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ISSN 18095208 235 A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL Linete Oliveira de Souza UninoveSP Andreza Dalla Bernardino UninoveSP Resumo O objetivo deste artigo é ampliar o espaço da contação de história nas escolas e no trabalho efetivo dos professores versará sobre reflexões teóricas que servirão como base para a prática exercida pelo educador na educação infantil e series iniciais do ensino fundamental 1º 2º e 3º anos como auxiliar no processo de ensino e aprendizagem da criança Para isso fazse necessário o conhecimento os recursos utilizados e as técnicas orais e corporais para um bom professorcontador de historias bem como a escolha da narrativa mais adequada a faixa etária e a situação Palavras chave Contação de Histórias Educação Pratica Educativa TELLING OF HISTORIES AS PEDAGOGICAL STRATEGY IN THE INFANTILE EDUCATION And FUNDAMENTAL TEACHING Summary The goal of this article is to enlarge the telling at schools and at work effective of the teachers will argue about theoretical reflections that will serve as base for the practice exercised by the educator in the infantile education and series initial of the fundamental teaching 1st 2nd and 3rd years how to assist in the teaching process and childs learning For that necessary the knowledge is done the used resources and the oral and corporeal techniques for a good storyteller as well as the narrative choice adapted most the of age band and the situation Key words Telling Education Practices Educational INTRODUÇÃO Durante muito tempo o ato de contar histórias nas escolas era tido como uma forma de entreter distrair e relaxar as crianças e ainda em algumas instituições continua a ser assim Mas neste século XXI tem ressurgido a figura do Contador de Histórias ou o ProfessorContador de Historias e a sua importância no âmbito educacional e emocional das crianças com presença certa em bibliotecas feiras de livros livrarias e escolas Esse antigo costume popular pertencente à tradição oral vem sendo resgatado pela educação como estratégia para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita a formação do leitor passa pela atividade inicial do escutar e do recontar p 235249 Vol 6 nº 12 juldez 2011 Revista de Educ ação ISSN 18095208 236 Dessa forma propostas de formação e cursos de capacitação de educadores vêem incluindo em sua metodologia a preparação para o ato de contar histórias Ainda assim esta não é uma prática comum no Ensino Fundamental das séries iniciais As instituições educacionais recusam um trabalho diferenciado com a leitura porque a contação de histórias se distancia dos métodos das avaliações Não se pode medir notas ou conceitos quando contamos ou ouvimos um conto e a escola tem dificuldades em trabalhar com aquilo que não pode ser avaliado Tal dificuldade é vista até mesmo com a literatura infantil que perde a sua beleza quando o texto se transforma em uma ferramenta avaliativa fazendo com que o prazer da leitura se perca com a avaliação O fracasso escolar no ensino fundamental se refere ao desenvolvimento pelo gosto da leitura e formação de leitores que recai sobre a forma como o professor está trabalhando a relação do livro com o aluno A literatura não está recebendo um estímulo adequado e a contação de histórias é uma alternativa para que os alunos tenham uma experiência positiva com a leitura e não uma tarefa rotineira escolar que transforma a leitura e a literatura em simples instrumentos para as provas afastando o aluno do prazer de ler Porque para formar grandes leitores leitores críticos não basta ensinar a ler É preciso ensinar a gostar de ler com prazer isto é possível e mais fácil do que parece VILLARDI 1997 p 2 De acordo com vários estudiosos a contação de histórias é um valioso auxiliar na pratica pedagógica de professores da educação infantil e anos inicias do ensino fundamental As narrativas estimulam a criatividade e a imaginação a oralidade facilitam o aprendizado desenvolvem as linguagens oral escrita e visual incentivam o prazer pela leitura promovem o movimento global e fino trabalham o senso crítico as brincadeiras de fazdeconta valores e conceitos colaboram na formação da personalidade da criança propiciam o envolvimento social e afetivo e exploram a cultura e a diversidade A ARTE DE CONTAR HISTORIAS Na antiguidade a contação oral de histórias era vista sob um olhar inferior à escrita apesar disso os povos se reuniam ao redor da fogueira e contavam suas lendas e contos disseminando a sua cultura e os seus costumes reunirse para ouvir histórias era uma atividade dos simplórios isto explica por que durante tanto tempo esta prática foi rejeitada pela sociedade Essas lendas e contos eram histórias do imaginário popular pertencentes à memória coletiva destinadas a ouvintes adultos e crianças que não sabiam ler Segundo Malba Tahan 1966 p24 até os nossos dias todos os povos civilizados ou não tem usado a história como veículo de verdades eternas como meio de conservação de suas tradições ou da difusão de idéias novas O homem descobriu que a história além de entreter causava a admiração e conquistava a aprovação dos ouvintes O contador de histórias tornouse o centro da atenção popular pelo prazer que suas narrativas proporcionavam Vol 6 nº 12 Juldez 2011 p 235249 UNI OESTE CAMPUS DE CASCAVEL A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA ISSN 18095208 237 Sendo assim por muito tempo o contar histórias foi uma atividade oral as histórias reais ou inventadas eram contadas de viva voz Na idade média o contador era respeitado em todos os lugares por aonde ia Os trovadores obtinham entrada em palácios e aldeias contando historias do gosto popular Com o aparecimento da escrita surgem ao lado das histórias orais as histórias escritas e com essa sugiram tanto a história propriamente dita como relatos de eventos que se acredita terem de fato acontecidos como a literatura ou seja relatos de eventos imaginados ficção A literatura infantil nasce dos contos populares por isso a contação de histórias é a origem da literatura A contação de histórias foi utilizada como meio de propagação das doutrinas religiosas budistas e ainda hoje a medicina hindu tem como método oferecer uma história aos doentes desorientados essa escolha considera a problemática psíquica do paciente No Oriente Médio encontramos o narrador profissional de contos de fadas e grandes coleções de contos de fadas indianos e turcos fazem parte da educação dos jovens príncipes O século passado porém foi marcado pelo audiovisual Aparecem o cinema a televisão o computador e quase no fim do século a multimídia Assim o contar histórias no século XX passou a ser não mais baseado exclusivamente na palavra oral ou escrita embora esta continue extremamente importante em nossa contemporaneidade o ato de contar é o ato de criar através das palavras as imagens passaram a ser ingredientes indispensáveis das histórias Agora nós não somente ouvimos e lemos histórias mas assistimos à sua representação áudiovisual A criança e o adulto o rico e o pobre o sábio e o ignorante todos enfim ouvem com prazer as histórias uma vez que essas histórias sejam interessan tes tenham vida e possam cativar a atenção A historia narrada lida filmada ou dramatizada circula em todos os meridianos vive em todos os climas não existe povo algum que não se orgulhe de suas histórias de suas lendas e seus contos característicos TAHAN 1966 p16 A CONTAÇÃO DE HISTORIAS COMO ESTRATÉGIA EDUCACIONAL A contação de historias é uma estratégica pedagógica que pode favorecer de maneira significativa a prática docente na educação infantil e ensino fundamental A escuta de histórias estimula a imaginação educa instrui desenvolve habilidades cognitivas dinamiza o processo de leitura e escrita alem de ser uma atividade interativa que potencializa a linguagem infantil A ludicidade com jogos danças brincadeiras e contação de histórias no processo de ensino e aprendizagem desenvolvem a responsabilidade e a autoexpressão assim a criança sentese estimulada e sem perceber desenvolve e constrói seu conhecimento sobre o mundo Em meio ao prazer à maravilha e ao divertimento que as narrativas criam vários tipos de aprendizagem acontecem A escuta de histórias pela criança favorece a narração e processos de Vol 6 nº 12 Juldez 2011 p 235249 UNI OESTE CAMPUS DE CASCAVEL Linete Oliveira de Souza Andreza Dalla Bernardino ISSN 18095208 238 alfabetização e letramento habilidades metacognitivas consciência metalingüística e desenvolvimento de comportamentos alfabetizados e metaalfabetizados competências referentes ao saber explicar descrever atribuir nomes e utilizar verbos cognitivos penso acho imagino etc habilidades de reconhecimento de letras relação entre fonema e grafema construção textual conhecimentos sintáticos semânticos e ampliação do léxico A leitura de histórias é uma rica fonte de aprendizagem de novos vocabulários RCNEI VOL 3 p145 Dentro das histórias encontramos a gramática do conto as personagens protagonista e antagonista apresentação inicial do conto sucessão de eventosações complexas e o final esta regularidade facilita a compreensão textual e a criação de histórias pela própria criança assim contribuindo para as habilidades lingüísticas em nível oral e escrito O conhecimento adquirido pelas crianças em idade préescolar das competências da língua e narrativas são fundamentais nas fases de alfabetização e letramento A iniciação literária desde a infância com livros de imagens com ou sem textos e o trabalho com contos podem ser uma grande alavanca na aquisição da leitura para além da simples decodificação do código lingüístico Conforme afirma Bamberger 1995 a leitura é um dos meios mais eficazes de desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade Trabalhar com a linguagem é trabalhar com o homem A criança que ainda não sabe ler convencionalmente pode fazêlo por meio da escuta da leitura do professor ainda que não possa decifrar todas e cada uma das palavras Ouvir um texto já é uma forma de leitura RCNEI VOL 3 p141 A didática do conto de histórias é motivante e enriquecedora nas series inicias mas com o cuidado de que a estrutura da narração deve ser previsível para a criança de fácil linguagem com imagens e possibilidade de explorálas posteriormente de forma lúdica às narrativas possibilitarão as crianças um melhor desenvolvimento da capacidade de produção e compreensão textual O docente precisa incluir em seu planejamento curricular períodos dedicados à leitura formando crianças que gostem de ler e escrever uma geração de leitores e escritores que vêem na literatura infantil um meio de interação e diversão Segundo Abramovich 1991 o ato de escutar contos é o início para a aprendizagem de se tornar um leitor Oferecer estas oportunidades didáticoeducativas significa capacitar às crianças para que possam desenvolver todas as suas potencialidades dentro da língua materna o ato de ler é incompleto sem o ato de escrever Um não pode existir sem o outro Ler e escrever não apenas palavras mas ler e escrever a vida a história Numa sociedade de privilegiados a leitura e a escrita são um privilégio Ensinar o trabalhador apenas a escrever o seu nome ou assinálo na Carteira Profissio A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA Vol 6 nº 12 Juldez 2011 p 235249 UNI OESTE CAMPUS DE CASCAVEL ISSN 18095208 239 nal ensinálo a ler alguns letreiros na fábrica como perigo atenção cuida do para que ele não provoque algum acidente e ponha em risco o capital do patrão não é suficiente GADOTTI 1988 p 17 Além disso a literatura oral na sala de aula pode ser trabalhada de várias formas como na interdisciplinaridade é através duma história que se podem descobrir outros lugares outros tempos outros jeitos de agir e ser outra ética outra ótica É ficar sabendo historia geografia filosofia sociologia sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula ABRAMOVICH 1995 p17 Aprender sobre povos e suas culturas sobre História e Geografia são possíveis na medida em que essas histórias acontecem em tempo e espaço diversificados tornandose um instrumental criativo de exploração a ser usado pelo educador Inclusive segundo Busatto 2003 esse caminho didático permitirá ao aluno valorizar a identidade cultural e a respeitar a multiplicidade de culturas e a diversidade inerente a elas Ou ainda citando Malba Tahan 1966 as narrativas de casos e contos podem ser aproveitadas em todas as atividades Através dessas narrativas podem ser ministradas aulas de Linguagem Matemática Educação Física com o máximo de interesse e maior eficiência p142 É o exemplo do escritor Monteiro Lobato que mostrou que até a aritmética com seus cálculos e suas frações pode ser aprendida sob a forma de história TAHAN 1966 p26 Podemos verificar que essas assimilações possíveis permeadas de encanto e ludicidade tornam o ato de aprender mais interativo instigante e estimulante porque falam ao interior de cada criança propiciando um fazer educativo pleno de significação e envolvimento Outra fonte de aprendizagem pode ser apontada nos contos Nos enredos de suas histórias aparecem situações ligadas a valores universais como a liberdade a verdade a justiça a amizade a solidariedade etc Levando a criança a refletir sobre o convívio em sociedade Além disso ao também expressarem à inveja a traição a covardia a desigualdade entre outros permitem a escola a análise crítica de componentes éticos abrindo espaço para a discussão de valores morais Para Abílio e Mattos 2003 o educador deve estar ciente de que todo conto reflete a ideologia da época em que foi produzido e a partir dessa perspectiva deve ser compreendido e discutido com os alunos A partir daí o desenvolvimento do espírito crítico no aluno também pode ser provocado pelo educador ao propor questionamentos sobre as escolhas adotadas pelos personagens Atualmente as frentes tecnológicas os estímulos socioculturais visuais auditivos sensório motores e táteis fez com que as crianças ampliassem a sua visão de mundo e a sua capacidade neuronal a sua inteligência As crianças do nosso século Linete Oliveira de Souza Andreza Dalla Bernardino Vol 6 nº 12 Juldez 2011 p 235249 UNI OESTE CAMPUS DE CASCAVEL ISSN 18095208 240 XXI seja estas moradoras da favela de grandes cidades ou dos condomínios fechados da classe media alta se encontram envolvidas num imaginário construído pelas tecnologias produções culturais que chegam a elas mediados pelo computador Internet CDROM DVDROM São sugeridas as crianças histórias com enredos variados Narrativas completas com sons e imagens que se tornaram um desafio para a escola uma vez que representam um grande atrativo e influenciam o comportamento das crianças Logo a história para a criança da educação infantil e fundamental de hoje deve ser contada de forma interativa dinâmica como o mundo em que ela vive Na história computadorizada não encontraremos mais a voz primordial do contador vamos encontrar a voz do narrador que auxiliado por sofisticados recursos tecnológicos mantém a história acesa O narrador lança imagens no ar e os ouvintes as transformam na sua historia ancorados no seu imaginário e pela sua própria história de vivências para construir personagens situações e ações A recepção da história é uma ação individual e aquelas mais procuradas pelas crianças ainda são as que possuem um narrador humano concluise que a figura do contador de histórias continua sendo a ponte entre o ouvinte e o conto esteja este ao vivo ou na tela do computador A relação da escuta da leitura pela criança é afetiva Este sentimento se manifesta pela identificação com a história com os temas tratados e com os personagens esta identificação consiste em afirmar a sua personalidade graças ao livro formulando parâmetros de julgamentos éticos com relação aos personagens e de experiências e questionamentos pessoais Sendo assim a escuta de histórias tem um caráter formador ou ético Na interação com as histórias a criança desperta emoções como se a vivenciasse estes sentimentos permitem que esta pela imaginação exercite a capacidade de resolução de problemas que enfrenta no seu dia a dia além disso esta interação estimula o desenho a musica o pensar o teatro o brincar o manuseio de livros o escrever e a vontade de ouvir novamente A repetição da historia contada e sempre positiva a criança sempre observa algo novo após a contação Quem convive com crianças sabe o quanto elas gostam de escutar a mesma história várias vezes pelo prazer de reconhecêla de apreendêla em seus detalhes de cobrar a mesma seqüência e de antecipar as emoções que teve da primeira vez Isso evidencia que a criança que escuta muitas histórias pode construir um saber sobre a linguagem escrita RCNEI VOL 3 p143 O epistemólogo suiço Jean Piaget 18961980 já dizia que quando a criança entra contato com experiências novas ouvindo ou vendo coisas que para ela são novidades acaba inserindo esses conteúdos as estruturas cognitivas que possuía anteriormente construindo significados e assim aumentando o seu conhecimento somando o novo ao que já vivenciou ao considerarmos o condicionamento mental infantil o ideal e que a criança repita a história que acabou de ouvir que ela tenha a oportunidade de dar outro final altere modifique a história que foi contada quando a A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA Vol 6 nº 12 Juldez 2011 p 235249 UNI OESTE CAMPUS DE CASCAVEL ISSN 18095208 241 criança narra um conto estabelece uma relação entre fantasia e realidade Recontar histórias é outra atividade que pode ser desenvolvida pelas crianças Elas podem contar histórias conhecidas com a ajuda do professor reconstruin do o texto original à sua maneira Para isso podem apoiarse nas ilustrações e na versão lida Nessas condições cabe ao professor promover situações para que as crianças compreendam as relações entre o que se fala o texto escrito e a imagem O professor lê a história as crianças escutam observam as gravuras e freqüentemente depois de algumas leituras já conseguem recontar a histó ria utilizando algumas expressões e palavras ouvidas na voz do professor Nes se sentido é importante ler as histórias tal qual está escrita imprimindo ritmo à narrativa e dando à criança a idéia de que ler significa atribuir significado ao texto e compreendêlo RCNEI VOL 3 p144 Ler ouvircontar histórias desperta o pensamento narrativo Uma forma de pensar coexistente com o pensamento lógico cientifica vinculado à subjetividade e ao emotivo surge em situações onde o sujeito busca compreender através de simbolismos a realidade Sendo assim o conto de histórias favorece o psíquico e emocional da criança que enquanto cresce busca sua identidade baseada nos modelos que convive A escola tem uma grande responsabilidade nesse processo o sistema educativo deve ajudar quem cresce em determinada cultura a se identificar a partir das narrativas é possível construir uma identidade e de encontrarse dentro da própria cultura a escola deveria promover e divulgar contos orais e escritos que mostrem à realidade pluricultural brasileira resgatando história da tradição afroindígena favorecendo deste modo a construção da identidade infantil Há gerações isto vem sendo negado onde se legitimam apenas os contos de origem européia Para o professor da pedagogia hospitalar a contação de histórias é uma excelente ferramenta A criança sofre com a hospitalização se sente afastada do meio social e pouco a vontade para expressar a sua ludicidade característica inerente a ela Narrar histórias infantis nos hospitais como um dos instrumentos do tratamento total oferecido à criança internada propicia melhora psíquica eou física Permitindo devolver a fantasia contar história e uma atividade prazerosa e sadia que ameniza a condição de enfermidade dando maiores condições para médicos enfermeiros psicólogos recreacionistas terapeutas professores e acompanhantes responderem as necessidades lúdicas da criança hospitalizada Como o lúdico é um caminho que enriquece os procedimentos criativos fortalecendo a capacidade de interação e criação devese portanto estabelecer também nesse trabalho a preservação do nosso ambiente sendo este também um processo de interação homemnatureza Textos literários na educação ambiental são muito significativos pois proporcionam às crianças a oportunidade de conversar sobre a preservação da natureza se estendendo aos cuidados que se deve ter com Linete Oliveira de Souza Andreza Dalla Bernardino Vol 6 nº 12 Juldez 2011 p 235249 UNI OESTE CAMPUS DE CASCAVEL ISSN 18095208 242 os animais domésticos A atividade de confeccionar livros com papeis reciclados retalhos e outros materiais reaproveitados exercitam não só a educação ambiental mas também a criatividade dos alunos explorando o interesse pelas artes e por atividades estéticas Segundo Tahan 1966 a contação de histórias facilita a aquisição de novos conhecimentos sobre animais sobre plantas sobre a natureza ciências e artes A CONTAÇÃO DE HISTORIAS NO PSIQUISMO INFANTIL Ouvir história é recuperar a herança empírica do homem seus medos descobertas e desejos As crianças sabem muito bem o que é essa herança empírica no turbilhão de sentimentos que vivenciam é onde entra a figura do professor contador de histórias como mediador deste processo de aprendizagem de lidar com as emoções Para a criança muitos de seus sentimentos são tão confusos perturbadores e dolorosos que é difícil administrálos trazendo assim infelicidade Essa energia emocional fica represada e acaba vazando na forma de sintomas físicos neuróticos ou comportamentais como crueldade comportamento agressivo dificuldade de aprendizado enurese noturna falta de concentração hiperatividade obsessões ansiedade etc Apesar das crianças precisarem de ajuda para lidar com seus sentimentos estas não conseguem falar com naturalidade e facilidade sobre seus problemas isto porque não estão habituadas à linguagem cotidiana para elas esta não é a linguagem do sentimento elas se expressam melhor através da metáfora da imagem como em histórias e sonhos A comunicação por meio da narração de histórias fala as crianças mais profundamente do que a linguagem literal a linguagem do pensamento dramatizar com bonecos ou fantoches representando aquilo que se quer dizer através do desenho ou pintura é fazer uso da linguagem imaginativa essa é naturalmente a linguagem infantil Nas histórias o mal está tão presente quanto o bem existem inúmeros obstáculos a serem vencidos aparecendo escolhas de solução que permitem que a vitória aconteça Todos esses aspectos fazem parte da vida psíquica da criança formalizando o processo de identificação Aquele herói que luta e vence mostra a possibilidade de não desistir diante dos problemas da vida real e ter forças para superar todos os desafios Os seres que figuram o mal significam o aspecto instintivo do homem e ao serem subjugados criam a possibilidade de equilíbrio entre a natureza animalinstintiva e a humana De acordo com Bettelheim ibid esses seres são criações do imaginário fantasmas que a criança carrega dentro dela medo do abandono dos pais de ser devorada e da rivalidade com irmãos As histórias contadas minimizam essas angústias e trazem paz as crianças porque essas energias maléficas são destruídas e tudo acaba bem no final do conto A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA Vol 6 nº 12 Juldez 2011 p 235249 UNI OESTE CAMPUS DE CASCAVEL ISSN 18095208 243 Ainda citando Bettelheim a narração oral é um caminho para o desenvolvimento da maturidade e sedimentação da individualidade da autovalorização e da projeção de um futuro esperançoso gerando o abandono das dependências infantis e abrindo espaço para o convívio com a obrigação moral e a convivência social pautada na consideração ao outro É isto que a história faz ela apresenta mecanismos para enfrentar os problemas de uma maneira saudável e criativa levando a criança ao um mundo maravilhoso onde os processos vivenciados pelos personagens e suas aventuras são repletas de significados a criança sente isso ela entra no mundo da história um mundo de esperança opções e possibilidades opções sobre o que fazer diante de um grande obstáculo possibilidades e soluções criativas para a superação dos problemas e como lidar com as emoções a história gravase indelevelmente em nossas mentes e seus ensinamentos passam ao patrimônio moral de nossa vida Ao depararmos com situações idênticas somos levados a agir de acordo com a experiência que conscientemente já vivemos na história TAHAN 1966 p22 As narrativas em sala de aula são ótimas ferramentas para o desenvolvimento da subjetividade das crianças o conto permite que esta experimente emoções vivencie as em sua fantasia sem que precise passar pelas mesmas situações na realidade além disso a história oferece a criança uma nova forma de pensar sobre os seus sentimentos difíceis sentimentos dolorosos ou intensos demais como um luto o nascimento de um irmão a adaptação escolar etc As instituições de educação infantil podem resgatar o repertório de histórias que as crianças ouvem em casa e nos ambientes que freqüentam uma vez que essas histórias se constituem em rica fonte de informação sobre as diversas formas culturais de lidar com as emoções e com as questões éticas contribuin do na construção da subjetividade e da sensibilidade das crianças RCNEI VOL3 p143 Os contos de fadas são as únicas histórias que de maneira simples e simbólica falam das perdas da fome da morte do medo do abandono da violência Eles têm suas bases nas camadas do inconsciente coletivo em sentimentos comuns a toda a humanidade por isso encontramos histórias bastante parecidas em diversas culturas pelo globo e em épocas diversas Os contos de fadas possuem um fundo arquetípico sentimentos complexos organizados de um modo fácil de entender especialmente pelas crianças mostram que é natural ter pensamentos destrutivos e maus que não se é essencialmente construtivo e bom e que é preciso ordenar os sentimentos e as tendências contraditórias Sabemos que o texto literário narrativo oferece ao leitor a possibilidade de experimentar uma vivência simbólica por meio da imaginação suscitada pelo texto escrito eou pelas imagens A literatura e portanto a literatura para a juventude é portadora de um sistema de referências que permite a cada leitor organizarem sua função psíquica com o vivido e a sensibilidade que lhe é própria FARIA 2010 p19 Linete Oliveira de Souza Andreza Dalla Bernardino Vol 6 nº 12 Juldez 2011 p 235249 UNI OESTE CAMPUS DE CASCAVEL ISSN 18095208 244 A CONTAÇÃO DE HISTORIAS NA TRANSIÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL Toda construção do imaginário da criança ocorre em torno criança é submetida pode significar alem disso a afirmação de um status de personalidade quanto ao acesso ao mundo da leitura e escrita Por isso é um momento carregado de empolgação e euforia e também pressão social e medo pensar o imaginário como um vasto campo de possibilidades que proporcio na entre tantas coisas a compreensão e aceitação de diferentes níveis de percepção da realidade abrindose para um sistema participativo plural sen sível e passível de outras lógicas BUSATTO 2007 p58 Diante disto e preciso planejar o processo de transição que ocorrerá a fim de minimizar o stress na criança Um elevado nível de stress pode deixar marcas a curto e longo prazo causar distúrbios e interferir no processo de aprendizagem A contação de histórias é um instrumento de grande valia nessa de transição apesar da ausência de estudos avaliativos neste campo pois ao ouvir uma história que relate sua trajetória até o momento e que ainda antecipa o futuro que a nova fase escolar lhe reserva a criança elabora o inevitável rompimento dos vínculos estabelecidos nessa fase e se prepara para uma nova etapa diminuindo assim o próprio nível de stress o medo e a insegurança O PROFESSORCONTADOR DE HISTORIAS AS TÉCNICAS E OS RECURSOS UTILIZADOS NAS CONTAÇÕES Aspectos devem ser considerados para o sucesso da contação de histórias em sala de aula Como espaço físico adequado expressões e gestos utilizados pelo professorcontador de forma a imitar os personagens o ambiente deve ser harmonioso e aconchegante sem distrações externas com crianças agrupadas a preparação de um baú ou prateleiras com livros infantis um tapete de feltro colorido com recortes dos personagens das histórias um avental com velcro onde os personagens possam ser fixados fantoches ou dedoches os fantoches de vara de mão e de dedo são excelentes recursos para contar histórias aos pequenos alem disso são estimuladores da imaginação e da linguagem facilitando a concretização das fantasias e a expressão dos sentimentos Os bonecos atraem as crianças proporcionando o prazer de dar vida e voz a eles graças ao fantoche podese superar a timidez que dificulta a comunicação e podem ser expressos sentimentos O teatro de fantoches ensina a criança a prestar atenção no mundo sonoro é um excelente recurso didático onde os professores podem abordar assuntos do conteúdo programáticos focalizando o interesse para o assunto proposto enriquecendo a aula Neste contexto também a musica tem o A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA Vol 6 nº 12 Juldez 2011 p 235249 UNI OESTE CAMPUS DE CASCAVEL ISSN 18095208 245 poder de alterar o comportamento incentivando a realização das atividades com prazer diversas são as musicas infantis que podem ser trabalhadas nas diferentes modalidades e estratégias educacionais A educação ganha força ao aliarse a expressão oral expressão plástica e as emoções Para a escritora de literatura infantil e juvenil pedagoga atriz e contadora de histórias profissional Fanny Abramovich os cuidados e preparos do professorcontador de historias se referem a 1 Saber escolher o que vai contar levando em consideração o público e com qual objetivo 2 Conhecer detalhadamente a história que contará 3 Preparar o início e fim no momento da contação e narrála no ritmo e tempo que cada narrativa exige 4 evitar descrições imensas e com muitos detalhes favorecendo o imaginário da criança 5 Mostrar à criança que o que ouviu está ilustrado no livro trazendoa para o contato com o objeto do livro e por consequência o ato de ler 6 e por último saber usar as possibilidades da voz variando a intensidade a velocidade criando ruídos e dando pausas para propiciar o espaço imaginativo Segundo a escritora mediadora em projetos de oralidade leitura e literatura infantojuvenil e narradora oral de histórias Cléo Busatto o professorcontador deve descobrir as razões pelas quais contar histórias para quem contálas e em que contexto Salienta a importância de o professorcontador estar sensibilizado com a narração é preciso que haja identificação entre o narrador e o conto Com a história escolhida o passo seguinte é estudála buscando suas intenções e apreendendo seu simbolismo A postura corporal do professorcontador sobre o contar sentado ou em pé são escolhas que advêm das características inerentes ao conto e do jeito de ser e funcionar naturalmente o educador O importante é ter uma postura corporal ereta e equilibrada com musculatura relaxada permitindo flexibilidade e expressividade corporal possibilitando uma linguagem do corpo harmoniosa e por conseguinte possibilidades de sintonia com a história a ser narrada Um corpo flexível favorece a utilização de gestos com leveza e naturalidade Cléo Busatto porém aponta para a facilidade que o contar em pé permite no sentido de permitir a criação de imagens corporais além disso chama a atenção para a ligação entre o professorcontador e as crianças através do contato visual olho no olho No contato olho a olho a manutenção do interesse no que se está dizendo acontece e ao mesmo tempo envolve o ouvinte e o valoriza fazendo deste parte da narração O olhar projetado para a criança além de acontecer enquanto se fala prendendo sua atenção também pode preencher um silêncio levando a criança a ter expectativa e interesse para o que será dito logo em seguida deixando espaço para a imaginação agir É interessante levar as crianças a participarem da contação essa energia infantil deve ser direcionada e aproveitada no contexto da história ficando os alunos incumbidos de fazer o toque de uma campanhia ou outra onomatopéia qualquer esses recursos interativos convidam a criança a ser uma ouvinte ativa e não passiva No momento da narração da história o professorcontador de historias necessita de uma diversidade de material contos maravilhosos fabulas lendas mitos poesias adivinhas e livros de imagens adequado a sua faixa etária Antes de iniciar Linete Oliveira de Souza Andreza Dalla Bernardino Vol 6 nº 12 Juldez 2011 p 235249 UNI OESTE CAMPUS DE CASCAVEL ISSN 18095208 246 uma fábula declamar uma poesia pedir licença para atender uma ligação imaginaria de um personagem folclórico enfim transitar pelos gêneros proporciona dinamismo e empolgação na hora da narração prende a atenção dos alunos e levaos a conhecerem novos gêneros textuais Os contos tradicionais como os contos de fadas com linguagem simbólica auxiliam a criança nos seus momentos de angustia e insegurança emocional trazendo conforto e restaurando a confiança a partir da resolução com um final feliz A literatura educa através dos contos e historietas moralizantes tradicionais que ainda são encontradas em livros didáticos e alguns livros de crianças mesmo que às vezes disfarçados Os contos modernos são narrativas originais criadas por autores contemporâneos que trazem uma renovação do universo maravilhoso abordam o cotidiano das crianças desde as situações mais comuns até temas sociais existenciais éticos religiosos de nossa época e com os quais estes estão em contato O livro de imagens é outro recurso da contação de histórias sendo que este nos traz histórias narradas por meio de imagens não utilizando o texto verbal uma forma de literatura infantil pouco explorada As imagens são narrativas com conteúdos de descrição e ação ao contrario das ilustrações decorativas dos livros infantis com muitos detalhes da história entre uma imagem e outra que devem ser imaginados pelo leitor ou contador com passagem de tempo e mudanças espaciais importantes destacandose o gestual das personagens e tudo que for indicador de ação e movimento para que a história possa ser bem compreendida Um trabalho com crianças apontando ou levandoas a descobrir esses elementos que fazem progredir a ação ou que explicam espaço tempo aspectos dos personagens etc conduzirá a leitura da imagem ao mesmo tempo em que desenvolve a capacidade de observação analise comparação classificação levantamento de hipótese síntese e raciocínio Ler a história antes de contála as crianças é um cuidado do contador para averiguar do que trata se é engraçada triste séria e qual a entonação que usará Segundo Busatto 2003 narrar não é um ato simples e banal é uma arte que requer preparo do educador A contação de histórias tem como protagonista principal a palavra em que o ouvir leva ao imaginar e o narrar deve encantar Segundo Abramovich 1991 contar histórias é o uso simples e harmônico da voz A expressão a entonação bem usada repassando sentimentos e a clareza no dizer são técnicas fundamentais ao professorcontador Importante também é uma préleitura pelo professor indicando as crianças o que esperar da história ou que prestem à atenção em algo especifica numa pós leitura depois da contação é interessante perguntar ao grupo o que acharam dos personagens que descrevam o lugar onde a história acontece ou se gostaram do final Pergunta mais especifica desenvolvem a atenção a detalhes e a capacidade de relembrálos questões abertas sobre a história são boas para a discussão em sala e ajudam a criança a aprender a relacionar suas experiências particulares e de outras pessoas É preciso que o professor tenha uma formação literária básica capaz de analisar A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA Vol 6 nº 12 Juldez 2011 p 235249 UNI OESTE CAMPUS DE CASCAVEL ISSN 18095208 247 os livros infantis selecionando o que pode interessar as crianças e decidindo sobre elementos que sejam úteis para a ampliação do seu conhecimento como recomenda o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Vol3 a intenção de fazer com que as crianças desde cedo apreciem o momento de sentar para ouvir histórias exige que o professor como leitor preocupese em lêla com interesse criando um ambiente agradável e convidativo à escuta atenta mobilizando a expectativa das crianças permitindo que elas olhem o texto e as ilustrações enquanto a história é lida p143 O horário adequado é aquele onde as crianças estão relaxadas para pensar sobre a história que viram ou escutaram mostrar o livro a criança e deixar que esta o manuseie é importante para a interação com o objeto antes do recreio ou almoço ou ao final do dia são os melhores momentos para a contação Quando ao espaço físico sugere ambientes fechados que evitem a dispersão como a sala de aula o bom é criar um ambiente de aconchego e a proximidade mantendo as crianças próximas em círculo O ideal é trabalhar com a contação de histórias desde a educação infantil Respeitando o estágio de desenvolvimento em que as crianças se encontram Antes de completarem 03 anos as crianças vivem num mundo muito concreto suas brincadeiras são relacionadas ao real gostam de histórias que falam de limpar a casa ir nadar dirigir um carro fazer um bolo ou passear no parque isso porque ainda estão sendo apresentadas a essas coisas do mundo gostam de reconhecer e rever no livro o que já conhecem mas a partir dos 03 e 04 anos começam a viver no mundo da imaginação onde uma atividade vividamente imaginada é como se fosse real Uma narração de conto com apoio visual desenhos encenação com brinquedos e bonecos ou com muitos gestos expressivos prendem muito mais atenção desta faixa etária do que se fosse apenas contada CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento infantil se dá num processo criado pela própria criança a partir das interações que vivencia sendo assim a literatura infantil em especial a contação de histórias na educação infantil e ensino fundamental como atividade interativa e pedagógica mediada pelo educador contribui para este desenvolvimento Além disso a história permite o contato das crianças com o uso real da escrita levaas a conhecerem novas palavras a discutirem valores como o amor família e trabalho e a usarem a imaginação desenvolvem a oralidade a criatividade e o pensamento critico auxiliam na construção da identidade do educando seja esta pessoal ou cultural melhoram seus relacionamentos afetivos interpessoais e abrem espaço para novas aprendizagens nas diversas disciplinas escolares pelo seu caráter motivador sobre a criança Por isso é indispensável que o educador tenha conhecimento dos benefícios dessa pratica sobre o desenvolvimento infantil e saiba utilizálo adequadamente em Linete Oliveira de Souza Andreza Dalla Bernardino Vol 6 nº 12 Juldez 2011 p 235249 UNI OESTE CAMPUS DE CASCAVEL ISSN 18095208 248 sala de aula no ensino e aprendizagem dos seus educandos ou na pedagogia hospitalar como potencializadora dos conteúdos trabalhados e ferramenta interdisciplinar e não apenas por isso mas também como uma fonte de prazer conhecimento e emoção onde o lúdico se torna um eixo condutor no estímulo à leitura e à formação de uma geração leitora e escritora de alunos Entrar em sala de aula deveria ser considerado um ato sagrado deveríamos estar em sintonia com o Conhecimento com o Criador e com a alegria de viver de exercer um oficio condizente com os nossos desejos mais sagrados RIBEIRO 2008 p20 REFERENCIAS ABÍLIO E C Mattos M Letramento e leitura da literatura Brasília MEC Secretaria de Educação à Distância 2003 Leitura da literatura as narrativas da tradição p1623 ABRAMOVICH Fanny Literatura infantil gostosuras e bobices 2ed São Paulo Scipione 1991 BAMBERGER Richard Como incentivar o hábito de leitura São Paulo Abril 1995 BARBOSA Ana Rita de Cássia Santos Alfabetizando e desenvolvendo competências lingüísticas a partir do conto de estórias Revista Faced Salvador n14 p2737 juldez2008 BETTELHEIM Bruno A psicanálise dos contos de fadas 9 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 1980 BRASIL Ministério da Educação e do Desporto Secretaria de Educação infantil Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil Vol 3 Brasília MECSEF 1998 BUSATTO Cléo Contar e encantar pequenos segredos da narrativa Petrópolis Editora Vozes 2003 BUSATTO Cléo A arte de contar histórias no século XXI Petrópolis Editora Vozes 2007 FARIA Maria Alice Como usar a literatura infantil na sala de aula São Paulo Editora Contexto 2010 GADOTTI Moacir O que é ler Leitura teoria e prática Porto Alegre Mercado Aberto 1982 GASPAR Antônio C C DAMASCENO Daisy H S A transição entre a educação infantil e o ensino fundamental Col Educativa Especial Educativa a revista do professor São Paulo Editora Minuano Ano I n05 LEMOS Simone A Nepomuceno Linguagem e infância a Literatura Infantil no processo de desenvolvimento da criança pequena Revista Cientifica Aprender Varginha n3 set2009 MAINARDES Rita de Cássia M 20072008 A arte de contar histórias Uma estratégia para a formação de leitores Diaadia Educação Portal Educacional do Estado do Paraná Acessado em 22072010 httpwwwdiaadiaeducacaoprgovbr portalspdearquivos3384pdf MORENO Leonel de Alencar O lúdico e a contação de historias na educação infantil Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas Florianópolis v10 n97 p228241 juldez2009 NEDER Divina L de S M org A importância da contação de historias como prática educativa no cotidiano escolar Pedagogia em Ação Belo Horizonte v01 n01 p6164 janjun2009 A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA Vol 6 nº 12 Juldez 2011 p 235249 UNI OESTE CAMPUS DE CASCAVEL ISSN 18095208 249 NETO Lucia Elena F org Fonoaudiologia contação de histórias e educação um novo campo de atuação profissional Revista Distúrbios da Comunicação São Paulo v18 n02 p209222 ago2006 RIBEIRO Jonas Ouvidos dourados a arte de ouvir as historias para depois contá las São Paulo Editora Mundo Mirim 2008 RODRIGUES Edvânia B Teixeira Contação de histórias leitura e produção de textos um estudo da unidade temática Educação ambiental Revista Solta a voz Goiânia n13 p57 71 janfev2002 SUNDERLAND Margot O valor terapêutico de contar histórias São Paulo Editora Cultrix 2005 TAHAN Malba A arte de ler e contar histórias 2 ed Rio de Janeiro Conquista 1961 VILLARDI Raquel Ensinando a gostar de ler formando leitores para a vida inteira Rio de Janeiro Qualitymark 1997 Recebido em 14082011 Aprovado para publicação 17102011 Linete Oliveira de Souza Andreza Dalla Bernardino Vol 6 nº 12 Juldez 2011 p 235249 UNI OESTE CAMPUS DE CASCAVEL