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Farmácia ·

Farmacologia

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Prof Dr Alexandre Bechara UNIDADE II Farmácia Clínica Parte essencial prática clínica farmacêutica com enfoque nos cuidados farmacêuticos ao paciente Seguimento Farmacoterapêutico Constitui uma resposta efetiva para detectar prevenir e resolver fracassos da farmacoterapia através de atividades assistenciais Cuidados Farmacêuticos CF Prática clínica monitorizar e avaliar a farmacoterapia do paciente com o objetivo de melhorar seus resultados utilizando métodos que avaliam a farmacoterapia de forma sistemática Segmento Farmacoterapêutico SF Fonte Autoria própria São diversos os métodos que podem ser empregados sendo os mais difundidos entre os profissionais da área farmacêutica os seguintes métodos Métodos de Seguimento Farmacoterapêutico SOAP PWDT Pharmacist Workup of Drug Therapy TOM Therapeutics Outcomes Monitoring Dáder Fonte Autoria própria Método SOAP SUBJETIVO Informações dadas pelo paciente ou cuidador OBJETIVO Informações coletadas através de exames por exemplo AVALIAÇÃO Avaliação do quadro de saúde danos PRM ou queixas do paciente PLANEJAMENTO Planejamento de condutas a serem seguidas pelo paciente Fonte Autoria própria Vantagens simplificação de documentação e registro as informações são registradas de forma livre e não codificadas ou padronizadas Desvantagens exige maior experiência do profissional não existe guia para o passo a passo desenvolvido para diagnóstico médico Ficha de registro Método SOAP Apresentação identificação do paciente medicamentos envolvidos na situação Motivo do encaminhamento problemas da farmacoterapia identificados Utilizar linguagem técnica e evitar proposições de diagnóstico ou prognóstico Avaliação farmacêutica relação entre os problemas encontrados e a farmacoterapia do paciente incluindo possíveis causas Proposta de solução do problema incluindo alternativas terapêuticas e sugestões Fechamento despedida formal reforçando a solicitação de avaliação do médico sobre o problema Data carimbo e assinatura do farmacêutico Fonte Autoria própria Desenvolvido por colaboradores da Universidade de Minnesota EUA em 1990 Tem como premissa um novo compromisso com os pacientes usuários de medicamentos uma mudança revolucionária tanto profissional como pessoal PWDT Pharmacist Workup of Drug Therapy Análise da farmacoterapia pelo farmacêutico PW Pharmacotherapy Workup Análise da farmacoterapia PW Pharmacotherapy Workup OS sete passos do PW Recolher e interpretar a informação relevante do paciente para determinar se este paciente possui PRM Identificar PRMs Descrever os objetivos terapêuticos desejados Descrever as alternativas terapêuticas possíveis e disponíveis Selecionar e individualizar o regime terapêutico mais apropriado Implementar as decisões sobre o uso dos medicamentos Desenhar um plano de seguimento para alcançar as metas terapêuticas desejadas Fonte Autoria própria O que é um PRM É um problema de saúde relacionado ou suspeito de estar relacionado à farmacoterapia que interfere ou pode interferir nos resultados terapêuticos e na qualidade de vida do usuário IVAMA et al 2002 Problemas Relacionados aos Medicamentos PRM Fonte Banco de dados do PowerPoint PW Coleta de informações Tipos de Informações Informações a serem levantadas Dados demográficos Idade sexo peso altura índice de massa corpórea IMC gravidez e lactação Informações sobre medicamentos História medicamentosa atitudes do paciente frente ao medicamento consumo de drogas ilícitas crenças preocupações desejos entendimento e comportamento Fonte Autoria própria PW Coleta de informações Tipos de Informações Informações a serem levantadas Informação clínica Razão para o encontro ou queixa principal História clínica relevante Revisão de sistemas Necessidade Farmacoterapêutica Indicação Existe indicação para o uso O paciente precisa de medicamento adicional Efetividade O medicamento está sendo efetivo A dose é suficiente para produzir o efeito Segurança O medicamento está produzindo uma RAM A dose é alta e está produzindo toxicidade Conveniência O paciente está aderindo ao tratamento Fonte Autoria própria PW Visão geral AVALIAÇÃO INICIAL Indicação efetividade segurança e conveniência do uso PLANO DE CUIDADOS Resolver problemas com base em objetivos terapêuticos e prevenção ACOMPANHAMENTO DA EVOLUÇÃO Resultados farmacoterapêuticos Fonte Autoria própria Método voltado para doenças específicas necessitando de desenvolvimento de formulários para o tipo de atendimento que vai ser realizado HURLEY 2004 WHO 1998 Vantagens Facilita a análise no caso de uma enfermidade específica e serve de diretriz para as atividades focadas em uma doença Permite a medida dos resultados terapêuticos e da qualidade de vida do usuário Desvantagens Risco de não considerar o usuário de forma integral mesmo que uma parte do formulário contemple esses dados TOM Therapeutics Outcome Monitoring Desenvolvido em 1998 pelo Grupo de Investigação em Atenção Farmacêutica da Universidade de Granada na Espanha Ferramenta útil que permite ao farmacêutico seguir normas claras e simples de Seguimento Farmacoterapêutico de forma sistematizada Define o Seguimento Farmacoterapêutico como Serviço profissional com objetivo de detectar PRM para prevenir e resolver os RNM Deve ser contínuo sistemático e documentado em colaboração com o paciente e com os profissionais do sistema de saúde melhorando a qualidade de vida do paciente SABATER HERNÁNDEZ 2007 Método Dáder de Seguimento Farmacoterapêutico Fonte SABATER HERNÁNDEZ 2007 Método Dáder de Seguimento Farmacoterapêutico Monitorização e avaliação contínua Colaboração e integração na equipe multidisciplinar Plano de atuação IF continuidade Sistematizado métodos e documentado Fonte Autoria própria Etapas do Método Dáder de Seguimento Farmacoterapêutico 5 Fase de avaliação 1 Oferta do serviço 2 Primeira entrevista 3 Estado de situação 4 Fase de estudo 6 Fase de intervenção 7 Resultado da intervenção 8 Novo estado de situação 9 Entrevistas sucessivas Fonte Autoria própria Sobre o emprego do método SOAP para o Seguimento Farmacoterapêutico é correto afirmar a É o mais bem documentado b Foi desenvolvido especificamente para o seguimento farmacêutico c Serve apenas para o seguimento de patologias específicas d É vantajoso por permitir o registro das informações de forma livre e não codificada e Possui um passo a passo bem estabelecido para o profissional iniciar o uso deste método Interatividade Sobre o emprego do método SOAP para o Seguimento Farmacoterapêutico é correto afirmar a É o mais bem documentado b Foi desenvolvido especificamente para o seguimento farmacêutico c Serve apenas para o seguimento de patologias específicas d É vantajoso por permitir o registro das informações de forma livre e não codificada e Possui um passo a passo bem estabelecido para o profissional iniciar o uso deste método Resposta Quem é o paciente idoso Países desenvolvidos 65 anos Países em desenvolvimento 60 anos Envelhecer não é sinônimo de doença Por isso o uso racional de medicamentos é essencial para um envelhecimento saudável Seguimento Farmacoterapêutico de idosos Fonte Adaptado de httpsiblackhatcomUSA21Wednesday Handoutsus21ErrorBadallocBroken MemoryAllocatorsLedToMillionsOf VulnerableIotAndEmbeddedDevicespdf Aspectos farmacocinéticos Alterações na absorção de fármacos Alterações farmacológicas no paciente idoso Diminuição da Secreção salivar Superfície de absorção n células Motilidade do TGI esvaziamento gástrico Fluxo sanguíneo fígado Aumento do pH gástrico Fonte Autoria própria Hipoalbuminemia Alteração na competição dos fármacos pelas proteínas plasmáticas Aspectos farmacocinéticos Alterações na distribuição de fármacos Alterações farmacológicas no paciente idoso Diminuição de água e massa magra aumento da massa gorda gordura corporal Homem jovem 18 Homem idoso 36 Mulher jovem 33 Mulher idosa 45 Alteração do Vd Sangue desviado do fígado e rins para o cérebro coração e músculos Eliminação diminuída e sensibilidade aumentada Fonte Autoria própria Aspectos farmacocinéticos Alterações no metabolismo de fármacos Alterações farmacológicas no paciente idoso Redução 44 mulheres 28 homens Tamanho do fígado n células Redução 35 Fluxo sanguíneo Metabolismo Redução 40 CYP450 das drogas Aumento da concentração plasmática e t ½ aumento dos efeitos farmacológicos e tóxicos Fonte Autoria própria Aspectos farmacocinéticos Alterações na excreção de fármacos Alterações farmacológicas no paciente idoso Diminuição Tamanho do rins Capacidade da eliminação RFG e depuração 70 anos queda 40 da função renal Níveis séricos dos medicamentos elevados ajustes de dose Aparecimento de efeitos secundários e toxicidade Fonte Autoria própria Aspectos farmacodinâmicos Alterações farmacológicas no paciente idoso Alteração do n Alteração na sensibilidade Receptores Atenuação dos mecanismos de regulação Regulação homeostática Fonte Autoria própria Desafios da farmacoterapia do paciente idoso Polifarmácia RAMs Interações medicamentosas Confusão Destreza Visão Compreensão Alterações fisiológicas Diminuição da capacidade fisiológica Med Vencidos Med Emprestados Automedicação Múltiplas doenças e a idade Falta de adesão Farmacocinética e Farmacodinâmica Capacidade funcional Terapia comprometida Fonte Autoria própria Avaliar a necessidade da farmacoterapia Traçar histórico sobre hábitos e uso de medicamentos Conhecer a farmacologia do fármaco prescrito Geralmente as doses são menores Monitorar os níveis plasmáticos Simplificar os regimes terapêuticos e encorajar a adesão Revisar regularmente o plano terapêutico e descontinuar os fármacos desnecessários Recordar que os medicamentos podem causar doenças Fonte Autoria própria Vários métodos para elaboração de listas de medicações inadequadas Critérios de Beers 1991 EUA Consenso Brasileiro de Medicamentos Potencialmente Inapropriados para Idosos MPIs Medicamentos potencialmente perigosos para idosos Fonte Adaptado de httpswwwmsdmanualscomptbrprofissionalgeriatriaterapia medicamentosaemidososcategoriasdemedicamentosderiscov11730649pt Analgésicos IR lesão TGI Anticoagulantes risco de sangramento LPP Antidepressivos Tricíclicos Antidiabéticos Antihipertensivos hipotensão e risco de queda Antiparkinsonianos com forte ação anticolinérgica Antipsicóticos Ansiolíticos e hipnóticos risco de queda Digoxina Diuréticos desequilíbrio eletrolítico Crianças são pacientes que necessitam atenção especial à farmacoterapia Enfermidades específicas Sinais e sintomas podem ser inespecíficos Dependência para tratamento cuidadores Dificuldade de expressão anamnese complexa Seguimento Farmacoterapêutico pediátrico Fonte Banco de dados do PowerPoint Considerar múltiplos parâmetros para a farmacoterapia Farmacodinâmicos Farmacocinéticos Administração Monitoramento Seguimento Farmacoterapêutico pediátrico Diferentes graus de maturação dos processos fisiológicos digestivo renal e hepático Adaptação biológica progressiva Alterações de parâmetros farmacodinâmicos e farmacocinéticos Fonte Autoria própria Administração oral de medicamentos pH estômago imaturidade das células parietais até 32 semanas motilidade intestinal tempo esvaziamento gástrico Imaturidade da mucosa intestinal permeabilidade Administração tópica de medicamentos absorção estrato córneo Risco de toxicidade sistêmica Relação extracelularintracelular 4060 neonatos 2080 adultos Alterações fisiológicas do paciente pediátrico IV Diluições próprias restrição hídrica velocidade de infusão osmolaridade flebite pequeno calibre das veias camada adiposa 3 camada adiposa pequenos volumes erros de diluição IM absorção lenta e errática massa muscular circulação sanguínea Metabolismo de Fase I 6º mês de idade Metabolismo de Fase II 3º ano de vida Ritmo de Filtração Glomerular nos prematuros 30 a 40 em relação aos adultos ajuste de dose pelo ClCr Considerações para administração de medicamentos na pediatria Ajuste de dose pelo ClCr é essencial para evitar lesões renais ou toxicidade em virtude das limitações de função renal do paciente pediátrico Cálculo de Clearence da Creatinina Clcr Fonte Adaptado de httpsarquivossbnorgbrequacoeslink Altura Creatinina cm mgdl Resultado mlmin173m2 Calcular Redefinir RN prétermo RN a termo e crianças até 2 anos Crianças maiores de 2 anos e meninas adolescentes Meninos adolescentes CLcr Fórmula de Schwartz 1 Creatinina não padronizada por IDMS Recémnascidos crianças e adolescentes Taxa de erros relacionados a medicamentos é 3x maior do que em adultos 59 erros são evitáveis Eventos reportados 50 a 70 prescrição e monitorização da terapia 25 a 40 administração 10 a 15 erros de transcrição 10 a 15 erros de dispensação PRM na pediatria Fatores de risco na farmacoterapia do paciente pediátrico Doses fracionadas e cálculos Erros de medicação Automedicação Vulnerável Falta de evidências científicas Uso off label Fonte Autoria própria Fatores para baixa adesão ao tratamento do paciente pediátrico Educação religião Esquema de administração complicado Horários horário escolar Formulação não atrativa para a criança Dificuldade de tomar o medicamento engolir Eventos adversos por falha de orientação Pais não alfabetizados Fonte Autoria própria Medicina intensiva Seguimento Farmacoterapêutico do paciente crítico UTI Cuida exclusivamente de pacientes com doenças potencialmente fatais com risco de apresentar falência de um ou mais órgãos que necessitam de monitorização e suporte contínuo Equipe multidisciplinar mostra melhorias de resultados clínicos redução da mortalidade e do tempo de internação eficiência e efetividade de custos Fonte Autoria própria Otimizar a terapia medicamentosa efetividade segurança e farmacoeconomia Acompanhamento de exames laboratoriais ClCr correção das doses Culturas guiar a terapia ATB antibiogramas Uso racional de ATB Dose via e tempo de tratamento Protocolos CCIH redução de custos infecções erros e EA Papel do farmacêutico clínico na UTI Papel do farmacêutico clínico na UTI Coleta de dados e análise de prontuário Reconciliação medicamentosa Análise farmacêutica da prescrição Dose via de administração frequência aprazamento indicação características do injetável diluente volume de diluição e tempo de infusão incompatibilidades tempo de tratamento Monitorização de RAM e uso racional de medicamentos Ajustes de dose de acordo com a função renal ClCr Alterações hepáticas e hipoalbuminemia Fonte Autoria própria Registros na literatura demonstram a eficiência da presença do farmacêutico clínico na UTI sob diversos aspectos Resultados da atuação do farmacêutico clínico na UTI Prevenir RAMs LEAPE L L et al 1999 Redução de custos através de intervenções farmacoterapêuticas ajuste de dose e monitorização SAOKAEW S et al 2009 Redução da mortalidade e tempo de internação MACLAREN R BOND C A 2009 Terapia antimicrobiana na UTI MACLAREN R et al 2008 Fonte Autoria própria Farmacoterapia do paciente crítico UTI Infusões contínuas Nutrição enteral ou parenteral Antibióticos Vasoativos de alta vigilância Sedação e analgesia Profilaxias Fonte Autoria própria Quando observamos a terapêutica medicamentosa do paciente idoso é possível verificar uma série de alterações fisiológicas vinculadas ao processo de envelhecimento que podem influenciar negativamente tal terapia Qual das alternativas corresponde a uma dessas alterações a Formação incompleta de complexos enzimáticos hepáticos b Aumento do volume de água no organismo c Aumento de gordura corporal d Diminuição do pH gástrico e Aumento do ritmo de filtração glomerular Interatividade Quando observamos a terapêutica medicamentosa do paciente idoso é possível verificar uma série de alterações fisiológicas vinculadas ao processo de envelhecimento que podem influenciar negativamente tal terapia Qual das alternativas corresponde a uma dessas alterações a Formação incompleta de complexos enzimáticos hepáticos b Aumento do volume de água no organismo c Aumento de gordura corporal d Diminuição do pH gástrico e Aumento do ritmo de filtração glomerular Resposta CORRER C J NOBLAT L de A C B CASTRO M S de Modelos de seguimento farmacoterapêutico Florianópolis Universidade Federal de Santa Catarina 2011 FERRACINI F MENDES W Farmácia clínica segurança na prática hospitalar São Paulo Editora Atheneu 2011 p 446 FERRACINI F T et al Implantação e evolução da farmácia clínica no uso racional de medicamentos em hospital terciário de grande porte Revista Einstein São Paulo v 9 pp 456460 2011 IVAMA A M et al Consenso brasileiro de atenção farmacêutica proposta Brasília Organização PanAmericana da Saúde 2002 LEAPE L L et al Pharmacist participation on physician rounds and adverse drug events in the intensive care unit Jama v 282 n 3 p 267270 1999 Referências MACLAREN R BOND C A Effects of pharmacist participation in intensive care units on clinical and economic outcomes of critically ill patients with thromboembolic or infarctionrelated events Pharmacotherapy The Journal of Human Pharmacology and Drug Therapy v 29 n 7 p 761768 2009 MACLAREN Robert et al Clinical and economic outcomes of involving pharmacists in the direct care of critically ill patients with infections Critical Care Medicine v 36 n 12 p 3184 3189 2008 MINISTÉRIO DA SAÚDE Agência Nacional de Vigilância Sanitária Protocolos Básicos de Segurança do Paciente conforme Programa Nacional de Segurança do Paciente Disponível no Portal Saúde httpportalsaudegovbrportal saudeGestorvisualizartexto cfmidtxt43104janela1 Acesso em 31052022 Referências SABATER HERNÁNDEZ D et al Método Dáder guía de seguimiento farmacoterapéutico Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica GIAF Granada 2007 SAOKAEW S MAPHANTA S THANGSOMBOON P Impact of pharmacists interventions on cost of drug therapy in intensive care unit Pharmacy practice v 7 n 2 p 81 2009 SANTOS P C J de L Farmácia clínica e atenção farmacêutica contexto atual exames laboratoriais e acompanhamento farmacoterapêutico São Paulo Editora Atheneu 2017 SERENO M T F et al Pharmacist adscription to intensive care generating synergies Medicina Intensiva English Edition v 42 n 9 pp 534540 2018 Referências ATÉ A PRÓXIMA