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Texto de pré-visualização
UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Mercado Financeiro CAPM Capital Asset Pricing Model Prof Dr José Marcos Carrera Junior São Paulo Agosto 2020 1 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Mini Currículo do Professor Prof Dr José Marcos Carrera Junior Forte experiência em Finanças Corporativas MA Valuation e Controladoria adquirida durante a vida acadêmica e profissional em consultorias boutique de investimento e em grandes multinacionais tendo participado de diversas transações nacionais e internacionais Atualmente é Assessor Financeiro e Professor de Finanças Corporativas Doutor pela Fundação Getulio Vargas FGVEAESP com estágio doutoral na Universidade de Columbia em Nova York Mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas FGVEAESP e Mestre em Finanças pela Universidade de São Paulo FEAUSP formado em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo FEAUSP Professor de Métodos Quantitativos Aplicados ao Mercado Financeiro na UNIFESP Universidade Federal de São Paulo FIA FECAP In Company FGV In Company Ibmec In Company MBA EACHUSP e Saint Paul Escola de Negócios e Financial Advisor na Plata Capital Partners e na Pezco Economic Business Intelligence Sócio fundador do Finanças 101 canal no YouTube com vídeos e aulas de finanças e economia Contato josemarcoscjgmailcom 2 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Fontes ASSAF NETO Alexandre Mercado Financeiro 14a Edição Atlas São Paulo 2018 3 BODIE Zvi KANE Alex MARCUS Alan Investimentos 14ª Ed McGraw Hill 2014 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Como estimar o custo do capital próprio Quanto você deseja de retorno para se tornar sócio ou acionista num empreendimento oCertamente você desejaria uma remuneração acima de algo sem risco Mas como estimar 4 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo CAPM Capital Asset Pricing Model 5 Quando você exigiria de retorno para investir numa empresa no seguinte cenário A taxa de remuneração dos títulos soberanos do governo desta economia é de 6 ao ano A rentabilidade da bolsa de valores desta economia em média é 8 superior à rentabilidade dos títulos soberanos do governo desta economia Enquanto em media o título soberano rende 6 ao ano a bolsa de valores desta economia rende 14 ao ano O retorno da empresa tem um fator de sensibilidade de 07 em relação ao retorno da bolsa de valores desta economia Em média quando a bolsa sobe 1 o retorno da empresa é de 07 Em média quando a bolsa cai 1 o retorno da empresa é de 07 Racional Você poderia investir sem risco nesta economia e obter um retorno de 6 ao ano basta investir nos títulos soberanos do governo equivalente à nossa Selic e CDI O mínimo de retorno que um investidor aceitaria para investir nesta economia seria de 6 ao ano Alternativamente o investidor poderia aceitar um risco maior e investir na bolsa de valores Para incorrer num risco maior ele exigirá um prêmio de retorno para compensar o risco de mercado Neste caso o prêmio é de 8 ao ano que é quanto em media o retorno da bolsa de valores supera o retorno de um investimento sem risco Para investir no mercado como um todo ou seja na bolsa de valores desta economia o investidor iria requerer 14 de retorno 6 o prêmio de risco de mercado de 8 Entretanto neste caso a empresa apresenta um comportamento menos arriscado do que a bolsa de valores ou seja o retorno da empresa em media tem uma sensibilidade de 07 sobre o retorno da bolsa de valores Portanto devemos ajustar o prêmio para investimento no mercado pelo fator 07 078 56 PARA INVESTIR NESTA EMPRESA O INVESTIDOR IRIA REQUERER UM RETORNO MÍNIMO DE 116 anuais 6 investimento sem risco 56 do prêmio de risco de mercado ajustado ao risco da empresa UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo CAPM Capital Asset Pricing Model 6 Quando você exigiria de retorno para investir numa empresa no seguinte cenário A taxa de remuneração dos títulos soberanos do governo desta economia é de 6 ao ano A rentabilidade da bolsa de valores desta economia em média é 8 superior à rentabilidade dos títulos soberanos do governo desta economia Enquanto em media o título soberano rende 6 ao ano a bolsa de valores desta economia rende 14 ao ano O retorno da empresa tem um fator de sensibilidade de 07 em relação ao retorno da bolsa de valores desta economia Em média quando a bolsa sobe 1 o retorno da empresa é de 07 Em média quando a bolsa cai 1 o retorno da empresa é de 07 O que fizemos não foi nada além de aplicar o CAPM 𝒌𝑬 𝑹𝑭 𝜷 𝑹𝑴 𝑹𝑭 𝑹𝑭 Taxa livre de risco retorno esperado de um ativo sem risco 6 𝑹𝑴 Retorno de uma carteira de mercado diversificada composta por todos os ativos com risco na economia 14 𝑹𝑴 𝑹𝑭 Equity Risk Premium ERP ou Prêmio de Risco de Mercado PRM 8 𝜷 Beta fator de risco do modelo Mede quanto a variação no retorno de um ativo com risco é explicada pela variação no retorno da carteira de mercado 07 𝒌𝑬 6 078 𝒌𝑬 6 56 𝒌𝑬 116 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Introdução e importância do CAPM Um dos aspectos mais relevantes do desenvolvimento da teoria de finanças e risco é o conhecido modelo de precificação de ativos amplamente divulgado por CAPM Capital Asset Pricing Model O CAPM é derivado da teoria do portfolio estudada anteriormente e busca mais efetivamente uma resposta de como devem ser relacionados e mensurados os componentes básicos de uma avaliação de ativos risco e retorno O CAPM é um modelo de precificação unifatorial apenas um fator de risco bastante o mais utilizado nas várias operações do mercado de capitais O coeficiente beta medida obtida do modelo indica o incremento necessário no retorno de um ativo de forma a remunerar adequadamente seu risco sistemático 7 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Premissas de um Mercados Eficientes Nenhum participante do mercado tem a capacidade de sozinho influenciar os preços O mercado de uma maneira geral é constituído de investidores racionais decidindo sobre alternativas que promovam o maior retorno possível para um determinado nível de risco ou o menor risco possível para um certo patamar de retorno Todas as informações estão disponíveis a todos de maneira instantânea e gratuita de forma que nenhum investidor apresenta qualquer acesso privilegiado às informações Inexistência de racionamento de capital permitindo que todos os agentes tenham acesso equivalente às fontes de crédito Os ativos são perfeitamente divisíveis e negociados sem restrições e custos de transação As expectativas dos investidores são homogêneas isto é apresentam o mesmo nível de apreciação com relação ao desempenho futuro do mercado Existe uma taxa de juros de mercado definida como livre de risco 8 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Investidor Marginal Os modelos de risco e retorno em finanças assumem que o risco que deveria ser remunerado deveria ser o risco percebido pelo investidor marginal Investidor Marginal oEstão definindoafetando o preço da ação oTem milhões de ações e negociam estas ações oPremissa é diversificado possui um portfolio diversificado oO risco importante para o investidor marginal é o risco que adiciona ao risco de um portfolio diversificado 9 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior O benefício marginal da diversificação vai sendo reduzido na medida que incluímos mais ativos na carteira Conforme se amplia a diversificação da carteira por meio da inclusão de mais títulos seu risco total decresce em função da redução do risco específico e não sistemático Esse processo é limitado pela presença do risco sistemático ou sistêmico comum a todos os ativos A partir de um certo número de ativos o risco da carteira se mantém praticamente estável correspondendo praticamente a sua parte não diversificável O risco de uma carteira pode ser reduzido mediante um processo de diversificação permanecendo unicamente o elemento sistemático que está relacionado com o comportamento do mercado em geral Dessa forma ao compor uma carteira de ativos sua medida relevante de risco passa a ser o risco sistemático já que o outro componente específico pode ser mitigado pela diversificação 10 Retorno esperado da carteira com n ativos Média ponderada de cada um dos ativos que compoe a carteira em are Or ae ies WcRc e wRn 7 i Satis Ie pUNITEESP UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo ere EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 11 Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Retorno esperado da carteira com n ativos na forma matricial 𝒑 𝑨 𝑩 𝑪 𝒏 𝑨 𝑩 𝑪 𝒏 12 Importante para adaptarmos para o Excel MATRIZMULT no Excel em português MMULT no Excel em inglês 𝒑 𝑨 𝑨 𝑩 𝑩 𝑪 𝑪 𝒏 𝒏 Risco de uma carteira de n ativos Desvio Padrao de uma carteira de 3 ativos Sp ALC w2VarRg w2VarRc 2wawgCovRg Rg 2wawcCovRa Rc 2wgwcCovRz Rc Sp ARG w2VarRg w2VarRc 2wasawgsgCorrRag Rg 2WaSqWcScCorrRg Rc 2wgsgwcScCorrRg Rc Desvio Padrao de uma carteira de n ativos n n Sp a a wjwCovR Rx Sp wVarR 2 ae Oe j1 Pas j1 Pas UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo ay a EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 13 suntesaeeoe Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Variancia de uma carteira VarRp de n ativos na forma matricial covR4R4 covRyRg covRgRc covRgRn Wa covRpR covRgRg covRgRc covRgRn We VarRp Wa We Wc WnlcovRcR covRcRg covRRc covRRy We covRR covRy Rp covRy Rc covRyRy Wn Dado que a correlacdo entre o retorno de um ativo com ele mesmo é corR Rn oo 1 Entdo covRR VarR VarR covRyRg covRy Re covURy Rk Wa covRz Ra VarRg covRzRe covRpR We VarRpWa We We WnalcovRcR covRc Rp VarRc covRR Wc covRn Ra covRn Rg covRRc VarR Wn VarRp w VarR covRg Ry covRc Ra CoVRyRa We covRRg VarRg covRc Rg covRyRg We covRy Rc covRg Rc VarRc covRn Rc wn A Wp covRyR covRpR covR Ry VarR Wo Wn Cs UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo On ee EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 14 Ae ee OO Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Variancia de uma carteira VarRp de n ativos na forma matricial VarRp wy VarRa covRg Ra covRc Ra covRn Ra We covR4 Rg VarRg covRc Rg covRnRg We covR4 Rc covRg Rc VarRc covRn Rc wWn A WB covRy Ryn covRp Ryn covR Rn VarRn Wo Wn VarRp w4 VarR covRg Ra covRc Ra CovRn Ra We covRy Rg VarRg covRc Rg covRy Rg wz covRy Rc covRzR VarRc covRn Rc toe w2 covRyR covRz R covRR VarR VarRp w4VarR w3VarRpg w2VarRc wW2VarR 2w4wpcovRy Rp 2wwccovRy Rc 2WawcovRy R 2WgwccovRz Rc 2WewcovRz Ry 2WcwcovRe Ryt a JNIFESP UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo ere EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 15 Sra e eego a Ae Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Variância de uma carteira de ativos na forma matricial 16 MATRIZMULT no Excel em português MMULT no Excel em inglês UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Problema para carteiras com n ativos de Markowitz 17 Construir a matriz de covariância ou correlação entre os n ativos da carteira UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Grande Ideia de Sharpe Relativizar o retorno de um ativo com o retorno de um ativo padrão de mercado 18 Relativizar o retorno de um ativo com o retorno de um ativo padrão de mercado UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Modelo de Sharpe A grande ideia Grande ideia do Sharpe calcular o coeficiente de correlação linear dos ativos em relação a um único ativo que atuaria como uma espécie de padrão para as comparações Sharpe considerou como ativopadrão o que foi chamado de carteira de mercado o Combinação de todos os ativos com risco existentes em proporções correspondentes aos seus valores de mercado o Deve incluir ações debêntures imóveis objetos de arte commodities e assim por diante o Esta carteira de mercado estaria disponível a todos os investidores racionais portanto diversificação não é um problema Fixado o ativo padrão dado pela carteira de mercado o próximo passo seria obter esta carteira ou algo que dela se aproximasse Em termos práticos considerase como carteira de mercado o mercado secundário de ações e seu índice de preços como base para cálculo dos retornos Em seguida devese equacionar o retorno médio da carteira e o risco em função da correlação linear de cada ativo com a carteira de mercado 19 Modelo de Sharpe e Sharpe trabalhou em cima do modelo de Markowitz n i Mens j1 n n y VarR wVarR 2 wjwCovR Rx j1 a Dificuldades encontradas calculo das covariancias entre os retornos de diversos ativos A ideia inicial era de substituir as covaridncias pelos coeficientes de correlacao linear covxy corrx y An a Entretanto o calculo nao seria muito facilitado ao trocar o calculo das covariancias pelo coeficiente de correlacdo linear visto que um é funcao do outro UNIFESP Universidade Federal de S40 Paulo Onn EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 20 OAs ee ne Pe Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior LAC LINHA DE ALOCAÇÃO DE CAPITAL ou LMC LINHA DO MERCADO DE CAPITAIS CML CAPITAL MARKET LINE 21 Fronteira Eficiente de Ativos Com Risco 𝒇 Retorno de um Ativo Livre de Risco Investidores racionais buscariam combinações da carteira de mercado M compostas por ativo com risco e do Ativo Livre de Risco pois é a que maximiza a relação risco e retorno ponto tangente a fronteira eficiente de ativos com risco 𝑴 𝑴 𝑰𝒏𝒄𝒍𝒊𝒏𝒂çã𝒐 𝑹𝑴 𝑹𝒇 𝝈𝑴 ÍNDICE DE SHARPE Quanto a carteira oferece de retorno adicional a taxa livre de risco para cada risco adicional LAC tem índice de Sharpe Máximo maior inclinação 𝑨 𝒇 𝑴 𝒇 𝑴 𝑨 Carteiras do tipo C formadas pelos ativos A e M com risco Carteiras do tipo C formadas pelos ativos Livre de Risco e M ponto ótimo da fronteira eficiente Cateto Oposto 𝑹𝑴 𝑹𝒇 Cateto Adjacente 𝝈𝑴 ϴ Formando uma carteira Otima do Ativo A e de uma carteira eficiente de mercado M A fronteira eficiente de ativos com risco indicada é dada pela combinacao de um Ativo A e da carteira eficiente de mercado M Esta combinacao por sua vez e determinada pela participaao do ativo A nesta carteira e este indicador é representado por wy o Por consequéncia a participado da carteira eficiente de mercado M é dada por 1 w Devido as contribuigdes de Markowitz 1952 sabese que o retorno esperado e o risco de uma carteira formada pelo ativo A e pela carteira eficiente de mercado M SdaO o ER WwR 1wRu 0 S w3VarRa 1 wy2VarRy 2wy1 wyCovRyg Ry Para encontrar uma carteira otima dada pela reta tangente a hiperbole da fronteira eficiente de ativos com risco maxima inclinacdo devese derivar as equacdes em W igualar a zero 0 SEO Ry Ry WA 6 OSc waVarRg12wCovRgRytwa1VarRy Ow Sc pUNIFESE UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo om Se EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 22 Sra e eego a Ae Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Coeficiente angular inclinagdo maxima de uma carteira 6tima formada pelo Ativo A e por uma carteira eficiente de mercado M OER e RR awa A M OSc WaVarRag12wyCovRyRywa1VarRy Ow Sc Em uma situacao de equilibrio de mercado nao haveria alocagao em um unico ativo A pois sabese que esta estrategia nao seria eficiente o Isto implicaem wy 0 e risco da carteira igual ao da carteira de mercado S Sy OSc WwyVartRyt 12wyCovR4Ruytw41VarRy Ow 7 Sc OSc CovR4RmVarRm Owa 7 SM Encontrariamos o coeficiente angular da reta tangente maxima inclinacao nestas condioes se dividissemos a derivada do retorno esperado em Wy pela derivada do riscoem Ww OERc 5 w RaRm RaRmSm Osc CovRaRyVarRm CovRgRyVarRm Ow SM aJNIFEST UNIFESP Universidade Federal de S30 Paulo om Se EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 23 ere es Roe Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Estimando o retorno esperado do Ativo A a partir de sua contribuicao para a formacao da carteira de mercado Ainclinagao ou coeficiente angular da LAC Linha de Alocagao de Capital ou seja da reta tangente ao ponto M também é expressa por Ry R7Sy Portanto e possivel igualar ambas as expresses o RacRusm Ru Ry CAPM Capital Asset Pricing Model CovRg4RmMVarRm Sm CovRa Ry als a eerg CS Desenvolvendo e isolando Ra Cia CovRRuyVarRmy Ra Ry Rp Ae R O My M 1 VarRm M CovRy Ry B Bet CovRaRm VarRm VarR Pa beta o Ry Ru Ry orha uy vartRn ew Ry Rm CovRgRm o Ry Ry R orha a 1 Ry RRrBaRu R CovRaRm A a ye M a O Ry Fart Rm Rp Ru Rp Rv CovR4Rm o Ra Rye Ru Ry aJNIFEST UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo om Se EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 24 ain Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Regressao Linear entre o Ativo e um ativo padrao determinado pela Carteira de Marcado Sharpe Regressao linear entre o retorno de um ativo A dado por Ry e o retorno da carteira de mercado M dado por Ry segundo a equacao or A bRyte Na qual R Retorno do ativoA a Coeficiente resultante da regressdo constante indicando o ponto de origem da regressdao b Coeficiente resultante da regressdo inclinacgdo quanto ry responde as variacdes de Ry Ry Retorno da carteira de mercado e Erro aleatorio da regressdo tal que Ee 0 A regressao permite que se relacione dentro do modelo de precificagdo de ativos o comportamento de um titulo ou carteira especifica de titulos com a carteira de mercado procurando descrever como as acoes por exemplo se movem diante de alteracgdes verificadas no mercado como um todo O erro aleatorio é independente de qualquer outro ativo ou ao mercado Assim cove para qualquer ativo x e cove4 Ry 0 aJNIFESP UNIFESP Universidade Federal de Sdo Paulo om Se EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 25 Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Retorno Meédio do Ativo A Sharpe Calculando a média retorno esperado dos retornos através da equacao RabRyte Rg ERg Eag bgRy eg Ry Ela bRu e Ry Elag EbaRy Flea O valor esperado de uma constante é a propria constante Assim Ea ay e EbyRy bERy Ry a bERy Efle O erro da regressdo é aleatorio devendo ter média valor esperado igual a zero Ee 0 O valor esperado do retorno da carteira de mercado é ERy Ry Assim temse que gr At PNA GY UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo om EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 26 Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Variancia dos Retornos do Ativo A Propriedade da Variancia 1 ao multiplicar uma variavel aleatoria por uma constante a variancia sera VaraXx aVarX Propriedade da Variancia 2 a variancia da soma de duas variaveis aleatorias sera VarX Y VarX VarY 2CovXY Calculando o varidncia dos retornos através da equacdo Ry a bRy eg temos o Var Ry Vara b4Ry ea o VarR Vara VarbRy Vare 2covag baRy 2covaye 2covbRy ea o VarR Vara béVarRy Vare 2covay baRy 2covag e 2covbyRy ea Como a é uma constante entao Vara0 nado varia e suas covaridncias sao nulas Assimcomo by também é uma constante e nao tem covariancia com outras variaveis Entao covbaRyea4bcovRyes tStOSS covtR ms e 0 pois o erro aleatério e é independente da carteira de mercado Portanto covbRy ea 0 VarR Verlag b2VarRy Vare 2eovlag baa 2e0vlag en Zeovb Ren VarR b4VarRy Vare UNIFESP UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo ee EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 27 OAs ee ne Pe Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Retorno Médio e Risco do Ativo A Sharpe 28 𝑨 𝑨 𝟐 𝑴 𝑨 𝑨 𝑨 𝑨 𝑴 Retorno médio do ativo A Variância dos retornos do ativo A 𝒃𝑨 𝟐𝑽𝒂𝒓 𝑹𝑴 Risco sistemático ou da conjuntura do mercado Relacionado com o mercado como um todo É a medida de risco relevante para o investidor apresentando uma sensibilidade com o mercado 𝑽𝒂𝒓 𝒆𝑨 risco próprio do ativo A ou risco diversificável Fatores alheios ao mercado ou seja independe do que ocorre no mercado sendo definido como risco não sistemático 𝜶𝑨 retorno em excesso Em um mercado perfeito e em equilíbrio e de acordo com o CAPM 𝜶𝑨 0 𝒃𝑨𝑹𝑴 Parcela do retorno do ativo explicada pela sua relação com uma carteira diversificada de mercado Coeficiente B beta de um Ativo a At NAGY Calculando a covariancia entre R e Ry sabendo que Ry a4 bRy temos o covR Ry cova baRy Ruy o covRRy covaRy covbRy Ru Como a é uma constante entdo cova Ry 0 O covR Ry covlag Ra covb4Ry Ru o covR Ry covbyRyRy Assim como by também é uma constante e nao tem covariancia com outras variaveis entdo O covR Ry bcovRy Ry covR4 Rm ba covRyRmu RyR Como corrRyRm 1 correlacdo do metorno de mercado com ele mesmo entao em Coeficiente Angular inclinagdo da reta o covRyRy SySmM de regressdo do Retorno do Ativo com o Retorno da Carteira de Mercado o covRyRy VarRy o b4 covRa Rm yh SAC TS Ry CovRy Ru Ba Beta VarRu TRG VarRm aJNIFEST UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo om Se EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 29 ain Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior CAPM Capital Asset Pricing Model 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 30 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 𝑹𝑨 Retorno do Ativo 𝑹𝒇 Retorno de um ativo livre de risco 𝑹𝑴 𝑹𝒇 Prêmio de Risco de Mercado quanto uma carteira de mercado rende acima de uma taxa livre de risco 𝑹𝑴 Retorno de uma carteira de mercado 𝜷𝑨 Coeficiente beta do ativo coeficiente angular da reta de regressão formada pelos retornos dos ativos e dos retornos de uma carteira de mercado Quanto que os retornos do ativo respondem às variações do retorno da carteira de mercado 𝑪𝒐𝒗 𝑹𝑨 𝑹𝑴 𝑽𝒂𝒓𝑹𝑴 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Beta β Medida de Risco Relativo Risco Sistêmico ou Risco Sistemático Risco Sistêmico o Único fator de risco relevante no CAPM o Quanto o retorno de uma ação responde às variações no retorno de uma carteira diversificada de mercado O risco relevante de uma ação é sua contribuição ao risco de uma carteira bem diversificada o Visto que o Beta de uma ação determina como ela afeta o risco de uma carteira de marcado ele é a medida mais relevante do risco de qualquer ação O Beta de uma ação mede sua contribuição para a variância da carteira de mercado por unidade de risco Consequentemente o prêmio de risco por investir em um ativo de risco é dado em função do Beta 31 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Entendendo o Coeficiente Beta β O β beta de uma ação mede sua contribuição para a variância da carteira de mercado por unidade de risco Consequentemente o prêmio de risco por investir em um ativo de risco é dado em função do β β 1 modulo os ativos se comportam da mesma forma que o mercado Se o mercado sobe os ativos sobem no mesmo percentual o mesmo ocorrendo se houver uma baixa no mercado O risco da ação é igual ao risco sistemático do mercado como um todo Estes ativos são chamados tipo médio β 1 modulo estes ativos são do tipo agressivo Se o mercado sobe em determinado percentual o ativo sobe mais que o mercado e se o mercado cai em determinado percentual o ativo cai mais que o mercado Retrata um risco sistemático maior que o da carteira de mercado β 1 modulo estes ativos são do tipo defensivo Apresentam risco sistemático menor do que o do mercado como um todo o 0 β 1 se o mercado sobe em determinado percentual o ativo sobe menos que o mercado e se o mercado cai em determinado percentual o ativo cai menos que o mercado o β 0 o ativo se comporta de maneira contrária ao mercado ou seja se o mercado sobe o ativo cai e viceversa o β 0 o ativo é indiferente ao mercado ou livre de risco 32 Beta 8 Medida de Risco Relativo Risco Sistemico ou Risco Sistematico Risco relativo a um portfolio diversificado Ri retorno do ativo e Reta de Regressao Ri a BiRu RizaBRm Coeficiente angular da reta de regressdo es linear entre R e Ry oo g Aki Beta da empresa i B VarRm e ee e ARm os s 22 nwnnncccnonssccnnntieceratasen 5 0 Quanto da variacao no retorno da acdo da eo ef oe A B 07 empresa i é explicada pela variagdo no AR07 B sf ue gt roe T0 retorno do mercado Ry 15 ce eeeeeenen ging ssw aye e a e are Le B 07 Ab coeficientelarigular p oki Cuidados com a Regressao a maneira como 6e YS ARm organizase a regressao definira o beta Qual o indice utilizado para estimar o Ry a Qual periodo utilizado na regressao 1 2 Rm retorno da Que tipo de retorno Diario semanal carteira de mensal mercado Observar o erro padrao do beta e seu ARm 1 intervalo de confianga No exemplo beta 07 em média quando o mercado sobre 1 0 retorno do ativo sobe 07 e igualmente quando o mercado cai 1 o retorno do ativo cai 07 J NIFESP UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo om Se EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 33 ee ve Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Beta 8 Medida de Risco Relativo Risco Sistemico ou Risco Sistematico Qual ativo tem o maior Beta A Ri retorno do ativo B O Ativo A tem o maior Beta pois 6 o que tem o retorno mais sensivel as Cc variacdes do retorno de mercado X Y Rm retorno da J carteira de mercado ARin J NIFESP UNIFESP Universidade Federal de Sdo Paulo ee EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 34 peeenes eeeror ome Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplos CAPM Qual é o retorno esperado de uma aao quando a taxa livre de risco do mercado e de 7 ao ano o retorno médio de uma carteira de mercado é de 16 ao ano e o beta da acdo é de 12 o Ry 7 1216 7 o Ry 74129 oO R 7 108 o R 178 aoano Qual é o retorno esperado de uma ado quando a taxa livre de risco do mercado e de 5 ao ano 0 prémio de risco de mercado é de 10 ao ano e o beta da acdo é de 07 Oo Ra 5 07 10 O R 5 7 o R4g 12 ao ano a JNIFESP UNIFESP Universidade Federal de S30 Paulo ere EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 35 Pee ear oe Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Cuidados com a Regressão a maneira como organizase a regressão definirá o beta Qual o índice utilizado para estimar o 𝑴 o Índice local Ibovespa IBrX Outro o Índice global SP500 Outro dolarizar os retornos Qual período utilizado na regressão o Últimos 2 anos o Últimos 5 anos o Últimos 10 anos o Todo o período Que tipo de retorno o Diário o Semanal o Mensal Observar o erro padrão do beta e seu intervalo de confiança 36 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Ruído Beta não confiável Alto Desvio Padrão 37 GoPro Beta 1604 vs SP 500 Retornos Semanais Período de 2 anos 95 confiança 2 desvios padrão o intervalo de confiança do beta é muito alto 06 26 Fonte Aswath Damodaran Valuation Class Spring 2020 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Viés de Representatividade no Beta Estatístico 38 Nokia Beta 10 vs Helsinque Index Retornos Semanais Período de 2 anos Nokia tem alta relevância na composição do índice 80 de Helsinque no começo dos anos 2000 Fonte Aswath Damodaran Valuation Class Spring 2020 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Game Playing Bombardier 39 Apenas mudando o índice de comparação alteramos o Beta significativamente Beta 1704 Maior WACC Menor Valor Beta 1206 Menor WACC Maior Valor Fonte Aswath Damodaran Valuation Class Spring 2020 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Game Playing Embraer 40 ADR Embraer vs SP 500 Beta 1209 Maior WACC Menor Valor Embraer vs Ibovespa Beta 0685 Menor WACC Maior Valor Fonte Aswath Damodaran Valuation Class Spring 2020 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Cuidado com o Cálculo do Beta O Beta irá variar dependendo de como montamos a regressão e selecionamos os dados Um analista com alguma habilidade pode facilmente manipular este coeficiente 41 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Determinantes do Beta Risco Operacional e Financeiro 42 Beta Risco Relativo Beta Desalavancado Beta Alavancado Endividamento Tudo mais constante quanto maior o endividamento maior o risco e maior o Beta Natureza da Operação Tudo mais constante quanto menos essencial o produto maior o risco e maior o Beta Alavancagem Operacional Tudo mais constante quanto maior a participação de custos fixos na estrutura de custos maior o risco e maior o Beta Empresas de um mesmo setor tendem a ter natureza da operação e alavancagem operacional semelhantes 𝜷𝑼 𝜷𝑳 𝟏 𝑫 𝑬 𝟏 𝑻 𝜷𝑳 𝜷𝑼 𝟏 𝑫 𝑬 𝟏 𝑻 Implicações Empresas que são cíclicas que vendem artigos de luxo que vendem produtos e serviços com alto preço deveriam ter maiores betas Implicações Empresas com muita infraestrutura e backoffice e pequenas e jovens empresas deveriam ter maiores betas Fonte Aswath Damodaran Valuation Class Spring 2021 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Beta Alavancado e Beta Desalavancado 43 Vendas Custos e Despesas Variáveis Custos e Despesas Fixos Resultado Operacional Resultado Financeiro Lucro Antes do IR Tipo do Negócio Alavancagem Operacional Essencialidade do produto Elasticidade do preço Sensibilidade às situações econômicas Alavancagem Financeira Estrutura de custos operacionais fixos vs variáveis Maior parcela de custos fixos gera maior flutuação nos resultados operacionais Estrutura de capital da empresa Quanto mais dívida maior a despesa fixa financeira e maior o risco Beta Desalavancado Beta Alavancado UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Alavancagem do Beta 44 Dos fatores mencionados o tipo de negócio e a estrutura de custos fixos operacionais são relacionados ao setor O grau de alavancagem financeira é específico da empresa É importante notar que os betas observados nos mercados de capitais para empresas comparáveis incluem os diferentes graus de alavancagem dessas empresas Assim é necessário extrair o fator de alavancagem para calcular o fator de risco determinado pelo mercado sobre os riscos operacionais inerentes ao negócio Nesse contexto o beta setorial deve ser calculado com base em betas desalavancados conforme equação a seguir 𝜷𝑫𝒆𝒔𝒂𝒍𝒂𝒗𝒂𝒏𝒄𝒂𝒅𝒐 𝜷𝑨𝒍𝒂𝒗𝒂𝒏𝒄𝒂𝒅𝒐 𝟏 𝑫 𝑬 𝟏 𝑻 Onde D Debt participação de capital de terceiros na estrutura de capital E Equity participação de capital próprio na estrutura de capital T alíquota do IRCSLL O beta final calculado da empresa seria igual ao beta desalavancado médio do setor multiplicado pelo efeito da alavancagem financeira considerando a estrutura de capital específica da companhia 𝜷𝑨𝒍𝒂𝒗𝒂𝒏𝒄𝒂𝒅𝒐 𝑬𝒎𝒑𝒓𝒆𝒔𝒂 𝜷𝑫𝒆𝒔𝒂𝒍𝒂𝒗𝒂𝒏𝒄𝒂𝒅𝒐 𝑺𝒆𝒕𝒐𝒓𝒊𝒂𝒍 𝟏 𝑫 𝑬 𝟏 𝑻 𝑳 Alavancagem 𝑼 Risco do Negócio Risco Financeiro 𝟏 𝑫 𝑬 𝟏 𝑻 Risco Financeiro Varia de companhia para companhia Reflete o nível de endividamento de cada companhia Risco do Negócio Beta Setorial Desalavancado Relativo ao setor onde a empresa atua Tende a ser relativamente estável ao longo do tempo Estimado por meio de empresas semelhantes UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Bottomup Betas Metodologia 1 Qual o negócio da empresa 2 Identificar as empresas listadas que operam no mesmo ramo de negócio da firma e que são comparáveis 3 Calcular o Beta estatístico de cada empresa o É importante notar que os betas observados nos mercados de capitais para empresas comparáveis incluem os diferentes graus de alavancagem dessas empresas Assim é necessário extrair o fator de alavancagem para calcular o fator de risco determinado pelo mercado sobre os riscos operacionais inerentes ao negócio 4 Desalavancar o Beta calculado pela estrutura de capital de cada empresa 5 Computar uma média ou mediana dos betas desalavancados o Mediana caso a dispersão dos betas seja elevada 6 Calcular o Beta alavancado de acordo com a estrutura de capital da firma o Se projetase que a alavancagem financeira irá mudar durante o período de análise o Beta e o custo de capital também deveria mudar o Considerar a relação custo benefício quanto o valor da firma é sensível ao Beta 45 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Betas no Brasil Há sérias limitações no uso do Beta estatístico no Brasil o Falta de um histórico consistente o Poucas empresas e grande concentração de investimento em algumas empresas na BMFBOVESPA Exemplo Petrobras Vale Itaú Ambev o Reduzida competitividade no mercado o Falta de liquidez em algumas ações Alternativas mais utilizadas o Utilizar uma média ou mediana dos Betas desalavancados de empresas do mesmo setor e depois alavancar este beta considerando a estrutura de capital proposta para a empresa o Utilizar o beta de uma empresa semelhante desalavancálo e alavancálo novamente considerando a estrutura de capital proposta para a empresa 46 Betas no Brasil Exemplos Exemplo 1 Para calcular o Beta da sua empresa vocé coletou uma média dos Betas de empresas semelhantes O Beta medio computado foi de 060 A estrutura de capital da sua empresa é formada por 40 Divida Sabendoque a empresa paga uma aliquota de imposto de 34 qual seria uma estimativa razoavel para o beta da firma D Batavancado Boesatavancado 1 E 1 7 Balavancado 060 1 1 34 086 Patavancado 086 Exemplo 2 Para calcular o Beta da sua empresa vocé estimou através de uma regressao o Beta de uma empresa semelhante nos Estados Unidos O Beta calculado foi de 15 A empresa norteamericana opera com 80 de capital de terceiros e paga 35 de IR A estrutura de capital da sua empresa e formada por 40 Divida Sabendoque a empresa paga uma aliquota de imposto de 34 qual seria uma estimativa razoavel para o beta da firma Bpesatavancado pean 15 Bpesalavancado 18020135 Bpesatavancado 942 D Batavancado Boesalavancado 1 E 1 7 40 Balavancado 042 1 Prvaee 34 Balavancado 060 aJNIFESP UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo ere EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 47 ii Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo de Cálculo do Beta 1 48 Laudo de Avaliação OPA Gerdau Bradesco BBI UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo de Cálculo do Beta 2 49 Laudo de Avaliação OPA Unipar Carbocloro Santander UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo de Cálculo do Beta 4 50 Laudo de Avaliação Magnesita BR Partners UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo de Cálculo do Beta 3 51 Laudo de Avaliação OPA Vigor Credit Suisse UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo de Cálculo do Beta 4 52 Laudo de Avaliação OPA Souza Cruz Rothschild UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo de Cálculo do Beta 4 53 Laudo de Avaliação OPA Banco Sofisa Brasil Plural UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo de Cálculo do Beta 6 54 Laudo de Avaliação OPA Afluente Banco Fator Linha de Mercado de Titulos LMT ou Security Market Line SML Relacao entre retorno esperado e risco sistémico medido pelo beta O CAPM assume que todos os titulos estado sobre a SML a 0 Retorno Rp 16 V3 6 a0O ns 12 Oh anne Prémio de risco Rag 110 penne das acdes a ae 10299 oto Fémio de Prémio de risco arriscadas 10 Ra 89 riscodas de mercado 5 Taxa Livre de Risco 0 05 10 15 20 Risco B a diferenca entre a taxa de retorno razoavel e a efetivamente esperada a 0 acdo subprecificada barata maior retorno que o CAPM compra a 0 acdo sobreprecificada cara menor retorno que o CAPM venda open UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo ay a Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 55 enero Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Alfa de Jansen 1a interpretação A regressão do retorno do ativo 𝑨 com o retorno da carteira de mercado 𝑴 deveria produzir a seguinte equação o 𝑨 𝑨 𝑨 𝑴 Para o CAPM ser validado empiricamente 𝑨 𝒇 𝑨 de modo que o 𝑨 𝑨 𝑨 𝑴 𝒇 𝑨 𝑨 𝑴 e portanto o 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 Se 𝑨 𝒇 𝑨 Retorno de mercado é superior ao estimado pelo CAPM ação está subprecificada de acordo com o CAPM Se 𝑨 𝒇 𝑨 Retorno de mercado é inferior ao estimado pelo CAPM ação está sobreprecificada de acordo com o CAPM 56 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝑨 𝒇 𝑨 𝒇 𝑨 𝑨 𝑴 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Alfa de Jansen 2a interpretação Se o CAPM estiver correto 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 Uma regressão de 𝑨 𝒇 com 𝑴 𝒇 deveria produzir a seguinte equação o 𝑨 𝒇 𝑨 𝑨 𝑴 𝒇 o Neste caso 𝑨 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 Para o CAPM ser validado empiricamente 𝑨 de modo que 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 e portanto 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 Se 𝑨 0 Retorno de mercado é superior ao estimado pelo CAPM ação está subprecificada de acordo com o CAPM Se 𝑨 0 Retorno de mercado é inferior ao estimado pelo CAPM ação está sobreprecificada de acordo com o CAPM 57 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 Exemplo Alfa de Jansen A taxa de livre em um determinado mercado ée de 4 ao ano Nesta economia o retorno esperado de uma carteira de mercado e de 15 ao ano Uma determinada acao de beta 08 apresentou retorno de 14 ao ano no periodo Calcule o alfa de Jansen e indique se a acao esta sub ou sobre precificada de acordo com o CAPM E se o retorno fosse de 11 o Retorno esperado pelo CAPM Ry Ry BaRu Ry o Ry 4 0815 4 o Ry 4 08 11 O R A 88 o Rg 128 o Oretorno observado de mercado foi de 14 portanto 12 acima do que previsto pelo CAPM Alfa de Jansen 12 14 128 Agcao esta subprecificada de acordo com o CAPM proporcionando um maior retorno ao seu detentor Seo retorno do ativo no mercado fosse de 11 o alfa de Jansen seria negativo 18 indicando um retorno abaixo do que previsto pelo CAPM Ou seja de acordo com o CAPM 0 ativo proporciona menos retorno ao seu detentor estando portando sobreprecificado UNIFESP Universidade Federal de Sdo Paulo om Se EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 58 Pee ear oe Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior No equilíbrio de acordo com o CAPM 0 Se 0 oAtivo está subprecificado proporcionando um maior retorno do que o previsto pelo CAPM oCotação barata atrairá investidores oAumento da demanda fará com que a cotação se eleve até 0 Se 0 oAtivo está sobreprecificado proporcionando um maior retorno do que o previsto pelo CAPM oCotação cará afastará investidores estimulará a venda oAumento da oferta fará com que a cotação se reduza até 0 59 Nao confundir Linha do Mercado de Capitais LMC ou LAC com Linha do Mercado de Titulos LMT Linha do Mercado de Capitais LMC Linha de Alocacao de Capital LAC Linha do Mercado de Titulos LMT Capital Market Line CML Security Market Line SML Retorno Esperado Retorno Esperado Equacao CAPM RuRy Ra Ry Ba Equacao Bu RuRp Como By 1 Ra Rp F A Ry Re BaRuRy Ry Inclinagao Inclinagao Indice de Sharpe Indice de Treynor Ry Ru Ry Rr Ru R Su Bu 0 Risco 0 1 Risco Sistmico DesvioPadrao Beta a JNIFESE UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo fom yar EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 60 suntesaeeoe Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Índice de Treynor Relaciona o prêmio pelo risco pago por uma carteira medido pelo retorno em excesso ao de um titulo livre de risco com o coeficiente beta da carteira expressão de seu risco sistemático Quanto mais Elevado for o índice de Treynor mais alto é o retorno da carteira por unidade de risco assumido indicando um melhor desempenho do investimento 61 𝑨 𝒇 𝑨 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Conclusões do CAPM O risco relevante de uma ação individual é sua contribuição ao risco de uma carteira bem diversificada Visto que o β de uma ação determina como ela afeta o risco de uma carteira de marcado ele é a medida mais relevante do risco de qualquer ação Risco Diversificável o É causado por eventos aleatórios como ações judiciais greves planos de marketing malsucedidos perda de um contrato importante além de outros eventos específicos de cada empresa o Seus efeitos sobre a carteira podem ser eliminados com a diversificação o Os efeitos negativos de uma empresa podem ser compensados por efeitos positivos de outra Risco de Mercado ou Sistêmico Medido pelo Beta o Fatores que afetam sistematicamente a maioria das empresas como guerras crises inflação e altas taxas de juros o O risco de mercado não pode ser eliminado com a diversificação 62 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior josecarreraunifespbr 63 Obrigado Dúvidas
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UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Mercado Financeiro CAPM Capital Asset Pricing Model Prof Dr José Marcos Carrera Junior São Paulo Agosto 2020 1 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Mini Currículo do Professor Prof Dr José Marcos Carrera Junior Forte experiência em Finanças Corporativas MA Valuation e Controladoria adquirida durante a vida acadêmica e profissional em consultorias boutique de investimento e em grandes multinacionais tendo participado de diversas transações nacionais e internacionais Atualmente é Assessor Financeiro e Professor de Finanças Corporativas Doutor pela Fundação Getulio Vargas FGVEAESP com estágio doutoral na Universidade de Columbia em Nova York Mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas FGVEAESP e Mestre em Finanças pela Universidade de São Paulo FEAUSP formado em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo FEAUSP Professor de Métodos Quantitativos Aplicados ao Mercado Financeiro na UNIFESP Universidade Federal de São Paulo FIA FECAP In Company FGV In Company Ibmec In Company MBA EACHUSP e Saint Paul Escola de Negócios e Financial Advisor na Plata Capital Partners e na Pezco Economic Business Intelligence Sócio fundador do Finanças 101 canal no YouTube com vídeos e aulas de finanças e economia Contato josemarcoscjgmailcom 2 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Fontes ASSAF NETO Alexandre Mercado Financeiro 14a Edição Atlas São Paulo 2018 3 BODIE Zvi KANE Alex MARCUS Alan Investimentos 14ª Ed McGraw Hill 2014 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Como estimar o custo do capital próprio Quanto você deseja de retorno para se tornar sócio ou acionista num empreendimento oCertamente você desejaria uma remuneração acima de algo sem risco Mas como estimar 4 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo CAPM Capital Asset Pricing Model 5 Quando você exigiria de retorno para investir numa empresa no seguinte cenário A taxa de remuneração dos títulos soberanos do governo desta economia é de 6 ao ano A rentabilidade da bolsa de valores desta economia em média é 8 superior à rentabilidade dos títulos soberanos do governo desta economia Enquanto em media o título soberano rende 6 ao ano a bolsa de valores desta economia rende 14 ao ano O retorno da empresa tem um fator de sensibilidade de 07 em relação ao retorno da bolsa de valores desta economia Em média quando a bolsa sobe 1 o retorno da empresa é de 07 Em média quando a bolsa cai 1 o retorno da empresa é de 07 Racional Você poderia investir sem risco nesta economia e obter um retorno de 6 ao ano basta investir nos títulos soberanos do governo equivalente à nossa Selic e CDI O mínimo de retorno que um investidor aceitaria para investir nesta economia seria de 6 ao ano Alternativamente o investidor poderia aceitar um risco maior e investir na bolsa de valores Para incorrer num risco maior ele exigirá um prêmio de retorno para compensar o risco de mercado Neste caso o prêmio é de 8 ao ano que é quanto em media o retorno da bolsa de valores supera o retorno de um investimento sem risco Para investir no mercado como um todo ou seja na bolsa de valores desta economia o investidor iria requerer 14 de retorno 6 o prêmio de risco de mercado de 8 Entretanto neste caso a empresa apresenta um comportamento menos arriscado do que a bolsa de valores ou seja o retorno da empresa em media tem uma sensibilidade de 07 sobre o retorno da bolsa de valores Portanto devemos ajustar o prêmio para investimento no mercado pelo fator 07 078 56 PARA INVESTIR NESTA EMPRESA O INVESTIDOR IRIA REQUERER UM RETORNO MÍNIMO DE 116 anuais 6 investimento sem risco 56 do prêmio de risco de mercado ajustado ao risco da empresa UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo CAPM Capital Asset Pricing Model 6 Quando você exigiria de retorno para investir numa empresa no seguinte cenário A taxa de remuneração dos títulos soberanos do governo desta economia é de 6 ao ano A rentabilidade da bolsa de valores desta economia em média é 8 superior à rentabilidade dos títulos soberanos do governo desta economia Enquanto em media o título soberano rende 6 ao ano a bolsa de valores desta economia rende 14 ao ano O retorno da empresa tem um fator de sensibilidade de 07 em relação ao retorno da bolsa de valores desta economia Em média quando a bolsa sobe 1 o retorno da empresa é de 07 Em média quando a bolsa cai 1 o retorno da empresa é de 07 O que fizemos não foi nada além de aplicar o CAPM 𝒌𝑬 𝑹𝑭 𝜷 𝑹𝑴 𝑹𝑭 𝑹𝑭 Taxa livre de risco retorno esperado de um ativo sem risco 6 𝑹𝑴 Retorno de uma carteira de mercado diversificada composta por todos os ativos com risco na economia 14 𝑹𝑴 𝑹𝑭 Equity Risk Premium ERP ou Prêmio de Risco de Mercado PRM 8 𝜷 Beta fator de risco do modelo Mede quanto a variação no retorno de um ativo com risco é explicada pela variação no retorno da carteira de mercado 07 𝒌𝑬 6 078 𝒌𝑬 6 56 𝒌𝑬 116 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Introdução e importância do CAPM Um dos aspectos mais relevantes do desenvolvimento da teoria de finanças e risco é o conhecido modelo de precificação de ativos amplamente divulgado por CAPM Capital Asset Pricing Model O CAPM é derivado da teoria do portfolio estudada anteriormente e busca mais efetivamente uma resposta de como devem ser relacionados e mensurados os componentes básicos de uma avaliação de ativos risco e retorno O CAPM é um modelo de precificação unifatorial apenas um fator de risco bastante o mais utilizado nas várias operações do mercado de capitais O coeficiente beta medida obtida do modelo indica o incremento necessário no retorno de um ativo de forma a remunerar adequadamente seu risco sistemático 7 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Premissas de um Mercados Eficientes Nenhum participante do mercado tem a capacidade de sozinho influenciar os preços O mercado de uma maneira geral é constituído de investidores racionais decidindo sobre alternativas que promovam o maior retorno possível para um determinado nível de risco ou o menor risco possível para um certo patamar de retorno Todas as informações estão disponíveis a todos de maneira instantânea e gratuita de forma que nenhum investidor apresenta qualquer acesso privilegiado às informações Inexistência de racionamento de capital permitindo que todos os agentes tenham acesso equivalente às fontes de crédito Os ativos são perfeitamente divisíveis e negociados sem restrições e custos de transação As expectativas dos investidores são homogêneas isto é apresentam o mesmo nível de apreciação com relação ao desempenho futuro do mercado Existe uma taxa de juros de mercado definida como livre de risco 8 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Investidor Marginal Os modelos de risco e retorno em finanças assumem que o risco que deveria ser remunerado deveria ser o risco percebido pelo investidor marginal Investidor Marginal oEstão definindoafetando o preço da ação oTem milhões de ações e negociam estas ações oPremissa é diversificado possui um portfolio diversificado oO risco importante para o investidor marginal é o risco que adiciona ao risco de um portfolio diversificado 9 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior O benefício marginal da diversificação vai sendo reduzido na medida que incluímos mais ativos na carteira Conforme se amplia a diversificação da carteira por meio da inclusão de mais títulos seu risco total decresce em função da redução do risco específico e não sistemático Esse processo é limitado pela presença do risco sistemático ou sistêmico comum a todos os ativos A partir de um certo número de ativos o risco da carteira se mantém praticamente estável correspondendo praticamente a sua parte não diversificável O risco de uma carteira pode ser reduzido mediante um processo de diversificação permanecendo unicamente o elemento sistemático que está relacionado com o comportamento do mercado em geral Dessa forma ao compor uma carteira de ativos sua medida relevante de risco passa a ser o risco sistemático já que o outro componente específico pode ser mitigado pela diversificação 10 Retorno esperado da carteira com n ativos Média ponderada de cada um dos ativos que compoe a carteira em are Or ae ies WcRc e wRn 7 i Satis Ie pUNITEESP UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo ere EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 11 Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Retorno esperado da carteira com n ativos na forma matricial 𝒑 𝑨 𝑩 𝑪 𝒏 𝑨 𝑩 𝑪 𝒏 12 Importante para adaptarmos para o Excel MATRIZMULT no Excel em português MMULT no Excel em inglês 𝒑 𝑨 𝑨 𝑩 𝑩 𝑪 𝑪 𝒏 𝒏 Risco de uma carteira de n ativos Desvio Padrao de uma carteira de 3 ativos Sp ALC w2VarRg w2VarRc 2wawgCovRg Rg 2wawcCovRa Rc 2wgwcCovRz Rc Sp ARG w2VarRg w2VarRc 2wasawgsgCorrRag Rg 2WaSqWcScCorrRg Rc 2wgsgwcScCorrRg Rc Desvio Padrao de uma carteira de n ativos n n Sp a a wjwCovR Rx Sp wVarR 2 ae Oe j1 Pas j1 Pas UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo ay a EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 13 suntesaeeoe Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Variancia de uma carteira VarRp de n ativos na forma matricial covR4R4 covRyRg covRgRc covRgRn Wa covRpR covRgRg covRgRc covRgRn We VarRp Wa We Wc WnlcovRcR covRcRg covRRc covRRy We covRR covRy Rp covRy Rc covRyRy Wn Dado que a correlacdo entre o retorno de um ativo com ele mesmo é corR Rn oo 1 Entdo covRR VarR VarR covRyRg covRy Re covURy Rk Wa covRz Ra VarRg covRzRe covRpR We VarRpWa We We WnalcovRcR covRc Rp VarRc covRR Wc covRn Ra covRn Rg covRRc VarR Wn VarRp w VarR covRg Ry covRc Ra CoVRyRa We covRRg VarRg covRc Rg covRyRg We covRy Rc covRg Rc VarRc covRn Rc wn A Wp covRyR covRpR covR Ry VarR Wo Wn Cs UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo On ee EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 14 Ae ee OO Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Variancia de uma carteira VarRp de n ativos na forma matricial VarRp wy VarRa covRg Ra covRc Ra covRn Ra We covR4 Rg VarRg covRc Rg covRnRg We covR4 Rc covRg Rc VarRc covRn Rc wWn A WB covRy Ryn covRp Ryn covR Rn VarRn Wo Wn VarRp w4 VarR covRg Ra covRc Ra CovRn Ra We covRy Rg VarRg covRc Rg covRy Rg wz covRy Rc covRzR VarRc covRn Rc toe w2 covRyR covRz R covRR VarR VarRp w4VarR w3VarRpg w2VarRc wW2VarR 2w4wpcovRy Rp 2wwccovRy Rc 2WawcovRy R 2WgwccovRz Rc 2WewcovRz Ry 2WcwcovRe Ryt a JNIFESP UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo ere EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 15 Sra e eego a Ae Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Variância de uma carteira de ativos na forma matricial 16 MATRIZMULT no Excel em português MMULT no Excel em inglês UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Problema para carteiras com n ativos de Markowitz 17 Construir a matriz de covariância ou correlação entre os n ativos da carteira UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Grande Ideia de Sharpe Relativizar o retorno de um ativo com o retorno de um ativo padrão de mercado 18 Relativizar o retorno de um ativo com o retorno de um ativo padrão de mercado UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Modelo de Sharpe A grande ideia Grande ideia do Sharpe calcular o coeficiente de correlação linear dos ativos em relação a um único ativo que atuaria como uma espécie de padrão para as comparações Sharpe considerou como ativopadrão o que foi chamado de carteira de mercado o Combinação de todos os ativos com risco existentes em proporções correspondentes aos seus valores de mercado o Deve incluir ações debêntures imóveis objetos de arte commodities e assim por diante o Esta carteira de mercado estaria disponível a todos os investidores racionais portanto diversificação não é um problema Fixado o ativo padrão dado pela carteira de mercado o próximo passo seria obter esta carteira ou algo que dela se aproximasse Em termos práticos considerase como carteira de mercado o mercado secundário de ações e seu índice de preços como base para cálculo dos retornos Em seguida devese equacionar o retorno médio da carteira e o risco em função da correlação linear de cada ativo com a carteira de mercado 19 Modelo de Sharpe e Sharpe trabalhou em cima do modelo de Markowitz n i Mens j1 n n y VarR wVarR 2 wjwCovR Rx j1 a Dificuldades encontradas calculo das covariancias entre os retornos de diversos ativos A ideia inicial era de substituir as covaridncias pelos coeficientes de correlacao linear covxy corrx y An a Entretanto o calculo nao seria muito facilitado ao trocar o calculo das covariancias pelo coeficiente de correlacdo linear visto que um é funcao do outro UNIFESP Universidade Federal de S40 Paulo Onn EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 20 OAs ee ne Pe Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior LAC LINHA DE ALOCAÇÃO DE CAPITAL ou LMC LINHA DO MERCADO DE CAPITAIS CML CAPITAL MARKET LINE 21 Fronteira Eficiente de Ativos Com Risco 𝒇 Retorno de um Ativo Livre de Risco Investidores racionais buscariam combinações da carteira de mercado M compostas por ativo com risco e do Ativo Livre de Risco pois é a que maximiza a relação risco e retorno ponto tangente a fronteira eficiente de ativos com risco 𝑴 𝑴 𝑰𝒏𝒄𝒍𝒊𝒏𝒂çã𝒐 𝑹𝑴 𝑹𝒇 𝝈𝑴 ÍNDICE DE SHARPE Quanto a carteira oferece de retorno adicional a taxa livre de risco para cada risco adicional LAC tem índice de Sharpe Máximo maior inclinação 𝑨 𝒇 𝑴 𝒇 𝑴 𝑨 Carteiras do tipo C formadas pelos ativos A e M com risco Carteiras do tipo C formadas pelos ativos Livre de Risco e M ponto ótimo da fronteira eficiente Cateto Oposto 𝑹𝑴 𝑹𝒇 Cateto Adjacente 𝝈𝑴 ϴ Formando uma carteira Otima do Ativo A e de uma carteira eficiente de mercado M A fronteira eficiente de ativos com risco indicada é dada pela combinacao de um Ativo A e da carteira eficiente de mercado M Esta combinacao por sua vez e determinada pela participaao do ativo A nesta carteira e este indicador é representado por wy o Por consequéncia a participado da carteira eficiente de mercado M é dada por 1 w Devido as contribuigdes de Markowitz 1952 sabese que o retorno esperado e o risco de uma carteira formada pelo ativo A e pela carteira eficiente de mercado M SdaO o ER WwR 1wRu 0 S w3VarRa 1 wy2VarRy 2wy1 wyCovRyg Ry Para encontrar uma carteira otima dada pela reta tangente a hiperbole da fronteira eficiente de ativos com risco maxima inclinacdo devese derivar as equacdes em W igualar a zero 0 SEO Ry Ry WA 6 OSc waVarRg12wCovRgRytwa1VarRy Ow Sc pUNIFESE UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo om Se EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 22 Sra e eego a Ae Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Coeficiente angular inclinagdo maxima de uma carteira 6tima formada pelo Ativo A e por uma carteira eficiente de mercado M OER e RR awa A M OSc WaVarRag12wyCovRyRywa1VarRy Ow Sc Em uma situacao de equilibrio de mercado nao haveria alocagao em um unico ativo A pois sabese que esta estrategia nao seria eficiente o Isto implicaem wy 0 e risco da carteira igual ao da carteira de mercado S Sy OSc WwyVartRyt 12wyCovR4Ruytw41VarRy Ow 7 Sc OSc CovR4RmVarRm Owa 7 SM Encontrariamos o coeficiente angular da reta tangente maxima inclinacao nestas condioes se dividissemos a derivada do retorno esperado em Wy pela derivada do riscoem Ww OERc 5 w RaRm RaRmSm Osc CovRaRyVarRm CovRgRyVarRm Ow SM aJNIFEST UNIFESP Universidade Federal de S30 Paulo om Se EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 23 ere es Roe Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Estimando o retorno esperado do Ativo A a partir de sua contribuicao para a formacao da carteira de mercado Ainclinagao ou coeficiente angular da LAC Linha de Alocagao de Capital ou seja da reta tangente ao ponto M também é expressa por Ry R7Sy Portanto e possivel igualar ambas as expresses o RacRusm Ru Ry CAPM Capital Asset Pricing Model CovRg4RmMVarRm Sm CovRa Ry als a eerg CS Desenvolvendo e isolando Ra Cia CovRRuyVarRmy Ra Ry Rp Ae R O My M 1 VarRm M CovRy Ry B Bet CovRaRm VarRm VarR Pa beta o Ry Ru Ry orha uy vartRn ew Ry Rm CovRgRm o Ry Ry R orha a 1 Ry RRrBaRu R CovRaRm A a ye M a O Ry Fart Rm Rp Ru Rp Rv CovR4Rm o Ra Rye Ru Ry aJNIFEST UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo om Se EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 24 ain Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Regressao Linear entre o Ativo e um ativo padrao determinado pela Carteira de Marcado Sharpe Regressao linear entre o retorno de um ativo A dado por Ry e o retorno da carteira de mercado M dado por Ry segundo a equacao or A bRyte Na qual R Retorno do ativoA a Coeficiente resultante da regressdo constante indicando o ponto de origem da regressdao b Coeficiente resultante da regressdo inclinacgdo quanto ry responde as variacdes de Ry Ry Retorno da carteira de mercado e Erro aleatorio da regressdo tal que Ee 0 A regressao permite que se relacione dentro do modelo de precificagdo de ativos o comportamento de um titulo ou carteira especifica de titulos com a carteira de mercado procurando descrever como as acoes por exemplo se movem diante de alteracgdes verificadas no mercado como um todo O erro aleatorio é independente de qualquer outro ativo ou ao mercado Assim cove para qualquer ativo x e cove4 Ry 0 aJNIFESP UNIFESP Universidade Federal de Sdo Paulo om Se EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 25 Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Retorno Meédio do Ativo A Sharpe Calculando a média retorno esperado dos retornos através da equacao RabRyte Rg ERg Eag bgRy eg Ry Ela bRu e Ry Elag EbaRy Flea O valor esperado de uma constante é a propria constante Assim Ea ay e EbyRy bERy Ry a bERy Efle O erro da regressdo é aleatorio devendo ter média valor esperado igual a zero Ee 0 O valor esperado do retorno da carteira de mercado é ERy Ry Assim temse que gr At PNA GY UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo om EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 26 Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Variancia dos Retornos do Ativo A Propriedade da Variancia 1 ao multiplicar uma variavel aleatoria por uma constante a variancia sera VaraXx aVarX Propriedade da Variancia 2 a variancia da soma de duas variaveis aleatorias sera VarX Y VarX VarY 2CovXY Calculando o varidncia dos retornos através da equacdo Ry a bRy eg temos o Var Ry Vara b4Ry ea o VarR Vara VarbRy Vare 2covag baRy 2covaye 2covbRy ea o VarR Vara béVarRy Vare 2covay baRy 2covag e 2covbyRy ea Como a é uma constante entao Vara0 nado varia e suas covaridncias sao nulas Assimcomo by também é uma constante e nao tem covariancia com outras variaveis Entao covbaRyea4bcovRyes tStOSS covtR ms e 0 pois o erro aleatério e é independente da carteira de mercado Portanto covbRy ea 0 VarR Verlag b2VarRy Vare 2eovlag baa 2e0vlag en Zeovb Ren VarR b4VarRy Vare UNIFESP UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo ee EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 27 OAs ee ne Pe Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Retorno Médio e Risco do Ativo A Sharpe 28 𝑨 𝑨 𝟐 𝑴 𝑨 𝑨 𝑨 𝑨 𝑴 Retorno médio do ativo A Variância dos retornos do ativo A 𝒃𝑨 𝟐𝑽𝒂𝒓 𝑹𝑴 Risco sistemático ou da conjuntura do mercado Relacionado com o mercado como um todo É a medida de risco relevante para o investidor apresentando uma sensibilidade com o mercado 𝑽𝒂𝒓 𝒆𝑨 risco próprio do ativo A ou risco diversificável Fatores alheios ao mercado ou seja independe do que ocorre no mercado sendo definido como risco não sistemático 𝜶𝑨 retorno em excesso Em um mercado perfeito e em equilíbrio e de acordo com o CAPM 𝜶𝑨 0 𝒃𝑨𝑹𝑴 Parcela do retorno do ativo explicada pela sua relação com uma carteira diversificada de mercado Coeficiente B beta de um Ativo a At NAGY Calculando a covariancia entre R e Ry sabendo que Ry a4 bRy temos o covR Ry cova baRy Ruy o covRRy covaRy covbRy Ru Como a é uma constante entdo cova Ry 0 O covR Ry covlag Ra covb4Ry Ru o covR Ry covbyRyRy Assim como by também é uma constante e nao tem covariancia com outras variaveis entdo O covR Ry bcovRy Ry covR4 Rm ba covRyRmu RyR Como corrRyRm 1 correlacdo do metorno de mercado com ele mesmo entao em Coeficiente Angular inclinagdo da reta o covRyRy SySmM de regressdo do Retorno do Ativo com o Retorno da Carteira de Mercado o covRyRy VarRy o b4 covRa Rm yh SAC TS Ry CovRy Ru Ba Beta VarRu TRG VarRm aJNIFEST UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo om Se EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 29 ain Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior CAPM Capital Asset Pricing Model 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 30 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 𝑹𝑨 Retorno do Ativo 𝑹𝒇 Retorno de um ativo livre de risco 𝑹𝑴 𝑹𝒇 Prêmio de Risco de Mercado quanto uma carteira de mercado rende acima de uma taxa livre de risco 𝑹𝑴 Retorno de uma carteira de mercado 𝜷𝑨 Coeficiente beta do ativo coeficiente angular da reta de regressão formada pelos retornos dos ativos e dos retornos de uma carteira de mercado Quanto que os retornos do ativo respondem às variações do retorno da carteira de mercado 𝑪𝒐𝒗 𝑹𝑨 𝑹𝑴 𝑽𝒂𝒓𝑹𝑴 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Beta β Medida de Risco Relativo Risco Sistêmico ou Risco Sistemático Risco Sistêmico o Único fator de risco relevante no CAPM o Quanto o retorno de uma ação responde às variações no retorno de uma carteira diversificada de mercado O risco relevante de uma ação é sua contribuição ao risco de uma carteira bem diversificada o Visto que o Beta de uma ação determina como ela afeta o risco de uma carteira de marcado ele é a medida mais relevante do risco de qualquer ação O Beta de uma ação mede sua contribuição para a variância da carteira de mercado por unidade de risco Consequentemente o prêmio de risco por investir em um ativo de risco é dado em função do Beta 31 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Entendendo o Coeficiente Beta β O β beta de uma ação mede sua contribuição para a variância da carteira de mercado por unidade de risco Consequentemente o prêmio de risco por investir em um ativo de risco é dado em função do β β 1 modulo os ativos se comportam da mesma forma que o mercado Se o mercado sobe os ativos sobem no mesmo percentual o mesmo ocorrendo se houver uma baixa no mercado O risco da ação é igual ao risco sistemático do mercado como um todo Estes ativos são chamados tipo médio β 1 modulo estes ativos são do tipo agressivo Se o mercado sobe em determinado percentual o ativo sobe mais que o mercado e se o mercado cai em determinado percentual o ativo cai mais que o mercado Retrata um risco sistemático maior que o da carteira de mercado β 1 modulo estes ativos são do tipo defensivo Apresentam risco sistemático menor do que o do mercado como um todo o 0 β 1 se o mercado sobe em determinado percentual o ativo sobe menos que o mercado e se o mercado cai em determinado percentual o ativo cai menos que o mercado o β 0 o ativo se comporta de maneira contrária ao mercado ou seja se o mercado sobe o ativo cai e viceversa o β 0 o ativo é indiferente ao mercado ou livre de risco 32 Beta 8 Medida de Risco Relativo Risco Sistemico ou Risco Sistematico Risco relativo a um portfolio diversificado Ri retorno do ativo e Reta de Regressao Ri a BiRu RizaBRm Coeficiente angular da reta de regressdo es linear entre R e Ry oo g Aki Beta da empresa i B VarRm e ee e ARm os s 22 nwnnncccnonssccnnntieceratasen 5 0 Quanto da variacao no retorno da acdo da eo ef oe A B 07 empresa i é explicada pela variagdo no AR07 B sf ue gt roe T0 retorno do mercado Ry 15 ce eeeeeenen ging ssw aye e a e are Le B 07 Ab coeficientelarigular p oki Cuidados com a Regressao a maneira como 6e YS ARm organizase a regressao definira o beta Qual o indice utilizado para estimar o Ry a Qual periodo utilizado na regressao 1 2 Rm retorno da Que tipo de retorno Diario semanal carteira de mensal mercado Observar o erro padrao do beta e seu ARm 1 intervalo de confianga No exemplo beta 07 em média quando o mercado sobre 1 0 retorno do ativo sobe 07 e igualmente quando o mercado cai 1 o retorno do ativo cai 07 J NIFESP UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo om Se EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 33 ee ve Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Beta 8 Medida de Risco Relativo Risco Sistemico ou Risco Sistematico Qual ativo tem o maior Beta A Ri retorno do ativo B O Ativo A tem o maior Beta pois 6 o que tem o retorno mais sensivel as Cc variacdes do retorno de mercado X Y Rm retorno da J carteira de mercado ARin J NIFESP UNIFESP Universidade Federal de Sdo Paulo ee EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 34 peeenes eeeror ome Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplos CAPM Qual é o retorno esperado de uma aao quando a taxa livre de risco do mercado e de 7 ao ano o retorno médio de uma carteira de mercado é de 16 ao ano e o beta da acdo é de 12 o Ry 7 1216 7 o Ry 74129 oO R 7 108 o R 178 aoano Qual é o retorno esperado de uma ado quando a taxa livre de risco do mercado e de 5 ao ano 0 prémio de risco de mercado é de 10 ao ano e o beta da acdo é de 07 Oo Ra 5 07 10 O R 5 7 o R4g 12 ao ano a JNIFESP UNIFESP Universidade Federal de S30 Paulo ere EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 35 Pee ear oe Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Cuidados com a Regressão a maneira como organizase a regressão definirá o beta Qual o índice utilizado para estimar o 𝑴 o Índice local Ibovespa IBrX Outro o Índice global SP500 Outro dolarizar os retornos Qual período utilizado na regressão o Últimos 2 anos o Últimos 5 anos o Últimos 10 anos o Todo o período Que tipo de retorno o Diário o Semanal o Mensal Observar o erro padrão do beta e seu intervalo de confiança 36 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Ruído Beta não confiável Alto Desvio Padrão 37 GoPro Beta 1604 vs SP 500 Retornos Semanais Período de 2 anos 95 confiança 2 desvios padrão o intervalo de confiança do beta é muito alto 06 26 Fonte Aswath Damodaran Valuation Class Spring 2020 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Viés de Representatividade no Beta Estatístico 38 Nokia Beta 10 vs Helsinque Index Retornos Semanais Período de 2 anos Nokia tem alta relevância na composição do índice 80 de Helsinque no começo dos anos 2000 Fonte Aswath Damodaran Valuation Class Spring 2020 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Game Playing Bombardier 39 Apenas mudando o índice de comparação alteramos o Beta significativamente Beta 1704 Maior WACC Menor Valor Beta 1206 Menor WACC Maior Valor Fonte Aswath Damodaran Valuation Class Spring 2020 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Game Playing Embraer 40 ADR Embraer vs SP 500 Beta 1209 Maior WACC Menor Valor Embraer vs Ibovespa Beta 0685 Menor WACC Maior Valor Fonte Aswath Damodaran Valuation Class Spring 2020 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Cuidado com o Cálculo do Beta O Beta irá variar dependendo de como montamos a regressão e selecionamos os dados Um analista com alguma habilidade pode facilmente manipular este coeficiente 41 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Determinantes do Beta Risco Operacional e Financeiro 42 Beta Risco Relativo Beta Desalavancado Beta Alavancado Endividamento Tudo mais constante quanto maior o endividamento maior o risco e maior o Beta Natureza da Operação Tudo mais constante quanto menos essencial o produto maior o risco e maior o Beta Alavancagem Operacional Tudo mais constante quanto maior a participação de custos fixos na estrutura de custos maior o risco e maior o Beta Empresas de um mesmo setor tendem a ter natureza da operação e alavancagem operacional semelhantes 𝜷𝑼 𝜷𝑳 𝟏 𝑫 𝑬 𝟏 𝑻 𝜷𝑳 𝜷𝑼 𝟏 𝑫 𝑬 𝟏 𝑻 Implicações Empresas que são cíclicas que vendem artigos de luxo que vendem produtos e serviços com alto preço deveriam ter maiores betas Implicações Empresas com muita infraestrutura e backoffice e pequenas e jovens empresas deveriam ter maiores betas Fonte Aswath Damodaran Valuation Class Spring 2021 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Beta Alavancado e Beta Desalavancado 43 Vendas Custos e Despesas Variáveis Custos e Despesas Fixos Resultado Operacional Resultado Financeiro Lucro Antes do IR Tipo do Negócio Alavancagem Operacional Essencialidade do produto Elasticidade do preço Sensibilidade às situações econômicas Alavancagem Financeira Estrutura de custos operacionais fixos vs variáveis Maior parcela de custos fixos gera maior flutuação nos resultados operacionais Estrutura de capital da empresa Quanto mais dívida maior a despesa fixa financeira e maior o risco Beta Desalavancado Beta Alavancado UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Alavancagem do Beta 44 Dos fatores mencionados o tipo de negócio e a estrutura de custos fixos operacionais são relacionados ao setor O grau de alavancagem financeira é específico da empresa É importante notar que os betas observados nos mercados de capitais para empresas comparáveis incluem os diferentes graus de alavancagem dessas empresas Assim é necessário extrair o fator de alavancagem para calcular o fator de risco determinado pelo mercado sobre os riscos operacionais inerentes ao negócio Nesse contexto o beta setorial deve ser calculado com base em betas desalavancados conforme equação a seguir 𝜷𝑫𝒆𝒔𝒂𝒍𝒂𝒗𝒂𝒏𝒄𝒂𝒅𝒐 𝜷𝑨𝒍𝒂𝒗𝒂𝒏𝒄𝒂𝒅𝒐 𝟏 𝑫 𝑬 𝟏 𝑻 Onde D Debt participação de capital de terceiros na estrutura de capital E Equity participação de capital próprio na estrutura de capital T alíquota do IRCSLL O beta final calculado da empresa seria igual ao beta desalavancado médio do setor multiplicado pelo efeito da alavancagem financeira considerando a estrutura de capital específica da companhia 𝜷𝑨𝒍𝒂𝒗𝒂𝒏𝒄𝒂𝒅𝒐 𝑬𝒎𝒑𝒓𝒆𝒔𝒂 𝜷𝑫𝒆𝒔𝒂𝒍𝒂𝒗𝒂𝒏𝒄𝒂𝒅𝒐 𝑺𝒆𝒕𝒐𝒓𝒊𝒂𝒍 𝟏 𝑫 𝑬 𝟏 𝑻 𝑳 Alavancagem 𝑼 Risco do Negócio Risco Financeiro 𝟏 𝑫 𝑬 𝟏 𝑻 Risco Financeiro Varia de companhia para companhia Reflete o nível de endividamento de cada companhia Risco do Negócio Beta Setorial Desalavancado Relativo ao setor onde a empresa atua Tende a ser relativamente estável ao longo do tempo Estimado por meio de empresas semelhantes UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Bottomup Betas Metodologia 1 Qual o negócio da empresa 2 Identificar as empresas listadas que operam no mesmo ramo de negócio da firma e que são comparáveis 3 Calcular o Beta estatístico de cada empresa o É importante notar que os betas observados nos mercados de capitais para empresas comparáveis incluem os diferentes graus de alavancagem dessas empresas Assim é necessário extrair o fator de alavancagem para calcular o fator de risco determinado pelo mercado sobre os riscos operacionais inerentes ao negócio 4 Desalavancar o Beta calculado pela estrutura de capital de cada empresa 5 Computar uma média ou mediana dos betas desalavancados o Mediana caso a dispersão dos betas seja elevada 6 Calcular o Beta alavancado de acordo com a estrutura de capital da firma o Se projetase que a alavancagem financeira irá mudar durante o período de análise o Beta e o custo de capital também deveria mudar o Considerar a relação custo benefício quanto o valor da firma é sensível ao Beta 45 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Betas no Brasil Há sérias limitações no uso do Beta estatístico no Brasil o Falta de um histórico consistente o Poucas empresas e grande concentração de investimento em algumas empresas na BMFBOVESPA Exemplo Petrobras Vale Itaú Ambev o Reduzida competitividade no mercado o Falta de liquidez em algumas ações Alternativas mais utilizadas o Utilizar uma média ou mediana dos Betas desalavancados de empresas do mesmo setor e depois alavancar este beta considerando a estrutura de capital proposta para a empresa o Utilizar o beta de uma empresa semelhante desalavancálo e alavancálo novamente considerando a estrutura de capital proposta para a empresa 46 Betas no Brasil Exemplos Exemplo 1 Para calcular o Beta da sua empresa vocé coletou uma média dos Betas de empresas semelhantes O Beta medio computado foi de 060 A estrutura de capital da sua empresa é formada por 40 Divida Sabendoque a empresa paga uma aliquota de imposto de 34 qual seria uma estimativa razoavel para o beta da firma D Batavancado Boesatavancado 1 E 1 7 Balavancado 060 1 1 34 086 Patavancado 086 Exemplo 2 Para calcular o Beta da sua empresa vocé estimou através de uma regressao o Beta de uma empresa semelhante nos Estados Unidos O Beta calculado foi de 15 A empresa norteamericana opera com 80 de capital de terceiros e paga 35 de IR A estrutura de capital da sua empresa e formada por 40 Divida Sabendoque a empresa paga uma aliquota de imposto de 34 qual seria uma estimativa razoavel para o beta da firma Bpesatavancado pean 15 Bpesalavancado 18020135 Bpesatavancado 942 D Batavancado Boesalavancado 1 E 1 7 40 Balavancado 042 1 Prvaee 34 Balavancado 060 aJNIFESP UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo ere EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 47 ii Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo de Cálculo do Beta 1 48 Laudo de Avaliação OPA Gerdau Bradesco BBI UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo de Cálculo do Beta 2 49 Laudo de Avaliação OPA Unipar Carbocloro Santander UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo de Cálculo do Beta 4 50 Laudo de Avaliação Magnesita BR Partners UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo de Cálculo do Beta 3 51 Laudo de Avaliação OPA Vigor Credit Suisse UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo de Cálculo do Beta 4 52 Laudo de Avaliação OPA Souza Cruz Rothschild UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo de Cálculo do Beta 4 53 Laudo de Avaliação OPA Banco Sofisa Brasil Plural UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Exemplo de Cálculo do Beta 6 54 Laudo de Avaliação OPA Afluente Banco Fator Linha de Mercado de Titulos LMT ou Security Market Line SML Relacao entre retorno esperado e risco sistémico medido pelo beta O CAPM assume que todos os titulos estado sobre a SML a 0 Retorno Rp 16 V3 6 a0O ns 12 Oh anne Prémio de risco Rag 110 penne das acdes a ae 10299 oto Fémio de Prémio de risco arriscadas 10 Ra 89 riscodas de mercado 5 Taxa Livre de Risco 0 05 10 15 20 Risco B a diferenca entre a taxa de retorno razoavel e a efetivamente esperada a 0 acdo subprecificada barata maior retorno que o CAPM compra a 0 acdo sobreprecificada cara menor retorno que o CAPM venda open UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo ay a Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 55 enero Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Alfa de Jansen 1a interpretação A regressão do retorno do ativo 𝑨 com o retorno da carteira de mercado 𝑴 deveria produzir a seguinte equação o 𝑨 𝑨 𝑨 𝑴 Para o CAPM ser validado empiricamente 𝑨 𝒇 𝑨 de modo que o 𝑨 𝑨 𝑨 𝑴 𝒇 𝑨 𝑨 𝑴 e portanto o 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 Se 𝑨 𝒇 𝑨 Retorno de mercado é superior ao estimado pelo CAPM ação está subprecificada de acordo com o CAPM Se 𝑨 𝒇 𝑨 Retorno de mercado é inferior ao estimado pelo CAPM ação está sobreprecificada de acordo com o CAPM 56 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝑨 𝒇 𝑨 𝒇 𝑨 𝑨 𝑴 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Alfa de Jansen 2a interpretação Se o CAPM estiver correto 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 Uma regressão de 𝑨 𝒇 com 𝑴 𝒇 deveria produzir a seguinte equação o 𝑨 𝒇 𝑨 𝑨 𝑴 𝒇 o Neste caso 𝑨 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 Para o CAPM ser validado empiricamente 𝑨 de modo que 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 e portanto 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 Se 𝑨 0 Retorno de mercado é superior ao estimado pelo CAPM ação está subprecificada de acordo com o CAPM Se 𝑨 0 Retorno de mercado é inferior ao estimado pelo CAPM ação está sobreprecificada de acordo com o CAPM 57 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 𝑨 𝒇 𝑨 𝑴 𝒇 Exemplo Alfa de Jansen A taxa de livre em um determinado mercado ée de 4 ao ano Nesta economia o retorno esperado de uma carteira de mercado e de 15 ao ano Uma determinada acao de beta 08 apresentou retorno de 14 ao ano no periodo Calcule o alfa de Jansen e indique se a acao esta sub ou sobre precificada de acordo com o CAPM E se o retorno fosse de 11 o Retorno esperado pelo CAPM Ry Ry BaRu Ry o Ry 4 0815 4 o Ry 4 08 11 O R A 88 o Rg 128 o Oretorno observado de mercado foi de 14 portanto 12 acima do que previsto pelo CAPM Alfa de Jansen 12 14 128 Agcao esta subprecificada de acordo com o CAPM proporcionando um maior retorno ao seu detentor Seo retorno do ativo no mercado fosse de 11 o alfa de Jansen seria negativo 18 indicando um retorno abaixo do que previsto pelo CAPM Ou seja de acordo com o CAPM 0 ativo proporciona menos retorno ao seu detentor estando portando sobreprecificado UNIFESP Universidade Federal de Sdo Paulo om Se EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 58 Pee ear oe Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior No equilíbrio de acordo com o CAPM 0 Se 0 oAtivo está subprecificado proporcionando um maior retorno do que o previsto pelo CAPM oCotação barata atrairá investidores oAumento da demanda fará com que a cotação se eleve até 0 Se 0 oAtivo está sobreprecificado proporcionando um maior retorno do que o previsto pelo CAPM oCotação cará afastará investidores estimulará a venda oAumento da oferta fará com que a cotação se reduza até 0 59 Nao confundir Linha do Mercado de Capitais LMC ou LAC com Linha do Mercado de Titulos LMT Linha do Mercado de Capitais LMC Linha de Alocacao de Capital LAC Linha do Mercado de Titulos LMT Capital Market Line CML Security Market Line SML Retorno Esperado Retorno Esperado Equacao CAPM RuRy Ra Ry Ba Equacao Bu RuRp Como By 1 Ra Rp F A Ry Re BaRuRy Ry Inclinagao Inclinagao Indice de Sharpe Indice de Treynor Ry Ru Ry Rr Ru R Su Bu 0 Risco 0 1 Risco Sistmico DesvioPadrao Beta a JNIFESE UNIFESP Universidade Federal de Sao Paulo fom yar EPPEN Escola Paulista de Politica Economia e Negocios Curso de Ciéncias Contabeis 60 suntesaeeoe Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Índice de Treynor Relaciona o prêmio pelo risco pago por uma carteira medido pelo retorno em excesso ao de um titulo livre de risco com o coeficiente beta da carteira expressão de seu risco sistemático Quanto mais Elevado for o índice de Treynor mais alto é o retorno da carteira por unidade de risco assumido indicando um melhor desempenho do investimento 61 𝑨 𝒇 𝑨 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior Conclusões do CAPM O risco relevante de uma ação individual é sua contribuição ao risco de uma carteira bem diversificada Visto que o β de uma ação determina como ela afeta o risco de uma carteira de marcado ele é a medida mais relevante do risco de qualquer ação Risco Diversificável o É causado por eventos aleatórios como ações judiciais greves planos de marketing malsucedidos perda de um contrato importante além de outros eventos específicos de cada empresa o Seus efeitos sobre a carteira podem ser eliminados com a diversificação o Os efeitos negativos de uma empresa podem ser compensados por efeitos positivos de outra Risco de Mercado ou Sistêmico Medido pelo Beta o Fatores que afetam sistematicamente a maioria das empresas como guerras crises inflação e altas taxas de juros o O risco de mercado não pode ser eliminado com a diversificação 62 UNIFESP Universidade Federal de São Paulo EPPEN Escola Paulista de Política Economia e Negócios Curso de Ciências Contábeis Mercado Financeiro Prof Dr José Marcos Carrera Junior josecarreraunifespbr 63 Obrigado Dúvidas