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Curso de Pós Graduação UNIDADE Práticas de Alfabetização e Letramento Objetivos trabalhar a leitura de imagens e textos verbais Problematizar a questão dos gêneros textuais na sala de aula e sua produção escrita objetivos Práticas de leitura 21 Leitura e produção textual 22 Atividades de leitura 23 Os gêneros textuais na alfabetização 2 Unidade 2 Práticas de leitura O trabalho com a produção de textos orais e escri tos é primordial no processo de ensinoaprendiza gem de uma língua É impossível pensar na escrita sem associála à prá tica da leitura e verificase que um bom leitor tem muito maior possibilidade de ser um escritor compe tente do que aquele que não tem o hábito da leitura Já dizia Mário Quintana Os verdadeiros analfabe tos são aqueles que aprendem a ler e não leem Agora vamos estudar alguns aspectos da escrita e leitura que podem ser trabalhados nas salas de aula Para isso vamos realizar a leitura do livrotexto mas precisamos fazer ao menos dois apontamentos Produção coletiva Ao contrário do que consta neste tópico do livro texto o trabalho de escrita coletiva de textos pode ocorrer a qualquer momento no processo de alfa betização E o ponto de partida deste processo não precisa ser necessariamente a produção coletiva de textos Desde muito cedo as crianças têm o que dizer e conforme vão se desenvolvendo vão criando hipóteses sobre como escrever o que é necessário para escrever como as letras e sílabas se organi zam no interior das palavras e como palavras vão se organizando na formação de textos Assim elas podem e devem ser autorizadas a escreverem so zinhas mesmo que ainda não estejam plenamente alfabetizadas Os gêneros textuais Aqui também precisamos fazer um comentário Os gêneros textuais são variados e devem ser adequa dos de acordo com a situação de interação verbal como por exemplo uma carta email receita texto de opinião etc dependendo do contexto Por isso o texto a ser escrito deve resultar de alguma demanda da turma de alguma situação em que é requerido que se produza um texto num gênero ou em outro aí sim professora e alunos poderão refletir coleti vamente sobre as características desse gênero e como ele pode ser escrito e não tomalo como um conteúdo curricular definindo previamente as ca racterísticas que o compõem É da maior importância que se realizem na escola trabalhos com os diferentes gêneros textuais que diariamente circulam entre as pessoas Este traba lho ampliará a capacidade linguística e discursiva do aprendiz E ao professor cabe juntamente com alu nos criar situações que demandem a escrita desses diferentes gêneros É na oportunidade concreta real que os alunos po derão entender a composição e funcionalidade do gênero 21 Leitura e produção textual Selecionamos um artigo que aborda com muita clareza esse assunto Alfa betização em perspectiva discursiva a realidade discursiva da sala de aula como eixo do processo ensino e apren dizagem da escrita httpsrevistaabalfcombrindexhtml indexphprabalfarticleview334 As crianças falam ouvem leem e es crevem para aprender a escrita signifi cada na discussão do tema que mobili za a turma tornase o objeto de atenção das crianças O sentido da linguagem escrita se sobrepõe à análise O que não quer dizer que não se faça a análise linguística como foi relatado O próprio esforço para dar conta das tarefas com binadas a escrita de cartas em duplas e a elaboração de cartazes como faixas leva as crianças ao planejamento do gênero e à análise da língua p 74 Com efeito segundo Bakhtin É de acordo com nosso domínio dos gêneros que usamos com desembaraço que descobrimos mais depressa e me lhor nossa individualidade neles quan do isso é possível e útil que refletimos com maior agilidade a situação irre produzível da comunicação verbal que realizamos com o máximo de perfeição o intuito discursivo que livremente con cebemos 1997 p304 saiba mais Unidade 2 Práticas de leitura A coesão e a coerência Neste tópico vamos trabalhar com o que escreveu Braga 2011 no livrotexto da disciplina Coesão e coerência são dois elementos fundamen tais para a organização e estruturação da escrita Para entedermos esses conceitos vamos usar as definições descritas em KOCH Ingedore Grunfeld Villaça TRAVAGLIA Luiz Texto e coerência São PauloCortez 1989 Antes de mais nada é preciso observar que nenhum dos conceitos encontrados na literatura é capaz de conter em si todos os aspectos que consideramos como definidores da coerência Vamos por isso elencar de forma sumária os traços que têm sido mais comumente apontados A coerência teria a ver com a boa formação do texto mas num sentido que não tem nada a ver com qualquer idéia assemelhada à noção de gramaticalidade usada no nível da frase sendo mais ligada talvez a uma boa formação em termos da interlocução comunicativaportanto a coe rência é algo que se estabelece na interação na interlocu ção numa situação comunicativa entre dois usuários Ela é o que faz com que o texto faça sentido para os usuários devendo ser vista pois como um princípio de interpre tabilidade do texto Assim ela pode ser vista também como ligada à inteligibilidade do texto numa situação de comunicação e à capacidade que o receptor do texto que o interpreta para compreendêlo tem para calcular o seu sentido A coerência seria a possibilidade de estabelecer no texto alguma forma de unidade ou relação Essa unida de é sempre apresentada como uma unidade de sentido no texto o que caracteriza a coerência como global isto é referente ao texto como um todo A coesão é a relação semântica entre dois elementos do texto de modo que um deles tem de ser interpretado por referência ao outro pressupondoo Criase entre os elementos um vínculo tie Para eles há dois tipos de coesão conforme a classe de elementos envolvidos coe são gramatical expressa através da gramática e coesão lexical expressa através do vocabulário Mas não seriam somente as relações de coesão que fariam do texto um texto isto é que lhe dariam textura ou textualidade pois ele precisa apresentar também um certo grau de coe rência que envolve os vários componentes impessoais e outras formas de influência do falante na situação de fala Um texto é uma passagem do discurso que é coerente em dois aspectos a ao relação ao contexto de situação portanto consiste em registro b em relação a si mesmo e portanto coeso A coesão é interna linguística e a coerên cia externa pois diz respeito aos contextos de situação O registro seria constituído pelos traços lingüísticos que são tipicamente associados com a configuração de traços situacionais seria o conjunto de configurações semânticas que é tipicamente associado com uma classe particular de contextos de situação e define a substância do texto o que ele significa no sentido mais amplo incluindo todos os com ponentes de seu significado já citados acima interpessoais etc e também o representacional referencial A coesão é a relação semântica entre dois elementos do texto de modo que um deles tem de ser interpretado por re ferência ao outro pressupondoo Criase entre os elementos um vínculo tie Para eles há dois tipos de coesão con forme a classe de elementos envolvidos coesão gramatical expressa através da gramática e coesão lexical expressa através do vocabulário Mas não seriam somente as rela ções de coesão que fariam do texto um texto isto é que lhe dariam textura ou textualidade pois ele precisa apresentar também um certo grau de coerência que envolve os vários componentes impessoais e outras formas de influência do falante na situação de fala Um texto é uma passagem do discurso que é coerente em dois aspectos a ao relação ao contexto de situação portanto consiste em registro b em relação a si mesmo e portanto coeso A coesão é interna linguística e a coerência externa pois diz respeito aos contextos de situação O registro seria constituído pelos traços lingüísticos que são tipicamente associados com a configuração de traços situacionais seria o conjunto de configurações semânticas que é tipicamente associado com uma classe particular de contextos de situação e define a substância do texto o que ele significa no sentido mais amplo incluindo todos os componentes de seu significado já citados acima interpessoais etc e também o representa cional referencial Perceba através da leitura que a coesão relacionase à organização textual enquanto a coerência é externa ou seja é construída pelo leitor que compreenderá ou não o texto Para que o aluno foque nestes aspectos ou em outros específicos é necessário que revisite os textos produzidos Unidade 2 Práticas de leitura A reescrita e a socialização de textos As atividades de revisão textual podem ser rea lizadas individualmente em grupos ou por toda a classe e para o trabalho de reescrita de textos produzidos em grupo devemse traçar metas que favoreçam o espírito de cooperação entre os alunos como por exemplo as sugestões que se seguem Ler ou pedir aos alunos qeu leiam o texto para que eles mesmos percebam os erros cometidos Selecionar para a reescrita a produção que contenha os erros que aparecem com maior frequência com a maioria da classe Combinar com os alunos os critérios que serão utilizados na correção Escolher uma produção e pedir autorização a seus autores para copiálas no quadro na íntegra Após identificar os erros na produção escrita solicitar por parte do grupo uma nova organização da frase ou da forma correta de escrever uma palavra Ter o cuidado de não alterar o sentido do texto deixando que os alunosautores decidam sobre a incorporação das sugestões da classe e respeitando a autonomia do texto a ser escrito Escolher a cada reescrita a produção de uma dupla ou grupo diferente de modo que todos tenham seus textos reescritos Imagem produzida sobre foto de Adam Winger no Unsplash Unidade 2 Práticas de leitura Pensando que o professor é o mediador do proces so de formação do aprendiz seria importante defi nirmos atividades práticas com a leitura de pinturas gravuras fotografias tiras histórias em quadrinhos e textos diversos como propagandas e anúncios crônica fábulas conto e poemas Acostumados com a leitura da escrita os alunos e até mesmo os professores estranham ao trabalhar com a leitura de imagens Leve essas questões para o FÓRUM DA TURMA reflita sobre elas e discuta com os seus colegas A seguir veja algumas possibilidades de trabalhos com imagens A partir das pinturas e das pergun tas apresentadas faça o que está sendo pedido na TAREFA 01 Converse com seus alunos sobre a tela Qual local está sendo representado na tela Quais objetos aparecem Qual o perfil do homem que ocupa este quarto Embasado em que você respondeu à pergunta anterior Converse com seus alunos sobre a tela O que compõe essa tela Que detalhe na pintura nos revela o sexo das personagens Na sua opinião Elas aguardam alguém Fazem uma reflexão escansam após o dia de trabalho Estão a passeio São visitantes 22 Atividades de leitura Tela de Vicent Van Gogh Quarto do Artista em Arles 1889 Óleo sobre tela 575 x 74 cm Museu dOrsay Paris Fonte Blog do Prof Vilella Acesso em out2020 Tela de Claude Monet Clifftop Walk at Pourville 1882 Óleo sobre tela 665 x 823 cm Instituto de Arte de Chica go Fonte artMonetcom Acesso em out2020 A partir das telas Quarto do Artista em Ar les de Vicent Van Gogh 1889 e Clifftop Walk at Pourville de Claude Monet 1882 e dos questionamentos sugeridos logo abai xo de cada tela faça uma análise compara tiva entre as duas pinturas Bom trabalho TAREFA 01 Unidade 2 Práticas de leitura Neste tópico vamos explorar o capítulo de um livro no qual discutimos o trabalho com o gênero textual convite numa turma de alfabetização Vocês pode rão acessálo na íntegra neste link httpsdrivegooglecomfiled1gVadRovNx4slUMs P00kliEZMrZs2YTJ2view O título dele é Os gêneros em eventos de alfabeti zação o trabalho com o convite em uma turma de 2º ano e tratase do capítulo 2 do livro disponível no link acima Mas o que vocês vão encontrar neste texto De início trazemos uma contextualização sobre como se consolida no Brasil a importância da diver sidade textual no trabalho de ensinar a ler e escrever na escola desde as teorizações às propostas cur riculares passando inclusive pelos PCNs e BNCC De modo que a seleção dos gêneros e os modos de escolarizálos têm sido alvo de várias pesquisas e reflexões Trataremos neste tópico acerca da esco larização do gênero convite Na sequência apresentamos alguns pressupostos para pensar a alfabetização como apropriação da cultura escrita partindo de referências que nos ajudam a situar o processo de alfabetização dentro de uma teoria de produção cultural resignificando as experiências culturais com a escrita dos diferen tes grupos linguísticos sendo parte importante no modo como osas alfabetizandosa adultosas ou crianças produzem transformam e reproduzem significados de um texto Assim a escola pode ser considerada um domínio ou seja um contexto estruturado e moldado no qual se usa e se aprende a escrita as salas de aula por seu turno constituemse em comunidades discursi vas nas quais alunosas e professora se engajam e estão ligados pela maneira característica como falam valorizam interpretam e usam essa escrita Por isso como assinala Street esse engajamento é sempre um ato social desde o seu início Por fim apresentamos o modo como uma profes sora atuante numa turma de 2º ano trabalha com os gêneros textuais e mais especificamente com o 23 Os gêneros textuais na alfabetização Vale destacar o que diz Rojo a este respeito Neste sentido a alfabetização deve ela também além de trabalhar o conhecimento do alfabeto fazêlo sobre textos em gêneros de circulação social concreta os quais são importantes para a prática social ativa e cidadã dos alunos desde guiarse por receitas e rótulos nas práticas cotidianas culinárias até deleitarse com um romance ou escrever uma carta de leitor a um jornal marcando posição Nada impe de que as práticas alfabetizadoras se dêem sobre textos interessantes e relevantes ao invés de frases descontex tualizadas e às vezes inimagináveis como a girafa está na geladeira somente porque essas apresentam determinada letra ou família Os textos apresentam todas as letras e os professores podem reorganizálas sistemicamente para estudálas com os alunos após lerem e escreverem coletiva mente um texto num gênero em situação que seja o mais possível aproxima da à de uso corrente Nada impede a leitura e o conheci mento de uma receita para fazêla ou transmitila a quem não a conhece para depois os alunos conhecerem as letras e os sons parecidos ou iguais que aparecem em palavras como fubá fino farinha forma forno fogo fermento Destamos também as palavras de Street As formas em que interagem professores ou facilitadores e seus alunos é sempre uma prática social que afeta a nature zado letramento a ser aprendido e as ideias que os partici pantes possam ter sobre o processo em especial os novos aprendizes e sua posição nas relações de poder STREET 2003 p 4 gênero textual convite Conforme vocês poderão ler no texto o trabalho com gêneros nessa sala de aula implicava uma certa pres crição do trabalho docente pois a professora revela que havia um planejamento prévio uma prescrição uma normatização que indicava a seleção de objetos culturais entre eles os gêneros a serem trabalhados a cada ano Mas ela se desloca de uma prática pedagó gica mais centrada no objeto para um movimento em que necessita demonstrar que esse objeto precisa ser de alguma forma contextualizado No momento da investigação tal contextualização foi dada por meio do uso de textos ficcionais livro literário e um convite fictício para compreender a função dos convites escri tos em nossa sociedade Mas o conjunto dos eventos de alfabetização ligados ao ensino do gênero nessa turma indica este estudo descrição e definição de alguns funcionamentos da lín gua Os significados que são construídos com a turma voltamse mais para a exploração de elementos do texto informações explícitas e da língua sempre por meio de perguntas comuns na esfera escolar quem enviou o convite para quem o convite foi enviado As atividades propostas procuram estabilizar a com preensão da dinâmica da produção de convites nas mais várias situações sociais elegese pensar sobre os bilhetes numa perspectiva mais textualestrutural do que enunciativo discursiva O trabalho pedagógico mantém uma prática escolar em que predomina as ações de explicar conceituar exemplificar fixar e verifi car Notase um trabalho com a leitura para localizar informações e conhecer aspectos vistos como regulares na forma composicional do gênero com pouca atenção ao que é dito aos aspectos discursivos identitários e enunciati vos do bilhete ficcional em análise Ou seja há avanços mas há também limites no tra balho da professora Assim diante do que vimos até aqui vamos refletir sobre a seguinte questão Como este trabalho com o convite poderia ter se apro ximado mais de uma perspectiva enunciativodiscur siva defendida pelas teorizações da área e sinalizada em recentes 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Curso de Pós Graduação UNIDADE Práticas de Alfabetização e Letramento Objetivos trabalhar a leitura de imagens e textos verbais Problematizar a questão dos gêneros textuais na sala de aula e sua produção escrita objetivos Práticas de leitura 21 Leitura e produção textual 22 Atividades de leitura 23 Os gêneros textuais na alfabetização 2 Unidade 2 Práticas de leitura O trabalho com a produção de textos orais e escri tos é primordial no processo de ensinoaprendiza gem de uma língua É impossível pensar na escrita sem associála à prá tica da leitura e verificase que um bom leitor tem muito maior possibilidade de ser um escritor compe tente do que aquele que não tem o hábito da leitura Já dizia Mário Quintana Os verdadeiros analfabe tos são aqueles que aprendem a ler e não leem Agora vamos estudar alguns aspectos da escrita e leitura que podem ser trabalhados nas salas de aula Para isso vamos realizar a leitura do livrotexto mas precisamos fazer ao menos dois apontamentos Produção coletiva Ao contrário do que consta neste tópico do livro texto o trabalho de escrita coletiva de textos pode ocorrer a qualquer momento no processo de alfa betização E o ponto de partida deste processo não precisa ser necessariamente a produção coletiva de textos Desde muito cedo as crianças têm o que dizer e conforme vão se desenvolvendo vão criando hipóteses sobre como escrever o que é necessário para escrever como as letras e sílabas se organi zam no interior das palavras e como palavras vão se organizando na formação de textos Assim elas podem e devem ser autorizadas a escreverem so zinhas mesmo que ainda não estejam plenamente alfabetizadas Os gêneros textuais Aqui também precisamos fazer um comentário Os gêneros textuais são variados e devem ser adequa dos de acordo com a situação de interação verbal como por exemplo uma carta email receita texto de opinião etc dependendo do contexto Por isso o texto a ser escrito deve resultar de alguma demanda da turma de alguma situação em que é requerido que se produza um texto num gênero ou em outro aí sim professora e alunos poderão refletir coleti vamente sobre as características desse gênero e como ele pode ser escrito e não tomalo como um conteúdo curricular definindo previamente as ca racterísticas que o compõem É da maior importância que se realizem na escola trabalhos com os diferentes gêneros textuais que diariamente circulam entre as pessoas Este traba lho ampliará a capacidade linguística e discursiva do aprendiz E ao professor cabe juntamente com alu nos criar situações que demandem a escrita desses diferentes gêneros É na oportunidade concreta real que os alunos po derão entender a composição e funcionalidade do gênero 21 Leitura e produção textual Selecionamos um artigo que aborda com muita clareza esse assunto Alfa betização em perspectiva discursiva a realidade discursiva da sala de aula como eixo do processo ensino e apren dizagem da escrita httpsrevistaabalfcombrindexhtml indexphprabalfarticleview334 As crianças falam ouvem leem e es crevem para aprender a escrita signifi cada na discussão do tema que mobili za a turma tornase o objeto de atenção das crianças O sentido da linguagem escrita se sobrepõe à análise O que não quer dizer que não se faça a análise linguística como foi relatado O próprio esforço para dar conta das tarefas com binadas a escrita de cartas em duplas e a elaboração de cartazes como faixas leva as crianças ao planejamento do gênero e à análise da língua p 74 Com efeito segundo Bakhtin É de acordo com nosso domínio dos gêneros que usamos com desembaraço que descobrimos mais depressa e me lhor nossa individualidade neles quan do isso é possível e útil que refletimos com maior agilidade a situação irre produzível da comunicação verbal que realizamos com o máximo de perfeição o intuito discursivo que livremente con cebemos 1997 p304 saiba mais Unidade 2 Práticas de leitura A coesão e a coerência Neste tópico vamos trabalhar com o que escreveu Braga 2011 no livrotexto da disciplina Coesão e coerência são dois elementos fundamen tais para a organização e estruturação da escrita Para entedermos esses conceitos vamos usar as definições descritas em KOCH Ingedore Grunfeld Villaça TRAVAGLIA Luiz Texto e coerência São PauloCortez 1989 Antes de mais nada é preciso observar que nenhum dos conceitos encontrados na literatura é capaz de conter em si todos os aspectos que consideramos como definidores da coerência Vamos por isso elencar de forma sumária os traços que têm sido mais comumente apontados A coerência teria a ver com a boa formação do texto mas num sentido que não tem nada a ver com qualquer idéia assemelhada à noção de gramaticalidade usada no nível da frase sendo mais ligada talvez a uma boa formação em termos da interlocução comunicativaportanto a coe rência é algo que se estabelece na interação na interlocu ção numa situação comunicativa entre dois usuários Ela é o que faz com que o texto faça sentido para os usuários devendo ser vista pois como um princípio de interpre tabilidade do texto Assim ela pode ser vista também como ligada à inteligibilidade do texto numa situação de comunicação e à capacidade que o receptor do texto que o interpreta para compreendêlo tem para calcular o seu sentido A coerência seria a possibilidade de estabelecer no texto alguma forma de unidade ou relação Essa unida de é sempre apresentada como uma unidade de sentido no texto o que caracteriza a coerência como global isto é referente ao texto como um todo A coesão é a relação semântica entre dois elementos do texto de modo que um deles tem de ser interpretado por referência ao outro pressupondoo Criase entre os elementos um vínculo tie Para eles há dois tipos de coesão conforme a classe de elementos envolvidos coe são gramatical expressa através da gramática e coesão lexical expressa através do vocabulário Mas não seriam somente as relações de coesão que fariam do texto um texto isto é que lhe dariam textura ou textualidade pois ele precisa apresentar também um certo grau de coe rência que envolve os vários componentes impessoais e outras formas de influência do falante na situação de fala Um texto é uma passagem do discurso que é coerente em dois aspectos a ao relação ao contexto de situação portanto consiste em registro b em relação a si mesmo e portanto coeso A coesão é interna linguística e a coerên cia externa pois diz respeito aos contextos de situação O registro seria constituído pelos traços lingüísticos que são tipicamente associados com a configuração de traços situacionais seria o conjunto de configurações semânticas que é tipicamente associado com uma classe particular de contextos de situação e define a substância do texto o que ele significa no sentido mais amplo incluindo todos os com ponentes de seu significado já citados acima interpessoais etc e também o representacional referencial A coesão é a relação semântica entre dois elementos do texto de modo que um deles tem de ser interpretado por re ferência ao outro pressupondoo Criase entre os elementos um vínculo tie Para eles há dois tipos de coesão con forme a classe de elementos envolvidos coesão gramatical expressa através da gramática e coesão lexical expressa através do vocabulário Mas não seriam somente as rela ções de coesão que fariam do texto um texto isto é que lhe dariam textura ou textualidade pois ele precisa apresentar também um certo grau de coerência que envolve os vários componentes impessoais e outras formas de influência do falante na situação de fala Um texto é uma passagem do discurso que é coerente em dois aspectos a ao relação ao contexto de situação portanto consiste em registro b em relação a si mesmo e portanto coeso A coesão é interna linguística e a coerência externa pois diz respeito aos contextos de situação O registro seria constituído pelos traços lingüísticos que são tipicamente associados com a configuração de traços situacionais seria o conjunto de configurações semânticas que é tipicamente associado com uma classe particular de contextos de situação e define a substância do texto o que ele significa no sentido mais amplo incluindo todos os componentes de seu significado já citados acima interpessoais etc e também o representa cional referencial Perceba através da leitura que a coesão relacionase à organização textual enquanto a coerência é externa ou seja é construída pelo leitor que compreenderá ou não o texto Para que o aluno foque nestes aspectos ou em outros específicos é necessário que revisite os textos produzidos Unidade 2 Práticas de leitura A reescrita e a socialização de textos As atividades de revisão textual podem ser rea lizadas individualmente em grupos ou por toda a classe e para o trabalho de reescrita de textos produzidos em grupo devemse traçar metas que favoreçam o espírito de cooperação entre os alunos como por exemplo as sugestões que se seguem Ler ou pedir aos alunos qeu leiam o texto para que eles mesmos percebam os erros cometidos Selecionar para a reescrita a produção que contenha os erros que aparecem com maior frequência com a maioria da classe Combinar com os alunos os critérios que serão utilizados na correção Escolher uma produção e pedir autorização a seus autores para copiálas no quadro na íntegra Após identificar os erros na produção escrita solicitar por parte do grupo uma nova organização da frase ou da forma correta de escrever uma palavra Ter o cuidado de não alterar o sentido do texto deixando que os alunosautores decidam sobre a incorporação das sugestões da classe e respeitando a autonomia do texto a ser escrito Escolher a cada reescrita a produção de uma dupla ou grupo diferente de modo que todos tenham seus textos reescritos Imagem produzida sobre foto de Adam Winger no Unsplash Unidade 2 Práticas de leitura Pensando que o professor é o mediador do proces so de formação do aprendiz seria importante defi nirmos atividades práticas com a leitura de pinturas gravuras fotografias tiras histórias em quadrinhos e textos diversos como propagandas e anúncios crônica fábulas conto e poemas Acostumados com a leitura da escrita os alunos e até mesmo os professores estranham ao trabalhar com a leitura de imagens Leve essas questões para o FÓRUM DA TURMA reflita sobre elas e discuta com os seus colegas A seguir veja algumas possibilidades de trabalhos com imagens A partir das pinturas e das pergun tas apresentadas faça o que está sendo pedido na TAREFA 01 Converse com seus alunos sobre a tela Qual local está sendo representado na tela Quais objetos aparecem Qual o perfil do homem que ocupa este quarto Embasado em que você respondeu à pergunta anterior Converse com seus alunos sobre a tela O que compõe essa tela Que detalhe na pintura nos revela o sexo das personagens Na sua opinião Elas aguardam alguém Fazem uma reflexão escansam após o dia de trabalho Estão a passeio São visitantes 22 Atividades de leitura Tela de Vicent Van Gogh Quarto do Artista em Arles 1889 Óleo sobre tela 575 x 74 cm Museu dOrsay Paris Fonte Blog do Prof Vilella Acesso em out2020 Tela de Claude Monet Clifftop Walk at Pourville 1882 Óleo sobre tela 665 x 823 cm Instituto de Arte de Chica go Fonte artMonetcom Acesso em out2020 A partir das telas Quarto do Artista em Ar les de Vicent Van Gogh 1889 e Clifftop Walk at Pourville de Claude Monet 1882 e dos questionamentos sugeridos logo abai xo de cada tela faça uma análise compara tiva entre as duas pinturas Bom trabalho TAREFA 01 Unidade 2 Práticas de leitura Neste tópico vamos explorar o capítulo de um livro no qual discutimos o trabalho com o gênero textual convite numa turma de alfabetização Vocês pode rão acessálo na íntegra neste link httpsdrivegooglecomfiled1gVadRovNx4slUMs P00kliEZMrZs2YTJ2view O título dele é Os gêneros em eventos de alfabeti zação o trabalho com o convite em uma turma de 2º ano e tratase do capítulo 2 do livro disponível no link acima Mas o que vocês vão encontrar neste texto De início trazemos uma contextualização sobre como se consolida no Brasil a importância da diver sidade textual no trabalho de ensinar a ler e escrever na escola desde as teorizações às propostas cur riculares passando inclusive pelos PCNs e BNCC De modo que a seleção dos gêneros e os modos de escolarizálos têm sido alvo de várias pesquisas e reflexões Trataremos neste tópico acerca da esco larização do gênero convite Na sequência apresentamos alguns pressupostos para pensar a alfabetização como apropriação da cultura escrita partindo de referências que nos ajudam a situar o processo de alfabetização dentro de uma teoria de produção cultural resignificando as experiências culturais com a escrita dos diferen tes grupos linguísticos sendo parte importante no modo como osas alfabetizandosa adultosas ou crianças produzem transformam e reproduzem significados de um texto Assim a escola pode ser considerada um domínio ou seja um contexto estruturado e moldado no qual se usa e se aprende a escrita as salas de aula por seu turno constituemse em comunidades discursi vas nas quais alunosas e professora se engajam e estão ligados pela maneira característica como falam valorizam interpretam e usam essa escrita Por isso como assinala Street esse engajamento é sempre um ato social desde o seu início Por fim apresentamos o modo como uma profes sora atuante numa turma de 2º ano trabalha com os gêneros textuais e mais especificamente com o 23 Os gêneros textuais na alfabetização Vale destacar o que diz Rojo a este respeito Neste sentido a alfabetização deve ela também além de trabalhar o conhecimento do alfabeto fazêlo sobre textos em gêneros de circulação social concreta os quais são importantes para a prática social ativa e cidadã dos alunos desde guiarse por receitas e rótulos nas práticas cotidianas culinárias até deleitarse com um romance ou escrever uma carta de leitor a um jornal marcando posição Nada impe de que as práticas alfabetizadoras se dêem sobre textos interessantes e relevantes ao invés de frases descontex tualizadas e às vezes inimagináveis como a girafa está na geladeira somente porque essas apresentam determinada letra ou família Os textos apresentam todas as letras e os professores podem reorganizálas sistemicamente para estudálas com os alunos após lerem e escreverem coletiva mente um texto num gênero em situação que seja o mais possível aproxima da à de uso corrente Nada impede a leitura e o conheci mento de uma receita para fazêla ou transmitila a quem não a conhece para depois os alunos conhecerem as letras e os sons parecidos ou iguais que aparecem em palavras como fubá fino farinha forma forno fogo fermento Destamos também as palavras de Street As formas em que interagem professores ou facilitadores e seus alunos é sempre uma prática social que afeta a nature zado letramento a ser aprendido e as ideias que os partici pantes possam ter sobre o processo em especial os novos aprendizes e sua posição nas relações de poder STREET 2003 p 4 gênero textual convite Conforme vocês poderão ler no texto o trabalho com gêneros nessa sala de aula implicava uma certa pres crição do trabalho docente pois a professora revela que havia um planejamento prévio uma prescrição uma normatização que indicava a seleção de objetos culturais entre eles os gêneros a serem trabalhados a cada ano Mas ela se desloca de uma prática pedagó gica mais centrada no objeto para um movimento em que necessita demonstrar que esse objeto precisa ser de alguma forma contextualizado No momento da investigação tal contextualização foi dada por meio do uso de textos ficcionais livro literário e um convite fictício para compreender a função dos convites escri tos em nossa sociedade Mas o conjunto dos eventos de alfabetização ligados ao ensino do gênero nessa turma indica este estudo descrição e definição de alguns funcionamentos da lín gua Os significados que são construídos com a turma voltamse mais para a exploração de elementos do texto informações explícitas e da língua sempre por meio de perguntas comuns na esfera escolar quem enviou o convite para quem o convite foi enviado As atividades propostas procuram estabilizar a com preensão da dinâmica da produção de convites nas mais várias situações sociais elegese pensar sobre os bilhetes numa perspectiva mais textualestrutural do que enunciativo discursiva O trabalho pedagógico mantém uma prática escolar em que predomina as ações de explicar conceituar exemplificar fixar e verifi car Notase um trabalho com a leitura para localizar informações e conhecer aspectos vistos como regulares na forma composicional do gênero com pouca atenção ao que é dito aos aspectos discursivos identitários e enunciati vos do bilhete ficcional em análise Ou seja há avanços mas há também limites no tra balho da professora Assim diante do que vimos até aqui vamos refletir sobre a seguinte questão Como este trabalho com o convite poderia ter se apro ximado mais de uma perspectiva enunciativodiscur siva defendida pelas teorizações da área e sinalizada em recentes 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