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Ciências Contábeis ·

Contabilidade Gerencial

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Pensar Contabil FevAbr 2004 Conselho Regional de Contabilidade do i Integragdo do Modelo Fleuriet com a Abordagem Tradicional de Analise das Demonstragoes Contabeis INTRODUGAO Q Hurgor Kitzberger Para o bom desempenho de uma organizaao muitas vezes OO Cl6vis Gate tornase necessario uma visao mais aprofundada sobre os re QQ Mestre em Administragao pelo Mestrado Profissional em Admi sultados por ela obtidos bem como de seu desempenho de nistragao da UNINOVE modo a se detectar os pontos fortes e fracos de seu processo et Professor Doutor do Mestrado Profissional em Administragao operacional e financeiro objetivando propor alternativas de cur UNIMEP so futuro a serem tomadas e seguidas pelos gestores Assim cos da empresa Os calculos seguindo a metodologia tradicio sendo seria possivel obter uma avaliagao mais detalhada da nal sao provenientes das principais pecas contabeis o balango situacao da empresa em todos aqueles aspectos desejados patrimonial e a demonstracao de resultados A andalise tradicio O procedimento mais utilizado para essa avaliagao é feito nal compreende em linhas gerais trés grandes conjuntos de através da analise das informagées contidas nas demonstra indicadores a andalise vertical a analise horizontal e os indica 6es contabeis Nesse processo o analista deve valerse de dores econdémicos financeiros uma série de calculos matematicos traduzindo as demonstra A anéalise vertical também conhecida como analise de estru 6es contabeis em indicadores Os indicadores buscam eviden tura e utilizada na avaliagao estrutural da empresa determina o ciar as caracteristicas dos principais interrelacionamentos exis percentual de cada item em relacao ao total no caso do Balan tentes entre o balango patrimonial que apresenta uma visao o Patrimonial ou ao valor da Receita Operacional Liquida estatica e momentanea da empresa e a dindmica representada considerada o indicador principal da Demonstragao do Resulta pela demonstracao de resultados Este processo tradicional 6 do do Exercicio A analise vertical da Demonstra4o do Resulta denominado de analise de balango andlise financeira ou anali do também é denominada andalise de participagao dos custos e se das demonstragoes financeiras despesas sobre as receitas Outrossim Fleuriet e outros 1978 desenvolveram um mode A analise horizontal também titulada como andalise de evolu lo de administracao de capital de giro que tem sido denomina 4o calcula o delta variagao de um periodo para outro ou de do de Analise Financeira Dinamica ou Modelo Fleuriet reto varios periodos em relaao a outro periodobase Esta variagao mando o tema da liquidez e seus indicadores sugerindo uma medida em termos de percentuais ou série de numeros indi abordagem nova e diferente da anélise de balango tradicional ces A oscilagao de crescimento ou diminuigao de um determi com enfoque no giro e na liquidez nado elemento tera reflexo em outro elemento Por exemplo no Permanece ainda a discussao da possivel superioridade de balango patrimonial se na conta caixa bancos houve uma um modelo sobre o outro O objetivo deste trabalho 6 propor adiminuigao de disponibilidade podera ter havido um aumento construgao de um painel de indicadores que congregue os prin nas aplicagées financeiras ou uma reducao no ativo circulante cipais conceitos desses dois modelos de andlise financeira de na demonstracgao de resultados um aumento nos custos podera tal forma que considere as melhores contribuigdes de cada um indicar um aumento nas vendas e uma reduao nos estoques deles Ao mesmo tempo objetivase também incorporar os no de produtos acabados vos conceitos existentes de avaliagao de geraao de lucro e Os indicadores econémicofinanceiros constituem um painel andalise de investimentos tornando o painel proposto mais com de diversos indicoes ou quocientes para facilitar e aprofundar a pleto e consistente andlise das demonstracées contabeis Indice é a relacao entre contas ou grupo de contas das Demonstragées Financeiras que ANALISE FINANCEIRA TRADICIONAL visa evidenciar determinado aspecto da situacao econémica ou Tem no seu bojo principal a avaliagao da situagao econémi financeira de uma empresa Assim sendo a analise de balan cafinanceira da empresa levantando os pontos fortes e os fra o0s encontra seu ponto mais importante no calculo e avaliagao Pensar Contábil Conselho Regional de Contabilidade do RJ Pensar Contábil 15 FevAbr 2004 do significado de quocientes relacionando principalmente itens e grupos do Balanço e da Demonstração do Resultado IUDÍCI BUS 1988 p 145 O objetivo é mostrar a posição atual da empresa e de posse desse quadro à administração pode projetar plano para o futuro realçando os pontos fortes e fracos A característica fundamen tal dos índices é fornecer visão ampla da situação econômica ou financeira da empresa MATARAZZO 1987 p 96 A avaliação dos índices financeiros periódicos indica se a empresa está operando conforme planejado além de servir de base para o planejamento das operações futuras Podese clas sificar os índices financeiros sob quatro aspectos básicos a índices que medem a liquidez ou seja buscam evidenciar a capacidade de pagamento das obrigações em determina do momento b índices que medem a lucratividade e rentabilidade para ava liação do desempenho econômico dos investimentos da empresa c índices que medem a atividade para verificar o andamento dos principais elementos que decorrem e são necessários para as operações normais da empresa d índices que medem o endividamento para avaliar o risco fi nanceiro da empresa em relação aos emprestadores dos recursos à entidade Além da análise da rentabilidade a análise da liquidez sem pre se apresenta como o indicador chave para avaliar a capaci dade financeira da empresa O indicador mais utilizado é o índi ce de Liquidez Corrente que relaciona o total do Ativo Circulante que representa os bens e direitos realizáveis financeiramente dentro do próximo ano com o total do Passivo Circulante que representa as obrigações contas a pagar e empréstimos a se rem liquidados também dentro do próximo ano Indicadores acima de 100 são considerados aceitáveis por que indicam que naquele momento a empresa tem ativos em valor suficiente para saldar seus compromissos no mesmo perí odo caso necessário Índices abaixo de 100 considerando as segmentos de atuação mais comuns são considerados fracos e indicadores de possíveis problemas financeiros de curto prazo É importante ressaltar que os índices são obtidos por meio dos dados de um balanço patrimonial demonstração contábil esta que reflete a situação da empresa apenas em um determinado momento Portanto a condição básica do índice é o seu caráter estático MODELO FLEURIET Michel Fleuriet ressalta todavia que a inadequação da visão tradicional da liquidez decorre de sua condição de indicador estático Segundo FIORAVANTI 1999 p 14 os conceitos de liquidez utilizados na análise contábil tradicional pressupõem uma visão estática da empresa podendo muitas vezes traduzir uma falsa imagem da situação de solvência de curto prazo principalmente porque desconsideram na dinâmica operacio nal a convivência de contas de naturezas bastante distintas tanto no Ativo Circulante quanto no Passivo Circulante Isto sig nifica que ao terem seus resultados determinados pela divisão entre totais de Ativos e Passivos Circulantes tanto o numerador da fórmula quanto o denominador refletem um conjunto de con tas que reagem de forma bastante distinta ao ritmo de opera ções da empresa Para desenvolver seu modelo Fleuriet classifica o balanço patrimonial em quatro variáveis NLCDG Necessidade Líqui da de Capital de Giro T Tesouraria LP Longo Prazo e CDG Capital de Giro A idéia básica é fornecer um modelo comple to e fechado sobre a situação econômicofinanceira da empre sa sendo possível por intermédio dele evidenciar os principais problemas que afetam o equilíbrio empresarial bem como iden tificar medidas que seriam necessárias para corrigir a situação sugerindo uma abordagem nova e diferente da análise de ba lanço tradicional A variável NLCG Necessidade Líquida de Capital de Giro obtida da reclassificação das contas do Ativo Circulante e do Passivo Circulante expressa a necessidade de recursos que a empresa apresenta para manter o giro dos negócios Portanto esses recursos não seriam realizáveis para dotar a empresa de capacidade de pagamento das suas obrigações Para desenvolver seu modelo Fleuriet separa os elementos do giro classificandoos em dois tipos em relação ao seu com portamento como o ciclo operacional a contas cíclicas ou seja contas de natureza operacional b contas erráticas ou seja as demais contas do circulante As contas cíclicas são as que se relacionam diretamente com o ritmo operacional refletindo em seus saldos o nível de ope rações fins da empresa e as contas erráticas são aquelas cujos saldos evoluem sem qualquer relação com o ritmo das opera ções podendo portanto ser zerados quando a empresa estiver desempenhando normalmente suas atividades As contas cíclicas relevantes são duplicatas a receber de clientes estoques despesas pagas antecipadamente no ati vo duplicatas a pagar de fornecedores obrigações tributárias incidentes sobre o faturamento obrigações trabalhistas no passivo As contas erráticas relevantes são caixa bancos aplicações financeiras mútuas como controladas e coligadas outras contas correntes no ativo financiamentos bancários títulos descontados provisões de impostos sobre o lucro mú tuos com controladas e coligadas outras contas a pagar no passivo Considerando as naturezas diferentes das contas do giro há uma reclassificação do capital circulante as contas cíclicas são classificadas como giro e consequentemente o total dos ati vos cíclicos menos os passivos cíclicos indica a Necessidade de Capital de Giro As demais contas de caráter financeiro e não vinculadas às operações são denominadas de contas de Tesouraria e só com essas é que se deveria calcular a liquidez empresarial e a capacidade de solvência da empresa no curto prazo Apresentamos a seguir o balanço patrimonial pelo modelo tradicional e em seguida o mesmo demonstrativo apresentado sob a ótica do Modelo Fleuriet Conselho Regional de Contabilidade do RJ Pensar Contábil FevAbr 2004 16 Pensar Contábil MODELO TRADICIONAL BALANÇO PATRIMONIAL 3112x0 3112x1 Ativo Circulante 5527 6912 CaixaBancosAplicações Financeiras 778 1597 Contas a Receber de Clientes 1620 2005 Estoques 3124 3303 Outros 5 7 Realizável a Longo Prazo 6 8 Depósitos Judiciais 5 7 Incentivos Fiscais 1 1 Permanente 5990 5634 Investimentos 200 230 Imobilizado 5790 5404 Diferido ATIVO TOTAL 11523 12554 Passivo Circulante 2723 3446 Fornecedores 460 679 Salários e Encargos a Pagar 200 265 Contas a Pagar 100 121 Impostos a Recolher sMercadorias 460 475 Impostos a Recolher sLucros 100 72 Adiantamento de Clientes 3 5 Empréstimos 1200 1649 Dividendos a Pagar 200 180 Exigível a Longo Prazo 4800 4838 Financiamentos 4800 4838 Patrimônio Líquido 4000 4270 Capital Social 4000 4000 Reservas 0 0 Lucros Acumulados 0 270 PASSIVO TOTAL 11523 12554 MODELO FLEURIET BALANÇO PATRIMONIAL 3112x0 3112x1 Aplicações no Capital de Giro Cíclicas 4744 5308 Contas a Receber de Clientes 1620 2005 Estoques 3124 3303 Outras Contas do Ativo Circulante Erráticas 783 1604 Disponibilidades e Aplicações 778 1597 Outros Créditos 5 7 Realizável a Longo Prazo 6 8 Depósitos Judiciais 5 7 Incentivos Fiscais 1 1 Permanente 5990 5634 Investimentos 200 230 Imobilizado 5790 5404 Diferido ATIVO TOTAL 11523 12554 Fontes de Capital de Giro Cíclicas 1323 1617 Fornecedores 460 679 Salários e Encargos a Pagar 200 265 Contas a Pagar 100 121 Impostos a Recolher sMercadorias 460 475 Impostos a Recolher sLucros 100 72 Adiantamento de Clientes 3 5 Outras Contas do Passivo Circulante Erráticas 1400 1829 Empréstimos 1200 1649 Dividendos a Pagar 200 180 Exigível a Longo Prazo 4800 4838 Financiamentos 4800 4838 Patrimônio Líquido 4000 4270 Capital Social 4000 4000 Lucros Acumulados 0 270 PASSIVO TOTAL 11523 12554 Pensar Contábil Conselho Regional de Contabilidade do RJ Pensar Contábil 17 FevAbr 2004 A QUESTÃO DA LIQUIDEZ Tomando como base os dados do exercício de X1 no modelo tradicional a Liquidez Corrente ou de curto prazo seria de 200 6912 3446 indicando que é boa a capacidade de paga mento da empresa No Modelo Fleuriet este indicador deixa de existir pois os valores das aplicações e fontes do giro formam agora a variá vel NLCG cujos valor deve ser retido na empresa para permitir a dinâmica de suas operações Desta maneira resta calcular a liquidez da empresa com os demais componentes do ativo e passivo circulante as contas erráticas ou de tesouraria Tomando como referência o mesmo exercício a Liquidez de Tesouraria em X1 é de 088 1604 1829 ou seja inferior a 100 denotando incapacidade de saldar todos os compromis sos de curto prazo caso eles fossem exigíveis todos num deter minado momento Fica evidente a abordagem diferenciada do Modelo Fleuriet e no nosso entendimento mais consistente É natural que esta análise tenha que ser complementada com a análise dos com ponentes do longo prazo uma vez que a empresa pode para suprir as necessidades de aplicações tomar fundos de longo prazo para financiar tanto a necessidade de capital de giro como o descompasso de tesouraria Análise da Geração Bruta de Lucro e Criação de Valor para o Acionista Os dois modelos de análise financeira são importantes e como já se pode verificar preliminarmente eles se complemen tam Outrossim novos conceitos têm sido apresentado nos últi mos anos os quais entendese devam fazer parte definitiva MODELO FLEURIET BALANÇO PATRIMONIAL 3112x0 3112x1 Aplicações no Capital de Giro Cíclicas 4744 5308 Contas a Receber de Clientes 1620 2005 Estoques 3124 3303 Outras Contas do Ativo Circulante Erráticas 783 1604 Disponibilidades e Aplicações 778 1597 Outros Créditos 5 7 Realizável a Longo Prazo 6 8 Depósitos Judiciais 5 7 Incentivos Fiscais 1 1 Permanente 5990 5634 Investimentos 200 230 Imobilizado 5790 5404 Diferido ATIVO TOTAL 11523 12554 Fontes de Capital de Giro Cíclicas 1323 1617 Fornecedores 460 679 Salários e Encargos a Pagar 200 265 Contas a Pagar 100 121 Impostos a Recolher sMercadorias 460 475 Impostos a Recolher sLucros 100 72 Adiantamento de Clientes 3 5 Outras Contas do Passivo Circulante Erráticas 1400 1829 Empréstimos 1200 1649 Dividendos a Pagar 200 180 Exigível a Longo Prazo 4800 4838 Financiamentos 4800 4838 Patrimônio Líquido 4000 4270 Capital Social 4000 4000 Reservas 0 0 Lucros Acumulados 0 270 PASSIVO TOTAL 11523 12554 Painel de Indicadores Integrando a Análise Tradicional e Modelo Fleuriet 3112X0 3112X1 Bloco 1 Capacidade de Pagamento Tesouraria Liquidez 617 225 Contas Erráticas do Ativo Circulante Contas Erráticas do Passivo Circulante Liquidez de Tesouraria para cada unidade monetária 056 088 Contas Erráticas do Ativo CirculanteContas Erráticas do Passivo Circulante Liquidez Corrente 203 201 Ativo CirculantePassivo Circulante Endividamento 188 194 Passivo CirculanteExigível a Longo PrazoPatrimônio Líquido Bloco 2 Atividades Prazo Médio de Recebimento dias 25 30 Clientes360diasReceita Operacional Bruta Prazo Médio de Pagamento dias 11 16 Fornecedores360diasCusto dos Produtos Vendidos Giro do Estoque 47 46 Custo dos Produtos VendidosEstoques NLCDG Necessidade Líquida de Capital de Giro 3421 3691 Aplicações no Capital de Giro Fontes de Capital de Giro Bloco 3 Rentabilidade Margem Operacional 58 35 Lucro OperacionalReceita Operacional Líquida Margem Líquida 40 24 Lucro LíquidoReceita Operacional Líquida Rentabilidade do Ativo Bruta 92 51 Lucro OperacionalAtivo Total Custo do Capital de Terceiros 92 91 Despesas FinanceirasFinanciamentos de Curto e Longo Prazo Rentabilidade do Patrimônio Líquido 185 105 Lucro LíquidoPatrimônio Líquido Bloco 4 Geração de Lucro e Valor EBITDA 2635 2152 Lucro Operacional Depreciações e Amortizações Rentabilidade de Caixa 286 236 EBITDAAtivo Operacional EVA Valor Econômico Adicionado 397 96 Lucro Líquido Custo de Oportunidade do CapitalInvestimento Rentabilidade AdicionalEVA 43 11 EVAAtivo Operacional Painel de Indicadores Integrando a Análise Tradicional e Modelo Fleuriet 3112X0 3112X1 Bloco 1 Capacidade de Pagamento Tesouraria Liquidez 617 225 Contas Erráticas do Ativo Circulante Contas Erráticas do Passivo Circulante Liquidez de Tesouraria para cada unidade monetária 056 088 Contas Erráticas do Ativo CirculanteContas Erráticas do Passivo Circulante Liquidez Corrente 203 201 Ativo CirculantePassivo Circulante Endividamento 188 194 Passivo CirculanteExigível a Longo PrazoPatrimônio Líquido Bloco 2 Atividades Prazo Médio de Recebimento dias 25 30 Clientes360diasReceita Operacional Bruta Prazo Médio de Pagamento dias 11 16 Fornecedores360diasCusto dos Produtos Vendidos Giro do Estoque 47 46 Custo dos Produtos VendidosEstoques NLCDG Necessidade Líquida de Capital de Giro 3421 3691 Aplicações no Capital de Giro Fontes de Capital de Giro Bloco 3 Rentabilidade Margem Operacional 58 35 Lucro OperacionalReceita Operacional Líquida Margem Líquida 40 24 Lucro LíquidoReceita Operacional Líquida Rentabilidade do Ativo Bruta 92 51 Lucro OperacionalAtivo Total Custo do Capital de Terceiros 92 91 Despesas FinanceirasFinanciamentos de Curto e Longo Prazo Rentabilidade do Patrimônio Líquido 185 105 Lucro LíquidoPatrimônio Líquido Bloco 4 Geração de Lucro e Valor EBITDA 2635 2152 Lucro Operacional Depreciações e Amortizações Rentabilidade de Caixa 286 236 EBITDAAtivo Operacional EVA Valor Econômico Adicionado 397 96 Lucro Líquido Custo de Oportunidade do CapitalInvestimento Rentabilidade AdicionalEVA 43 11 EVAAtivo Operacional Conselho Regional de Contabilidade do RJ Pensar Contábil FevAbr 2004 18 Pensar Contábil mente do conjunto de indicadores de análise financeira ou con tábil Basicamente esses novos conceitos centramse na rentabili dade do investimento a incorporação do conceito de custo de oportunidade do capital e o conceito de avaliação econômica da empresa pelos fluxos futuros de benefícios fluxos de lucro fluxos de caixa ou fluxo de dividendos O valor do Lucro antes dos Juros Impostos sobre o lucro Depreciações e Amortizações EBITDA Earnings Before Inte rest Taxes Depreciation and Amortization tem sido entendido como o melhor conceito de mensuração da geração bruta de lucro para fins de análise de geração futura de fluxos de caixa Fundamentalmente o EBITDA é o lucro operacional sem consi derar os encargos de depreciação e amortização dando cono tação clara da visão do lucro como geração de caixa ao invés do lucro tradicional que tem uma conotação econômica O EBITDA está ligado ao conceito de caixa gerado pelos ati vos operacionais aonde temos as vendas menos o CMVCPV custo das mercadorias vendidascusto dos produtos vendidos igual ao lucro bruto menos as despesas operacionais igual ao lucro operacional Apresentamos a seguir a Demonstração do Resultado dos dois exercícios relacionados com os balanços utilizados anteri ormente Vamos assumir gastos de Depreciações e Amortiza ções de 1053 para X0 e 1082 para X1 e com isso apurar mos o valor do EBITDA de cada ano DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 0101 a 3112XO 0101 a 3112X1 RECEITA OPERACIONAL BRUTA 23787 23883 Impostos sobre Vendas 5150 5170 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 18637 18713 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS 14707 15123 LUCRO BRUTO 3930 3590 DESPESAS OPERACIONAIS 2348 2520 LUCRO OPERACIONAL 1582 1070 Receitas Financeiras com Aplicações 46 166 Despesas Financeiras com Financiamentos 552 590 LUCRO OPERACIONAL II 1076 646 Resultado Não Operacional 19 2 LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS 1057 644 Impostos sobre o Lucro 317 194 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 740 450 Apuração do EBITDA 0101 a 3112XO 0101 a 3112X1 LUCRO OPERACIONAL 1582 1070 Depreciações e Amortizações 1053 1082 EBITDA 2635 2152 Outro conceito que deve incorporarse definitivamente para avaliação da rentabilidade das empresas é o EVA Valor Econômico Agregado ou Adicionado Economic Value Added Segundo KASSAI SANTOS e ASSAF NETO 1999 p 178 o conceito de Economic Value Added EVA apesar de ter se popularizado nesta década na verdade não é uma novidade nos meios acadêmicos e empresariais David Ri cardo em seus tratados de econômica já em 1823 tratava da riqueza da empresa dessa forma considerando o valor econômico agregado Podese traduzir o EVA como custo de oportunidade o qual é o lucro mínimo que a empresa deveria ter para remunerar ade quadamente o investimento do acionista Melhor dizendo se o acionista aplicasse seu dinheiro em outro negócio teria no míni mo aquele rendimento Portanto valor agregado só pode ser considerado quando o lucro obtido pelo acionista é maior que um rendimento mínimo de mercado O EVA pode ser aplicado tanto para a rentabilidade do ativo total quanto para a rentabilidade do acionista Para sua aplica ção surgem dois parâmetros a serem definidos a qual taxa de desconto a adotar b qual o valor do investimento Quanto a que taxa descontar podese buscar indicadores no mercado financeiro e dentro da cesta de indicadores temos taxa de ren dimento de aplicação em poupança taxa de juros de longo pra zo TJLP taxa de juros de títulos do governo norteamericano etc O valor do investimento pode ser considerado o ativo operacional líquido assim calculado Ativo Total menos In vestimentos menos Aplicações Financeiras menos Forne cedores menos Salários e Encargos a Pagar menos con tas a Pagar menos Impostos a Recolher e menos Adianta mento de Cliente o valor contábil do ativo o valor econô Pensar Contábil Conselho Regional de Contabilidade do RJ Pensar Contábil 19 FevAbr 2004 Aplicação Numérica do EVA 3112X0 3112X1 Lucro Operacional 1582 1070 Imposto sobre o lucro 40 632 428 Lucro Operacional Líquido dos Impostos A 950 642 Ativo Operacional Ativo Total 11523 12554 Investimentos 200 230 Aplicações Financeiras 777 1596 Fornecedores 460 679 Salários e Encargos a Pagar 200 265 Contas a Pagar 100 121 Impostos a Recolher s Merc 460 475 Impostos a Recolher s Lucros 100 72 Adiantamento de Clientes 3 5 Ativo Operacional B 9223 9111 Custo de Oportunidade 6 x B C 553 546 Valor Econômico Adicionado A C D 397 96 Rentabilidade Adicional D B E 43 44 Nesta aplicação numérica verificase que em 3112X0 hou ve um valor adicionado de R 39700 e em 3112X1 de R 9600 representando respectivamente uma rentabilidade adici onada de 43 e 10 Painel de Indicadores O foco principal deste trabalho é a formulação de um modelo conceitual de análise contábil de balanço Para isso evidenciase a ênfase dada ao modelo Tradicional e ao modelo Fleuriet São apresentados o Painel de Indicado res Econômico Financeiros Fleuriet e o Painel de Indica dores EconômicoFinanceiros Tradicional complementa dos com novos indicadores de geração e análise de renta bilidade As premissas para construção do Modelo Integrado são Análise Tradicional Enfoca a liquidez de forma muito simples sem se ater profundamente na questão da característica de fixidez ou de investimento necessário dos ativos circulantes Enfoca a rentabilidade de investimento com ênfase ade quada porém não considera normalmente o enfoque de ativo operacional Modelo Fleuriet Enfoca a liquidez de forma adequada Oferece subsídios para gestão do capital de giro como investimento e não como ativos passíveis de utilização para pagamento de dívidas de curto prazo Enfatiza com propriedade a figura de NLDCG mas não finaliza o modelo com a análise de rentabilidade Proposta Incluir no modelo proposto a NLCDG Incluir no modelo proposto a Liquidez de Tesouraria Fleuriet leva a considerar o investimento como ativo operacional NLCG Ativo Permanente Nova forma de análise de rentabilidade Incorporar novos conceitos EVA e EBITDA O quadro apresentado a seguir não deve ser considerado um painel final ou completo Foram colocados apenas os principais indicadores da abordagem tradicional complementados pelos indicadores do Modelo Fleuriet e de análise de rentabilidade con siderando os conceitos de geração e criação de valor Cada ana lista deverá construir um painel de indicadores que tenha melhor aderência à empresa ou modelo de análise a ser efetuado mico da empresa goodwill etc A fórmula para aplicação do EVA é a seguinte EVA NOPAT C TC Onde NOPAT Lucro Operacional Líquido Após os Impostos C Custo percentual do Capital TC Capital Total Dáse a seguir um exemplo de aplicação do EVA para análise de rentabilidade com os dados do nosso exemplo Utilizaremos como custo de oportunidade do acionista a taxa de juros de 6 aa Conselho Regional de Contabilidade do RJ Pensar Contábil FevAbr 2004 20 Pensar Contábil CONSIDERAÇÕES FINAIS A grande importância da análise das demonstrações contá beis com o intuito de avaliação do desempenho das empresas e investimentos exige uma revisão permanente de forma que os novos conceitos desenvolvidos pelos pesquisadores sejam in corporados em seu ferramental de indicadores e modelos de aná lise Os critérios e conceitos de avaliação das empresas tem seu Painel de Indicadores Integrando a Análise Tradicional e Modelo Fleuriet 3112X0 3112X1 Bloco 1 Capacidade de Pagamento Tesouraria Liquidez 617 225 Contas Erráticas do Ativo Circulante Contas Erráticas do Passivo Circulante Liquidez de Tesouraria para cada unidade monetária 056 088 Contas Erráticas do Ativo CirculanteContas Erráticas do Passivo Circulante Liquidez Corrente 203 201 Ativo CirculantePassivo Circulante Endividamento 188 194 Passivo CirculanteExigível a Longo PrazoPatrimônio Líquido Bloco 2 Atividades Prazo Médio de Recebimento dias 25 30 Clientes360diasReceita Operacional Bruta Prazo Médio de Pagamento dias 11 16 Fornecedores360diasCusto dos Produtos Vendidos Giro do Estoque 47 46 Custo dos Produtos VendidosEstoques NLCDG Necessidade Líquida de Capital de Giro 3421 3691 Aplicações no Capital de Giro Fontes de Capital de Giro Bloco 3 Rentabilidade Margem Operacional 58 35 Lucro OperacionalReceita Operacional Líquida Margem Líquida 40 24 Lucro LíquidoReceita Operacional Líquida Rentabilidade do Ativo Bruta 92 51 Lucro OperacionalAtivo Total Custo do Capital de Terceiros 92 91 Despesas FinanceirasFinanciamentos de Curto e Longo Prazo Rentabilidade do Patrimônio Líquido 185 105 Lucro LíquidoPatrimônio Líquido Bloco 4 Geração de Lucro e Valor EBITDA 2635 2152 Lucro Operacional Depreciações e Amortizações Rentabilidade de Caixa 286 236 EBITDAAtivo Operacional EVA Valor Econômico Adicionado 397 96 Lucro Líquido Custo de Oportunidade do CapitalInvestimento Rentabilidade AdicionalEVA 43 11 EVAAtivo Operacional processo evolutivo e as demonstrações contábeis publicadas ou utilizadas internamente para fins gerenciais refletem gradati vamente os resultados dessa evolução Assim é necessário que os modelos de análise em cima desses demonstrativos também sofram uma revisão periódica para que a avaliação do desempe nho econômicofinanceiro das empresas alinhemse com os no vos conceitos prevalecentes REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTHONY Robert N Contabilidade gerencial uma introdução à contabilidade São Paulo Atlas 1976 483 p ASSAF 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