·
Letras ·
Linguística
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
11
A Legitimação e a Interdição da Política Literária em Carolina Maria de Jesus
Linguística
CBM
86
O Silêncio em Vidas Secas: Dissertação de Mestrado
Linguística
CBM
22
Análise do Espaço e Identidade em Hibisco Roxo
Linguística
CBM
92
Reflexões sobre Silêncio e Censura: Uma Análise do Silenciamento
Linguística
CBM
11
Caderno de Anotações sobre As Formas do Silêncio
Linguística
CBM
13
A Subversão Feminina em Hibisco Roxo de Chimamanda Adichie
Linguística
CBM
62
O Empoderamento da Mulher na Obra Hibisco Roxo
Linguística
CBM
Preview text
MOVIMENTO DOS SENTIDOS NO SILÊNCIO REJANE FLOR MACHADO PUCRS Introdução Este nosso trabalho tem como propósito repensar a questão da constituição do processo significativo enfocando e interpretando o silêncio não como possibilidade de significação mas como fonte de sentido Para tal discussão nos utilizamos fundamentalmente do arcabouço teórico fruto das reflexões de Eni Orlandi sobre o silêncio Na sequência do trabalho abordamos também em um sentido elucidativo pela ideia de contraste e além disso ilustrativo a interpretação dada por AuthierRevue ao silêncio Em consonância com as concepções que permeiam a Análise do Discurso temos presente em nosso estudo um sujeito instituído como tal através de sua relação historicamente determinada pelo simbólico Diante de qualquer objeto simbólico somos instados a dar sentido a significação por excelência na concepção da linguagem lugar de significação por excelência na concepção do sujeito que este vê possibilidade de atingir a plenitude do sentido pensa que tudo pode ser dito Orlandi 1996 p 89 É através da luta de classes determina o que pode e deve ser dito Pecheux p 160 Essas concepções refletem a inserção do próprio sujeito no processo históricosocial colocando o sujeito e o sentido como este processo O sentido do sujeito será considerado em um processo imaginação instaurado pela ideologia na relação que interliga linguagem pensamento e mundo Para que uma palavra faça sentido é preciso que ela já tenha sido Essa imprecisão histórica deriva do interdiscurso o domínio da interdiscurso aquele que sustenta e diz o que está historicamente inscrito e a expressão de um conteúdo que é sempre um e que é sempre outro Aí entra a questão do jádito onde as falas se sustentam que funciona com o apagamento das outras vozes possibilitando ao sujeito a ilusão de que é dono do seu dizer Conforme P Henry a língua ultrapassa sempre a atividade individual da fala pela qual ela se manifesta de modo que nenhuma fala não importa o que pensamos não é propriamente fala de um indivíduo Todo enunciado toda fala é atravessada pelo já dito ou já escutado mesmo que o que Chomsky chama de criatividade é potencialmente infinita Quanto aquilo que articula o já dito ou o escutado em toda fala ou todo enunciado não é exatamente a escrita em seu raiz não observável p 170 Tal psicologismo inconsistente do sujeito que em sua constituição é falha e heterogênea em relação ao seu discurso é a expressão de sua inabilidade de ser um e ser completo formar um todo A ideia de um sentido único possível tem como eco o interdiscurso conjunto de formulações que refletem a relação de um discurso com outros discursos onde os sentidos se filiam a um mesmo saber discursivo São as diferentes formatações discursivas que compreendem esse saber e podemos definir como aquilo que numa formação ideológica dada isto é a partir da luta de classes determina o que pode e deve ser dito Pecheux p 160 Essas concepções refletem a inserção do próprio sujeito no processo históricosocial colocando o sujeito e o sentido como esse processo que segundo o autor a significação é histórica não no sentido temporal historiográfico esclarece mas no sentido de que a significação é determinada pelas condições sociais de sua existência No momento em que colocamos que no discurso há materialidade não só da língua mas também das formas de discursos abrimos espaço para a afirmação de que o discurso é um lugar singular onde a representação da interlocução entre língua e história pode ser observada Porém não podemos pensar na análise do dado Como propõe Orlandi 1996 deve haver um deslocamento nesse argumento porque é somente preciso estilizar o discurso isso nos retira do papel do sujeito e consequentemente na significação particularizam as formas de interpretação Essa reflexão que articula sentido linguagem e ideologia permitenos afirmar que o modo de circulação da interpretação depende de muitos fatores tais como quem interpreta como se interpreta quem interpreta em que condições Depende ainda de como o sujeitoautora se insere no espaço possível de interpretação e de sua relação com o saber discursivo da posição do sujeito em relação ao seu dizer e também como ele interpreta o que interpreta A consideração de que o dizer é aberto e que portanto como diz Orlandi 1996 o sentido está sempre em curso nos faz repensar a questão da incompletude da linguagem Conformo a autora estamos à ilusão da palavra final No entanto há sempre a ameaça de fuga dos sentidos quer pela derivenção para outros discursos possíveis quer pelo próprio trabalho do equivoco na interpretação dada essa condição dos sentidos não se fechar nem de sua evidenciar essa pernas ilusória Sobre a incompletude da linguagem esta como salienta Orlandi 1996 não deve ser pensada em relação ao eixo interno mas a algo que não se fecha A percepção da incompletude e da possibilidade de observar a materialidade não se provoca a interpretação Para a autora no momento em que assumimos a incompletude na interpretação a interpretação passa a se uma relação necessária embora muitas vezes negada pelo sujeito curam dar respostas a questões concernentes a como o sentido se produz Primeiro inquietounos com o trabalho de AuthierRezuv 1994 onde o sujeito da linguagem experimenta o fracasso em relação à linguagem em ato de nomeação Há como aponta a autora uma falha de captura do objeto pela letra uma falha em sujeito enquanto as palavras falham o discurso traz à insatisfação de um sujeito enquanto se simbolico e como tal da linguagem É falha em significar falha em fazer sentido E é dessa falha em nomear que estruturalmente se constituiu o sujeito em um irredutível desvio de si mesmo sob efeito de que é falante por consequência do que ele é falho AuthierRezuv 1994 p 253 Atestam formas de suprir essa deficiência da linguagem de escapar à linguagem real e à perda não existente como observa AuthierRezuv as línguas imaginárias que nomeiam propriamente às ocais sem perdas sem desvio o silêncio mas em um outro sentido aquele que se entende como uma opção pela nãonomeação uma existência do dizer a literatura embora com sua forma inversa porque se constitui justamente nessa tentativa de preencher o vazio deixado pela falta das palavras Tudo isso responde na apresentação fictício ou não de um outro espaço onde a ilusão de completo do sujeito e do seu dizer Diferentes dessas formas de sanar o problema da linguagem em relação a sua incompleta o que acontece no diaadia da linguagem quando diante da falha em dizer os sujeitos procuram realizar de uma forma pontual no próprio do dizer uma sutura com o que AuthierRezuv denominou de laco metaenunciativo Através desse jogo de silêncio com retorno reflexivamente ao seu dizer mais especificamente sobre um ponto do dizer passa a suspender o dizer para si mesmo sob o ponto que poderia participar da ação enquanto a nomeação inscrevendo nela especificamente a falha p255 Há um constante reorganizarse e reposicionarse dos múltiplos sentidos o discurso resulta dessas relações de sentidos deriva de outross discursos e aponta para outros Isso porque os fatos de sentido que ordenam o discurso não são remisíveis ao discurso em si mesmo nem mesmo aos de vários conjuntos para fazer uma espécie de sujeito médio mas as formações discursivas que não têm relevância no nível do indivíduo sendo pelo fato que os indivíduos percebem as posições que podem de ocupar todo P Henry apud Orlandi 1990 p 162 Assim a capacidade de deslocarse em suas posições Outras vezes estamos diante da questão da incompletude é a subjetividade em aparente da incompletude do sentido e do eu Esta é a base da polêmica a incompletude provocando a existência do múltiplo A dispersão real do sujeito e dos sentidos unidade produzido no nível do imaginário em relação à sua desejo de ser um por outro lado em relação a um desejo de subjetividade a identidade do sujeito se torna essa unidade com a idade e da referência da literalidade E nesta busca de união deixa de fazer um gesto a um partido que não o silêncio Procurando explicitar melhor o percurso da incompletude da linguagem e do sujeito ato silêncio tomamos algumas considerações do trabalho de Eni Orlandi 1995 Conforme a autora a discurso produzindo e funcionando se gera em uma unidade que por isso é uma ilusão produzida pelo imaginário diversos sob o efeito O lado da raiz da dimensão ampla dos modos e da disputa em que o sentido é pensado e mais que os modos de diferentes relações transforma o silêncio num longo pequeno enquanto na busca de uma quantidade do sujeito Por sua vez a política do silêncio possui duas formas de manifestação o silêncio constitutivo e o silêncio local Tanto em um como em outro há uma ruptura no modo de significar Através do silêncio constitutivo se diz algo para não se dizer outra coisa Descartamos a possibilidade de que determinado sentido não seja desejado e imaturo pelo preenchimento do espaço que este ocupava produzindo um outro sentido Melhor dizendo apagamos o que não queremos dizer através do preenchimento deste espaço com um outro dizer O silêncio trabalha assim os limites das formações discursivas determinando consequentemente os limites do dizer Orlandi 1995 p 76 A identidade local é o que estabelece a interdição isto é o dizer é proibido Orlandi 1995 dá como exemplo a censura reiterando que a partir do fato de que sujeito e como se constituir ao mesmo tempo quando o sujeito é censurado está proibido de se inscrever em determinadas formações discursivas Como consequência essa impõe o sujeito de se identificar condição propiciada pela sua identificação com determinantes formações discursivas A mesmíssimo tempo impede a sua constituição subjetiva uma vez que isso se acontece quando a inscrição do sujeito nessas mesmas formações discursivas Isso leva também a uma relação desse sujeito com a linguagem com o fazer sentido e consequentemente na sua relação com o mundo Do que acabamos de expor queremos ainda tomar as categorias do silêncio que são o silêncio fundador e a política do silêncio enfatizando ainda alguns pontos que consideramos importantes para a sequência do tratamento do silêncio O silêncio fundador traduz o conceito de que todo processo da política do silêncio e também desse significado não de caráter mas de sentido a linguagem política e portanto defensor do programa de privatização do patrimônio público Com o déficit público sempre em crescendo ao mesmo tempo em que o governo determina a implantação de novas tarifas como por exemplo o CPMF aliado a um custo de vida elevado falta de estrutura básica falta de emprego elevase o desconfortamento dos eleitorais m antigos e a falta de recursos para o retorno dessa nova realidade provocaram um efeito de inércia que faz com que a situação se mantenha no mesmo estado provocando não só a falta de avanço na solução de problemas mas também o comprometimento de novos que se avizinham Bibliografia AUTHIERREVUZ J Falta do dizer dizer da falta as palavras do silêncio In ORLANDI Eni Pucinelli Gestos de Leitura da história no discurso São Paulo Editora da UNICAMP 1994 GUIMARÃES Eduardo Os limites do sentido um estudo histórico e enunciativo no da linguagem Campinas Pontes 1995 HENRY Paul A fermentação imperfeita língua sentido e discurso São Paulo Editora da UNICAMP 1992 ORLANDI Eni Pucinelli A linguagem e seu funcionamento Campinas Pontes 1987 PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS DA PUCRS
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
11
A Legitimação e a Interdição da Política Literária em Carolina Maria de Jesus
Linguística
CBM
86
O Silêncio em Vidas Secas: Dissertação de Mestrado
Linguística
CBM
22
Análise do Espaço e Identidade em Hibisco Roxo
Linguística
CBM
92
Reflexões sobre Silêncio e Censura: Uma Análise do Silenciamento
Linguística
CBM
11
Caderno de Anotações sobre As Formas do Silêncio
Linguística
CBM
13
A Subversão Feminina em Hibisco Roxo de Chimamanda Adichie
Linguística
CBM
62
O Empoderamento da Mulher na Obra Hibisco Roxo
Linguística
CBM
Preview text
MOVIMENTO DOS SENTIDOS NO SILÊNCIO REJANE FLOR MACHADO PUCRS Introdução Este nosso trabalho tem como propósito repensar a questão da constituição do processo significativo enfocando e interpretando o silêncio não como possibilidade de significação mas como fonte de sentido Para tal discussão nos utilizamos fundamentalmente do arcabouço teórico fruto das reflexões de Eni Orlandi sobre o silêncio Na sequência do trabalho abordamos também em um sentido elucidativo pela ideia de contraste e além disso ilustrativo a interpretação dada por AuthierRevue ao silêncio Em consonância com as concepções que permeiam a Análise do Discurso temos presente em nosso estudo um sujeito instituído como tal através de sua relação historicamente determinada pelo simbólico Diante de qualquer objeto simbólico somos instados a dar sentido a significação por excelência na concepção da linguagem lugar de significação por excelência na concepção do sujeito que este vê possibilidade de atingir a plenitude do sentido pensa que tudo pode ser dito Orlandi 1996 p 89 É através da luta de classes determina o que pode e deve ser dito Pecheux p 160 Essas concepções refletem a inserção do próprio sujeito no processo históricosocial colocando o sujeito e o sentido como este processo O sentido do sujeito será considerado em um processo imaginação instaurado pela ideologia na relação que interliga linguagem pensamento e mundo Para que uma palavra faça sentido é preciso que ela já tenha sido Essa imprecisão histórica deriva do interdiscurso o domínio da interdiscurso aquele que sustenta e diz o que está historicamente inscrito e a expressão de um conteúdo que é sempre um e que é sempre outro Aí entra a questão do jádito onde as falas se sustentam que funciona com o apagamento das outras vozes possibilitando ao sujeito a ilusão de que é dono do seu dizer Conforme P Henry a língua ultrapassa sempre a atividade individual da fala pela qual ela se manifesta de modo que nenhuma fala não importa o que pensamos não é propriamente fala de um indivíduo Todo enunciado toda fala é atravessada pelo já dito ou já escutado mesmo que o que Chomsky chama de criatividade é potencialmente infinita Quanto aquilo que articula o já dito ou o escutado em toda fala ou todo enunciado não é exatamente a escrita em seu raiz não observável p 170 Tal psicologismo inconsistente do sujeito que em sua constituição é falha e heterogênea em relação ao seu discurso é a expressão de sua inabilidade de ser um e ser completo formar um todo A ideia de um sentido único possível tem como eco o interdiscurso conjunto de formulações que refletem a relação de um discurso com outros discursos onde os sentidos se filiam a um mesmo saber discursivo São as diferentes formatações discursivas que compreendem esse saber e podemos definir como aquilo que numa formação ideológica dada isto é a partir da luta de classes determina o que pode e deve ser dito Pecheux p 160 Essas concepções refletem a inserção do próprio sujeito no processo históricosocial colocando o sujeito e o sentido como esse processo que segundo o autor a significação é histórica não no sentido temporal historiográfico esclarece mas no sentido de que a significação é determinada pelas condições sociais de sua existência No momento em que colocamos que no discurso há materialidade não só da língua mas também das formas de discursos abrimos espaço para a afirmação de que o discurso é um lugar singular onde a representação da interlocução entre língua e história pode ser observada Porém não podemos pensar na análise do dado Como propõe Orlandi 1996 deve haver um deslocamento nesse argumento porque é somente preciso estilizar o discurso isso nos retira do papel do sujeito e consequentemente na significação particularizam as formas de interpretação Essa reflexão que articula sentido linguagem e ideologia permitenos afirmar que o modo de circulação da interpretação depende de muitos fatores tais como quem interpreta como se interpreta quem interpreta em que condições Depende ainda de como o sujeitoautora se insere no espaço possível de interpretação e de sua relação com o saber discursivo da posição do sujeito em relação ao seu dizer e também como ele interpreta o que interpreta A consideração de que o dizer é aberto e que portanto como diz Orlandi 1996 o sentido está sempre em curso nos faz repensar a questão da incompletude da linguagem Conformo a autora estamos à ilusão da palavra final No entanto há sempre a ameaça de fuga dos sentidos quer pela derivenção para outros discursos possíveis quer pelo próprio trabalho do equivoco na interpretação dada essa condição dos sentidos não se fechar nem de sua evidenciar essa pernas ilusória Sobre a incompletude da linguagem esta como salienta Orlandi 1996 não deve ser pensada em relação ao eixo interno mas a algo que não se fecha A percepção da incompletude e da possibilidade de observar a materialidade não se provoca a interpretação Para a autora no momento em que assumimos a incompletude na interpretação a interpretação passa a se uma relação necessária embora muitas vezes negada pelo sujeito curam dar respostas a questões concernentes a como o sentido se produz Primeiro inquietounos com o trabalho de AuthierRezuv 1994 onde o sujeito da linguagem experimenta o fracasso em relação à linguagem em ato de nomeação Há como aponta a autora uma falha de captura do objeto pela letra uma falha em sujeito enquanto as palavras falham o discurso traz à insatisfação de um sujeito enquanto se simbolico e como tal da linguagem É falha em significar falha em fazer sentido E é dessa falha em nomear que estruturalmente se constituiu o sujeito em um irredutível desvio de si mesmo sob efeito de que é falante por consequência do que ele é falho AuthierRezuv 1994 p 253 Atestam formas de suprir essa deficiência da linguagem de escapar à linguagem real e à perda não existente como observa AuthierRezuv as línguas imaginárias que nomeiam propriamente às ocais sem perdas sem desvio o silêncio mas em um outro sentido aquele que se entende como uma opção pela nãonomeação uma existência do dizer a literatura embora com sua forma inversa porque se constitui justamente nessa tentativa de preencher o vazio deixado pela falta das palavras Tudo isso responde na apresentação fictício ou não de um outro espaço onde a ilusão de completo do sujeito e do seu dizer Diferentes dessas formas de sanar o problema da linguagem em relação a sua incompleta o que acontece no diaadia da linguagem quando diante da falha em dizer os sujeitos procuram realizar de uma forma pontual no próprio do dizer uma sutura com o que AuthierRezuv denominou de laco metaenunciativo Através desse jogo de silêncio com retorno reflexivamente ao seu dizer mais especificamente sobre um ponto do dizer passa a suspender o dizer para si mesmo sob o ponto que poderia participar da ação enquanto a nomeação inscrevendo nela especificamente a falha p255 Há um constante reorganizarse e reposicionarse dos múltiplos sentidos o discurso resulta dessas relações de sentidos deriva de outross discursos e aponta para outros Isso porque os fatos de sentido que ordenam o discurso não são remisíveis ao discurso em si mesmo nem mesmo aos de vários conjuntos para fazer uma espécie de sujeito médio mas as formações discursivas que não têm relevância no nível do indivíduo sendo pelo fato que os indivíduos percebem as posições que podem de ocupar todo P Henry apud Orlandi 1990 p 162 Assim a capacidade de deslocarse em suas posições Outras vezes estamos diante da questão da incompletude é a subjetividade em aparente da incompletude do sentido e do eu Esta é a base da polêmica a incompletude provocando a existência do múltiplo A dispersão real do sujeito e dos sentidos unidade produzido no nível do imaginário em relação à sua desejo de ser um por outro lado em relação a um desejo de subjetividade a identidade do sujeito se torna essa unidade com a idade e da referência da literalidade E nesta busca de união deixa de fazer um gesto a um partido que não o silêncio Procurando explicitar melhor o percurso da incompletude da linguagem e do sujeito ato silêncio tomamos algumas considerações do trabalho de Eni Orlandi 1995 Conforme a autora a discurso produzindo e funcionando se gera em uma unidade que por isso é uma ilusão produzida pelo imaginário diversos sob o efeito O lado da raiz da dimensão ampla dos modos e da disputa em que o sentido é pensado e mais que os modos de diferentes relações transforma o silêncio num longo pequeno enquanto na busca de uma quantidade do sujeito Por sua vez a política do silêncio possui duas formas de manifestação o silêncio constitutivo e o silêncio local Tanto em um como em outro há uma ruptura no modo de significar Através do silêncio constitutivo se diz algo para não se dizer outra coisa Descartamos a possibilidade de que determinado sentido não seja desejado e imaturo pelo preenchimento do espaço que este ocupava produzindo um outro sentido Melhor dizendo apagamos o que não queremos dizer através do preenchimento deste espaço com um outro dizer O silêncio trabalha assim os limites das formações discursivas determinando consequentemente os limites do dizer Orlandi 1995 p 76 A identidade local é o que estabelece a interdição isto é o dizer é proibido Orlandi 1995 dá como exemplo a censura reiterando que a partir do fato de que sujeito e como se constituir ao mesmo tempo quando o sujeito é censurado está proibido de se inscrever em determinadas formações discursivas Como consequência essa impõe o sujeito de se identificar condição propiciada pela sua identificação com determinantes formações discursivas A mesmíssimo tempo impede a sua constituição subjetiva uma vez que isso se acontece quando a inscrição do sujeito nessas mesmas formações discursivas Isso leva também a uma relação desse sujeito com a linguagem com o fazer sentido e consequentemente na sua relação com o mundo Do que acabamos de expor queremos ainda tomar as categorias do silêncio que são o silêncio fundador e a política do silêncio enfatizando ainda alguns pontos que consideramos importantes para a sequência do tratamento do silêncio O silêncio fundador traduz o conceito de que todo processo da política do silêncio e também desse significado não de caráter mas de sentido a linguagem política e portanto defensor do programa de privatização do patrimônio público Com o déficit público sempre em crescendo ao mesmo tempo em que o governo determina a implantação de novas tarifas como por exemplo o CPMF aliado a um custo de vida elevado falta de estrutura básica falta de emprego elevase o desconfortamento dos eleitorais m antigos e a falta de recursos para o retorno dessa nova realidade provocaram um efeito de inércia que faz com que a situação se mantenha no mesmo estado provocando não só a falta de avanço na solução de problemas mas também o comprometimento de novos que se avizinham Bibliografia AUTHIERREVUZ J Falta do dizer dizer da falta as palavras do silêncio In ORLANDI Eni Pucinelli Gestos de Leitura da história no discurso São Paulo Editora da UNICAMP 1994 GUIMARÃES Eduardo Os limites do sentido um estudo histórico e enunciativo no da linguagem Campinas Pontes 1995 HENRY Paul A fermentação imperfeita língua sentido e discurso São Paulo Editora da UNICAMP 1992 ORLANDI Eni Pucinelli A linguagem e seu funcionamento Campinas Pontes 1987 PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS DA PUCRS