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METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO HÍBRIDO DESCORTINANDO A SALA DE AULA INVERTIDA Jackeline Sousa Silva 1 Francisco Ivo Gomes de Lavor2 RESUMO Esta pesquisa tem como objeto a ampliação de conhecimentos sobre a sala de aula invertida como estratégia de ensino no contexto híbrido Com o advento da pandemia da Covid19 a utilização das tecnologias ocupou o espaço educacional e por conseguinte a busca por metodologias ativas que atendam às necessidades do ensino híbrido para o qual as escolas estão direcionando seus planejamentos Nesse ínterim destacase a sala de aula invertida como modelo de ensino inovador com propostas que apontam para a aprendizagem significativa Então questionamos diante de tantas teorias que têm se apresentado sobre sala de aula invertida o que os professores podem pontuar sobre essa metodologia que a valide como alternativa viável no ensino híbrido Temos como objetivo geral relacionar informações sobre a sala de aula invertida como metodologia significativa para a aprendizagem no ensino híbrido De forma específica buscamos apresentar informações sobre o ensino híbrido e sua contribuição para o novo cenário educativo que se desenha no contexto de pandemia discutir a interação entre ensino híbrido e as metodologias ativas e caracterizar a sala de aula invertida e suas possibilidades para promover aprendizagem significativa Tratase de um estudo qualitativo exploratório e descritivo para o qual utilizamos o procedimento de pesquisa bibliográfica Concluímos que a metodologia da sala de aula invertida contribui para desenvolver habilidades cognitivas e socioemocionais entre elas a autonomia do aluno além de possibilitar o aproveitamento do tempo pedagógico o que pode trazer um ganho significativo para a aprendizagem Palavraschave Ensino Híbrido Metodologias Ativas Tecnologias Sala de Aula Invertida INTRODUÇÃO A Educação vem passando por uma série de transformações desde alguns anos Contudo é fato que com o surgimento da pandemia da Covid19 as mudanças têm se acentuado visto a necessidade de buscar novas e eficazes alternativas para a manutenção do ensino que passou a ser inicialmente viabilizado apenas por meio do uso de recursos tecnológicos 1Mestra em Letras pela Universidade Federal de Campina Grande UFCG Professora da Educação Básica do município de AcopiaraCE e do Curso de Pedagogia das Faculdades Integradas do Ceará UniFIC jackeliness23hotmailcom 2 Mestre em Sistemas Agroindustriais pela Universidade Federal de Campina Grande UFCG Professor e Coordenador do Curso de Pedagogia das Faculdades Integradas do Ceará UniFIC ivodilavorgmailcom Nesse ínterim os professores passaram por um turbilhão de emoções como medo da pandemia concomitante com o medo do novo que se lhes apresentava a exigência de retornar à condição de aprendizes pois as práticas pedagógicas deveriam ser urgentemente reformuladas para atender ao novo contexto Vimos serem ampliadas as discussões sobre as metodologias ativas que até então surgiam timidamente vimos os professores se descontruírem e reconstruírem na busca de aprender como gravar e editar vídeos aprender a usar plataformas interativas criar jogos enfim ressignificar suas práticas colocando o aluno realmente como centro da aprendizagem para que conseguissem manter seu vínculo com a escola No espaço dessas discussões apontamos a sala de aula invertida como uma entre as diversas metodologias ativas que faziam parte de um leque de opções a serviço da aprendizagem significativa À medida que as discussões sobre as metodologias avançavam bem como sobre as modalidades de ensino mais adequadas para a situação que se desenhava e que ainda está em fase de delineamento o ensino híbrido entrou em pauta como uma das possibilidades a serem estudadas pelas escolas Dentre os modelos de ensino híbrido novamente aparece a sala de aula invertida como uma das estratégias na qual mais se aposta para unir metodologias ativas ensino no contexto híbrido e o uso de tecnologias pois faz parte também das pautas educacionais a discussão sobre a continuidade do uso de ferramentas tecnológicas mesmo após cessar o ensino remoto Sendo assim sentimos a necessidade de pesquisar sobre este modelo de ensino por tomálo como uma ponte de interação entre o ensino híbrido e as metodologias ativas Para isso levantamos o seguinte questionamento diante de tantas teorias que têm se apresentado sobre sala de aula invertida o que os professores podem pontuar sobre essa metodologia que a valide como alternativa viável no ensino híbrido Norteados por essa indagação estabelecemos como objetivo geral relacionar informações sobre a sala de aula invertida como metodologia significativa para a aprendizagem no ensino híbrido Pontuamos de forma específica os seguintes objetivos apresentar informações sobre o ensino híbrido e sua contribuição para o novo cenário educativo que se desenha no contexto de pandemia discutir a interação entre ensino híbrido e as metodologias ativas e caracterizar a sala de aula invertida e suas possibilidades para promover aprendizagem significativa Na busca desses objetivos traçamos o percurso metodológico que apresentamos a seguir METODOLOGIA A fim de elaborar o caminho metodológico que seguimos nesta pesquisa ancoramonos nos pressupostos metodológicos abordados por Menezes et al 2019 Com base no que apontam os autores o estudo é de natureza qualitativa pois não focaliza dados estatísticos mas sim a busca do conhecimento do fenômeno investigado No tocante aos objetivos tratase de pesquisa descritiva e exploratória É descritiva uma vez que busca levantar dados para caracterizar o objeto pesquisado e exploratória pois busca aprofundar conhecimento acerca da temática investigada Antecipando a existência de uma conexão entre a pesquisa exploratória e o procedimento técnico adotado Menezes et al 2019 p 34 consideram que tal tipo de pesquisa ajuda o pesquisador a compreender ou aprimorar o conhecimento sobre um determinado assunto de modo que após o seu término seus resultados possam levar a outras pesquisas com novas abordagens Devido a isso uma pesquisa de cunho exploratório é muito comum quando se faz um estudo bibliográfico Destarte a pesquisa bibliográfica foi o nosso procedimento técnico realizada a partir de leituras de materiais publicados sobre a temática fundamentada em autores como Bacich Neto e Trevisani 2015 que são referência em discussões sobre o ensino híbrido e o uso de tecnologias educacionais Moran 2015 2019 que veio respaldar a discussão a respeito das metodologias ativas Schmitz 2016 Schneider 2018 e Bergmann e Sams 2020 que publicaram sua experiência com a sala de aula invertida que se configura como foco deste artigo Amparados nesses autores construímos o referencial teórico ora exposto complementando as discussões por outros pesquisadores quando julgamos pertinente REFERENCIAL TEÓRICO Ensino Híbrido e Metodologias Ativas conceitos e perspectivas de interação Buscamos seguir um caminho que nos permita chegar a uma definição de ensino híbrido pois vários têm sido os estudos nessa área a fim de apresentálo como um novo conceito para a educação tanto pela necessidade de acompanhar a evolução tecnológica quanto pela reacomodação de alunos e professores no espaço escolar após o ensino remoto O ensino híbrido já vem sendo utilizado há algum tempo nos Estados Unidos na América Latina e na Europa em escolas de Educação Básica e em instituições de Ensino Superior Nesta última instância é denominado blended learning devido à mistura do método presencial com o ensino à distância permitindo que alunos cursem determinadas disciplinas dentre um conjunto de forma apenas online No primeiro nível a Educação Básica o ensino ocorre de acordo com a proposta de Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 p 51 que consideram que não existe uma forma única de aprender e na qual a aprendizagem é um processo contínuo que ocorre em diferentes formas em diferentes espaços Essa mescla de espaços reflete a noção do que é híbrido oportunizando que o ensino aconteça em mais de um espaço por meio de mais de uma escolha metodológica impactando nas ações tanto do professor como dos estudantes dentro do contexto de aprendizagem Como vemos apesar de estar sendo alvo de maiores debates no Brasil recentemente o ensino híbrido não é um modelo novo Nesse sentido Moran 2015 considera que a educação sempre foi misturada híbrida sempre combinou vários espaços tempos atividades metodologias públicos Esse processo agora com a mobilidade e a conectividade é muito mais percetível amplo e profundo é um ecossistema mais aberto e criativo De fato a educação brasileira sempre foi permeada por uma intensa hibridez professores com formações diversas que os direcionam a metodologias diversas alunos vindo de realidades diferentes com aprendizagens heterogêneas Pensando em tudo isso e especialmente nos alunos com aprendizagens heterogêneas Moran 2019 p 7 alerta para a possibilidade de que a escola foque no uso de metodologias mais ativas que combinem o melhor do percurso individual e grupal visto que as metodologias ativas procuram criar situações de aprendizagem nas quais os aprendizes possam fazer coisas pensar e conceituar o que fazem construir conhecimentos sobre os conteúdos envolvidos nas atividades que realizam bem como desenvolver a capacidade crítica refletir sobre as práticas que realizam fornecer e receber feedback aprender a interagir com colegas professores pais e explorar atitudes e valores pessoais na escola e no mundo A fala de Moran sobre as metodologias ativas abordam uma série de ações que para serem desenvolvidas pelo aluno ele precisa estar no centro do processo Contudo ao mesmo tempo em que o aluno é colocado no centro da aprendizagem chamamos à atenção para as diferentes formas de aprender e para os ritmos distintos com que a aprendizagem acontece Essa reflexão acende um farol para se pensar na personalização do ensino Afinal se sabemos que os alunos não aprendem da mesma forma por que insistir num ensino com metodologias iguais para todos eles Bacich Tanzi Neto e Trevisani idem p 73 são assertivos quando dizem que um ensino personalizado exige muito mais do estudante que tem que ter autonomia e responsabilidade a ponto de ir atrás de suas necessidades curiosidades e interesses Entra em pauta aqui algo sumariamente importante o papel do professor acaba se tornando bem mais complexo uma vez que a personalização implica na tarefa de reconhecimento por parte do docente das formas como cada estudante tem mais facilidade de aprender e inclua em seus planejamentos um leque metodológico que seja capaz de abarcar as várias situações e ainda de lançar um olhar cuidadoso para o desenvolvimento de cada aluno Para que que seja possível uma análise sobre os resultados de um trabalho que leve em conta a personalização do ensino Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 recomendam que a escola integre o ensino presencial com o ensino por meios digitais visto haver hoje plataformas e aplicativos que geram dados a partir de atividades nele desenvolvidas que orientam os professores sobre como cada aluno aprende e em que estágio se encontram E é nessa interação de atividades físicas com atividades online que reside a essência do ensino híbrido Por sua natureza esse modelo de ensino requer do professor a realização de aulas que permitam ao aluno uma postura ativa Os autores definem o papel do professor como um design de caminhos afirmando que o professor se torna cada vez mais um gestor e orientador de caminhos coletivos e individuais previsíveis e imprevisíveis em uma construção mais aberta criativa e empreendedora Alves et al 2019 p 121 acrescentam que não se pode conceber um processo de aprendizagem em que os alunos não sejam protagonistas e que os professores não tenham função relevante na mediação entre alunosconhecimentos e alunosalunos Assim o professor consciente da importância do seu papel como mediador para a inclusão da cultura digital no contexto sociocultural de seus alunos precisa interagir constantemente com as tecnologias digitais e suas interfaces comunicacionais dentro e fora da sala de aula O ensino híbrido portanto traz para a prática o que a Base Nacional Comum Curricular BRASIL 2017 estabeleceu com uma das dez competências gerais a serem trabalhadas pelas escolas a cultura digital O documento define essa competência como a capacidade de compreender utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica significativa reflexiva e ética nas diversas práticas sociais incluindo as escolares para se comunicar acessar e disseminar informações produzir conhecimentos resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva Essa definição vem respaldar a adoção do ensino híbrido integrando as metodologias ativas como favoráveis à execução desse modelo de ensino No entanto somos sabedores de que nosso país ainda carece de muito investimento direcionado às escolas públicas a fim de munilas de condições para ofertar acesso tecnológico suficiente a alunos e professores Durante a pandemia da Covid19 essa realidade ficou mais do que clara Mesmo assim não foi impedimento para que o ensino acontecesse e que os professores e alunos adquirissem muita aprendizagem relacionada à cultura digital Além disso acreditamos que as dificuldades escancaradas nesse período serviram para colocar o assunto na pauta das políticas públicas educacionais Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 p 41 cientes de que as escolas precisam do acesso tecnológico para a execução de propostas mais centradas no aluno sugerem Em escolas com menos recursos podemos desenvolver projetos significativos e relevantes para os estudantes ligados à comunidade utilizando tecnologias simples como o celular por exemplo e buscando apoio de espaços mais conectados na cidade Embora ter boa infraestrutura e recursos gere muitas possibilidades de integrar atividades presenciais e online muitos professores conseguem realizálas com recursos tecnológicos mínimos Os autores consideram também que um dos modelos mais interessantes para se fazer avanços é concentrar no ambiente virtual aquilo que é informação básica e deixar para a sala de aula física as atividades mais criativas e supervisionadas e que a metodologia ideal para essa abordagem é a sala de aula invertida O descortinamento da sala de aula invertida A sala de aula invertida é uma proposta metodológica que teve início em 2007 quando os professores Jonathan Bergmann e Aaron Sams do departamento de Química de uma escola americana pensaram numa forma de repor conteúdos aos alunos faltosos Tiveram então a ideia de começar a gravar as aulas para esses alunos assistirem o que acabou atraindo como espectadores até mesmo os alunos que se faziam presentes às aulas como forma de revisar o conteúdo para exames Os professores relatam que com esse método os alunos estavam aprendendo mais e os dados compilados pareciam indicar que o método da sala de aula invertida era um modelo superior à abordagem tradicional BERGMANN E SAMS 2020 p 5 Os autores reconhecem que não foram os primeiros a usarem vídeos como recurso de aprendizagem mas que foram pioneiros da prática de utilizálos como ferramenta de inversão da sala de aula que logo depois ganhou outras formas além da utilização de vídeos Eles apontam também que a metodologia estabelece um referencial que oferece aos estudantes uma educação personalizada uma vez que permite ao professor acompanhar a prática dos alunos em sala de aula Além disso por fazer uso de ferramentas digitais possibilita a utilização de plataformas que gerem relatórios com o desempenho individual dos alunos A partir de 2010 o termo flipped classroom que se traduz como sala de aula invertida ganhou espaço no âmbito educacional e impulsionou pesquisas e publicações de alcance internacional culminando com a adoção dessa abordagem por escolas de Ensino Básico e Superior em outros países Schmitz 2016 contribui com nosso descortinar desse modelo a partir da assertiva de que dentro do ensino híbrido a sala de aula invertida emerge dos modelos tradicionais para favorecer o engajamento dos estudantes tornandose o modelo mais simples para dar início à implantação do ensino híbrido dependendo apenas de um bom planejamento dos professores Na sequência apresentamos os resultados mais específicos sobre esta metodologia a partir da apresentação de figuras que sintetizam alguns dos estudos sobre a sala de aula invertida tornando mais clara a compreensão de como essa aboragem pode ser desenvolvida RESULTADOS E DISCUSSÃO Desde a sua implantação essa proposta vem sendo estudada por outros pesquisadores e recebendo adaptações para se encaixar como modelo pedagógico que integra o ensino híbrido Conforme Silveira Junior 2019 a sala de aula invertida é uma perspectiva metodológica na qual oa estudante aprende por meio da articulação entre espaços e tempos online síncronos e assíncronos e presenciais Essa definição traz a possibilidade de diversificação de tempos formas e espaços para que aconteça o que alguns pesquisadores chamam de aprendizagem invertida Bergmann e Sams apud Moran 2015 p 29 estabelecem que a aprendizagem invertida é um modelo híbrido ativo que faz todo o sentido num mundo conectado móvel e digital transfere para o digital uma parte do que era explicado em aula pelo professor Os estudantes acessam materiais fazem pesquisas no seu próprio ritmo e como preparação para a realização de atividades de aprofundamento debate e aplicação No modelo convencional o primeiro contato do aluno com o conteúdo seria por meio da explicação do professor e só posteriormente este indicaria leituras pesquisas ou vídeos para aprofundamento No modelo invertido quando chegam à sala de aula os alunos já terão passado por esse primeiro contato e o momento será de tirar dúvidas por meio de atividades práticas Schneiders idem p 8 elaborou um quadro comparativo para ilustrar as características que diferem o modelo de aprendizagem invertida do modelo tradicional Figura 1 Comparativo entre os modelos tradicional e sala de aula invertida Fonte Schneiders 2018 p 8 Analisando a ilustração observamos que as atividades direcionadas para casa são individuais e abrangem um leque de possibilidades que consideram a personalização do ensino Para a sala de aula as atividades sugeridas indicam a realização coletiva que requerem a mediação docente Na perspectiva da aprendizagem invertida o planejamento e a elaboração dos materiais são feitos com antecedência suficiente para que o professor selecione e direcione aqueles que considera adequados aos alunos considerando suas possibilidades de aprendizagem e de acesso a plataformas digitais Quanto ao papel do professor Schneiders 2018 p 7 afirma que nessa abordagem tanto o professor quanto o estudante devem mudar de postura O estudante deixa de ser um espectador e passa a atuar ativamente tornandose o protagonista do seu aprendizado Já o professor sai do palco deixa de atuar como palestrante e se posiciona próximo ao aluno auxiliando o no processo de aprendizagem assumindo uma postura de orientador e tutor Na postura de orientador é imprescindível que o professor conheça as dificuldades de cada aluno e os ajude a avançar assim como identifique aqueles que já são capazes de receber atividades que envolvem soluções mais complexas fazendo uso inclusive de outras metodologias de aprendizagem significativa Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 recomendam inclusive a combinação de metodologias de aprendizagem envolvendo a resolução de desafios aprendizagem baseada em problemas e jogos para que os alunos façam conforme seu próprio ritmo Nesse sentido expomos a seguinte figura como representação dessa combinação Figura 2 Combinação de metodologias de aprendizagem Fonte Schmitz 2016 p 7 Além da combinação de metodologias ativas de aprendizagem na realização da sala de aula invertida a ilustração nos dá exemplos de diversas atividades que podem ser disponibilizadas para os alunos acrescentando àquelas que foram mostradas na figura 1 na parte correspondente a esta metodologia Bergmann e Sams 2020 corroboram com essa ideia quando consideram que não existe um modelo único de inversão e que assim sendo o professor pode guiar atividades práticas diferentes ou possibilitar que alunos trabalhem em tarefas diferentes simultaneamente que trabalhem em grupos ou individualmente ou ainda que sejam avaliados quando se sentirem preparados A terceira figura selecionada apresenta uma ilustração elaborada a partir de estudos de Schmitz 2016 que sintetiza a realização da Sala de Aula Invertida Figura 3 Esquematização da Sala de Aula Invertida Fonte Schmitz 2016 p 7 A figura 3 representa as etapas da sala de aula invertida indicando a disponibilização dos materiais para o aluno antes da aula a realização de atividades práticas durante a aula e a possibilidade de após a aula o professor avaliar os resultados e tomar decisões pedagógicas Além disso o esquema de Schmitz 2016 aponta que essa metodologia contempla o trabalho com habilidades cognitivas e socioemocionais uma vez que desenvolve a autonomia a motivação a interação e outras habilidades importantes para os alunos CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao longo da construção desta pesquisa confirmamos que o uso de metodologias ativas é de sumária importância para o ensino híbrido uma vez que permite o desenvolvimento de estratégias a partir do uso das tecnologias que tem tomado cada vez mais espaço na sociedade e em grandes proporções no ambiente escolar Entre essas metodologias elegemos a sala de aula invertida e a partir deste estudo acreditamos que esta seja válida para o contexto de ensino híbrido uma vez que é desenvolvida por meio de etapas que contemplam habilidades cognitivas e socioemocionais entre as quais destacamos a autonomia e a motivação para os estudos além de contribuir para o aproveitamento do tempo pedagógico para a personalização do ensino e por conseguinte para a aprendizagem significativa Por fim esperamos que este trabalho venha ampliar o conhecimento sobre esta temática e ainda que possa receber novos olhares e embasar diálogos na comunidade científica REFERÊNCIAS ALVES Lynn et al Tecnologias digitais nos espaços escolares um diálogo emergente In FERRAZ Obdália Educação multiletramentos e tecnologias tecendo redes de conhecimento sobre letramentos cultura digital ensino e aprendizagem na cibercultura Salvador EDUFBA 2019 BACICH Lilian TANZI NETO Adolfo TREVISANI Fernando de M Ensino Híbrido personalização e tecnologia na educação Sao Paulo Penso Editora Ltda 2015 BERGMANN Jonathan SAMS Aaron Sala de aula invertida uma metodologia ativa de aprendizagem 1 ed Rio de Janeiro LTC 2020 BRASIL Ministério da Educação Base Nacional Comum Curricular Brasília MECSEB 2017 MENEZES Afonso Henrique N et al Metodologia científica teoria e aplicação na educação a distância PetrolinaPE Universidade Federal do Vale do São Francisco 2019 MORAN Edgar Educação híbrida um conceitochave para a educação hoje In BACICH Lilian TANZI NETO Adolfo TREVISANI Fernando de M Ensino Híbrido personalização e tecnologia na educação Sao Paulo Penso Editora Ltda 2015 MORAN Edgar Metodologias ativas de bolso como os alunos podem aprender de forma ativa simplificada e profunda Sao Paulo Editora do Brasil 2019 SCHMITZ Elieser Xisto S Sala de Aula Invertida uma abordagem para combinar metodologias ativas e engajar alunos no processo de ensinoaprendizagem Recurso Didático Disponível em httpsnteufsmbrimagesPDFCapacitacao 2016RECURSO EDUCACIONALEboo kFCpdf Acesso em 07 ago 2021 SCHNEIDERS Luiz Antonio O método da sala de aula invertida flipped classroom 1ª ed LajeadoRS Editora da Univates 2018 METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO HÍBRIDO DESCORTINANDO A SALA DE AULA INVERTIDA Jackeline Sousa Silva 1 Francisco Ivo Gomes de Lavor2 RESUMO Esta pesquisa tem como objeto a ampliação de conhecimentos sobre a sala de aula invertida como estratégia de ensino no contexto híbrido Com o advento da pandemia da Covid19 a utilização das tecnologias ocupou o espaço educacional e por conseguinte a busca por metodologias ativas que atendam às necessidades do ensino híbrido para o qual as escolas estão direcionando seus planejamentos Nesse ínterim destacase a sala de aula invertida como modelo de ensino inovador com propostas que apontam para a aprendizagem significativa Então questionamos diante de tantas teorias que têm se apresentado sobre sala de aula invertida o que os professores podem pontuar sobre essa metodologia que a valide como alternativa viável no ensino híbrido Temos como objetivo geral relacionar informações sobre a sala de aula invertida como metodologia significativa para a aprendizagem no ensino híbrido De forma específica buscamos apresentar informações sobre o ensino híbrido e sua contribuição para o novo cenário educativo que se desenha no contexto de pandemia discutir a interação entre ensino híbrido e as metodologias ativas e caracterizar a sala de aula invertida e suas possibilidades para promover aprendizagem significativa Tratase de um estudo qualitativo exploratório e descritivo para o qual utilizamos o procedimento de pesquisa bibliográfica Concluímos que a metodologia da sala de aula invertida contribui para desenvolver habilidades cognitivas e socioemocionais entre elas a autonomia do aluno além de possibilitar o aproveitamento do tempo pedagógico o que pode trazer um ganho significativo para a aprendizagem Palavraschave Ensino Híbrido Metodologias Ativas Tecnologias Sala de Aula Invertida INTRODUÇÃO A Educação vem passando por uma série de transformações desde alguns anos Contudo é fato que com o surgimento da pandemia da Covid19 as mudanças têm se acentuado visto a necessidade de buscar novas e eficazes alternativas para a manutenção do ensino que passou a ser inicialmente viabilizado apenas por meio do uso de recursos tecnológicos 1Mestra em Letras pela Universidade Federal de Campina Grande UFCG Professora da Educação Básica do município de AcopiaraCE e do Curso de Pedagogia das Faculdades Integradas do Ceará UniFIC jackeliness23hotmailcom 2 Mestre em Sistemas Agroindustriais pela Universidade Federal de Campina Grande UFCG Professor e Coordenador do Curso de Pedagogia das Faculdades Integradas do Ceará UniFIC ivodilavorgmailcom Nesse ínterim os professores passaram por um turbilhão de emoções como medo da pandemia concomitante com o medo do novo que se lhes apresentava a exigência de retornar à condição de aprendizes pois as práticas pedagógicas deveriam ser urgentemente reformuladas para atender ao novo contexto Vimos serem ampliadas as discussões sobre as metodologias ativas que até então surgiam timidamente vimos os professores se descontruírem e reconstruírem na busca de aprender como gravar e editar vídeos aprender a usar plataformas interativas criar jogos enfim ressignificar suas práticas colocando o aluno realmente como centro da aprendizagem para que conseguissem manter seu vínculo com a escola No espaço dessas discussões apontamos a sala de aula invertida como uma entre as diversas metodologias ativas que faziam parte de um leque de opções a serviço da aprendizagem significativa À medida que as discussões sobre as metodologias avançavam bem como sobre as modalidades de ensino mais adequadas para a situação que se desenhava e que ainda está em fase de delineamento o ensino híbrido entrou em pauta como uma das possibilidades a serem estudadas pelas escolas Dentre os modelos de ensino híbrido novamente aparece a sala de aula invertida como uma das estratégias na qual mais se aposta para unir metodologias ativas ensino no contexto híbrido e o uso de tecnologias pois faz parte também das pautas educacionais a discussão sobre a continuidade do uso de ferramentas tecnológicas mesmo após cessar o ensino remoto Sendo assim sentimos a necessidade de pesquisar sobre este modelo de ensino por tomálo como uma ponte de interação entre o ensino híbrido e as metodologias ativas Para isso levantamos o seguinte questionamento diante de tantas teorias que têm se apresentado sobre sala de aula invertida o que os professores podem pontuar sobre essa metodologia que a valide como alternativa viável no ensino híbrido Norteados por essa indagação estabelecemos como objetivo geral relacionar informações sobre a sala de aula invertida como metodologia significativa para a aprendizagem no ensino híbrido Pontuamos de forma específica os seguintes objetivos apresentar informações sobre o ensino híbrido e sua contribuição para o novo cenário educativo que se desenha no contexto de pandemia discutir a interação entre ensino híbrido e as metodologias ativas e caracterizar a sala de aula invertida e suas possibilidades para promover aprendizagem significativa Na busca desses objetivos traçamos o percurso metodológico que apresentamos a seguir METODOLOGIA A fim de elaborar o caminho metodológico que seguimos nesta pesquisa ancoramonos nos pressupostos metodológicos abordados por Menezes et al 2019 Com base no que apontam os autores o estudo é de natureza qualitativa pois não focaliza dados estatísticos mas sim a busca do conhecimento do fenômeno investigado No tocante aos objetivos tratase de pesquisa descritiva e exploratória É descritiva uma vez que busca levantar dados para caracterizar o objeto pesquisado e exploratória pois busca aprofundar conhecimento acerca da temática investigada Antecipando a existência de uma conexão entre a pesquisa exploratória e o procedimento técnico adotado Menezes et al 2019 p 34 consideram que tal tipo de pesquisa ajuda o pesquisador a compreender ou aprimorar o conhecimento sobre um determinado assunto de modo que após o seu término seus resultados possam levar a outras pesquisas com novas abordagens Devido a isso uma pesquisa de cunho exploratório é muito comum quando se faz um estudo bibliográfico Destarte a pesquisa bibliográfica foi o nosso procedimento técnico realizada a partir de leituras de materiais publicados sobre a temática fundamentada em autores como Bacich Neto e Trevisani 2015 que são referência em discussões sobre o ensino híbrido e o uso de tecnologias educacionais Moran 2015 2019 que veio respaldar a discussão a respeito das metodologias ativas Schmitz 2016 Schneider 2018 e Bergmann e Sams 2020 que publicaram sua experiência com a sala de aula invertida que se configura como foco deste artigo Amparados nesses autores construímos o referencial teórico ora exposto complementando as discussões por outros pesquisadores quando julgamos pertinente REFERENCIAL TEÓRICO Ensino Híbrido e Metodologias Ativas conceitos e perspectivas de interação Buscamos seguir um caminho que nos permita chegar a uma definição de ensino híbrido pois vários têm sido os estudos nessa área a fim de apresentálo como um novo conceito para a educação tanto pela necessidade de acompanhar a evolução tecnológica quanto pela reacomodação de alunos e professores no espaço escolar após o ensino remoto O ensino híbrido já vem sendo utilizado há algum tempo nos Estados Unidos na América Latina e na Europa em escolas de Educação Básica e em instituições de Ensino Superior Nesta última instância é denominado blended learning devido à mistura do método presencial com o ensino à distância permitindo que alunos cursem determinadas disciplinas dentre um conjunto de forma apenas online No primeiro nível a Educação Básica o ensino ocorre de acordo com a proposta de Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 p 51 que consideram que não existe uma forma única de aprender e na qual a aprendizagem é um processo contínuo que ocorre em diferentes formas em diferentes espaços Essa mescla de espaços reflete a noção do que é híbrido oportunizando que o ensino aconteça em mais de um espaço por meio de mais de uma escolha metodológica impactando nas ações tanto do professor como dos estudantes dentro do contexto de aprendizagem Como vemos apesar de estar sendo alvo de maiores debates no Brasil recentemente o ensino híbrido não é um modelo novo Nesse sentido Moran 2015 considera que a educação sempre foi misturada híbrida sempre combinou vários espaços tempos atividades metodologias públicos Esse processo agora com a mobilidade e a conectividade é muito mais percetível amplo e profundo é um ecossistema mais aberto e criativo De fato a educação brasileira sempre foi permeada por uma intensa hibridez professores com formações diversas que os direcionam a metodologias diversas alunos vindo de realidades diferentes com aprendizagens heterogêneas Pensando em tudo isso e especialmente nos alunos com aprendizagens heterogêneas Moran 2019 p 7 alerta para a possibilidade de que a escola foque no uso de metodologias mais ativas que combinem o melhor do percurso individual e grupal visto que as metodologias ativas procuram criar situações de aprendizagem nas quais os aprendizes possam fazer coisas pensar e conceituar o que fazem construir conhecimentos sobre os conteúdos envolvidos nas atividades que realizam bem como desenvolver a capacidade crítica refletir sobre as práticas que realizam fornecer e receber feedback aprender a interagir com colegas professores pais e explorar atitudes e valores pessoais na escola e no mundo A fala de Moran sobre as metodologias ativas abordam uma série de ações que para serem desenvolvidas pelo aluno ele precisa estar no centro do processo Contudo ao mesmo tempo em que o aluno é colocado no centro da aprendizagem chamamos à atenção para as diferentes formas de aprender e para os ritmos distintos com que a aprendizagem acontece Essa reflexão acende um farol para se pensar na personalização do ensino Afinal se sabemos que os alunos não aprendem da mesma forma por que insistir num ensino com metodologias iguais para todos eles Bacich Tanzi Neto e Trevisani idem p 73 são assertivos quando dizem que um ensino personalizado exige muito mais do estudante que tem que ter autonomia e responsabilidade a ponto de ir atrás de suas necessidades curiosidades e interesses Entra em pauta aqui algo sumariamente importante o papel do professor acaba se tornando bem mais complexo uma vez que a personalização implica na tarefa de reconhecimento por parte do docente das formas como cada estudante tem mais facilidade de aprender e inclua em seus planejamentos um leque metodológico que seja capaz de abarcar as várias situações e ainda de lançar um olhar cuidadoso para o desenvolvimento de cada aluno Para que que seja possível uma análise sobre os resultados de um trabalho que leve em conta a personalização do ensino Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 recomendam que a escola integre o ensino presencial com o ensino por meios digitais visto haver hoje plataformas e aplicativos que geram dados a partir de atividades nele desenvolvidas que orientam os professores sobre como cada aluno aprende e em que estágio se encontram E é nessa interação de atividades físicas com atividades online que reside a essência do ensino híbrido Por sua natureza esse modelo de ensino requer do professor a realização de aulas que permitam ao aluno uma postura ativa Os autores definem o papel do professor como um design de caminhos afirmando que o professor se torna cada vez mais um gestor e orientador de caminhos coletivos e individuais previsíveis e imprevisíveis em uma construção mais aberta criativa e empreendedora Alves et al 2019 p 121 acrescentam que não se pode conceber um processo de aprendizagem em que os alunos não sejam protagonistas e que os professores não tenham função relevante na mediação entre alunosconhecimentos e alunosalunos Assim o professor consciente da importância do seu papel como mediador para a inclusão da cultura digital no contexto sociocultural de seus alunos precisa interagir constantemente com as tecnologias digitais e suas interfaces comunicacionais dentro e fora da sala de aula O ensino híbrido portanto traz para a prática o que a Base Nacional Comum Curricular BRASIL 2017 estabeleceu com uma das dez competências gerais a serem trabalhadas pelas escolas a cultura digital O documento define essa competência como a capacidade de compreender utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica significativa reflexiva e ética nas diversas práticas sociais incluindo as escolares para se comunicar acessar e disseminar informações produzir conhecimentos resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva Essa definição vem respaldar a adoção do ensino híbrido integrando as metodologias ativas como favoráveis à execução desse modelo de ensino No entanto somos sabedores de que nosso país ainda carece de muito investimento direcionado às escolas públicas a fim de munilas de condições para ofertar acesso tecnológico suficiente a alunos e professores Durante a pandemia da Covid19 essa realidade ficou mais do que clara Mesmo assim não foi impedimento para que o ensino acontecesse e que os professores e alunos adquirissem muita aprendizagem relacionada à cultura digital Além disso acreditamos que as dificuldades escancaradas nesse período serviram para colocar o assunto na pauta das políticas públicas educacionais Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 p 41 cientes de que as escolas precisam do acesso tecnológico para a execução de propostas mais centradas no aluno sugerem Em escolas com menos recursos podemos desenvolver projetos significativos e relevantes para os estudantes ligados à comunidade utilizando tecnologias simples como o celular por exemplo e buscando apoio de espaços mais conectados na cidade Embora ter boa infraestrutura e recursos gere muitas possibilidades de integrar atividades presenciais e online muitos professores conseguem realizálas com recursos tecnológicos mínimos Os autores consideram também que um dos modelos mais interessantes para se fazer avanços é concentrar no ambiente virtual aquilo que é informação básica e deixar para a sala de aula física as atividades mais criativas e supervisionadas e que a metodologia ideal para essa abordagem é a sala de aula invertida O descortinamento da sala de aula invertida A sala de aula invertida é uma proposta metodológica que teve início em 2007 quando os professores Jonathan Bergmann e Aaron Sams do departamento de Química de uma escola americana pensaram numa forma de repor conteúdos aos alunos faltosos Tiveram então a ideia de começar a gravar as aulas para esses alunos assistirem o que acabou atraindo como espectadores até mesmo os alunos que se faziam presentes às aulas como forma de revisar o conteúdo para exames Os professores relatam que com esse método os alunos estavam aprendendo mais e os dados compilados pareciam indicar que o método da sala de aula invertida era um modelo superior à abordagem tradicional BERGMANN E SAMS 2020 p 5 Os autores reconhecem que não foram os primeiros a usarem vídeos como recurso de aprendizagem mas que foram pioneiros da prática de utilizálos como ferramenta de inversão da sala de aula que logo depois ganhou outras formas além da utilização de vídeos Eles apontam também que a metodologia estabelece um referencial que oferece aos estudantes uma educação personalizada uma vez que permite ao professor acompanhar a prática dos alunos em sala de aula Além disso por fazer uso de ferramentas digitais possibilita a utilização de plataformas que gerem relatórios com o desempenho individual dos alunos A partir de 2010 o termo flipped classroom que se traduz como sala de aula invertida ganhou espaço no âmbito educacional e impulsionou pesquisas e publicações de alcance internacional culminando com a adoção dessa abordagem por escolas de Ensino Básico e Superior em outros países Schmitz 2016 contribui com nosso descortinar desse modelo a partir da assertiva de que dentro do ensino híbrido a sala de aula invertida emerge dos modelos tradicionais para favorecer o engajamento dos estudantes tornandose o modelo mais simples para dar início à implantação do ensino híbrido dependendo apenas de um bom planejamento dos professores Na sequência apresentamos os resultados mais específicos sobre esta metodologia a partir da apresentação de figuras que sintetizam alguns dos estudos sobre a sala de aula invertida tornando mais clara a compreensão de como essa aboragem pode ser desenvolvida RESULTADOS E DISCUSSÃO Desde a sua implantação essa proposta vem sendo estudada por outros pesquisadores e recebendo adaptações para se encaixar como modelo pedagógico que integra o ensino híbrido Conforme Silveira Junior 2019 a sala de aula invertida é uma perspectiva metodológica na qual oa estudante aprende por meio da articulação entre espaços e tempos online síncronos e assíncronos e presenciais Essa definição traz a possibilidade de diversificação de tempos formas e espaços para que aconteça o que alguns pesquisadores chamam de aprendizagem invertida Bergmann e Sams apud Moran 2015 p 29 estabelecem que a aprendizagem invertida é um modelo híbrido ativo que faz todo o sentido num mundo conectado móvel e digital transfere para o digital uma parte do que era explicado em aula pelo professor Os estudantes acessam materiais fazem pesquisas no seu próprio ritmo e como preparação para a realização de atividades de aprofundamento debate e aplicação No modelo convencional o primeiro contato do aluno com o conteúdo seria por meio da explicação do professor e só posteriormente este indicaria leituras pesquisas ou vídeos para aprofundamento No modelo invertido quando chegam à sala de aula os alunos já terão passado por esse primeiro contato e o momento será de tirar dúvidas por meio de atividades práticas Schneiders idem p 8 elaborou um quadro comparativo para ilustrar as características que diferem o modelo de aprendizagem invertida do modelo tradicional Figura 1 Comparativo entre os modelos tradicional e sala de aula invertida Fonte Schneiders 2018 p 8 Analisando a ilustração observamos que as atividades direcionadas para casa são individuais e abrangem um leque de possibilidades que consideram a personalização do ensino Para a sala de aula as atividades sugeridas indicam a realização coletiva que requerem a mediação docente Na perspectiva da aprendizagem invertida o planejamento e a elaboração dos materiais são feitos com antecedência suficiente para que o professor selecione e direcione aqueles que considera adequados aos alunos considerando suas possibilidades de aprendizagem e de acesso a plataformas digitais Quanto ao papel do professor Schneiders 2018 p 7 afirma que nessa abordagem tanto o professor quanto o estudante devem mudar de postura O estudante deixa de ser um espectador e passa a atuar ativamente tornandose o protagonista do seu aprendizado Já o professor sai do palco deixa de atuar como palestrante e se posiciona próximo ao aluno auxiliando o no processo de aprendizagem assumindo uma postura de orientador e tutor Na postura de orientador é imprescindível que o professor conheça as dificuldades de cada aluno e os ajude a avançar assim como identifique aqueles que já são capazes de receber atividades que envolvem soluções mais complexas fazendo uso inclusive de outras metodologias de aprendizagem significativa Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 recomendam inclusive a combinação de metodologias de aprendizagem envolvendo a resolução de desafios aprendizagem baseada em problemas e jogos para que os alunos façam conforme seu próprio ritmo Nesse sentido expomos a seguinte figura como representação dessa combinação Figura 2 Combinação de metodologias de aprendizagem Fonte Schmitz 2016 p 7 Além da combinação de metodologias ativas de aprendizagem na realização da sala de aula invertida a ilustração nos dá exemplos de diversas atividades que podem ser disponibilizadas para os alunos acrescentando àquelas que foram mostradas na figura 1 na parte correspondente a esta metodologia Bergmann e Sams 2020 corroboram com essa ideia quando consideram que não existe um modelo único de inversão e que assim sendo o professor pode guiar atividades práticas diferentes ou possibilitar que alunos trabalhem em tarefas diferentes simultaneamente que trabalhem em grupos ou individualmente ou ainda que sejam avaliados quando se sentirem preparados A terceira figura selecionada apresenta uma ilustração elaborada a partir de estudos de Schmitz 2016 que sintetiza a realização da Sala de Aula Invertida Figura 3 Esquematização da Sala de Aula Invertida Fonte Schmitz 2016 p 7 A figura 3 representa as etapas da sala de aula invertida indicando a disponibilização dos materiais para o aluno antes da aula a realização de atividades práticas durante a aula e a possibilidade de após a aula o professor avaliar os resultados e tomar decisões pedagógicas Além disso o esquema de Schmitz 2016 aponta que essa metodologia contempla o trabalho com habilidades cognitivas e socioemocionais uma vez que desenvolve a autonomia a motivação a interação e outras habilidades importantes para os alunos CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao longo da construção desta pesquisa confirmamos que o uso de metodologias ativas é de sumária importância para o ensino híbrido uma vez que permite o desenvolvimento de estratégias a partir do uso das tecnologias que tem tomado cada vez mais espaço na sociedade e em grandes proporções no ambiente escolar Entre essas metodologias elegemos a sala de aula invertida e a partir deste estudo acreditamos que esta seja válida para o contexto de ensino híbrido uma vez que é desenvolvida por meio de etapas que contemplam habilidades cognitivas e socioemocionais entre as quais destacamos a autonomia e a motivação para os estudos além de contribuir para o aproveitamento do tempo pedagógico para a personalização do ensino e por conseguinte para a aprendizagem significativa Por fim esperamos que este trabalho venha ampliar o conhecimento sobre esta temática e ainda que possa receber novos olhares e embasar diálogos na comunidade científica REFERÊNCIAS ALVES Lynn et al Tecnologias digitais nos espaços escolares um diálogo emergente In FERRAZ Obdália Educação multiletramentos e tecnologias tecendo redes de conhecimento sobre letramentos cultura digital ensino e aprendizagem na cibercultura Salvador EDUFBA 2019 BACICH Lilian TANZI NETO Adolfo TREVISANI Fernando de M Ensino Híbrido personalização e tecnologia na educação Sao Paulo Penso Editora Ltda 2015 BERGMANN Jonathan SAMS Aaron Sala de aula invertida uma metodologia ativa de aprendizagem 1 ed Rio de Janeiro LTC 2020 BRASIL Ministério da Educação Base Nacional Comum Curricular Brasília MECSEB 2017 MENEZES Afonso Henrique N et al Metodologia científica teoria e aplicação na educação a distância PetrolinaPE Universidade Federal do Vale do São Francisco 2019 MORAN Edgar Educação híbrida um conceitochave para a educação hoje In BACICH Lilian TANZI NETO Adolfo TREVISANI Fernando de M Ensino Híbrido personalização e tecnologia na educação Sao Paulo Penso Editora Ltda 2015 MORAN Edgar Metodologias ativas de bolso como os alunos podem aprender de forma ativa simplificada e profunda Sao Paulo Editora do Brasil 2019 SCHMITZ Elieser Xisto S Sala de Aula Invertida uma abordagem para combinar metodologias ativas e engajar alunos no processo de ensinoaprendizagem Recurso Didático Disponível em httpsnteufsmbrimagesPDFCapacitacao 2016RECURSO EDUCACIONALEboo kFCpdf Acesso em 07 ago 2021 SCHNEIDERS Luiz Antonio O método da sala de aula invertida flipped classroom 1ª ed LajeadoRS Editora da Univates 2018 Quero que estude os materiais enviados e o vídeo Que pegue o plano de ensino e melhore ele adapte ele para incentivar o aluno que tem dificuldades e incentive o aluno que também é nota 10 a sempre evoluir Para isso é preciso que vc utilize recursos por exemplo do ensino híbrido pois ele permite a personalização do ensino Vc precisa ver que recurso vc vai utilizarpode usar um pedletou vai usar a sala de aula invertida Rotação por estação De que forma vc vai utilizar Quero que explique como vai funcionar essa adaptação no seu plano de aula PLANO DE AULA ADAPTADO BRINCANDO COM RIMAS Identificação Ano 2º ano do Ensino Fundamental Duração 50 minutos Área do conhecimento Língua Portuguesa Habilidades da BNCC EF02LP06 Reconhecer semelhanças e diferenças sonoras entre palavras EF02LP08 Produzir textos escritos com auxílio de diferentes recursos Objetivos Desenvolver a consciência fonológica especialmente a percepção de rimas Ampliar o vocabulário e estimular a criatividade na escrita utilizando recursos digitais Incentivar a leitura e a oralidade de forma lúdica com diferentes estações de aprendizado Desenvolvimento 1ª Etapa Ativação do Conhecimento Prévio 10 min Atividade Leitura em dupla de um poema curto ou cantiga popular ex O sapo não lava o pé Objetivo Identificar palavras que rimam de forma colaborativa Os grupos podem utilizar um recurso como Padlet um quadro colaborativo digital para anotarem as rimas encontradas durante a leitura 2ª Etapa Rodas de Estações 20 min Atividade Divida a turma em grupos e crie diferentes estações de aprendizagem em sala de aula cada uma com atividades específicas Estação 1 Présilábicos Cartões com imagens de palavras para associar rimas ex sapo sapinho Estação 2 Silábicos Utilização de softwares educativos ex jogos de rimas online que ajudam na montagem de palavras usando sílabas Estação 3 Silábicoalfabéticos e alfabéticos Criação de versos simples utilizando um editor de texto online ex Google Docs onde os alunos podem colaborar e editar suas produções em tempo real Estação 4 Desafios de rimas Um desafio em um aplicativo de quiz ex Kahoot onde os alunos têm que identificar palavras que rimam em um ambiente de jogo Objetivo Reforçar a relação entre fonemas e grafemas oferecendo diferentes níveis de dificuldade e suporte 3ª Etapa Produção Criativa 15 min Atividade Cada aluno com base em suas experiências nas estações escreve um pequeno verso rimado Os alunos que se destacam podem ser desafiados a criar um poema mais longo ou a ilustrar suas produções enquanto os que têm dificuldades recebem apoio adicional para estruturar suas ideias Compartilhamento Os alunos compartilham suas produções em uma roda de leitura podendo usar a plataforma Padlet para publicar seus versos para a turma Objetivo Estimular a criatividade e a autonomia na escrita 4ª Etapa Encerramento e Reflexão 5 min Atividade Promoção de uma roda de conversa sobre a importância das rimas na leitura e na escrita onde todos os alunos podem comentar sobre o que aprenderam reforçando a aprendizagem social Avaliação Participação ativa nas atividades de todos os alunos Identificação correta das rimas e engajamento nas produções criativas Produção escrita de acordo com o nível de desenvolvimento individual Recursos Didáticos Poemas e cantigas Cartões com palavras e imagens Ferramentas digitais Padlet Google Docs Kahoot Materiais para escrita e ilustração Referências BRASIL Base Nacional Comum Curricular BNCC Ministério da Educação Explicação da Adaptação A utilização de estações de aprendizagem permite que os alunos trabalhem em diferentes níveis de dificuldade e de maneira personalizada apoiando tanto aqueles que têm dificuldades quanto os que apresentam um bom desempenho A inclusão de plataformas digitais também promove a autonomia dos alunos e facilita o acompanhamento do progresso individual Além disso o uso de ferramentas digitais como o Padlet e o Google Docs não apenas promove a interatividade mas também a colaboração entre os alunos permitindo que eles aprendam uns com os outros compartilhando ideias e rimas
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METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO HÍBRIDO DESCORTINANDO A SALA DE AULA INVERTIDA Jackeline Sousa Silva 1 Francisco Ivo Gomes de Lavor2 RESUMO Esta pesquisa tem como objeto a ampliação de conhecimentos sobre a sala de aula invertida como estratégia de ensino no contexto híbrido Com o advento da pandemia da Covid19 a utilização das tecnologias ocupou o espaço educacional e por conseguinte a busca por metodologias ativas que atendam às necessidades do ensino híbrido para o qual as escolas estão direcionando seus planejamentos Nesse ínterim destacase a sala de aula invertida como modelo de ensino inovador com propostas que apontam para a aprendizagem significativa Então questionamos diante de tantas teorias que têm se apresentado sobre sala de aula invertida o que os professores podem pontuar sobre essa metodologia que a valide como alternativa viável no ensino híbrido Temos como objetivo geral relacionar informações sobre a sala de aula invertida como metodologia significativa para a aprendizagem no ensino híbrido De forma específica buscamos apresentar informações sobre o ensino híbrido e sua contribuição para o novo cenário educativo que se desenha no contexto de pandemia discutir a interação entre ensino híbrido e as metodologias ativas e caracterizar a sala de aula invertida e suas possibilidades para promover aprendizagem significativa Tratase de um estudo qualitativo exploratório e descritivo para o qual utilizamos o procedimento de pesquisa bibliográfica Concluímos que a metodologia da sala de aula invertida contribui para desenvolver habilidades cognitivas e socioemocionais entre elas a autonomia do aluno além de possibilitar o aproveitamento do tempo pedagógico o que pode trazer um ganho significativo para a aprendizagem Palavraschave Ensino Híbrido Metodologias Ativas Tecnologias Sala de Aula Invertida INTRODUÇÃO A Educação vem passando por uma série de transformações desde alguns anos Contudo é fato que com o surgimento da pandemia da Covid19 as mudanças têm se acentuado visto a necessidade de buscar novas e eficazes alternativas para a manutenção do ensino que passou a ser inicialmente viabilizado apenas por meio do uso de recursos tecnológicos 1Mestra em Letras pela Universidade Federal de Campina Grande UFCG Professora da Educação Básica do município de AcopiaraCE e do Curso de Pedagogia das Faculdades Integradas do Ceará UniFIC jackeliness23hotmailcom 2 Mestre em Sistemas Agroindustriais pela Universidade Federal de Campina Grande UFCG Professor e Coordenador do Curso de Pedagogia das Faculdades Integradas do Ceará UniFIC ivodilavorgmailcom Nesse ínterim os professores passaram por um turbilhão de emoções como medo da pandemia concomitante com o medo do novo que se lhes apresentava a exigência de retornar à condição de aprendizes pois as práticas pedagógicas deveriam ser urgentemente reformuladas para atender ao novo contexto Vimos serem ampliadas as discussões sobre as metodologias ativas que até então surgiam timidamente vimos os professores se descontruírem e reconstruírem na busca de aprender como gravar e editar vídeos aprender a usar plataformas interativas criar jogos enfim ressignificar suas práticas colocando o aluno realmente como centro da aprendizagem para que conseguissem manter seu vínculo com a escola No espaço dessas discussões apontamos a sala de aula invertida como uma entre as diversas metodologias ativas que faziam parte de um leque de opções a serviço da aprendizagem significativa À medida que as discussões sobre as metodologias avançavam bem como sobre as modalidades de ensino mais adequadas para a situação que se desenhava e que ainda está em fase de delineamento o ensino híbrido entrou em pauta como uma das possibilidades a serem estudadas pelas escolas Dentre os modelos de ensino híbrido novamente aparece a sala de aula invertida como uma das estratégias na qual mais se aposta para unir metodologias ativas ensino no contexto híbrido e o uso de tecnologias pois faz parte também das pautas educacionais a discussão sobre a continuidade do uso de ferramentas tecnológicas mesmo após cessar o ensino remoto Sendo assim sentimos a necessidade de pesquisar sobre este modelo de ensino por tomálo como uma ponte de interação entre o ensino híbrido e as metodologias ativas Para isso levantamos o seguinte questionamento diante de tantas teorias que têm se apresentado sobre sala de aula invertida o que os professores podem pontuar sobre essa metodologia que a valide como alternativa viável no ensino híbrido Norteados por essa indagação estabelecemos como objetivo geral relacionar informações sobre a sala de aula invertida como metodologia significativa para a aprendizagem no ensino híbrido Pontuamos de forma específica os seguintes objetivos apresentar informações sobre o ensino híbrido e sua contribuição para o novo cenário educativo que se desenha no contexto de pandemia discutir a interação entre ensino híbrido e as metodologias ativas e caracterizar a sala de aula invertida e suas possibilidades para promover aprendizagem significativa Na busca desses objetivos traçamos o percurso metodológico que apresentamos a seguir METODOLOGIA A fim de elaborar o caminho metodológico que seguimos nesta pesquisa ancoramonos nos pressupostos metodológicos abordados por Menezes et al 2019 Com base no que apontam os autores o estudo é de natureza qualitativa pois não focaliza dados estatísticos mas sim a busca do conhecimento do fenômeno investigado No tocante aos objetivos tratase de pesquisa descritiva e exploratória É descritiva uma vez que busca levantar dados para caracterizar o objeto pesquisado e exploratória pois busca aprofundar conhecimento acerca da temática investigada Antecipando a existência de uma conexão entre a pesquisa exploratória e o procedimento técnico adotado Menezes et al 2019 p 34 consideram que tal tipo de pesquisa ajuda o pesquisador a compreender ou aprimorar o conhecimento sobre um determinado assunto de modo que após o seu término seus resultados possam levar a outras pesquisas com novas abordagens Devido a isso uma pesquisa de cunho exploratório é muito comum quando se faz um estudo bibliográfico Destarte a pesquisa bibliográfica foi o nosso procedimento técnico realizada a partir de leituras de materiais publicados sobre a temática fundamentada em autores como Bacich Neto e Trevisani 2015 que são referência em discussões sobre o ensino híbrido e o uso de tecnologias educacionais Moran 2015 2019 que veio respaldar a discussão a respeito das metodologias ativas Schmitz 2016 Schneider 2018 e Bergmann e Sams 2020 que publicaram sua experiência com a sala de aula invertida que se configura como foco deste artigo Amparados nesses autores construímos o referencial teórico ora exposto complementando as discussões por outros pesquisadores quando julgamos pertinente REFERENCIAL TEÓRICO Ensino Híbrido e Metodologias Ativas conceitos e perspectivas de interação Buscamos seguir um caminho que nos permita chegar a uma definição de ensino híbrido pois vários têm sido os estudos nessa área a fim de apresentálo como um novo conceito para a educação tanto pela necessidade de acompanhar a evolução tecnológica quanto pela reacomodação de alunos e professores no espaço escolar após o ensino remoto O ensino híbrido já vem sendo utilizado há algum tempo nos Estados Unidos na América Latina e na Europa em escolas de Educação Básica e em instituições de Ensino Superior Nesta última instância é denominado blended learning devido à mistura do método presencial com o ensino à distância permitindo que alunos cursem determinadas disciplinas dentre um conjunto de forma apenas online No primeiro nível a Educação Básica o ensino ocorre de acordo com a proposta de Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 p 51 que consideram que não existe uma forma única de aprender e na qual a aprendizagem é um processo contínuo que ocorre em diferentes formas em diferentes espaços Essa mescla de espaços reflete a noção do que é híbrido oportunizando que o ensino aconteça em mais de um espaço por meio de mais de uma escolha metodológica impactando nas ações tanto do professor como dos estudantes dentro do contexto de aprendizagem Como vemos apesar de estar sendo alvo de maiores debates no Brasil recentemente o ensino híbrido não é um modelo novo Nesse sentido Moran 2015 considera que a educação sempre foi misturada híbrida sempre combinou vários espaços tempos atividades metodologias públicos Esse processo agora com a mobilidade e a conectividade é muito mais percetível amplo e profundo é um ecossistema mais aberto e criativo De fato a educação brasileira sempre foi permeada por uma intensa hibridez professores com formações diversas que os direcionam a metodologias diversas alunos vindo de realidades diferentes com aprendizagens heterogêneas Pensando em tudo isso e especialmente nos alunos com aprendizagens heterogêneas Moran 2019 p 7 alerta para a possibilidade de que a escola foque no uso de metodologias mais ativas que combinem o melhor do percurso individual e grupal visto que as metodologias ativas procuram criar situações de aprendizagem nas quais os aprendizes possam fazer coisas pensar e conceituar o que fazem construir conhecimentos sobre os conteúdos envolvidos nas atividades que realizam bem como desenvolver a capacidade crítica refletir sobre as práticas que realizam fornecer e receber feedback aprender a interagir com colegas professores pais e explorar atitudes e valores pessoais na escola e no mundo A fala de Moran sobre as metodologias ativas abordam uma série de ações que para serem desenvolvidas pelo aluno ele precisa estar no centro do processo Contudo ao mesmo tempo em que o aluno é colocado no centro da aprendizagem chamamos à atenção para as diferentes formas de aprender e para os ritmos distintos com que a aprendizagem acontece Essa reflexão acende um farol para se pensar na personalização do ensino Afinal se sabemos que os alunos não aprendem da mesma forma por que insistir num ensino com metodologias iguais para todos eles Bacich Tanzi Neto e Trevisani idem p 73 são assertivos quando dizem que um ensino personalizado exige muito mais do estudante que tem que ter autonomia e responsabilidade a ponto de ir atrás de suas necessidades curiosidades e interesses Entra em pauta aqui algo sumariamente importante o papel do professor acaba se tornando bem mais complexo uma vez que a personalização implica na tarefa de reconhecimento por parte do docente das formas como cada estudante tem mais facilidade de aprender e inclua em seus planejamentos um leque metodológico que seja capaz de abarcar as várias situações e ainda de lançar um olhar cuidadoso para o desenvolvimento de cada aluno Para que que seja possível uma análise sobre os resultados de um trabalho que leve em conta a personalização do ensino Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 recomendam que a escola integre o ensino presencial com o ensino por meios digitais visto haver hoje plataformas e aplicativos que geram dados a partir de atividades nele desenvolvidas que orientam os professores sobre como cada aluno aprende e em que estágio se encontram E é nessa interação de atividades físicas com atividades online que reside a essência do ensino híbrido Por sua natureza esse modelo de ensino requer do professor a realização de aulas que permitam ao aluno uma postura ativa Os autores definem o papel do professor como um design de caminhos afirmando que o professor se torna cada vez mais um gestor e orientador de caminhos coletivos e individuais previsíveis e imprevisíveis em uma construção mais aberta criativa e empreendedora Alves et al 2019 p 121 acrescentam que não se pode conceber um processo de aprendizagem em que os alunos não sejam protagonistas e que os professores não tenham função relevante na mediação entre alunosconhecimentos e alunosalunos Assim o professor consciente da importância do seu papel como mediador para a inclusão da cultura digital no contexto sociocultural de seus alunos precisa interagir constantemente com as tecnologias digitais e suas interfaces comunicacionais dentro e fora da sala de aula O ensino híbrido portanto traz para a prática o que a Base Nacional Comum Curricular BRASIL 2017 estabeleceu com uma das dez competências gerais a serem trabalhadas pelas escolas a cultura digital O documento define essa competência como a capacidade de compreender utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica significativa reflexiva e ética nas diversas práticas sociais incluindo as escolares para se comunicar acessar e disseminar informações produzir conhecimentos resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva Essa definição vem respaldar a adoção do ensino híbrido integrando as metodologias ativas como favoráveis à execução desse modelo de ensino No entanto somos sabedores de que nosso país ainda carece de muito investimento direcionado às escolas públicas a fim de munilas de condições para ofertar acesso tecnológico suficiente a alunos e professores Durante a pandemia da Covid19 essa realidade ficou mais do que clara Mesmo assim não foi impedimento para que o ensino acontecesse e que os professores e alunos adquirissem muita aprendizagem relacionada à cultura digital Além disso acreditamos que as dificuldades escancaradas nesse período serviram para colocar o assunto na pauta das políticas públicas educacionais Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 p 41 cientes de que as escolas precisam do acesso tecnológico para a execução de propostas mais centradas no aluno sugerem Em escolas com menos recursos podemos desenvolver projetos significativos e relevantes para os estudantes ligados à comunidade utilizando tecnologias simples como o celular por exemplo e buscando apoio de espaços mais conectados na cidade Embora ter boa infraestrutura e recursos gere muitas possibilidades de integrar atividades presenciais e online muitos professores conseguem realizálas com recursos tecnológicos mínimos Os autores consideram também que um dos modelos mais interessantes para se fazer avanços é concentrar no ambiente virtual aquilo que é informação básica e deixar para a sala de aula física as atividades mais criativas e supervisionadas e que a metodologia ideal para essa abordagem é a sala de aula invertida O descortinamento da sala de aula invertida A sala de aula invertida é uma proposta metodológica que teve início em 2007 quando os professores Jonathan Bergmann e Aaron Sams do departamento de Química de uma escola americana pensaram numa forma de repor conteúdos aos alunos faltosos Tiveram então a ideia de começar a gravar as aulas para esses alunos assistirem o que acabou atraindo como espectadores até mesmo os alunos que se faziam presentes às aulas como forma de revisar o conteúdo para exames Os professores relatam que com esse método os alunos estavam aprendendo mais e os dados compilados pareciam indicar que o método da sala de aula invertida era um modelo superior à abordagem tradicional BERGMANN E SAMS 2020 p 5 Os autores reconhecem que não foram os primeiros a usarem vídeos como recurso de aprendizagem mas que foram pioneiros da prática de utilizálos como ferramenta de inversão da sala de aula que logo depois ganhou outras formas além da utilização de vídeos Eles apontam também que a metodologia estabelece um referencial que oferece aos estudantes uma educação personalizada uma vez que permite ao professor acompanhar a prática dos alunos em sala de aula Além disso por fazer uso de ferramentas digitais possibilita a utilização de plataformas que gerem relatórios com o desempenho individual dos alunos A partir de 2010 o termo flipped classroom que se traduz como sala de aula invertida ganhou espaço no âmbito educacional e impulsionou pesquisas e publicações de alcance internacional culminando com a adoção dessa abordagem por escolas de Ensino Básico e Superior em outros países Schmitz 2016 contribui com nosso descortinar desse modelo a partir da assertiva de que dentro do ensino híbrido a sala de aula invertida emerge dos modelos tradicionais para favorecer o engajamento dos estudantes tornandose o modelo mais simples para dar início à implantação do ensino híbrido dependendo apenas de um bom planejamento dos professores Na sequência apresentamos os resultados mais específicos sobre esta metodologia a partir da apresentação de figuras que sintetizam alguns dos estudos sobre a sala de aula invertida tornando mais clara a compreensão de como essa aboragem pode ser desenvolvida RESULTADOS E DISCUSSÃO Desde a sua implantação essa proposta vem sendo estudada por outros pesquisadores e recebendo adaptações para se encaixar como modelo pedagógico que integra o ensino híbrido Conforme Silveira Junior 2019 a sala de aula invertida é uma perspectiva metodológica na qual oa estudante aprende por meio da articulação entre espaços e tempos online síncronos e assíncronos e presenciais Essa definição traz a possibilidade de diversificação de tempos formas e espaços para que aconteça o que alguns pesquisadores chamam de aprendizagem invertida Bergmann e Sams apud Moran 2015 p 29 estabelecem que a aprendizagem invertida é um modelo híbrido ativo que faz todo o sentido num mundo conectado móvel e digital transfere para o digital uma parte do que era explicado em aula pelo professor Os estudantes acessam materiais fazem pesquisas no seu próprio ritmo e como preparação para a realização de atividades de aprofundamento debate e aplicação No modelo convencional o primeiro contato do aluno com o conteúdo seria por meio da explicação do professor e só posteriormente este indicaria leituras pesquisas ou vídeos para aprofundamento No modelo invertido quando chegam à sala de aula os alunos já terão passado por esse primeiro contato e o momento será de tirar dúvidas por meio de atividades práticas Schneiders idem p 8 elaborou um quadro comparativo para ilustrar as características que diferem o modelo de aprendizagem invertida do modelo tradicional Figura 1 Comparativo entre os modelos tradicional e sala de aula invertida Fonte Schneiders 2018 p 8 Analisando a ilustração observamos que as atividades direcionadas para casa são individuais e abrangem um leque de possibilidades que consideram a personalização do ensino Para a sala de aula as atividades sugeridas indicam a realização coletiva que requerem a mediação docente Na perspectiva da aprendizagem invertida o planejamento e a elaboração dos materiais são feitos com antecedência suficiente para que o professor selecione e direcione aqueles que considera adequados aos alunos considerando suas possibilidades de aprendizagem e de acesso a plataformas digitais Quanto ao papel do professor Schneiders 2018 p 7 afirma que nessa abordagem tanto o professor quanto o estudante devem mudar de postura O estudante deixa de ser um espectador e passa a atuar ativamente tornandose o protagonista do seu aprendizado Já o professor sai do palco deixa de atuar como palestrante e se posiciona próximo ao aluno auxiliando o no processo de aprendizagem assumindo uma postura de orientador e tutor Na postura de orientador é imprescindível que o professor conheça as dificuldades de cada aluno e os ajude a avançar assim como identifique aqueles que já são capazes de receber atividades que envolvem soluções mais complexas fazendo uso inclusive de outras metodologias de aprendizagem significativa Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 recomendam inclusive a combinação de metodologias de aprendizagem envolvendo a resolução de desafios aprendizagem baseada em problemas e jogos para que os alunos façam conforme seu próprio ritmo Nesse sentido expomos a seguinte figura como representação dessa combinação Figura 2 Combinação de metodologias de aprendizagem Fonte Schmitz 2016 p 7 Além da combinação de metodologias ativas de aprendizagem na realização da sala de aula invertida a ilustração nos dá exemplos de diversas atividades que podem ser disponibilizadas para os alunos acrescentando àquelas que foram mostradas na figura 1 na parte correspondente a esta metodologia Bergmann e Sams 2020 corroboram com essa ideia quando consideram que não existe um modelo único de inversão e que assim sendo o professor pode guiar atividades práticas diferentes ou possibilitar que alunos trabalhem em tarefas diferentes simultaneamente que trabalhem em grupos ou individualmente ou ainda que sejam avaliados quando se sentirem preparados A terceira figura selecionada apresenta uma ilustração elaborada a partir de estudos de Schmitz 2016 que sintetiza a realização da Sala de Aula Invertida Figura 3 Esquematização da Sala de Aula Invertida Fonte Schmitz 2016 p 7 A figura 3 representa as etapas da sala de aula invertida indicando a disponibilização dos materiais para o aluno antes da aula a realização de atividades práticas durante a aula e a possibilidade de após a aula o professor avaliar os resultados e tomar decisões pedagógicas Além disso o esquema de Schmitz 2016 aponta que essa metodologia contempla o trabalho com habilidades cognitivas e socioemocionais uma vez que desenvolve a autonomia a motivação a interação e outras habilidades importantes para os alunos CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao longo da construção desta pesquisa confirmamos que o uso de metodologias ativas é de sumária importância para o ensino híbrido uma vez que permite o desenvolvimento de estratégias a partir do uso das tecnologias que tem tomado cada vez mais espaço na sociedade e em grandes proporções no ambiente escolar Entre essas metodologias elegemos a sala de aula invertida e a partir deste estudo acreditamos que esta seja válida para o contexto de ensino híbrido uma vez que é desenvolvida por meio de etapas que contemplam habilidades cognitivas e socioemocionais entre as quais destacamos a autonomia e a motivação para os estudos além de contribuir para o aproveitamento do tempo pedagógico para a personalização do ensino e por conseguinte para a aprendizagem significativa Por fim esperamos que este trabalho venha ampliar o conhecimento sobre esta temática e ainda que possa receber novos olhares e embasar diálogos na comunidade científica REFERÊNCIAS ALVES Lynn et al Tecnologias digitais nos espaços escolares um diálogo emergente In FERRAZ Obdália Educação multiletramentos e tecnologias tecendo redes de conhecimento sobre letramentos cultura digital ensino e aprendizagem na cibercultura Salvador EDUFBA 2019 BACICH Lilian TANZI NETO Adolfo TREVISANI Fernando de M Ensino Híbrido personalização e tecnologia na educação Sao Paulo Penso Editora Ltda 2015 BERGMANN Jonathan SAMS Aaron Sala de aula invertida uma metodologia ativa de aprendizagem 1 ed Rio de Janeiro LTC 2020 BRASIL Ministério da Educação Base Nacional Comum Curricular Brasília MECSEB 2017 MENEZES Afonso Henrique N et al Metodologia científica teoria e aplicação na educação a distância PetrolinaPE Universidade Federal do Vale do São Francisco 2019 MORAN Edgar Educação híbrida um conceitochave para a educação hoje In BACICH Lilian TANZI NETO Adolfo TREVISANI Fernando de M Ensino Híbrido personalização e tecnologia na educação Sao Paulo Penso Editora Ltda 2015 MORAN Edgar Metodologias ativas de bolso como os alunos podem aprender de forma ativa simplificada e profunda Sao Paulo Editora do Brasil 2019 SCHMITZ Elieser Xisto S Sala de Aula Invertida uma abordagem para combinar metodologias ativas e engajar alunos no processo de ensinoaprendizagem Recurso Didático Disponível em httpsnteufsmbrimagesPDFCapacitacao 2016RECURSO EDUCACIONALEboo kFCpdf Acesso em 07 ago 2021 SCHNEIDERS Luiz Antonio O método da sala de aula invertida flipped classroom 1ª ed LajeadoRS Editora da Univates 2018 METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO HÍBRIDO DESCORTINANDO A SALA DE AULA INVERTIDA Jackeline Sousa Silva 1 Francisco Ivo Gomes de Lavor2 RESUMO Esta pesquisa tem como objeto a ampliação de conhecimentos sobre a sala de aula invertida como estratégia de ensino no contexto híbrido Com o advento da pandemia da Covid19 a utilização das tecnologias ocupou o espaço educacional e por conseguinte a busca por metodologias ativas que atendam às necessidades do ensino híbrido para o qual as escolas estão direcionando seus planejamentos Nesse ínterim destacase a sala de aula invertida como modelo de ensino inovador com propostas que apontam para a aprendizagem significativa Então questionamos diante de tantas teorias que têm se apresentado sobre sala de aula invertida o que os professores podem pontuar sobre essa metodologia que a valide como alternativa viável no ensino híbrido Temos como objetivo geral relacionar informações sobre a sala de aula invertida como metodologia significativa para a aprendizagem no ensino híbrido De forma específica buscamos apresentar informações sobre o ensino híbrido e sua contribuição para o novo cenário educativo que se desenha no contexto de pandemia discutir a interação entre ensino híbrido e as metodologias ativas e caracterizar a sala de aula invertida e suas possibilidades para promover aprendizagem significativa Tratase de um estudo qualitativo exploratório e descritivo para o qual utilizamos o procedimento de pesquisa bibliográfica Concluímos que a metodologia da sala de aula invertida contribui para desenvolver habilidades cognitivas e socioemocionais entre elas a autonomia do aluno além de possibilitar o aproveitamento do tempo pedagógico o que pode trazer um ganho significativo para a aprendizagem Palavraschave Ensino Híbrido Metodologias Ativas Tecnologias Sala de Aula Invertida INTRODUÇÃO A Educação vem passando por uma série de transformações desde alguns anos Contudo é fato que com o surgimento da pandemia da Covid19 as mudanças têm se acentuado visto a necessidade de buscar novas e eficazes alternativas para a manutenção do ensino que passou a ser inicialmente viabilizado apenas por meio do uso de recursos tecnológicos 1Mestra em Letras pela Universidade Federal de Campina Grande UFCG Professora da Educação Básica do município de AcopiaraCE e do Curso de Pedagogia das Faculdades Integradas do Ceará UniFIC jackeliness23hotmailcom 2 Mestre em Sistemas Agroindustriais pela Universidade Federal de Campina Grande UFCG Professor e Coordenador do Curso de Pedagogia das Faculdades Integradas do Ceará UniFIC ivodilavorgmailcom Nesse ínterim os professores passaram por um turbilhão de emoções como medo da pandemia concomitante com o medo do novo que se lhes apresentava a exigência de retornar à condição de aprendizes pois as práticas pedagógicas deveriam ser urgentemente reformuladas para atender ao novo contexto Vimos serem ampliadas as discussões sobre as metodologias ativas que até então surgiam timidamente vimos os professores se descontruírem e reconstruírem na busca de aprender como gravar e editar vídeos aprender a usar plataformas interativas criar jogos enfim ressignificar suas práticas colocando o aluno realmente como centro da aprendizagem para que conseguissem manter seu vínculo com a escola No espaço dessas discussões apontamos a sala de aula invertida como uma entre as diversas metodologias ativas que faziam parte de um leque de opções a serviço da aprendizagem significativa À medida que as discussões sobre as metodologias avançavam bem como sobre as modalidades de ensino mais adequadas para a situação que se desenhava e que ainda está em fase de delineamento o ensino híbrido entrou em pauta como uma das possibilidades a serem estudadas pelas escolas Dentre os modelos de ensino híbrido novamente aparece a sala de aula invertida como uma das estratégias na qual mais se aposta para unir metodologias ativas ensino no contexto híbrido e o uso de tecnologias pois faz parte também das pautas educacionais a discussão sobre a continuidade do uso de ferramentas tecnológicas mesmo após cessar o ensino remoto Sendo assim sentimos a necessidade de pesquisar sobre este modelo de ensino por tomálo como uma ponte de interação entre o ensino híbrido e as metodologias ativas Para isso levantamos o seguinte questionamento diante de tantas teorias que têm se apresentado sobre sala de aula invertida o que os professores podem pontuar sobre essa metodologia que a valide como alternativa viável no ensino híbrido Norteados por essa indagação estabelecemos como objetivo geral relacionar informações sobre a sala de aula invertida como metodologia significativa para a aprendizagem no ensino híbrido Pontuamos de forma específica os seguintes objetivos apresentar informações sobre o ensino híbrido e sua contribuição para o novo cenário educativo que se desenha no contexto de pandemia discutir a interação entre ensino híbrido e as metodologias ativas e caracterizar a sala de aula invertida e suas possibilidades para promover aprendizagem significativa Na busca desses objetivos traçamos o percurso metodológico que apresentamos a seguir METODOLOGIA A fim de elaborar o caminho metodológico que seguimos nesta pesquisa ancoramonos nos pressupostos metodológicos abordados por Menezes et al 2019 Com base no que apontam os autores o estudo é de natureza qualitativa pois não focaliza dados estatísticos mas sim a busca do conhecimento do fenômeno investigado No tocante aos objetivos tratase de pesquisa descritiva e exploratória É descritiva uma vez que busca levantar dados para caracterizar o objeto pesquisado e exploratória pois busca aprofundar conhecimento acerca da temática investigada Antecipando a existência de uma conexão entre a pesquisa exploratória e o procedimento técnico adotado Menezes et al 2019 p 34 consideram que tal tipo de pesquisa ajuda o pesquisador a compreender ou aprimorar o conhecimento sobre um determinado assunto de modo que após o seu término seus resultados possam levar a outras pesquisas com novas abordagens Devido a isso uma pesquisa de cunho exploratório é muito comum quando se faz um estudo bibliográfico Destarte a pesquisa bibliográfica foi o nosso procedimento técnico realizada a partir de leituras de materiais publicados sobre a temática fundamentada em autores como Bacich Neto e Trevisani 2015 que são referência em discussões sobre o ensino híbrido e o uso de tecnologias educacionais Moran 2015 2019 que veio respaldar a discussão a respeito das metodologias ativas Schmitz 2016 Schneider 2018 e Bergmann e Sams 2020 que publicaram sua experiência com a sala de aula invertida que se configura como foco deste artigo Amparados nesses autores construímos o referencial teórico ora exposto complementando as discussões por outros pesquisadores quando julgamos pertinente REFERENCIAL TEÓRICO Ensino Híbrido e Metodologias Ativas conceitos e perspectivas de interação Buscamos seguir um caminho que nos permita chegar a uma definição de ensino híbrido pois vários têm sido os estudos nessa área a fim de apresentálo como um novo conceito para a educação tanto pela necessidade de acompanhar a evolução tecnológica quanto pela reacomodação de alunos e professores no espaço escolar após o ensino remoto O ensino híbrido já vem sendo utilizado há algum tempo nos Estados Unidos na América Latina e na Europa em escolas de Educação Básica e em instituições de Ensino Superior Nesta última instância é denominado blended learning devido à mistura do método presencial com o ensino à distância permitindo que alunos cursem determinadas disciplinas dentre um conjunto de forma apenas online No primeiro nível a Educação Básica o ensino ocorre de acordo com a proposta de Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 p 51 que consideram que não existe uma forma única de aprender e na qual a aprendizagem é um processo contínuo que ocorre em diferentes formas em diferentes espaços Essa mescla de espaços reflete a noção do que é híbrido oportunizando que o ensino aconteça em mais de um espaço por meio de mais de uma escolha metodológica impactando nas ações tanto do professor como dos estudantes dentro do contexto de aprendizagem Como vemos apesar de estar sendo alvo de maiores debates no Brasil recentemente o ensino híbrido não é um modelo novo Nesse sentido Moran 2015 considera que a educação sempre foi misturada híbrida sempre combinou vários espaços tempos atividades metodologias públicos Esse processo agora com a mobilidade e a conectividade é muito mais percetível amplo e profundo é um ecossistema mais aberto e criativo De fato a educação brasileira sempre foi permeada por uma intensa hibridez professores com formações diversas que os direcionam a metodologias diversas alunos vindo de realidades diferentes com aprendizagens heterogêneas Pensando em tudo isso e especialmente nos alunos com aprendizagens heterogêneas Moran 2019 p 7 alerta para a possibilidade de que a escola foque no uso de metodologias mais ativas que combinem o melhor do percurso individual e grupal visto que as metodologias ativas procuram criar situações de aprendizagem nas quais os aprendizes possam fazer coisas pensar e conceituar o que fazem construir conhecimentos sobre os conteúdos envolvidos nas atividades que realizam bem como desenvolver a capacidade crítica refletir sobre as práticas que realizam fornecer e receber feedback aprender a interagir com colegas professores pais e explorar atitudes e valores pessoais na escola e no mundo A fala de Moran sobre as metodologias ativas abordam uma série de ações que para serem desenvolvidas pelo aluno ele precisa estar no centro do processo Contudo ao mesmo tempo em que o aluno é colocado no centro da aprendizagem chamamos à atenção para as diferentes formas de aprender e para os ritmos distintos com que a aprendizagem acontece Essa reflexão acende um farol para se pensar na personalização do ensino Afinal se sabemos que os alunos não aprendem da mesma forma por que insistir num ensino com metodologias iguais para todos eles Bacich Tanzi Neto e Trevisani idem p 73 são assertivos quando dizem que um ensino personalizado exige muito mais do estudante que tem que ter autonomia e responsabilidade a ponto de ir atrás de suas necessidades curiosidades e interesses Entra em pauta aqui algo sumariamente importante o papel do professor acaba se tornando bem mais complexo uma vez que a personalização implica na tarefa de reconhecimento por parte do docente das formas como cada estudante tem mais facilidade de aprender e inclua em seus planejamentos um leque metodológico que seja capaz de abarcar as várias situações e ainda de lançar um olhar cuidadoso para o desenvolvimento de cada aluno Para que que seja possível uma análise sobre os resultados de um trabalho que leve em conta a personalização do ensino Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 recomendam que a escola integre o ensino presencial com o ensino por meios digitais visto haver hoje plataformas e aplicativos que geram dados a partir de atividades nele desenvolvidas que orientam os professores sobre como cada aluno aprende e em que estágio se encontram E é nessa interação de atividades físicas com atividades online que reside a essência do ensino híbrido Por sua natureza esse modelo de ensino requer do professor a realização de aulas que permitam ao aluno uma postura ativa Os autores definem o papel do professor como um design de caminhos afirmando que o professor se torna cada vez mais um gestor e orientador de caminhos coletivos e individuais previsíveis e imprevisíveis em uma construção mais aberta criativa e empreendedora Alves et al 2019 p 121 acrescentam que não se pode conceber um processo de aprendizagem em que os alunos não sejam protagonistas e que os professores não tenham função relevante na mediação entre alunosconhecimentos e alunosalunos Assim o professor consciente da importância do seu papel como mediador para a inclusão da cultura digital no contexto sociocultural de seus alunos precisa interagir constantemente com as tecnologias digitais e suas interfaces comunicacionais dentro e fora da sala de aula O ensino híbrido portanto traz para a prática o que a Base Nacional Comum Curricular BRASIL 2017 estabeleceu com uma das dez competências gerais a serem trabalhadas pelas escolas a cultura digital O documento define essa competência como a capacidade de compreender utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica significativa reflexiva e ética nas diversas práticas sociais incluindo as escolares para se comunicar acessar e disseminar informações produzir conhecimentos resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva Essa definição vem respaldar a adoção do ensino híbrido integrando as metodologias ativas como favoráveis à execução desse modelo de ensino No entanto somos sabedores de que nosso país ainda carece de muito investimento direcionado às escolas públicas a fim de munilas de condições para ofertar acesso tecnológico suficiente a alunos e professores Durante a pandemia da Covid19 essa realidade ficou mais do que clara Mesmo assim não foi impedimento para que o ensino acontecesse e que os professores e alunos adquirissem muita aprendizagem relacionada à cultura digital Além disso acreditamos que as dificuldades escancaradas nesse período serviram para colocar o assunto na pauta das políticas públicas educacionais Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 p 41 cientes de que as escolas precisam do acesso tecnológico para a execução de propostas mais centradas no aluno sugerem Em escolas com menos recursos podemos desenvolver projetos significativos e relevantes para os estudantes ligados à comunidade utilizando tecnologias simples como o celular por exemplo e buscando apoio de espaços mais conectados na cidade Embora ter boa infraestrutura e recursos gere muitas possibilidades de integrar atividades presenciais e online muitos professores conseguem realizálas com recursos tecnológicos mínimos Os autores consideram também que um dos modelos mais interessantes para se fazer avanços é concentrar no ambiente virtual aquilo que é informação básica e deixar para a sala de aula física as atividades mais criativas e supervisionadas e que a metodologia ideal para essa abordagem é a sala de aula invertida O descortinamento da sala de aula invertida A sala de aula invertida é uma proposta metodológica que teve início em 2007 quando os professores Jonathan Bergmann e Aaron Sams do departamento de Química de uma escola americana pensaram numa forma de repor conteúdos aos alunos faltosos Tiveram então a ideia de começar a gravar as aulas para esses alunos assistirem o que acabou atraindo como espectadores até mesmo os alunos que se faziam presentes às aulas como forma de revisar o conteúdo para exames Os professores relatam que com esse método os alunos estavam aprendendo mais e os dados compilados pareciam indicar que o método da sala de aula invertida era um modelo superior à abordagem tradicional BERGMANN E SAMS 2020 p 5 Os autores reconhecem que não foram os primeiros a usarem vídeos como recurso de aprendizagem mas que foram pioneiros da prática de utilizálos como ferramenta de inversão da sala de aula que logo depois ganhou outras formas além da utilização de vídeos Eles apontam também que a metodologia estabelece um referencial que oferece aos estudantes uma educação personalizada uma vez que permite ao professor acompanhar a prática dos alunos em sala de aula Além disso por fazer uso de ferramentas digitais possibilita a utilização de plataformas que gerem relatórios com o desempenho individual dos alunos A partir de 2010 o termo flipped classroom que se traduz como sala de aula invertida ganhou espaço no âmbito educacional e impulsionou pesquisas e publicações de alcance internacional culminando com a adoção dessa abordagem por escolas de Ensino Básico e Superior em outros países Schmitz 2016 contribui com nosso descortinar desse modelo a partir da assertiva de que dentro do ensino híbrido a sala de aula invertida emerge dos modelos tradicionais para favorecer o engajamento dos estudantes tornandose o modelo mais simples para dar início à implantação do ensino híbrido dependendo apenas de um bom planejamento dos professores Na sequência apresentamos os resultados mais específicos sobre esta metodologia a partir da apresentação de figuras que sintetizam alguns dos estudos sobre a sala de aula invertida tornando mais clara a compreensão de como essa aboragem pode ser desenvolvida RESULTADOS E DISCUSSÃO Desde a sua implantação essa proposta vem sendo estudada por outros pesquisadores e recebendo adaptações para se encaixar como modelo pedagógico que integra o ensino híbrido Conforme Silveira Junior 2019 a sala de aula invertida é uma perspectiva metodológica na qual oa estudante aprende por meio da articulação entre espaços e tempos online síncronos e assíncronos e presenciais Essa definição traz a possibilidade de diversificação de tempos formas e espaços para que aconteça o que alguns pesquisadores chamam de aprendizagem invertida Bergmann e Sams apud Moran 2015 p 29 estabelecem que a aprendizagem invertida é um modelo híbrido ativo que faz todo o sentido num mundo conectado móvel e digital transfere para o digital uma parte do que era explicado em aula pelo professor Os estudantes acessam materiais fazem pesquisas no seu próprio ritmo e como preparação para a realização de atividades de aprofundamento debate e aplicação No modelo convencional o primeiro contato do aluno com o conteúdo seria por meio da explicação do professor e só posteriormente este indicaria leituras pesquisas ou vídeos para aprofundamento No modelo invertido quando chegam à sala de aula os alunos já terão passado por esse primeiro contato e o momento será de tirar dúvidas por meio de atividades práticas Schneiders idem p 8 elaborou um quadro comparativo para ilustrar as características que diferem o modelo de aprendizagem invertida do modelo tradicional Figura 1 Comparativo entre os modelos tradicional e sala de aula invertida Fonte Schneiders 2018 p 8 Analisando a ilustração observamos que as atividades direcionadas para casa são individuais e abrangem um leque de possibilidades que consideram a personalização do ensino Para a sala de aula as atividades sugeridas indicam a realização coletiva que requerem a mediação docente Na perspectiva da aprendizagem invertida o planejamento e a elaboração dos materiais são feitos com antecedência suficiente para que o professor selecione e direcione aqueles que considera adequados aos alunos considerando suas possibilidades de aprendizagem e de acesso a plataformas digitais Quanto ao papel do professor Schneiders 2018 p 7 afirma que nessa abordagem tanto o professor quanto o estudante devem mudar de postura O estudante deixa de ser um espectador e passa a atuar ativamente tornandose o protagonista do seu aprendizado Já o professor sai do palco deixa de atuar como palestrante e se posiciona próximo ao aluno auxiliando o no processo de aprendizagem assumindo uma postura de orientador e tutor Na postura de orientador é imprescindível que o professor conheça as dificuldades de cada aluno e os ajude a avançar assim como identifique aqueles que já são capazes de receber atividades que envolvem soluções mais complexas fazendo uso inclusive de outras metodologias de aprendizagem significativa Bacich Tanzi Neto e Trevisani 2015 recomendam inclusive a combinação de metodologias de aprendizagem envolvendo a resolução de desafios aprendizagem baseada em problemas e jogos para que os alunos façam conforme seu próprio ritmo Nesse sentido expomos a seguinte figura como representação dessa combinação Figura 2 Combinação de metodologias de aprendizagem Fonte Schmitz 2016 p 7 Além da combinação de metodologias ativas de aprendizagem na realização da sala de aula invertida a ilustração nos dá exemplos de diversas atividades que podem ser disponibilizadas para os alunos acrescentando àquelas que foram mostradas na figura 1 na parte correspondente a esta metodologia Bergmann e Sams 2020 corroboram com essa ideia quando consideram que não existe um modelo único de inversão e que assim sendo o professor pode guiar atividades práticas diferentes ou possibilitar que alunos trabalhem em tarefas diferentes simultaneamente que trabalhem em grupos ou individualmente ou ainda que sejam avaliados quando se sentirem preparados A terceira figura selecionada apresenta uma ilustração elaborada a partir de estudos de Schmitz 2016 que sintetiza a realização da Sala de Aula Invertida Figura 3 Esquematização da Sala de Aula Invertida Fonte Schmitz 2016 p 7 A figura 3 representa as etapas da sala de aula invertida indicando a disponibilização dos materiais para o aluno antes da aula a realização de atividades práticas durante a aula e a possibilidade de após a aula o professor avaliar os resultados e tomar decisões pedagógicas Além disso o esquema de Schmitz 2016 aponta que essa metodologia contempla o trabalho com habilidades cognitivas e socioemocionais uma vez que desenvolve a autonomia a motivação a interação e outras habilidades importantes para os alunos CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao longo da construção desta pesquisa confirmamos que o uso de metodologias ativas é de sumária importância para o ensino híbrido uma vez que permite o desenvolvimento de estratégias a partir do uso das tecnologias que tem tomado cada vez mais espaço na sociedade e em grandes proporções no ambiente escolar Entre essas metodologias elegemos a sala de aula invertida e a partir deste estudo acreditamos que esta seja válida para o contexto de ensino híbrido uma vez que é desenvolvida por meio de etapas que contemplam habilidades cognitivas e socioemocionais entre as quais destacamos a autonomia e a motivação para os estudos além de contribuir para o aproveitamento do tempo pedagógico para a personalização do ensino e por conseguinte para a aprendizagem significativa Por fim esperamos que este trabalho venha ampliar o conhecimento sobre esta temática e ainda que possa receber novos olhares e embasar diálogos na comunidade científica REFERÊNCIAS ALVES Lynn et al Tecnologias digitais nos espaços escolares um diálogo emergente In FERRAZ Obdália Educação multiletramentos e tecnologias tecendo redes de conhecimento sobre letramentos cultura digital ensino e aprendizagem na cibercultura Salvador EDUFBA 2019 BACICH Lilian TANZI NETO Adolfo TREVISANI Fernando de M Ensino Híbrido personalização e tecnologia na educação Sao Paulo Penso Editora Ltda 2015 BERGMANN Jonathan SAMS Aaron Sala de aula invertida uma metodologia ativa de aprendizagem 1 ed Rio de Janeiro LTC 2020 BRASIL Ministério da Educação Base Nacional Comum Curricular Brasília MECSEB 2017 MENEZES Afonso Henrique N et al Metodologia científica teoria e aplicação na educação a distância PetrolinaPE Universidade Federal do Vale do São Francisco 2019 MORAN Edgar Educação híbrida um conceitochave para a educação hoje In BACICH Lilian TANZI NETO Adolfo TREVISANI Fernando de M Ensino Híbrido personalização e tecnologia na educação Sao Paulo Penso Editora Ltda 2015 MORAN Edgar Metodologias ativas de bolso como os alunos podem aprender de forma ativa simplificada e profunda Sao Paulo Editora do Brasil 2019 SCHMITZ Elieser Xisto S Sala de Aula Invertida uma abordagem para combinar metodologias ativas e engajar alunos no processo de ensinoaprendizagem Recurso Didático Disponível em httpsnteufsmbrimagesPDFCapacitacao 2016RECURSO EDUCACIONALEboo kFCpdf Acesso em 07 ago 2021 SCHNEIDERS Luiz Antonio O método da sala de aula invertida flipped classroom 1ª ed LajeadoRS Editora da Univates 2018 Quero que estude os materiais enviados e o vídeo Que pegue o plano de ensino e melhore ele adapte ele para incentivar o aluno que tem dificuldades e incentive o aluno que também é nota 10 a sempre evoluir Para isso é preciso que vc utilize recursos por exemplo do ensino híbrido pois ele permite a personalização do ensino Vc precisa ver que recurso vc vai utilizarpode usar um pedletou vai usar a sala de aula invertida Rotação por estação De que forma vc vai utilizar Quero que explique como vai funcionar essa adaptação no seu plano de aula PLANO DE AULA ADAPTADO BRINCANDO COM RIMAS Identificação Ano 2º ano do Ensino Fundamental Duração 50 minutos Área do conhecimento Língua Portuguesa Habilidades da BNCC EF02LP06 Reconhecer semelhanças e diferenças sonoras entre palavras EF02LP08 Produzir textos escritos com auxílio de diferentes recursos Objetivos Desenvolver a consciência fonológica especialmente a percepção de rimas Ampliar o vocabulário e estimular a criatividade na escrita utilizando recursos digitais Incentivar a leitura e a oralidade de forma lúdica com diferentes estações de aprendizado Desenvolvimento 1ª Etapa Ativação do Conhecimento Prévio 10 min Atividade Leitura em dupla de um poema curto ou cantiga popular ex O sapo não lava o pé Objetivo Identificar palavras que rimam de forma colaborativa Os grupos podem utilizar um recurso como Padlet um quadro colaborativo digital para anotarem as rimas encontradas durante a leitura 2ª Etapa Rodas de Estações 20 min Atividade Divida a turma em grupos e crie diferentes estações de aprendizagem em sala de aula cada uma com atividades específicas Estação 1 Présilábicos Cartões com imagens de palavras para associar rimas ex sapo sapinho Estação 2 Silábicos Utilização de softwares educativos ex jogos de rimas online que ajudam na montagem de palavras usando sílabas Estação 3 Silábicoalfabéticos e alfabéticos Criação de versos simples utilizando um editor de texto online ex Google Docs onde os alunos podem colaborar e editar suas produções em tempo real Estação 4 Desafios de rimas Um desafio em um aplicativo de quiz ex Kahoot onde os alunos têm que identificar palavras que rimam em um ambiente de jogo Objetivo Reforçar a relação entre fonemas e grafemas oferecendo diferentes níveis de dificuldade e suporte 3ª Etapa Produção Criativa 15 min Atividade Cada aluno com base em suas experiências nas estações escreve um pequeno verso rimado Os alunos que se destacam podem ser desafiados a criar um poema mais longo ou a ilustrar suas produções enquanto os que têm dificuldades recebem apoio adicional para estruturar suas ideias Compartilhamento Os alunos compartilham suas produções em uma roda de leitura podendo usar a plataforma Padlet para publicar seus versos para a turma Objetivo Estimular a criatividade e a autonomia na escrita 4ª Etapa Encerramento e Reflexão 5 min Atividade Promoção de uma roda de conversa sobre a importância das rimas na leitura e na escrita onde todos os alunos podem comentar sobre o que aprenderam reforçando a aprendizagem social Avaliação Participação ativa nas atividades de todos os alunos Identificação correta das rimas e engajamento nas produções criativas Produção escrita de acordo com o nível de desenvolvimento individual Recursos Didáticos Poemas e cantigas Cartões com palavras e imagens Ferramentas digitais Padlet Google Docs Kahoot Materiais para escrita e ilustração Referências BRASIL Base Nacional Comum Curricular BNCC Ministério da Educação Explicação da Adaptação A utilização de estações de aprendizagem permite que os alunos trabalhem em diferentes níveis de dificuldade e de maneira personalizada apoiando tanto aqueles que têm dificuldades quanto os que apresentam um bom desempenho A inclusão de plataformas digitais também promove a autonomia dos alunos e facilita o acompanhamento do progresso individual Além disso o uso de ferramentas digitais como o Padlet e o Google Docs não apenas promove a interatividade mas também a colaboração entre os alunos permitindo que eles aprendam uns com os outros compartilhando ideias e rimas