alta tecnologia empregada na instalação de projetos dutoviários bem como pela mão de obra de ponta para as instalações iniciais e materiais de última geração o transporte dutoviário possui um custo fixo altíssimo parecido com aqueles da ferrovia Grande parte desses custos se dão em função do direito de acesso construção requisitos de controle e capacidade de bombeamento COSTA e FARIA 2005 Em resumo o modal dutoviário possui Alto custo fixo concessões de acesso construção controle das estações capacidade de bombeamento Custo variável baixo praticamente sem pessoal Pouco flexibilidade Baixa velocidade e disponibilidade Alta pontualidade Alto investimento inicial Importante 18 Operações Logísticas Capacidade ideal para linhas dedicadas Indicado principalmente para petróleos e derivados pastosos gases e líquidos Resumo De todas as características mencionadas sobre os modais de transporte e podemos notar as principais no Gráfico 1 Gráfico 1 Modais de transporte em relação ao valor e volume a ser transportado Fonte Elaborado pelo autor Na imagem acima podemos notar que à medida que o valor do produto sobe e o volume é baixo podemos usar o modal aeroviário Ao passo que quando o volume é muito alto e o valor é baixo o mais indicado é o dutoviário Ter conhecimento dos critérios de decisão e dos tipos de modais é essencial e seguir os critérios descritos no Gráfico 1 ajudará o gestor a tomar decisões ajustadas no tocante a qual modal utilizar a depender do produto e seus volumes Importante Alto Baixo Baixo Volume Valor Alto Aeroviário Rodoviário Ferroviário Aquaviário Dutoviário 19 Operações Logísticas 12 Projetos de Transportes e os Critérios de Decisão Tzu 2008 enfatiza que a força é que enverga o arco porém é a decisão que dispara a flecha Tendo em mente essa metáfora o gestor logístico deve possuir ferramentas e informações para tomar decisões ajustadas em relação aos transportes e seus projetos A problemática é Qual modal de transporte devo utilizar para levar meu produto ao cliente Nesse subtópico iremos passar as informações necessárias que devem estar adequadamente à mão do gestor O melhor modal de transporte Para decidir se um modal é ou não o melhor tome por nota 6 critérios claros Figura 6 Critérios de decisão para a escolha do modal Fonte Elaborado pelo autor Velocidade Confiabilidade Capacidade Frequência Custo Disponibilidade 20 Operações Logísticas Isso significa que o gestor precisa saber o quão rápido será o modal velocidade quão confiável é o transporte confiabilidade qual a flexibilidade para acomodação de volumes diferentes capacidade quão fácil é ligar qualquer origem a qualquer destino disponibilidade com que frequência o transporte pode ser acionado frequência e quão caro é o transporte para a distância em questão custo Para facilitar a compreensão a Figura 7 demonstra uma correlação entre o critério e qual o modal mais indicado sendo o da direita o menos indicado e o da esquerda o que possui maior atributo do critério em questão CRITÉRIO MODAL Velocidade Duto Aqua Ferro Rodo Aero Confiabilidade Aero Aqua Ferro Rodo Duto Capacidade Duto Aero Rodo Ferro Aqua Disponibilidade Duto Aqua Aero Ferro Rodo Frequência Aqua Aero Ferro Rodo Duto Quadro 2 Correlação entre critério e indicação de modal Fonte Elaborado pelo autor Ainda segundo Fleury 2000 há a tabela de desempenho que demonstra outras figuras para melhor entendimento do gestor para decisões logísticas O Quadro 2 apresenta por uma avaliação quantitativa o desempenho segundo os critérios decisórios 21 Operações Logísticas Índice de Desempenho Aquaviário Rodoviário Aéreo Ferroviário Dutoviário Velocidade de entrega 4 2 1 3 5 Pontualidade da entrega 4 2 5 3 1 Frequência 5 2 3 4 1 Custo fixo 2 1 3 4 5 Flexibilidade da rota 4 1 3 2 5 Tabela 1 Tabela qualitativa de desempenho sendo 1 para melhor desempenho e 5 para pior Fonte Adaptado de Fleury 2000 Podemos notar que dessa forma o gestor consegue saber qual modal utilizar mediante as necessidades encontradas Na parte quantitativa o Quadro 3 abaixo também pode ser utilizado como referência Modo Aquaviário Rodoviário Aéreo Ferroviário Dutoviário Velocidade Lenta Rápida Muito rápida Média Muito lenta Frequência de embarques Muito baixa Alta Média Baixa Alta Disponibilidade geográfica Limitada Muito alta Média Baixa Muito limitada Capacidade de transportes Alta Média Baixa Alta Baixa Custo variável Baixo Médio Muito alto Baixo Muito baixo Quadro 3 Tabela qualitativa de desempenho Fonte Adaptado de Fleury 2000 22 Operações Logísticas O Quadro 2 demonstra de forma qualitativa o desempenho dos modais mediante cada característica decisória Por exemplo se quisermos que uma carga chegue ao cliente da forma mais rápida possível a melhor opção será pelo modal aéreo Custos associados aos modais A escolha do modal de transportes e seus projetos também devem levar em consideração os custos associados Convém que a escolha do modal passe pela análise de custos vinculadas ao serviço Gráfico 2 Escolha do modal de transporte mediante análise de custos Fonte Elaborado pelo autor Como o Gráfico 2 demonstra as decisões sobre quais modais utilizar também podem ser tomadas pela análise de custos Podemos perceber que quando comparados aos custos de estoque ou manutenção o custo de usar o transporte por trem é altíssimo ao passo que o de avião tem um custo de transporte alto e um custo de estoque baixo até por que é mais rápida a sua expedição Da análise do Gráfico 2 convém que o gestor pense sempre no menor custo total reta azul que é a soma das duas parábolas Trem Caminhão Avião Serviço de Transporte Curiosidade 23 Operações Logísticas Transporte intermodal Ainda no âmbito da logística existem os serviços prestados por operadores de transportes multimodais Vejamos o que discorre a Lei brasileira n 9611 de 19 de fevereiro de 1998 Transporte Multimodal de Cargas é aquele que regido por um único contrato utiliza duas ou mais modalidades de transporte desde a origem até o destino e é executado sob a responsabilidade única de um operador de transporte multimodal O Operador de Transporte Multimodal é a pessoa jurídica contratada como principal para a realização do transporte multimodal de cargas da origem até o destino por meios próprios ou por intermédio de terceiros grifo nosso BRASIL 1998 O transporte intermodal é a movimentação de bens em uma única unidade de carregamento da qual utilizamse sucessivos modais de transporte sem o manuseio dos bens na mudança entre modais Piggyback é a técnica mais antiga de transporte intermodal conhecida Essa técnica demanda vagões especiais adequações de gabaritos e grandes investimentos em terminais Figura 7 Piggyback Fonte Wikipedia Essa técnica consiste em uma carreta ser carregada no modal ferroviário para percorrer distâncias maiores a custos menores 24 Operações Logísticas Decidindo terceirizar Nem todos os projetos logísticos devem ser arcados com os recursos únicos da organização Para evitar a perda de capital mediante altos investimentos em infraestrutura própria ou frotas a terceirização é uma boa opção para dar giro financeiro e manter os custos mais variáveis Os principais fatores que podem pesar na decisão de terceirizar um projeto logístico são Tamanho da operação Competência geral interna Competência e competitividade do setor Existência de carga de retorno Volume dos investimentos Qualidade desejada dos serviços Rentabilidade Custos Nível de serviço Flexibilidade da programação Abertura de negociação Estabilidade financeira do prestador de serviço Qualidade do pessoal operacional Disponibilização de informações de desempenho Todos esses tópicos devem estar na ponta do lápis antes das decisões de terceirização serem tomadas Vantagens e desvantagens da terceirização Vejamos a Figura 9 25 Operações Logísticas Figura 8 Vantagens e desvantagens de frota terceirizada Fonte Elaborado pelo autor Começando pelas vantagens da terceirização do transporte em primeiro lugar temos que o negócio principal do parceiro logístico é o transporte Mas o que isto tem a ver Tudo Na maioria massiva das empresas o negócio principal pode perder o foco se a logística de transportes for incrementada nas atividades principais da empresa O parceiro logístico vive do transporte o que faz com que a responsabilidade de reduzir custos otimizar e buscar soluções ótimas seja de outra organização assim liberando tempo e recursos para reinvestir no negócio principal da organização ou no core business Ainda analisando as vantagens ter uma frota terceirizada faz com que os problemas operacionais sejam reduzidos pois como normalmente são regidos por contrato Como a transportadora quer prosperar em seus êxitos fará tudo o que estiver ao alcance para que nada corra errado e consequentemente reduzindo custos e tendo serviços previsíveis por contrato Em outra mão as possíveis desvantagens podem ser que caso a empresa terceirizada tenha problemas de qualidade ou no atendimento ao cliente a imagem da organização principal pode ser afetada por exemplo se a empresa XPTO contratar a transportadora ABCD e a segunda trabalhar de forma inadequada a má fama da segunda irá afetar a primeira Em segunda instância como o transporte é terceirizado a empresa principal perde um controle na gestão do nível de serviço o que pode ser prejudicial caso a terceirizada não satisfaça ao cliente Negócios principal do parceiro logístico Redução de problemas operacionais Imagem da empresa pode ser comprometida Custos e níveis de serviço previsíveis contrato Menor controle no nível de serviço VANTAGENS DESVANTAGENS 26 Operações Logísticas Referências ALEMI T R O modal ferroviário no Brasil Disponível em https logisticasemfronteiraswordpresscom20150810transporteferroviario nobrasil Acesso em 08 jun 2019 BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos São Paulo Atlas 2001 BOWERSOX DJ CLOSS DJ Logística empresarial o processo de integração da cadeia de suprimento São Paulo Atlas 2001 BRASIL Lei nº 9611 de 19 de fevereiro de 1998 Dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas e dá outras providências Disponível em https presrepublicajusbrasilcombrlegislacao109202lei961198 Acesso em 25 jul 2019 COSTA M A O estudo dos modais de transporte Disponível em https wwwlogisticadescomplicadacomoestudodosmodaisdetransporte Acesso em 01062019 COSTA M F G FARIA A C Gestão de custos logísticos São Paulo Atlas 2005 FLEURY P F Supply Chain Management In FLEURY P F WANKE P FIGUEIREDO K F Logística Empresarial São Paulo Atlas 2000 LAMBERT D M STOCK J R VANTINE J G Administração estratégica da logística São Paulo Vantine Consultoria 1998 27 Operações Logísticas GURGEL F A Logística industrial São Paulo Atlas 2000 ROCHA A M Modal aquaviário 2014 Disponível em https blogdorochaseguroswordpresscom20140517modalaquaviario Acesso em 08 jun 2018 TZU S A arte da guerra São Paulo Jardim dos Livros 1998