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Agronomia ·
Fisiologia Animal
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U N I D A D E 1 0 ZOOTECNIA II AQUICULTURA ANA CLAUDIA KOKI SAMPAIO ISSAKOWICZ AUTORA INTRODUÇÃO A aquicultura é uma área da Zootecnia que estuda diversos organismos aquáticos como peixes moluscos crustáceos e anfíbios ou seja que apresentam ciclo de vida total ou parcialmente em meio aquático Embora a piscicultura faça parte desse tema iremos abordálo separadamente A palavra aquicultura é derivada do latim Aqua que significa água e Cultura que significa cultivo ou seja o cultivo de organismos aquáticos Atualmente está dividido em algicultura malacocultura piscicultura carcinicultura e ranicultura A partir do momento em que se inicia a criação dessas espécies de forma intensificada devese lembrar também dos possíveis problemas ambientais que serão causados De acordo com Teixeira 2006 a aquicultura pode causar impactos econômicos sociais e ambientais positivos ou negativos dependendo da situação O autor ainda relatou que o tipo e escala dos impactos causados pela aquicultura dependem da intensidade do sistema produtivo e condições físicas químicas e biológicas da área em questão e que geralmente quanto mais intensivo o sistema maiores os impactos ambientais ALGICULTURA Por participarem do primeiro nível trófico da cadeia alimentar nos ecossistemas aquáticos as algas microscópicas são de extrema importância para a aquicultura visto que todas as espécies de microalgas são utilizadas como alimento pelos diversos organismos aquáticos sendo a seleção baseada unicamente no tamanho da célula a ser ingerida SEAPPA 2023 Além das microalgas as macroalgas apresentam produção considerável Microalgas As microalgas têm sido produzidas em larga escala visando a utilização comercial na nutrição saúde humana e animal e também no tratamento de águas residuais na produção de energia e na obtenção de compostos utilizados na indústria química e farmacêutica RICHMOND 2004 como apresentado na Tabela 1 UNIDADE 10 De acordo com Derner et al 2006 quando produzidas visando a elaboração de alimentos assim como para a extração de alguma substância de interesse fazse necessário separar a biomassa do meio de cultura visto que o processo de separação envolve etapas sólidolíquido como floculação centrifugação e filtração e posteriormente a biomassa passa pelo processo de desidratação onde podem ser empregadas técnicas como a secagem ao sol o spraydrying e a liofilização enquanto que para a extração dos compostos as células microalgais são rompidas empregando métodos de homogeneização ultrassom choque osmótico solventes enzimas etc As substâncias de interesse são então recuperadas e na maioria dos casos sofrem algum processo de purificação como ultrafiltração cromatografia ou fracionamento MOLINA GRIMA 2004 Em função de sua reprodução ser rápida proporcionam uma grande quantidade de óleo e de biomassa além de apresentar alta produtividade geralmente de 10 a 100 vezes maior do que as culturas agrícolas tradicionais captura de carbono altamente eficiente elevado teor de lipídios ou amido que podem ser utilizados para produção de biodiesel ou etanol podem ser cultivadas em água do mar ou água salobra ou mesmo em águas residuais e também produzidas em terras não agricultáveis A Chlorella vulgaris é uma das algas mais cultivadas mundialmente devido a sua constituição rica em proteínas e contém todos os aminoácidos essenciais é também rica em clorofila e apresenta perfil lipídico com ácidos graxos poli insaturados além de apresentar concentrações altas de vitamina B12 ferro Fe potássio K fósforo P e cálcio Ca É utilizada em suplementos dietéticos na alimentação saudável na alimentação animal cosméticos e agricultura A Arthrospira platensis ou Spirulina apresenta perfil nutricional equilibrado sendo rica em proteínas e contendo todos os aminoácidos essenciais e também com boas concentrações de ficocianina ferro Fe vitamina B12 e ômega3 É utilizada em suplementos dietéticos na alimentação saudável na alimentação animal cosméticos agricultura e artesanalmente A Tetraselmis sp é uma alga marinha produzida em fotobiorreatores tubulares fechados A T chui apresenta 45 de proteína altas concentrações de clorofila e rica em ômega3 adequada para a formulação de rações e alimentos enquanto que a T striata apresenta 25 de fibras e com boas concentrações de carotenoides como a neoxantina luteína e violaxantina e lipídeos como o ômega3 CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR A Nannochloropsis sp é também uma alga marinha produzida em fotobiorreatores tubulares fechados que apresentam alto teor de ômega3 e 4 de pigmentos como a clorofila e carotenóides A N oceanica apresenta em torno de 40 de ácidos graxos poliinsaturados 35 de ômega3 e 10 de ômega6 além de 3 de clorofila e a N gaditana com perfil semelhante a N oceânica é comumente utilizada na ração animal principalmente na ração de peixes A Scenedesmus obliquus é rica em proteína 55 lipídeos oligoelementos vitaminas e pigmentos como clorofila luteína e carotenoides já a Scenedesmus rubescens possui também alta concentração de pigmentos clorofila luteína carotenoides e uma composição rica e completa de macro e micronutrientes Utilizada tanto na alimentação animal quanto para a indústria de cosméticos A Phaeodactylum tricornutum é composta por alto teor de ômega3 40 ômega 6 17 e ómega9 6 possui fucoxantina um carotenóide de grande valor potencial na prevenção ou controlo da obesidade e outras doenças crônicas A Chlorococcum amblystomatis é uma microalga verde que devido ao seu elevado conteúdo proteico 48 peso seco e perfil de ácidos graxos poliinsaturados e de carotenoides é considerada uma boa candidata para aplicações em nutrição humana e animal a sua clorofila e luteína conferemlhe propriedades de corante alimentar natural e tornamna interessante também para a indústria farmacêutica e de suplementos alimentares CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR Macroalgas Geralmente são cultivadas em áreas litorâneas O tipo de solo é importante para melhor produtividade além da boa interceptação luminosa para o seu bom desenvolvimento Assim como as microalgas podem ser utilizados como estabilizantes e agentes espessantes em produtos alimentícios fármacos cosméticos rações e fertilizantes até produtos biotecnológicos como filmes biodegradáveis para substituir copos e sacolas plásticas películas para aumentar o tempo de prateleira de frutas e tintas antiincrustantes para embarcações Segundo Derner 2018 as macroalgas mais cultivadas são Kappaphycus alvarezii e Eucheuma spp matériaprima para extração de carragenana um colóide amplamente utilizado em diversos ramos da indústria Saccharina japonica ou kombu utilizada na indústria alimentícia Gracilaria spp matériaprima para extração de ágar outro colóide de interesse industrial Undaria pinnatifida ou wakame e Pyropia tenera e P yezoensis ou nori sendo a primeira utilizada na culinária japonesa em saladas sunomono e as últimas no famoso sushi Quando produzidas em associação animais marinhos peixes moluscos camarões as algas podem absorver parte dos dejetos dos animais auxiliando no seu desenvolvimento CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR MALACOCULTURA A criação de moluscos como ostras mexilhões e vieiras é denominada de malacocultura O cultivo dessas espécies de animais são utilizados no monitoramento de contaminantes químicos As formas de cultivo utilizadas no Brasil são suspenso do tipo fixo varal flutuante do tipo espinhel ou long lines e o flutuante do tipo balsa SANTOS 2016 Sistema Suspenso Fixo Geralmente são fixados em locais rasos com até quatro metros de profundidade com o mar calmo Figura 1 com fundo arenosolodoso próximo à costa utilizando bambus ou tubos de PVC concretados SANTOS 2016 onde são na parte superior colocados os mesmos materiais paralelos à superfície da água para servir de suporte para as cordas ou lanternas de cultivo FERREIRA NETO 2007 CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR Sistema Espinheis ou Long Lines São confeccionados em sistema de flutuação confeccionados com plásticos fibras ou poliuretano de volumes entre 20 e 200 litros amarrados em linhas com um cabo mestre Figura 2 na superfície do mar onde são penduradas lanternas cordas de cultivo ou coletores de sementes FERREIRA NETO 2007 Sistema de cultivo tipo balsa flutuante Esse sistema é pouco utilizado no Brasil e as que existem medem entre 30 e 70 m² onde são empregados diversos materiais como as bombonas plásticas Figura 3 placas de poliuretano rígido flutuadores de madeira de compensado naval cobertos com resina tambores de metal especialmente construídos e revestidos de resina FERREIRA NETO 2007 Qualidade das larvas do camarão a ser criado para que sejam resistentes a doenças e que na fase adulta possam atingir um bom tamanho Reprodução onde as larvas que são geradas pelas fêmeas devem ser mantidas em água salobra por 40 dias até que se realizem a metamorfose completa Temperatura local que deve estar preferencialmente entre 20 e 30 ºC Topografia recomendada é de terrenos com declive suave de até 2 Solo com teor de argila entre 30 e 70 Póslarvas devem ser adquiridas de laboratórios comerciais para os primeiros tanques Custos variam de acordo com instalações equipamentos e a mão de obra quanto mais intensificado maior o custo de implantação Trabalho manual que necessita de um funcionário para manter os cuidados culturais alimentação biometria monitoramento de creche e verificação de temperatura o pH e a transparência da água Produtividade que é dependente das condições climáticas regionais Registro com aquicultor que deve atender a alguns requisitos incluindo a licença ambiental e a concessão do uso de recursos hídricos CARCINiCULTURA A carcinicultura é a técnica de criar camarões em viveiros INCAPER 2023 tanto em água salgada quanto em água doce Para iniciar a produção de camarões devese solicitar um registro de aquicultor ao órgão competente o IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e atender as exigências como a licença ambiental e a outorga do uso do recurso hídrico ENGEPESCA 2017 É comum a utilização de tanques escavados com fundo de terra natural porém necessitase de um sistema de drenagem eficaz para a retirada dos camarões ao final do período de engorda sendo então descartada a utilização de diques e açudes na carcinicultura Quando a criação é realizada em água doce a temperatura da água e a sua qualidade a topografia o tipo de solo a criação e a reprodução são fatores a serem considerados Para que a produção seja bem sucedida devese levar em consideração CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR Ferramentas como medidor de pH para controlar o pH da água termômetros para medir a temperatura da água oxímetro para medir o oxigênio dissolvido na água disco de Secchi para avaliar a transparência da água protetor de tela para proteger os camarões e redes de pesca utilizadas para avaliação biométrica dos animais assim como para a colheita dos mesmos são indispensáveis para o carcinicultor O ciclo de vida do camarão é complexo Os ovos são extremamente pequenos que são depositados em águas oceânicas muito profundas de 40 a 100 metros e quando eclodem são denominados de náuplios sendo esta a primeira fase larval que se alimenta exclusivamente de vitelo a segunda e terceira fase larval são denominadas zoea e misis respectivamente que se alimentam de fitoplâncton na segunda fase e de zooplâncton na terceira aos 20 dias pós eclosão passam a uma categoria chamada póslarvas onde as primeiras pós larvas PLs se desenvolvem em águas oceânicas e por volta do sexto subestágio PL migram para áreas com baixa salinidade onde alimentamse de matéria orgânica em decomposição quando estão próximos à maturidade sexual retornam ao ambiente com maior salinidade reiniciando o ciclo Figura 4 CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR Sistemas Extensivos com baixo investimento financeiro para as instalações focando no aumento da área produtiva porém há a desvantagem da irregularidade no processo produtivo durante as estações do ano sendo essa a característica de aumento de área praticado principalmente pelos grandes produtores Sistemas SemiIntensivos caracterizado como o mais tradicional sendo um modelo intermediário de custos e densidades atualmente é uma opção para áreas sem a presença do vírus da mancha branca Sistemas Intensivos utilizase cobertura plástica com aporte financeiro alto no processo de construção e produção visando o aumento da produtividade para diluir os altos custos envolvidos no processo construtivo e operacional Nessa configuração se observa que a modalidade de micro pequenos e médios produtores aumentaram sua produção sobre a forma de sistema intensivo Assim como em outros sistemas produtivos a carcinicultura pode ser categorizada em ROCHA 2020 A Doença da Mancha Branca ou Síndrome da Mancha Branca SMB White Spot Syndrome WSS é causada pelo vírus de mesmo nome WSSV pertencente ao gênero Whispovirus da família Nimaviridae classificado inicialmente na família Baculoviridae Há descrito somente este gênero Whispovirus com um único representante o White spot syndrome vírus 1 WSSV que foi detectado em todas as fases de crescimento e a transmissão pode ser horizontal pela água ou pela prática do canibalismo estando os camarões infectados entre aqueles canibalizados ou vertical passando das fêmeas para os ovos com o aparecimento de larvas já contaminadas HIPOLITO et al 2010 Ainda de acordo com os autores o vírus tem este nome devido à característica da doença que é a formação de manchas brancas na carapaça da cabeça Embora não seja uma zoonose a presença das manchas brancas altera o aspecto visual dos camarões limitando a comercialização dos mesmos RANICULTURA A criação de rãs é uma atividade zootécnica e econômica e no Brasil foram desenvolvidas tecnologias para a criação em cativeiro diferente de outros países que praticam a caça ou o cultivo extensivo dessa espécie animal CRIBB et al 2013 No Brasil as espécies existentes são Leptodactylus labyrinticus popularmente chamada de Rã Pimenta sendo a maior rã brasileira e atualmente em extinção Sua cor é semelhante a de tijolo com flancos avermelhados Figura 5 Para estimar o peso dos equinos quando não se tem disponível uma balança utilizase a fórmula PVA²C30050 Onde PV Peso Vivo kg A Altura m C Comprimento m A altura da cernelha corresponde a altura do animal A enquanto que o comprimento C deve ser medido da ponta da paleta até a tuberosidade isquiática Figura 2 CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR Leptodactylus ocellatus popularmente chamada de Rã Manteiga Figura 6 apresenta musculatura do braço bem desenvolvida porém com produtividade inferior a da Rã Touro A criação de rãs nativas só deve ser realizada com a autorização do IBAMA A espécie de rã mais criada no Brasil é a Rã TouroGigante Lithobates catesbeianus inserida em território nacional em 1935 Apresenta como características Vive no em média 16 anos sendo de 10 anos a sua capacidade reprodutiva No Brasil um reprodutor permanece de 4 a 5 anos no ranário Sua postura chega a 3000 ovos na 1ª desova podendo ir a 20000 ovos nos subsequentes visto que no Brasil a média é de 5000 a 6000 ovos É precoce pois atinge a maturidade sexual com 1 ano quando peso vivo médio é de 250 gramas Chega a 30 cm no comprimento total O tom da pele vai do verdeclaro ao cinzaescuro Possui membrana interdigital nas pastas traseiras o que as diferencia das rãs nativas Figura 7 CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR As rãs touro apresentam dimorfismo sexual o ouvido a membrana timpânica que fica atrás dos olhos e a cavidade ocular têm tamanhos semelhantes na fêmea enquanto que no macho a membrana timpânica é maior do que a cavidade ocular o braço do macho é forte e volumoso os machos são menores que as fêmeas o papo do macho é intensamente mais amarelado na época do acasalamento enquanto que na fêmea é cremeesbranquiçado o polegar do macho fica dilatado com verrugas nupciais na época do acasalamento para melhor aderência nas fêmeas nesse período o macho coaxa forte no período reprodutivo já as fêmeas emitem sons quase imperceptíveis MORAES 1995 Criação de rãs Fase reprodutiva a fecundação é externa onde há a atração da fêmea pelo macho em local limpo água o macho posicionase por trás da fêmea e exercendo pressão no abdômen para a expulsão dos óvulos ao mesmo tempo ele expele o esperma fecundando esses óvulos que ficarão unidos por uma espuma transparente e gelatinosa que os mantem na superfície da água Posteriormente os ovos irão para o setor de girinagem colhidos em peneiras ou cuias dágua Fase de eclosão os embriões eclodem entre três a cinco dias e são caracterizados pela cor negra e vivem no saco vitelino visto que no 10º dia passam a se alimentar do plâncton e da ração colocada na água quando a boca já está formada e então começam a nadar Fase de girinos Iniciamse as metamorfoses que levarão os animais a trocarem a água pela terra compostas pelas fases G1 Crescimento nas primeiras semanas ficam no fundo do tanque vindo a superfície se alimentarem em grupos A temperatura da água é o determinante para a duração desse período G2 Início da metamorfose as patas posteriores se desenvolvem externamente e as anteriores internamente nesse período há alto consumo de alimento G3 fase prémetamorfose as patas posteriores estão totalmente exteriorizadas porém não formadas G4 fase préclimax da metamorfose nesta fase as quatro patas estão totalmente prontas inclusive com as membranas interdigitais G5 fase clímax da metamorfose ocorre a exteriorização das patas anteriores a cauda ainda grande afilase e é então absorvida diminuindo o consumo de alimento pois supre suas necessidades alimentares pela absorção da própria cauda Nesta fase a respiração passa de BRANQUIAL para PULMONARCUTÂNEA Fase imagos os animais já são considerados como rãs prontas para o setor de recria Fase adulta Ficam de 30 a 40 dias no setor de recria e de dois a quatro meses no setor de engorda dependendo da temperatura e da qualidade da ração No setor de recria há necessidade de que a ração se mexa com larva de mosca cochos vibratórios etc a fim de que ela se adapte a comer ração enquanto que na engorda esse manejo é dispensado No sistema de baias inundadas e no ranabox são utilizadas rações extruzadas e flutuantes com densidade maior de rãsm² As rãs ao mexerem na água fazem a ração mexer e com isso a ingere CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR Alimentação As rãs podem ser alimentadas com ração extrusada como relatado anteriormente assim como com moscas e larvas Os moscários e larvários podem ser construídos na propriedade porém essas instalações necessitam de cuidados para manter a qualidade do alimento fornecido aos animais CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR A aquicultura abrange muitas espécies de criação Nesta unidade foram abordados a Algicultura produção de micro e macroalgas a Malacocultura produção de ostras moluscos e vieiras a Carcinicultura produção de camarão e a Ranicultura produção de rãs todas com cunho produtivo Cada uma apresenta particularidades em seus sistemas de produção Na nossa próxima Unidade de Aprendizagem vamos conhecer abordar o tema Piscicultura CONCLUINDO A UNIDADE Para conhecer melhor o sistema de produção de rãs indico o Manual Técnico de Ranicultura disponível pelo link httpsportalideacombrcursos81892df7fc7bb84eb771c60a5345cfe5pdf DICA DO PROFESSOR Questão 1 A aquicultura é caracterizada por criar animais em ambiente aquático Quais os sistemas de produção a compõem A Algicultura malacocultura e carcinicultura B Malacocultura carcinicultura e ranicultura C Malacocultura piscicultura carcinicultura e ranicultura D Algicultura malacocultura piscicultura carcinicultura e ranicultura SEU GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Questão 2 A produção de algas é diferenciada pelo tamanho das mesmas sendo assim são classificadas em A Micro e Macroalgas B Micro e Mesoalgas C Meso e Macroalgas D Mono e Mesoalgas SEU GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO SEU GABARITO Questão 3 A criação de moluscos pode ser realizada em diferentes formas das quais a Suspenso tipo varal e flutuante tipo long lines b Suspenso tipo varal flutuante tipo long lines e flutuante tipo balsa c Flutuante tipo long lines e flutuante tipo balsa d Suspenso tipo varal e flutuante tipo balsa EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Questão 4 Para iniciar a criação de camarão é necessário o registro de aquicultor disponibilizado a Pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento b Pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais c Pela Engenharia de Pesca do município d Pela Associação Brasileira de Criadores de Camarão SEU GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO SEU GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Questão 5 Quais são as espécies de rãs brasileiras a Rã Pimenta Rã Manteiga e Rã Touro b Rã Pimenta e Rã Touro c Rã Manteiga e Rã Touro d Rã Pimenta e Rã Manteiga SAIBA MAIS Vídeo Cultivo de Algas Algicultura Youtube Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvuwqm8imWynk Acesso em 19032023 Vídeo Seminários em Aquicultura malacocultura Youtube Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvubri3aWGAMw Acesso em 19032023 Vídeo Carcinicultura Criação de camarão Youtube Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvdSvV2IXpBDA Acesso em 19032023 ANOTAÇÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABBATEPAULO F V Morfometria e variação espaçotemporal da abundância das fases iniciais do camarãobranco Litopenaeus schmitti no estuário de Santos SP Brasil Dissertação Mestrado Programa de PósGraduação em Aquicultura e Pesca do Instituto de Pesca APTA Secretaria de Agricultura e Abastecimento 64f 2016 CRIBB A Y AFONSO A M FERREIRA C M Manual técnico de ranicultura EMBRAPA Brasília DF 73p 2013 DERNER R B OHSE S VILLELA M CARVALHO S M FETT R Microalgas produtos e aplicações Ciência Rural v 36 n 6 p 19591967 2006 ENGEPESCA Carcinicultura Fatores indispensáveis para o sucesso do negócio Disponível em httpswwwengepescacombrpostcarciniculturafatoresindispensaveisparaosucessodonegocio Acesso em 19 mar 2023 FERREIRA NETO O Cultivo de moluscos em Santa Catarina Embrapa v 26 p 87 2007 FREITAS P D Estudos de diversidade genética em estoques reprodutores de camarões Litopenaeus vannamei cultivados no Brasil Tese Doutorado Universidade Federal de São Carlos UFSCar 120p 2003 HIPÓLITO M MARTINS A M C R P F CATROXO M H B MOSTÉRIO C M F Mancha branca do camarão um risco presente para a produção de camarão marinho no Brasil Disponível em httpwwwbiologicospgovbrpublicacoescomunicadosdocumentostecnicoscomunicados tecnicosmanchabrancadocamaraoumriscopresenteparaaproducaodecamaraomarinhono brasiltextA20DoenC3A7a20da20Mancha20Branca20ou20SC3ADndrome20da20 Mancha20Brancaclassificado20inicialmente20na20famC3ADlia20Baculoviridae Acesso em 19 mar 2023 INCAPER Instituto Capixaba de Pesquisa Assitência Técnica e Extensão Rural Carcinicultura 2023 Disponível em httpsincaperesgovbrcarciniculturatextA20tC3A9cnica20de20criaC3A7C3A3o20 depara20a20construC3A7C3A3o20de20viveiros Acesso em 19 mar 2023 MOLINA GRIMA E et al Downstream processing of cellmass and products In RICHMOND A Ed Handbook of microalgal culture biotechnology and applied phycology Oxford Blackwell Science 2004 p 215251 RICHMOND A Ed Handbook of microalgal culture biotechnology and applied phycology Oxford Blackwell Science 2004 566p ROCHA D M Tendências desafios e perspectivas da carcinicultura brasileira Disponível em httpswwwaquaculturebrasilcomcoluna12tendenciasdesafioseperspectivasdacarcinicultura brasileira Acesso em 19 mar 2023 SANTOS C M Impactos positivos e negativos do cultivo de bivalentes em áreas costeiras Trabalho de Conclusão de Curso Graduação do curso de Ecologia da Universidade Estadual Paulista Instituto de Biociências de Rio Claro Rio ClaroSP 62f 2016 SEAPPA Secretaria de Estado de Agricultura Pecuária Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro Aquicultura Algicultura 2023 Disponível em httpwwwfiperjrjgovbrindexphpaquiculturaalgicultura Acesso em 19 mar 2023 TEIXEIRA R N G Aquicultura desafios para produzir peixes de forma sustentável In ENCONTRO AGROTECNOLÓGICO PARA A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS 2 2006 Tailândia Pará O Cenário atual do desenvolvimento da agricultura e perspectivas de novas tecnologias anais artigos e palestras Tailândia Grafic Express p 133142 2006 GABARITO 1 Gabarito D Justificativa do gabarito O cultivo de organismos aquáticos está atualmente dividido em algicultura malacocultura piscicultura carcinicultura e ranicultura 2 Gabarito A Justificativa do gabarito As microalgas participam do primeiro nível trófico da cadeia alimentar nos ambientes aquáticos enquanto as macroalgas são cultivadas em áreas litorâneas Ambas podem ser utilizadas na indústria farmacêutica e alimentar 3 Gabarito B Justificativa do gabarito Suspenso tipo varal flutuante tipo long lines e flutuante tipo balsa 4 Gabarito B Justificativa do gabarito Para iniciar a produção de camarões devese solicitar um registro de aquicultor ao órgão competente o IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 5 Gabarito D Justificativa do gabarito As Rãs Pimenta e Manteiga são rãs nativas e só devem ser criadas mediante autorização do IBAMA
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ou amido que podem ser utilizados para produção de biodiesel ou etanol podem ser cultivadas em água do mar ou água salobra ou mesmo em águas residuais e também produzidas em terras não agricultáveis A Chlorella vulgaris é uma das algas mais cultivadas mundialmente devido a sua constituição rica em proteínas e contém todos os aminoácidos essenciais é também rica em clorofila e apresenta perfil lipídico com ácidos graxos poli insaturados além de apresentar concentrações altas de vitamina B12 ferro Fe potássio K fósforo P e cálcio Ca É utilizada em suplementos dietéticos na alimentação saudável na alimentação animal cosméticos e agricultura A Arthrospira platensis ou Spirulina apresenta perfil nutricional equilibrado sendo rica em proteínas e contendo todos os aminoácidos essenciais e também com boas concentrações de ficocianina ferro Fe vitamina B12 e ômega3 É utilizada em suplementos dietéticos na alimentação saudável na alimentação animal cosméticos agricultura e artesanalmente A Tetraselmis sp é uma alga marinha produzida em fotobiorreatores tubulares fechados A T chui apresenta 45 de proteína altas concentrações de clorofila e rica em ômega3 adequada para a formulação de rações e alimentos enquanto que a T striata apresenta 25 de fibras e com boas concentrações de carotenoides como a neoxantina luteína e violaxantina e lipídeos como o ômega3 CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR A Nannochloropsis sp é também uma alga marinha produzida em fotobiorreatores tubulares fechados que apresentam alto teor de ômega3 e 4 de pigmentos como a clorofila e carotenóides A N oceanica apresenta em torno de 40 de ácidos graxos poliinsaturados 35 de ômega3 e 10 de ômega6 além de 3 de clorofila e a N gaditana com perfil semelhante a N oceânica é comumente utilizada na ração animal principalmente na ração de peixes A Scenedesmus obliquus é rica em proteína 55 lipídeos oligoelementos vitaminas e pigmentos como clorofila luteína e carotenoides já a Scenedesmus rubescens possui também alta concentração de pigmentos clorofila luteína carotenoides e uma composição rica e completa de macro e micronutrientes Utilizada tanto na alimentação animal quanto para a indústria de cosméticos A Phaeodactylum tricornutum é composta por alto teor de ômega3 40 ômega 6 17 e ómega9 6 possui fucoxantina um carotenóide de grande valor potencial na prevenção ou controlo da obesidade e outras doenças crônicas A Chlorococcum amblystomatis é uma microalga verde que devido ao seu elevado conteúdo proteico 48 peso seco e perfil de ácidos graxos poliinsaturados e de carotenoides é considerada uma boa candidata para aplicações em nutrição humana e animal a sua clorofila e luteína conferemlhe propriedades de corante alimentar natural e tornamna interessante também para a indústria farmacêutica e de suplementos alimentares CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR Macroalgas Geralmente são cultivadas em áreas litorâneas O tipo de solo é importante para melhor produtividade além da boa interceptação luminosa para o seu bom desenvolvimento Assim como as microalgas podem ser utilizados como estabilizantes e agentes espessantes em produtos alimentícios fármacos cosméticos rações e fertilizantes até produtos biotecnológicos como filmes biodegradáveis para substituir copos e sacolas plásticas películas para aumentar o tempo de prateleira de frutas e tintas antiincrustantes para embarcações Segundo Derner 2018 as macroalgas mais cultivadas são Kappaphycus alvarezii e Eucheuma spp matériaprima para extração de carragenana um colóide amplamente utilizado em diversos ramos da indústria Saccharina japonica ou kombu utilizada na indústria alimentícia Gracilaria spp matériaprima para extração de ágar outro colóide de interesse industrial Undaria pinnatifida ou wakame e Pyropia tenera e P yezoensis ou nori sendo a primeira utilizada na culinária japonesa em saladas sunomono e as últimas no famoso sushi Quando produzidas em associação animais marinhos peixes moluscos camarões as algas podem absorver parte dos dejetos dos animais auxiliando no seu desenvolvimento CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR MALACOCULTURA A criação de moluscos como ostras mexilhões e vieiras é denominada de malacocultura O cultivo dessas espécies de animais são utilizados no monitoramento de contaminantes químicos As formas de cultivo utilizadas no Brasil são suspenso do tipo fixo varal flutuante do tipo espinhel ou long lines e o flutuante do tipo balsa SANTOS 2016 Sistema Suspenso Fixo Geralmente são fixados em locais rasos com até quatro metros de profundidade com o mar calmo Figura 1 com fundo arenosolodoso próximo à costa utilizando bambus ou tubos de PVC concretados SANTOS 2016 onde são na parte superior colocados os mesmos materiais paralelos à superfície da água para servir de suporte para as cordas ou lanternas de cultivo FERREIRA NETO 2007 CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR Sistema Espinheis ou Long Lines São confeccionados em sistema de flutuação confeccionados com plásticos fibras ou poliuretano de volumes entre 20 e 200 litros amarrados em linhas com um cabo mestre Figura 2 na superfície do mar onde são penduradas lanternas cordas de cultivo ou coletores de sementes FERREIRA NETO 2007 Sistema de cultivo tipo balsa flutuante Esse sistema é pouco utilizado no Brasil e as que existem medem entre 30 e 70 m² onde são empregados diversos materiais como as bombonas plásticas Figura 3 placas de poliuretano rígido flutuadores de madeira de compensado naval cobertos com resina tambores de metal especialmente construídos e revestidos de resina FERREIRA NETO 2007 Qualidade das larvas do camarão a ser criado para que sejam resistentes a doenças e que na fase adulta possam atingir um bom tamanho Reprodução onde as larvas que são geradas pelas fêmeas devem ser mantidas em água salobra por 40 dias até que se realizem a metamorfose completa Temperatura local que deve estar preferencialmente entre 20 e 30 ºC Topografia recomendada é de terrenos com declive suave de até 2 Solo com teor de argila entre 30 e 70 Póslarvas devem ser adquiridas de laboratórios comerciais para os primeiros tanques Custos variam de acordo com instalações equipamentos e a mão de obra quanto mais intensificado maior o custo de implantação Trabalho manual que necessita de um funcionário para manter os cuidados culturais alimentação biometria monitoramento de creche e verificação de temperatura o pH e a transparência da água Produtividade que é dependente das condições climáticas regionais Registro com aquicultor que deve atender a alguns requisitos incluindo a licença ambiental e a concessão do uso de recursos hídricos CARCINiCULTURA A carcinicultura é a técnica de criar camarões em viveiros INCAPER 2023 tanto em água salgada quanto em água doce Para iniciar a produção de camarões devese solicitar um registro de aquicultor ao órgão competente o IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e atender as exigências como a licença ambiental e a outorga do uso do recurso hídrico ENGEPESCA 2017 É comum a utilização de tanques escavados com fundo de terra natural porém necessitase de um sistema de drenagem eficaz para a retirada dos camarões ao final do período de engorda sendo então descartada a utilização de diques e açudes na carcinicultura Quando a criação é realizada em água doce a temperatura da água e a sua qualidade a topografia o tipo de solo a criação e a reprodução são fatores a serem considerados Para que a produção seja bem sucedida devese levar em consideração CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR Ferramentas como medidor de pH para controlar o pH da água termômetros para medir a temperatura da água oxímetro para medir o oxigênio dissolvido na água disco de Secchi para avaliar a transparência da água protetor de tela para proteger os camarões e redes de pesca utilizadas para avaliação biométrica dos animais assim como para a colheita dos mesmos são indispensáveis para o carcinicultor O ciclo de vida do camarão é complexo Os ovos são extremamente pequenos que são depositados em águas oceânicas muito profundas de 40 a 100 metros e quando eclodem são denominados de náuplios sendo esta a primeira fase larval que se alimenta exclusivamente de vitelo a segunda e terceira fase larval são denominadas zoea e misis respectivamente que se alimentam de fitoplâncton na segunda fase e de zooplâncton na terceira aos 20 dias pós eclosão passam a uma categoria chamada póslarvas onde as primeiras pós larvas PLs se desenvolvem em águas oceânicas e por volta do sexto subestágio PL migram para áreas com baixa salinidade onde alimentamse de matéria orgânica em decomposição quando estão próximos à maturidade sexual retornam ao ambiente com maior salinidade reiniciando o ciclo Figura 4 CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR Sistemas Extensivos com baixo investimento financeiro para as instalações focando no aumento da área produtiva porém há a desvantagem da irregularidade no processo produtivo durante as estações do ano sendo essa a característica de aumento de área praticado principalmente pelos grandes produtores Sistemas SemiIntensivos caracterizado como o mais tradicional sendo um modelo intermediário de custos e densidades atualmente é uma opção para áreas sem a presença do vírus da mancha branca Sistemas Intensivos utilizase cobertura plástica com aporte financeiro alto no processo de construção e produção visando o aumento da produtividade para diluir os altos custos envolvidos no processo construtivo e operacional Nessa configuração se observa que a modalidade de micro pequenos e médios produtores aumentaram sua produção sobre a forma de sistema intensivo Assim como em outros sistemas produtivos a carcinicultura pode ser categorizada em ROCHA 2020 A Doença da Mancha Branca ou Síndrome da Mancha Branca SMB White Spot Syndrome WSS é causada pelo vírus de mesmo nome WSSV pertencente ao gênero Whispovirus da família Nimaviridae classificado inicialmente na família Baculoviridae Há descrito somente este gênero Whispovirus com um único representante o White spot syndrome vírus 1 WSSV que foi detectado em todas as fases de crescimento e a transmissão pode ser horizontal pela água ou pela prática do canibalismo estando os camarões infectados entre aqueles canibalizados ou vertical passando das fêmeas para os ovos com o aparecimento de larvas já contaminadas HIPOLITO et al 2010 Ainda de acordo com os autores o vírus tem este nome devido à característica da doença que é a formação de manchas brancas na carapaça da cabeça Embora não seja uma zoonose a presença das manchas brancas altera o aspecto visual dos camarões limitando a comercialização dos mesmos RANICULTURA A criação de rãs é uma atividade zootécnica e econômica e no Brasil foram desenvolvidas tecnologias para a criação em cativeiro diferente de outros países que praticam a caça ou o cultivo extensivo dessa espécie animal CRIBB et al 2013 No Brasil as espécies existentes são Leptodactylus labyrinticus popularmente chamada de Rã Pimenta sendo a maior rã brasileira e atualmente em extinção Sua cor é semelhante a de tijolo com flancos avermelhados Figura 5 Para estimar o peso dos equinos quando não se tem disponível uma balança utilizase a fórmula PVA²C30050 Onde PV Peso Vivo kg A Altura m C Comprimento m A altura da cernelha corresponde a altura do animal A enquanto que o comprimento C deve ser medido da ponta da paleta até a tuberosidade isquiática Figura 2 CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR Leptodactylus ocellatus popularmente chamada de Rã Manteiga Figura 6 apresenta musculatura do braço bem desenvolvida porém com produtividade inferior a da Rã Touro A criação de rãs nativas só deve ser realizada com a autorização do IBAMA A espécie de rã mais criada no Brasil é a Rã TouroGigante Lithobates catesbeianus inserida em território nacional em 1935 Apresenta como características Vive no em média 16 anos sendo de 10 anos a sua capacidade reprodutiva No Brasil um reprodutor permanece de 4 a 5 anos no ranário Sua postura chega a 3000 ovos na 1ª desova podendo ir a 20000 ovos nos subsequentes visto que no Brasil a média é de 5000 a 6000 ovos É precoce pois atinge a maturidade sexual com 1 ano quando peso vivo médio é de 250 gramas Chega a 30 cm no comprimento total O tom da pele vai do verdeclaro ao cinzaescuro Possui membrana interdigital nas pastas traseiras o que as diferencia das rãs nativas Figura 7 CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR As rãs touro apresentam dimorfismo sexual o ouvido a membrana timpânica que fica atrás dos olhos e a cavidade ocular têm tamanhos semelhantes na fêmea enquanto que no macho a membrana timpânica é maior do que a cavidade ocular o braço do macho é forte e volumoso os machos são menores que as fêmeas o papo do macho é intensamente mais amarelado na época do acasalamento enquanto que na fêmea é cremeesbranquiçado o polegar do macho fica dilatado com verrugas nupciais na época do acasalamento para melhor aderência nas fêmeas nesse período o macho coaxa forte no período reprodutivo já as fêmeas emitem sons quase imperceptíveis MORAES 1995 Criação de rãs Fase reprodutiva a fecundação é externa onde há a atração da fêmea pelo macho em local limpo água o macho posicionase por trás da fêmea e exercendo pressão no abdômen para a expulsão dos óvulos ao mesmo tempo ele expele o esperma fecundando esses óvulos que ficarão unidos por uma espuma transparente e gelatinosa que os mantem na superfície da água Posteriormente os ovos irão para o setor de girinagem colhidos em peneiras ou cuias dágua Fase de eclosão os embriões eclodem entre três a cinco dias e são caracterizados pela cor negra e vivem no saco vitelino visto que no 10º dia passam a se alimentar do plâncton e da ração colocada na água quando a boca já está formada e então começam a nadar Fase de girinos Iniciamse as metamorfoses que levarão os animais a trocarem a água pela terra compostas pelas fases G1 Crescimento nas primeiras semanas ficam no fundo do tanque vindo a superfície se alimentarem em grupos A temperatura da água é o determinante para a duração desse período G2 Início da metamorfose as patas posteriores se desenvolvem externamente e as anteriores internamente nesse período há alto consumo de alimento G3 fase prémetamorfose as patas posteriores estão totalmente exteriorizadas porém não formadas G4 fase préclimax da metamorfose nesta fase as quatro patas estão totalmente prontas inclusive com as membranas interdigitais G5 fase clímax da metamorfose ocorre a exteriorização das patas anteriores a cauda ainda grande afilase e é então absorvida diminuindo o consumo de alimento pois supre suas necessidades alimentares pela absorção da própria cauda Nesta fase a respiração passa de BRANQUIAL para PULMONARCUTÂNEA Fase imagos os animais já são considerados como rãs prontas para o setor de recria Fase adulta Ficam de 30 a 40 dias no setor de recria e de dois a quatro meses no setor de engorda dependendo da temperatura e da qualidade da ração No setor de recria há necessidade de que a ração se mexa com larva de mosca cochos vibratórios etc a fim de que ela se adapte a comer ração enquanto que na engorda esse manejo é dispensado No sistema de baias inundadas e no ranabox são utilizadas rações extruzadas e flutuantes com densidade maior de rãsm² As rãs ao mexerem na água fazem a ração mexer e com isso a ingere CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR Alimentação As rãs podem ser alimentadas com ração extrusada como relatado anteriormente assim como com moscas e larvas Os moscários e larvários podem ser construídos na propriedade porém essas instalações necessitam de cuidados para manter a qualidade do alimento fornecido aos animais CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR A aquicultura abrange muitas espécies de criação Nesta unidade foram abordados a Algicultura produção de micro e macroalgas a Malacocultura produção de ostras moluscos e vieiras a Carcinicultura produção de camarão e a Ranicultura produção de rãs todas com cunho produtivo Cada uma apresenta particularidades em seus sistemas de produção Na nossa próxima Unidade de Aprendizagem vamos conhecer abordar o tema Piscicultura CONCLUINDO A UNIDADE Para conhecer melhor o sistema de produção de rãs indico o Manual Técnico de Ranicultura disponível pelo link httpsportalideacombrcursos81892df7fc7bb84eb771c60a5345cfe5pdf DICA DO PROFESSOR Questão 1 A aquicultura é caracterizada por criar animais em ambiente aquático Quais os sistemas de produção a compõem A Algicultura malacocultura e carcinicultura B Malacocultura carcinicultura e ranicultura C Malacocultura piscicultura carcinicultura e ranicultura D Algicultura malacocultura piscicultura carcinicultura e ranicultura SEU GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Questão 2 A produção de algas é diferenciada pelo tamanho das mesmas sendo assim são classificadas em A Micro e Macroalgas B Micro e Mesoalgas C Meso e Macroalgas D Mono e Mesoalgas SEU GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO SEU GABARITO Questão 3 A criação de moluscos pode ser realizada em diferentes formas das quais a Suspenso tipo varal e flutuante tipo long lines b Suspenso tipo varal flutuante tipo long lines e flutuante tipo balsa c Flutuante tipo long lines e flutuante tipo balsa d Suspenso tipo varal e flutuante tipo balsa EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Questão 4 Para iniciar a criação de camarão é necessário o registro de aquicultor disponibilizado a Pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento b Pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais c Pela Engenharia de Pesca do município d Pela Associação Brasileira de Criadores de Camarão SEU GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO SEU GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Questão 5 Quais são as espécies de rãs brasileiras a Rã Pimenta Rã Manteiga e Rã Touro b Rã Pimenta e Rã Touro c Rã Manteiga e Rã Touro d Rã Pimenta e Rã Manteiga SAIBA MAIS Vídeo Cultivo de Algas Algicultura Youtube Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvuwqm8imWynk Acesso em 19032023 Vídeo Seminários em Aquicultura malacocultura Youtube Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvubri3aWGAMw Acesso em 19032023 Vídeo Carcinicultura Criação de camarão Youtube Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvdSvV2IXpBDA Acesso em 19032023 ANOTAÇÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABBATEPAULO F V Morfometria e variação espaçotemporal da abundância das fases iniciais do camarãobranco Litopenaeus schmitti no estuário de Santos SP Brasil Dissertação Mestrado Programa de PósGraduação em Aquicultura e Pesca do Instituto de Pesca APTA Secretaria de Agricultura e Abastecimento 64f 2016 CRIBB A Y AFONSO A M FERREIRA C M Manual técnico de ranicultura EMBRAPA Brasília DF 73p 2013 DERNER R B OHSE S VILLELA M CARVALHO S M FETT R Microalgas produtos e aplicações Ciência Rural v 36 n 6 p 19591967 2006 ENGEPESCA Carcinicultura Fatores indispensáveis para o sucesso do negócio Disponível em httpswwwengepescacombrpostcarciniculturafatoresindispensaveisparaosucessodonegocio Acesso em 19 mar 2023 FERREIRA NETO O Cultivo de moluscos em Santa Catarina Embrapa v 26 p 87 2007 FREITAS P D Estudos de diversidade genética em estoques reprodutores de camarões Litopenaeus vannamei cultivados no Brasil Tese Doutorado Universidade Federal de São Carlos UFSCar 120p 2003 HIPÓLITO M MARTINS A M C R P F CATROXO M H B MOSTÉRIO C M F Mancha branca do camarão um risco presente para a produção de camarão marinho no Brasil Disponível em httpwwwbiologicospgovbrpublicacoescomunicadosdocumentostecnicoscomunicados tecnicosmanchabrancadocamaraoumriscopresenteparaaproducaodecamaraomarinhono brasiltextA20DoenC3A7a20da20Mancha20Branca20ou20SC3ADndrome20da20 Mancha20Brancaclassificado20inicialmente20na20famC3ADlia20Baculoviridae Acesso em 19 mar 2023 INCAPER Instituto Capixaba de Pesquisa Assitência Técnica e Extensão Rural Carcinicultura 2023 Disponível em httpsincaperesgovbrcarciniculturatextA20tC3A9cnica20de20criaC3A7C3A3o20 depara20a20construC3A7C3A3o20de20viveiros Acesso em 19 mar 2023 MOLINA GRIMA E et al Downstream processing of cellmass and products In RICHMOND A Ed Handbook of microalgal culture biotechnology and applied phycology Oxford Blackwell Science 2004 p 215251 RICHMOND A Ed Handbook of microalgal culture biotechnology and applied phycology Oxford Blackwell Science 2004 566p ROCHA D M Tendências desafios e perspectivas da carcinicultura brasileira Disponível em httpswwwaquaculturebrasilcomcoluna12tendenciasdesafioseperspectivasdacarcinicultura brasileira Acesso em 19 mar 2023 SANTOS C M Impactos positivos e negativos do cultivo de bivalentes em áreas costeiras Trabalho de Conclusão de Curso Graduação do curso de Ecologia da Universidade Estadual Paulista Instituto de Biociências de Rio Claro Rio ClaroSP 62f 2016 SEAPPA Secretaria de Estado de Agricultura Pecuária Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro Aquicultura Algicultura 2023 Disponível em httpwwwfiperjrjgovbrindexphpaquiculturaalgicultura Acesso em 19 mar 2023 TEIXEIRA R N G Aquicultura desafios para produzir peixes de forma sustentável In ENCONTRO AGROTECNOLÓGICO PARA A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS 2 2006 Tailândia Pará O Cenário atual do desenvolvimento da agricultura e perspectivas de novas tecnologias anais artigos e palestras Tailândia Grafic Express p 133142 2006 GABARITO 1 Gabarito D Justificativa do gabarito O cultivo de organismos aquáticos está atualmente dividido em algicultura malacocultura piscicultura carcinicultura e ranicultura 2 Gabarito A Justificativa do gabarito As microalgas participam do primeiro nível trófico da cadeia alimentar nos ambientes aquáticos enquanto as macroalgas são cultivadas em áreas litorâneas Ambas podem ser utilizadas na indústria farmacêutica e alimentar 3 Gabarito B Justificativa do gabarito Suspenso tipo varal flutuante tipo long lines e flutuante tipo balsa 4 Gabarito B Justificativa do gabarito Para iniciar a produção de camarões devese solicitar um registro de aquicultor ao órgão competente o IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 5 Gabarito D Justificativa do gabarito As Rãs Pimenta e Manteiga são rãs nativas e só devem ser criadas mediante autorização do IBAMA