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Microbiologia

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66 A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DAS INFECÇÕES HOSPITALARES PARA MINIMIZAR A RESISTÊNCIA BACTERIANA Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag CAPÍTULO 05 Vanessa Carreiro Cabral Lima Bacharel em Biomedicina pela Universidade Estácio de Sá UNESA Tainah Diniz Rocha Bacharel em Biomedicina pela Universidade Estácio de Sá UNESA Sara Alves de Araújo Torrão Bacharel em Biomedicina pela Universidade Estácio de Sá UNESA Maria Clara Silva Salles Bacharel em Biomedicina pela Universidade Estácio de Sá UNESA RESUMO As infecções relacionadas à assistência à saúde IRAS são aquelas adquiridas após a internação de um indivíduo podendo ter sua manifestação durante a internação hospitalar ou após o recebimento da alta Hospitais são grandes fontes de infecções principalmente por microrganismos resistentes aos antibióticos não sendo a internação uma garantia de saúde muito pelo contrário A OMS calcula que 700 mil pessoas morrem ao ano podendo chegar a 10 milhões por ano até 2050 devido a doenças resistentes aos antimicrobianos A origem dessa resistência se deu por meio do mecanismo de defesa do próprio microrganismo que através de mutações se tornaram mais resistentes por causa principalmente do uso indiscriminado de antibióticos até mesmo em doenças virais como a gripe simples que não consiste em uma terapia com antibióticos As IRAS retratam um grave problema de saúde pública e este trabalho visa ressaltar a importância dos profissionais de saúde nesse controle de infecções em ambientes hospitalares e conscientização da população sobre o uso indevido de antimicrobianos para minimizar a resistência bacteriana Profissionais de saúde buscam meios para conscientizar sobre a gravidade da situação O ambiente hospitalar é um local de grande reservatório para proliferação de microrganismos nos serviços de saúde especialmente os multirresistentes visto que a existência de matéria orgânica auxilia o seu crescimento a limpeza e a desinfecção do ambiente hospitalar são mecanismos que auxiliam a controlar as infecções relacionadas à resistência bacteriana Equipamentos de proteção individual EPI ajudam a estabelecer barreiras físicas no combate à transmissão de microrganismos mas precisam ser utilizadas de forma correta para proteger o paciente e os profissionais além do ambiente O controle e a prevenção dessa resistência bacteriana podem ser baseados em ações educativas dos profissionais de saúde uso racional de antimicrobianos monitoramento contínuo de cepas em ambiente 67 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag hospitalar higienização das mãos de aparelhos e equipamentos médicos Os cursos para controle de infecção hospitalar surgiram para auxiliar os profissionais da saúde a atuarem juntos e buscar a diminuição do risco de infecções hospitalares se comprometendo a ajudar na prática cotidiana de prevenção em busca de soluções mais eficazes para repassar para a instituição todo o conhecimento adquirido Palavraschave infecção hospitalar resistência bacteriana saúde pública INTRODUÇÃO As infecções relacionadas à assistência à saúde IRAS são definidas como aquela adquirida após a internação de um paciente e que pode ser manifestada ainda durante sua internação ou até mesmo depois de receber alta quando puder ser associada com a hospitalização ou a qualquer procedimento hospitalar PEREIRA et al 2005 Não se pode acreditar que a única influência da hospitalização na doença de um paciente é de retardar ou parar o seu avanço A sua internação em hospital não é garantia para saúde na verdade é muito contrário a isso pois os hospitais são grandes e fortes fontes de contaminação para infecções oportunistas principalmente por microrganismos resistentes aos antimicrobianos Há uma enorme variedade de microrganismos que estão muito presentes no ambiente hospitalar como bactérias fungos vírus e protozoários entre este se destacam as bactérias A maioria desses agentes bacterianos por mais que não sejam em sua maioria patogênicos são extremamente capazes de rapidamente se aproveitarem da baixa resistência imunológica dos pacientes causando doenças infecciosas que podem levar até ao óbito do mesmo SANTOS 2004 A Organização Mundial da Saúde OMS estima que ao menos 700 mil pessoas morrem por ano por causa de doenças resistentes a medicamentos antimicrobianos e ainda alerta quanto ao número de mortes que pode chegar a 10 milhões a cada ano até 2050 se mantido cenário atual ANVISA 2020 As IRAS têm origens tanto endógenas como exógenas sendo que no segundo caso há uma maior probabilidade de resistência ao tratamento Em ambos os casos a colonização precede a infecção sendo assim tornase muito difícil identificar se o microrganismo foi trazido pelo paciente pela comunidade ou se adquiriu de forma exógena durante sua internação PEREIRA et al 2005 No contexto de infecções relacionadas à assistência à saúde o crescimento impactante das bactérias junto ao uso desordenado dos antibióticos no ambiente hospitalar é um grande problema mundial que preocupa o meio científico Esse problema fez com que aumentassem os estudos para o uso correto e eficaz das medidas de controle das infecções assim como conscientizar da importância e necessidade do uso racional e correto de antibióticos como uma forma de diminuir a emergência de 68 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag bactérias resistentes a antibióticos no ambiente hospitalar SANTOS 2004 De forma geral as infecções relacionadas à assistência à saúde também aumentam as taxas de morbimortalidade e ampliam também o período de permanência dos pacientes nos hospitais assim consequentemente o custo do tratamento além de diminuir a demanda de leitos hospitalares para outros novos pacientes e garante a prevalência e disseminação de bactérias resistentes aos antimicrobianos ANDRADE ANGERAMI 1999 Em termos gerais as IRAS representam um grave problema de saúde pública que precisa de uma vigilância epidemiológica constante e que seja rigorosa pois exige uma grande atenção por parte de todos os profissionais da área da saúde da administração hospitalar da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar CCIH e do Governo SANTOS 2004 Com o decorrer dos anos a descoberta dos antibióticos com eficiência no combate a infecções bacterianas se tornou um importante método para auxiliar no progresso de terapias e com eles reduzir a mortalidade em doenças infecciosas MORAES 2016 Entretanto essa disseminação e o grave problema do uso desordenado de antibióticos faz com que as bactérias também desenvolvam defesas a esses agentes antibacterianos resultando no surgimento de sua resistência OLIVEIRA E SILVA 2008 É necessário ressaltar a importância dos profissionais da saúde nesse controle das infecções hospitalares para que o ambiente hospitalar não se torne multirresistente MOTA 2015 Esse fenômeno de resistência bacteriana resulta em sérios problemas e limitações para as possíveis formas de tratamento às infecções tornandose uma ameaça para a saúde pública sendo capaz de se disseminar rapidamente por meio de transferência genética atingindo bactérias Grampositivas e Gramnegativas SANTOS 2002 Essa origem da resistência bacteriana se dá por meio de mecanismos de defesa do próprio microrganismo promovendo mutações e os tornado multirresistentes aos antimicrobianos mais utilizados sendo que a questão é que a quantidade de novas bactérias resistentes e patogênicas tanto para os animais quanto para humanos está crescendo mais rápido do que a capacidade dos laboratórios e indústrias de produzirem novas drogas MOTA 2015 O uso abusivo junto à prescrição empírica de antibióticos é bastante recorrente até mesmo em tratamentos de infecções virais como por exemplo gripes ou até mesmo febres de causas desconhecidas que não equivalem a uma terapia de antibióticos SILVEIRA et al 2006 Sendo essa resistência bacteriana uma alternativa de resposta defensiva desenvolvida a partir de mecanismos de resistência e mutação pelas bactérias assim que entram em contato com esses antibióticos resultando em uma grande consequência no ambiente hospitalar ao redor do mundo MENEZES 2016 Alguns fatores podem ser determinantes para resultar em uma prescrição indevida de antibióticos dentre eles a incerteza no diagnóstico o 69 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag desgaste físico do profissional da saúde devido a longas jornadas de carga horária de trabalho pacientes que tomam doses diferentes ou em períodos diferentes do que havia sido prescrito ou até mesmo realizam o uso de antibióticos de tratamentos realizados anteriormente ou de forma adquirida em farmácia sem a necessidade de nenhuma prescrição médica LOUREIRO et al 2018 Este trabalho propõe a conscientização dos profissionais da área de saúde sobre as Infecções relacionadas à Assistência à Saúde IRAS e os meios para que se diminua a resistência bacteriana além de alertar a população sobre o erro do uso indevido de antibióticos implicando diretamente na resistência das bactérias aos principais tratamentos adotados nos hospitais Para isso foi utilizado um levantamento bibliográfico sobre a relação das infecções hospitalares e a resistência bacteriana e o uso abusivo de antibióticos SANTOS et al 2004 Tratase de um estudo que objetiva abordar alguns aspectos relevantes que resultam em uma resistência bacteriana no contexto da infecção hospitalar Esse tema foi escolhido devido a sua grande repercussão tanto dentro quanto fora do ambiente hospitalar sendo um motivo de preocupação constante entre os pesquisadores e profissionais da área da saúde As infecções hospitalares tornaramse um problema sério ao longo dos anos pois acarretam consequências para toda a população Com isso surgiu a necessidade de estudos específicos para mostrar a gravidade do uso de antibióticos de forma irresponsável e sem o devido acompanhamento de um profissional da saúde Algo que é comum em diversos lugares independente da situação financeira ou social é a automedicação que acabou se tornando algo cultural para sociedade afinal quem não tem uma caixa de remédios que o médico passou em algum momento em casa que sobrou comprimidos e ao invés de jogar fora guardou e tomou em alguma outra ocasião sem orientação médica As bactérias estão em todos os lugares e são facilmente encontradas na pele nas mucosas e no trato intestinal estando associada diretamente à vida Muitas bactérias são inofensivas ou até mesmo benéficas provendo nutrientes ou proteção contra patógenos doenças e diminuem a colonização de bactérias nocivas mas tem facilidade de adaptação ao ambiente e a medicamentos tornandoas resistentes a variados tipos de antibióticos o que ocorre inevitavelmente devido a sua adaptação natural Uma vez que isso ocorre se torna irreversível mas alguns fatores influenciam a seleção de mutantes aos antibióticos como o sistema imunológico do paciente o número de bactérias no sítio de infecção o mecanismo de ação do antibiótico e o nível da drogamedicamento que atinge a população bacteriana É um problema de saúde pública que afeta todos os países desenvolvidos ou não desenvolvidos cuja intenção é mostrar como pequenas ações incluídas na rotina de trabalho dos profissionais da área podem auxiliar na prevenção de infecções evitando assim sua propagação no ambiente hospitalar tendo em vista que a conscientização da 70 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag populaçãocomunidade tende a ser mais difícil Essa pesquisa teve como proposta mostrar os problemas associados às IRAS soluções já adotadas e outras soluções que poderiam ser estabelecidas e até mesmo as consequências que as infecções hospitalares têm causado desde seu surgimento até os dias atuais Abordamos também os principais microrganismos e algumas fontes causadoras de infecções no âmbito hospitalar a influência da resistência bacteriana nesse contexto e como a atuação dos profissionais da saúde pode ser eficiente no controle e prevenção dessas infecções no ambiente hospitalar Objetivo Geral Este estudo tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a importância da conscientização dos profissionais da área da saúde acerca das IRAS para minimizar a resistência bacteriana Objetivos Específicos 1 Compreender a gravidade do assunto para a saúde pública e entender que pequenas ações tomadas pelos profissionais de saúde e os pacientes podem reduzir os riscos de infecções nos ambientes hospitalares 2 Mostrar a importância da conscientização da população em relação ao uso indiscriminadoirracional dos antibióticos que implica diretamente na resistência bacteriana a determinados fármacos prejudicando futuros tratamentos no ambiente hospitalar 3 Avaliar perfil de resistência bacteriana aos principais antimicrobianos utilizados na terapia de infecções hospitalares 4 Determinar a forma em que as bactérias resistentes são transmitidas no ambiente hospitalar e como desenvolvem resistência aos medicamentos METODOLOGIA Tratase de um estudo onde foram realizadas pesquisas bibliográficas em diferentes tipos de plataformas como Scielo Google Acadêmico sites governamentais Fiocruz Anvisa monografias e artigos científicos Utilizamos os seguintes critérios para as pesquisas anos de 1996 até 2022 todos em português que compreendessem o âmbito das infecções hospitalares por perspectiva de diferentes áreas da saúde com o objetivo de abarcar as características riscos e métodos de controle pertinentes à resistência bacteriana no contexto das IRAS Foram utilizadas palavraschaves como infecção hospitalar resistência bacteriana saúde pública IRAS e antibióticos Desta forma conseguimos abordar os assuntos de resistência bacteriana infecções antibioticoterapia saúde pública uso abusivo de antibióticos e importância do profissional da área da saúde no controle das infecções hospitalares 71 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag RESULTADOS E DISCUSSÃO Os estudos em relação ao controle de infecções ocasionaram na descoberta dos antibióticos e com isso veio também o aumento da resistência desses microrganismos Este estudo tem como objetivo analisar através das pesquisas de artigos selecionados a ocorrência de infecções no ambiente hospitalar devido à resistência bacteriana O aparecimento desses microrganismos multirresistentes tem se tornado um grande desafio na saúde pública GONÇALVES et al2016 Fonte Google imagensPrevisão de óbitos por resistência bacteriana Histórico das Infecções Hospitalares Em seu conceito infecção hospitalar é considerada como qualquer processo infeccioso que é transmitido ou adquirido em um espaço hospitalar Surgiu desde a idade média em uma época que foram construídos abrigos para alojar pessoas que estivessem doentes sem condições financeiras inválidos ou peregrinos SENNE 2011 Esses locais que ficaram popularmente conhecidos como hospitais não tinham uma assistência médica eram normalmente úmidos sombrios sem luz natural além de possuírem más condições de higiene e saneamento básico ANDRADE ANGERAMI 1999 Naquela época ainda as práticas médicas eram individualizadas comumente realizadas em domicílio sem haver vínculo com os hospitais sendo a cargo da igreja a responsabilidade de cuidar de desvalidos LACERDA EGRY 1997 Diante desse cenário existente nos hospitais da época tornavase 72 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag um ambiente propício à disseminação de doenças contagiosas transmitidas por vias aéreas água e alimentos considerando esse período como a origem da infecção hospitalar SENNE 2011 A partir do século XVIII com a crescente do capitalismo em que o corpo era considerado objeto principal de trabalho por decorrência da crescente e desordenada urbanização começaram a surgir práticas de controle das infecções onde os hospitais deixaram de ser locais que as pessoas eram deixadas para morrer e começou a se tornar um ambiente para cura e medicalização LACERDA EGRY 1997 Como consequência dessa reorganização hospitalar junto às transformações socioeconômicas que no século XIX começaram a surgir estudos acerca da infecção conseguindo muita repercussão na sociedade da época quando provavelmente iniciou o controle para as infecções hospitalares LACERDA EGRY 1997 Muitas pessoas importantes da época buscaram participar dessas pesquisas para se aprofundar nas possíveis causas consequências e prevenções das infecções com o objetivo de controlálas de forma que evitasse a completa contaminação microbiana FONTANA 2006 Ignaz Semmelweis em 1847 demonstrou a importância do procedimento de lavar as mãos para todos os profissionais da área da saúde antes de qualquer procedimento para que se tornasse a principal medida para prevenção a infecção hospitalar IH ANDRADE ANGERAMI 1999 Enquanto em 1860 para evitar a contaminação de microorganismos em cirurgias Joseph Lister passou a pulverizar o ar nas salas cirúrgicas com o ácido fênico além de investir na higiene das mãos e na desinfecção dos instrumentos utilizados ANDRADE ANGERAMI 1999 Apenas nas décadas de 70 e 80 que através do químico francês Louis Pasteur e do médico microbiologista Robert Koch que foi estabelecido o conhecimento pela microbiologia onde passaram a influenciar cientistas ao redor do mundo para procurar novas metodologias que determinam o papel específico dos microrganismos em processos infecciosos e também suas vacinas SENNE 2011 A partir do século XX com os grandes avanços da tecnologia e da medicina e principais áreas como bacteriologia e parasitologia foi descoberta a Penicilina um antibiótico descoberto no momento que Alexander Fleming em 1928 observou que o crescimento de certas bactérias era inibido pelo fungo Penicillium chrysogenum conhecido antigamente como Penicillium notatum MACIEL CÂNDIDO 2010 Ainda em meados deste século taxas de infecções hospitalares voltaram a crescer aumentando muito rápido por consequência do número cada vez maior de agentes infecciosos de grande transmissibilidade e alta mortalidade que passaram a adquirir resistência a diversos antibióticos causando efeitos colaterais caracterizando esse momento pela administração abusiva e inadequada desses medicamentos ANDRADE ANGERAMI 1999 Os critérios de assepsia implementados no século XIX só confirmam 73 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag a sua importância e eficácia no controle e prevenção de infecções no âmbito hospitalar Nos anos seguintes outras novidades foram aderidas a essas técnicas como exemplos a esterilização por calor uso de luvas jalecos e máscaras juntamente com medidas de assepsia e antissepsia Reduzindo assim muito o grau de infecções nos setores hospitalares SANTOS 2004 Gravidade para a saúde pública e a importância da conscientização sobre os antimicrobianos A resistência bacteriana se tornou um problema de saúde mundial e vem causando grande preocupação no meio científico e em parte se dá pelo fato do uso indiscriminado desses medicamentos sendo uma consequência inevitável Profissionais da área através de estudos buscam meios para conscientizar sobre a gravidade da situação O controle mais importante sobre as infecções usadas até os dias de hoje vem através da imunização e uma correta assepsia principalmente das mãos com o objetivo de um maior controle das IRAS SANTOS 2004 Apesar do aumento na resistência aos antibióticos a amplificação de novos agentes antimicrobianos teve uma queda bruta nesses últimos 30 anos Isso fez com que a OMS reconhecesse a Resistência Antimicrobiana RAM que é a não resposta do microrganismo a uma determinada droga que antes fora sensível como uma adversidade de saúde pública de âmbito global PAIM et al 2014 Alguns tipos de microorganismos causadores de IRAS como Staphylococcus negativo e o Staphylococcus aureus possuem grande habilidade de mutação e mesmo com os avanços tecnológicos as infecções no ambiente hospitalar infelizmente se tornaram mais frequente nos últimos anos com os microrganismos cada vez mais resistentes Esses patógenos podem gerar doenças mais graves nesses pacientes hospitalizados e dificultam o tratamento do indivíduo o que pode ocasionar um aumento nas taxas de morbimortalidade GONÇALVES et al 2016 A resistência dos microorganismos causadores de IRAS está diretamente ligada ao tempo em que o paciente permanece no ambiente hospitalar custos altos cuidados realizados em terapias intensivas e prognóstico adverso O Staphylococcus aureus por exemplo tornouse resistente à meticilina Enterococcus spp resistentes à vancomicina os bacilos Gramnegativos a mais de três grupos de antimicrobianos em ambientes da comunidade e hospitalar PAIM et al 2014 De acordo com estudos realizados pela OMS hospitais que foram atuantes no programa de controle de infecções tiveram uma queda de 32 das IRAS enquanto locais sem esse controle obtiveram um aumento de 18 nos índices GONÇALVES et al 2016 74 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag Resistência bacteriana As bactérias não são resistentes elas são de certa forma sensíveis e se tornam resistentes isso acontece devido à vulnerabilidadesuscetibilidade da cepalinhagem As mais vulneráveis e frágeis são destruídas quando entram em contato com o antibiótico porém permanecem as cepaslinhagens mais resistentes com isso elas espalham seus genes Lima et al 2011 quando a mesma entra em contato com algum tipo de composto químico antibiótico e acontece o que conhecemos como mutação espontânea do DNA pela modificação do mesmo ou pela transferência de plasmídeos ANTÔNIO et al 2009 O DNA bacteriano é uma molécula contínua que contém em sua fita cromossomo único Mas não é uma regra pois algumas contêm genes adicionais como os plasmídeos que servem para transmitir genes de um microrganismo para o outro LINARDI et al 2017 Resistência é a habilidade que um microrganismo tem de se adaptar e resistir às medicações pelas quais foram submetidos São inúmeros os fatores que resultam em microrganismos resistentes tais como mutações em genes de resistência que ampliam o leque de atuação transmissão de informação genética em que genes de resistência são passados para novos microrganismos pressão seletiva causado pelo meio que resulta em surgimento e disseminação de microrganismos resistentes disseminação de clones multirresistentes que podem ocorrer em todo o mundo NOGUEIRA et al 016 As bactérias podem apresentar resistência intrínseca que acontece quando uma espécie ou gênero bacteriano possui um mecanismo de resistência natural ou resistência adquirida originada de mutações em seus próprios genes ou quando adquirem genes de resistência de outras bactérias conjugação ANDRADE LN et al 2018 A recombinação gênica também pode ser feita por via ambiente transformação que ocorre quando o DNA livre é incorporado geralmente causado por lise celular ou por via fágica transdução quando há transferência de material genético mediada por bacteriófago SILVA et al 2013 O mecanismo que faz com que a bactéria adquira resistência pode ocorrer de várias formas conforme demonstrado na Figura I 1 Modificação estrutural nas membranas ou até mesmo nas paredes das células bacterianas que faz com que aconteça a alteração do sítio de ligação do agente antibacteriano para que foi destinado 2 Enzimas que podem alterar ou destruir a base química do agente antibacteriano antes que tenha ocorrido o seu efeito 3 Bombas de efluxo que é por onde ocorre a expulsão do agente antibacteriano 4 E por fim uma mutação no sítio de ação do antimicrobiano de forma que impeça a ocorrência de qualquer efeito inibitório ou bactericida BRASIL 75 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag 2007b Figura I Mecanismos de Resistência Bacteriana Fonte Anvisagovbr Há diversas formas e mecanismos dos microrganismosbactérias se tornarem resistentes aos fármacos como por exemplo produzindo enzimas para destruir os compostos ativos e modificar a permeabilidade ao fármaco de desenvolver um receptor alterado para tal composto São capazes de desenvolver outra via metabólica daquela que teve a reação inibida pelo fármaco ou ainda desenvolvem uma enzima modificada que exerça a sua função metabólica MORAES et al 2016 Quando um microrganismo perde a sua estrutura característica que é específica a determinada substânciadroga ela se torna resistente e são conhecidas como de origem não genética porém as que são consideradas de origem genética são as que têm alterações cromossômicas na posição que controla a sensibilidade ao agente microbiano ou a resistência extracromossomais através dos plasmídeos que controlam a formação de enzimas que destroem os agentes antimicrobianos NASCIMENTO 2016 Segundo Mota 2005 o plasmídeo denominado R contém os genes que determinam a resistência contra antibióticos e os genes FTR fator de transferência de resistência controlam a replicação autônoma e transferência de resistência a outras bactérias 76 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag Figura II Transferência de Genes de Resistência Fonte Anvisagovbr Segundo Nogueira 2016 o surgimento e a propagação de diversos microorganismos resistentes resultam da junção de vários fatores tais como mutações dos genes resistentes que ampliam o espectro de atividade transferência de informações genéticas nas quais os genes de resistência são passados para novos microrganismos pressão seletiva realizada pelas circunstâncias do meio que contribui para o surgimento e disseminação de microrganismos resistentes propagação de clones multirresistentes que tende a se espalhar pelo mundo Principais microrganismos responsáveis pela infecção hospitalar Entre as classes de microorganismos mais frequentes como fungos protozoários alguns vírus e as bactérias aqui sendo o foco em infecções hospitalares porque constituem a microbiota humana Normalmente não trazem riscos a indivíduos saudáveis porém podem acarretar infecções de pacientes com estado de saúde debilitado BRASIL 2004 As IRAS podem ser adquiridas durante ou após a internação de um paciente podendo ser provocada por vários fatores como uso de ventilação mecânica procedimentos invasivos a susceptibilidade dos pacientes a idade o uso de imunossupressores MENEZES 2016 pode ser através da própria microbiota do paciente uma baixa do sistema imune ou devido ao contato com microrganismos presentes nesse ambiente que em muitos casos são multirresistentes aos antibióticos comumente usados GONÇALVES et al 2016 Dos elementos que estimulam a seleção de mutantes antibióticos resistentes se insere o estado imunológico do paciente o número de bactérias no local da infecção o mecanismo de ação do antibiótico e o grau do fármaco que atinge a população bacteriana SANTOS 2004 Essas bactérias resistentes são transmissíveis ao indivíduo tanto por sua via endógena sendo assim a própria microbiota do paciente que pode 77 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag se desequilibrar dependendo do estado de saúde do organismo tornando seu mecanismo de defesa debilitado tanto em sua via exógena que pode ser acarretada a partir de veículos contaminados como mãos secreções salivares fluídos corpóreos ar materiais contaminados entre outros A microbiota natural humana pode apresentar diversos agentes causadores de infecções como a Staphylococcus Neisseria Klebsiella Lactobacillus e Escherichia coli podendo haver ainda diversos outros microorganismos por via exógena MACIEL CÂNDIDO 2010 Para os fármacos funcionarem de forma a serem objetivos a sua real finalidade terapêutica precisa manter sua composição química Segundo Belisário acreditase que 50 a 90 da dosagem do fármaco é excretada de forma inalterada e permanece no meio ambiente Com essa informação é de se entender que quando acontece o uso de antibiótico de forma errada o excesso do fármaco acaba contaminando o solo a água e o meio ambiente como um todo e com isso as bactérias que estão presentes nos locais têm contato com esse resíduo de antibiótico e se tornam resistentes BELISÁRIO et al 2015 As IRAS podem afetar principalmente indivíduos imunodeprimidos por decorrência de sua idade doença de base tratamentos subnutrição aids câncer uso de corticoides e antibióticos Alguns outros pacientes que se tornam vulneráveis podem ser aqueles que possuam implantes de corpos estranhos como cateteres ou que tenham realizado recentemente um transplante de órgão SANTOS 2004 De acordo com um relatório global emitido pela OMS em 2014 altos índices de resistência foram observados nos seguintes microorganismos Escherichia coli Pseudomonas aeruginosa Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus aureus PAIM et al2014 O gênero Staphylococcus é o mais frequente e responsável pela maioria das IH São cocos Gram e catalasepositivos podendo eles se apresentarem de diversas formas diferentes que podem ser desde isolados aos pares em cadeias curtas ou agrupados de forma irregular SANTOS et al 2007 Os Staphylococcus também estão presentes na microbiota natural na pele e em mucosas mas podem causar infecção em diversos órgãos e tecidos O Staphylococcus aureus principalmente foi estudado na última década sendo um grande agente causador de infecções em corrente sanguínea CARNEIRO et al 2008 Essas infecções atingem pacientes de qualquer faixa de idade com uma maior tendência em crianças e idosos causando uma taxa elevada em morbidade e mortalidade MOREIRA 1998 Staphylococcus aureus é uma bactéria bastante suscetível à ação de diversas drogas porém também é conhecida pela sua alta capacidade de desenvolver resistência a diversas dessas drogas SANTOS et al 2010 Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria Gram Negativa que possui forma de bastonete sendo um grande agente comum em infecções nosocomiais e estão associadas as infecções de correntes sanguíneascateteres trato respiratório trato urinário além de peles de 78 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag tecidos moles NEVES et al 2011 Micobactérias de crescimento rápido MCR relacionadas a infecções hospitalares estão presentes no ambiente são extremamente patogênicas sendo possível infectar artigos médicos e causar infecções de feridas cirúrgicas e doenças de pele Elas possuem grande índice de lipídios na parede celular alterando sua permeabilidade à água soluções corantes e agentes desinfetantes São responsáveis ainda por formação de abcessos nos locais de punção ferimentos ou fraturas expostas FONTANA 2008 Infecções de pele e subcutâneas causadas por MCR apresentam manifestações clínicas como dificuldade na cicatrização de locais cirúrgicos secreção nódulos hiperemia fistulação edema vesiculação e febre A evolução pode ser crônica e progressiva sem resposta ao tratamento antimicrobiano para agentes infecciosos habituais de sítios cirúrgicos BRASIL 2008 Algumas dessas espécies associadas a doenças de pele e tecido subcutâneo são M marinum M ulcerans M fortuitum M chelonae e M abscessus FONTANA 2008 No quadro a seguir visualizamos a relação dos principais microrganismos causadores de infecções hospitalares com suas fontes de infecção Quadro I Principais bactérias causadoras de infecção hospitalar MICRORGANISMOS FONTES DE INFECÇÃO Enterobacter spp Nutrição parenteral fluidos de infusão intravenosa frascos de heparina Serratia marcescens Balão intraaórtico transdutores soluções intravenosas e anestésicas Klebsiella pneumoniae produtora de betalactamase de espectro estendido e Klebsiella spp Soluções contaminadas heparina transmissão cruzada em berçário seleção pelo uso excessivo de cefalosporinas Pseudomonas aeruginosa Contaminações de soluções antisépticas como PVPI e clorexidina circuitos respiratórios monitores de temperatura colchões e demais equipamentos que mantenham contato direto com o paciente colonizado ou infectado Staphylococcus aureus resistente a oxacilina ou resistente a glicopeptídeo Os pacientes e profissionais colonizados principalmente nas narinas transmissão ambiental pouco importante mobiliários água aérea etc Streptococcus do grupo A Profissionais de saúde com infecção ou colonização em pele ou orofaringe muito importante em unidades de queimados 79 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag Enterococcus resistente a glicopeptídeos Paciente com colonização intestinal contaminação ambiental importante na transmissão de equipamentos termômetro e esfigmomanômetro etc Legionella pneumophila Sistemas de arcondicionado quente e de aquecimento de água aquisição por via inalatória Clostridium difficile Paciente com infecçãocolonização contaminação de superfícies Mycobacterium tuberculosis Profissionais de saúde com doença bacilífera e pacientes bacilíferos internados sem cuidados adequados de isolamento ou precauções com aerossóis Mycobacterium chelonae Contaminação de equipamentos e água utilizada em circulação extracorpórea para cirurgias cardíacas soluções de violeta genciana Fonte MACIEL CÂNDIDO2010 Principais sítios de infecções Os tratos mais comuns de serem contaminados são os urinários respiratórios infecções na corrente sanguínea e o sítio cirúrgico MIMS et al 1999 A infecção urinária acontece com uma maior frequência no meio hospitalar muito por causa da grande necessidade de instrumentação do trato urinário seja para diagnóstico ou para drenagem MENEZES et al2005 Acontece muito por falha na assepsia e uso de cateter incorreto O sistema de drenagem urinário tende a ser uma resposta quando há uma invasão das bactérias seja por mãos contaminadas durante a manipulação deste sistema ou até mesmo a microbiota fecal Essas bactérias mesmo que em situações cautelosas podem ser introduzidas da uretra para a bexiga gerando infecções BRASIL 2000a A principal bactéria hospitalar é a Escherichia coli seguida por outras como Enterococos spp Pseudomonas aeruginosa Klebsiella pneumoniase que estão crescendo e se tornando multirresistentes assim como a Acinetobacter spp e Enterobacter spp MOURA et al 2007 As infecções respiratórias possuem uma maior taxa de mortalidade hospitalar quando comparada a outras e estão associadas principalmente às pneumonias Devem ser observadas com cuidado a partir do seu tempo de duração em torno de quatro dias é considerada precoce e a partir do quinto 80 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag dia é considerado tardia Essa classificação é muito importante para o agente etiológico e para decidir a melhor opção a ser utilizada no tratamento CARRILHO et al 2004 Está muito relacionado a pacientes em intubação traqueal e ventilação mecânica hospitalar com um grande aumento na internação tanto em UTI como nas enfermarias como consequência do tempo de internação BRASIL 2000a Os principais microrganismos responsáveis pela pneumonia hospitalar são principalmente Enterococcus spp Pseudomonas aeruginosa Klebsiella pneumoniae que estão crescendo e se tornando cada vez mais multirresistentes como a Acinetobacter spp e Enterobacter spp BRASIL 2000b As infecções do sítio cirúrgico ISC são uma das principais infecções relacionadas à assistência à saúde no Brasil ocupando a terceira posição entre todas as principais infecções BRASIL 2009 As infecções acontecem devido a procedimentos da incisão cirúrgica a partir do rompimento das barreiras epiteliais gerando várias reações sistêmicas auxiliando na ocorrência de infecções como hipóxia alteração do pH e deposição de fibrina Vale destacar que no local da incisão cirúrgica pode ocorrer hiperemia calor rubor e a insistência na presença de secreção purulenta no local da infecção o que facilita os acontecimentos das infecções no meio operatório OLIVEIRA CARVALHO 2007 Essas infecções podem ser diagnosticadas até 30 dias após o procedimento e sua classificação ocorre de acordo com o local da infecção Por exemplo incisional superficial em que acomete apenas pele eou tecido cutâneo incisional profunda quando envolve estruturas profundas da incisão como tecidos musculares e fáscia e infecção de órgãocavidade em que envolve qualquer parte do corpo com incisão aberta ou manipulada durante o procedimento operatório BRASIL 2009 Os microrganismos mais frequentes em infecções do sítio cirúrgico são os mais conhecidos da pele em pacientes como o Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis dentre outros Staphylococcus coagulase negativa VRANJAC 2005 A maior fonte de transmissão de infecção para o paciente do centro cirúrgico são os próprios pacientes os funcionários envolvidos no centro cirúrgico o ambiente e até os equipamentos OLIVEIRA CARVALHO 2007 As infecções sanguíneas estão associadas normalmente à contaminação através de cateter venoso central no momento em que o paciente está na UTI e então se tornam ainda mais graves A ocorrência se torna mais elevada devido ao tempo de permanência do indivíduo a colonização com a microbiota presente no ambiente hospitalar e o meio de manipulação TARDIVO FARHAT NETO FARHAT JÚNIOR 2008 Dentre os principais agentes encontrados em culturas de cateteres predominase os cocos Gram positivos como Staphylococcus aureus e os de coagulasenegativo Enterococcus bacilos Gram negativos Serratia e Acinetobacter GOMES MARIANO COSTA 2006 81 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag Ainda é possível encontrar infecções fúngicas no ambiente hospitalar como por exemplo a do gênero Candida sp com grande relevância em infecções de corrente sanguínea chamadas candidemia ou até mesmo candidíase hematogênica COLOMBO GUIMARÃES 2003 Importância das análises laboratoriais no diagnóstico de infecções Toda prescrição de antibiótico deveria ser feita de acordo com microorganismo infectante e a pretensão da atividade sendo ela curativa com finalidade de combater o microorganismo infeccioso e profilática prevenção de uma infecção que costuma ser mais utilizada em caso de alto risco para o paciente O tratamento pode ser por dois meios terapia específica mais utilizada que é aplicada após a identificação do agente infeccioso por meio de exames laboratoriais ou presuntiva que é considerada desnecessária e excessiva pois colabora com a pressão seletiva de cepas bacterianas resistentes aos antibióticos VIEIRA 2017 O uso coerente de antibióticos é uma prática fundamental garantindo que a prescrição desses medicamentos seja baseada em exames laboratoriais sempre utilizando o antibiótico mais específico para cada situação levando em consideração a concentração e o ciclo correto do tratamento SIMÕES 2016 O antibiograma é um dos testes mais utilizados para detectar a resistência bacteriana também conhecido como Teste de Sensibilidade Antimicrobianos TSA É um grande aliado médico para o diagnóstico e tratamento das doenças infecciosas que tem como função determinar a suscetibilidade e o tipo de resistência de fungos e bactérias aos agentes antimicrobianos com isso é possível maior efetividade no tratamento ANVISA 2008 82 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag Figura III Laudo de perfil de resistência Fonte Arquivo pessoal Depois da obtenção com esse tipo de resultado com espectro antimicrobiano os médicos podem prescrever os antimicrobianos mais recomendados e eficientes a partir do isolamento de um agente bacteriano para tratar o paciente evitando assim o uso desnecessário de antimicrobianos que não combatem à infecção o que resulta no controle do surgimento da resistência ou se tem sensibilidade ANVISA 2008 Há recomendação de testes de sensibilidade com maior frequência quando os microrganismos responsáveis pela infecção são considerados espécies resistentes aos antimicrobianos comumente utilizados TEIXEIRA 2019 O teste de sensibilidade aos antimicrobianos são realizados e analisados com o apoio do BrCAST Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing comitê composto por representantes junto a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas Sociedade Brasileira de Infectologia Sociedade Brasileira de Patologia ClínicaMedicina laboratorial e da Sociedade Brasileira de Microbiologia Um dos primordiais empregos do BrCAST é determinar e reavaliar periodicamente pontos de corte para testes analíticos de suscetibilidade a antibióticos além de recomendar à ANVISA que seja implementado em laboratórios clínicos de todo o Brasil BRAZILIAN 2013 Frente ao relatado observouse a importância do profissional Biomédico no exato diagnóstico das infecções tendo uma importante função na adequada prescrição de antibióticos TEIXEIRA 2019 83 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag Metodologias para detecção de resistência Macrodiluição É feita por meio de tubos e foi uma das primeiras técnicas para avaliar a sensibilidade aos agentes antimicrobianos por meio de uma mistura que envolve diversas diluições seriadas e logarítmicas ANVISA 2008 A vantagem é um resultado quantitativo Concentração Mínima Inibitória CIM enquanto as desvantagens são pouca quantidade de reagente utilizada ocupa bastante espaço para armazenar os tubos o risco de falha na preparação das concentrações antimicrobianas e o tempo para preparação de cada meio ANVISA 2008 Microdiluição É feita por meio de caldo sendo correspondente a uma atualização da técnica de macrodiluição uma vez que as placas são processadas de forma mecânica sendo congeladas ou liofilizadas e é comercializada por diversos fabricantes ANVISA 2008 As vantagens são economia de espaço para a preparação ganho de tempo na produção com as placas já preparadas resultados quantitativos CIM e o melhor é conseguir a identificação da espécie bacteriana junto com o teste de sensibilidade pela incorporação de provas bioquímicas às placas de microdiluição Enquanto as desvantagens são não poder escolher os antimicrobianos a serem testados e custo elevado de cada placa ANVISA 2008 Ágar diluição É feito por um meio de agregação de diversas concentrações seriadas e logarítmicas de um antimicrobiano em placas de Petri de forma única em meio de cultura com isso é possível testar muitas amostras simultaneamente ANVISA 2008 As vantagens são o baixo custo comparado com os outros possível ter resultados quantitativos da CIM é possível testar bactérias mais difíceis que não apresentam bom crescimento em determinado caldo e bactérias anaeróbias Enquanto as desvantagens são é um método muito trabalhoso pois se faz necessário a preparação das placas como do inóculo bacteriano e algumas é importante que sejam feitas no mesmo dia para que não haja perda de potência antimicrobiana durante o armazenamento das placas ANVISA 2008 Etest Teste que se define por uma fita plástica comercialmente disponível contendo concentrações crescentes de antibióticos na parte frontal e uma escala para as concentrações testadas na parte traseira para facilitar a leitura dos resultados O método baseiase na difusão de gradientes antimicrobianos em ágar e destinase a indicar a suscetibilidade de amostras bacterianas aos antibióticos testados ANVISA 2008 Discodifusão O teste de discodifusão em ágar foi projetado para determinar o nível de suscetibilidade ou resistência a bactérias anaeróbias e aeróbias facultativas e nocivas com a finalidade de ajudar os clínicos a selecionar possíveis opções de tratamento para os pacientes É um teste 84 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag qualitativo com base na adição de antibióticos na superfície do ágar a partir de discos contendo os mesmos antibióticos TEIXEIRA 2019 Automação Os sistemas automatizados mais utilizados são Vitek Vitek2 bioMérieux Hazelwood MO WalkAway DADE West Sacramento CA e BD Phoenix conforme na figura IV um exemplo de cartão automatizado ANVISA 2008 Esse último método é mais rápido que os outros métodos pois a leitura dos cartões é feita por um sistema de detecção óptica capaz de medir alterações discretas do crescimento bacteriano Em alguns desses aparelhos ainda é possível realizar paralelamente a identificação de bactérias Gram positivas e Gramnegativas e unir os resultados de identificação e do TSA em um único relatório Caso a bactéria apresente CIM superior ou abaixo dos limites de resistência ou sensibilidade o sistema pode informar valor da CIM em categoria intermediária Por isso os resultados provenientes deste sistema são classificados como semiquantitativos e não substituem as informações fornecidas pelos métodos de sensibilidade que quantificam a CIM ANVISA 2008 As vantagens são mais rapidez na emissão dos resultados padronização intra e interlaboratorial menos trabalho manual e sistema integrado caso o hospital tenha rede ANVISA 2008 Figura IV Foto de cartão de antibiograma Fonte biomerieux vitek A importância da atuação do profissional de saúde Se faz imprescindível a conscientização dos profissionais de saúde para a adoção de critérios básicos para o controle das infecções hospitalares sendo estimulados ao uso coincidente e quando necessário de antibióticos assim como uma compreensão de todos os profissionais da área da saúde pacientes pesquisadores governo e tantos outros responsáveis pelo controle de resistência bacteriana no contexto de infecção hospitalar 85 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag SANTOS 2004 Caso não haja infecções hospitalares a serem tratadas não há necessidade de se fazer uso de antibióticos Fazendo assim que se diminua do ambiente hospitalar e pacientes a pressão seletiva das bactérias O controle mais importante sobre as infecções usadas até os dias de hoje vem através da imunização e uma correta assepsia principalmente das mãos A diminuição da resistência bacteriana se dá pelo controle da infecção hospitalar SANTOS 2004 A prevenção das IRAS depende muito das instituições e de seus funcionários que é obtida a partir de atitudes simples porém essenciais em que sua realização se torna imprescindível na rotina de qualquer hospital Medidas de precaução padronizadas devem ser adotadas e isso independe de suspeitarse de uma doença transmissível ou não protegendo desta forma os profissionais e os pacientes MELDAU 2010 Existem três elementos principais para que ocorra a transmissão da infecção hospitalar entre eles a fonte de infecção o hospedeiro susceptível e meios de transmissão Outros pacientes funcionários profissionais que possuam algum tipo de contato com o paciente podem se tornar uma fonte de infecção além dos visitantes Equipamentos medicamentos e demais utensílios utilizados no ambiente hospitalar também se tornam um potencial fonte de infecção CREMESP 2010 Resumidamente as IRAS podem ser causadas pela ausência de assepsia da equipe profissional do ambiente hospitalar dos equipamentos ou da deficiência imunológica do próprio paciente PACIEVITCH 2008 A participação dos profissionais da saúde nas práticas de controle de infecções hospitalares depende de alguns fatores decisivos O apoio administrativo por exemplo é um fator relevante na organização da instituição fomentando a implantação de práticas seguras produzindo condições mais apropriadas para o funcionamento da CCIH Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e apoiando a constituição de uma equipe técnica mais eficiente CREMESP 2010 Os equipamentos de proteção individual EPI ajudam a estabelecer barreiras físicas no combate à transmissão de microorganismos Essas barreiras quando utilizadas de forma correta protegem o paciente e as demais pessoas além do ambiente CARNEIRO CAVALCANTE 2004 Os principais EPIs são luvas máscaras aventaiscapotesjalecos óculos protetores sapatos fechados protetores faciais entre outros que podem ser artigos ou roupas especialmente desenvolvidas para a proteção individual do profissional da saúde Para que possua efetividade é necessário que acima de tudo seja utilizado de forma adequada do contrário disso os EPIs perdem a sua finalidade e podem colocar em risco outras pessoas O critério de seleção dos EPIs deve ser de acordo com o procedimento a ser realizado e o risco deste em acarretar exposição ao sangue CARNEIRO CAVALCANTE 2004 86 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag Lavagem das Mãos No ano de 1846 um médico húngaro chamado Ignaz Semmelweis conseguiu reproduzir a diminuição do número de óbitos maternos pela infecção puerperal depois de implementar a prática da higienização das mãos em um hospital em Viena A partir deste momento essa prática tem sido indicada como um método primário para o controle da disseminação de agentes causadores de infecção BRASIL 2007 A higiene das mãos é o ato de lavar as mãos com água e sabão tendo como objetivo a remoção das bactérias transitórias e algumas residentes além de remover sujidades pelos excesso de suor oleosidade e algumas células descamativas Sua técnica para uma correta higienização das mãos deve ter duração de 40 a 60 segundos BRASIL 2007 Atualmente no Brasil vigora a Portaria 26161998 do Ministério da Saúde que referência o Programa de Controle de Infecções Hospitalares e recomenda a lavagem das mãos como a ação mais importante para a prevenção e controle das infecções hospitalares e determina que sejam empregadas técnicas e recursos com o objetivo de incluir a prática da lavagem das mãos em todos os níveis da assistência hospitalar SANTOS 2008 A inclusão do método de lavagem das mãos ainda é o principal desafio para as CCIH devido à pouca adesão dos profissionais de saúde Apesar das evidências mostrarem a importância das mãos na cadeia de transmissão de infecções hospitalares e os efeitos dos procedimentos de higienização na diminuição dessas taxas de infecção muitos profissionais da área da saúde possuem uma atitude passiva quanto ao problema e os serviços adotam técnicas pouco originais e criativas para envolver os profissionais MENDONÇA 2003 Em ambientes de Unidades de Terapia Intensiva UTI o controle de infecção torna o desafio da adesão à lavagem das mãos muito maior tanto para a proteção de pacientes quanto a de profissionais A UTI é um ambiente de maior vulnerabilidade devido à grande quantidade de procedimentos invasivos que ocorrem cirurgias complexas uso de imunossupressores e a grande manipulação pela equipe de saúde e a interação com os fômites Por isso é um ambiente que precisa de uma conscientização da equipe para tal cuidado PRADO et al 2012 O Manual do Comitê de Aconselhamento para as Práticas de Controle de Infecções em Hospitais HICPAC aconselha a lavagem das mãos entre contatos com pacientes seja após contato com sangue secreções corporais excreções equipamentos ou artigos que possam estar contaminados após a retirada de luvas e entre atividades com o mesmo paciente para evitar a transmissão cruzada entre diferentes sítios corporais GARNER 1996 O ideal é que não se substitua a lavagem das mãos pelo uso de luvas porque elas não garantem total proteção contra organismos infecciosos e não eliminam a necessidade de higienizar manualmente as mãos pois o calor e 87 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag a umidade causada pelas luvas fazem com que crie um local propício à multiplicação de bactérias sendo indispensável à higienização correta das mãos antes e após o uso das luvas TAYLOR et al 2007 Para uma boa realização de lavagem das mãos devese fazer o uso de água junto a um componente químico antisséptico que apresente composição antimicrobiana que serão adicionados sobre a pele como por exemplo um sabão líquido Ainda podem ser utilizados álcoois compostos de iodo clorexidina triclosan entre outros que atuam removendo a microbiota que coloniza nas camadas superficiais da pele SILVA et al 2008 Não é indicado o uso de sabão em barra devido às maiores chances de contaminação invalidando a boa higienização das mãos ANVISA 2008 Para o procedimento as unhas devem permanecer sempre curtas e limpas além de ser necessário a remoção de jóias caso haja A temperatura da água deve ser de preferência morna Devese molhar as mãos e punhos deixando as mãos mais baixas do que o cotovelo a fim de que a água escoe para as pontas dos dedos Aplicar uma quantidade adequada de sabão líquido nas mãos o ideal é até preencher a concha das mãos A formação de espuma extrai e facilita a eliminação de partículas microbianas por isso esfregue toda superfície das mãos por 10 a 15 segundos É necessário friccionar a palma direita das mãos contra o dorso esquerdo e a palma esquerda contra o dorso direito entrelaçando os dedos TAYLOR et al 2007 SILVA et al 2008 ANVISA 2008 Esfregar a palma das mãos e os espaços interdigitais sempre entrelaçando os dedos pois as fricções ajudam a eliminar sujeiras e microrganismos que se alojam nos sulcos das mãos e dedos Friccionar também os polegares esquerdos e direito através das palmas das mãos em sentido rotatório Feche a palma da mão como uma concha e esfregue a palma da mão direita sobre a palma da mão esquerda e viceversa com movimentos circulares TAYLOR et al 2007 SILVA et al 2008 ANVISA 2008 Friccionar os punhos direito e esquerdo com a palma das mãos de forma circular e em seguida enxaguar as mãos em forma de concha eliminando totalmente os resíduos de sabão Com o auxílio do papel toalha secar primeiramente as mãos e em seguida secar os punhos Se possível fechar a torneira com o papel também para não entrar em contato com as mãos já limpas Logo após descarte o papel toalha na lixeira de resíduos comuns preferencialmente de pedal a fim de que seja acionando com os pés para que as mãos higienizadas não se contaminem também TAYLOR et al 2007 SILVA et al 2008 ANVISA 2008 Todo esse processo pode ser melhor observado resumidamente na figura a seguir 88 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag Figura V Como lavar corretamente as mãos Fonte Dreamstimecom Ambiente hospitalar e Controles de risco Alguns dos elementos que propiciam uma sensação de bemestar segurança e conforto aos pacientes familiares profissionais nos serviços da saúde é a limpeza e a desinfecção do ambiente hospitalar Esses mecanismos auxiliam a controlar as infecções que estão relacionadas à assistência à saúde pela redução de microorganismos garantindo assim um ambiente com superfícies limpas e apropriadas para uma melhor realização de atividades que são desenvolvidas nesses serviços BRASIL 2010 O ambiente hospitalar é bastante conhecido por ser um local de grande reservatório para proliferação de microrganismos nos serviços de saúde especialmente os multirresistentes visto que a existência de matéria orgânica auxilia o seu crescimento além de atrair insetos roedores entre outros que facilitam ainda mais o crescimento destes nesses serviços BRASIL 2010 Devem ser considerados potenciais patogênicos todos aqueles presentes em instalações de serviços de saúde Entretanto para que possua a capacidade de produzir um processo de doença ou infecção alguns fatores são necessários como o número de virulência de organismos infecciosos a existência de um portal de entrada e por fim a suscetibilidade do hospedeiro Todos os utensílios médicos assim como instrumentos e equipamentos usados em assistência a algum paciente infectado com um microrganismo deve ser imediatamente e corretamente descontaminado AAMI 2006 A descontaminação por exemplo é um processo ou tratamento que transforma um material hospitalar um instrumento ou superfície seguro para uma nova utilização Entretanto esse processo de descontaminação não quer dizer necessariamente que este material está totalmente seguro para ser usado no paciente pois este procedimento pode variar desde uma esterilização ou desinfecção até uma simples lavagem com água e sabão SOUZA RODRIGUES 1998 89 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag No próximo quadro é possível observar os principais produtos usados para uma desinfecção de superfícies e equipamentos Quadro II Principais produtos utilizados na desinfecção de superfícies e equipamentos em serviços de saúde PRODUTOS DE LIMPEZADESINFECÇÃO INDICAÇÃO DE USO MODO DE USAR Água Limpeza para remoção de sujidade Técnica de varredura úmida ou retirada de pó Enxaguar e secar Água e sabão ou detergente Limpeza para remoção de sujidade Friccionar o sabão ou detergentes sobre a superfície Enxaguar e secar Álcool a 70 Desinfecção de equipamentos e superfícies Fricções sobre a superfície a ser desinfectada Compostos fenólicos Desinfecção de equipamentos e superfícies Após a limpeza imersão ou fricção Enxaguar e secar Quaternário de amônia Desinfecção de equipamentos e superfícies Após a limpeza imersão ou fricção Enxaguar e secar Compostos liberadores de cloro ativo Desinfecção de superfícies nãometálicas e superfícies com matéria orgânica Após a limpeza imersão ou fricção Enxaguar e secar Oxidantes Ácido peracético associado ou não a peróxido de hidrogênio Desinfecção de superfícies Após a limpeza imersão ou fricção Enxaguar e secar Fonte BRASIL 2010 O processo de esterilização é um mecanismo comprovado que possui a capacidade de eliminar todas as formas de vida microbiana em curto período de tempo incluindo até os esporos bacterianos BRASIL 2010 A esterilização pode ser tanto física quanto química Na física observamos como exemplo a radiação ionizante através do método de calor podendo ele ser úmido através da autoclave ou seco através da incineração Enquanto a fatores químicos a esterilização pode ser realizada a partir de soluções como por exemplo glutaraldeído 2 ácido peracético 02 e peróxido de hidrogênio 3 a 6 Porém a utilização de soluções esterilizantes não deve ser estimulada devido às dificuldades de 90 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag operacionalização e a não garantia de qualidade do processo Por fim o outro método químico é o gasoso por meio de óxido de etileno plasma de peróxido de hidrogênio e autoclave de formaldeído FERREIRA 2000 Quando nos referimos a bactérias resistentes é de grande importância que tenhamos o máximo de cuidado e empenho para a prevenção da sua transmissão entre os pacientes ressaltando pequenas atitudes que são de grande importância como higienizar as mãos ao atender qualquer paciente seguindo precauções de contato ao atender os portadores desse tipo de bactéria Quando bactérias multirresistentes estão colonizando apenas um indivíduo essas precauções de contato costumam ser suficientes para conter a disseminação portanto que sejam feitas de forma correta Entretanto se a bactéria estiver disseminada por toda uma unidade hospitalar aumentase os esforços para diminuir a incidência da bactéria entre os pacientes mesmo que ainda não seja completamente eliminada da unidade MELDAU 2010 No próximo quadro observamos a descrição de alguns procedimentos importantes que podem contribuir para reduzir os riscos de infecção hospitalar Quadro III Dez práticas que ajudam a diminuir os riscos de infecção hospitalar 1 Lavar as mãos com água e sabão de preferência ou higienizálas com álcoolgel antes do procedimento 2 Usar luvas aventais e máscaras durante os procedimentos que envolvam contato com material biológico 3 Não utilizar aventais ou jalecos fora do hospital 4 Esterilizar corretamente instrumentos como os vidros e locais de cirurgia quartos e qualquer material utilizado que não seja descartável 5 Não utilizar o mesmo pano de chão em diferentes locais 6 Evitar a superlotação que coloca pacientes infectados em contato direto com não infectados 7 Trocar constantemente a roupa de cama e dar banho em pacientes sempre que necessário 8 Ministrar antibióticos apenas quando estritamente necessário 9 Manejar e armazenar corretamente o lixo hospitalar 10 Registrar e reportar casos de infecção assim como procedimentos que não seguiram o protocolo e que podem resultar em contaminação Fonte PRATEANO 2011 Avanços nos métodos de controle de infecções bacterianas Mesmo com toda evolução tecnológica as taxas de mortalidade e morbidade por IH só crescem ao longo dos anos em todo o mundo Os três principais fatores implicados nessas infecções atualmente são 91 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag primeiramente o uso excessivo de antimicrobianos nos hospitais O segundo fator é a falta de uma correta assepsia por parte dos profissionais de saúde como lavar bem as mãos A terceira é o comprometimento do sistema imune dos pacientes hospitalizados SANTOS 2004 Há uma significativa redução nas taxas de infecções nos setores hospitalares quando se implementam técnicas utilizadas desde o século XIX como o uso de EPIs esterilização por calor e medidas de assepsia e antissepsia SANTOS 2004 Os equipamentos de proteção individual EPI são de grandes méritos pois estabelecem barreiras físicas contra os microorganismos mas precisam ser utilizados de forma correta caso contrário perdem seu objetivo que é o de proteção podendo causar riscos como exposição ao sangue CARNEIRO CAVALCANTE 2004 Para que se haja controle das infecções microbianas evitando uma completa contaminação estudos sobre possíveis motivos consequências e diligências dessas infecções precisam evoluir e serem aprofundados como feito anteriormente por pessoas importantes como Nightingale e Pasteur FONTANA 2006 Embora exista uma grande gama de medicamentos antibióticos muitos já não apresentam eficácia diante de determinadas infecções comprometendo o tratamento e colocando em risco a vida dos pacientes VIEIRA 2017 Medidas padronizadas de precaução devem ser empregadas suspeitandose ou não de uma doença transmissível Desta forma protegendo os pacientes e profissionais MELDAU 2010 O monitoramento do uso de antibióticos facilita a avaliação em vários graus como práticas de prescrição inclusões de novos medicamentos e mudanças na microbiota local FURTADO 2016 Se levarmos em consideração as propriedades farmacológicas dos antibióticos como a farmacocinética e a farmacodinâmica bem como os testes diagnósticos e de susceptibilidade antimicrobiana o uso adequado dos medicamentos e um treinamento permanente de toda a equipe incluindo enfermeiros microbiologistas e farmacêuticos podemos minimizar a resistência aos antibióticos Outro método de grande importância contra a resistência bacteriana é a higienização correta das mãos prevenindo e controlando assim as IRAS de forma eficaz sendo também considerada um importante suporte para a redução da disseminação da resistência bacteriana PAIM 2014 CONCLUSÃO A história das IRAS se iniciou junto ao surgimento dos hospitais em que ocorria a divisão de pessoas doentes do restante da sociedade mas não com o propósito de curálas e sim de controlar a propagação das suas enfermidades visto que as condições básicas de higiene eram precárias enquanto o acesso às práticas médicas era disponível apenas aos mais 92 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag favorecidos Com a crescente do capitalismo junto à urbanização iniciouse o controle das infecções em um momento que o corpo humano passou a ser mais visualizado como um possível objeto de trabalho Mesmo com o avanço tecnológico nos últimos anos a infecção hospitalar continua sendo uma das grandes causadoras de morbidade e mortalidade ao redor do mundo A multirresistência bacteriana adquirida tem sido um grande problema para os hospitais desde a descoberta da penicilina até os mais atuais antimicrobianos Possivelmente estão entre os fármacos mais prescritos e consumidos de forma errônea e abusiva consumindo mais que o necessário além de dosagens inadequadas tempo de usos prolongados tendo como consequência disto o surgimento de patógenos mais resistentes levando a precisar de novos fármacos no mercado O consumo demasiado destes fármacos pode ter relação com a falta de controle de medicamentos prescritos nos hospitais e a deficiência de protocolo de uso dos antimicrobianos gerando esse excesso Essa multirresistência bacteriana se tornou uma ameaça nos últimos anos à sociedade O controle e a prevenção dessa resistência bacteriana pode se dar a partir de ações educativas com o corpo de profissionais da área da saúde ao uso racional dos antimicrobianos por parte dos profissionais e o controle em suas prescrições a constante vigilância das cepas em ambiente hospitalar ao cuidado de higienização das mãos de utensílios e equipamentos médicos além da atenção ao perfil de sensibilidade dos pacientes controle maior em farmácias quanto a vender esses medicamentos sem receita médica adequada e se possível educar e alertar melhor a população quanto ao cuidado e uso errôneo da automedicação A principal medida para os profissionais da saúde para controlar essas possíveis infecções hospitalares é por meio da prevenção Atitudes simples como o uso de EPIs uma correta lavagem das mãos e desinfecção do ambiente pode ajudar a mudar essa realidade porém a consciência a respeito desses métodos ainda é muito baixa seja por falta de instrução incentivo apoio ou o próprio descaso dos profissionais ou das próprias instituições para implementar essas práticas Sendo a suscetibilidade do paciente um grande fator relevante para o desenvolvimento das IRAS também em que a principal preocupação é de evitar a transmissão entre os próprios pacientes aumentando assim o cuidado com a higienização assepsia especialmente quando se tratar de bactérias resistentes para evitar sua propagação por toda a unidade hospitalar As CCIH surgiram para auxiliar os profissionais da saúde a atuarem juntos e buscar a diminuição do risco de infecções hospitalares se comprometendo a ajudar na prática cotidiana de prevenção sempre buscando soluções mais eficazes para repassar para a instituição todo o conhecimento adquirido 93 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag REFERÊNCIAS ANDRADE D ANGERAMI E L S Reflexões acerca das infecções hospitalares às Portas do terceiro milênio Medicina Ribeirão Preto 32 492 497 Disponível em httpwwwfmrpuspbrrevista1999vol32n4reflexoesacercainfeccoesho spitalare spdf ANDRADE Denise de et al Ocorrência de Bactérias Multiresistentes em um Centro de Terapia Intensiva de Hospital Brasileiro de Emergências occurrence of multiresistant bacteria in the intensive care unit of a brazilian hospital of emergencies 2005 7 f Tese Doutorado Curso de Enfermagem Universidade de São Paulo Usp Ribeirão Preto Sp 2006 Andrade LN Darini ALC Resistência bacterianaparte 1 mecanismo de resistência aos antibióticos Resistência bacteriana parte 2 conceitos e definições Journal of Infection Control 2018 73111 ANTONIO NS Oliveira AC Canesini R Rocha JR Mecanismo de resistência bacteriana Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária 2009 ISSN 1679 7353 Agência Nacional de Vigilância Sanitária Interpretação de dados microbiológicos Testes de suscetibilidade aos antimicrobianos 2008 Disponível em httpswwwanvisagovbrservicosaudecontroleredermcursosatmracion almodulo2metodos1ahtm ASSOCIATION FOR THE ADVANCEMENT OF MEDICAL INSTRUMENTATION Comprehensive guide to steam sterilization and sterility assurance in health care facilities United states 24 jul 2006 Disponível em httpmarketplaceaamiorgeseriesscriptcontentdocsPreview20Files5 CST790607previewpdf BRASIL ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária Curso Básico de Controle de Infecção Hospitalar Caderno B Principais Síndromes Infecciosas hospitalares 2000a Disponível em httpwwwcvssaudespgovbrpdfCIHCadernoBpdf BRASIL ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária Curso Básico de Controle de Infecção Hospitalar Caderno D Microbiologia aplicada ao Controle de Infecção Hospitalar 2000b Disponível em httpwwwcvssaudespgovbrpdfCIHCadernoDpdf 94 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag BRASIL ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resistência microbiana Mecanismos e impactos clínicos 2007b Disponível em httpwwwanvisagovbrservicosaudecontroleredermcursosrmcontrol esopaswebmodulo3mecenzimaticohtm BRASIL ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária Segurança do paciente em serviços de saúde Limpeza e desinfecção de superfícies Brasilia2010a Disponível em httpwwwslidesharenetredeambmanual limpezaedesinfeccaodesuperficies BRASIL ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resoluçãon 35de 16 de agosto de 2010b Disponível em httpwwwanvisagovbrservicosaudecontroleredermcursosrmcontrol esopaswebmodulo3mecenzimaticohtm BRASIL ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária Higienização das mãos em serviços de saúde Brasília 2007a Disponível em httplprowebprocempacombrpmpaprefpoacgvsusudochigienização maospdf Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing 2013 Disponível em httpbrcastorgbrmissaoeobjetivo BELISÁRIO Marciela et al O emprego de resíduos naturais no tratamento de efluentes contaminados com fármacos poluentes InterSciencePlace v 1 n 10 2015 CARNEIRO J C O CAVALCANTE W B Org Controle de infecção hospitalar Taguatinga sn 2004 Disponível em httpsptslidesharenetGiovanniCarlosOliveiratccinfeceshospitalares CARNEIRO L C et al Identificação de Bactérias Causadoras de Infecção Hospitalar e Avaliação da Tolerância a Antibióticos NewsLab edição 86 2008 Disponível em httpwwwnewslabcombrnewslabpdfartigos86art03art03pdf CARRILHO C M D M et al Pneumonia em UTI Incidência Etiologia e Mortalidade em Hospital Universitário RBTI Revista Brasileira de Terapia Intensiva Volume 16 Número 4 outubrodezembro 2004 Disponível emhttpwwwrbtiorgbrrbtidownloadartigo201061811391pdf COLOMBO A L GUIMARÃES T Epidemiologia das infecções hematogênicas por Candida ssp Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical setout2003 Disponível em httpwwwscielobrpdfrsbmtv36n5a10v36n5pdf 95 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag CREMESP Ministério Público do estado de São Paulo O controle da infecção hospitalar no estado de São Paulo São Paulo 2010 Disponivel em httpwwwmpspgovbrportalpageportalSaudePublicainfeccaohospit alar2010 pdf Dia do combate infecção hospitalar bactérias resistentes Disponível em httpsportalfiocruzbrnoticiadiadocombateinfeccaohospitalarbacterias resistentessaodesafio FERREIRA S A Centro de Vigilância Epidemiológica Profo Alexandre Vranjac Esterilização e desinfecção Disponível emwwwcvesaudespgovbrhtmihprovitaeprovaulaesterppt FURTADO DMF Silveira VS Carneiro ICRS Furtado DMF Kilishek MP Consumo de antimicrobianos e o impacto na resistência bacteriana em um hospital público do estado do Pará Brasil de 2012 a 2016 Revista Pan Amazônica de Saúde 2019 10e201900041eISSN21766223 GARNER JS Hospital Infection Control Practices Advisory Committee Guideline for isolation precautions in hospitals Infect Control Hosp Epidemiol 1996175380 and Am J Infect Control 1996242452 GONÇALVES Neuza Maria Ferraz de Mello et al Resistência Bacteriana nas infecções hospitalares bacterial resistance in hospital infection 2016 98 f Tese Doutorado Curso de Ciências Biológicas Bioquímica Centro Universitário Campos de Andrade Paraná 2016 GOMES F V L MARIANO L A A COSTA M R Prevenção de infecção de corrente sanguínea comissão de controle de infecção hospitalar serviço de controle de infecção hospitalar Fevereiro 2006 Disponível em httpwwwsantacasagoorgbrdocsccihccihrotina de prevencaodeinfeccaodecorrentesanguineapdf LIMA DSM Resistência bacteriana em ambiente hospitalar O uso indiscriminado de antibióticos como fator de indução Monografia Rondônia Faculdade de educação e meio ambiente 2011 LINARDI Valter R et al Isolamento de staphylococcus aureus MRSA entre os funcionários de um hospital geral da região leste de Minas Gerais Gerais Revista de Saúde Pública do SUSMG v 2 n 2 p 5964 2017 LOUREIRO Rui João et al O uso de antibióticos e as resistências bacterianas breves notas sobre a sua evolução Revista Portuguesa de Saúde Pública v 34 n 1 p 7784 2016 96 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag MACIEL C C S CÂNDIDO H R L F Infecção Hospitalar Principais agentes e drogas administradas Veredas Favip Revista Eletrônica de Ciências v 3 n 1 jan jun 2010 Disponível em httpveredasfavipedubrindexphpveredas1articleviewFile112118 MELDAU D C Prevenção da infecção hospitalar Info Escola 12 maio 2010 Disponível em httpwwwinfoescolacomsaudeprevencaodainfeccao hospitalar MENDONÇA et al Lavagem das mãos adesão dos profissionais de saúde em uma Unidade de Terapia Intensiva neonatal Acta scientiarum health sciences Maringá v25 nº2 p147153 2003 MENEZES E A et al Frequência de Microrganismos Causadores de Infecções Urinárias Hospitalares em Pacientes do Hospital Geral de Fortaleza RBAC Revista Brasileira de Análises Clínicas vol374243246 2005 Disponível emhttpwwwsbacorgbrptpdfsrbac3704rbac370410pdf MENEZES Joana M R PORTO Maria L S PIMENTA Carla L Perfil da infecção bacteriana em ambiente hospitalar R M Rev Ciênc Méd Biol Salvador v 15 n 2 p 199207 maiago 2016 MIMS C et al Efeito da infecção 2a ed São Paulo Manolo 1999 Pg481 MORAES Amanda L ARAÚJO Nayara G P BRAGA Tatiana de L Automedicação revisando a literatura sobre a resistência bacteriana aos antibióticos Revista Eletrônica Estácio Saúde v 5 n 1 p 122132 2016 MOTA Rinaldo Aparecido SILVA Karla Patrícia Chaves da FREITAS Manuela Figueiroa Lyra de PORTO Wagnner José Nascimento SILVA Leonildo Bento Galiza da Utilização indiscriminada de antimicrobianos e sua contribuição a multirresistência bacteriana Braz J vet Res anim Sci São Paulo v 42 n 6 p 465470 2005 MOURA MEB et al Infecção hospitalar estudo de prevalência em um hospital público de ensino Revista Brasileira de Enfermagem v 60 n4Brasilia JulAgo2007 Disponível emhttpwwwscielobrscielophppidS003471672007000400011script sciarttext NASCIMENTO Thaiza Paes do OLIVEIRA Andreza Aguiar Batista de Aspectos de sensibilidade a antimicrobianos em infecções hospitalares por s Aureus revisão 2016 97 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag NOGUEIRA HS Xavier AREO Xavier MAS Carvalho AA Monção GA Barreto NAP Antibacterianos principais classes mecanismo de ação e resistência Revista Unimontes Científica 2016 18297108 OLIVEIRA Adriana Cristina de SILVA Rafael Souza da Desafios do cuidar em saúde frente à resistência bacteriana uma revisão Revista Eletrônica de Enfermagem 2008 PAIM Roberta Soldatelli Pagno LORENZINI Elisiane ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO DA RESISTÊNCIA BACTERIANA contribuições para a segurança do paciente 2014 8 f Revista Cuidarte Rio Grande do Sul 2014 PACIEVITCH T Infecção Hospitalar Info Escola 26 mar 2008 Disponível em httpwwwinfoescolacomdoencasinfeccaohospitalar PRADO MF OLIVEIRA ACJ NASCIMENTO TMB MELO WA PRADO DB Estratégias de promoção à Higienização das mãos em Unidade de terapia Intensiva Revista Ciência cuidado e Saúde JulhoSetembro 2012 PRATEADO V Infecção hospitalar sem controle Gazeta do Povo out 2011 Disponível emhttpwwwgazetadopovocombrvidaecidadaniaconteudophtmlid11 77112 PEREIRA M S et al A infecção hospitalar e suas implicações para o cuidar da Enfermagem Texto Contexto Enfermagem Goiânia abriljunho 2005 1422507 Resistência microbiana saiba o que é e como evitar govbr 2020 Disponível emhttpswwwgovbranvisaptbrassuntosnoticias anvisa2020resistenciamicrobianasaibaoqueeecomoevitar RIBEIRO Marcelo SANTOS Marcelo C Bactérias de relevância clínica e seus mecanismos de resistência no contexto das infecções relacionadas à assistência à saúde IRAS Revista Científica UMC v 1 n 1 2016 SANTOS N Q A resistência bacteriana no contexto da infecção hospitalar Texto Contexto Enfermagem Santa Catarina v 13 n 23 p 6470 2004 SANTOS N Q O uso indiscriminado de antibióticos na ecologia das bactériasantibióticoresistentes associadas à problemática da infecção hospitalar conhecimento e prática de profissionais de saúde a luz da ética da responsabilidade de Hans Jonas teseFlorianópolis SC Programa de Pós Graduação em Enfermagem UFSC 2002 98 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag SANTOS A A M Higienização das mãos no controle das infecções em serviços de saúde 2008 Disponível em wwwanvisagovbr SENNE E C V Avaliação de prevalência e fatores associados à infecção de sítio cirúrgico em colecistectomia videolaparoscópica antes e após a implantação da vigilância pósalta 2011 92f Dissertação Título Mestre em Patologia Geral PósGraduação em Patologia Universidade Federal do Triângulo Mineiro de Uberaba Minas Gerais 2011 Disponível em httpwwwuftmedubrpatolocpgpimagemTeseEvaCVSenneMEpdf Silva VL Genética bacteriana Minas Gerais Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 SILVA NETO RS Figueiredo SM Nunes MRCM Veras KN Estudo de microrganismos multirresistentes segundo antibióticosíndice no Hospital Getúlio Vargas de agosto de 1996 a abril de 1998 ž Teresina Pi Brazilian Journal of Infectious Diseases 3supl 2S80 1999 SILVA Sandra Cristine da et al Boas praticas de enfermagem em adultos procedimentos básicos São Paulo Atheneu 2008 SILVEIRA Gustavo Pozza et al Estratégias utilizadas no combate a resistência bacteriana Química Nova v 29 n 4 p 844 2006 SILVEIRA Gustavo Pozza NOME Faruk GESSER José Carlos SÁ Marcus Mandolesi TERENZI Hernán Estratégias utilizadas no combate a resistência bacteriana recentes achievements to combat bacterial resistance 2005 12 f Tese Curso de Bioquímica Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis Sc 2006 Simões CMSB Infecções hospitalares bacterianas no século XXITese Porto Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Ciências da Saúde 2016 SOUZA A C S PEREIRA M S RODRIGUES M A V Descontaminação prévia de materiais médicocirúrgicos estudo da eficácia de desinfetantes químicos e água e sabão Revista Latinoamericana de Enfermagem Ribeirão Preto v 6 n 3 p95105 julho de 1998 Disponível emwwwscielobrpdfrlaev6n313896pdf TARDIVO T B FARHAT NETO J FARHAT JUNIOR J Infecções Sanguíneas Relacionadas aos Cateteres Venosos Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica 2008 Disponível emhttpfilesbvsbruploadS167910102008v6n6a224227pdf 99 Caminhos das investigações sociais e de saúde na contemporaneidade Editora Epitaya ISBN 9786587809595 Rio de Janeiro 2022 pag TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem A arte e ciência do cuidado de enfermagem 5ª Edição Porto Alegre Artmed 2007 Teixeira AR Figueiredo AFC França RF Resistência bacteriana relacionada ao uso indiscriminado de antibióticos Revista Saúde em Foco 2019 11853 875 Teste de sensibilidade aos antimicrobianos Disponível em httpanvisagovbrservicosaudecontroleredermcursosboaspraticasmo dulo5introducaohtm VIEIRA PN e Vieira SLV Uso irracional e resistência a antimicrobianos em hospitais Arquivos de ciência da saúde UNIPAR 2017 3209212 VRANJAC A CCD Centro de Vigilância Epidemiológica Divisão de infecção Hospitalar Infecção em sítio cirúrgico 2008 Disponível emhttpftpcvesaudespgovbrdoctecihihifcpdf