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Alicia Alves de Almeida Cássia de Souza PardoFanton COMUNICAÇÃO NÃOVIOLENTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL BAURU 2021 Alicia Alves de Almeida Cássia de Souza PardoFanton COMUNICAÇÃO NÃOVIOLENTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL Monografia apresentada ao Programa Voluntário de Iniciação Científica do Centro Universitário UNISAGRADO como parte integrante da Iniciação Científica sob orientação da Profa Ma Cássia de Souza PardoFanton BAURU 2021 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação CIP de acordo com ISBD Almeida Alicia Alves de A447c Comunicação nãoviolenta na educação infantil o desenvolvimento socioemocional Alicia Alves de Almeida 2021 36f Orientadora ProfaMa Cássia de Souza PardoFanton Monografia Iniciação Científica em Pedagogia Centro Universitário Sagrado Coração UNISAGRADO Bauru SP 1 Comunicação NãoViolenta 2 Educação Infantil 3 Base Nacional Comum Curricular 4 Habilidade Socioemocional I Pardo Fanton Cássia de Souza II Título Elaborado por Lidyane Silva Lima CRB89602 RESUMO A presente pesquisa cujo tema é o desenvolvimento das habilidades socioemocionais e o uso da comunicação não violenta no âmbito escolar tem como intenção propor a noção das habilidades socioemocionais e seu desenvolvimento por meio da perspectiva da comunicação nãoviolenta no processo educacional infantil com fundamentação na Base Nacional Comum Curricular Dessa forma tem como objetivo principal apresentar as contribuições do uso da Comunicação NãoViolenta nas abordagens de ensino da educação infantil A partir da pesquisa bibliográfica foi possível ampliar a análise sobre o tema reconhecendo a importância dos conhecimentos teóricoprático da Comunicação NãoViolenta na proposta de uma educação contextualizada O papel do educador bem como os desafios e as possibilidades foram apresentados e discutidos também Como resultados foram apresentadas sugestões pedagógicas de acordo com a BNCC utilizando como base a Comunicação NãoViolenta dentro do contexto da sala de aula visando auxiliar nos impasses enfrentados na profissão de educar pensando em uma formação transformadora e integral Concluímos que aplicar a abordagem Comunicativa Não Violenta baseandose em práticas sociointeracionistas é possível realizar atividades previstas pela BNCC e que auxiliem o professor a solucionar possíveis desafios em sala de aula no entanto pesquisas que apliquem as atividades no contexto escolar verificando assim a aplicabilidade desta proposta são fundamentais para sua validação Palavras chave Comunicação NãoViolenta Educação Infantil Base Nacional Comum Curricular Habilidade Socioemocional SUMÁRIO 10 Introdução 06 20 Revisão de Literatura 09 21 A Base Nacional Comum Curricular 09 22 As Habilidade Socioemocionais 13 23 A Comunicação Não Violenta 17 30 Materiais e métodos 21 40 Resultados e Discussão 22 50 Considerações Finais 33 Referências 34 6 1 INTRODUÇÃO A comunicação é um marco importante na trajetória das relações humanas Por ser um ato essencialmente social capacitou fortemente a sobrevivência do homem Segundo Pereira 2003 a vida em sociedade remete a uma troca entre as pessoas sendo apenas possível através do uso da comunicação Seguindo esse raciocínio a comunicação tem em sua constituição a ligação com as relações O advento da comunicação e seu aperfeiçoamento são de extrema importância para a compreensão enquanto homem que constrói seu tempo E para isso devemos ter em mente o quanto a linguagem cultura e a tecnologia são unidades que não se podem separar do seguimento comunicação Ademais nós seres humanos utilizamos de gestos e expressões faciais como forma de se comunicar e assim esses gestos foram se aperfeiçoando para gargalhadas e gritos que denominamos de comunicação expressiva Mas durante nossa evolução fomos nos apropriando da linguagem e da escrita porém na primeira não se tem uma explicação específica de como foi esse processo para Cherry 1968 p 23 O desenvolvimento da linguagem se reflete de volta no pensamento pois com a linguagem os pensamentos se podem organizar e novos pensamentos surgir A consciência de si próprio e o sentindo de responsabilidade social apareceram como resultado de pensamentos organizados Sistemas de ética e de leis foram edificados O homem se tornou uma criatura social consciente de si própria responsável CHERRY 1968 p23 Assim a comunicação possui vertentes as quais se referem ao seu processo De forma geral e mais simples partimos do Emissor Mensagem Receptor Segundo Pereira 2003 p14 Emissor qualquer ser capaz de produzir e transmitir uma mensagem Mensagem qualquer coisa que o emissor envie com a finalidade de passar informações Receptor qualquer ser capaz de receber e interpretar essa mensagem Toda comunicação tem esses três elementos PEREIRA 2003 p14 7 No que diz respeito ao social humano o fenômeno comunicação pode alterar relações as quais suas expressões podem estar referidas ao futuro ao passado e ao presente Contudo valese ressaltar que essa pesquisa se destina sistematicamente a comunicação humana oral Logo a Comunicação NãoViolenta a diante referida como CNV é uma condição da comunicação que foi instituída pelo psicólogo americano Marshall B Rosenberg em que sua aplicação iniciou nos anos 70 pelo governo americano em projetos federais em ambientes escolares e também em instituições públicas Fundamentase na comunicação que tem como base a compaixão empatia atenção e respeito tanto no convívio em sociedade como no lidar consigo mesmo reformulando acima de tudo nossa maneira de olhar ouvir e expressar De acordo o instituto CNV Brasil ROSENBERG 2006 que se destina a pesquisar publicar e formar profissionais que explorem a Comunicação NãoViolenta Ter empatia com outra pessoa abre a porta para o entendimento e conexão profunda ROSENBERG 2006 p4 Percebemos então que a prática da Comunicação NãoViolenta alcança diversos processos de comunicação e interação Logo o ambiente escolar está a todo momento envolvido ao ato da comunicação e suas interações O relacionamento entre professor e aluno deve ser conduzido com afetividade uma vez que criança possui um conjunto de emoções mais apurado Dessa forma visando o autodesenvolvimento da criança e a sua aprendizagem a afetividade é importantíssima para que haja o sentimento de confiança e segurança Assim a utilização da comunicação nãoviolenta na educação infantil ajuda na construção da identidade e no desenvolvimento integral da criança decorrendo em futuros adultos com empatia e que saibam dominar suas emoções Contudo toda implementação no contexto escolar deve seguir as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular que se configura como um documento de caráter legal que tem a finalidade de normatizar dentro do contexto de educação escolar todas as aprendizagens consideradas essenciais as quais os educandos precisam desenvolver durante as etapas e modalidades da Educação Básica de modo que seja assegurado os direitos de aprendizagens e desenvolvimento de acordo com o que Plano Nacional de Educação PNE estabelece Por este motivo nossa pesquisa foi 8 fundamentada nas diretrizes da BNCC de acordo com a faixa que objetivamos alcançar Assim a proposta de ofertar uma educação integral se baseia no ato de promover ao estudante o desenvolvimento em todas as suas dimensões corroborando com a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos pelos seres humanos e no desenvolvimento das habilidades motoras linguísticas cognitivas e socioemocionais das crianças Articular essas dimensões juntamente das habilidades assegura as crianças o autoconhecimento e a leitura crítica do mundo e de suas questões sociais e políticas além de proporciona ao sujeito uma atuação com discernimento e responsabilidade nos diversos contextos sociais e culturais a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global o que implica compreender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual cognitiva ou a dimensão afetiva BNCC 2018 pág 14 Nesse sentindo pelo viés do ensino escolar as Habilidades Socioemocionais ocupam um lugar relevante na formação integral das crianças e dos adolescentes sendo uma das possibilidades o trabalho pautado no processo de entendimento e aquisição de competências que favorecem o reconhecimento e dominou das emoções por meio da educação Estas ultrapassam a dimensão cognitiva demandando de maneira intensiva o psicológico do ser humano ABED 2016 Entretanto são competências fundamentais na formação de um cidadão prudente capaz de decidir e refletir a cerca de uma iniciativa bem como confrontar situações atípicas ou novas desempenhando um papel atuante na sociedade em que vive Como diz Pereira 2019 p9 As competências socioemocionais incluem um conjunto de habilidades que cada pessoa tem para lidar com as próprias emoções se relacionar com os outros e gerenciar objetivos de vida como autoconhecimento colaboração e resolução de problemas PEREIRA 2019 p9 Com base no exposto essa pesquisa se faz relevante no contexto educacional pelo fundamento de aliar a Pedagogia com uma estratégia de comunicação que visa elevar o potencial emocional dos indivíduos e não repreender julgar e diminuir Ainda para a sociedade acadêmica gera mais compreensão aos estudantes de que maneira aplicar tal comunicação em seu diaadia profissional dessa forma a comunidade em 9 geral também pode se beneficiar ao conhecer estratégias de comunicação que promovam melhor compreensão nas relações Neste contexto a pesquisa teve como objetivo principal apresentar as contribuições do uso da Comunicação NãoViolenta aliada às estratégias sociointeracionistas nas abordagens de ensino da educação básica através do planejamento e proposta de atividades para a educação básica que visam promover a comunicação e seus os potenciais benefícios quanto a articulação dos conceitos da BNCC na prática educacional No próximo capitulo serão descritas as teorias que fundamentaram esta pesquisa e construíram os resultados 2 REVISÃO DE LITERATURA Para a fundamentação teórica desta pesquisa foi necessário um eixo de três temáticas principais fundamentar as diretrizes da BNCC uma vez que qualquer projeto ou atividade realizada no ensino regular infantil deve seguir as diretrizes e campos estabelecidos e atualizados pelo Ministério da Educação estabelecer as teorias que discutem habilidades Socioemocionais previstas na base e também parte fundamental na formação integral do indivíduos foco desta pesquisa e por fim conceituar e apresentar a teoria da Comunicação NãoViolenta que pode ser empregada em diferentes e variados contextos e aqui será aplicado ao contexto educacional infantil 21 A Base Nacional Comum Curricular A Base Nacional Comum Curricular mais conhecida pela sua abreviação BNCC é um documento de caráter legal que tem a finalidade de normatizar dentro do contexto educacional escolar todas as aprendizagens consideradas essenciais que os educandos precisam desenvolver durante as etapas e modalidades da Educação Básica de modo que seja assegurado os direitos de aprendizagem e desenvolvimento de acordo com o que Plano Nacional de Educação PNE estabelece Homologada em 2017 pelo Ministério da Educação MEC a BNCC é resultado de quatro anos de discussões envolvendo a participação de diferentes entidades ligadas a educação como também professores e especialistas de todo o Brasil A fim 10 de que fosse expresso nesse documento as exigências dadas pela Constituição Federal de 1988 pela Lei Diretrizes e Bases da Educação LDB 93941996 Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil DCNEI e pelos Documentos da ONU e Unesco cumprindo juntamente com as demais leis referentes ao campo educacional vigentes no país Além do mais na base se tem contidos conceitos estruturais dado que sua proposta dispõe a referência nacional para elaboração e reformulação dos currículos e projetos políticos pedagógicos das instituições escolares Além de influenciar na formação inicial e continuada dos educadores a produção de materiais didáticos as matrizes de avaliações e os exames nacionais que serão revistos à luz do texto homologado da Base BRASIL 2017 p5 No que diz respeito à Educação Infantil se adota as modificações introduzidas na LDB de modo que assegura a esta fase o reconhecimento enquanto unidade da educação básica Assim passase a dividir por faixa de idade integrando crianças de 0 a 5 anos e 11 meses com a promulgação da LDB em 1996 a Educação Infantil passa a ser parte integrante da Educação Básica situandose no mesmo patamar que o Ensino Fundamental e o Ensino Médio E a partir da modificação introduzida na LDB em 2006 que antecipou o acesso ao Ensino Fundamental para os 6 anos de idade a Educação Infantil passa a atender a faixa etária de zero a 5 anos BRASIL 2017 p 35 Ainda a normativa com base na Resolução CNECEB n 52009 da DCNEI valoriza a concepção das crianças como sujeitos ativos que constroem sua identidade e subjetividade através da interação e vivência com pessoas e culturas do momento histórico presente Essencialmente ao artigo 4⁰ no qual define a criança como sujeito histórico e de direitos que nas interações relações e práticas cotidianas que vivencia constrói sua identidade pessoal e coletiva brinca imagina fantasia deseja aprende observa experimenta narra questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade produzindo cultura BRASIL 2009 p1 Utilizando dessa concepção Santos 2019 nos traz a memória que é na fase da infância que vivenciamos experiências que determinam nosso modo de ser e de se colocar no mundo A maioria de nossas crenças dos nossos votos e das histórias que contamos a nós mesmos veio da infância Foi lá que aprendemos a nos relacionar com nós mesmos e com o mundo SANTOS 2019 p23 11 Dessa forma a Base em concordância com as Diretrizes Curriculares da Educação Infantil DCNEI estabelece as interações e brincadeiras como eixos estruturantes das práticas pedagógicas desta etapa Assim a organização curricular da BNCC expõe direitos de aprendizagem para a Educação Infantil sendo eles Conviver Explorar Participar Brincar Expressar e Conhecerse Bem como cinco campos de experiências que acabam por definir os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para essa etapa escolar Uma vez que compõem um conjunto de orientações buscando nortear e apoiar o planejamento pedagógico dessa fase com a intenção de relacionar as práticas docentes aos interesses e necessidades dos educandos BRASIL 2017 Deste modo de forma clara e sucinta os cincos campos de experiência da educação infantil estabelecidos pela BNCC são O eu outro e o nós Por meio da interação social se é resultado experiências que constroem percepções e questionamentos sobre si e sobre os outros Que favorecem no reconhecimento das diferenças na autonomia na empatia e na reciprocidade Ou seja criar oportunidades para que as crianças tenham contato com outros grupos sociais e culturais BRASIL 2017 p 38 Corpo gestos e movimentos Com o corpo as crianças exploram o mundo espaço objetos ao seu redor estabelecem relações expressam e produzem conhecimento E através das diferentes linguagens conhecem e reconhecem as sensações e funções do corpo os gestos os movimentos potencialidades e seus limites Dessa forma promover situações de contato com o lúdico e com o uso do corpo sentarse pularcorda saltar etc BRASIL 2017 p3839 Traços sons cores e formas O contato com as manifestações artísticas culturais e científicas possibilita as crianças vivenciarem divergentes formas de expressão e linguagens como artes visuais música teatro dança e o audiovisual Visando o desenvolvimento do senso estético e crítico das crianças o conhecimento de si mesmas dos outros e da realidade que as cercas Dessa forma possibilitar experiências com danças mímicas canções desenhos etc BRASIL2017 p39 Escuta fala pensamento e imaginação Por meio da interação as crianças vão ampliando e enriquecendo seu vocabulário e demais recursos de 12 expressão e de compreensão Assim oportunizar o contato com a literatura infantil contos cordéis etc BRASIL 2017 p40 Espaços tempos quantidades relações e transformações As crianças a todo o momento estão em contato com diversos espaços e tempos possuindo interação com o mundo físico e sociocultural Além de experiência com conhecimentos matemáticos Dessa forma é preciso promover experiências que utilizem da observação manipulação de objetos explorar levantar hipóteses e consultar fontes de informações BRASIL 2017 p 4041 Perante o exposto é possível observar que as cinco competências da BNCC e seus fundamentos pedagógicos se pautam no comprometimento com a educação integral para todas as crianças do território brasileiro por intermédio da compreensão sobre as singularidades e diversidades entre os sujeitos A Educação Básica deve promover formação e desenvolvimento do humano global favorecendo a dimensão intelectual e afetiva em igualdade BNCC 2018 Assim a proposta de ofertar uma educação integral se baseia no ato de promover uma educação voltada para o desenvolvimento global do estudante em todas as suas dimensões Pactuando assim na aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos pelos seres humanos e no desenvolvimento das habilidades motoras linguísticas cognitivas e socioemocionais das crianças Articular essas dimensões juntamente dos campos de experiências assegura as crianças o autoconhecimento e a leitura crítica do mundo e de suas questões sociais e políticas além de proporciona ao sujeito uma atuação com discernimento e responsabilidade nos diversos contextos sociais e culturais Em sequência serão descritas as teorias que fundamentam as Habilidades Socioemocionais e como devem ser aplicadas ao contexto infantil 22 Habilidades Socioemocionais Interpretadas como um construto multidimensional as habilidades socioemocionais englobam um conjunto de características individuais no campo das relações sociais e das emoções em sua interação No qual ultrapassam a dimensão cognitiva demandando de maneira intensiva o psicológico do ser humano ABED 2016 São competências fundamentais na formação de um cidadão prudente capaz 13 de decidir e refletir a cerca de uma iniciativa bem como confrontar situações atípicas ou novas desempenhando um papel atuante na sociedade em que vive Como diz Pereira 2019 p9 As competências socioemocionais incluem um conjunto de habilidades que cada pessoa tem para lidar com as próprias emoções se relacionar com os outros e gerenciar objetivos de vida como autoconhecimento colaboração e resolução de problemas PEREIRA 2019 p9 Nesse sentindo pelo viés do ensino escolar as Habilidades Socioemocionais renomeadas hoje como HSE Ocupam um lugar relevante na formação integral das crianças e dos adolescentes sendo uma das possibilidades o trabalho pautado no processo de entendimento e aquisição de competências que favorecem o reconhecimento e domínio das emoções por meio da educação Ainda conceituando a relação entre as emoções e aprendizagem Braz 2012 afirma que o sentimento de afetividade é uma condição crucial em relação ao desenvolvimento da autoestima em companhia da aprendizagem pois o contexto de sala de aula precisa incorporarse do sentimento de respeito e valorização entre todos de maneira conjunta com a compreensão e atividades dinâmicas Corroborando com os apontamentos anteriores outros teóricos como os interacionistas se dedicaram aos estudos e ao desenvolvimento de teorias em torno dos processos de aprendizagem e desenvolvimento humano cito apenas alguns como Piaget Wallon e Vygotsky os quais colaboram em estudos de referências e abordam nos seus conceitos suporte acerca da psicopedagogia oferecendo juntamente bases para refletir sobre os diversos fatores envolvidos na integração entre as habilidades cognitivas e socioemocionais no momento de aprendizagem Para Wallon 1977 a emoção é a ligação entre o orgânico e o social e essa ligação não possui rupturas mesmo que tenha intelectualização do indivíduo Dentro dessa perspectiva social a partir do emocional o autor concebe as emoções como mecanismo de sociabilidade forma primitiva de comunhão que intervém e institui o indivíduo no mundo humano e o une ao mundo físico Por outro lado considerando Zona de Desenvolvimento Proximal estabelecida por Vygotsky apud COLE 1998 podese dizer que a possibilidade sóciahistórica do 14 desenvolvimento humano busca a relevância de antes investigar as relações entre aprendizagem e desenvolvimento humano Ela é a distância entre o nível de desenvolvimento real que se costuma determinar através da solução independente de problemas e o nível de desenvolvimento potencial determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes VYGOTSKY apud COLE 1998 p 112 Com esse pensamento Vygotsky apud COLE 1998 mostra que esse procedimento vem da interação do diálogo entre indivíduo e o meio social ou seja o homem age sobre o meio e o modifica e viceversa Nessa direção também Piaget conforme citado por Andrade 2016 p 3 nos ajuda a pensar o quanto o desenvolvimento cognitivo está vinculado com as relações sociais pois o desenvolvimento da sociabilidade se relaciona com o desenvolvimento da inteligência o que constrói uma estrutura bem determinada das relações da criança com os outros em cada estágio de sua evolução De igual valor e acrescentando ao estudo Rocha 2005 afirma que todo desenvolvimento humano depende da ludicidade e suas mediações no comportamento do indivíduo o que implica interação social e participação no mundo do outro dando significado as formas de agir e pensar de cada um A relações são mediadas por objetos instrumentos e palavra que devem ser utilizadas não apenas para comunicar mas também para regular o comportamento de ambos os lados E estas relações ao longo da vida que estabelecem interação da criança com a sua cultura com as pessoas e até mesmo interpessoal Considerando esses pressupostos sobre o campo emocional e social no desenvolvimento infantil é que surgiu a necessidade de se desenvolver a Aprendizagem Socioemocional SEL em inglês social and emotional learning como uma filosofia de ensino para o âmbito escolar afim de colaborar no gerenciamento das emoções no convívio social visando assim a formação integral das crianças Sobretudo em síntese a aprendizagem socioemocional teve sua autoria em 1994 nos Estados Unidos com a criação do CASEL Collaborative for Academic Social and Emotional Learning uma organização internacional sem fins lucrativos que se dedica à pesquisa e ao estudo do desenvolvimento das habilidades socioemocionais no âmbito escolar Desde então o objetivo desse conceito educacional é integrar elementos emocionais e sociais no âmbito escolar 15 A partir daí surgiram outras pesquisas e estudos internacionais e nacionais que se debruçaram sobre o tema a fim de ressaltar a importância de trabalhar as competências socioemocionais na infância e no âmbito escolar Outros diferentemente pesquisaram e defenderam a efetivação das mesmas em termos de políticas públicas Diante disso organizações como a Organização das Nações Unidas ONU Unesco agência da ONU para Educação Ciências e Cultura e o Instituto Ayrton Senna IAS pautaramse no desenvolvimento socioemocional no Nacional educativo Alicerçado a isso a BNCC na Educação Infantil estabelece uma sequência de competências gerais que devem ser trabalhadas durante a trajetória escolar Logo se dá como parte da BNCC a inserção da educação socioemocional constatando como passo importante no processo de ensinoaprendizagem e na formação do estudante enquanto indivíduo que compreende e sabe lidar com suas emoções Nesse sentido com intento de trazer contribuições para o desenvolvimento da aprendizagem socioemocional no convívio escolar Casel 2017 propõe domínios a serem trabalhados baseado em cinco competências que podem ser sintetizados como se segue Autoconhecimento capacidade de reconhecer as próprias emoções pensamentos valores pessoais bem como suas limitações e seus potenciai Autocontrole capacidade de gerenciar as próprias emoções pensamento e comportamentos incluindo controle dos seus impulsos e a definição de objetivos Consciência Social habilidade de assumir a perspectiva do outro exercendo o sentimento de empatia respeitando a diversidade Habilidades de relacionamento capacidade de estabelecer e manter relações sociais saudáveis envolvendo comportamentos de cooperação juntamente de uma comunicação clara e da escuta com empatia buscando solucionar conflitos de forma construtiva e com respeito Tomada de Decisões Responsáveis habilidade de tomar decisões construtivas sobre comportamentos pessoais e interações sociais de acordo com as normas de conduta e padrões éticos de uma sociedade 16 A HSE tal como a SEL visa proporcionar ao estudante o desenvolvimento integral uma vez que compreende a educação como um fenômeno em uma determinada realidade seja ela física psicológica e social Assim como a Comunicação NãoViolenta visa solucionar por meio de uma relação empática afetiva e acolhedora os empasses que o cotidiano educacional pode enfrentar a seguir serão detalhadas as características desta abordagem 23 Comunicação NãoViolenta e a teoria de Marshall A Comunicação NãoViolenta é uma abordagem de comunicação que foi instituída pelo psicólogo americano Marshall B Rosenberg no qual a iniciativa de sua aplicação se teve nos anos 70 pelo governo americano em projetos federais nas escolas e em instituições públicas Dado que seu fundamento tem como base a compaixão empatia atenção e respeito tanto no convívio em sociedade como no lidar consigo mesmo reformulando acima de tudo nossa maneira de olhar ouvir e expressar Conforme o instituto CNV Brasil ROSENBERG 2006 que se destina a pesquisar publicar e formar profissionais que explorem a Comunicação NãoViolenta Ter empatia com outra pessoa abre a porta para o entendimento e conexão profundo O ato de interpretar acontecimentos antes das tomadas de decisões é fundamental para que ocorra a prática da comunicação nãoviolenta Pois sua intenção está associada ao préjulgamento à conduta e inclusive ao sentimento de desprazer causado muitas vezes por uma crítica que nem sempre são construtivas e carregadas de empatia em sua produção Assim a violência sútil é mais frequente que as agressões físicas e verbais tal ato surge na interação com o outro que não provém da intenção de estimular e sim de exercer pressão e julgar Para D Ansembourg trabalhar a consciência e a linguagem livra o indivíduo de agir de maneira agressiva e violenta no diaadia o que imprime um tipo de violência que se manifesta através das palavras e não física Para melhores interações comunicativas o processo de comunicação deve se transformar na Comunicação NãoViolenta Rosenberg 2006 estabelece quatro fases que se exploram elementos da interação verbal e não verbal são eles 17 a Observação que apesar de ao longo de nossas vidas nossas atitudes foram baseadas em julgamentos de valores crenças e preconceito devemos visualizar as situações sem levarmos em consideração nosso ponto de vista o Sentimento que se refere a ação de identificar de maneira honesta o sentimento que foi desencadeado a partir das circunstâncias ali existentes a Necessidade que é a fase que precisamos entender o motivo de termos nos sentindo daquela forma o Pedido momento a qual se formula a mensagem que deseja passar de forma passiva e compreensiva Percebemos então que a prática da Comunicação NãoViolenta alcança diversos processos de comunicação e interação Logo o ambiente escolar está a todo o momento envolvido ao ato da comunicação e suas interações O relacionamento entre professor e aluno deve ser conduzido com afetividade uma vez que criança possui um conjunto de emoções mais apurado A CNV permite desenvolver uma observação que identifica os comportamentos e condições que nos afeta assim ouvimos as nossas necessidades e as dos outros construindo um relacionamento sob um novo enfoque Em seu livro Comunicação Não Violenta técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais 2006 Rosenberg descreve como a abordagem comunicativa é eficaz tanto para a autodesenvolvimento como para a construção de relações com o outro E traz relatos de como esta técnica ajudou a melhorar a relação de diferentes profissionais De acordo com o autor uma professora reconheceu a abordagem efetiva em diferentes tipos de alunos inclusive aqueles com problemas de linguagem aprendizagem e comportamento O relato diz que um determinado aluno que cuspia falava palavrões gritava e espetava com o lápis alunos que se aproximavam de sua carteira conseguiu através do pedido expor o que o incomodava e solicitar que os colegas não se aproximassem de sua carteira os quais recebiam com compreensão e solucionava o problema Ainda quando o aluno demonstrava raiva a professora o controlava dizendo Preciso que você preste atenção em mim mais uma vez 18 deixando claro a solicitação que ela queria mesmo que repetisse esta frase 100 vezes ao dia eventualmente o aluno acabava compreendendo a mensagem e se concentrava na aula ROSENBERG 2006 p29 Embora a comunicação envolva linguagem em sua grande parte a CNV não é meramente algumas técnicas que utilizam palavras a consciência e a intenção podem ser expressas pelo silêncio pela expressão corporal e pela linguagem corporal ROSENBERG 2006 Como dito anteriormente a comunicação envolve o todo e seu corpo também fala através de suas necessidades Por isso é importante que nas trocas interpessoais haja momentos de empatia silenciosa narrativas humor gestos que contribuem para que seja estabelecida uma conexão mais natural Por outro lado algumas práticas na comunicação levam para o bloqueio da compaixão Segundo Rosenberg 2006 é necessário evitar certos costumes na comunicação que levam ao outro se fechar e se sentir julgado avaliado e diminuído É necessário que se separe observação de avaliação pois esta combinação tende a provocar um sentimento de crítica e resistência ao que lhe foi dito Ainda a CNV desestimula as generalizações pois estas podem levar a má interpretação Devemos observar de forma específica e clara em um tempo e contexto determinado A seguir o autor elabora um quadro que explica exatamente como distinguir as observações isentas de avaliação daquelas que têm avaliações associadas Comunicação Exemplo de observação com avaliação associada Exemplo de observação isenta de avaliação 1 Usar o verbo ser sem indicar que a pessoa que avalia aceita a responsabilidade pela avaliação Você é generoso demais Quando vejo você dar para os outros o dinheiro do almoço acho que está sendo generoso demais 2 Usar verbos de conotação avaliatória João vive deixando as coisas para depois João só estuda na véspera da prova 3 Implicar que as interferências de uma pessoa sobre os pensamentos sentimentos intenções ou desejos de outra O trabalho dela não será aceito Acho que o trabalho dela não será aceito Ou Ela disse que o trabalho dela não seria aceito 19 são as únicas possíveis 4 Confundir previsão com certeza Se você não fizer refeições balanceadas sua saúde ficará prejudicada Se você não fizer refeições balanceadas temo que sua saúde fique prejudicada 5 Não ser específico a respeito das pessoas a quem se refere Os estrangeiros não cuidam da própria casa Não vi aquela família estrangeira da outra rua limpar a calçada 6 Usar palavras que denotam habilidade sem indicar que se está fazendo uma avaliação Zequinha é péssimo jogador de futebol Em vinte partidas Zequinha não marcou nenhum gol 7 Usar advérbios e adjetivos de maneiras que não indicam que se está fazendo uma avaliação Carlos é feio A aparência de Carlos não me atrai Adaptada de Rosenberg 2006 Assim como através dos exemplos acima é possível que modulemos nossa fala afim de observar sem avaliar e causar um sentimento de julgamento e crítica no outro devemos identificar e expressa sentimentos de forma clara e objetiva Para Rosenberg 2006 expressar nossa vulnerabilidade pode ajudar a resolver conflitos assim como expressar nossos sentimentos dando nomes ao que sentimos e não generalizar o que estamos tentando expressar ao invés de dizer estou me sentindo irritado diga simplesmente estou irritado Quando distinguimos pensamentos de sentimentos e dizemos o que sentimos e o que pensamos em relação à nós mesmos a aos outros ajudamos a resolver conflitos e reconhecer os sentimentos que foram gerados desta relação Por fim assumir responsabilidade por nossos sentimentos e saber expressar o que pedimos são os dois últimos componentes da CNV que devem ser modulados Saber que o que os outros dizem podem ser o estímulo dos nossos sentimentos mas nunca a causa faz com que tenhamos consciência de que somos responsáveis pela maneira que sentimos mas não pela forma como os outros sentem e assim nunca poderemos atender as nossas próprias necessidades às custas do outro Ainda quando falamos quanto mais claros formos em relação ao que solicitamos ou desejamos obter como retorno mais provável que consigamos atingir nossos 20 objetivos com a comunicação Pedidos são tidos como exigências quando o ouvinte acredita que será castigado ou punido se não atender à solicitação Em nossa fala podemos ajudar ao outro a confiar de que estamos fazendo um pedido genuíno e não uma exigência e que o fazer é de livre e espontânea vontade da outra parte ROSENBERG 2006 Dessa forma visando o autodesenvolvimento da criança e a facilidade de aprendizagem a afetividade é importantíssima para que haja o sentimento de confiança e segurança Sendo assim a utilização da Comunicação NãoViolenta na educação básica ajuda na construção da identidade infantil e no desenvolvimento integral da criança decorrendo em futuros adultos com empatia e que saibam dominar suas emoções E para que esta abordagem ocorra de modo eficaz é preciso que no convívio escolar o professor utilize as 4 fases referidas acima A seguir serão detalhados os processos utilizados para desenvolver esta pesquisa 3 MATERIAIS E MÉTODOS Esta pesquisa utiliza pressupostos teóricos metodológicos da pesquisa bibliográfica interativa sob abordagem qualitativa buscando explorar as habilidades socioemocionais aliadas a Comunicação NãoViolenta teorizada por Marshall B Rosenberg 2006 em conjunto da análise do referencial teórico da Base Nacional Comum Curricular BRASIL 2017 para a elaboração das sugestões pedagógicas sobre a temática estudada De acordo com Fonseca 2002 apud Gerhard Silveira 2009 toda pesquisa tem caráter bibliográfico pois é neste processo que se fundamenta as questões a que se querem responder no entanto algumas pesquisas são delineadas principalmente pelo caráter bibliográfico e busca discutir aspectos relevantes à luz de teorias já publicadas Sendo assim a pesquisa foi desenvolvida por diferentes etapas assim como estabelece a metodologia referida observe o fluxograma abaixo 21 Na primeira realizamos levantamento bibliográfico sobre o panorama dos desafios da socialização em vivências do ensino infantil o conceito de comunicação nãoviolenta e a Habilidades Socioemocionais Como critérios de inclusão foram selecionados artigos que descreve as habilidades socioemocionais que as apliquem na prática pedagógica e que fossem datados de 2010 a 2020 a seleção foi realizada usando os descritores Comunicação NãoViolenta Educação e Habilidades Socioemocionais nas bases de busca Na segunda etapa discutimos sobre como bibliografia levantada poderia ser relacionada às vivências do pedagogo do ensino infantil e decidimos por elaborarmos as propostas de estratégias a serem utilizadas com as crianças a partir de problemáticas comuns na fase de alfabetização enfatizando a prática da Comunicação NãoViolenta Os encontros entre pesquisadora e orientadora foram realizados remotamente via Plataforma Teams referentes ao Programa Voluntário de Iniciação Científica PIVIC durante o período de agosto de 2020 a março de 2021 devido a Pandemia do Coronavírus Com as teorias alinhadas as propostas foram elaboradas a partir de problemáticas estabelecidas e à luz da teoria levantada com o foco de integrar as teorias à prática pedagógica Elaboração da pergunta de pesquisa Busca na Literatura Coleta de dados Análise Crítica dos Estudos incluídos Discussão dos Resultados 22 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A seguir serão descritos os resultados parciais desta pesquisa que envolvem a elaboração de possíveis atividades baseadas na Comunicação NãoViolenta buscando reforçar as habilidades socioemocionais na educação infantil Dessa forma como se trata de uma pesquisa com caráter bibliográfico o que trazemos aqui é um conjunto de reflexões à luz de teorias que se justificam como exemplo de nossas propostas Focalizando no ensino educacional infantil na tentativa de promover as habilidades socioemocionais e o desenvolvimento integral nos alunos bem como contribuir na solução dos fatores que legitimam a possibilidade dessas propostas Sabese que a Educação Infantil é considerada uma das etapas mais importantes da formação de crianças visto que além de reunir o ensino educacional com o cuidado é por meio dela que as crianças desencadeiam um convívio em sociedade distante do núcleo familiar Na concepção de Silva Batista e Bezerra 2016 A escola de educação Infantil exerce grande influência na formação da personalidade e na construção dos valores É através dela que a criança aprende a lidar com seus desejos a renunciar seus hábitos e exigências e a ser tolerante em suas frustrações modificando seus comportamentos que são os traços da sua personalidade e que vem a ser estabelecida no decorrer de sua trajetória préescolar SILVA BATISTA BEZERRA 2016 p10 Apesar disso para Simões 2020 na rotina escolar há inúmeras dificuldades de aprendizagem as quais estão presentes em diversas salas de aula No entanto se faz de extrema importância que o docente a princípio busque detectar e descobrir alternativas que favoreçam seus alunos impulsionando o apoio escolar familiar e se preciso de especialistas para essa ação Uma vez que Não podemos deixar que a dificuldade de aprendizagem deixe crianças sem alfabetização sem o conhecimento da cultura e da vida social por falta de instrução Dessa maneira concluímos que a aprendizagem envolve prazer dedicação do professor apoio pedagógico e contribuição familiar SIMÕES 2020 p 3045 23 Acerca das dificuldades de aprendizagem nos deparamos no processo de ensino com a falta de confiança ausência de interesse desmotivação por parte do aluno Por consequência de possíveis sentimentos estigmatizados que a criança possa ter por razão de experiências negativas no contexto familiar ou até mesmo por não conseguir acompanhar o ritmo escolar da turma ou pela desvalorização do professor por causa de sua dificuldade Diante dessas considerações Machado 1992 discorre a respeito desses sentimentos Qualquer que seja a causa da dificuldade de aprendizagem de forma geral a criança que falha em conseguir acompanhar o sistema instrucional rotineiro desenvolvido em sala de aula é passível de adquirir sentimento e cognições negativas sobre as atividades escolares Os sentimentos podem incluir medo frustração raiva atitudes negativas perante si mesma e a escola levando a comportamentos de passividade apatia agressão comportamentos às vezes muito distantes de outros exibidos pela mesma criança em outras situações de vida diária Esta criança vai também formando ao longo de suas experiências escolares concepções sobre o universo escolar MACHADO 1992 p 17 Desse modo é necessário dizer que além das dificuldades de aprendizagem podemos nos deparar dentro do contexto escolar transtornos e problemas de aprendizagem os quais possuem uma característica em comum ou seja dificultam o ritmo de aprendizado de uma pessoa Nessa perspectiva Silva Batista e Bezerra 2016 p4 explicam que à agressividade e a indisciplina têm sido vistas pelos mestres da educação como um dos maiores problemas na aprendizagem das crianças A indisciplina é um dos principais empecilhos da aprendizagem na escola durante as aulas Nesse contexto é válido colocar em prática a teoria da Comunicação Não violenta de Marshall B Rosenberg 2006 e a corrente da psicologia do desenvolvimento do sociointeracionismo que possui como principal referência o estudioso Lev Vygotsky 1994 fundamentando assim o lúdico ainda que não representem uma receita pedagógica expõem fundamentos que cooperam no desenvolvimento das habilidades socioemocionais Além de serem uma alternativa a favor de solucionar ou minimizar essas dificuldades transtornos ou problemas de aprendizagem mediante a interação professoraluno ou alunoaluno 24 E com base nessas perspectivas acreditase que o desenvolvimento inclui ao mesmo tempo uma dinâmica interna e alguns processos que vão de dentro para fora A interação com as outras pessoas e de modo específico a participação nas situações interativas nas quais recebemos o suporte e a ajuda explícita de membros mais especializados e componentes do grupo social constituem fatores decisivos para explicar o desenvolvimento humano SALVADOR 2007 p 85 Assim podemos perceber a relação entre o processo de desenvolvimento das pessoas em meio aos processos educativos demonstrando como fator fundamental a interação com os outros Por esse motivo acreditamos que os conhecimentos e as habilidades adquiridas por meio de mediações e a participações em situações educativas sucederia ao desenvolvimento integral Semelhante ao que é defendido por Salvador 2007 Silva Batista e Bezerra 2016 apontam que é redigido ao docente o papel de delinear as relações sociais no âmbito escolar assim como reconhecer o conhecimento prévio e as experiências das crianças trazidas do convívio familiar dando base para novas experiências Contudo tornase importante ressaltar que ao oferecer uma prática voltada a educação infantil colocase em questão a formação da personalidade que segundo Silva Batista e Bezerra 2016 É de primordial importância que os problemas sejam analisados e resolvidos ainda na infância para que mais tarde as crianças não se tornem adultos violentos com dificuldades de regeneração visto que sua personalidade já estará construída e será difícil a modificação e a construção de novos valores SILVA BATISTA BEZERRA 2016 p9 Ainda foram seguidas as orientações BNCC que caracterizam os cinco conceitos estruturais de referência nacional para elaboração e reformulação dos projetos pedagógicos das instituições escolares influenciando na formação continuada dos educadores e na produção de materiais didáticos BRASIL 2017 p5 Dessa forma os cinco campos de experiência foram explorados nas atividades propostas como solução para os desafios de aprendizagem a saber O eu outro e o nós Corpo gestos e movimentos Traços sons cores e formas Escuta fala 25 pensamento e imaginação Espaços tempos quantidades relações e transformações Sendo assim a seguir serão expostas em forma de um quadro sugestões pedagógicas levantadas por meio da pesquisa bibliográfica da temática estudada Ressaltamos ainda que as sugestões presentes no quadro não são normativas e nem definem abordagens resultando apenas em um quadro informativo com atividades que buscam contribuir nas abordagens educacionais dos docentes Quadro 1 Desafios reflexões e sugestões a serem discutidas para estabelecer a comunicação nãoviolenta como alternativa que contribui na mediação docente Desafio Reflexão Sugestões O ALUNO POSSUI FALTA DE INTERESSE Habilidade socioemocional a ser desenvolvida É preciso encontrar maneiras de chamar a atenção e engajar os educandos Campo de Experiência Espaços tempos quantidades relações e transformações ATIVIDADE Levar os alunos para a quadra e promover uma gincana com o conteúdo a ser ensinado DIFICULDADE DE COMUNICAÇÃO COM OS PAIS OU RESPONSÁVEL Habilidade socioemocional a ser desenvolvida Se faz necessário conscientizar os pais sobre a importância da parceria Logo o professor e direção da instituição educacional precisam conhecer o perfil dos responsáveis e alinhar as expectativas dos mesmos com as da escola Campos de Experiência O eu outro e o nós Espaços tempos quantidades relações e transformações ATIVIDADE Fazer dinâmica com os pais em um momento de reunião para aproximar os adultos das dificuldades dos alunos FALTA DE CONFIANÇA POR PARTE DO ALUNO Habilidade socioemocional a ser desenvolvida As crianças necessitam de responsabilidades para que possam se sentirem ATIVIDADE Ajudante do dia deve se feito uma escala de participantes e colocado 26 úteis e capazes de gerir alguma situação Campos de Experiência O eu outro e o nós em um lugar visível da sala cada dia será um participante diferente Caso alguma criança não quiser participar seu desejo deve ser respeitado e sem maiores perguntas ALUNO POSSUI DIFICULDADE EM SE RELACIONAR Habilidade socioemocional a ser desenvolvida Para o ato de educar é preciso se relacionar No entanto para as crianças muitas das vezes é difícil participaremacompanharem uma conversa regular Aqui estão algumas atividades para ajudar a desenvolver uma conversa Campos de Experiência Escuta fala pensamento e imaginação ATIVIDADE Contação de história improvisada com as emoções Para jogar este jogo coloque fotos de diferentes emoções com a face para baixo sobre a mesa E o jogador pega uma carta e começa a narrativa Ele pode levar a história em qualquer direção que ele gosta mas ele deve incorporar a emoção descrita no cartão O ALUNO DESEJA TUDO AO SEU MODO PRESENÇA DO EGOCENTRISMO Habilidade socioemocional a ser desenvolvida O egoísmo é um dos sentimentos que as crianças não conseguem controlar facilmente Logo estimular o convívio natural aumenta o sentimento de reconhecimento do outro como igual e ter contato físico é essencial para acalentar as relações pessoais Campos de Experiência Traços sons cores e formas Escuta fala pensamento e imaginação Espaços tempos ATIVIDADE Jogo de tabuleiro para trabalhar a noção de coletividade E suas normas e regras devem ser respeitadas por todos os participantes E assim aprendem entre outras lições o ato de compartilhar 27 quantidades relações e transformações O ALUNO RECUSASE EM REALIZAR AS TAREFAS ESCOLARES Habilidade socioemocional a ser desenvolvida Há a diversos motivos que levam o estudante a ter comportamentos negativo diante as tarefas escolares que possivelmente pode ser de origem cognitiva emocional didática e familiar Em vista disso se é necessário conversar com o aluno e com sua família para identificar e compreender a natureza desse descontentamento Campos de Experiência O eu outro e o nós Traços sons cores e formas Espaços tempos quantidades relações e transformações ATIVIDADE Nesse contexto os jogos digitais têm um destaque importante Servindo como aliados no processo de aprendizagem essas ferramentas conseguem engajar as crianças propondo desafios de dificuldade progressiva e assim fazendo com que os mesmos mobilizem uma série de recursos cognitivos no ato de jogar Logo o Professor adquire o papel de incentivador e gerenciador desse processo COMPORTAMENTO AGRESSIVO POR PARTE DO ALUNO Habilidade socioemocional a ser desenvolvida É de fundamental importância trabalhar sobre a raiva No entanto como adultos devemos acolher e lidar com esse sentimento das crianças com calma transformandoo em algo positivo Pois muitas vezes a criança sente raiva e não sabe lidar com esse sentimento Ações A princípio é preciso demonstrar a sua desaprovação com o ato de agressividade posteriormente conversar com a criança sobre o que ela sentiu reforçando as emoções e sentimentos Eu sei que você ficou muito bravo com seu colega mas bater não vai resolver o ATIVIDADE Construir o próprio brinquedo com materiais recicláveis em grupo os alunos escolheram o que irão produzir e a professora irá ajudar no planejamento e na execução da atividade reunindo os materiais necessários Permitindo assim à criança acertar errar gostar não gostar ou seja refletir de forma mais simples sobre as suas atitudes e as consequências das mesmas 28 problema Você tem que conversar Campos de Experiência O eu outro e o nós Escuta fala pensamento e imaginação Espaços tempos quantidades relações e transformações CONFLITOS E DISCUSSÕES ENTRE ALUNOS Habilidade socioemocional a ser desenvolvida É importante garantir que todas as partes falem e se escutem Peça para que elas digam o que sentem e que confirmem o que os colegas estão dizendo Campos de Experiência O eu outro e o nós Escuta fala pensamento e imaginação Espaços tempos quantidades relações e transformações ATIVIDADE Semáforo dos Combinados Em roda cada pode falar o que acha que deve ser permitido ou não na escola enquanto a professora faz o papel de mediadora da discussão Após a conversa será desenhado um semáforo na cartolina que será preso na parede da sala acrescentando No sinal verde o que é permitido No sinal vermelho o que é proibido MENTIRA POR PARTE DOS ALUNOS Habilidade socioemocional a ser desenvolvida Se faz necessário usar uma linguagem positiva e sem julgamentos para resolver tal situação Campos de Experiência O eu outro e o nós Escuta fala pensamento e imaginação Espaços tempos quantidades relações e transformações ATIVIDADE Trabalhar a fábula O pastor mentiroso e o Leão E depois em roda iniciar um diálogo com a turma sobre a história levantando questões sobre a mentira Elaborada pelas autoras 29 Considerando o acima exposto o encontro destas teorias Comunicação Não Violenta de Marshall B Rosenberg 2006 e a psicologia do desenvolvimento do sociointeracionismo de Vygotsky 1994 juntamente dos princípios da BNCC emerge a compreensão de que no contexto educacional infantil o ato e a prática de aprender e ensinar se torna responsabilidade de todos Posto que cada criança com subjetividade adquire e constrói seu conhecimento a partir das interações sociais e mediações que vivencia Contudo conforme já mencionado quando nos referimos a aprendizagem escolar sabemos da presença de múltiplos fatores que influenciam diretamente ou indiretamente e possivelmente comprometem o futuro escolar dos estudantes Assim temos que considerar as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelas crianças e as situações escolares que interferem diretamente no desenvolvimento dos mesmos Nesse aspecto pode ser compreendido que no meio escolar o professor pode se deparar com a falta de interesse por parte dos alunos em diversas situações podendo ter relação ao sentimento de desmotivação acerca do contexto e na execução das tarefas proposta ou até mesmo por desconhecer do que se trata consequentemente prejudicando a aprendizagem e o desenvolvimento da criança Nesse sentindo Vygotsky apud MELLO 2003 p7374 o aluno só aprenderá se o ensino estiver próximo a ele ou seja se houver motivação em aprender algo novo mas que não esteja muito além de suas habilidades Dessa forma apresentar o conteúdo proposto nas bases de maneiras diferentes e utilizando o ser como um todo pode promover motivação e interesse em desenvolver habilidades já adquiridas e explorar novas Mas para isso as atividades devem condizer com as capacidades cronológicas dos alunos assim como confere a BNCC 2020 para cada ciclo há uma habilidade a ser desenvolvida Para tanto nesse entremeio deve ter em consideração na elaboração das atividades educacionais as práticas sociais que concernem o cotidiano dos discentes seus interesses seus medos suas necessidades sua cultura e os temas que instigam sua atenção Transversalmente como forma de contribuição direta do docente no processo de aprendizagem desses alunos há necessidade de se conhecer seus alunos sua cultura e o contexto social que se encontra inserido Dessa forma se demonstra a 30 importância da participação familiar para juntos inteirarem e contribuírem no desempenho escolar do educando Assim a dificuldade de comunicação com os responsáveis legais é uma situação que de certa forma interfere no progresso desses alunos Frente a esse fato cuja origem pode advim de diversas razões podemos utilizar das vertentes da CNV expressas por Rosenberg 2006 como propulsores para a compreensão familiar sobre o seu papel e importância no processo de ensinoaprendizagem dos estudantes e se possivelmente na solução a essa adversidade Por exemplo é comum que os responsáveis não compreendam ou não alcancem o papel essencial da educação sendo assim é papel do professor almejar alcançar uma comunicação que seja efetiva nesta conscientização formulando pedidos de forma clara objetiva e que esclareça os propósitos do sistema educacional sempre acompanhadas dos sentimentos que interferem tal solicitação pois pedidos que não carregam o sentimento envolvido na necessidade podem soar como exigências e assim a comunicação se torna ineficaz Ainda para Rosenberg 2006 quando deixamos a avaliação e interpretação falar por nós o ouvinte pode interpretar como crítica e seu sistema de autodefesa responderá no lugar da comunicação Quanto ao processo de ensinoaprendizagem da criança se requer um processo de socialização Consequentemente se demanda do indivíduo enquanto estudante a mobilização e o desenvolvimento de estímulos respostas decorrentes das interações que a criança estabelece com a comunidade escolar e o social Por tanto a maneira o qual a criança se comporta e se relaciona com as demais e com os funcionários e professores é capaz de revelar a forma que ela se reconhece e se trata Diante desses fatores outro fator prejudicial é a falta de confiança do aluno e ou dificuldade em se relacionar com seus colegas e professores Deste modo é válido o uso da Comunicação NãoViolenta CNV como forma de contribuição dentro do contexto de sala de aula com o propósito de que o estudante supere seu complexo de inferioridade e passe a confiar na sua capacidade Uma vez que esta abordagem se baseia na construção de um relacionamento fundado na empatia e na sinceridade assim o professor ao se comunicar para um grupo ou um aluno em especial deve ser bem claro em expressar que todas as suas solicitações são pedidas eou preocupações genuínas e não deixar transparecer um sentimento de exigência 31 cobrança ou autoridade que pode gerar no aluno um sentimento de culpa raiva e vergonha Dessa forma ao construir um relacionamento baseado em honestidade e empatia todos se beneficiam de ter suas necessidades atendidas professor e aluno ROSENBERG 2006 p 239 Alguns alunos enfrentam dificuldades ao se relacionar socialmente No entanto vale ressaltar que somos seres sociais e que precisamos do processo de socialização para desenvolvermos nossa capacidade humana visto que desde a primeira infância aprendemos por meio do contanto com as pessoas da nossa família e suas interações conosco Os alunos do ensino infantil em especial tendem a querer tudo ao seu modo e serem egocêntricos Piaget 1994 esclarece que atitudes egocêntricas na infância ocorrem devido a uma indiferença entre o eu e o meio social Dessa forma a BNCC já prevê em suas diretrizes que o eu outro e o nós seja construído na educação infantil contudo o professor deve mediar a aprendizagem e construção do socioemocional dos alunos por meio de estratégias que promovam interatividade e que desafiem o aluno a se incluir no meio em que está se relacionando utilizando sempre da empatia e compreensão Sasso e Morais 2013 observaram que este movimento faz com que o sujeito aluno se desassocie do próprio eu ou do objeto considerando outros pontos de vista criando um sistema de relações comuns e recíprocas com os outros Pensando nisso na educação infantil as práticas sociointeracionistas à luz da BNCC podem ser uma ponte de grande importância para a inserção ao desenvolvimento social por meio daquilo que se tem como conhecimento prévio de cada aluno Uma vez que concedem ao professor o papel de mediar a aprendizagem por meio de estratégias que promovam a interação e a criatividade despertando no aluno interesse através de situações desafiadoras que necessitam de sua participação ativa no meio social em que está inserido VIANA et al 2021 p 13 Comportamentos agressivos recusas em realizar tarefas conflitos discussões e mentiras podem ocorrer atreladas ou em momentos diferentes por diferentes motivos A criança vê o mundo sob a perspectiva pessoal assimilando tudo ao seu entorno é muito importante que estes comportamentos não sejam recebidos por parte dos professores no contexto escolar e pelos responsáveis no contexto social de maneira igualmente agressiva mentirosa e conflituosa Para Piaget 1999 o indivíduo precisa se adaptar no meio em que está inserido equilibrando ações por 32 meio de outras ações observadas ou seja reverter o seu modo de ação e pensamento num processo contínuo de autorregulação A CNV neste contexto se torna fundamental para que o aluno com dificuldades comportamentais se sinta acolhido seguro e respeitado em suas tentativas de autorregulação o que somente vai acontecer depois de uma longa e persistente ação social SASSO E MORAIS 2013 Entretanto muitos fatores podem colaborar ou influenciar na dinâmica aluno professor pois aspectos emocionais sociais e familiares que ultrapassam o ambiente escolar não são de responsabilidade nem controle do professor O que é levantado nesta pesquisa é que a atitude e abordagem do professor perante todos estes desafios deve regular e promover uma comunicação efetiva e empática dentro do ambiente escolar e assim auxilie na construção do indivíduo como um todo 33 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nas pesquisas realizadas e nas atividades propostas foi possível concluir que a Comunicação NãoViolenta pode contribuir amplamente no ambiente escolar promovendo uma aprendizagem significativa e que promove a construção do indivíduo como um todo Ainda é possível aliar as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular às práticas de interação socioemocionais e numa abordagem de comunicação empática honesta e objetiva para que assim os desafios enfrentados no ambiente escolar tenham desfechos calcados na construção do indivíduo Ressaltase que esta pesquisa teve como objetivo propor atividades que fossem baseadas nos fundamentos da Comunicação NãoViolenta e Sociointeracionista sempre seguindo o proposto pela base nacional porém pesquisas futuras que aplicassem estas atividades no ambiente escolar e mediasse os desfechos a partir desta proposta seriam de grande contribuição para a área e para a fundamentação desta pesquisa Portanto apesar dos objetivos desta pesquisa terem sido atingidos ainda existe um grande caminho até que estas práticas sejam enraizadas no cotidiano da educação infantil 34 REFERÊNCIAS ABED Anita Lilian Zuppo O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como caminho para a aprendizagem e o sucesso escolar de alunos da educação básica Constr Psicopedag São Paulo v 24 n 25 p 827 2016 Disponível em httppepsicbvsaludorgscielophpscriptsciarttextpidS1415 69542016000100002lngptnrmiso Acessos em 27 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