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Direito ·
História
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meSalva! EMEM MÓDULOS CONTEMPLADOS\nPRRE - Proclamação e República da Espada\nROLL - República Oligárquica\nYOLI - República Oligárquica - Aspectos Econômicos\nRREV - Revoltas da República Velha\nRDEC - Declínio da República Velha\nHCRV - Heranças e curiosidades da República Velha\nERVA - Exercícios de República Velha\nCURSO\nEXTENSIVO 2017\nDISCIPLINA\nHISTÓRIA\nCAPÍTULO\nREPÚBLICA VELHA\nPROFESSORES\nVICENTE SCHNEIDER REPÚBLICA VELHA (1889-1930)\nE aí galera do Me Salva, beleza ?\nNeste material nós vamos entrar em um contexto histórico repleto de conflitos, golpes, crises e conciliações políticas. Trata-se da transição do Brasil Império até a consolidação e o declínio do Brasil República. Aqui vamos nos deparar com marechais, coronéis, operários, artistas, rebeldes e compreender qual a relação de todos eles com a Primeira República, ou se você preferir, podemos chamar de República Velha.\nEste período se estende da Proclamação da República de 1889 até a Revolução de 1930. A historiografia brasileira divide a Primeira República em dois momentos: A República da Espada (1889-1894) e a República Oligárquica (1894-1930). Aqui nós vamos iniciar compreendendo como é porque nós transformamos em um país republicano. E claro, abordaremos os principais aspectos políticos, econômicos e sociais de todos esses anos e períodos.\nPreparados para dar um rolêzinho no Brasil do final do século XIX? Então, vamos em frente! COMO NOS TORNAMOS UMA REPÚBLICA?\n\nGaler a para compreendermos como viramos a página do Reinado e nos tornamos uma República é importante estarmos conscientes que nenhuma mudança política ocorre do dia para a noite. Temos que ficar atentos para os diversos acontecimentos, crises e conflitos que levam um país rumo para um modelo político diferente. No caso do Brasil a Proclamação da República foi possível mediante uma série de questões que marcaram a crise da monarquia durante o Segundo Reinado. Vamos entender essas questões? Se liga:\n\nQUESTÃO MILITAR\n\nA partir de 1870 o exército brasileiro retorna vitorioso da Guerra do Paraguai (1864-1870) e perante a sociedade a popularidade das forças armadas estava bombando. Até aí tudo bem, mas acontece que muitos recrutas e combatentes eram escravoces e após o conflito passaram a defender a própria liberdade. Isso fez com que muitos militares se tornassem simpáticos à causa abolicionista que começou a chegar no Brasil. Mediante isso, a Monarquia impôs uma medida que impedia os oficiais do exército de conceder entrevistas à imprensa sem prévia autorização do Ministro da Guerra. Pra piorar, a monarquia passou a cortar as verbas para as Forças Armadas devido aos altos gastos militares durante a guerra. Deu treta! Os militares passaram a se preocupar com o desprestígio perante ao governo monárquico. Aí já podemos entender porque as ideias republicanas ganharam força dentro do Exército.\n\nQUESTÃO RELIGIOSA\n\nA Igreja Católica sempre teve fortes vínculos com o Brasil desde os tempos da Colônia. Durante o Reinado isso não foi diferente, a Constituição de 1824 outorgada por Dom Pedro I estabelecia o catolicismo a religião oficial do país. Como nem tudo são flores, essa relação vai entrar em crise no final do sec. XIX. Se liga nessa, o papa Pio IX preocupado com uma possível perda de influência da Igreja para outras instituições, enviou um documento ao Brasil chamado 'Bula Syllabus'. Entre outras coisas, essa Bula determina que todos os membros da Maçonaria fossem excomungados da Igreja. Outra treta! Com fortes ligações com a Maçonaria, Dom Pedro II promulgou uma ordem na qual não reconhecia o documento do papa. E ainda por cima os bispos de Olinda e Belém que optaram por acatar a ordem de Pio IX, sofreram uma série de represálias do governo monárquico. A partir daí a monarquia perdeu o apoio de mais uma instituição que anteriormente pertencia à sua base de sustentação política, a Igreja. QUESTÃO REPUBLICANA\n\nAs ideias republicanas já haviam embasado diversos movimentos anteriores ao sec. XIX, como por exemplo, a Inconfidência Mineira, a Revolução Pernambucana de 1817 e as revoltas do periodo regencial. Mas, a partir de 1870 que os republicanos começaram a se organizar de forma mais contundente. Neste ano ocorreu o lançamento do Manifesto Republicano que continha diversas denúncias aos abusos da Corte e defendia a instalação de uma República Federativa. No estado de São Paulo em 1873 foi fundado o PRP (Partido Republicano Paulista) por cafeicultores do Oeste que defendiam maior autonomia para as províncias. Além do PRP havia outros republicanos que atuavam dentro do Partido Liberal, estes defendiam a abolição da escravidão e um sistema universal de ensino. Teve aqueles que tardaram a aderir ao movimento, estes ficaram conhecidos como republicanos de ultima hora. Quem eram eles? As oligarquias que ficaram insatisfeitas com a abolição da escravidão em 1888 e por desgosto com a monarquia tornaram-se republicanos.\n\nE quais eram os setores que lançaram o Manifesto em 1870 e que atuavam no movimento? Conforme já vimos, setores do exército, cafeicultores do Oeste paulista, religiosos descontentes e somados a eles jornalistas, poetas e intelectuais influenciados pelas ideias positivistas.\n\nPOSITIVISMO: Corrente filosófica que surgiu na França no sec. XIX e que pregava a ideia de que o progresso da humanidade dependia dos avanços científicos. Desta forma, era preciso construir Estados governados por quadros técnicos e científicos. Se liga, o lema “Ordem e progresso” da bandeira da República tem forte influência positivista. A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA\n\nApesar do crescimento do movimento republicano que contou com a adesão de setores sociais importantes, no final do sec. XIX, estes procuravam um líder de prestígio para liderar o movimento e a tomada do poder. Benjamin Constant, o grande defensor das ideias positivistas no Brasil convenceu um amigo do imperador Dom Pedro II a liderar o movimento. Sim! O grande porta-voz do exército e combatente da Guerra do Paraguai, Marechal Deodoro da Fonseca era amigo do imperador. Embora, para não perder seu prestígio nas forças armadas aceitou chefiar o levante.\n\nNo dia 15 de Novembro de 1889 um grupo de militares, liderados por Marechal Deodoro da Fonseca, marchou pelas ruas do Rio de Janeiro, capital do Império, e destituiu o imperador proclamando no Brasil a República. A proclamação foi resultado de um sistema de governo que não possuía mais base de sustentação política. Alguns historiadores argumentam que o movimento não contou com grande participação popular, por tanto, pode ser considerado como um golpe político.\n\nApós a proclamação, assumiu um governo provisório que passou a construir uma nova identidade nacional, agora não mais imperial, mas republicana e com forte influência do positivismo. A REPÚBLICA DA ESPADA\n\nRepública da Espada é o nome que recebe o primeiro período da primeira república que se estende de 1889 a 1894. República da Espada? Sim, recebe esse nome porque os dois primeiros presidentes da república eram militares: Marechal Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.\n\nEstes dois primeiros governos tiveram como característica principal ações voltadas para a transição do regime monárquico para a república. Isso implicava na elaboração de uma nova constituição e na consolidação de novas instituições.\n\nA CONSTITUIÇÃO DE 1891\n\nPara consolidar a república era necessário elaborar um novo conjunto de leis a partir de uma nova constituição. Em 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a primeira constituição da República. Fica esperto nos principais pontos:\n- Modelo de administração presidencialista;\n\n- Divisão da República em três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Nesta constituição caiu o poder moderador dos tempos do império.;\n\n- Criação de um sistema eleitoral caracterizado pelo direito ao voto aberto (Não secreto) podendo ser exercido apenas por homens, acima de 21 anos e alfabetizados;\n\n- Estado laico, ou seja, a separação entre Estado e religião.\n\nOS PRESIDENTES DA ESPADA\n\nApós a constituição o Marechal Deodoro deixou de ser um presidente provisório e passou a ser um presidente constitucional. Apesar de comandar a tomada do poder à transição republicana, o presidente Deodoro demonstrou ter poucas habilidades para negociar com os diversos grupos sociais nestes primeiros anos da republica.\n\nAcontece que não foi fácil consolidar a República, vamos ver porque? Os militares ocupavam a presidência e desejavam um regime republicano centralizado, ou seja, sem muita autonomia para os estados (no império se chamavam provinciais). As oligarquias rurais, representantes pelo legislativo, pretendiam um regime republicano federativo, ao contrário da centralização, queriam maior autonomia administrativa para os estados.\n\nDeodoro protagonizou diversos atritos com o Legislativo. Após ser ameaçado de impeachment respondeu dissolvendo o congresso e decretando estado de sítio em 1891. O movimento anti-deodorista ganhou força quando eclodiu a Primeira Revolta da Armada em 23 de novembro deste mesmo ano. Esse movimento consistiu na ameaça de bombardeio da cidade do Rio de Janeiro por setores da Marinha que exigiam a renúncia de Deodoro.\n\nO fracasso da política econômica do Encilhamento elaborada pelo Ministro da Fazenda Rui Barbosa e a possibilidade de uma guerra civil levou o presidente Deodoro da Fonseca à renuncia.\n\nENCILHAMENTO: Plano econômico elaborado pelo Ministro da Fazenda Rui Barbosa. Visou desenvolver o parque produtivo brasileiro e consolidar a mão de obra assalariada a partir da emissão de papel moeda e empréstimos bancários. Teve como resultado o aumento da inflação e da especulação. Com a renúncia do presidente, assumiu o seu vice Marechal Floriano Peixoto. Seu governo é marcado pelas medidas sociais que visavam resgatar o prestígio da República. Se liga nelas:\n- lei de Construção de moradias populares no Rio de Janeiro;\n- Redução dos preços da carne e dos aluguéis;\n- Mesmo com apoio popular e uma base política mais sólida, o governo de Floriano Peixoto enfrentou inúmeros protestos da oposição. Isso se deu o fato de ler tido a sua posse questionada. Se liga só, a constituição de 1891 previa que qualquer presidente que não cumprisse dois anos de mandato, deveria convocar novas eleições. Quando Deodoro renunciou tinha apenas 9 meses de mandato constitucional. O que aconteceu? Floriano assumiu mas enfrentou alguns revoltas.\n\nA Segunda Revolta da Armada explodiu no Rio de Janeiro, liderada pelo Almirante Custódio de Melo, fundamentada a partir da exigência de eleições imediatas.\n\nNo mesmo período, no Rio Grande do Sul uma ala da oligarquia rural se opôs ao governo apoiado pelo presidente Floriano Peixoto.\n\nFloriano conseguiu derrotar as duas revoltas, recebendo o apelido de Marechal de Ferro. Apesar dos obstáculos, o regime republicano acabou se consolidando. Ao término do mandato de Floriano ocorreu a primeira eleição da república e consequentemente o primeiro presidente civil foi eleito. Começa a partir então a hegemonia das oligarquias rurais. REPÚBLICA OLIGÁRQUICA\n\nTrata-se do segundo período da primeira república e recebe essa denominação devido ao poder político estar sob o controle das oligarquias rurais. Você deve estar se perguntando, o que é uma oligarquia? A palavra consiste em \"governo de poucos\". Estamos falando de oligarquias rurais, isto quer dizer, que estamos nos referindo ao período onde o país foi governado por um grupo político ligado ao latifúndio, ou seja, os grandes proprietários de terra.\n\nNeste período o país foi governado por 11 presidentes entre os anos de 1894 e 1930. CORONELISMO\n\nA consolidação da República manteve a mesma estrutura agrária dos tempos do Império, pois porque as oligarquias rurais configuravam uma força importante do movimento republicano. Neste período, 70 % da população morava no campo e divide-se entre uma camada camponesa marginalizada e os proprietários rurais.\n\nComo vemos, a constituição de 1891 garantiu o direito ao voto, mas este era restrito aos homens alfabetizados acima de 21 anos. Neste meio rural, os fazendeiros acabavam por controlar as eleições devido à ausência de uma Justiça Eleitoral e eram conhecidos como coronéis. O coronel garantia a seus agregados a alfabetização (para estes terem direito ao voto), auxílio em questões de saúde, e protegia suas famílias de qualquer confronto. Em troca, os camponeses garantiam o voto no coronel ou em algum candidato indicado por ele: Este voto era exercido abertamente e muitas vezes sob chantagens e ameaças. Este voto controlado pelos poderosos recebeu o apelido de \"voto de cabresto\" em referência à corda de couro puxava o cavalo.\n\nExistia alguma diferença entre o coronel e a oligarquia? Sim, embora ambos pertencessem a mesma classe, o coronel era assim conhecido por comandar a política local e o oligarca exercia influência a nível estadual e federal.\n\nEste sistema político marcado pelo poder dos coronéis ficou conhecido como coronelismo.\n\nVOTO DE CABRESTO\n\nRepública\n\nE o Zé BESTA?\n\nNão, é o ZÉ BURRO!\n\nCoronel\n\nEleitor\n
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Se liga:\n\nQUESTÃO MILITAR\n\nA partir de 1870 o exército brasileiro retorna vitorioso da Guerra do Paraguai (1864-1870) e perante a sociedade a popularidade das forças armadas estava bombando. Até aí tudo bem, mas acontece que muitos recrutas e combatentes eram escravoces e após o conflito passaram a defender a própria liberdade. Isso fez com que muitos militares se tornassem simpáticos à causa abolicionista que começou a chegar no Brasil. Mediante isso, a Monarquia impôs uma medida que impedia os oficiais do exército de conceder entrevistas à imprensa sem prévia autorização do Ministro da Guerra. Pra piorar, a monarquia passou a cortar as verbas para as Forças Armadas devido aos altos gastos militares durante a guerra. Deu treta! Os militares passaram a se preocupar com o desprestígio perante ao governo monárquico. Aí já podemos entender porque as ideias republicanas ganharam força dentro do Exército.\n\nQUESTÃO RELIGIOSA\n\nA Igreja Católica sempre teve fortes vínculos com o Brasil desde os tempos da Colônia. Durante o Reinado isso não foi diferente, a Constituição de 1824 outorgada por Dom Pedro I estabelecia o catolicismo a religião oficial do país. Como nem tudo são flores, essa relação vai entrar em crise no final do sec. XIX. Se liga nessa, o papa Pio IX preocupado com uma possível perda de influência da Igreja para outras instituições, enviou um documento ao Brasil chamado 'Bula Syllabus'. Entre outras coisas, essa Bula determina que todos os membros da Maçonaria fossem excomungados da Igreja. Outra treta! Com fortes ligações com a Maçonaria, Dom Pedro II promulgou uma ordem na qual não reconhecia o documento do papa. E ainda por cima os bispos de Olinda e Belém que optaram por acatar a ordem de Pio IX, sofreram uma série de represálias do governo monárquico. 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A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA\n\nApesar do crescimento do movimento republicano que contou com a adesão de setores sociais importantes, no final do sec. XIX, estes procuravam um líder de prestígio para liderar o movimento e a tomada do poder. Benjamin Constant, o grande defensor das ideias positivistas no Brasil convenceu um amigo do imperador Dom Pedro II a liderar o movimento. Sim! O grande porta-voz do exército e combatente da Guerra do Paraguai, Marechal Deodoro da Fonseca era amigo do imperador. Embora, para não perder seu prestígio nas forças armadas aceitou chefiar o levante.\n\nNo dia 15 de Novembro de 1889 um grupo de militares, liderados por Marechal Deodoro da Fonseca, marchou pelas ruas do Rio de Janeiro, capital do Império, e destituiu o imperador proclamando no Brasil a República. A proclamação foi resultado de um sistema de governo que não possuía mais base de sustentação política. 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