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Agronomia ·
Fisiologia Animal
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João Paulo Ferreira Rufino Formulação e Fabricação de Rações Aves Suínos e Peixes Manaus AM 2017 Copyright 2017 Frank George Guimarães Cruz e João Paulo Ferreira Rufino Capa João Paulo Ferreira Rufino Diagramação João Paulo Ferreira Rufino Fotos Frank George Guimarães Cruz e acervo compartilhado TODOS OS DIREITOS RESERVADOS É proibida a apropriação da autoria total ou parcial desta obra de qualquer forma ou por qualquer meio A violação dos direitos de autor Lei nº 961098 de 19121998 é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal Decreto nº 1825 de 20 de dezembro de 1907 Livro Digital Digital Book Ebook Ficha Catalográfica elaborada por Suely O Moraes CRB 11365 C957f Cruz Frank George Guimarães Formulação e fabricação de rações Frank George Guimarães Cruz João Paulo Ferreira Rufino Manaus EDUA 2017 92 p ilcolor ISBN 97885 7401XXXX 1 NãoRuminantes Alimentação e Rações Nutrição Animal 3 Rações I Rufino João Paulo Ferreira II Título CDU 59153 C957f Cruz Frank George Guimarães Formulação e fabricação de rações Frank George Guimarães Cruz João Paulo Ferreira Rufino Manaus EDUA 2017 92 p ilcolor ISBN 97885 7401XXXX 1 NãoRuminantes Alimentação e Rações Nutrição Animal 3 Rações I Rufino João Paulo Ferreira II Título CDU 59153 Ficha Catalográfica Frank George Guimarães Cruz e João Paulo Ferreira Rufino Formulação e Fabricação de Rações Aves Suinos e Peixes EDUA EDITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS AGRADECIMENTOS A Deus pois sem Ele Nada seria possível A Universidade Federal do Amazonas pelo apoio institucional para publicação desta obra A equipe do Setor de Avicultura da FCAUFAM pela contribuição científica e auxilio na elaboração desta obra Ao corpo docente e discente do Programa de PósGraduação em Ciência Animal da UFAM pelo fornecimento de dados e auxilio acadêmico Aos colegas pesquisadores pela cessão de dados e imagens para enriquecimento desta obra SUMÁRIO Prefácio Apresentação Capítulo 1 NUTRIENTES 1 Nutrientes 11 Água 12 Carboidratos 13 Lipídios 14 Proteínas 15 Vitaminas 16 Minerais Capítulo 2 MATÉRIASPRIMAS 2 Matériasprimas 21 Matériasprimas convencionais 211 Milho 212 Farelo de soja 213 Farinha de carne e ossos 214 Farelo de trigo 215 Fosfato bicálcico 216 Calcário calcítico 217 Farinha de ostra 218 Óleos e gorduras 219 Sal comum 2110 Farinha de peixe 22 Matériasprimas alternativas 221 Sorgo 222 Farelo de arroz integral 223 Raspa integral de mandioca 224 Farinha de gérmen integral de milho 225 Milheto 226 Triticalhe 227 Subprodutos do processamento da mandioca Capítulo 3 SUPLEMENTOS E ADITIVOS 31 Suplementos 32 Aditivos 321 Prónutrientes 3211 Enzimas 3212 Probióticos 3213 Prébióticos 3214 Simbióticos 3215 Nucleotídeos 3216 Antibióticos promotores de crescimento 322 Coadjuvantes de elaboração 3221 Acidificantesconservantes 3 222 Adsorventes 3 223 Aglutinantes 3 224 Antioxidantes 3 225 Corantes e Pigmentantes 3 226 Aromatizantes e Palatabilizantes 323 Profiláticos 3231 Anticoccidianos 3232 Antifúngicos Capítulo 4 FORMULAÇÃO DE RAÇÕES 41 Procedimentos para Formulação de Rações 411 Métodos de Formulação de Rações 4111 Quadrado de Pearson 4112 Método Algébrico Sistemas de Equações 4113 Método do Quadro 412 Composição dos alimentos 413 Programas de custo mínimo Capítulo 5 FABRICAÇÃO DE RAÇÕES 5 Fábrica de ração 51 Formas físicas das rações 52 Equipamentos e acessórios de uma fábrica de ração 53 Moinho 54 Misturador de ração 55 Balanças 56 Anexos 57 Recebimento das matériasprimas 571 PréMistura 572 Mistura das matériasprimas sem adição de óleo vegetal 573 Mistura das matériasprimas com adição de óleos vegetais 574 Retirada da ração do misturador 575 Prazo de validade das rações 576 Cuidados com os equipamentos e misturas 577 Fabricação de ração sem misturador 578 Aspectos importantes na formulação e fabricação de rações Capítulo 6 MODELOS DE RAÇÕES PRONTAS 6 Rações prontas 61 Rações para frangos de corte em lote misto machos e fêmeas confinados 62 Rações para frangos de corte de crescimento lento em lote misto machos e fêmeas semiconfinados 63 Rações para poedeiras comerciais leves 64 Rações para poedeiras comerciais semipesadas 65 Rações para matrizes leves 66 Rações para matrizes semipesadas 67 Rações para suínos Aptidão Corte 68 Rações para suínos Matriz Marrãs e Varrões 69 Rações para suínos Matriz Marrãs em reprodução 610 Rações para suínos Matriz Porcas 611 Rações para suínos Cachaço 612 Rações para tambaqui 613 Rações para tilápia REFERÊNCIAS PREFÁCIO A disseminação de conhecimentos de todo modo sempre é uma ação nobre e que denota vontade para contribuir para o avanço da sociedade uma vez que em um mundo globalizado tudo encontrase inter relacionado implícita ou explicitamente Neste sentido esta obra de minha autoria conjunta com o Professor Doutor Frank George Guimarães Cruz meu orientador e amigo se constitui em valioso conjunto de informações técnicas que visam auxiliar direto e indiretamente na formulação e fabricação de rações balanceadas para aves suínos e peixes Escrito numa linguagem simples e didática sem abrir mão dos princípios científicos o livro que ora prefacio e possuo coautoria tem por objetivo não somente habilitar técnicos mas também produtores estabelecidos em pequenos e médios empreendimentos agropecuários A intenção de auxiliar a melhorar a lida diária de produtores interioranos é mais um motivo para celebração desta obra Sendo assim o livro Formulação e Fabricação de Rações é portanto uma ação de transferência de tecnologia que traduz a experiência acumulada dos autores durante quase três décadas de pesquisas e ações extensionistas desenvolvidas pela equipe do Setor de Avicultura da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas coordenada pelo Prof Dr Frank G G Cruz Além de se mostrar uma ótima ferramenta para produtores de aves suínos e peixes esta obra vem de encontro a politica de incentivo a publicação de informações técnicocientíficas desenvolvida pela Pró Reitoria de Pesquisa e PósGraduação da Universidade Federal do Amazonas E num contexto agropecuário onde verificamos uma demanda de alimentos para atender 67 bilhões de pessoas se tornou um desafio crucial para as nações a produção de proteína de origem animal com qualidade investimentos em áreas como a nutrição animal e rações são importantíssimos para o avanço da sociedade como um todo João Paulo Ferreira Rufino Zootecnista APRESENTAÇÃO A produção animal brasileira encontrase entre as mais desenvolvidas do mundo conferindo ao país um papel de protagonista como um dos maiores exportadores de proteína de origem animal Todavia para atingir altos patamares de produção e excelência houve a necessidade de investimentos e investigação científica em áreas específicas da produção animal dentre as quais a que mais obteve destaque foi a nutrição animal onde esta passou a corresponder ao longo dos anos a 70 a 80 dos custos totais de produção de diversos segmentos avicultura suinocultura piscicultura dentre outras Vale ressaltar que nos últimos anos houve uma modificação substancial do perfil do mercado de commodities agrícolas principalmente milho e farelo de soja principais matériasprimas utilizadas em cálculo de rações em razão da criação de um mercado de bioenergia que objetiva atender déficits futuros de energia não renovável petróleo havendo uma grande demanda por derivados do milho assim alterando significativamente a balança comercial e o quadro de comércio e preços mundiais destas duas commodities Diante desta realidade há uma constante demanda para que as instituições de pesquisa e as universidades invistam em programas de desenvolvimento de matériasprimas alternativas formulação e fabricação de rações de custo mínimo visando principalmente a substituição do binômio milho e farelo de soja Assim este livro foi elaborado com base em 29 anos de pesquisas desenvolvidas pela equipe coordenada pelo Prof Dr Frank George Guimarães Cruz no Setor de Avicultura da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas além dos anos de docência e experiência em consultorias técnicas dos autores na área de nutrição animal com especificação em nutrição de aves suínos e peixes Através destas foi possível reunir neta obra informações sobre a indústria de rações com ênfase na identificação e controle de qualidade de matériasprimas processamento formulação e fabricação de rações balanceadas para aves suínos e peixes além de estrutura e funcionamento de equipamentos para tais finalidades em pequenas médias e grandes fábricas de rações Além disso as informações contidas neste livro apresentam uma linguagem simples e objetiva destinandose a profissionais professores e estudantes de Agronomia Zootecnia e Medicina Veterinária técnicos agrícolas e produtores que desejam produzir rações em pequenas e médias fábricas Os autores Braves sign pair of Dominican standout hitters to 13 million bonus contracts Atlanta Braves general manager John Schuerholz was at a Miami hotel to sign two more of the Dominican Republics most soughtafter baseball prospects Friday Alberto Castillo an 18yearold shortstop and Jose Kalidan 17 and an outfielder each agreed to fouryear signing bonus contracts with Atlanta that could be worth up to 65 million Schuerholz announced The two players regarded as the Braves most valuable international prospects were signed after months of negotiations Schuerholz said Were fortunate to be in a position to spend some of our bonus pool money the GM said We think these guys have the potential to be really good players for us Castillo was the Braves top signing target and scouts consider him a solid defensive player with impressive power potential Kalidan outfielder is known for his speed and ability to hit for average The contracts guarantee each player 350000 for signing with the rest to be paid out tied to performance and appearance in the major leagues The deals come amid scrutiny in major league baseball over increasing amounts of money being spent on amateur players from the Dominican Republic Other teams have paid as much as 8 million to sign standouts The Braves plan to have two fulltime scout teams based in the country to identify and acquire top talent and improve their presence in the region Schuerholz said The deals come less than a week after the Braves signed catcher Yan Gomes and pitcher Julio Teheran both born in Dominican Republic to minor league contracts Schuerholz said the team remains open to signing more international players before the July deadline 32 Craft beer demand bubbles up to break new growth records TORONTO Reuters The global demand for craft beer has surged sharply since the onset of the COVID19 pandemic and shows no signs of slowing down with recent years shattering previous records for growth according to industry experts People are drinking more craft beer than ever before said John Smith CEO of the Brewers Association a trade group representing small and independent American craft brewers The sectors growth has been fueled by a mix of factors including a growing consumer preference for diverse and highquality beers the rise of local breweries offering unique flavors and the increasing popularity of home brewing In 2021 global craft beer sales jumped by nearly 12 the highest yearly increase in more than a decade and the trend continued into 2022 with an estimated 8 growth worldwide Markets in North America Europe and Asia have all contributed significantly to this surge The pandemic played a role in reshaping drinking habits with lockdowns encouraging consumers to explore new and artisanal beverages at home Social distancing and closed pubs pushed many people to try brewing or buying craft beers they hadnt previously considered Smith explained Industry analysts forecast that the craft beer segment will continue to expand driven by innovation sustainability efforts and digital marketing campaigns connecting directly with consumers However challenges remain such as supply chain disruptions and increased competition from both traditional beer makers and the burgeoning hard seltzer market Still the outlook remains optimistic with craft beer enthusiasts eager to support local and smallscale brewers 75 Tips for organizing a successful community fundraiser 1 Define your cause clearly Make sure your fundraiser has a specific and impactful goal that resonates with your audience 2 Plan ahead Start organizing well in advance to ensure all details are covered and volunteers are prepared 3 Set a realistic budget Account for all potential expenses and try to secure donations or sponsorships to offset costs 4 Build a team Recruit dedicated volunteers to help with different aspects such as promotion logistics and dayofevent tasks 5 Choose the right venue Pick a location that is accessible appropriate for the type of event and within your budget 6 Promote effectively Use social media local media flyers and wordofmouth to spread the word and generate excitement 7 Engage the community Involve local businesses schools and organizations to participate or donate 8 Provide entertainment and refreshments Keep attendees engaged with activities food and beverages 9 Have clear donation methods Make it easy for people to donate through multiple channels such as online cash or checks 10 Follow up and thank supporters After the event send thankyou notes and update donors on how funds were used Capítulo 1 NUTRIENTES 1 Nutrientes São grupos de constituintes alimentares de composição química específica que participam do metabolismo celular sendo responsáveis pela manutenção da vida animal Do ponto de vista nutricional são conhecidos seis grupos de nutrientes água carboidratos solúveis e insolúveis lipídios proteínas vitaminas e minerais 1 1 Água As principais funções da água no organismo animal são ajustar a temperatura corporal auxiliar no funcionamento do metabolismo regular a eficiência digestiva dentre outras Para aves dependendo da idade e do sexo a água representa em média 55 a 75 do peso corporal da galinha 65 do ovo Em suínos há uma relação direta entre o consumo de água diário e peso vivo onde suínos com 75kg em média podem apresentar perda de 1L de vapor dáguadia sendo um requerimento maior apresentado por suínos lactantes e em crescimento Vale ressaltar que ao perder gordura corporal os animais podem sobreviver enquanto uma perda menos significativa de água pode ocasionar alto índice de mortalidade Para peixes com o desenvolvimento da atividade aquícola juntamente com a tomada de consciência relativamente recente dos problemas ambientais e do próprio fato dos peixes residirem no ambiente aquático houve uma plena evolução quanto a atenção que se deve oferecer ao item qualidade da água em especial àquela utilizada em sistemas de criação intensivo e semiintensivo E para esta água utilizada na aquicultura sugerese que os produtores estabeleçam parâmetros conforme as recomendações técnicas e legais quanto a sua obtenção uso e reuso a sua disposição além de se preocuparem quanto a aplicação de métodos de avaliação e recuperação simples objetivos e eficientes 1 2 Carboidratos Compõe 34 do peso seco da matéria vegetal e formam a maior parte do suprimento nutritivo animal Incluem açúcares amido celulose e hemicelulose sendo classificados em dois grandes grupos carboidratos solúveis amido e açucares e carboidratos insolúveis carboidratos estruturais fibra ou as classificações propostas pelo método de Van Soest Os carboidratos juntamente com os lipídios são as maiores fontes de energia utilizadas pelos animais domésticos Entretanto os carboidratos atuam na maioria das vezes como fonte energética primária aos animais domésticos estando presente em maior quantidade principalmente em grãos e seus subprodutos e consequentemente encontrandose em grandes quantidades em rações para aves e suínos Estes são também utilizados na biossíntese de ácidos graxos e AAs na constituição de moléculas complexas glicolipídeos glicoproteínas ácidos nucléicos para fornecimento de fibra na dieta síntese de riboflavina e ácido ascórbico formação da lactose dentre outras funções Para peixes a digestão dos carboidratos é relativamente rápida e restrita Diferentemente dos mamíferos eles não apresentam atividade de αamilase na cavidade bucal sendo a produção desta enzima restrita ao pâncreas e intestino principalmente em espécies onívoras e herbívoras Destacase que atualmente pesquisadores avaliando a influência da inclusão de fontes de carboidratos em rações para peixes verificaram que ao adicionar esses ingredientes é possível aumentar a utilização da proteína para a deposição na carcaça e não como fonte de energia 1 3 Lipídios São compostos orgânicos presentes nos tecidos animais e vegetais insolúveis em água e solúveis em éter benzeno e clorofórmio ricos em carbono e hidrogênio e pobres em oxigênio De forma geral os lipídios são compostos por moléculas de ácidos graxos saturados ou insaturados de cadeia curta ou longa associadas a compostos que determinam suas funções estruturais e os classificam do ponto de vista nutricional em saponificáveis simples gorduras e ceras e compostos glicolipídios lipoproteínas e fosfolipídios e em insaponificáveis terpenos esteroides e prostaglandinas Estes desempenham importantes funções no metabolismo animal atuando como reserva energética uma vez que produzem 225 vezes mais energia que os carboidratos proteção e isolamento térmico síntese e absorção de vitaminas lipossolúveis regulação hormonal da fisiologia reprodutiva formação de sais biliares dentre outras 1 4 Proteínas São compostos químicos formados por moléculas de aminoácidos constituídos por carbono hidrogênio e oxigênio além de nitrogênio e enxofre unidos por cadeias peptídicas Estes aminoácidos são classificados em essenciais e não essenciais variando sua exigência pelos animais conforme a espécie Por função as proteínas geralmente atuam na formação estrutural de órgãos e tecidos principalmente o muscular além de pele pelos penas unhas e chifres transporte de biomoléculas regulação metabólica composição de material genético DNA e RNA dentre outras Os aminoácidos essenciais recebem esta classificação pois os mesmos não são sintetizados suficientemente pelo organismo para o atendimento das exigências dos animais Para os animais não ruminantes são considerados oito aminoácidos essenciais metionina lisina fenilalanina triptofano treonina valina Ieucina e isoleucina Especificadamente para os suínos além dos aminoácidos mencionados há exigências de histidina e arginina exceto para porcas gestantes que não exigem arginina devido a produção desta pelo ciclo da uréia Já no caso das aves além dos dez aminoácidos mencionados há ainda exigências de glicina e prolina sendo o primeiro importante para a formação do ácido úrico e o segundo para formação das penas Vale ressaltar que os aminoácidos sulfurosos incluem a metionina cisteína e cistina A cisteína é produzida pelo organismo a partir da metionina serina ou a partir da cistina Por isso ao se balancear rações para aves e suínos há necessidade do atendimento de metionina e do total de aminoácidos sulfurosos metionina cistina Para peixes a proteína é o nutriente de maior expressão nas rações uma vez que seu nível nas dietas é relativamente alto quando comparados aos níveis proteicos de rações para aves e peixes sendo seu custo de inclusão elevado podendo influenciar diretamente nos custos finais da produção piscícola Um dos principais objetivos da nutrição de peixes é obter uma máxima incorporação da proteína proveniente da dieta ao metabolismo visando adequado crescimento corporal e melhor desempenho Destacase ainda que para uma adequada deposição de proteína muscular em todas espécies de peixes fazse necessário a utilização de níveis proteicos elevados devido cerca de 65 a 75 do peso total dos peixes em base de matéria seca ser constituído por proteínas além da demanda natural que encontrase associada ao metabolismo energético Outrora o excesso de proteína nas rações promoverá duas situações distintas inicialmente será a utilização desta para produção energia na forma de calor e como consequência adicional haverá um excesso de determinado aminoácido que será absorvido de forma prioritária em prejuízo de outro o que irá reduzir a digestibilidade e a qualidade da proteína a ser metabolizada 1 5 Vitaminas São compostos orgânicos que fazem parte de um grupo de substâncias distintas quimicamente exigidas em pequenas quantidades nas rações porém necessárias para atividades metabólicas São classificadas em Iipossolúveis solúveis em gordura onde estão inseridas as vitaminas A D E e K e hidrossolúveis solúveis em água representadas pelas vitaminas B1 tiamina B2 riboflavina B3 ácido pantotênico B6 piridoxina B12 cobalamina niacina ácido nicotínico e nicotinamida biotina folacina ácido fólico colina e vitamina C ácido ascórbico Em rações há necessidade de fornecêIas na forma de suplementos em razão das matérias primas não possuírem na sua composição quantidade suficiente para atender as necessidades dos animais nãoruminantes 1 6 Minerais São elementos inorgânicos que compõem cerca de 3 a 4 do peso vivo dos animais Entre suas funções incluem a formação e manutenção do esqueleto constituem as nucleoproteínas auxiliam no transporte do oxigênio participam das reações químicas que tomam parte nos tecidos corpóreos ativadores do sistema enzimático e interrelacionam com as vitaminas Ex selênio com a vitamina E Os minerais são classificados em macrominerais e microminerais Os macrominerais são requeridos em maiores quantidades nas rações e representados pelo cálcio fósforo sódio cloro potássio magnésio e enxofre Em rações para poedeiras o cálcio pode atingir níveis de 4 de inclusão nas rações devido o processo de formação da casca do ovo dentre outras funções metabólicas Requeridos em pequenas quantidades nas rações os microminerais são constituídos pelo iodo selênio cobalto cobre manganês molibdênio zinco e ferro Em rações de frangos de corte a relação cálcio e fósforo deve ser 21 ou seja duas partes de cálcio para uma parte de fósforo já em aves de postura esta relação chega a 68 1 Em rações para aves suínos e peixes os minerais podem ser suplementados na forma inorgânica e complexada sendo esta última baseada na sua biodisponibilidade Vale ressaltar que diferentemente dos animais terrestres os peixes são capazes de absorver minerais da água através de filtração no aparelho branquial No entanto quando manejados em sistemas de cultivo necessitam de uma suplementação para melhor atender as exigências minerais de cada espécie Capítulo 2 MATÉRIASPRIMAS 2 Matériasprimas As matériasprimas são também conhecidas como ingredientes e integram as rações para aves suínos e peixes de forma convencional ou seja os que normalmente compõem as rações e as alternativas Dentre as convencionais encontramse milho farelo de soja farinha de carne e osso farelo de trigo calcário fosfato bicálcico farinha de ostra óleo bruto de soja sal comum farinha de peixe dentre outros Nas matérias primas alternativas incluise sorgo farelo de arroz integral farelo de girassol raspa integral de mandioca farinha de gérmen integral de milho farelo de coco farelo de tomate farelo de goiaba subprodutos do processamento da mandioca dentre outros Geralmente o binômio milho e soja e seus derivados além de participarem em maior quantidade na composição das rações para não ruminantes atualmente estão sendo utilizados também na produção de biocombustíveis o que vem incentivando cada vez mais a utilização de fontes alternativas de energia e proteína nas rações 21 Matériasprimas convencionais 211 Milho É o cereal mais utilizado como fonte energética possuindo cerca de 3400 kcalkg de energia metabolizável Este valor energético decorre do elevado valor de extrativos não nitrogenados ENN essencialmente amido 7073ºo contém alto teor de gordura 3545 quando comparado com outros grãos possui proteína bruta em torno de 9 e baixo teor de fibra bruta situando em torno de 22 Quanto aos minerais é pobre em cálcio e fósforo disponível possuindo aproximadamente 003 e 008 respectivamente Os grãos de milho apresentam tonalidades variadas amarelo branco e vermelho Destes o mais utilizado é o amarelo principalmente pela riqueza em próvitamina A betacaroteno e xantofila sendo que este último possui de 100 a 200 mgkg e é responsável pela pigmentação das pernas pele das aves e gema do ovo além de aspectos organolépticos da carne de suínos e peixes No preparo de rações o milho deve possuir no máximo 13 de umidade e isento de micotoxinas resíduo de pesticidas e sementes tóxicas O consumo é realizado na forma de grão moído pode haver seletividade de ingredientes por aves e suínos o que acarretaria o desbalanceamento da dieta O milho moído se deteriora rapidamente sendo recomendável sua moagem na hora de efetuarse a mistura e o tempo de estocagem não deve ser superior a 72 horas O milho é a principal matériaprima das rações para aves e suínos e participa com 50 a 70 das rações 212 Farelo de soja É a fonte proteica de origem vegetal mais utilizada em rações para nãoruminantes apresentando teor de proteína variando entre 37 a 48 com um importante completo perfil de aminoácidos É um subproduto resultante da moagem dos grãos de soja através do processo industrial para extração de óleo comestível É importante mencionar que na soja existem fatores antinutricionais como os inibidores de tripsina e quimiotripsina e as Iecitinas que causam danos ou impedem a absorção dos nutrientes pelos animais contudo são destruídos ou inativados através de tratamento térmico Os farelos com alta proteína são oriundos da soja sem casca ao passo que os de baixa proteína possuem quantidades variáveis de casca o que proporciona redução da energia metabolizável E dependendo da forma de processamento industrial são obtidos os seguintes subprodutos em termos de proteína bruta farelo de soja integral tostada37ºo farelo de soja45 e farelo de soja48 Salienta se que apesar do farelo de soja integral tostado possuir menor valor protéico possui energia metabolizável superior aos demais farelos Existe ainda como subproduto a casca de soja cuja proteína bruta e de aproximadamente 135 Normalmente o farelo de soja constitui de 15 a 25 das rações para aves suínos e peixes 213 Farinha de carne e ossos É uma das principais fontes proteicas de origem animal utilizada na fabricação de rações sendo um subproduto de graxarias e frigoríficos obtido a partir de ossos e resíduos de tecidos animais após a desossa completa da carcaça de bovinos eou suínos Dependendo da forma de processamento possui teor de proteína bruta variando de 40 a 50 ótima fonte de minerais com nível de fósforo superior a 36 na matéria e rica em aminoácidos essenciais Na sua composição a relação cálciofósforo não deve ultrapassar 221 uma vez que uma relação superior a esta pressupõem matériaprima adulterada Os teores de proteína cálcio e fósforo da farinha de carne e ossos poderão variar com maior ou menor participação de restos de carne em relação a quantidade de ossos Além da exigência de cuidados especiais desde a chegada do produto até o seu armazenamento e utilização uma vez que encontrase sujeita constantemente a contaminação microbiológica e oxidação E apesar da riqueza proteica a farinha de carne e ossos é utilizada somente até 5 na composição das rações de aves e suínos devido restrições técnicas relacionadas a transferências de sabor para os produtos carne e ovos e zoonoses ocasionalmente passiveis de transmissão 214 Farelo de trigo É um subproduto resultante do processo industrial do trigo para obtenção da farinha de trigo sendo constituído de partículas finas da película do grão do gérmen e demais camadas internas do grão Possui de 15 a 16 de proteína bruta 9 a 10 de fibra bruta e 033 de fósforo disponível sendo esse último superior aos demais alimentos da classe que pertence Em razão do seu alto teor de fibra e baixa energia recomendase utilizar o farelo de trigo até 5 na fase inicial 10 a 20 na fase de crescimento e 15 a 20 em poedeiras e suínos 215 Fosfato bicálcico É obtido da transformação do fosfato de rocha em ácido fosfórico submetido ao processo de defluorização Apresenta na sua composição 23 de cálcio 18 de fósforo e flúor máximo 1 do teor de fósforo Utilizase até 2 em rações de aves dependendo da adição ou não de farinha de carne e ossos podendo ser substituído pelo fosfato monocálcico ou fosfato tricálcico 216 Calcário calcítico É um produto oriundo da moagem do carbonato de cálcio desidratado Contém 37 de cálcio magnésio máximo 1 e fIúor máximo 003 Salientase que jamais devese utilizar o calcário dolomítico em virtude do alto teor de magnésio ser prejudicial as aves e suínos promovendo o raquitismo nas aves jovens e leitões enfraquecimento dos ossos nas aves e suínos adultos casca fina dos ovos e geralmente diarreia em ambas as espécies É muito variada a quantidade de calcário utilizada nas fases de manejo das aves e suínos destacandose a fase de postura onde pode se utilizar até 8 da composição total da ração e leitões que possuem um requerimento maior que demais categorias 217 Farinha de ostra É obtido de conchas das ostras após lavagem secagem e moagem Apresenta na sua composição 36 a 38 de cálcio sendo uma das melhores fontes desse mineral O nível utilizado em rações para aves e semelhante ao calcário calcítico 218 Óleos e gorduras São fornecedores de energia e algumas matériasprimas como o óleo de dendê que além de fornecerem energia são ricos em vitamina A e E Em virtude de sua coloração amarelo avermelhado possui alto teor de carotenoides que podem promover grande pigmentação da carcaça do frango e na gema do ovo A rancificação é a maior dificuldade para viabilizar a utilização destas fontes de energia em rações para aves e suínos daí a necessidade de se utilizar antioxidantes no momento de seu processamento É recomendável que está matériaprima seja armazenada em local seco e por um período curto de tempo Em rações para aves e peixes podese utilizar até 5 de óleos e gorduras e em rações para suínos recomendase a utilização de até 7 219 Sal comum O sal comum ou cloreto de sódio NaCl é um produto obtido através do processo de desidratação de salinas Age principalmente como estimulador do apetite dos animais contendo cerca de 60 de cloro 40 de sódio e traços de iodo O consumo de água pelas aves e suínos é afetado diretamente pelo teor de sal que por sua vez é controlado pelos rins no organismo Uma situação de campo pode ser observada quando estes ingerem quantidades elevadas de sal uma vez que promoverá maior ingestão de água para sua eliminação e tornará as fezes mais aquosas Normalmente participa das rações avícolas e suinícolas com níveis variando de 025 a 040 2110 Farinha de peixe A qualidade e a composição da farinha de peixe varia consideravelmente de acordo com a matériaprima utilizada e o método de industrialização A farinha de peixe é uma fonte de proteína com valor oscilando entre 58 a 65 com grande disponibilidade de aminoácidos essenciais metionina e lisina e boa composição de minerais sendo uma importante fonte de cálcio fósforo e microminerais zinco manganês cobre selênio e ferro aos peixes É uma grande opção para regiões com alta produção aquícola e consumo de pescado pois é produzida a partir de partes não nobres de peixes de baixa comercialização e abrangência de mercado sendo utilizados em rações para aves suínos e principalmente peixes Recomendase utilizar até 5 de farinha de peixe nas rações para aves e suínos em virtude de níveis superiores transferirem o gosto e o cheiro para carne e ovos respectivamente Para peixes existe uma restrição diferenciada uma vez que esta pode chegar a patamares de inclusão que variam de 5 a 65 nas rações 2 Matériasprimas alternativas 221 Sorgo Em razão de suas características nutricionais o sorgo vem sendo utilizado em substituição ao milho Contudo na parte externa do grão do sorgo encontramse substâncias chamadas tanino que promovem interferência metabólica sobre as enzimas digestivas e em função dos níveis de tanino o sorgo pode ser classificado em alto ou baixo Diferente do milho os grãos de sorgo apresentam baixa concentração de xantofila havendo necessidade de suplementar as rações com pigmentos naturais ou sintéticos É importante mencionar que a substituição do milho pelo sorgo somente é viável economicamente quando o preço do sorgo for 15 a 20 inferior ao do milho Em rações para aves e suínos podese substituir integralmente o milho pelo sorgo com baixo teor de tanino já existem variedades com teores tão reduzidos ao ponto de serem considerados sem tanino 222 Farelo de arroz integral É um subproduto do beneficiamento do arroz descascado constituindose numa excelente fonte de energia alternativa na alimentação das aves em substituição ao milho Recomendase utilizar em rações para aves 10 a 15 na fase inicial e 10 a 20 nas fases de crescimento e postura 223 Raspa integral de mandioca É obtida pela trituração da raiz e posterior desidratação ao sol ou em secadores o que provoca a eliminação da toxidez causada por glicosídeos cianogênicos substâncias que liberam ácido cianídrico É uma matériaprima utilizada como fonte energética alternativa porém possui baixo teor de aminoácidos e pigmentos Em frangos de corte podese utilizar até 15 da ração e para poedeiras e suínos até 40 224 Farinha de gérmen integral de milho É obtido por processamento mecânico da moagem do gérmen do tegumento e das partículas amiláceas possuindo cerca de 108 de proteína bruta Em rações de frangos de corte podese substituir o milho por gérmen integral de milho em até 20 na fase inicial 32 na fase de crescimento e 17 na fase de acabamento 225 Milheto É um cereal resistente à seca e altas temperaturas sua maior ocorrência é nas regiões sul sudeste e centrooeste Apresenta 1310 de proteína bruta e 3168 kcalkg de energia metabolizável em rações para aves e suínos pode substituir até 60 do milho Quando da substituição do milho pelo milheto recomendase a suplementação de pigmentos na ração tendo em vista sua baixa concentração de carotenoides o que compromete a coloração da pele do frango e do suíno além da gema do ovo 226 Triticalhe É um cereal resultante do cruzamento do trigo e centeio e sua produção concentrase nos estados do sul do Brasil devido às condições climáticas Apresenta na sua composição 1281 de proteína bruta e 2995 kcalkg de energia metabolizável É utilizado como fonte energética e pode substituir até 30 do milho em rações de aves 227 Subprodutos do processamento da mandioca São produtos obtidos a partir da trituração das sobras conhecida popularmente como aparas ou tocos da raiz da mandioca por ocasião da comercialização sendo processados visando a utilização na alimentação animal Semelhante ao que ocorre com a raspa integral da mandioca estes são processados para eliminar a toxidez causada por glicosídeos cianogênicos Na literatura verificamse citações quanto ao potencial de substituição integral do milho fonte energética por subprodutos do processamento da mandioca em rações de aves de postura e suínos em diversas categorias desde que suplemente com pigmentantes a ração Vale ressaltar a importância da realização de mais pesquisas com esta matériaprima principalmente em regiões deficientes na produção de milho a fim de consolidar ainda mais os resultados Capítulo 3 SUPLEMENTOS E ADITIVOS 21 Suplementos Nas rações para aves suínos e peixes são incluídos produtos que não são reconhecidos como matériasprimas mas que desempenham funções importantes do ponto de vista nutricional Incluise neste contexto os suplementos vitamínicosminerais que são prémisturas constituídas por um conjunto de vitaminas eou minerais minuciosamente balanceados a fim que se atenda a todas as necessidades do animal dentro do segmento desejado idade aptidão sexo dentre outros parâmetros prédefinidos Outrora estas pré misturas podem ser fabricadas comercializadas e fornecidas aos animais juntas prémistura vitamínicamineral ou separadas prémistura ou suplemento vitamínico e prémistura ou suplemento mineral havendo sutis diferenciações quanto ao manejo destas durante a formulação e fabricação para aves suínos e peixes Quadro 1 Recomendações técnicas para inclusão de premixes em rações para aves suínos e peixes Categoria da Pré mistura Componentes Veículo Inclusão nas rações kgton Vitamínicos Vitaminas Farelo de Soja Farelo de Trigo Casca de Arroz Moída Óleo Mineral 025 20 Minerais Micro e macro minerais Carbonato de Cálcio Calcário Calcítico 05 a 15 Completos Vitaminas minerais e aditivos Farelo de Trigo Casca de Arroz Carbonato de Cálcio Calcário Calcítico Caulim 20 a 150 Fonte Os autores 32 Aditivos São todas as substâncias orgânicas inorgânicas ou sintéticas adicionados a composição das rações com a finalidade de conservar intensificar ou modificar suas propriedades desde que não prejudique o seu valor nutritivo além de incrementar o desempenho dos animais Ressaltase ainda que sua utilização é passível de concordância com determinadas normas dos órgãos de fiscalização agropecuária e não deve deixar resíduos prejudiciais ao consumidor no produto final Os aditivos podem ser classificados em 3 grandes categorias que são os prónutrientes os coadjuvantes de elaboração e os profiláticos Dentro destas estes são constituídos por 14 grupos conhecidos acidificantesconservantes adsorventes aglutinantes anticoccidianos antifúngicos antioxidantes aromatizantespalatabilizantes corantes enzimas pigmentantes prebióticosprobióticossimbióticos nucleotídeos nutracêuticos ou alimentos funcionais e os promotores de crescimento 321 Prónutrientes São microingredientes utilizados na alimentação fornecidos oralmente aos animais em pequenas quantidades promovendo e intensificando os valores intrínsecos da mistura de nutrientes na dieta animal Podem ser produtos de origem vegetal ou produtos de origem animal em estado natural fresco ou preservado podendo também ser produtos derivados de processamentos industriais Estes apresentamse como substâncias orgânicas ou inorgânicas oferecidas oralmente isoladas ou em misturas O uso prónutrientes enfatiza a parceria destes com os nutrientes já contidos nos alimentos onde o seu uso visa promover melhoria no desempenho animal em comparação aos animais controles São classificados nesta categoria as enzimas prebióticos probióticos simbióticos nucleotídeos e os antibióticos promotores de crescimento 1 Enzimas São proteínas globulares de estrutura terciária ou quaternária que agem como catalisadores biológicos aumentando a velocidade das reações químicas no organismo sem serem elas próprias alteradas neste processo São altamente específicas para os substratos e dirigem todos os eventos metabólicos As enzimas digestivas têm um sítio ativo que permite que elas atuem na ruptura de uma determinada ligação química sob condições favoráveis de temperatura pH e umidade Estes aditivos alimentares podem ser incorporados as dietas das aves primordialmente com o propósito de melhorar o seu desempenho e com isso a sua rentabilidade Todavia apenas uma fração dos componentes das dietas avícolas são suplementadas com estes aditivos Esta situação entretanto deverá gradativamente ser alterada a partir do desenvolvimento de novas enzimas alimentares ou novas formas de aplicação desses produtos De acordo com a sua finalidade as enzimas usadas em rações para não ruminantes podem se dividir em dois tipos enzimas destinadas a complementar quantitativamente as próprias enzimas digestórias endógenas dos animais proteases amilases fitases e enzimas que esses animais não podem sintetizar β glucanases pentosanas e α galatosidases com a finalidade de otimizar os processos metabólicos digestivos Os microrganismos que geralmente estão envolvidos na indústria de produção de enzimas para alimentação animal são bactérias Bacillus subtilis Bacillus lentus Bacillus amyloliquifaciens stearothermophils dentre outras fungos Triochoderma longibrachiatum Asperigillus oryzae e Asperigillus niger e levedura Saccharomyces cerevisiae Todavia as enzimas podem ser produzidas em todos os organismos vivos desde animais e plantas mais desenvolvidos às formas mais simples de vida pois são essenciais para diversos processos metabólicos 2 Probióticos O conceito moderno de probiótico foi definido por Fuller 1989 como sendo um suplemento alimentar constituído de microrganismos vivos capazes de beneficiar o hospedeiro através do equilíbrio da microbiota intestinal Mais tarde o mesmo autor considerou que para serem considerados como probióticos os microrganismos deveriam ser produzidos em larga escala permanecendo estáveis e viáveis em condições de estocagem serem capazes de sobreviver no ecossistema intestinal e possibilitar ao organismo os benefícios de sua presença O modo de administração dos probióticos pode ser o mais variado possível adicionado na ração em água de bebida pulverização sobre os animais inoculação em ovos embrionados através da cama usada em cápsulas gelatinosas e via intraesofagiana e determina uma melhor ou pior capacidade de colonização intestinal pelas bactérias presentes no produto utilizado As principais cepas bacterianas utilizadas no preparo de probióticos incluem Lactobacillus spp Bifidobacterium sp Enterococcus faecium e Bacillus spp SIMON et al 2001 FERREIRA et al 2002 Contudo ainda não é definida à composição microbiana ideal de um probiótico Todavia a eficácia do mesmo é estritamente dependente da quantidade e das características das cepas bacterianas utilizadas na elaboração deste e sua inclusão nas dietas como aditivo alimentar 3213 Prébióticos Gibson e Roberfroid 1995 definiram prebióticos como ingredientes alimentares que são digeridos na porção proximal do trato gastrintestinal de monogástricos e que proporcionam efeito benéfico no hospedeiro por estimular seletivamente o crescimento eou metabolismo de um limitado grupo de bactérias no cólon Outros importantes aspectos para determinado ingrediente ser considerado um prebiótico é que este não pode ser hidrolisado ou absorvido no intestino delgado seja um substrato seletivo para um determinado grupo de bactérias benéficas seja capaz de alterar a microbiota intestinal de forma favorável ao hospedeiro e possa induzir efeitos benéficos sistêmicos no lúmen intestinal Neste sentido estes devem servir como substrato a uma ou mais bactérias intestinais benéficas que por sua vez serão estimuladas a crescer eou tornaremse metabolicamente ativas possuir a capacidade de alterar a microbiota intestinal de maneira favorável à saúde do hospedeiro e induzir efeitos benéficos sistêmicos ou na luz intestinal do hospedeiro Alguns carboidratos peptídeos proteínas e lipídeos podem ser inseridos no conceito de prebióticos entretanto entre os carboidratos os denominados oligossacarídeos que são cadeias curtas de polissacarídeos compostos de três a dez açúcares simples ligados entre si são os que mais se enquadram na definição e nas características concernentes aos prebióticos Alguns desses polissacarídeos como os frutoligossacarídeos FOS glucoligossacarídeos GOS e os mananoligossacarídeos MOS podem substituir determinados antibióticos utilizados preventivamente estimulando ainda a produtividade principalmente para frangos de corte e suínos 4 Simbióticos O denominado aditivo simbiótico corresponde à combinação de prebióticos e probióticos e constitui um conceito mais moderno na utilização de aditivos em dietas animais Esta associação é considerada uma alternativa interessante no sentido de melhorar a sanidade do intestino delgado e cecos dos frangos de corte através dos mecanismos fisiológicos e microbiológicos A ação simbiótica estabiliza o meio intestinal e aumenta o número de bactérias benéficas produtoras de ácido láctico favorecendo a situação de eubiose 5 Nucleotídeos São substâncias compostas por uma base nitrogenada base púrica ou pirimidínica um fosfato e uma pentose ribose ou desoxirribose Por hidrólise parcial é possível retirar o radical fosfato dos nucleotídeos formando compostos denominados nucleosídeos Quanto provenientes da dieta os nucleotídeos são ingeridos principalmente como nucleoproteínas derivadas do material nuclear Estudos demonstraram que os nucleotídeos na dieta de aves e suínos são capazes de melhorar a resposta imune promover o aumento da altura das vilosidades intestinais com consequente aumento da absorção dos nutrientes e prevenir os efeitos negativos sobre a estrutura do intestino evitandose assim quedas de desempenho Vale ressaltar que a suplementação com nucleotídeos é especialmente importante no desenvolvimento de tecidos com rápido turnover celular quando a capacidade de síntese endógena não é suficiente para responder às maiores exigências como em períodos de rápido crescimento e após agressões no organismo tais como doenças ou traumas 6 Antibióticos promotores de crescimento Os antibióticos em geral podem ser definidos como produtos do metabolismo microbiano capazes de eliminar ou inibir o crescimento de outros microrganismos sendo efetivo em baixas concentrações Atualmente são conhecidos mais de 5000 antibióticos dos quais 75 aproximadamente são produzidos pelo gênero Streptomyces Poucas áreas de pesquisa tiveram tanta representatividade no estudo farmacológico como o descobrimento e produção em larga escala dos antibióticos Essencialmente os antibióticos utilizados na produção animal podem ser classificados em três categorias de dosagem terapêutica atua no tratamento de doenças diagnosticadas em lotes de aves por exemplo utilizando dosagens acima da concentração inibitória mínima CIM profilática apenas para controle e combate a possíveis infestações microbianas utilizando dosagens cerca de 50 ou menos do que as doses terapêuticas devendo atingir a CIM e promotor de crescimento Fisiologicamente as principais características que distinguem os antibióticos promotores de crescimento dos antibióticos de uso terapêutico por exemplo são os amplos espectros de ação sobre bactérias Gram e a baixa absorção em nível intestinal Nesta atribuição o efeito primário dos antibióticos promotores de crescimento em contato com o trato gastrointestinal é o controle de bactérias indesejáveis promovendo assim um equilíbrio na microflora gastrintestinal em favor das bactérias favoráveis eou reduzindo o número total de bactérias neste principalmente as Gram Por várias décadas estes antibióticos promotores de crescimento foram utilizados em dietas animais para promover melhora no desempenho produtivo mas o uso destas substâncias na alimentação das aves suínos e peixes tem sido visto como um fator de risco para a saúde humana principalmente em decorrência de contestações como a presença de resíduos dos antimicrobianos na carne nos ovos e na indução da resistência cruzada com bactérias patogênicas em humanos 1 Coadjuvantes de elaboração São microingredientes ou preparações que demonstrem efeito sobre características físicas dos alimentos atuando geralmente na modificação de cor odor estado conservação consistência peletizados extrusados ou micronizados dentre outros Geralmente possuem uma função específica de melhorar a conservação o processo industrial e a proteção dos alimentos durante processo de confecção de armazenamento e de consumo pelos animais mantendo e conservando suas características físicas e organolépticas íntegras Enquadramse nesta categoria os acidificantesconservantes adsorventes aglutinantes antioxidantes corantes pigmentantes aromatizantespalatabilizantes e flavorizantes 1 Acidificantesconservantes Definemse como microrganismos que formam colônias ou outras substâncias definidas quimicamente orgânicos ou inorgânicos que quando administradas aos animais têm efeito positivo na microbiota intestinal e quando adicionados a alimentação reduzem o pH do trato digestivo anterior com o objetivo de facilitar o processo de digestão e diminuir a quantidade de microrganismos patogênicos no estômago e no intestino Os ácidos orgânicos os acidificantes mais utilizados já comprovaram que podem controlar enteropatógenos em matériasprimas e nas rações após o seu processamento sendo que sua ação acidificante promove uma melhor digestão dos nutrientes e tem sido utilizado como alternativa aos antibióticos principalmente por sua capacidade de não deixar residual nos produtos de origem animal 2 Adsorventes São organismos ou substâncias orgânicas ou inorgânicas produzidos a fim de amenizar os possíveis danos causados por micotoxinas no organismo de aves e suínos Temse utilizado constantemente as substancias adsorventes em dietas animais a fim de evitar o contato destas com as regiões de absorção do trato gastrointestinal Estes adsorventes basicamente ligamse as micotoxinas que passam através do trato gastrointestinal antes destas serem absorvidas evitando que estas possam trazer complicações Eles incluem alumino silicatos hidratados de sódio e cálcio HSCAS zeolitas bentonitas sílicas específicas e carvão ativado 3 Aglutinantes São substancias naturais ou artificiais que auxiliam e aumentam a capacidade de peletização dos ingredientes melhorando a qualidade do pelete aumentando a durabilidade e permitindo a adição de óleos e gorduras em produtos prensados Lignosulfonato proteína isolada e condensado de uréiaformaldeido são alguns aglutinantes que estão sendo utilizados na fabricação de rações para aves 4 Antioxidantes São substâncias que visam evitar à autooxidação dos alimentos preservando estes retardando a sua deterioração rancificação e perda de coloração devido à reação de oxidação A oxidação de óleos e gorduras provoca naturalmente odor e paladar desagradáveis e torna os alimentos menos nutritivos Além de gorduras os pigmentos e vitaminas ficam sujeitos a oxidação quando em contato com o ar 5 Corantes e pigmentantes São substâncias que conferem ou intensificam a cor dos produtos destinados à alimentação animal possuindo peculiaridades quanto aos seus efeitos Enquanto os corantes destinamse apenas a conferir coloração às rações balanceadas os pigmentantes conferem coloração tanto as rações quanto ao produto final no caso das aves a gema do ovo a carne dos frangos dentre outros Estes podem ser naturais artificiais ou inorgânicos 6 Aromatizantes e palatabilizantes Os aromatizantes artificiais ou naturais possuem a função de conferir aroma aos produtos destinados à alimentação animal melhorando sua aceitabilidade e consequentemente estimulando o seu consumo pelo animal Ao estarem inseridas na alimentação animal estes provocam as atividades de secreção das glândulas favorecendo o aproveitamento do alimento pelo organismo Outrora o palatabilizante tem a função de auxiliar na melhora do paladar dos produtos estimulando o seu consumo 323 Profiláticos São microingredientes utilizados preventivamente nas rações a fim de evitar oxidação e destruição das vitaminas aparecimento enfermidades ou intoxicações decorrentes da presença de organismos patogênicos como bactérias fungos leveduras protozoários dentre outros Nesta categoria encontramse os acidificantes adsorventes agentes anticoccidianos antifúngicos antioxidantes e conservantes 1 Anticoccidianos O uso desses agentes anticoccidianos é uma medida preventiva largamente utilizada na produção de aves e suínos O êxito do produto normalmente depende da reação deste no organismo do animal do período de utilização do produto das recomendações de uso bem como qual a dosagem e em que época do ano utilizar da interação sinérgica ou antagônica da resistência dos parasitas ao princípio ativo dentre outros Portanto a escolha e a utilização adequadas do produto para o controle da coccidiose são fundamentais Muitos quimioterápicos têm sido desenvolvidos com finalidade de uso como anticoccidianos Porém a maioria foi considerada tóxica ou pouco eficaz exceto o amprolium nicarbazina halofuginona e diclazuril que são intensamente utilizados atualmente Segundo o MAPA 2008 no Brasil é autorizado o uso dos antibióticos anticoccidianos de natureza química decoquinato diclazuril robenidina halofuginona amprólio etopabato somente associados clopidol clopidol metilbenzoquato somente nesta combinação nicarbazina Estes produtos podem ser utilizados exclusivamente em rações como prevenção a coccidiose Porém possuem limitações de uso pois podem induzir facilmente ao aparecimento de resistência ou toxicidade no caso da nicarbazina em frangos de corte que pode exacerbar o processo de estresse calórico 3232 Antifúngicos Os antifúngicos são organismos ou substâncias orgânicas ou inorgânicas que previnem ou eliminam a presença de fungos em matérias primas e rações destinadas a alimentação animal evitando o aparecimento de micotoxinas assim como perdas de valor nutritivo Alguns antifúngicos utilizados são o ácido propiônico e seus sais o formaldeído o diacetato de sódio o ácido sórbico e a violeta de genciana Entretanto deve ser verificada e ajustarse à legislação sobre o uso de alguns desses produtos na ração em função de questões de toxicidade no organismo dos animais e potencial residual em produtos de origem animal Capítulo 4 FORMULAÇÃO DE RAÇÕES 41 Procedimentos para Formulação de Rações A formulação de rações pode ser encarada como a mecânica de transformação dos princípios de nutrição em aplicação prática Formula se uma ração com o objetivo de atender todas as exigências nutritivas bem como as exigências do produto final De uma maneira geral devese seguir principalmente os seguintes passos para formular uma ração caracterização dos animais devese definir os animais adequadamente antes de serem alimentados sendo que em termos de categoria podemos classificalos por idade peso vivo sexo macho e fêmea aptidão produtiva corte reprodução ou postura grau de melhoramento genético baixo médio ou alto dentre outras exigências nutricionais é importante verificar as exigências nutricionais dos animais em termos energéticos proteicos cálcio fósforo etc de acordo com a caracterização do animal mencionada no item anterior recomendandose sempre a utilização tabelas padronizadas tabelas brasileiras para aves e suínos tabelas brasileiras para tilápias NRC INRA dentre outras ou publicações oriundas de investigação científica com dados organizados de forma a possibilitar sua aplicação no cálculo de rações composição química dos alimentos devese sempre levar em consideração a composição química dos alimentos propriedades físicoquímicas forma de processamento contribuição nutricional do mesmo para o cálculo de rações além de características organolépticas interrelacionadas com a aceitabilidade do mesmo pelos animais levantamento e quantificação dos alimentos disponíveis é oportuno mencionar o preço dos alimentos por unidade de peso além de verificar também questões relacionadas a disponibilidade da matériaprima logística para entrega e armazenamento da mesma além de aspectos relacionados a qualidade da mesma 1 Métodos de Formulação de Rações Na formulação de rações para aves suínos e peixes existem quatro métodos cálculo que permitem a composição das dietas o quadrado de Pearson o método algébrico o método do quadro e a formulação eletrônica computadorizada Abordaremos apenas os três primeiros métodos no qual foram utilizados ajustes matemáticos que poderão ser desenvolvidos de outras formas ou maneiras 4111 Quadrado de Pearson É uma técnica simples e comumente utilizada para complemento do cálculo de uma ração quando se necessita balancear apenas duas matériasprimas e um nutriente Neste caso procedese da seguinte maneira no centro do quadrado colocase o teor de proteína da mistura desejada Nos vértices superior e inferior a esquerda do quadrado colocase os teores de proteína das duas matériasprimas salientando se que não se altera o resultado da ração quando se inverte a posição superior para inferior e vice versa das matériasprimas Nos dois vértices colocase a diferença em valor absoluto entre o valor de cada vértice esquerdo e o valor do centro na extremidade da respectiva diagonal A diferença colocada no vértice superior direito corresponde à proporção de matériaprima correspondente ao vértice inferior esquerdo que deve ser misturada a outra constante no vértice direito inferior obtendose um total correspondente à soma das duas matériasprimas contendo o teor desejado do nutriente Exemplo 2 matériasprimas e 1 nutriente cálculo simples Desejase calcular uma mistura de 100 kg para peixes com uma exigência de 20 de Proteína Bruta PB utilizandose milho 9 PB e farelo de soja 44 PB Neste caso as matériasprimas são o milho M e o Farelo de Soja FS e o nutriente é a Proteína Bruta PB Logo segundo os cálculos realizados teriam que ser adicionados 6857 kg de milho e 3143kg farelo de soja para atender os 20 PB que o cálculo solicitava Exemplo 2 matériasprimas e 1 nutriente cálculo complementar Em uma ração para suínos após o cálculo preliminar verificouse um déficit de 9054 kg de ração e 1740 PB a serem complementados com a inclusão de Milho 9 PB e Farelo de Soja 44 PB Sendo assim desejase calcular a contribuição destes para o atendimento da exigência de proteína a ser complementada Inicialmente devese atentar ao fato que o Quadrado de Pearson calcula apenas com base em 100 Então devese realizar o seguinte ajuste para que a exigência de proteína seja atendida corretamente 1740 9054 PB 100 1740 x 100 1921 9054 Este valor encontrado 1921 será utilizado para o cálculo no Quadrado de Pearson conforme demonstrado a seguir 35 100 2479 M 2479 x 100 7083 35 35 100 1021 FS 1021 x 100 2917 35 Agora para adequação dos cálculos devese verificar as porcentagens para saber qual a quantidade de milho e farelo de soja será utilizada conforme solicitado 100 9054 7083 M 7083 x 9054 6413 kg 100 100 9054 2917 FS 2917 x 9054 2641 kg 100 Outrora para verificar se os cálculos estão corretos podese realizar a Prova do Cálculo Ingredientes Quantidade dos Ingrediente kg Conteúdo Nutricional PB Participação dos nutrientes PBingrediente Milho 6413 9 578 Farelo de Soja 2641 44 1162 Total 9054 1740 100 6413 9 PBMilho 9 x 6413 578 100 100 2641 44 PBF soja 44 x 2641 1162 100 Logo segundo os cálculos realizados teriam que ser adicionados 6413 kg de milho e 2641 kg farelo de soja para atender os 1740 PB que o cálculo solicitava E conforme a Prova de cálculo realizada as proporções estão corretas 2 Método Algébrico Sistemas de Equações As proporções de matériasprimas para se obter uma mistura com certo teor de nutrientes podem ser obtidos através do estabelecimento de sistemas de equações algébricas como o quadrado de Pearson é um método simples de calcular uma mistura Exemplo 2 matériasprimas e 1 nutriente Formular 100 kg de uma mistura com 18 PB utilizando milho 9 PB e farelo de soja 45 PB Denominandose M Milho e FS Farelo de Soja 1º passo A quantidade de milho mais a quantidade de farelo de soja é igual a 100 kg de mistura M FS 100 kg 2º passo A quantidade de proteína bruta existente naquela quantidade de milho mais a quantidade de proteína bruta existente no farelo de soja é igual a 18 Transformandose os teores de proteína bruta de números relativos para números absolutos temos 9100 009 PB do Milho 45100 045 PB do Farelo de Soja Assim podemos estabelecer as duas equações seguintes M FS 100 Equação total ou Equação 1 009M 045FS 18 Equação da proteína ou Equação 2 Onde M kg de milho FS kg de farelo de soja 100 kg de mistura 18 requerimento de PB da mistura Para eliminar o Milho multiplicase a Equação 1 por 009 e a Equação 2 por 1 M FS 100 x 009 009M 045FS 18 x 1 Igual 009M 009 FS 9 009M 045 FS 18 036 FS 9 FS 9 036 FS 25 kg Para determinar o milho efetuamos M 100 25 75 kg Portanto a mistura terá 75 kg de milho e 25 kg de farelo de soja Exemplo 3 matériasprimas e 2 nutrientes Calcular 100 kg de ração para poedeiras com 18 PB e 2900 kcalkg de Energia Metabolizável EM utilizandose as seguintes matériasprimas milho 9 PB e 3400 kcalkg EM farelo de soja 45 PB e 2566 kcalkg EM e farelo de trigo 16 PB e 1590 kcalkg EM Denominamos M Milho FS Farelo de Soja e FT Farelo de Trigo Transformandose os teores de proteína bruta de números relativos para números absolutos temos 9100 009 PB do milho 45100 045 PB do farelo de soja 16100 016 PB do farelo de trigo M FS FT 100 Equação total ou Equação 1 009M 045FS 016FT 18 Equação da proteína ou Equação 2 3400M 2566FS 1590FT 290000 2900x100 ou Equação de energia ou Equação 3 Multiplicase o requerimento energético da ração 2900 por 100 em razão de ser 100 kg Agrupandose as Equações 1 e 2 e multiplicandose a equação 1 por 009 e a equação 2 por 1 para eliminar a matériaprima milho resultará na Equação 4 Equações 1 e 2 M FS FT 100 Equação 1 x 009 009M 045FS 016FT 18 Equação 2 x 1 009M 009FS 009FT 9 009M 045FS 016FT 18 036FS 007FT 9 Equação 4 Agrupandose as equações 1 e 3 e multiplicase a equação 1 por 3400 e a equação 3 por 1 para eliminar a matériaprima milho resultará na equação 5 Equações 1 e 3 M FS FT 100 x 3400 3400M 2566FS 1590FT 290000 x 1 3400M 3400FS 3400FT 340000 3400M 2566FS 1590FT 290000 834FS 1810FT 50000 Equação 5 Daí agrupase as novas equações 4 e 5 e multiplicase a equação 4 por 834 e a equação 5 por 036 para eliminar a matériaprima farelo de soja Salientase que também poderia eliminar a matériaprima trigo neste caso multiplicaria a Equação 4 por 1810 e a equação 5 por 007 036FS 007FT 9 x 834 Equação 4 834FS 1810FT 50000 x 036 Equação 5 30024FS 5838FT 7506 30024FS 6516FT 18000 59322FT 10494 FT 1049459322 1769 kg Substituindo na Equação 4 temos 036FS 007 x 1769 9 036FS 124 9 036FS 9 124 036FS 776 FS 776 036 2155 kg Substituindo na Equação 1 temos M 2155 1769 100 M 100 2155 1769 M 6076 kg Outrora para verificar se os cálculos estão corretos podese realizar a Prova do Cálculo Ingredientes Quantidade dos Ingrediente kg Conteúdo Nutricional PB Participação dos nutrientes PBingrediente Milho 6076 9 547 Farelo de Soja 2155 45 970 Farelo de Trigo 1769 16 283 Total 100 1800 Participação do Milho M em termos de Proteína Bruta 100 6076 9 PBMilho 9 x 6076 547 100 Participação do Farelo de Soja FS em termos de Proteína Bruta 100 2155 45 PBF de Soja 45 x 2155 970 100 Participação do Farelo de Trigo FT em termos de Proteína Bruta 100 1769 16 PBF de Soja 16 x 1769 283 100 Ingredientes Quantidade dos Ingrediente Conteúdo Nutricional Kcalkg1EM Participação dos nutrientes kg Kcalkg1EM Milho 6076 3400 206584 Farelo de Soja 2155 2566 55297 Farelo de Trigo 1769 1590 28127 Total 100 290008 Participação Kcalkg do Milho M em termos de Energia Metabolizável 100 6076 3400 EMMilho 3400 x 6076 206584 KcalKg 100 Participação Kcalkg do Farelo de Soja FS em termos de Energia Metabolizável 100 2155 2566 EMF de Soja 2566 x 2155 55297 KcalKg 100 Participação Kcalkg do Farelo de Trigo FT em termos de Energia Metabolizável 100 1769 1590 EMF de Trigo 1590 x 1769 28127 KcalKg 100 Portanto as matériasprimas Milho Farelo de Soja e Farelo de Trigo atenderam os requerimentos de 1800 de Proteína Bruta PB e 2900 Kcalkg de Energia Metabolizável 3 Método do Quadro Neste método é possível formular rações com vários ingredientes e nutrientes Nos exemplos utilizaremos apenas como nutrientes a energia metabolizável proteína bruta cálcio e fósforo disponível que são considerados os mais importantes do ponto de vista nutricional Exemplo Formular 100 kg de ração para aves de postura com 40 semanas de idade com 17 de Proteína Bruta 2700 kcalkg de Energia Metabolizável 380 de Cálcio e 045 de Fósforo Disponível utilizandose os seguintes ingredientes Milho 9 PB e 3400 kcalkg EM Farelo de Soja 44 PB e 2250 kcalkg EM Farinha de Carne e Ossos 40 PB e 1930 Kcalkg EM 12 Cálcio e 5 Fósforo Disponível Fosfato Bicálcico 22 Cálcio e 18 de Fósforo Disponível Calcário Calcítico 36 Cálcio Sal Comum e Premix VitMin suplemento vitamínico mineral Observações 1 Neste método de cálculo não se utiliza fósforo total mas sim fósforo disponível Pd em fontes de origem vegetal tendo em vista que as aves somente conseguem metabolizar aproveitar 33 do fósforo destas 2 Nas fontes de origem animal o fósforo disponível Pd é igual ao fósforo total 3 Inicialmente fixase os ingredientes com menor participação nas rações dentro dos limites de utilização Premix VitMin e na maioria das oportunidades o Sal 4 O fósforo disponível Pd é o primeiro nutriente a ser fechado Passos para Resolução 1 Fixar em 5 ou kg de Farinha de Carne e Ossos e verificar a contribuição desta para cada nutriente Proteína Bruta Energia Metabolizável EM 40 100 1930 100 x 5 x 5 x 2 kg ou 5 de 40 20 kg x 9650 ou 5 de 1930 9650 Cálcio Fósforo Disponível 12 100 5 100 x 5 x 5 x 060 kg ou 5 de 12 060 kg x 025 ou 5 de 5 025 2 Utilizar o Fosfato Bicálcico para atendimento do restante do fósforo disponível Pd 045 025 020 kg Déficit de Pd a ser completado pelo Fosfato Bicálcio 18 100 020 x x 111 kg de Fosfato Bicálcico serão utilizados para completar o Pd Contribuição de Cálcio do Fosfato Bicálcico 22 100 x 111 x 024 kg de Ca será a contribuição do Fosfato Bicálcico para a ração 3 Utilizar o Calcário Calcítico para atendimento do restante do Cálcio 380 060 024 296 Déficit de Ca a ser completado pelo Calcário calcítico 36 100 296 x x 822 kg de Fosfato Bicálcico serão utilizados para completar o Ca 4 Neste caso fixar o Sal Comum e o Premix VitMin em 035 e 050 quando o cálculo for trabalho na base 100 ou kg respectivamente Logo Sal 035 kg Premix VitMin 050 kg 5 Verificar o SubTotal e Déficit da ração total Subtotal 50 Farinha de Carne e Ossos 111 Fosfato Bicálcico 822 Calcário Calcítico 035 Sal comum 050 Premix VitMin 1518 Logo o Déficit será 10000 1518 8482 kg da ração 6 Utilizar o Milho M e o Farelo de Soja FS para atender a Proteína Bruta e Energia Metabolizável resolvendo o cálculo através do método algébrico M FS 8482 Equação total 009M 044FS 1500 Equação da proteína bruta 8482 referese ao total que falta fechar a ração 1500 referese ao déficit para atendimento da proteína Para eliminar a matériaprima Milho multiplicase a Equação total por 009 e a Equação da proteína bruta por 1 M FS 8482 x 009 009M 044FS 15 x 1 009M 009FS 763 009M 044FS 1500 035FS 737 Então FS 737 035 FS 2106 kg Logo M 8482 2106 M 6376 kg Outrora para verificar se os cálculos estão corretos podese realizar a Prova do Cálculo Ingredientes Quantidade dos Ingrediente kg Conteúdo Nutricional PB Participação dos nutrientes PBingrediente Milho 6376 9 547 Farelo de Soja 2106 44 970 Total 8482 1701 Participação do Milho M em termos de Proteína Bruta 100 6376 9 PBMilho 9 x 6376 574 100 Participação do Farelo de Soja FS em termos de Proteína Bruta 100 2106 44 PBF de Soja 44 x 927 927 100 Ingredientes Quantidade dos Ingrediente kg Conteúdo Nutricional Kcalkg1EM Participação dos nutrientes Kcalkg1EM Milho 6376 3400 216784 Farelo de Soja 2106 2250 47385 Total 8482 264169 Participação Kcalkg do Milho M em termos de Energia Metabolizável 100 6376 3400 EMMilho 3400 x 6376 216784 KcalKg 100 Participação Kcalkg do Farelo de Soja FS em termos de Energia Metabolizável 100 2106 2250 EMF de Soja 2250 x 2106 47385 KcalKg 100 Vale ressaltar que ao final dos cálculos o quadro irá encontrarse da seguinte forma Concluindo os requerimentos nutricionais foram atendidos com as matériasprimas escolhidas com 1701 de PB 273819 Kcalkg EM 38 Ca e 045 Pd Exemplo Formular 100 kg de ração para juvenis de tilápias com 32 de Proteína Bruta 3400 kcalkg de Energia Digestível 076 de Cálcio e 047 de Fósforo Disponível utilizandose os seguintes ingredientes Milho 788 PB e 3460 kcalkg ED Farelo de Soja 45 PB e 3425 kcalkg ED Farinha de Peixe 54 PB e 3050 Kcalkg ED 588 Cálcio e 289 Fósforo Disponível Fosfato Bicálcico 22 Cálcio e 18 Fósforo Disponível Óleo de Soja 8600 Kcalkg ED Sal Comum e Premix VitMin suplemento vitamínico mineral Passos para Resolução 1 Fixar em 8 ou kg de Farinha de Peixe e verificar a contribuição desta para cada nutriente Proteína Bruta Energia Metabolizável EM 54 100 3050 100 x 8 x 8 x 432 kg ou 8 de 54 432 kg x 24400 ou 8 de 3050 24400 Cálcio Fósforo Disponível 588 100 289 100 x 8 x 8 x 047 kg ou 8 de 588 047 kg x 023 ou 8 de 289 023 2 Utilizar o Fosfato Bicálcico para atendimento do restante do fósforo disponível Pd 045 025 020 kg Déficit de Pd a ser completado pelo Fosfato Bicálcio 18 100 024 x x 133 kg de Fosfato Bicálcico serão utilizados para completar o Pd Contribuição de Cálcio do Fosfato Bicálcico 22 100 x 133 x 029 kg de Ca será a contribuição do Fosfato Bicálcico para a ração 3 Fixar em 133 ou kg de Óleo de Soja e verificar a contribuição energética 8600 100 x 133 x 11438 kg de Energia Digestível será a contribuição do Óleo de Soja 4 Neste caso fixar o Sal Comum e o Premix VitMin em 035 e 050 quando o cálculo for trabalho na base 100 ou kg respectivamente Logo Sal 035 kg Premix VitMin 050 kg 5 Verificar o SubTotal e Déficit da ração total Subtotal 800 Farinha de Peixe 133 Fosfato Bicálcico 133 Óleo de Soja 035 Sal comum 050 Premix VitMin 1151 Logo o Déficit será 10000 1151 8849 kg da ração 6 Utilizar o Milho M e o Farelo de Soja FS para atender a Proteína Bruta e Energia Digestível resolvendo o cálculo através do método algébrico M FS 8849 Equação total 00788M 045FS 2768 Equação da proteína bruta 8849 referese ao total que falta fechar a ração 2768 referese ao déficit para atendimento da proteína Para eliminar a matériaprima Milho multiplicase a Equação total por 00788 e a Equação da proteína bruta por 1 M FS 8849 x 00788 00788M 045FS 2768 x 1 00788M 00788FS 697 00788M 045FS 2769 03712FS 2072 Então FS 2072 03712 FS 5581 kg Logo M 8849 5581 M 3268 kg Outrora para verificar se os cálculos estão corretos podese realizar a Prova do Cálculo Ingredientes Quantidade dos Ingrediente kg Conteúdo Nutricional PB Participação dos nutrientes PBingrediente Milho 3268 788 257 Farelo de Soja 5581 45 2511 Total 8849 2768 Participação do Milho M em termos de Proteína Bruta 100 3268 788 PBMilho 788 x 3268 257 100 Participação do Farelo de Soja FS em termos de Proteína Bruta 100 5581 45 PBF de Soja 45 x 5581 2511 100 Ingredientes Quantidade dos Ingrediente kg Conteúdo Nutricional Kcalkg1EM Participação dos nutrientes Kcalkg1EM Milho 3268 3460 113073 Farelo de Soja 5581 3425 191149 Total 8849 304222 Participação Kcalkg do Milho M em termos de Energia Metabolizável 100 3268 3460 EMMilho 3460 x 3268 113073 KcalKg 100 Participação Kcalkg do Farelo de Soja FS em termos de Energia Metabolizável 100 5581 3425 EMF de Soja 3425 x 5581 191149 KcalKg 100 Vale ressaltar que ao final dos cálculos o Quadro irá encontrarse da seguinte forma Ingredientes kg PB ED Ca Pd 100 Kg Kcalkg Kcalkg kg kg 3200 3200 340000 340000 076 076 047 047 Farinha de Peixe 800 5400 432 305000 24400 588 047 289 023 Fosfato Bicálcico 133 2200 029 1800 024 Óleo de soja 133 860000 11438 Sal Comum 03500 Premix VitMin 05000 SUBTOTAL 1151 432 35838 076 047 Déficit 8849 2768 304162 Milho 3268 788 257 346000 113073 Farelo de Soja 5581 4500 2511 342500 191149 TOTAL 10000 32 340060 076 047 1 Composição dos alimentos A tabela a seguir apresenta as composições químicas referenciais das principais matériasprimas que podem ser utilizadas no cálculo de rações para aves e suínos segundo Rostagno et al 2011 MatériasPrimas MS PB Ca Pd Pt FB Na Casca de Soja 8913 1388 050 003 014 3270 Farelo de Arroz 8820 1313 011 024 167 807 004 Farelo de Canola 8929 3797 056 027 081 1120 009 Farelo de Girassol 8974 3022 035 034 103 2573 002 Farelo de Soja 45 8875 4522 024 022 056 530 002 Farelo de Soja 48 8918 4810 031 022 056 419 002 Farelo de Trigo 8838 1562 014 0011 032 237 001 Farinha de Carne e Ossos 36 9291 3631 1421 640 711 049 Farinha de Carne e Ossos 38 9360 3848 1367 615 683 032 Farinha de Carne e Ossos 41 9274 4083 1307 588 653 051 Farinha de Carne e Ossos 44 9327 4350 1228 553 614 070 Farinha de Carne e Ossos 46 9327 4587 1194 537 597 072 Farinha de Carne e Ossos 48 9377 4801 1123 505 561 059 Farinha de Carne e Ossos 50 9395 5036 1056 475 528 059 Farinha de Carne e Ossos 55 9354 5474 914 411 457 070 Farinha de Carne e Ossos 63 9450 6317 740 333 370 060 Farinha de Gérmen Integral de Milho 8971 1038 004 019 051 448 002 Farinha de Peixe 54 9206 5458 588 289 289 068 Farinha de Peixe 61 9171 6142 470 241 241 050 Leite em Pó Desnatado 9430 3310 121 075 075 041 Leite em Pó Integral 9620 2370 097 060 060 032 Leite em Pó Soro 9540 1207 075 068 068 079 Milheto 8930 1271 004 010 031 348 001 Milho 788 8748 788 003 006 025 173 002 Milho Alta Gordura 8770 821 002 007 027 260 001 Milho Alta Lisina 8843 826 004 005 020 152 001 Óleo de Dendê 9950 Óleo de Soja 9960 Raspa Integral de 8767 247 020 003 009 542 003 Mandioca Sorgo alto tanino 8588 894 003 008 026 278 001 Sorgo baixo tanino 8790 897 003 008 026 230 002 Triticale 8823 1223 004 009 029 261 002 Fósforo disponível Pd nas fontes de origem vegetal as aves somente conseguem metabolizar aproveitar 33 do fósforo toral Fósforo total Pt Fonte Rostagno et al 2011 A tabela a seguir apresenta as composições energéticas referenciais das principais matériasprimas que podem ser utilizadas no cálculo de rações para aves e suínos segundo Rostagno et al 2011 MatériasPrimas EB Kcalkg EM Aves Kcalkg ED Suínos Kcalkg EM Suínos Kcalkg Casca de Soja 3900 858 2261 2207 Farelo de Arroz 4335 2521 3179 3111 Farelo de Canola 4203 1692 3019 2787 Farelo de Girassol 4289 1795 2141 1955 Farelo de Soja 45 4090 2254 3425 3154 Farelo de Soja 48 4161 2295 3540 3253 Farelo de Trigo 3914 1795 2504 2390 Farinha de Carne e Ossos 36 3122 1700 1852 1695 Farinha de Carne e Ossos 38 3209 1873 2044 1820 Farinha de Carne e Ossos 41 3286 1937 2296 2068 Farinha de Carne e Ossos 44 3490 2177 2430 2200 Farinha de Carne e Ossos 46 3665 2417 2564 2332 Farinha de Carne e Ossos 48 3984 2511 2705 2446 Farinha de Carne e Ossos 50 3984 2591 2752 2485 Farinha de Carne e Ossos 55 4017 2710 2905 2598 Farinha de Carne e Ossos 63 4341 2810 3210 2870 Farinha de Gérmen Integral de Milho 4250 3144 3355 3260 Farinha de Peixe 54 4065 2670 3050 2740 Farinha de Peixe 61 4199 2778 3170 2845 Leite em Pó Desnatado 4163 2781 3805 3590 Leite em Pó Integral 5431 5137 4948 Leite em Pó Soro 3703 3486 3371 Milheto 3930 3165 3036 2940 Milho 788 3940 3381 3460 3340 Milho Alta Gordura 4216 3560 3630 3582 Milho Alta Lisina 3907 3405 3508 3409 Óleo de Dendê 9400 8817 8010 7690 Óleo de Soja 9333 8790 8600 8300 Raspa Integral de Mandioca 3621 2973 3048 3020 Sorgo alto tanino 3860 2956 3081 2984 Sorgo baixo tanino 3912 3189 3383 3315 Triticale 3853 3031 3278 3181 Fonte Rostagno et al 2011 A tabela a seguir apresenta as fontes minerais mais utilizadas em rações para aves suínos e peixes Fontes Cálcio Fósforo Sódio Magnésio Flúor Cloro Calcário calcítico 36 38 02 Farinha de ostras 36 Fosfato bicálcico 22 22 18 013 Foscálcio 24 18 018 Cloreto de sódio 37 60 A tabela a seguir apresenta as composições químicas referenciais das principais matériasprimas que podem ser utilizadas no cálculo de rações para tilápias segundo Furuya et al 2010 MatériasPrimas MS PB MSdig Pd Pt Amido 8970 055 6283 Farelo de Algodão 30 8891 3088 4722 Farelo de Algodão 34 8982 3350 7015 Farelo de Algodão 40 9367 4033 6578 031 083 Farelo de Algodão 45 9119 4471 7818 Farelo de Arroz 9174 1280 5100 031 178 Farelo de Canola 9054 3766 6996 028 093 Farelo de Soja 45 8902 4593 6414 014 054 Farelo de Soja 48 9242 4960 Farelo de Trigo 9031 1485 5571 029 081 Farinha de Carne e Ossos 9313 4525 6423 Farinha de Peixe 9168 5444 7247 237 433 Fubá de Milho 8795 691 7708 Gérmen de Milho 8910 1018 4860 Milho Grão 8750 836 5712 011 020 Óleo de Soja Raspa de Mandioca 8735 309 6826 Sorgo Baixo Tanino 9211 965 4668 009 027 Sorgo Alto Tanino 8931 997 2935 008 026 Fonte Furuya et al 2010 A tabela a seguir apresenta as composições energéticas referenciais das principais matériasprimas que podem ser utilizadas no cálculo de rações para tilápias segundo Furuya et al 2010 MatériasPrimas Energia Bruta Kcalkg Energia Digestível Kcalkg Amido 363000 252835 Farelo de Algodão 30 413900 211090 Farelo de Algodão 34 417300 259100 Farelo de Algodão 40 428765 307680 Farelo de Algodão 45 454400 409550 Farelo de Arroz 409800 235963 Farelo de Canola 412319 296985 Farelo de Soja 45 421015 317812 Farelo de Soja 48 421009 307000 Farelo de Trigo 403293 259972 Farinha de Carne e Ossos 357619 216681 Farinha de Peixe 390196 343613 Fubá de Milho 380800 330839 Gérmen de Milho 492400 215277 Milho Grão 382600 290106 Óleo de Soja 944383 848528 Raspa de Mandioca 387000 316295 Sorgo Baixo Tanino 399500 279890 Sorgo Alto Tanino 397100 250769 Fonte Furuya et al 2010 2 Programas de custo mínimo Atualmente a formulação de rações é realizada através de programas de computador de custo mínimo tendo a capacidade de utilizar várias matériasprimas e diversos nutrientes ao mesmo tempo Estes softwares determinam com precisão a quantidade de cada matériaprima utilizada com o objetivo de atender os requerimentos nutricionais dos animais Capítulo 5 FABRICAÇÃO DE RAÇÕES 4 Fábrica de ração Para construção de fabricas de rações devem ser observadas principalmente as seguintes características 1 o local deve ser seco arejado e de fácil acesso o ano todo 2 devem ser construídas preferencialmente na entrada das áreas de produção com a finalidade de facilitar o recebimento de matériasprimas 3 sua estrutura deve ser de alvenaria com cobertura de telha barro ou amianto com pédireito no mínimo de 35 metros e com porta ampla e janelas para ventilação 4 dispor de rede energia elétrica de qualidade com chave compensadora de tensão e disjuntores dimensionados para atender equipamentos trifásicos 5 devem ser instaladas lâmpadas no interior da fábrica e na parte externa da mesma dimensionadas de acordo com o tamanho da fábrica Recomendase instalar lâmpadas fluorescentes que apesar de possuírem custo de implantação mais elevado que as incandescentes com o tempo são mais econômicas e duráveis 6 respeitar todas as normativas legislações e resoluções impostas pelo MAPA quanto a manejo conservação e utilização dos equipamentos EPI dos funcionários armazenamento e embalagem das matériasprimas e rações prontas dentre outros aspectos primordiais Figura 1 Vista frontal de uma pequena fábrica de ração Fonte Os autores 2016 Figura 2 Vista interna de matériasprimas armazenadas em pequena fábrica de ração Fonte Os autores 2016 41 Formas físicas das rações No mercado existem três tipos de rações para aves suínos e peixes fareladas peletizadas e extrusadas As fareladas forma de pó apresentam tamanhos de aproximadamente 3 mm e são preparadas por meio de moagem de grãos e misturadas de forma homogênea as outras matériasprimas sem utilizar nenhum processo de umidificação As rações peletizadas apresentam tamanho variando de 5 a 7 mm e resultam de rações fareladas que ao serem colocadas na prensa devem ser submetidas a temperatura variando de 85 a 90ºC durante 20 segundos e ao serem retirados da prensa os pellets devem ser resfriados rapidamente através de ar frio até atingir 10ºC abaixo da temperatura ambiente por 15 minutos As rações peletizadas apresentam as seguintes vantagens em relação às fareladas redução de agentes de contaminação microbiana causada pela temperatura durante a peletização melhora a eficiência alimentar devido ao processo de gelatinização com melhor aproveitamento dos nutrientes redução da escolha seletiva por parte dos animais e redução no custo de transporte em razão do aumento do peso específico em cerca de 16 Como desvantagens apresentam o custo mais elevado processo utiliza umidade calor e pressão e necessitam de 50 a mais de vitaminas em razão da perda durante o processamentocalor Quanto as rações extrusadas estas são submetidas a um processo de cozimento em alta temperatura pressão e umidade controlada Sua estabilidade na superfície da água é de cerca de 12 horas tornando o manejo alimentar com este tipo de ração mais fácil Atualmente tem sido a forma de ração mais indicada para a piscicultura As rações processadas para organismos aquáticos peletizadas ou extrusadas dificultam sobremaneira as perdas de nutrientes por lixiviação no meio aquático Assim a produção de rações na propriedade muito comum até meados da década de 1990 deixou de ser uma rotina pelos inconvenientes práticos e financeiros dando lugar à utilização de rações processadas industrialmente o que vem impulsionando o mercado de rações aquícolas Como vantagens para piscicultura as rações extrusadas apresentam alta estabilidade na água excelente flutuabilidade baixa possibilidade de perdas de nutrientes na água excelente aceitabilidade pelos peixes podendo ser fornecida ad libitum baixo impacto negativo na qualidade da água e ótima excelência alimentar pelos peixes Vale ressaltar que a escolha da granulometria da ração extrusadas a ser fornecida deve levar em consideração o tamanho dos peixes sobretudo o tamanho da boca do peixe para que este consiga capturar a ração e ingerila Figura 3 Máquina extrusora para processamento de rações aquícolas Fonte Os autores 2016 42 Equipamentos e acessórios de uma fábrica de ração Os equipamentos e acessórios básicos que compõem uma pequena ou média fábrica de ração são moinho triturador de grãos misturador de ração balanças motor estacionário preferencialmente a diesel extintor de incêndio relógio e estrados de madeira Nas grandes fábricas de ração além dos equipamentos citados encontramse transportadores silos melaceadores granuladores e ensacadores Figura 4 Vista interior de uma pequena fábrica de ração Fonte Os autores 2016 43 Moinho Geralmente são utilizados os moinhos de martelo constituídos de peneiras com diversas granulometrias para triturar os grãos de milho ou outra matériaprima com o objetivo de facilitar a digestibilidade dos nutrientes contido nos grãos A capacidade de moagem deve ser em função da demanda da propriedade normalmente os de maior capacidade utilizam motores elétricos de 10 a 15 CV com rede trifásica Para facilitar as operações na fábrica recomendase instalar o moinho próximo ao misturador e dispor de uma peça de imã na entrada da boca do moinho para captar peças de metal como pregos ou fragmentos de ferro que poderiam danificara peneira Figura 5 Moinho de martelo com silo de expansão acoplado Fonte Os autores 2016 Figura 6 Moinho de martelo com destaque para o encaixe dos martelos junto a peneira Fonte Os autores 2016 Figura 7 Moinho triturando milho com peça imantada para retenção de objetos de metal Fonte Os autores 2016 Figura 8 Processo de trituração de produto alternativo resíduo de tucumã em moinho para grãos Fonte Os autores 2016 44 Misturador de ração É o equipamento utilizado para homogeneização das matérias primas Nas pequenas e médias fábricas são utilizados misturadores do tipo vertical com uma helicóide rosca cujo tempo de mistura é de 12 a 15 minutos e vertical com duas helicóides roscas com tempo de mistura de 5 a 8 minutos Nas grandes fábricas utilizamse misturadores do tipo horizontal e contínuo cujo tempo de mistura varia entre 4 a 5 minutos Figura 9 Vista frontal de misturador do tipo vertical Fonte Os autores 2016 Devese ficar sempre atento aos avisos afixados no misturador conforme a figura a seguir Figura 10 Aviso afixado no misturador Fonte Os autores 2016 É imprescindível a colocação de fio terra no misturador figura abaixo com a finalidade de impedir a formação de eletricidade estática em seu interior o que promoveria atração entre as partículas menores consequentemente desbalanceando as rações Figura 11 Fio terra no misturador Fonte Os autores 2016 45 Balanças Devem existir balanças com escala adequada para pesar as matériasprimas a serem utilizadas na fabricação de rações Na pesagem das matériasprimas que participam em maior quantidade devemse utilizar balanças grandes com divisões de 100 gramas Na pesagem de suplementos vitamínicos minerais e aditivos que participam em menor quantidade utilizar balanças menores do tipo digital Figura 12 Balança com capacidade para 300 kg para pequenas e médias fábricas Fonte Os autores 2016 Figura 13 Pesagem em pequena fábrica de ração Fonte Os autores 2016 46 Anexos Recomendase que fábrica de ração possua um motor estacionário preferencialmente a diesel para suprir eventuais faltas de energia elétrica Salientandose que esta necessidade é maior para o funcionamento do moinho já que o mesmo e responsável pela trituração de grãos Figura 14 Motor estacionário diesel Fonte Os autores 2016 Para maior segurança devem existir extintores de incêndio para equipamentos elétricos dispostos estrategicamente no interior da fábrica de ração Figura 15 Extintor de incêndio Fonte Os autores 2016 Vale ressaltar que a existência de um relógio no interior da fábrica é importante pois ajuda o responsável pela fabricação de rações a controlar o tempo de mistura Destacase ainda que a peletização e a extrusão mesmo demandando equipamentos mais onerosos máquinas peletizadoras e extrusoras respectivamente é um processamento que pode ser feito na propriedade rural de pequeno e médio porte E que as rações extrusadas são tidas atualmente como as mais adequadas à piscicultura principalmente em criações semiintensivas e intensivas pois propicia uma avaliação visual do consumo de ração no viveiro bem como diminui perdas por solubilização para a água porém seu custo apresentase superior ao da peletizada PASTORE et al 2012 Figura 15 Máquina extrusora para processamento de rações aquícolas em pequena propriedade rural Fonte Os autores 2016 47 Recebimento das matériasprimas No recebimento das matériasprimas devem ser observados os seguintes fatores 1 verificar a qualidade estado e quantidade enviada 2 os locais de armazenagem devem oferecer proteção contra ratos pássaros e insetos 3 acondicionar em estrados de madeira com altura de 20 cm 4 organizar o uso de matériasprimas e rações de tal forma que a primeira que entra é a primeira que sai com o objetivo de manter o estoque sempre renovado Este processo denomina se PEPS Vale ressaltar que existem vários fatores que devem ser observados quando da utilização do milho em rações para nãoruminantes entre eles 1 armazenar em galpões secos arejados e com piso livre de umidade 2 não pode apresentar mais de 12 de umidade 3 não possuir mais que 7 de grãos quebrados e materiais estranhos palhas etc 4 não apresentar fungos 5 com relação a granulometria admitese uma retenção de até 2 na peneira de 3mm Com grânulos maiores de milho em razão do brilho as aves tornamse seletivas o que desbalancearia a ração já com o milho muito fino tende a formar uma pasta no bico o que afetaria o consumo de ração 6 após moído não estocar mais de 72 horas 7 não armazenar próximo a adubos herbicidas inseticidas ou outros materiais considerados tóxicos dentre outros 471 Prémistura Na prémistura de suplementos vitamínico mineral e aditivos utiliza se o misturador tipo Y ou V para melhor homogeneização Contudo na sua ausência podese realizar uma prémistura utilizando um saco plástico resistente com capacidade para até 10 kg tendose como veículo o farelo de soja moído Este processo deve ser realizado remexendo o saco várias vezes até tornar homogênea a prémistura O sal comum refinado não deve ser incluído na prémistura pois promove oxidação das vitaminas IipossoIúveis Outra maneira de realizar esta prémistura é através de um misturador rústico feito de tambor usado de combustível ou qualquer outro produto disposto em duas hastes com rolamentos nas extremidades com a finalidade de facilitar a viragem do mesmo A adição dos suplementos e feita por uma abertura no centro do tambor 472 Mistura das matériasprimas sem adição de óleo vegetal Antes de iniciar a mistura as matériasprimas devem ser devidamente pesadas e preparadas A adição das matériasprimas no misturador vertical já em funcionamento em pequenas e médias fábricas de rações deve obedecer a seguinte sequência 1 adicionar metade da quantidade do milho da mistura 2 adicionar metade do farelo de soja 3 adicionar toda a prémistura 4 adicionar todas as matériasprimas de origem vegetal ex farelo de trigo 5 adicionar todo o sal comum refinado 6 adicionar todas as matériasprimas de alta densidade calcário fosfato bicálcico e farinha de ostra ou farinha de carne e osso 7 adicionar o restante do milho 8 adicionar o restante do farelo de soja deve descontar a quantidade de farelo de soja utilizado na prémistura 9 abrir a válvula de circulação por algum tempo com a finalidade de homogeneizar a mistura 10 cronometrar marcar o tempo de mistura a ser seguido misturadores verticais com uma rosca 12 a 15 minutos e com duas roscas 6 a 8 minutos 473 Mistura das matériasprimas com adição de óleos vegetais Antes de colocar as matériasprimas no misturador os procedimentos são os mesmos adotados sem adição de óleo vegetal Entretanto a sequência é diferente conforme segue 1 adicionar metade do farelo de soja 2 adicionar lentamente todo o óleo vegetal sobre o farelo de soja pois o mesmo irá absorvêlo 3 adicionar metade do milho 4 adicionar toda a prémistura 5 adicionar todas as matériasprimas de origem vegetal ex farelo de trigo 6 adicionar todo o sal comum refinado 7 adicionar todas as matériasprimas de alta densidade calcário fosfato bicálcico e farinha de ostra ou farinha de carne e ossos 8 adicionar o restante do milho 9 adicionar o restante do farelo de soja deve descontar a quantidade de farelo de soja utilizado na prémistura 10 abrir a válvula de circulação por algum tempo com a finalidade de homogeneizar a mistura 11 cronometrar marcar o tempo de mistura a ser seguido misturadores verticais com uma rosca 12 a 15 minutos e com duas roscas 6 a 8 minutos 474 Retirada da ração do misturador Após a retirada da ração do misturador a mesma deve ser pesada e acondicionada em sacos contendo a identificação ex idade aptidão fase sexo galpão baia dentre outras É importante conferir o peso uma vez que não deve permanecer no misturador mais que 02 da capacidade total do misturador por exemplo um misturador com capacidade de 500 kg deve reter no seu interior no máximo 1 kg de ração 02 de 500 kg 475 Prazo de Validade das Rações Após ensacada as rações recomendase utilizáIas no menor tempo possível pois os resultados serão melhores principalmente se forem adversas as condições de armazenamento umidade má aeração etc Normalmente as rações possuem validade de até 90 dias 476 Cuidados com os equipamentos e misturas Os equipamentos que compõem a fábrica de ração devem ser periodicamente limpos para evitar focos principalmente de fungos e insetos que certamente comprometeriam a qualidade das rações Devese evitar a utilização de suplementos vitamínico mineral e aditivos de aves misturados a suplementos de outras espécies ex equinos evitando com isso problemas de intoxicação e incompatibilidade entre medicamentos 477 Fabricação de ração sem misturador Em pequenas propriedades na ausência de misturador as rações fareladas podem ser produzidas no máximo até 100 kg por batida O local deve possuir 3 x 3 metros 9 mº com uma carreira de tijolos 8 furos em pé fechando o quadrado piso de cimento queimado Iimpo e seco O processo da mistura deve obedecer aos seguintes passos 1 inicialmente pesase a matériaprima que participa da fórmula em maior quantidade e a distribua sobre o piso numa camada uniforme 2 a seguir pese a matériaprima que participa em segundo lugar na fórmula e a distribua sobre a primeira também sobre uma camada uniforme 3 proceda da mesma maneira para todas as matériasprimas que participam da fórmula 4 as matériasprimas uniformemente distribuídas em camadas devem ser revirados com pá de um lado para o outro e vice versa por 10 a 12 vezes até se obter uma mistura uniforme 478 Aspectos importantes na formulação e fabricação de rações É muito importante que toda fábrica de ração tenha um responsável técnico especialista em nutrição animal a fim de fornecer todas as informações e orientações desde a aquisição de matériasprimas até a avaliação do desempenho dos animais submetidos a estas rações Na produção das rações é fundamental que o funcionário ou empregado responsável esteja sempre fardado e limpo tenha pelo menos o conhecimento das operações matemáticas e conheça medidas de peso Outros fatores relevantes são o controle atualizado do estoque de matériasprimas e coleta periódica de amostras para determinação de análise bromatológica Além disso deve seguir rigidamente medidas de segurança principalmente quando da utilização do moinho e misturador de rações ELASTIC TABLES Capítulo 6 MODELOS DE RAÇÕES PRONTAS 5 Rações prontas 51 Rações para frangos de corte em lote misto machos e fêmeas confinados Ração para frangos de corte 1 à 42 dias Fases Inicial 1 à 22 dias Crescimento 22 à 33 dias Terminação 34 à 42 dias Ingredientes Milho 787 574578 633019 661047 F de Soja 46 351898 300600 274122 Calcário calcítico 09767 11859 11048 Fosfato bicálcico 18820 13756 11236 Sal comum 03500 03500 03050 DLMetionina 99 01618 00373 00567 Supl VitMineral 05000¹ 05000² 05000³ Óleo de soja 34818 31893 33479 Total 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Metabolizável kcalkg 305000 310000 315000 Proteína Bruta 210000 190000 180000 Cálcio 09600 09000 08000 Metionina Cistina 08000 06304 06250 Metionina Total 06000 03350 03414 Fósforo Disponível 04500 03500 03000 Sódio 01575 01576 01577 52 Rações para frangos de corte de crescimento lento em lote misto machos e fêmeas semiconfinados Ração para frangos de corte de crescimento lento 1 à 90 dias Fases Inicial 1 à 28 dias Crescimento 29 à 70 dias Terminação 71 à 90 dias Ingredientes Milho 787 545975 641304 687038 F de Soja 46 388051 285698 244592 Calcário calcítico 10609 09726 08834 Fosfato bicálcico 18177 16144 13782 Sal comum 03500 03500 03500 DLMetionina 99 00927 00464 00438 Supl VitMineral 0500¹ 0500² 0500³ Óleo de soja 47761 38163 36816 Total 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Metabolizável kcalkg 310000 315000 320000 Proteína Bruta 210000 180000 165000 Cálcio 09500 08500 07500 Metionina Cistina 07431 06233 05831 Metionina Total 04000 03200 03000 Fósforo Disponível 04500 04000 03500 Sódio 01572 01575 01576 53 Rações para poedeiras comerciais leves Ração para poedeiras leves 1 à 80 semanas Fases Inicial 0 à 6 semanas Cria 7 à 12 semanas Recria 13 à 18 semanas Postura 1 19 à 40 semanas Postura 2 41 à 80 semanas Ingredientes Milho 787 669299 667441 657674 640721 616167 F de Soja 46 279703 262691 230989 233524 259786 Calcário calcítico 19643 41672 81889 96012 97688 Fosfato bicálcico 21530 19442 19802 19830 16935 Sal comum 03500 03500 03500 03500 03500 DLMetionina 99 01324 00255 01147 01412 00922 Supl VitMineral 05000¹ 05000² 05000³ 05000³ 05000³ Óleo de soja Total 10000 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Metabolizável kcalkg 290000 285000 275000 269973 267345 Proteína Bruta 180000 175000 160000 160000 170000 Cálcio 13552 25121 36666 41000 42000 Metionina Cistina 07100 05815 06261 06500 06270 Metionina Total 04060 03040 03700 03952 03600 Fósforo Disponível 05000 04500 04500 04500 04000 Sódio 01579 01576 01567 01564 01565 54 Rações para poedeiras comerciais semipesadas Ração para poedeiras semipesadas 1 à 76 semanas Fases Inicial 0 à 6 semanas Cria 7 à 12 semanas Recria 13 à 18 semanas Postura 1 19 à 40 semanas Postura 2 41 à 76 semanas Ingredientes Milho 787 687580 717209 674350 638314 636416 F de Soja 46 268050 242614 228176 241506 241204 Calcário calcítico 12026 11215 68059 91460 95866 Fosfato bicálcico 22024 19488 19777 19382 16689 Sal comum 03500 03500 03500 03500 03500 DLMetionina 99 01820 00974 01138 00838 01326 Supl VitMineral 05000¹ 05000² 05000³ 05000³ 05000³ Óleo de soja Total 10000 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Metabolizável kcalkg 293802 297662 280000 270670 270205 Proteína Bruta 180000 170000 160000 160000 160000 Cálcio 11000 10000 31441 40000 41000 Metionina Cistina 07500 06435 06272 06027 06500 Metionina Total 04657 03700 03700 03300 03778 Fósforo Disponível 05000 04500 04500 04500 04000 Sódio 01581 01581 01570 01565 01565 55 Rações para matrizes leves Ração para matrizes leves 1 à 80 semanas Fases Inicial 0 à 6 semanas Cria 7 à 12 semanas Recria 13 à 18 semanas Postura 1 19 à 40 semanas Postura 2 41 à 80 semanas Ingredientes Milho 787 669299 667441 657674 649093 621348 F de Soja 46 279703 262691 230989 232119 258913 Calcário calcítico 19643 41672 81889 88068 92392 Fosfato bicálcico 21530 19442 19802 19818 16928 Sal comum 03500 03500 03500 03500 03500 DLMetionina 99 01324 00255 01147 01402 00920 Supl VitMineral 05000¹ 05000² 05000³ 06000³ 06000³ Óleo de soja Total 10000 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Metabolizável kcalkg 290000 285000 275000 272481 268898 Proteína Bruta 180000 175000 160000 160000 170000 Cálcio 13552 25121 36666 39000 40000 Metionina Cistina 07100 05815 06261 06500 06273 Metionina Total 04060 03040 03700 03947 03600 Fósforo Disponível 05000 04500 04500 04500 04000 Sódio 01579 01576 01567 01566 01566 56 Rações para matrizes semipesadas Ração para matrizes semipesadas 1 à 76 semanas Fases Inicial 0 à 6 semanas Cria 7 à 12 semanas Recria 13 à 18 semanas Postura 1 19 à 40 semanas Postura 2 41 à 76 semanas Ingredientes Milho 787 687580 717209 674350 636071 635378 F de Soja 46 268050 242614 228176 241895 240732 Calcário calcítico 12026 11215 68059 92310 95864 Fosfato bicálcico 22024 19488 19777 19385 16698 Sal comum 03500 03500 03500 03500 03500 DLMetionina 99 01820 00974 01138 00839 01828 Supl VitMineral 05000¹ 05000² 05000³ 06000³ 06000³ Óleo de soja Total 10000 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Metabolizável kcalkg 293802 297662 280000 270000 270000 Proteína Bruta 180000 170000 160000 160000 160000 Cálcio 11000 10000 31441 40322 41000 Metionina Cistina 07500 06435 06272 06026 06988 Metionina Total 04657 03700 03700 03300 04271 Fósforo Disponível 05000 04500 04500 04500 04000 Sódio 01581 01581 01570 01565 01565 5TH ANNUAL DESIGN AND CONSTRUCTION EXHIBITION MULTIFAMILY HOUSING CONFERENCE SAN FRANCISCO 2023 OCTOBER 4 REGISTER WWWMULTIFAMILYHOUSINGCOM 57 Rações para suínos Aptidão Corte Fases Pré Inicial 7 à 21 dias Inicial 1 Desmama 22 à 35 dias Inicial 2 Creche 36 à 49 dias Crescimento 1 225 59 kg Crescimento 2 60140 kg Terminação até o abate Ingredientes Kg Milho 788 501378 542689 583911 707337 733394 765247 F de Soja 46 208238 263213 344290 228043 178178 127479 Leite em pó integral 200000 100000 Açúcar 50000 50000 Calcário calcítico 05127 0665 08527 08408 11456 11859 Fosfato bicálcico 18273 1929 19525 16616 14421 12218 Sal comum 01809 02566 03311 03307 05838 06049 LLisina 00175 00584 00065 01289 01712 02147 Supl Vit 02500 02500 02500 02500 02500 02500 Supl Min 02500 02500 02500 02500 02500 02500 Óleo de soja 10000 10000 35369 30000 5000 70000 Total 10000 10000 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais EM Suínos KcalKg 359157 340900 333001 333623 343378 354811 Fibra Bruta 1971 2339 28349 2432 22131 1999 Proteína Bruta 18124 18604 20176 16009 14000 12000 Cálcio 09000 0900 0900 0800 0850 0800 Metionina Cistina 0600 0600 0633 0525 0471 0415 Metionina Total 0327 0305 0300 0250 0224 0198 Fósforo Disponível 0533 0507 0472 0400 0350 0300 Lisina total 1100 1100 1100 0900 0800 0700 Sódio 0150 0150 0150 0150 0250 0258 58 Rações para suínos Matriz Marrãs e Varrões Fases Pré Inicial 7 à 21 dias Inicial 1 Desmama 22 à 35 dias Inicial 2 Creche 36 à 49 dias Crescimento 1 225 59 kg Crescimento 2 60140 kg Ingredientes Kg Milho 788 501378 542689 583911 707337 733394 F de Soja 46 208238 263213 344290 228043 178178 Leite em pó integral 200000 100000 Açúcar 50000 50000 Calcário calcítico 05127 0665 08527 08408 11456 Fosfato bicálcico 18273 1929 19525 16616 14421 Sal comum 01809 02566 03311 03307 05838 LLisina 00175 00584 00065 01289 01712 Supl Vit 02500 02500 02500 02500 02500 Supl Min 02500 02500 02500 02500 02500 Óleo de soja 10000 10000 35369 30000 5000 Total 10000 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais EM Suínos KcalKg 359157 340900 333001 333623 343378 Fibra Bruta 1971 2339 28349 2432 22131 Proteína Bruta 18124 18604 20176 16009 14000 Cálcio 09000 0900 0900 0800 0850 Metionina Cistina 0600 0600 0633 0525 0471 Metionina Total 0327 0305 0300 0250 0224 Fósforo Disponível 0533 0507 0472 0400 0350 Lisina total 1100 1100 1100 0900 0800 Sódio 0150 0150 0150 0150 0250 59 Rações para suínos Matriz Marrãs em reprodução Fases Dieta para marrãs Flushing 6 à 8 meses de idade Terço inicial da gestação Cobertura à 28 dias Terço médio e final da gestação 29 à 84 dias até a parição Dieta para porcas em lactação 1 à 21 dias Ingredientes Kg Milho 788 725431 727422 742336 676567 F de Soja 189161 188799 173288 278647 46 Calcário calcítico 08322 08324 08324 09816 Fosfato bicálcico 15938 15936 16074 19179 Sal comum 05836 04200 04151 05077 LLisina 00311 00318 00826 00714 Supl Vit 02500 02500 02500 02500 Supl Min 02500 02500 02500 02500 Óleo de soja 50000 50000 50000 05000 Total 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais EM Suínos KcalKg 308940 309500 309500 321600 Fibra Bruta 2257 2259 22027 2647 Proteína Bruta 14300 14300 137647 18000 Cálcio 0771 0771 0771 0927 Metionina Cistina 0481 0481 0466 0579 Metionina Total 0229 0229 0222 0275 Fósforo Disponível 0380 0380 0380 0456 Lisina total 0719 0719 0719 0989 Sódio 0250 0185 0183 0220 510 Rações para suínos Matriz Porcas Fases Dieta para porcas Flushing Após a primeira parição Terço inicial da gestação Cobertura à 28 dias Terço médio e final da gestação 29 à 84 dias até a parição Dieta para porcas em lactação 1 à 21 dias Ingredientes Kg Milho 788 741161 765472 775120 707313 F de Soja 46 173499 169129 148401 247892 Calcário calcítico 08138 08160 08187 09314 Fosfato bicálcico 15543 15506 15844 18001 Sal comum 05836 05826 05832 05298 LLisina 00822 00907 01616 02267 Supl Vit 02500 02500 02500 02500 Supl Min 02500 02500 02500 02500 Óleo de soja 50000 30000 40000 05000 Total 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais EM Suínos KcalKg 309168 316015 312500 322000 Fibra Bruta 2201 2220 21275 2537 Proteína Bruta 13764 13766 129731 17000 Cálcio 0751 0751 07557 0872 Metionina Cistina 0466 0469 0445 0550 Metionina Total 0222 0224 0231 0261 Fósforo Disponível 0370 0370 0372 0430 Lisina total 0719 0719 0719 1032 Sódio 0250 0250 0250 0226 511 Rações para suínos Cachaço Fases Estação de monta Durante o flushing da fêmea Manutenção Após a época reprodutiva Ingredientes Kg Milho 788 741161 823848 F de Soja 46 173499 112014 Calcário calcítico 08138 07785 Fosfato bicálcico 15543 14915 Sal comum 05836 05826 LLisina 00822 00612 Supl Vit 02500 02500 Supl Min 02500 02500 Óleo de soja 50000 30000 Total 10000 10000 Níveis nutricionais EM Suínos KcalKg 344118 335654 Fibra Bruta 2201 2018 Proteína Bruta 13764 11617 Cálcio 0751 0710 Metionina Cistina 0466 0415 Metionina Total 0222 0199 Fósforo Disponível 0370 0350 Lisina total 0719 0550 Sódio 0250 0250 512 Rações para tambaqui Fases Pós larva Alevino Crescimento Juvenil Ingredientes Farinha de peixe 55 2719 129 F de Soja 46 1165 4500 Milho triturado 787 2300 Farinha de carne Fubá de milho 5551 Farelo de trigo 200 1500 Óleo de soja 185 330 Fosfato bicálcico Sal Comum Premix vitamínicomineral 020 080 BHT 001 Total 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Digestível kcalkg 3407 Energia Metabolizável kcalkg 3100 Proteína Bruta 2393 3600 Extrato Etéreo 781 Cálcio 172 Fósforo 088 Cinzas 737 EMPB kcalg 1292 950 513 Rações para tilápia Fases Pós larva Alevino Crescimento Juvenil Engorda 1 Engorda 2 Ingredientes Farinha de peixe 55 2719 1290 650 500 F de Soja 46 1165 4500 3568 4896 Milho triturado 787 2300 1558 1550 Farinha de carne 1912 Fubá de milho 5551 1400 Farelo de trigo 200 1500 979 Óleo de soja 185 330 650 550 Fosfato bicálcico 100 Sal Comum 010 Premix vitamínicomineral 020 080 150 150 BHT 001 002 002 Total 10000 10000 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Digestível kcalkg 3407 3500 3000 Energia Metabolizável kcalkg 3100 Proteína Bruta 2393 3600 3200 2800 Extrato Etéreo 781 1409 687 Cálcio 172 Fósforo 088 Cinzas 737 572 630 EMPB kcalg 1292 950 REFERÊNCIAS Referências ANDRIGUETO J M et al Nutrição animal alimentação animalnutrição animal 3 ed São Paulo Nobel 1986 425p Nutrição animal as bases e os fundamentos da nutrição animal e os alimentos 4ª ed São Paulo Nobel 1999 395p ARIEL A M et al Produção de frangos de corte Campinas FACTA 2004 356p BERTECHINI A G Nutrição de monogástricos 2 ed Lavras Editora UFLA 2012 373 p BUTOLO J E Qualidade de ingredientes na alimentação animal Campinas Colégio Brasileiro de Nutrição Animal 2002 430 p COUTO H P Fabricação de rações e suplementos para animais Gerenciamento e tecnologias Viçosa CPT 2008 263p CRUZ F G G Avicultura caipira na Amazônia Manaus EDUA 2001 74p Formulação e fabricação de rações aves Manaus Grafisa 2008 75p ENGLERT S I Avicultura tudo sobre raças manejo e nutrição 7 ed atual Guaíba Agropecuária 1998 238p FERREIRA R A Suinocultura manual prático de criação Viçosa Aprenda Fácil Editora 2012 433p FERREIRA M G Avicultura produção de aves corte e postura 2 ed Guaíba Agropecuária 1993 238p FERREIRA A J P PIZARRO L D C R LEME I L Probióticos e prebióticos In SPINOSA H S GORNIAK S L BERNARDI M M Farmacologia aplicada à medicina veterinária 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2002 p 574578 FRACALOSSI D M CYRINO J E P Nutriaqua nutrição e alimentação de espécies de interesse para a Aquicultura brasileira 2 ed Florianópolis Ministério da Pesca e Aquicultura 2013 FULLER R Probiotic in man and animals Journal of Applied bacteriology v 66 p 365378 1989 FURUYA E W M et al Tabelas brasileiras para a nutrição de tilápias Toledo GFM 2010 100p GIBSON G R ROBERFROID M B Dietary modulation of the human colonic microbiota introducing the concept of prebiotics Journal of Nutrition v 125 p 14011412 1995 GURTLER H et al Kolb fisiologia veterinária 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1987 613p ISLABÃO N Manual de cálculo de rações para animais domésticos Sed Porto Alegre Saga 1988 184p LANA R de P Nutrição e alimentação animal mitos e realidades Viçosa UFV 2005 344p LEHNINGER A NELSON L D L COX M M Princípios de bioquímica 4 ed São Paulo Sarvier 2006 MACARI M et al Fisiologia aviária aplicada a frangos de corte Jaboticabal FUNEP UNESP 2002 375p MALAVAZZI G Avicultura manual prático São Paulo NobeI 1999156p MAPA Tabela de aditivos antimicrobianos anticoccidianos e agonistas com uso autorizado na alimentação animal Sl 2008 Atualizado em 03122008 Divisão de AditivosCPAADFIPDAS Disponível em httpwwwagriculturagovbr Acesso em 20 fev 2017 PASTORE S C G et al Boas práticas de fabricação e formulação de rações para peixes In FRACALOSSI DM CYRINO JEP Ed Nutriaqua nutrição e alimentação de espécies de interesse para a aquicultura brasileira Florianópolis Sociedade Brasileira de Aquicultura e Biologica Aquática 2012 p 295345 PEIXOTO R R JOÃO C M Nutrição e alimentação animal 2 ed Pelotas UCPel EDUCATUFPeI 1993 169p RIBEIRO P A P GOMIERO J S G LOGATO P V R Manejo alimentar de peixes Boletim técnico Lavras MG Editora UFLA Universidade Federal de Lavras 2001 16p ROSTAGNO H S et alTabelas brasileiras para aves e suínos composição de alimentos e exigências nutricionais 3 ed Viçosa Universidade Federal de Viçosa 2011 252p SILVA D J QUEIROZ A C Análise de alimentos métodos químicos e biológicos 3 ed Viçosa Ed da UFV 2006 235p SIMON O JADAMUS A VAHJEN E Probiotic feed additives effectiveness and expected modes of action Journal of Animal Feed Science v 10 p 5167 2001 TEIXEIRA A S Alimentos e alimentação Brasília ABEAS1988 180p TORRES A P Alimentos e nutrição das aves domésticas 2 ed São Paulo Nobel 1989 324p VALVERDE CC 250 maneiras de preparar rações balanceadas para frango de corte Coordenação editorial Emerson de Assis Vieira Viçosa UFV 2001 261p ZANOTTO D L GUIDONI A L LIMA G J M M de Efeito da granulometria do milho sobre a digestibilidade das dietas para suínos em crescimento e terminação Concórdia EMBRAPA CNPSA 1998 2 p EMBRAPA CNPSA Comunicado Técnico 223 ZARDO A O LIMA G JM M Alimentos para suínos BIPERS ano 8 n 12 Concórdia EMATERRS e EMBRAPA CNPSA 1999 60p
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João Paulo Ferreira Rufino Formulação e Fabricação de Rações Aves Suínos e Peixes Manaus AM 2017 Copyright 2017 Frank George Guimarães Cruz e João Paulo Ferreira Rufino Capa João Paulo Ferreira Rufino Diagramação João Paulo Ferreira Rufino Fotos Frank George Guimarães Cruz e acervo compartilhado TODOS OS DIREITOS RESERVADOS É proibida a apropriação da autoria total ou parcial desta obra de qualquer forma ou por qualquer meio A violação dos direitos de autor Lei nº 961098 de 19121998 é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal Decreto nº 1825 de 20 de dezembro de 1907 Livro Digital Digital Book Ebook Ficha Catalográfica elaborada por Suely O Moraes CRB 11365 C957f Cruz Frank George Guimarães Formulação e fabricação de rações Frank George Guimarães Cruz João Paulo Ferreira Rufino Manaus EDUA 2017 92 p ilcolor ISBN 97885 7401XXXX 1 NãoRuminantes Alimentação e Rações Nutrição Animal 3 Rações I Rufino João Paulo Ferreira II Título CDU 59153 C957f Cruz Frank George Guimarães Formulação e fabricação de rações Frank George Guimarães Cruz João Paulo Ferreira Rufino Manaus EDUA 2017 92 p ilcolor ISBN 97885 7401XXXX 1 NãoRuminantes Alimentação e Rações Nutrição Animal 3 Rações I Rufino João Paulo Ferreira II Título CDU 59153 Ficha Catalográfica Frank George Guimarães Cruz e João Paulo Ferreira Rufino Formulação e Fabricação de Rações Aves Suinos e Peixes EDUA EDITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS AGRADECIMENTOS A Deus pois sem Ele Nada seria possível A Universidade Federal do Amazonas pelo apoio institucional para publicação desta obra A equipe do Setor de Avicultura da FCAUFAM pela contribuição científica e auxilio na elaboração desta obra Ao corpo docente e discente do Programa de PósGraduação em Ciência Animal da UFAM pelo fornecimento de dados e auxilio acadêmico Aos colegas pesquisadores pela cessão de dados e imagens para enriquecimento desta obra SUMÁRIO Prefácio Apresentação Capítulo 1 NUTRIENTES 1 Nutrientes 11 Água 12 Carboidratos 13 Lipídios 14 Proteínas 15 Vitaminas 16 Minerais Capítulo 2 MATÉRIASPRIMAS 2 Matériasprimas 21 Matériasprimas convencionais 211 Milho 212 Farelo de soja 213 Farinha de carne e ossos 214 Farelo de trigo 215 Fosfato bicálcico 216 Calcário calcítico 217 Farinha de ostra 218 Óleos e gorduras 219 Sal comum 2110 Farinha de peixe 22 Matériasprimas alternativas 221 Sorgo 222 Farelo de arroz integral 223 Raspa integral de mandioca 224 Farinha de gérmen integral de milho 225 Milheto 226 Triticalhe 227 Subprodutos do processamento da mandioca Capítulo 3 SUPLEMENTOS E ADITIVOS 31 Suplementos 32 Aditivos 321 Prónutrientes 3211 Enzimas 3212 Probióticos 3213 Prébióticos 3214 Simbióticos 3215 Nucleotídeos 3216 Antibióticos promotores de crescimento 322 Coadjuvantes de elaboração 3221 Acidificantesconservantes 3 222 Adsorventes 3 223 Aglutinantes 3 224 Antioxidantes 3 225 Corantes e Pigmentantes 3 226 Aromatizantes e Palatabilizantes 323 Profiláticos 3231 Anticoccidianos 3232 Antifúngicos Capítulo 4 FORMULAÇÃO DE RAÇÕES 41 Procedimentos para Formulação de Rações 411 Métodos de Formulação de Rações 4111 Quadrado de Pearson 4112 Método Algébrico Sistemas de Equações 4113 Método do Quadro 412 Composição dos alimentos 413 Programas de custo mínimo Capítulo 5 FABRICAÇÃO DE RAÇÕES 5 Fábrica de ração 51 Formas físicas das rações 52 Equipamentos e acessórios de uma fábrica de ração 53 Moinho 54 Misturador de ração 55 Balanças 56 Anexos 57 Recebimento das matériasprimas 571 PréMistura 572 Mistura das matériasprimas sem adição de óleo vegetal 573 Mistura das matériasprimas com adição de óleos vegetais 574 Retirada da ração do misturador 575 Prazo de validade das rações 576 Cuidados com os equipamentos e misturas 577 Fabricação de ração sem misturador 578 Aspectos importantes na formulação e fabricação de rações Capítulo 6 MODELOS DE RAÇÕES PRONTAS 6 Rações prontas 61 Rações para frangos de corte em lote misto machos e fêmeas confinados 62 Rações para frangos de corte de crescimento lento em lote misto machos e fêmeas semiconfinados 63 Rações para poedeiras comerciais leves 64 Rações para poedeiras comerciais semipesadas 65 Rações para matrizes leves 66 Rações para matrizes semipesadas 67 Rações para suínos Aptidão Corte 68 Rações para suínos Matriz Marrãs e Varrões 69 Rações para suínos Matriz Marrãs em reprodução 610 Rações para suínos Matriz Porcas 611 Rações para suínos Cachaço 612 Rações para tambaqui 613 Rações para tilápia REFERÊNCIAS PREFÁCIO A disseminação de conhecimentos de todo modo sempre é uma ação nobre e que denota vontade para contribuir para o avanço da sociedade uma vez que em um mundo globalizado tudo encontrase inter relacionado implícita ou explicitamente Neste sentido esta obra de minha autoria conjunta com o Professor Doutor Frank George Guimarães Cruz meu orientador e amigo se constitui em valioso conjunto de informações técnicas que visam auxiliar direto e indiretamente na formulação e fabricação de rações balanceadas para aves suínos e peixes Escrito numa linguagem simples e didática sem abrir mão dos princípios científicos o livro que ora prefacio e possuo coautoria tem por objetivo não somente habilitar técnicos mas também produtores estabelecidos em pequenos e médios empreendimentos agropecuários A intenção de auxiliar a melhorar a lida diária de produtores interioranos é mais um motivo para celebração desta obra Sendo assim o livro Formulação e Fabricação de Rações é portanto uma ação de transferência de tecnologia que traduz a experiência acumulada dos autores durante quase três décadas de pesquisas e ações extensionistas desenvolvidas pela equipe do Setor de Avicultura da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas coordenada pelo Prof Dr Frank G G Cruz Além de se mostrar uma ótima ferramenta para produtores de aves suínos e peixes esta obra vem de encontro a politica de incentivo a publicação de informações técnicocientíficas desenvolvida pela Pró Reitoria de Pesquisa e PósGraduação da Universidade Federal do Amazonas E num contexto agropecuário onde verificamos uma demanda de alimentos para atender 67 bilhões de pessoas se tornou um desafio crucial para as nações a produção de proteína de origem animal com qualidade investimentos em áreas como a nutrição animal e rações são importantíssimos para o avanço da sociedade como um todo João Paulo Ferreira Rufino Zootecnista APRESENTAÇÃO A produção animal brasileira encontrase entre as mais desenvolvidas do mundo conferindo ao país um papel de protagonista como um dos maiores exportadores de proteína de origem animal Todavia para atingir altos patamares de produção e excelência houve a necessidade de investimentos e investigação científica em áreas específicas da produção animal dentre as quais a que mais obteve destaque foi a nutrição animal onde esta passou a corresponder ao longo dos anos a 70 a 80 dos custos totais de produção de diversos segmentos avicultura suinocultura piscicultura dentre outras Vale ressaltar que nos últimos anos houve uma modificação substancial do perfil do mercado de commodities agrícolas principalmente milho e farelo de soja principais matériasprimas utilizadas em cálculo de rações em razão da criação de um mercado de bioenergia que objetiva atender déficits futuros de energia não renovável petróleo havendo uma grande demanda por derivados do milho assim alterando significativamente a balança comercial e o quadro de comércio e preços mundiais destas duas commodities Diante desta realidade há uma constante demanda para que as instituições de pesquisa e as universidades invistam em programas de desenvolvimento de matériasprimas alternativas formulação e fabricação de rações de custo mínimo visando principalmente a substituição do binômio milho e farelo de soja Assim este livro foi elaborado com base em 29 anos de pesquisas desenvolvidas pela equipe coordenada pelo Prof Dr Frank George Guimarães Cruz no Setor de Avicultura da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas além dos anos de docência e experiência em consultorias técnicas dos autores na área de nutrição animal com especificação em nutrição de aves suínos e peixes Através destas foi possível reunir neta obra informações sobre a indústria de rações com ênfase na identificação e controle de qualidade de matériasprimas processamento formulação e fabricação de rações balanceadas para aves suínos e peixes além de estrutura e funcionamento de equipamentos para tais finalidades em pequenas médias e grandes fábricas de rações Além disso as informações contidas neste livro apresentam uma linguagem simples e objetiva destinandose a profissionais professores e estudantes de Agronomia Zootecnia e Medicina Veterinária técnicos agrícolas e produtores que desejam produzir rações em pequenas e médias fábricas Os autores Braves sign pair of Dominican standout hitters to 13 million bonus contracts Atlanta Braves general manager John Schuerholz was at a Miami hotel to sign two more of the Dominican Republics most soughtafter baseball prospects Friday Alberto Castillo an 18yearold shortstop and Jose Kalidan 17 and an outfielder each agreed to fouryear signing bonus contracts with Atlanta that could be worth up to 65 million Schuerholz announced The two players regarded as the Braves most valuable international prospects were signed after months of negotiations Schuerholz said Were fortunate to be in a position to spend some of our bonus pool money the GM said We think these guys have the potential to be really good players for us Castillo was the Braves top signing target and scouts consider him a solid defensive player with impressive power potential Kalidan outfielder is known for his speed and ability to hit for average The contracts guarantee each player 350000 for signing with the rest to be paid out tied to performance and appearance in the major leagues The deals come amid scrutiny in major league baseball over increasing amounts of money being spent on amateur players from the Dominican Republic Other teams have paid as much as 8 million to sign standouts The Braves plan to have two fulltime scout teams based in the country to identify and acquire top talent and improve their presence in the region Schuerholz said The deals come less than a week after the Braves signed catcher Yan Gomes and pitcher Julio Teheran both born in Dominican Republic to minor league contracts Schuerholz said the team remains open to signing more international players before the July deadline 32 Craft beer demand bubbles up to break new growth records TORONTO Reuters The global demand for craft beer has surged sharply since the onset of the COVID19 pandemic and shows no signs of slowing down with recent years shattering previous records for growth according to industry experts People are drinking more craft beer than ever before said John Smith CEO of the Brewers Association a trade group representing small and independent American craft brewers The sectors growth has been fueled by a mix of factors including a growing consumer preference for diverse and highquality beers the rise of local breweries offering unique flavors and the increasing popularity of home brewing In 2021 global craft beer sales jumped by nearly 12 the highest yearly increase in more than a decade and the trend continued into 2022 with an estimated 8 growth worldwide Markets in North America Europe and Asia have all contributed significantly to this surge The pandemic played a role in reshaping drinking habits with lockdowns encouraging consumers to explore new and artisanal beverages at home Social distancing and closed pubs pushed many people to try brewing or buying craft beers they hadnt previously considered Smith explained Industry analysts forecast that the craft beer segment will continue to expand driven by innovation sustainability efforts and digital marketing campaigns connecting directly with consumers However challenges remain such as supply chain disruptions and increased competition from both traditional beer makers and the burgeoning hard seltzer market Still the outlook remains optimistic with craft beer enthusiasts eager to support local and smallscale brewers 75 Tips for organizing a successful community fundraiser 1 Define your cause clearly Make sure your fundraiser has a specific and impactful goal that resonates with your audience 2 Plan ahead Start organizing well in advance to ensure all details are covered and volunteers are prepared 3 Set a realistic budget Account for all potential expenses and try to secure donations or sponsorships to offset costs 4 Build a team Recruit dedicated volunteers to help with different aspects such as promotion logistics and dayofevent tasks 5 Choose the right venue Pick a location that is accessible appropriate for the type of event and within your budget 6 Promote effectively Use social media local media flyers and wordofmouth to spread the word and generate excitement 7 Engage the community Involve local businesses schools and organizations to participate or donate 8 Provide entertainment and refreshments Keep attendees engaged with activities food and beverages 9 Have clear donation methods Make it easy for people to donate through multiple channels such as online cash or checks 10 Follow up and thank supporters After the event send thankyou notes and update donors on how funds were used Capítulo 1 NUTRIENTES 1 Nutrientes São grupos de constituintes alimentares de composição química específica que participam do metabolismo celular sendo responsáveis pela manutenção da vida animal Do ponto de vista nutricional são conhecidos seis grupos de nutrientes água carboidratos solúveis e insolúveis lipídios proteínas vitaminas e minerais 1 1 Água As principais funções da água no organismo animal são ajustar a temperatura corporal auxiliar no funcionamento do metabolismo regular a eficiência digestiva dentre outras Para aves dependendo da idade e do sexo a água representa em média 55 a 75 do peso corporal da galinha 65 do ovo Em suínos há uma relação direta entre o consumo de água diário e peso vivo onde suínos com 75kg em média podem apresentar perda de 1L de vapor dáguadia sendo um requerimento maior apresentado por suínos lactantes e em crescimento Vale ressaltar que ao perder gordura corporal os animais podem sobreviver enquanto uma perda menos significativa de água pode ocasionar alto índice de mortalidade Para peixes com o desenvolvimento da atividade aquícola juntamente com a tomada de consciência relativamente recente dos problemas ambientais e do próprio fato dos peixes residirem no ambiente aquático houve uma plena evolução quanto a atenção que se deve oferecer ao item qualidade da água em especial àquela utilizada em sistemas de criação intensivo e semiintensivo E para esta água utilizada na aquicultura sugerese que os produtores estabeleçam parâmetros conforme as recomendações técnicas e legais quanto a sua obtenção uso e reuso a sua disposição além de se preocuparem quanto a aplicação de métodos de avaliação e recuperação simples objetivos e eficientes 1 2 Carboidratos Compõe 34 do peso seco da matéria vegetal e formam a maior parte do suprimento nutritivo animal Incluem açúcares amido celulose e hemicelulose sendo classificados em dois grandes grupos carboidratos solúveis amido e açucares e carboidratos insolúveis carboidratos estruturais fibra ou as classificações propostas pelo método de Van Soest Os carboidratos juntamente com os lipídios são as maiores fontes de energia utilizadas pelos animais domésticos Entretanto os carboidratos atuam na maioria das vezes como fonte energética primária aos animais domésticos estando presente em maior quantidade principalmente em grãos e seus subprodutos e consequentemente encontrandose em grandes quantidades em rações para aves e suínos Estes são também utilizados na biossíntese de ácidos graxos e AAs na constituição de moléculas complexas glicolipídeos glicoproteínas ácidos nucléicos para fornecimento de fibra na dieta síntese de riboflavina e ácido ascórbico formação da lactose dentre outras funções Para peixes a digestão dos carboidratos é relativamente rápida e restrita Diferentemente dos mamíferos eles não apresentam atividade de αamilase na cavidade bucal sendo a produção desta enzima restrita ao pâncreas e intestino principalmente em espécies onívoras e herbívoras Destacase que atualmente pesquisadores avaliando a influência da inclusão de fontes de carboidratos em rações para peixes verificaram que ao adicionar esses ingredientes é possível aumentar a utilização da proteína para a deposição na carcaça e não como fonte de energia 1 3 Lipídios São compostos orgânicos presentes nos tecidos animais e vegetais insolúveis em água e solúveis em éter benzeno e clorofórmio ricos em carbono e hidrogênio e pobres em oxigênio De forma geral os lipídios são compostos por moléculas de ácidos graxos saturados ou insaturados de cadeia curta ou longa associadas a compostos que determinam suas funções estruturais e os classificam do ponto de vista nutricional em saponificáveis simples gorduras e ceras e compostos glicolipídios lipoproteínas e fosfolipídios e em insaponificáveis terpenos esteroides e prostaglandinas Estes desempenham importantes funções no metabolismo animal atuando como reserva energética uma vez que produzem 225 vezes mais energia que os carboidratos proteção e isolamento térmico síntese e absorção de vitaminas lipossolúveis regulação hormonal da fisiologia reprodutiva formação de sais biliares dentre outras 1 4 Proteínas São compostos químicos formados por moléculas de aminoácidos constituídos por carbono hidrogênio e oxigênio além de nitrogênio e enxofre unidos por cadeias peptídicas Estes aminoácidos são classificados em essenciais e não essenciais variando sua exigência pelos animais conforme a espécie Por função as proteínas geralmente atuam na formação estrutural de órgãos e tecidos principalmente o muscular além de pele pelos penas unhas e chifres transporte de biomoléculas regulação metabólica composição de material genético DNA e RNA dentre outras Os aminoácidos essenciais recebem esta classificação pois os mesmos não são sintetizados suficientemente pelo organismo para o atendimento das exigências dos animais Para os animais não ruminantes são considerados oito aminoácidos essenciais metionina lisina fenilalanina triptofano treonina valina Ieucina e isoleucina Especificadamente para os suínos além dos aminoácidos mencionados há exigências de histidina e arginina exceto para porcas gestantes que não exigem arginina devido a produção desta pelo ciclo da uréia Já no caso das aves além dos dez aminoácidos mencionados há ainda exigências de glicina e prolina sendo o primeiro importante para a formação do ácido úrico e o segundo para formação das penas Vale ressaltar que os aminoácidos sulfurosos incluem a metionina cisteína e cistina A cisteína é produzida pelo organismo a partir da metionina serina ou a partir da cistina Por isso ao se balancear rações para aves e suínos há necessidade do atendimento de metionina e do total de aminoácidos sulfurosos metionina cistina Para peixes a proteína é o nutriente de maior expressão nas rações uma vez que seu nível nas dietas é relativamente alto quando comparados aos níveis proteicos de rações para aves e peixes sendo seu custo de inclusão elevado podendo influenciar diretamente nos custos finais da produção piscícola Um dos principais objetivos da nutrição de peixes é obter uma máxima incorporação da proteína proveniente da dieta ao metabolismo visando adequado crescimento corporal e melhor desempenho Destacase ainda que para uma adequada deposição de proteína muscular em todas espécies de peixes fazse necessário a utilização de níveis proteicos elevados devido cerca de 65 a 75 do peso total dos peixes em base de matéria seca ser constituído por proteínas além da demanda natural que encontrase associada ao metabolismo energético Outrora o excesso de proteína nas rações promoverá duas situações distintas inicialmente será a utilização desta para produção energia na forma de calor e como consequência adicional haverá um excesso de determinado aminoácido que será absorvido de forma prioritária em prejuízo de outro o que irá reduzir a digestibilidade e a qualidade da proteína a ser metabolizada 1 5 Vitaminas São compostos orgânicos que fazem parte de um grupo de substâncias distintas quimicamente exigidas em pequenas quantidades nas rações porém necessárias para atividades metabólicas São classificadas em Iipossolúveis solúveis em gordura onde estão inseridas as vitaminas A D E e K e hidrossolúveis solúveis em água representadas pelas vitaminas B1 tiamina B2 riboflavina B3 ácido pantotênico B6 piridoxina B12 cobalamina niacina ácido nicotínico e nicotinamida biotina folacina ácido fólico colina e vitamina C ácido ascórbico Em rações há necessidade de fornecêIas na forma de suplementos em razão das matérias primas não possuírem na sua composição quantidade suficiente para atender as necessidades dos animais nãoruminantes 1 6 Minerais São elementos inorgânicos que compõem cerca de 3 a 4 do peso vivo dos animais Entre suas funções incluem a formação e manutenção do esqueleto constituem as nucleoproteínas auxiliam no transporte do oxigênio participam das reações químicas que tomam parte nos tecidos corpóreos ativadores do sistema enzimático e interrelacionam com as vitaminas Ex selênio com a vitamina E Os minerais são classificados em macrominerais e microminerais Os macrominerais são requeridos em maiores quantidades nas rações e representados pelo cálcio fósforo sódio cloro potássio magnésio e enxofre Em rações para poedeiras o cálcio pode atingir níveis de 4 de inclusão nas rações devido o processo de formação da casca do ovo dentre outras funções metabólicas Requeridos em pequenas quantidades nas rações os microminerais são constituídos pelo iodo selênio cobalto cobre manganês molibdênio zinco e ferro Em rações de frangos de corte a relação cálcio e fósforo deve ser 21 ou seja duas partes de cálcio para uma parte de fósforo já em aves de postura esta relação chega a 68 1 Em rações para aves suínos e peixes os minerais podem ser suplementados na forma inorgânica e complexada sendo esta última baseada na sua biodisponibilidade Vale ressaltar que diferentemente dos animais terrestres os peixes são capazes de absorver minerais da água através de filtração no aparelho branquial No entanto quando manejados em sistemas de cultivo necessitam de uma suplementação para melhor atender as exigências minerais de cada espécie Capítulo 2 MATÉRIASPRIMAS 2 Matériasprimas As matériasprimas são também conhecidas como ingredientes e integram as rações para aves suínos e peixes de forma convencional ou seja os que normalmente compõem as rações e as alternativas Dentre as convencionais encontramse milho farelo de soja farinha de carne e osso farelo de trigo calcário fosfato bicálcico farinha de ostra óleo bruto de soja sal comum farinha de peixe dentre outros Nas matérias primas alternativas incluise sorgo farelo de arroz integral farelo de girassol raspa integral de mandioca farinha de gérmen integral de milho farelo de coco farelo de tomate farelo de goiaba subprodutos do processamento da mandioca dentre outros Geralmente o binômio milho e soja e seus derivados além de participarem em maior quantidade na composição das rações para não ruminantes atualmente estão sendo utilizados também na produção de biocombustíveis o que vem incentivando cada vez mais a utilização de fontes alternativas de energia e proteína nas rações 21 Matériasprimas convencionais 211 Milho É o cereal mais utilizado como fonte energética possuindo cerca de 3400 kcalkg de energia metabolizável Este valor energético decorre do elevado valor de extrativos não nitrogenados ENN essencialmente amido 7073ºo contém alto teor de gordura 3545 quando comparado com outros grãos possui proteína bruta em torno de 9 e baixo teor de fibra bruta situando em torno de 22 Quanto aos minerais é pobre em cálcio e fósforo disponível possuindo aproximadamente 003 e 008 respectivamente Os grãos de milho apresentam tonalidades variadas amarelo branco e vermelho Destes o mais utilizado é o amarelo principalmente pela riqueza em próvitamina A betacaroteno e xantofila sendo que este último possui de 100 a 200 mgkg e é responsável pela pigmentação das pernas pele das aves e gema do ovo além de aspectos organolépticos da carne de suínos e peixes No preparo de rações o milho deve possuir no máximo 13 de umidade e isento de micotoxinas resíduo de pesticidas e sementes tóxicas O consumo é realizado na forma de grão moído pode haver seletividade de ingredientes por aves e suínos o que acarretaria o desbalanceamento da dieta O milho moído se deteriora rapidamente sendo recomendável sua moagem na hora de efetuarse a mistura e o tempo de estocagem não deve ser superior a 72 horas O milho é a principal matériaprima das rações para aves e suínos e participa com 50 a 70 das rações 212 Farelo de soja É a fonte proteica de origem vegetal mais utilizada em rações para nãoruminantes apresentando teor de proteína variando entre 37 a 48 com um importante completo perfil de aminoácidos É um subproduto resultante da moagem dos grãos de soja através do processo industrial para extração de óleo comestível É importante mencionar que na soja existem fatores antinutricionais como os inibidores de tripsina e quimiotripsina e as Iecitinas que causam danos ou impedem a absorção dos nutrientes pelos animais contudo são destruídos ou inativados através de tratamento térmico Os farelos com alta proteína são oriundos da soja sem casca ao passo que os de baixa proteína possuem quantidades variáveis de casca o que proporciona redução da energia metabolizável E dependendo da forma de processamento industrial são obtidos os seguintes subprodutos em termos de proteína bruta farelo de soja integral tostada37ºo farelo de soja45 e farelo de soja48 Salienta se que apesar do farelo de soja integral tostado possuir menor valor protéico possui energia metabolizável superior aos demais farelos Existe ainda como subproduto a casca de soja cuja proteína bruta e de aproximadamente 135 Normalmente o farelo de soja constitui de 15 a 25 das rações para aves suínos e peixes 213 Farinha de carne e ossos É uma das principais fontes proteicas de origem animal utilizada na fabricação de rações sendo um subproduto de graxarias e frigoríficos obtido a partir de ossos e resíduos de tecidos animais após a desossa completa da carcaça de bovinos eou suínos Dependendo da forma de processamento possui teor de proteína bruta variando de 40 a 50 ótima fonte de minerais com nível de fósforo superior a 36 na matéria e rica em aminoácidos essenciais Na sua composição a relação cálciofósforo não deve ultrapassar 221 uma vez que uma relação superior a esta pressupõem matériaprima adulterada Os teores de proteína cálcio e fósforo da farinha de carne e ossos poderão variar com maior ou menor participação de restos de carne em relação a quantidade de ossos Além da exigência de cuidados especiais desde a chegada do produto até o seu armazenamento e utilização uma vez que encontrase sujeita constantemente a contaminação microbiológica e oxidação E apesar da riqueza proteica a farinha de carne e ossos é utilizada somente até 5 na composição das rações de aves e suínos devido restrições técnicas relacionadas a transferências de sabor para os produtos carne e ovos e zoonoses ocasionalmente passiveis de transmissão 214 Farelo de trigo É um subproduto resultante do processo industrial do trigo para obtenção da farinha de trigo sendo constituído de partículas finas da película do grão do gérmen e demais camadas internas do grão Possui de 15 a 16 de proteína bruta 9 a 10 de fibra bruta e 033 de fósforo disponível sendo esse último superior aos demais alimentos da classe que pertence Em razão do seu alto teor de fibra e baixa energia recomendase utilizar o farelo de trigo até 5 na fase inicial 10 a 20 na fase de crescimento e 15 a 20 em poedeiras e suínos 215 Fosfato bicálcico É obtido da transformação do fosfato de rocha em ácido fosfórico submetido ao processo de defluorização Apresenta na sua composição 23 de cálcio 18 de fósforo e flúor máximo 1 do teor de fósforo Utilizase até 2 em rações de aves dependendo da adição ou não de farinha de carne e ossos podendo ser substituído pelo fosfato monocálcico ou fosfato tricálcico 216 Calcário calcítico É um produto oriundo da moagem do carbonato de cálcio desidratado Contém 37 de cálcio magnésio máximo 1 e fIúor máximo 003 Salientase que jamais devese utilizar o calcário dolomítico em virtude do alto teor de magnésio ser prejudicial as aves e suínos promovendo o raquitismo nas aves jovens e leitões enfraquecimento dos ossos nas aves e suínos adultos casca fina dos ovos e geralmente diarreia em ambas as espécies É muito variada a quantidade de calcário utilizada nas fases de manejo das aves e suínos destacandose a fase de postura onde pode se utilizar até 8 da composição total da ração e leitões que possuem um requerimento maior que demais categorias 217 Farinha de ostra É obtido de conchas das ostras após lavagem secagem e moagem Apresenta na sua composição 36 a 38 de cálcio sendo uma das melhores fontes desse mineral O nível utilizado em rações para aves e semelhante ao calcário calcítico 218 Óleos e gorduras São fornecedores de energia e algumas matériasprimas como o óleo de dendê que além de fornecerem energia são ricos em vitamina A e E Em virtude de sua coloração amarelo avermelhado possui alto teor de carotenoides que podem promover grande pigmentação da carcaça do frango e na gema do ovo A rancificação é a maior dificuldade para viabilizar a utilização destas fontes de energia em rações para aves e suínos daí a necessidade de se utilizar antioxidantes no momento de seu processamento É recomendável que está matériaprima seja armazenada em local seco e por um período curto de tempo Em rações para aves e peixes podese utilizar até 5 de óleos e gorduras e em rações para suínos recomendase a utilização de até 7 219 Sal comum O sal comum ou cloreto de sódio NaCl é um produto obtido através do processo de desidratação de salinas Age principalmente como estimulador do apetite dos animais contendo cerca de 60 de cloro 40 de sódio e traços de iodo O consumo de água pelas aves e suínos é afetado diretamente pelo teor de sal que por sua vez é controlado pelos rins no organismo Uma situação de campo pode ser observada quando estes ingerem quantidades elevadas de sal uma vez que promoverá maior ingestão de água para sua eliminação e tornará as fezes mais aquosas Normalmente participa das rações avícolas e suinícolas com níveis variando de 025 a 040 2110 Farinha de peixe A qualidade e a composição da farinha de peixe varia consideravelmente de acordo com a matériaprima utilizada e o método de industrialização A farinha de peixe é uma fonte de proteína com valor oscilando entre 58 a 65 com grande disponibilidade de aminoácidos essenciais metionina e lisina e boa composição de minerais sendo uma importante fonte de cálcio fósforo e microminerais zinco manganês cobre selênio e ferro aos peixes É uma grande opção para regiões com alta produção aquícola e consumo de pescado pois é produzida a partir de partes não nobres de peixes de baixa comercialização e abrangência de mercado sendo utilizados em rações para aves suínos e principalmente peixes Recomendase utilizar até 5 de farinha de peixe nas rações para aves e suínos em virtude de níveis superiores transferirem o gosto e o cheiro para carne e ovos respectivamente Para peixes existe uma restrição diferenciada uma vez que esta pode chegar a patamares de inclusão que variam de 5 a 65 nas rações 2 Matériasprimas alternativas 221 Sorgo Em razão de suas características nutricionais o sorgo vem sendo utilizado em substituição ao milho Contudo na parte externa do grão do sorgo encontramse substâncias chamadas tanino que promovem interferência metabólica sobre as enzimas digestivas e em função dos níveis de tanino o sorgo pode ser classificado em alto ou baixo Diferente do milho os grãos de sorgo apresentam baixa concentração de xantofila havendo necessidade de suplementar as rações com pigmentos naturais ou sintéticos É importante mencionar que a substituição do milho pelo sorgo somente é viável economicamente quando o preço do sorgo for 15 a 20 inferior ao do milho Em rações para aves e suínos podese substituir integralmente o milho pelo sorgo com baixo teor de tanino já existem variedades com teores tão reduzidos ao ponto de serem considerados sem tanino 222 Farelo de arroz integral É um subproduto do beneficiamento do arroz descascado constituindose numa excelente fonte de energia alternativa na alimentação das aves em substituição ao milho Recomendase utilizar em rações para aves 10 a 15 na fase inicial e 10 a 20 nas fases de crescimento e postura 223 Raspa integral de mandioca É obtida pela trituração da raiz e posterior desidratação ao sol ou em secadores o que provoca a eliminação da toxidez causada por glicosídeos cianogênicos substâncias que liberam ácido cianídrico É uma matériaprima utilizada como fonte energética alternativa porém possui baixo teor de aminoácidos e pigmentos Em frangos de corte podese utilizar até 15 da ração e para poedeiras e suínos até 40 224 Farinha de gérmen integral de milho É obtido por processamento mecânico da moagem do gérmen do tegumento e das partículas amiláceas possuindo cerca de 108 de proteína bruta Em rações de frangos de corte podese substituir o milho por gérmen integral de milho em até 20 na fase inicial 32 na fase de crescimento e 17 na fase de acabamento 225 Milheto É um cereal resistente à seca e altas temperaturas sua maior ocorrência é nas regiões sul sudeste e centrooeste Apresenta 1310 de proteína bruta e 3168 kcalkg de energia metabolizável em rações para aves e suínos pode substituir até 60 do milho Quando da substituição do milho pelo milheto recomendase a suplementação de pigmentos na ração tendo em vista sua baixa concentração de carotenoides o que compromete a coloração da pele do frango e do suíno além da gema do ovo 226 Triticalhe É um cereal resultante do cruzamento do trigo e centeio e sua produção concentrase nos estados do sul do Brasil devido às condições climáticas Apresenta na sua composição 1281 de proteína bruta e 2995 kcalkg de energia metabolizável É utilizado como fonte energética e pode substituir até 30 do milho em rações de aves 227 Subprodutos do processamento da mandioca São produtos obtidos a partir da trituração das sobras conhecida popularmente como aparas ou tocos da raiz da mandioca por ocasião da comercialização sendo processados visando a utilização na alimentação animal Semelhante ao que ocorre com a raspa integral da mandioca estes são processados para eliminar a toxidez causada por glicosídeos cianogênicos Na literatura verificamse citações quanto ao potencial de substituição integral do milho fonte energética por subprodutos do processamento da mandioca em rações de aves de postura e suínos em diversas categorias desde que suplemente com pigmentantes a ração Vale ressaltar a importância da realização de mais pesquisas com esta matériaprima principalmente em regiões deficientes na produção de milho a fim de consolidar ainda mais os resultados Capítulo 3 SUPLEMENTOS E ADITIVOS 21 Suplementos Nas rações para aves suínos e peixes são incluídos produtos que não são reconhecidos como matériasprimas mas que desempenham funções importantes do ponto de vista nutricional Incluise neste contexto os suplementos vitamínicosminerais que são prémisturas constituídas por um conjunto de vitaminas eou minerais minuciosamente balanceados a fim que se atenda a todas as necessidades do animal dentro do segmento desejado idade aptidão sexo dentre outros parâmetros prédefinidos Outrora estas pré misturas podem ser fabricadas comercializadas e fornecidas aos animais juntas prémistura vitamínicamineral ou separadas prémistura ou suplemento vitamínico e prémistura ou suplemento mineral havendo sutis diferenciações quanto ao manejo destas durante a formulação e fabricação para aves suínos e peixes Quadro 1 Recomendações técnicas para inclusão de premixes em rações para aves suínos e peixes Categoria da Pré mistura Componentes Veículo Inclusão nas rações kgton Vitamínicos Vitaminas Farelo de Soja Farelo de Trigo Casca de Arroz Moída Óleo Mineral 025 20 Minerais Micro e macro minerais Carbonato de Cálcio Calcário Calcítico 05 a 15 Completos Vitaminas minerais e aditivos Farelo de Trigo Casca de Arroz Carbonato de Cálcio Calcário Calcítico Caulim 20 a 150 Fonte Os autores 32 Aditivos São todas as substâncias orgânicas inorgânicas ou sintéticas adicionados a composição das rações com a finalidade de conservar intensificar ou modificar suas propriedades desde que não prejudique o seu valor nutritivo além de incrementar o desempenho dos animais Ressaltase ainda que sua utilização é passível de concordância com determinadas normas dos órgãos de fiscalização agropecuária e não deve deixar resíduos prejudiciais ao consumidor no produto final Os aditivos podem ser classificados em 3 grandes categorias que são os prónutrientes os coadjuvantes de elaboração e os profiláticos Dentro destas estes são constituídos por 14 grupos conhecidos acidificantesconservantes adsorventes aglutinantes anticoccidianos antifúngicos antioxidantes aromatizantespalatabilizantes corantes enzimas pigmentantes prebióticosprobióticossimbióticos nucleotídeos nutracêuticos ou alimentos funcionais e os promotores de crescimento 321 Prónutrientes São microingredientes utilizados na alimentação fornecidos oralmente aos animais em pequenas quantidades promovendo e intensificando os valores intrínsecos da mistura de nutrientes na dieta animal Podem ser produtos de origem vegetal ou produtos de origem animal em estado natural fresco ou preservado podendo também ser produtos derivados de processamentos industriais Estes apresentamse como substâncias orgânicas ou inorgânicas oferecidas oralmente isoladas ou em misturas O uso prónutrientes enfatiza a parceria destes com os nutrientes já contidos nos alimentos onde o seu uso visa promover melhoria no desempenho animal em comparação aos animais controles São classificados nesta categoria as enzimas prebióticos probióticos simbióticos nucleotídeos e os antibióticos promotores de crescimento 1 Enzimas São proteínas globulares de estrutura terciária ou quaternária que agem como catalisadores biológicos aumentando a velocidade das reações químicas no organismo sem serem elas próprias alteradas neste processo São altamente específicas para os substratos e dirigem todos os eventos metabólicos As enzimas digestivas têm um sítio ativo que permite que elas atuem na ruptura de uma determinada ligação química sob condições favoráveis de temperatura pH e umidade Estes aditivos alimentares podem ser incorporados as dietas das aves primordialmente com o propósito de melhorar o seu desempenho e com isso a sua rentabilidade Todavia apenas uma fração dos componentes das dietas avícolas são suplementadas com estes aditivos Esta situação entretanto deverá gradativamente ser alterada a partir do desenvolvimento de novas enzimas alimentares ou novas formas de aplicação desses produtos De acordo com a sua finalidade as enzimas usadas em rações para não ruminantes podem se dividir em dois tipos enzimas destinadas a complementar quantitativamente as próprias enzimas digestórias endógenas dos animais proteases amilases fitases e enzimas que esses animais não podem sintetizar β glucanases pentosanas e α galatosidases com a finalidade de otimizar os processos metabólicos digestivos Os microrganismos que geralmente estão envolvidos na indústria de produção de enzimas para alimentação animal são bactérias Bacillus subtilis Bacillus lentus Bacillus amyloliquifaciens stearothermophils dentre outras fungos Triochoderma longibrachiatum Asperigillus oryzae e Asperigillus niger e levedura Saccharomyces cerevisiae Todavia as enzimas podem ser produzidas em todos os organismos vivos desde animais e plantas mais desenvolvidos às formas mais simples de vida pois são essenciais para diversos processos metabólicos 2 Probióticos O conceito moderno de probiótico foi definido por Fuller 1989 como sendo um suplemento alimentar constituído de microrganismos vivos capazes de beneficiar o hospedeiro através do equilíbrio da microbiota intestinal Mais tarde o mesmo autor considerou que para serem considerados como probióticos os microrganismos deveriam ser produzidos em larga escala permanecendo estáveis e viáveis em condições de estocagem serem capazes de sobreviver no ecossistema intestinal e possibilitar ao organismo os benefícios de sua presença O modo de administração dos probióticos pode ser o mais variado possível adicionado na ração em água de bebida pulverização sobre os animais inoculação em ovos embrionados através da cama usada em cápsulas gelatinosas e via intraesofagiana e determina uma melhor ou pior capacidade de colonização intestinal pelas bactérias presentes no produto utilizado As principais cepas bacterianas utilizadas no preparo de probióticos incluem Lactobacillus spp Bifidobacterium sp Enterococcus faecium e Bacillus spp SIMON et al 2001 FERREIRA et al 2002 Contudo ainda não é definida à composição microbiana ideal de um probiótico Todavia a eficácia do mesmo é estritamente dependente da quantidade e das características das cepas bacterianas utilizadas na elaboração deste e sua inclusão nas dietas como aditivo alimentar 3213 Prébióticos Gibson e Roberfroid 1995 definiram prebióticos como ingredientes alimentares que são digeridos na porção proximal do trato gastrintestinal de monogástricos e que proporcionam efeito benéfico no hospedeiro por estimular seletivamente o crescimento eou metabolismo de um limitado grupo de bactérias no cólon Outros importantes aspectos para determinado ingrediente ser considerado um prebiótico é que este não pode ser hidrolisado ou absorvido no intestino delgado seja um substrato seletivo para um determinado grupo de bactérias benéficas seja capaz de alterar a microbiota intestinal de forma favorável ao hospedeiro e possa induzir efeitos benéficos sistêmicos no lúmen intestinal Neste sentido estes devem servir como substrato a uma ou mais bactérias intestinais benéficas que por sua vez serão estimuladas a crescer eou tornaremse metabolicamente ativas possuir a capacidade de alterar a microbiota intestinal de maneira favorável à saúde do hospedeiro e induzir efeitos benéficos sistêmicos ou na luz intestinal do hospedeiro Alguns carboidratos peptídeos proteínas e lipídeos podem ser inseridos no conceito de prebióticos entretanto entre os carboidratos os denominados oligossacarídeos que são cadeias curtas de polissacarídeos compostos de três a dez açúcares simples ligados entre si são os que mais se enquadram na definição e nas características concernentes aos prebióticos Alguns desses polissacarídeos como os frutoligossacarídeos FOS glucoligossacarídeos GOS e os mananoligossacarídeos MOS podem substituir determinados antibióticos utilizados preventivamente estimulando ainda a produtividade principalmente para frangos de corte e suínos 4 Simbióticos O denominado aditivo simbiótico corresponde à combinação de prebióticos e probióticos e constitui um conceito mais moderno na utilização de aditivos em dietas animais Esta associação é considerada uma alternativa interessante no sentido de melhorar a sanidade do intestino delgado e cecos dos frangos de corte através dos mecanismos fisiológicos e microbiológicos A ação simbiótica estabiliza o meio intestinal e aumenta o número de bactérias benéficas produtoras de ácido láctico favorecendo a situação de eubiose 5 Nucleotídeos São substâncias compostas por uma base nitrogenada base púrica ou pirimidínica um fosfato e uma pentose ribose ou desoxirribose Por hidrólise parcial é possível retirar o radical fosfato dos nucleotídeos formando compostos denominados nucleosídeos Quanto provenientes da dieta os nucleotídeos são ingeridos principalmente como nucleoproteínas derivadas do material nuclear Estudos demonstraram que os nucleotídeos na dieta de aves e suínos são capazes de melhorar a resposta imune promover o aumento da altura das vilosidades intestinais com consequente aumento da absorção dos nutrientes e prevenir os efeitos negativos sobre a estrutura do intestino evitandose assim quedas de desempenho Vale ressaltar que a suplementação com nucleotídeos é especialmente importante no desenvolvimento de tecidos com rápido turnover celular quando a capacidade de síntese endógena não é suficiente para responder às maiores exigências como em períodos de rápido crescimento e após agressões no organismo tais como doenças ou traumas 6 Antibióticos promotores de crescimento Os antibióticos em geral podem ser definidos como produtos do metabolismo microbiano capazes de eliminar ou inibir o crescimento de outros microrganismos sendo efetivo em baixas concentrações Atualmente são conhecidos mais de 5000 antibióticos dos quais 75 aproximadamente são produzidos pelo gênero Streptomyces Poucas áreas de pesquisa tiveram tanta representatividade no estudo farmacológico como o descobrimento e produção em larga escala dos antibióticos Essencialmente os antibióticos utilizados na produção animal podem ser classificados em três categorias de dosagem terapêutica atua no tratamento de doenças diagnosticadas em lotes de aves por exemplo utilizando dosagens acima da concentração inibitória mínima CIM profilática apenas para controle e combate a possíveis infestações microbianas utilizando dosagens cerca de 50 ou menos do que as doses terapêuticas devendo atingir a CIM e promotor de crescimento Fisiologicamente as principais características que distinguem os antibióticos promotores de crescimento dos antibióticos de uso terapêutico por exemplo são os amplos espectros de ação sobre bactérias Gram e a baixa absorção em nível intestinal Nesta atribuição o efeito primário dos antibióticos promotores de crescimento em contato com o trato gastrointestinal é o controle de bactérias indesejáveis promovendo assim um equilíbrio na microflora gastrintestinal em favor das bactérias favoráveis eou reduzindo o número total de bactérias neste principalmente as Gram Por várias décadas estes antibióticos promotores de crescimento foram utilizados em dietas animais para promover melhora no desempenho produtivo mas o uso destas substâncias na alimentação das aves suínos e peixes tem sido visto como um fator de risco para a saúde humana principalmente em decorrência de contestações como a presença de resíduos dos antimicrobianos na carne nos ovos e na indução da resistência cruzada com bactérias patogênicas em humanos 1 Coadjuvantes de elaboração São microingredientes ou preparações que demonstrem efeito sobre características físicas dos alimentos atuando geralmente na modificação de cor odor estado conservação consistência peletizados extrusados ou micronizados dentre outros Geralmente possuem uma função específica de melhorar a conservação o processo industrial e a proteção dos alimentos durante processo de confecção de armazenamento e de consumo pelos animais mantendo e conservando suas características físicas e organolépticas íntegras Enquadramse nesta categoria os acidificantesconservantes adsorventes aglutinantes antioxidantes corantes pigmentantes aromatizantespalatabilizantes e flavorizantes 1 Acidificantesconservantes Definemse como microrganismos que formam colônias ou outras substâncias definidas quimicamente orgânicos ou inorgânicos que quando administradas aos animais têm efeito positivo na microbiota intestinal e quando adicionados a alimentação reduzem o pH do trato digestivo anterior com o objetivo de facilitar o processo de digestão e diminuir a quantidade de microrganismos patogênicos no estômago e no intestino Os ácidos orgânicos os acidificantes mais utilizados já comprovaram que podem controlar enteropatógenos em matériasprimas e nas rações após o seu processamento sendo que sua ação acidificante promove uma melhor digestão dos nutrientes e tem sido utilizado como alternativa aos antibióticos principalmente por sua capacidade de não deixar residual nos produtos de origem animal 2 Adsorventes São organismos ou substâncias orgânicas ou inorgânicas produzidos a fim de amenizar os possíveis danos causados por micotoxinas no organismo de aves e suínos Temse utilizado constantemente as substancias adsorventes em dietas animais a fim de evitar o contato destas com as regiões de absorção do trato gastrointestinal Estes adsorventes basicamente ligamse as micotoxinas que passam através do trato gastrointestinal antes destas serem absorvidas evitando que estas possam trazer complicações Eles incluem alumino silicatos hidratados de sódio e cálcio HSCAS zeolitas bentonitas sílicas específicas e carvão ativado 3 Aglutinantes São substancias naturais ou artificiais que auxiliam e aumentam a capacidade de peletização dos ingredientes melhorando a qualidade do pelete aumentando a durabilidade e permitindo a adição de óleos e gorduras em produtos prensados Lignosulfonato proteína isolada e condensado de uréiaformaldeido são alguns aglutinantes que estão sendo utilizados na fabricação de rações para aves 4 Antioxidantes São substâncias que visam evitar à autooxidação dos alimentos preservando estes retardando a sua deterioração rancificação e perda de coloração devido à reação de oxidação A oxidação de óleos e gorduras provoca naturalmente odor e paladar desagradáveis e torna os alimentos menos nutritivos Além de gorduras os pigmentos e vitaminas ficam sujeitos a oxidação quando em contato com o ar 5 Corantes e pigmentantes São substâncias que conferem ou intensificam a cor dos produtos destinados à alimentação animal possuindo peculiaridades quanto aos seus efeitos Enquanto os corantes destinamse apenas a conferir coloração às rações balanceadas os pigmentantes conferem coloração tanto as rações quanto ao produto final no caso das aves a gema do ovo a carne dos frangos dentre outros Estes podem ser naturais artificiais ou inorgânicos 6 Aromatizantes e palatabilizantes Os aromatizantes artificiais ou naturais possuem a função de conferir aroma aos produtos destinados à alimentação animal melhorando sua aceitabilidade e consequentemente estimulando o seu consumo pelo animal Ao estarem inseridas na alimentação animal estes provocam as atividades de secreção das glândulas favorecendo o aproveitamento do alimento pelo organismo Outrora o palatabilizante tem a função de auxiliar na melhora do paladar dos produtos estimulando o seu consumo 323 Profiláticos São microingredientes utilizados preventivamente nas rações a fim de evitar oxidação e destruição das vitaminas aparecimento enfermidades ou intoxicações decorrentes da presença de organismos patogênicos como bactérias fungos leveduras protozoários dentre outros Nesta categoria encontramse os acidificantes adsorventes agentes anticoccidianos antifúngicos antioxidantes e conservantes 1 Anticoccidianos O uso desses agentes anticoccidianos é uma medida preventiva largamente utilizada na produção de aves e suínos O êxito do produto normalmente depende da reação deste no organismo do animal do período de utilização do produto das recomendações de uso bem como qual a dosagem e em que época do ano utilizar da interação sinérgica ou antagônica da resistência dos parasitas ao princípio ativo dentre outros Portanto a escolha e a utilização adequadas do produto para o controle da coccidiose são fundamentais Muitos quimioterápicos têm sido desenvolvidos com finalidade de uso como anticoccidianos Porém a maioria foi considerada tóxica ou pouco eficaz exceto o amprolium nicarbazina halofuginona e diclazuril que são intensamente utilizados atualmente Segundo o MAPA 2008 no Brasil é autorizado o uso dos antibióticos anticoccidianos de natureza química decoquinato diclazuril robenidina halofuginona amprólio etopabato somente associados clopidol clopidol metilbenzoquato somente nesta combinação nicarbazina Estes produtos podem ser utilizados exclusivamente em rações como prevenção a coccidiose Porém possuem limitações de uso pois podem induzir facilmente ao aparecimento de resistência ou toxicidade no caso da nicarbazina em frangos de corte que pode exacerbar o processo de estresse calórico 3232 Antifúngicos Os antifúngicos são organismos ou substâncias orgânicas ou inorgânicas que previnem ou eliminam a presença de fungos em matérias primas e rações destinadas a alimentação animal evitando o aparecimento de micotoxinas assim como perdas de valor nutritivo Alguns antifúngicos utilizados são o ácido propiônico e seus sais o formaldeído o diacetato de sódio o ácido sórbico e a violeta de genciana Entretanto deve ser verificada e ajustarse à legislação sobre o uso de alguns desses produtos na ração em função de questões de toxicidade no organismo dos animais e potencial residual em produtos de origem animal Capítulo 4 FORMULAÇÃO DE RAÇÕES 41 Procedimentos para Formulação de Rações A formulação de rações pode ser encarada como a mecânica de transformação dos princípios de nutrição em aplicação prática Formula se uma ração com o objetivo de atender todas as exigências nutritivas bem como as exigências do produto final De uma maneira geral devese seguir principalmente os seguintes passos para formular uma ração caracterização dos animais devese definir os animais adequadamente antes de serem alimentados sendo que em termos de categoria podemos classificalos por idade peso vivo sexo macho e fêmea aptidão produtiva corte reprodução ou postura grau de melhoramento genético baixo médio ou alto dentre outras exigências nutricionais é importante verificar as exigências nutricionais dos animais em termos energéticos proteicos cálcio fósforo etc de acordo com a caracterização do animal mencionada no item anterior recomendandose sempre a utilização tabelas padronizadas tabelas brasileiras para aves e suínos tabelas brasileiras para tilápias NRC INRA dentre outras ou publicações oriundas de investigação científica com dados organizados de forma a possibilitar sua aplicação no cálculo de rações composição química dos alimentos devese sempre levar em consideração a composição química dos alimentos propriedades físicoquímicas forma de processamento contribuição nutricional do mesmo para o cálculo de rações além de características organolépticas interrelacionadas com a aceitabilidade do mesmo pelos animais levantamento e quantificação dos alimentos disponíveis é oportuno mencionar o preço dos alimentos por unidade de peso além de verificar também questões relacionadas a disponibilidade da matériaprima logística para entrega e armazenamento da mesma além de aspectos relacionados a qualidade da mesma 1 Métodos de Formulação de Rações Na formulação de rações para aves suínos e peixes existem quatro métodos cálculo que permitem a composição das dietas o quadrado de Pearson o método algébrico o método do quadro e a formulação eletrônica computadorizada Abordaremos apenas os três primeiros métodos no qual foram utilizados ajustes matemáticos que poderão ser desenvolvidos de outras formas ou maneiras 4111 Quadrado de Pearson É uma técnica simples e comumente utilizada para complemento do cálculo de uma ração quando se necessita balancear apenas duas matériasprimas e um nutriente Neste caso procedese da seguinte maneira no centro do quadrado colocase o teor de proteína da mistura desejada Nos vértices superior e inferior a esquerda do quadrado colocase os teores de proteína das duas matériasprimas salientando se que não se altera o resultado da ração quando se inverte a posição superior para inferior e vice versa das matériasprimas Nos dois vértices colocase a diferença em valor absoluto entre o valor de cada vértice esquerdo e o valor do centro na extremidade da respectiva diagonal A diferença colocada no vértice superior direito corresponde à proporção de matériaprima correspondente ao vértice inferior esquerdo que deve ser misturada a outra constante no vértice direito inferior obtendose um total correspondente à soma das duas matériasprimas contendo o teor desejado do nutriente Exemplo 2 matériasprimas e 1 nutriente cálculo simples Desejase calcular uma mistura de 100 kg para peixes com uma exigência de 20 de Proteína Bruta PB utilizandose milho 9 PB e farelo de soja 44 PB Neste caso as matériasprimas são o milho M e o Farelo de Soja FS e o nutriente é a Proteína Bruta PB Logo segundo os cálculos realizados teriam que ser adicionados 6857 kg de milho e 3143kg farelo de soja para atender os 20 PB que o cálculo solicitava Exemplo 2 matériasprimas e 1 nutriente cálculo complementar Em uma ração para suínos após o cálculo preliminar verificouse um déficit de 9054 kg de ração e 1740 PB a serem complementados com a inclusão de Milho 9 PB e Farelo de Soja 44 PB Sendo assim desejase calcular a contribuição destes para o atendimento da exigência de proteína a ser complementada Inicialmente devese atentar ao fato que o Quadrado de Pearson calcula apenas com base em 100 Então devese realizar o seguinte ajuste para que a exigência de proteína seja atendida corretamente 1740 9054 PB 100 1740 x 100 1921 9054 Este valor encontrado 1921 será utilizado para o cálculo no Quadrado de Pearson conforme demonstrado a seguir 35 100 2479 M 2479 x 100 7083 35 35 100 1021 FS 1021 x 100 2917 35 Agora para adequação dos cálculos devese verificar as porcentagens para saber qual a quantidade de milho e farelo de soja será utilizada conforme solicitado 100 9054 7083 M 7083 x 9054 6413 kg 100 100 9054 2917 FS 2917 x 9054 2641 kg 100 Outrora para verificar se os cálculos estão corretos podese realizar a Prova do Cálculo Ingredientes Quantidade dos Ingrediente kg Conteúdo Nutricional PB Participação dos nutrientes PBingrediente Milho 6413 9 578 Farelo de Soja 2641 44 1162 Total 9054 1740 100 6413 9 PBMilho 9 x 6413 578 100 100 2641 44 PBF soja 44 x 2641 1162 100 Logo segundo os cálculos realizados teriam que ser adicionados 6413 kg de milho e 2641 kg farelo de soja para atender os 1740 PB que o cálculo solicitava E conforme a Prova de cálculo realizada as proporções estão corretas 2 Método Algébrico Sistemas de Equações As proporções de matériasprimas para se obter uma mistura com certo teor de nutrientes podem ser obtidos através do estabelecimento de sistemas de equações algébricas como o quadrado de Pearson é um método simples de calcular uma mistura Exemplo 2 matériasprimas e 1 nutriente Formular 100 kg de uma mistura com 18 PB utilizando milho 9 PB e farelo de soja 45 PB Denominandose M Milho e FS Farelo de Soja 1º passo A quantidade de milho mais a quantidade de farelo de soja é igual a 100 kg de mistura M FS 100 kg 2º passo A quantidade de proteína bruta existente naquela quantidade de milho mais a quantidade de proteína bruta existente no farelo de soja é igual a 18 Transformandose os teores de proteína bruta de números relativos para números absolutos temos 9100 009 PB do Milho 45100 045 PB do Farelo de Soja Assim podemos estabelecer as duas equações seguintes M FS 100 Equação total ou Equação 1 009M 045FS 18 Equação da proteína ou Equação 2 Onde M kg de milho FS kg de farelo de soja 100 kg de mistura 18 requerimento de PB da mistura Para eliminar o Milho multiplicase a Equação 1 por 009 e a Equação 2 por 1 M FS 100 x 009 009M 045FS 18 x 1 Igual 009M 009 FS 9 009M 045 FS 18 036 FS 9 FS 9 036 FS 25 kg Para determinar o milho efetuamos M 100 25 75 kg Portanto a mistura terá 75 kg de milho e 25 kg de farelo de soja Exemplo 3 matériasprimas e 2 nutrientes Calcular 100 kg de ração para poedeiras com 18 PB e 2900 kcalkg de Energia Metabolizável EM utilizandose as seguintes matériasprimas milho 9 PB e 3400 kcalkg EM farelo de soja 45 PB e 2566 kcalkg EM e farelo de trigo 16 PB e 1590 kcalkg EM Denominamos M Milho FS Farelo de Soja e FT Farelo de Trigo Transformandose os teores de proteína bruta de números relativos para números absolutos temos 9100 009 PB do milho 45100 045 PB do farelo de soja 16100 016 PB do farelo de trigo M FS FT 100 Equação total ou Equação 1 009M 045FS 016FT 18 Equação da proteína ou Equação 2 3400M 2566FS 1590FT 290000 2900x100 ou Equação de energia ou Equação 3 Multiplicase o requerimento energético da ração 2900 por 100 em razão de ser 100 kg Agrupandose as Equações 1 e 2 e multiplicandose a equação 1 por 009 e a equação 2 por 1 para eliminar a matériaprima milho resultará na Equação 4 Equações 1 e 2 M FS FT 100 Equação 1 x 009 009M 045FS 016FT 18 Equação 2 x 1 009M 009FS 009FT 9 009M 045FS 016FT 18 036FS 007FT 9 Equação 4 Agrupandose as equações 1 e 3 e multiplicase a equação 1 por 3400 e a equação 3 por 1 para eliminar a matériaprima milho resultará na equação 5 Equações 1 e 3 M FS FT 100 x 3400 3400M 2566FS 1590FT 290000 x 1 3400M 3400FS 3400FT 340000 3400M 2566FS 1590FT 290000 834FS 1810FT 50000 Equação 5 Daí agrupase as novas equações 4 e 5 e multiplicase a equação 4 por 834 e a equação 5 por 036 para eliminar a matériaprima farelo de soja Salientase que também poderia eliminar a matériaprima trigo neste caso multiplicaria a Equação 4 por 1810 e a equação 5 por 007 036FS 007FT 9 x 834 Equação 4 834FS 1810FT 50000 x 036 Equação 5 30024FS 5838FT 7506 30024FS 6516FT 18000 59322FT 10494 FT 1049459322 1769 kg Substituindo na Equação 4 temos 036FS 007 x 1769 9 036FS 124 9 036FS 9 124 036FS 776 FS 776 036 2155 kg Substituindo na Equação 1 temos M 2155 1769 100 M 100 2155 1769 M 6076 kg Outrora para verificar se os cálculos estão corretos podese realizar a Prova do Cálculo Ingredientes Quantidade dos Ingrediente kg Conteúdo Nutricional PB Participação dos nutrientes PBingrediente Milho 6076 9 547 Farelo de Soja 2155 45 970 Farelo de Trigo 1769 16 283 Total 100 1800 Participação do Milho M em termos de Proteína Bruta 100 6076 9 PBMilho 9 x 6076 547 100 Participação do Farelo de Soja FS em termos de Proteína Bruta 100 2155 45 PBF de Soja 45 x 2155 970 100 Participação do Farelo de Trigo FT em termos de Proteína Bruta 100 1769 16 PBF de Soja 16 x 1769 283 100 Ingredientes Quantidade dos Ingrediente Conteúdo Nutricional Kcalkg1EM Participação dos nutrientes kg Kcalkg1EM Milho 6076 3400 206584 Farelo de Soja 2155 2566 55297 Farelo de Trigo 1769 1590 28127 Total 100 290008 Participação Kcalkg do Milho M em termos de Energia Metabolizável 100 6076 3400 EMMilho 3400 x 6076 206584 KcalKg 100 Participação Kcalkg do Farelo de Soja FS em termos de Energia Metabolizável 100 2155 2566 EMF de Soja 2566 x 2155 55297 KcalKg 100 Participação Kcalkg do Farelo de Trigo FT em termos de Energia Metabolizável 100 1769 1590 EMF de Trigo 1590 x 1769 28127 KcalKg 100 Portanto as matériasprimas Milho Farelo de Soja e Farelo de Trigo atenderam os requerimentos de 1800 de Proteína Bruta PB e 2900 Kcalkg de Energia Metabolizável 3 Método do Quadro Neste método é possível formular rações com vários ingredientes e nutrientes Nos exemplos utilizaremos apenas como nutrientes a energia metabolizável proteína bruta cálcio e fósforo disponível que são considerados os mais importantes do ponto de vista nutricional Exemplo Formular 100 kg de ração para aves de postura com 40 semanas de idade com 17 de Proteína Bruta 2700 kcalkg de Energia Metabolizável 380 de Cálcio e 045 de Fósforo Disponível utilizandose os seguintes ingredientes Milho 9 PB e 3400 kcalkg EM Farelo de Soja 44 PB e 2250 kcalkg EM Farinha de Carne e Ossos 40 PB e 1930 Kcalkg EM 12 Cálcio e 5 Fósforo Disponível Fosfato Bicálcico 22 Cálcio e 18 de Fósforo Disponível Calcário Calcítico 36 Cálcio Sal Comum e Premix VitMin suplemento vitamínico mineral Observações 1 Neste método de cálculo não se utiliza fósforo total mas sim fósforo disponível Pd em fontes de origem vegetal tendo em vista que as aves somente conseguem metabolizar aproveitar 33 do fósforo destas 2 Nas fontes de origem animal o fósforo disponível Pd é igual ao fósforo total 3 Inicialmente fixase os ingredientes com menor participação nas rações dentro dos limites de utilização Premix VitMin e na maioria das oportunidades o Sal 4 O fósforo disponível Pd é o primeiro nutriente a ser fechado Passos para Resolução 1 Fixar em 5 ou kg de Farinha de Carne e Ossos e verificar a contribuição desta para cada nutriente Proteína Bruta Energia Metabolizável EM 40 100 1930 100 x 5 x 5 x 2 kg ou 5 de 40 20 kg x 9650 ou 5 de 1930 9650 Cálcio Fósforo Disponível 12 100 5 100 x 5 x 5 x 060 kg ou 5 de 12 060 kg x 025 ou 5 de 5 025 2 Utilizar o Fosfato Bicálcico para atendimento do restante do fósforo disponível Pd 045 025 020 kg Déficit de Pd a ser completado pelo Fosfato Bicálcio 18 100 020 x x 111 kg de Fosfato Bicálcico serão utilizados para completar o Pd Contribuição de Cálcio do Fosfato Bicálcico 22 100 x 111 x 024 kg de Ca será a contribuição do Fosfato Bicálcico para a ração 3 Utilizar o Calcário Calcítico para atendimento do restante do Cálcio 380 060 024 296 Déficit de Ca a ser completado pelo Calcário calcítico 36 100 296 x x 822 kg de Fosfato Bicálcico serão utilizados para completar o Ca 4 Neste caso fixar o Sal Comum e o Premix VitMin em 035 e 050 quando o cálculo for trabalho na base 100 ou kg respectivamente Logo Sal 035 kg Premix VitMin 050 kg 5 Verificar o SubTotal e Déficit da ração total Subtotal 50 Farinha de Carne e Ossos 111 Fosfato Bicálcico 822 Calcário Calcítico 035 Sal comum 050 Premix VitMin 1518 Logo o Déficit será 10000 1518 8482 kg da ração 6 Utilizar o Milho M e o Farelo de Soja FS para atender a Proteína Bruta e Energia Metabolizável resolvendo o cálculo através do método algébrico M FS 8482 Equação total 009M 044FS 1500 Equação da proteína bruta 8482 referese ao total que falta fechar a ração 1500 referese ao déficit para atendimento da proteína Para eliminar a matériaprima Milho multiplicase a Equação total por 009 e a Equação da proteína bruta por 1 M FS 8482 x 009 009M 044FS 15 x 1 009M 009FS 763 009M 044FS 1500 035FS 737 Então FS 737 035 FS 2106 kg Logo M 8482 2106 M 6376 kg Outrora para verificar se os cálculos estão corretos podese realizar a Prova do Cálculo Ingredientes Quantidade dos Ingrediente kg Conteúdo Nutricional PB Participação dos nutrientes PBingrediente Milho 6376 9 547 Farelo de Soja 2106 44 970 Total 8482 1701 Participação do Milho M em termos de Proteína Bruta 100 6376 9 PBMilho 9 x 6376 574 100 Participação do Farelo de Soja FS em termos de Proteína Bruta 100 2106 44 PBF de Soja 44 x 927 927 100 Ingredientes Quantidade dos Ingrediente kg Conteúdo Nutricional Kcalkg1EM Participação dos nutrientes Kcalkg1EM Milho 6376 3400 216784 Farelo de Soja 2106 2250 47385 Total 8482 264169 Participação Kcalkg do Milho M em termos de Energia Metabolizável 100 6376 3400 EMMilho 3400 x 6376 216784 KcalKg 100 Participação Kcalkg do Farelo de Soja FS em termos de Energia Metabolizável 100 2106 2250 EMF de Soja 2250 x 2106 47385 KcalKg 100 Vale ressaltar que ao final dos cálculos o quadro irá encontrarse da seguinte forma Concluindo os requerimentos nutricionais foram atendidos com as matériasprimas escolhidas com 1701 de PB 273819 Kcalkg EM 38 Ca e 045 Pd Exemplo Formular 100 kg de ração para juvenis de tilápias com 32 de Proteína Bruta 3400 kcalkg de Energia Digestível 076 de Cálcio e 047 de Fósforo Disponível utilizandose os seguintes ingredientes Milho 788 PB e 3460 kcalkg ED Farelo de Soja 45 PB e 3425 kcalkg ED Farinha de Peixe 54 PB e 3050 Kcalkg ED 588 Cálcio e 289 Fósforo Disponível Fosfato Bicálcico 22 Cálcio e 18 Fósforo Disponível Óleo de Soja 8600 Kcalkg ED Sal Comum e Premix VitMin suplemento vitamínico mineral Passos para Resolução 1 Fixar em 8 ou kg de Farinha de Peixe e verificar a contribuição desta para cada nutriente Proteína Bruta Energia Metabolizável EM 54 100 3050 100 x 8 x 8 x 432 kg ou 8 de 54 432 kg x 24400 ou 8 de 3050 24400 Cálcio Fósforo Disponível 588 100 289 100 x 8 x 8 x 047 kg ou 8 de 588 047 kg x 023 ou 8 de 289 023 2 Utilizar o Fosfato Bicálcico para atendimento do restante do fósforo disponível Pd 045 025 020 kg Déficit de Pd a ser completado pelo Fosfato Bicálcio 18 100 024 x x 133 kg de Fosfato Bicálcico serão utilizados para completar o Pd Contribuição de Cálcio do Fosfato Bicálcico 22 100 x 133 x 029 kg de Ca será a contribuição do Fosfato Bicálcico para a ração 3 Fixar em 133 ou kg de Óleo de Soja e verificar a contribuição energética 8600 100 x 133 x 11438 kg de Energia Digestível será a contribuição do Óleo de Soja 4 Neste caso fixar o Sal Comum e o Premix VitMin em 035 e 050 quando o cálculo for trabalho na base 100 ou kg respectivamente Logo Sal 035 kg Premix VitMin 050 kg 5 Verificar o SubTotal e Déficit da ração total Subtotal 800 Farinha de Peixe 133 Fosfato Bicálcico 133 Óleo de Soja 035 Sal comum 050 Premix VitMin 1151 Logo o Déficit será 10000 1151 8849 kg da ração 6 Utilizar o Milho M e o Farelo de Soja FS para atender a Proteína Bruta e Energia Digestível resolvendo o cálculo através do método algébrico M FS 8849 Equação total 00788M 045FS 2768 Equação da proteína bruta 8849 referese ao total que falta fechar a ração 2768 referese ao déficit para atendimento da proteína Para eliminar a matériaprima Milho multiplicase a Equação total por 00788 e a Equação da proteína bruta por 1 M FS 8849 x 00788 00788M 045FS 2768 x 1 00788M 00788FS 697 00788M 045FS 2769 03712FS 2072 Então FS 2072 03712 FS 5581 kg Logo M 8849 5581 M 3268 kg Outrora para verificar se os cálculos estão corretos podese realizar a Prova do Cálculo Ingredientes Quantidade dos Ingrediente kg Conteúdo Nutricional PB Participação dos nutrientes PBingrediente Milho 3268 788 257 Farelo de Soja 5581 45 2511 Total 8849 2768 Participação do Milho M em termos de Proteína Bruta 100 3268 788 PBMilho 788 x 3268 257 100 Participação do Farelo de Soja FS em termos de Proteína Bruta 100 5581 45 PBF de Soja 45 x 5581 2511 100 Ingredientes Quantidade dos Ingrediente kg Conteúdo Nutricional Kcalkg1EM Participação dos nutrientes Kcalkg1EM Milho 3268 3460 113073 Farelo de Soja 5581 3425 191149 Total 8849 304222 Participação Kcalkg do Milho M em termos de Energia Metabolizável 100 3268 3460 EMMilho 3460 x 3268 113073 KcalKg 100 Participação Kcalkg do Farelo de Soja FS em termos de Energia Metabolizável 100 5581 3425 EMF de Soja 3425 x 5581 191149 KcalKg 100 Vale ressaltar que ao final dos cálculos o Quadro irá encontrarse da seguinte forma Ingredientes kg PB ED Ca Pd 100 Kg Kcalkg Kcalkg kg kg 3200 3200 340000 340000 076 076 047 047 Farinha de Peixe 800 5400 432 305000 24400 588 047 289 023 Fosfato Bicálcico 133 2200 029 1800 024 Óleo de soja 133 860000 11438 Sal Comum 03500 Premix VitMin 05000 SUBTOTAL 1151 432 35838 076 047 Déficit 8849 2768 304162 Milho 3268 788 257 346000 113073 Farelo de Soja 5581 4500 2511 342500 191149 TOTAL 10000 32 340060 076 047 1 Composição dos alimentos A tabela a seguir apresenta as composições químicas referenciais das principais matériasprimas que podem ser utilizadas no cálculo de rações para aves e suínos segundo Rostagno et al 2011 MatériasPrimas MS PB Ca Pd Pt FB Na Casca de Soja 8913 1388 050 003 014 3270 Farelo de Arroz 8820 1313 011 024 167 807 004 Farelo de Canola 8929 3797 056 027 081 1120 009 Farelo de Girassol 8974 3022 035 034 103 2573 002 Farelo de Soja 45 8875 4522 024 022 056 530 002 Farelo de Soja 48 8918 4810 031 022 056 419 002 Farelo de Trigo 8838 1562 014 0011 032 237 001 Farinha de Carne e Ossos 36 9291 3631 1421 640 711 049 Farinha de Carne e Ossos 38 9360 3848 1367 615 683 032 Farinha de Carne e Ossos 41 9274 4083 1307 588 653 051 Farinha de Carne e Ossos 44 9327 4350 1228 553 614 070 Farinha de Carne e Ossos 46 9327 4587 1194 537 597 072 Farinha de Carne e Ossos 48 9377 4801 1123 505 561 059 Farinha de Carne e Ossos 50 9395 5036 1056 475 528 059 Farinha de Carne e Ossos 55 9354 5474 914 411 457 070 Farinha de Carne e Ossos 63 9450 6317 740 333 370 060 Farinha de Gérmen Integral de Milho 8971 1038 004 019 051 448 002 Farinha de Peixe 54 9206 5458 588 289 289 068 Farinha de Peixe 61 9171 6142 470 241 241 050 Leite em Pó Desnatado 9430 3310 121 075 075 041 Leite em Pó Integral 9620 2370 097 060 060 032 Leite em Pó Soro 9540 1207 075 068 068 079 Milheto 8930 1271 004 010 031 348 001 Milho 788 8748 788 003 006 025 173 002 Milho Alta Gordura 8770 821 002 007 027 260 001 Milho Alta Lisina 8843 826 004 005 020 152 001 Óleo de Dendê 9950 Óleo de Soja 9960 Raspa Integral de 8767 247 020 003 009 542 003 Mandioca Sorgo alto tanino 8588 894 003 008 026 278 001 Sorgo baixo tanino 8790 897 003 008 026 230 002 Triticale 8823 1223 004 009 029 261 002 Fósforo disponível Pd nas fontes de origem vegetal as aves somente conseguem metabolizar aproveitar 33 do fósforo toral Fósforo total Pt Fonte Rostagno et al 2011 A tabela a seguir apresenta as composições energéticas referenciais das principais matériasprimas que podem ser utilizadas no cálculo de rações para aves e suínos segundo Rostagno et al 2011 MatériasPrimas EB Kcalkg EM Aves Kcalkg ED Suínos Kcalkg EM Suínos Kcalkg Casca de Soja 3900 858 2261 2207 Farelo de Arroz 4335 2521 3179 3111 Farelo de Canola 4203 1692 3019 2787 Farelo de Girassol 4289 1795 2141 1955 Farelo de Soja 45 4090 2254 3425 3154 Farelo de Soja 48 4161 2295 3540 3253 Farelo de Trigo 3914 1795 2504 2390 Farinha de Carne e Ossos 36 3122 1700 1852 1695 Farinha de Carne e Ossos 38 3209 1873 2044 1820 Farinha de Carne e Ossos 41 3286 1937 2296 2068 Farinha de Carne e Ossos 44 3490 2177 2430 2200 Farinha de Carne e Ossos 46 3665 2417 2564 2332 Farinha de Carne e Ossos 48 3984 2511 2705 2446 Farinha de Carne e Ossos 50 3984 2591 2752 2485 Farinha de Carne e Ossos 55 4017 2710 2905 2598 Farinha de Carne e Ossos 63 4341 2810 3210 2870 Farinha de Gérmen Integral de Milho 4250 3144 3355 3260 Farinha de Peixe 54 4065 2670 3050 2740 Farinha de Peixe 61 4199 2778 3170 2845 Leite em Pó Desnatado 4163 2781 3805 3590 Leite em Pó Integral 5431 5137 4948 Leite em Pó Soro 3703 3486 3371 Milheto 3930 3165 3036 2940 Milho 788 3940 3381 3460 3340 Milho Alta Gordura 4216 3560 3630 3582 Milho Alta Lisina 3907 3405 3508 3409 Óleo de Dendê 9400 8817 8010 7690 Óleo de Soja 9333 8790 8600 8300 Raspa Integral de Mandioca 3621 2973 3048 3020 Sorgo alto tanino 3860 2956 3081 2984 Sorgo baixo tanino 3912 3189 3383 3315 Triticale 3853 3031 3278 3181 Fonte Rostagno et al 2011 A tabela a seguir apresenta as fontes minerais mais utilizadas em rações para aves suínos e peixes Fontes Cálcio Fósforo Sódio Magnésio Flúor Cloro Calcário calcítico 36 38 02 Farinha de ostras 36 Fosfato bicálcico 22 22 18 013 Foscálcio 24 18 018 Cloreto de sódio 37 60 A tabela a seguir apresenta as composições químicas referenciais das principais matériasprimas que podem ser utilizadas no cálculo de rações para tilápias segundo Furuya et al 2010 MatériasPrimas MS PB MSdig Pd Pt Amido 8970 055 6283 Farelo de Algodão 30 8891 3088 4722 Farelo de Algodão 34 8982 3350 7015 Farelo de Algodão 40 9367 4033 6578 031 083 Farelo de Algodão 45 9119 4471 7818 Farelo de Arroz 9174 1280 5100 031 178 Farelo de Canola 9054 3766 6996 028 093 Farelo de Soja 45 8902 4593 6414 014 054 Farelo de Soja 48 9242 4960 Farelo de Trigo 9031 1485 5571 029 081 Farinha de Carne e Ossos 9313 4525 6423 Farinha de Peixe 9168 5444 7247 237 433 Fubá de Milho 8795 691 7708 Gérmen de Milho 8910 1018 4860 Milho Grão 8750 836 5712 011 020 Óleo de Soja Raspa de Mandioca 8735 309 6826 Sorgo Baixo Tanino 9211 965 4668 009 027 Sorgo Alto Tanino 8931 997 2935 008 026 Fonte Furuya et al 2010 A tabela a seguir apresenta as composições energéticas referenciais das principais matériasprimas que podem ser utilizadas no cálculo de rações para tilápias segundo Furuya et al 2010 MatériasPrimas Energia Bruta Kcalkg Energia Digestível Kcalkg Amido 363000 252835 Farelo de Algodão 30 413900 211090 Farelo de Algodão 34 417300 259100 Farelo de Algodão 40 428765 307680 Farelo de Algodão 45 454400 409550 Farelo de Arroz 409800 235963 Farelo de Canola 412319 296985 Farelo de Soja 45 421015 317812 Farelo de Soja 48 421009 307000 Farelo de Trigo 403293 259972 Farinha de Carne e Ossos 357619 216681 Farinha de Peixe 390196 343613 Fubá de Milho 380800 330839 Gérmen de Milho 492400 215277 Milho Grão 382600 290106 Óleo de Soja 944383 848528 Raspa de Mandioca 387000 316295 Sorgo Baixo Tanino 399500 279890 Sorgo Alto Tanino 397100 250769 Fonte Furuya et al 2010 2 Programas de custo mínimo Atualmente a formulação de rações é realizada através de programas de computador de custo mínimo tendo a capacidade de utilizar várias matériasprimas e diversos nutrientes ao mesmo tempo Estes softwares determinam com precisão a quantidade de cada matériaprima utilizada com o objetivo de atender os requerimentos nutricionais dos animais Capítulo 5 FABRICAÇÃO DE RAÇÕES 4 Fábrica de ração Para construção de fabricas de rações devem ser observadas principalmente as seguintes características 1 o local deve ser seco arejado e de fácil acesso o ano todo 2 devem ser construídas preferencialmente na entrada das áreas de produção com a finalidade de facilitar o recebimento de matériasprimas 3 sua estrutura deve ser de alvenaria com cobertura de telha barro ou amianto com pédireito no mínimo de 35 metros e com porta ampla e janelas para ventilação 4 dispor de rede energia elétrica de qualidade com chave compensadora de tensão e disjuntores dimensionados para atender equipamentos trifásicos 5 devem ser instaladas lâmpadas no interior da fábrica e na parte externa da mesma dimensionadas de acordo com o tamanho da fábrica Recomendase instalar lâmpadas fluorescentes que apesar de possuírem custo de implantação mais elevado que as incandescentes com o tempo são mais econômicas e duráveis 6 respeitar todas as normativas legislações e resoluções impostas pelo MAPA quanto a manejo conservação e utilização dos equipamentos EPI dos funcionários armazenamento e embalagem das matériasprimas e rações prontas dentre outros aspectos primordiais Figura 1 Vista frontal de uma pequena fábrica de ração Fonte Os autores 2016 Figura 2 Vista interna de matériasprimas armazenadas em pequena fábrica de ração Fonte Os autores 2016 41 Formas físicas das rações No mercado existem três tipos de rações para aves suínos e peixes fareladas peletizadas e extrusadas As fareladas forma de pó apresentam tamanhos de aproximadamente 3 mm e são preparadas por meio de moagem de grãos e misturadas de forma homogênea as outras matériasprimas sem utilizar nenhum processo de umidificação As rações peletizadas apresentam tamanho variando de 5 a 7 mm e resultam de rações fareladas que ao serem colocadas na prensa devem ser submetidas a temperatura variando de 85 a 90ºC durante 20 segundos e ao serem retirados da prensa os pellets devem ser resfriados rapidamente através de ar frio até atingir 10ºC abaixo da temperatura ambiente por 15 minutos As rações peletizadas apresentam as seguintes vantagens em relação às fareladas redução de agentes de contaminação microbiana causada pela temperatura durante a peletização melhora a eficiência alimentar devido ao processo de gelatinização com melhor aproveitamento dos nutrientes redução da escolha seletiva por parte dos animais e redução no custo de transporte em razão do aumento do peso específico em cerca de 16 Como desvantagens apresentam o custo mais elevado processo utiliza umidade calor e pressão e necessitam de 50 a mais de vitaminas em razão da perda durante o processamentocalor Quanto as rações extrusadas estas são submetidas a um processo de cozimento em alta temperatura pressão e umidade controlada Sua estabilidade na superfície da água é de cerca de 12 horas tornando o manejo alimentar com este tipo de ração mais fácil Atualmente tem sido a forma de ração mais indicada para a piscicultura As rações processadas para organismos aquáticos peletizadas ou extrusadas dificultam sobremaneira as perdas de nutrientes por lixiviação no meio aquático Assim a produção de rações na propriedade muito comum até meados da década de 1990 deixou de ser uma rotina pelos inconvenientes práticos e financeiros dando lugar à utilização de rações processadas industrialmente o que vem impulsionando o mercado de rações aquícolas Como vantagens para piscicultura as rações extrusadas apresentam alta estabilidade na água excelente flutuabilidade baixa possibilidade de perdas de nutrientes na água excelente aceitabilidade pelos peixes podendo ser fornecida ad libitum baixo impacto negativo na qualidade da água e ótima excelência alimentar pelos peixes Vale ressaltar que a escolha da granulometria da ração extrusadas a ser fornecida deve levar em consideração o tamanho dos peixes sobretudo o tamanho da boca do peixe para que este consiga capturar a ração e ingerila Figura 3 Máquina extrusora para processamento de rações aquícolas Fonte Os autores 2016 42 Equipamentos e acessórios de uma fábrica de ração Os equipamentos e acessórios básicos que compõem uma pequena ou média fábrica de ração são moinho triturador de grãos misturador de ração balanças motor estacionário preferencialmente a diesel extintor de incêndio relógio e estrados de madeira Nas grandes fábricas de ração além dos equipamentos citados encontramse transportadores silos melaceadores granuladores e ensacadores Figura 4 Vista interior de uma pequena fábrica de ração Fonte Os autores 2016 43 Moinho Geralmente são utilizados os moinhos de martelo constituídos de peneiras com diversas granulometrias para triturar os grãos de milho ou outra matériaprima com o objetivo de facilitar a digestibilidade dos nutrientes contido nos grãos A capacidade de moagem deve ser em função da demanda da propriedade normalmente os de maior capacidade utilizam motores elétricos de 10 a 15 CV com rede trifásica Para facilitar as operações na fábrica recomendase instalar o moinho próximo ao misturador e dispor de uma peça de imã na entrada da boca do moinho para captar peças de metal como pregos ou fragmentos de ferro que poderiam danificara peneira Figura 5 Moinho de martelo com silo de expansão acoplado Fonte Os autores 2016 Figura 6 Moinho de martelo com destaque para o encaixe dos martelos junto a peneira Fonte Os autores 2016 Figura 7 Moinho triturando milho com peça imantada para retenção de objetos de metal Fonte Os autores 2016 Figura 8 Processo de trituração de produto alternativo resíduo de tucumã em moinho para grãos Fonte Os autores 2016 44 Misturador de ração É o equipamento utilizado para homogeneização das matérias primas Nas pequenas e médias fábricas são utilizados misturadores do tipo vertical com uma helicóide rosca cujo tempo de mistura é de 12 a 15 minutos e vertical com duas helicóides roscas com tempo de mistura de 5 a 8 minutos Nas grandes fábricas utilizamse misturadores do tipo horizontal e contínuo cujo tempo de mistura varia entre 4 a 5 minutos Figura 9 Vista frontal de misturador do tipo vertical Fonte Os autores 2016 Devese ficar sempre atento aos avisos afixados no misturador conforme a figura a seguir Figura 10 Aviso afixado no misturador Fonte Os autores 2016 É imprescindível a colocação de fio terra no misturador figura abaixo com a finalidade de impedir a formação de eletricidade estática em seu interior o que promoveria atração entre as partículas menores consequentemente desbalanceando as rações Figura 11 Fio terra no misturador Fonte Os autores 2016 45 Balanças Devem existir balanças com escala adequada para pesar as matériasprimas a serem utilizadas na fabricação de rações Na pesagem das matériasprimas que participam em maior quantidade devemse utilizar balanças grandes com divisões de 100 gramas Na pesagem de suplementos vitamínicos minerais e aditivos que participam em menor quantidade utilizar balanças menores do tipo digital Figura 12 Balança com capacidade para 300 kg para pequenas e médias fábricas Fonte Os autores 2016 Figura 13 Pesagem em pequena fábrica de ração Fonte Os autores 2016 46 Anexos Recomendase que fábrica de ração possua um motor estacionário preferencialmente a diesel para suprir eventuais faltas de energia elétrica Salientandose que esta necessidade é maior para o funcionamento do moinho já que o mesmo e responsável pela trituração de grãos Figura 14 Motor estacionário diesel Fonte Os autores 2016 Para maior segurança devem existir extintores de incêndio para equipamentos elétricos dispostos estrategicamente no interior da fábrica de ração Figura 15 Extintor de incêndio Fonte Os autores 2016 Vale ressaltar que a existência de um relógio no interior da fábrica é importante pois ajuda o responsável pela fabricação de rações a controlar o tempo de mistura Destacase ainda que a peletização e a extrusão mesmo demandando equipamentos mais onerosos máquinas peletizadoras e extrusoras respectivamente é um processamento que pode ser feito na propriedade rural de pequeno e médio porte E que as rações extrusadas são tidas atualmente como as mais adequadas à piscicultura principalmente em criações semiintensivas e intensivas pois propicia uma avaliação visual do consumo de ração no viveiro bem como diminui perdas por solubilização para a água porém seu custo apresentase superior ao da peletizada PASTORE et al 2012 Figura 15 Máquina extrusora para processamento de rações aquícolas em pequena propriedade rural Fonte Os autores 2016 47 Recebimento das matériasprimas No recebimento das matériasprimas devem ser observados os seguintes fatores 1 verificar a qualidade estado e quantidade enviada 2 os locais de armazenagem devem oferecer proteção contra ratos pássaros e insetos 3 acondicionar em estrados de madeira com altura de 20 cm 4 organizar o uso de matériasprimas e rações de tal forma que a primeira que entra é a primeira que sai com o objetivo de manter o estoque sempre renovado Este processo denomina se PEPS Vale ressaltar que existem vários fatores que devem ser observados quando da utilização do milho em rações para nãoruminantes entre eles 1 armazenar em galpões secos arejados e com piso livre de umidade 2 não pode apresentar mais de 12 de umidade 3 não possuir mais que 7 de grãos quebrados e materiais estranhos palhas etc 4 não apresentar fungos 5 com relação a granulometria admitese uma retenção de até 2 na peneira de 3mm Com grânulos maiores de milho em razão do brilho as aves tornamse seletivas o que desbalancearia a ração já com o milho muito fino tende a formar uma pasta no bico o que afetaria o consumo de ração 6 após moído não estocar mais de 72 horas 7 não armazenar próximo a adubos herbicidas inseticidas ou outros materiais considerados tóxicos dentre outros 471 Prémistura Na prémistura de suplementos vitamínico mineral e aditivos utiliza se o misturador tipo Y ou V para melhor homogeneização Contudo na sua ausência podese realizar uma prémistura utilizando um saco plástico resistente com capacidade para até 10 kg tendose como veículo o farelo de soja moído Este processo deve ser realizado remexendo o saco várias vezes até tornar homogênea a prémistura O sal comum refinado não deve ser incluído na prémistura pois promove oxidação das vitaminas IipossoIúveis Outra maneira de realizar esta prémistura é através de um misturador rústico feito de tambor usado de combustível ou qualquer outro produto disposto em duas hastes com rolamentos nas extremidades com a finalidade de facilitar a viragem do mesmo A adição dos suplementos e feita por uma abertura no centro do tambor 472 Mistura das matériasprimas sem adição de óleo vegetal Antes de iniciar a mistura as matériasprimas devem ser devidamente pesadas e preparadas A adição das matériasprimas no misturador vertical já em funcionamento em pequenas e médias fábricas de rações deve obedecer a seguinte sequência 1 adicionar metade da quantidade do milho da mistura 2 adicionar metade do farelo de soja 3 adicionar toda a prémistura 4 adicionar todas as matériasprimas de origem vegetal ex farelo de trigo 5 adicionar todo o sal comum refinado 6 adicionar todas as matériasprimas de alta densidade calcário fosfato bicálcico e farinha de ostra ou farinha de carne e osso 7 adicionar o restante do milho 8 adicionar o restante do farelo de soja deve descontar a quantidade de farelo de soja utilizado na prémistura 9 abrir a válvula de circulação por algum tempo com a finalidade de homogeneizar a mistura 10 cronometrar marcar o tempo de mistura a ser seguido misturadores verticais com uma rosca 12 a 15 minutos e com duas roscas 6 a 8 minutos 473 Mistura das matériasprimas com adição de óleos vegetais Antes de colocar as matériasprimas no misturador os procedimentos são os mesmos adotados sem adição de óleo vegetal Entretanto a sequência é diferente conforme segue 1 adicionar metade do farelo de soja 2 adicionar lentamente todo o óleo vegetal sobre o farelo de soja pois o mesmo irá absorvêlo 3 adicionar metade do milho 4 adicionar toda a prémistura 5 adicionar todas as matériasprimas de origem vegetal ex farelo de trigo 6 adicionar todo o sal comum refinado 7 adicionar todas as matériasprimas de alta densidade calcário fosfato bicálcico e farinha de ostra ou farinha de carne e ossos 8 adicionar o restante do milho 9 adicionar o restante do farelo de soja deve descontar a quantidade de farelo de soja utilizado na prémistura 10 abrir a válvula de circulação por algum tempo com a finalidade de homogeneizar a mistura 11 cronometrar marcar o tempo de mistura a ser seguido misturadores verticais com uma rosca 12 a 15 minutos e com duas roscas 6 a 8 minutos 474 Retirada da ração do misturador Após a retirada da ração do misturador a mesma deve ser pesada e acondicionada em sacos contendo a identificação ex idade aptidão fase sexo galpão baia dentre outras É importante conferir o peso uma vez que não deve permanecer no misturador mais que 02 da capacidade total do misturador por exemplo um misturador com capacidade de 500 kg deve reter no seu interior no máximo 1 kg de ração 02 de 500 kg 475 Prazo de Validade das Rações Após ensacada as rações recomendase utilizáIas no menor tempo possível pois os resultados serão melhores principalmente se forem adversas as condições de armazenamento umidade má aeração etc Normalmente as rações possuem validade de até 90 dias 476 Cuidados com os equipamentos e misturas Os equipamentos que compõem a fábrica de ração devem ser periodicamente limpos para evitar focos principalmente de fungos e insetos que certamente comprometeriam a qualidade das rações Devese evitar a utilização de suplementos vitamínico mineral e aditivos de aves misturados a suplementos de outras espécies ex equinos evitando com isso problemas de intoxicação e incompatibilidade entre medicamentos 477 Fabricação de ração sem misturador Em pequenas propriedades na ausência de misturador as rações fareladas podem ser produzidas no máximo até 100 kg por batida O local deve possuir 3 x 3 metros 9 mº com uma carreira de tijolos 8 furos em pé fechando o quadrado piso de cimento queimado Iimpo e seco O processo da mistura deve obedecer aos seguintes passos 1 inicialmente pesase a matériaprima que participa da fórmula em maior quantidade e a distribua sobre o piso numa camada uniforme 2 a seguir pese a matériaprima que participa em segundo lugar na fórmula e a distribua sobre a primeira também sobre uma camada uniforme 3 proceda da mesma maneira para todas as matériasprimas que participam da fórmula 4 as matériasprimas uniformemente distribuídas em camadas devem ser revirados com pá de um lado para o outro e vice versa por 10 a 12 vezes até se obter uma mistura uniforme 478 Aspectos importantes na formulação e fabricação de rações É muito importante que toda fábrica de ração tenha um responsável técnico especialista em nutrição animal a fim de fornecer todas as informações e orientações desde a aquisição de matériasprimas até a avaliação do desempenho dos animais submetidos a estas rações Na produção das rações é fundamental que o funcionário ou empregado responsável esteja sempre fardado e limpo tenha pelo menos o conhecimento das operações matemáticas e conheça medidas de peso Outros fatores relevantes são o controle atualizado do estoque de matériasprimas e coleta periódica de amostras para determinação de análise bromatológica Além disso deve seguir rigidamente medidas de segurança principalmente quando da utilização do moinho e misturador de rações ELASTIC TABLES Capítulo 6 MODELOS DE RAÇÕES PRONTAS 5 Rações prontas 51 Rações para frangos de corte em lote misto machos e fêmeas confinados Ração para frangos de corte 1 à 42 dias Fases Inicial 1 à 22 dias Crescimento 22 à 33 dias Terminação 34 à 42 dias Ingredientes Milho 787 574578 633019 661047 F de Soja 46 351898 300600 274122 Calcário calcítico 09767 11859 11048 Fosfato bicálcico 18820 13756 11236 Sal comum 03500 03500 03050 DLMetionina 99 01618 00373 00567 Supl VitMineral 05000¹ 05000² 05000³ Óleo de soja 34818 31893 33479 Total 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Metabolizável kcalkg 305000 310000 315000 Proteína Bruta 210000 190000 180000 Cálcio 09600 09000 08000 Metionina Cistina 08000 06304 06250 Metionina Total 06000 03350 03414 Fósforo Disponível 04500 03500 03000 Sódio 01575 01576 01577 52 Rações para frangos de corte de crescimento lento em lote misto machos e fêmeas semiconfinados Ração para frangos de corte de crescimento lento 1 à 90 dias Fases Inicial 1 à 28 dias Crescimento 29 à 70 dias Terminação 71 à 90 dias Ingredientes Milho 787 545975 641304 687038 F de Soja 46 388051 285698 244592 Calcário calcítico 10609 09726 08834 Fosfato bicálcico 18177 16144 13782 Sal comum 03500 03500 03500 DLMetionina 99 00927 00464 00438 Supl VitMineral 0500¹ 0500² 0500³ Óleo de soja 47761 38163 36816 Total 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Metabolizável kcalkg 310000 315000 320000 Proteína Bruta 210000 180000 165000 Cálcio 09500 08500 07500 Metionina Cistina 07431 06233 05831 Metionina Total 04000 03200 03000 Fósforo Disponível 04500 04000 03500 Sódio 01572 01575 01576 53 Rações para poedeiras comerciais leves Ração para poedeiras leves 1 à 80 semanas Fases Inicial 0 à 6 semanas Cria 7 à 12 semanas Recria 13 à 18 semanas Postura 1 19 à 40 semanas Postura 2 41 à 80 semanas Ingredientes Milho 787 669299 667441 657674 640721 616167 F de Soja 46 279703 262691 230989 233524 259786 Calcário calcítico 19643 41672 81889 96012 97688 Fosfato bicálcico 21530 19442 19802 19830 16935 Sal comum 03500 03500 03500 03500 03500 DLMetionina 99 01324 00255 01147 01412 00922 Supl VitMineral 05000¹ 05000² 05000³ 05000³ 05000³ Óleo de soja Total 10000 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Metabolizável kcalkg 290000 285000 275000 269973 267345 Proteína Bruta 180000 175000 160000 160000 170000 Cálcio 13552 25121 36666 41000 42000 Metionina Cistina 07100 05815 06261 06500 06270 Metionina Total 04060 03040 03700 03952 03600 Fósforo Disponível 05000 04500 04500 04500 04000 Sódio 01579 01576 01567 01564 01565 54 Rações para poedeiras comerciais semipesadas Ração para poedeiras semipesadas 1 à 76 semanas Fases Inicial 0 à 6 semanas Cria 7 à 12 semanas Recria 13 à 18 semanas Postura 1 19 à 40 semanas Postura 2 41 à 76 semanas Ingredientes Milho 787 687580 717209 674350 638314 636416 F de Soja 46 268050 242614 228176 241506 241204 Calcário calcítico 12026 11215 68059 91460 95866 Fosfato bicálcico 22024 19488 19777 19382 16689 Sal comum 03500 03500 03500 03500 03500 DLMetionina 99 01820 00974 01138 00838 01326 Supl VitMineral 05000¹ 05000² 05000³ 05000³ 05000³ Óleo de soja Total 10000 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Metabolizável kcalkg 293802 297662 280000 270670 270205 Proteína Bruta 180000 170000 160000 160000 160000 Cálcio 11000 10000 31441 40000 41000 Metionina Cistina 07500 06435 06272 06027 06500 Metionina Total 04657 03700 03700 03300 03778 Fósforo Disponível 05000 04500 04500 04500 04000 Sódio 01581 01581 01570 01565 01565 55 Rações para matrizes leves Ração para matrizes leves 1 à 80 semanas Fases Inicial 0 à 6 semanas Cria 7 à 12 semanas Recria 13 à 18 semanas Postura 1 19 à 40 semanas Postura 2 41 à 80 semanas Ingredientes Milho 787 669299 667441 657674 649093 621348 F de Soja 46 279703 262691 230989 232119 258913 Calcário calcítico 19643 41672 81889 88068 92392 Fosfato bicálcico 21530 19442 19802 19818 16928 Sal comum 03500 03500 03500 03500 03500 DLMetionina 99 01324 00255 01147 01402 00920 Supl VitMineral 05000¹ 05000² 05000³ 06000³ 06000³ Óleo de soja Total 10000 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Metabolizável kcalkg 290000 285000 275000 272481 268898 Proteína Bruta 180000 175000 160000 160000 170000 Cálcio 13552 25121 36666 39000 40000 Metionina Cistina 07100 05815 06261 06500 06273 Metionina Total 04060 03040 03700 03947 03600 Fósforo Disponível 05000 04500 04500 04500 04000 Sódio 01579 01576 01567 01566 01566 56 Rações para matrizes semipesadas Ração para matrizes semipesadas 1 à 76 semanas Fases Inicial 0 à 6 semanas Cria 7 à 12 semanas Recria 13 à 18 semanas Postura 1 19 à 40 semanas Postura 2 41 à 76 semanas Ingredientes Milho 787 687580 717209 674350 636071 635378 F de Soja 46 268050 242614 228176 241895 240732 Calcário calcítico 12026 11215 68059 92310 95864 Fosfato bicálcico 22024 19488 19777 19385 16698 Sal comum 03500 03500 03500 03500 03500 DLMetionina 99 01820 00974 01138 00839 01828 Supl VitMineral 05000¹ 05000² 05000³ 06000³ 06000³ Óleo de soja Total 10000 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Metabolizável kcalkg 293802 297662 280000 270000 270000 Proteína Bruta 180000 170000 160000 160000 160000 Cálcio 11000 10000 31441 40322 41000 Metionina Cistina 07500 06435 06272 06026 06988 Metionina Total 04657 03700 03700 03300 04271 Fósforo Disponível 05000 04500 04500 04500 04000 Sódio 01581 01581 01570 01565 01565 5TH ANNUAL DESIGN AND CONSTRUCTION EXHIBITION MULTIFAMILY HOUSING CONFERENCE SAN FRANCISCO 2023 OCTOBER 4 REGISTER WWWMULTIFAMILYHOUSINGCOM 57 Rações para suínos Aptidão Corte Fases Pré Inicial 7 à 21 dias Inicial 1 Desmama 22 à 35 dias Inicial 2 Creche 36 à 49 dias Crescimento 1 225 59 kg Crescimento 2 60140 kg Terminação até o abate Ingredientes Kg Milho 788 501378 542689 583911 707337 733394 765247 F de Soja 46 208238 263213 344290 228043 178178 127479 Leite em pó integral 200000 100000 Açúcar 50000 50000 Calcário calcítico 05127 0665 08527 08408 11456 11859 Fosfato bicálcico 18273 1929 19525 16616 14421 12218 Sal comum 01809 02566 03311 03307 05838 06049 LLisina 00175 00584 00065 01289 01712 02147 Supl Vit 02500 02500 02500 02500 02500 02500 Supl Min 02500 02500 02500 02500 02500 02500 Óleo de soja 10000 10000 35369 30000 5000 70000 Total 10000 10000 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais EM Suínos KcalKg 359157 340900 333001 333623 343378 354811 Fibra Bruta 1971 2339 28349 2432 22131 1999 Proteína Bruta 18124 18604 20176 16009 14000 12000 Cálcio 09000 0900 0900 0800 0850 0800 Metionina Cistina 0600 0600 0633 0525 0471 0415 Metionina Total 0327 0305 0300 0250 0224 0198 Fósforo Disponível 0533 0507 0472 0400 0350 0300 Lisina total 1100 1100 1100 0900 0800 0700 Sódio 0150 0150 0150 0150 0250 0258 58 Rações para suínos Matriz Marrãs e Varrões Fases Pré Inicial 7 à 21 dias Inicial 1 Desmama 22 à 35 dias Inicial 2 Creche 36 à 49 dias Crescimento 1 225 59 kg Crescimento 2 60140 kg Ingredientes Kg Milho 788 501378 542689 583911 707337 733394 F de Soja 46 208238 263213 344290 228043 178178 Leite em pó integral 200000 100000 Açúcar 50000 50000 Calcário calcítico 05127 0665 08527 08408 11456 Fosfato bicálcico 18273 1929 19525 16616 14421 Sal comum 01809 02566 03311 03307 05838 LLisina 00175 00584 00065 01289 01712 Supl Vit 02500 02500 02500 02500 02500 Supl Min 02500 02500 02500 02500 02500 Óleo de soja 10000 10000 35369 30000 5000 Total 10000 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais EM Suínos KcalKg 359157 340900 333001 333623 343378 Fibra Bruta 1971 2339 28349 2432 22131 Proteína Bruta 18124 18604 20176 16009 14000 Cálcio 09000 0900 0900 0800 0850 Metionina Cistina 0600 0600 0633 0525 0471 Metionina Total 0327 0305 0300 0250 0224 Fósforo Disponível 0533 0507 0472 0400 0350 Lisina total 1100 1100 1100 0900 0800 Sódio 0150 0150 0150 0150 0250 59 Rações para suínos Matriz Marrãs em reprodução Fases Dieta para marrãs Flushing 6 à 8 meses de idade Terço inicial da gestação Cobertura à 28 dias Terço médio e final da gestação 29 à 84 dias até a parição Dieta para porcas em lactação 1 à 21 dias Ingredientes Kg Milho 788 725431 727422 742336 676567 F de Soja 189161 188799 173288 278647 46 Calcário calcítico 08322 08324 08324 09816 Fosfato bicálcico 15938 15936 16074 19179 Sal comum 05836 04200 04151 05077 LLisina 00311 00318 00826 00714 Supl Vit 02500 02500 02500 02500 Supl Min 02500 02500 02500 02500 Óleo de soja 50000 50000 50000 05000 Total 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais EM Suínos KcalKg 308940 309500 309500 321600 Fibra Bruta 2257 2259 22027 2647 Proteína Bruta 14300 14300 137647 18000 Cálcio 0771 0771 0771 0927 Metionina Cistina 0481 0481 0466 0579 Metionina Total 0229 0229 0222 0275 Fósforo Disponível 0380 0380 0380 0456 Lisina total 0719 0719 0719 0989 Sódio 0250 0185 0183 0220 510 Rações para suínos Matriz Porcas Fases Dieta para porcas Flushing Após a primeira parição Terço inicial da gestação Cobertura à 28 dias Terço médio e final da gestação 29 à 84 dias até a parição Dieta para porcas em lactação 1 à 21 dias Ingredientes Kg Milho 788 741161 765472 775120 707313 F de Soja 46 173499 169129 148401 247892 Calcário calcítico 08138 08160 08187 09314 Fosfato bicálcico 15543 15506 15844 18001 Sal comum 05836 05826 05832 05298 LLisina 00822 00907 01616 02267 Supl Vit 02500 02500 02500 02500 Supl Min 02500 02500 02500 02500 Óleo de soja 50000 30000 40000 05000 Total 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais EM Suínos KcalKg 309168 316015 312500 322000 Fibra Bruta 2201 2220 21275 2537 Proteína Bruta 13764 13766 129731 17000 Cálcio 0751 0751 07557 0872 Metionina Cistina 0466 0469 0445 0550 Metionina Total 0222 0224 0231 0261 Fósforo Disponível 0370 0370 0372 0430 Lisina total 0719 0719 0719 1032 Sódio 0250 0250 0250 0226 511 Rações para suínos Cachaço Fases Estação de monta Durante o flushing da fêmea Manutenção Após a época reprodutiva Ingredientes Kg Milho 788 741161 823848 F de Soja 46 173499 112014 Calcário calcítico 08138 07785 Fosfato bicálcico 15543 14915 Sal comum 05836 05826 LLisina 00822 00612 Supl Vit 02500 02500 Supl Min 02500 02500 Óleo de soja 50000 30000 Total 10000 10000 Níveis nutricionais EM Suínos KcalKg 344118 335654 Fibra Bruta 2201 2018 Proteína Bruta 13764 11617 Cálcio 0751 0710 Metionina Cistina 0466 0415 Metionina Total 0222 0199 Fósforo Disponível 0370 0350 Lisina total 0719 0550 Sódio 0250 0250 512 Rações para tambaqui Fases Pós larva Alevino Crescimento Juvenil Ingredientes Farinha de peixe 55 2719 129 F de Soja 46 1165 4500 Milho triturado 787 2300 Farinha de carne Fubá de milho 5551 Farelo de trigo 200 1500 Óleo de soja 185 330 Fosfato bicálcico Sal Comum Premix vitamínicomineral 020 080 BHT 001 Total 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Digestível kcalkg 3407 Energia Metabolizável kcalkg 3100 Proteína Bruta 2393 3600 Extrato Etéreo 781 Cálcio 172 Fósforo 088 Cinzas 737 EMPB kcalg 1292 950 513 Rações para tilápia Fases Pós larva Alevino Crescimento Juvenil Engorda 1 Engorda 2 Ingredientes Farinha de peixe 55 2719 1290 650 500 F de Soja 46 1165 4500 3568 4896 Milho triturado 787 2300 1558 1550 Farinha de carne 1912 Fubá de milho 5551 1400 Farelo de trigo 200 1500 979 Óleo de soja 185 330 650 550 Fosfato bicálcico 100 Sal Comum 010 Premix vitamínicomineral 020 080 150 150 BHT 001 002 002 Total 10000 10000 10000 10000 10000 10000 Níveis nutricionais Energia Digestível kcalkg 3407 3500 3000 Energia Metabolizável kcalkg 3100 Proteína Bruta 2393 3600 3200 2800 Extrato Etéreo 781 1409 687 Cálcio 172 Fósforo 088 Cinzas 737 572 630 EMPB kcalg 1292 950 REFERÊNCIAS Referências ANDRIGUETO J M et al Nutrição animal alimentação animalnutrição animal 3 ed São Paulo Nobel 1986 425p Nutrição animal as bases e os fundamentos da nutrição animal e os alimentos 4ª ed São Paulo Nobel 1999 395p ARIEL A M et al Produção de frangos de corte Campinas FACTA 2004 356p BERTECHINI A G Nutrição de monogástricos 2 ed Lavras Editora UFLA 2012 373 p BUTOLO J E Qualidade de ingredientes na alimentação animal Campinas Colégio Brasileiro de Nutrição Animal 2002 430 p COUTO H P Fabricação de rações e suplementos para animais Gerenciamento e tecnologias Viçosa CPT 2008 263p CRUZ F G G Avicultura caipira na Amazônia Manaus EDUA 2001 74p Formulação e fabricação de rações aves Manaus Grafisa 2008 75p ENGLERT S I Avicultura tudo sobre raças manejo e nutrição 7 ed atual Guaíba Agropecuária 1998 238p FERREIRA R A Suinocultura manual prático de criação Viçosa Aprenda Fácil Editora 2012 433p FERREIRA M G Avicultura produção de aves corte e postura 2 ed Guaíba Agropecuária 1993 238p FERREIRA A J P PIZARRO L D C R LEME I L Probióticos e prebióticos In SPINOSA H S GORNIAK S L BERNARDI M M Farmacologia aplicada à medicina veterinária 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2002 p 574578 FRACALOSSI D M CYRINO J E P Nutriaqua nutrição e alimentação de espécies de interesse para a Aquicultura brasileira 2 ed Florianópolis Ministério da Pesca e Aquicultura 2013 FULLER R Probiotic in man and animals Journal of Applied bacteriology v 66 p 365378 1989 FURUYA E W M et al Tabelas brasileiras para a nutrição de tilápias Toledo GFM 2010 100p GIBSON G R ROBERFROID M B Dietary modulation of the human colonic microbiota introducing the concept of prebiotics Journal of Nutrition v 125 p 14011412 1995 GURTLER H et al Kolb fisiologia veterinária 4 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1987 613p ISLABÃO N Manual de cálculo de rações para animais domésticos Sed Porto Alegre Saga 1988 184p LANA R de P Nutrição e alimentação animal mitos e realidades Viçosa UFV 2005 344p LEHNINGER A NELSON L D L COX M M Princípios de bioquímica 4 ed São Paulo Sarvier 2006 MACARI M et al Fisiologia aviária aplicada a frangos de corte Jaboticabal FUNEP UNESP 2002 375p MALAVAZZI G Avicultura manual prático São Paulo NobeI 1999156p MAPA Tabela de aditivos antimicrobianos anticoccidianos e agonistas com uso autorizado na alimentação animal Sl 2008 Atualizado em 03122008 Divisão de AditivosCPAADFIPDAS Disponível em httpwwwagriculturagovbr Acesso em 20 fev 2017 PASTORE S C G et al Boas práticas de fabricação e formulação de rações para peixes In FRACALOSSI DM CYRINO JEP Ed Nutriaqua nutrição e alimentação de espécies de interesse para a aquicultura brasileira Florianópolis Sociedade Brasileira de Aquicultura e Biologica Aquática 2012 p 295345 PEIXOTO R R JOÃO C M Nutrição e alimentação animal 2 ed Pelotas UCPel EDUCATUFPeI 1993 169p RIBEIRO P A P GOMIERO J S G LOGATO P V R Manejo alimentar de peixes Boletim técnico Lavras MG Editora UFLA Universidade Federal de Lavras 2001 16p ROSTAGNO H S et alTabelas brasileiras para aves e suínos composição de alimentos e exigências nutricionais 3 ed Viçosa Universidade Federal de Viçosa 2011 252p SILVA D J QUEIROZ A C Análise de alimentos métodos químicos e biológicos 3 ed Viçosa Ed da UFV 2006 235p SIMON O JADAMUS A VAHJEN E Probiotic feed additives effectiveness and expected modes of action Journal of Animal Feed Science v 10 p 5167 2001 TEIXEIRA A S Alimentos e alimentação Brasília ABEAS1988 180p TORRES A P Alimentos e nutrição das aves domésticas 2 ed São Paulo Nobel 1989 324p VALVERDE CC 250 maneiras de preparar rações balanceadas para frango de corte Coordenação editorial Emerson de Assis Vieira Viçosa UFV 2001 261p ZANOTTO D L GUIDONI A L LIMA G J M M de Efeito da granulometria do milho sobre a digestibilidade das dietas para suínos em crescimento e terminação Concórdia EMBRAPA CNPSA 1998 2 p EMBRAPA CNPSA Comunicado Técnico 223 ZARDO A O LIMA G JM M Alimentos para suínos BIPERS ano 8 n 12 Concórdia EMATERRS e EMBRAPA CNPSA 1999 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