·

Letras ·

Linguística

Send your question to AI and receive an answer instantly

Ask Question

Preview text

Esse trabalho será o 1⁰ Capítulo de meu TCC Necessário elaborar Apresentação do conceito de condição de produção da AD Análise do Discurso em que trará Chimamanda Ngozi Adichi apresentação sobre a escritora dados da autora e de quando a obra Hibisco Roxo foi publicada fale sobre a importância da visibilidade de autoras negras na literatura Material de apoio 4 Política Literária Para falar sobre a autora Hibisco Roxo o enredo da obra com foco no cenário histórico social e político em que a obra está inserida Material de apoio Contexto Histórico 1 a 3 necessário ler apenas sobre o Contexto Histórico não esqueça de falar sobre o título do livro isto é a simbologia da flor Apresentação das personagens presentes na obra e com mais ênfase o sujeitoKambili Contexto histórico colonização do continente africano e da Nigéria construção sucinta e resumida Material de apoio Contexto Histórico 1 a 3 OS MATERIAIS DE APOIO SÃO PARA FACILITAR A CONSTRUÇÃO DO TEXTO FAVOR NÃO PLAGIAR além desses materiais estão anexados os destaques quais já fiz a leitura e separei as partes mais interessantes para a construção do texto Caso utilize paráfrases eou citações anotar as referências 1 A mulher negra na literatura Por muito tempo o espaço da produção literária era predominante ocupada por homens sobretudo brancos e a mulher de maneira limitada tinha apenas a função de leitora Isto refletiu por séculos a condição social que a mulher vivia e ao se tratar da mulher negra sua posição era ainda mais marginalizada já que além da condição de gênero havia também a questão de raça e classe Logo a literatura para a mulher negra passa a ser um espaço de resistência reivindicação e afirmação da identidade empoderamento e propagação da sua herança cultural e histórica isto é rompendo e desconstruindo barreiras solidificadas por séculos Sendo assim a produção da autoria negra feminina está intrinsecamente ligada a discursos políticos emancipatórios e de alteridades discursos que na voz literária negra e feminina para além de um sentido estético busca semantizar um outro movimento a que abriga todas as nossas lutas Tornase um lugar de escrita como direito assim como se torna o lugar da vida Evaristo 2005 p 54 Logo essas vozes ecoam em defesa da sua emancipação individual e coletiva que rompe não somente com a supremacia masculina e branca mas com todos os estereótipos construídos sobre o negro Para escritoras negras escrever significou antes de mais nada dissolver os grilhões forjados pela tripla inscrição na inferioridade gênero classe e raça de modo que de alguma maneira essas mulheres tiveram condições históricas e racionalmente a liberdade de escritoras para chegar a uma reflexão compreensiva do mundo a literatura por meio de suas vivências e experiências individuais e coletivas e sob regime da autorização da fala Quem pode falar numa sociedade patriarcal e machista Pereira 2018 p 19 No contexto da produção literária do continente africano especificamente na Nigéria as escritoras adotam as discussões ao que se diz respeito ao lugar de fala uma vez que o protagonismo é daquele que tem sentimento de pertencimento e não daquele que fala sobre o outro Por conseguinte o lugar discursivo é do que referese a a chamada posição discursiva ocupada pelo sujeito que não enuncia somente de um lugar mas a partir discursos que o alcançaram ao longo da sua existência Muniz Vedovatto 2020 p 124 Esse espaço de fala é o mesmo pertencido a Chimammanda Ngozi Adichie no qual discute e desconstrói o pensamento do colonizador sobre África As gerações dos escritores africanos sobretudo nigerianos se diferenciam quanto ao cenário político uma vez que entre suas características convergem com o movimento de descolonização e da pósindependência Assim a literatura de autoria feminina e negra assim como na literatura afrodescendente de autoria afrodescendente da América Latina a mulher escritora foi levada ao ostracismo quanto ao cânone literário africano Este fato não cabe apenas na conta do colonizador já que na cultura tradicional o sistema patriarcal silenciava a mulher africana quando mesmo na sua posição de contadora de histórias elas não podiam se manifestar na produção de textos Santana 2019 Apesar desses impasses a mulher africana conquista seu lugar na produção literária e vem sendo reconhecidas mundialmente contudo esse progresso se difere de outros países que tiveram como ferramenta o feminismo para a emancipação da mulher pois há grupos que se baseiam no movimento etnográfico De acordo com Santana 2019 a mulher africana contrapoe ao se refere ao feminismo pois está passa uma europeia que que se enquadra as mulheres negras isto é que estão em busca da sua ancestralidade por isso utilizam o termo mulherismo O racismo está infestado na escrita de feministas brancas reforçando a supremacia branca e a negando a possibilidade de que as mulheres se unam politicamente para além de fronteiras étnicas e raciais Para as escritoras mulheristas a opressão racial e de classe são inseparáveis da opressão sexista Muitas escritoras mulheristas descrevem as opressões racial e de classe como tendo precedência sobre a opressão sexista Isto se deve ao fato das mulheristas acreditarem que a emancipação das mulheres negras não pode ser alcançada sem a emancipação da raça inteira As mulheristas portanto acreditam na parceria com seus homens Esta característica distingue o mulherismo do feminismo que é principalmente uma ideologia separatista HOOKS 1998 p 195 Por essa perspectiva surgiram escritoras precursoras para que outras possam seguir no campo da literatura sendo pelo víeis do mulherismo ou feminismo ou seja pela mesma ideia que estreita que é a emancipação da mulher na sociedade Esse mesmo cenário surge a participação importante da escritora Chimmanda Ngozi Adichie que através da sua literatura traz a esperança para que outras escritoras africanas e principalmente nigerianas possam pertencer ao universo literário 11 Chimammanda Ngozi Adichie e a importância da sua produção literária Chimammanda Ngozi Adichie escritora negra nasceu em Enegu na Nigéria e pertence a etnia Igbo Filha de James Nwoye Adichie e Grace ifeoma Adichie professor universitário e secretária respectivamente Na sua formação acadêmica apesar de iniciar seus estudos acadêmicos na área de saúde cursando Medicina e Farmácia na Universidade da Nigéria a escritora trabalhava como editora de uma revista contudo conclui seus estudos no curso de Comunicação e Ciência Política Eastern Connecticut State University e mestrado em Estudos Africanos pela Universidade de Yale Além disso coleciona inúmeros prêmios de suas produções Adichie começou seu processo de escrita ainda na infância mas sua primeira publicação foi em 1977 com a coletânea de poemas Decisions Seu primeiro romance foi publicado em 2003 Hibisco Roxo indicado no ano seguinte para o Orange Prize além de premiações de seus contos nesse mesmo ano Entre suas obras renomadas e aclamadas pela críticas destacamse Meio Sol Amarelo 2008 Americanas2014 o conto No seu pescoço 2017 e ensaios publicados no Brasil como Sejamos Todos Feministas 2017 e Para educar crianças feministas 2019 A escritora nigeriana propõe em suas obras enfatizar a questão da representividade como também busca romper com visão estereotipada construída pela visão colonialista sob o continente africano desenvolvendo portanto a problematização da historia única que sobrepõe a África sem levar em consideração todos os aspectos políticos culturais sociais e econômicos existente no continente Além disso outro problematização comum em suas obras é questão de gênero a fim de que tenha igualdade entre homens e mulheres n sociedade 12 Hibisco Roxo contextualizando a obra A obra Hibisco Roxo 2013 considerada o primeiro romance de Chimammanda Ngozi Adichie Aclamado pela crítica essa obra tem como enfoque lrincipal o empoderamento feminino e a apresentação do contexto político social cultural e educacional A narração acontece através da protagonista Kambili filha de um pai religioso o qual representa a opressão patriarcalismo e submissão a cultura e religião colonizadora que pertence a elite da Nigeria mas que com o decorrer da narrativa a protagonista ainda adolescente floresce sua liberdade diante aquele cenário nigeriano marcados pelo conservadorismo fundamentalismo religioso patriarcalismo no período pós colonial Ao titulo da obra Hibisco Roxo simbolicamente representa a liberdade e a ideia de mudança uma vez que advém da hibridização o que diferenciam da naturalidade dos hibiscos vermelhos que podem ser associados ao movimento estático e submisso que protagonista Kambili vivenciava Isto porque a própria protagonista reconhecia a simbologia da flor quando associava a rebeldia do seu irmão Jaja que era como os hibiscos roxos experimentais de tia Ifeoma rara com o cheiro suave da liberdade uma liberdade diferente daquela que a multidão brandindo folhas verdes pediu na Government Square após o golpe Liberdade para ser para fazer Adichie 2011 p 11 Dessa forma o próprio título representa a mudança e o reconhecimento da identidade de Kambili como também do seu irmão Jaja Jaja desde o primeiro capítulo demonstra sua resistência quanto ao que era imposto pelo pai obediência e submissão a sua visão tradicional aos preceitos cristãos e ao modo de vida patriarcal Ao mesmo tempo tal atitude representa o quanto a submissão está intrinsecamente ligada mulher pois a opressão e o sentimento de desrespeito parte das mulheres da casa Kambili e sua mãe Beatrice Entretanto apesar disso o irmã mais velho de Kambili se submete a mentira violenta e opressora do pai diante a família Seu pai Eugene que teve como influência a educação católica e o pensamento sociológico eurocêntrica inglês Defende os costumes e cultura colonizadora pois ignora sua ancestralidade ao ponto de inferiorizar o pai por não cultuar a religião católica bem como pela própria língua de origem que é o igbo Tal pensamento é exigido na criação de seus filhos já que vê tal concepção como um dos princípios da civilização Ademais o personagem associa ao paganismo a falta de ascensão social associando o estado de pobreza do pai por cultuar seus rituais aos seus deuses Beatrice sua mãe é o exemplo da imagem da mulher submissa o vista como objeto pelo pai que sua visão patriarcal o qual a mulher devia permanecer no silêncio sem se impor e ser sempre subserviente pois é o papel ideal da mãe de família A passagem de quando Beatrice perde o filho ou quando Eugene quebra um dos seus enfeites que era a estatueta de bailarina Kambili compartilhava o mesmo medo de submissão e medo que sua mãe tinha Seguia a mesma educação católica exercida pelo pai estudava no colégio de freiras e era sociável com as meninas da escola o que apresentava timidez e a reflexão da educação e socialização com seu pai Eugene Durante a narrativa na presença ou não do pai as atitudes de Kambili é baseada na insegurança e no medo já que sua vida pela visão do pai deve seguir os princípios adotados por Eugene Seu pai era reconhecido como aquele que era digno de respeito e adoração assim como representava aquele ué tinha o poder de castigála caso não seguisse os seus mandamentos No trecho a que se refere ao padre Benedict e seus sermões Durante seus sermões o padre Benedict sempre falava do papa do meu pai e de Jesusnessa ordem Ele usava meus pai para ilustrar os evangelhos Adichie 2011 p 10 Logo a representividade e a estreita ralação apresentada pelo pai ao aproximar o pai de Kambili como aquele digno de respeito e adoração tal qual a Jesus Cristo À propósito a posição que Kambili exerce na narrativa era até então a atenção de seu pai a fim de que fosse vista com um olhar de aprovação e digna de sua benção já que suas atitudes correspondiam a obediência Logo o poder exercido pelo pai não era somente por temer ao pai mas as atitudes exercidas por ele e seu modo de vida representa um ato de admiração No entanto suas atitudes mudam ao ter contato com modo de vida de sua tia Ifeoma e seus primos principalmente quando passa uns dias em sua casa Ifeoma representa na obra a emancipação da mulher diante a sociedade patriarcal e machista Sua tia era vista como o outro lado muro isto é contrário de tudo aquilo que foi ensinado e vivenciado por Kambili Dessa maneira sua tia oferece a Kambili a oportunidade de se tornar uma mulher livre e não submissa como é representado na figura de sua mãe Assim descrevia Era por causa da coragem que ela transmitia Ifeoma também era vista como aquela que batia de frente com seu pai e se mostrava indignada quando a submissão que seu pai se colocava a cultura conizadora Apesar da sua postura limitada se reconhece como portadora de sua própria voz se floresce como o hibisco roxo com o tom de liberdade Com a aproximação de sua tia Kambili reconhece um novo olha sobre sua ancestralidade e todos os pilares de opressão que o seu povo sofre ao aderir a cultura e religião do colonizador Isso se desenvolve na narração a partir do que Adichie considera como o problema da única história pois com o olhar mais amplo a pluralidade na sociedade o qual Kambili está inserida os desejos de emancipação e liberdade começam a florescer Portanto a obra discute diversas camadas sobretudo das marcas pós coloniais existente naquele contexto 13 Contexto histórico em Hibisco Roco No continente africano o período pós colonial e pósmoderno apresenta uma cultura sedimentada que se afastar das tradições ou adotar novas formas de reinventar as culturas ali existente passa a ser uma forma de estratégia para viver no novo mundo globalizado Segundo Hall 2006 p 35 quanto ao processo em que o indivíduo se identifica com as suas identidades tornouse mais provisório variável e problemático e isso é o que produz o sujeito pósmoderno conceptualizado como não tendo uma identidade fixa essencial e permanente Nesse contexto a literatura de Chimammanda Ngozi Adichie em Hibisco Roxo é uma narrativa dialógica com toda a transformação passada pela colonização Para o leitor compreender tal contexto é importante detectar sintomas pertinentes do processo de produção dominante que rege o discurso submetido a análise Pêcheux 1990 p 105 Dessa forma para entender o processo de produção da obra é pergunte entender o contexto histórico da narrativa A guerra de Biafra A Nigéria representa na sua trajetória literária características próprias A guerra de Biafra simboliza para o povo nigeriano o símbolo de um passado dolorido e marcado pelo sofrimento que própria autora vivenciou isso é explorado em Hibisco Roxo Resende p58 discorre que apesar da reorganização geográfica da Nigéria após a guerra civil A presença de Biafra permanece como algo recorrente nas preocupações sociais do país e na literatura ali produzida desde os anos de 1970 Esse conflito ocorreu entre 1967 e 1970 envolvendo a Nigéria e a republica separatista da Biafra A Nigéria passou por instabilidades durante esse conflito que ocorreu ate no ano de 1970 contudo deixou heranças de constantes conflitos que permanecem até a atualidade e ocasionando ainda pelas diferenças étnicas surgindo portanto uma tensão política e social Nesse cenário a construção de Hibisco Roxo perpassa um contexto histórico assim como as literaturas pós coloniais que estão marcadas por esse processo Mais do que nunca as literaturas ditas póscoloniais ou seja as literaturas que nascem a partir do processo de colonização europeia têm produzido e falado das estruturas de dominação e colonização Tais estruturas perduram até os nossos dias na forma de dominação econômica que inicialmente era feita através da exploração dos corpos e dos recursos das terras invadidas e presentemente segue por intermédio dos tratados comerciais e econômicos e pela falta de retratação histórica com relação aos abusos e crimes cometidos no passado Essa brutal investida fora da Europa ficou conhecida pelo termo colonização ou imperialismo Tendo sido uma das maneiras por meio das quais se manifestou a pretensão europeia ao domínio universal a colonização foi uma forma de poder constituinte cuja relação com o solo com as populações e com o território associou de maneira inédita na história da humanidade as três lógicas das raças da burocracia e dos negócios commercium MBEMBE 2018 p 109 Portanto o contexto político e histórico da Nigéria é representado no contexto familiar de Kambili a partir de suas relações complexas representadas por submissão negação da ancestralidade e suas culturas religiões tradicionais da Nigéria bem como ao pertencimento de uma religião que não representa o povo nigeriano Assim como na obra a Nigéria passa por mudanças políticas e sociais que vem passando por transições Além disso outra questão levantada na obra que também faz parte do contexto contemporâneo a obra é o movimento feminista e as questões de gênero representando em todas as personagens femininas construídas simbolicamente REFERÊNCIAS ADICHIE Chimammanda Ngozi Adichie Hibisco Roxo São Paulo Companhia das Letras 2011 EVARISTO C Gênero e etnia uma escrevivência de dupla face In MOREIRA Nadilza M de Barros SCHNEIDER Liane Mulheres no mundo etnia marginalidade diáspora João Pessoa IdeiaEditora Universitária UFPB 2009 HALL Stuart A identidade cultural na pós modernidade Trad Tomaz Tadeu da Silva Guaracira Lopes Louro 11 ed Rio de Janeiro DPA 2006 MUNIZ C M S L VEDOVATO L A Análise de Discurso pecheutiana na Teoria Decolonial por perspectivas metodológicas latinoamericanas Tempo da Ciência S l v 27 n 53 p 117128 2020 DOI 1048075rtcv27i5325933 Disponível em httpserevistaunioestebrindexphptempodacienciaarticleview25933 Acesso em 19 ago 2023 PEREIRA I S Contos depoimentos e memórias de escritoras negras brasileiras e moçambicanas Revista Crioula S l v 1 n 22 p 1438 2018 DOI 1011606issn19817169crioula2018153258 Disponível em httpswwwrevistasuspbrcrioulaarticleview153258 Acesso em 19 ago 2023 PÊCHEUX M ANALISE AUTOMATICA DO DISCURSO In GADER F HAK T por uma análise automática do discurso Campinas UNICAMP 1990 RESENDE E M Gênero e não ao na ficção de Chimammanda Ngozi Adichie UFJS Prometo 2013 No visible text to extract in the image