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Curso de Pós Graduação UNIDADE Práticas de Alfabetização e Letramento 1 Estimular a reflexão sobre o conceito de leitura como prática social Conhecer o que propõe a BNCC acerca das práti cas de leitura Refletir sobre as práticas de leitura na escola objetivos Leitura conceito e ensino 11 Lendo a vida 12 Leitura e produção de textos na BNCC 13 Leitura como interação e prática social Unidade 1 Leitura conceito e ensino O objetivo desta Unidade é estimular a reflexão sobre o conceito de leitura para que possamos compreender a importância da leitura e da produção de textos não só na alfabetização mas também na formação pessoal e cidadã Vamos também refletir sobre a BNCC Língua portuguesa anos iniciais e discutir sobre os modos como a leitura acontece na sala de aula Tomaremos três materiais como base para essa discussão conceitual nesta primeira unidade o livrotexto da disciplina escrito por Claudia Mariza Braga BRAGA 2011 a Base Nacional Comum Cur ricular BNCC e alguns capítulos da dissertação de mestrado de Rayra Farias de Araújo ARAÚJO 2017 intitulada Eventos de leitura numa turma de 4º ano uma perspectiva enunciativa e etnográfica Começaremos nossa primeira unidade conside rando a Unidade 1 do livrotexto Lendo a vida Para isso pense a respeito dos seguintes questio namentos Quando em nossas vidas começamos a ler Seria possível afirmar que lemos desde que nascemos A leitura de mundo precede a leitura de livros Ou precisamos ser alfabetizados para lermos o mundo Após refletir sobre as perguntas acesse a platafor ma vá ao fórum da turma e divida com os seus cole gas suas opiniões não se preocupe neste momento com a teoria pois ainda estamos come çando a disciplina Mas é importante entendermos essas perguntas como importantes norteadores do nosso processo de ensino da leitura e da escrita Vocês devem ter percebido que a ideia de ler a vida trazida pela autora do material se relaciona com o que nos diz Paulo Freire quando traz uma compre ensão crítica do ato de ler que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita mas que se antecipa e se alonga na inteligên cia do mundo A leitura do mundo precede a leitura da palavra daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele Linguagem e realidade se pren dem dinamicamente A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o con texto FREIRE 1989 Assim nossos alunos que chegam à escola pos suem um conhecimento advindo dessa leitura inicial de mundo E só se transformarão em leitores de textos quando passarem a ter contato com eles dominando todo o processo de uma leitura diferente daquela que utilizaram anteriormente Dessa forma com certeza o ato ou o hábito de ler é influenciado por determinantes que causam rea ções e sensações diversas no leitor a partir de seu histórico particular de seu aprendizado anterior de leitura do mundo Assim a leitura não é algo estático mas em permanente transformação que deve sobretudo ser prazeroso pois aprender a ler é também ter acesso a um mundo distinto daquele em que a oralidade se instala e organiza Assegurar o direito de aprender a ler e escrever e assim participar do mundo da escrita é um dos prin cipais desafios o processo educativo atual É quase impossível imaginar a vida de um professor sem a leitura Isso porque durante todo o tempo es tamos lendo textos produzidos por nossos alunos poesias textos didáticospedagógicos Você é apenas um professor de leitura ou também um professor leitor PENSE NISSO Em agosto de 2010 um conhecido perí odico brasileiro trazia como título de sua matéria de capa FALAR E ESCREVER BEM RUMO À VITÓRIA Tratavase de uma vreve enquete sobre as formas de expressão orais e escritas e seu manejo no sentido de demonstrar como os profissionais têm necessida de de se expressar bem em sua língua materna para alcançar êxito em todas as áreas Em meio à reportagem propriamente dita os reporteres Sérgio Martins e Mar celo Marthe afirmam ler é indispensável para quem quer se expressar bem E ler inclui de Machado de Assis e Graciliano Ramos até um blog decente na internet mas atenção é preciso ler de tudo não uma coisa ou outra Ler mostra as ifinitas possibilidades de expressão da língua enriquece o vocabulário e o bom vocabulário é o melhor amigo da precisão ensi na o leitor a organizar seu pensa mento e a inda oferece a ele algo de valor inestimável conteúdo Revista Veja 11082010 p 100 Agora leia com atenção o trecho de uma reportagem Unidade 1 Leitura conceito e ensino E o que as diretrizes curriculares elaboradas pelo governo apontam sobre o tema da leitura No livro texto vocês encontrarão apontamentos so bre os Parâmetros Curriculares Nacionais PCNs que foram produzidos e divulgados ao final da déca da de 1990 Segundo Braga 2011 a metodologia descrita nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa 1997 indica que o Planejamen to é um instrumento por excelência capaz de asse gurar o diagnóstico das capacidades e dos conhe cimentos prévios dos alunos e de criar condições e tempos para definir objetivos e para organizar atividades De fato o planejamento das atividades propostas aos alunos ocupa um lugar central na prá tica dos professores e os documentos curriculares são referência para esse trabalho principalmente a proposta político pedagógica da escola Veremos num artigo a seguir como o planeja mento coletivo e individual numa escola influen ciava a prática de uma professora alfabetizadora Ainda segundo Braga 2011 nos mesmos docu mentos PCNs há ênfase sobre a necessidade de investimento nos meios para a sua implementação destacandose que a organização das atividades em torno da alfabetização deverá levar em conta a progressão de níveis do trabalho pedagó gi co em função dos níveis de aprendizagem dos alunos na natureza das atividades envolvendo conceitos e procedimentos pertinentes aos diversos componentes para o aprendizado da língua escrita a compreensão e a valorização da cultura escrita a apropriação do sistema de escrita a orali dade a leitura e a produção de textos escritos a criação de um ambiente alfabetizador ou de um contexto de cultura escrita oferecido pelas formas de organização da sala e de toda a escola até os anos 40 do século passado os questionários do censo indagavam simplesmente se a pessoa sabia ler e escrever servindo como comprovação da resposta afirmativa ou negativa a capacidade de assinatura do próprio nome A partir dos anos 50 e até o últi mo censo 2000 os questionários pas saram a indagar se a pessoa era capaz de ler e escrever um bilhete simples o que já evidencia a ampliação do concei to de alfabetização Já não se considera alfabetizado aquele que apenas declara saber ler e escrever genericamente mas aquele que sabe usar a leitura e a escrita para exercer uma prática social em que a escrita é necessária SOARES 2002 p45 saiba mais capaz de disponibilizar aos alunos a familiarização com a escrita e a interação com diferentes tipos gêneros portadores e suportes da escrita nas mais diversas formas BRAGA 2011 Segundo Silva 1996 p 46 apud Braga 2011 é ne cessário aprender a ler e mais tarde ler para apren der Quer dizer conseguir que o sujeito tornese capaz de compreender os diferentes tipos de textos que existem em sociedade e que assim possa par ticipar da dinâmica própria do mundo letrado Para saber um pouco mais sobre os PCNs da Língua Portuguesa leia as páginas 13 14 e 15 do livrotex to e para conhecer a BNCC Língua portuguesa vamos seguir nesse material É muito importante a leitura da BNCC para seguirmos na construção de entendimentos acerca do conceito de leitura Vamos lá Unidade 1 Leitura conceito e ensino 12 Leitura e produção de textos na BNCC Nesse segundo tópico da unidade vamos abordar a Base Nacional Comum Curricular Você já conhece esse documento Sabe como ele está organizado e porque ele nos interessa No tópico anterior da Unidade 1 vocês devem ter observado que nós citamos o documento Parâme tros Curriculares Nacionais PCNs publicados no final da década de 1990 Esse documento podemos dizer deu lugar em 2017 à Base Nacional Comum Curricular BNCC Tal documento se ampara em marcos legais anteriores tais como a Constitui ção Federal de 1988 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN1996 mais especi ficamente em seu artigo 26 e o Plano Nacional de Educação PNE2014 Documentos que sinalizam para a importância de o Brasil construir um currículo comum com o objetivo de reduzir as desigualdades escolares A Base estabelece conhecimentos competências e habilidades que se espera que todos os estudan tes desenvolvam ao longo da escolaridade básica Orientada pelos princípios éticos políticos e estéti cos traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica a Base somase aos propósitos que direcionam a educação brasileira para a forma ção humana integral e para a construção de uma so ciedade justa democrática e inclusiva A partir dela as redes de ensino e escolas poderão criar as suas próprias Propostas Curriculares considerando suas realidades culturais geográficas e econômicas Conforme podemos ler na introdução do próprio documento Referência nacional para a formulação dos cur rículos dos sistemas e das redes escolares dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios e das propostas pedagógicas das instituições Você pode acessar a BNCC de duas formas Na versão para navegação ou em pdf para baixar Escolha uma das opções e procure fazer uma leitura do documento principalmente na etapa do Ensino Fundamental na área de Lingua gens para os anos iniciais O link para as duas versões é este aqui httpbasenacionalcomummecgovbr saiba mais escolares a BNCC integra a política nacional da Educação Básica e vai contribuir para o alinha mento de outras políticas e ações em âmbito federal estadual e municipal referentes à forma ção de professores à avaliação à elaboração de conteúdos educacionais e aos critérios para a oferta de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da educação A BNCC está estruturada de modo a explicitar as competências que os alunos devem desenvolver ao longo de toda a Educação Básica e em cada etapa da escolaridade como expressão dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento de todos os estu dantes A BNCC apresenta então as competências gerais da Educação Básica e especificamente para cada etapa Educação Infantil Ensino Fundamental e Ensino Médio os direitos de aprendizagem em cada campo de experiência no caso da Educação Infantil e em cada área do conhecimento e compo nentes curriculares no caso dos Ensinos Fundamen tal e Médio Unidade 1 Leitura conceito e ensino Nos interessa particularmente a Etapa do Ensino Fundamental na área de Linguagens isso porque estamos tratando aqui da leitura e seu ensino Estamos em acordo com o documento quando afirma que as atividades humanas realizamse nas práticas sociais mediadas por diferentes linguagens verbal oral ou visual motora como Libras e escrita corporal visual sonora e contemporaneamente digital E é por meio dessas práticas que as pessoas interagem consigo mesmas e com os outros constituindose como sujeitos sociais Nessas interações estão imbricados conhecimentos atitudes e valores culturais morais e éticos Ou seja pensar em linguagens e mais especificamente na linguagem escrita é pensar naquilo que as pessoas fazem com o texto com a escrita nas diferentes situações sociais Ler e escrever portanto são práticas sociais como veremos melhor no próximo tópico De acordo com o documento No Ensino Fundamental Anos Iniciais os componentes curriculares tematizam diversas práticas considerando especialmente aquelas relativas às culturas infantis tradicionais e contemporâneas Nesse conjunto de práticas nos dois primeiros anos desse segmento o processo de alfabetização deve ser o foco da ação pedagógica Afinal aprender a ler e escrever oferece aos estudantes algo novo e surpreendente amplia suas possibilidades de construir conhecimentos nos diferentes componentes por sua inserção na cultura letrada e de participar com maior autonomia e protagonismo na vida social Merece destaque também o conjunto de pressupostos relativos à Língua Portuguesa os quais lemos no tópico 411 da BNCC O componente Língua Portuguesa da Educação Bá sica dialoga com documentos e orientações curri culares produzidos nas últimas décadas buscando atualizálos em relação às pesquisas recentes da área e às transformações das práticas de linguagem ocor ridas neste século devidas em grande parte ao desen volvimento das tecnologias digitais da informação e comunicação TDIC Assumese aqui a perspectiva Você pode acessar a BNCC de duas formas Na versão para navegação ou em pdf para baixar Escolha uma das opções e procure fazer uma leitura do documento principalmente na etapa do Ensino Fundamental na área de Lingua gens para os anos iniciais O link para as duas versões é este aqui httpbasenacionalcomummecgovbr Para uma leitura mais aprofundada da BNCC acesse o texto de Claudia Gontijo Dania Costa e Naiara Perovano clicando nesse link httpswwwscielobrjppaSSfgKgX vXK5VDq6GqfGfwhKlangpt saiba mais enunciativodiscursiva de linguagem já assumida em outros documentos como os Parâmetros Curri culares Nacionais PCN para os quais a linguagem é uma forma de ação interindividual orientada para uma finalidade específica um processo de interlo cução que se realiza nas práticas sociais existentes numa sociedade nos distintos momentos de sua história BRASIL 1998 p 20 Tal proposta assume a centralidade do texto como unidade de trabalho e as perspectivas enunciativodiscursivas na aborda gem de forma a sempre relacionar os textos a seus contextos de produção e o desenvolvimento de habilidades ao uso significativo da linguagem em atividades de leitura escuta e produção de textos em várias mídias e semioses Considerando esse conjunto de princípios e pressu postos os eixos de integração considerados na BNCC de Língua Portuguesa são aqueles já consagrados nos documentos curriculares da Área correspondentes às práticas de linguagem oralidade leituraescuta pro dução escrita e multissemiótica e análise linguística semiótica que envolve conhecimentos linguísticos sobre o sistema de escrita o sistema da língua e a nor mapadrão textuais discursivos e sobre os modos de organização e os elementos de outras semioses O Eixo Leitura descrito na BNCC compreende as práticas de linguagem que decorrem da interação ativa do leitorouvinteespectador com os textos escritos orais e multissemióticos e de sua interpretação sendo exemplos as leituras para fruição estética de textos e obras literárias pesquisa e embasamento de trabalhos escolares e acadêmicos realização de procedimentos conhecimento discussão e debate sobre temas sociais relevantes sustentar a reivindicação de algo no contex to de atuação da vida pública ter mais conhecimento que permita o desenvolvimento de projetos pessoais dentre outras possibilidades Leitura no contexto da BNCC é tomada em um sentido mais amplo dizendo respeito não somente ao texto escrito mas também a imagens estáticas foto pintura desenho esquema gráfico diagrama ou em movimento filmes vídeos etc e ao som música que acompanha e cossignifica em muitos gêneros digitais Unidade 1 Leitura conceito e ensino 13 Leitura como interação e prática social Nosso texto de referência para esse terceiro tópico da unidade 1 será o capítulo 3 da dissertação de Rayra Farias de Araújo Com base nesse capítulo trataremos da leitura como interação e prática social Considerando o que já vimos até aqui e os conhecimentos que você já possui procure refletir sobre o seguinte questionamento o que significa dizer que a leitura é interação e prática social No contexto da cultura letrada ler é uma necessidade E de acordo com a BNCC o texto deve ser objeto de ensino nos anos iniciais do ensino fundamental De acordo com Ge raldi 1995 o trabalho com a leitura deve estar associado a duas direções o que se tem a dizer e as estratégias do dizer Mas o que isso significa Leitura e escrita caminham juntas ao escrever precisamos ter clareza daquilo que que remos dizer e como fazêlo Na leitura precisamos compre ender o que é dito e de quais meios o autor lança mão para dizer por escrito São aprendizagens importantes para as práticas da leitura e da escrita Podemos dizer que a leitura em conformidade com Geraldi idem é um processo dialógico de produção e não reco nhecimento de sentidos processo em que se estabelece a relação de alteridade entre um eu e um outro A produção de um único sentido para um texto é na verda de a produção de um mundo que segrega configurandose a leitura e a escrita como instrumentos de poder Você já parou para pensar nisso A partir de uma prática educativa democrática e emancipa tória ancorada nesse entendimento da escrita e da leitura como instrumentos de poder como práticas sociais pode mos promover a inserção doa leitora na cultura escrita de modo crítico não ingênuo e consciente Mas esse ainda tem sido um desafio para escolas e professores Deixo aqui também uma indicação de leitura para que vocês conheçam como os textos podem ser mobilizados de formas diferentes numa sala de aula de alfabetização E como esses modos influenciam nas aprendizagens das crianças Essa leitura ajudará você a participar do fórum temático O título é Usos do texto numa turma de alfabetização contribuições de um estudo etnográfico para as práticas de leitura Segue o link httpsojsufgdedubr indexphpRaidoarticleview16375 A leitura é uma prática social cultural dialógica e de construção de sentidos Se por muito tempo ela foi entendida apenas como decifração hoje sabemos que ler é construir uma compreensão no presente com significações que entranhadas nas palavras são dissol vidas pelo seu novo contexto que incluem também as contrapalavras do leitor para permitir a emergência de um sentido concreto específico e único produto da leitura que se está realizan do GERALDI 2015 p 103 É parte portanto da cadeia de interação verbal que nos constitui e constitui o processo de alfabetização saiba mais Frequentemente na sala de aula os alunos pas seiam pela superfície do texto em busca das respos tas que satisfarão não a si mas ao que o livro didá tico solicita ou o professor demanda O que poderia ser então uma oportunidade de ensinoaprendiza gem a partir da interação verbal da relação de alteri dade entre leitor e autor e do diálogo transformase em discurso da sala de aula pronto e acabado O nosso desafio é modificar essa realidade fazendo da leitura uma prática social contextualizada Isso se dá na medida em que o texto funcione como um espaço de ampliação de sentidos de intertextuali dades e interdiscursividades de possibilidades de diálogo Então não basta que o texto de natureza social circule na sala de aula o desafio é pensar como mobilizar esse texto com os alunos Como problematizálo Para entender mais sobre a leitura como prática social não deixe de ler todo o capítulo 3 da dissertação de Araújo 2017 E para conhecer as práticas de leitura na turma que a autora investigou você pode ler o capítulo 5 tópico 52 Recomendo Tendo feito suas leituras e estudos convidamos vocês a interagirem no fórum temático Discuta com os seus colegas e tutores sobre a prática da leitura nas salas de aula atual mente e a formação do leitor limites e possibilidades Con sidere o artigo indicado e o capítulo 5 da dissertação para sustentar sua reflexão Se você já é professora alfabeti zadora procure apresentar e refletir com os colegas quais e como são lidos os textos que você usa em sala de aula e de que modo eles contribuem com a formação de leitores críticos e autônomos FÓRUM TEMÁTICO
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Curso de Pós Graduação UNIDADE Práticas de Alfabetização e Letramento 1 Estimular a reflexão sobre o conceito de leitura como prática social Conhecer o que propõe a BNCC acerca das práti cas de leitura Refletir sobre as práticas de leitura na escola objetivos Leitura conceito e ensino 11 Lendo a vida 12 Leitura e produção de textos na BNCC 13 Leitura como interação e prática social Unidade 1 Leitura conceito e ensino O objetivo desta Unidade é estimular a reflexão sobre o conceito de leitura para que possamos compreender a importância da leitura e da produção de textos não só na alfabetização mas também na formação pessoal e cidadã Vamos também refletir sobre a BNCC Língua portuguesa anos iniciais e discutir sobre os modos como a leitura acontece na sala de aula Tomaremos três materiais como base para essa discussão conceitual nesta primeira unidade o livrotexto da disciplina escrito por Claudia Mariza Braga BRAGA 2011 a Base Nacional Comum Cur ricular BNCC e alguns capítulos da dissertação de mestrado de Rayra Farias de Araújo ARAÚJO 2017 intitulada Eventos de leitura numa turma de 4º ano uma perspectiva enunciativa e etnográfica Começaremos nossa primeira unidade conside rando a Unidade 1 do livrotexto Lendo a vida Para isso pense a respeito dos seguintes questio namentos Quando em nossas vidas começamos a ler Seria possível afirmar que lemos desde que nascemos A leitura de mundo precede a leitura de livros Ou precisamos ser alfabetizados para lermos o mundo Após refletir sobre as perguntas acesse a platafor ma vá ao fórum da turma e divida com os seus cole gas suas opiniões não se preocupe neste momento com a teoria pois ainda estamos come çando a disciplina Mas é importante entendermos essas perguntas como importantes norteadores do nosso processo de ensino da leitura e da escrita Vocês devem ter percebido que a ideia de ler a vida trazida pela autora do material se relaciona com o que nos diz Paulo Freire quando traz uma compre ensão crítica do ato de ler que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita mas que se antecipa e se alonga na inteligên cia do mundo A leitura do mundo precede a leitura da palavra daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele Linguagem e realidade se pren dem dinamicamente A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o con texto FREIRE 1989 Assim nossos alunos que chegam à escola pos suem um conhecimento advindo dessa leitura inicial de mundo E só se transformarão em leitores de textos quando passarem a ter contato com eles dominando todo o processo de uma leitura diferente daquela que utilizaram anteriormente Dessa forma com certeza o ato ou o hábito de ler é influenciado por determinantes que causam rea ções e sensações diversas no leitor a partir de seu histórico particular de seu aprendizado anterior de leitura do mundo Assim a leitura não é algo estático mas em permanente transformação que deve sobretudo ser prazeroso pois aprender a ler é também ter acesso a um mundo distinto daquele em que a oralidade se instala e organiza Assegurar o direito de aprender a ler e escrever e assim participar do mundo da escrita é um dos prin cipais desafios o processo educativo atual É quase impossível imaginar a vida de um professor sem a leitura Isso porque durante todo o tempo es tamos lendo textos produzidos por nossos alunos poesias textos didáticospedagógicos Você é apenas um professor de leitura ou também um professor leitor PENSE NISSO Em agosto de 2010 um conhecido perí odico brasileiro trazia como título de sua matéria de capa FALAR E ESCREVER BEM RUMO À VITÓRIA Tratavase de uma vreve enquete sobre as formas de expressão orais e escritas e seu manejo no sentido de demonstrar como os profissionais têm necessida de de se expressar bem em sua língua materna para alcançar êxito em todas as áreas Em meio à reportagem propriamente dita os reporteres Sérgio Martins e Mar celo Marthe afirmam ler é indispensável para quem quer se expressar bem E ler inclui de Machado de Assis e Graciliano Ramos até um blog decente na internet mas atenção é preciso ler de tudo não uma coisa ou outra Ler mostra as ifinitas possibilidades de expressão da língua enriquece o vocabulário e o bom vocabulário é o melhor amigo da precisão ensi na o leitor a organizar seu pensa mento e a inda oferece a ele algo de valor inestimável conteúdo Revista Veja 11082010 p 100 Agora leia com atenção o trecho de uma reportagem Unidade 1 Leitura conceito e ensino E o que as diretrizes curriculares elaboradas pelo governo apontam sobre o tema da leitura No livro texto vocês encontrarão apontamentos so bre os Parâmetros Curriculares Nacionais PCNs que foram produzidos e divulgados ao final da déca da de 1990 Segundo Braga 2011 a metodologia descrita nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa 1997 indica que o Planejamen to é um instrumento por excelência capaz de asse gurar o diagnóstico das capacidades e dos conhe cimentos prévios dos alunos e de criar condições e tempos para definir objetivos e para organizar atividades De fato o planejamento das atividades propostas aos alunos ocupa um lugar central na prá tica dos professores e os documentos curriculares são referência para esse trabalho principalmente a proposta político pedagógica da escola Veremos num artigo a seguir como o planeja mento coletivo e individual numa escola influen ciava a prática de uma professora alfabetizadora Ainda segundo Braga 2011 nos mesmos docu mentos PCNs há ênfase sobre a necessidade de investimento nos meios para a sua implementação destacandose que a organização das atividades em torno da alfabetização deverá levar em conta a progressão de níveis do trabalho pedagó gi co em função dos níveis de aprendizagem dos alunos na natureza das atividades envolvendo conceitos e procedimentos pertinentes aos diversos componentes para o aprendizado da língua escrita a compreensão e a valorização da cultura escrita a apropriação do sistema de escrita a orali dade a leitura e a produção de textos escritos a criação de um ambiente alfabetizador ou de um contexto de cultura escrita oferecido pelas formas de organização da sala e de toda a escola até os anos 40 do século passado os questionários do censo indagavam simplesmente se a pessoa sabia ler e escrever servindo como comprovação da resposta afirmativa ou negativa a capacidade de assinatura do próprio nome A partir dos anos 50 e até o últi mo censo 2000 os questionários pas saram a indagar se a pessoa era capaz de ler e escrever um bilhete simples o que já evidencia a ampliação do concei to de alfabetização Já não se considera alfabetizado aquele que apenas declara saber ler e escrever genericamente mas aquele que sabe usar a leitura e a escrita para exercer uma prática social em que a escrita é necessária SOARES 2002 p45 saiba mais capaz de disponibilizar aos alunos a familiarização com a escrita e a interação com diferentes tipos gêneros portadores e suportes da escrita nas mais diversas formas BRAGA 2011 Segundo Silva 1996 p 46 apud Braga 2011 é ne cessário aprender a ler e mais tarde ler para apren der Quer dizer conseguir que o sujeito tornese capaz de compreender os diferentes tipos de textos que existem em sociedade e que assim possa par ticipar da dinâmica própria do mundo letrado Para saber um pouco mais sobre os PCNs da Língua Portuguesa leia as páginas 13 14 e 15 do livrotex to e para conhecer a BNCC Língua portuguesa vamos seguir nesse material É muito importante a leitura da BNCC para seguirmos na construção de entendimentos acerca do conceito de leitura Vamos lá Unidade 1 Leitura conceito e ensino 12 Leitura e produção de textos na BNCC Nesse segundo tópico da unidade vamos abordar a Base Nacional Comum Curricular Você já conhece esse documento Sabe como ele está organizado e porque ele nos interessa No tópico anterior da Unidade 1 vocês devem ter observado que nós citamos o documento Parâme tros Curriculares Nacionais PCNs publicados no final da década de 1990 Esse documento podemos dizer deu lugar em 2017 à Base Nacional Comum Curricular BNCC Tal documento se ampara em marcos legais anteriores tais como a Constitui ção Federal de 1988 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN1996 mais especi ficamente em seu artigo 26 e o Plano Nacional de Educação PNE2014 Documentos que sinalizam para a importância de o Brasil construir um currículo comum com o objetivo de reduzir as desigualdades escolares A Base estabelece conhecimentos competências e habilidades que se espera que todos os estudan tes desenvolvam ao longo da escolaridade básica Orientada pelos princípios éticos políticos e estéti cos traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica a Base somase aos propósitos que direcionam a educação brasileira para a forma ção humana integral e para a construção de uma so ciedade justa democrática e inclusiva A partir dela as redes de ensino e escolas poderão criar as suas próprias Propostas Curriculares considerando suas realidades culturais geográficas e econômicas Conforme podemos ler na introdução do próprio documento Referência nacional para a formulação dos cur rículos dos sistemas e das redes escolares dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios e das propostas pedagógicas das instituições Você pode acessar a BNCC de duas formas Na versão para navegação ou em pdf para baixar Escolha uma das opções e procure fazer uma leitura do documento principalmente na etapa do Ensino Fundamental na área de Lingua gens para os anos iniciais O link para as duas versões é este aqui httpbasenacionalcomummecgovbr saiba mais escolares a BNCC integra a política nacional da Educação Básica e vai contribuir para o alinha mento de outras políticas e ações em âmbito federal estadual e municipal referentes à forma ção de professores à avaliação à elaboração de conteúdos educacionais e aos critérios para a oferta de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da educação A BNCC está estruturada de modo a explicitar as competências que os alunos devem desenvolver ao longo de toda a Educação Básica e em cada etapa da escolaridade como expressão dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento de todos os estu dantes A BNCC apresenta então as competências gerais da Educação Básica e especificamente para cada etapa Educação Infantil Ensino Fundamental e Ensino Médio os direitos de aprendizagem em cada campo de experiência no caso da Educação Infantil e em cada área do conhecimento e compo nentes curriculares no caso dos Ensinos Fundamen tal e Médio Unidade 1 Leitura conceito e ensino Nos interessa particularmente a Etapa do Ensino Fundamental na área de Linguagens isso porque estamos tratando aqui da leitura e seu ensino Estamos em acordo com o documento quando afirma que as atividades humanas realizamse nas práticas sociais mediadas por diferentes linguagens verbal oral ou visual motora como Libras e escrita corporal visual sonora e contemporaneamente digital E é por meio dessas práticas que as pessoas interagem consigo mesmas e com os outros constituindose como sujeitos sociais Nessas interações estão imbricados conhecimentos atitudes e valores culturais morais e éticos Ou seja pensar em linguagens e mais especificamente na linguagem escrita é pensar naquilo que as pessoas fazem com o texto com a escrita nas diferentes situações sociais Ler e escrever portanto são práticas sociais como veremos melhor no próximo tópico De acordo com o documento No Ensino Fundamental Anos Iniciais os componentes curriculares tematizam diversas práticas considerando especialmente aquelas relativas às culturas infantis tradicionais e contemporâneas Nesse conjunto de práticas nos dois primeiros anos desse segmento o processo de alfabetização deve ser o foco da ação pedagógica Afinal aprender a ler e escrever oferece aos estudantes algo novo e surpreendente amplia suas possibilidades de construir conhecimentos nos diferentes componentes por sua inserção na cultura letrada e de participar com maior autonomia e protagonismo na vida social Merece destaque também o conjunto de pressupostos relativos à Língua Portuguesa os quais lemos no tópico 411 da BNCC O componente Língua Portuguesa da Educação Bá sica dialoga com documentos e orientações curri culares produzidos nas últimas décadas buscando atualizálos em relação às pesquisas recentes da área e às transformações das práticas de linguagem ocor ridas neste século devidas em grande parte ao desen volvimento das tecnologias digitais da informação e comunicação TDIC Assumese aqui a perspectiva Você pode acessar a BNCC de duas formas Na versão para navegação ou em pdf para baixar Escolha uma das opções e procure fazer uma leitura do documento principalmente na etapa do Ensino Fundamental na área de Lingua gens para os anos iniciais O link para as duas versões é este aqui httpbasenacionalcomummecgovbr Para uma leitura mais aprofundada da BNCC acesse o texto de Claudia Gontijo Dania Costa e Naiara Perovano clicando nesse link httpswwwscielobrjppaSSfgKgX vXK5VDq6GqfGfwhKlangpt saiba mais enunciativodiscursiva de linguagem já assumida em outros documentos como os Parâmetros Curri culares Nacionais PCN para os quais a linguagem é uma forma de ação interindividual orientada para uma finalidade específica um processo de interlo cução que se realiza nas práticas sociais existentes numa sociedade nos distintos momentos de sua história BRASIL 1998 p 20 Tal proposta assume a centralidade do texto como unidade de trabalho e as perspectivas enunciativodiscursivas na aborda gem de forma a sempre relacionar os textos a seus contextos de produção e o desenvolvimento de habilidades ao uso significativo da linguagem em atividades de leitura escuta e produção de textos em várias mídias e semioses Considerando esse conjunto de princípios e pressu postos os eixos de integração considerados na BNCC de Língua Portuguesa são aqueles já consagrados nos documentos curriculares da Área correspondentes às práticas de linguagem oralidade leituraescuta pro dução escrita e multissemiótica e análise linguística semiótica que envolve conhecimentos linguísticos sobre o sistema de escrita o sistema da língua e a nor mapadrão textuais discursivos e sobre os modos de organização e os elementos de outras semioses O Eixo Leitura descrito na BNCC compreende as práticas de linguagem que decorrem da interação ativa do leitorouvinteespectador com os textos escritos orais e multissemióticos e de sua interpretação sendo exemplos as leituras para fruição estética de textos e obras literárias pesquisa e embasamento de trabalhos escolares e acadêmicos realização de procedimentos conhecimento discussão e debate sobre temas sociais relevantes sustentar a reivindicação de algo no contex to de atuação da vida pública ter mais conhecimento que permita o desenvolvimento de projetos pessoais dentre outras possibilidades Leitura no contexto da BNCC é tomada em um sentido mais amplo dizendo respeito não somente ao texto escrito mas também a imagens estáticas foto pintura desenho esquema gráfico diagrama ou em movimento filmes vídeos etc e ao som música que acompanha e cossignifica em muitos gêneros digitais Unidade 1 Leitura conceito e ensino 13 Leitura como interação e prática social Nosso texto de referência para esse terceiro tópico da unidade 1 será o capítulo 3 da dissertação de Rayra Farias de Araújo Com base nesse capítulo trataremos da leitura como interação e prática social Considerando o que já vimos até aqui e os conhecimentos que você já possui procure refletir sobre o seguinte questionamento o que significa dizer que a leitura é interação e prática social No contexto da cultura letrada ler é uma necessidade E de acordo com a BNCC o texto deve ser objeto de ensino nos anos iniciais do ensino fundamental De acordo com Ge raldi 1995 o trabalho com a leitura deve estar associado a duas direções o que se tem a dizer e as estratégias do dizer Mas o que isso significa Leitura e escrita caminham juntas ao escrever precisamos ter clareza daquilo que que remos dizer e como fazêlo Na leitura precisamos compre ender o que é dito e de quais meios o autor lança mão para dizer por escrito São aprendizagens importantes para as práticas da leitura e da escrita Podemos dizer que a leitura em conformidade com Geraldi idem é um processo dialógico de produção e não reco nhecimento de sentidos processo em que se estabelece a relação de alteridade entre um eu e um outro A produção de um único sentido para um texto é na verda de a produção de um mundo que segrega configurandose a leitura e a escrita como instrumentos de poder Você já parou para pensar nisso A partir de uma prática educativa democrática e emancipa tória ancorada nesse entendimento da escrita e da leitura como instrumentos de poder como práticas sociais pode mos promover a inserção doa leitora na cultura escrita de modo crítico não ingênuo e consciente Mas esse ainda tem sido um desafio para escolas e professores Deixo aqui também uma indicação de leitura para que vocês conheçam como os textos podem ser mobilizados de formas diferentes numa sala de aula de alfabetização E como esses modos influenciam nas aprendizagens das crianças Essa leitura ajudará você a participar do fórum temático O título é Usos do texto numa turma de alfabetização contribuições de um estudo etnográfico para as práticas de leitura Segue o link httpsojsufgdedubr indexphpRaidoarticleview16375 A leitura é uma prática social cultural dialógica e de construção de sentidos Se por muito tempo ela foi entendida apenas como decifração hoje sabemos que ler é construir uma compreensão no presente com significações que entranhadas nas palavras são dissol vidas pelo seu novo contexto que incluem também as contrapalavras do leitor para permitir a emergência de um sentido concreto específico e único produto da leitura que se está realizan do GERALDI 2015 p 103 É parte portanto da cadeia de interação verbal que nos constitui e constitui o processo de alfabetização saiba mais Frequentemente na sala de aula os alunos pas seiam pela superfície do texto em busca das respos tas que satisfarão não a si mas ao que o livro didá tico solicita ou o professor demanda O que poderia ser então uma oportunidade de ensinoaprendiza gem a partir da interação verbal da relação de alteri dade entre leitor e autor e do diálogo transformase em discurso da sala de aula pronto e acabado O nosso desafio é modificar essa realidade fazendo da leitura uma prática social contextualizada Isso se dá na medida em que o texto funcione como um espaço de ampliação de sentidos de intertextuali dades e interdiscursividades de possibilidades de diálogo Então não basta que o texto de natureza social circule na sala de aula o desafio é pensar como mobilizar esse texto com os alunos Como problematizálo Para entender mais sobre a leitura como prática social não deixe de ler todo o capítulo 3 da dissertação de Araújo 2017 E para conhecer as práticas de leitura na turma que a autora investigou você pode ler o capítulo 5 tópico 52 Recomendo Tendo feito suas leituras e estudos convidamos vocês a interagirem no fórum temático Discuta com os seus colegas e tutores sobre a prática da leitura nas salas de aula atual mente e a formação do leitor limites e possibilidades Con sidere o artigo indicado e o capítulo 5 da dissertação para sustentar sua reflexão Se você já é professora alfabeti zadora procure apresentar e refletir com os colegas quais e como são lidos os textos que você usa em sala de aula e de que modo eles contribuem com a formação de leitores críticos e autônomos FÓRUM TEMÁTICO