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Pedagogia ·
Pedagogia
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Maria Lúcia de Arruda Aranha\n\nHistória da Educação e da Pedagogia\n\nGeral e Brasil\n\n[23119782]\nMODERNA Introdução\n\nHistória e história da educação\n\n1. Somos feitos de tempo\n\nSomos seres históricos, já que nossas ações e pensamentos mudam no tempo, à medida que enfrentamos os problemas não só da vida pessoal, como também da experiência coletiva. É assim que produzimos a nós mesmos e a cultura a que pertencemos.\n\nCada geração assimila a herança cultural dos antepassados e estabelece projetos de mudança. Ou seja, estamos inseridos no tempo; o presente não é isola na ação que realiza, mas adquire sentido pelo passado e pelo futuro desejado. Pensar o passado, porém, não é um exercício de saudades, curiosidade ou erudição; o passado não está morto, porque nele se fundam as raízes do presente.\n\nSe ressaltamos desse deve, desse movimento incessante, é impossível pensar em uma natureza humana com características universais e eternas. Não há um conceito de \"ser humano universal\" que sirva de modelo em todos os tempos. Melhor será nos referirmos a \"condição humana\" pensada no conjunto das relações sociais, sempre mutáveis. Não nos compreenderemos fora de nossa prática social, porque esta, por sua vez, se encontra imbricada em um contexto histórico-social concreto.\n\nHistória e história da educação\n\n(continuação). Da mesma maneira, com a história da educação construímos interrupções sobre as maneiras pelas quais os povos transmitem sua cultura, criam as instituições escolares e as teorias que as orientam. Por isso, é indispensável que o educador consciente e crítico seja capaz de compreender sua atuação nos aspectos de continuidade e de ruptura em relação aos seus antecessores, a fim de agir de maneira intencional e não meramente intuitiva ao acaso.\n\nSe somos seres históricos, nada escapa à dimensão do tempo. Lembrando o poeta Paul Éluard: \"O tempo é o sentido da vida\". (Sentido como o de uma frase, o sentido de um raio, o sentido do odor). No entanto, a concepção de historicidade não está a mesma ao longo do tempo. Ao contrário, como veremos neste livro, outros modos de compreender seu humano no tempo, o所谓, sua história.\n\n2. A história da história\n\nA história resulta da necessidade de reconstituirmos o passado, relatando os acontecimentos que devolveram da ação transformadora dos indivíduos no tempo por meio da seleção (da construção) dos fatos considerados relevantes e que serão interpretados a partir de métodos diversos, como veremos. No cenário atual continuam as discussões metodológicas, a que nos leva a reconhecer que mais importante do que saber o que é historiador estudá-e perguntar-se como e o estudo, porque em toda seleção de fatos existem sempre pressupostos teóricos, ou seja, uma orientação metodológica e uma filosofia da história subjacente ao processo de interpretação.\n\n3. História da educação\n\nTudo o que foi dito até aqui vale para a história da educação, já que o fenômeno educacional está situado no tempo e faz igualmente parte da história. Portanto, não se aspira ainda apenas a uma disciplina chamada história da educação, mas igualmente a abordagem científica de um importante recente da realidade.\n\nEstudar a educação e suas teorias no contexto histórico em que surgiram, para observar a concentração entre suas crises e os sistemas sociais, não significa, porém, que essa sincronia deva ser entendida como simples paralelismo entre fatos da educação e fatos políticos e sociais. Na verdade, as questões da educação não se geram nas relações que se estabelecem entre as pessoas nos diversos segmentos da comunidade. A educação não é, portanto,\nb\n\nenfenômeno neutro, mas sob os efeitos do jogo do poder, por estar de todo envolvida na política.\n\nOs estudos sobre a história da educação enfrentam as mesmas dificuldades metodológicas mencionadas sobre a história geral, com o agravante de que os trabalhos no campo específico da pedagogia são recentes e bastante escassos. Apenas no século XIX os historiadores começaram a se interessar por uma história científica e exclusiva da educação, antes apenas um \"apêndice\" da história geral.\n\nAinda assim, conhece-se melhor a história da pedagogia ou das doutrinas pedagógicas da educação. Neste último caso, ali, ganha as linhas de ensino (como o secundário e o superior) sempre preservaram documentos, há uma abundância do que, por exemplo, nas cidades onde, em seu percurso, não se destaca um fato de estudo, já que mais são referências de avaliação pedagógica.\n\nA situação é mais difícil no Brasil, mas há bem pouco tempo sem historiadores da educação de importância, como lhes lacunas se mostram. Segundo o professor Casemiro dos Reis Filho, em obra publicada em 1981, mencionando dez resultados educacionais capazes de aprofundar o conhecimento da realidade educacional, tal como foi considerado: \"É que poder ser elaborada mais a história da educação brasileira 'na sua forma de síntese'\". E completa: \"Trata-se de um conhecimento histórico capaz de fornecer a reflexão filosofia e conteúdo da realidade sobre a qual se pretende, em vista de diretrizes e as coordenadas da ação pedagógica?\".\n\nAinda, dificuldade deve-se ao fato de serem recentes entre nós os cursos específicos de educação. As escolas oriundas do magistério criados no século XIX tinham baixíssima frequência, e o ensino de história da educação não constava no currículo. Quando muito, era oferecida história geral do Brasil. Nesses cursos, a atenção maior estava centrada nas matérias de cultura geral, descuidando-se das que poderiam propiciar a formação profissional. Apenas a partir das reformas de 1940 a disciplina de história da educação passou a fazer parte do currículo dos cursos de magistério.\n\nDurante muito tempo, porém, a disciplina de história da educação esteve ligada à filosofia da educação nos cursos de nível superior (magistério e pedagogia), em maior ou menor autonomia o estado de ciências, ali conhecidos disciplinas como pedagogia, sociologia e biologia. Além disso, sua frequência e viés pragmático poderiam levar a não interpretar o passado como parte da vida. Entretanto, o século 20 e sua disciplina ficaram a ver processos de ensino, seminários e críticas em geral.\n\nAs diretrizes de 1930 e 1949, com a criação das faculdades de educação, dando oportunidades para a pesquisa e elaboração de monografias e teses. Mesmo assim, nem sempre foram [esclarecidas] a história da educação a perspectiva do seu aluno, ou quebrando devidamente de fácil extensão a complexa disciplina.\n\nDiz a professora Miriam Jorge Warde: \"Havia índices que nos anos 50 começara a escola na USP, a partir do setor de Educação e, posteriormente, da relação entre este setor e o Centro Regional de Pesquisa Educacional, o CRPES/ SP, como um projeto de construção de uma história da educação brasileira, autônoma, apoiada em levantamentos documentais originais,\n\ncapaz de recoibir o processo de desenvolvimento do sistema público de ensino\". Esse movimento inaugura o diálogo da história da educação como a sociologia da educação, além de ter a intenção de \"gerar uma linha de pesquisa que propusesse a identificação da história da educação brasileira a partir de fontes empíricas novas\".\n\nO período da ditadura militar (ver capítulo 11) foi danoso para a educação brasileira, com o fechamento de escolas experimentais e centros de pesquisa e formação que prepararam as leis das reformas do ensino superior em 1968 e o curso secundário profissionalizante em 1971. No entanto, a reforma universitária trouxe o benefício da criação dos cursos de pós-graduação e a consequente formalização intelectual que resultou em inúmeras entidades, entre as quais focadas em educação, assim os educadores foram estimulados à discussão, nas universidades, seja pelo que, em particular (ver outros de 5). A ampliação das pesquisas na área se deu, traçando a balança, nos momentos oportunos, as informações que, por outros, pode até aqui, como uma vez, considerar que; e, ainda, esse era uma tarefa difícil de realizar e leve em si que se os autores, pertencentes ao pesquisador, no entanto, pertinente e mais facilitante realizador por meio de uma Sociedade de Historiadores da Educação\".\n\n\"A história da educação e pela história educacional\", in Direções Brasileiras de História da Educação (longa). Educadores que pensam: história e historiografia. Campinas: Autor Associados/ HISTEDBR, 2000, p. 92 e 93. 2000, promovido pela então recém-fundada Sociedade Brasileira de Historiadores da Educação (SBHE). Segundo Saviani, cabe aos historiadores, \"como a percepção da dinâmica histórica dos problemas enfrentados, não apenas manter e deixar o sigilo dos registros dos rumores da educação por elas traçados à balança, nos momentos oportunos, as informações que, por outros, eles definem. Aqui cabe, mais uma vez, considerar que; e, ainda, se essa é uma tarefa difícil de realizar e leve em si mesmo ser apropriada para os pesquisadores, no entanto, pertinente e mais facilitante realizador por meio de uma Sociedade de Historiadores da Educação\".\n\n\"História da educação e política educacional\", in História Brasileira da Educação (longa). A história histórica da pedagogia no Brasil; e vi bem como reestaurei um raro estudo a partir de diretrizes de educação, antes se pretendendo. Contudo, o contexto histórico reaparece nos rastros a formação do mundo e se expande na relação alguns e das escolas oriundas do processo de pesquisa e escrita, nos mais. Mais em linhas se destaca a pesquisa mais socioeducacional do tempo, por deixá-la que tal proposta merecidamente aos projetos de um esclarecimento social.\n\nDROPS\n1 - A escola tradicional ensinou que a abolição dos escravos foi o fruto da ação dos abolicionistas (geralmente brancos) e culminou com a assinatura da Lei Aurea, em 13 de maio de 1888, pela qual a princesa Isabel outorgou a liberdade aos negros. Por muito tempo, nenhuma ênfase foi dada à ação de Zumbi e seus companheiros nos Quilombos dos Palmares nem a centrais de outros gestos de rebeldia dos escravos, considerados como \"inferentes\". Atualmente, os movimentos de conscientização dos negros lutam para resgatar essa memória, preferindo\n\ncomemorar a data da morte de Zumbi, 20 de novembro de 1695.\n\n2 - A história é endocástrica, isto é, feita conforme a visão masculina. Por isso, a mulher aparece como uma sombra, uma apêndice, e é como se no século XX seu mundo se restringisse às limites domésticos, sendo negada a dimensão pública. As histórias sempre são de um cotidiano subalterno.\n\n3 - A obra se deve aos seus leitores: por isso, ouviam de duas ou mais línguas, por outros que lhe impedem diferentes assistimas. Os temíveis leitores desaparecem e em\n\n seu lugar surgem cartas grações, cada uma dando de um milhão interpretativo. A obra sobrevive graças às interpretações se elas não haveria de ressurreições; em elas não teria haveria história, a obra transpoe sua própria história para se inserir em outra. Acredito que posso concluir: a compreensão da obra de sór, Juana inclui necessariamente a de sua vida e seu mundo. Nesse sentido, meu intuito é desvendar, pretendo restituir em mundo, a Nova Espanha do século XVII, os textos reestituem, seus leitores do século XX, a sociedade da Nova Espanha do século XVII. Resta, só Juana em seu mundo é não se unindo, finaliza, para recordar sua pesquisa. Esta será, na como a do, sua leitura é como uma freira da Nova Espanha do século XVII. Pode-se começar. (Octávio Paz)\n\n4 - Ao examinar o legado das associações que forneceram ao debate sobre educação, Dermeval Saviani alerta que entre as “exigências de como ação inter-cientifico, isto é, voltadas para a produção, discussão e divulgação de diagnósticos, análises, críticas e formulados de propostas para a construção de uma escola política de qualidade”, atua-na: a Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação (Anped), criada em 1977; o Centro de Estudos Educação & Sociedade (Ceeds), em 1978; a Associação Nacional de Educação (Ande), em 1979; essas três entidades organizaram as Conferências Brasileiras de Educação (CBE), realizadas a cada dois anos, de 1980 a 1986 e depois em 1991.\n\n5 - Discorrendo sobre a historiografia da educação, o professor José Claudiney Lombardi destaca, entre outros assuntos, a importância de algumas instituições, pós para o aumento das pesquisas em história da educação no Brasil. São elas: o Instituto Histórico e Geográfico do Brasil (IHGB), fundado ainda no século XIX, em 1838; e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão responsável pelo desenvolvimento científico brasileiro, fundado em 1951. Em 1985, com a criação do Ministério da Ciência e Tecnologia, o CNPq tomou seu entorno de posicionamento estratégico na ciência no Brasil, estimulando a formação de instituições públicas e privadas de pesquisa. Estas estas, na como a educação, foi reivindicada a tendência de constituição de ações de pesquisa, a organização coletiva das pesquisas no Brasil, o autor destaca o Grupo de Estudos e Pesquisas História, Sociedade e Educação no Brasil (HISTEDBR), fundado em 1986 que se implicou em vários grupos de trabalho regionais e tem sido responsável por diversos eventos e publicações. Outra instituição foi a Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE), criada em 1999.\n\n\nDermeval Saviani et al. (orgs.), \"O legado educacional de Anísio X. D. Brasil\", Campinas, Autores Associados, 2004, p. 45.\n\n*\"História e historiografia da educação, atentando para a história\", in João Claudiney Lombardi e Ismael Marano Nascimento (orgs.), História e historiografia da educação, Campinas, Autores Associados/HISTEDBR, 2004, p. 141-176.
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Não há um conceito de \"ser humano universal\" que sirva de modelo em todos os tempos. Melhor será nos referirmos a \"condição humana\" pensada no conjunto das relações sociais, sempre mutáveis. Não nos compreenderemos fora de nossa prática social, porque esta, por sua vez, se encontra imbricada em um contexto histórico-social concreto.\n\nHistória e história da educação\n\n(continuação). Da mesma maneira, com a história da educação construímos interrupções sobre as maneiras pelas quais os povos transmitem sua cultura, criam as instituições escolares e as teorias que as orientam. Por isso, é indispensável que o educador consciente e crítico seja capaz de compreender sua atuação nos aspectos de continuidade e de ruptura em relação aos seus antecessores, a fim de agir de maneira intencional e não meramente intuitiva ao acaso.\n\nSe somos seres históricos, nada escapa à dimensão do tempo. Lembrando o poeta Paul Éluard: \"O tempo é o sentido da vida\". (Sentido como o de uma frase, o sentido de um raio, o sentido do odor). No entanto, a concepção de historicidade não está a mesma ao longo do tempo. Ao contrário, como veremos neste livro, outros modos de compreender seu humano no tempo, o所谓, sua história.\n\n2. A história da história\n\nA história resulta da necessidade de reconstituirmos o passado, relatando os acontecimentos que devolveram da ação transformadora dos indivíduos no tempo por meio da seleção (da construção) dos fatos considerados relevantes e que serão interpretados a partir de métodos diversos, como veremos. No cenário atual continuam as discussões metodológicas, a que nos leva a reconhecer que mais importante do que saber o que é historiador estudá-e perguntar-se como e o estudo, porque em toda seleção de fatos existem sempre pressupostos teóricos, ou seja, uma orientação metodológica e uma filosofia da história subjacente ao processo de interpretação.\n\n3. 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(orgs.), \"O legado educacional de Anísio X. D. Brasil\", Campinas, Autores Associados, 2004, p. 45.\n\n*\"História e historiografia da educação, atentando para a história\", in João Claudiney Lombardi e Ismael Marano Nascimento (orgs.), História e historiografia da educação, Campinas, Autores Associados/HISTEDBR, 2004, p. 141-176.