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Economia ·
História Econômica
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História Econômica Professor Alexandre G Nordskog Unidades programáticas Unidade 1 11 Economia Política como campo científico 12 Transição do feudalismo para o capitalismo 13 Revolução Industrial Unidade 2 21 A construção dos ideais do liberalismo 22 Adam Smith e o pensamento econômico moderno 23 O keynesianismo e o neoliberalismo econômico 1 Unidade 3 31 O Liberalismo o Keynesianismo o Neoliberalismo e a crítica Marxista da Economia Política 32 Capitalismo e Socialismo Unidade 4 41 Crise do Neoliberalismo 42 A evolução do Processo Capitalista 2 Unidade 1 11 Economia Política como campo científico 12 Transição do feudalismo para o capitalismo 13 Revolução Industrial Unidade 1 11 Economia Política como campo científico Notas introdutórias História Econômica A história econômica ou história da economia é o seção ou a parte dos estudos acadêmicos e científicos centrados em acontecimentos e fenômenos econômicos ocorridos e que tem por objetivo esclarecêlos à luz das pesquisas e postulações de diversos autores pertencentes a diversas Escolas de Pensamento Perspectivas Específicas diferentes visões de mundo produzem diferentes Escolas de Pensamento Economia como ciência que focaliza a alocação eficiente de recursos para atingir determinados fins Métodos Aplicação de modelos teóricos análises econométricas cotejos estatísticos análises de conjuntura comparação de contextos históricos encadeamento de fatos históricos relevantes realização de generalizações etc 5 Principais escolas econômicas variam de acordo com a opção de classificação Escola Clássica Adam Smith David Ricardo Escola Marxista Karl Marx Escola Neoclássica Vilfredo Pareto Alfred Marshall Escola Austríaca Ludwig von Mises Friedrich Hayek Escola Keynesiana John Maynard Keynes Escola Neoliberal Milton Friedman Escola Shumpeteriana Joseph Schumpeter Escola que baseia suas proposições na ideia de autorregulação dos preços no mercado a Mão invisível Liberalismo econômico Escola crítica centra sua abordagem no estudo dos modos de produção especialmente no desenvolvimento do capitalismo Escola de pensamento econômico que estuda a formação dos preços a produção e a distribuição da renda tomando por base a oferta e demanda dos mercados Escola de pensamento econômico que enfatiza o poder de organização espontânea do mecanismo de preços Teoria econômica que defende a ação do Estado na economia com o objetivo de evitar retração econômica e garantir o pleno emprego Corrente do pensamento econômico liberal que defende máxima liberdade de mercado e mínima intervenção estatal sobre a economia e no mundo do trabalho Perspectiva que considera as inovações tecnológicas como motores e potenciais geradoras de ciclos virtuosos de desenvolvimento capitalista 6 Tópicos para retenção e discussão Texto SILVA FILIPE PRADO MACEDO Economia política como campo científico in Economia Política Razões da formação do pensamento econômico clássico mutações históricas decisivas o O mercantilismo é identificado pelos estudiosos como Adam Smith como um conjunto de práticas econômicas não formam uma escola que vigoraram na Europa entre os séculos XV e XVIII tendo como pano de fundo o Estado absolutista capaz de resguardar os interesses e como características o protecionismo o colonialismo balança comercial favorável dentre outras Revolução Comercial o Précondições Revolução Industrial Sécs XVIII e XIX 7 oMercantilistas A riqueza das nações depende do acúmulo de metais preciosos e da expansão do mercado consumidor e do comércio interno e externo circulação de mercadorias Defendiam que o comércio e a industrias eram mais importantes que a agricultura X oFisiocratas postulam que o setor agrícola a fonte da riqueza das nações Fluxo de dinheiro e bens entre três grupos sociais proprietários de terras agricultores e artesãos oFrançois Quesnay 16941774 Médico e economista francês expoente da Escola dos Fisiocratas oAs ideias mercantilistas nasceram no contexto da desintegração do feudalismo e da formação dos primeiros Estados Nacionais oProcesso de acumulação primitiva do Capital Marx 8 Economia política clássica ou Escola Clássica inaugura a economia como campo científico o Autores e algumas ideias Adam Smith Século XVIII publica A Riqueza das Nações em 1776 A riqueza das nações estava nos bens que possuíam valor de troca Produção 1º consumo e a demanda 2º Crescimento da riqueza de uma nação depende basicamente da produtividade do trabalho função do grau de especialização ou da divisão do trabalho determinado pela expansão do comércio Livre comércio sem barreiras alfandegárias Política liberal Mão Invisível competição David Ricardo Trabalho como um determinante do valor de troca trabalho embutido na mercadoria gera valor Contradição entre o valor de troca e o preço relativo das mercadorias oscilação de valores Comércio internacional é uma situação de ganhoganho para os países envolvidos Thomas Malthus Alimentos crescem em progressão aritmética X População cresce em progressão geométrica FOME Oferta de trabalho preço do salário preço dos alimentos 9 JeanBaptiste Say A produção gera sua própria demanda Lei de Say relação entre capacidade de oferta e demanda A teoria dos três fatores de produção terra trabalho e capital Incorporou as noções dos rendimentos do capital os denominados juros 4 tipos de rendimentos rendimentos salários lucros aluguéis renda da terra e juros John Stuart Mill O preço é determinado pela relação entre demanda e oferta utilidade do produto Demanda recíproca de produtos afeta os termos do intercâmbio entre os países Ideia da elasticidade da demanda Menor dependência da natureza e um maior grau de intervenção governamental Defendia para contrabalançar o poder dos grandes empresários o fortalecimento dos sindicatos e o recurso da greve 10 Teorias e contextos que afetam a Economia Política ciência que objetiva entender as relações sociais próprias oriundas da atividade econômica o Teorias sobre o trabalho O trabalho dá forma material e imaterial à sociedade capitalista o que significa dizer que o trabalho viabiliza a satisfação das necessidades materiais e imateriais dos indivíduos que constituem uma sociedade Na sociedade capitalista o trabalho requer instrumentos e ferramentas meios de produção e exige formações e capacitações a partir de necessidades específicas Marx 1983 p 149 O capital o trabalho é um processo entre o homem e a natureza um processo em que o homem por sua própria ação regula e controla seu metabolismo com a natureza Não se trata das primeiras formas instintivas animais de trabalho Dessa maneira pressupomos o trabalho numa forma em que pertence exclusivamente ao homem o trabalho é a atividade orientada a um fim para produzir valores de uso apropriação do natural para satisfazer as necessidades humanas Segundo a teoria marxista na prática a atividade do trabalhador não lhe pertence o trabalhador é expropriado dos resultados decorrentes dos seus esforços produtivos No capitalismo o sujeito nunca é um sujeito isolado mas sempre se insere num conjunto de outros sujeitos classes Essa é a divisão do trabalho que faz do caráter coletivo da atividade do trabalho aquilo que se denominou social 11 o Teorias sobre o Valor No sistema capitalista as mercadorias são trocadas conforme a quantidade de trabalho socialmente necessário nelas investido lei do valor Os produtores de mercadorias não se orientam segundo qualquer plano que indique a necessidade real de suas mercadorias e as levam ao mercado conforme o seu arbítrio Há conjunturas econômicas em que certas mercadorias são abundantes e outras praticamente desaparecem o que revela a desorganização do conjunto da produção Distinção entre o valor de uso e o valor de troca Enquanto o valor de uso revela as características físicas das mercadorias que as capacitam a ser usadas pelo homem ou seja para satisfazer suas necessidades de qualquer ordem materiais ou ideias o valor de troca indica a proporção em que os bens são trocados uns pelos outros direta ou indiretamente por intermédio do dinheiro A lei do valor assumiu diferentes perspectivas sobre a realidade concreta Smith trabalho é a medida do valor das mercadorias Ricardo valor do trabalho varia de acordo com os bens necessários Marx o valor da mercadoria é calculado pelo tempo de trabalho socialmente necessário à produção da mesma 12 oA mercadoria enquanto um fenômeno Mercadoria é uma unidade que sintetiza valor de uso e valor de troca a riqueza das sociedades em que domina o modo de produção capitalista aparece como uma imensa coleção de mercadorias e a mercadoria individual como sua forma elementar MARX A reprodução e a acumulação do capital dependem das mercadorias inclusive da mercadoria dinheiro É importante destacar que só se constituem mercadorias aqueles valores de uso que podem ser replicados ou reproduzidos isto é produzidos mais de uma vez repetidamente A divisão social do trabalho deve articularse à propriedade privada dos meios de produção Em outras palavras só pode comprar ou vender qualquer tipo de mercadoria aquele que seja o seu dono e para tanto é indispensável que os meios ou os instrumentos de produção com os quais se produz pertençam a ele o dono No sistema capitalista a apropriação dos meios de produção é o que motiva os capitalistas a produzirem cada vez mais e a terem o direito legal de se apropriarem sempre da maisvalia resultante da troca de mercadorias trabalho não pago excedente ou seja são horas que o trabalhador dedica ao trabalho produtivo e que geram valor porém por este tempo ele não é remunerado 13 oLiberalismo e democracia O liberalismo como pensamento econômico surgiu nos séculos XVII e XVIII Naquele momento as ideias liberais brotaram como substrato ideológico às evoluções que combatiam o antigo sistema absolutista que predominava na Europa fundamentalmente na França e na Inglaterra SANDRONI 2005 Além disso o pensamento econômico liberal constituiuse no contexto do nascimento do processo da Revolução Industrial Ideias liberais Ampla liberdade individual Regime democrático representativo tripartição dos poderes Propriedade privada Livre iniciativa e livre concorrência Estado garantido da liberdade individual Crise do liberalismo clássico pósguerra dirigismo estatal Neoliberalismo 14 o Democracia É um regime político antigo que apareceu nas antigas cidadesestado da Grécia Antiga Naquele momento as decisões políticas eram tomadas diretamente pelos cidadãos gregos em cidadesestado onde a população era pequena Essa era a democracia direta BOBBIO 1998 São intrínsecos à democracia os seguintes elementos eleições livres diretas e regulares independência dos três poderes Executivo Legislativo e Judiciário sufrágio universal a todos os cidadãos preservação da liberdade de expressão de imprensa de organização de partidos políticos e de protesto defesa dos direitos civis como um todo São esses cinco elementos que segundo alguns economistas garantem no regime político democrático o desenvolvimento e a expansão do regime econômico liberal O sistema liberaldemocrático retroalimenta a lógica política e a lógica econômica que juntas desenvolvem as forças produtivas garantindo a ordem social política e econômica em questão 15 Unidade 1 12 Transição do feudalismo para o capitalismo Tópicos para retenção e discussão Texto BERTOLLO MAIT Transição do feudalismo para o capitalismo in Geografia Agrária A crise do sistema feudal Século X Europa transição gradual do modo de produção integralmente baseado na agricultura para o capitalismo abrindo espaço para o chamado Renascimento Comercial o Elementos centrais Os instrumentos de produção eram possuídos pelos camponeses e servos que pagavam tributos mas o excedente produzido podia ser comercializado Camponeses egressos da terra lumpemproletariado Marx e Engels futuro proletariado Conflitos entre classes agricultores servos senhores feudais comerciantes Os conflitos entre as classes podem se refletir por meio de guerras pobreza e disparidades entre as classes condições de trabalho precárias etc Acumulação de capitais nas mãos dos comerciantes A circulação de produtos e a participação de produtores também aproveitou o excesso de mão de obra para trabalhar para o comerciante que começou a se apropriar do processo produtivo A fixação da população em torno dos feudos constituiu as vilas e os burgos motivo pelo qual aqueles que habitavam nessas localidades eram conhecidos como burgueses denominação que ao longo do tempo passou se relacionar aos comerciantes e homens ricos Surgimento de inúmeras cidades impulsão do comércio artesanato têxtil metalurgia modo geral empreendido por uma sociedade para produzir bens e serviços 17 Transição da agricultura para o capitalismo o Elementos centrais Ocorre declínio dos vínculos feudais nobreza com a riqueza gerada pelo comércio A burguesia composta pelos indivíduos que moravam nos burgos divisões administrativas e viviam do comércio local vai ascendendo e conquistando sua autonomia ao comprar do senhor feudal local a independência da cidade por meio da chamada carta de franquia permissões que liberavam as cidades medievais de taxas e impostos que deveriam ser pagos pelos seus habitantes Circulação de bens e pessoas Mais liberdade política econômica Organização dos artesãos guildas criação de normas para produção organização do trabalho corporações de ofício Renascimento agrícola novas técnicas de produção de alimentos no campo As Cruzadas clero Lutas travadas entre a nobreza e os camponeses com resultado sempre favorável aos nobres que detinham o poder e a influência no âmbito militar Assim os camponeses que antes dispunham coletivamente de bosques e pastagens com o crescimento das cidades e a expulsão das terras precisavam comprar tudo o que obtinham gratuitamente no passado Inserção do capitalismo no campo força a geração de produtos que deverão ser comprados Dissolução das pequenas indústrias camponesas pela indústria fundamentalmente urbana e o comércio Fabricação de ferramentas que o camponês não conseguia produzir Potencialização das relações entre cidade e campo 18 Principais marcas da transição do sistema feudal para o capitalista o Aspectos Fundamentais O desenvolvimento do comércio estende o valor de troca quantidade de trabalho necessária para a produção Diversificação da produção de mercadorias transição da manufatura artesanal Transformação do dinheiro em moeda universal contribuindo para a dissolução do modo de produção feudal A interação do comércio com o mercado local se voltou para a produção de mercadorias Excedentes já não são mais absorvidos pelas camadas dominantes da sociedade feudal Produção extensiva de bens para comércio capitalismo Matérias primas provenientes das colônias expansão comercial e ampliação de mercados Aumento da mão de obra disponível nas cidades A unificação e a consolidação capitalista dos mercados representaram o principal motivo do declínio do feudalismo diminuindo o poder dos senhores feudais e centralizando o poder dos estados absolutistas além da abolição dos costumes e da substituição por uma legislação unitária Mudança nas leis Trabalho assalariado no campo e na cidade A família rural passou a ser substituída por um grupo de operários que trabalhavam para outros proprietários de outras terras assim a agricultura feudal transformavase em agricultura capitalista Transformação da sociedade e consequentemente das relações de trabalho e produção 19 Unidade 1 13 Revolução Industrial Tópicos para retenção e discussão Texto GOUCHER CANDICE e WALTON LINDA História Mundial Jornadas do Passado ao Presente PP 5357 e PP 188191 Revolução Industrial Europa o A aceleração da tecnologia no século XVIII foi denominada Revolução Industrial e como outras inovações agrupadas na história mundial ela forneceu novos materiais e meios de produção A Revolução Industrial não ocorreu de forma isolada mas logo teve um alcance global o Précondições e elementos centrais Aumento da demanda por mercadorias Abastecimento da indústria aumento da demanda por aço Incremento da ciência e das inovações científicas Mudanças econômicas globais Energia de Vapor um maquinário dirigido por uma força nova que era responsável pelo incremento da produção têxtil dependeu da crescente disponibilidade de metais particularmente do ferro Dessa forma as inovações na metalurgia eram tão importantes quanto a máquina a vapor Transporte e produção ferrovias e embarcações 21 22 Transformações globais Séc XIX energia elétrica proporciona grandes invenções e utilidades como a invenção da lâmpada incandescente e refrigeração e a fabricação de tecidos como a seda Fornalhas de queima de carvão e óleo mantinham as pessoas aquecidas e confortáveis e trens navios bondes bicicletas e a seu tempo o automóvel permitiram que a população se locomovesse O impacto de uma variedade de inovações tecnológicas deveria fazer com que os caprichos da natureza fossem uniformemente hospitaleiros independentemente do clima e da estação dia ou noite mudanças culturais A fábrica substituiu o lar como local de trabalho exigindo que um grande número de trabalhadores viajasse diariamente para a cidade ou se mudasse para lá No Brasil a manufatura têxtil competiu com a da capital da metrópole Lisboa No Japão a rápida industrialização foi encorajada após as políticas governamentais Meiji após 1868 processor global Questão do desenvolvimento econômico da dependência e do subdesenvolvimento vai ganhar corpo O capitalismo industrial foi o resultado de muitos fatores o crescimento econômico encorajado pelos governos o comércio de larga escala a disponibilidade de excedente de capital as inovações tecnológicas que se desenvolveram cumulativamente desde o século XVI ascensão colonialismo e do imperialismo comércio de escravos extração de madeira borracha óleo de palmeira minérios e marfim Unidade 2 21 A construção dos ideais do liberalismo 22 Adam Smith e o pensamento econômico moderno 23 O keynesianismo e neoliberalismo econômico Unidade 2 21 A construção dos ideais do liberalismo Tópicos para retenção e discussão Texto BOUER CAROLINE S A construção dos ideais do liberalismo in História Moderna O Surgimento dos Ideais do Liberalismo o De acordo com Bobbio Matteucci e Pasquino as origens do liberalismo coincidem assim com a própria formação da civilização moderna europeia que se constitui na vitória do imanentismo sobre o transcendentalismo a liberdade sobre a revelação da razão sobre a autoridade da ciência sobre o mito o Ideais e valores burgueses A defesa da liberdade individual A predileção por regimes políticos com a separação entre os poderes O direito e proteção à propriedade privada A concorrência e a livre iniciativa como práticas para o desenvolvimento do capitalismo o Emergência dos ideais e valores liberais no âmbito da Revolução Gloriosa da Revolução Industrial da Revolução Francesa o Esses eventos se relacionam com as mudanças nas mentalidades ocorridas desde o Renascimento e a revolução científica culminando com o Iluminismo Ou seja a economia o comércio e as relações internacionais assim como outras esferas da realidade passaram a ser concebidos a partir de leis universais que foram formuladas pelos pensadores liberais do período o Reforma protestante Juros e lucro deixam de ser pecado Ética protestante melhor adequada ao capitalismo Pluralidade de igrejas 25 Liberalismo X Mercantilismo o Da hegemonia das práticas mercantilistas e dos ideais fisiocratas com ênfases respectivamente no comércio internacional e na produção agrícola passouse a defender a industrialização e o trabalho como fontes de riqueza ambos pautados por princípios autorreguladores e de livre concorrência 26 Unidade 2 22 Adam Smith e o pensamento econômico moderno Tópicos para retenção e discussão Texto BOUER CAROLINE S Adam Smith e o pensamento econômico moderno in História Moderna Adam Smith e o Estado Liberal o Dados biográficos Nascimento em 1723 na Escócia lecionou filosofia moral e publicou livros sobre o tema antes de publicar sua obra magna A Riqueza das Nações que tem impacto capital sobre a Ciência Econômica e sua autonomia Morreu em 1790 o Influência do Cientificismo e do Racionalismo o Antes de Smith a economia era debatida por filósofos como Locke e Hume a exceção de alguns estudiosos como François Quesnay 16941774 líder da escola de pensamento francesa fisiocrata Laissez faire laissez passer le monde va de lui même que significa Deixe fazer deixe passar o mundo vai por si mesmo Vincent de Gournay o Foi Smith no entanto que com sua obra lançou as bases da nova ciência Todos os economistas desde então partiram da problemática e dos enfoques que se encontram em Riqueza das Nações partindo de Malthus 17661834 David Ricardo 17721823 e Karl Marx 18181883 o Objetivo da ciência econômica segundo Smith indicar a maneira como o Estado deve agir para promover o aumento da riqueza 28 o Para Smith a Revolução Industrial e as consequentes transformações na economia e nas relações de trabalho e produção somente foram possíveis a partir da consolidação da liberdade após o fim do Absolutismo e o declínio do poder da nobreza e pela segurança que as leis deram à manutenção da propriedade e da livreiniciativa o Papel do Estado para Smith economia separada do Estado Defender do território Realizar obras de infraestrutura Garantir a justiça Intervir o mínimo possível no domínio econômico Manter alguns serviços públicos considerados essenciais o A mão invisível a economia funciona de acordo com as suas próprias leis leis naturais leis de validade absoluta e universal a ordem natural harmoniza todos os interesses a partir da natural atuação de cada um no sentido de obter o máximo de satisfação com o mínimo de esforço o O aumento da riqueza nacional depende muito mais de outros fatores do que da intervenção do Estado Esses fatores são a divisão do trabalho e a acumulação de capital 29 A concepção econômica de Smith o O principal foco da crítica de Adam Smith era o mercantilismo que para o autor escocês consistia numa falaciosa identificação da riqueza com a moeda e na suposição de que acumular ouro e prata em qualquer país era a maneira mais fácil de o enriquecer o Defendia as vantagens da livre concorrência e da autorregulação dos preços bem como a ampliação progressiva da divisão do trabalho e por consequência do aperfeiçoamento das forças produtivas o Harmonia natural entre o interesse individual e o coletivo força motriz do liberalismo econômico o Estado deveria respeitar as leis de mercado que são suficientes para organizar a oferta e a demanda os preços e as relações de trabalho Primazia do indivíduo e mercado autorregulado 30 o Para Smith diferentemente dos mercantilistas que asseguravam que a riqueza das nações se encontrava no comércio e na posse de metais preciosos o fundamento da riqueza estava na divisão do trabalho e nas relações de produção especialização do trabalhador o Nos vários trechos em que compara a elite dos donos de terra aos homens de negócios os últimos são enaltecidos por sua pontualidade eficiência e sabedoria A presença de mãos improdutivas é relacionada a padrões feudais e ao estilo de vida ocioso e desfrutável da aristocracia agrária o Nessa conjugação entre a economia e a moral Smith afirma que a melhor política para a prevenção de crimes era o incentivo ao comércio e às manufaturas porque a possibilidade de trabalho estimularia os indivíduos a melhorar suas condições de subsistência além de promover a justiça social 31 Os fisiocratas e o pensamento de Smith o Para os Fisiocratas a sociedade era regida por leis naturais o Estado não deve intervir X Mercantilismo o A produtividade natural da terra é um dom da natureza dom que só pode ser aproveitado pelos que trabalham na agricultura o que significa que só o trabalho agrícola se configura por isso mesmo como trabalho produtivo é capaz de produzir um produto líquido o Já para Smith a riqueza das nações não derivava da agricultura propriamente dita mas das relações de produção estabelecidas Meio trabalho o Mas Smith sofre a influência dos fisiocratas na medida em que Enfatiza a tríade produçãodistribuiçãoconsumo para compreender as relações econômicas Defende a ideia de livre iniciativa de produção e comércio Propõe a substituição da ideia de ordem natural fisiocrática para a ideia de mão invisível 32 Unidade 2 23 O keynesianismo e neoliberalismo econômico Tópicos para retenção e discussão Texto KRUGER ALINE DALCINO keynesianismo e o neoliberalismo econômico in Economia Política O keynesianismo e o neoliberalismo econômico oEconomistas Keynesianos X Neoliberais 34 TESES KEYNESIANAS TESES NEOLIBERAIS Maior intervenção do Estado na Economia Menor intervenção do Estado na Economia Políticas Públicas estatistas Políticas Públicas privatistas Nacionalização Privatização Estímulo de carreiras estatais Estímulo de carreiras na iniciativa privada Menos preocupação com a inflação Controle de gastos e da inflação Estímulo ao desenvolvimento nacional Estímulo à livre iniciativa Keynesianismo neoliberalismo e a dinâmica do desenvolvimento do capitalismo o Já no final do século XIX o desenvolvimento de mercados de capitais mundiais e os progressos na produção e nos transportes provocaram imensas concentrações de poder industrial em corporações gigantescas trustes e carteis essa concentração de poder reduziu a capacidade de autoajuste do mercado As recessões ocorriam com maior frequência e começavam a ficar mais longas e mais graves o Nessas circunstâncias os capitalistas no poder se voltaram para o governo a fim de mitigar as consequências das recessões comissões reguladoras foram criadas leis antitruste foram implementadas o Instabilidades no capitalismo pioram no final do séc XXI e início do séc XX Resultante Grandes depressões como a crise de 1929 a 1932 nos EUA mais de 85 mil empresas faliram nos EUA mais de 5 mil bancos suspenderam operações e os valores das ações na Bolsa de Valores de Nova York caíram de US 87 bilhões para US 19 bilhões o Keynesianos Causas da recessão falta de investimentos suficientes para compensar o nível de poupança X o Neoliberais Causas da recessão política monetária inadequada 35 oNeste cenário de crise m 1936 John Maynard Keynes 18831946 economista britânico lançou a obra intitulada A Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda na qual Keynes procurou mostrar o que tinha acontecido com o capitalismo Seu objetivo era apresentar medidas que pudessem ser implementadas para preservar o sistema Para Keynes a teoria do mercado autorregulável tinha falhas oSolução para o enfrentamento da crise Governo intervém tomando emprestado o excesso de poupança desenvolvendo projetos socialmente úteis Exemplo New Deal implementado pelo presidente americano F D Roosevelt expandindo o papel do governo em resposta à grande depressão de 1929 ocasionada por euforia de consumo e expansão da oferta superprodução crash da bolsa de NY o A depressão dos anos 1930 só terminou com os preparativos para a Segunda Guerra Mundial Durante os anos da guerra os enormes gastos governamentais voltados principalmente para a produção de armas foram responsáveis pela diminuição na taxa de desemprego 36 o Contudo A forte presença do governo na economia por meio de grandes programas sociais por exemplo foi gradativamente aumentando os déficits e o endividamento dos países Essas duas características combinadas com as crises do petróleo dos anos 1970 colocaram em dúvida as prescrições keynesianas estagflação desemprego e inflação elevados o Neoliberalismo a partir dos anos 1960 o keynesianismo se enfraqueceu dando espaço para as ideias neoliberais de Milton Friedman 19122006 Rejeitando o keynesianismo Friedman defendia que as recessões e depressões eram resultantes de uma política monetária inadequada mudanças no estoque de moeda o Ele também defendia que a economia de mercado deveria ser livre sem grandes interferências governamentais que causassem distorções no sistema de preços 37 Keynesianismo desenvolvimentismo e planos econômicos nacionais o Pressupostos do keynesianismo Ênfase macroeconômica foco nos determinantes das quantias totais ou agregadas de consumo poupança renda produção e emprego na economia Orientação pela demanda defesa da ideia de que a demanda efetiva ou os gastos agregados que consistem na soma dos gastos de consumo de investimentos do governo e da exportação líquida é o determinante da renda da produção e do emprego na economia Instabilidade na economia a economia é instável A economia é suscetível a flutuações econômicas devido principalmente à irregularidade dos gastos planejados com investimentos Inflexibilidade nos salários e nos preços os salários tendem a ser inflexivelmente decrescentes por causa de fatores institucionais como as negociações com sindicatos as leis de salário mínimo etc Políticas fiscais e monetárias ativas os economistas keynesianos defendiam a intervenção do governo por meio de políticas fiscais e monetárias adequadas para promover o pleno emprego e o crescimento econômico Para combater uma recessão ou depressão o governo deveria aumentar seus gastos ou diminuir impostos para aumentar o consumo privado Nessa situação o governo também deveria aumentar a oferta de moeda para baixar a taxa de juros na expectativa de estimular os investimentos o Na América Latina a intervenção dos governos na economia foi apoiada pela teoria do desenvolvimentismo que como pensamento econômico consolidouse no final da era colonialista nos anos 1950 e 1960 Ex o governo de Juscelino Kubitschek com seu plano econômico nacional o Plano de Metas 38 Neoliberalismo globalização e imperialismo o Pressupostos do neoliberalismo Comportamento racional para os economistas neoliberais as pessoas agem sempre com o objetivo de aumentar o seu bemestar Ênfase na contestabilidade dos mercados o principal fator limitante para a existência de monopólios e oligopólios que não são gerados por restrições legais é a contestabilidade dos mesmos pela concorrência potencial por exemplo via incremento da produção com inovações Orientação matemática os economistas devem atuar a partir da construção de modelos teóricos lógicomatemáticos que fazem hipóteses simplificadoras da realidade e que visam explicar um determinado fenômeno econômico Os modelos geram previsões a respeito do comportamento dos agentes no mundo real e essas previsões devem ser testadas empiricamente a partir da econometria Rejeição ao keynesianismo os economistas neoliberais enfatizavam a capacidade do mercado de coordenar de forma harmoniosa e eficiente a economia Recessões e depressões eram resultantes de uma política monetária inadequada e a política fiscal gastos governamentais para influenciar o crescimento econômico é geralmente ineficiente a menos que seja acompanhada por alterações na oferta de moeda Governo limitado o governo é ineficiente e deve ser limitado O sistema de mercado concorrente produz liberdade econômica máxima que por sua vez produz bemestar individual e coletivo máximo Segundo os neoliberais o governo deveria limitarse a atuar corrigindo externalidades negativas e provendo bens públicos 39 o O neoliberalismo criou as condições políticas e econômicas necessárias para o atual estágio da globalização Globalização O termo globalização surgiu na década de 1980 para caracterizar as mudanças que ocorriam na economia mundial principalmente no comércio internacional e na movimentação do capital pelo mundo é Interdependência e integração econômica Desenvolvimento tecnológico robótica informática tecnologia de informações Expansão de mercados trocas de informação e fluxos de capital pelo mundo Criação de cadeias produtivas em escala global o O neoliberalismo criou as condições políticas e econômicas a partir da defesa da abertura dos mercados da redução de protecionismo barreiras e tarifas da liberalização financeira e da não intervenção do governo na economia Uma vez que a força motriz da globalização são as companhias multinacionais a não intervenção do governo e a abertura econômica geraram um cenário propício à globalização As políticas neoliberais somadas ao processo de globalização caracterizaram o que os críticos chamam imperialismo ou a hegemonia dos Estados Unidos que drenam fluxos enormes de renda do resto do mundo o Nesse cenário perguntase quais foram as consequências desses fenômenos políticas neoliberais globalização imperialismo norteamericano para as economias periféricas Fonte httpsblogipogedubrtecnologiaoqueeinteligenciaartificial 40
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de diversos autores pertencentes a diversas Escolas de Pensamento Perspectivas Específicas diferentes visões de mundo produzem diferentes Escolas de Pensamento Economia como ciência que focaliza a alocação eficiente de recursos para atingir determinados fins Métodos Aplicação de modelos teóricos análises econométricas cotejos estatísticos análises de conjuntura comparação de contextos históricos encadeamento de fatos históricos relevantes realização de generalizações etc 5 Principais escolas econômicas variam de acordo com a opção de classificação Escola Clássica Adam Smith David Ricardo Escola Marxista Karl Marx Escola Neoclássica Vilfredo Pareto Alfred Marshall Escola Austríaca Ludwig von Mises Friedrich Hayek Escola Keynesiana John Maynard Keynes Escola Neoliberal Milton Friedman Escola Shumpeteriana Joseph Schumpeter Escola que baseia suas proposições na ideia de autorregulação dos preços no mercado a Mão invisível Liberalismo econômico Escola crítica centra sua abordagem no estudo dos modos de produção especialmente no desenvolvimento do capitalismo Escola de pensamento econômico que estuda a formação dos preços a produção e a distribuição da renda tomando por base a oferta e demanda dos mercados Escola de pensamento econômico que enfatiza o poder de organização espontânea do mecanismo de preços Teoria econômica que defende a ação do Estado na economia com o objetivo de evitar retração econômica e garantir o pleno emprego Corrente do pensamento econômico liberal que defende máxima liberdade de mercado e mínima intervenção estatal sobre a economia e no mundo do trabalho Perspectiva que considera as inovações tecnológicas como motores e potenciais geradoras de ciclos virtuosos de desenvolvimento capitalista 6 Tópicos para retenção e discussão Texto SILVA FILIPE PRADO MACEDO Economia política como campo científico in Economia Política Razões da formação do pensamento econômico clássico mutações históricas decisivas o O mercantilismo é identificado pelos estudiosos como Adam Smith como um conjunto de práticas econômicas não formam uma escola que vigoraram na Europa entre os séculos XV e XVIII tendo como pano de fundo o Estado absolutista capaz de resguardar os interesses e como características o protecionismo o colonialismo balança comercial favorável dentre outras Revolução Comercial o Précondições Revolução Industrial Sécs XVIII e XIX 7 oMercantilistas A riqueza das nações depende do acúmulo de metais preciosos e da expansão do mercado consumidor e do comércio interno e externo circulação de mercadorias Defendiam que o comércio e a industrias eram mais importantes que a agricultura X oFisiocratas postulam que o setor agrícola a fonte da riqueza das nações Fluxo de dinheiro e bens entre três grupos sociais proprietários de terras agricultores e artesãos oFrançois Quesnay 16941774 Médico e economista francês expoente da Escola dos Fisiocratas oAs ideias mercantilistas nasceram no contexto da desintegração do feudalismo e da formação dos primeiros Estados Nacionais oProcesso de acumulação primitiva do Capital Marx 8 Economia política clássica ou Escola Clássica inaugura a economia como campo científico o Autores e algumas ideias Adam Smith Século XVIII publica A Riqueza das Nações em 1776 A riqueza das nações estava nos bens que possuíam valor de troca Produção 1º consumo e a demanda 2º Crescimento da riqueza de uma nação depende basicamente da produtividade do trabalho função do grau de especialização ou da divisão do trabalho determinado pela expansão do comércio Livre comércio sem barreiras alfandegárias Política liberal Mão Invisível competição David Ricardo Trabalho como um determinante do valor de troca trabalho embutido na mercadoria gera valor Contradição entre o valor de troca e o preço relativo das mercadorias oscilação de valores Comércio internacional é uma situação de ganhoganho para os países envolvidos Thomas Malthus Alimentos crescem em progressão aritmética X População cresce em progressão geométrica FOME Oferta de trabalho preço do salário preço dos alimentos 9 JeanBaptiste Say A produção gera sua própria demanda Lei de Say relação entre capacidade de oferta e demanda A teoria dos três fatores de produção terra trabalho e capital Incorporou as noções dos rendimentos do capital os denominados juros 4 tipos de rendimentos rendimentos salários lucros aluguéis renda da terra e juros John Stuart Mill O preço é determinado pela relação entre demanda e oferta utilidade do produto Demanda recíproca de produtos afeta os termos do intercâmbio entre os países Ideia da elasticidade da demanda Menor dependência da natureza e um maior grau de intervenção governamental Defendia para contrabalançar o poder dos grandes empresários o fortalecimento dos sindicatos e o recurso da greve 10 Teorias e contextos que afetam a Economia Política ciência que objetiva entender as relações sociais próprias oriundas da atividade econômica o Teorias sobre o trabalho O trabalho dá forma material e imaterial à sociedade capitalista o que significa dizer que o trabalho viabiliza a satisfação das necessidades materiais e imateriais dos indivíduos que constituem uma sociedade Na sociedade capitalista o trabalho requer instrumentos e ferramentas meios de produção e exige formações e capacitações a partir de necessidades específicas Marx 1983 p 149 O capital o trabalho é um processo entre o homem e a natureza um processo em que o homem por sua própria ação regula e controla seu metabolismo com a natureza Não se trata das primeiras formas instintivas animais de trabalho Dessa maneira pressupomos o trabalho numa forma em que pertence exclusivamente ao homem o trabalho é a atividade orientada a um fim para produzir valores de uso apropriação do natural para satisfazer as necessidades humanas Segundo a teoria marxista na prática a atividade do trabalhador não lhe pertence o trabalhador é expropriado dos resultados decorrentes dos seus esforços produtivos No capitalismo o sujeito nunca é um sujeito isolado mas sempre se insere num conjunto de outros sujeitos classes Essa é a divisão do trabalho que faz do caráter coletivo da atividade do trabalho aquilo que se denominou social 11 o Teorias sobre o Valor No sistema capitalista as mercadorias são trocadas conforme a quantidade de trabalho socialmente necessário nelas investido lei do valor Os produtores de mercadorias não se orientam segundo qualquer plano que indique a necessidade real de suas mercadorias e as levam ao mercado conforme o seu arbítrio Há conjunturas econômicas em que certas mercadorias são abundantes e outras praticamente desaparecem o que revela a desorganização do conjunto da produção Distinção entre o valor de uso e o valor de troca Enquanto o valor de uso revela as características físicas das mercadorias que as capacitam a ser usadas pelo homem ou seja para satisfazer suas necessidades de qualquer ordem materiais ou ideias o valor de troca indica a proporção em que os bens são trocados uns pelos outros direta ou indiretamente por intermédio do dinheiro A lei do valor assumiu diferentes perspectivas sobre a realidade concreta Smith trabalho é a medida do valor das mercadorias Ricardo valor do trabalho varia de acordo com os bens necessários Marx o valor da mercadoria é calculado pelo tempo de trabalho socialmente necessário à produção da mesma 12 oA mercadoria enquanto um fenômeno Mercadoria é uma unidade que sintetiza valor de uso e valor de troca a riqueza das sociedades em que domina o modo de produção capitalista aparece como uma imensa coleção de mercadorias e a mercadoria individual como sua forma elementar MARX A reprodução e a acumulação do capital dependem das mercadorias inclusive da mercadoria dinheiro É importante destacar que só se constituem mercadorias aqueles valores de uso que podem ser replicados ou reproduzidos isto é produzidos mais de uma vez repetidamente A divisão social do trabalho deve articularse à propriedade privada dos meios de produção Em outras palavras só pode comprar ou vender qualquer tipo de mercadoria aquele que seja o seu dono e para tanto é indispensável que os meios ou os instrumentos de produção com os quais se produz pertençam a ele o dono No sistema capitalista a apropriação dos meios de produção é o que motiva os capitalistas a produzirem cada vez mais e a terem o direito legal de se apropriarem sempre da maisvalia resultante da troca de mercadorias trabalho não pago excedente ou seja são horas que o trabalhador dedica ao trabalho produtivo e que geram valor porém por este tempo ele não é remunerado 13 oLiberalismo e democracia O liberalismo como pensamento econômico surgiu nos séculos XVII e XVIII Naquele momento as ideias liberais brotaram como substrato ideológico às evoluções que combatiam o antigo sistema absolutista que predominava na Europa fundamentalmente na França e na Inglaterra SANDRONI 2005 Além disso o pensamento econômico liberal constituiuse no contexto do nascimento do processo da Revolução Industrial Ideias liberais Ampla liberdade individual Regime democrático representativo tripartição dos poderes Propriedade privada Livre iniciativa e livre concorrência Estado garantido da liberdade individual Crise do liberalismo clássico pósguerra dirigismo estatal Neoliberalismo 14 o Democracia É um regime político antigo que apareceu nas antigas cidadesestado da Grécia Antiga Naquele momento as decisões políticas eram tomadas diretamente pelos cidadãos gregos em cidadesestado onde a população era pequena Essa era a democracia direta BOBBIO 1998 São intrínsecos à democracia os seguintes elementos eleições livres diretas e regulares independência dos três poderes Executivo Legislativo e Judiciário sufrágio universal a todos os cidadãos preservação da liberdade de expressão de imprensa de organização de partidos políticos e de protesto defesa dos direitos civis como um todo São esses cinco elementos que segundo alguns economistas garantem no regime político democrático o desenvolvimento e a expansão do regime econômico liberal O sistema liberaldemocrático retroalimenta a lógica política e a lógica econômica que juntas desenvolvem as forças produtivas garantindo a ordem social política e econômica em questão 15 Unidade 1 12 Transição do feudalismo para o capitalismo Tópicos para retenção e discussão Texto BERTOLLO MAIT Transição do feudalismo para o capitalismo in Geografia Agrária A crise do sistema feudal Século X Europa transição gradual do modo de produção integralmente baseado na agricultura para o capitalismo abrindo espaço para o chamado Renascimento Comercial o Elementos centrais Os instrumentos de produção eram possuídos pelos camponeses e servos que pagavam tributos mas o excedente produzido podia ser comercializado Camponeses egressos da terra lumpemproletariado Marx e Engels futuro proletariado Conflitos entre classes agricultores servos senhores feudais comerciantes Os conflitos entre as classes podem se refletir por meio de guerras pobreza e disparidades entre as classes condições de trabalho precárias etc Acumulação de capitais nas mãos dos comerciantes A circulação de produtos e a participação de produtores também aproveitou o excesso de mão de obra para trabalhar para o comerciante que começou a se apropriar do processo produtivo A fixação da população em torno dos feudos constituiu as vilas e os burgos motivo pelo qual aqueles que habitavam nessas localidades eram conhecidos como burgueses denominação que ao longo do tempo passou se relacionar aos comerciantes e homens ricos Surgimento de inúmeras cidades impulsão do comércio artesanato têxtil metalurgia modo geral empreendido por uma sociedade para produzir bens e serviços 17 Transição da agricultura para o capitalismo o Elementos centrais Ocorre declínio dos vínculos feudais nobreza com a riqueza gerada pelo comércio A burguesia composta pelos indivíduos que moravam nos burgos divisões administrativas e viviam do comércio local vai ascendendo e conquistando sua autonomia ao comprar do senhor feudal local a independência da cidade por meio da chamada carta de franquia permissões que liberavam as cidades medievais de taxas e impostos que deveriam ser pagos pelos seus habitantes Circulação de bens e pessoas Mais liberdade política econômica Organização dos artesãos guildas criação de normas para produção organização do trabalho corporações de ofício Renascimento agrícola novas técnicas de produção de alimentos no campo As Cruzadas clero Lutas travadas entre a nobreza e os camponeses com resultado sempre favorável aos nobres que detinham o poder e a influência no âmbito militar Assim os camponeses que antes dispunham coletivamente de bosques e pastagens com o crescimento das cidades e a expulsão das terras precisavam comprar tudo o que obtinham gratuitamente no passado Inserção do capitalismo no campo força a geração de produtos que deverão ser comprados Dissolução das pequenas indústrias camponesas pela indústria fundamentalmente urbana e o comércio Fabricação de ferramentas que o camponês não conseguia produzir Potencialização das relações entre cidade e campo 18 Principais marcas da transição do sistema feudal para o capitalista o Aspectos Fundamentais O desenvolvimento do comércio estende o valor de troca quantidade de trabalho necessária para a produção Diversificação da produção de mercadorias transição da manufatura artesanal Transformação do dinheiro em moeda universal contribuindo para a dissolução do modo de produção feudal A interação do comércio com o mercado local se voltou para a produção de mercadorias Excedentes já não são mais absorvidos pelas camadas dominantes da sociedade feudal Produção extensiva de bens para comércio capitalismo Matérias primas provenientes das colônias expansão comercial e ampliação de mercados Aumento da mão de obra disponível nas cidades A unificação e a consolidação capitalista dos mercados representaram o principal motivo do declínio do feudalismo diminuindo o poder dos senhores feudais e centralizando o poder dos estados absolutistas além da abolição dos costumes e da substituição por uma legislação unitária Mudança nas leis Trabalho assalariado no campo e na cidade A família rural passou a ser substituída por um grupo de operários que trabalhavam para outros proprietários de outras terras assim a agricultura feudal transformavase em agricultura capitalista Transformação da sociedade e consequentemente das relações de trabalho e produção 19 Unidade 1 13 Revolução Industrial Tópicos para retenção e discussão Texto GOUCHER CANDICE e WALTON LINDA História Mundial Jornadas do Passado ao Presente PP 5357 e PP 188191 Revolução Industrial Europa o A aceleração da tecnologia no século XVIII foi denominada Revolução Industrial e como outras inovações agrupadas na história mundial ela forneceu novos materiais e meios de produção A Revolução Industrial não ocorreu de forma isolada mas logo teve um alcance global o Précondições e elementos centrais Aumento da demanda por mercadorias Abastecimento da indústria aumento da demanda por aço Incremento da ciência e das inovações científicas Mudanças econômicas globais Energia de Vapor um maquinário dirigido por uma força nova que era responsável pelo incremento da produção têxtil dependeu da crescente disponibilidade de metais particularmente do ferro Dessa forma as inovações na metalurgia eram tão importantes quanto a máquina a vapor Transporte e produção ferrovias e embarcações 21 22 Transformações globais Séc XIX energia elétrica proporciona grandes invenções e utilidades como a invenção da lâmpada incandescente e refrigeração e a fabricação de tecidos como a seda Fornalhas de queima de carvão e óleo mantinham as pessoas aquecidas e confortáveis e trens navios bondes bicicletas e a seu tempo o automóvel permitiram que a população se locomovesse O impacto de uma variedade de inovações tecnológicas deveria fazer com que os caprichos da natureza fossem uniformemente hospitaleiros independentemente do clima e da estação dia ou noite mudanças culturais A fábrica substituiu o lar como local de trabalho exigindo que um grande número de trabalhadores viajasse diariamente para a cidade ou se mudasse para lá No Brasil a manufatura têxtil competiu com a da capital da metrópole Lisboa No Japão a rápida industrialização foi encorajada após as políticas governamentais Meiji após 1868 processor global Questão do desenvolvimento econômico da dependência e do subdesenvolvimento vai ganhar corpo O capitalismo industrial foi o resultado de muitos fatores o crescimento econômico encorajado pelos governos o comércio de larga escala a disponibilidade de excedente de capital as inovações tecnológicas que se desenvolveram cumulativamente desde o século XVI ascensão colonialismo e do imperialismo comércio de escravos extração de madeira borracha óleo de palmeira minérios e marfim Unidade 2 21 A construção dos ideais do liberalismo 22 Adam Smith e o pensamento econômico moderno 23 O keynesianismo e neoliberalismo econômico Unidade 2 21 A construção dos ideais do liberalismo Tópicos para retenção e discussão Texto BOUER CAROLINE S A construção dos ideais do liberalismo in História Moderna O Surgimento dos Ideais do Liberalismo o De acordo com Bobbio Matteucci e Pasquino as origens do liberalismo coincidem assim com a própria formação da civilização moderna europeia que se constitui na vitória do imanentismo sobre o transcendentalismo a liberdade sobre a revelação da razão sobre a autoridade da ciência sobre o mito o Ideais e valores burgueses A defesa da liberdade individual A predileção por regimes políticos com a separação entre os poderes O direito e proteção à propriedade privada A concorrência e a livre iniciativa como práticas para o desenvolvimento do capitalismo o Emergência dos ideais e valores liberais no âmbito da Revolução Gloriosa da Revolução Industrial da Revolução Francesa o Esses eventos se relacionam com as mudanças nas mentalidades ocorridas desde o Renascimento e a revolução científica culminando com o Iluminismo Ou seja a economia o comércio e as relações internacionais assim como outras esferas da realidade passaram a ser concebidos a partir de leis universais que foram formuladas pelos pensadores liberais do período o Reforma protestante Juros e lucro deixam de ser pecado Ética protestante melhor adequada ao capitalismo Pluralidade de igrejas 25 Liberalismo X Mercantilismo o Da hegemonia das práticas mercantilistas e dos ideais fisiocratas com ênfases respectivamente no comércio internacional e na produção agrícola passouse a defender a industrialização e o trabalho como fontes de riqueza ambos pautados por princípios autorreguladores e de livre concorrência 26 Unidade 2 22 Adam Smith e o pensamento econômico moderno Tópicos para retenção e discussão Texto BOUER CAROLINE S Adam Smith e o pensamento econômico moderno in História Moderna Adam Smith e o Estado Liberal o Dados biográficos Nascimento em 1723 na Escócia lecionou filosofia moral e publicou livros sobre o tema antes de publicar sua obra magna A Riqueza das Nações que tem impacto capital sobre a Ciência Econômica e sua autonomia Morreu em 1790 o Influência do Cientificismo e do Racionalismo o Antes de Smith a economia era debatida por filósofos como Locke e Hume a exceção de alguns estudiosos como François Quesnay 16941774 líder da escola de pensamento francesa fisiocrata Laissez faire laissez passer le monde va de lui même que significa Deixe fazer deixe passar o mundo vai por si mesmo Vincent de Gournay o Foi Smith no entanto que com sua obra lançou as bases da nova ciência Todos os economistas desde então partiram da problemática e dos enfoques que se encontram em Riqueza das Nações partindo de Malthus 17661834 David Ricardo 17721823 e Karl Marx 18181883 o Objetivo da ciência econômica segundo Smith indicar a maneira como o Estado deve agir para promover o aumento da riqueza 28 o Para Smith a Revolução Industrial e as consequentes transformações na economia e nas relações de trabalho e produção somente foram possíveis a partir da consolidação da liberdade após o fim do Absolutismo e o declínio do poder da nobreza e pela segurança que as leis deram à manutenção da propriedade e da livreiniciativa o Papel do Estado para Smith economia separada do Estado Defender do território Realizar obras de infraestrutura Garantir a justiça Intervir o mínimo possível no domínio econômico Manter alguns serviços públicos considerados essenciais o A mão invisível a economia funciona de acordo com as suas próprias leis leis naturais leis de validade absoluta e universal a ordem natural harmoniza todos os interesses a partir da natural atuação de cada um no sentido de obter o máximo de satisfação com o mínimo de esforço o O aumento da riqueza nacional depende muito mais de outros fatores do que da intervenção do Estado Esses fatores são a divisão do trabalho e a acumulação de capital 29 A concepção econômica de Smith o O principal foco da crítica de Adam Smith era o mercantilismo que para o autor escocês consistia numa falaciosa identificação da riqueza com a moeda e na suposição de que acumular ouro e prata em qualquer país era a maneira mais fácil de o enriquecer o Defendia as vantagens da livre concorrência e da autorregulação dos preços bem como a ampliação progressiva da divisão do trabalho e por consequência do aperfeiçoamento das forças produtivas o Harmonia natural entre o interesse individual e o coletivo força motriz do liberalismo econômico o Estado deveria respeitar as leis de mercado que são suficientes para organizar a oferta e a demanda os preços e as relações de trabalho Primazia do indivíduo e mercado autorregulado 30 o Para Smith diferentemente dos mercantilistas que asseguravam que a riqueza das nações se encontrava no comércio e na posse de metais preciosos o fundamento da riqueza estava na divisão do trabalho e nas relações de produção especialização do trabalhador o Nos vários trechos em que compara a elite dos donos de terra aos homens de negócios os últimos são enaltecidos por sua pontualidade eficiência e sabedoria A presença de mãos improdutivas é relacionada a padrões feudais e ao estilo de vida ocioso e desfrutável da aristocracia agrária o Nessa conjugação entre a economia e a moral Smith afirma que a melhor política para a prevenção de crimes era o incentivo ao comércio e às manufaturas porque a possibilidade de trabalho estimularia os indivíduos a melhorar suas condições de subsistência além de promover a justiça social 31 Os fisiocratas e o pensamento de Smith o Para os Fisiocratas a sociedade era regida por leis naturais o Estado não deve intervir X Mercantilismo o A produtividade natural da terra é um dom da natureza dom que só pode ser aproveitado pelos que trabalham na agricultura o que significa que só o trabalho agrícola se configura por isso mesmo como trabalho produtivo é capaz de produzir um produto líquido o Já para Smith a riqueza das nações não derivava da agricultura propriamente dita mas das relações de produção estabelecidas Meio trabalho o Mas Smith sofre a influência dos fisiocratas na medida em que Enfatiza a tríade produçãodistribuiçãoconsumo para compreender as relações econômicas Defende a ideia de livre iniciativa de produção e comércio Propõe a substituição da ideia de ordem natural fisiocrática para a ideia de mão invisível 32 Unidade 2 23 O keynesianismo e neoliberalismo econômico Tópicos para retenção e discussão Texto KRUGER ALINE DALCINO keynesianismo e o neoliberalismo econômico in Economia Política O keynesianismo e o neoliberalismo econômico oEconomistas Keynesianos X Neoliberais 34 TESES KEYNESIANAS TESES NEOLIBERAIS Maior intervenção do Estado na Economia Menor intervenção do Estado na Economia Políticas Públicas estatistas Políticas Públicas privatistas Nacionalização Privatização Estímulo de carreiras estatais Estímulo de carreiras na iniciativa privada Menos preocupação com a inflação Controle de gastos e da inflação Estímulo ao desenvolvimento nacional Estímulo à livre iniciativa Keynesianismo neoliberalismo e a dinâmica do desenvolvimento do capitalismo o Já no final do século XIX o desenvolvimento de mercados de capitais mundiais e os progressos na produção e nos transportes provocaram imensas concentrações de poder industrial em corporações gigantescas trustes e carteis essa concentração de poder reduziu a capacidade de autoajuste do mercado As recessões ocorriam com maior frequência e começavam a ficar mais longas e mais graves o Nessas circunstâncias os capitalistas no poder se voltaram para o governo a fim de mitigar as consequências das recessões comissões reguladoras foram criadas leis antitruste foram implementadas o Instabilidades no capitalismo pioram no final do séc XXI e início do séc XX Resultante Grandes depressões como a crise de 1929 a 1932 nos EUA mais de 85 mil empresas faliram nos EUA mais de 5 mil bancos suspenderam operações e os valores das ações na Bolsa de Valores de Nova York caíram de US 87 bilhões para US 19 bilhões o Keynesianos Causas da recessão falta de investimentos suficientes para compensar o nível de poupança X o Neoliberais Causas da recessão política monetária inadequada 35 oNeste cenário de crise m 1936 John Maynard Keynes 18831946 economista britânico lançou a obra intitulada A Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda na qual Keynes procurou mostrar o que tinha acontecido com o capitalismo Seu objetivo era apresentar medidas que pudessem ser implementadas para preservar o sistema Para Keynes a teoria do mercado autorregulável tinha falhas oSolução para o enfrentamento da crise Governo intervém tomando emprestado o excesso de poupança desenvolvendo projetos socialmente úteis Exemplo New Deal implementado pelo presidente americano F D Roosevelt expandindo o papel do governo em resposta à grande depressão de 1929 ocasionada por euforia de consumo e expansão da oferta superprodução crash da bolsa de NY o A depressão dos anos 1930 só terminou com os preparativos para a Segunda Guerra Mundial Durante os anos da guerra os enormes gastos governamentais voltados principalmente para a produção de armas foram responsáveis pela diminuição na taxa de desemprego 36 o Contudo A forte presença do governo na economia por meio de grandes programas sociais por exemplo foi gradativamente aumentando os déficits e o endividamento dos países Essas duas características combinadas com as crises do petróleo dos anos 1970 colocaram em dúvida as prescrições keynesianas estagflação desemprego e inflação elevados o Neoliberalismo a partir dos anos 1960 o keynesianismo se enfraqueceu dando espaço para as ideias neoliberais de Milton Friedman 19122006 Rejeitando o keynesianismo Friedman defendia que as recessões e depressões eram resultantes de uma política monetária inadequada mudanças no estoque de moeda o Ele também defendia que a economia de mercado deveria ser livre sem grandes interferências governamentais que causassem distorções no sistema de preços 37 Keynesianismo desenvolvimentismo e planos econômicos nacionais o Pressupostos do keynesianismo Ênfase macroeconômica foco nos determinantes das quantias totais ou agregadas de consumo poupança renda produção e emprego na economia Orientação pela demanda defesa da ideia de que a demanda efetiva ou os gastos agregados que consistem na soma dos gastos de consumo de investimentos do governo e da exportação líquida é o determinante da renda da produção e do emprego na economia Instabilidade na economia a economia é instável A economia é suscetível a flutuações econômicas devido principalmente à irregularidade dos gastos planejados com investimentos Inflexibilidade nos salários e nos preços os salários tendem a ser inflexivelmente decrescentes por causa de fatores institucionais como as negociações com sindicatos as leis de salário mínimo etc Políticas fiscais e monetárias ativas os economistas keynesianos defendiam a intervenção do governo por meio de políticas fiscais e monetárias adequadas para promover o pleno emprego e o crescimento econômico Para combater uma recessão ou depressão o governo deveria aumentar seus gastos ou diminuir impostos para aumentar o consumo privado Nessa situação o governo também deveria aumentar a oferta de moeda para baixar a taxa de juros na expectativa de estimular os investimentos o Na América Latina a intervenção dos governos na economia foi apoiada pela teoria do desenvolvimentismo que como pensamento econômico consolidouse no final da era colonialista nos anos 1950 e 1960 Ex o governo de Juscelino Kubitschek com seu plano econômico nacional o Plano de Metas 38 Neoliberalismo globalização e imperialismo o Pressupostos do neoliberalismo Comportamento racional para os economistas neoliberais as pessoas agem sempre com o objetivo de aumentar o seu bemestar Ênfase na contestabilidade dos mercados o principal fator limitante para a existência de monopólios e oligopólios que não são gerados por restrições legais é a contestabilidade dos mesmos pela concorrência potencial por exemplo via incremento da produção com inovações Orientação matemática os economistas devem atuar a partir da construção de modelos teóricos lógicomatemáticos que fazem hipóteses simplificadoras da realidade e que visam explicar um determinado fenômeno econômico Os modelos geram previsões a respeito do comportamento dos agentes no mundo real e essas previsões devem ser testadas empiricamente a partir da econometria Rejeição ao keynesianismo os economistas neoliberais enfatizavam a capacidade do mercado de coordenar de forma harmoniosa e eficiente a economia Recessões e depressões eram resultantes de uma política monetária inadequada e a política fiscal gastos governamentais para influenciar o crescimento econômico é geralmente ineficiente a menos que seja acompanhada por alterações na oferta de moeda Governo limitado o governo é ineficiente e deve ser limitado O sistema de mercado concorrente produz liberdade econômica máxima que por sua vez produz bemestar individual e coletivo máximo Segundo os neoliberais o governo deveria limitarse a atuar corrigindo externalidades negativas e provendo bens públicos 39 o O neoliberalismo criou as condições políticas e econômicas necessárias para o atual estágio da globalização Globalização O termo globalização surgiu na década de 1980 para caracterizar as mudanças que ocorriam na economia mundial principalmente no comércio internacional e na movimentação do capital pelo mundo é Interdependência e integração econômica Desenvolvimento tecnológico robótica informática tecnologia de informações Expansão de mercados trocas de informação e fluxos de capital pelo mundo Criação de cadeias produtivas em escala global o O neoliberalismo criou as condições políticas e econômicas a partir da defesa da abertura dos mercados da redução de protecionismo barreiras e tarifas da liberalização financeira e da não intervenção do governo na economia Uma vez que a força motriz da globalização são as companhias multinacionais a não intervenção do governo e a abertura econômica geraram um cenário propício à globalização As políticas neoliberais somadas ao processo de globalização caracterizaram o que os críticos chamam imperialismo ou a hegemonia dos Estados Unidos que drenam fluxos enormes de renda do resto do mundo o Nesse cenário perguntase quais foram as consequências desses fenômenos políticas neoliberais globalização imperialismo norteamericano para as economias periféricas Fonte httpsblogipogedubrtecnologiaoqueeinteligenciaartificial 40