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História
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meSalva!\n\nGRANDES GUERRAS\n\nmesalva.com MÓDULOS CONTEMPLADOS\nSXIX - Século XIX e Imperialismo\nUTAR - Unificações tardias\nGGMI - I Guerra Mundial\nTAGI - Tópicos avançados em I Guerra Mundial\nRRUS - Revolução Russa\nPEGA - Período Entre-guerras\nGMIA - II Guerra Mundial\nTGII - Tópicos avançados em II Guerra Mundial\nHCGG - Heranças e curiosidades das Grandes Guerras\n\ncurso\nHISTÓRIA\n\ncapítulo\nGRANDES GUERRAS\n\nprofessores\nVICENTE SCHNEIDER E CARLOS\nRENATO UNGARETTI\n\nEXTENSIVO 2017\nmesalva.com GRANDES GUERRAS\n\nE aí galera do Me Salva!, beleza?\n\nNeste material nós vamos entrar de cabeça em um século de grandes disputas imperialistas, momentos de tensões, crises econômicas, revoluções, conflitos e regimes totalitários. Trata-se do período final do século XIX até 1945. O século XX é considerado por grandes historiadores como a Era dos Extremos e os estudantes primeiramente recolhem as ideias apostila, então já vai se acostumando com o cheiro de pólvora e com o barulho do tiro, porrada e bomba.\n\nIniciaremos estudando o contexto da segunda metade do século XIX, caracterizada pela primeira grande crise do capitalismo, a corrida imperialista das grandes potências e o neocolonialismo na África e na Ásia. No segundo capítulo, vamos acompanhar o passo a passo das unificações tardias na Europa e suas consequências. No terceiro, vamos compreender as causas, as fases, o desfecho e as consequências da Primeira Guerra Mundial. O período entreguerras vem na ascensão dos regimes nazifascistas na Europa e o clima tenso dos anos de 1930.\n\nPor fim, entenderemos a Segunda Guerra Mundial.\n\nLustra tuas botas, veste teu capacete e vamos em frente! Blitzkrieg! Século XIX: NEOCOLONIALISMO E IMPERIALISMO\n\nO capitalismo industrial atingiu seu apogeu a partir da segunda metade do século XIX. A Revolução Industrial modificava a sociedade e apresentava como consequência a utilização das máquinas, a divisão do trabalho, a urbanização, a evolução dos transportes e, é claro, o aumento da produção.\n\nEsta produção estava concentrada em grandes indústrias e gerou grande disparidade de renda. Você deve se lembrar que a industrialização da economia europeia deu origem a duas novas classes sociais: a burguesia industrial e o proletariado urbano. A burguesia era formada pelos proprietários das fábricas, das máquinas e dos meios de produção em geral; o proletariado era formado por aqueles que possuíam apenas sua força de trabalho — eram os antigos camponeses que passaram a migrar para as cidades. As condições de trabalho nas fábricas eram marcadas por longas jornadas, baixos salários e péssimas condições de segurança e higiene. Além disso, havia a utilização de mão de obra infantil e feminina que recebia salários ainda mais baixos que os trabalhadores homens.\n\nA partir deste cenário ocorreu a primeira grande crise do capitalismo, que teve o seu auge em 1870. De um lado a grande produção industrial e de outro uma massa de assalariados que não tinham condições de consumir esta produção. Quer saber duas consequências disso? Primeira: muitas fábricas de médio e pequeno porte decretaram falência e fecharam as portas, gerando desemprego. Segundo: as grandes indústrias dos centros urbanos europeus iniciaram uma corrida para buscar mercado consumidor fora da Europa.\n\nApós o ano de 1870, para conter a crise, o capitalismo europeu passou por um processo de expansão econômica. Essa fase ficou conhecida como uma etapa imperialista.\n\nO termo imperialista se refere à disputa das grandes potências capitalistas pelo controle econômico e político em regiões não industrializadas. Isso mesmo, a solução para a crise econômica foi dominar outros países e consolidar novas colônias. NEOCOLONIALISMO\n\nAs nações europeias iniciaram uma corrida para conseguir o maior número possível de colônias para manter e expandir o complexo industrial, principalmente na Ásia e na África. O objetivo neocolonial era buscar os 3 Ms. 3 Ms? Sim, se liga nessa:\n\nMatéria-prima;\nMão de obra barata;\nMercado consumidor.\n\nE por que chamamos esse processo de NEOCOLONIAL? É para diferenciar daquele tipo de colonização que ocorreu a partir da expansão marítima nos séculos XV e XVI. No quadro abaixo podemos ver algumas diferenças entre o colonialismo e o neocolonialismo:\n\nCOLONIALISMO NEOCOLONIALISMO\nSEC. XV ao XVIII XIX\nECONOMIA Mercantilismo Capitalismo Industrial Monopolista\nPOTÊNCIAS Espanha, Portugal, Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália e Japão\nFOCO América África e Ásia\nOBJETIVO Metais, especiarias Matéria-prima, mão de obra, escrava, mercado consumidor. A EXPLORAÇÃO NEOCOLONIAL\n\nA dominação ocasionada pelo neocolonialismo atingiu seu apogeu nos anos de 1884 e 1885, quando ocorreu a \"Conferência de Berlim\", que resultou na partilha da África. Sem divididas o continente africano foi o que mais sofreu as consequências da ação exploratória do neocolonialismo. A Conferência de Berlim foi uma reunião internacional em que as potências discutiram um conjunto de regras para a consolidação de novas colônias e a divisão da África. Vamos ver no desenho abaixo a transformação do continente africano:\n\n[Insert drawing of Africa divided]\n\nConforme vimos nos tópicos anteriores, a expansão territorial está ligada ao domínio econômico de uma nação sobre outra. E como de fato acontece essa exploração? Se liga nessa! Os colonizadores, ou seja, as grandes nações industrializadas, pagavam preços baixíssimos pelas matérias-primas que abasteciam as indústrias na Europa. E não para por aí. Já falamos que entre os 3 Ms estava a busca por um mercado consumidor, lembrar? Pois é, eles vendiam os produtos industrializados a um preço elevado ao mesmo tempo em que proibiam os colônias de desenvolver o setor industrial. Desta forma as colônias da África e da Ásia se mantinham dependentes das matérias-primas exportadas e dos produtos industrializados que consumiam das metrópoles.\n\nEmbora a exploração fosse a grande marca do processo neocolonial, o modelo de administração dos territórios variava conforme a realidade de cada território. Vamos analisar as características dos modelos colonial e protetorado: Modelo Colonial: as colônias eram aqueles territórios que dependiam diretamente do metrópole, ou seja, eram administradas por um órgão responsável pelas decisões políticas e econômicas. No caso francês, eram administradas por um governador-geral, responsável pela atividade colonial. Nas colônias inglesas, a administração ficava a cargo de um Escritório Colonial;\nModelo Protetorado: o modelo de protetorado mantinha certo grau de autonomia. As decisões eram tomadas por líderes locais e passavam por um supervisor que representava a metrópole;\n\nAs colônias inglesas eram muitas. É importante gravar que a Inglaterra foi a grande beneficiada pela Conferência de Berlim, pois ficou com o maior número de territórios a serem explorados.\n\nA posse das terras das colônias era concedida aos colonos e a grandes companhias; os primeiros tinham a missão de desbravar o território e fomentar a colonização, e as companhias eram responsáveis pelos grandes empreendimentos de extração de matéria-prima vegetal e mineral. Isso incluía a construção de grandes obras de infraestrutura como portos, estradas e ferrovias. Vale lembrar que essas obras estavam relacionadas à segunda etapa da Revolução Industrial.\n\nA penetração colonial gerou rupturas em relação ao sistema vigente anteriormente. A aquisição de terras pelos colonos e empresas se deu pela forma de expropriação e na maioria dos casos os colonos eram submetidos a trabalhos forçados.\n\nÉ importante pensarmos que todo o processo de dominação territorial e econômica tem como base da imposição um conjunto de ideias que visa legitimar a exploração. No caso do neocolonialismo, a base ideológica para a sua expansão foi a teoria do darwinismo social em alta na Europa do século XIX. Essa teoria compreendia a ideia de que as sociedades poderiam ser classificadas em três estágios: bárbaras, primitives e civilizadas. Desta forma, os europeus classificavam o continente africano como uma sociedade bárbara e o continente asiático como primitivo. Nessa visão europeia caberia, portanto, uma missão civilizatória da Europa para que os demais continentes alcançassem o estágio de civilização. OS CONFLITOS ENTRE POTÊNCIAS E AS UNIFICAÇÕES TARDIAS\n\nNesta conjuntura de corrida em busca de colônias na África e na Ásia ocorreram disputas entre as nações. De um lado estavam as potências clássicas e de outro estavam as chamadas novas potências ou potências emergentes. Vamos observar as características:\n\nPOTÊNCIAS\n\nCLÁSSICAS\n1ª REV. INDUSTRIAL\nSÉC. XVIII\nINGLATERRA\nFRANÇA\nPIONIRISMO INDUSTRIAL\n\nNOVAS\n2ª REV. INDUSTRIAL\nSÉC. XIX\nALEMANHA\nITÁLIA\nUNIFICAÇÕES TARDIAS\n\nA UNIFICAÇÃO ITALIANA\n\nA Itália pré-unificação era constituída em uma região formada por vários reinos governados por monarquias, em sua maioria despóticos e de origem estrangeira. Podemos imaginar que não existia uma Itália nessa época, pelo menos não como a conhecemos hoje. Tratava-se de uma região geográfica que foi dividida pelo Congresso de Viena em 1814 e, a partir de então, diversas dinastias passaram a exercer o controle da região.\n\nO que foi o Congresso de Viena?\nFoi uma reunião diplomática ocorrida na cidade de Viena em 1814 e que contou com a participação das potências que haviam derrotado o projeto expansionista da França de Napoleão.\n\nQual o objetivo desse Congresso?\nEssas potências buscavam restaurar as monarquias absolutistas e redefinir o mapa político Europeu.\n\nQuais eram essas potências?\nÁustria, Reino Unido, França, Prússia, Império Russo, Reino da Suécia e outros reinos que formavam o continente Europeu, Reino de Sardenha e Gênova.\n\nSe ligue nos tópicos abaixo para entender como estava dividido o território italiano!\n\nO Reino Lombardo-Veneziano era governado pela família Habsburgo, de origem austríaca;\nOs Ducados de Toscana, Módena e Parma também eram administrados sob influência da Áustria;\nA região de Nápoles, onde se localizava o Reino das Duas Sicílias, era controlada pela dinastia dos Bourbon, descendentes dos reis franceses;\nNo Norte localizava-se o Reino de Piemonte-Sardenha, controlado pela poderosa dinastia de Savoia. É importante observamos que esse reino era o único independente, ou seja, não sofria influências estrangeiras;\nNão podemos esquecer dos Estados Pontifícios, domínio da Igreja e do Papa.\n\nQuanta divisão, né? Achou complicado? Vamos observar o mapa abaixo: me Salva!\nENEM\n\nEntendida essa divisão, vamos ao que interessa! O movimento de unificação vai começar.\n\nObservamos que o Reino de Piemonte-Sardenha era o Estado mais independente de todos. Outro elemento importante era que ele concentrava grande parte da classe burguesa. Assim, fica claro entendermos que a região norte foi pioneira no desenvolvimento industrial e já contava com centros urbanos maiores do que as demais regiões. Era interesse desta burguesia a formação de um mercado nacional para ampliar o consumo de seus produtos, bem como facilitar as transações comerciais com outras nações que haviam realizado as suas unificações e formado um Estado Nacional.\n\nO rei Carlos Alberto de Piemonte-Sardenha declarou guerra à Áustria em 1848, antes da luta pela unificação começar de fato, e acabou perdendo. Este fato é importante porque a dinastia de Savoie percebeu a partir de então que era necessário ter um aliado forte para contrabalançar a expulsão dos austríacos da Itália. Foi sob o comando de rei Vítor Emanuel II, herdeiro do trono de Savoie, que tudo começou. Ele enviou o primeiro-ministro, Conde de Cavour, para negociar com Napoleão III o apoio da França ao movimento de unificação.\n\nTodos os direitos reservados © Me Salva! 2017.
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O século XX é considerado por grandes historiadores como a Era dos Extremos e os estudantes primeiramente recolhem as ideias apostila, então já vai se acostumando com o cheiro de pólvora e com o barulho do tiro, porrada e bomba.\n\nIniciaremos estudando o contexto da segunda metade do século XIX, caracterizada pela primeira grande crise do capitalismo, a corrida imperialista das grandes potências e o neocolonialismo na África e na Ásia. No segundo capítulo, vamos acompanhar o passo a passo das unificações tardias na Europa e suas consequências. No terceiro, vamos compreender as causas, as fases, o desfecho e as consequências da Primeira Guerra Mundial. O período entreguerras vem na ascensão dos regimes nazifascistas na Europa e o clima tenso dos anos de 1930.\n\nPor fim, entenderemos a Segunda Guerra Mundial.\n\nLustra tuas botas, veste teu capacete e vamos em frente! Blitzkrieg! Século XIX: NEOCOLONIALISMO E IMPERIALISMO\n\nO capitalismo industrial atingiu seu apogeu a partir da segunda metade do século XIX. A Revolução Industrial modificava a sociedade e apresentava como consequência a utilização das máquinas, a divisão do trabalho, a urbanização, a evolução dos transportes e, é claro, o aumento da produção.\n\nEsta produção estava concentrada em grandes indústrias e gerou grande disparidade de renda. Você deve se lembrar que a industrialização da economia europeia deu origem a duas novas classes sociais: a burguesia industrial e o proletariado urbano. A burguesia era formada pelos proprietários das fábricas, das máquinas e dos meios de produção em geral; o proletariado era formado por aqueles que possuíam apenas sua força de trabalho — eram os antigos camponeses que passaram a migrar para as cidades. As condições de trabalho nas fábricas eram marcadas por longas jornadas, baixos salários e péssimas condições de segurança e higiene. Além disso, havia a utilização de mão de obra infantil e feminina que recebia salários ainda mais baixos que os trabalhadores homens.\n\nA partir deste cenário ocorreu a primeira grande crise do capitalismo, que teve o seu auge em 1870. De um lado a grande produção industrial e de outro uma massa de assalariados que não tinham condições de consumir esta produção. Quer saber duas consequências disso? Primeira: muitas fábricas de médio e pequeno porte decretaram falência e fecharam as portas, gerando desemprego. Segundo: as grandes indústrias dos centros urbanos europeus iniciaram uma corrida para buscar mercado consumidor fora da Europa.\n\nApós o ano de 1870, para conter a crise, o capitalismo europeu passou por um processo de expansão econômica. Essa fase ficou conhecida como uma etapa imperialista.\n\nO termo imperialista se refere à disputa das grandes potências capitalistas pelo controle econômico e político em regiões não industrializadas. Isso mesmo, a solução para a crise econômica foi dominar outros países e consolidar novas colônias. NEOCOLONIALISMO\n\nAs nações europeias iniciaram uma corrida para conseguir o maior número possível de colônias para manter e expandir o complexo industrial, principalmente na Ásia e na África. O objetivo neocolonial era buscar os 3 Ms. 3 Ms? Sim, se liga nessa:\n\nMatéria-prima;\nMão de obra barata;\nMercado consumidor.\n\nE por que chamamos esse processo de NEOCOLONIAL? É para diferenciar daquele tipo de colonização que ocorreu a partir da expansão marítima nos séculos XV e XVI. No quadro abaixo podemos ver algumas diferenças entre o colonialismo e o neocolonialismo:\n\nCOLONIALISMO NEOCOLONIALISMO\nSEC. XV ao XVIII XIX\nECONOMIA Mercantilismo Capitalismo Industrial Monopolista\nPOTÊNCIAS Espanha, Portugal, Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália e Japão\nFOCO América África e Ásia\nOBJETIVO Metais, especiarias Matéria-prima, mão de obra, escrava, mercado consumidor. A EXPLORAÇÃO NEOCOLONIAL\n\nA dominação ocasionada pelo neocolonialismo atingiu seu apogeu nos anos de 1884 e 1885, quando ocorreu a \"Conferência de Berlim\", que resultou na partilha da África. Sem divididas o continente africano foi o que mais sofreu as consequências da ação exploratória do neocolonialismo. A Conferência de Berlim foi uma reunião internacional em que as potências discutiram um conjunto de regras para a consolidação de novas colônias e a divisão da África. Vamos ver no desenho abaixo a transformação do continente africano:\n\n[Insert drawing of Africa divided]\n\nConforme vimos nos tópicos anteriores, a expansão territorial está ligada ao domínio econômico de uma nação sobre outra. E como de fato acontece essa exploração? Se liga nessa! Os colonizadores, ou seja, as grandes nações industrializadas, pagavam preços baixíssimos pelas matérias-primas que abasteciam as indústrias na Europa. E não para por aí. Já falamos que entre os 3 Ms estava a busca por um mercado consumidor, lembrar? Pois é, eles vendiam os produtos industrializados a um preço elevado ao mesmo tempo em que proibiam os colônias de desenvolver o setor industrial. Desta forma as colônias da África e da Ásia se mantinham dependentes das matérias-primas exportadas e dos produtos industrializados que consumiam das metrópoles.\n\nEmbora a exploração fosse a grande marca do processo neocolonial, o modelo de administração dos territórios variava conforme a realidade de cada território. Vamos analisar as características dos modelos colonial e protetorado: Modelo Colonial: as colônias eram aqueles territórios que dependiam diretamente do metrópole, ou seja, eram administradas por um órgão responsável pelas decisões políticas e econômicas. No caso francês, eram administradas por um governador-geral, responsável pela atividade colonial. 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