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Psicologia Social

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CYAN VS Gráfica VS Gráfica MAG VS Gráfica YEL VS Gráfica BLACK FIGURA 91 p 318 Amadurecimento da substância cinzenta no córtex cerebral 5 a 20 anos de idade Perdas na densidade da substância cinzen ta refletem o amadurecimento de várias regiões do córtex permitindo um funciona mento mais eficiente As áreas azuis corres pondem a partes específicas do córtex que estão sofrendo perda de substância cinzenta em uma determinada idade Essas estruturas e sua importância funcional são descritas à direita 10 Estrutura e função 5 20 00 01 02 03 04 05 06 Volume da substância cinzenta Idade 07 08 09 Sistemas motores e sensoriais envolvidos na visão resposta motora audição Os córtices de associação parietal e temporal apoiam habilidades de linguagem básicas e atenção espacial Os córtices temporais préfrontal e lateral integram os processos sensóriomotores primários e modulam os processos de atençãolinguagem Fonte Amso e Casey 2006 adaptada de Gogtay et al 2004 10 00 20 5 01 02 03 04 05 06 Substância cinzenta Idade Volume 07 08 09 5 FIGURA 112 p 393 Compostas de varreduras por IRM de crianças e adolescentes saudáveis essas imagens resumem 15 anos de desenvolvimento cerebral 5 a 20 anos de idade A cor vermelha indica mais substância cinzenta a azul menos substância cinzenta A substância cinzenta diminui em uma onda inversa à medida que o cérebro amadurece e conexões neurais são desativadas Fonte Gogtay et al 2004 Diane E Papalia Ruth Duskin Feldman Desenvolvimento Humano 12ª edição PAPALIA FELDMAN 12ª edição A Artmed Editora é parte do Grupo A uma empresa que engloba diversos selos editoriais e várias plataformas de distribuição de conteúdo técnico científi co e profi ssional disponibilizandoo como onde e quando você precisar O Grupo A publica com exclusividade obras com o selo McGrawHill em língua portuguesa O clássico Desenvolvimento Humano chega à sua 12ª edição trazendo dados e tópicos totalmente atualizados sobre as diferentes fases do desenvolvimento da formação de uma nova vida ao inevitável momento da morte Seguindo uma abordagem cronológica as autoras Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman apresentam os aspectos do desenvolvimento físico cognitivo e psicossocial de forma didática e ilustrada Principais novidades da edição Seção sobre como a tecnologia afeta a aprendizagem Nova cobertura sobre neurociência Informações sobre mães no mercado de trabalho Abordagem atualizada sobre amizades incluindo o efeito Facebook Informações recentes sobre teorias de por que as pessoas envelhecem e até quando o tempo de vida pode ser estendido PAPALIA FELDMAN wwwgrupoacombr PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO wwwgrupoacombr 0800 703 3444 Recorte aqui seu marcador de página Desenvolvimento Humano 12ª edição Desenvolvimento Humano Desenvolvimento Humano Entre em wwwgrupoacombrpapaliadesenvolvimentohumano12ed e tenha acesso a quizzes de todos os capítulos para testar o conhecimento adquirido e uma tabela com um resumo dos aspectos mais importantes de cada período do desenvolvimento em português além de fl ashcards com termos importantes tópicos para estudo que destacam os pontos importantes de cada capítulo vídeos para ilustrar os conceitos básicos do desenvolvimento e guias sobre o desenvolvimento humano para futuros educadores e futuros enfermeiros em inglês Na exclusiva Área do Professor em wwwgrupoacombrpapalia desenvolvimentohumano12ed faça o download de slides em PowerPoint de todos os capítulos para dar suporte às suas aulas em português Acesse ainda o manual do professor com sugestões de exercícios e ideias para estudo independente e um abrangente banco de testes com mais de 2 mil questões de múltipla escolha e dissertativas em inglês 39532 Desenvolvimento Humano 12 ed finalindd 1 39532 Desenvolvimento Humano 12 ed finalindd 1 25022013 140243 25022013 140243 Catalogação na publicação Ana Paula M Magnus CRB 102052 Consultoria supervisão e revisão técnica desta obra Maria Cecília de Vilhena Moraes Silva Professora do Departamento de Métodos e Técnicas em Psicologia do Curso de Psicologia Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUCSP Doutora em Psicologia Social pela PUCSP Maria Thereza de Alencar Lima Professora do Departamento de Psicologia do Desenvolvimento do Curso de Psicologia Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da PUCSP Doutora em Psicologia Clínica pela PUCSP Odette de Godoy Pinheiro Professora aposentada da Faculdade de Psicologia da PUCSP Doutora em Psicologia Social pela PUCSP Plínio de Almeida Maciel Junior Professor do Departamento de Psicologia do Desenvolvimento do Curso de Psicologia Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da PUCSP Doutor em Psicologia Clínica pela PUCSP P213d Papalia Diane E Desenvolvimento humano recurso eletrônico Diane E Papalia Ruth Duskin Feldman com Gabriela Martorell tradução Carla Filomena Marques Pinto Vercesi et al revisão técnica Maria Cecília de Vilhena Moraes Silva et al 12 ed Dados eletrônicos Porto Alegre AMGH 2013 Editado também como livro impresso em 2013 ISBN 9788580552171 1 Psicologia do desenvolvimento 2 Desenvolvimento humano I Feldman Ruth Duskin II Martorell Gabriela III Título CDU 159922 Tradução da 10ª edição Carla Filomena Marques Pinto Vercesi Dulce Cattunda José Carlos Barbosa dos Santos Mauro de Campos Silva Tradução da 12ª edição Cristina Monteiro Mauro de Campos Silva 2013 Diane E Papalia Ruth Duskin Feldman com Gabriela Martorell Versao impressa desta obra 2013 Reservados todos os direitos de publicação em língua portuguesa à AMGH EDITORA LTDA uma parceria entre GRUPO A EDUCAÇÃO SA e McGRAWHILL EDUCATION Av Jerônimo de Ornelas 670 Santana 90040340 Porto Alegre RS Fone 51 30277000 Fax 51 30277070 É proibida a duplicação ou reprodução deste volume no todo ou em parte sob quaisquer formas ou por quaisquer meios eletrônico mecânico gravação fotocópia distribuição na Web e outros sem permissão expressa da Editora Unidade São Paulo Av Embaixador Macedo Soares 10735 Pavilhão 5 Cond Espace Center Vila Anastácio 05095035 São Paulo SP Fone 11 36651100 Fax 11 36671333 SAC 0800 7033444 wwwgrupoacombr IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL Obra originalmente publicada sob o título Experience Human Development 12th Edition ISBN 0078035147 9780078035142 Original edition copyright 2012 The McGrawHill Companies Inc New York New York 10020 All rights reserved Portuguese language translation copyright 2013 AMGH Editora Ltda a Division of Grupo A Educação SA All rights reserved Gerente editorial Letícia Bispo de Lima Colaboraram nesta edição Editora Lívia Allgayer Freitag Capa sobre arte original VS Gráfi ca Preparação de original Maurício Pacheco Amaro Leitura fi nal Priscila Zigunovas Editoração eletrônica Techbooks Papaliainiciaisindd iv Papaliainiciaisindd iv 080213 0814 080213 0814 Diane E Papalia é professora da Universidade de WisconsinMadison Cursou o bacharelado com ênfase em Psicologia no Vassar College Tanto o mestrado em Desenvolvimento Infantil e Relações Familiares quanto o doutorado em Psicologia do Desenvolvimento do Ciclo de Vida foram obtidos na Universidade de West Virginia Seu interesse se volta especialmente para a inteligência na velhice e os fatores que contribuem para a conservação das atividades intelectuais na terceira idade É membro da Sociedade Americana de Gerontologia Ruth Duskin Feldman é escritora e educadora premiada Exprofessora do ensino médio desenvol veu material educacional para todos os níveis do ensino fundamental até a faculdade Escreve para vários jornais e revistas é palestrante muito requisitada e tem aparecido na mídia nacional e local dos Estados Unidos para falar sobre educação e crianças superdotadas Obteve o grau de bacharel na Universidade de Northwestern onde se formou com a mais alta distinção tendo sido eleita para o Phi Beta Kappa Autoras Papaliainiciaisindd v Papaliainiciaisindd v 080213 0814 080213 0814 Ao melhor amigo de Diane o falecido Jeffrey L Claflin que foi uma fonte constante de companheirismo conforto e diversão E aos nossos filhos Anna Victoria Steven Laurie e Heidi que muito nos ensinaram sobre o desenvolvimento da criança e do adulto Papaliainiciaisindd vii Papaliainiciaisindd vii 080213 0814 080213 0814 Nós as autoras gostaríamos de expressar nossa gratidão aos muitos amigos e colegas que por meio de seu trabalho e interesse ajudaram a esclarecer nossas ideias sobre o desenvolvimento infantil Somos gratas especialmente a Gabriela A Martorell do Virginia Wesleyan College que trabalhou ao nosso lado durante todo o processo de revisão Além disso os seguintes revisores fizeram excelentes recomendações REVISORES DO TEXTO ORIGINAL Ted A Barker Northwest Florida State College Holly Beard Midlands Technical College Ivy Cobbins Olive Harvey College Deborah F Deckner Clayton State University Catherine Deering Clayton State University Elizabeth Ann Dose Daytona State College Jennifer Gadberry Southeast Missouri State University at Sikeston Jerry Green Tarrant County College Sidney E Hardyway Volunteer State Community College Irv Lichtman Houston Community College Geraldine M Lotze Virginia Commonwealth University James A Markusic Missouri State University Ozarks Technical Community College Marylou Robins San Jacinto College South David Shepard South Texas College Jessica Siebenbruner Winona State University Peggy Skinner South Plains College Steven M Sloan Gateway Technical College Jose Velarde Tarrant County College John F Wakefield University of North Alabama Bridget A Walsh University of Nevada Reno Sandy K Wurtele University of Colorado at Colorado Springs REVISORES DE DESIGN Wanda Clark South Plains College Katheryn Fernandez Columbus State Community College Nicole Hamilton St Philips College Debra L Hollister Valencia College James Jordan Lorain County Community College Eleanor McClelland University of Iowa College of Nursing Ann K Mullis Florida State University Agradecemos o grande apoio que tivemos de nosso editor Nossos especiais agradecimentos a Krista Bettino que ajudou a orientar as primeiras etapas desta nova edição Allison McNamara editora Dawn Groundwater diretor de desenvolvimento Joanne Butler editora de desenvolvimento freelance cuja dedicada supervisão trouxe inúmeros benefícios a este livro Carol Mulligan que cuidou da biblio grafia Holly Paulsen editora de produção e Cassandra Chu gerente de design Como sempre os comentários dos leitores são muito bemvindos e ajudarão a aprimorar cada vez mais esta obra Diane E Papalia Ruth Duskin Feldman Agradecimentos Papaliainiciaisindd ix Papaliainiciaisindd ix 080213 0814 080213 0814 Desenvolvimento humano e as metas da APA 19 Recursos pedagógicos 25 Mudanças no conteúdo 27 Recursos online 31 O Desenvolvimento Humano 1 O estudo do desenvolvimento humano 34 2 Teoria e pesquisa 54 Primórdios 3 A formação de uma nova vida 84 4 Nascimento e desenvolvimento físico nos três primeiros anos 126 5 Desenvolvimento cognitivo nos três primeiros anos 168 6 Desenvolvimento psicossocial nos três primeiros anos 206 Segunda Infância 7 Desenvolvimento físico e cognitivo na segunda infância 244 8 Desenvolvimento psicossocial na segunda Infância 282 Terceira Infância 9 Desenvolvimento físico e cognitivo na terceira infância 314 10 Desenvolvimento psicossocial na terceira infância 354 Adolescência 11 Desenvolvimento físico e cognitivo na adolescência 384 12 Desenvolvimento psicossocial na adolescência 420 Início da Vida Adulta e Adulto Jovem 13 Desenvolvimento físico e cognitivo no início da vida adulta e no adulto jovem 450 14 Desenvolvimento psicossocial no início da vida adulta e no adulto jovem 482 Vida Adulta Intermediária 15 Desenvolvimento físico e cognitivo na vida adulta intermediária 510 16 Desenvolvimento psicossocial na vida adulta intermediária 540 Vida Adulta Tardia 17 Desenvolvimento físico e cognitivo na vida adulta tardia 570 18 Desenvolvimento psicossocial na vida adulta tardia 604 O Fim da Vida 19 Lidando com a morte e o sentimento de perda 634 Glossário 659 Referências 669 Créditos 759 Índice onomástico 763 Índice remissivo 785 parte parte parte parte parte parte parte parte parte Sumário Papaliainiciaisindd 10 Papaliainiciaisindd 10 080213 0814 080213 0814 Sumário Detalhado Desenvolvimento humano e as metas da APA 19 Recursos pedagógicos 25 Mudanças no conteúdo 27 Recursos online 31 O Desenvolvimento Humano Capítulo 1 O estudo do desenvolvimento humano 34 Desenvolvimento humano um campo em constante evolução 36 Estudando o ciclo de vida 36 O desenvolvimento humano hoje 37 O estudo do desenvolvimento humano conceitos básicos 37 Domínios do desenvolvimento 37 Períodos do ciclo de vida 38 Influências no desenvolvimento 39 Hereditariedade ambiente e maturação 42 Contextos do desenvolvimento 42 11 Janela para o mundo Crianças de famílias de imigrantes 46 Influências normativas e não normativas 47 Cronologia das influências períodos críticos ou sensíveis 48 12 Pesquisa em ação Existe um período crítico para a aquisição da linguagem 50 Abordagem de Baltes ao desenvolvimento do ciclo de vida 50 Resumo e palavraschave 52 Capítulo 2 Teoria e pesquisa 55 Questões teóricas básicas 56 Questão 1 O desenvolvimento é ativo ou reativo 57 Questão 2 O desenvolvimento é contínuo ou descontínuo 58 Perspectivas teóricas 58 Perspectiva 1 Psicanalítica 59 Perspectiva 2 Aprendizagem 62 Perspectiva 3 Cognitiva 64 Perspectiva 4 Contextual 67 Perspectiva 5 EvolucionistaSociobiológica 69 Um equilíbrio cambiante 69 Métodos de pesquisa 70 Pesquisa quantitativa e qualitativa 70 Amostragem 71 Métodos de coleta de dados 71 Avaliando as pesquisas quantitativa e qualitativa 74 Modelos básicos de pesquisa 74 21 Janela para o mundo Objetivos da pesquisa transcultural 76 Modelos de pesquisa sobre desenvolvimento 79 Ética na pesquisa 81 Resumo e palavraschave 82 Primórdios Capítulo 3 A formação de uma nova vida 84 Concebendo uma nova vida 86 Como ocorre a fecundação 86 Qual é a causa dos nascimentos múltiplos 87 Mecanismos da hereditariedade 88 O código genético 88 O que determina o sexo 89 Padrões de transmissão genética 90 Anormalidades genéticas e cromossômicas 93 Aconselhamento genético e testes 97 31 Pesquisa em ação Testes genéticos 98 Genética e ambiente influências da hereditariedade e do ambiente 99 parte parte Papaliainiciaisindd 11 Papaliainiciaisindd 11 080213 0814 080213 0814 12 Sumário Detalhado Estudando a hereditariedade e o ambiente 100 Como hereditariedade e ambiente operam juntos 101 Algumas características influenciadas pela hereditariedade e pelo ambiente 104 Desenvolvimento prénatal 106 Etapas do desenvolvimento prénatal 107 Influências ambientais fatores maternos 113 Influências ambientais fatores paternos 120 Monitorando e promovendo o desenvolvimento prénatal 120 Disparidades na assistência prénatal 122 A necessidade de assistência no período préconcepção 122 Resumo e palavraschave 123 Capítulo 4 Nascimento e desenvolvimento físico nos três primeiros anos 126 Nascimento e cultura mudanças no ato de nascer 128 O processo de nascimento 130 Etapas do nascimento 130 Monitoração eletrônica fetal 130 Parto vaginal versus parto cesariano 131 Parto medicado versus parto não medicado 132 O recémnascido 133 Tamanho e aparência 134 Sistemas corporais 134 Avaliação clínica e comportamental 135 Estados de alerta 136 Complicações do parto 137 Baixo peso natal 137 Um ambiente favorável pode compensar os efeitos de complicações no nascimento 141 PósMaturidade 142 Natimortos 142 Sobrevivência e saúde 143 Reduzindo a mortalidade infantil 143 Imunização para uma saúde melhor 146 Desenvolvimento físico inicial 147 Princípios do desenvolvimento 147 Padrões de crescimento 148 Nutrição 148 O cérebro e o comportamento reflexo 151 41 Pesquisa em ação Lições da neurociência 151 42 Pesquisa em ação A epidemia de autismo 154 Capacidades sensoriais iniciais 158 Desenvolvimento motor 159 Marcos do desenvolvimento motor 159 Desenvolvimento motor e percepção 162 A teoria ecológica da percepção de Eleanor e James Gibson 162 Como ocorre o desenvolvimento motor A teoria dos sistemas dinâmicos de Thelen 163 Influências culturais sobre o desenvolvimento motor 164 Resumo e palavraschave 164 Capítulo 5 Desenvolvimento cognitivo nos três primeiros anos 168 Estudando o desenvolvimento cognitivo seis abordagens 170 Abordagem behaviorista os mecanismos básicos da aprendizagem 171 Condicionamentos clássico e operante 171 Memória dos bebês 171 Abordagem psicométrica testes de desenvolvimento e de inteligência 173 Testes de desenvolvimento infantil 173 Avaliando o impacto do ambiente doméstico 173 Intervenção precoce 174 Abordagem piagetiana o estágio sensóriomotor 176 Subestágios do estágio sensóriomotor 176 A capacidade de imitação desenvolvese antes do que Piaget imaginava 179 O desenvolvimento do conhecimento sobre objetos e símbolos 181 Avaliando o estágio sensóriomotor de Piaget 183 Abordagem do processamento de informação percepções e representações 183 Habituação 183 Capacidades de percepção e processamento visual e auditivo 184 O processamento de informação como indicador de inteligência 185 51 Pesquisa em ação Bebês e crianças pequenas veem muita televisão 186 O processamento de informação e o desenvolvimento das habilidades piagetianas 187 Avaliando pesquisas em processamento de informação com bebês 190 Abordagem da neurociência cognitiva as estruturas cognitivas do cérebro 191 Abordagem sociocontextual aprendendo nas interações com cuidadores 192 Desenvolvimento da linguagem 193 Sequência do desenvolvimento inicial da linguagem 194 Características da fala inicial 197 Teorias clássicas de aquisição da linguagem o debate genéticaambiente 198 Influências no desenvolvimento inicial da linguagem 200 Preparação para o letramento os benefícios da leitura em voz alta 202 Resumo e palavraschave 203 Capítulo 6 Desenvolvimento psicossocial nos três primeiros anos 206 Fundamentos do desenvolvimento psicossocial 208 Papaliainiciaisindd 12 Papaliainiciaisindd 12 080213 0814 080213 0814 Sumário Detalhado 13 Emoções 208 Temperamento 213 As primeiras experiências sociais o bebê na família 216 Gênero o quanto meninos e meninas são diferentes 218 Questões de desenvolvimento na primeira infância 219 Desenvolvendo a confiança 219 Desenvolvendo o apego 220 Comunicação emocional com os cuidadores regulação mútua 225 Referenciação social 225 61 Pesquisa em ação Como a depressão pósparto afeta o desenvolvimento inicial 226 Questões de desenvolvimento do 1 o ao 3 o ano 227 A emergência do senso de identidade 227 Desenvolvimento da autonomia 228 As raízes do desenvolvimento moral socialização e internalização 228 62 Janela para o mundo As brigas entre irmãos são necessárias 230 Contato com outras crianças 232 Irmãos 232 Sociabilidade com outras crianças 233 Filhos de pais que trabalham fora 233 Efeitos do trabalho da mãe 233 Serviços de creche 234 Maustratos abuso e negligência 237 Maustratos na primeira infância 237 Fatores contribuintes uma visão ecológica 238 Ajudando famílias com problemas 239 Efeitos de longo prazo dos maustratos 240 Resumo e palavraschave 241 Segunda Infância Capítulo 7 Desenvolvimento físico e cognitivo na segunda infância 244 DESENVOLVIMENTO FÍSICO 246 Aspectos do desenvolvimento físico 246 Crescimento e alteração corporal 246 Padrões e distúrbios do sono 248 Desenvolvimento do cérebro 249 Habilidades motoras 250 Saúde e segurança 252 Prevenção da obesidade 252 Subnutrição 253 71 Pesquisa em ação Segurança alimentar 254 Alergias alimentares 254 Mortes e ferimentos acidentais 255 A saúde no contexto influências ambientais 255 72 Janela para o mundo Sobrevivendo aos primeiros cinco anos de vida 256 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 259 Abordagem piagetiana a criança préoperatória 259 Avanços do pensamento préoperatório 259 Aspectos imaturos do pensamento préoperatório 262 Crianças pequenas têm teorias da mente 264 Abordagem do processamento de informação desenvolvimento da memória 267 Processos e capacidades básicos 267 Reconhecimento e lembrança 268 Formação e retenção de memória da infância 268 Inteligência Abordagens psicométrica e vygotskiana 270 Medidas psicométricas tradicionais 270 Influências sobre a inteligência medida 271 Teste e ensino baseados na teoria de Vygotsky 271 Desenvolvimento da linguagem 272 Vocabulário 272 Gramática e sintaxe 273 Pragmática e discurso social 273 Discurso particular 274 Atraso no desenvolvimento da linguagem 274 Preparação para a alfabetização 275 Mídia e cognição 275 Educação na segunda infância 276 Tipos de préescola 276 Programas préescolares compensatórios 277 A criança na préescola 278 Resumo e palavraschave 279 Capítulo 8 Desenvolvimento psicossocial na segunda infância 282 O desenvolvimento da identidade 284 O autoconceito e o desenvolvimento cognitivo 284 Autoestima 285 Compreendendo e regulando emoções 286 Erikson iniciativa versus culpa 288 Gênero 288 Diferenças de gênero 288 Perspectivas do desenvolvimento de gênero 289 Brincar a principal atividade da segunda infância 296 parte Papaliainiciaisindd 13 Papaliainiciaisindd 13 080213 0814 080213 0814 14 Sumário Detalhado Níveis cognitivos do brincar 296 81 Pesquisa em ação O brincar tem uma base evolucionista 297 A dimensão social do brincar 298 Como o gênero influencia o brincar 299 Como a cultura influencia o brincar 300 Parentalidade 301 Formas de disciplina 301 Estilos de parentalidade 303 Questões comportamentais especiais 305 Relacionamentos com outras crianças 308 Relacionamentos de irmãos 308 O filho único 309 Colegas e amigos 310 Resumo e palavraschave 311 Terceira Infância Capítulo 9 Desenvolvimento físico e cognitivo na terceira infância 314 DESENVOLVIMENTO FÍSICO 316 Aspectos do desenvolvimento físico 316 Altura e peso 316 Nutrição e sono 316 Desenvolvimento cerebral 317 Desenvolvimento motor e brincadeiras físicas 318 Saúde condição física e segurança 320 Obesidade e imagem corporal 320 91 Pesquisa em ação As bonecas Barbie afetam a imagem corporal das meninas 321 Outras condições médicas 322 Ferimentos acidentais 324 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 324 Abordagem piagetiana a criança operatóriaconcreta 324 Avanços cognitivos 324 Influências do desenvolvimento neurológico da cultura e da escolarização 327 Raciocínio moral 328 Abordagem do processamento de informação planejamento atenção e memória 329 Como as habilidades executivas se desenvolvem 329 Atenção seletiva 329 Memória de trabalho 330 Metamemória entendendo a memória 330 Mnemônica estratégias para lembrar 331 Processamento de informação e tarefas piagetianas 332 Abordagem psicométrica avaliação da inteligência 332 A controvérsia sobre o QI 332 Influências sobre a inteligência QI 333 Há mais de uma inteligência 336 Outras tendências em testes de inteligência 338 Linguagem e alfabetização 338 Vocabulário gramática e sintaxe 338 Pragmática conhecimento sobre comunicação 339 Aprendizagem de uma segunda língua 340 Alfabetização 340 A criança na escola 341 Ingressando na 1 a série 341 Influências sobre o desempenho escolar 342 Educando crianças com necessidades especiais 345 Crianças com problemas de aprendizagem 346 Crianças superdotadas 349 Resumo e palavraschave 350 Capítulo 10 Desenvolvimento psicossocial na terceira infância 354 Desenvolvimento da identidade 356 Desenvolvimento do autoconceito sistemas representativos 356 Autoestima 356 Crescimento emocional e comportamento prósocial 357 A criança na família 358 Atmosfera familiar 358 101 Pesquisa em ação Passe o leite refeições familiares e o bemestar da criança 359 Estrutura familiar 362 Relacionamento entre irmãos 367 A criança no grupo de pares 368 Efeitos positivos e negativos das relações entre pares 368 Popularidade 369 Amizade 370 Agressão e intimidação bullying 371 Saúde mental 375 Problemas emocionais comuns 375 Técnicas de tratamento 377 Estresse e resiliência 378 102 Pesquisa em ação Conversando com as crianças sobre terrorismo e guerra 380 Resumo e palavraschave 382 parte Papaliainiciaisindd 14 Papaliainiciaisindd 14 080213 0814 080213 0814 Sumário Detalhado 15 Adolescência Capítulo 11 Desenvolvimento físico e cognitivo na adolescência 384 Adolescência uma transição no desenvolvimento 386 A adolescência como uma construção social 386 Adolescência uma época de oportunidades e riscos 387 DESENVOLVIMENTO FÍSICO 387 Puberdade 387 Como começa a puberdade alterações hormonais 387 111 Janela para o mundo A globalização da adolescência 388 Tempo sinais e sequência da puberdade e do amadurecimento sexual 389 O cérebro do adolescente 392 Saúde física e mental 394 Atividade física 394 Necessidades e distúrbios do sono 395 Transtornos da nutrição e alimentação 395 Uso e abuso de drogas 399 Depressão 402 Morte na adolescência 403 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 404 Aspectos do amadurecimento cognitivo 404 Estágio operatórioformal de Piaget 404 Mudanças no processamento de informação 406 Desenvolvimento da linguagem 407 Raciocínio moral teoria de Kohlberg 407 A ética do cuidado a teoria de Gilligan 410 Comportamento prósocial e atividade voluntária 410 Questões educacionais e vocacionais 411 Influências sobre o desempenho escolar 412 Abandono da escola 415 112 Pesquisa em ação Multitarefa e Ger M 415 Preparação para a educação superior ou as vocações 416 Resumo e palavraschave 418 Capítulo 12 Desenvolvimento psicossocial na adolescência 420 A busca da identidade 422 Erikson Identidade versus confusão de identidade 422 Marcia Estados de identidade crise e compromisso 423 Diferenças de gênero na formação da identidade 425 Fatores étnicos na formação da identidade 426 Sexualidade 427 Orientação e identidade sexual 428 Comportamento sexual 429 Infecções sexualmente transmissíveis ISTs 431 Gravidez e maternidade na adolescência 433 Relacionamentos com a família os pares e a sociedade adulta 435 A rebeldia adolescente é um mito 435 Mudança no uso do tempo e mudança nos relacionamentos 436 Os adolescentes e os pais 437 Os adolescentes e os irmãos 440 Os adolescentes e seus pares 441 121 Pesquisa em ação Consequências das redes sociais 443 Comportamento antissocial e delinquência juvenil 444 Tornandose um delinquente fatores genéticos e neurológicos 444 Tornandose um delinquente como as influências da família dos pares e da comunidade interagem 444 122 Pesquisa em ação A epidemia da violência juvenil 446 Perspectiva de longo prazo 446 Prevenindo e tratando a delinquência 447 Resumo e palavraschave 448 Início da Vida Adulta e Adulto Jovem Capítulo 13 Desenvolvimento físico e cognitivo no início da vida adulta e no adulto jovem 450 Início da vida adulta 452 parte parte Papaliainiciaisindd 15 Papaliainiciaisindd 15 080213 0814 080213 0814 16 Sumário Detalhado DESENVOLVIMENTO FÍSICO 453 Saúde e condição física 453 Condição de saúde e questões de saúde 453 Influências genéticas na saúde 454 Influências comportamentais na saúde e na condição física 454 Influências indiretas na saúde 458 Problemas de saúde mental 461 Questões sexuais e de reprodução 462 Comportamento e atitudes sexuais 462 Infecções sexualmente transmissíveis ISTs 463 Transtornos menstruais 464 Infertilidade 464 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 465 Perspectivas sobre a cognição adulta 465 131 Pesquisa em ação tecnologia de reprodução assistida 466 Além de Piaget novas formas de pensar na vida adulta 466 Schaie Modelo de desenvolvimento cognitivo para o ciclo de vida 468 Sternberg Insight e conhecimento prático 469 Inteligência emocional 470 Raciocínio moral 471 Cultura e raciocínio moral 471 132 Pesquisa em ação Desenvolvimento da fé ao longo da vida 472 Gênero e raciocínio moral 473 Educação e trabalho 474 A transição para a faculdade 475 O ingresso no mundo do trabalho 477 Resumo e palavraschave 480 Capítulo 14 Desenvolvimento psicossocial no início da vida adulta e no adulto jovem 482 Início na vida adulta padrões e tarefas 484 Caminhos variados para a vida adulta 484 141 Pesquisa em ação Os mileniais 485 Desenvolvimento da identidade no início da vida adulta 485 Desenvolvendo relacionamentos adultos com os pais 487 Desenvolvimento da personalidade quatro perspectivas 488 Modelos do estágio normativo 489 Modelo do momento dos eventos 490 Modelos de traço os cinco fatores de Costa e McCrae 491 Modelos tipológicos 493 As bases dos relacionamentos íntimos 494 Amizade 494 Amor 495 Estilos de vida conjugais e não conjugais 496 Vida de solteiro 496 Relacionamentos homossexuais 497 Concubinato 498 Casamento 499 Paternidadematernidade 502 A paternidadematernidade como experiência do desenvolvimento 502 Como as famílias em que ambos os cônjuges trabalham lidam com a questão 504 Quando o casamento chega ao fim 505 Divórcio 505 142 Pesquisa em ação Violência nas relações íntimas 506 Novo casamento e a condição de padrastomadrasta 507 Resumo e palavraschave 508 Vida Adulta Intermediária Capítulo 15 Desenvolvimento físico e cognitivo na vida adulta intermediária 510 A vida adulta intermediária um construto social 512 DESENVOLVIMENTO FÍSICO 514 Transformações físicas 514 Funcionamento sensorial e psicomotor 514 O cérebro na meiaidade 515 Transformações estruturais e sistêmicas 516 Sexualidade e funcionamento reprodutivo 517 Saúde física e mental 519 151 Janela para o mundo Diferenças culturais na experiência das mulheres na menopausa 520 Tendências de saúde na meiaidade 520 Influências comportamentais sobre a saúde 521 Nível socioeconômico e saúde 522 Raçaetnia e saúde 523 Gênero e saúde 523 O estresse na meiaidade 527 Emoções e saúde 528 parte Papaliainiciaisindd 16 Papaliainiciaisindd 16 080213 0814 080213 0814 Sumário Detalhado 17 Saúde mental 529 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 531 Medindo as capacidades cognitivas na meiaidade 531 Schaie o estudo longitudinal de Seattle 531 Horn e Cattell inteligências fluida e cristalizada 532 O caráter distinto da cognição do adulto 533 O papel da especialização 533 Pensamento integrativo 534 Criatividade 535 Características dos realizadores criativos 535 Criatividade e idade 535 Trabalho e educação 536 Trabalho versus aposentadoria precoce 536 Trabalho e desenvolvimento cognitivo 536 O aprendiz maduro 537 Resumo e palavraschave 538 Capítulo 16 Desenvolvimento psicossocial na vida adulta intermediária 540 A trajetória de vida na meiaidade 542 161 Janela para o mundo Uma sociedade sem meiaidade 543 Mudança da meiaidade abordagens teóricas 543 Modelos de traço 544 Modelos do estágio normativo 544 O momento dos eventos o relógio social 547 O self na meiaidade problemas e temas 547 Existe a crise da meiaidade 547 Desenvolvimento da identidade 548 Bemestar psicológico e saúde mental positiva 551 Relacionamentos na meiaidade 554 Teorias do contato social 554 Relacionamentos gênero e qualidade de vida 555 Relacionamentos consensuais 555 Casamento 555 Coabitação 556 Divórcio 556 Estado civil bemestar e saúde 557 Relacionamentos homossexuais 558 Amizades 559 Relacionamentos com filhos maduros 559 Filhos adolescentes problemas para os pais 560 Quando os filhos vão embora o ninho vazio 560 Cuidando de filhos crescidos 561 Prolongamento da parentalidade o ninho atravancado 561 Outros laços de parentesco 562 Relacionamentos com pais idosos 562 Relacionamentos com irmãos 564 Tornandose avós 564 Resumo e palavraschave 567 Vida Adulta Tardia Capítulo 17 Desenvolvimento físico e cognitivo na vida adulta tardia 570 A velhice hoje 572 O envelhecimento da população 572 Do idoso jovem ao idoso mais velho 573 DESENVOLVIMENTO FÍSICO 574 Longevidade e envelhecimento 574 Tendências e fatores na expectativa de vida 574 Por que as pessoas envelhecem 576 171 Pesquisa em ação Centenários 579 Por quanto tempo a vida pode ser prolongada 579 Mudanças físicas 581 Mudanças orgânicas e sistêmicas 581 O envelhecimento do cérebro 582 Funções sensoriais e psicomotoras 583 O sono 585 Funções sexuais 585 Saúde física e mental 586 Condições de saúde 586 Doenças crônicas e deficiências 586 Influências do estilo de vida na saúde e na longevidade 587 Problemas comportamentais e mentais 589 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 594 Aspectos do desenvolvimento cognitivo 594 Inteligência e habilidades de processamento 594 Memória como ela se altera 597 Sabedoria 600 Resumo e palavraschave 601 Capítulo 18 Desenvolvimento psicossocial na vida adulta tardia 604 Teoria e pesquisa sobre o desenvolvimento da personalidade 606 parte Papaliainiciaisindd 17 Papaliainiciaisindd 17 080213 0815 080213 0815 18 Sumário Detalhado Erik Erikson questões e tarefas normativas 607 O modelo dos cinco fatores traços de personalidade na velhice 607 O bemestar na vida adulta tardia 609 Enfrentamento coping e saúde mental 609 Modelos de envelhecimento bemsucedido ou ideal 611 Questões práticas e sociais relacionadas ao envelhecimento 614 Trabalho e aposentadoria 614 181 Janela para o mundo Envelhecendo na Ásia 615 Como os idosos lidam com o aspecto financeiro 617 Esquemas de vida 618 Relacionamentos pessoais na terceira idade 622 Teorias do contato social e do apoio social 622 A importância dos relacionamentos sociais 623 A família multigeracional 623 Relacionamentos conjugais 624 Casamento de longa duração 624 Viuvez 626 Divórcio e novo casamento 626 Estilos de vida e relacionamentos não conjugais 627 Vida de solteiro 627 Coabitação 627 Relacionamentos homossexuais 628 Amizades 628 Laços de parentesco não conjugais 629 Relacionamentos com filhos adultos 629 182 Pesquisa em ação Maustratos com idosos 630 Relacionamentos com irmãos 631 Bisavós 631 Resumo e palavraschave 632 O Fim da Vida Capítulo 19 Lidando com a morte e o sentimento de perda 634 Os diversos significados da morte e do morrer 636 Contexto cultural 636 A revolução da mortalidade 637 Assistência ao doente terminal 637 Enfrentando a morte e as perdas 638 Mudanças físicas e cognitivas que precedem a morte 638 Confrontando a própria morte 639 Padrões de luto 639 191 Pesquisa em ação Perda ambígua 641 Atitudes em relação à morte e ao morrer durante o curso da vida 642 Perdas significativas 644 A perda do cônjuge 644 A perda de um dos pais na idade adulta 645 A perda de um filho 647 O luto de um aborto espontâneo 647 Questões médicas legais e éticas o direito à morte 648 Suicídio 648 Apressando a morte 650 Encontrando significado e propósito para a vida e para a morte 654 Reavaliação de vida 655 Desenvolvimento um processo para a vida toda 655 Resumo e palavraschave 656 Glossário 659 Referências 669 Créditos 759 Índice onomástico 763 Índice remissivo 785 parte Papaliainiciaisindd 18 Papaliainiciaisindd 18 080213 0815 080213 0815 Desenvolvimento Humano e as Metas da APA Metas e realizações de aprendizagem da APA Conteúdo de Desenvolvimento Humano 1 Conhecimento básico em psicologia Demonstrar familiaridade com os principais conceitos perspectivas teóricas descobertas empíricas e tendências históricas em psicologia 11 Caracterizar a natureza da psicologia como disciplina 12 Demonstrar conhecimento e entendimento na repre sentação da amplitude e profundidade em determina das áreas da psicologia 13 Usar os conceitos a linguagem e as principais teorias da disciplina para explicar os fenômenos psicológicos 14 Explicar as principais abordagens da psicologia pex behaviorista biológica cognitiva evolucionista hu manista psicodinâmica e sociocultural Cap 1 Estudando o Ciclo de Vida p 36 O Estudo do Desenvolvimento Hu mano Conceitos Básicos p 37 Hereditariedade Ambiente e Maturação p 42 Cap 2 Questões Teóricas Básicas p 5658 Cap 5 Estudando o Desenvolvimento Cognitivo Seis Abordagens p 170 Os Seis Subestágios do Estágio SensórioMotor do Desenvolvimento Cogni tivo de Piaget p 177 Cap 6 Emoções p 208213 Estudando Padrões do Temperamento p 213 216 Cap 7 Abordagem Piagetiana A Criança PréOperatória p 259 Cap 9 Abordagem Piagetiana A Criança OperatóriaConcreta p 324 Abor dagem do Processamento de Informação Planejamento Atenção e Memória p 329332 Abordagem Psicométrica Avaliação da Inteligência p 332333 Cap 11 Estágio Operatórioformal de Piaget p 404 Cap 14 Desenvolvimento da Personalidade Quatro Perspectivas p 488493 Cap 16 Mudanças da MeiaIdade Abordagens Teóricas p 543547 Cap 17 Teorias sobre o Envelhecimento Biológico p 577 Cap 18 Teoria e Pesquisa sobre o Desenvolvimento da Personalidade p 606608 2 Métodos de pesquisa em psicologia Entender e aplicar métodos de pesquisa básicos em psicologia incluindo projeto de pesquisa análise de dados e interpretação 21 Descrever as características básicas da ciência da psi cologia 22 Explicar os diferentes métodos de pesquisa usados pe los psicólogos 23 Avaliar a adequação de conclusões derivadas da pes quisa psicológica 24 Elaborar e conduzir estudos básicos para tratar de questões psicológicas com o uso de métodos de pes quisa apropriados 25 Seguir os Códigos de Ética da APA no tratamento de participantes humanos e não humanos na elaboração coleta de dados interpretação e registro da pesquisa científica 26 Gerar conclusões devidamente baseadas nos parâme tros de métodos específicos de pesquisa Cap 1 Pesquisa em Ação Existe um Período Crítico para a Aquisição da Lin guagem p 50 Cap 2 Modelos Básicos de Pesquisa p 7479 Janela para o Mundo Objeti vos da Pesquisa Transcultural p 76 Ética na Pesquisa p 8182 Cap 3 Pesquisa em Ação Testes Genéticos p 98 Cap 4 Pesquisa em Ação A Epidemia de Autismo p 154155 Cap 5 Pesquisa em Ação Bebês e Crianças Pequenas Veem Muita Televi são p 186 Cap 6 Pesquisa em Ação Como a Depressão PósParto Afeta o Desenvolvi mento Inicial p 226 Cap 7 Pesquisa em Ação Segurança Alimentar p 254 Cap 8 Pesquisa em Ação O Brincar Tem uma Base Evolucionista p 297 Cap 9 Pesquisa em Ação As Bonecas Barbie Afetam a Imagem Corporal das Meninas p 321 Cap 10 Pesquisa em Ação Conversando com as Crianças sobre Terrorismo e Guerra p 380 Cap 11 Pesquisa em Ação Multitarefa e Ger M p 415 Cap 12 Pesquisa em Ação Consequências das Redes Sociais p 443 Cap 13 Pesquisa em Ação Tecnologia de Reprodução Assistida p 466467 Cap 13 Pesquisa em Ação Desenvolvimento da Fé ao Longo da Vida p 472 Cap 14 Pesquisa em Ação Violência nas Relações Íntimas p 506 Cap 17 Pesquisa em Ação Centenários p 579 Cap 18 Pesquisa em Ação MausTratos com Idosos p 630 Cap 19 Pesquisa em Ação Perda Ambígua p 641 Papaliainiciaisindd 19 Papaliainiciaisindd 19 080213 0815 080213 0815 20 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Metas e realizações de aprendizagem da APA Conteúdo de Desenvolvimento Humano 3 Habilidades com o pensamento crítico em psicologia Respeitar e fazer uso do pensamento crítico e criativo da indagação cética e quando possível da abordagem científica para resolver problemas relacionados ao comportamento e aos processos mentais 31 Utilizar o pensamento crítico com eficácia 32 Empenharse no pensamento criativo 33 Usar o raciocínio para reconhecer desenvolver defen der e criticar argumentos e para outros recursos persu asivos 34 Abordar problemas com eficácia Cap 1 p 36 p 48 Cap 2 Ética na Pesquisa p 8182 Cap 3 Pesquisa em Ação Testes Genéticos p 98 p 100 Cap 5 p 190 Cap 7 p 271 Cap 8 p 286 p 302 Cap 10 p 366 A Violência na Mídia Eletrônica Estimula a Agressividade p 372374 Cap 11 p 401 Cap 13 Pesquisa em Ação Desenvolvimento da Fé ao Longo da Vida p 472 Cap 17 p 580 4 Aplicação da psicologia Entender e aplicar os princípios da psicologia a questões individuais sociais e organizacionais 41 Descrever as principais áreas aplicadas p ex clínica aconselhamento industrial organizacional escola etc e as áreas aplicadas emergentes da psicologia p ex saúde forense mídia militar etc 42 Identificar as aplicações apropriadas da psicologia na resolução de problemas 43 Articular como os princípios psicológicos podem ser usados para explicar questões sociais e informar polí ticas públicas 44 Aplicar conceitos teorias e resultados de pesquisa da psicologia conforme se relacionem à vida cotidiana 45 Reconhecer que situações eticamente complexas po dem resultar da aplicação de princípios psicológicos Cap 2 p 157 Ética na Pesquisa p 8182 Cap 3 Qual é a Causa dos Nascimentos Múltiplos p 8788 A Necessidade de Assistência no Período PréConcepção p 122 Cap 6 Janela para o Mundo As Brigas entre Irmãos São Necessárias p 230 Cap 7 Prevenção da Obesidade p 252253 Pesquisa em Ação Segurança Alimentar p 254 Cap 9 Raciocínio Moral p 328 Cap 10 Pesquisa em Ação Passe o Leite Refeições Familiares e o BemEstar da Criança p 359 Agressão e Intimidação Bullying p 371375 Cap 11 Necessidades e Distúrbios do Sono p 395 Transtornos da Nutrição e Alimentação p 395399 Cap 12 A Rebeldia Adolescente É um Mito p 435436 Cap 17 Lista de Verificação para Evitar Quedas em Casa p 585 Sinais de Alerta para AVC p 587 Mal de Alzheimer versus Comportamento Normal p 591 Cap 18 Questões Práticas e Sociais Relacionadas ao Envelhecimento p 614622 Esquemas de Moradia Coletiva para Idosos p 621 Cap 19 Manifestações de Luto em Crianças p 643 Papaliainiciaisindd 20 Papaliainiciaisindd 20 080213 0815 080213 0815 Desenvolvimento Humano 21 Metas e realizações de aprendizagem da APA Conteúdo de Desenvolvimento Humano 5 Valores em psicologia Valorizar a evidência empírica tolerar ambiguidade agir com ética e refletir outros valores que formam a base da psicologia como ciência 51 Reconhecer a necessidade do comportamento ético em todos os aspectos da ciência e da prática da psico logia 52 Demonstrar um ceticismo razoável e curiosidade inte lectual ao formular perguntas sobre as causas do com portamento 53 Buscar e avaliar evidência científica para as afirmações da psicologia 54 Tolerar ambiguidade e perceber que as explicações psi cológicas geralmente são complexas e provisórias 55 Reconhecer e respeitar a diversidade humana 56 Avaliar e justificar seu engajamento em relação às res ponsabilidades civis sociais e globais 57 Entender as limitações do conhecimento e das habili dades psicológicas Cap 1 Janela para o Mundo Crianças de Famílias de Imigrantes p 46 Cap 2 Janela para o Mundo Objetivos da Pesquisa Transcultural p 76 Ética na Pesquisa p 8182 Cap 3 Pesquisa em Ação Testes Genéticos p 98 Cap 6 Gênero O Quanto Meninos e Meninas São Diferentes p 218219 Cap 7 Janela para o Mundo Sobrevivendo aos Primeiros Cinco Anos de Vida p 256257 Cap 8 Perspectivas do Desenvolvimento de Gênero p 289295 Cap 11 Janela para o Mundo A Globalização da Adolescência p 388389 Abandono da Escola p 415416 Cap 12 Orientação e Identidade Sexual p 428429 Cap 13 Pesquisa em Ação Desenvolvimento da Fé ao Longo da Vida p 472 Cap 15 Janela para o Mundo Diferenças Culturais na Experiência das Mu lheres na Menopausa p 520521 Cap 16 Janela para o Mundo Uma Sociedade sem MeiaIdade p 543 Rela cionamentos Homossexuais p 558559 Cap 18 Janela para o Mundo Envelhecendo na Ásia p 615 Cap 19 O Luto de um Aborto Espontâneo p 647648 6 Informação e conhecimento tecnológico Demonstrar competência informacional e a capacidade de usar computadores e outras tecnologias para diversos objetivos 61 Demonstrar competência informacional em cada eta pa do seguinte processo a Formular um tópico pesquisável que possa ser sus tentado por estratégias de busca em banco de dados b Localizar e escolher fontes pertinentes na mídia apro priada o que pode incluir dados e perspectivas fora da psicologia tradicional e dos limites do Ocidente c Usar fontes selecionadas após avaliar sua conveniên cia baseandose em 1 Adequação precisão qualidade e valor da fonte 2 Viés potencial da fonte 3 O valor relativo das fontes primárias versus fon tes secundárias fontes empíricas versus fontes não empíricas e fontes analisadas pelos pares versus fontes não analisadas pelos pares d Ler e resumir com precisão a literatura científica geral da psicologia 62 Usar software apropriado para produzir registros com preensíveis da literatura psicológica métodos e aná lises estatísticas e qualitativas no estilo APA ou em outro estilo incluindo representação gráfica de dados 63 Usar a informação e a tecnologia com ética e respon sabilidade 64 Demonstrar as seguintes habilidades com o compu tador a Usar processador de texto banco de dados email planilha eletrônica e programas de análise de dados b Buscar informação de alto nível na web c Usar as normas de conduta e as salvaguardas de segu rança ao se comunicar através de email Cap 1 p 36 Cap 12 Pesquisa em Ação Consequências das Redes Sociais p 443 Papaliainiciaisindd 21 Papaliainiciaisindd 21 080213 0815 080213 0815 22 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Metas e realizações de aprendizagem da APA Conteúdo de Desenvolvimento Humano 7 Habilidades de comunicação Comunicarse com eficácia em diversos formatos 71 Demonstrar habilidades de redação em vários forma tos p ex dissertações correspondência artigos cien tíficos observações e para vários propósitos p ex informar defender explicar persuadir argumentar ensinar 72 Demonstrar habilidades de comunicação oral em várias situações p ex discussão em grupo debate palestra e para vários propósitos p ex informar de fender explicar persuadir argumentar ensinar 73 Exibir conhecimento quantitativo Demonstrar habili dades de comunicação interpessoal 74 Exibir capacidade de colaborar com eficácia Cap 1 p 45 Cap 2 p 58 Cap 2 Modelos Básicos de Pesquisa p 7576 Cap 5 Desenvolvimento da Linguagem p 193 Cap 16 Relacionamentos com Filhos Maduros p 559561 Cap 18 Linguagem Dirigida a Idosos p 609 Cap 19 Ajudando Aquele que Perdeu um Ente Querido p 642 8 Consciência sociocultural e internacional Reconhecer entender e respeitar a complexidade da diversidade sociocultural e internacional 81 Interagir com eficácia e sensibilidade com pessoas de diversas origens e perspectivas culturais 82 Examinar os contextos socioculturais e internacionais que influenciam as diferenças individuais 83 Explicar como as diferenças individuais influenciam crenças valores e interações com outras pessoas e viceversa 84 Entender como privilégio poder e opressão podem afetar preconceito discriminação e desigualdade Re conhecer atitudes preconceituosas e comportamen tos discriminatórios que possam existir em si próprios e nos outros Cap 2 Janela para o Mundo Objetivos da Pesquisa Transcultural p 76 Cap 3 Disparidades na Assistência PréNatal p 122 Cap 4 Um Ambiente Favorável Pode Compensar os Efeitos de Complica ções no Nascimento p 141142 Cap 6 Janela para o Mundo As Brigas entre Irmãos São Necessárias p 230 Cap 7 Nível Socioeconômico e RaçaEtnia p 255257 Janela para o Mun do Sobrevivendo aos Primeiros Cinco Anos de Vida p 256257 Falta de Mo radia p 257258 Cap 10 Pesquisa em Ação Conversando com as Crianças sobre Terrorismo e Guerra p 380 Cap 11 Janela para o Mundo A Globalização da Adolescência p 388389 Cap 12 Fatores Étnicos na Formação da Identidade p 426 Tornandose um Delinquente Fatores Genéticos e Neurológicos p 444 Cap 13 Cultura e Raciocínio Moral p 471 473 Pesquisa em Ação Desen volvimento da Fé ao Longo da Vida p 472 Cap 14 Pesquisa em Ação Violência nas Relações Íntimas p 506 Cap 15 Janela para o Mundo Diferenças Culturais na Experiência das Mu lheres na Menopausa p 520521 RaçaEtnia e Saúde p 523 Cap 16 Relacionamentos Homossexuais p 558559 Cap 18 Janela para o Mundo Envelhecendo na Ásia p 615 Papaliainiciaisindd 22 Papaliainiciaisindd 22 080213 0815 080213 0815 Desenvolvimento Humano 23 Metas e realizações de aprendizagem da APA Conteúdo de Desenvolvimento Humano 9 Desenvolvimento pessoal Desenvolver insight sobre o próprio comportamento e o das outras pessoas e os processos mentais e aplicar estratégias eficazes de autogestão e autoaperfeiçoamento 91 Refletir sobre suas experiências e encontrar significa do nelas 92 Aplicar princípios psicológicos para promover o de senvolvimento pessoal 93 Encenar estratégias de autogestão que maximizem consequências para a saúde 94 Exibir altos padrões de integridade pessoal com as outras pessoas 95 Procurar informações e experiências com diversas pessoas para melhorar a qualidade das soluções Cap 9 Pesquisa em Ação As Bonecas Barbie Afetam a Imagem Corporal das Meninas p 321 Cap 12 Desfechos da Gravidez na Adolescência p 433434 Pesquisa em Ação Consequências das Redes Sociais p 443 Cap 13 Questões Sexuais e de Reprodução p 462465 Cap 14 Pesquisa em Ação Violência nas Relações Íntimas p 506 Cap 15 Como o Estresse Afeta a Saúde p 529530 Cap 16 BemEstar Psicológico e Saúde Mental Positiva p 551554 Dimen sões de BemEstar Usadas na Escala de Ryff p 553 Cap 19 Encontrando Significado e Propósito para a Vida e para a Morte p 654656 10 Planejamento e desenvolvimento da carreira Seguir ideias realistas sobre como pôr em prática seu conhecimento habilidades e valores psicológicos na busca de uma profissão nos mais diversos ambientes 94 Exibir altos padrões de integridade pessoal com as outras pessoas 101 Aplicar o conhecimento de psicologia p ex estraté gias de decisão processos do ciclo de vida avaliação psicológica tipos de carreiras psicológicas ao formu lar escolhas de carreira 102 Identificar os tipos de experiência acadêmica e de sempenho em psicologia e em artes liberais que faci litarão a entrada no mercado de trabalho educação pósbacharelado ou ambos 103 Descrever os passos preferidos da carreira com base na autoavaliação precisa das aptidões realizações motivação e hábitos de trabalho 104 Identificar e desenvolver habilidades e experiências pertinentes para a realização de metas selecionadas na carreira 105 Articular como a mudança nas necessidades socie tais pode influenciar oportunidades na carreira e promover a flexibilidade no gerenciamento de con dições em constante transformação 106 Demonstrar a compreensão da importância da aprendizagem constante e da flexibilidade pessoal para sustentar o desenvolvimento individual e profis sional na medida que evolui a natureza do trabalho Cap 1 Desenvolvimento Humano Um Campo em Constante Evolução p 3637 Cap 11 Preparação para a Educação Superior ou as Vocações p 416418 Cap 13 A Transição para a Faculdade p 475477 Cap 15 Trabalho e Educação p 536538 Trabalho e Desenvolvimento Cognitivo p 536 Papaliainiciaisindd 23 Papaliainiciaisindd 23 080213 0815 080213 0815 Pesquisa em Ação Experimente o impacto dos estudos mais recentes na área com os textos de Pesquisa em Ação A vinculação da pesquisa ao cotidiano demonstra tanto a pertinência quanto a natureza dinâmica dessa área do conhecimento Desenvolvimento Humano 151 pesquisa em ação LIÇÕES DA NEUROCIÊNCIA Embora já soubéssemos há algum tempo que as experiências dos primeiros anos de vida podem causar um profundo impac to sobre quem somos e sobre quem nos tornamos a neurociên cia e a pesquisa comportamental estão começando a esclarecer como o próprio desenvolvimento do cérebro é moldado por esses processos Com base em décadas de investigação cientí fica o Simpósio Nacional sobre Ciência e Diretrizes da Segunda Infância publicou uma série de breves resumos a respeito dos conceitos básicos sobre desenvolvimento do cérebro nessa fase Cinco conceitos básicos são especificados 1 O cérebro é construído ao longo do tempo de baixo para cima O cérebro não emerge totalmente formado na ida de adulta Sua construção começa no período fetal e con tinua num ritmo altamente acelerado durante a segunda infância O cérebro é construído a partir de milhões de influências e interações que ocorrem em nossas vidas E nossas habilidades passam a funcionar de uma forma prescrita e organizada primeiro sensação e percepção depois linguagem e funções cognitivas 2 A influência interativa dos genes e da experiência molda o desenvolvimento do cérebro Embora o debate natureza experiência certamente seja anterior à existência do pró prio campo da psicologia a pesquisa sobre o desenvolvi mento inicial do cérebro tem destacado a importância do nâmico que funciona como um todo integrado Não há cérebro esquerdo e cérebro direito existe apenas um cérebro Todas as áreas do nosso desenvolvimento estão do mesmo modo relacionadas Por exemplo quando não se sentem seguros e amados os bebês estão menos pro pensos a explorar seu ambiente limitando suas habilida des de aprender sobre o mundo 5 O estresse tóxico prejudica o desenvolvimento da arquitetu ra do cérebro podendo resultar em problemas permanen tes de aprendizagem comportamento e de saúde física e mental Nosso corpo está bem adaptado para lidar com estressores de tempo limitado mas não é feito para tra tar com eficácia o estresse crônico O estresse de longo prazo é muito prejudicial ao corpo como um todo e pode causar forte impacto especialmente em cérebros jovens Infelizmente muitas crianças estão expostas a níveis tóxi cos de estresse por meio de fatores como pobreza abuso ou negligência e pais com doença mental Como essas descobertas se traduzem em ações no mundo O Simpósio Nacional sobre Ciência e Diretrizes da Segunda In fância tem utilizado esses conceitos básicos para desenvolver uma série de recomendações para intervenções na segunda infância Primeiro o trabalho sobre plasticidade sugere que quanto mais cedo a intervenção mais eficaz ela será Segundo 41 Janela para o Mundo Os textos de Janela para o Mundo incluem a pesquisa transcultural e exploram o modo como uma questão é tratada ou vivenciada em uma ou mais culturas de várias partes do mundo 388 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman para o mund A GLOBALIZAÇÃO DA ADOLESCÊNCIA Os jovens hoje vivem em uma comunidade global em uma rede de interconexões e interdependências Bens informações imagens eletrônicas músicas diversão e modas passageiras es palhamse quase instantaneamente ao redor do planeta Jovens ocidentais dançam ritmos latinos e meninas árabes inspiramse nas imagens românticas do cinema indiano Jovens maoris na Nova Zelândia escutam o rap afroamericano para simbolizar sua separação da sociedade adulta A adolescência não é mais somente um fenômeno ocidental A globalização e a modernização acionaram mudanças sociais em todo o mundo Entre essas mudanças estão a urbanização vidas mais longas e mais saudáveis taxas de nascimento reduzi das e famílias menores A puberdade mais precoce e o casamen to mais tardio estão se tornando cada vez mais comuns Mais mulheres e menos crianças trabalham fora de casa A rápida disseminação de tecnologias avançadas tornou o conhecimen to um recurso valorizado Os jovens necessitam de mais esco larização e habilidades para ingressar no mercado de trabalho Juntas essas mudanças resultam em uma fase de transição es tendida entre a infância e a idade adulta A puberdade em países menos desenvolvidos era marca da tradicionalmente por ritos de iniciação como a circuncisão Hoje os adolescentes nesses países são cada vez mais iden tificados por suas posições como estudantes separados do nos a seguir os passos de seus pais e seus conselhos Quando trabalham eles tendem mais a trabalhar em fábricas do que na fazenda da família Isto não significa que a adolescência é a mesma no mundo todo A mão forte da cultura molda seu significado diferen temente em diferentes sociedades Nos Estados Unidos os adolescentes estão passando menos tempo com seus pais e confiando menos neles Na Índia os adolescentes podem usar roupas ocidentais e usar computadores mas eles mantêm vín culos familiares fortes e suas decisões de vida frequentemente são influenciadas por valores hindus tradicionais Nos países ocidentais meninas adolescentes tentam ser o mais magras possível Na Nigéria e em outros países africanos a obesidade é considerada linda Em muitos países não ocidentais meninos e meninas ado lescentes parecem viver em dois mundos separados Em partes do Oriente Médio América Latina África e Ásia a puberdade traz mais restrições às meninas cuja virgindade deve ser pro tegida para preservar o status da família e garantir o casamento das meninas Os meninos por outro lado adquirem mais liber dade e mobilidade e suas explorações sexuais são toleradas pe los pais e admiradas por seus pares A puberdade intensifica a preparação para os papéis de gê nero que para as meninas na maior parte do mundo significa JANELA 111 Recursos Pedagógicos Papaliainiciaisindd 25 Papaliainiciaisindd 25 080213 0815 080213 0815 26 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Verificadores verificador você é capaz de Comparar cinco abordagens ao estudo do desenvolvi mento de gênero Avaliar a evidência de explica ções biológicas de diferenças de gênero Discutir como várias teorias explicam a aquisição de papéis de gênero e avaliar o apoio para cada teoria Os verificadores ajudam você a constatar se compreendeu os pontos mais importantes de cada seção Indicadores Indicadores é um sistema de aprendizagem abrangente que consiste num grupo coordenado de elementos que operam juntos para promover uma aprendizagem ativa no texto As metas de apren dizagem são claramente destacadas ao longo dos capítulos e resumidas para uma rápida revisão Como o autoconceito se desenvolve durante a segunda infância e como as crianças demonstram autoestima crescimento emocional e iniciativa indicad r resumo e palavraschave O desenvolvimento da identidade Como o autoconceito se desenvolve durante a segunda infância e como as crianças demonstram autoestima crescimento emocional e iniciativa O autoconceito sofre grandes mudanças na segunda infância De acordo com um modelo neopiagetiano a autodefinição passa de simples representações a mapea mentos representacionais Crianças pequenas não veem a diferença entre a identidade real e a identidade ideal A autoestima na segunda infância tende a ser global e irrealista refletindo a aprovação dos adultos A compreensão das emoções direcionadas à própria criança e das emoções simultâneas se desenvolve gra dualmente Segundo Erikson o conflito de desenvolvimento na segunda infância é o de iniciativa versus culpa A resolu ção bemsucedida desse conflito resulta em virtude do propósito autoconceito 284 autodefinição 284 representações únicas 285 identidade real 285 identidade ideal 285 a ser mais empáticas e prósociais e menos propensas a ter problemas comportamentais Algumas diferenças cognitivas aparecem já bem cedo outras só na préado lescência ou mais tarde As crianças aprendem os papéis de gênero bem cedo por meio da tipificação de gênero Os estereótipos de gênero atingem um ponto máximo durante os anos de préescola Cinco importantes perspectivas sobre o desenvolvi mento do gênero são a biológica a evolucionista a psi canalítica a cognitiva e a da aprendizagem social Evidências sugerem que algumas diferenças de gênero podem ser de base biológica A teoria evolucionista considera os papéis de gênero das crianças uma preparação para o comportamento de aca salamento adulto Na teoria freudiana a criança se identifica com o genitor do mesmo sexo depois de ter desistido do desejo de possuir o genitor do sexo oposto A teoria cognitivodesenvolvimental sustenta que a iden tidade de gênero se desenvolve sobre a consciência que se tem do próprio gênero Segundo Kohlberg a constân cia de gênero leva à aquisição de seus papéis A teoria do esquema de gênero sustenta que a criança categoriza as informações relacionadas ao gênero observando o que homens e mulheres fazem em sua cultura indicad r Palavraschave teoria da aprendizagem social Teoria segundo a qual os comporta mentos são aprendidos pela observa ção e imitação de modelos Também chamada de teoria social cognitiva determinismo recíproco Termo usado por Bandura para as forças bidirecionais que afetam o de senvolvimento aprendizagem observacional Aprendizagem por meio da observação do comportamento dos outros autoeficácia Percepção que a pessoa tem de sua própria capacidade de vencer desafios e atingir metas Palavraschave e suas respectivas definições aparecem nas margens das páginas ao longo dos capítulos e novamente no glossário ao fim do livro Papaliainiciaisindd 26 Papaliainiciaisindd 26 080213 0815 080213 0815 O estudo do desenvolvimento humano Nova cobertura sobre crianças de famílias de imigrantes Informação atualizada sobre estrutura familiar Estatísticas atualizadas sobre pobreza e pontos positivos nas famílias pobres Revisão da discussão sobre plasticidade Nova cobertura sobre raça e etnia Nascimento e desenvolvimento físico nos três primeiros anos Nova cobertura sobre neurociência Estatística e informações atualizadas sobre mortalidade materna Estatística e informações atualizadas sobre partos domés ticos Estatística e informações atualizadas sobre cesarianas Estatística e informações atualizadas sobre partos vaginais após cesarianas VBACs baixo peso natal nascimento de natimorto mortalidade infantil e padrões de crescimento Nova cobertura sobre complicações no parto Nova cobertura sobre taxas de mortalidade neonatal no mundo Nova cobertura sobre taxas de mortalidade infantil por raçaetnia materna Teoria e pesquisa Cobertura revisada sobre Piaget Cobertura revisada sobre a perspectiva evolucionista Cobertura revisada sobre métodos de pesquisa Desenvolvimento psicossocial nos três primeiros anos Cobertura atualizada sobre choro sorriso e risada Cobertura atualizada sobre comportamento altruísta Cobertura atualizada sobre regulação mútua Cobertura atualizada sobre os primeiros cuidados com a criança Nova cobertura sobre mães no mercado de trabalho Nova cobertura e estatísticas atualizadas sobre maustra tos com crianças Desenvolvimento cognitivo nos três primeiros anos Cobertura atualizada sobre bebês crianças pequenas e televisão Cobertura atualizada sobre eficácia dos programas de in tervenção precoce Cobertura atualizada sobre linguagem e alfabetização A formação de uma nova vida Cobertura atualizada sobre nascimentos múltiplos Discussão revisada sobre epigênese Cobertura atualizada sobre fatores que afetam a obesidade Cobertura atualizada sobre morte fetal Cobertura atualizada sobre capacidades fetais Cobertura atualizada sobre peso materno nutrição uso de medicamentos atividade física idade e desenvolvimento prénatal Cobertura atualizada sobre estresse materno ansiedade depressão e desenvolvimento prénatal Cobertura atualizada sobre assistência prénatal Cobertura atualizada sobre terapia gênica Nova cobertura sobre taxas de nascimento segundo a ida de da mãe 1 4 5 2 6 3 Esta é uma lista dos novos tópicos desta edição e do conteúdo que foi substancialmente revisado eou atualizado Mudanças no Conteúdo Papaliainiciaisindd 27 Papaliainiciaisindd 27 080213 0815 080213 0815 28 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Desenvolvimento físico e cognitivo na segunda infância Nova cobertura sobre segurança alimentar Cobertura atualizada sobre sobrevivência aos cinco primei ros anos de vida Nova seção sobre alergias alimentares Cobertura atualizada sobre o programa CHIP Cobertura atualizada sobre famílias sem moradia Cobertura atualizada sobre teoria da mente Cobertura atualizada sobre função executiva Novas seções sobre as abordagens de Montessori e Reggio Emilia sobre a préescola Cobertura atualizada sobre avaliação do programa Head Start Nova cobertura sobre taxas de mortalidade infantil e cau sas da morte Desenvolvimento físico e cognitivo na adolescência Nova cobertura sobre multitarefa e Geração Midiática Ger M Estatística atualizada sobre obesidade e depressão Estatística atualizada e tendências para usoabuso de dro gas e álcool Informação atualizada sobre morte na adolescência com ênfase em acidentes com veículos motores Informação atualizada sobre questões educacionais como desempenho e abandono da escola no ensino médio Nova seção sobre como a tecnologia afeta a aprendizagem Nova cobertura sobre o início da puberdade Nova cobertura sobre taxas de depressão Nova cobertura sobre transtornos da alimentação Desenvolvimento psicossocial na adolescência Nova cobertura sobre consequências das redes sociais Estatística atualizada sobre violência juvenil Informação atualizada sobre fatores étnicos na formação da identidade Informação atualizada sobre atividade sexual na adoles cência educação sexual e infecções sexualmente trans missíveis ISTs Informação atualizada sobre tendências relativas à gravi dez na adolescência Informação atualizada sobre relacionamento com os pais Nova seção sobre violência no namoro Informação atualizada sobre comportamento antissocial Nova cobertura sobre gravidez parto e taxas de aborto entre adolescentes Nova cobertura sobre a distribuição de partos de adoles centes por idade Desenvolvimento físico e cognitivo na terceira infância Material revisado sobre normas de crescimento e necessi dades do sono Cobertura atualizada sobre obesidade Nova seção sobre diabetes Material atualizado sobre desenvolvimento moral Material atualizado sobre a importância da memória de trabalho Material atualizado sobre como a cultura afeta o desenvol vimento cognitivo Crítica revisada sobre a teoria das inteligências múltiplas de Gardner Informação atualizada sobre a relação entre estilos de pa rentalidade temperamento da criança e suas consequên cias para a criança Informação atualizada sobre distúrbios de aprendizagem e TDAH Nova cobertura sobre mortes acidentais entre crianças Desenvolvimento psicossocial na terceira infância Nova cobertura sobre refeições familiares e o bemestar da criança Cobertura atualizada sobre empatia Cobertura atualizada sobre estilos de parentalidade e suas consequências Estatísticas atualizadas sobre pobreza e as diferentes estru turas familiares Informação atualizada sobre popularidade bullyingintimi dação e saúde mental na infância Nova cobertura sobre arranjos de moradia na família Nova cobertura sobre os efeitos da violência na mídia Desenvolvimento físico e cognitivo no início da vida adulta e no adulto jovem Cobertura atualizada sobre o início da vida adulta Cobertura atualizada sobre saúde obesidade nutrição importância da atividade e exercícios físicos tabagismo drogas e usoabuso de álcool Novas seções sobre transtornos da alimentação e estresse Cobertura atualizada sobre a importância do nível sócio econômico etnia e relacionamentos sociais para a saúde Cobertura atualizada sobre saúde mental Cobertura atualizada sobre atitudescomportamentos se xuais ISTs síndrome de tensão prémenstrual e infertili dade Cobertura atualizada sobre desenvolvimento moral Cobertura atualizada sobre a experiência na faculdade e o mercado de trabalho Nova cobertura sobre o uso não clínico de drogas 7 11 12 9 10 13 Papaliainiciaisindd 28 Papaliainiciaisindd 28 080213 0815 080213 0815 Desenvolvimento Humano 29 Desenvolvimento psicossocial no início da vida adulta e no adulto jovem Nova cobertura sobre os mileniais Estatística atualizada sobre violência nas relações íntimas Cobertura atualizada sobre o início da vida adulta Cobertura atualizada sobre o desenvolvimento da identi dade incluindo a identidade racial étnica Cobertura atualizada sobre relacionamento com os pais Cobertura atualizada sobre amizades incluindo o efeito Facebook Informação atualizada sobre vida de solteiro relaciona mentos homossexuais e coabitação Informação atualizada sobre casamento e relacionamen tos conjugais Informação atualizada sobre como a paternidadematerni dade afeta os relacionamentos conjugais Informação atualizada sobre divórcio Nova cobertura sobre taxas de casamento por país Nova cobertura sobre taxas de coabitação por país Desenvolvimento físico e cognitivo na vida adulta tardia Estatística atualizada sobre envelhecimento da população no mundo Estatística atualizada sobre expectativa de vida incluindo tendências de gênero e raçaetnia Informação atualizada sobre teorias de por que as pessoas envelhecem e até quando o tempo de vida pode ser es tendido Informação atualizada sobre mudanças orgânicas e sistê micas especialmente o envelhecimento do cérebro Informação atualizada sobre alterações sensoriais e psico motoras Informação atualizada sobre saúde física e mental incluin do deficiências Informação atualizada sobre demência especialmente as causas fatores de risco e tratamento do mal de Alzheimer Informação atualizada sobre inteligência e habilidades de processamento Informação atualizada sobre alterações na memória Desenvolvimento psicossocial na vida adulta tardia Informação atualizada sobre estabilidademudança da personalidade Informação atualizada sobre enfrentamento coping e saúde mental incluindo o bemestar Informação atualizada sobre modelos de envelhecimento bemsucedido Informação atualizada sobre questões práticas e sociais trabalho aposentadoria finanças e esquemas de vida Informação atualizada sobre relações pessoais durante a velhice Lidando com a morte e o sentimento de perda Informação atualizada sobre experiências de quasemorte Informação atualizada sobre suicídio Informação atualizada sobre eutanásia ativapassiva e sui cídio assistido Nova cobertura sobre pensamentos e comportamentos suicidas Desenvolvimento físico e cognitivo na vida adulta intermediária Informação atualizada sobre funcionamento sensorial Nova seção sobre o cérebro na meiaidade Informação atualizada sobre tendências de saúde e influên cias sobre a saúde tais como peso nível socioeconômico e outras Desenvolvimento psicossocial na vida adulta intermediária Informação atualizada sobre os modelos de traço no de senvolvimento da personalidade Informação atualizada sobre a importância da generativi dade Informação atualizada sobre satisfação com a vida Informação atualizada sobre casamento e saúde Informação atualizada sobre parentalidade incluindo o ninho vazio e a síndrome da porta giratória Informação atualizada sobre tornarse avôavó 14 17 18 19 15 16 Papaliainiciaisindd 29 Papaliainiciaisindd 29 080213 0815 080213 0815 Recursos Online Desenvolvimento Humano é acompanhado de um pacote completo de aprendizagem e ensino Cada componente desse pacote foi completamente revisado e expandido para incluir novos conteúdos im portantes PARA O ALUNO O hotsite do livro wwwgrupoacombrpapaliadesenvolvimentohumano12ed oferece aos alunos acesso a diversas ferramentas de aprendizagem incluindo quizzes de todos os capítulos para testar o conhecimento adquirido e uma tabela com um resumo dos aspectos mais importantes de cada período do desenvolvimento em por tuguês Confira também flashcards com termos importantes tópicos para estudo que destacam os pontos fundamentais de cada capítulo vídeos para ilustrar os conceitos básicos do desenvolvimento e guias sobre o desenvolvimento humano para futuros educadores e futuros enfermeiros em inglês PARA O PROFESSOR Os recursos para o professor estão disponíveis em wwwgrupoacombrpapalia desenvolvimentohumano12ed Slides em PowerPoint Essas apresentações cobrem os principais pontos de cada capítulo e incluem diagramas e gráficos do texto conteúdo em português Manual do professor Elaborado especificamente para a 12 a edição esse manual contém recursos valiosos tanto para professores novos quanto para aqueles mais experientes Organizado em torno dos Indicadores de Estudo o Manual do Professor oferece sugestões para introduções às aulas exercícios para o raciocínio crítico temas para redações ideias para estudo independente recur sos de vídeo e multimídia sugestões de leituras e recursos na web para cada capítulo conteúdo em inglês Banco de testes Esse abrangente banco de testes oferece mais de 2 mil questões de múltipla escolha e dissertativas Organizadas por capítulos as questões são elaboradas para testar o entendimento fac tual aplicado e conceitual Todas as questões estão relacionadas aos Indicadores de Estudo conteúdo em inglês Papaliainiciaisindd 31 Papaliainiciaisindd 31 080213 0815 080213 0815 Papalia01indd 33 Papalia01indd 33 010213 0924 010213 0924 Capítulo 1 pontos principais Desenvolvimento humano um campo em constante evolução O estudo do desenvolvimento humano conceitos básicos Influências no desenvolvimento Abordagem de Baltes ao desenvolvimento do ciclo de vida pontos principais você sabia que Em algumas sociedades não existe o conceito de adolescência nem o de meiaidade Hoje muitos acadêmicos concordam que o conceito de raça não tem base biológica As crianças pertencentes a grupos étnicos minoritários serão maioria por volta de 2023 Neste capítulo descrevemos como o próprio campo do desenvolvimento humano desenvolveuse Apresentamos as metas e os conceitos básicos da área identificamos os domínios do desenvolvimento humano e como se interrelacionam fazemos um resumo dos principais desenvolvimentos em cada período da vida e olhamos para as influências no desenvolvimento e os vários contextos em que ocorrem você sabia O Estudo do Desenvolvimento Humano Não há nada permanente exceto a mudança Heráclito fragmento século VI aC Papalia01indd 34 Papalia01indd 34 010213 0924 010213 0924 Papalia01indd 35 Papalia01indd 35 010213 0924 010213 0924 36 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Desenvolvimento humano um campo em constante evolução Desde o momento da concepção tem início nos seres humanos um processo de transformação que continuará até o final da vida Uma única célula se desenvolve até se tornar um ser vivo uma pessoa que respira anda e fala E embora essa célula única vá se tornar um indivíduo único as transforma ções que as pessoas experimentam durante a vida apresentam certos padrões em comum Os bebês crescem e se tornam crianças que crescem e se tornam adultos Igualmente as características huma nas têm padrões em comum Por exemplo entre 10 e 15 das crianças são coerentemente tímidas e outras 10 a 15 são muito ousadas Outras influências podem modificar esses traços mas eles tendem a persistir pelo menos em grau moderado especialmente em crianças que estão em um extremo ou em outro Isso é discutido com mais detalhes no Capítulo 8 O campo do desenvolvimento humano concentrase no estudo científico dos processos siste máticos de mudança e estabilidade que ocorrem nas pessoas Os cientistas do desenvolvimento ou desenvolvimentistas indivíduos empenhados no estudo profissional do desenvolvimento humano observam os aspectos em que as pessoas se transformam desde a concepção até a maturidade bem como as características que permanecem razoavelmente estáveis Quais são as características com mais chances de perdurar Quais têm mais chances de mudar e por quê Essas são algumas das per guntas que os cientistas do desenvolvimento procuram responder O trabalho dos cientistas do desenvolvimento pode causar um grande impacto na vida das pessoas Os resultados das pesquisas muitas vezes têm aplicações na criação educação e saúde das crianças e também nas diretrizes sociais em relação a elas Por exemplo pesquisadores em Boston descobriram que alunos que iam para a escola com fome ou sem os nutrientes essenciais em sua dieta tinham notas mais baixas e mais problemas emocionais e comportamentais do que seus colegas Depois que as escolas começaram um programa que incluía café da manhã os alunos participantes melhoraram suas notas de matemática faltaram e se atrasaram com menor frequência e tiveram me nos problemas emocionais e comportamentais Kleinman et al 2002 Murphy et al 1998 Pesquisas mostrando que o cérebro dos adolescentes ainda é imaturo motivaram propostas de que adolescentes acusados de crimes sejam isentos da pena de morte A compreensão do desenvolvimento adulto pode ajudar as pessoas a entender e lidar com as transições da vida a mulher que volta ao trabalho depois de sair da maternidade a pessoa que muda de carreira a viúva ou o viúvo lidando com sua perda alguém que enfrenta uma doença terminal ESTUDANDO O CICLO DE VIDA Os cientistas do desenvolvimento reconhecem que o desenvolvimento humano é um processo que dura a vida toda um conceito conhecido como desenvolvimento do ciclo de vida Estudos mais O que é desenvolvimento humano e como o seu estudo evoluiu indicad r desenvolvimento humano Estudo científico dos processos de transformação e estabilidade ao longo de todo o ciclo de vida humano Muitos sites na internet que tratam sobre parentalidade apresentam uma lista de marcos importantes que ajudam os pais a acompanhar o desenvolvimento de seu bebê Todos esses exemplos referemse a normas desenvolvimento do ciclo de vida Conceito sobre o desenvolvimento humano como um processo que dura a vida toda e que pode ser estudado cientificamente indicadores de estudo 1 O que é desenvolvimento humano e como o seu estudo evoluiu 2 O que os cientistas do desenvolvimento estudam 3 Que tipos de influência fazem uma pessoa ser diferente da outra 4 Quais são os sete princípios da abordagem ao desenvolvimento do ciclo de vida Papalia01indd 36 Papalia01indd 36 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 37 antigos como os Estudos de Stanford sobre Crianças Superdotadas que acom panharam o desenvolvimento de pessoas que haviam sido identificadas como tendo uma inteligência bem acima do normal desde a infância até a velhi ce os Estudos de Crescimento e Orientação de Berkeley e o Estudo sobre Crescimento do Adolescente de Oakland nos têm dado muitas informações sobre o desenvolvimento a longo prazo Mais recentemente a abordagem ao desenvolvimento do ciclo de vida de Paul B Baltes que veremos mais adiante neste capítulo fornece um abrangente arcabouço conceitual para esse estudo O DESENVOLVIMENTO HUMANO HOJE À medida que o campo do desenvolvimento humano tornavase uma disciplina científica seus objetivos passaram a incluir descrição explicação previsão e intervenção Por exemplo para descrever quando a maioria das crianças pro nuncia sua primeira palavra ou qual o tamanho de seu vocabulário numa certa idade os cientistas do desenvolvimento observam grandes grupos de crianças e estabelecem normas ou médias para o comportamento em várias idades Eles procuram assim explicar como as crianças adquirem a linguagem e por que al gumas crianças aprendem a falar mais tarde do que o usual Com esse conheci mento podemse prever comportamentos futuros tais como a probabilidade de uma criança ter sérios problemas com a fala Finalmente o conhecimento de como a linguagem se desenvolve pode ser utilizado para intervir no desenvol vimento por exemplo disponibilizando terapia fonoaudiológica para a criança O estudo científico do desenvolvimento humano está em constante evolução As questões que os cientistas tentam responder os métodos que utilizam e as explicações que propõem são mais sofisticados e mais diversificados do que eram há dez anos Essas mudanças refletem progresso no entendimento à medida que novas investigações questionam ou se apoiam naquelas que as antece deram Também refletem avanços na tecnologia Instrumentos sensíveis que medem os movimentos dos olhos ritmo cardíaco tensão muscular e coisas do gênero estão revelando interessantes conexões entre funções biológicas e inteligência infantil A tecnologia digital e os computadores permitem aos pesquisadores escanear as expressões faciais em busca dos primeiros sinais de emoções e analisar como mães e bebês se comunicam Avanços nas técnicas de imageamento possibilitam sondar os mistérios do temperamento ou comparar o cérebro de um idoso com o cérebro de uma pessoa com demência Quase desde o começo o estudo do desenvolvimento humano tem sido interdisciplinar Alimen tase de um amplo espectro de disciplinas que incluem psicologia psiquiatria sociologia antropologia biologia genética ciência da família estudo interdisciplinar sobre as relações familiares educação história e medicina Este livro traz descobertas de pesquisas em todas essas áreas O estudo do desenvolvimento humano conceitos básicos Os cientistas do desenvolvimento estudam os processos de mudança e estabilidade em todos os domí nios ou aspectos do desenvolvimento durante todos os períodos do ciclo de vida DOMÍNIOS DO DESENVOLVIMENTO Os cientistas do desenvolvimento estudam os três principais domínios ou aspectos do eu físico cog nitivo e psicossocial O crescimento do corpo e do cérebro as capacidades sensoriais as habilidades motoras e a saúde fazem parte do desenvolvimento físico Aprendizagem atenção memória lin guagem pensamento raciocínio e criatividade compõem o desenvolvimento cognitivo Emoções personalidade e relações sociais são aspectos do desenvolvimento psicossocial Embora neste livro tratemos separadamente do desenvolvimento físico cognitivo e psicossocial esses domínios estão interrelacionados cada aspecto do desenvolvimento afeta os outros Como já O que os cientistas do desenvolvimento estudam indicad r desenvolvimento físico Crescimento do corpo e do cérebro incluindo os padrões de mudança nas capacidades sensoriais habilidades motoras e saúde desenvolvimento cognitivo Padrão de mudança nas habilidades mentais tais como aprendizagem atenção memória linguagem pensa mento raciocínio e criatividade desenvolvimento psicossocial Padrão de mudança nas emoções per sonalidade e relações sociais As técnicas de imageamento cerebral como a resso nância magnética funcional fMRI a tomografia por emissão de pósitron PET e o eletroencefalograma EEG são usadas para mapear a localização de cer tos processos mentais nesse órgão verificador você é capaz de Dar exemplos de aplicações práticas de pesquisas sobre desenvolvimento humano Identificar quatro metas do estudo científico do desenvol vimento humano Citar pelo menos seis discipli nas envolvidas no estudo do desenvolvimento humano Papalia01indd 37 Papalia01indd 37 010213 0924 010213 0924 38 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman disse um pesquisador O cérebro trabalha melhor o pensamento é mais lúcido o humor mais alegre e a vulnerabilidade à doença diminui se estivermos fisicamente em forma Diamond 2007 p 153 Por exemplo uma criança com frequentes infecções no ouvido poderá desenvolver mais lentamente a linguagem do que outra que não tem esse problema físico Durante a puberdade mudanças físicas e hormonais dramáticas afetam o desenvolvimento do senso de identidade Ao contrário mudanças físicas no cérebro de alguns adultos idosos podem levar a uma deterioração intelectual e da persona lidade Avanços e declínios cognitivos estão intimamente relacionados a fatores físicos emocionais e sociais Uma criança precoce no desenvolvimento da linguagem poderá provocar reações positivas nos outros e assim ter ganhos em termos de autovalor O desenvolvimento da memória reflete ganhos ou perdas nas conexões físicas do cérebro Um adulto que tem dificuldade para lembrar os nomes das pessoas pode sentirse tímido em situações sociais O desenvolvimento psicossocial pode afetar o funcionamento cognitivo e físico De fato sem co nexões sociais significativas a saúde física e mental terá problemas A motivação e a autoconfiança são fatores importantes para o sucesso na escola enquanto emoções negativas como a ansiedade podem prejudicar o desempenho Pesquisadores chegaram a identificar possíveis ligações entre uma persona lidade conscienciosa e a duração da vida Inversamente as capacidades física e cognitiva podem afetar o desenvolvimento psicossocial além de contribuir significativamente para a autoestima e poder afetar a aceitação social e a escolha profissional Embora por uma questão de simplicidade consideremos separadamente os desenvolvimentos físico cognitivo e psicossocial tratase de um processo unificado Ao longo do texto serão destacadas as conexões entre os três principais domínios do desenvolvimento PERÍODOS DO CICLO DE VIDA A divisão do ciclo de vida em períodos é uma construção social um conceito ou prática que pode parecer natural e óbvio àqueles que o aceitam mas na realidade é uma invenção de uma determinada cultura ou sociedade Não há nenhum momento objetivamente definível em que uma criança se torna adulta ou um jovem tornase velho De fato o próprio conceito de infância pode ser visto como uma construção social Ao contrário da relativa liberdade que têm as crianças hoje nos Estados Unidos as crianças pequenas no período colonial eram tratadas até certo ponto como pequenos adultos e espera vase delas que fizessem tarefas de adultos como tricotar meias e fiar a lã Ehrenreich e English 2005 Pais da etnia inuit no Ártico canadense acreditam que crianças pequenas não são capazes de pensar e Infecções no ouvido são a causa mais comum de atraso no desenvolvimento da fala em crianças pequenas Essas infecções preenchem o ouvido interno com um líquido dificultando a audição do bebê e portanto o aprendizado da linguagem construção social Conceito ou prática que pode parecer natural e óbvio àqueles que o aceitam mas que na realidade é uma invenção de uma determinada cultura ou so ciedade Estas crianças estão empenhadas em todos os três domínios do desenvolvimento percepção sensorial desenvolvimento físico aprendizagem desenvolvimento cognitivo e construção de relações sociais desenvolvimento psicossocial Papalia01indd 38 Papalia01indd 38 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 39 raciocinar e portanto são lenientes quando os filhos choram ou ficam bravos Mas os pais da ilha de Tonga no Pacífico costumam bater nas crianças de 3 a 5 anos cujo choro é atribuído à teimosia O conceito de adolescência como um período único de desenvolvimento nas sociedades indus triais é bem recente Nos Estados Unidos até o começo do século XX os jovens eram considerados crianças até deixarem a escola casarem ou arranjarem um emprego e entrarem no mundo adulto Por volta da década de 1920 com a criação de escolas de ensino médio para satisfazer às necessidades de uma economia em crescimento e com mais famílias capacitadas para sustentar uma educação formal ampliada para seus filhos a fase da adolescência tornouse um período distinto do desenvolvimento Keller 1999 Em algumas sociedades préindustriais como a dos índios chippewa o conceito de ado lescência não existe Os chippewa têm apenas dois períodos na infância do nascimento até quando a criança começa a andar e daí até a puberdade Aquilo que chamamos de adolescência faz parte da vida adulta Broude 1995 Conforme veremos no Capítulo 16 os gusii do Quênia não têm nenhum conceito de meiaidade Neste livro seguimos uma sequência de oito períodos geralmente aceitos nas sociedades indus triais ocidentais Depois de descrever as mudanças cruciais que ocorrem no primeiro período antes do nascimento traçamos todos os três domínios do desenvolvimento na primeira infância segunda infância terceira infância adolescência início da vida adulta vida adulta intermediária e vida adulta tardia Tabela 11 Para cada período após a primeira infância combinamos o desenvolvimento físico e o cognitivo num único capítulo As faixas etárias mostradas na Tabela 11 são aproximadas e um tanto arbitrárias Isso é verda deiro especialmente em relação à idade adulta quando não há referenciais sociais ou físicos bem definidos tais como o ingresso na escola ou a entrada na puberdade para sinalizar a passagem de um período para o outro Embora existam diferenças individuais na maneira como as pessoas lidam com eventos e ques tões características de cada período os cientistas do desenvolvimento sugerem que certas necessi dades básicas precisam ser satisfeitas e certas tarefas precisam ser dominadas para que ocorra um desenvolvimento normal Os bebês por exemplo dependem dos adultos para comer vestirse e obter abrigo além de contato humano e afeição Eles formam vínculos com os pais e cuidadores que também se apegam a eles Com o desenvolvimento da fala e da autolocomoção os bebês tornamse mais autoconfiantes eles precisam afirmar sua autonomia mas também precisam da ajuda dos pais para estabelecer limites ao seu comportamento Durante a segunda infância as crianças passam a ter mais autocontrole e maior interesse por outras crianças Durante a terceira infância o controle sobre o comportamento aos poucos se desloca dos pais para os filhos e os colegas tornamse cada vez mais importantes A tarefa central da adolescência é a busca da identidade pessoal sexual e ocupacional À medida que os adolescentes amadurecem fisicamente passam a lidar com necessidades e emoções conflitantes enquanto se preparam para deixar o ninho parental Durante o início da vida adulta um período exploratório que vai do início a meados dos vinte anos muitas pessoas ainda não estão prontas para se dedicar às tarefas típicas de jovens adultos estabelecer estilos de vida independentes ocupações e famílias Por volta dos 30 anos a maioria dos adultos já cumpriu com sucesso essas tarefas Durante a vida adulta intermediária é provável a ocor rência de algum declínio nas capacidades físicas Ao mesmo tempo muitos indivíduos de meiaidade encontram entusiasmo e desafios nas mudanças de vida uma nova carreira e filhos adultos en quanto outros enfrentam a necessidade de cuidar de pais idosos Na vida adulta tardia as pessoas pre cisam enfrentar a perda de suas próprias faculdades perdas de entes queridos e os preparativos para a morte Se elas se aposentarem deverão lidar com a perda de relacionamentos ligados ao trabalho mas poderão sentirse satisfeitas com as amizades a família com o trabalho voluntário e a oportunidade de explorar interesses antes negligenciados Muitas pessoas idosas tornamse mais introspectivas buscan do significado para suas vidas Influências no desenvolvimento O que torna cada pessoa única Embora os estudiosos do desenvolvimento estejam interessados nos processos universais de desenvolvimento vivenciados por todos os seres humanos normais eles tam verificador você é capaz de Identificar os três domínios do desenvolvimento e dar exemplos de como eles estão interrelacionados Citar oito períodos do de senvolvimento humano e relacionar várias questões ou tarefas fundamentais de cada período Que tipos de influência fazem uma pessoa ser diferente da outra indicad r Papalia01indd 39 Papalia01indd 39 010213 0924 010213 0924 40 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman TABELA 11 Principais desenvolvimentos típicos em oito períodos do desenvolvimento humano Faixa etária Desenvolvimento físico Desenvolvimento cognitivo Desenvolvimento psicossocial Período Prénatal da concepção ao nascimento Ocorre a concepção por fertili zação normal ou por outros meios Desde o começo a dotação gené tica interage com as influências ambientais Formamse as estruturas e os órgãos corporais básicos inicia se o surto de crescimento do cérebro O crescimento físico é o mais ace lerado do ciclo de vida É grande a vulnerabilidade às in fluências ambientais Desenvolvemse as capacidades de aprender e lembrar bem como as de responder aos estí mulos sensoriais O feto responde à voz da mãe e desenvolve preferência por ela Primeira Infância do nascimento aos 3 anos No nascimento todos os sentidos e sistemas corporais funcionam em graus variados O cérebro aumenta em comple xidade e é altamente sensível à influência ambiental O crescimento físico e o desenvol vimento das habilidades moto ras são rápidos As capacidades de aprender e lembrar estão presentes mes mo nas primeiras semanas O uso de símbolos e a capacidade de resolver problemas se de senvolvem por volta do final do segundo ano de vida A compreensão e o uso da lingua gem se desenvolvem rapida mente Formamse os vínculos afetivos com os pais e com outras pes soas A autoconsciência se desenvolve Ocorre a passagem da dependên cia para a autonomia Aumenta o interesse por outras crianças Segunda Infância 3 a 6 anos O crescimento é constante a apa rência tornase mais esguia e as proporções mais parecidas com as de um adulto O apetite diminui e são comuns os distúrbios do sono Surge a preferência pelo uso de uma das mãos aprimoramse as habilidades motoras finas e ge rais e aumenta a força física O pensamento é um tanto ego cêntrico mas aumenta a com preensão do ponto de vista dos outros A imaturidade cognitiva resulta em algumas ideias ilógicas so bre o mundo Aprimoramse a memória e a lin guagem A inteligência tornase mais pre visível É comum a experiência da pré escola mais ainda a do jardim de infância O autoconceito e a compreensão das emoções tornamse mais complexos a autoestima é global Aumentam a independência a iniciativa e o autocontrole Desenvolvese a identidade de gênero O brincar tornase mais imaginati vo mais elaborado e geralmen te mais social Altruísmo agressão e temor são comuns A família ainda é o foco da vida social mas outras crianças tornamse mais importantes Terceira Infância 6 a 11 anos O crescimento tornase mais lento A força física e as habilidades atlé ticas aumentam São comuns as doenças respira tórias mas de um modo geral a saúde é melhor do que em qualquer outra fase do ciclo de vida Diminui o egocentrismo As crian ças começam a pensar com lógica porém concretamente As habilidades de memória e lin guagem aumentam Ganhos cognitivos permitem à criança beneficiarse da instru ção formal na escola Algumas crianças demonstram necessidades educacionais e talentos especiais O autoconceito tornase mais complexo afetando a autoes tima A corregulação reflete um deslo camento gradual no controle dos pais para a criança Os colegas assumem importância fundamental Papalia01indd 40 Papalia01indd 40 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 41 Faixa etária Desenvolvimento físico Desenvolvimento cognitivo Desenvolvimento psicossocial Adolescência 11 a aprox 20 anos O crescimento físico e outras mu danças são rápidas e profundas Ocorre a maturidade reprodutiva Os principais riscos para a saúde emergem de questões compor tamentais tais como transtor nos da alimentação e abuso de drogas Desenvolvemse a capacidade de pensar em termos abstratos e de usar o raciocínio científico O pensamento imaturo persiste em algumas atitudes e compor tamentos A educação concentrase na pre paração para a faculdade ou para a profissão A busca pela identidade incluindo a identidade sexual tornase central O relacionamento com os pais ge ralmente é bom Os amigos podem exercer influên cia positiva ou negativa Início da Vida Adulta 20 a 40 anos A condição física atinge o auge depois declina ligeiramente Opções de estilo de vida influen ciam a saúde O pensamento e os julgamentos morais tornamse mais com plexos São feitas as escolhas educacio nais e vocacionais às vezes após um período exploratório Traços e estilos de personalida de tornamse relativamente estáveis mas as mudanças na personalidade podem ser in fluenciadas pelas fases e acon tecimentos da vida São tomadas decisões sobre rela cionamentos íntimos e estilos de vida pessoais mas podem não ser duradouros A maioria das pessoas casase e tem filhos Vida Adulta Intermediária 40 a 65 anos Pode ocorrer uma lenta deteriora ção das habilidades sensoriais da saúde do vigor e da força física mas são grandes as dife renças individuais As mulheres entram na meno pausa As capacidades mentais atingem o auge a especialização e as habilidades relativas à solução de problemas práticos são acentuadas A produção criativa pode declinar mas melhora em qualidade Para alguns o sucesso na carreira e o sucesso financeiro atingem seu máximo para outros po derá ocorrer esgotamento ou mudança de carreira O senso de identidade continua a se desenvolver pode ocorrer uma transição para a meia idade A dupla responsabilidade pelo cuidado dos filhos e dos pais idosos pode causar estresse A saída dos filhos deixa o ninho vazio Vida Adulta Tardia 65 anos em diante A maioria das pessoas é saudável e ativa embora geralmente haja um declínio da saúde e das capacidades físicas O tempo de reação mais lento afe ta alguns aspectos funcionais A maioria das pessoas está men talmente alerta Embora inteligência e memó ria possam se deteriorar em algumas áreas a maioria das pessoas encontra meios de compensação A aposentadoria pode oferecer novas opções para o aproveita mento do tempo As pessoas desenvolvem estraté gias mais flexíveis para enfren tar perdas pessoais e a morte iminente O relacionamento com a família e com amigos íntimos pode pro porcionar um importante apoio A busca de significado para a vida assume uma importância fun damental Papalia01indd 41 Papalia01indd 41 010213 0924 010213 0924 42 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman bém estudam as diferenças individuais nas características influências e consequências do desenvol vimento As pessoas diferem em gênero altura peso e compleição física na saúde e nível de energia em inteligência e no temperamento personalidade e reações emocionais Os contextos de suas vidas também diferem os lares as comunidades e sociedades em que vivem seus relacionamentos as escolas que frequentam ou se elas de fato vão para a escola e o trabalho que fazem e como passam seu tempo livre HEREDITARIEDADE AMBIENTE E MATURAÇÃO Algumas influências sobre o desenvolvimento têm origem principalmente na hereditariedade tra ços inatos ou características herdadas dos pais biológicos Outras influências vêm em grande parte do ambiente o mundo que está do lado de fora do eu e que começa no útero e a aprendizagem relacionada à experiência Qual desses dois fatores causa maior impacto sobre o desenvolvimento A questão da importância relativa da genética hereditariedade e do ambiente influências ambientais antes e depois do nascimento gerou historicamente um intenso debate Atualmente os cientistas encontraram meios de medir com mais precisão numa determinada população o papel da hereditariedade e do ambiente no desenvolvimento de traços específicos Quan do porém consideramos uma determinada pessoa a pesquisa relativa a quase todas suas característi cas aponta para uma combinação de hereditariedade e experiência Assim embora a inteligência seja fortemente influenciada pela hereditariedade a estimulação parental a educação a influência dos amigos e outras variáveis também a afetam Teóricos e pesquisadores contemporâneos estão mais inte ressados em descobrir meios de explicar como genética e ambiente operam juntos do que argumentar sobre qual dos fatores é mais importante Muitas mudanças típicas da primeira e da segunda infância como a capacidade de andar e falar estão vinculadas à maturação do corpo e do cérebro o desdobramento de uma sequência natural de mudanças físicas e padrões de comportamento À medida que as crianças tornamse adolescentes e depois adultos diferenças individuais nas características inatas e na experiência de vida passam a desempenhar um papel mais importante Durante a vida toda porém a maturação continua influen ciando certos processos biológicos como por exemplo o desenvolvimento do cérebro Mesmo nos processos a que todas as pessoas estão submetidas os ritmos e os momentos do desenvolvimento variam Ao longo deste livro falamos sobre as idades médias para a ocorrência de certos eventos a primeira palavra o primeiro passo a primeira menstruação a emissão noturna o desenvolvimento do pensamento lógico e a menopausa Mas essas idades são apenas médias e há uma grande variação entre as pessoas com respeito a essas normas Somente quando o desvio da média for extremo é que devemos considerar o desenvolvimento como excepcionalmente adiantado ou atrasado Para entender o desenvolvimento humano portanto precisamos considerar as características herdadas que dão a cada pessoa um ponto de partida especial na vida Também precisamos levar em conta os muitos fatores ambientais ou experienciais que afetam o desenvolvimento especial mente contextos importantes como família vizinhança nível socioeconômico raçaetnia e cultu ra Precisamos considerar como a hereditariedade e o ambiente interagem Precisamos entender quais dos processos de desenvolvimento são principalmente maturacionais e quais não são Neces sitamos observar as influências que afetam muitas ou a maioria das pessoas em determinada idade ou em determinado momento histórico e também aquelas que afetam apenas certos indivíduos Finalmente precisamos observar como o momento da ocorrência pode afetar o impacto de certas influências CONTEXTOS DO DESENVOLVIMENTO Seres humanos são seres sociais Desde o começo desenvolvemse dentro de um contexto social e histórico Para um bebê o contexto imediato normalmente é a família que por sua vez está sujeita às influências mais amplas e em constante transformação da vizinhança da comunidade e da sociedade diferenças individuais Diferenças nas características nas influências ou nos resultados do desen volvimento hereditariedade Traços ou características inatas herda das dos pais biológicos ambiente Totalidade das influências não heredi tárias ou experienciais sobre o desen volvimento maturação Desdobramento de uma sequência natural de mudanças físicas e compor tamentais Para ter um calo você precisa de genes que de algum modo façam calos mas a ação ambiental de constante fricção da pele também é necessária caso contrário nunca se formará um calo Então os calos têm mais a ver com a genética ou com o ambiente Ser hipnotizável é uma característica diferente entre pessoas e segue uma distribuição normal assim como tantos outros traços Somente 10 da população é altamente hipnotizável Spiegel 1985 Papalia01indd 42 Papalia01indd 42 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 43 Família A família nuclear é uma unidade que compreende pai e mãe ou apenas um deles e seus filhos sejam eles biológicos adotados ou enteados Historicamente a família nuclear com pai e mãe tem sido a unidade familiar dominante nas sociedades ocidentais Hoje no entanto a família nuclear é diferente do que costumava ser Em vez de uma grande família rural em que pais e filhos trabalha vam lado a lado na propriedade da família agora vemos famílias urbanas menores em que tanto o pai quanto a mãe trabalham fora de casa e os filhos passam boa parte do tempo na escola ou na creche O número cada vez maior de divórcios também afetou a família nuclear Filhos de pais divorciados talvez morem na casa da mãe ou do pai ou poderão deslocarse entre uma e outra O lar dessa família pode incluir um padrasto ou madrasta e meiosirmãos ou o companheiro ou a companheira do pai ou da mãe Há um número cada vez maior de adultos solteiros e sem filhos pais não casados e lares de gays e lésbicas Hernandez 1997 2004 Teachman Tedrow e Crowder 2000 Em muitas sociedades da Ásia África e América Latina e entre algumas famílias norteamerica nas que remontam sua linhagem a países desses continentes a família extensa uma rede multige racional que inclui avós pai e mãe tios primos e outros parentes mais distantes é a forma tradicio nal de família Muitas pessoas vivem em lares extensos onde têm contato diário com os familiares Os adultos geralmente compartilham o sustento da família e as responsabilidades na criação dos filhos e os filhos mais velhos são responsáveis pelos irmãos e irmãs mais novos Geralmente esses lares são chefiados por mulheres Aaron et al 1999 Johnson et al 2003 Hoje lares extensos estão se tornando cada vez menos comuns em muitos países em desenvol vimento devido à industrialização e à migração para os centros urbanos Brown e Gilligan 1990 Gorman 1993 Kinsella e Phillips 2005 Enquanto isso nos Estados Unidos pressões econômicas escassez de moradias e crianças geradas fora do casamento ajudaram a alimentar uma tendência de lares de famílias com três e até quatro gerações Em 2008 aproximadamente 16 dos lares podiam ser caracterizados como multigeracionais Pew Research Center 2010b Lares multigeracionais tornaramse mais comuns nos últimos anos por diversas razões Primeiro porque tanto homens quanto mulheres estão casando com mais idade e assim continuam morando em casa por mais tempo do que de costume Isso passou a ser comum com as recentes crises na eco nomia norteamericana Segundo por causa do influxo de populações imigrantes desde 1970 Esses imigrantes estão mais propensos do que as famílias nativas a procurar lares multigeracionais por razões de praticidade e também de preferência De fato mesmo entre os não imigrantes raça e etnia influen ciam Latinos afroamericanos e asiáticos estão mais propensos a viver em famílias multigeracionais do que os brancos Além disso as pessoas agora vivem mais e pais idosos às vezes se beneficiam da inclusão na casa de seus filhos Pew Research Center 2010b Nível socioeconômico e vizinhança O nível socioeconômico NSE baseiase na renda da família e nos níveis educacional e ocupacional dos adultos da casa Neste livro examinaremos família nuclear Unidade econômica e doméstica que compreende laços de parentesco en volvendo duas gerações e que consiste em pai e mãe ou apenas um dos dois e seus filhos biológicos adotados ou enteados família extensa Rede de parentesco envolvendo muitas gerações e formada por pais filhos e outros parentes às vezes vivendo juntos no mesmo lar nível socioeconômico NSE Combinação de fatores econômicos e sociais que descreve um indivíduo ou uma família e que inclui renda educa ção e ocupação O lar de uma família extensa pode incluir avós tias e primos Papalia01indd 43 Papalia01indd 43 010213 0924 010213 0924 44 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman muitos estudos que relacionam o NSE a processos de desenvolvimento tais como as interações ver bais da mãe com seus filhos e às consequências do desenvolvimento tais como saúde e desempe nho cognitivo O NSE afeta esses processos e suas consequências indiretamente por meio de fatores relacionados como os tipos de lar e a vizinhança onde as pessoas vivem e a qualidade da nutrição assistência médica e escolaridade disponíveis Mais de um quarto da população mundial 257 vivia com menos de 1 dólar e 25 centávos por dia em 2005 o último ano em que os dados estiveram disponíveis Nações Unidas 2009 Figura 11 Esse número representa 14 bilhão de pessoas mas é menor do que o 19 bilhão medido em 1981 Além do mais quando a África subsaariana e o sul da Ásia são excluídos da análise os declínios são ainda mais impressionantes A expansão da economia global é um dos principais fatores a contribuir para a diminuição geral da pobreza Nações Unidas 2009 Nos Estados Unidos onde os limiares da pobreza dependem do tamanho e da composição da fa mília 156 milhões de crianças 21 de todas as crianças com menos de 18 anos vivem na pobreza e 741 milhões de crianças por volta de 10 vivem na pobreza extrema 1 Praticamente todo o progresso com relação à pobreza infantil desde 1974 foi anulado pela atual recessão Foundation for Child Development 2010 A pobreza especialmente se durar muito tempo pode ser prejudicial para o bemestar físico cognitivo e psicossocial das crianças e das famílias As crianças pobres estão mais propensas do que as outras crianças a apresentar problemas emocionais ou comportamentais e seu potencial cognitivo e o desempenho na escola são mais prejudicados Evans 2004 O mal causado pela pobreza pode ser indireto pelo impacto causado no estado emocional dos pais e na parentalidade bem como no ambiente doméstico criado por eles ver Capítulo 10 As ameaças ao bemestar como geralmente acontece multiplicamse quando vários fatores de risco condições que aumentam a probabilidade de uma consequência negativa estão presentes 1 Uma família de quatro pessoas era considerada extremamente pobre em 2008 se a renda doméstica estivesse abaixo da metade da linha de pobreza oficial Childrens Defense Fund 2008 fatores de risco Condições que aumentam a probabi lidade de uma consequência negativa no desenvolvimento FIGURA 11 População mundial e pessoas vivendo em estado de pobre za 19812005 6000 7000 2000 1000 1981 1984 1990 Ano 1996 População milhões 2005 5000 4000 3000 População mundial População de regiões menos desenvolvidas Vivem com menos de 250 por dia Vivem com menos de 200 por dia Vivem com menos de 125 por dia Fonte Nações Unidas 2009 Quando estamos imersos numa cultura é difícil perceber o quanto do que fazemos é afetado por ela Por exemplo há diferenças regionais nos Estados Unidos em relação a como são chamados os refrigerantes O termo pop é mais comum no MeioOeste nas Grandes Planícies e no Noroeste coke é o termo geralmente usado no Sul e no Novo México e soda é usado principalmente na Califórnia e nos estados da fronteira Papalia01indd 44 Papalia01indd 44 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 45 A composição da vizinhança também afeta as crianças Para quem vive numa vizinhança pobre com grande número de desempregados é menos provável encontrar suporte social adequado dispo nível Black e Krishnakumar 1998 Ainda assim o desenvolvimento positivo pode ocorrer apesar de sérios fatores de risco Considere a escritora Maya Angelou ganhadora do Prêmio Pulitzer a cantora Shania Twain e o expresidente Abraham Lincoln Todos eles cresceram na pobreza KimCohen et al 2004 A riqueza porém nem sempre protege as crianças contra riscos Algumas crianças de famílias ricas são pressionadas para alcançar sucesso e frequentemente são deixadas sozinhas em casa por pais ocupados Essas crianças apresentam altas taxas de abuso de substâncias químicas ansiedade e depres são Luthar e Latendresse 2005 Embora as famílias pobres geralmente sejam menos otimistas sobre a vizinhança e se sintam menos seguras nela vários pontos positivos podem ser encontrados no con texto da família imediata Os pais afirmam estar mais próximos de seus filhos frequentam a igreja com sua família sentemse seguros em casa e na escola e fazem as refeições juntos com mais frequência do que as famílias mais ricas Talvez a comunidade científica tenha se concentrado exageradamente nos efeitos negativos da pobreza sem prestar a devida atenção aos pontos positivos e às resiliências encontradas em lares de baixo NSE Valladares e Moore 2009 Cultura e raçaetnia A cultura referese ao modo de vida global de uma sociedade ou grupo que inclui costumes tradições leis conhecimento crenças valores linguagem e produtos materiais de ferramentas a trabalhos artísticos todo comportamento e todas as atitudes aprendidas comparti lhadas e transmitidas entre os membros de um grupo social A cultura está em constante mudança geralmente mediante contato com outras culturas Hoje o contato cultural é incrementado por com putadores e pelas telecomunicações O email ou endereço eletrônico e as mensagens instantâneas oferecem uma comunicação quase imediata em todo o planeta e serviços digitais como o iTunes dão a pessoas do mundo inteiro um fácil acesso a músicas e filmes Um grupo étnico consiste em pessoas unidas por determinada cultura ancestralidade religião língua ou origem nacional tudo isso contribuindo para formar um senso de identidade atitudes cren ças e valores comuns Até 2040 a projeção é que a população de grupos minoritários étnicos cresça até 50 Hernandez Denton e Macartney 2007 A proporção de crianças pertencentes aos grupos minoritários aumenta ainda mais rápido elas formarão mais da metade da população infantil até 2023 de um total de 44 em 2008 Até 2050 a projeção é que 62 das crianças pertençam àqueles grupos que agora são mino ritários e a proporção de crianças hispânicas ou latinas 39 irá superar os 38 de brancos não hispânicos US Census Bureau 2008a Figura 12a e 12b Quase um quarto dos alunos do jardim de infância nos Estados Unidos e um quinto de todos os alunos até o 3º ano do ensino médio são his pânicos US Census Bureau 2009b 2009c Os padrões étnicos e culturais afetam o desenvolvimento por sua influência na composição de uma família nos recursos econômicos e sociais no modo como seus membros agem em relação uns aos outros nos alimentos que comem nos jogos e nas brincadeiras das crianças no modo como aprendem no aproveitamento escolar nas profissões escolhidas pelos adultos e na maneira como os cultura O modo de vida global de uma so ciedade ou de um grupo que inclui costumes tradições crenças valores linguagem e produtos materiais todo comportamento adquirido que é trans mitido dos pais para os filhos grupo étnico Grupo unido por ancestralidade raça religião língua ou origens nacionais que contribuem para formar um senso de identidade comum Nos Estados Unidos as pessoas estão muito mais propensas a revelar informações pessoais do que no Japão E por quê Uma das razões pode ser a estrutura social mais livre naquele país Quando você pode fazer e desfazer amizades com facilidade é preciso fortalecer os vínculos sociais o máximo possível Schug Yuki e Maddux 2010 FIGURA 12 a De acordo com as proje ções da Agência de Recen seamento Census Bureau os grupos minoritários raciaisét nicos chegarão a 54 da po pulação dos Estados Unidos excedendo a proporção de pessoas brancas não hispâni cas até 2050 b Também até 2050 esperase que crianças de menos de 18 anos perten centes às minorias formem 62 da população infantil 250 200 150 Milhões 100 50 2010 2020 2030 2040 2050 Ano a Projeções para a população 0 brancos não hispânicos outros Idades até 17 anos 2008 2050 b Porcentagem de crianças pertencentes a grupos minoritários 44 62 Fonte US Census Bureau 2008a Papalia01indd 45 Papalia01indd 45 010213 0924 010213 0924 46 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman membros da família pensam e percebem o mundo Parke 2004 Por exemplo nos Estados Unidos os filhos de imigrantes têm uma probabilidade quase duas vezes maior de viver em famílias extensas do que as crianças nascidas naquele país e uma probabilidade menor de que suas mães trabalhem extradomiciliarmente Hernandez 2004 Shields e Behrman 2004 Os Estados Unidos sempre foram uma nação de imigrantes e grupos étnicos mas a principal origem étnica da população imigrante deslocouse da Europa e Canadá para a Ásia e a América Latina Hernan dez 2004 Em 2007 mais de 20 da população era de imigrantes ou filhos de imigrantes Quadro 11 A maioria dos imigrantes veio do México 40 e os restantes 60 vieram de nações do Caribe do leste e do oeste da Ásia Austrália Américas Central e do Sul Indochina antiga União Soviética e África para o mund CRIANÇAS DE FAMÍLIAS DE IMIGRANTES Os Estados Unidos sempre foram uma nação de imigrantes e grupos étnicos mas a principal origem étnica da população imi grante deslocouse da Europa e Canadá terras natais de 97 dos imigrantes em 1910 para a América Latina Caribe Ásia e África que agora respondem por 88 de todos os imigrantes Quase um quarto 24 das crianças nos Estados Unidos vi via em famílias de imigrantes em 2007 Crescendo mais rápido que qualquer outro grupo de crianças no país elas lideram a futura mudança de status dos grupos minoritários raciais e ét nicos para a condição de maioria Enquanto antigamente as on das de imigrantes eram quase inteiramente formadas por bran cos e cristãos mais de um terço 37 das crianças de famílias de imigrantes tem pais não brancos Muitas dessas famílias são confucionistas budistas hindus judias muçulmanas xintoístas siques taoístas ou zoroastrianas e embora predominantemen te de língua espanhola falam diversas outras línguas A maioria dos imigrantes vem do México 40 Hernandez e Macartney 2008 Estimase que cinco milhões de crianças nascidas no México ou filhas de pais mexicanos vivam nos Es tados Unidos Muitos desses pais trabalham em subempregos nos setores de alimentação manutenção construção na agri cultura e nas indústrias de manufaturados ganhando menos de 20 mil dólares por ano trabalhando em tempo integral Com o recrudescimento dos sentimentos contrários à imi gração pais de família sem documentos vivem sob um medo constante de perderem o emprego quando conseguem en contrar um e de serem deportados Children in North America Project 2008 Quase metade de todas as crianças de famílias de imigrantes 479 vive na pobreza Hernandez Denton e Macartney 2007 e muitas não têm segurosaúde apesar de terem direito mesmo seus pais trabalhando duro para susten tar a família A maior parte dos filhos de imigrantes vive com pais casados ou que vivem juntos Mas há uma probabilidade quase duas vezes maior de essas crianças comparadas às outras viverem em famílias de lares extensos com os avós outros parentes e mesmo não parentes geralmente em moradias com excesso de pessoas A probabilidade de filhos de famílias de imigrantes terem pais que não concluíram o ensino médio é mais de três vezes maior que a dos filhos de famílias nativas 40 compara do a 12 Pais imigrantes geralmente têm grandes aspirações educacionais para seus filhos mas faltamlhes conhecimento e experiência para ajudálos a serem bemsucedidos na escola Questões que envolvem a educação de filhos de imigrantes são discutidas em capítulos posteriores Um fato pouco conhecido é que quase 1 entre 4 filhos de famílias de imigrantes 24 tem o pai ou a mãe nascidos nos Estados Unidos e em quase metade 48 dos casos o pai ou a mãe é cidadão naturalizado Mais de 2 de cada 3 68 têm pais que vivem nos Estados Unidos há 10 anos ou mais e quase 4 de cada 5 crianças 79 nasceram nos Estados Unidos De fato quase 2 de cada 3 crianças 63 que vivem com pais sem docu mentos são elas mesmas nascidas nos Estados Unidos Como a imigração gera mudanças dramáticas na população dos Estados Unidos questões de desenvolvimento que afetam crianças de famílias de imigrantes serão temas cada vez mais importantes para a pesquisa Fonte A não ser quando diferentemente citada a fonte para este quadro é Hernandez Denton e Macartney 2008 qual a sua opinião Você ou algum membro da sua família é imigrante ou filho de imigrantes Em caso positivo quais os fatores que favo receram ou dificultaram sua adaptação à vida no país em que você mora Como você imagina a vida dos filhos de imi grantes daqui a 40 anos JANELA 11 o Papalia01indd 46 Papalia01indd 46 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 47 Há uma grande diversidade dentro de amplos grupos étnicos A maioria branca descendente de europeus consiste em muitas e diversas etnias alemães belgas irlandeses franceses italianos e assim por diante Americanos cubanos portoriquenhos e americanos mexica nos todos eles americanos hispânicos têm diferentes histórias e culturas e podem ser descendentes de africanos europeus americanos nativos ou uma mistura Johnson et al 2003 Sternberg Grigorenko e Kidd 2005 Afroamericanos do sul rural diferem daqueles de ascendência caribenha Americanos asiáticos provêm de vários países com culturas distintas do moderno Japão industrial à China e às montanhas remotas do Nepal onde muitas pessoas ainda praticam o modo de vida antigo Os americanos nativos constituídos por centenas de nações tribos bandos e vilas reconhecidos Lin e Kelsey 2000 Muitos acadêmicos agora concordam que o termo raça visto histórica e popularmente como uma categoria biológica identificável é um construto social Não há nenhum consenso científico claro sobre sua definição sendo impossível medilo de modo confiável Bonham WarshauerBaker e Collins 2005 Helms Jernigan e Mascher 2005 Smedley e Smedley 2005 Stern berg et al 2005 A variação genética humana ocorre ao longo de um amplo continuum e 90 dessa variação ocorre dentro e não entre raças socialmente definidas Bonham et al 2005 Ossorio e Duster 2005 A raça como catego ria social entretanto continua sendo um dos fatores nas pesquisas porque faz diferença em relação a como os indivíduos são tratados onde vivem suas opor tunidades de emprego a qualidade de sua assistência médica e se podem participar plenamente em sua sociedade Smedley e Smedley 2005 p 23 As categorias de cultura raça e etnia são fluidas Bonham et al 2005 Sternberg et al 2005 e continuamente moldadas e redefinidas por forças sociais e políticas Fisher et al 2002 p 1026 A dispersão geográfica e os casamentos interraciais com binados com a adaptação às diversas condições locais produziram uma grande heteroge neidade de características físicas e culturais nas populações Smedley e Smedley 2005 Sternberg et al 2005 Assim Barack Obama cujo pai é negro e africano e a mãe americana e branca poderá pertencer a mais de uma categoria racialétnica e se identificar mais fortemente com uma ou outra em diferentes momentos Hitlin Brown e Elder 2006 Termos como negro ou hispânico podem ser uma generalização étnica exagera da que obscurece ou confunde essas variações O contexto histórico Houve época em que os cientistas do desenvolvimento davam pouca atenção ao contexto histórico o tem po ou época em que as pessoas vivem De pois quando os primeiros estudos longitudi nais sobre a infância estenderamse até a idade adulta os pesquisadores começaram a se con centrar em como certas experiências ligadas ao tempo e ao lugar afetam o curso de vida das pessoas Hoje o contexto histórico é parte importante do estudo do desenvolvimento INFLUÊNCIAS NORMATIVAS E NÃO NORMATIVAS Para entender semelhanças e diferenças no desenvolvimento precisamos olhar para dois tipos de influências normativas eventos biológicos ou ambientais que afetam muitas pessoas ou a maioria delas em uma sociedade e eventos que atingem apenas certos indivíduos Baltes e Smith 2004 generalização étnica Generalização exagerada a respeito de um grupo étnico ou cultural que obs curece as diferenças existentes dentro do grupo Em 2005 nasceram duas gêmeas fraternas britânicas Kian e Remee Hodgson O pai e a mãe eram eles próprios de raças misturadas Devido a uma combinação aleatória de genes uma das gêmeas é branca loira e de olhos azuis e a outra é negra O que significa raça no sentido biológico se duas irmãs podem ser de raças diferentes verificador você é capaz de Dar exemplos das influências da composição familiar e vizi nhança nível socioeconômico cultura raçaetnia e contexto histórico normativo Característica de um evento que ocorre de modo semelhante para a maioria das pessoas de um grupo Cultura raça e etnia são categorias fluidas na medida em que aumenta a dispersão geográfica e pessoas de diversas origens se casam cresce a heterogeneidade nas populações Papalia01indd 47 Papalia01indd 47 010213 0924 010213 0924 48 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Influências normativas reguladas pela idade ou etárias são muito semelhantes para pessoas de uma determinada faixa etária O tempo de ocorrência de eventos biológicos é razoavelmente previsí vel dentro de uma faixa normal Por exemplo as pessoas não passam pela experiência da puberdade aos 35 anos ou da menopausa aos 12 Influências normativas reguladas pela história são eventos significativos tais como a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial que moldam o comportamento e as atitudes de uma geração histórica um grupo de pessoas que passa pela experiência do evento em um momento formativo de suas vidas Por exemplo as gerações que se tornaram maiores de idade durante a Depressão e a Segunda Guerra tendem a mostrar um forte senso de interdependência e confiança social que declinou entre as gerações mais recentes Rogler 2002 Dependendo de quando e onde vivem gerações inteiras podem sentir o impacto da escassez de alimentos das explo sões nucleares ou dos ataques terroristas Nos países ocidentais os avanços da medicina bem como os aperfeiçoamentos na nutrição e no saneamento reduzi ram dramaticamente a mortalidade infantil Hoje à medida que as crianças vão crescendo são influenciadas por computadores televisão digital internet e outras inovações tecnológicas As mudanças sociais como o aumento da presença de mães no mercado de trabalho e de lares de pais ou mães solteiros alteraram e muito a vida familiar Uma geração histórica não é a mesma coisa que uma coorte etária um grupo de pessoas nascido aproximadamente na mesma época Uma geração histórica pode conter mais de uma coorte mas as coortes fazem parte de uma geração histórica somente se passa rem pela experiência de importantes eventos históricos em um mo mento formativo de suas vidas Rogler 2002 Influências não normativas são even tos incomuns que causam grande impacto na vida dos indivíduos por perturbarem a sequência esperada do ciclo de vida Po dem ser eventos típicos que acontecem num momento atípico da vida como a morte de um dos pais quando a criança é pequena ou eventos atípicos por exemplo sobreviver a um acidente aéreo Algumas dessas in fluências estão além do controle da pessoa e podem apresentar raras oportunidades ou sérios desafios e são percebidos como momentos decisivos na vida Por outro lado as pessoas às vezes ajudam a criar seus próprios eventos não normativos digamos ao decidirem ter um bebê ou ao se interessarem por hobbies perigosos como praticar skydiving e assim participar ativamente de seu próprio desenvolvimento Juntos esses três tipos de influência normativa regulada pela idade nor mativa regulada pela história e não normativa contribuem para a complexidade do desenvolvimento humano bem como para os desafios que as pessoas vivenciam ao tentar construir suas vidas CRONOLOGIA DAS INFLUÊNCIAS PERÍODOS CRÍTICOS OU SENSÍVEIS Em um estudo muito conhecido o zoólogo austríaco Konrad Lorenz 1957 fez com que patinhos recémnascidos o seguissem como o fariam com a mamãe pata Lorenz mostrou que patinhos recém chocados instintivamente vão seguir o primeiro objeto em movimento que eles virem seja um mem bro de sua espécie ou não Esse fenômeno chamase imprinting e Lorenz acreditava que fosse automático e irreversível Geralmente a ligação instintiva é com a mãe quando o curso natural dos eventos for perturbado porém outros vínculos como aquele estabelecido com Lorenz ou nenhum vínculo podem se formar O imprinting dizia Lorenz é o resultado de uma predisposição à apren dizagem a prontidão do sistema nervoso de um organismo para adquirir certas informações durante um breve período crítico no começo da vida Atualmente a presença da mídia acarreta uma influência normativa em crianças pequenas que hoje utilizam com habilidade aplicativos de iPhone desenvolvidos especialmente para elas Como isso poderá moldar seu desenvolvimento Staut 2010 geração histórica Grupo de pessoas que durante seu período de formação recebeu forte infuência de um importante evento histórico coorte Grupo de pessoas nascidas aproxima damente na mesma época não normativo Característico de um evento incomum que acontece com uma determinada pessoa ou de um evento típico que ocorre fora de seu período usual verificador você é capaz de Dar exemplos de influências normativas reguladas pela ida de normativas reguladas pela história e não normativas imprinting Forma instintiva de aprendizagem em que um filhote de animal durante um período crítico no início de seu desen volvimento estabelece um vínculo com o primeiro objeto que ele vê em movimento geralmente a mãe O uso disseminado dos computadores é uma influência norma tiva sobre o desenvolvimento da criança regulada pela histó ria e que não existia nas gerações anteriores Papalia01indd 48 Papalia01indd 48 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 49 Período crítico é um intervalo de tempo específico em que um determinado evento ou a sua ausência causa um impacto específico sobre o desenvolvimento Se um evento necessário não ocorrer durante um período crítico de maturação o desenvol vimento normal não ocorrerá e os padrões anormais poderão ser irreversíveis Knudsen 1999 Kuhl et al 2005 No entanto a ex tensão de um período crítico não é absoluta mente fixa se as condições de criação de patinhos forem alteradas para desacelerar seu crescimento o período crítico usual para o imprinting poderá ser estendido e o próprio imprinting talvez seja até revertido Bruer 2001 Seres humanos passam por períodos críticos como os patinhos Se uma mulher é submetida a raios X ingere certos medicamentos ou contrai doenças em determinados períodos durante a gravi dez o feto poderá apresentar efeitos nocivos específicos dependendo da natureza do choque do mo mento em que ocorreu e das características do próprio feto Se um problema muscular que interfere na capacidade de focar os dois olhos no mesmo objeto não for corrigido durante um período crítico no início da infância os mecanismos do cérebro necessários para a percepção binocular de profundidade provavelmente não se desenvolverão Bushnell e Boudreau 1993 No entanto o conceito de períodos críticos nos seres humanos é polêmico Como muitos aspectos do desenvolvimento mesmo no domínio físico mostraram plasticidade ou desempenho passível de modificação talvez seja mais útil pensar em termos de períodos sensíveis quando uma pessoa em desenvolvimento é especialmente receptiva a certos tipos de experiências Bruer 2001 São cada vez maiores as evidências de que a plasticidade não é apenas uma característica geral do desenvolvimento que se aplica a todos os membros de uma espécie mas que também há diferenças individuais na plasticidade de respostas aos eventos do ambiente Parece que algumas crianças espe cialmente aquelas de temperamento difícil altamente reativas e portadoras de determinadas variantes de genes podem ser mais profundamente afetadas pelas experiências da infância sejam positivas ou negativas do que outras Belsky e Pluess 2009 Essa nova pesquisa sugere que características suposta mente negativas como temperamento difícil ou reativo talvez sejam altamente adaptativas positivas quando o ambiente apoia o desenvolvimento Por exemplo um estudo recente descobriu que crianças que eram altamente reativas a eventos do ambiente apresentavam como era de se esperar respostas ne gativas como agressão e problemas comportamentais quando diante de fatores estressores como o confli to conjugal em suas famílias Surpreendentemente contudo quando os níveis de adversidade da família eram baixos crianças altamente reativas apresentavam perfis ainda mais adaptativos que as crianças de baixa reatividade Essas crianças altamente reativas eram mais prósociais mais participativas na escola e demonstravam níveis menores de externalização de sintomas Obradovic et al 2010 Pesquisas como essa mostram claramente a necessidade de redefinir a natureza da plasticidade nas primeiras fases do desenvolvimento atentando para as questões da resiliência e do risco O Quadro 12 discute como os conceitos de períodos críticos e sensíveis se aplicam ao desenvolvimento da linguagem período crítico Intervalo de tempo específico em que um determinado evento ou sua ausência causa um impacto específico sobre o desenvolvimento plasticidade Variação da modificabilidade do de sempenho períodos sensíveis Momentos do desenvolvimento em que a pessoa está particularmente re ceptiva para certos tipos de experiência verificador você é capaz de Diferenciar período crítico e período sensível e dar exemplos Um novo estudo sugere que a busca de atividades perigosas pode ter influência dos genes Especificamente uma mutação nos genes que codificam a dopamina parece estar relacionada a comportamentos de alto risco Derringer et al 2011 Patinhos recémnascidos seguiam e apegavamse ao primeiro objeto em movimento que viam no caso o etnólogo Konrad Lorenz Lorenz chamou esse comportamento de imprinting Papalia01indd 49 Papalia01indd 49 010213 0924 010213 0924 50 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Abordagem de Baltes ao desenvolvimento do ciclo de vida Paul B Baltes 19362006 e seus colegas 1987 Baltes e Smith 2004 Baltes Lindenberger e Stau dinger 1998 Staudinger e Bluck 2001 identificaram sete princípios básicos na abordagem ou teoria do desenvolvimento do ciclo de vida que retoma muitos dos conceitos discutidos neste capítulo Juntos esses princípios servem como uma estrutura conceitual amplamente aceita para o estudo do desenvolvimento do ciclo de vida Quais são os sete princípios da abordagem ao desenvolvimento do ciclo de vida indicad r pesquisa em ação EXISTE UM PERÍODO CRÍTICO PARA A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM Em 1967 Eric Lenneberg 1967 1969 propôs um período crítico para a aquisição da linguagem começando no início da primeira infância e terminando por volta da puberdade Lenneberg ar gumentou que seria difícil se não impossível para uma criança que ainda não havia adquirido a linguagem até o começo da puberdade conseguir fazêlo depois dessa idade Em 1970 uma garota de 13 anos chamada Genie proporcio nou a oportunidade para testar a hipótese de Lenneberg Cur tiss 1977 Fromkin et al 1974 Pines 1981 Rymer 1993 Vítima de um pai abusivo ela tinha sido confinada por mais de 12 anos a um pequeno quarto da casa amarrada a uma cadeirapenico e afastada do convívio humano Quando encontrada ela só re conhecia seu nome e a palavra desculpa Poderia ela aprender a falar ou era tarde demais Os Institutos Nacionais de Saúde Mental NIMH financiaram um estudo para fazer testes e treina mentos de linguagem intensivos com Genie O progresso de Genie durante o estudo tanto provou quanto colocou em dúvida a ideia de um período crítico para a aquisição da linguagem Ela aprendeu algumas palavras simples e pôde juntálas em sentenças primitivas Mas sua fala na maior parte do tempo continuou sendo como um telegrama truncado Pines 1981 p 29 Sua mãe obteve de volta a custódia da filha tiroua dos pesquisadores do NIMH e depois finalmente envioua para o sistema de adoção Uma sequência de lares adotivos abusivos tornou Genie silenciosa mais uma vez O que explica o progresso inicial de Genie e sua incapa cidade de sustentálo A compreensão de seu próprio nome e da palavra desculpa pode significar que seus mecanismos de aprendizagem linguística haviam sido ativados no começo do período crítico permitindo a ocorrência de uma aprendi zagem posterior O momento em que ocorreu o treinamen to de linguagem no NIMH e sua capacidade de aprender al gumas palavras simples aos 13 anos podem indicar que ela ainda estava no período crítico embora já quase no final Por outro lado o abuso extremo e a negligência de que foi vítima podem têla retardado de tal modo que ela não podia ser con siderada um verdadeiro teste do conceito de período crítico Curtiss 1977 O caso de Genie ilustra a dificuldade de adquirir a linguagem após os primeiros anos de vida mas por causa de fatores com plicadores não permite julgamentos conclusivos sobre se tal aquisição é possível Alguns pesquisadores consideram a fase prépuberal um período antes sensível do que crítico para o aprendizado da linguagem Newport Bavelier e Neville 2001 Schumann 1997 Pesquisas com imageamento do cérebro constataram que mesmo quando as partes do cérebro mais adequadas ao processamento da linguagem são danificadas nos primeiros anos da infância um desenvolvimento quase nor mal da linguagem pode prosseguir à medida que outras partes do cérebro assumem o controle Boatman et al 1999 Hertz Pannier et al 2002 M H Johnson 1998 De fato alterações na organização e utilização do cérebro ocorrem durante todo o curso do aprendizado normal da linguagem M H Johnson 1998 Neville e Bavelier 1998 Se existe um período crítico ou um período sensível para a aprendizagem da linguagem qual a explicação Os meca nismos do cérebro para a aquisição da linguagem declinam à medida que o cérebro amadurece Isso parece estranho visto que as outras capacidades cognitivas melhoram Uma hipóte se alternativa é que o próprio incremento na sofisticação cog nitiva interfere na capacidade de um adolescente ou de um adulto de aprender uma língua Crianças pequenas adquirem a linguagem em porções que podem ser prontamente digeri das Aprendizes mais velhos quando começam a aprender uma língua tendem a absorver uma grande parte de uma só vez e portanto talvez tenham dificuldade em analisar e interpretar Newport 1991 qual a sua opinião Você teve dificuldade para aprender uma nova língua quando adulto Em caso positivo essa explicação o ajudou a en tender por quê 12 o Papalia01indd 50 Papalia01indd 50 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 51 1 O desenvolvimento é vitalício O desenvolvimento é um processo vitalício de mudança Cada período do ciclo de vida é afetado pelo que aconteceu antes e afetará o que está por vir Cada período tem características e valores únicos Nenhum período é mais ou menos importante que qualquer outro 2 O desenvolvimento é multidimensional Ocorre ao longo de múltiplas dimensões que interagem biológica psicológica e socialmente cada uma delas podendo se desenvolver em ritmos dife rentes 3 O desenvolvimento é multidirecional Enquanto as pessoas ganham em uma área podem perder em outra às vezes ao mesmo tempo As crianças crescem principalmente em uma direção para cima tanto em tamanho quanto em habilidades Depois o equilíbrio aos poucos se desloca Os adolescentes ganham em termos de habilidade física mas sua facilidade em aprender uma nova língua declina Algumas habilidades como o vocabulário geralmente continuam crescendo ao longo da idade adulta outras como a capacidade de resolver problemas com os quais não estão familiarizados poderão diminuir mas alguns novos atributos como a sabedoria poderão aumen tar com a idade As pessoas procuram maximizar os ganhos concentrandose em fazer coisas que sabem fazer bem e minimizar perdas aprendendo a administrálas ou compensálas 4 Influências relativas de mudanças biológicas e culturais sobre o ciclo de vida O processo de desenvolvimento é influenciado tanto pela biologia quanto pela cultura mas o equilíbrio entre essas influências se altera Habilidades biológicas como acuidade sensorial força e coordenação muscular tornamse mais fracas com a idade mas apoios culturais tais como educação relacio namentos e ambientes tecnologicamente adequados à idade podem ajudar a compensar 5 O desenvolvimento envolve mudança na alocação de recursos Os indivíduos escolhem como investir seus recursos de tempo energia talento dinheiro e apoio social de várias maneiras Os recursos podem ser usados para o crescimento por exemplo aprender a tocar um instrumento ou aprimorar uma habilidade para a conservação ou recuperação praticar para manter ou re cobrar uma proficiência ou para lidar com a perda quando a conservação e a recuperação não forem possíveis A alocação de recursos para essas três funções muda ao longo da vida à medida que diminui o conjunto de recursos disponíveis Na infância e no início da vida adulta a maior parte dos recursos é direcionada para o crescimento na velhice para a regulação da perda Na meiaidade a alocação é mais equilibrada entre as três funções 6 O desenvolvimento revela plasticidade Muitas capacidades como a memória a força física e a resistência podem ser aperfeiçoadas com o treinamento e a prática mesmo em idade avançada Mas até mesmo nas crianças a plasticidade tem limites que em parte dependem das várias influências sobre o desenvolvimento Uma das tarefas da pesquisa em desenvolvimento é desco brir até que ponto determinados tipos de desenvolvimento podem ser modificados nas diversas idades 7 O desenvolvimento é influenciado pelo contexto histórico e cultural Cada pessoa se desenvolve em múltiplos contextos circunstâncias ou condições definidas em parte pela maturação e em parte pelo tempo e lugar Os seres humanos não apenas influenciam mas também são influencia dos pelo contexto históricocultural Conforme discutiremos ao longo deste livro os cientistas do desenvolvimento descobriram diferenças significativas entre coortes por exemplo no funciona mento intelectual no desenvolvimento emocional de mulheres na meiaidade e na flexibilidade da personalidade na velhice Agora que você teve uma breve introdução ao campo do desenvolvimento humano e a alguns de seus conceitos básicos é hora de ver mais de perto as questões que atraem o interesse dos cientistas do desenvolvimento e como eles fazem seu trabalho No Capítulo 2 discutiremos algumas teorias influentes de como o desenvolvimento ocorre e os métodos de investigação normalmente utilizados para estudálo verificador você é capaz de Fazer um resumo dos sete princípios da abordagem de Baltes ao desenvolvimento do ciclo de vida Papalia01indd 51 Papalia01indd 51 010213 0924 010213 0924 52 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman resumo e palavraschave Desenvolvimento humano um campo em constante evolução O que é desenvolvimento humano e como o seu estudo evoluiu Desenvolvimento humano é o estudo científico de pro cessos de mudança e estabilidade A pesquisa sobre o desenvolvimento tem aplicações im portantes em vários campos À medida que os pesquisadores se interessaram em seguir o desenvolvimento ao longo da idade adulta o desenvolvimento do ciclo de vida tornouse um campo de estudo O estudo do desenvolvimento humano procura descre ver explicar prever e quando apropriado intervir no desenvolvimento Os estudiosos do desenvolvimento humano recorrem a disciplinas como psicologia psiquiatria sociologia antropologia biologia genética ciência da família edu cação história filosofia e medicina Os métodos de estudo do desenvolvimento humano ainda estão evoluindo fazendo uso de tecnologias avan çadas desenvolvimento humano 36 desenvolvimento do ciclo de vida 36 O estudo do desenvolvimento humano conceitos básicos O que os cientistas do desenvolvimento estudam Cientistas do desenvolvimento estudam a mudança e a estabilidade em todos os domínios do desenvolvimento durante todo o ciclo de vida Os três principais domínios do desenvolvimento são o físico o cognitivo e o psicossocial Cada um deles afeta os demais O conceito de períodos do desenvolvimento é uma construção social Neste livro o ciclo de vida é dividido em oito períodos prénatal primeira infância segunda infância terceira infância adolescência início da vida adulta vida adulta intermediária e vida adulta tardia Em cada período as pessoas têm necessidades e tarefas es pecíficas em termos de desenvolvimento desenvolvimento físico 37 desenvolvimento cognitivo 37 desenvolvimento psicossocial 37 construção social 38 indicad r indicad r Papalia01indd 52 Papalia01indd 52 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 53 Influências no desenvolvimento Que tipos de influência fazem uma pessoa ser diferente da outra As influências sobre o desenvolvimento vêm tanto da hereditariedade quanto do ambiente Muitas mudanças típicas da infância estão relacionadas à maturação As di ferenças individuais tendem a aumentar com a idade Em algumas sociedades predomina a família nuclear em outras a família extensa O nível socioeconômico NSE afeta os processos de desenvolvimento e suas consequências em virtude da qualidade dos ambientes do lar e da vizinhança da nu trição da assistência médica e da escolaridade Múltiplos fatores de risco aumentam a probabilidade de conse quências danosas Importantes influências ambientais se originam na cultu ra na etnia e no contexto histórico A raça é considerada pela maioria dos estudiosos uma construção social As influências podem ser normativas reguladas pela ida de ou pela história ou não normativas Há evidências de períodos críticos ou períodos sensíveis para certos tipos de desenvolvimento precoce diferenças individuais 42 hereditariedade 42 ambiente 42 maturação 42 família nuclear 43 família extensa 43 nível socioeconômico NSE 43 fatores de risco 44 cultura 45 grupo étnico 45 generalização étnica 47 normativo 47 geração histórica 48 coorte 48 não normativo 48 imprinting 48 período crítico 49 plasticidade 49 períodos sensíveis 49 Abordagem de Baltes ao desenvolvimento do ciclo de vida Quais são os sete princípios da abordagem ao desenvolvimento do ciclo de vida Os princípios da abordagem de Baltes ao desenvolvi mento do ciclo de vida incluem as seguintes proposi ções 1 o desenvolvimento é vitalício 2 o desenvol vimento é multidimensional 3 o desenvolvimento é multidirecional 4 as influências relativas da biologia e da cultura se alteram durante o ciclo de vida 5 o desen volvimento envolve mudança de alocação de recursos 6 o desenvolvimento apresenta plasticidade e 7 o desenvolvimento é influenciado pelo contexto histórico e cultural indicad r indicad r Papalia01indd 53 Papalia01indd 53 010213 0924 010213 0924 Capítulo 2 pontos principais Questões teóricas básicas Perspectivas teóricas Métodos de pesquisa Ética na pesquisa pontos principais você sabia que As teorias nunca são cláusulas pétreas estão sempre abertas à mudança como resultado de novas descobertas A pesquisa transcultural nos permite aprender quais são os aspectos universais e quais são aqueles influenciados pela cultura Os resultados de experimentos em laboratório podem ser menos aplicáveis do que experimentos realizados em lares escolas ou ambientes públicos Neste capítulo apresentamos uma visão geral das principais teorias do desenvolvimento humano e dos métodos de pesquisa usados para estudálo Exploramos questões importantes e perspectivas teóricas que formam a base do desenvolvimento humano e mostramos como os pesquisadores adquirem e avaliam as informações Também abordamos as questões éticas que podem surgir durante a pesquisa com humanos você sabia Existe algo ainda mais vital para a ciência que métodos inteligentes o sincero desejo de descobrir a verdade qualquer que seja ela Charles Sanders Peirce Collected Papers vol 5 1934 Papalia02indd 54 Papalia02indd 54 010213 0924 010213 0924 Teoria e Pesquisa Papalia02indd 55 Papalia02indd 55 010213 0924 010213 0924 56 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Questões teóricas básicas Uma teoria científica do desenvolvimento é um conjunto de conceitos ou enunciados logicamente relacionados que procura descrever e explicar o desenvolvimento e prever os tipos de comporta mento que poderiam ocorrer em certas condições Teorias organizam e explicam dados que são as informações reunidas pela pesquisa Assim como a pesquisa minuciosa faz crescer pouco a pouco o conhecimento os conceitos teóricos como a ideia de crise de identidade discutida mais adiante neste capítulo nos ajudam a dar sentido aos dados isolados e a ver conexões entre eles Teoria e pesquisa são como fios entrelaçados no tecido sem costuras do estudo científico Teorias inspiram mais pesquisas e preveem resultados Isso é feito pela geração de hipóteses explicações provisórias ou previsões que podem ser testadas por futuras pesquisas A pesquisa pode indicar se uma teoria é precisa em suas previsões mas não pode mostrar conclusivamente se uma teoria é verdadeira Teorias podem ser refutadas mas nunca provadas Teorias mudam para incorporar novas descobertas Às vezes a pesquisa apoia uma hipótese e a teoria sobre a qual ela se baseava Em outras oportunida des os cientistas devem modificar suas teorias para dar conta de dados não explicados As descobertas feitas durante as pesquisa geralmente sugerem hipóteses adicionais a serem examinadas e fornecem orientações para as questões práticas Uma teoria baseiase em certos pressupostos que podem ou não ser verdadeiros Por exemplo os primeiros cientistas do desenvolvimento supunham que a psicologia humana era a mesma em todas as culturas Em outras palavras acreditavase que sua natureza era universal No entanto à medida que a ciência da psicologia progredia ficava claro que as diferenças culturais existiam e eram importantes As teorias do desenvolvimento tiveram que ser alteradas para acomodar essas descobertas A ciência do desenvolvimento não pode ser completamente objetiva Teorias e pesquisas sobre o comportamento humano são produtos de indivíduos humanos cujas indagações e interpretações são inevitavelmente influenciadas por seus próprios valores e experiência Ao se esforçarem na busca por objetividade os pesquisadores devem analisar como eles e seus colegas conduzem o trabalho as suposições em que se baseiam e como chegam a suas conclusões Neste livro examinamos muitas teorias várias delas conflitantes Ao avaliálas é importante estar consciente de que elas refletem as perspectivas dos seres humanos que deram origem a elas O modo como os teóricos explicam o desenvolvimento depende em parte de seus pressupostos sobre duas indicad r Para que servem as teorias e quais são as duas questões teóricas básicas sobre as quais discordam os cientistas do desenvolvimento teoria Conjunto coerente de conceitos lo gicamente relacionados que procura organizar explicar e prever dados hipóteses Possíveis explicações para os fenôme nos usadas para prever o resultado da pesquisa As pessoas geralmente pensam que as teorias são menos fundamentadas que as leis mas em termos científicos o oposto é verdadeiro Leis são observações sem explicação Teorias ao contrário são observações e explicações Portanto as teorias têm mais fundamento e não menos indicadores de estudo 1 Para que servem as teorias e quais são as duas questões teóricas básicas sobre as quais discordam os cientistas do desenvolvimento 2 Quais são as cinco perspectivas teóricas sobre o desenvolvimento humano Descreva algumas teorias representativas de cada uma delas 3 Como os cientistas do desenvolvimento estudam as pessoas e quais são as vantagens e desvantagens de cada método de pesquisa 4 Quais são os problemas éticos que podem surgir na pesquisa com seres humanos Papalia02indd 56 Papalia02indd 56 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 57 questões básicas 1 se as pessoas são ativas ou reativas em seu próprio desenvolvimento e 2 se o desenvolvimento é contínuo ou ocorre em estágios Uma terceira questão se o desenvolvimento é mais influenciado pela hereditariedade ou pelo ambiente foi introduzida no Capítulo 1 e será discuti da mais detalhadamente no Capítulo 3 QUESTÃO 1 O DESENVOLVIMENTO É ATIVO OU REATIVO As pessoas são ativas ou reativas em seu próprio desenvolvimento Essa controvérsia remonta ao sécu lo XVIII O filósofo inglês John Locke sustentava que uma criança pequena é uma tabula rasa uma tela em branco onde a sociedade se inscreve Por outro lado o filósofo francês Jean Jacques Rousseau acreditava que as crianças nascem como bons selvagens que se desenvolvem de acordo com suas próprias tendências naturais positivas se não forem corrompidas pela sociedade Sabemos agora que ambas as visões são por demais simplistas As crianças possuem impulsos e necessidades internas que influenciam o desenvolvimento mas elas também são animais sociais que não podem ter um desenvolvimento ideal isoladamente Modelo mecanicista O debate em torno das filosofias de Locke e de Rousseau levou a dois mode los ou imagens contrastantes do desenvolvimento o mecanicista e o organicista A visão de Locke foi precursora do modelo mecanicista Nesse modelo as pessoas são como máquinas que reagem a estímulos ambientais Pepper 1942 1961 Uma máquina é a soma de suas partes Para entendêla podemos desmontála em seus menores componentes e depois montála novamente Máquinas não funcionam sozinhas reagem automaticamente a forças ou a entrada de dados Encha o tanque do carro com gasolina ligue a chave de ignição pressione o acelerador e o carro irá se movimentar Na visão mecanicista o comportamento humano é a mesma coisa resulta da operação de partes biológicas em resposta a estímulos externos ou internos Se soubermos o suficiente sobre como a máquina humana é montada e conhecermos as forças que agem sobre ela poderemos pre ver o que uma pessoa fará Pesquisadores mecanicistas procuram identificar os fatores que fazem os indivíduos se compor tarem do modo como se comportam Por exemplo ao tentar explicar por que alguns estudantes universitários ingerem tanta bebida alcoólica um teórico mecanicista poderá identificar influências ambientais como a propaganda e se os amigos do estudante bebem muito Modelo organicista Rousseau foi o precursor do modelo organicista Esse modelo entende as pessoas como organismos ativos em crescimento que põem em marcha seu próprio desenvolvimento Pepper 1942 1961 Elas iniciam eventos e não apenas reagem Assim a força que impulsiona a mudança é interna Influências ambientais não causam o desenvolvimento embora possam acelerálo ou desacelerálo Como o comportamento humano é visto como um todo orgânico não pode ser previsto sub dividindoo em simples respostas à estimulação ambiental Um teórico organicista ao estudar por que alguns estudantes bebem excessivamente provavelmente voltaria sua atenção para os tipos de situação que eles escolhem participar e com quem Eles escolhem amigos que preferem ir a festas ou que preferem estudar Para os organicistas o desenvolvimento apresenta uma estrutura subjacente e ordenada embora possa não ser óbvia de um momento para o outro Quando um óvulo fertilizado desenvolvese num embrião e depois num feto ele passa por uma série de transformações não claramente previsíveis a partir do que veio antes Protuberâncias na cabeça tornamse olhos ouvidos boca e nariz O cérebro começa a coordenar a respiração a digestão e a eliminação Formamse os órgãos sexuais Do mesmo modo os organicistas descrevem o desenvolvimento após o nascimento como uma sequência progres siva de estágios em direção à plena maturação verificador você é capaz de Explicar as relações entre teo rias hipóteses e pesquisa modelo mecanicista Modelo que vê o desenvolvimento humano como uma série de respostas previsíveis a estímulos Essas questões também se aplicam ao mundo real Por exemplo se você acredita no valor de programas como o Head Start isso implica que você acredita no poder das influências ambientais Se considera que esses programas não valem um investimento financeiro isso quer dizer que para você a hereditariedade é mais importante Em que você acredita modelo organicista Modelo que vê o desenvolvimento hu mano como algo iniciado internamente por um organismo ativo e que ocorre numa sequência de etapas qualitativa mente diferentes Lembrase dos personagens Calvin e Hobbes das tiras de quadrinhos Seus nomes foram tirados de dois filósofos que especularam sobre nossa natureza essencial Papalia02indd 57 Papalia02indd 57 010213 0924 010213 0924 58 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman QUESTÃO 2 O DESENVOLVIMENTO É CONTÍNUO OU DESCONTÍNUO Os modelos mecanicista e organicista também diferem na segunda questão o desenvolvimento é contínuo isto é gradual e cumulativo ou descontínuo isto é abrupto ou irregular Para os teóricos mecanicistas o desenvolvimento é contínuo como an dar e escalar uma rampa Nos modelos mecanicistas o desenvolvimento sempre é governado pelos mesmos processos permitindo a previsão de comportamentos posteriores a partir dos anteriores Os teóricos mecanicistas tratam da mudança quantitativa mudanças de número ou de quantidade como altura peso ta manho do vocabulário ou frequência da comunicação Um bebê que ganha 1 quilo e meio nos três primeiros meses de vida expe rimenta uma mudança quantitativa Pesquisadores quantitativos poderão medir quanto a pessoa consegue lembrar em vez de o que é a memória ou como ela funciona Na maioria das vezes mudan ças quantitativas são contínuas e unidirecionais Os teóricos organicistas enfatizam a mudança qualitativa mudanças de tipo estrutura ou organização A mudança qualitativa é descontínua é marcada pela emergência de novos fenômenos que não podem ser previstos com facilidade com base no funcio namento anterior A mudança de uma criança não verbal para uma criança que entende palavras e pode comunicarse verbal mente é uma mudança qualitativa Os teóricos organicistas veem o desenvolvimento como algo que ocorre numa série de estágios distintos como os de graus de uma escada Em cada estágio as pessoas lidam com diferentes tipos de pro blemas e desenvolvem diferentes tipos de habilidades Cada estágio começa a partir do anterior e prepara o caminho para o se guinte Para os organicistas esse desdobra mento da estrutura do desenvolvimento é universal todos atravessam os mesmos es tágios na mesma ordem embora o momen to preciso seja variável Perspectivas teóricas As teorias geralmente abrangem amplas perspectivas que enfatizam diferentes tipos de processos de desenvolvimento e assumem diferentes posições sobre as questões descritas no segmento anterior Essas perspectivas influenciam as perguntas feitas pelos pesquisadores os métodos que eles usam e o modo de interpretar os dados Para avaliar e interpretar a pesquisa é importante reconhecer a pers pectiva teórica em que ela se baseia Cinco grandes perspectivas sustentam boa parte das teorias influentes e da pesquisa sobre desen volvimento humano 1 psicanalítica que se concentra nas emoções e nos impulsos inconscientes 2 da aprendizagem que estuda o comportamento observável 3 cognitiva que analisa os processos do pensamento 4 contextual que enfatiza o impacto do contexto histórico social e cultural e 5 evolucionistasociobiológica que considera as bases evolucionistas e biológicas do comportamento Daremos agora uma visão geral das proposições básicas métodos e ênfase causal de cada uma dessas perspectivas e alguns de seus principais teóricos Isso tudo está resumido na Tabela 21 páginas 60 61 e será citado ao longo deste livro As mudanças que ocorrem do segundo mês de gravidez até o oitavo são mudanças quantitativas A mudança qualitativa seria do estado de não gravidez para a gravidez Não se trata de mais ou menos alguma coisa é fundamentalmente diferente Não existe algo como estar só um pouco grávida mudança quantitativa Mudanças em número ou quantidade como altura peso tamanho do voca bulário ou frequência da comunicação mudança qualitativa Mudanças descontínuas de tipo estru tura ou organização Tenha cuidado ao procurar quantitativo e qualitativo no Google pois provavelmente encontrará páginas na web que tratam de estatística qualitativa ou quantitativa e não de mudança Embora sejam conceitos relacionados não são a mesma coisa verificador você é capaz de Discutir duas questões re lativas ao desenvolvimento humano Mostrar a diferença entre os modelos mecanicista e orga nicista Comparar mudança quantita tiva e mudança qualitativa Quais são as cinco perspectivas teóricas sobre o desenvolvimento humano Descreva algumas teorias representativas de cada uma delas indicad r Papalia02indd 58 Papalia02indd 58 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 59 PERSPECTIVA 1 PSICANALÍTICA Sigmund Freud 18561939 médico vienense foi o criador da perspectiva psicanalítica segundo a qual o desenvolvimento é moldado por forças inconscientes que motivam o comportamento hu mano A psicanálise o método terapêutico desenvolvido por Freud procura favorecer nos pacientes a compreensão sobre seus conflitos emocionais inconscientes fazendolhes perguntas destinadas a evocar lembranças há muito esquecidas Segue um resumo da teoria de Freud do desenvolvimento psicossexual Outros teóricos e profissionais entre eles Erik H Erikson que discutiremos em seguida ampliaram e modificaram a teoria de Freud Sigmund Freud desenvolvimento psicossexual Freud 1953 1964a 1964b acreditava que as pessoas nascem com impulsos biológicos que devem ser redirecionados para tornar possível a vida em sociedade Ele dividiu a personalidade em três componentes hipotéticos id ego e superego Os recémnascidos são governados pelo id que opera sob o princípio do prazer o impulso que busca satisfação imediata de suas necessidades e desejos Quando a gratificação é adiada como acontece quando os bebês precisam esperar para serem alimentados eles começam a ver a si próprios como separados do mundo externo O ego que representa a razão desenvolvese gradualmente durante o primeiro ano de vida e opera sob o princípio da realidade O objetivo do ego é encontrar maneiras realistas de gratificar o id que sejam aceitáveis para o superego o qual se desenvolve por volta dos 5 ou 6 anos O superego inclui a consciência e incorpora ao sistema de valores da criança deveres e proibições socialmente aprovados O superego é altamente exigente se os seus padrões não forem satisfeitos a criança pode sentirse culpada e ansiosa O ego intermedia os impulsos do id e as deman das do superego Para Freud a personalidade formase através dos conflitos inconscientes da infância entre os im pulsos inatos do id e as exigências da sociedade Esses conflitos ocorrem em uma sequência invariável de cinco fases de desenvolvimento psicossexual baseadas na maturação Tabela 22 página 62 em que o prazer se desloca de uma zona corporal para outra da boca para o ânus e depois para os genitais Em cada fase o comportamento que é a principal fonte de gratificação ou frustração muda da alimentação para a eliminação e posteriormente para a atividade sexual Freud considerava as três primeiras fases aquelas relativas aos primeiros cinco anos de vida cruciais para o desenvolvimento da personalidade Segundo ele se as crianças receberem pouca ou muita gratificação em qualquer uma dessas fases correrão o risco de desenvolve rem fixação uma interrupção no desenvolvimento que pode aparecer na personalidade adulta Bebês cujas necessidades não são satisfeitas durante a fase oral quando a alimen tação é a principal fonte de prazer sensual poderão na idade adulta ter o hábito de roer as unhas fumar ou desenvolver personalidades agressivamente críticas A criança que na primeira infância teve um treinamento higiênico muito rígido pode fixarse na fase anal quando a principal fonte de prazer era o movimento dos intestinos Essa pessoa poderá ter obsessão por limpeza ser rigidamente ligada a horários e rotinas ou mesmo tornarse provocadoramente desleixada De acordo com Freud um evento fundamental do desenvolvimento psicossexual ocorre na fase fálica da segunda infância Os meninos desenvolvem apegos sexuais às mães e as meninas aos pais ao mesmo tempo em que apresentam impulsos agressivos pelo genitor do mesmo sexo a quem eles consideram como um rival Esses eventos foram denominados de Complexo de Édipo e Complexo de Electra respectivamente Com o tempo as crianças resolvem a ansiedade sobre os seus sentimentos identifican dose com o genitor do mesmo sexo e passando para a fase de latência na terceira infância um período de relativa tranquilidade emocional e exploração intelectual e social Elas redire cionam sua energia sexual para outros fins como a escola os relacionamentos e os hobbies A fase genital a última se estende por toda a vida adulta Os impulsos sexuais reprimi dos durante a latência agora ressurgem para fluir em canais socialmente aceitos que Freud definiu como relações heterossexuais com pessoas de fora da família de origem A teoria de Freud trouxe contribuições históricas e inspirou toda uma geração de se guidores alguns dos quais levaram a teoria psicanalítica para novas direções Algumas das perspectiva psicanalítica Visão do desenvolvimento humano como moldado por forças inconscien tes que motivam o comportamento humano Embora não seja seu significado original uma maneira fácil de lembrar o que quer o id é lembrarse dos desejos instintivos desenvolvimento psicossexual Na teoria freudiana uma sequência invariável de fases do desenvolvimento da personalidade na infância quando a gratificação se desloca da boca para o ânus e depois para os genitais Sigmund Freud criou uma teoria origi nal sobre o desenvolvimento psicosse xual Sua filha Anna que aparece nes ta foto seguiu seus passos e construiu suas próprias teorias do desenvolvi mento da personalidade Papalia02indd 59 Papalia02indd 59 010213 0924 010213 0924 60 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman ideias de Freud como a noção da crise de Édipo hoje são consideradas obsoletas Outras como os conceitos de id e superego não podem ser cientificamente testados Embora Freud tivesse aberto nos sos olhos para a importância dos primeiros impulsos sexuais atualmente muitos psicanalistas rejeitam essa ênfase nos impulsos sexuais e agressivos em detrimento de outras motivações No entanto vários de seus temas centrais resistiram ao teste do tempo Westen 1998 p 334 Freud nos fez perceber a importância dos pensamentos sentimentos e motivações inconscientes o papel das experiências infantis na formação da personalidade a ambivalência das respostas emocionais especialmente as res postas aos pais o papel das representações mentais do eu e dos outros no estabelecimento das relações íntimas e o curso do desenvolvimento normal partindo de um estado imaturo e dependente para um estado maduro e independente Freud deixou uma marca indelével na psicanálise e na psicologia do desenvolvimento Westen 1998 Precisamos lembrar que a teoria de Freud surgiu num momento específico da história e numa determinada sociedade Freud baseou suas teorias sobre desenvolvimento normal não em uma popu lação média de crianças mas em uma clientela de adultos de classe média alta a maioria mulheres em situação de terapia Sua ênfase na influência dos impulsos sexuais e nas primeiras experiências não levou em conta outras influências posteriores sobre a personalidade incluindo as influências da sociedade e da cultura destacadas por muitos dos herdeiros da tradição freudiana como é o caso de Erik Erikson Erik Erikson desenvolvimento psicossocial Erik Erikson 19021994 psicanalista alemão que originalmente fez parte do círculo de Freud em Viena modificou e ampliou a teoria freudiana enfati zando a influência da sociedade no desenvolvimento da personalidade Erikson foi também um pionei ro ao assumir a perspectiva do ciclo de vida Enquanto Freud sustentava que as primeiras experiências na infância moldavam permanentemente a personalidade Erikson afirmava que o desenvolvimento do ego se estende por toda a vida verificador você é capaz de Identificar o principal foco da perspectiva psicanalítica Citar os cinco estágios do desenvolvimento e as três instâncias da personalidade segundo Freud desenvolvimento psicossocial Na teoria dos oito estágios de Erikson o processo de desenvolvimento do ego ou self é influenciado por fatores sociais e culturais TABELA 21 Cinco perspectivas sobre o desenvolvimento humano Perspectiva Teorias importantes Princípios básicos Psicanalítica Teoria psicossexual de Freud O comportamento é controlado por poderosos impulsos inconscientes Teoria psicossocial de Erikson A personalidade é influenciada pela sociedade e se desenvolve por meio de uma série de crises Aprendizagem Behaviorismo ou teoria tra dicional da aprendizagem Pavlov Skinner Watson As pessoas são reativas o ambiente controla o comportamento Teoria da aprendizagem social social cognitiva Bandura As crianças aprendem em um contexto social por meio da observação e imita ção de modelos As crianças contribuem ativamente para a aprendizagem Cognitiva Teoria dos estágios cogniti vos de Piaget Mudanças qualitativas no pensamento ocorrem entre a primeira infância e a ado lescência As crianças desencadeiam ativamente o desenvolvimento Teoria sociocultural de Vygotsky A interação social é central para o desenvolvimento cognitivo Teoria do processamento de informação Seres humanos são processadores de símbolos Contextual Teoria bioecológica de Bronfenbrenner O desenvolvimento ocorre através da interação entre uma pessoa em desenvol vimento e cinco sistemas contextuais de influências circundantes interliga dos do microssistema ao cronossistema Evolucionista Sociobiológica Teoria do apego de Bowlby Seres humanos possuem mecanismos adaptativos para sobreviver períodos críti cos ou períodos sensíveis são enfatizados as bases evolucionistas e biológicas do comportamento e a predisposição para a aprendizagem são importantes Papalia02indd 60 Papalia02indd 60 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 61 A teoria do desenvolvimento psicossocial de Erikson 1950 1982 Erikson Erikson e Kivnick 1986 abrange oito estágios ao longo do ciclo de vida Tabela 22 que serão vistos nos capítulos apropriados deste livro Cada estágio envolve aquilo que Erikson chamou de crise na personalidade 1 um grande tema psicossocial particularmente importante naquele momento e que até certo ponto continuará sendo um tema pelo resto da vida Esses pro blemas que emergem segundo um cronograma maturacional devem ser satisfatoriamente resolvidos para o desenvolvimento de um ego saudável Cada estágio requer o equilíbrio entre uma tendência positiva e uma tendência negativa correspondente A qualidade positiva deve ser dominante mas também é necessário um pou co da qualidade negativa para um desenvolvimento ideal O tema crítico da primeira infância por exemplo é confiança básica versus desconfiança É preciso confiar no mundo e nas pessoas No entanto também é preciso um pouco de desconfiança para se proteger do perigo O êxito em cada estágio é o desenvolvimento de uma determinada virtude ou força nesse caso a virtude da esperança Uma solução bemsucedida para uma crise deixa o indivíduo em boa posição para lidar com a próxima A teoria de Erikson é importante devido a sua ênfase nas influências sociais e cultu rais e no desenvolvimento para além da adolescência Talvez ele seja mais conhecido pelo seu conceito de crise da identidade discutido no Capítulo 12 que tem produzido muita pesquisa e debates públicos 1 Erikson ampliou o conceito de crise e mais tarde utilizou o termo conflito ou tendências competitivas O psicanalista Erik H Erikson enfatizou as influências sociais sobre a persona lidade verificador você é capaz de Mostrar duas diferenças entre as teorias de Erikson e de Freud Técnicas utilizadas Orientada por estágio Ênfase causal Indivíduo ativo ou reativo Observação clínica Sim Fatores inatos modificados pela experiência Reativo Observação clínica Sim Interação de fatores inatos e experienciais Ativo Procedimentos científicos rigorosos experimentais Não Experiência Reativo Procedimentos científicos rigorosos experimentais Não Experiência modificada por fatores inatos Ativo e reativo Entrevistas flexíveis observação meticulosa Sim Interação de fatores inatos e experienciais Ativo Pesquisa transcultural observação da criança interagindo com pessoa mais competente Não Experiência Ativo Pesquisa de laboratório monitoramento tec nológico de respostas fisiológicas Não Interação de fatores inatos e experienciais Ativo Observação naturalista e análise Não Interação de fatores inatos e experienciais Ativo Observação naturalista e laboratorial Não Interação de fatores inatos e experienciais Ativo e reativo varia de acordo com o teórico Papalia02indd 61 Papalia02indd 61 010213 0924 010213 0924 62 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman PERSPECTIVA 2 APRENDIZAGEM A perspectiva da aprendizagem sustenta que o desenvolvimento resulta da aprendizagem uma mudança duradoura no comportamento baseada na experiência ou adaptação ao ambiente Os teóri cos da aprendizagem procuram descobrir leis objetivas que governam as mudanças no comportamen to observável e veem o desenvolvimento como algo contínuo perspectiva da aprendizagem Visão do desenvolvimento humano segundo a qual as mudanças no com portamento resultam da experiência ou da adaptação ao ambiente TABELA 22 Estágios de desenvolvimento segundo diversas teorias Fases psicossexuais Freud Estágios psicossociais Erikson Estágios cognitivos Piaget Oral nascimento aos 1218 meses A principal fonte de prazer do bebê envolve atividades ligadas à boca sugar e alimentarse Confiança básica versus desconfiança nascimento aos 1218 meses O bebê desenvolve o senso de perceber se o mundo é um lugar bom e seguro Virtude esperança Sensóriomotor nascimento aos 2 anos Aos poucos o bebê tornase capaz de organizar atividades em relação ao ambiente através das atividades sensorial e motora Anal 1218 meses aos 3 anos A criança obtém gratificação sensual retendo e expelindo as fezes A zona de gratificação é a região anal e o treinamento para o uso do toalete é importante Autonomia versus vergonha e dúvida 1218 meses aos 3 anos A criança desenvolve um equilíbrio de independência e autosuficiência em relação à vergonha e à dúvida Virtude vontade Préoperatório 2 a 7 anos A criança desenvolve um sistema represen tacional e utiliza símbolos para representar pessoas lugares e eventos A linguagem e o jogo imaginativo são importantes manifestações desse estágio O pensamento ainda não é lógico Fálica 3 a 6 anos A criança se apega ao genitor do sexo oposto e poste riormente se identifica com o geni tor do mesmo sexo O superego se desenvolve A zona de gratificação transferese para a região genital Iniciativa versus culpa 3 aos 6 anos A criança de senvolve a iniciativa quando experimenta novas atividades e não é dominada pela culpa Virtude propósito Latência 6 anos à puberdade Época de relativa calma entre fases mais turbulentas Produtividade versus inferioridade 6 anos à puber dade A criança deve aprender as habilidades da cultura ou enfrentar sentimentos de incompe tência Virtude habilidade Operatórioconcreto 7 a 11 anos A criança pode resolver problemas logicamente se estiverem focadas no aqui e agora mas não conse gue pensar abstratamente Genital puberdade à idade adulta Ressurgimento dos impulsos se xuais da fase fálica canalizados na sexualidade adulta madura Identidade versus confusão de identidade puberda de ao adulto jovem O adolescente deve determi nar seu próprio senso de eu quem sou eu ou experimentar uma confusão de papéis Virtude fidelidade Operatórioformal 11 anos até a idade adulta A pessoa consegue pensar abstratamente lidar com situações hipotéticas e pensar so bre possibilidades Intimidade versus isolamento adulto jovem A pes soa procura estabelecer compromissos com os outros se não for bemsucedida poderá sofrer isolamento e autoabsorção Virtude amor Generatividade versus estagnação vida adulta inter mediária O adulto maduro preocupase em esta belecer e orientar a próxima geração ou então sen te um empobrecimento pessoal Virtude cuidado Integridade versus desespero vida adulta tardia O idoso alcança a aceitação da própria vida o que favorece a aceitação da morte ou então se desespera com a incapacidade de reviver a vida Virtude sabedoria Nota Todas as idades são aproximadas Papalia02indd 62 Papalia02indd 62 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 63 Os teóricos da aprendizagem ajudaram a tornar o estudo do desenvolvimento humano mais cien tífico Seus termos são definidos com precisão e seu foco em comportamentos observáveis significa que as teorias podem ser testadas em laboratório Duas importantes teorias da aprendizagem são o behaviorismo e a teoria da aprendizagem social Behaviorismo O behaviorismo é uma teoria mecanicista que descreve o comportamento ob servado como uma resposta previsível à experiência Embora a biologia estabeleça limites para o que as pessoas podem fazer os behavioristas consideram a influência do ambiente muito maior Eles sustentam que os seres humanos em todas as idades aprendem sobre o mundo do mesmo modo que os outros organismos reagindo a condições ou aspectos do ambiente que consideram agradáveis do lorosos ou ameaçadores A pesquisa behaviorista concentrase na aprendizagem associativa quando um vínculo mental é formado entre dois eventos Os dois tipos de aprendizagem associativa são o condicionamento clássico e o condicionamento operante Condicionamento clássico O fisiologista russo Ivan Pavlov 18491936 elaborou experimentos em que cães aprendiam a salivar ao som de um sino que tocava na hora da comida Esses experimentos formaram a base do condicionamento clássico segundo o qual uma resposta neste caso a saliva ção a um estímulo o sino é evocada após repetidas associações a um estímulo que normalmente a elicia resposta comida O behaviorista norteamericano John B Watson 18781958 aplicou essas teorias de estímulo resposta a crianças alegando que poderia moldar qualquer bebê do jeito que quisesse Seus escritos influenciaram toda uma geração de pais a aplicar os princípios da teoria da aprendizagem à criação dos filhos Em uma das primeiras e mais conhecidas demonstrações de condicionamento clássico em seres humanos Watson e Rayner 1920 Watson ensinou um bebê de 11 meses conhecido como Pequeno Albert a ter medo de objetos brancos peludos Nesse experimento Albert foi exposto a um barulho intenso quando começou a golpear o rato Assustado com o barulho ele começou a chorar Depois de vários pareamentos do rato com o barulho Albert choramingava de medo quando via o rato Albert também começou a apresentar respostas de medo a coelhos e gatos brancos e à barba de homens mais velhos Embora o estudo tivesse falhas metodológicas e nos dias de hoje seria considerado altamente antiético sugeriu que o bebê podia ser condicionado a ter medo de algo que antes ele não temera O condicionamento clássico ocorre durante a vida toda As preferências e aversões a determina dos alimentos podem ser resultado da aprendizagem condicionada Respostas de medo a objetos como carros ou cães podem ter origem num acidente ou numa experiência ruim Condicionamento operante Angel repousa em seu berço Quando ele começa a balbuciar mama ma a mãe sorri e repete as sílabas Angel aprende que seu comportamento balbucio pode produzir uma consequência desejável a atenção carinhosa de um dos pais e assim ele continua balbuciando para atrair a atenção da mãe Um comportamento originalmente acidental balbucio tornouse uma resposta condicionada Esse tipo de aprendizagem chamase condicionamento operante porque o indivíduo aprende com as consequências de sua operação sobre o ambiente Diferentemente do condicionamento clássico o condicionamento operante envolve comportamento voluntário como o balbucio de Angel e envolve as consequências e não os preditores do comportamento O psicólogo norteamericano B F Skinner 19041990 que formulou os princípios do condicio namento operante trabalhou principalmente com ratos e pombos mas sustentava que esses princípios aplicavamse também aos seres humanos Skinner 1938 Ele descobriu que um organismo tenderá a repetir uma resposta que foi reforçada por consequências desejáveis e suprimirá uma resposta que foi punida Assim reforço é o processo pelo qual um comportamento é fortalecido aumentando a probabilidade de que seja repetido No caso de Angel a atenção da mãe reforça o balbucio Punição é o processo pelo qual um comportamento é enfraquecido diminuindo a probabilidade de repetição Se a mãe de Angel franzisse a testa quando ele balbuciasse diminuiria a probabilidade de ele balbuciar novamente Se uma consequência é reforço ou punição depende da pessoa O que é reforço para uns poderá ser punição para outros Para uma criança que gosta de ficar sozinha ser mandada para o seu quarto talvez seja reforço e não punição behaviorismo Teoria da aprendizagem que enfatiza o papel previsível do ambiente como causa do comportamento observável condicionamento clássico Aprendizagem baseada na associação de um estímulo que normalmente não elicia uma resposta com outro estímulo que elicia a resposta Originalmente Pavlov estudava as enzimas salivares dos cães Ele colocava um prato com carne na frente deles para que pudesse lhes coletar a saliva Fez sua descoberta inovadora quando percebeu que os cães estavam salivando antes que a carne lhes fosse apresentada condicionamento operante Aprendizagem que associa o compor tamento às suas consequências reforço Processo em que um comportamento é fortalecido aumentando a probabili dade de que seja repetido punição Processo em que um comportamento é enfraquecido diminuindo a probabili dade de repetição O hábito do McDonalds de colocar playgrounds em alguns de seus restaurantes é uma tentativa de condicionar as crianças a formar associações positivas com o McDonalds Papalia02indd 63 Papalia02indd 63 010213 0924 010213 0924 64 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman O reforço é mais eficiente quando vem imediatamente após um comporta mento Se uma resposta não for mais reforçada finalmente será extinta isto é voltará ao nível original linha de base Se depois de algum tempo ninguém repetir o balbucio de Angel ele poderá balbuciar com menor frequência do que o faria se os seus balbucios ainda gerassem reforço Modificação do comportamento ou terapia comportamental é uma forma deliberada de condicionamento operante utilizada para eliminar o comporta mento indesejável como acessos de raiva ou inculcar comportamento dese jável como guardar os brinquedos depois de brincar Por exemplo toda vez que uma criança guarda os brinquedos ela recebe uma recompensa como um elogio ou um doce ou um brinquedo novo A modificação do comportamento funciona particularmente com crianças que apresentam necessidades especiais como aquelas com incapacidade mental ou emocional A psicologia de Skinner no entanto é de aplicação limitada pois não atende adequadamente às diferen ças individuais às influências culturais e sociais ou outros aspectos do desen volvimento humano que podem ser atribuídos a uma combinação de fatores e não somente a associações aprendidas Teoria da aprendizagem social social cognitiva O psicólogo norte americano Albert Bandura 1925 desenvolveu boa parte dos princípios dessa teoria Enquanto os behavioristas veem a ação do ambiente sobre a pessoa como o principal impulso para o desenvolvimento Bandura 1977 1989 Bandura e Walters 1963 sugere que o ímpeto para o desenvolvimento é bidirecional Ele chamou esse conceito de determinismo recíproco a pessoa age sobre o mundo na medida em que o mundo age sobre a pessoa A teoria da aprendizagem social clássica sustenta que a pessoa aprende o comportamento social apropriado principalmente observando e imitando mode los isto é observando outras pessoas como os pais os professores ou os heróis dos esportes Esse processo é chamado de aprendizagem observacional ou modelamento As pessoas tendem a escolher modelos que tenham prestígio controlem recursos ou que sejam recompensados pelo que fazem em outras palavras aqueles cujo comportamento é perce bido como valorizado na cultura A imitação de modelos é o elemento mais importante para a criança aprender uma língua lidar com a agressão desenvolver um senso moral e aprender os comportamen tos apropriados de gênero A aprendizagem observacional pode ocorrer mesmo se uma pessoa não imitar o comportamento observado A versão mais atualizada da teoria da aprendizagem social de Bandura 1989 é a teoria social cognitiva A mudança no nome reflete uma ênfase maior nos processos cognitivos como essenciais para o desenvolvimento Os processos cognitivos operam à medida que as pessoas observam modelos aprendem fragmentos de comportamento e mentalmente juntam esses fragmentos em novos e complexos padrões de comportamento Rita por exemplo imita o andar de sua professora de dança mas modela seus passos de dança de acordo com os de Carmen uma estudante um pouco mais avan çada Mesmo assim ela desenvolve seu próprio estilo juntando suas observações em um novo padrão Através do feedback de seu comportamento a criança aos poucos forma padrões para julgar suas ações e tornarse mais seletiva na escolha de modelos que demonstrem esses padrões Também começa a desenvolver um senso de autoeficácia ou seja a confiança de que tem o que é preciso para ser bemsucedida PERSPECTIVA 3 COGNITIVA A perspectiva cognitiva concentrase nos processos de pensamento e no comportamento que reflete esses processos Essa perspectiva abrange tanto teorias mecanicistas quanto teorias organicistas Inclui a teoria dos estágios cognitivos de Piaget e a teoria sociocultural do desenvolvimento cognitivo de Vygotsky Também inclui a abordagem do processamento de informação e as teorias neopiagetianas que combinam elementos da teoria do processamento de informação com a teoria piagetiana De acordo com os princípios de Skinner uma punição como deixar uma criança de castigo reduz a probabi lidade de que um comportamento venha a se repetir teoria da aprendizagem social Teoria segundo a qual os comporta mentos são aprendidos pela observa ção e imitação de modelos Também chamada de teoria social cognitiva determinismo recíproco Termo usado por Bandura para as forças bidirecionais que afetam o de senvolvimento aprendizagem observacional Aprendizagem por meio da observação do comportamento dos outros autoeficácia Percepção que a pessoa tem de sua própria capacidade de vencer desafios e atingir metas verificador você é capaz de Identificar as principais ques tões de interesse para a pers pectiva da aprendizagem Distinguir condicionamento clássico de condicionamento operante Distinguir reforço de punição Comparar o behaviorismo com a teoria da aprendiza gem social Papalia02indd 64 Papalia02indd 64 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 65 A teoria dos estágios cognitivos de Jean Piaget Nossa compreensão de como as crianças pensam se deve muito ao tra balho do teórico suíço Jean Piaget 18961980 Com sua ênfase nos processos mentais a teoria dos estágios cognitivos foi a precursora da atual revolução cognitiva Piaget que era biólogo e filósofo por formação tinha uma visão organicista do desenvol vimento como o produto dos esforços da criança para entender e agir em seu mundo O método clínico de Piaget combinava observação com in dagação flexível Ao perguntar por que as crianças respondiam as perguntas da maneira como o faziam ele percebeu que crianças da mesma idade cometiam tipos semelhantes de erro em lógica Assim por exemplo ele descobriu que uma criança típica de 4 anos acredi tava que moedas ou flores eram mais numerosas quando dispostas em filas do que quando empilhadas A partir de suas observações acerca de seus próprios filhos e de outras crianças ele criou uma abrangente teoria do desenvolvimento cognitivo Piaget propôs que o desenvolvimento cognitivo começa com uma capacidade inata de se adaptar ao ambiente Ao procurar o seio da mãe pegar uma pedra ou explorar as fronteiras de um quarto a criança pequena desenvolve um quadro mais preciso de seus arre dores e maior competência para lidar com eles Esse crescimento cognitivo ocorre através de três processos interrelacionados organi zação adaptação e equilibração Organização é a tendência a criar categorias tais como pássaros observando as características que membros individuais de uma categoria como pardais e cardeais têm em comum Segundo Piaget as pessoas criam estruturas cognitivas cada vez mais complexas chamadas esquemas que são modos de organizar informações sobre o mundo que controlam a maneira como a criança pensa e se comporta numa determinada situação Na medida em que a criança adquire mais informações seus esquemas tornamse cada vez mais complexos Veja por exemplo o ato de sugar O recémnascido tem um esquema simples para sugar mas logo desenvolve esquemas diversos de como sugar o peito a mamadeira ou o dedo Adaptação é o termo de Piaget para o modo como a criança lida com as novas informações à luz do que ela já sabe A adaptação ocorre por intermédio de dois processos complementares 1 assimilação que é absorver informação nova e incorporála às estruturas cognitivas existentes e 2 acomodação que é ajustar as próprias estruturas cognitivas para encaixar a informação nova Consi dere novamente o ato de sugar O bebê que mama no peito ou na mamadeira e que começa a sugar o canudinho de uma caneca para crianças está demonstrando assimilação usando um velho esquema para lidar com uma situação nova a caneca A equilibração um esforço constante para atingir um equilíbrio estável estabelece a pas sagem da assimilação para a acomodação Quando a criança não consegue lidar com novas expe riências dentro das estruturas cognitivas existentes ela experimenta um estado motivacional des confortável conhecido como desequilíbrio Por exemplo a criança sabe o que são pássaros e vê um avião pela primeira vez A criança rotula o avião como pássaro assimilação Com o passar do tempo ela nota diferenças entre aviões e pássaros o que a deixa um tanto inquieta desequilíbrio motivandoa a mudar sua compreensão acomodação e dar um novo rótulo para o avião Ela então se encontra em equilíbrio Ao organizar novos padrões mentais e comportamentais que integram a nova experiência a criança restaura o equilíbrio Assim assimilação e acomodação operam juntas para produzir equilíbrio Durante a vida toda a busca pelo equilíbrio é a força motivadora por trás do crescimento cognitivo Piaget descreveu o desenvolvimento cognitivo como ocorrendo em quatro estágios universais qualitativamente diferentes ver Tabela 22 e discussão detalhada em outros capítulos Cada estágio emerge num momento de desequilíbrio ao qual a mente da criança se adapta aprendendo a pensar perspectiva cognitiva Visão segundo a qual os processos do pensamento são essenciais para o desenvolvimento teoria dos estágios cognitivos Teoria de Piaget segundo a qual o desenvolvimento cognitivo da criança avança em uma série de quatro está gios que envolvem tipos qualitativa mente distintos de operações mentais organização Termo de Piaget para a criação de cate gorias ou sistemas de conhecimento esquemas Termo de Piaget para os padrões orga nizados de pensamento e o compor tamento utilizados em diferentes tipos de situações adaptação Termo de Piaget para a adaptação a novas informações sobre o ambiente obtida por meio dos processos de assi milação e acomodação assimilação Termo de Piaget para a incorporação de novas informações em uma estrutura cognitiva existente acomodação Termo de Piaget para as mudanças numa estrutura cognitiva existente para incluir novas informações equilibração Termo de Piaget para a tendência a procurar um equilíbrio estável entre os elementos cognitivos obtido por meio do equilíbrio entre assimilação e acomodação Jean Piaget estudou o desenvolvimento cognitivo das crianças observandoas e conversando com elas em muitas situações e fa zendo perguntas para descobrir como suas mentes funcionavam Papalia02indd 65 Papalia02indd 65 010213 0924 010213 0924 66 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman de uma maneira nova ou modificada Da primeira infância até a adolescência as operações mentais evoluem da aprendizagem baseada na atividade sensóriomotora básica para o pensamento lógico abstrato As observações de Piaget produziram muita informação e alguns insights surpreendentes Piaget mostrounos que a mente da criança não é uma miniatura da mente adulta Saber como a criança pensa facilita aos pais e professores entendêla e ensinála A teoria de Piaget forneceu referenciais aproximados sobre o que esperar da criança em várias idades e ajudou os educadores a elaborar currí culos apropriados aos diversos níveis de desenvolvimento Piaget porém parece ter subestimado seriamente as capacidades dos bebês e das crianças peque nas Alguns psicólogos contemporâneos questionam seus estágios distintos apresentando evidências de que o desenvolvimento cognitivo é mais gradual e contínuo Courage e Howe 2002 Além disso pesquisas transculturais indicam que o desempenho em tarefas de raciocínio formal é tanto uma função da cultura quanto do desenvolvimento pessoas de sociedades industrializadas que participaram de um sistema de educação formal demonstram um desempenho melhor nessas tarefas BuckMorss 1975 Por último a pesquisa com adultos indica que o foco de Piaget na lógica formal como o ápice do desen volvimento cognitivo é por demais estreito Não explica a emergência de habilidades maduras como a resolução de problemas práticos a sabedoria e a capacidade de lidar com situações ambíguas Teoria sociocultural de Lev Vygotsky O psicólogo russo Lev Semenovich Vygotsky 18961934 concentrouse nos processos sociais e culturais que orientam o desenvolvimento cognitivo da criança A teoria sociocultural de Vygotsky 1978 assim como a teoria de Pia get enfatiza o envolvimento ativo da criança com seu ambiente mas enquanto Piaget des crevia a mente por si só absorvendo e interpretando informações sobre o mundo Vygotsky via o crescimento cognitivo como um processo colaborativo As pessoas segundo Vygotsky aprendem por meio da interação social Elas adquirem habilidades cognitivas como parte de sua indução a um modo de vida Atividades compartilhadas ajudam a criança a internalizar os modos de pensar da sociedade cujos hábitos passam a ser os seus Vygotsky deu uma ênfase especial à linguagem não simplesmente como uma expressão do conhecimento e do pensa mento mas como um meio essencial para aprender e pensar sobre o mundo Para Vygotsky os adultos ou os colegas mais desenvolvidos devem ajudar a direcionar e organizar a aprendizagem da criança antes que esta possa dominála e internalizála Essa orientação é muito eficaz para ajudar a criança a atravessar a zona de desenvolvimento proximal ZDP a distância entre o que ela já é capaz de fazer sozinha e o que pode realizar com assistência A instrução sensível e eficaz portanto deve ter como objetivo a ZDP e au mentar em complexidade na medida em que as habilidades da criança são aperfeiçoadas A responsabilidade de direcionar e monitorar da aprendizagem aos poucos passa a ser da criança assim como quando um adulto ensina uma criança a boiar primeiro ele apoia a criança na água e depois vai soltandoa aos poucos à medida que ela relaxa o corpo na posição horizontal Alguns seguidores de Vygotsky Wood 1980 Wood Bruner e Ross 1976 têm utilizado a metáfora do andaime plataforma temporária onde ficam os trabalhadores de uma constru ção a esse tipo de ensinamento O andaime é o suporte temporário que pais professores ou outros dão à criança que está realizando uma tarefa até que ela possa fazêla sozinha A teoria de Vygotsky tem importantes implicações para a educação e para a testagem cognitiva Testes que focalizam o potencial de aprendizagem da criança constituem uma valiosa alternativa aos testes padronizados de inteligência que avaliam o que ela já aprendeu e muitas crianças podem se beneficiar do tipo de orientação especializada prescrita por Vygotsky A ZDP e o andaime são discutidos com mais detalhes nos Capítulos 7 e 9 Além disso as ideias de Vygotsky têm sido implementadas com sucesso nos currículos de crianças de préescola e se mostram promissoras em promover o desenvolvimento da autorregulação o que afetará as futuras realizações escolares Barnett et al 2008 Abordagem do processamento de informação Essa abordagem procura explicar o desenvol vimento cognitivo analisando o processo envolvido na compreensão da informação recebida e no de sempenho eficaz de tarefas processos como atenção memória estratégias de planejamento tomadas de decisão e estabelecimento de metas A abordagem do processamento de informação não é uma teo ria única mas um enquadramento teórico que sustenta um amplo espectro de teorias e de pesquisas Piaget escreveu seu primeiro artigo científico com 10 anos de idade quando então avistou um pardal albino verificador você é capaz de Citar três princípios inter relacionados que provocam o crescimento cognitivo segun do Piaget e dar um exemplo de cada teoria sociocultural Teoria de Vygotsky sobre os fatores contextuais que afetam o desenvolvi mento da criança zona de desenvolvimento proximal ZDP Termo utilizado por Vygotsky para dife renciar o que a criança pode fazer sozi nha e o que ela pode fazer com ajuda andaime Suporte temporário para ajudar uma criança a realizar uma tarefa abordagem do processamento de informação Abordagem do estudo do desenvolvi mento cognitivo que observa e analisa os processos mentais envolvidos na percepção e no tratamento da infor mação Segundo Lev Vygotsky as crianças aprendem por meio da interação social Papalia02indd 66 Papalia02indd 66 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 67 Alguns teóricos do processamento de informação comparam o cérebro a um computador existem dados de entrada as impressões sensoriais e dados de saída o comportamento Os teóricos do proces samento de informação estão interessados no que acontece no meio Como o cérebro utiliza sensações e percepções digamos de uma palavra não familiar para reconhecer essa palavra numa segunda vez Por que os mesmos dados de entrada às vezes re sultam em diferentes dados de saída Boa parte dos pesquisadores do processamento de informação utiliza dados observacionais para inferir o que acontece entre um estímulo e uma resposta Por exemplo eles poderão pedir a uma pessoa que recorde uma lista de palavras e depois observar diferenças no desempenho se a pessoa repetir a lista várias vezes antes de lhe pedirem para recordar as palavras ou se for impedida de fazêlo Por meio desses estudos alguns pesquisadores desenvolveram modelos computacionais ou mapas de fluxo que analisam cada etapa em que a pessoa coleta armazena recupera e utiliza a informação Assim como Piaget os teóricos do processamento de informação veem as pessoas como indiví duos que pensam ativamente sobre seu mundo Diferentemente de Piaget eles geralmente não falam em termos de estágios do desenvolvimento Em vez disso veem o desenvolvimento como algo con tínuo e cumulativo Observam aumentos relacionados à idade velocidade complexidade e eficiência do processamento mental e quantidade e variedade do material que pode ser armazenado na memó ria A pesquisa com neuroimagem sustenta aspectos importantes dos modelos de processamento de informação tais como a existência de estruturas físicas separadas para processar memória consciente e inconsciente Schacter 1999 Yingling 2001 A abordagem do processamento de informação tem aplicações práticas Ao avaliar certos aspectos do processamento de informação de uma criança pequena os pesquisadores são capazes de fazer uma estimativa da inteligência futura de um bebê Isso possibilita aos pais e professores ajudar a criança a aprender tornandoa mais consciente de seus processos mentais e de estratégias para incrementá los Psicólogos geralmente fazem uso dos modelos de processamento para testar diagnosticar e tratar problemas de aprendizagem Teorias neopiagetianas Em resposta às críticas à teoria de Piaget alguns psicólogos do desen volvimento procuraram integrar elementos de sua teoria com a abordagem do processamento de informação Em vez de descrever um único sistema geral de operações mentais cada vez mais lógicas esses neopiagetianos concentramse em conceitos estratégias e habilidades específicos tais como quantidade de conceitos e comparações de mais e menos Eles sugerem que a criança desenvolve a cognição tornandose mais eficiente no processamento de informação Em virtude dessa ênfase na eficiência do processamento a abordagem neopiagetiana ajuda a explicar as diferenças individuais na capacidade cognitiva e o desenvolvimento desigual em vários domínios PERSPECTIVA 4 CONTEXTUAL Segundo a perspectiva contextual o desenvolvimento pode ser entendido apenas em seu contexto social Os contextualistas veem o indivíduo não como uma entidade separada interagindo com o am biente mas como parte inseparável deste último A teoria sociocultural de Vygotsky que discutimos como parte da perspectiva cognitiva também pode ser classificada como contextual A teoria bioecológica 1979 1986 1994 Bronfenbrenner e Morris 1998 do psicólogo norte americano Urie Bronfenbrenner 19172005 identifica cinco níveis de influência ambiental variando do mais íntimo para o mais amplo microssistema mesossistema exossistema macrossistema e cronossistema Figura 21 Para entender a complexidade das influências sobre o desenvolvimento devemos ver a pessoa dentro do contexto desses múltiplos ambientes verificador você é capaz de Explicar como a teoria de Vygotsky se diferencia da teoria de Piaget e como ela se aplica ao ensino e à testagem Descrever o que fazem os pes quisadores em processamen to de informação e citar três aplicações dessa pesquisa Explicar como a teoria neo piagetiana se vale tanto da abordagem de Piaget quanto da abordagem do processa mento de informação perspectiva contextual Visão do desenvolvimento humano que vê o indivíduo como inseparável do contexto social teoria bioecológica Abordagem de Bronfenbrenner para entender processos e contextos do de senvolvimento humano e que identifi ca cinco níveis de influência ambiental Vygotsky acreditava que as brincadeiras ocorrem com frequência na ZDP forçando as habilidades da criança até seu limite Por exemplo se você pedir a uma criança que finja ser uma estátua ela provavelmente será capaz de permanecer imóvel por mais tempo do que se lhe pedisse para não se mover A criança conhece as regras de ser uma estátua e essas regras fornecem o andaime Papalia02indd 67 Papalia02indd 67 010213 0924 010213 0924 68 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Microssistema é o ambiente do dia a dia no lar na escola no trabalho ou na vizinhança incluin do relacionamentos face a face com o cônjuge filhos pais amigos colegas de classe professores empregadores ou colegas de trabalho Como um novo bebê afeta a vida dos pais Como as atitudes de um professor afetam o desempenho de uma jovem na faculdade O mesossistema é o entrelaçamento de vários microssistemas Poderá incluir vínculos entre o lar e a escola como as reuniões de pais e mestres ou entre a família e o grupo de colegas como as relações que se desenvolvem entre famílias de crianças que brincam juntas numa vizinhança Por exemplo um mau dia de um dos pais no trabalho poderá afetar as interações com o filho de um modo negativo no final do dia Apesar de nunca ter ido ao local de trabalho mesmo assim a criança é afetada O exossistema consiste em vínculos entre um microssistema e sistemas de instituições externas que afetam a pessoa indiretamente Como o sistema de trânsito de uma comunidade afeta as oportu nidades de trabalho A programação na televisão que encoraja o comportamento prósocial torna as crianças mais prestativas O macrossistema consiste em padrões culturais abrangentes como as crenças e ideologias do minantes e sistemas econômicos e políticos Como um indivíduo é afetado por viver numa sociedade capitalista ou socialista Finalmente o cronossistema adiciona a dimensão do tempo a mudança ou constância na pes soa e no ambiente Isso pode incluir mudanças na estrutura da família no lugar de residência ou no emprego e também mudanças culturais abrangentes como guerras e ciclos econômicos períodos de recessão ou de relativa prosperidade Segundo Bronfenbrenner a pessoa não é meramente uma resultante do desenvolvimento mas também alguém que molda esse desenvolvimento por meio de suas características biológicas e psico lógicas seus talentos habilidades deficiências e temperamento Ao observar os sistemas que afetam os indivíduos na família e além dela essa abordagem bioeco lógica nos ajuda a ver a variedade de influências sobre o desenvolvimento A perspectiva contextual Um ciclo econômico é a flutuação entre o crescimento expansão e a contração recessão Assim como as pessoas as economias também parecem ter um ciclo de vida embora a linha do tempo das mudanças não seja facilmente previsível verificador você é capaz de Enunciar os principais pressu postos da perspectiva contex tual Diferenciar os cinco níveis de influência contextual de Bron frenbrenner FIGURA 21 Teoria bioecológica de Bronfenbrenner Os círculos concêntricos mos tram cinco níveis de influência ambiental sobre o indivíduo do ambiente mais íntimo o microssistema ao mais am plo o cronossistema todos dentro da dimensão perpendi cular do tempo Amigos dos pais Locais de trabalho dos pais Sistema educacional Comunidade e órgãos do governo Sistema de trânsito Shopping centers Mídias de massa Hierarquia religiosa Comunidade religiosa local Lar Escola Grupo de colegas Vizinhança A Criança em Desenvolvimento idade sexo saúde habilidades temperamento Mudança das condições pessoais e sociais ao longo da vida Cronossistema dimensão do tempo Me so ssi ste ma i nt er aç ão e ntr e d ois m icr oss ist em as qu ai sq ue r Sis tem a ec onô mico e p olíti co c renç as e ide olog ias do min ant es Mac ross iste ma Mi cr os si st em a i nfl uê nc ia s b id ir ec io na is Ex oss ist em a Papalia02indd 68 Papalia02indd 68 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 69 também nos adverte que as descobertas sobre o desenvolvimento de pessoas numa determinada cul tura ou num grupo dentro de uma cultura como norteamericanos brancos e de classe média talvez não se aplique igualmente a pessoas de outras sociedades ou grupos culturais PERSPECTIVA 5 EVOLUCIONISTASOCIOBIOLÓGICA A perspectiva evolucionistasociobiológica proposta por E O Wilson 1975 concentrase nas bases evolucionistas e biológicas do comportamento Influenciada pela teoria da evolução de Darwin recorre às descobertas da antropologia ecologia genética etologia e psicologia evolucionista para ex plicar o valor adaptativo ou de sobrevivência do comportamento para um indivíduo ou uma espécie Segundo Darwin as espécies desenvolveramse através dos processos de sobrevivência dos mais adaptados e seleção natural Indivíduos com traços herdados melhor adaptados a seus ambientes sobrevivem e se reproduzem mais do que aqueles menos adaptados Assim através do sucesso na reprodução diferencial indivíduos com características mais adaptativas transmitem seus traços para as gerações futuras em níveis mais altos que indivíduos menos adaptados Desse modo características adaptativas basicamente codificadas em seus genes são selecionadas para serem transmitidas e os menos adaptados são extintos Mecanismos evolutivos são comportamentos que foram desenvolvidos para resolver problemas de adaptação a um ambiente primitivo Por exemplo a súbita aversão a certos alimentos durante a gravidez pode ter evoluído originalmente para proteger o feto vulnerável de substâncias tóxicas Pro fet 1992 Esses mecanismos evolutivos podem continuar existindo mesmo que não sirvam mais a um propósito útil Bjorklund e Pellegrini 2000 2002 ou podem evoluir ainda mais em resposta a mudanças nas condições ambientais Etologia é o estudo dos comportamentos adaptativos distintivos das espécies animais Os etó logos sugerem que para cada espécie certos comportamentos inatos como aquele do esquilo que enterra as nozes no outono e das aranhas tecendo suas teias evoluíram para aumentar as chances de sobrevivência Outro exemplo discutido no Capítulo 1 é o instinto dos patinhos recémnascidos de Lorenz em seguir a mãe Ao observarem os animais geralmente em seu ambiente natural os etólogos procuram identificar quais são os comportamentos universais e quais são específicos de uma determinada espécie ou modificados pela cultura O psicólogo britânico John Bowlby 1969 aplicou os princípios etológicos a aspectos do desenvolvimento humano Por exemplo ele via o apego das crianças a um cuidador como um mecanismo que evoluiu para protegêlos de predadores O apego é discutido no Capítulo 6 A psicologia evolucionista aplica os princípios de Darwin ao comportamento humano Os psicólogos evolucionistas argumentam que assim como partes de nosso corpo físico são especiali zadas em certas funções partes de nossa mente são da mesma forma produto da seleção natural e também têm funções específicas De acordo com essa teoria as pessoas inconscientemente lutam não apenas pela sobrevivência pessoal mas também para perpetuar seu legado genético E elas o fazem procurando maximizar suas chances de ter uma prole que herdará suas características e sobreviverá para se reproduzir No entanto uma perspectiva evolucionista não reduz necessaria mente o comportamento humano totalmente aos efeitos de genes procurando se reproduzir nem implica que o desejo de perpetuar os genes seja consciente ou deliberado Também coloca um grande peso no ambiente ao qual a pessoa deve se adaptar A abordagem dos sistemas em desen volvimento vê o desenvolvimento humano como resultado de um processo dinâmico de interação bidirecional entre a pessoa e o ambiente Bjorklund e Pellegrini 2000 Lickliter e Honeycutt 2003 Nelson 2005 Um exemplo discutido no Capítulo 4 é a teoria e a pesquisa de Esther Thelen sobre como as crianças aprendem a andar Psicólogos desta abordagem aplicam os princípios evolucionistas ao desenvolvimento humano Eles estudam tópicos como estratégias de parentalidade diferenças de gênero no brincar e relações entre colegas além de identificar comportamentos que sejam adaptativos em diferentes idades UM EQUILÍBRIO CAMBIANTE Nenhuma teoria do desenvolvimento humano é universalmente aceita e nenhuma perspectiva teó rica explica todas as facetas do desenvolvimento À medida que evoluiu o estudo do desenvolvi perspectiva evolucionista sociobiológica Visão do desenvolvimento humano que se concentra nas bases evolucio nistas e biológicas do comportamento O pico da náusea matinal é no primeiro trimestre que corresponde à formação de quase todas as principais estruturas do corpo Assim a mãe está menos propensa a consumir alimentos potencialmente prejudiciais durante o período mais sensível etologia Estudo dos comportamentos adaptati vos distintivos de espécies de animais os quais evoluíram para aumentar a sobrevivência da espécie Essas partes de nossa mente podem ser comparadas a aplicativos de um iPhone para funções específicas e restritas Assim como acontece no seu telefone há um aplicativo mental para quase todas as importantes funções humanas psicologia evolucionista Aplicação dos princípios de Darwin da seleção natural e sobrevivência dos mais adaptados ao comportamento individual verificador você é capaz de Identificar o foco principal da perspectiva evolucionistaso ciobiológica e explicar como a teoria da evolução de Darwin sustenta essa perspectiva Dizer quais são os tópicos que etólogos e psicólogos evolu cionistas estudam Papalia02indd 69 Papalia02indd 69 010213 0924 010213 0924 70 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman mento humano os modelos mecanicista e organicista se alternaram em sua influência A maioria dos pioneiros na área incluindo Freud Erikson e Piaget favoreceu as abordagens organicistas ou de estágio A visão mecanicista obteve sustentação durante a década de 1960 com a popularidade das teorias da aprendizagem Dáse hoje muita atenção às bases biológicas e evolucionistas do comportamento Em vez de procurar por amplos estágios os cientistas do desenvolvimento procuram descobrir quais os tipos específicos de comportamento que mostram continuidade e quais os processos envolvidos em cada um deles Em vez de mudanças abruptas um exame mais atento dos estágios do desenvolvimento cognitivo de Piaget revela avanços graduais às vezes quase imperceptíveis que se somam a uma mudança qualitativa Do mesmo modo a maioria das crianças não aprende a andar da noite para o dia mas sim por uma série de movimentos experimentais que aos poucos se tornam mais confiantes Mesmo quando o comportamento observável parece mudar de repente os processos biológicos ou neurológicos subjacentes podem ser contínuos Courage e Howe 2002 Em vez de debater desenvolvimento ativo versus desenvolvimento reativo os investigadores geralmente descobrem que as influências são bidirecionais as pessoas mudam seu mundo assim como são mudadas por ele Um bebê nascido com uma disposição alegre provavelmente obterá res postas positivas dos adultos que fortalecem sua confiança de que seus sorrisos serão recompensados motivandoo a sorrir ainda mais Um gerente que faz críticas construtivas e dá apoio emocional a seus subordinados provavelmente provocará maiores esforços de produção maior produtividade o que por sua vez provavelmente o motivará a continuar com seu estilo gerencial Teorias sobre o desenvolvimento humano surgem a partir da pesquisa e são testadas por ela Embora a maioria dos pesquisadores recorra a diversas perspectivas teóricas indagações e métodos de pesquisa geralmente refletem a orientação teórica pessoal do pesquisador Por exemplo ao tentar entender como uma criança desenvolve o senso de certo e errado o behaviorista examinaria o modo como os pais reagem ao comportamento do filho que tipos de comportamento eles punem ou elo giam Um teórico da aprendizagem social focalizaria a imitação de exemplos morais possivelmente em histórias ou filmes de cinema Um pesquisador do processamento de informação poderia fazer uma análise de tarefas para identificar as etapas que a criança percorre para determinar a amplitude de opções morais disponíveis e então decidir qual a escolha a ser feita Tendo em vista a conexão essencial entre teoria e pesquisa vejamos os métodos utilizados pelos pesquisadores do desenvolvimento Métodos de pesquisa Os pesquisadores do desenvolvimento humano trabalham de acordo com duas tradições metodológi cas quantitativa e qualitativa Cada uma dessas tradições possui diferentes metas e maneiras de ver e interpretar a realidade enfatizando diferentes meios de coletar e analisar dados PESQUISA QUANTITATIVA E QUALITATIVA A pesquisa quantitativa lida com dados numéricos objetivamente medidos geralmente responde as perguntas quanto ou quantos e inclui análises estatísticas Os pesquisadores quantitativos po dem estudar por exemplo o quanto de medo ou ansiedade as crianças sentem antes de uma cirurgia medidos por testes padronizados ou alterações fisiológicas ou qual a proporção de crianças subme tidas a cirurgia que demonstram forte medo ou ansiedade A pesquisa qualitativa concentrase no como e no porquê do comportamento envolve descrições não numéricas verbais ou pictóricas sobre a compreensão sentimentos ou crenças subjetivas sobre as experiências Pesquisadores qualitativos poderiam estudar por exemplo como as crianças descrevem suas emoções antes da cirurgia Morse e Field 1995 A pesquisa qualitativa também pode revelar como a experiência subjetiva influencia o comportamento Em uma avaliação da eficácia dos programas Early Head Start para bebês e crianças pequenas a pesquisa qualitativa com funcionários revelou que suas crenças sobre os processos pelos quais seus programas afetaram o desenvolvimento das crianças tiveram influência nos resultados me didos Love et al 2002 indicad r Como os cientistas do desenvolvimento estudam as pessoas e quais são as vantagens e desvantagens de cada método de pesquisa pesquisa quantitativa Pesquisa que trata de dados objetiva mente medidos pesquisa qualitativa Pesquisa que se concentra em dados não numéricos como experiências sentimentos ou crenças subjetivas Papalia02indd 70 Papalia02indd 70 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 71 A pesquisa quantitativa sobre desenvolvimento humano baseiase no método científico que tradicionalmente tem caracterizado a maior parte da investigação Suas etapas usuais são 1 identificação do problema a ser estudado geralmente com base numa teoria ou pesquisa prévia 2 formulação de hipóteses a serem testadas pela pesquisa 3 coleta de dados 4 análise estatística dos dados para determinar se sustentam a hipótese 5 formulação de conclusões provisórias e 6 divulgação dos resultados de modo que outros observadores possam verificálos conhecêlos analisálos repetilos e aproveitálos Contrastando com a pesquisa quantitativa a pesquisa qualitativa é mais flexível e informal e menos estruturada e sistemática Em vez de gerar hipóteses a partir de pesquisas anteriores como geralmente fazem os pesquisadores quantitativos os pesquisadores qualitativos podem reunir e exami nar um grande volume de dados para ver quais são as hipóteses que porventura surgirão e talvez até mesmo mudar seus métodos no meio do caminho para acomodar descobertas emergentes A escolha entre os métodos quantitativo ou qualitativo poderá depender do objetivo do estudo o quanto o tópico já é conhecido e a orientação teórica do pesquisador A pesquisa quantitativa geral mente é feita em laboratório em condições controladas A pesquisa qualitativa é conduzida em am bientes do cotidiano como o lar ou a escola Pesquisadores quantitativos procuram distanciarse dos participantes do estudo de modo a não influenciar os resultados pesquisadores qualitativos podem vir a conhecer os participantes para melhor entender por que eles pensam sentem e agem do modo como o fazem e supõese que estejam interpretando os resultados através das lentes de suas próprias experiências e características Cada uma dessas metodologias usa diferentes tipos de amostragem e coleta de dados AMOSTRAGEM Como geralmente fica muito caro e leva muito tempo estudar uma população grupo ao qual os re sultados poderão se aplicar inteira os pesquisadores selecionam uma amostra um grupo menor per tencente à população Para que se possa ter certeza de que os resultados da pesquisa quantitativa são verdadeiros em termos gerais a amostra deve representar adequadamente a população em estudo isto é deve exibir características pertinentes nas mesmas proporções da população inteira De outro modo os resultados não poderão ser devidamente generalizados ou aplicados à população como um todo Geralmente pesquisadores quantitativos procuram obter representatividade mediante sele ção randômica ou aleatória procedimento em que cada pessoa de uma população tem a mesma chance de ser escolhida O resultado da seleção randômica é uma amostra randômica Se qui séssemos estudar os efeitos de um programa educacional por exemplo uma das maneiras de selecionar uma amostra randômica de estudantes seria colocar seus nomes dentro de uma caixa agitála e então retirar um certo número de nomes Uma amostra randômica especialmente se for grande provavelmente representará bem a população Infelizmente é difícil obter uma amostra randômica de uma população grande Em vez disso muitos estudos usam amostras selecionadas por conveniência ou acessibilidade por exemplo crianças nascidas num determinado hospital ou pacientes de uma determinada clínica de repouso Os resultados de tais estudos podem não se aplicar à população como um todo Na pesquisa qualitativa as amostras tendem a ser focalizadas e não randômicas Os participantes podem ser escolhidos por sua capacidade de comunicar a natureza de alguma experiência como des crever o que sentiu durante a puberdade ou a menopausa Uma amostra qualitativa cuidadosamente selecionada possibilita um grau razoável de generalização MÉTODOS DE COLETA DE DADOS Alguns meios utilizados para coletar dados Tabela 23 incluem autorrelatos relatos verbais ou vi suais feitos por participantes do estudo observação de participantes em laboratório ou em ambientes método científico Sistema de princípios estabelecidos e de processos de investigação científica que inclui a identificação do problema a ser estudado a formulação de uma hipótese a ser testada pela pesquisa a coleta e análise de dados a formulação de conclusões provisórias e a divulga ção dos resultados amostra Grupo de participantes escolhidos para representar toda uma população a ser estudada seleção randômica Seleção de uma amostra de tal modo que cada pessoa em uma população tenha chances iguais e independentes de ser escolhida verificador você é capaz de Comparar pesquisa quantita tiva e pesquisa qualitativa e dar um exemplo de cada Resumir as seis etapas do mé todo científico e dizer por que cada uma é importante Explicar o propósito da sele ção randômica e dizer como pode ser feita Papalia02indd 71 Papalia02indd 71 010213 0924 010213 0924 72 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman naturais e medidas de comportamento ou de desempenho Os pesquisadores podem fazer uso de uma ou mais dessas técnicas de coleta de dados em qualquer modelo de pesquisa A pesquisa quali tativa tende a confiar em autorrelatos geralmente na forma de entrevistas minuciosas e de perguntas abertas ou em técnicas visuais como pedir aos participantes que desenhem suas impressões de uma experiência e na observação em ambientes naturais A pesquisa quantitativa utiliza métodos padroni zados e estruturados que envolvem medidas numéricas de comportamento ou desempenho Vejamos com mais atenção os vários métodos de coleta de dados Autorrelatos diários técnicas visuais entrevistas e questionários A forma mais simples de autorrelato é o diário Podese pedir a adolescentes por exemplo que registrem o que comeram todos os dias ou os momentos nos quais eles se sentiram deprimidos Para estudar crianças pequenas é comum usar o autorrelato parental diários entrevistas ou questionários geralmente combinado com outros métodos como filmagem ou gravação de áudio Os pais poderão ser filmados brincando com seus bebês e depois as filmagens lhes são mostradas e eles têm de explicar por que agiram ou reagiram dessa ou daquela maneira As técnicas de representação visual pedir aos participantes que desenhem pintem ou façam mapas ou gráficos que descrevam sua experiência podem evitar a de pendência de habilidades verbais Em uma entrevista face a face ou por telefone os pesquisadores fazem perguntas sobre atitudes opiniões ou comportamentos Na entrevista estruturada a cada participante são feitas as mesmas perguntas Uma entrevista de perguntas abertas é mais flexível o entrevistador pode variar os tópicos e a ordem das perguntas e pode fazer outras perguntas com base nas respostas que foram dadas Para atingir um número maior de pessoas e proteger sua privacidade os pesquisadores às vezes distribuem um questionário impresso ou online que os participantes preenchem e devolvem Ao fazer perguntas a um grande número de pessoas os pesquisadores podem obter um quadro mais amplo pelo menos sobre o que os respondentes dizem que acreditam sobre o que fazem ou fizeram No entanto pessoas que desejam participar de entrevistas ou preencher questionários talvez Não existe a melhor maneira de coletar dados cada técnica traz custos e benefícios a ela associados Na sua opinião qual é a técnica de entrevista que produz resultados mais confiáveis a estruturada ou a de perguntas abertas TABELA 23 Principais métodos de coleta de dados Tipo Características principais Vantagens Desvantagens Autorrelato diário relatos visuais entrevista ou ques tionário Os participantes são indaga dos sobre algum aspecto de suas vidas as perguntas podem ser altamente estru turadas ou mais flexíveis o autorrelato pode ser verbal ou visual Pode oferecer informação direta sobre a vida atitudes ou opiniões de uma pessoa Técnicas visuais pex de senhos mapas gráficos evitam a necessidade de habilidades verbais O participante pode não se lembrar da informação com precisão ou pode distorcer as respostas de um modo socialmente desejável o modo como a pergunta é formulada ou por quem pode afetar a resposta Observação naturalista As pessoas são observadas em seu ambiente natural sem qualquer tentativa de mani pular comportamento Oferece uma boa descrição do comportamento não sub mete as pessoas a ambien tes não naturais que possam distorcer o comportamento Falta de controle viés do ob servador Observação laboratorial Os participantes são obser vados no laboratório sem qualquer tentativa de mani pular comportamento Oferece boas descrições proporciona maior controle que a observação naturalis ta pois os participantes são observados sob as mesmas condições controladas Viés do observador a situa ção controlada pode ser artificial Medidas de comportamento e de desempenho Os participantes são testa dos em suas habilidades aptidões conhecimento competências ou respostas físicas Oferece informação objetiva mente mensurável evita distorções subjetivas Não pode medir atitudes ou outros fenômenos não comportamentais resulta dos podem ser afetados por fatores não pertinentes Papalia02indd 72 Papalia02indd 72 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 73 não representem com precisão a população como um todo Além disso confiar demais em autorrela tos pode ser imprudente pois as pessoas talvez não tenham pensado sobre o que sentem e pensam ou sinceramente podem não saber Elas podem esquecer quando e como os eventos ocorreram ou podem consciente ou inconscientemente distorcer suas respostas para se adequar ao que é conside rado socialmente desejável A maneira como uma pergunta é formulada e por quem pode afetar a resposta Quando indaga dos sobre comportamentos potencialmente perigosos ou socialmente desaprovados tais como hábitos sexuais e uso de drogas os participantes talvez sejam mais sinceros quando respondem pelo computa dor do que escrevendo num papel para uma enquete Turner et al 1998 Observação naturalista e laboratorial A observação ocorre de duas formas observação natu ralista e observação laboratorial Na observação naturalista os pesquisadores estudam as pessoas em ambientes da vida real Eles não tentam alterar o comportamento ou o ambiente simplesmente registram o que veem Na observação laboratorial os pesquisadores observam e registram o com portamento em um ambiente controlado como o laboratório Observando todos os participantes sob as mesmas condições os cientistas podem identificar com mais clareza as diferenças comportamentais não atribuíveis ao ambiente Esses dois modos de observação podem oferecer descrições valiosas sobre o comportamento mas têm suas limitações Primeiro não explicam por que as pessoas se comportam daquele jeito embora os observadores possam sugerir interpretações Segundo a presença de um observador pode alterar o comportamento Quando as pessoas sabem que estão sendo observadas podem agir diferentemente Finalmente há o risco do viés do observador a tendência do pesquisador a interpretar dados de modo a satisfazer expectativas ou enfatizar alguns aspectos e minimizar outros Durante a década de 1960 a observação em laboratório era utilizada para obter um controle mais rigoroso Agora gravadores digitais e computadores permitem aos pesquisadores analisar mudanças de comportamento em tempo real por exemplo nas interações entre cônjuges ou entre pais e filhos Esses métodos tornam a observação naturalista mais precisa e objetiva do que era antigamente Medidas comportamentais e de desempenho Para a pesquisa quantitativa os cientistas em pregam medidas mais objetivas de comportamento e desempenho em vez de ou além de autor relatos ou observação Testes e outras medidas comportamentais e neuropsicológicas podem ser usados para avaliar capacidades aptidões conhecimento competências ou respostas fisiológicas como ritmo cardíaco e atividade cerebral Embora tais medidas sejam menos subjetivas que autorre Um dos problemas com os resultados das pesquisas de opinião da revista Cosmos é que não se trata de uma amostra randômica ou aleatória Os dados vêm de pessoas que respondem às pesquisas da revista Cosmos um grupo selecionado de indivíduos observação naturalista Método de pesquisa em que o com portamento é estudado em ambientes naturais sem intervenção ou mani pulação observação laboratorial Método de pesquisa em que todos os participantes são observados sob as mesmas condições controladas A observação também não funciona muito bem para eventos raros Suponha que você quis pesquisar salvamentos heroicos e ficou perto de uma ponte observando se alguém irá ajudar quando uma pessoa tentar suicidarse pulando da ponte Quanto tempo você esperaria Um bebê observado num la boratório poderá ou não com portarse do mesmo modo como o faria num ambiente natural por exemplo em casa mas ambos os tipos de obser vação podem fornecer infor mações valiosas Papalia02indd 73 Papalia02indd 73 010213 0924 010213 0924 74 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman latos ou observação pessoal fatores como fadiga e autoconfiança podem afetar os resultados Alguns testes escritos como os testes de inteligência comparam o desempenho da pessoa com o de outras que fizeram o mesmo teste Esses testes podem ser significativos e úteis somente se forem válidos os testes medem as capacidades que alegam medir e fidedignos os resultados fo rem razoavelmente coerentes num certo intervalo de tempo Para evitar algum viés os testes devem ser padronizados ou seja aplicados e avalia dos pelos mesmos métodos e critérios para todas as pessoas testadas Ao medir uma característica como a inteligência é importante definir exatamente o que deve ser medido de modo que os outros pesquisadores entendam e possam repetir o experimento e comentar os resultados Para isso os pesquisadores usam uma definição operacional uma definição enunciada apenas em termos das operações ou procedimentos utilizados para produzir ou medir um fenômeno A inteligência por exemplo pode ser definida como a capacidade de atingir certo escore ou pontuação num teste referente a relações lógicas memória e reconhecimento de vocabulá rio Algumas pessoas podem discordar dessa definição mas ninguém pode rá razoavelmente dizer que não é clara Na maior parte da história da psicologia teóricos e pesquisadores estu daram os processos cognitivos separadamente das estruturas cerebrais nas quais esses processos ocorrem Hoje em dia sofisticados instrumentos de imageamento como o imageamento por ressonância magnética funcional fMRI e a tomografia por emissão de pósitron PET permitem ver o cére bro em ação e o novo campo da neurociência cognitiva está associando a nossa compreensão das funções cognitivas com o que acontece no cérebro AVALIANDO AS PESQUISAS QUANTITATIVA E QUALITATIVA Em comparação com a pesquisa quantitativa baseada no método científico a pesquisa qualitativa tem seus pontos fortes e limitações No lado positivo a pesquisa qualitativa pode examinar uma questão em grande profundidade e detalhadamente e o enquadramento da pesquisa pode ser prontamente revisado à luz de novos dados As descobertas da pesquisa qualitativa podem ser uma rica fonte de insights sobre atitudes e comportamentos A relação interativa entre pesquisadores e participantes pode humanizar o processo de pesquisa e revelar informações que não emergiriam nas condições mais impessoais da pesquisa quantitativa Por outro lado a pesquisa qualitativa tende a ser menos rigorosa e mais sujeita a vieses do que a pesquisa quantitativa Como as amostras costumam ser pe quenas e não randômicas os resultados são menos generalizáveis e replicáveis do que os resultados da pesquisa quantitativa O grande volume de dados torna a análise e a interpretação demoradas e a qualidade das descobertas e das conclusões depende muito das habilidades do pesquisador Mathie e Carnozzi 2005 A linha demarcatória entre essas metodologias porém não é necessariamente bem definida Os dados qualitativos podem ser analisados quantitativamente por exemplo pela análise estatística de transcrições de entrevistas ou observações filmadas para se ver quantas vezes certos temas ou compor tamentos ocorrem Inversamente os dados quantitativos podem ser esclarecidos pela pesquisa qualita tiva por exemplo por entrevistas elaboradas para examinar as motivações e atitudes de crianças com altas pontuações em testes de execução Yoshikawa Kalil e Way 2008 MODELOS BÁSICOS DE PESQUISA O modelo de pesquisa é um plano para conduzir uma investigação científica quais as perguntas a serem respondidas como os participantes devem ser testados como os dados devem ser coletados e interpretados e como se pode tirar conclusões válidas Quatro dos modelos básicos utilizados na pesquisa sobre desenvolvimento são os estudos de caso estudos etnográficos estudos correlacionais e experimentos Os dois primeiros modelos são qualitativos os dois últimos são quantitativos Cada modelo tem suas vantagens e desvantagens e cada um é apropriado para certos tipos de problemas em pesquisa Tabela 24 definição operacional Definição enunciada apenas em termos das operações ou procedimentos utilizados para produzir ou medir um fenômeno neurociência cognitiva Estudos dos vínculos entre processos neurais e capacidades cognitivas No teste Roscharch de manchas de tinta você deve dizer o que está vendo numa mancha ou borrão de tinta Presumese que o que você vê revela verdades sobre a personalidade e seu funcionamento O problema É notoriamente não confiável De que vale um teste em que não se pode obter uma resposta direta sobre o que ele significa Assim como não há a melhor maneira de coletar dados não há a melhor maneira de conduzir uma pesquisa Cada modelo tem custos e benefícios a ele associados Preparação do gesto Produção do gesto Pesquisadores podem analisar um escaneamento do cé rebro por fMRI imageamento por ressonância magnética funcional feito durante uma atividade ou tarefa para ob servar a ligação entre a atividade cognitiva e o que acon tece no cérebro As regiões que aparecem em tom mais escuro são ativadas quando se pensa em fazer um gesto preparação e depois na sua execução produção Papalia02indd 74 Papalia02indd 74 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 75 Estudos de caso O estudo de caso é o estudo que se faz de um indivíduo Algumas teorias como a de Freud nasceram de estudos de casos clínicos que incluíam observações e interpretações cuidadosas do que os pacientes diziam e faziam Esses estudos também podem fazer uso de medidas comportamentais ou fisiológicas e de material biográfico autobiográfico ou documental Estudos de caso são particularmente úteis no estudo de algo relativamente raro quando simplesmente não é possível encontrar um grupo suficientemente grande de pessoas com a característica em questão para se conduzir uma investigação tradicional em laboratório Estudos de caso oferecem informações úteis e detalhadas Podem explorar fontes de compor tamento e testar tratamentos além de sugerir direções para pesquisas posteriores Uma vantagem é a flexibilidade o pesquisador é livre para explorar caminhos que surgem durante o curso da investigação Entretanto estudos de caso apresentam deficiências Utilizando estudos de caso podemos aprender muito sobre o desenvolvimento de uma única pessoa mas não sobre como a informação se aplica às pessoas em geral Além disso estudos de caso não podem explicar o comportamento com certeza ou permitir sólidas afirmações causais pois não há como testar suas conclusões Estudos etnográficos O estudo etnográfico procura descrever o padrão de relacionamentos costumes crenças tecnologia artes e tradições que compõem um modo de vida em sociedade De certo modo é como um estudo de caso de uma cultura A pesquisa etnográfica pode ser qualitativa quantitativa ou ambas utilizando uma combinação de métodos que incluem entrevistas informais não estruturadas e observação participante A observação participante é uma forma de observação naturalista em que os pesquisadores vivem nas sociedades ou grupos menores que observam ou deles participam assim como geralmente o fazem os antropólogos por longos períodos Em virtude do envolvimento dos etnógrafos nos eventos ou nas sociedades que estão observan do suas descobertas ficam sujeitas ao viés do observador Do lado positivo a pesquisa etnográfica pode ajudar a superar o viés cultural na teoria e na pesquisa Quadro 21 A etnografia demonstra o erro de supor que princípios desenvolvidos em pesquisas com culturas ocidentais sejam universalmente aplicáveis Estudos correlacionais O estudo correlacional procura determinar se existe uma correla ção ou relação estatística entre variáveis fenômenos que se alteram ou variam entre pessoas ou podem ser variados para efeitos de pesquisa As correlações são expressas em termos de direção estudo de caso Estudo de um único sujeito que pode ser um indivíduo ou uma família estudo etnográfico Estudo detalhado de uma cultura uti liza uma combinação de métodos que inclui a observação participante observação participante Método de pesquisa em que o obser vador vive com as pessoas ou participa da atividade que está sendo observada estudo correlacional Modelo de pesquisa que visa descobrir se existe uma relação estatística entre variáveis TABELA 24 Modelos básicos de pesquisa Tipo Características principais Vantagens Desvantagens Estudo de caso Estudo detalhado de um único indivíduo Flexibilidade oferece um quadro detalhado do comportamento e do desenvolvimento da pessoa pode gerar hipóteses Pode não ser generalizável para outros casos conclusões não diretamente testáveis não pode estabelecer causa e efeito Estudo etno gráfico Estudo detalhado de uma cultura ou subcultura Pode ajudar a superar o viés cultu ral na teoria e na pesquisa pode testar a universalidade dos fenô menos do desenvolvimento Sujeito ao viés do observador Estudo correla cional Tentativa de encontrar relações positivas ou negativas entre variáveis Permite a previsão de uma variável com base em outra pode sugerir hipóteses sobre relações causais Não pode estabelecer causa e efeito Experimento Procedimento controlado em que o experimentador con trola a variável independente para determinar seu efeito na variável dependente pode ser conduzido no laboratório ou em campo Estabelece relações de causa e efeito é altamente controlado e pode ser repetido por outro pesquisador o grau de controle é maior no experimento em la boratório Os resultados especialmente quando derivados de experi mentos em laboratório podem não ser generalizáveis para situa ções fora do laboratório Papalia02indd 75 Papalia02indd 75 010213 0924 010213 0924 76 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman positiva ou negativa e magnitude grau Duas variáveis correlacionadas positivamente crescem ou decrescem conjuntamente Estudos mostram uma correlação positiva ou direta entre vio lência televisionada e agressão isto é crianças que veem mais programas violentos na televisão tendem a brigar mais do que aquelas que assistem menos a esses programas Duas variáveis têm uma correlação negativa ou inversa se quando uma aumenta a outra diminui Estudos mostram para o mund OBJETIVOS DA PESQUISA TRANSCULTURAL Quando David uma criança norteamericana de origem euro peia foi solicitado a identificar o detalhe que faltava no retrato de um rosto sem boca ele disse a boca Mas Ari uma crian ça asiática imigrante em Israel disse que o corpo é que estava faltando Como em sua cultura a arte não apresenta a cabeça como um retrato completo ele achou que a ausência de um corpo era mais importante que a omissão de um mero detalhe como a boca Anastasi 1988 p 360 É observando crianças de diferentes grupos culturais que os pesquisadores poderão saber sob quais aspectos o desenvolvi mento é universal e portanto intrínseco à condição humana e sob quais aspectos é culturalmente determinado Por exem plo crianças de toda parte aprendem a falar na mesma sequên cia passando de arrulhos e balbucios para palavras simples e depois para combinações de palavras As palavras variam de cultura para cultura mas no mundo inteiro crianças pequenas formam sentenças juntando as palavras da mesma maneira Es sas descobertas sugerem que a capacidade de aprender uma língua é universal e inata Por outro lado a cultura parece exercer uma grande e sur preendente influência sobre o início do desenvolvimento mo tor Bebês africanos cujos pais costumam apoiálos para que fiquem sentados e os forçam a ficar de pé tendem a sentar e caminhar mais cedo que bebês norteamericanos Rogoff e Mo relli 1989 A sociedade em que uma criança é criada também influencia nas habilidades que ela aprende Nos Estados Unidos a criança aprende a ler escrever e cada vez mais a operar com putadores No Nepal ela aprende a conduzir búfalos e a percor rer as trilhas nas montanhas Uma das importantes razões de fazer pesquisa entre dife rentes grupos culturais é reconhecer vieses nas teorias e nas pesquisas ocidentais tradicionais que geralmente não são questionadas até que se mostre que são produto de influên cias culturais Como boa parte das pesquisas sobre o desen volvimento da criança concentrase nas sociedades ocidentais industrializadas o desenvolvimento típico nessas sociedades pode ser visto como norma ou padrão de comportamento Me didas comparadas a essa norma resultam em ideias estreitas e geralmente erradas sobre o desenvolvimento Levada ao extremo essa crença pode fazer com que o desenvolvimento de crianças em outros grupos étnicos e culturais seja visto como desviante Rogoff e Morelli 1989 Existem barreiras que impedem nossa compreensão das diferenças culturais especialmente aquelas que envolvem sub culturas minoritárias Assim como aconteceu com David e Ari em nosso primeiro exemplo uma pergunta ou tarefa poderá ter diferentes significados conceituais para diferentes grupos cul turais Às vezes as barreiras são linguísticas Em um estudo com crianças sobre a compreensão das relações de parentesco entre os zinacantas de Chiapas México Greenfield e Childs 1978 em vez de perguntar quantos irmãos você tem os pesquisadores sabendo que os zinacantas possuem termos diferentes para irmão mais velho e irmão mais novo perguntaram qual é o nome do seu irmão mais velho Fazer a mesma pergunta em culturas diferentes pode obscurecer em vez de revelar diferen ças e semelhanças culturais Parke 2004 Resultados de estudos observacionais de grupos étnicos ou culturais podem ser afetados pela etnia dos pesquisadores Por exemplo em um estudo observadores norteamericanos de origem europeia notaram mais conflitos e restrições nos relacio namentos entre mãe e filha afroamericanas que observadores afroamericanos Gonzales Cauce e Mason 1996 Neste livro discutimos várias teorias influentes desenvol vidas como resultados de pesquisas feitas em sociedades oci dentais que não se sustentam quando testadas em pessoas de outras culturas teorias sobre papéis de gênero pensamento abstrato julgamento moral e outros aspectos do desenvolvi mento humano Ao longo de todo o livro focalizamos constan temente crianças de culturas e subculturas diferentes da cultura dominante nos Estados Unidos para mostrar o quanto o desen volvimento está ligado à sociedade e à cultura e para ampliar nossa compreensão sobre desenvolvimento normal em muitos ambientes Ao fazêlo porém precisamos estar atentos às ar madilhas envolvidas nas comparações transculturais qual a sua opinião Você consegue lembrar uma situação em que julgou incorretamente uma pessoa porque não estava familiarizado com sua cultura JANELA 21 o Papalia02indd 76 Papalia02indd 76 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 77 uma correlação entre o grau de escolarização e o risco de desenvolver demência deterioração mental devido ao Mal de Alzheimer na velhice Em outras palavras quanto menos instrução maior a demência Katzman 1993 As correlações aparecem como números que variam de 10 uma perfeita relação negativa e 10 uma perfeita relação positiva Correlações perfeitas são raras Quanto mais próxima de 10 ou 10 mais forte a relação seja ela positiva ou negativa Uma correlação igual a zero significa que as variáveis não têm nenhuma relação entre si Correlações nos permitem prever uma variável em relação à outra Com base na correlação posi tiva entre ver programas violentos na televisão e agressão podemos prever que crianças que assistem a muitos programas violentos têm maior probabilidade de se envolver em brigas do que aquelas que não assistem a esses programas Quanto maior a magnitude da correlação entre as duas variáveis maior a capacidade de prever uma delas a partir da outra Embora correlações fortes indiquem possíveis relações de causa e efeito são apenas hipóteses e precisam ser examinadas e testadas com espírito crítico Não podemos ter certeza a partir de uma cor relação positiva entre violência televisionada e agressividade que ver programas violentos na televisão causa agressão só podemos concluir que as duas variáveis estão relacionadas É possível que a causa ocorra no sentido inverso o comportamento agressivo talvez leve a criança a ver mais programas violentos Ou uma terceira variável uma predisposição inata à agressividade ou um ambiente violen to pode fazer com que a criança tanto assista a programas violentos quanto aja agressivamente Do mesmo modo não temos certeza se a escolarização protege contra a demência talvez outra variável como o nível socioeconômico possa explicar tanto os níveis mais baixos de escolarização quanto os ní veis mais altos de demência A única maneira de demonstrar com certeza que uma variável é a causa de outra é através do experimento um método que quando se estuda seres humanos nem sempre é possível por razões práticas ou éticas Experimentos O experimento é um procedimento controlado em que o experimentador mani pula variáveis para saber como uma afeta a outra Experimentos científicos devem ser conduzidos e relatados de modo que outro experimentador possa replicálos isto é repetilos exatamente do mes mo jeito mas com diferentes participantes para verificar os resultados e as conclusões Grupos e variáveis Um modo comum de conduzir um experimento é dividir os participantes em dois tipos de grupos O grupo experimental consiste em pessoas que serão expostas à manipulação experimental ou tratamento o fenômeno que o pesquisador quer estudar Depois o efeito do trata mento será medido uma ou mais vezes para verificar quais foram as mudanças que ele causou se é que houve alguma O grupocontrole consiste em pessoas semelhantes às do grupo experimental mas que não recebem o tratamento experimental ou que talvez recebam um tratamento diferente Um experimento pode incluir um ou mais de cada tipo de grupo Se o experimentador quiser compa rar os efeitos de diferentes tratamentos digamos de dois métodos de ensino a amostra geral poderá ser dividida em grupos de tratamento cada um deles recebendo um dos tratamentos em estudo Para assegurar a objetividade alguns experimentos especialmente na pesquisa médica usam proce dimentos de duplocego em que nem os participantes nem os experimentadores sabem quem está recebendo o tratamento e quem está recebendo o placebo Uma equipe de pesquisadores Whitehurst et al 1988 queria saber qual o efeito que um método especial para ler livros com gravuras para crianças pequenas teria sobre suas habilidades linguísticas e vocabulares Os pesquisadores compararam dois grupos de crianças de classe média com idade entre 21 e 35 meses No grupo experimental os pais adotaram o novo método de leitura em voz alta o tratamento que consistia em incentivar a participação ativa da criança e oferecer um feedback constante com base na sua idade No grupocontrole os pais simplesmente liam em voz alta como costumavam fazer Um mês depois as crianças do grupo experimental estavam 85 meses à frente do grupocontrole em nível de fala e 6 meses à frente em vocabulário 9 meses depois o grupo experimental ainda estava 6 meses à frente do grupocontrole É razoável concluir portanto que esse método de leitura em voz alta melhorou as habilidades linguísticas e vocabulares das crianças Correlações perfeitas basicamente significam que você está estudando a mesma coisa utilizando diferentes medidas Por exemplo polegadas e centímetros estão perfeitamente correlacionados O número de igrejas numa cidade está altamente correlacionado com o número de garrafas de bebida alcoólica encontradas nas latas de lixo da cidade Mas seria inadequado concluir que a religião leva as pessoas a beberem Em vez disso uma terceira variável o tamanho da população explica a relação experimento Procedimento controlado e replicável em que o pesquisador manipula variá veis para avaliar o efeito de uma sobre a outra grupo experimental Em um experimento o grupo que rece be o tratamento em estudo grupocontrole Em um experimento grupo de pessoas semelhante ao grupo experimental que não recebe o tratamento em estudo Às vezes placebos pílulas sem qualquer ingrediente ativo são usados para controlar a dor A dor é uma percepção mas geralmente envolve algum dano ao corpo Sendo assim você diria que o placebo está afetando o corpo ou a mente Qual a diferença Papalia02indd 77 Papalia02indd 77 010213 0924 010213 0924 78 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Nesse experimento o tipo de método de leitura era a variável independente e as habilidades linguísticas da criança eram a variável dependente Uma variável independente é algo sobre o qual o experimentador tem controle direto Uma variável dependente é algo que pode ou não se alterar como resultado de mudanças na variável independente em outras palavras ela depende da variável independente Num experimento o pesquisador manipula a variável independente para ver como as mudanças nela ocorridas afetarão a variável dependente A hipótese para um estudo diz como o pesquisador julga que a variável independente afeta a variável dependente Distribuição randômica Se num experimento houver uma diferença significativa no desempe nho dos grupos experimental e de controle como saber que a causa foi a variável independente em outras palavras que a conclusão é válida Por exemplo no experimento da leitura em voz alta como podemos ter certeza de que o método de leitura e não algum outro fator como a inteligência é que causou a diferença no desenvolvimento linguístico dos dois grupos A me lhor maneira de controlar os efeitos de outros fatores é a distribuição randômica distribuir os participantes em grupos de tal modo que cada pessoa tenha a mesma chance de ser incluída em qualquer grupo A distribuição randômica difere da seleção randômica que determina quem entra na amostra Se a distribuição for randômica e a amostra for suficientemente grande as diferenças em fatores como idade gênero e etnia serão distribuídas de maneira uniforme de modo que inicialmente os gru pos devem ser tão semelhantes quanto possível em todos os aspectos exceto na variável a ser testada Não fosse assim diferenças que não foram levadas em conta poderiam confundir ou contaminar os resultados e quaisquer conclusões tiradas do experimento teriam de ser vistas com suspeita Para evi tar contaminações o experimentador deve certificarse de que tudo exceto a variável independente é mantido constante no decorrer do experimento Por exemplo no estudo de leitura em voz alta os pais no grupo experimental e no grupocontrole devem passar o mesmo tempo lendo para os filhos Quando os participantes de um experimento são randomicamente distribuídos entre grupos de trata mento e quaisquer outras condições que não sejam a variável independente forem cuidadosamente controladas o experimentador poderá estar razoavelmente confiante de que uma relação causal foi ou não estabelecida que quaisquer diferenças na capacidade de leitura dos dois grupos se devem ao método de leitura e não a algum outro fator É claro que com respeito a algumas variáveis que quiséssemos estudar como idade gênero e raçaetnia a distribuição randômica não é possível Não podemos incluir Terry no grupo de 5 anos e Brett no de 10 ou decidir que Terry será um menino e Brett uma menina ou que um será afro americano e o outro americano de origem asiática Ao estudar esse tipo de variável por exemplo se meninos ou meninas têm melhor desempenho em certas habilidades os pesquisadores podem fortalecer a validade de suas conclusões selecionando randomicamente os participantes e tentando certificarse de que são estatisticamente equivalentes em outros aspectos que pudessem fazer dife rença no estudo Experimentos laboratoriais de campo e naturais O necessário controle para estabelecer causa e efeito é mais facilmente obtido em experimentos laboratoriais Nesse tipo de experimento os participantes são levados para um laboratório onde são submetidos a condições manipuladas pelo experimentador O experimentador registra as reações dos participantes a essas condições talvez comparandoas às suas próprias ou ao comportamento de outros participantes em diferentes condições Nem todos os experimentos no entanto podem ser feitos no laboratório O experimento de campo é um estudo controlado conduzido num ambiente cotidiano como o lar ou a escola O experimento da leitura descrito anteriormente Whitehurst et al 1988 foi um experimento de campo Experimentos laboratoriais e de campo diferem em dois aspectos importantes Um deles é o grau de controle exercido pelo experimentador o outro é o grau em que os resultados podem ser generali zados além do ambiente de estudo Experimentos laboratoriais podem ser controlados com mais rigor e portanto são mais fáceis de replicar no entanto os resultados talvez sejam menos generalizáveis para a vida real Em virtude da artificialidade da situação em laboratório os participantes podem não agir como normalmente fariam Assim se crianças que veem programas de televisão violentos no laboratório tornamse mais agressivas naquele ambiente não podemos ter certeza de que crianças variável independente Num experimento a condição sobre a qual o experimentador exerce controle direto variável dependente Num experimento a condição que pode ou não se alterar como resultado de mudanças na variável independente distribuição randômica Distribuição dos participantes de um experimento em grupos de modo que cada pessoa tenha chances iguais de ser colocada em qualquer um dos grupos Variáveis dependentes também são conhecidas como medidas finais porque seus valores são usados para verificar no final do estudo se você está certo Pesquisa conduzida com os sobreviventes do Katrina que os comparou a pessoas de outras cidades com as quais eram semelhantes em muitas medidas exceto pela experiência de vivenciar os eventos traumáticos do furacão é um exemplo de modelo quaseexperimental Papalia02indd 78 Papalia02indd 78 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 79 que assistem a programas violentos em casa batem em seus irmãos menores com mais frequência do que aquelas que não veem esses programas ou que veem menos Por outro lado os experimentos de campo ocorrem no mundo real onde os pesquisadores mais provavelmente verão comportamentos naturais Esse aumento da possibilidade de generalização porém tem um custo visto que os pesqui sadores passam a ter menos controle sobre o mundo real Quando por motivos práticos ou éticos é impossível conduzir um verdadeiro experimento o experimento natural também chamado de quaseexperimento poderá ser uma opção para estudar certos eventos O experimento natural compara pessoas que foram acidentalmente distribuídas para separar grupos por circunstâncias de vida um grupo digamos que foi atingido pela fome ou exposto ao HIV ou que teve acesso à educação superior e outro grupo que não teve O experimento natural apesar do nome na verdade é um estudo correlacional porque a manipulação controlada das variáveis e a distribuição randômica entre os grupos de tratamento não é possível Um experimento natural observou o que aconteceu quando um cassino foi aberto numa reserva indígena na Carolina do Norte Estados Unidos elevando a renda dos membros da tribo Costello et al 2003 O estudo detectou um declínio nos transtornos comportamentais entre crianças dessas fa mílias em comparação com crianças da mesma região cujas famílias não tiveram sua renda aumenta da No entanto como era correlacional o estudo não pôde provar que o aumento na renda na verdade causou melhorias na saúde mental Experimentos controlados apresentam duas importantes vantagens sobre outros métodos de pesquisa podem estabelecer relações de causa e efeito e permitem replicação Entretanto esses ex perimentos podem ser muito artificiais e seu foco muito estreito Nas últimas décadas muitos pes quisadores concentraramse menos na experimentação em laboratório ou complementaramna com outros métodos MODELOS DE PESQUISA SOBRE DESENVOLVIMENTO As duas estratégias de pesquisa mais comuns em desenvolvimento são os estudos transversais e os longitudinais Figura 22 Estudos transversais mostram semelhanças e diferenças entre faixas etárias estudos longitudinais revelam como as pessoas mudam ou permanecem as mesmas à medida que en velhecem Como cada um desses métodos apresenta desvantagens os pesquisadores também criaram modelos sequenciais Estudos transversais longitudinais e sequenciais No estudo transversal pessoas de diferentes idades são avaliadas num único mo mento Num desses estudos os pesquisadores fizeram a crianças de 3 4 6 e 7 anos perguntas a respeito de uma imagem onde se via uma mulher de aparência pensativa Esses pesquisadores encontraram em crianças um notável aumento com a idade da consciência do pensamento como ati vidade mental J H Flavell Green e Flavell 1995 Essas descobertas são um forte indicativo de que à medida que as crianças crescem aumenta a sua compreensão do processo mental Não podemos porém ter certeza de tal conclusão Não sabemos se a consciência da atividade mental por parte de crianças de 7 anos quando elas tinham 3 anos era a mesma que a das crianças de 3 anos do estudo A única maneira de ver se de fato ocorre mudança com a idade é conduzir um estudo longitudinal de uma determinada pessoa ou grupo No estudo longitudinal os pesquisadores avaliam a mesma pessoa ou o mesmo grupo em mais de uma oportunidade às vezes no intervalo de alguns anos Eles poderão medir uma única característica como ta manho do vocabulário inteligência altura ou agressividade ou focalizar vários aspectos do desenvolvimento para procurar relações entre eles O Estudo sobre Crescimento de Oakland foi um estudo longitudinal inovador sobre o desenvolvimento físico intelectual e social de 167 crian ças de 5 a e 6 a séries em Oakland California O estudo começou por volta do início da Grande Depressão na década de 1930 Esses jovens foram acompanhados intensivamente até 1939 quando tinham 18 ou 19 anos e verificador você é capaz de Comparar as vantagens e desvantagens dos estudos de caso estudos etnográficos estudos correlacionais e dos experimentos Explicar por que somente um experimento controlado pode estabelecer relações causais Distinguir entre experimentos laboratoriais de campo e naturais e dizer que tipos de pesquisa parecem mais ade quados para cada um deles Comparar as vantagens e desvantagens dos vários mé todos de coleta de dados estudo transversal Estudo elaborado para avaliar diferen ças relacionadas à idade em que pes soas de diferentes idades são avaliadas em uma determinada ocasião estudo longitudinal Estudo elaborado para avaliar numa amostra mudanças que ocorrem com a idade no decorrer do tempo 10 Idade dos participantes anos 8 6 4 2 0 2008 2010 2012 2014 Amostra transversal Amostra longitudinal Tempo de medida FIGURA 22 Modelos de pesquisa sobre desenvolvimento No estudo transversal grupos de indivíduos com 2 4 6 e 8 anos de idade foram testados em 2008 para se obter dados sobre diferenças relacionadas à idade No estudo longitudinal uma amostra de crianças foi primeiramente medida em 2008 quando elas tinham 2 anos testes de acompanhamento são feitos quando as crianças têm 4 6 e 8 anos para medir mudanças relacionadas à idade Nota os pontos indicam os tempos das medidas Papalia02indd 79 Papalia02indd 79 010213 0924 010213 0924 80 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman em cinco ocasiões durante a idade adulta Os acompanhamentos geralmente incluíam entrevistas ava liações de saúde testes de personalidade e questionários com folha informativa Uma das descobertas mais importantes foi que a ruptura societal como a que ocorreu durante a Grande Depressão afetou processos familiares e o desenvolvimento da criança Tanto o modelo longitudinal quanto o transversal possuem pontos fortes e pontos fracos Tabela 25 Entre as vantagens da pesquisa transversal estão a velocidade e a economia os dados podem ser coletados com relativa rapidez e de um grande número de pessoas Como os participantes são avaliados apenas uma vez não há problema de desistência participantes abandonando o estudo ou de repetição da testagem como é o caso da pesquisa longitudinal Uma das desvantagens dos estudos transversais é que podem obscurecer as diferenças individuais ao focalizarem apenas médias grupais Sua principal desvantagem porém é que os resultados podem ser afetados por diferenças de coor te experiências diferentes de pessoas nascidas em épocas diferentes por exemplo antes e depois do advento da internet Os estudos transversais às vezes são interpretados como estudos que geram informações sobre mudanças no desenvolvimento mas tais informações geralmente são enganosas Por exemplo as primeiras pesquisas transversais sugeriam que adultos mais velhos apresentavam notáveis declínios em sua capacidade de completar tarefas que envolvem raciocínio formal à medida que envelheciam A pesquisa longitudinal no entanto por acompanhar as pessoas individualmente mostrou que não era isso que acontecia Era menos provável que os adultos mais velhos tivessem tido experiências educacionais formais e assim não pontuavam tão bem quanto os adultos mais jovens O que originalmente havia sido interpretado como uma alteração no desenvolvimento da capacidade cognitiva na verdade era uma diferença de coorte Neimark 1979 Por causa de descobertas como essa a proporção de pesquisas dedicadas a estudos longitudinais especialmente os estudos de curto prazo está aumentando A pesquisa longitudinal ao estudar repetidamente a mesma pessoa pode acompanhar padrões individuais de continuidade e mudança Entretanto o estudo longitudinal de uma coorte pode não se aplicar a outra Assim os resultados de um estudo sobre crianças nascidas na década de 1920 como o Estudo sobre Crescimento de Oakland talvez não se apliquem a crianças nascidas na década de 1990 Além do mais estudos longitudinais geralmente são mais demorados e caros que estudos transversais pode ser difícil acompanhar um grupo grande de participantes ao longo dos anos manter registros e continuar o estudo apesar da possível rotatividade na equipe de pesquisa Depois há o problema da desistência participantes podem morrer mudar para longe ou abandonar o estudo Estudos longitudi nais também tendem a apresentar viés na medida em que os participantes que permanecem no estudo tendem a ter inteligência e nível socioeconômico acima da média Finalmente os resultados podem ser afetados pela repetição da testagem Os participantes podem se sair melhor em testes posteriores por causa da familiaridade com os procedimentos do teste A desistência não é randômica quase sempre sofre algum tipo de viés Por exemplo as pessoas com maior probabilidade de desistir do estudo são aquelas com estilos de vida mais caóticos As pessoas que ficaram até o fim poderiam parecer muito boas mas talvez fosse porque as pessoas que não estavam se dando bem foram embora TABELA 25 Pesquisas longitudinal transversal e sequencial prós e contras Tipo de estudo Procedimento Vantagens Desvantagens Transversal Dados sobre pessoas de dife rentes idades são coletados ao mesmo tempo Pode mostrar semelhanças e di ferenças entre grupos etários rápida econômica não apresenta problema de desistência ou repe tição da testagem Não estabelece efeitos de idade encobre diferenças individuais pode ser confundida com efeitos de coorte Longitudinal Dados sobre a mesma pessoa ou pessoas são coletados por um determinado pe ríodo Pode mostrar mudanças relacio nadas à idade ou continuidade evita confundir efeitos de idade com efeitos de coorte É muito demorada e cara apresenta problemas de desistência viés na amostra e efeitos de repetição da testagem os resultados podem ser válidos apenas para a coorte testa da ou para a amostra estudada Sequencial Dados sobre amostras trans versais ou longitudinais são coletados sucessivamente Pode evitar as desvantagens dos mo delos transversal e longitudinal Exige muito tempo esforço e análise de dados muito complexos Papalia02indd 80 Papalia02indd 80 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 81 Uma tendência atual são os estudos longitudinais multicentrados e de grandes dimensões com apoio do governo ou de grandes instituições que possam acompanhar o desenvolvimento de uma po pulação em uma escala bem ampla Por exemplo um Estudo Nacional sobre Crianças 2004 cuja du ração é de 21 anos patrocinado pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos e por outros órgãos públicos acompanhará aproximadamente 100 mil crianças norteamericanas em todo o país da concepção até os 21 anos O estudo é prospectivo incluirá casais com idade para gerar filhos mas que não estejam esperando uma criança Seguindo essas famílias os pesquisadores espe ram medir como a biologia e os fatores ambientais interagem para influenciar a saúde das crianças O estudo sequencial uma sequência de estudos transversais ou longitudinais é uma estra tégia complexa elaborada para superar as desvantagens tanto das pesquisas transversais quanto das pesquisas longitudinais Tabela 25 Os pesquisadores podem avaliar uma amostra transversal em duas ou mais ocasiões em sequência para identificar mudanças nos membros de cada coorte etária Esse procedimento permite aos pesquisadores separarem mudanças relacionadas à idade de efeitos de coor te Outro modelo sequencial consiste em uma sequência de estudos longitudinais que seguem simulta neamente porém um começando depois do outro Esse modelo permite aos pesquisadores compara rem diferenças individuais durante as mudanças do desenvolvimento Uma combinação de sequências transversais e longitudinais Figura 23 pode oferecer um quadro mais completo do desenvolvimento do que seria possível apenas com a pesquisa longitudinal ou transversal As maiores desvantagens dos estudos sequenciais estão relacionadas a tempo esforço e complexidade Modelos sequenciais exigem um grande número de participantes e a coleta e análise de enormes quantidades de dados durante anos A interpretação dos resultados e das conclusões pode exigir um alto grau de sofisticação Ética na pesquisa Pesquisas que podem causar algum mal aos participantes deveriam ser realizadas Como podemos equilibrar os possíveis benefícios e o risco de danos mentais emocionais ou físicos aos indivíduos Objeções ao estudo do Pequeno Albert descrito anteriormente neste capítulo bem como a vários outros estudos mais antigos deram origem aos padrões éticos atuais mais rígidos Comitês institucionais de análise em faculdades universidades e outras instituições examinam de um ponto de vista ético as pesquisas propostas Diretrizes da American Psychological Association APA 2002 incluem questões como consentimento informado consentimento dado livremente com pleno co nhecimento das implicações da pesquisa evitação de logro proteger os participantes de danos e perda da dignidade garantir a privacidade e o sigilo o direito a recusar ou a se retirar de um expe rimento a qualquer momento e a responsabilidade dos pesquisadores em corrigir quaisquer efeitos indesejáveis como ansiedade e vergonha Para resolver dilemas éticos esperase que os pesquisadores sejam guiados por três princípios 1 beneficência a obrigação de maximizar benefícios potenciais para os participantes e minimizar estudo sequencial Modelo de estudo que combina técni cas transversais e longitudinais verificador você é capaz de Listar as vantagens e des vantagens das pesquisas longitudinal transversal e sequencial Quais são os problemas éticos que podem surgir na pesquisa com seres humanos indicad r FIGURA 23 Um modelo sequencial Dois grupos transversais su cessivos de indivíduos de 2 4 6 e 8 anos de idade foram testa dos em 2006 e 2008 Também um estudo longitudinal de um grupo de crianças medido pela primeira vez em 2006 quando tinham 2 anos é acompanha do de um estudo longitudi nal similar de outro grupo de crianças que tinham 2 anos em 2008 10 Idade dos participantes anos 8 6 4 2 0 2004 2012 2014 Amostras transversais Amostras longitudinais Coorte nascida em 2004 Coorte nascida em 2006 Ano os pontos indicam os tempos das medidas 2010 2008 2006 Papalia02indd 81 Papalia02indd 81 010213 0924 010213 0924 82 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman resumo e palavraschave Questões teóricas básicas Para que servem as teorias e quais são as duas questões teóricas básicas sobre as quais discordam os cientistas do desenvolvimento A teoria é usada para organizar e explicar dados e gerar hipóteses que possam ser testadas pela pesquisa As teorias do desenvolvimento diferem em duas ques tões básicas o caráter ativo ou reativo do desenvolvi mento e a existência de continuidade ou descontinuida de no desenvolvimento Dois modelos contrastantes do desenvolvimento são o modelo mecanicista e o modelo organicista teoria 56 hipóteses 56 modelo mecanicista 57 modelo organicista 57 mudança quantitativa 58 mudança qualitativa 58 Perspectivas teóricas Quais são as cinco perspectivas teóricas sobre o desenvolvimento humano Descreva algumas teorias representativas de cada uma delas A perspectiva psicanalítica compreende o desenvolvi mento como algo motivado por impulsos emocionais ou conflitos inconscientes Os principais exemplos são as teorias de Freud e de Erikson perspectiva psicanalítica 59 desenvolvimento psicossexual 59 desenvolvimento psicossocial 60 Para a perspectiva da aprendizagem o desenvolvimento é resultado da aprendizagem baseada na experiência Os principais exemplos são o behaviorismo de Watson e Skinner e a teoria da aprendizagem social social cogniti va de Bandura perspectiva da aprendizagem 62 behaviorismo 63 condicionamento clássico 63 condicionamento operante 63 reforço 63 punição 63 teoria da aprendizagem social 64 determinismo recíproco 64 aprendizagem observacional 64 autoeficácia 64 A perspectiva cognitiva preocupase com os processos mentais Os principais exemplos são a teoria dos estágios cognitivos de Piaget a teoria sociocultural de Vygotsky e a abordagem do processamento de informação indicad r indicad r possíveis danos 2respeito pela autonomia dos participantes e proteção àqueles incapazes de exercer seu próprio julgamento e 3 justiça inclusão de grupos diversos com sensibilidade para qualquer impacto especial que a pesquisa possa ter sobre eles Ao avaliar riscos e benefícios os pesquisadores devem considerar as necessidades de desenvolvimento dos participantes Thompson 1990 e ser sensíveis a questões e valores culturais Fisher et al 2002 A Sociedade para a Pesquisa do Desenvolvimento da Criança 2007 criou padrões para o tratamento de crianças na pesquisa de acordo com a idade que abrangem princípios como evitação de danos físicos ou psicológicos obtenção da anuência da criança bem como o consentimento informado de um dos pais ou de um tutor e responsabilidade de verificar qualquer informação que possa pôr em risco o bemestar da criança Por exemplo a capacidade dos bebês e de crianças muito pequenas de suportar o estresse da situação de pesquisa pode depender da presença de um dos pais ou de um cuidador de confiança de um ambiente e procedimento familiares e de objetos familiares Finalmente depois destes capítulos introdutórios podemos dizer que o livro inteiro está longe da palavra final Apesar de termos tentado incorporar as informações mais importantes e mais atualizadas sobre como as pessoas se desenvolvem os cientistas do desenvolvimento estão sempre aprendendo mais À medida que você ler este livro certamente terá suas próprias perguntas Ao pensar sobre elas e talvez no futuro conduzindo uma pesquisa para descobrir as respostas é possível que você mesmo agora apenas se iniciando no estudo do desenvolvimento humano algum dia contribua para o nosso conhecimento sobre essa interessante espécie a que todos nós pertencemos No consentimento informado você deveria contar aos participantes sobre suas hipóteses para a pesquisa Por que ou por que não verificador você é capaz de Listar pelo menos três questões éticas que afetam os direitos dos participantes em pesquisa Identificar três princípios que deveriam regulamentar a inclusão de participantes na pesquisa Papalia02indd 82 Papalia02indd 82 010213 0924 010213 0924 Desenvolvimento Humano 83 Os teóricos neopiagetianos combinam princípios de Piaget com insights obtidos da pesquisa com processa mento de informação perspectiva cognitiva 65 teoria dos estágios cognitivos 65 organização 65 esquemas 65 adaptação 65 assimilação 65 acomodação 65 equilibração 65 teoria sociocultural 66 zona de desenvolvimento proximal ZDP 66 andaime 66 abordagem do processamento de informação 66 A perspectiva contextual focaliza o indivíduo num con texto social Um importante exemplo é a teoria bioecoló gica de Bronfenbrenner perspectiva contextual 67 teoria bioecológica 67 A perspectiva evolucionistasociobiológica representa da por E O Wilson e influenciada pela teoria da evolução de Darwin concentrase na adaptatividade ou no valor de sobrevivência Um exemplo importante é a teoria do apego de Bowlby perspectiva evolucionistasociobiológica 69 etologia 69 psicologia evolucionista 69 Métodos de pesquisa Como os cientistas do desenvolvimento estudam as pessoas e quais são as vantagens e desvantagens de cada método de pesquisa A pesquisa pode ser quantitativa qualitativa ou ambas Para chegar a conclusões seguras os pesquisadores quantitativos utilizam o método científico A seleção randômica de uma amostra para pesquisa pode assegurar a possibilidade de generalização Três métodos de coleta de dados são autorrelatos ob servação e medidas comportamentais e de desempenho pesquisa quantitativa 70 pesquisa qualitativa 70 método científico 71 amostra 71 seleção randômica 71 observação naturalista 73 observação laboratorial 73 definição operacional 74 neurociência cognitiva 74 O modelo é um plano para conduzir a pesquisa Dois modelos qualitativos utilizados na pesquisa em desen volvimento são o estudo de caso e o estudo etnográfico A pesquisa transcultural pode indicar se certos aspectos do desenvolvimento são universais ou influenciados pela cultura Dois modelos quantitativos são o estudo correlacional e o experimento Somente experimentos podem estabele cer com segurança relações causais Os experimentos devem ser rigorosamente controlados para serem válidos e replicáveis A distribuição randômica dos participantes pode assegurar a validez Experimentos em laboratório são mais fáceis de controlar e replicar mas os resultados dos experimentos de campo talvez sejam mais generalizáveis Experimentos naturais podem ser úteis em situações em que verdadeiros expe rimentos seriam impraticáveis ou antiéticos Os dois modelos mais comuns para o estudo do desen volvimento relacionado à idade são o transversal e o longitudinal Estudos transversais comparam faixas etá rias estudos longitudinais descrevem continuidade ou mudança nos mesmos participantes O estudo sequen cial tem por objetivo superar os pontos fracos dos outros dois modelos estudo de caso 75 estudo etnográfico 75 observação participante 75 estudo correlacional 75 experimento 77 grupo experimental 77 grupocontrole 77 variável independente 78 variável dependente 78 distribuição randômica 78 estudo transversal 79 estudo longitudinal 79 estudo sequencial 81 Ética na pesquisa Quais são os problemas éticos que podem surgir na pesquisa com seres humanos Os pesquisadores procuram resolver questões éticas com base em princípios de beneficência respeito e justiça Questões éticas na pesquisa incluem o direito dos parti cipantes ao consentimento informado a evitar a decep ção à proteção contra danos perda da dignidade e da autoestima bem como garantias de privacidade e sigilo Os padrões de proteção de crianças utilizados na pes quisa incluem princípios como consentimento parental informado e proteção contra danos ou riscos ao bem estar da criança indicad r indicad r Papalia02indd 83 Papalia02indd 83 010213 0924 010213 0924 Capítulo 3 pontos principais Concebendo uma nova vida Mecanismos da hereditariedade Genética e ambiente influências da hereditariedade e do ambiente Desenvolvimento prénatal Monitorando e promovendo o desenvolvimento prénatal pontos principais você sabia que Os fetos podem aprender e lembrar enquanto estão no útero e que reagem à voz da mãe Beber ou fumar durante a gravidez pode causar danos permanentes à criança Os cuidados prénatais devem começar antes da concepção Esses são apenas alguns dos tópicos interessantes deste capítulo Aqui descrevemos como normalmente ocorre a concepção como operam os mecanismos da hereditariedade e como a herança biológica interage com as influências ambientais dentro e fora do útero Acompanhamos o desenvolvimento prénatal descrevemos as influências sobre ele e discutimos alguns modos de monitorálo você sabia A Formação de uma Nova Vida Papalia03indd 84 Papalia03indd 84 010213 1037 010213 1037 Se eu pudesse têlo visto crescer dentro de mim como uma mãe mágica se eu tivesse enxergado através da minha barriga mágica transparente teria observado todo um amadurecimento lá dentro Anne Sexton 1966 Papalia03indd 85 Papalia03indd 85 010213 1037 010213 1037 86 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Concebendo uma nova vida Se uma gravidez é desejada ou não se ocorre por meios normais ou extraordinários se os pais são casados ou não do mesmo sexo ou de sexos diferentes e seja qual for a idade dos pais quando uma criança nasce ou é adotada tudo isso são questões microssistêmicas identificadas na abordagem bioe cológica de Bronfenbrenner discutida no Capítulo 2 Se a cultura incentiva a criação de famílias gran des ou pequenas se valoriza um dos sexos e não o outro e seja qual for o apoio que ela dá a famílias com crianças tratase de questões macrossistêmicas que provavelmente influenciarão o desenvolvi mento da criança Essas questões contextuais serão examinadas ao longo deste livro Mas primeiro vejamos como ocorre normalmente a fecundação concepção COMO OCORRE A FECUNDAÇÃO Tania queria ter um bebê Cuidadosamente ela observou o calendário contando os dias após cada período menstrual para aproveitar sua janela fértil Depois de dois meses como Tania ainda não en gravidara perguntouse o que afinal estava dando errado O que Tania não percebeu é que embora a mulher geralmente seja fértil entre o sexto e 21 o dia do ciclo menstrual o período da janela fértil pode ser altamente imprevisível Wilcox Dunson e Baird 2000 Isso significa que embora a concepção seja muito mais provável em certos períodos a mulher poderá conceber a qualquer momento durante o mês Simultaneamente embora a concepção seja mais provável durante certas partes do mês nem sempre ocorrerá nesse período A fecundação ou concepção é o processo pelo qual o espermatozoide e o óvulo os game tas masculino e feminino ou células sexuais combinamse para criar uma única célula chamada zigoto que se duplica várias vezes por divisão celular para produzir todas as células que compõem um bebê Mas a concepção não é assim tão simples quanto parece Vários eventos independentes precisam coincidir para que uma criança seja concebida E como discutiremos neste capítulo nem todas as concepções culminam em nascimento No nascimento acreditase que uma menina tenha cerca de dois milhões de óvulos imaturos em seus dois ovários cada óvulo alojado em sua própria cavidade ou folículo Em mulheres sexualmente maduras a ovulação ruptura de um folículo maduro em um dos ovários e a expulsão de seu óvulo ocorre aproximadamente uma vez a cada 28 dias até a menopausa O óvulo é arrastado ao longo de uma das tubas uterinas pelos cílios minúsculas células filamentosas em direção ao útero Como normalmente ocorre a concepção e qual é a causa dos nascimentos múltiplos indicad r fecundação União entre espermatozoide e óvulo para produzir um zigoto também de nominada concepção zigoto Organismo unicelular resultante da fecundação indicadores de estudo 1 Como normalmente ocorre a concepção e qual é a causa dos nascimentos múltiplos 2 Como a hereditariedade opera na determinação do sexo e na transmissão de traços normais e anormais 3 Como os cientistas estudam as influências relativas à hereditariedade e ao ambiente e como essas influências operam juntas 4 Quais são os papéis desempenhados pela hereditariedade e pelo ambiente na saúde física na inteligência e na personalidade 5 Quais são as três etapas do desenvolvimento prénatal e o que acontece durante cada uma delas 6 Quais são as influências ambientais que podem afetar o desenvolvimento prénatal 7 Quais são as técnicas para avaliar a saúde do feto e por que a assistência prénatal é importante Papalia03indd 86 Papalia03indd 86 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 87 Os espermatozoides são produzidos nos testículos ou glândulas repro dutivas de um homem maduro em uma taxa de centenas de milhões por dia e são ejaculados no sêmen no clímax sexual Depositados na vagina eles tentam nadar ao longo da cérvix o colo do útero até as tubas uteri nas mas somente uma pequena fração consegue chegar tão longe Como veremos o espermatozoide que encontrar um determinado óvulo trará imensas implicações para a pessoa que vai nascer A fecundação normalmente ocorre quando o óvulo atravessa a tuba uterina Se a fecundação não ocorrer o óvulo e qualquer célula espermá tica que houver no corpo da mulher morrerão Os espermatozoides são absorvidos pelos leucócitos da mulher enquanto o óvulo atravessa o útero e sai pela vagina No Capítulo 13 discutiremos técnicas de reprodução artificial assistida geralmente utilizadas quando os futuros pais ou um deles são inférteis QUAL É A CAUSA DOS NASCIMENTOS MÚLTIPLOS Os nascimentos múltiplos ocorrem de duas maneiras O mais comum é o corpo da mãe liberar dois óvulos num curto espaço de tempo ou às vezes um único óvulo não fecundado que se divide e ambos serem fecundados Os bebês resultantes são gêmeos dizigóticos di significa dois geralmente chamados de gêmeos fraternos A segunda possibilidade é quando um úni co óvulo fecundado se divide em dois Os bebês que nascem dessa divisão celular são gêmeos monozigóticos mono significa um usualmente chamados de gêmeos idênticos Trigêmeos quadrigêmeos e outros nascimentos múltiplos podem resultar de um desses processos ou de uma combinação deles Embora os gêmeos monozigóticos tenham a mesma constituição hereditária e sejam do mesmo sexo podem diferir em alguns aspectos Poderão não ser idênticos em temperamento Em algumas características físicas como topetes padrões dentários e preferência no uso das mãos eles podem ser imagens especulares um do outro um pode ser canhoto e o outro destro De fato pesquisas recen tes encontraram diferenças na constituição genética de alguns gêmeos monozigóticos Bruder et al 2008 Além do mais por meio de um processo chamado epigênese discutido mais adiante neste capítulo diferenças entre gêmeos monozigóticos tendem a crescer à medida que os gêmeos envelhe cem especialmente se viverem separados Essas diferenças podem resultar de modificações químicas no genoma da pessoa pouco depois da concepção ou podem ser devidas a experiências posteriores ou a fatores ambientais como exposição à fumaça ou a outros poluentes Fraga et al 2005 Gêmeos dizigóticos que são criados a partir de diferentes células espermáticas e geralmente de óvulos diferentes não são mais semelhantes em constituição hereditária do que outros irmãos quaisquer e podem ser do mesmo sexo ou de sexos diferentes Gêmeos dizigóticos tendem a aparecer em determinadas famílias e portanto podem ter uma base genética ao passo que os gêmeos mono zigóticos geralmente ocorrem puramente ao acaso Martin e Montgomery 2002 National Center for Health Statistics NCHS 1999 A tendência à geminação parece ser herdada da mãe de uma mulher assim quando não aparecem gêmeos dizigóticos em uma geração normalmente é porque a mãe de dizigóticos tem somente filhos do sexo masculino para os quais não pode transmitir a tendência NCHS 1999 Recentemente médicos identificaram um terceiro e raro tipo de gêmeos chamados semiidên ticos resultado de duas células espermáticas que se fundiram num único óvulo Gêmeos semi idênticos são mais geneticamente semelhantes que gêmeos dizigóticos porém menos semelhantes que gêmeos monozigóticos Souter et al 2007 A taxa de gêmeos monozigóticos por volta de 4 em cada 1000 nascidos vivos parece ser cons tante em todos os tempos e lugares mas a taxa de gêmeos dizigóticos os mais comuns varia Martin e Montgomery 2002 NCHS 1999 Por exemplo mulheres da África Ocidental e afroamericanas estão mais propensas a ter gêmeos dizigóticos que mulheres caucasianas que por sua vez estão mais propensas a têlos que mulheres chinesas ou japonesas Martin e Montgomery 2002 gêmeos dizigóticos Gêmeos concebidos pela união de dois óvulos distintos ou um único óvulo que se dividiu com dois espermato zoides diferentes também chamados de gêmeos fraternos não são mais geneticamente semelhantes do que quaisquer irmãos não gêmeos gêmeos monozigóticos Gêmeos resultantes da divisão de um único zigoto após a fecundação tam bém chamados de gêmeos idênticos são geneticamente semelhantes Gatos clonados ilustram como o desenvolvimento não é meramente genético Apesar de seu material genético idêntico esses gatos podem ter pelos de cor diferente como resultado de influências ambientais Esta micrografia eletrônica de varredura MEV mostra dois espermatozoides atraídos para a superfície felpuda de um óvulo A longa cauda do espermatozoide permite que ele nade ao longo da cérvix e suba até a tuba uterina A cabeça arredondada do espermatozoide libera enzimas que o ajudam a penetrar na espessa superfície do óvulo e fertilizálo fundindose com seu núcleo Papalia03indd 87 Papalia03indd 87 010213 1037 010213 1037 88 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A incidência de nascimentos múltiplos tem crescido rapidamente nos Estados Unidos desde 1980 Até 2006 o nascimento de gêmeos havia aumentado em 70 de 189 para 326 gêmeos em cada 1000 nascidos vivos Martin Hamilton et al 2010 Dois fatores relacionados entre si que contribuíram para o aumento dos nascimentos múltiplos são 1 a tendência à gravidez tardia e 2 o uso cada vez maior de remédios para fertilidade que estimulam a ovulação e de técnicas de reprodu ção assistida como a fertilização in vitro discutida no Capítulo 13 que costumam ser utilizadas por mulheres mais velhas Martin Kirmeyer et al 2009 A explosão dos nascimentos múltiplos especialmente trigêmeos e múltiplos maiores é preocu pante porque esses nascimentos que geralmente resultam de reprodução assistida estão associados a um aumento de riscos complicações na gravidez parto prematuro baixo peso no nascimento e de ficiência ou morte do bebê Hoyert Mathews et al 2006 Jain Missmer e Hornstein 2004 Martin Kirmeyer et al 2009 Wright et al 2003 Talvez por causa dessas preocupações a proporção de reprodução assistida envolvendo três ou mais embriões vem diminuindo e a taxa de nascimento para trigêmeos e múltiplos maiores que quadruplicou durante as décadas de 1980 e 1990 desde então tem declinado Martin Hamilton et al 2007 Martin Kirmeyer et al 2009 Mecanismos da hereditariedade A ciência da genética é o estudo da hereditariedade os fatores inatos herdados dos pais biológicos que afetam o desenvolvimento Quando óvulo e espermatozoide se unem eles dotam o futuro bebê de uma constituição genética que influencia um amplo espectro de características desde a cor dos olhos e do cabelo até a saúde o intelecto e a personalidade O CÓDIGO GENÉTICO A base da hereditariedade é uma substância química chamada ácido desoxirribonucleico DNA A estrutura em dupla hélice de uma molécula de DNA lembra uma escada longa e es piralada cujos degraus são feitos de pares de unidades químicas chamadas bases Figura 31 As bases adenina A timina T citosina C e guanina G são as letras do códi go genético que é lido pela maquinaria celular Os cromossomos são espirais de DNA que consistem em segmentos menores cha mados de genes as unidades funcionais da hereditariedade Cada gene está localizado numa posição definida em seu cromossomo e contém milhares de bases A sequência de bases num gene diz à célula como construir as proteínas que permitem que ela execute funções específicas A sequência comple ta dos genes do corpo humano constitui o genoma humano Uma analogia útil é considerar o DNA de um indivíduo como uma série de livros de uma biblioteca Até que os livros sejam lidos por uma enzima chamada RNA po limerase e transcritos numa cópia legível de RNA mensageiro mRNA o conhecimen to contido nos livros não é concretizado E quais os livros que serão tirados da estante e lidos em parte é determinado por fatores ambientais que ativam e desativam genes em diferentes momentos do desenvolvimento Champagne e Mashoodh 2009 verificador você é capaz de Explicar como e quando a fecundação normalmente ocorre Distinguir entre gêmeos monozigóticos e dizigóticos e explicálos Explicar por que o número de nascimentos múltiplos au mentou nos Estados Unidos indicad r Como a hereditariedade opera na determinação do sexo e na transmissão de traços normais e anormais Pesquisas recentes indicam que um único gene Pax6 é o responsável pela regulação do desenvolvimento do cérebro humano Zhang et al 2010 ácido desoxirribonucleico DNA Substância química que carrega instru ções herdadas para o desenvolvimento de todas as formas de vida celular código genético Sequência de bases que compõem a molécula de DNA orienta a formação de proteínas que determinam a estru tura e as funções das células vivas cromossomos Espirais de DNA que contêm os genes genes Pequenos segmentos de DNA loca lizados em posições definidas em determinados cromossomos unidades funcionais da hereditariedade genoma humano Sequência completa dos genes do corpo humano T A T A A T A T C G C G G C G C T A T A T A T A T A T A C G C G C G C G C G C G T A T A T A T A O DNA é o material genético de todas as células vivas Consiste em quatro unidades químicas chamadas bases Essas bases são as letras do alfabeto do DNA A adenina emparelha com T timina e C citosina emparelha com G guanina Existem 3 bilhões de pares de bases no DNA humano Letras do alfabeto do DNA T Timina A Adenina G Guanina C Citosina FIGURA 31 DNA o código genético Fonte Ritter 1999 Papalia03indd 88 Papalia03indd 88 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 89 Toda célula de um corpo humano normal com exceção das células se xuais espermatozoide e óvulo possui 23 pares de cromossomos 46 ao todo Por meio de um tipo de divisão celular chamada meiose que ocorre quando as células estão se desenvolvendo cada célula sexual termina com apenas 23 cromossomos um de cada par Assim quando o espermatozoide e o óvulo se fundem na concepção produzem um zigoto com 46 cromosso mos 23 do pai e 23 da mãe Figura 32 Na concepção portanto o zigoto unicelular possui toda a informação biológica necessária para guiar seu desenvolvimento até se tornar um in divíduo único É através da mitose um processo pelo qual as células não sexuais repetidamente se dividem pela metade que o DNA se replica de modo que cada célula recémformada tem a mesma estrutura de DNA que todas as outras Assim cada divisão celular cria uma autêntica duplicata da célula original com a mesma informação hereditária Quando o desenvolvi mento é normal cada célula com exceção das células sexuais continua a ter 46 cromossomos idênticos àqueles do zigoto original À medida que as células se dividem elas se diferenciam especializandose numa variedade de funções orgânicas complexas que permitem o crescimento e o desenvol vimento da criança Os genes entram em ação quando as condições pedem a informação que eles podem oferecer A ação genética que dispara o crescimento do corpo e do cérebro geralmente é regulada por níveis hormonais tanto na mãe quanto no bebê em desenvolvimento que são afetados por condições am bientais como nutrição e estresse Assim desde o início a hereditariedade e o ambiente estão interrelacionados O QUE DETERMINA O SEXO Em muitas vilas do Nepal é comum para um homem cuja esposa não teve nenhum bebê do sexo masculino desposar uma segunda mulher Em muitas sociedades o fato de uma mulher não gerar filhos homens é motivo para divórcio A ironia desses costumes está no fato de que o espermatozoide do pai é que geneticamente determina o sexo da criança No momento da fecundação os 23 cromossomos do espermatozoide e os 23 do óvulo formam 23 pares Vinte e dois pares são autossomos cromossomos que não estão relacionados à expressão sexual O 23 o par é de cromossomos sexuais um do pai e o outro da mãe que determinam o sexo do bebê Cromossomos sexuais são cromossomos X ou cromossomos Y O cromossomo sexual de todo óvulo é sempre X mas o espermatozoide pode conter um cromossomo X ou um cromossomo Y O cromossomo Y contém o gene para a masculinidade chamado gene SRY Quando um óvulo X é fe cundado por um espermatozoide X o zigoto formado é XX geneticamente uma fêmea Quando um óvulo X é fecundado por um espermatozoide Y o zigoto resultante é XY geneticamente um macho Figura 33 Inicialmente o sistema reprodutivo ru dimentar do embrião parece quase idêntico em machos e fêmeas De seis a oito semanas após a concepção os embriões masculinos normalmente começam a produzir o hormô nio masculino testosterona A exposição de embriões geneticamente masculinos a níveis constantes e elevados de testosterona geral mente resulta no desenvolvimento de um corpo masculino com órgãos sexuais mas culinos Mas o processo não é automático A pesquisa com ratos descobriu que os hor autossomos Em humanos os 22 pares de cromos somos não relacionados à expressão sexual cromossomos sexuais Par de cromossomos que determina o sexo XX na mulher normal XY no homem normal O genoma humano foi sequenciado pela primeira vez em 2006 Mais recentemente o genoma do Neandertal também foi sequenciado e a análise dos pontos comuns entre genes de Neandertal e genes humanos sugere que houve um limitado cruzamento Em outras palavras alguns de seus genes vivem em nós Green et al 2010 a b c Óvulo Espermatozoide Zigoto FIGURA 32 Composição hereditária do zigoto a Células de homens e mulheres contêm 23 pares de cromossomos que carregam os genes as unidades bá sicas da hereditariedade b Cada célula sexual óvu lo e espermatozoide tem apenas 23 cromossomos devido ao tipo especial de divisão celular meiose c quando ocorre a fecundação os 23 cromossomos do espermatozoide juntamse aos 23 do óvulo de modo que o zigoto recebe 46 cromossomos ou 23 pares Papalia03indd 89 Papalia03indd 89 010213 1037 010213 1037 90 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman mônios devem primeiro enviar um sinal ao gene SRY que então ativa a diferenciação celular e a formação dos testículos Sem essa sinalização um rato geneticamente macho desenvolverá genitais femininos ao invés de masculinos Hughes 2004 Meeks Weiss e Jameson 2003 Nef et al 2003 É provável que um mecanismo semelhante ocorra em ho mens O desenvolvimento do sistema reprodutivo feminino é igualmen te complexo e depende de diversas variantes Uma delas é a molécula sinalizadora chamada Wnt4 uma forma variante que poderá mascu linizar um feto geneticamente feminino BiasonLauber et al 2004 Hughes 2004 Vainio Heikkiia Kispert Chin e McMahon 1999 As sim a diferenciação sexual parece ser um processo mais complexo do que uma simples determinação genética Maiores complexidades surgem do fato de as mulheres terem dois cromossomos X ao passo que homens têm apenas um Durante muitos anos pesquisadores acreditaram que os genes duplicados em um dos dois cromossomos X da mulher são inativos ou desligados Recentemen te contudo perquisadores descobriram que apenas 75 dos genes no cromossomo X extra são inativos Cerca de 15 permanecem ativos e 10 são ativos em algumas mulheres mas não em outras Carrel e Willard 2005 Essa variabilidade na atividade do gene poderia ajudar a explicar diferenças de gênero em traços normais ou em distúrbios ligados ao cromossomo X que são discutidas adiante neste capítulo O cromossomo X extra também pode explicar por que mulheres são nor malmente mais saudáveis e vivem mais do que os homens alterações prejudiciais em um gene de um cromossomo X podem ser compensadas por uma cópia backup no outro cromosssomo X Migeon 2006 PADRÕES DE TRANSMISSÃO GENÉTICA Durante a década de 1860 Gregor Mendel um monge austríaco lan çou as bases da nossa compreensão sobre padrões de hereditariedade Ele cruzou ervilhas que produ ziam apenas sementes amarelas com ervilhas que produziam apenas sementes verdes As plantas híbri das resultantes produziram apenas sementes amarelas o que significava segundo ele que as amarelas eram dominantes em relação às verdes No entanto quando ele cruzava entre si as plantas híbridas de semente amarela apenas 75 das descendentes tinham sementes amarelas e as outras 25 tinham sementes verdes Isso mostrava segundo Mendel que uma característica hereditária neste caso a cor verde pode ser recessiva isto é estar presente num organismo que não a expressa ou manifesta Mendel também tentou desenvolver dois traços simultaneamente Cruzando ervilhas que produ ziam sementes amarelas redondas com outras que produziam sementes verdes rugosas ele descobriu que a cor e o formato eram independentes um do outro Assim Mendel mostrou que os traços heredi tários são transmitidos separadamente Hoje sabemos que o quadro genético dos seres humanos é bem mais complexo do que Mendel imaginava Embora alguns traços humanos como a presença de covinhas na face sejam herdados via transmissão dominante simples a maior parte se estende ao longo de um espectro contínuo e resulta das ações combinadas de muitos genes No entanto o trabalho inovador de Mendel lançou as bases para o nosso conhecimento moderno da genética Heranças dominante e recessiva Você tem covinhas Se tiver provavelmente herdouas através de herança dominante Se seus pais têm covinhas mas você não houve herança recessiva Como funcionam esses dois tipos de herança Genes que podem produzir expressões alternativas de uma mesma característica como a presença ou ausência de covinhas são denominados alelos Cada pessoa recebe um alelo ma terno e paterno para um determinado traço Quando ambos os alelos são idênticos o indivíduo é homozigótico para uma dada característica quando são diferentes o indivíduo é heterozigótico verificador você é capaz de Descrever a estrutura do DNA e seu papel na hereditarieda de das características Distinguir entre meiose e mitose Explicar por que o esper matozoide normalmente determina o sexo do bebê e discutir possíveis fatores complicadores alelos Duas ou mais formas alternativas de um gene que ocupa a mesma posição em cromossomos emparelhados e que afetam o mesmo traço homozigótico Indivíduo que possui dois alelos idênti cos para um determinado traço heterozigótico Indivíduo que possui alelos diferentes para um determinado traço X X Mãe Mãe Pai Pai Mãe Pai O pai tem um cromossomo X e um cromossomo Y A mãe tem dois cromossomos X O bebê do sexo masculino recebe um cromossomo X da mãe e um cromossomo Y do pai O bebê do sexo feminino recebe cromossomos X tanto da mãe quanto do pai Menina Menino X X X Y X Y X X FIGURA 33 Determinação genética do sexo Como todos os bebês recebem um cromossomo X da mãe o sexo é determinado pelo cromossomo X ou Y recebido do pai Papalia03indd 90 Papalia03indd 90 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 91 Na herança dominante o alelo dominante é que governa Em outras palavras quando uma prole recebe pelo menos um alelo dominante para um traço este será expresso A pessoa parecerá a mesma quer ela seja heterozigótica ou homozigótica A herança recessiva ou a expressão de um traço recessivo somente ocorre se a pessoa receber dois alelos recessivos um do pai e o outro da mãe Tomemos a presença de covinhas como exemplo Covi nhas são um traço dominante portanto você terá covinhas se receber pelo menos uma cópia C de um dos pais Se você herdou do pai e da mãe alelos para covinhas Figura 34 você é homozigótico para esse traço e tem uma ou mais covi nhas Se você receber uma cópia do alelo C para covinhas e uma cópia de um alelo para ausência de covinhas c então você é heterozigótico Em ambos os casos a característica ex pressada é que você tem covinhas A única situação em que você não teria covinhas é se recebesse duas cópias recessivas c uma da mãe e outra do pai Não são muitos os traços determinados dessa maneira simples A maioria dos traços resulta de herança poligênica a interação de vários genes Por exemplo a cor da pele é o resultado de três ou mais grupos de genes em três diferentes cromossomos A inteligência pode ser afetada por 50 ou mais genes As variações individuais em comportamentos comple xos são geralmente governadas pelas influências adicionais de muitos genes cujos efeitos são peque nos mas às vezes identificáveis Embora frequentemente genes individuais determinem traços anor mais não há um único gene que por si só seja o responsável por diferenças individuais em qualquer comportamento complexo normal Traços podem ser afetados por mutações alterações permanentes no material genético Um estudo que comparou genomas de quatro grupos raciaisétnicos constatou que a pele mais clara dos caucasianos e dos asiáticos resultou de ligeiras mutações mudança em apenas uma letra do código do DNA dentre 31 bilhões de letras do genoma humano milhares de anos atrás Lamason et al 2005 herança dominante Padrão de hereditariedade no qual é expresso somente o dominante quan do a criança recebe alelos diferentes herança recessiva Padrão de hereditariedade em que a criança recebe alelos recessivos idên ticos resultando na expressão de um traço não dominante herança poligênica Padrão de herança em que múltiplos genes em diferentes posições nos cro mossomos afetam um traço complexo mutações Alterações permanentes nos genes ou nos cromossomos que podem produzir características prejudiciais FIGURA 34 Heranças dominante e reces siva Por causa da herança domi nante o mesmo fenótipo ob servável neste caso covinhas pode resultar de dois genóti pos diferentes CC e Cc Um fenótipo que expressa uma ca racterística recessiva ausên cia de covinhas deve ter um genótipo homozigótico cc Mãe Pai Cc Cc CC Cc Cc cc As covinhas são herdadas através de transmissão dominante simples o que é incomum A maioria dos traços é influenciada por múltiplos genes geralmente em combinação com outros fatores Papalia03indd 91 Papalia03indd 91 010213 1037 010213 1037 92 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Genótipos e fenótipos transmissão multifatorial Se você tem covinhas isso faz parte do seu fenótipo as características observáveis por meio das quais seu genótipo ou constituição genética subjacente é expresso Com exceção dos gêmeos monozigóticos não há duas pessoas com o mesmo genótipo O fenótipo é produto do genótipo e de quaisquer influências ambientais relevantes A dife rença entre genótipo e fenótipo ajuda a explicar por que um clone uma cópia genética do indivíduo ou mesmo um gêmeo idêntico nunca poderá ser uma cópia exata de outra pessoa Como nos mostra a Figura 34 a mesma característica fenotípica pode surgir de diferentes genóti pos seja uma combinação homozigótica de dois alelos dominantes ou uma combinação heterozigótica de um alelo dominante e um alelo recessivo Se você é heterozigóticoa para covinhas e tem quatro filhos com sua parceira ou com seu parceiro que também é heterozigótico para essa característica a probabilidade é que uma criança será homozigótica para ter covinhas uma será homozigótica para não as ter e as outras duas serão heterozigóticas Assim três de seus filhos provavelmente terão fenó tipos que incluem covinhas mas isso surgirá de dois padrões genotípicos diferentes homozigótico e heterozigótico As covinhas têm uma forte base genética mas a experiência modifica a expressão do genótipo para a maioria dos traços um fenômeno chamado transmissão multifatorial Imaginem que Ricar do herdou um talento musical Se ele tiver aulas de música e praticar regularmente poderá encantar a família com suas apresentações Se a sua família gosta de música clássica e o incentiva nesse sentido ele poderá tocar prelúdios de Bach se as outras crianças do bairro o influenciarem por meio de música popular talvez ele venha a formar uma banda de rock Mas se desde pequeno ele não for incentivado e motivado a tocar música seu genótipo para capacidade musical talvez não seja expresso ou poderá ser expresso em nível mais modesto em seu fenótipo Algumas características físicas entre elas peso e altura e a maior parte das características psicológicas como inteligência e traços de personalidade e ainda capacidade musical são produtos de transmissão multifatorial Muitos transtornos surgem quando uma predisposição herdada uma variante anormal de um gene normal interage com um fator ambiental seja antes ou depois do nascimento O transtorno de déficit de atençãohiperativida de TDAH discutido no Capítulo 9 é um dos muitos transtornos comportamentais que se acredita serem transmitidos multifatorialmente Price et al 2001 Mais adiante neste capítulo discutiremos com mais detalhes como as influências ambientais ope ram juntas com as dotações genéticas para influenciar o desenvolvimento Epigênese influência ambiental na expressão do gene Até recentemente a maioria dos cien tistas acreditava que os genes que uma criança herdava eram solidamente estabelecidos durante o desenvolvimento fetal embora seus efeitos sobre o comportamento pudessem ser modificados pela experiência Agora cada vez mais evidências sugerem que a própria expressão do gene é controlada por um terceiro componente um mecanismo que regula o funcionamento dos genes dentro da célula sem afetar a estrutura do DNA da célula Esse fenômeno chamase epigênese ou epigenética Longe de fixada de uma vez por todas a atividade epigenética é afetada por uma contínua interação bidire cional com influências não genéticas Gottlieb 2007 Mayo Foundation for Medical Education and Research 2009 Rutter 2007 Em outras palavras o ambiente pode influenciar quando e quais genes ativar e desativar A epigênese que significa sobre ou acima do genoma referese a moléculas químicas ou mar cadores ligadas a um gene que alteram o modo como a célula lê o DNA do gene Se imaginarmos o genoma humano como um computador podemos visualizar a estrutura epigenética como o software que diz ao DNA quando como e quanto ele deve trabalhar Uma vez que toda célula do corpo herda a mesma sequência de DNA a função dos marcadores químicos é diferenciar vários tipos de células como as células do cérebro pele e fígado E eles o fazem ligando ou desligando determinados genes durante a formação do embrião Mudanças epigenéticas podem ocorrer durante toda a vida em resposta a fatores ambientais como nutrição tabagismo hábitos de sono estresse e atividade física Fraga et al 2005 A epigenética pode contribuir para doenças tão comuns quanto câncer diabetes e cardiopatias Pode explicar por que um gêmeo monozigótico é suscetível a uma doença como a esquizofrenia enquanto o outro não e por que alguns gêmeos contraem a mesma doença mas em idades diferentes Fraga et al 2005 Wong Gottesman e Petronis 2005 Por exemplo o isolamento social pode ter implicações na regulação epi fenótipo Características observáveis de uma pessoa genótipo Constituição genética de uma pessoa contendo tanto as características ex pressas quanto as não expressas transmissão multifatorial Combinação de fatores genéticos e ambientais que produz certos traços complexos epigênese Mecanismo que ativa ou desativa os genes e determina funções das células Papalia03indd 92 Papalia03indd 92 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 93 gênica de diversos sistemas do organismo resultando em diversas vul nerabilidades na saúde incluindo doenças cardiovasculares diminuição da resposta imunológica e risco cada vez maior de doenças inflamatórias Cole 2009 As células são particularmente suscetíveis à modificação epigené tica durante períodos críticos como a puberdade e a gravidez Mayo Foundation for Medical Education and Research 2009 Rakyan e Beck 2006 Além disso modificações epigenéticas especialmente aque las que ocorrem no começo da vida podem ser herdáveis Estudos de células espermáticas humanas constataram variações epigenéticas rela cionadas à idade capazes de ser transmitidas às gerações futuras Rakyan e Beck 2006 Assim uma boa saúde e práticas nutricionais durante todo o período reprodutivo da mulher podem ajudar a garantir a saúde de seus futuros filhos e netos Um exemplo de epigênese é a marcação imprinting genômica ou genética Marcação é a expressão diferencial de certos traços genéti cos dependendo se o traço foi herdado da mãe ou do pai Em pares de genes marcados imprinted a informação genética herdada da mãe ou do pai é ativada mas a informação genética do outro genitor é suprimi da Genes marcados desempenham um importante papel na regulação do crescimento e desenvolvimento fetal Quando um padrão normal de marcação é rompido o resultado pode ser o crescimento anormal do feto ou distúrbios congênitos no crescimento Hitchins e Moore 2002 Perturbações na marcação genômica podem explicar por que o fi lho de um pai diabético mas não de uma mãe diabética está propenso a ter diabetes e por que o oposto é verdadeiro para a asma Day 1993 Problemas de marcação também podem explicar por que crianças que herdam a doença de Huntington do pai são bem mais propensas a serem afetadas ainda muito jovens do que crianças que herdam o gene de Hun tington da mãe Sapienza 1990 e por que crianças que recebem certo alelo da mãe são mais propensas a serem autistas do que aquelas que o recebem do pai Ingram et al 2000 ANORMALIDADES GENÉTICAS E CROMOSSÔMICAS Bebês que nascem com graves defeitos correm risco de morrer durante a primeira ou segunda infância ou pouco depois A maioria dos transtornos congênitos é relativamente rara Tabela 31 e afeta apenas 3 dos nascidos vivos Waknine 2006 No entanto eles são a principal causa de morte de lactentes nos Estados Unidos sendo responsáveis por 195 de todas as mortes ocorridas no primeiro ano de vida em 2007 Xu et al 2010 Os defeitos mais comuns são lábios leporinos e fendas palatais segui dos pela síndrome de Down Outras malformações graves envolvem olhos face e boca ou os sistemas circulatório gástrico e musculoesqueletal Centers for Disease Control and Prevention CDC 2006b Nem todas as anomalias genéticas ou cromossômicas são aparentes no nascimento Os sinto mas da doença de TaySachs doença degenerativa fatal do sistema nervoso central que em deter minada época ocorreu principalmente entre judeus de ancestralidade lesteeuropeia e da anemia falciforme um distúrbio no sangue mais comum entre afroamericanos podem não surgir antes dos 6 meses de idade a fibrose cística uma condição comum principalmente em crianças de ascendên cia norteeuropeia em que há acúmulo excessivo de muco nos pulmões e no trato digestivo não se manifesta antes dos 4 anos e o glaucoma doença na qual há aumento da pressão intraocular e a doença de Huntington uma degeneração progressiva do sistema nervoso geralmente não surgem antes da meiaidade É nos defeitos e nas doenças genéticas que podemos ver com maior clareza a operação de trans missão dominante e recessiva e também de uma variação a herança vinculada ao sexo discutida na próxima seção verificador você é capaz de Dizer como funcionam as heranças dominantes e reces sivas e por que a maioria dos traços normais não são produ tos de uma simples transmis são recessiva ou dominante Explicar como ocorrem a epi gênese e a marcação genômi ca e dar exemplos Problemas na marcação genômica podem explicar por que uma criança cuja mãe é asmática é mais propensa a ter asma do que uma criança cujo pai é asmático Papalia03indd 93 Papalia03indd 93 010213 1037 010213 1037 94 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman TABELA 31 Alguns defeitos congênitos Problema Características da condição Quem está em risco O que pode ser feito Deficiência de Alfa1 antitripsina Deficiência enzimática que pode resultar em cirrose hepática na primeira infância e enfisema e doença pulmonar degenerativa na meiaidade 1 em cada 1000 nasci mentos de pessoas brancas Não há tratamento Alfa talassemia Anemia grave que reduz a capacidade do sangue de transportar oxigênio quase todos os bebês afetados são natimortos ou morrem logo após o nascimento Principalmente famí lias provenientes da Malásia África e Sudeste Asiático Frequentes transfusões de sangue Beta talasse mia anemia de Cooley Anemia grave que resulta em fraqueza fadiga e doen ças frequentes geralmente é fatal na adolescência ou no adulto jovem Principalmente famí lias de ascendência mediterrânica Frequentes transfusões de sangue Fibrose cística Secreção excessiva de muco que se acumula nos pul mões e no trato digestivo as crianças não têm um crescimento normal e geralmente não vivem além dos 30 anos a mais comum das deficiências letais herdadas por pessoas brancas 1 em cada 2000 nasci mentos de pessoas brancas Terapia física diária para li berar o muco antibióticos para infecção pulmonar enzimas para melhorar a digestão terapia genética em fase experimental Distrofia muscular de Duchenne Doença fatal geralmente encontrada nos homens e caracterizada pela fraqueza muscular é comum re tardo mental leve insuficiência respiratória e morte costumam ocorrer no adulto jovem 1 em cada 3000 a 5000 mil nascimen tos masculinos Não há tratamento Hemofilia Sangramento excessivo geralmente afetando mais os ho mens que as mulheres em sua forma mais grave pode resultar em artrite comprometedora na vida adulta 1 em cada 10000 fa mílias com um his tórico de hemofilia Frequentes transfusões de sangue com fatores de coagulação Defeitos do tubo neural Anencefalia Ausência de tecidos cerebrais os bebês são natimortos ou morrem logo após o nascimento 1 em cada 1000 Não há tratamento Espinha bífida Canal espinhal não completamente fechado resultando em fraqueza muscular ou paralisia e perda do controle da bexiga e dos intestinos frequentemente acompa nhado de hidrocefalia um acúmulo de líquido espi nhal no cérebro que pode levar a retardo mental 1 em cada 1000 Cirurgia para fechar o canal espinhal impede a ocor rência de mais danos des vio introduzido no cérebro drena o excesso de líquido e previne o retardo mental Fenilcetonúria PKU Distúrbio metabólico que provoca o retardo mental 1 em cada 15000 nas cimentos Dieta especial logo nas primei ras semanas de vida pode impedir o retardo mental Doença policística renal Forma infantil dilatação dos rins resultando em proble mas respiratórios e insuficiência cardíaca congestiva Forma adulta dores renais pedras nos rins e hiperten são resultando em insuficiência renal crônica 1 em cada 1000 Transplante de rins Anemia falciforme Eritrócitos glóbulos vermelhos deformados e frágeis que podem obstruir os vasos sanguíneos privando o corpo de oxigênio os sintomas incluem dores intensas interrupção do crescimento infecções frequentes ul cerações nas pernas cálculos biliares suscetibilidade à pneumonia e acidente vascular cerebral 1 em cada 500 afro americanos Analgésicos transfusões para a anemia e para prevenir o acidente vascular cerebral antibióticos para infecções Doença de TaySachs Doença degenerativa do cérebro e das células nervosas resultando em morte antes dos 5 anos Encontrada historica mente sobretudo em judeus do Leste Europeu Não há tratamento Fonte Adaptada de AAP Committee on Genetics 1996 NIH Consensus Development Panel 2001 Tisdale 1988 pp 6869 Papalia03indd 94 Papalia03indd 94 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 95 Defeitos transmitidos por herança dominante ou recessiva Na maior parte das vezes os genes normais são dominantes em relação àqueles que contêm os traços anormais Porém algumas vezes o gene para um traço anormal é dominante Quando um dos pais tem um gene anormal dominante e um gene normal recessivo e o outro tem dois genes normais recessivos cada um de seus filhos terá 50 de chance de herdar o gene anormal Dentre as 18 mil doenças conhecidas transmitidas por herança dominante estão a acondroplasia um tipo de nanismo e a doença de Huntington Embora possam ser muito graves defeitos transmitidos por herança dominante têm menor probabilidade de serem letais no começo da vida do que aqueles transmitidos por herança recessiva Se um gene dominante for letal no começo da vida as crianças afetadas provavelmente morreriam antes de se reproduzirem Esse gene portanto não passaria para a próxima geração e logo desapareceria da população Os defeitos recessivos são expressos somente se a criança for homozigótica para esse gene em outras palavras a criança deve herdar uma cópia do gene recessivo de cada um dos pais para ser afetada Como os genes recessivos não são expressos se o pai ou a mãe forem homozigóticos para aquele traço nem sempre poderá ser evidente que uma criança correrá risco por receber dois alelos de um gene recessivo No entanto sabemos que certos grupos étnicos são mais propensos a portar determinados genes recessivos e isso pode ser usado para avaliar a probabilidade de a criança ser afe tada Defeitos transmitidos por genes recessivos tendem a ser letais no começo da vida ao contrário daqueles transmitidos por genes dominantes isso porque genes recessivos podem ser transmitidos por portadores heterozigóticos que não tenham eles mesmos a doença Assim eles são capazes de reproduzir e transmitir os genes para a próxima geração Alguns traços são parcialmente dominantes ou parcialmente recessivos Na dominância incom pleta um traço não é totalmente expresso Por exemplo pessoas com apenas um alelo de célula falciforme e um alelo normal não apresentam anemia falciforme mas exibem algumas manifestações dessa condição como respiração ofegante em altitudes elevadas Defeitos transmitidos por herança vinculada ao sexo Na herança vinculada ao sexo Figu ra 35 certos distúrbios recessivos vinculados aos genes dos cromossomos sexuais afetam meninos e meninas diferentemente O daltonismo é uma dessas condições vinculadas ao sexo Outra é a hemofi lia um distúrbio em que o sangue não coagula como deveria dominância incompleta Padrão hereditário em que a criança re cebe dois alelos diferentes resultando na expressão parcial de um traço herança vinculada ao sexo Padrão hereditário em que certas ca racterísticas contidas no cromossomo X herdadas da mãe são transmitidas diferentemente às proles masculina e feminina FIGURA 35 Herança vinculada ao sexo Menino normal Menina normal Menino afetado Menina portadora Possíveis resultados hereditários Na forma mais comum o cromossomo sexual feminino de uma mãe não afetada traz um gene anormal recessivo e um gene normal dominante X O pai tem um cromossomo X masculino normal e um complemento cromossômico Y As chances para cada criança do sexo masculino são de 50 1 50 de risco de herdar o X anormal e o distúrbio 2 50 de chance de herdar cromossomos X e Y normais Para cada criança do sexo feminino a probabilidade é de 1 50 de chance de herdar um X anormal tornandose portadora como a mãe 2 50 de chance de não herdar nenhum gene anormal Mãe Mãe portadora portadora Pai Pai normal normal Mãe portadora Pai normal X X X Y X Y X X X X X Y Papalia03indd 95 Papalia03indd 95 010213 1037 010213 1037 96 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Em humanos o cromossomo Y é menor e contém menos genes que o cromossomo X Lembre mos que os homens são XY e as mulheres XX Uma das consequências desse fato é que as mulheres recebem duas cópias de qualquer gene contido no cromossomo X enquanto os homens recebem apenas uma Portanto os homens são mais propensos a ser afetados por qualquer traço contido no cromossomo X Quando a mãe é portadora de uma doença vinculada ao sexo em outras palavras quando ela é heterozigótica para um alelo contido nos cromossomos sexuais ela tem 50 de chance de passar esse gene para seus filhos Se o filho for do sexo masculino então essa criança terá 50 de chance de receber o gene defeituoso e ter a doença Se a criança for do sexo feminino mesmo se receber da mãe uma cópia do gene defeituoso ela ainda receberá outro alelo do pai potencialmente anulando assim o gene defeituoso Ocasionalmente uma menina pode herdar uma condição vinculada ao sexo Por exemplo se o pai tem hemofilia e a mãe é portadora da doença a filha tem 50 de chance de receber o cromossomo X anormal de cada um dos pais e adquirir a doença Anomalias cromossômicas Anomalias cromossômicas ocorrem por causa de erros na divisão ce lular resultando em um cromossomo extra ou de menos Alguns desses erros acontecem nas células sexuais durante a meiose Por exemplo a síndrome de Klinefelter é causada por um cromossomo sexual feminino a mais cujo padrão é XXY A síndrome de Turner resulta de um cromossomo sexual a menos XO A probabilidade de erros na meiose pode aumentar em proles de mulheres de 35 anos ou mais As características dos transtornos cromossômicos sexuais mais comuns são mostradas na Tabela 32 Outras anomalias cromossômicas ocorrem nos autossomos durante a divisão celular A síndrome de Down a mais comum delas é responsável por cerca de 40 de todos os casos de Crianças com síndrome de Turner são sempre meninas Devido ao fato de o cromossomo Y conter muito pouca informação um embrião apenas com um cromossomo Y e nenhum cromossomo X não é viável Ao contrário um embrião com cromossomo X mas sem o Y geralmente é síndrome de Down Transtorno cromossômico caracteriza do por retardo mental entre moderado e severo e por sinais físicos como a pele dobrada para baixo nos cantos internos dos olhos Também chamado de trissomia21 TABELA 32 Anomalias dos cromossomos sexuais Padrãonome Características Incidência Tratamento XYY Sexo masculino estatura alta tendência a ter QI baixo especialmente verbal 1 em cada 1000 nascimen tos masculinos Não há tratamento especial XXX triplo X Sexo feminino aparência normal irregu laridades menstruais transtornos da aprendizagem retardo mental 1 em cada 1000 nascimen tos femininos Educação especial XXY Kleinfelter Sexo masculino esterilidade característi cas sexuais secundárias subdesenvolvi das testículos pequenos transtornos da aprendizagem 1 em cada 1000 nascimen tos masculinos Terapia hormonal educação especial XO Turner Sexo feminino estatura baixa pescoço grosso habilidades espaciais deficientes ausência de menstruação infertilidade órgãos sexuais subdesenvolvidos desen volvimento incompleto das característi cas sexuais secundárias 1 em cada 1500 a 2500 nas cimentos femininos Terapia hormonal educação especial X frágil Retardo mental entre leve e severo os sintomas que são mais graves no sexo masculino incluem atraso na fala e no desenvolvimento motor deficiências na fala e hiperatividade a forma herdada de retardo mental mais comum 1 em cada 1200 nascimen tos masculinos 1 em cada 2000 nascimen tos femininos Terapias educacional e comportamental quando necessário Nem todas as pessoas afetadas apresentam todas as características Papalia03indd 96 Papalia03indd 96 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 97 retardo mental entre moderado e severo Pennington Moon Edgin Stedron e Nadel 2003 Essa condição é também chamada de trissomia21 por ser caracterizada em mais de 90 dos casos por um 21 o cromossomo extra ou em 3 a 4 dos casos na translocação de parte dele para outro cromossomo antes ou no momento da concepção A translocação é o rearranjo de material genético que ocorre dentro do mesmo cromossomo ou a trans ferência de um segmento de um cromossomo para outro cromossomo não homólogo A característica física mais óbvia associada ao transtorno é uma dobra na pele inclinada para baixo no canto interno dos olhos Aproximadamente 1 em cada 700 bebês nascidos vivos tem síndrome de Down Em bora o risco de ter uma criança com síndrome de Down aumente com a idade Society for Neuroscience 2008 devido às taxas de nascimento mais altas em mulheres mais jovens existem na verdade mais jovens mães cujos filhos têm síndrome de Down National Institute of Child Health and Human Development 2008 No entanto a tendência cada vez maior de retardar a gravidez parece resultar num aumento complementar do número de crianças nascidas com síndrome de Down Entre 1979 e 2003 houve um aumento de 31 entre os nascidos vivos de crianças com síndrome de Down Shin et al 2009 presumivelmente por causa do maior número de mães mais velhas O cérebro das crianças com síndrome de Down parece quase normal no nascimento mas encolhe em volume até o início da vida adulta princi palmente na região do hipocampo e córtex préfrontal resultando em disfunção cognitiva e no cerebelo resultando em problemas com a coordenação motora e o equilíbrio Davis 2008 Pennington et al 2003 Com uma intervenção logo no começo porém o prognóstico para essas crianças é mais favorável hoje do que se pensava algum tem po atrás Crianças com síndrome de Down assim como outras crianças com necessidades especiais tendem a se beneficiar cognitivamente socialmente e emocionalmente quando colocadas em classes comuns e não em escolas especiais Davis 2008 e quando têm acesso a terapias regulares e intensivas destinadas a ajudálas a obter habilidades importantes Quando adultos muitos vivem em pequenos grupos oferecendo apoio uns aos outros eles tendem a se dar bem em situações estruturadas de trabalho Mais de 70 das pessoas com síndrome de Down vivem até os 60 anos mas correm risco elevado de morte prema tura por várias causas entre elas leucemia câncer mal de Alzheimer e doenças cardiovasculares Hayes e Batshaw 1993 Hill et al 2003 ACONSELHAMENTO GENÉTICO E TESTES Quando Alicia ficou grávida depois de cinco anos de casada ela e o marido Eduardo estavam muito contentes Eles transformaram seu escritório doméstico num quarto de criança e ansiavam em trazer o bebê para casa Mas o bebê nunca entrou naquele quarto de cores vivas Nasceu morto vítima da síndrome de Edwards uma condição em que a criança nasce com um 18 o cromossomo a mais e sofre de vários defeitos de nascimento incluindo anomalias no coração rins sistema gastrointestinal e cé rebro O casal desolado ficou com medo de tentar mais uma vez Eles ainda queriam um bebê mas temiam não ser capazes de conceber uma criança normal O aconselhamento genético pode ajudar futuros pais como Alicia e Eduardo a avaliar seus riscos de gerarem filhos com defeitos genéticos ou cromossômicos Pessoas que já tiveram um filho com defeito genético que têm um histórico familiar de doença hereditária que sofrem de condições sabidamente ou suspeitas de serem hereditárias ou originárias de grupos étnicos cujo risco de trans missão de genes para certas doenças é maior do que a média podem obter informações sobre suas probabilidades de produzir crianças afetadas Os geneticistas têm dado grandes contribuições para evitar os defeitos congênitos Por exemplo os testes genéticos praticamente eliminaram a doença de TaySachs da população judaica Igualmente Outro sinal comum de síndrome de Down envolve as linhas que as quiromantes usam para prever o futuro Nas crianças com síndrome de Down há uma única linha horizontal atravessando a palma da mão aconselhamento genético Serviço clínico que aconselha futuros pais sobre seus prováveis riscos de ter filhos com defeitos hereditários Embora a síndrome de Down seja uma importante causa de retardo mental pessoas com essa anomalia cromossô mica podem viver vidas produtivas Papalia03indd 97 Papalia03indd 97 010213 1037 010213 1037 98 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman pesquisa em ação TESTES GENÉTICOS Cientistas terminaram o mapeamento do genoma humano e a estimativa é que contenha entre 20 mil e 25 mil genes Inter national Human Genome Sequencing Consortium 2004 Esse mapeamento fez avançar e muito nossa capacidade de iden tificar quais são os genes que afetam traços ou comportamen tos específicos A genômica o estudo científico das funções e interações dos vários genes traz implicações incalculáveis para a genética médica que é a aplicação da informação genética a fins terapêuticos McKusick 2001 Patenaude Guttmacher e Collins 2002 Os cientistas estão cada vez mais aptos a identi ficar genes que causam ativam ou aumentam a suscetibilidade a determinadas doenças Mais de mil testes genéticos já estão disponíveis em laboratórios de testagem clínica US Depart ment of Energy Office of Science 2008a O rastreamento ge nético de recémnascidos está salvando vidas e prevenindo contra o retardo mental ao permitir logo no começo a identi ficação e o tratamento de doenças como anemia falciforme e fenilcetonúria PKU Holtzman et al 1997 Khoury McCabe e McCabe 2003 Para a maioria das doenças contudo a decodi ficação do genoma não resultou em melhora na saúde nem no desenvolvimento de tratamentos médicos Considerando que as causas das doenças quase sempre são complexas e interati vas a identificação de mutações isoladas não tem sido tão útil quanto se esperava Além do mais testes genéticos envolvem questões éticas e políticas relacionadas à privacidade e ao uso correto da infor mação genética Embora se suponha que os dados médicos se jam confidenciais alguns tribunais determinaram que parentes consanguíneos têm o legítimo direito à informação sobre riscos genéticos que possam afetálos mesmo que essas revelações violem a confidencialidade Clayton 2003 Uma grande preocupação especialmente em relação aos testes comerciais destinados a pessoas sadias é o determinismo genético o equívoco de que a pessoa com um gene para de terminada doença certamente contrairá essa doença Tudo que esses testes podem nos dizer é sobre a possibilidade de uma pessoa contrair determinada doença A maior parte das doen ças envolve uma complexa combinação de genes ou depende em parte do estilo de vida ou de outros fatores ambientais Até recentemente as leis federais e estaduais não ofereciam a pro teção adequada e o medo à discriminação e ao estigma social impediam muitas pessoas de se submeter a testes genéticos recomendados pelos médicos Clayton 2003 Khoury et al 2003 US Department of Energy Office of Science 2008a A Lei de Não Discriminação da Informação Genética uma lei federal norteamericana proíbe a discriminação baseada em testes ge néticos Wexler 2008 O impacto psicológico dos resultados dos testes também é preocupante Previsões são imperfeitas um falso resultado positivo pode causar uma desnecessária ansiedade e um falso negativo induzir a pessoa à complacência Um grupo de espe cialistas fez uma recomendação contra os testes genéticos para doenças cuja cura ainda não é conhecida Institute of Medici ne IOM 1993 Outro problema especialmente em relação a kits para testes domésticos comercializados diretamente ao público é a possibilidade de erro e de interpretação errônea dos resultados dos testes US Department of Energy Office of Science 2008a Uma perspectiva particularmente apavorante é que os testes genéticos possam ser utilizados para justificar a este rilização de pessoas com genes indesejáveis ou o aborto de um feto normal com a constituição genética errada Plomin e Rutter 1998 A terapia gênica tem potencial para abusos desse tipo Deve ser usada para tornar mais alta uma criança de baixa estatura Ou uma criança gordinha mais magra Para melhorar a aparência ou a inteligência de um bebê que ainda não nasceu A trilha que leva da correção de defeitos genéticos à engenharia genética com propósitos cosméticos ou funcionais pode muito bem ser um caminho sem volta que resultará numa sociedade em que alguns pais podem darse ao luxo de oferecer os melhores genes para seus filhos e ou tros não Rifkin 1998 Os testes genéticos abrem as portas para a terapia gênica uma técnica experimental para reparar ou substituir genes defeituosos ou regular a extensão em que um gene é ativado ou desativado Embora os primeiros experimentos em terapia gênica não produzissem bons resultados recentemente essa terapia foi usada para melhorar a função imunológica em nove bebês e crianças italianas com imunodeficiência combinada severa SCID na sigla em inglês Nenhuma dessas crianças contraiu leucemia embora sete tivessem outros efeitos cola terais graves e todas estavam vivas após 2 a 8 anos Aluti et al 2009 O sucesso dessa pesquisa pode abrir caminho para o desenvolvimento de métodos seguros para tratamento de diversas doenças genéticas incluindo hemofilia distrofia muscular e condições neurodegenerativas Kohn e Candotti 2009 A terapia gênica tem sido usada com sucesso para tra tar cegueira congênita melanoma câncer de pele avançado e doenças mieloides do sangue Brainbridge et al 2008 Morgan et al 2006 Ott et al 2006 US Department of Energy Office of Science 2008b Os testes genéticos têm o potencial de revolucionar a prática da medicina É importante assegurar que os benefícios sejam maiores que os riscos qual a sua opinião Você gostaria de saber se tem um gene que o predispõe a ter câncer no pulmão Mal de Alzheimer Você encaminharia seu filho para ser testado para esses genes 31 o Papalia03indd 98 Papalia03indd 98 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 99 o rastreamento e aconselhamento para mulheres em idade fértil de países do Mediterrâneo onde a beta talassemia Tabela 31 é comum resultou em declínio no nascimento de bebês afetados e mais conhecimento sobre os riscos de ser portador Cao et al 1997 O conselheiro genético conhecendo o histórico familiar prescreve exames físicos seja aos fu turos pais seja aos filhos biológicos Análises laboratoriais de sangue pele urina ou de impressões digitais poderão ser feitas Cromossomos dos tecidos sanguíneos poderão ser analisados e fotografados e as fotografias ampliadas e organizadas de acordo com o tamanho e a estrutura Esse mapeamento é chamado de cariótipo e pode revelar anomalias cromossômicas e também indicar se uma pessoa que parece ser normal poderia transmitir defeitos genéticos aos filhos Figura 36 O conselheiro tenta ajudar seus clientes a entender o risco matemático de uma determinada condição explica suas conse quências e apresenta informações sobre medidas alternativas Atualmente os pesquisadores estão identificando rapidamente genes que contribuem para mui tas doenças e distúrbios graves bem como aqueles que influenciam traços normais Esse trabalho provavelmente levará à disseminação de testes para revelar perfis genéticos uma perspectiva que envolve perigos e benefícios Quadro 31 Genética e ambiente influências da hereditariedade e do ambiente A importância relativa da hereditariedade e do ambiente foi uma questão importante para os primeiros psicólogos e o público em geral Hoje está claro que embora certos distúrbios físicos sejam pratica mente 100 herdados os fenótipos para a maioria dos traços normais como aqueles relacionados à inteligência e à personalidade estão sujeitos a um complexo conjunto de forças hereditárias e ambien tais Vejamos como os cientistas estudam e explicam as influências da hereditariedade e do ambiente e como essas duas forças operam juntas verificador você é capaz de Explicar como funciona a herança dominante herança recessiva dominância in completa herança vinculada ao sexo e as mutações na transmissão de defeitos de nascimento Dizer como ocorrem três doenças cromossômicas Explicar os objetivos do acon selhamento genético Como os cientistas estudam as influências relativas à hereditariedade e ao ambiente e como essas influências operam juntas indicad r A 1 2 3 B 4 5 C 6 7 8 9 10 11 12 D 13 14 15 E 16 17 18 F 19 20 21 G 22 Cromossomos sexuais Fonte Babu e Hirschhorn 1992 March of Dimes Birth Defects Foundation 1987 FIGURA 36 Cariótipo é uma fotografia que mostra os cromossomos quando estão separados e alinhados para a divisão ce lular Sabemos que este é um cariótipo de uma pessoa com síndrome de Down porque o par 21 tem três cromossomos em vez de dois Como o par 23 consiste em dois cromosso mos X sabemos que se trata de um cariótipo de mulher Papalia03indd 99 Papalia03indd 99 010213 1037 010213 1037 100 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman ESTUDANDO A HEREDITARIEDADE E O AMBIENTE Um dos métodos de estudo da hereditariedade e do ambiente é o quantitativo procura medir o quan to hereditariedade e ambiente influenciam determinados traços Essa é a meta tradicional da ciência da genética comportamental Medindo a herdabilidade A herdabilidade é uma estimativa estatística da contribuição da here ditariedade às diferenças individuais em traços complexos em uma determinada população A herda bilidade não se refere à influência relativa da hereditariedade e do ambiente entre populações ou num determinado indivíduo essas influências talvez sejam praticamente impossíveis de serem separadas Nem tampouco nos diz como os traços se desenvolvem ou em que extensão podem ser modificados Apenas indica a extensão estatística com que os genes contribuem para as diferenças individuais em um determinado traço em uma determinada população A herdabilidade expressase como um número que varia entre 00 e 10 quanto maior o número maior a herdabilidade de um traço sendo que 10 significa que os genes são 100 responsáveis por diferenças no traço Como a herdabilidade não pode ser medida diretamente os pesquisadores em genética comportamental contam principalmente com três tipos de pesquisa correlacional estudos sobre família adoção e gêmeos Em estudos de família os pesquisado res medem até que ponto parentes biológi cos compartilham certos traços e se a pro ximidade do relacionamento familiar está associada ao grau de semelhança Se a cor relação é forte os pesquisadores inferem que há uma influência genética Esses estudos no entanto não podem excluir as influências ambientais Um estudo de família por si só não pode nos dizer se crianças obesas de pais obesos herdaram a tendência ou são gordas porque sua dieta é semelhante à dos pais Por essa razão os pesquisadores fazem estudos sobre adoção que podem separar os efeitos da hereditarie dade dos efeitos do ambiente compartilhado Os estudos sobre adoção focalizam as semelhanças entre filhos adotivos e as famílias que os adotaram e também entre filhos adotivos e suas famílias biológicas Quando os filhos adotivos são mais parecidos com os pais e os irmãos biológicos em um determinado traço digamos obesidade vemos a influência da hereditariedade Quando se assemelham mais à família adotiva vemos a in fluência do ambiente Os estudos sobre gêmeos comparam pares de gêmeos monozigóticos com gêmeos dizigóticos do mesmo sexo Gêmeos do mesmo sexo são usados para evitar efeitos de gênero que possam confundir a pesquisa Gêmeos monozigóticos são em média duas vezes mais semelhantes geneticamente que gêmeos dizigóticos que não são geneticamente mais semelhantes que irmãos do mesmo sexo Quando os gêmeos monozigóticos são mais concordantes isto é possuem estatisticamente maior tendência a apresentar o mesmo traço que os gêmeos dizigóticos vemos os prováveis efeitos da hereditariedade As taxas de concordância que podem variar de 00 a 10 são uma estimativa da probabilidade de um par de gêmeos em uma amostra ser concordante para um traço presente em um deles Quando gêmeos monozigóticos mostram maior concordância para um traço do que gêmeos di zigóticos a probabilidade de um fator genético poderá ser ainda examinada pelos estudos de adoção Estudos sobre gêmeos monozigóticos separados na infância e criados em famílias diferentes encon traram fortes semelhanças entre os gêmeos Estudos sobre gêmeos e sobre adoção sustentam uma base hereditária entre moderada e elevada para muitas características normais e anormais McGuffin Riley e Plomin 2001 Geneticistas comportamentais reconhecem que os efeitos das influências genéticas principalmente nos traços comportamentais raramente são inevitáveis mesmo num traço fortemente influenciado pela hereditariedade o ambiente pode causar impacto substancial Rutter 2002 De fato as intervenções ambientais às vezes podem superar condições geneticamente determinadas Por exemplo uma dieta especial iniciada logo após o nascimento pode impedir a ocorrência de retardo mental em crianças com a doença genética fenilcetonúria PKU ver Tabela 31 genética comportamental Estudo quantitativo das influências relativas da hereditariedade e do am biente no comportamento herdabilidade Estimativa estatística da contribuição da hereditariedade para diferenças in dividuais em um traço específico e em uma determinada população Em que você se parece com sua mãe e em que você se parece com seu pai Qual a sua semelhança e dessemelhança com seus irmãos Na sua opinião quais são as diferenças relacionadas principalmente à hereditariedade e quais têm origem no ambiente Você consegue ver possíveis efeitos de ambos Lembrese de que a estimativa de uma alta herdabilidade não significa que um traço não possa ser influenciado pelo ambiente Se o ambiente mudar a estimativa de herdabilidade poderá mudar também concordante Termo que descreve a tendência de gê meos compartilharem o mesmo traço ou distúrbio verificador você é capaz de Enunciar o pressuposto básico subjacente aos estudos de genética comportamental e como ele se aplica aos estu dos sobre família gêmeos e sobre adoção Papalia03indd 100 Papalia03indd 100 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 101 COMO HEREDITARIEDADE E AMBIENTE OPERAM JUNTOS Hoje muitos cientistas do desenvolvimento consideram por demais simplista uma abordagem ao es tudo da hereditariedade e do ambiente que seja unicamente quantitativa Eles veem essas duas forças como fundamentalmente entrelaçadas Em vez de considerar que os genes e a experiência operam diretamente num organismo eles veem ambos como parte de um sistema de desenvolvimento com plexo Gottlieb 1991 1997 Lickliter e Honeycutt 2003 Da concepção em diante ao longo de toda a vida uma combinação de fatores constitucionais relacionados à constituição biológica e psicológica e fatores sociais econômicos e culturais ajudam a moldar o desenvolvimento Quanto mais vantajosas essas circunstâncias e as experiências maior é a probabilidade de um ótimo desenvolvimento Vejamos a seguir as diversas maneiras em que a hereditariedade e a experiência operam juntas Faixa de reação Muitas características variam dentro de certos limites sob diversas condições he reditárias e ambientais O conceito de faixa de reação pode nos ajudar a visualizar como isso acontece A faixa de reação referese a uma amplitude de expressões potenciais de um traço hereditário O tamanho do corpo por exemplo depende em grande parte de processos biológicos que são geneti camente regulados Mesmo assim podese falar de uma amplitude de tamanho que depende de opor tunidades e restrições ambientais e do comportamento da pessoa Em sociedades em que a nutrição foi notavelmente aprimorada toda uma geração cresceu e superou em tamanho a geração anterior Os filhos mais bem alimentados compartilharam os genes dos pais mas responderam a um mundo mais saudável Uma vez porém que a dieta média de uma sociedade tornase adequada para mais de uma geração os filhos tendem a atingir estaturas semelhantes a de seus pais Em última análise a altura tem limites genéticos não vemos pessoas com apenas 30 centímetros de altura ou alguém de 3 metros A hereditariedade pode influenciar uma faixa de reação tornandoa larga ou estreita Por exemplo uma criança nascida com um defeito que produz limitações cognitivas moderadas está mais capacitada a responder a um ambiente favorável do que uma criança nascida com limitações mais graves Do mesmo modo uma criança com inteligência inata de maior nível provavelmente se beneficiará mais de um ambiente enriquecido no lar ou na escola do que aquela com inteligência normal Figura 37 Canalização Alguns traços têm uma faixa de reação extremamente pequena A metáfora da canalização ilustra como a hereditariedade restringe a amplitude do desenvolvimento para certos traços Depois de uma forte tempestade a água da chuva que caiu sobre o asfalto precisa ir para algum lugar Se a rua tiver buracos a água irá enchêlos Se houver profundos canais ladeando as ruas a água fluirá para esses canais Algumas características humanas como a cor dos olhos são programadas pelos genes de forma tão inflexível que dizemos que são altamente canalizadas há poucas chances de variância nessa expressão faixa de reação Variabilidade potencial na expressão de um traço hereditário que depende das condições ambientais canalização Limitação na variante de expressão de certas características herdadas Gêmeos monozigóticos sepa rados quando nasceram são procurados por pesquisadores que querem estudar o impacto dos genes na personalidade Estes gêmeos adotados por diferentes famílias e que só voltaram a se reunir aos 31 anos de idade tornaramse ambos bombeiros Foi uma coincidência ou isso refletiu a influência da hereditariedade Papalia03indd 101 Papalia03indd 101 010213 1037 010213 1037 102 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Certos comportamentos também se desenvolvem ao longo de canais geneticamente cavados é preciso haver uma mudança radical no ambiente para alterar seu curso Comportamentos que dependem muito da maturação parecem surgir quando a criança está pronta Bebês normais seguem uma sequência previsível de desenvolvi mento motor engatinhar andar e correr nessa ordem em idades aproximadas Essa é uma sequência canalizada no sentido de que as crianças seguirão esse mesmo esquema independente das muitas variações no ambiente Muitos traços altamente canalizados tendem a ser aqueles necessários à sobrevivência No caso de traços muito importantes como esses a seleção natural projetouos para se desen volver de modo previsível e confiável nos mais diversos ambientes e sob múltiplas influências São muito importantes para serem deixa dos ao acaso Mesmo assim esse desenvolvimento não é completa mente canalizado a experiência pode no entanto afetar seu ritmo e momento de ocorrência ver Capítulo 4 Cognição e personalidade estão mais sujeitos a variações da ex periência o tipo de família que educa a criança a escola que ela frequenta e as pessoas que ela vem a conhecer Considere a leitura Antes de aprender a ler a criança precisa atingir certo nível de ca pacidade cognitiva linguística e perceptual Nenhuma criança de 2 anos poderia ler esta sentença não importa quão enriquecido fosse o seu lar O ambiente desempenha um importante papel no desenvolvi mento das habilidades de leitura conforme discutiremos no Capítulo 7 Pais que brincam com jogos de letras e palavras com os filhos e leem para eles provavelmente farão com que aprendam a ler mais cedo do que se não incentivassem ou reforçassem essas habilidades Recentemente os cientistas começaram a reconhecer que uma experiência usual ou típica também pode cavar canais para o desen volvimento Gottlieb 1991 Por exemplo bebês que ouvem apenas os sons peculiares de sua língua natal logo perdem a capacidade de perceber sons característicos de outras línguas Ao longo de todo este livro você encontrará muitos exemplos de como os níveis so cioeconômicos e condições de vizinhança bem como as oportunidades educacionais podem moldar decisivamente o desenvolvimento desde o ritmo e a complexidade do desenvolvimento linguístico à probabilidade de atividade sexual prematura e o comportamento antissocial Interação genótipoambiente A interação genótipoambiente de modo geral se refere a efei tos de condições ambientais semelhantes sobre indivíduos geneticamente diferentes e uma discussão sobre essas interações é uma maneira de conceitualizar e falar sobre os diferentes modos de interação entre genética e ambiente Consideremos um exemplo familiar Muitas crianças estão expostas ao pólen e à poeira mas aquelas com predisposição genética têm maior probabilidade de desenvolver reações alérgicas As interações também po dem funcionar no sentido inverso crianças geneticamente semelhantes costumam de senvolverse diferentemente dependendo dos ambientes domésticos Collins et al 2000 Conforme discutiremos no Capítulo 7 uma criança que nasce com um tempera mento difícil poderá ter problemas de ajusta mento em uma família e prosperar em outra dependendo muito do tratamento parental Assim é a interação entre fatores hereditários e ambien tais e não apenas um ou outro que produz certos resultados Correlação genótipoambiente Como os genes influenciam a exposição de uma pessoa a deter minados ambientes o ambiente geralmente reforça as diferenças genéticas Rutter 2007 Ou seja certas influências genéticas e ambientais tendem a atuar na mesma direção A isso chamamos de Em humanos caminhar e conversar são essenciais para o adulto Não causa surpresa que sejam características altamente canalizadas interação genótipoambiente A parcela de variação fenotípica que resulta das reações de indivíduos geneticamente diferentes a condições ambientais similares Um dos fatores ambientais que tem sido identificado como uma proteção contra alergias severas em crianças é o contato desde cedo com animais Wegienka et al 2011 QI fenótipo 160 140 120 100 80 60 40 20 90 125 155 115 Márcio genótipo A faixa de reação João genótipo B André genótipo C faixa de reação faixa de reação 100 100 Ambiente enriquecido Ambiente restrito FIGURA 37 Inteligência e faixa de reação Crianças com diferentes genótipos para inteligência apresen tarão faixas de reação variadas quando expostas a um am biente restrito porção cinza da barra ou a um ambiente enri quecido barra inteira Papalia03indd 102 Papalia03indd 102 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 103 correlação genótipoambiente ou covariante genótipoambiente e para fortalecer a expressão fenotípica de uma tendência genotípica ela funciona de três maneiras Bergeman e Plomin 1989 Scarr 1992 Scarr e McCartney1983 As duas primeiras são comuns entre crianças pequenas a ter ceira entre crianças maiores adolescentes e adultos Correlações passivas Pais que fornecem os genes que predispõem o filho a um determinado tra ço também tendem a fornecer um ambiente incentivador do desenvolvimento daquele traço Por exemplo um pai que gosta de música provavelmente cria um ambiente doméstico onde se ouve música regularmente ensina música para o filho e leva a criança a eventos musicais Se a criança herdou o talento musical do pai sua musicalidade refletirá uma combinação de influências genéticas e ambientais Esse tipo de correlação é chamado de passivo porque o filho não o controla A criança herdou o ambiente assim como os genes que poderiam fazêla particularmente bem adequada para responder a essas influências ambientais específicas Correlações passivas aplicamse mais às crian ças pequenas cujos pais também possuem grande controle sobre as primeiras experiências Além disso correlações passivas funcionam somente quando a criança vive com o pai ou a mãe biológicos Correlações reativas ou evocativas Crianças com diferentes constituições genéticas evocam dife rentes reações dos adultos Assim pais que não são musicalmente inclinados poderão fazer um esforço todo especial para oferecer experiências musicais a uma criança que demonstra interesse e habilidade em música Essa resposta por sua vez fortalecerá a inclinação ge nética da criança à música Esse tipo de correlação chamase reativo porque os pais reagem à constituição genética da criança Correlações ativas À medida que a criança cresce e passa a ter mais liberdade para escolher suas próprias atividades e ambientes ela seleciona ativamente ou cria experiências coerentes com suas tendências genéticas É mais provável que uma criança tímida e não uma criança extrovertida passe seu tempo em atividades solitárias Um adolescente com talento para música provavelmente procurará amigos que gostem de música aprenderá música e irá a concertos se essas oportunidades estiverem disponí veis Essa tendência a procurar ambientes compatíveis com o genótipo da pessoa chamase escolha de nicho isso ajuda a explicar por que gêmeos idênticos criados separadamente tendem a ter característi cas semelhantes O que torna os irmãos tão diferentes O ambiente não compartilhado Embora duas crianças da mesma família possam apre sentar uma semelhança física surpreendente irmãos podem ser muito diferentes em termos de intelecto e principalmente de personali dade Plomin 1989 Uma das razões pode ser a diferença genética que leva as crianças a precisar de diferentes tipos de estimulação ou a responder diferentemente a um ambien te doméstico semelhante Por exemplo uma criança poderá ser mais afetada pela discórdia na família do que outra Rutter 2002 Além disso estudos em genética comportamental indicam que muitas das experiências que afe tam consideravelmente o desenvolvimento variam para diferentes crianças de uma família McGuffin et al 2001 Plomin e Daniels 1987 Plomin e DeFries 1999 Esses efeitos ambientais não compartilhados resultam do ambiente único onde cresce cada criança em uma família As crianças de uma família vivem em um ambiente compartilhado o lar correlação genótipoambiente Tendência de certas influências ge néticas e ambientais a se reforçarem mutuamente pode ser passiva reativa evocativa ou ativa Também chamada de covariante genótipoambiente A maneira mais fácil de lembrarse disso é recordar que quando você vive com seus pais biológicos você herda deles tanto os genes quanto o ambiente Às vezes esses dois complementam um ao outro com precisão porque vieram da mesma fonte Outra maneira de pensar sobre isso é que as crianças evocam ou extraem certas respostas dos outros escolha de nicho Tendência de uma pessoa especial mente após a segunda infância a procurar ambientes compatíveis com seu genótipo efeitos ambientais não compartilhados O ambiente único em que cada criança cresce e que consiste em influências distintas ou influências que afetam cada uma diferentemente Adolescentes com habilidades musicais geralmente procuram amigos que gostam de música e podem até criar sua própria banda como fizeram estes dois jovens Este é um exemplo de escolha de nicho Papalia03indd 103 Papalia03indd 103 010213 1037 010213 1037 104 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman em que elas vivem as pessoas da casa e as atividades em que a família se envolve mas também mesmo que sejam gêmeas vivenciam experiências não compartilhadas com seus irmãos Pais e irmãos podem tratar cada criança diferentemente Certos eventos como doenças e acidentes e experiências fora do lar afetam uma criança e não a outra De fato alguns geneticistas comporta mentais chegaram à conclusão que embora a hereditariedade seja responsável pela maior parte das semelhanças entre irmãos o ambiente não compartilhado é o responsável pela maior parte das diferenças McClearn et al 1997 Plomin 1996 Plomin e Daniels 1987 Plomin e DeFries 1999 Plomin Owen e McGuffin 1994 Entretanto questionamentos metodológicos e outras evidências empíricas apontam para uma conclusão mais moderada de que os efeitos ambientais não comparti lhados não superam em muito os efeitos compartilhados em vez disso parece haver um equilíbrio entre os dois Rutter 2002 As correlações genótipoambiente podem desempenhar um papel importante no ambiente não compartilhado As diferenças genéticas entre as crianças talvez levem os pais e irmãos a reagirem e tratálas diferentemente e os genes podem influenciar em como elas percebem e respondem àquele tratamento e nas consequências As crianças também moldam seu ambiente com as escolhas que fa zem o que fazem e com quem e sua constituição genética influencia essas escolhas Uma criança que herdou talento artístico poderá passar uma boa parte do tempo solitariamente criando obras primas enquanto o irmão inclinado aos esportes passa mais tempo jogando bola Assim não só as habilidades das crianças por exemplo pintura ou futebol vão se desenvolver diferentemente mas sua vida social também Essas diferenças tendem a ser acentuadas à medida que as crianças crescem e passam a ter mais experiências fora da família Bergeman e Plomin 1989 Bouchard 1994 Plomin 1990 1996 Plomin et al 1994 Scarr 1992 Scarr e McCartney 1983 O velho enigma genéticaambiente está longe de ser resolvido sabemos agora que o problema é mais complexo do que antes se pensava Utilizandose diversos modelos de pesquisa podese conti nuar ampliando e refinando nossa compreensão das forças que afetam o desenvolvimento ALGUMAS CARACTERÍSTICAS INFLUENCIADAS PELA HEREDITARIEDADE E PELO AMBIENTE Sabendo da complexidade resultante do entrelaçamento das influências hereditárias e ambientais vejamos o que se conhece sobre o papel de cada uma na produção de certas características Traços físicos e fisiológicos Não só os gêmeos monozigóticos geralmente são muito parecidos mas também são mais concordantes que os gêmeos dizigóticos no que diz respeito ao risco para doenças como pressão alta cardiopatias AVC artrite reumatoide úlcera péptica e epilepsia Brass Isaacsohn Merikangas e Robinette 1992 Plomin et al 1994 O tempo de vida também parece ser influenciado pelos genes Sorensen et al 1988 A obesidade é medida pelo índice de massa corpórea ou IMC comparação entre o peso e a altura Até recentemente uma criança que estivesse no ou acima do 95 o percentil para sua idade e sexo era considerada com excesso de peso Novas diretrizes porém agora definem as crianças entre o 85 o e o 95 o percentis como tendo excesso de peso e aquelas acima do 95 o percentil como obesas Ogden et al 2010 Outro critério usado principalmente para adultos é a porcentagem de gordura no corpo 25 ou mais para os homens e 30 ou mais para as mulheres A obesidade é uma condição multifatorial estudos de gêmeos estudos de adoção e outras pesquisas indicam que entre 40 e 70 do risco é genético mas as influências ambientais também contribuem Chen et al 2004 Mais de 430 genes ou regiões de cromossomos estão associados à obesidade Nirmala Reddy e Reddy 2008 Snyder et al 2004 Embora de um modo geral presumase que as influências genéticas para a obesidade operem junto com influências ambientais como dieta e exercício pode haver pessoas com certos perfis genéti cos que tornam mais difícil a obtenção e conservação de um corpo saudável Por exemplo um estudo recente sugere que um pequeno subconjunto de pessoas obesas sofre de uma deleção de aproximada mente 30 genes e que todas as pessoas com essa deleção são obesas Bochukova et al 2009 verificador você é capaz de Explicar e dar pelo menos um exemplo de faixa ou norma de reação canalização e reação genótipoambiente Diferenciar os três tipos de correlação genótipo ambiente Citar três tipos de influência que contribuem para os efei tos ambientais não comparti lhados Quais são os papéis desempenhados pela hereditariedade e pelo ambiente na saúde física na inteligência e na personalidade indicad r obesidade Sobrepeso extremo em relação à idade sexo altura e tipo corporal conforme definido por um índice de massa cor pórea no ou acima do 95 o percentil Papalia03indd 104 Papalia03indd 104 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 105 O risco de obesidade é de duas a três vezes maior para uma criança com histórico familiar de obesidade especialmente a obesidade severa Nirmala et al 2008 Esse risco cada vez maior porém não é unicamente genético O tipo e a quantidade de comida ingerida em um determinado lar ou em certo grupo social ou étnico e a quantidade de exercício incentivada poderão aumentar ou diminuir a probabilidade de uma criança adquirir excesso de peso O aumento da obesidade em países ociden tais parece resultar da interação de uma predisposição genética com excesso de alimentação porções muito grandes e exercício físico insuficiente Leibel 1997 ver Capítulos 7 9 11 e 13 Inteligência A hereditariedade exerce uma forte influência sobre a inteligência geral conforme medida pelos testes de inteligência e em menor extensão sobre capacidades específicas como me mória habilidade verbal e habilidade espacial A inteligência é um traço poligênico é influenciada pelos efeitos aditivos de um grande número de genes operando conjuntamente A inteligência também depende em parte do tamanho e da estrutura do cérebro que estão sob forte influência genética Toga e Thompson 2005 A experiência porém também conta Como mostra a Figura 37 um ambiente enriquecido ou empobrecido pode afetar substancialmente o desenvolvimento e a expressão das capacidades inatas Neisser et al 1996 A influência do ambiente é maior e da hereditariedade é menor entre as famílias pobres do que entre as famílias economicamente privi legiadas O nível educacional dos pais apresenta efeito similar Posthuma e de Geus 2006 Toga e Thompson 2005 A evidência indireta do papel da hereditariedade na inteligência vem dos estudos sobre adoção e sobre gêmeos QIs de crianças adotadas são coerentemente mais próximos dos QIs das mães biológicas do que dos pais e irmãos adotivos e gêmeos monozigóticos são mais semelhantes na inteligência do que gêmeos dizigóticos Petrill et al 2004 Plomin e DeFries 1999 A influência genética que é a principal responsável pela estabilidade no desempenho cognitivo aumenta com a idade Esse aumento provavelmente é resultado da escolha de nicho O ambiente familiar compartilhado parece ter uma influência dominante sobre a criança pequena mas quase nenhuma influência sobre os adolescentes que estão mais aptos a encontrar seu próprio nicho selecio nando ativamente ambientes compatíveis com as suas capacidades herdadas e interesses relacionados Ao contrário o ambiente não compartilhado é influente ao longo de toda a vida sendo o principal responsável pelas mudanças no desempenho cognitivo Bouchard 2004 Petrill et al 2004 Toga e Thompson 2005 Personalidade e psicopatologia Os cientistas identificaram genes diretamente relacionados a aspectos específicos da personalidade como um traço chamado neuroticismo que pode contri buir para a depressão e a ansiedade Lesch et al 1996 A herdabilidade de traços de personali dade parece estar entre 40 e 50 e há poucas evidências de influência ambiental compartilhada Bouchard 2004 O temperamento um aspecto da personalidade é o modo característico da pessoa abordar e reagir a situações Parece ser em grande parte inato e costuma ser coerente ao longo dos anos em bora possa responder às experiências sociais ou ao tratamento parental A Thomas e Chess 1984 A Thomas Chess e Birch 1968 Irmãos gêmeos ou não tendem a ser semelhantes no tempe ramento Um estudo observacional sobre irmãos de sete anos 50 pares de irmãos adotivos e 50 pares de irmãos de nascimen to encontrou influências genéticas signifi cativas em características temperamentais como atividade sociabilidade e emotividade Schmitz et al 1996 Há evidências de forte influência here ditária em transtornos mentais como esqui zofrenia autismo alcoolismo e depressão Todas elas costumam ser comuns entre os Se o sobrepeso é transmitido na família seja por hereditariedade seja por causa do estilo de vida como pais que não foram capazes de controlar seu próprio peso podem ajudar seus filhos temperamento Disposição característica ou estilo de abordagem e reação a situações Outro traço influenciado pela genética é a religiosidade A pesquisa em genética comportamental sugere que a tendência a acreditar fortemente em uma religião é moderadamente herdável isto é aproximadamente no mesmo nível que a inteligência Waller et al 1990 Papalia03indd 105 Papalia03indd 105 010213 1037 010213 1037 106 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman membros de uma família e mostrar maior concordância entre gêmeos mo nozigóticos do que entre gêmeos dizigóticos Entretanto a hereditarieda de sozinha não produz tais transtornos uma tendência herdada pode ser ativada por fatores ambientais A esquizofrenia um transtorno neurológico que a cada ano afeta cerca de 1 da população dos Estados Unidos Society for Neuroscience 2008 é caracterizada pela perda do contato com a realidade alucinações e delírios perda do raciocínio coerente e lógico e emotividade inadequa da As estimativas de herdabilidade chegam a 85 McGuffin Owen e Farmer 1995 Picker 2005 Gêmeos monozigóticos porém nem sempre são concordantes para esquizofrenia talvez devido à epigênese Fraga et al 2005 H Wong et al 2005 Um amplo conjunto de mutações gênicas raras algumas envolven do ausência ou duplicação de segmentos de DNA pode aumentar a suscetibilidade à esquizofrenia PL Chen et al 2009 Vrijenhoek et al 2008 Walsh et al 2008 Os pesquisadores também voltaram sua atenção para possíveis influências não genéticas como por exemplo uma série de traumas neurológicos na vida fetal Picker 2005 Rapo port Addington e Frangou 2005 exposição à influenza ou a perda por parte da mãe de um parente próximo no primeiro trimestre da gravidez Brown Begg et al 2004 Khashan et al 2008 rubéola materna ou infecções respiratórias nos segundo e terceiro tri mestres Bebês nascidos em áreas urbanas ou no final do inverno ou começo da primavera parecem estar sob risco maior assim como estão aqueles cujas mães passaram por complicações obstétricas ou que eram pobres ou gravemente carentes devido à guerra ou à escassez de alimentos Picker 2005 Em estudos realizados na Holanda Finlândia e China constatouse haver uma ligação entre desnutrição fetal e esquizofrenia St Clair et al 2005 Susser e Lin 1992 Wahlbeck et al 2001 A idade paterna avançada é um fator de risco para a esquizofrenia Em vários estudos baseados em grandes populações o risco da doença elevouse quando o pai tinha 30 anos ou mais Byrne et al 2003 Malaspina et al 2001 Sipos et al 2004 Autismo depressão e alcoolismo são discutidos mais adiante Desenvolvimento prénatal Para muitas mulheres o primeiro embora não necessariamente confiável sinal de gravidez é a ausên cia do período menstrual No entanto mesmo antes da ausência desse período o corpo de uma mu lher grávida passa por alterações sutis porém perceptíveis A Tabela 33 descreve os primeiros sinais e sintomas da gravidez Embora esses sinais não sejam exclusivos da gravidez a mulher que experimen ta um ou mais desses sinais poderá querer fazer um teste doméstico de gravidez ou procurar uma confirmação médica Durante a gestação o período entre a concepção e o nascimento o nascituro pas sa por processos dramáticos de desenvolvi mento Normalmente a gestação varia entre 37 e 41 semanas Martin Hamilton et al 2009 A idade gestacional costuma ser contada a partir do primeiro dia do último ciclo menstrual da futura mãe Neste segmento acompanharemos o curso da gestação ou desenvolvimento pré natal e discutiremos os fatores ambientais que podem afetar o desenvolvimento do fu turo indivíduo No próximo segmento avaliaremos técnicas para determinar se o desenvolvimento será normal e explicaremos a importância da assistência prénatal esquizofrenia Transtorno mental marcado pela perda de contato com a realidade Os sinto mas incluem alucinações e delírios verificador você é capaz de Avaliar as evidências para influências genéticas e am bientais em traços físicos e fisiológicos inteligência tem peramento e esquizofrenia indicad r Quais são as três etapas do desenvolvimento prénatal e o que acontece durante cada uma delas O teste para gravidez identifica a presença da gonadotrofina coriônica humana que somente é produzida por embriões e fetos Portanto não há falsos positivos A gravidez poderá não ser viável mas um teste positivo para gravidez inequivocamente indica a ocorrência da concepção gestação Período de desenvolvimento entre a concepção e o nascimento idade gestacional Idade do nascituro geralmente contada a partir do primeiro dia do último ciclo menstrual da futura mãe Este menino tímido de 3 anos pode estar apenas vivendo uma fase ou sua timidez talvez seja um aspecto inato de seu temperamento Papalia03indd 106 Papalia03indd 106 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 107 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO PRÉNATAL O desenvolvimento prénatal ocorre em três etapas ou períodos germinal embrionário e fetal a Tabe la 34 fornece uma descrição mês a mês Durante esses três períodos de gestação o zigoto unicelular original cresce e se transforma em embrião e depois em feto Tanto antes quanto depois do nascimento o desenvolvimento procede de acordo com dois prin cípios fundamentais crescimento e desenvolvimento motor ocorrem de cima para baixo e do centro para a periferia do corpo A cabeça e o tronco do embrião desenvolvemse antes dos membros e os braços e pernas antes dos dedos das mãos e dos pés Período germinal da fecundação até a segunda semana Durante o período germinal da fecundação até aproximadamente duas semanas de idade gestacional o zigoto se divide tornase mais complexo e é implantado na parede do útero Nas 36 horas após a fecundação o zigoto entra numa fase de rápida divisão e duplicação celular ou mitose Setenta e duas horas após a fecundação ele se dividiu primeiro em 16 e depois período germinal As duas primeiras semanas do desen volvimento prénatal caracterizadas por rápida divisão celular formação do blastócito e implantação na parede do útero TABELA 33 Primeiros sinais e sintomas da gravidez Mudança física Causas e momento de ocorrência Mamas ou mamilos sensíveis e inchados O aumento da produção dos hormônios femininos estrogênio e progesterona esti mula o crescimento das mamas para a produção de leite mais perceptível numa primeira gravidez Fadiga necessidade de tirar mais cochilos O coração da mulher bombeia mais forte e rápido para produzir mais sangue para levar nutrientes ao feto Aumenta ainda mais a produção de hormônios A proges terona deprime o sistema nervoso central e pode causar sonolência Preocupação com a gravidez pode minar forças Sangramento leve ou cólicas Sangramento de implantação pode ocorrer entre 10 e 14 dias após a fecundação quando o óvulo fecundado prendese ao revestimento do útero Muitas mulheres também têm cólicas semelhantes às cólicas menstruais na medida em que o úte ro começa a aumentar Desejos por comida Mudanças hormonais podem alterar as preferências alimentares especialmente du rante o primeiro trimestre quando os hormônios causam maior impacto Náusea com ou sem vômito A elevação dos níveis de estrogênio produzidos pela placenta e pelo feto faz o estô mago esvaziar mais lentamente Maior sensibilidade olfativa pode causar náusea em resposta a certos odores como o de café carne laticínios ou alimentos pican tes A náusea matinal pode começar já duas semanas após a concepção mas geral mente de quatro a oito semanas e pode ocorrer a qualquer hora do dia Vontade frequente de urinar O alargamento do útero durante o 1 o trimestre exerce pressão sobre a bexiga Leves dores de cabeça frequentes A intensificação da circulação sanguínea causada por mudanças hormonais pode provocar essas dores Constipação O aumento nos níveis de progesterona pode retardar a digestão assim o alimento atravessa mais lentamente o trato intestinal Variações de humor O fluxo de hormônios no começo da gravidez pode provocar altos e baixos emocionais Fraqueza e tontura Sensação de tontura pode ser causada pela dilatação dos vasos sanguíneos e baixa pressão ou baixos níveis de açúcar no sangue Aumento na temperatura basal do corpo A temperatura basal do corpo a primeira medida feita pela manhã normalmente sobe logo após a ovulação a cada mês e depois cai durante a menstruação Quan do cessa a menstruação a temperatura permanece elevada Fonte Mayo Clinic 2005 Papalia03indd 107 Papalia03indd 107 010213 1037 010213 1037 108 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman TABELA 34 Desenvolvimento prénatal Mês Descrição 1 mês Durante o primeiro mês o crescimento é mais rápido que em qualquer outra fase durante a vida prénatal ou pósnatal o embrião alcança um tamanho 10 mil vezes maior que o zigoto No final do primeiro mês ele mede pouco mais de 1 centímetro de comprimento O sangue flui em suas veias e artérias que são muito pequenas Seu coração é minúsculo e bate 65 vezes por minuto Ele já possui um esboço de cérebro rins fígado e trato diges tivo O cordão umbilical a ligação vital com a mãe já está funcionando Um olhar atento pelo microscópio permite ver as protuberâncias na cabeça que futuramente serão os olhos ouvidos boca e nariz O sexo ainda não pode ser identificado 7 semanas No final do segundo mês o embrião se torna um feto Ele mede cerca de 2 centímetros e pesa aproximadamente 9 gramas A cabeça é metade do comprimento total do corpo As partes da face estão nitidamente desenvolvidas com brotamentos de língua e den tes Os braços têm mãos dedos e polegares e as pernas têm joelhos tornozelos pés e dedos O feto possui uma fina camada de pele e pode deixar impressões das mãos e dos pés As células ósseas aparecem aproximadamente na oitava semana Impulsos cerebrais coordenam os sistemas de órgãos Os órgãos sexuais estão se desenvolvendo as batidas cardíacas são regulares O estômago produz sucos digestivos o fígado produz células sanguíneas Os rins retiram ácido úrico do sangue A pele agora é suficientemente sensí vel para reagir à estimulação tátil 3 meses No final do terceiro mês o feto pesa em torno de 28 gramas e mede aproximadamente 75 centímetros de comprimento Ele tem as unhas das mãos e dos pés pálpebras ainda fechadas cordas vocais lábios e um nariz proeminente A cabeça ainda é grande cerca de um terço do comprimento total e a testa é alta Seu sexo pode ser facilmente iden tificado Os sistemas de órgãos estão funcionando e assim o feto pode agora respirar engolir fluido amniótico até os pulmões e expelilo e ocasionalmente urinar As costelas e vértebras transformaramse em cartilagem O feto pode agora efetuar uma variedade de respostas especializadas movimentar as pernas pés polegares e cabeça pode abrir e fechar a boca e engolir se as pálpebras forem tocadas ele as fecha parcialmente se a palma da mão for tocada ele também a fecha parcialmente se forem os lábios ele suga e se for a sola do pé os dedos se abrem Esses reflexos estarão presentes ao nascer mas desaparecerão durante os primeiros meses de vida 4 meses O tamanho está aumentando em comparação ao da cabeça que agora é apenas um quar to do comprimento total do corpo a mesma proporção que terá ao nascer O feto agora mede de 20 a 25 centímetros e pesa em torno de 170 gramas O cordão umbilical é tão longo quanto o feto e continuará crescendo com ele A placenta está agora totalmente desenvolvida A mãe consegue sentir os chutes do feto um movimento conhecido como agitação que algumas sociedades e grupos religiosos consideram o começo da vida humana As atividades reflexas que apareceram no terceiro mês agora são mais enérgicas em virtude do desenvolvimento muscular 5 meses O feto pesando agora entre 300 e 500 gramas e medindo em torno de 30 centímetros começa a mostrar sinais de personalidade individual Ele já tem padrões definidos de sono e vigília tem uma posição favorita no útero sua inclinação e tornase mais ativo chuta contorcese esticase e até soluça Encostandose o ouvido no abdômen da mãe é possível ouvir as batidas cardíacas do feto As glândulas sudoríparas e sebáceas estão funcionando O sistema respiratório ainda não é adequado para sustentar a vida fora do útero o bebê que nasce nessa fase geralmente não sobrevive Um pelo áspero começa a crescer como sobrancelhas e cílios na cabeça um cabelo ralo cobrindo o corpo uma lanugem chamada lanugo Papalia03indd 108 Papalia03indd 108 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 109 Mês Descrição 6 meses A taxa de crescimento fetal diminui um pouco no final do sexto mês o feto mede cerca de 35 centímetros de comprimento e pesa em torno de 570 gramas Ele tem camadas de gordura sob a pele os olhos estão completos abrindo fechando e vendo em todas as di reções Ele pode ouvir e pode fechar a mão com força O feto que nasce prematuramente aos seis meses tem poucas chances de sobrevivência pois o aparato respiratório ainda não amadureceu Os avanços da medicina no entanto estão aumentando cada vez mais as chances de sobrevivência se o nascimento ocorrer no final deste período 7 meses No final do sétimo mês o feto com cerca de 40 centímetros de comprimento pesando entre 15 e 25 quilos agora desenvolveu plenamente os padrões de reflexo Ele chora respira e engole e pode sugar o polegar A lanugem poderá desaparecer neste período ou talvez permaneça até pouco depois do nascimento O cabelo poderá continuar cres cendo As chances de sobrevivência para um feto que pese pelo menos 15 quilo são relativamente boas contanto que receba assistência médica intensiva Provavelmente precisará ficar numa incubadora até atingir o peso de 25 quilos 8 meses O feto de 8 meses tem entre 45 e 50 centímetros de comprimento e pesa de 25 a 3 quilos Sua moradia está ficando apertada e portanto seus movimentos tornamse mais limi tados Durante este mês e no próximo desenvolvese uma camada de gordura sobre o corpo do feto a qual lhe permitirá ajustarse às temperaturas variáveis fora do útero 9 meses recémnascido Por volta de uma semana antes do nascimento o feto para de crescer tendo alcançado um peso médio de aproximadamente 35 quilos e um comprimento em torno de 50 centí metros os meninos geralmente são um pouco maiores e mais pesados que as meninas Camadas de gordura continuam a se formar os sistemas de órgãos estão operando com mais eficiência o ritmo cardíaco aumenta e mais dejetos são expelidos através do cordão umbilical A cor avermelhada da pele vai desaparecendo Ao nascer terá permanecido no útero por cerca de 266 dias embora a idade gestacional geralmente seja estimada em 280 dias pois a maioria dos médicos registra o início da gravidez a partir do último período menstrual da mãe Nota Mesmo nesses períodos iniciais os indivíduos apresentam diferenças Os números e as descrições aqui apresentados representam médias Papalia03indd 109 Papalia03indd 109 010213 1037 010213 1037 110 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman em 32 células um dia depois já são 64 células Enquanto o óvulo fecundado está se dividindo ele também vai descendo pela tuba uterina até chegar ao útero uma viagem que dura de três a quatro dias Ele então assume a forma de um blastocisto uma esfera cheia de líquido que flutua livremente no útero até o sexto dia após a fecundação quando começa a se implantar na parede uterina Apenas de 10 a 20 dos óvulos fecundados completam a implantação e continuam a se desenvolver Antes da implantação quando começa a diferenciação algumas células em torno da borda do blastocisto agrupamse em um dos lados para formar o disco embrionário uma espessa massa celular da qual o embrião começa a se desenvolver Essa massa se diferenciará em três camadas A camada su perior o ectoderma vai se transformar na camada exterior da pele unhas cabelo dentes órgãos sen soriais e sistema nervoso incluindo o cérebro e a medula espinhal A camada inferior o endoderma será o futuro sistema digestivo fígado pâncreas glândulas salivares e sistema respiratório A camada do meio o mesoderma vai desenvolverse e se diferenciar na camada interna da pele músculos esqueleto e os sistemas excretor e circulatório Outras partes do blastocisto começam a se desenvolver em órgãos que vão amadurecer e pro teger o desenvolvimento no útero a cavidade amniótica ou saco amniótico com suas camadas externas o âmnio e o córion a placenta e o cordão umbilical O saco amniótico é uma membrana cheia de líquido que envolve o embrião em desenvolvimento protegendoo e dandolhe espaço para se movimentar A placenta permite a passagem de oxigênio nutrientes e dejetos entre a mãe e o embrião Ela está conectada ao embrião pelo cordão umbilical Nutrientes passam do sangue da mãe para os vasos sanguíneos embrionários por meio dos quais são levados via cordão umbilical para o embrião Por sua vez os vasos sanguíneos embrionários no cordão umbilical transportam dejetos para a placenta de onde podem ser eliminados pelos vasos sanguíneos maternos Os sistemas cir culatórios da mãe e do embrião não estão diretamente ligados essa troca ocorre por difusão através das paredes do vaso sanguíneo A placenta também ajuda a combater infecção interna e concede à futura criança imunidade a várias doenças Ela produz os hormônios que sustentam a gravidez pre para as mamas da mãe para a lactação e finalmente estimula as contrações uterinas que vão expelir o bebê do corpo da mãe Período embrionário da segunda à oitava semana Durante o período embrionário entre a 2 a e a 8 a semana os órgãos e os principais sistemas do corpo respiratório digestivo e nervoso de senvolvemse rapidamente Esse é um período crítico quando o embrião encontrase muito vulnerável às influências destrutivas do ambiente prénatal Figura 38 É muito provável que qualquer sistema de órgãos ou estrutura que ainda esteja se desenvolvendo no período da exposição seja afetado Por causa disso defeitos que ocorrem mais tarde na gravidez provavelmente serão de menor gravidade quando os principais sistemas de órgãos e estruturas físicas do corpo estiverem completos No Ca pítulo 4 discutiremos o crescimento e desenvolvimento do cérebro que começa durante o período embrionário e continua após o nascimento Os embriões com defeitos mais graves geralmente não sobrevivem além do primeiro trimestre da gravidez Aborto espontâneo é o nome que se dá à expulsão do embrião ou feto que se en contra no útero e é incapaz de sobreviver fora dele O aborto espontâneo que ocorrer 20 semanas após a gestação geralmente é caracterizado como nascimento de natimorto Calculase que 1 em cada 4 condições de reconhecida gravidez termina em aborto espontâneo e as cifras reais podem chegar a 1 em cada 2 porque muitos abortos espontâneos ocorrem antes da mulher perceber que está grávida As estimativas são de 1 milhão de mortes fetais a cada ano somente nos Estados Unidos MacDorman e Kirmeyer 2009 Aproximadamente 3 entre 4 abortos espontâneos ocorrem du rante o primeiro trimestre Neville sd A maior parte dos abortos espontâneos resulta de gravidez anormal entre 50 e 70 envolvem anomalias cromossômicas Hogge 2003 Tabagismo ingestão de bebidas alcoólicas e o uso de drogas aumentam os riscos desse tipo de aborto American College of Obstetricians and Gynecologists 2002 Abortos espontâneos são mais comuns em mulheres afroamericanas americanas nativas e nativas do Alasca tanto em mães jovens quanto em mães mais velhas mais de 35 anos e são mais frequentes nas gestações que envolvem gêmeos ou outros múltiplos MacDorman e Kirmeyer 2009 O aborto espontâneo é mais comum em embriões do sexo masculino assim como também é maior o número de natimortos mortos na ou após a vigésima semana de gestação comparado a período embrionário Segundo período da gestação da se gunda à oitava semana caracterizado pelo rápido crescimento e desenvolvi mento dos principais sistemas e órgãos do corpo aborto espontâneo Expulsão natural do útero sofrida por um embrião que não pode sobreviver fora do útero Papalia03indd 110 Papalia03indd 110 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 111 embriões do sexo feminino Assim embora sejam concebidos 125 meninos para cada 100 meninas fato que tem sido atribuído à maior mobilidade do espermatozoide que transporta o cromossomo Y que é menor que o X nascem apenas em torno de 105 meninos para cada 100 meninas A maior vulnerabilidade dos homens continua após o nascimento morrem mais homens com pouco tempo de vida e em todas as idades eles são mais suscetíveis a muitos transtornos Em consequência disso há apenas cerca de 96 indivíduos do sexo masculino para cada 100 do sexo feminino nos Estados Unidos Martin Hamilton et al 2009 Spraggins 2003 Período fetal da oitava semana até o nascimento O aparecimento das primeiras células ós seas em torno da oitava semana sinaliza o começo do período fetal a fase final da gestação Durante esse período o feto cresce rapidamente até cerca de 20 vezes seu comprimento anterior e os órgãos e sistemas do corpo tornamse mais complexos Até o nascimento continuam a se desenvolver os arremates finais tais como as unhas dos dedos das mãos e dos pés e as pálpebras Fetos não são passageiros passivos no útero das mãe Eles respiram chutam viramse flexionam o corpo dão cambalhotas movimentam os olhos engolem cerram os punhos soluçam e sugam os polegares As membranas flexíveis das paredes uterinas e do saco amniótico as quais envolvem o anteparo protetor de líquido amniótico permitem e estimulam movimentos limitados Fetos também podem sentir dor mas é improvável que isso aconteça antes do terceiro trimestre Lee et al 2005 Os cientistas podem observar os movimentos fetais por meio do ultrassom que é o uso de ondas sonoras de alta frequência para detectar os contornos do feto Outros instrumentos podem monitorar o ritmo cardíaco mudanças no nível de atividade estados de sono e vigília e reatividade cardíaca verificador você é capaz de Descrever como um zigoto tornase um embrião e expli car por que defeitos e abortos espontâneos ocorrem com mais frequência durante o período embrionário período fetal Período final da gestação da oitava semana até o nascimento caracteri zado pela crescente diferenciação das partes do corpo e grande aumento de seu tamanho ultrassom Procedimento clínico prénatal que utiliza ondas sonoras de alta frequência para detectar os contornos do feto e seus movimentos de modo a determi nar se a gravidez segue normalmente Coração 3 4 5 6 7 8 9 16 2036 Braços Olhos Pernas Dentes Palato Genitália externa Ouvidos Sistema nervoso central 38 Período de vulnerabilidade a danos Nota Os intervalos de tempo não são todos iguais Fonte E Brody 1995 dados da March of Dimes Foundation Coração Palato Genitália externa Perna Braço Perna Braço Sistema nervoso central Coração Olho Olho Ouvido Ouvido Dentes Cérebro Cérebro Ouvido Semanas após a concepção FIGURA 38 Quando ocorrem os defeitos de nascimento Partes e sistemas do corpo são muito vulneráveis a danos durante períodos críticos quando então se desenvolvem mais rapidamente áreas mais escuras geralmente no primeiro trimestre da gravidez Papalia03indd 111 Papalia03indd 111 010213 1037 010213 1037 112 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Os movimentos e o nível de atividade dos fetos mostram diferenças individuais bem marcantes e seus ritmos cardíacos variam em regularidade e velocidade Os fetos masculinos independente de tamanho são mais ativos e tendem a se movimentar com mais vigor do que os fetos femininos ao longo da gestação Assim a tendência de meninos serem mais ativos que meninas pode ser pelo menos em parte inata DiPietro et al 1996 Começando por volta da 12 a semana de gestação o feto engole e inala parte do líquido amniótico em que ele flutua O líquido amniótico contém substâncias que atravessam a placenta vindas da cor rente sanguínea da mãe e entram na corrente sanguínea do feto O compartilhamento dessas substân cias talvez estimule os sentidos do paladar e do olfato que começam a surgir e talvez contribua para o desenvolvimento de órgãos necessários para a respiração e a digestão Mennella e Beauchamp 1996 Ronca e Alberts 1995 Smotherman e Robinson 1995 1996 Células gustativas aparecem por volta da 14ª semana de gestação O sistema olfativo que controla o sentido do olfato também se en contra bem desenvolvido antes do nasci mento Bartoshuk e Beauchamp 1994 Mennella e Beauchamp 1996 O feto responde à voz às batidas cardíacas e às vibrações do corpo da mãe o que sugere que pode ouvir e sentir Bebês famintos não importa em que lado estejam sendo segurados voltamse para o peito na direção de onde ouvirem a voz da mãe Noirot e Algeria 1983 citado em RoveeCollier 1996 Assim a familiaridade com a voz da mãe pode ter uma função evolucionista de sobrevivência ajudar os recémnascidos a localizar a fonte de alimento Respostas ao som e à vibração parecem co meçar na 26 a semana de gestação aumentam e depois estabilizamse na 32 a semana Kisilevsky Muir e Low 1992 Os fetos parecem aprender e lembrar Em um experimento bebês de três dias sugavam mais as chupetas que ativavam a gravação de uma história que a mãe havia lido frequentemente em voz alta durante os últimos seis meses de gravidez do que chupetas que ativavam gravações de duas outras histórias Aparentemente os bebês reconheciam o padrão sonoro que tinham ouvido no útero Um grupocontrole cujas mães não haviam recitado nenhuma história antes do nascimento A obesidade pode afetar a qualidade do ultrassom Normalmente as ondas sonoras chegam ao feto que flutua no líquido amniótico e são refletidas processo interrompido na presença de altos níveis de gordura abdominal Bebês cujas mães ingerem grandes quantidades de suco de cenoura no último trimestre são mais propensos a gostar de cenoura Mennella Jagnow e Beauchamp 2001 Bebês recémnascidos mostram maior tendência de virar a cabeça para a direita o que desaparece aproximadamente seis meses após o nascimento Curiosamente esse viés reaparece na idade adulta Ao beijar a maioria dos adultos tende a virar a cabeça para a direita Gunturkun 2003 O ultrassom procedimento aplicado a esta mulher é uma ferramenta de diagnóstico que apresenta uma imagem ime diata do feto no útero Ondas sonoras de alta frequência di rigidas ao abdômen da mulher revelam os contornos e os mo vimentos do feto O ultrassom é muito utilizado para monito rar o desenvolvimento fetal e para detectar anomalias Papalia03indd 112 Papalia03indd 112 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 113 respondeu igualmente às três gravações DeCasper e Spence 1986 Experimentos similares cons tataram que recémnascidos com 2 a 4 dias de vida preferem sequências musicais e verbais ouvidas antes do nascimento Eles também preferem a voz materna à de outras mulheres vozes femininas a vozes masculinas e a língua natal da mãe a outra língua DeCasper e Fifer 1980 DeCasper e Spence 1986 Fifer e Moon 1995 Lecanuet GranierDeferre e Busnel 1995 Moon Cooper e Fifer 1993 Além disso não apenas lembram e reconhecem vozes mas também possuem uma limitada habilidade para reproduzilas Em um estudo bebês recémnascidos usaram distintamente diferentes padrões de entonação em seus choros que refletiam aspectos da língua nativa da mãe Mampe et al 2009 Como sabemos que essas preferências se desenvolvem antes e não depois do nascimento Quan do 60 fetos ouviram uma voz feminina lendo verificouse que o ritmo cardíaco aumentava se a voz era da mãe e diminuía se era a de uma estranha Kisilevsky et al 2003 Em outro estudo recém nascidos tinham a opção de sugar e ligar uma gravação da voz da mãe ou uma versão filtrada da voz dela como poderia soar dentro do útero Os recémnascidos sugavam com mais frequência para ligar a versão filtrada sugerindo que os fetos desenvolvem preferência pelos tipos de som que ouvem antes de nascer Fifer e Moon 1995 Moon e Fifer 1990 Estimativas atuais sugerem que a memória fetal começa a funcionar aproximadamente na 30 a semana gestacional quando os fetos são capazes de reter informação na memória por 10 minutos Na 34 a semana conseguem se lembrar de informações por um período de um mês Dirix et al 2009 INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS FATORES MATERNOS Como o ambiente prénatal é o corpo da mãe praticamente tudo o que influencia seu bemestar da dieta ao humor pode alterar o ambiente do feto e afetar seu crescimento Teratógeno é um agente ambiental como por exemplo vírus drogas ou radiações que pode interferir com o desenvolvimento prénatal normal Nem todos os riscos ambientais porém são igual mente nocivos a todos os fetos Um evento substância ou processo pode ser teratogênico para alguns fetos mas ter pouco ou nenhum efeito para outros Às vezes a vulnerabilidade pode depender de um gene seja no feto ou na mãe Por exemplo fetos com determinada variante de um gene de cresci mento chamado de fator alfa de crescimento transformador apresentam risco seis vezes maior do que outros fetos de desenvolver uma fenda palatina se a mãe fumar durante a gravidez Hwang et al 1995 O tempo de exposição a dose duração e interação com outros fatores teratogênicos também podem fazer diferença Nutrição e peso da mãe Mulheres grávidas precisam de 300 a 500 calorias adicionais por dia incluindo proteína extra Mulheres com peso e constituição física normal que ganham entre 7 e 18 quilos ou mais têm menor probabilidade de ter complicações no nascimento ou de gerar bebês cujo peso ao nascer seja perigosamente baixo ou excessivamente alto No entanto cerca de um terço das mães norteamericanas ganha mais ou menos peso que o recomendado Martin et al 2009 Um ganho excessivo ou insuficiente de peso pode ser perigoso Se a mulher não ganhar peso suficiente provavelmente o bebê terá seu crescimento retardado no útero o nascimento será prematuro ele sofrerá durante o trabalho de parto ou morrerá ao nascer Algumas pesquisas mostram que restrições nas calorias maternas durante a gravidez podem causar riscos de obesidade para a criança mais tarde talvez tornando seu metabolismo mais parcimonioso Caballero 2006 Uma mulher com peso exces sivo corre o risco de ter um bebê grande que precisará nascer por parto induzido ou cesariana Chu et al 2008 Martin Hamilton et al 2009 Um ganho de peso desejável depende do índice de massa corpórea IMC antes da gravidez Mulheres com excesso de peso ou obesas antes ou nos primeiros meses da gravidez tendem a ter partos mais longos precisar mais dos serviços de assistência Chu et al 2008 e gerar bebês com defeitos de nascimento Gilboa et al 2009 Stothard et al 2009 Watkins et al 2003 A obesi dade também aumenta o risco de outras complicações da gravidez incluindo aborto espontâneo dificuldade na indução do parto e maior probabilidade de cesariana Brousseau 2006 Chu et al 2008 Cnattingius Bergstrom Lipworth e Kramer 1998 Segundo as recomendações atuais mu verificador você é capaz de Citar as várias mudanças que ocorrem durante o período fetal Discutir as descobertas sobre atividade fetal desenvolvi mento sensorial e memória Quais são as influências ambientais que podem afetar o desenvolvimento prénatal indicad r teratógeno Agente ambiental como por exemplo vírus drogas radiações que pode interferir no desenvolvimento prénatal normal e causar anormalidades Papalia03indd 113 Papalia03indd 113 010213 1037 010213 1037 114 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman lheres abaixo do peso deveriam ganhar entre 13 e 18 quilos aquelas com peso normal entre 11 e 16 quilos e mulheres obesas apenas de 5 a 9 quilos Rasmussen Yaktine e Institute of Medicine and National Research Council 2009 É muito importante o que uma gestante come Por exemplo recémnascidos cujas mães se ali mentaram de peixe rico em DHA um ácido graxo com ômega3 encontrado em salmões e atuns do Atlântico mostraram padrões de sono mais maduros um sinal de desenvolvimento avançado do cérebro que bebês cujo sangue materno tinha níveis mais baixos de DHA Cheruku et al 2002 Colombo et al 2004 O ácido fólico ou folato uma vitamina do grupo B é fundamental na dieta de uma gestante Por algum tempo a China apresentou a mais alta incidência de bebês nascidos com anencefalia e espinha bífida ver Tabela 31 Na década de 1980 pesquisadores associaram essa alta incidência ao momento da concepção Tradicionalmente os casais chineses casam em janeiro ou fevereiro e tentam conceber logo que possível Sendo assim a gravidez geralmente começa no inverno quando as mulheres da zona rural têm pouco acesso a frutas legumes e verduras frescas fontes importantes de ácido fólico Depois de um verdadeiro trabalho minucioso ter revelado que a falta de ácido fólico era a causa da anencefalia e da espinha bífida a China deu início a um amplo programa para fornecer suplemen tos de ácido fólico às futuras mães O resultado foi uma grande redução na incidência desses defeitos Berry et al 1999 A adição de ácido fólico a grãos enriquecidos tem sido obrigatória nos Estados Unidos desde 1998 reduzindo assim a incidência desses problemas Honein Paulozzi Mathews Erickson e Wong 2001 Estimouse que se todas as mulheres ingerissem 5 miligramas de ácido fólico por dia antes da gravidez e durante o primeiro trimestre da gestação seria possível evitar em torno de 85 dos defeitos no tubo neural Wald 2004 Deficiências mais brandas nos níveis de ácido fólico em gestantes podem resultar em proble mas menos graves mas ainda assim preocupantes Por exemplo baixos níveis de folato durante a gravidez têm sido associados a déficit de atençãohiperatividade em crianças de 7 a 9 anos Schlotz et al 2009 Desnutrição A desnutrição prénatal pode causar efeitos de longo prazo Na zona rural da Gâmbia na África Ocidental pessoas nascidas durante a estação da fome quando acabam os alimentos da colheita anterior estão 10 vezes mais propensas a morrer no começo da vida adulta que aquelas nas cidas em outras partes do ano Moore et al 1997 Em estudos realizados no Reino Unido crianças cujas mães tinham baixos níveis de vitamina D no final da gravidez apresentavam um baixo conteúdo mineral nos ossos aos 9 anos de idade o que aumentava potencialmente o risco de osteoporose mais tarde Javaid et al 2006 E como já foi relatado anteriormente vários estudos revelaram um vínculo entre subnutrição fetal e esquizofrenia É importante identificar a desnutrição logo no início da gravidez para que possa ser tratada Mulheres desnutridas que tomam suplementos dietéticos quando grávidas tendem a ter bebês maio res mais saudáveis mais ativos e visualmente mais alertas J L Brown 1987 Vuori et al 1979 e mulheres com baixos níveis de zinco que tomam suplementos diários desse elemento estão menos propensas a ter bebês com baixo peso e a circunferência da cabeça pequena Goldenberg et al 1995 Em um estudo randomizado de ampla escala em famílias de baixa renda de 347 comunida des mexicanas mulheres que ingeriam suplementos dietéticos fortificados com nutrientes quando grávidas ou lactantes tendiam a ter bebês que cresciam mais rapidamente e estavam menos propen sos à anemia Rivera et al 2004 Atividade física e trabalho pesado Entre os ifaluk das Ilhas Carolinas Ocidentais as mulheres são aconselhadas a se absterem da colheita das safras durante os primeiros sete meses da gravidez quando o feto em desenvolvimento é considerado fraco mas reassumir o trabalho braçal durante os dois últimos meses para estimular um parto rápido Le 2000 Na verdade exercícios moderados a qualquer momento durante a gravidez não parecem pôr em risco os fetos de mulheres saudáveis Committee on Obstetric Practice 2002 Riemann e Kanstrup Hansen 2000 Exercícios regulares evitam a constipação e melhoram a respiração a circulação o tônus muscular e a elasticidade da pele o que contribui para uma gravidez mais confortável e um parto mais fácil e seguro Committee on Obstetric Practice 2002 A atividade profissional durante a gestação geralmente não acarreta riscos Papalia03indd 114 Papalia03indd 114 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 115 em especial Entretanto condições de trabalho exaustivas fadiga ocupacional e longas horas de traba lho podem estar associadas a um maior risco de nascimento prematuro Luke et al 1995 A Escola NorteAmericana de Obstetrícia e Ginecologia American College of Obstetrics and Gynecology 1994 recomenda que as mulheres com gravidez de baixo risco sejam guiadas por sua própria capacidade e vigor O procedimento mais seguro parece ser exercitarse moderadamente não forçar e não elevar o ritmo cardíaco acima de 150 e como acontece com qualquer exercício físico diminuir a atividade aos poucos no final de cada sessão em vez de parar abruptamente Consumo de drogas Praticamente tudo o que uma gestante ingere chega até o útero Drogas podem atravessar a placenta assim como o oxigênio o dióxido de carbono e a água o fazem A vulne rabilidade é maior nos primeiros meses de gestação quando o desenvolvimento é mais rápido Quais são os efeitos do uso de drogas específicas durante a gravidez Vejamos primeiro os medica mentos depois o álcool a nicotina e a cafeína e finalmente três drogas ilegais maconha cocaína e metanfetamina Medicamentos Já se acreditou que a placenta protegia o feto contra medicamentos que a mãe tomasse durante a gravidez até que no começo da década de 1960 quando um tranquilizante cha mado talidomida foi proibido depois de se descobrir que ele era a causa de membros atrofiados ou mesmo da ausência deles sérias deformidades faciais e órgãos defeituosos em cerca de 12 mil bebês O desastre da talidomida sensibilizou os médicos e o público para os perigos potenciais da ingestão de remédios durante a gravidez Entre os medicamentos que podem ser prejudiciais durante a gravidez estão o antibiótico tetraci clina certos barbitúricos opiáceos e outros depressores do sistema nervoso central vários hormônios incluindo o dietilestilbestrol DES e andrógenos certas drogas anticancerígenas como o metotrexato e o Roacutan um medicamento geralmente prescrito para casos agudos de acne Koren Pastuszak e Ito 1998 Os inibidores da enzima conversora da angiotensina ACE na sigla em inglês e drogas antiinflamatórias não esteroidais NSAIDs na sigla em inglês como o naproxeno e o ibuprofeno têm sido associados a defeitos de nascimento quando ingeridos a partir do primeiro trimestre Co oper et al 2006 Ofori et al 2006 Além disso certos medicamentos antipsicóticos usados para tratar transtornos psiquiátricos graves podem causar sérios efeitos potenciais no feto incluindo síndrome de abstinência no nascimento AAP Committee on Drugs 2000 O Comitê sobre Dro gas 1994 da Academia Americana de Pediatria AAP recomenda que nenhum medicamento seja tomado por uma gestante ou lactante salvo se for essencial para a sua saúde ou da criança Koren et al 1998 e que a escolha recaia sobre o medicamento mais seguro disponível Por exemplo embora certos tipos de antibióticos conhecidos como sulfas estejam associados a um maior risco de defeitos do nascimento muitos dos an tibióticos mais comuns como a penicilina e a eritromicina não parecem resultar em nenhum aumento de risco Crider et al 2009 Álcool A exposição ao álcool no período prénatal é a causa mais co mum de retardo mental e a principal causa evitável de defeitos do nas cimento nos Estados Unidos A síndrome alcoólica fetal SAF é ca racterizada por retardo no crescimento malformações da face e do corpo e transtornos do sistema nervoso central Estimase que a SAF e outras condições menos severas relacionadas ao álcool ocorram em quase 1 de cada 100 nascimentos Sokol DelaneyBlack e Nordstrom 2003 Mesmo o consumo social moderado de bebida alcoólica pode pre judicar o feto Sokol et al 2003 e quanto mais a mãe bebe maior é o efeito O consumo moderado ou excessivo durante a gravidez parece perturbar o funcionamento neurológico e comportamental do bebê e isso pode afetar as primeiras interações sociais com a mãe que são vitais para o desenvolvimento afetivo Nugent Lester Greene WieczorekDeering e Mahony 1996 Mulheres que bebem muito e continuam bebendo de A talidomida tinha sido testada com segurança em ratos e os resultados não indicavam que haveria problemas Embora a pesquisa com animais possa ser útil deve ser interpretada com cuidado porque os resultados talvez não sejam generalizáveis para outras espécies síndrome alcoólica fetal SAF Combinação de anomalias mentais motoras e do desenvolvimento que afeta os filhos de algumas mulheres que bebem muito durante a gravidez A mãe que bebe durante a gravidez corre o risco de ter uma criança nascida com síndrome alcoólica fetal como este menino de 4 anos Papalia03indd 115 Papalia03indd 115 010213 1037 010213 1037 116 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman pois que ficam grávidas provavelmente terão bebês com o crânio e o desenvolvimento do cérebro reduzidos quando comparados a bebês de mulheres que não bebem ou gestantes que param de beber Handmaker et al 2006 Os problemas relacionados à SAF podem incluir na primeira infância reduzida capacidade de res posta a estímulos tempo de reação lento e diminuição da acuidade visual nitidez da visão Carter et al 2005 Sokol et al 2003 e durante toda a infância déficit de atenção distração agitação hipera tividade distúrbios de aprendizagem déficit de memória e transtornos do humor Sokol et al 2003 bem como agressividade e problemas de comportamento Sood et al 2001 A exposição prénatal ao álcool é um fator de risco para o desenvolvimento de problemas de alcoolismo e distúrbios alcoólicos no adulto jovem Alati et al 2006 Baer Sampson Barr Connor e Streissguth 2003 Alguns problemas relacionados à SAF desaparecem após o nascimento outros porém como o retardo mental problemas comportamentais e de aprendizagem e a hiperatividade tendem a persistir Enriquecer a educação ou o ambiente geral dessas crianças não contribui significativamente com seu desenvolvimento cognitivo Kerns et al 1997 Spohr Willms e Steinhausen 1993 Streissguth et al 1991 Strömland e Hellström 1996 mas poderá haver menor probabilidade de desenvolver proble mas comportamentais e de saúde mental se forem diagnosticadas logo no início e forem criadas em ambientes estáveis onde elas recebam os cuidados necessários Streissguth et al 2004 Nicotina O tabagismo materno durante a gravidez tem sido identificado como o fator mais impor tante para nascimento de baixo peso em países desenvolvidos DiFranza Aligne e Weitzman 2004 Mulheres norteamericanas que fumam durante a gravidez estão uma vez e meia mais propensas a ter bebês de baixo peso pesando menos de 25 quilos do que as não fumantes Mesmo o tabagismo mo derado menos de cinco cigarros por dia está associado a um maior risco de baixo peso no nascimento Hoyert Mathews et al 2006 Martin Hamilton et al 2005 Shankaran et al 2004 O uso do tabaco durante a gravidez também aumenta o risco de aborto espontâneo atraso no crescimento parto de natimorto cabeça com circunferência pequena morte súbita do lactente cólica na primeira infância choro incontrolável e prolongado sem razão aparente transtorno hipercinético movimento excessivo e problemas respiratórios neurológicos cognitivos de atenção e comportamen tais de longo prazo AAP Committee on Substance Abuse 2001 DiFranza et al 2004 Froehlich et al 2009 Hoyert Mathews et al 2006 Linnet et al 2005 Martin Hamilton et al 2007 Shah Sullivan e Carter 2006 Shankaran et al 2004 Smith et al 2006 Sondergaard et al 2001 Os efeitos da exposição prénatal passiva à nicotina no desenvolvimento tendem a ser piores quando a criança tam bém vivencia dificuldades socioeconômicas durante os dois primeiros anos de vida Rauh et al 2004 quando é exposta a outros teratógenos como o chumbo Froehlich et al 2009 ou ao mesmo tempo é destituída de nutrientes necessários como o ácido fólico MookKanamori et al 2010 Além do mais alguns fetos têm genótipos mais robustos Em um estudo fetos com um genótipo específico para uma enzima envolvida no metabolismo da fumaça do tabaco foram protegidos contra os efeitos negativos de taxas moderadas de tabagismo materno No entanto crianças com esse perfil genético nascidas de mães que eram fumantes inveteradas mostraram efeitos negativos da exposição Price et al 2010 Cafeína A cafeína que a gestante ingere no café no chá nos refrigerantes à base de cola ou no cho colate pode causar problemas para o feto Na maior parte das vezes os resultados foram mistos Parece claro que a cafeína não é uma substância teratogênica para bebês humanos Christian e Brent 2001 Um estudo controlado de 1205 mães e seus recémnascidos não identificou nenhum caso de criança com baixo peso no nascimento nascimento prematuro ou retardo do crescimento fetal devido ao uso da cafeína Santos et al 1998 Por outro lado num estudo controlado com 1063 gestantes aquelas que consumiam pelo menos duas xícaras de café comum ou cinco de refrigerante cafeinado diariamen te tiveram um risco duas vezes maior de aborto espontâneo que aquelas que não consumiram cafeína nenhuma Weng Odouli e Li 2008 Quatro ou mais xícaras de café por dia durante a gravidez podem aumentar consideravelmente o risco de morte súbita na primeira infância Ford et al 1998 Maconha cocaína e metanfetamina Estudos sobre o uso de maconha entre mulheres grávidas são escassos Algumas evidências entretanto indicam que o uso excessivo de maconha pode resultar em defeitos congênitos baixo peso e sintomas parecidos com a abstinência choro e tremores excessivos no nascimento e maior risco de transtornos de atenção e de problemas de aprendizagem no futuro March of Dimes Birth Defects Foundation 2004b Em dois estudos longitudinais o uso prénatal Como seria antiético conduzir o tipo de pesquisa experimental randomizada que responderia a pergunta não podemos determinar quais são os níveis seguros de bebida Papalia03indd 116 Papalia03indd 116 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 117 da maconha foi associado à baixa atenção impulsividade e dificuldade no uso de habilidades visuais e perceptuais após os 3 anos o que indica que a droga pode afetar o funcionamento dos lobos centrais do cérebro Fried e Smith 2001 O uso de cocaína durante a gravidez tem sido associado ao aborto espontâneo retardo no crescimento parto prematuro baixo peso no nascimento cabeça pequena defeitos congênitos e desenvolvimento neurológico deficiente Bunikowski et al 1998 Chiriboga et al 1999 Mac millan et al 2001 March of Dimes Birth Defects Foundation 2004a Scher Richardson e Day 2000 Shankaran et al 2004 Em alguns estudos recémnascidos expostos à cocaína demonstram síndrome de abstinência aguda e perturbações do sono OBrien e Jeffery 2002 Em estudo mais recente uma alta exposição prénatal à cocaína foi associada a problemas comportamentais na in fância independente dos efeitos da exposição ao álcool e ao tabaco Bada et al 2007 A preocupa ção com a exposição prénatal à cocaína tem sido tão grande que alguns estados norteamericanos têm movido processos criminais contra gestantes suspeitas de usar drogas Outros estudos porém não constataram nenhuma ligação específica entre exposição prénatal à cocaína e déficits físicos motores cognitivos afetivos ou comportamentais que não possam também ser atribuídos a outros fatores de risco como baixo peso no nascimento exposição ao tabaco álcool ou maconha ou a um ambiente doméstico empobrecido Frank et al 2001 Messinger et al 2004 Singer et al 2004 O uso de metanfetamina entre gestantes é de interesse cada vez maior nos Estados Unidos Em um estudo com 1618 bebês constatouse que 84 haviam sido expostos à anfetamina Bebês expostos à metanfetamina tinham maior propensão a apresentar baixo peso e ser pequenos para sua idade gestacional do que o restante da amostra Essa constatação sugere que a exposição prénatal à metanfetamina está associada a uma restrição do crescimento fetal Smith et al 2006 Além disso a exposição prénatal à anfetamina tem sido associada a danos no cérebro fetal em áreas envolvidas com a aprendizagem memória e controle Roussotte et al 2011 Crianças expostas à anfetamina também possuem menos matéria branca no cérebro uma descoberta que tem implicações para o atraso no desenvolvimento usualmente encontrado nessas crianças Cloak et al 2009 Tratamentos para álcool nicotina e outras substâncias de abuso quando realizados logo no co meço da gestação podem melhorar muito as condições de saúde Entre 2073 mulheres inscritas num programa de assistência para o começo do período prénatal os riscos de parto de natimorto parto prematuro baixo peso no nascimento e separação placental do útero não foram maiores do que para um grupocontrole de 46553 mulheres sem qualquer evidência de envolvimento com substâncias de abuso enquanto os riscos para 156 mulheres que abusavam de substâncias químicas eram dramatica mente mais altos Goler et al 2008 Doenças maternas Tanto a futura mãe quanto o futuro pai deveriam prevenirse contra todas as infecções resfriados comuns gripes infecções no trato urinário e no canal vaginal bem como as doenças sexualmente transmissíveis Se a mãe contrair uma infecção deverá tratála imediatamente A síndrome da imunodeficiência adquirida AIDS é uma doença causada pelo vírus da imu nodeficiência humana HIV o qual debilita o funcionamento do sistema imunológico Se a gestante tiver o vírus presente no sangue poderá haver uma transmissão perinatal o vírus poderá passar para a corrente sanguínea do feto através da placenta durante a gestação no parto ao nascer ou após o nascimento através da lactação O maior fator de risco para a transmissão perinatal do HIV é a mãe não saber que está infecta da Nos Estados Unidos os casos pediátricos de AIDS vêm diminuindo regularmente desde 1992 em virtude dos testes de rotina e do tratamento de gestantes e bebês recémnascidos assim como pelos avanços na prevenção detecção e tratamento da infecção de HIV em bebês Como resultado a estimativa da taxa de infecção perinatal por HIV agora é de menos de 2 O risco de transmissão também pode ser reduzido optandose pela cesariana especialmente quando a mulher não se sub meteu à terapia antirretroviral e promovendo alternativas à amamentação natural entre mulheres de alto risco CDC 2006a A rubéola quando contraída pela mulher antes da 11ª semana gestacional provavelmente cau sará surdez e deficiências cardíacas no bebê As chances de contrair rubéola durante a gravidez di minuíram bastante na Europa e nos Estados Unidos desde o final da década de 1960 quando foi desenvolvida uma vacina que agora é rotineiramente administrada aos bebês e às crianças Entretanto a rubéola ainda é um sério problema nos países em desenvolvimento onde as imunizações não são rotineiras Plotkin Katz e Cordero 1999 Outra maneira de dizer isso é que muitos dos efeitos da exposição prénatal à cocaína são consequências indiretas e não diretas É semelhante ao fato de a adição materna à heroína estar relacionada a um maior risco de ser HIV positivo Não que a heroína diretamente cause infecção por HIV mas está relacionada a questões de estilo de vida que podem causar a infecção O interesse da sociedade em proteger nascituros justifica medidas coercitivas contra gestantes que ingerem substâncias prejudiciais à saúde síndrome da imunodeficiência adquirida AIDS Doença viral que enfraquece o fun cionamento eficaz do sistema imu nológico Papalia03indd 117 Papalia03indd 117 010213 1037 010213 1037 118 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Uma infecção chamada toxoplasmose causada por um parasita alojado no corpo de bovinos ove lhas e porcos e no trato intestinal de gatos produz normalmente sintomas parecidos aos do resfriado comum ou mesmo nenhum sintoma Em uma gestante porém sobretudo no segundo e no terceiro trimestres da gravidez pode causar danos ao cérebro do feto distúrbio visual grave ou cegueira convulsões ou aborto espontâneo parto de natimorto ou morte do bebê Se ele sobreviver poderá ter problemas mais tarde incluindo infecção nos olhos perda de audição e distúrbios de aprendizagem O tratamento com drogas antiparasíticas durante o primeiro ano de vida poderá reduzir os danos ao cérebro e aos olhos McLeod et al 2006 Para evitar a infecção as gestantes não devem comer carne crua ou mal passada devem lavar as mãos e toda superfície onde a carne crua foi manuseada des cascar frutas e legumes crus ou laválos muito bem e não devem cavar terra de jardim onde fezes de gato podem estar enterradas Mulheres que têm gato devem verificar se o animal tem a doença não devem alimentálo com carne crua e se possível ter alguém para esvaziar a lixeira March of Dimes Foundation 2002 A prole de mães com diabetes está de 3 a 4 vezes mais propensa a desenvolver um amplo espec tro de defeitos de nascimento do que a prole de outras mulheres Correa et al 2008 Mulheres com diabetes precisam ter certeza de que os níveis de glicose de seu sangue estão sob controle antes de engravidar Li et al 2005 O uso de suplementos de multivitaminas durante os três meses que ante cedem a concepção e nos três primeiros meses de gestação pode ajudar a reduzir o risco de defeitos de nascimento associados ao diabetes Correa et al 2003 Ansiedade estresse e depressão materna Alguma tensão e preocupação durante a gravidez é normal e necessariamente não aumenta os riscos de complicações no nascimento como por exem plo o baixo peso Littleton Breitkopf e Berenson 2006 A ansiedade materna moderada pode até estimular a organização do cérebro em desenvolvimento Em um estudo recémnascidos cujas mães tiveram níveis moderados tanto de estresse positivo quanto negativo mostraram sinais de desenvolvi mento neurológico acelerado DiPietro et al 2010 e esses ganhos podem persistir com o passar do tempo Numa série de estudos crianças de 2 anos cujas mães tinham mostrado ansiedade moderada durante a gravidez pontuaram mais alto em medidas de desenvolvimento motor e mental que outras da mesma idade cujas mães não haviam demonstrado ansiedade durante a gravidez DiPietro 2004 DiPietro Novak Costigan Atella e Reusing 2006 Por outro lado o estresse e a ansiedade relatados por uma mãe durante a gravidez foram as sociados a recémnascidos com temperamento mais ativo e irritável DiPietro et al 2010 à falta de atenção durante a avaliação do desenvolvimento em bebês de oito meses Huizink et al 2002 e à afetividade negativa ou transtornos comportamentais na segunda infância Martin et al 2000 OConnor et al 2002 Além disso o estresse crônico pode resultar em parto prematuro talvez atra vés da ação de níveis elevados de hormônios do estresse que estão envolvidos no início do trabalho de parto ou na redução do funcionamento do sistema imunológico o que torna as mulheres mais vul neráveis a doenças inflamatórias e à infecção ativando também o trabalho de parto Schetter 2009 Forte estresse entre a 24 a e a 28 a semana de gravidez tem sido associado a autismo com deformação do cérebro em desenvolvimento Beversdorf et al 2001 A depressão pode ter efeitos negativos semelhantes sobre o desenvolvimento Em um estudo sobre crianças britânicas aquelas cujas mães tinham estado deprimidas durante a gravidez mostraram elevados níveis de comportamentos violentos e antissociais na adolescência mesmo quando ambiente familiar depressão materna continuada e exposição prénatal ao álcool e à nicotina foram controla dos Hay et al 2010 No entanto as mães deprimidas eram elas mesmas mais propensas do que a população geral a se envolverem em atos antissociais semelhantes durante sua própria adolescência sugerindo que correlações passivas genótipoambiente precisam ser levadas em conta Idade materna Em 30 de dezembro de 2006 em Barcelona Espanha Maria del Carmen Bousada tornouse a mulher mais velha a dar à luz de que se tem registro Ela engravidou após uma fertiliza ção in vitro e deu à luz gêmeos por meio de uma cesariana cerca de uma semana antes de seu 67º aniversário Em agosto e novembro de 2008 duas mulheres indianas que diziam ter 70 anos Omkari Panwar e Rajo Devi aparentemente bateram aquele recorde também dando à luz após fertilização in vitro No entanto as idades dessas mulheres não puderam ser confirmadas porque não tinham certidão de nascimento Devido à relutância de alguns pais em vacinar seus filhos as taxas de rubéola nos Estados Unidos estão aumentando O seu veterinário poderá fazer um teste de sangue com o seu gato para verificar a presença do parasita Outra possibilidade é testar o seu próprio sangue para anticorpos da toxoplasmose Se você foi previamente exposto está livre de perigo estresse Pressões físicas e psicológicas sobre uma pessoa ou organismo Papalia03indd 118 Papalia03indd 118 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 119 As taxas de nascimento de mulheres nor teamericanas que dão à luz na faixa dos trinta e dos quarenta estão em seus níveis mais altos desde a década de 1960 em parte devido aos nascimentos múltiplos associados a tratamen tos de fertilidade um exemplo de influência regulada pela história O número de nasci mentos em mulheres no começo dos 40 mais do que dobrou entre 1990 e 2008 atingindo seu nível mais alto desde 1967 Figura 39 Nascimentos em mulheres entre 50 e 54 anos aumentaram em média 15 a cada ano desde 1997 Martin et al 2010 Embora a maior parte dos riscos à saúde dos bebês não seja muito maior do que para bebês nascidos de mães mais jovens a chance de aborto espontâneo e parto de natimorto au menta com a idade materna De fato o risco de aborto espontâneo chega a 90 para mulheres de 45 anos ou mais Heffner 2004 Mulheres entre 30 e 35 anos têm maior probabilidade de sofrer complicações devido ao diabetes pressão alta ou hemorragia grave Também há risco maior de parto prematuro retardo no crescimento fetal defeitos fetais e anomalias cromossômicas como a síndrome de Down Entretanto em virtude da disseminação dos testes para defeitos fetais entre gestantes mais velhas nos dias de hoje nascem menos bebês com malformação Berkowitz Skovron Lapinski e Berkowitz 1990 P Brown 1993 Cunningham e Leveno 1995 Heffner 2004 Mães adolescentes também tendem a ter bebês prematuros ou com peso abaixo do normal talvez porque o corpo de uma jovem ainda em crescimento consuma nutrientes vitais de que o feto precisa Fraser Brockert e Ward 1995 Martin Hamilton et al 2007 Esses recémnascidos correm maior risco de morte no primeiro mês insuficiências ou problemas de saúde A gravidez na adolescên cia é discutida no Capítulo 12 Ameaças ambientais externas Poluição do ar substâncias químicas radiação extremos de ca lor e umidade bem como outras ameaças ambientais podem afetar o desenvolvimento prénatal Gestantes que respiram regularmente ar contendo altos níveis de finas partículas relacionadas à com bustão estão mais propensas a gerar bebês prematuros ou abaixo do tamanho normal Parker et al 2005 ou que tenham anormalidades cromossômicas Bocksay et al 2005 A exposição a altas concentrações de subprodutos de desinfetantes está associada a baixo peso no nascimento e retardo do crescimento fetal Hinckley Bachand e Reif 2005 Mulheres que trabalham com substâncias químicas utilizadas na manufatura de chips para semicondutores apresentam uma taxa de ocorrência de abortos espontâneos duas vezes maior que a de outras trabalhadoras Markoff 1992 e mulheres expostas ao DDT tendem a ter mais partos prematuros Longnecker et al 2001 Dois inseticidas cloropirifós e diazinona aparentemente causam interrupção do crescimento prénatal Whyatt et al 2004 Pesquisa realizada no Reino Unido encontrou um aumento de 33 no risco de defeitos de nascimentos não genéticos entre famílias que viviam a uma distância de 3 quilômetros de aterros sanitários Vrijheld et al 2002 A exposição fetal a baixos níveis de toxinas ambientais como chumbo mercúrio e dioxina e também nicotina e etanol podem explicar o súbito aumento na ocorrência de asma alergias e doen ças autoimunes como o lúpus Dietert 2005 Tanto a exposição materna a hidrocarbonetos quanto os sintomas de asma nas crianças estavam associados a mudanças epigenéticas no gene ACSL3 que 2024 anos 3539 anos 2529 anos 3034 anos 1519 anos 4044 anos 160 100 40 0 1990 1995 Ano Taxa por 1000 mulheres em faixa etária específica 2000 2005 2008 140 120 80 60 20 Fonte CDCNCHS National Vital Statistics System FIGURA 39 De 1970 a 2008 a proporção de primeiros nascimentos para mulheres de 35 anos ou mais aumentou quase oito vezes Em 2008 em torno de 98 em 1000 primeiros nascimentos eram de mulheres entre 40 e 44 anos ou mais comparados com uma taxa de 38 em 1000 primeiros nascimentos em 1981 Papalia03indd 119 Papalia03indd 119 010213 1037 010213 1037 120 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman afeta os pulmões Perera et al 2009 O câncer em crianças incluindo a leucemia tem sido asso ciado à ingestão por parte de gestantes de água subterrânea contaminada por substâncias químicas Boyles 2002 e ao uso de pesticidas domésticos Menegaux et al 2006 Bebês expostos no período prénatal mesmo a baixos níveis de chumbo especialmente durante o terceiro trimestre tendem a apresentar déficits de QI durante a infância Schnaas et al 2006 Mulheres submetidas rotineiramente a raios X dentários durante a gravidez triplicam o risco de terem bebês de gestação completa com baixo peso Hujoel Bollen Noonan e del Aguila 2004 A exposição do útero a radiação entre a 8 a e a 15 a semana após a fecundação tem sido associada a retardo mental cabeça pequena anomalias cromossômicas síndrome de Down convulsões e baixo desempenho em testes de QI e na escola Yamazaki e Schull 1990 INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS FATORES PATERNOS A exposição ao chumbo maconha ou fumaça de tabaco álcool ou radiação em grande quantidade DES pesticidas ou altos níveis de ozônio pode resultar em espermatozoides anormais ou de baixa qualidade Sokol et al 2006 Swan et al 2003 A prole de trabalhadores do sexo masculino de uma usina britânica de processamento de material nuclear corria elevado risco de nascer morta Parker et al 1999 Bebês cujos pais foram submetidos a diagnóstico com raios X no intervalo de até um ano antes da concepção ou sofreram altos níveis de exposição ao chumbo no trabalho frequentemente apresentavam baixo peso ao nascer e crescimento fetal mais lento Lin et al1998 Shea Little e a equipe de estudo da ALSPAC 1997 Homens que fumam têm maior probabilidade de transmitir anomalias genéticas AAP Committee on Substance Abuse 2001 A exposição passiva da gestante à fumaça do pai tem sido associada ao baixo peso no nascimento infecções respiratórias e morte súbita do lactente e câncer na infância e na vida adulta Ji et al 1997 D H Rubin et al 1986 Sandler et al 1985 Wakefield et al 1998 Em um estudo com 214 mães não fumantes da cidade de Nova York a exposição tanto ao tabagismo do pai quanto à poluição do ar urbano resultou numa redução em 7 do peso no nascimento e redução de 3 na circunferência da cabeça Perera et al 2004 Pais mais velhos podem ser uma fonte significativa de defeitos congênitos devido à presença de espermatozoides danificados ou deteriorados As taxas de nascimento para pais entre 30 e 49 anos vêm aumentando substancialmente desde 1980 Martin et al 2009 A idade paterna avançada está associada a um risco maior na ocorrência de várias condições raras entre elas o nanismo Wyrobek et al 2006 A idade avançada do pai também pode ser um fator em um número desproporcional de casos de esquizofrenia Byrne et al 2003 Malaspina et al 2001 transtorno bipolar Frans et al 2008 autismo e transtornos relacionados Reichenberg et al 2006 Tsuchiya et al 2008 Monitorando e promovendo o desenvolvimento prénatal Até pouco tempo atrás praticamente a única decisão que os pais tinham de tomar sobre seus bebês antes do nascimento era a de engravidar a maior parte do que acontecia nos meses seguintes não es tava sob seu controle Atualmente os cientistas desenvolveram uma série de ferramentas para avaliar o progresso e o bemestar da futura criança e mesmo intervir para corrigir algumas condições anormais Tabela 35 Testes de ultrassom e de sangue para detectar anormalidades cromossômicas revelam progresso no uso de procedimentos não invasivos Em um estudo uma combinação de três testes não invasivos conduzidos na 11 a semana de gestação previu a presença de síndrome de Down com 87 de precisão Quando os testes da 11 a semana foram seguidos por outros testes não invasivos no começo do segun do trimestre a precisão chegou a 96 Malone et al 2005 Ao contrário de constatações anteriores as amostras de amniocentese e vilosidades coriônicas que podem ser usadas em fase anterior da ges tação apresentam risco de aborto espontâneo apenas ligeiramente maior que a desses procedimentos não invasivos Caughey Hopkins e Norton 2006 Eddleman et al 2006 O rastreamento genético de defeitos e doenças é apenas uma das razões para uma assistência prénatal logo no início da gestação Cuidados prénatais de alta qualidade quando disponíveis logo No começo da década de 1950 havia uma máquina de calçar sapatos que mediante a ação de raios X permitia aos clientes ver seus pés dentro do calçado Agora que sabemos quão prejudiciais são os raios X tanto para adultos quanto para crianças essas máquinas deixaram de ser utilizadas verificador você é capaz de Resumir quais são as reco mendações para a dieta de uma gestante Discutir os efeitos para o feto em desenvolvimento do uso por parte de um dos pais de medicamentos álcool taba co cafeína maconha cocaína e metanfetamina Avaliar os riscos de doenças ansiedade estresse e idade avançada na gestação Quais são as técnicas para avaliar a saúde do feto e por que a assistência prénatal é importante indicad r Papalia03indd 120 Papalia03indd 120 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 121 TABELA 35 Técnicas de avaliação prénatal Técnica Descrição Usos e vantagens Riscos e observações Ultrassom sonograma sonoembriologia Ondas sonoras de alta frequência dirigidas ao abdômen da mãe produzem uma imagem do feto no útero A so noembriologia utiliza sondas transvaginais de alta frequência para gerar uma imagem do embrião no útero Monitorar o crescimento movimento po sição e forma do feto avaliar o volume do líquido amniótico avaliar a idade gestacional detectar gravidez múltipla Detectar as principais anomalias estrutu rais ou a morte de um feto Orientar amostra de amniocentese e de vilosidades coriônicas Auxiliar no diagnóstico de transtornos ligados ao sexo A sonoembriologia pode detectar de feitos incomuns durante o período embrionário Feito rotineiramente em muitos lugares Pode ser usado para detectar o sexo do futuro bebê Embrioscopia fetoscopia Uma pequena câmera é inse rida no abdômen da mu lher para mostrar imagens do embrião ou do feto Pode auxiliar no diagnósti co de transtornos genéti cos não cromossômicos Pode orientar transfusões do sangue fe tal e transplantes de medula óssea É mais arriscada do que outros procedimentos diagnósticos prénatais Amniocentese Amostra de líquido amnió tico é retirada e analisada sob orientação do ultras som Procedimento mais comum para obter células fetais para teste Pode detectar transtornos cromossômi cos e certos defeitos genéticos ou mul tifatoriais mais de 99 de precisão Geralmente é feita em mulheres de 35 anos ou mais recomendado quando os futuros pais são portadores da doença de TaySachs ou de anemia fal ciforme ou têm um histórico familiar de síndrome de Down espinha bífida ou distrofia muscular Pode auxiliar no diagnóstico de transtor nos ligados ao sexo Normalmente não é realizada an tes da 15 a semana de gestação Os resultados geralmente de moram de 1 a 2 semanas Pequeno risco entre 05 e 1 adicional de perda do feto ou danos feita entre a 11 a e a 13 a semana a amniocentese é mais arriscada e não é reco mendada Pode ser usada para detectar o sexo do futuro bebê Amostra das vilosidades coriônicas AVC Tecidos ciliares das vilosida des coriônicas projeções da membrana em torno do feto são removidos da placenta e analisados Diagnóstico precoce de defeitos e trans tornos congênitos Podem ser retiradas entre a 10ª e a 12ª se manas de gestação produz resultados altamente precisos em uma semana Não deve ser feita antes da 10 a semana de gestação Alguns estudos indicam que é de 1 a 4 mais arriscada para per da fetal do que a amniocentese Diagnóstico genético de préimplantação Após a fertilização in vitro uma célula de amostra é removida do blastocisto e analisada Pode evitar a transmissão de defeitos ou predisposições genéticas que se propagam na família um blastocisto defeituoso não é implantado no útero Não há risco conhecido Amostra do cordão umbilical cordocentese ou amostra do sangue fetal Uma agulha guiada por ultrassom é inserida nos vasos sanguíneos do cor dão umbilical Permite acesso direto ao DNA fetal para medidas de diagnóstico incluindo avaliação de distúrbios sanguíneos e infecções e medidas terapêuticas como transfusões de sangue Perda do feto ou aborto espon tâneo de 1 a 2 dos casos aumenta o risco de sangra mento do cordão umbilical e sofrimento do feto Teste do sangue materno Uma amostra de sangue da futura mãe é testada para alfa fetoproteína AFP Para indicar defeitos na formação do cé rebro ou da medula espinhal anence falia ou espinha bífida também pode prever a síndrome de Down e outras anomalias Permite monitorar gestações com risco de baixo peso no nascimento ou parto de natimorto Não há risco conhecido mas fal sos negativos são possíveis Ultrassom eou amniocentese necessários para confirmar condições suspeitas Fonte Chodirker et al 2001 Cicero Curcio Papageorghiou Sonek e Nocolaides 2001 Cuniff e Committee on Genetics 2004 Kurjak et al 1999 Verlinsky et al 2002 Papalia03indd 121 Papalia03indd 121 010213 1037 010213 1037 122 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman no início e que incluem serviços educacionais sociais e nutricionais podem ajudar a evitar a morte da mãe ou do bebê bem como outras complicações no parto Também podem fornecer para aquelas que serão mães pela primeira vez informações sobre a gravidez o parto e o cuidado infantil Mulheres pobres que obtêm assistência prénatal se beneficiam ao entrar em contato com outros serviços neces sários e têm maior probabilidade de receber assistência médica para os seus bebês após o nascimento Shiono e Behrman 1995 DISPARIDADES NA ASSISTÊNCIA PRÉNATAL Nos Estados Unidos a assistência prénatal é amplamente disseminada mas não é universal como em muitos países europeus faltando padronizações nacionais e garantia de suporte financeiro O uso da assistência prénatal durante os três primeiros meses da gravidez teve um pequeno aumento entre 1990 e 2003 mas depois atingiu o ponto máximo e apresentou um ligeiro declínio em 2006 possivelmente devido a mudanças nas políticas de bemestar e do Medicaid programa de assistência aos pobres Martin et al 2009 Historicamente as taxas de baixo peso no nascimento e de parto prematuro continuam a subir ver Capítulo 5 Por quê Uma das respostas é o número crescente de nascimentos múltiplos que geralmente são nascimentos prematuros com maior risco de morte no primeiro ano No entanto novos dados sugerem que esse aumento pode finalmente ter alcançado o seu máximo já que as taxas de parto prematuro declinaram pelo segundo ano seguido de 2006 a 2008 Martin Osterman e Sutton 2010 Uma segunda resposta é que os benefícios da assistência prénatal não estão distribuídos igual mente Embora tenha crescido o uso da assistência prénatal principalmente entre os grupos étnicos que normalmente tendem a não receber esse tipo de assistência logo no início da gestação as mu lheres com maior risco de gerar bebês abaixo do peso normal adolescentes e mulheres solteiras de baixo nível de instrução e pertencentes a grupos minoritários ainda são aquelas com menor proba bilidade de receber esse benefício Martin et al 2006 National Center for Health Statistics NCHS 2005 USDHHS 1996a Em 2006 assim como em anos anteriores mulheres negras não hispânicas e mulheres hispânicas tinham uma probabilidade duas vezes maior do que mulheres brancas não his pânicas de receber assistência tardia ou nenhuma assistência Martin et al 2009 Outra preocupação é quanto à disparidade étnica na mortalidade fetal e pósnascimento Depois de controlar fatores de risco como nível socioeconômico NSE excesso de peso tabagismo hipertensão e diabetes as chances de morte perinatal morte entre a 20 a semana de gestação e a primeira semana após o nascimento continuam sendo 34 vezes maiores para mulheres negras 15 para hispânicas e 19 para outros grupos minoritários do que para mulheres brancas Healy et al 2006 A NECESSIDADE DE ASSISTÊNCIA NO PERÍODO PRÉCONCEPÇÃO Uma resposta mais fundamental é que mesmo a assistência prénatal logo no início da gestação é insuficiente A assistência deveria começar antes da gravidez para identificar riscos que podem ser evitados O CDC 2006c publicou diretrizes abrangentes baseadas em pesquisas para assistência na préconcepção dirigida a todas as mulheres em idade de gerar filhos Tal assistência deve incluir Exames físicos e a consideração de históricos médicos e familiares Vacinação para rubéola e hepatite B Rastreamento de risco para doenças genéticas e infecciosas como as DSTs Aconselhamento de mulheres para evitar o tabagismo e o álcool manter um peso corpóreo sau dável e ingerir suplementos de ácido fólico Deve haver intervenção no caso de indícios de risco e também em gestações de mulheres que tiveram problemas com a gravidez no passado O CDC 2006c recomenda que todos os adultos tenham um plano de vida para a reprodução de modo a focalizar a atenção na saúde reprodutiva evitar a gravidez indesejada e melhorar a qualidade da gestação O CDC também exige um segurosaúde ampliado para mulheres de baixa renda garan tindo assim o acesso à assistência preventiva Uma boa assistência para a préconcepção e no prénatal poderá dar a todas as crianças a melhor chance possível de chegar ao mundo em boas condições para enfrentar os desafios da vida fora do útero desafios que discutiremos nos próximos três capítulos Você é capaz de sugerir meios de induzir um número maior de gestantes a procurar assistência no período préconcepção ou no prénatal logo no início da gravidez verificador você é capaz de Descrever sete técnicas para identificar defeitos ou distúr bios no período prénatal Discutir possíveis razões para as disparidades na assistência prénatal Dizer por que a assistência prénatal é importante e por que a assistência à pré concepção é necessária Papalia03indd 122 Papalia03indd 122 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 123 resumo e palavraschave Concebendo uma nova vida Como normalmente ocorre a concepção e qual é a causa dos nascimentos múltiplos A fecundação união de um óvulo e um espermatozoide resulta na formação de um zigoto unicelular o qual se duplica por divisão celular Nascimentos múltiplos podem ocorrer pela fecundação de dois óvulos ou de um óvulo que se dividiu ou pela divisão de um óvulo fecundado Nascimentos múltiplos em maior número resultam de um desses processos ou de uma combinação de ambos Gêmeos dizigóticos fraternos têm constituições gené ticas diferentes e podem ser de sexos diferentes Embora os gêmeos monozigóticos idênticos tenham a mesma constituição genética podem diferir em temperamento ou em outros aspectos fecundação 86 zigoto 86 gêmeos dizigóticos 87 gêmeos monozigóticos 87 Mecanismos da hereditariedade Como a hereditariedade opera na determinação do sexo e na transmissão de traços normais e anormais As unidades funcionais básicas da hereditariedade são os genes constituídos de ácido desoxirribonucleico DNA O DNA carrega as instruções bioquímicas ou o código genético que governam o desenvolvimento das funções da célula Cada gene é localizado por função em uma posição definida num determinado cromossomo A sequência completa dos genes no corpo humano é cha mada de genoma humano ácido desoxirribonucleico DNA 88 código genético 88 cromossomos 88 genes 88 genoma humano 88 Na concepção cada ser humano normal recebe 23 cro mossomos da mãe e 23 do pai formando 23 pares de cro mossomos 22 pares de autossomos e 1 par de cromos somos sexuais Uma criança que recebe um cromossomo X do pai e um cromossomo X da mãe é geneticamente do sexo feminino Uma criança que recebe um cromossomo Y do pai é geneticamente do sexo masculino Os padrões mais simples de transmissão genética são as heranças dominante e recessiva Quando um par de alelos é igual a pessoa é homozigótica para aquele traço quando são diferentes a pessoa é heterozigótica autossomos 89 cromossomos sexuais 89 alelos 90 homozigótico 90 heterozigótico 90 herança dominante 91 herança recessiva 91 As características humanas mais comuns são resultado de transmissão poligênica ou multifatorial Com exceção da maioria dos gêmeos monozigóticos cada criança her da um genótipo único A herança dominante e a trans missão multifatorial explicam por que o fenótipo de uma pessoa nem sempre expressa o genótipo subjacente A estrutura epigenética controla as funções de determi nados genes pode ser afetada por fatores ambientais herança poligênica 91 mutações 91 fenótipo 92 genótipo 92 transmissão multifatorial 92 epigênese 92 Defeitos e doenças congênitos podem resultar de simples herança dominante recessiva ou vinculada ao sexo de mutações ou de marcação genética Anomalias cromossômicas também podem causar defeitos con gênitos Pelo aconselhamento genético futuros pais podem receber informação sobre as probabilidades de gerarem filhos com certos defeitos Testes genéticos envolvem riscos e também benefícios dominância incompleta 95 herança vinculada ao sexo 95 síndrome de Down 96 aconselhamento genético 97 indicad r indicad r Papalia03indd 123 Papalia03indd 123 010213 1037 010213 1037 124 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Genética e ambiente influências da hereditariedade e do ambiente Como os cientistas estudam as influências relativas à hereditariedade e ao ambiente e como essas influências operam juntas A pesquisa em genética comportamental baseiase no pressuposto de que as influências relativas da heredi tariedade e do ambiente numa população podem ser medidas estatisticamente Se a hereditariedade é uma influência importante em determinado traço pessoas geneticamente mais próximas serão mais semelhantes nesse traço Estudos sobre famílias adoção e gêmeos permitem aos pesquisadores medir a herdabilidade de traços específicos Conceitos como faixa de reação canalização interação genótipoambiente correlação ou variante genótipo ambiente e escolha de nicho descrevem de que maneira a hereditariedade e o ambiente operam juntos Irmãos tendem a ser mais diferentes que semelhantes em inteligência e personalidade Segundo alguns ge neticistas do comportamento a hereditariedade é res ponsável pela maior parte das semelhanças e os efeitos ambientais não compartilhados respondem pela maior parte da diferença genética comportamental 100 herdabilidade 100 concordante 100 faixa de reação 101 canalização 101 interação genótipoambiente 102 correlação genótipoambiente 103 escolha de nicho 103 efeitos ambientais não compartilhados 103 Quais são os papéis desempenhados pela hereditariedade e pelo ambiente na saúde física na inteligência e na personalidade Obesidade longevidade inteligência temperamento e outros aspectos da personalidade são influenciados tan to pela hereditariedade quanto pelo ambiente A esquizofrenia é um transtorno neurológico altamente herdável mas também é influenciada pelo ambiente obesidade 104 temperamento 105 esquizofrenia 106 Desenvolvimento prénatal Quais são as três etapas do desenvolvimento pré natal e o que acontece durante cada uma delas O desenvolvimento prénatal ocorre em três períodos da gestação o germinal o embrionário e o fetal Embriões portadores de defeitos graves geralmente são espontaneamente abortados durante o 1 o trimestre de gravidez À medida que os fetos crescem eles se movimentam me nos porém com mais vigor Ao engolir o líquido amnióti co que contém substâncias do corpo materno o paladar e o olfato são estimulados Os fetos parecem ser capazes de ouvir exercitar a discriminação sensorial aprender e lembrar gestação 106 idade gestacional 106 período germinal 107 período embrionário 110 aborto espontâneo 110 período fetal 111 ultrassom 111 indicad r indicad r indicad r Papalia03indd 124 Papalia03indd 124 010213 1037 010213 1037 Desenvolvimento Humano 125 Quais são as influências ambientais que podem afetar o desenvolvimento prénatal O organismo em desenvolvimento pode ser muito afe tado por um ambiente prénatal A probabilidade de um defeito congênito pode depender do momento e da intensidade de um evento ambiental e de sua interação com fatores genéticos Influências ambientais importantes envolvendo a mãe incluem nutrição tabagismo ingestão de álcool ou outras drogas transmissão de doenças ou infecções ma ternas estresse ansiedade ou depressão materna idade materna e atividade física e ameaças ambientais exter nas como substâncias químicas e radiação Influências externas também podem afetar o espermatozoide teratógeno 113 síndrome alcoólica fetal SAF 115 síndrome da imunodeficiência adquirida AIDS 117 estresse 118 Monitorando e promovendo o desenvolvimento prénatal Quais são as técnicas para avaliar a saúde do feto e por que a assistência prénatal é importante Ultrassom sonoembriologia amniocentese amostra das vilosidades coriônicas fetoscopia diagnóstico ge nético de préimplantação amostra do cordão umbilical e testes de sangue materno podem ser utilizados para determinar se o futuro bebê está se desenvolvendo nor malmente A assistência prénatal de alta qualidade logo no início da gestação é essencial para o desenvolvimento saudá vel Pode detectar defeitos e distúrbios principalmente se for prestada no começo e dirigida às necessidades de mulheres de risco ajuda a reduzir a possibilidade de morte da mãe e do bebê o baixo peso ao nascer e outras complicações do nascimento Disparidades raciaisétnicas na assistência prénatal po dem ser um dos fatores das disparidades em baixo peso no nascimento e morte perinatal A assistência à préconcepção para todas as mulheres em idade de gestação reduziria o número de estados de gravidez indesejados e aumentaria as chances de uma gestação de boa qualidade indicad r indicad r Papalia03indd 125 Papalia03indd 125 010213 1037 010213 1037 Capítulo 4 pontos principais Nascimento e cultura mudanças no ato de nascer O processo de nascimento O recémnascido Complicações do parto Sobrevivência e saúde Desenvolvimento físico inicial Desenvolvimento motor pontos principais você sabia que As taxas de cesarianas nos Estados Unidos estão entre as mais altas do mundo em torno de 32 de todos os nascimentos No mundo industrializado o tabagismo durante a gravidez é o principal fator de baixo peso natal As práticas culturais como o grau de liberdade que os bebês têm para se movimentar podem afetar a idade em que eles começam a andar Neste capítulo descrevemos como os bebês vêm ao mundo como é sua aparência e como funciona seu sistema corporal Discutimos meios de lhes proteger a vida e a saúde e observamos seu rápido desenvolvimento físico inicial Vemos como os bebês se tornam crianças ocupadas e ativas e como os cuidadores podem promover um crescimento e um desenvolvimento saudáveis você sabia As experiências dos três primeiros anos de vida estão quase inteiramente perdidas para nós e quando tentamos entrar no mundo de uma criança pequena chegamos como estrangeiros que se esqueceram da paisagem e não mais falam a língua nativa Selma Fraiberg The Magic Years 1959 Nascimento e Desenvolvimento Físico nos Três Primeiros Anos Papalia04indd 126 Papalia04indd 126 010213 0923 010213 0923 Papalia04indd 127 Papalia04indd 127 010213 0923 010213 0923 128 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Nascimento e cultura mudanças no ato de nascer Antes do século XX o nascimento de uma criança na Europa e nos Estados Unidos assim como na maioria dos países desenvolvidos era um ritual social feminino 1 A mulher cercada por parentes e vi zinhos do sexo feminino ficava sentada em sua cama vestida apenas com um lençol se ela quisesse podia ficar de pé andar ou agacharse sobre um tamborete de parto A parteira que comandava o evento não tinha nenhum treinamento formal ela oferecia con selhos massagens poções irrigações e talismãs Fontanel e dHarcourt 1997 p 28 Depois que o bebê era expulso do útero a parteira cortava e amarrava o cordão umbilical além de limpar e exa minar o recémnascido Passadas algumas horas ou alguns dias a mãe camponesa estaria de volta ao trabalho no campo uma mulher mais abastada poderia descansar por algumas semanas Naquele tempo o nascimento de uma criança era uma luta contra a morte tanto para a mãe quanto para o bebê Fontanel e dHarcourt 1997 p 34 Nos séculos XVII e XVIII na França a mulher tinha uma chance em dez de morrer ao dar à luz ou pouco depois Milhares de bebês eram natimortos e um em cada quatro que nasciam vivos morria no primeiro ano de vida O nascimento de uma criança ainda pode ser algo perigoso em certos países em desenvolvimento da África Subsaariana e no Sul da Ásia Ali a cada ano 60 milhões de mulheres dão à luz em casa sem o benefício de uma assistência habilitada e até recentemente mais de 500 mil mulheres e 4 milhões de recémnascidos morriam durante o nascimento ou logo depois Sines et al 2007 As tendências quanto à mortalidade materna são porém promissoras As estimativas sugerem que a mortalidade materna caiu para aproximadamente 343 mil em 2008 e que até 2015 outros 23 países deverão reduzir substancialmente suas taxas de mortalidade materna Horton 2010 1 Essa discussão baseiase principalmente em Eccles 1982 Fontanel e dHarcourt 1997 Gélis 1991 e Scholten 1985 indicad r Como têm sido as mudanças no ato de nascer em países desenvolvidos O Livro Guiness de Recordes Mundiais registra que o maior número de nascimentos de uma única mulher pertence a uma russa que de 1725 a 1765 deu à luz 16 vezes a gêmeos sete vezes a trigêmeos e quatro vezes a quadrigêmeos ao longo de 29 gestações indicadores de estudo 1 Como têm sido as mudanças no ato de nascer em países desenvolvidos 2 Como se inicia o trabalho de parto o que acontece durante cada uma das três etapas do nascimento e quais são os métodos alternativos disponíveis 3 Como o recémnascido se ajusta à vida fora do útero e como podemos saber se um bebê é saudável e se está se desenvolvendo normalmente 4 Quais são as complicações do nascimento que podem pôr em perigo a vida de um recémnascido e quais são as perspectivas para bebês com essas complicações 5 Quais são os fatores que afetam as chances de sobrevivência e saúde dos bebês 6 O que influencia o crescimento e como o cérebro e os sentidos se desenvolvem 7 Quais são os primeiros marcos do desenvolvimento motor e o que os influencia Papalia04indd 128 Papalia04indd 128 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 129 Após a virada do século XX o ato de nascer começou a ser profissionalizado nos Estados Unidos pelo menos nas áreas ur banas O uso crescente de maternidades resultou em condições de maior segurança e assepsia Isso serviu para reduzir a taxa de mortalidade das mulheres e assim cresceu o novo campo da obstetrícia Em 1900 apenas 5 dos partos nos Estados Uni dos ocorriam em hospitais em 1920 em algumas cidades 65 já eram feitos em hospitais Scholten 1985 Uma tendência semelhante teve lugar na Europa Mais recentemente nos Es tados Unidos 99 dos bebês nascem em hospitais e 91 dos nascimentos são atendidos por médicos Quase 8 são atendi dos por parteiras geralmente enfermeiras obstetras certificadas Martin Hamilton et al 2010 As notáveis reduções nos riscos que envolvem a gravidez e o nascimento de um bebê em países industrializados espe cialmente nos últimos 50 anos são devidas em grande parte à disponibilidade de antibióticos transfusões de sangue anestesia segura melhorias de higiene e medicamentos para induzir o parto Além disso o aprimoramento da avaliação e da assistên cia prénatais aumenta sobremaneira a probabilidade de o bebê nascer saudável As taxas de mortalidade tanto para mães quan to para crianças diminuíram dramaticamente como se pode observar nas Figuras 41 e 42 Entretanto a medicalização do nascimento teve cus tos sociais e emocionais afirmam alguns críticos Fontanel e dHarcourt 1997 Hoje uma pequena porém crescente par cela de mulheres em países desenvolvidos está voltando para as experiências íntimas e pessoais de um parto doméstico que pode envolver toda a família MacDorman Menacker e Declercq 2010 Partos domésticos geralmente são assistidos por uma enfermeiraobstetra treinada com a disponibilidade dos recursos da ciência médica Algumas providências talvez precisem ser tomadas com um médico e um hospital próximo no caso de surgir alguma emergência Alguns estudos indicam que partos domésticos planejados com rápida transferência para um hospital disponível em caso de necessidade podem ser tão seguros quanto os partos de baixo risco feitos em hospitais por parteiras ou enfermeiras obstetras American College of NurseMidwives 2005 De fato há indicações de que pelo menos 100 10 0 1920 1930 1940 1950 Anos Morte por 100 mil nascidos vivos 1960 1970 1980 1990 2000 1000 FIGURA 41 Desde 1915 as taxas de mortalidade materna nos Estados Unidos di minuíram de 6079 mortes em cada 100 mil nascidos vivos para 121 mortes em cada 100 mil nascidos vivos em 2003 nesta área de registro Antes de 1933 os dados apenas se referem aos estados Interrupções na curva apa recem entre as sucessivas revisões da Classificação Internacional de Doenças Fonte Hoyert 2007 FIGURA 42 A mortalidade infantil nos Estados Unidos diminuiu de 47 mortes em cada 1000 nas cidos vivos em 1940 para 67 em 2006 No mesmo período a taxa neonatal caiu 85 de 288 para 45 mortes em cada 1000 nascidos vivos e a taxa pósneonatal diminuiu em 88 de 183 para 22 mortes em cada 1000 nascidos vivos Taxas 0 10 20 30 40 50 Mortalidade infantil Neonatal Pósneonatal Ano 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 Fonte Heron et al 2009 Papalia04indd 129 Papalia04indd 129 010213 0923 010213 0923 130 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman para gestações saudáveis e partos domésticos planejados os riscos do parto podem ser menores do que num hospital MacDorman et al 2010 No entanto a Faculdade Americana de Obstetras e Ginecologistas ACOG na sigla em inglês 2008 e a Associação Médica Americana AMA House of Delegates 2008 se opõem aos partos domésticos sustentando que complicações podem surgir a qualquer momento mesmo em gestações de baixo risco e hospitais ou maternidades estão melhores equipados para cuidar dessas emergências Hoje os hospitais também estão buscando meios de humanizar o nascimento da criança O tra balho de parto poderá ocorrer num quarto confortável com iluminação suave e o pai ou parceiro pre sente como instrutor Os irmãos mais velhos poderão ser convidados a fazer uma visita após o parto O sistema de permanência no quarto permite que o bebê fique com a mãe uma boa parte do tempo ou o tempo todo de modo que ela possa alimentar o recémnascido quando ele estiver com fome e não quando permitido por um horário arbitrário Para desmedicalizar a experiência do nascimento os hospitais estão procurando estabelecer ou reestabelecer um ambiente onde ternura segurança e afeto sejam tão importantes quanto as técnicas da medicina Fontanel e dHarcourt 1997 p 57 O processo de nascimento Emily acordou com estranhas sensações em sua barriga Ela havia sentido o bebê seu primeiro filho movimentarse durante todo o segundo e terceiro trimestres mas agora era diferente Ainda faltavam duas semanas para a data do parto Será que ela estava finalmente sentindo as contrações sobre as quais tanto ouvira falar e lera Estaria em trabalho de parto Trabalho de parto é um termo adequado para o processo de dar à luz O nascimento é um tra balho duro tanto para a mãe quanto para o bebê Esse trabalho é ativado por uma série de mudanças uterinas e cervicais entre outras a que se dá o nome de parturição A parturição normalmente se inicia por volta de duas semanas antes do parto quando a repentina elevação dos níveis de estrogênio estimula o útero a se contrair e a cérvix a ficar mais flexível As contrações uterinas que expulsam o feto começam normalmente por volta de 266 dias após a concepção como um aperto no útero A mulher pode por vezes sentir falsas contrações conhe cidas como contrações BraxtonHicks durante os meses finais da gestação ou mesmo no segundo trimestre quando os músculos do útero se retesam por até dois minutos Em comparação com as con trações de BraxtonHicks relativamente mais suaves e irregulares as verdadeiras contrações do parto são mais frequentes rítmicas e dolorosas aumentando em frequência e intensidade ETAPAS DO NASCIMENTO O trabalho de parto ocorre em três etapas sobrepostas Figura 43 A primeira etapa a mais longa geralmente dura de 12 a 14 horas para a mulher que tem seu primeiro filho tende a ser mais curta em partos posteriores Durante essa etapa contrações uterinas regulares e cada vez mais frequentes causam a dilatação ou alargamento da cérvix em preparação para o parto Durante a segunda etapa que geralmente dura até uma ou duas horas as contrações tornam se mais fortes e mais próximas A segunda etapa tem início quando a cabeça do bebê começa a se deslocar pela cérvix em direção ao canal vaginal e termina quando o bebê emerge por completo do corpo da mãe Se essa etapa durar mais do que duas horas sinalizando que o bebê precisa de ajuda o médico pode segurar a cabeça do bebê com o fórceps ou o que é mais frequente usar a extração a vácuo com uma ventosa de aspiração para puxálo para fora do corpo da mãe No final dessa etapa nasce o bebê mas ele ainda está ligado à placenta no corpo da mãe pelo cordão umbilical que deve ser cortado e fechado Durante a terceira etapa que dura de 10 a 60 minutos a placenta e o restante do cordão umbilical são expelidos do corpo da mãe MONITORAÇÃO ELETRÔNICA FETAL A monitoração eletrônica fetal pode ser usada para acompanhar as batidas cardíacas do feto duran te o trabalho de parto e indicar como o coração do feto responde ao estresse das contrações uterinas A monitoração pode detectar qualquer problema sério e alertar o médico ou a parteira encarregada de que o feto precisa de ajuda verificador você é capaz de Identificar pelo menos dois aspectos em que houve mudanças relativas ao nas cimento de bebês em países desenvolvidos e dizer por que agora é menos arriscado Comparar as vantagens dos vários ambientes e profissio nais envolvidos no nascimen to de um bebê Como se inicia o trabalho de parto o que acontece durante cada uma das três etapas do nascimento e quais são os métodos alternativos disponíveis indicad r parturição Processo de mudanças uterinas cer vicais entre outras que geralmente dura cerca de duas semanas antes do nascimento do bebê monitoração eletrônica fetal Monitoração mecânica das batidas cardíacas do feto durante o trabalho de parto Papalia04indd 130 Papalia04indd 130 060313 1306 060313 1306 Desenvolvimento Humano 131 A monitoração eletrônica fetal pode fornecer valiosas informações em partos de alto risco in cluindo aqueles em que o feto é muito pequeno prematuro está em posição invertida pés ou ná degas para baixo ou parece estar sofrendo ou quando o trabalho de parto é induzido por meio da administração de medicamentos No entanto a monitoração pode apresentar desvantagens se for usada rotineiramente em gestações de baixo risco É cara restringe os movimentos da mãe durante o trabalho de parto e o que é mais importante tem uma taxa de falso positivo extremamente alta sugerindo que o feto está com problemas quando na verdade não está Tais advertências podem levar os médicos a fazer o parto pelo método mais arriscado da cesariana em vez do parto vaginal Nelson Dambrosia Ting e Grether 1996 PARTO VAGINAL VERSUS PARTO CESARIANO O método mais comum de parto anteriormente descrito é o parto vaginal Uma alternativa é o parto cesariano que pode ser usado para remover cirurgicamente o bebê do útero através de uma incisão no abdômen da mãe Em 2008 322 dos partos nos Estados Unidos um recorde eram feitos com esse procedimento um aumento de 56 desde 1996 Martin Hamilton et al 2010 O uso desse procedimento também aumentou nos países europeus durante a década de 1990 mas o número de partos cesarianos nos Estados Unidos está entre os mais altos do mundo International Cesarean Awareness Network 2003 A cirurgia costuma ser executada quando o trabalho de parto progride muito lentamente o feto parece estar com problemas ou a mãe apresenta sangramento vaginal A cesariana geralmente é necessária se o feto está em posição invertida pés ou nádegas para baixo ou na posição transversal atravessado no útero ou se a cabeça for muito grande para passar pela pélvis da mãe O aumento nas taxas de cesarianas é atribuído em grande parte à maior proporção de mães mais velhas que estão gerando seu primeiro bebê e que tendem a ter nascimentos múltiplos e de bebês muito prematuros Martin Hamilton et al 2009 2010 para quem o parto cesariano reduz significativamente o risco de morte no primeiro mês de vida Malloy 2008 O temor dos médicos de processos por negligência e as preferências das mulheres também podem influenciar a escolha de parto cesariano Parto em que o bebê é removido cirur gicamente do útero Placenta Cordão umbilical a Primeira etapa b Segunda etapa c Terceira etapa FIGURA 43 As primeiras etapas do nascimento a Durante a primeira etapa do trabalho de parto uma série de contrações cada vez mais fortes di lata a cérvix a abertura que leva ao útero b Durante a segunda etapa a cabeça do bebê desce pelo canal vaginal e emerge da vagina c Durante a breve terceira etapa a placenta e o cordão umbilical são expelidos do útero Então cortase o cordão Fonte Adaptada de Lagercrantz e Slotkin 1986 Papalia04indd 131 Papalia04indd 131 010213 0923 010213 0923 132 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman partos cesarianos Ecker e Frigoletto 2007 Martin Hamilton et al 2006 2007 2009 assim como o aumento na receita dos hospitais quando uma mulher opta pela cesariana e não pelo parto vaginal Partos cesarianos apresentam riscos de sérias complicações para a mãe como sangramento in fecção danos a órgãos pélvicos dor pósoperatória além de aumentar os riscos de problemas em futuras gestações Ecker e Frigoletto 2007 Também privam o bebê dos importantes benefícios do nascimento normal um súbito aumento no nível de hormônios que limpam os pulmões do excesso de fluido mobilização de nutrientes para alimentar as células e envio de sangue para o coração e o cérebro Lagercrantz e Slotkin 1986 O parto vaginal também parece influenciar a vinculação da mãe com seu bebê devido à ação da oxitocina um hormônio envolvido nas contrações uterinas que estimulam o comportamento maternal em animais Há indicações de que a oxitocina pode ter efeitos semelhantes em seres humanos Swain et al 2008 Apesar dos riscos a maioria dos médicos adverte que partos vaginais após cesarianas VBAC na sigla em inglês somente devem ser tentados com muita cautela Os VBACs têm sido associados a um risco maior embora baixo de ruptura uterina e danos ao cérebro Landon et al 2004 bem como à morte do bebê Smith et al 2002 À medida que os riscos desses partos passaram a ser amplamente conhecidos a taxa de VBACs entre mulheres norteamericanas caiu em 67 desde 1996 Hoyert Mathews et al 2006 Hoje se uma mulher teve um parto cesariano as chances de quaisquer partos subsequentes serem igualmente cesarianos são de 92 Martin Hamilton et al 2009 No entanto uma cesariana eletiva de repetição antes da 39 a semana de gestação quando os pulmões do feto es tão plenamente maduros aumenta consideravelmente o risco de que o bebê possa ter problemas de respiração infecções ou baixo nível de açúcar no sangue e que precisará de cuidados intensivos Tita et al 2009 Assim num recente Congresso para Desenvolvimento de Consensos do NIH National Institutes of Health 2010 concluiuse que uma prova de trabalho de parto é uma opção razoável para mulheres que previamente tiveram uma incisão uterina transversal baixa Além disso em 2010 a Faculdade Americana de Obstetras e Ginecologistas publicou novas diretrizes com o objetivo de expandir o conjunto de mulheres em condições de se submeter ao VBAC Por exemplo uma prova de trabalho de parto agora é recomendada para gravidez de gêmeos bem como para mulheres que tiveram mais de uma cesariana Grady 2010 PARTO MEDICADO VERSUS PARTO NÃO MEDICADO Durante séculos a dor foi considerada um elemento inevitável do parto Depois em meados do século XIX a sedação com éter ou clorofórmio tornouse prática comum à medida que ocorriam mais nasci mentos em hospitais Fontanel e dHarcourt 1997 Durante o século XX foram desenvolvidos vários métodos alternativos de parto natural ou parto preparado Esses métodos minimizam ou eliminam o uso de medicamentos que possam pôr em risco o bebê e possibilitam à mãe e ao pai participar plenamente de uma experiência natural e enri quecedora Em 1914 o Dr Grantly DickRead um ginecologista inglês sugeriu que a dor de parto era causada pelo medo do desconhecido e da tensão muscular resultante Seu método Parto sem Medo visa educar as gestantes sobre a fisiologia da reprodução treinandoas para atingir uma boa forma física e para a respiração e relaxamento durante o trabalho de parto O método Lamaze introduzido pelo obstetra francês Fernand Lamaze no final da década de 1950 ensina as gestantes a trabalhar ativamente com seu corpo por meio de respiração controlada A mulher aprende a relaxar os músculos como uma resposta condicionada à voz de seu instrutor geralmente o futuro pai ou um amigo que frequenta as aulas com ela participa do parto e ajuda nos exercícios Utilizando o método LeBoyer introduzido na década de 1970 a mulher dá à luz numa sala tranquila com iluminação suave para reduzir o estresse e o recémnascido é delicadamente mas sageado para facilitar o choro Outra técnica desenvolvida pelo médico francês Michael Odent é a submersão da mãe numa piscina com água de efeito relaxante Outros métodos fazem uso de imagens mentais massagem expulsão suave e respiração profunda O mais radical talvez seja o Método Brad ley que rejeita todos os procedimentos obstétricos e outras intervenções médicas Hoje o aperfeiçoamento do parto medicado leva muitas mulheres a escolherem o alívio da dor às vezes combinado com métodos naturais A mulher poderá receber anestesia local vaginal também chamada de bloqueio pudendo geralmente durante a segunda etapa do trabalho de parto ou se for A oxitocina está envolvida em diversas interações sociais positivas fora da relação materna inclusive Por exemplo sprays nasais de oxitocina podem ajudar pessoas de baixa competência social a interpretar as emoções dos outros Bartz 2010 parto natural Método que procura evitar a dor elimi nando o medo por meio da educação sobre a fisiologia da reprodução e treinando respiração e relaxamento durante o parto parto preparado Método que utiliza instrução exercí cios de respiração e apoio social para induzir respostas físicas controladas às contrações uterinas e reduzir o medo e a dor Papalia04indd 132 Papalia04indd 132 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 133 usado fórceps Ou ela poderá receber um analgésico que reduz a percepção da dor deprimindo a ati vidade do sistema nervoso central No entanto os analgésicos podem tornar o trabalho de parto mais lento causar complicações na mãe e fazer o bebê ficar menos alerta após o nascimento Aproximadamente 60 das mulheres em trabalho de parto tomam injeções regionais epidural ou espinhal Eltzschig Lieberman e Camann 2003 A anestesia regional que é injetada num espaço da medula espinhal entre as vértebras da região lombar bloqueia as vias neurais que transmitem a sen sação de dor para o cérebro Epidurais aplicadas logo no começo podem encurtar o trabalho de parto sem risco adicional de precisar de um parto cesariano C A Wong et al 2005 Com qualquer uma dessas formas de anestesia a mulher pode ver e participar do processo de nascimento e pode segurar o recémnascido imediatamente Todos esses medicamentos porém atra vessam a placenta e entram na corrente sanguínea do feto podendo pôr em risco o bebê O alívio da dor não deve ser a única consideração a ser feita numa decisão sobre o uso da anes tesia Mais importante para o bemestar em relação à experiência do parto talvez seja o envolvimento da mulher nas tomadas de decisão seu relacionamento com os profissionais que cuidam dela e suas expectativas sobre o parto Atitudes sociais e culturais bem como os costumes são importantes Eltzs chig et al 2003 A mulher e seu médico devem discutir as várias opções logo no início da gravidez mas as escolhas dela poderão mudar quando se aproximar o momento do parto Em muitas culturas tradicionais as gestantes são auxiliadas por uma doula uma mentora ins trutora e ajudante experiente que pode oferecer apoio emocional e informações além de permanecer na cabeceira da cama da mulher durante todo o trabalho de parto Em 11 estudos randomizados controlados as mulheres acompanhadas por doulas tiveram um trabalho de parto mais curto menos anestesia e menos partos com fórceps e cesarianas do que aquelas que não tiveram a companhia das doulas Klaus e Kennell 1997 O recémnascido O período neonatal que são as primeiras quatro semanas de vida é um tempo de transição do útero onde o feto é totalmente sustentado pela mãe para uma existência independente Quais são as características físicas dos bebês recémnascidos e como eles estão equipados para essa transi ção crucial verificador você é capaz de Descrever as três etapas do parto vaginal Discutir razões para o súbito aumento dos partos cesaria nos Comparar o parto medicado com métodos alternativos para o nascimento Como o recémnascido se ajusta à vida fora do útero e como podemos saber se um bebê é saudável e se está se desenvolvendo normalmente indicad r período neonatal As primeiras quatro semanas de vida um período de transição entre a de pendência intrauterina e a existência independente Em Rajasthan na Índia como em muitas outras sociedades tradicionais uma doula ou ajudante experiente fica ao lado da mulher durante todo o trabalho de parto dando apoio emocional Pesquisas constataram que mulheres atendidas por doulas tendem a ter um trabalho de parto mais curto e mais fácil Papalia04indd 133 Papalia04indd 133 010213 0923 010213 0923 134 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman TAMANHO E APARÊNCIA Nos Estados Unidos o neonato ou recémnascido mede em média cerca de 50 centímetros de com primento e pesa aproximadamente 35 kg Ao nascer 95 dos bebês nascidos a termo pesam entre 25 e 45 kg e medem entre 45 e 55 centímetros Os meninos tendem a ser ligeiramente maiores e mais pesados do que as meninas e o primogênito provavelmente pesará menos ao nascer do que os filhos posteriores Em seus primeiros dias de vida os neonatos perdem 10 de seu peso principal mente por causa da perda de fluidos Eles começam a ganhar peso novamente em torno do quinto dia e geralmente voltam ao peso que tinham ao nascer entre o 10 o e o 14 o dia Bebês recémnascidos apresentam características distintivas que incluem uma cabeça grande um quarto do comprimento do corpo e um queixo recuado que facilita a amamentação Inicialmen te a cabeça de um neonato pode ser alongada e malformada por causa da modelagem que facilitou sua passagem pela pélvis materna Essa modelagem temporária ocorre porque os ossos do crânio do bebê ainda não se fundiram eles não estarão completamente unidos até o 18º mês As regiões da cabeça onde os ossos ainda não se uniram as fontanelas ou pontos macios são cobertas por uma membrana rígida Muitos recémnascidos têm uma aparência rosada sua pele é tão fina que mal esconde os capila res onde o sangue circula Durante os primeiros dias alguns neonatos são muito peludos porque parte do lanugo uma lanugem felpuda prénatal ainda não caiu Quase todos os bebês recémnascidos estão cobertos com um vernix caseosa verniz caseoso uma proteção gordurosa contra infecções que resseca já nos primeiros dias Acreditavase durante a Idade Média que o leite de bruxa uma secreção que às vezes vaza do peito inchado de meninos e meninas recémnascidos por volta do terceiro dia de vida tinha poderes especiais de cura Assim como o corrimento vaginal esbranquiçado ou tingido de sangue de algumas meninas recémnascidas essa emissão fluida resulta dos altos níveis do hormônio estrógeno que é secretado pela placenta pouco antes do nascimento e desaparece depois de alguns dias ou semanas Um recémnascido especialmente se for prematuro também poderá ter os genitais inchados SISTEMAS CORPORAIS Antes do nascimento a circulação sanguínea a respiração a nutrição a eliminação de resíduos e a re gulação da temperatura são realizadas através do corpo da mãe Após o nascimento todos os sistemas e funções do bebê devem operar por conta própria A maior parte dessa transição ocorre de quatro a seis horas após o parto Ferber e Makhoul 2004 O feto e a mãe têm sistemas circulatórios e batimentos cardíacos separados o sangue do feto é purificado através do cordão umbilical o qual transporta o sangue usado para a placenta e retorna com um novo suprimento O sangue do neonato circula inteiramente dentro do corpo do bebê Os batimentos cardíacos a princípio são rápidos e irregulares e a pressão arterial só se estabiliza por volta do décimo dia de vida O feto obtém oxigênio pelo cordão umbilical o qual também leva o dióxido de carbono embo ra O recémnascido precisa de muito mais oxigênio que antes e agora precisa obtêlo sozinho A maioria dos bebês começa a respirar assim que entra em contato com o ar Caso a res piração não comece em até cerca de cinco minutos o bebê pode sofrer dano cerebral permanente causado por anóxia falta de oxigênio ou hipóxia uma redução no for necimento de oxigênio Como os pulmões do bebê têm apenas um décimo da quanti dade de alvéolos pulmonares que têm os adultos os bebês especialmente aqueles que nasceram prematuros são suscetíveis a apresentar problemas respiratórios Anóxia ou hipóxia podem ocorrer durante o parto embora isso seja raro em decorrência de repetidas com pressões da placenta e do cordão umbilical a cada contração Essa forma de trauma de nascimento neonato O bebê recémnascido com até quatro semanas de idade Em 1914 o presidente Woodrow Wilson proclamou o Dia das Mães feriado nacional Crianças superdotadas tendem a ser mais pesadas quando nascem Embora ainda em fase experimental os primeiros dados sugerem que os bonés Cool Caps projetados para baixar a temperatura do cérebro de bebês que sofrem de anóxia podem diminuir ou impedir danos ao cérebro reduzindo as necessidades energéticas desse órgão Gluckman et al 2005 anóxia Falta de oxigênio que pode causar dano cerebral Papalia04indd 134 Papalia04indd 134 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 135 pode ocasionar danos permanentes ao cérebro causando retardo mental problemas comportamen tais ou mesmo a morte No útero o feto depende do cordão umbilical para receber alimento da mãe e para eliminar seus resíduos corporais Ao nascerem os bebês instintivamente sugam para ingerir o leite que é digerido por suas secreções gastrintestinais Nos primeiros dias os bebês excretam o mecônio uma substância pastosa de cor verde escura formada no trato intestinal do feto Quando os intestinos e a bexiga estão cheios os músculos dos esfíncteres abremse automaticamente o bebê não será capaz de controlálos durante muitos meses As camadas de gordura que se desenvolvem durante os dois últimos meses de vida fetal permi tem que bebês saudáveis não prematuros mantenham a temperatura de seus corpos constante após o nascimento apesar das mudanças na temperatura do ar Os recémnascidos também mantêm a tempe ratura corporal aumentando sua atividade quando a temperatura do ar diminui Três ou quatro dias após o nascimento aproximadamente metade de todos os bebês e uma pro porção ainda maior de bebês nascidos prematuramente desenvolve icterícia neonatal sua pele e seus globos oculares mostramse amarelados Esse tipo de icterícia é causado pela imaturidade do fígado Geralmente não é grave não precisa de tratamento e não apresenta efeitos de longo prazo Entretanto uma icterícia grave não monitorada e não imediatamente tratada pode resultar em dano cerebral AVALIAÇÃO CLÍNICA E COMPORTAMENTAL Os primeiros minutos dias e semanas após o nascimento são cruciais para o desenvolvimento É importante saber o mais rápido possível se o bebê tem algum problema que necessita de cuidados especiais A Escala de Apgar Um minuto após o parto e depois novamente cinco minutos após o nasci mento a maioria dos bebês é avaliada pela Escala de Apgar Tabela 41 A escala leva o nome de sua autora Dra Virginia Apgar 1953 e é composta de cinco subtestes aparência cor pulsação frequência cardíaca expressão facial reflexos atividade tônus muscular e respiração O recém nascido é classificado em 01 ou 2 em cada medida para uma pontuação total de 10 Uma pontuação aos cinco minutos de 7 a 10 obtida por 984 dos bebês nascidos nos Estados Unidos indica que o bebê está numa condição que vai de boa a excelente Martin Hamilton et al 2009 Uma pontuação abaixo de 57 significa que o bebê precisa de auxílio para começar a respirar uma pontuação abaixo de 4 indica que precisa de salvação imediata Caso a ressuscitação seja bemsucedida elevando a pontuação do bebê para 4 ou mais em dez minutos provavelmente não haverá danos no longo prazo AAP Committee on Fetus and Newborn e American College of Obstetricians and Gynecologists Committee on Obstetric Practice 1996 Avaliando a condição neurológica A Escala Brazelton A Escala Brazelton de Avaliação do Comportamento Neonatal NBAS na sigla em inglês é utilizada para ajudar pais profissionais de saúde e pesquisadores a avaliar a resposta de neonatos a seu ambiente físico e social a identificar icterícia neonatal Condição de muitos neonatos causada por imaturidade do fígado e eviden ciada pela aparência amarelada pode causar dano cerebral se não for tratada imediatamente verificador você é capaz de Descrever o tamanho e a apa rência normais de um recém nascido e citar as várias mudanças que ocorrem nos primeiros dias Comparar cinco sistemas cor porais fetais e neonatais Identificar duas condições pe rigosas que podem aparecer logo após o nascimento Escala de Apgar Medida padronizada da condição de um recémnascido avalia cor frequên cia cardíaca reflexos tônus muscular e respiração Escala Brazelton de Avaliação do Comportamento Neonatal NBAS na sigla em inglês Teste neurológico e comportamental para medir as respostas do neonato ao ambiente TABELA 41 Escala de Apgar Sinal 0 1 2 Aparência cor Azulada pálida Corpo rosado extremidades azuladas Totalmente rosada Pulsação frequência cardíaca Ausente Lenta abaixo de 100 Rápida acima de 100 Expressão facial reflexos Nenhuma resposta Caretas Tosse espirro choro Atividade tônus muscular Inerte Fraca inativa Forte ativa Respiração Ausente Irregular lenta Boa choro Cada sinal é classificado em termos de ausência ou presença de 0 a 2 a pontuação geral mais alta é 10 Fonte Adaptado de Apgar V 1953 A proposal for a new method of evaluation of the newborn infant Current Researches in Anesthesia and Analgesia 324 260267 Papalia04indd 135 Papalia04indd 135 010213 0923 010213 0923 136 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman pontos fortes e possíveis vulnerabilidades no funcionamento neurológico e prever o desenvolvimento futuro O teste adequado para bebês de até dois meses de idade leva o nome de seu idealizador o Dr T Berry Brazelton 1973 1984 Brazelton e Nugent 1995 Ele avalia a organização motora confor me ela é revelada por comportamentos como nível de atividade e capacidade de levar a mão à boca reflexos mudanças de estado tais como irritabilidade excitabilidade e capacidade de se acalmar depois de ficar perturbado capacidade de prestar atenção e interagir conforme ela é revelada pelo estado de alerta e resposta a estímulos visuais e auditivos e indicações de instabilidade no sistema nervoso central como tremores e mudanças na cor da pele A NBAS leva cerca de trinta minutos e a pontuação se baseia no melhor desempenho do bebê Triagem neonatal para condições clínicas Crianças que herdam o distúrbio enzimático fenil cetonúria ou PKU poderão tornarse mentalmente retardadas a não ser que sejam alimentadas com uma dieta especial entre a terceira e a sexta semana de vida O rastreamento administrado logo após o nascimento frequentemente pode descobrir esse e outros defeitos corrigíveis A triagem de rotina em todos os recémnascidos para condições raras como a PKU 1 caso em cada 15 mil nascimentos hipotireoidismo congênito 1 caso em cada 3600 a 5 mil nascimentos galactosemia 1 caso em cada 60 mil a 80 mil nascimentos e outros distúrbios até mais raros é dispen diosa Entretanto o custo de avaliar milhares de recémnascidos para detectar o caso de uma doença rara pode sair mais barato do que cuidar de uma pessoa com retardo mental por toda a vida Agora com exames de sangue mais sofisticados uma única amostra de sangue pode ser rastreada para 20 ou mais distúrbios assim muitos países desenvolvidos expandiram seus programas de triagem obrigatória Howell 2006 Em um estudo sobre recémnascidos de vários estados que formam a região conhe cida como Nova Inglaterra EUA bebês identificados na triagem apresentavam menor probabilidade de desenvolverem retardo mental e de precisarem de hospitalização do que aqueles identificados por diagnóstico clínico No entanto os testes podem gerar falsos resultados positivos indicando que existe um problema quando na verdade não existe além de trazer ansiedade e mobilizar tratamento caro e desnecessário Waisbren et al 2003 ESTADOS DE ALERTA Os bebês possuem um relógio interno que regula seus ciclos diários de alimentação sono e eli minação e possivelmente até seu humor Esses ciclos periódicos de vigília sono e atividade que governam o estado de alerta do bebê ou grau de alerta Tabela 42 parecem ser inatos e altamen te individuais Mudanças de estado são coordenadas por múltiplas áreas do cérebro e são acompa nhadas por mudanças no funcionamento de praticamente todos os sistemas corporais Ingersoll e Thoman 1999 A maioria dos recémnascidos passa em torno de 75 do seu tempo até 18 horas por dia dor mindo mas acorda a cada 3 ou 4 horas dia e noite para se alimentar Ferber e Makhoul 2004 Ho ban 2004 O sono dos recémnascidos se alterna entre um sono tranquilo regular e um sono ativo irregular O sono ativo provavelmente é o equivalente aos movimentos rápidos dos olhos REM que nos adultos estão associados aos sonhos O sono ativo aparece ritmicamente em ciclos de cerca de uma hora e responde por até 50 do tempo total de sono do recémnascido A quantidade de sono REM declina para menos de 30 do tempo total de sono aos 3 anos de idade e continua diminuindo ao longo da vida Hoban 2004 Começando no primeiro mês os períodos de sono noturno aumentam gradualmente à medida que o bebê fica mais acordado durante o dia e precisa de menos sono de um modo geral Alguns bebês começam a dormir à noite já aos três meses de idade Aos seis meses o bebê dorme 6 horas direto à noite mas um breve despertar noturno é normal mesmo quando ele já está engatinhando Uma típica criança de 2 anos dorme umas 13 horas por dia incluindo um único cochilo geralmente à tarde Hoban 2004 Os ritmos e os horários de sono dos bebês variam de uma cultura para outra Entre os truk da Micronésia e os hare do Canadá bebês e crianças não têm horários regulares de sono caem no sono sempre que se sentem cansados Alguns pais de países ocidentais tentam cronometrar a alimentação no começo da noite para incentivar o sono noturno As mães da zona rural do Quênia permitem que verificador você é capaz de Discutir os usos do teste de Apgar e da Escala Brazelton Pesar os prós e o contras da triagem de rotina para distúrbios raros estado de alerta A condição fisiológica e comporta mental de um bebê num determinado momento no ciclo periódico diário de vigília sono e atividade verificador você é capaz de Explicar como os estados de alerta refletem o estado neurológico e discutir as variações nos estados dos recémnascidos Dizer como ocorrem as mudanças dos padrões de sono e como as práticas culturais podem afetar es ses padrões Papalia04indd 136 Papalia04indd 136 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 137 seus bebês sejam amamentados quando bem quiserem e aqueles de quatro meses continuam dormin do direto apenas por quatro horas Broude 1995 Complicações do parto Deve ser menino dizem algumas mães cujo trabalho de parto foi longo e difícil Essa velha história tem algum fundamento partos de meninos têm maior probabilidade de envolver complicações do que partos de meninas em parte porque meninos tendem a ser maiores Bekedam et al 2002 Eogan et al 2003 Embora a grande maioria dos nascimentos resulte em bebês normais e saudáveis alguns infeliz mente não são Alguns nascem prematuramente ou muito pequenos outros permanecem no útero por muito tempo outros ainda nascem mortos ou morrem após o nascimento Vejamos essas possíveis complicações do nascimento e como podem ser evitadas ou tratadas de modo a maximizar as chances de resultados favoráveis BAIXO PESO NATAL Bebês com baixo peso natal pesam menos de 2500 gramas ao nascerem eles podem ser prétermo ou pequenos para a idade gestacional ou ambos Figura 44 Mais de 43 dos bebês prétermo prematuros nascidos antes de completar a 37ª semana de gestação apresenta baixo peso natal comparados a apenas 3 dos bebês nascidos a termo Martin Hamilton et al 2009 Bebês peque nos para a idade gestacional que podem ou não ser prétermo pesam menos de 90 do peso dos Quais são as complicações do nascimento que podem pôr em perigo a vida de um recémnascido e quais são as perspectivas para bebês com essas complicações indicad r baixo peso natal Peso menor que 25 kg ao nascer em virtude de prematuridade ou de ser pequeno para a idade gestacional bebês prétermo prematuros Bebês que nascem antes de completar a 37ª semana de gestação bebês pequenos para a idade gestacional Bebês cujo peso ao nascer é menor que o peso de 90 das crianças da mesma idade gestacional em virtude de um crescimento fetal lento TABELA 42 Estados de alerta nos bebês Estado Olhos Respiração Movimentos Resposta Sono regular Fechados nenhum movimento Regular e lenta Nenhum exceto so bressaltos generali zados e repentinos Não pode ser despertado por estímu los leves Sono irregular Fechados rápidos mo vimentos oculares ocasionais Irregular Contrações muscula res mas sem maio res movimentos Sons ou luzes provocam sorrisos ou esgares caretas durante o sono Sonolência Abertos ou fechados Irregular Ligeiramente ativo Pode sorrir sobressaltarse mamar ou ter ereções em resposta aos estímulos Inatividade alerta Abertos Regular Tranquilo pode mo ver a cabeça os membros e o tronco enquanto olha ao redor Um ambiente interessante com pes soas ou coisas para observar pode iniciar ou manter esse estado Atividade des perta vigília e choro Abertos Irregular Muita atividade Estímulos externos como fome frio dor ser contido ou ser colocado para deitar provocam mais atividade tal vez começando com choramingos e movimentos suaves tornandose um crescendo rítmico de choro ou chutes ou ainda começando e conti nuando como um espernear desco ordenado e gritinhos espasmódicos Fonte Adaptada de informação em Prechtl e Beintema 1964 P H Wolff 1966 Papalia04indd 137 Papalia04indd 137 010213 0923 010213 0923 138 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman bebês da mesma idade gestacional Seu tamanho geralmente resulta de nutrição prénatal inadequada o que retarda o crescimento fetal Estimase que no mundo inteiro 15 de todos os bebês nascem com baixo peso natal e as porcentagens são bem maiores em países menos desenvolvidos UNICEF 2008b A verdadeira ex tensão do baixo peso natal pode ser muito mais alta pois 3 de cada 4 recémnascidos em países em desenvolvimento não são pesados O baixo peso natal em regiões em desenvolvimento é resultado principalmente da saúde e nutrição precárias da mãe No mundo industrializado fumar durante a gravidez é o principal fator do baixo peso natal UNICEF e WHO 2004 Nos Estados Unidos 83 dos bebês nascidos em 2006 apresentavam baixo peso natal a por centagem mais alta em quatro décadas No mesmo ano 128 dos bebês norteamericanos eram prétermo 36 a mais do que no começo da década de 1980 Uma boa parte do aumento de nasci mentos com baixo peso natal e prétermo provavelmente devese à gravidez atrasada múltiplos nasci mentos uso de medicamentos para fertilidade e parto induzido ou cesariano mas o baixo peso natal e a prematuridade também aumentaram em nascimentos simples Martin Hamilton et al 2009 Apesar dessas questões ainda há esperança Depois de seguidos aumentos em nascimentos prétermo a partir da década de 1980 as taxas declinaram em 2007 e 2008 o primeiro declínio por dois anos em mais de três décadas Martin Osterman e Sutton 2010 De 1990 a 2006 houve um aumento de 20 em nascimentos prétermo tardios Bebês prétermo tardios nascidos entre a 34ª e a 36ª semana de gestação tendem a pesar mais e a apresentar melhores condições do que aqueles que nasceram antes mas em comparação com bebês a termo correm maior risco de morte prematura ou de apresentar efeitos adversos Martin Hamilton et al 2006 2007 2009 Mathews e MacDorman 2008 como insuficiência respiratória hospitalização e lesões no cérebro A razão para esse aumento pode ser o uso cada vez maior de partos induzidos e cesarianos antes de se completar as 40 semanas de idade gestacional normal Martin Kirmeyer Osterman e Shepherd 2009 Peso natal e duração da gestação são os dois mais importantes fatores de previsão de sobrevi vência e saúde para o bebê Mathews e MacDorman 2008 Juntos constituem a segunda causa de morte na primeira infância nos Estados Unidos depois dos defeitos de nascimento e a principal causa durante o período neonatal Kung et al 2008 Hoyert Heron et al 2006 O nascimento prétermo está envolvido em quase metade dos defeitos neurológicos ao nascer como a paralisia cerebral e em mais de um terço das mortes de bebês ao todo bebês com baixo peso natal respondem por mais de dois terços das mortes nesse período No mundo todo o baixo peso natal é um fator subjacente entre 60 e 80 das mortes neonatais UNICEF 2008b Os Estados Unidos têm sido mais bemsucedidos que qualquer outro país em salvar bebês de baixo peso natal mas a taxa desses nascimentos em mulheres norteamericanas permanece mais alta do que em algumas nações europeias e asiáticas UNICEF e WHO 2004 A prevenção de nasci Menos de 500 gramas 02 500999 gramas 06 10001499 gramas 08 15001999 gramas 16 20002499 gramas 51 37 semanas ou mais 873 3436 91 Menos de 28 semanas 08 2831 semanas 13 3233 semanas 16 2500 gramas ou mais 918 a b Fonte Adaptada de Mathews e MacDorman 2008 figuras 2 e 3 FIGURA 44 Complicações no nascimen to Estados Unidos 2005 Porcentagens de nascidos vi vos a prétermo menos de 37 semanas de gestação ou b baixo peso natal menos de 2500 gramas Bebês com baixo peso natal podem ser prétermo ou pequenos para a idade gestacional ou ambos Papalia04indd 138 Papalia04indd 138 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 139 mentos prétermo aumentaria muito o número de bebês que sobrevivem ao primeiro ano de vida mas medidas como o aprimoramento da assis tência prénatal intervenções nutricionais monitorações domésticas da atividade uterina e prescrições de medicamentos repouso e hidratação para mulheres que entram prematuramente em trabalho de parto tudo isso tem se mostrado incapaz de erradicar a onda de nascimentos prema turos Goldenberg e Rouse 1998 Lockwood 2002 Um tratamento pro missor é uma forma do hormônio progesterona chamado de caproato de hidroxiprogesterona ou 17P Em uma experiência que durou dois anos e meio em treze grandes centros de pesquisa médica a prescrição do 17P a mulheres que tinham dado à luz bebês prematuros reduziu a repetição de nascimentos prétermo em um terço Meis et al 2003 Quem tem mais chances de ter um bebê com baixo peso natal Entre os fatores que aumentam a probabilidade de uma mulher ter um bebê abaixo do peso estão 1 fatores demográficos e socioeconômi cos tais como ser afroamericana ter menos de 17 anos ou mais de 40 ser pobre não casada ou de baixa instrução e nascer em certas regiões como os estados do sul ou os estados das planícies nos Estados Unidos Thompson et al 2005 2 fatores clínicos que antecedem a gravidez tais como não ter filhos ou ter mais de quatro estatura baixa ser magra já ter tido um bebê com baixo peso natal ou vários abortos espontâneos ela própria ter nascido com baixo peso ter determinadas variantes genéticas associadas a um risco maior National Institutes of Health 2010 ou apresentar anomalias genitais ou urinárias ou hiper tensão crônica 3 fatores prénatais comportamentais e ambientais tais como subnutrição assistência prénatal inadequada tabagismo uso de álcool ou de outras drogas estresse exposição a altitudes elevadas ou a substâncias tóxicas e 4 condições clínicas associadas à gravi dez tais como sangramento vaginal infecções pressão sanguínea alta ou baixa anemia depressão e ganho de peso muito pequeno Arias MacDorman Strobino e Guyer 2003 Chomitz Cheung e Lieberman 1995 Nathanielsz 1995 Shiono e Behrman 1995 Yonkers citado em Bernstein 2003 e ter dado à luz há menos de 6 meses ou mais de 5 anos antes CondeAgudelo RosasBermúdez e KafuryGoeta 2006 A alta proporção 1185 de bebês de baixo peso natal na população negra não hispânica duas vezes maior que a de bebês brancos e hispânicos Martin Hamilton et al 2009 é um dos principais fatores das altas taxas de mortalidade em bebês negros Hoyert Mathews et al 2006 Martin Ha milton et al 2007 MacDorman e Mathews 2008 ver Capítulo 6 Pesquisadores identificaram uma variante genética que pode ajudar a explicar as altas taxas de parto prematuro entre mulheres afro americanas Wang et al 2006 Outras razões sugeridas para a maior predominância de baixo peso natal nascimentos prétermo e mortalidade infantil entre bebês afroamericanos incluem 1 com portamentos relativos à saúde e nível socioeconômico 2 níveis mais altos de estresse em mulheres afroamericanas 3 maior suscetibilidade ao estresse 4 o impacto do racismo que pode contribuir para ou exacerbar o estresse e 5 diferenças étnicas nos processos corporais relacionados ao estresse como pressão sanguínea e reações imunológicas Giscombé e Lobel 2005 Tratamento imediato e consequências O medo mais premente em relação a bebês muito pe quenos é de que morram logo cedo Como seu sistema imunológico ainda não se desenvolveu por completo eles estão vulneráveis a infecções o que tem sido associado a um crescimento lento e a um desenvolvimento atrasado Stoll et al 2004 Também o sistema nervoso desses bebês pode não estar suficientemente amadurecido para desempenhar funções básicas à sobrevivência como sugar de modo que talvez precisem ser alimentados por via intravenosa diretamente nas veias A alimentação com leite materno pode favorecer a prevenção contra infecções AAP Section on Breastfeeding 2005 Furman Taylor Minich e Hack 2003 Como eles não têm uma quantidade suficiente de gordura Uma menina com menos de 17 anos que fuma durante a gravidez apresenta dois fatores de risco para gerar um bebê com baixo peso natal Papalia04indd 139 Papalia04indd 139 010213 0923 010213 0923 140 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman para servir de isolante e para gerar calor é difícil manterse aquecido Pontuações baixas no Teste de Apgar em recémnascidos prétermo são uma forte indicação de necessidade de cuidados intensivos Weinberger et al 2000 Um bebê de baixo peso natal ou prétermo de risco é colocado numa incubadora berço antisséptico com temperatura controlada e alimentado por tubos Para compensar o empobrecimento sensorial numa incubadora os funcionários do hospital e os pais são enco rajados a dar atenção especial a esses pequenos bebês Massagens suaves parecem promover crescimento ganho de peso atividade motora vivacidade e organização comportamental conforme avaliação feita pela Escala Brazelton NBAS T Field 1998b T Field Diego e HernandezReif 2007 O método canguru que consiste no contato íntimo entre a mãe e o recémnascido que é colocado em decúbito ventral de bruços entre os seios da mãe por cerca de uma hora após o nascimento pode ajudar os prematuros e os nascidos a termo a fazer a transição da vida fetal para a balbúrdia de estímulos sensoriais que é o mundo exterior Esse contato materno tranquilizador parece reduzir o estresse no sistema nervoso central e ajuda na autor regulação do sono e da atividade Ferber e Makhoul 2004 A síndrome de insuficiência respiratória é comum em bebês prétermo que carecem de uma quantidade adequada de uma substância essencial que cobre o pulmão chamada surfactante e que impede o colapso dos alvéolos pulmonares Esses bebês podem respirar de modo irregular ou parar completamente de respirar Desde 1994 a administração de surfactante para recémnascidos de alto risco tem aumentado notavelmente as taxas de sobrevivência Corbet et al 1995 Goldenberg e Rouse 1998 Horbar et al 1993 Martin Hamilton et al 2005 Msall 2004 Stoelhorst et al 2005 bem como a condição neu rológica e de desenvolvimento do 18º ao 22º mês Vohr Wright Poole e McDonald para o Estudo de Acompanhamento da Rede de Pesquisa Neonatal do NICHD 2005 Desde 2000 a porcentagem de bebês com peso natal extremamente baixo entre 05 e 1 kg ao nascer que sobreviveram sem deficiência neurológica tem aumentado ainda mais Wilson Costello et al 2007 Consequências de longo prazo Mesmo que bebês de baixo peso natal sobrevivam ao perigos dos primeiros dias seu futuro é preocupante Por exemplo tanto os bebês prétermo quanto os bebês pequenos para a idade gestacional poderão correr um risco maior de diabetes na idade adulta e bebês pequenos para a idade gestacional parecem correr risco maior de doença cardiovascular Ho fman et al 2004 Sperling 2004 Entre uma coorte nascida na Noruega em 1967 e acompanhada longitudinalmente nascimentos prétermo levaram a um risco maior de morte ao longo de toda a infância taxas de reprodução menores na idade adulta e para as mulheres aumentou o risco de elas mesmas gerarem bebês prétermo Swamy Ostbye e Skjaerven 2008 Em outra coorte norue guesa quanto mais curto o período da gestação maior a probabilidade de paralisia cerebral retardo mental distúrbios autísticos e baixos níveis de instrução e de renda relativa ao trabalho Moster Lie e Markestad 2008 Um lipídio encontrado no cérebro o ácido docosahexaenoico DHA não se apresenta adequa damente desenvolvido em bebês nascidos antes da 33ª semana de gestação o que pode levar a um desenvolvimento mental deficiente Em um estudo longitudinal de bebês nascidos antes daquela idade gestacional meninas mas não meninos que receberam altas doses compensadoras de ácidos graxos através do leite materno ou de fórmulas para lactentes até o que teria sido a termo demonstraram melhor desenvolvimento mental aos 18 meses do que meninas prematuras que haviam sido alimenta das com uma dieta baixa em DHA Makrides et al 2009 Em estudos longitudinais de bebês de peso natal extremamente baixo entre 05 e 1 kg ao nascer e bebês nascidos antes da 26ª semana de gestação os sobreviventes tendem a ser menores que crianças a termo e tinham maiores chances de apresentar problemas neurológicos sensoriais cognitivos educacionais e comportamentais Anderson Doyle e Victorian Infant Collaborative Study Group 2003 Marlow et al para o EPICure Study Group 2005 Mikkola et al 2005 Saigal et al 2001 Samara Marlow e Wolke para o EPICure Study Group 2008 Em um estudo de crianças método canguru Método de contato íntimo em que o recémnascido é colocado de bruços entre os seios da mãe por cerca de uma hora após o nascimento O berço antisséptico com temperatura controlada ou incubadora onde se encontra este bebê prematuro possui aberturas através das quais a criança pode ser examinada tocada e massa geada O contato humano frequente ajuda bebês com baixo peso natal a se desenvolverem Papalia04indd 140 Papalia04indd 140 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 141 nascidas no Reino Unido e na Irlanda em 1995 aquelas que nasceram na 25ª semana de gestação ou antes especialmente os meninos apresentavam uma probabilidade cinco vezes maior de manifes tar sérios problemas comportamentais aos 6 anos do que um grupocontrole que não havia nascido prétermo possivelmente porque a separação prematura da mãe afeta o desenvolvimento do cérebro Samara et al 2008 Quanto menor o peso de crianças com baixo peso natal mais baixos tendem a ser seus níveis de QI e de teste de aquisição de competência e maior a probabilidade de precisar de educação especial ou de repetir uma série na escola Saigal et al 2000 Déficits cognitivos especialmente na memória e na velocidade de processamento têm sido observados entre bebês com peso natal muito baixo de 1 a 15 kg ao nascer até os 5 ou 6 meses continuando ao longo da infância Rose e Feldman 2000 Rose Feldman e Jankowski 2002 até a idade adulta Fearon et al 2004 Greene 2002 Hack et al 2002 Hardy Kuh Langenberg e Wadsworth 2003 Crianças e adolescentes com peso natal muito baixo também tendem a apresentar mais problemas comportamentais e men tais do que aqueles que nasceram com peso normal Hack et al 2004 além de desenvolvimento motor deficiente tanto no primeiro ano de vida quanto ao longo da infância e na adolescência de Kieviet et al 2009 Por outro lado num estudo longitudinal prospectivo com bebês de peso natal extremamente baixo em Ontario Canadá onde a assistência médica é universal a grande maioria superou as dificuldades da infância e tornouse jovens adultos funcionais concluíram o ensino médio traba lham e vivem de modo independente e muitos deles cursando o ensino superior Essas crianças eram predominantemente brancas e de famílias com pai e mãe cerca de metade delas de alta condição socioeconômica Saigal et al 2006 O peso natal por si só portanto não determina necessariamente as consequências Fatores ambientais fazem diferença conforme discutiremos mais adiante UM AMBIENTE FAVORÁVEL PODE COMPENSAR OS EFEITOS DE COMPLICAÇÕES NO NASCIMENTO Durante quase cinco décadas Emmy E Werner 1987 1995 Werner e Smith 2001 e uma equipe de pediatras psicólogos profissionais de saúde pública e assistentes sociais acompanha ram 698 crianças nascidas em 1955 na ilha havaiana de Kauai da gestação até a vida adulta intermediária Os pesquisadores entrevistaram as futuras mães monitoraram a gravidez de cada uma delas e as entrevistaram novamente quando as crianças tinham 1 2 e 10 anos Ob servaram as crianças em casa apli caramlhes testes de aptidão de aquisição de competência e de per sonalidade no ensino fundamental e no ensino médio e obtiveram rela tórios de progresso de seus professo res Os próprios jovens foram entre vistados periodicamente depois que atingiram a idade adulta O desenvolvimento físico e psicológico de crianças que haviam sofrido de baixo peso natal ou de outras complicações graves era seriamente comprometido somente quando as crianças cresciam em circunstâncias ambientais persistentemente precárias A menos que o dano inicial tenha sido tão grave a ponto de exigir institucionalização as crianças que tiveram um ambiente estável e enriquecedor se deram bem E E Werner 1985 1987 De fato elas tiveram menos problemas linguísticos perceptuais emocionais e escolares do que as crianças que não haviam experimentado um estresse incomum ao nascer mas tinham re cebido pouco estímulo intelectual ou apoio emocional no lar E E Werner 1989 E E Wer ner et al 1968 As crianças que haviam sido expostas tanto a problemas relacionados ao nascimento quanto a experiências estressantes tinham uma saúde pior e o desenvolvimento atrasado E E Werner 1987 Embora sejam frágeis e devam ser tratados com cuidado bebês com baixo peso natal que são abraçados e carregados nos braços ganham peso e recebem alta do hospital mais rápido Graças a sua própria resiliência um ter ço das crianças de risco estudadas por Emmy Werner e colaboradores torna ramse adultos autoconfiantes e bem sucedidos Papalia04indd 141 Papalia04indd 141 010213 0923 010213 0923 142 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman O que é mais extraordinário é a capacidade de recuperação de crianças que escaparam aos danos apesar das múltiplas fontes de estresse Mesmo quando se somavam às complicações no nascimento pobreza crônica discórdia familiar divórcio ou pais mentalmente doentes muitas crianças passaram por tudo isso relativamente incólumes Das 276 crianças que aos 2 anos de idade foram identifica das como tendo quatro ou mais fatores de risco dois terços desenvolveram graves problemas de aprendizagem ou comportamento aos 10 anos de idade ou aos 18 anos já tinham engravidado se envolvido em problemas com a lei ou eram emocionalmente perturbadas Entretanto aos 30 anos um terço dessas crianças de alto risco havia se tornado adultos competentes confiantes e solidários E E Werner 1995 p 82 De toda a amostra cerca de metade daqueles dos quais os pesquisadores conseguiram obter dados de acompanhamento resistiu à transição dos 30 e dos 40 anos As mulheres tendiam a ser melhor adaptadas que os homens E Werner e Smith 2001 Os fatores de proteção que tendiam a reduzir o impacto do estresse inicial dividemse em três categorias 1 atributos individuais como energia sociabilidade e inteligência 2 laços afetivos com pelo menos um membro da família e 3 recompensas na escola no trabalho ou em locais de culto religioso que ofereçam um senso de significado e controle sobre a própria vida E E Werner 1987 Embora o ambiente doméstico parecesse exercer um efeito marcante sobre a infância na vida adulta as próprias qualidades do indivíduo fizeram mais diferença E E Werner 1995 Esse estudo destaca a necessidade de considerar o desenvolvimento em contexto Mostra como as influências biológicas e ambientais interagem tornando possível a recuperação mesmo em bebês nascidos com sérias complicações Características de crianças resilientes serão discutidas posterior mente no Capítulo 10 PÓSMATURIDADE Quase 6 das gestantes nos Estados Unidos não entraram em trabalho de parto após a 42ª semana de gestação Martin Hamilton et al 2009 A essa altura o bebê é considerado pósmaduro Be bês pósmaduros tendem a ser compridos e magros porque continuaram crescendo no útero mas no final da gestação tiveram uma provisão sanguínea insuficiente Possivelmente por ter a placenta envelhecido e se tornado menos eficiente talvez forneça menos oxigênio As dimensões do bebê também complicam o parto a mãe tem de dar à luz a uma criança do tamanho de um bebê normal de 1 mês Como os fetos pósmaduros correm o risco de danos cerebrais ou mesmo de morte os médicos por vezes induzem o parto ou fazem cesariana O uso crescente dessas duas técnicas provavelmente explica o declínio dos nascimentos póstermo nos últimos anos Martin Hamilton et al 2006 NATIMORTOS O natimorto é uma trágica união de opostos nascimento e morte que ocorre na 20 a semana de gestação ou após Às vezes a morte fetal é diagnosticada na fase prénatal em outros casos a morte é detectada durante o trabalho de parto No mundo inteiro em torno de 32 milhões de fetos nascem mortos anualmente Lawn et al 2010 Nos Estados Unidos a incidência de natimortos vem diminuindo constantemente desde 1990 principalmente devido ao declínio de mortes no terceiro trimestre No entanto o registro de natimor tos 25894 ou 622 em cada 1000 nascidos vivos mais as mortes fetais em 2005 é quase tão grande quanto o total de todas as mortes de bebês Kung et al 2008 MacDorman e Kirmeyer 2009 Meninos estão mais propensos a serem natimortos do que meninas fetos negros não hispânicos mais do que fetos de outros grupos raciaisétnicos e gêmeos e outros múltiplos mais do que bebês isolados O uso de tecnologias de reprodução assistida pode aumentar o risco de o feto nascer morto MacDorman e Kirmeyer 2009 Embora a causa da morte geralmente não seja clara muitos fetos natimortos são pequenos para a idade gestacional indicando subnutrição no útero MacDorman e Kirmeyer 2009 Surkan et al 2004 A redução no número de natimortos pode ser devida à monitoração eletrônica do feto ultrassom e outras medidas para identificar fetos que correm o risco de restrição no cresci mento Fetos supostamente com problemas podem ser submetidos a uma cirurgia prénatal no fatores de proteção Fatores que reduzem o impacto de influências potencialmente negativas e tendem a prever consequências positivas verificador você é capaz de Citar os nomes de três fatores de proteção identificados no estudo de Kauai pósmaduro Referese ao feto que ainda não nasceu passadas duas semanas da data devida ou 42 semanas após o último ciclo menstrual da mãe natimorto Morte do feto na ou após a 20ª semana de gestação Papalia04indd 142 Papalia04indd 142 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 143 útero para corrigir problemas congênitos ou para serem retirados prematuramente Goldenberg e Rouse 1998 O natimorto é o que a terapeuta familiar Pauline Boss 1999 2002 2004 2006 2007 cha ma de perda ambígua que deixa os pais enlutados com mais perguntas do que respostas Eles podem se perguntar Por que o bebê morreu Eu contribuí para a sua morte Devemos ter outro bebê Isso acontecerá novamente Eu suportaria Embora o natimorto esteja fisicamente ausente a presença psicológica do bebê continuará pelo resto das vidas dos membros da família Cac ciatore DeFrain e Jones 2008 p 4 A mãe poderá ter vergonha de sua incapacidade de gerar um bebê vivo e saudável e se perguntará se o marido a culpa Irmãos podem apresentar sintomas físicos como insônia falta de apetite ou excesso de alimentação regressão no desenvolvimento ansiedade irritabilidade raiva apatia tiques nervosos tensão muscular surtos emocionais e crises de choro Cacciatore et al 2008 Sobrevivência e saúde A primeira infância é uma fase da vida que traz muitos riscos Quantos bebês morrem durante o primeiro ano e por quê O que pode ser feito para evitar doenças perigosas e debilitantes na infância Como podemos assegurar que os bebês vivam cresçam e se desenvolvam como deveriam REDUZINDO A MORTALIDADE INFANTIL Grandes passos já foram dados para proteger a vida de novos bebês mas esses avanços não estão distribuídos por igual No mundo inteiro são 6 milhões de mortes de bebês anualmente Em torno de 60 dessas mortes 37 milhões ocorrem durante o primeiro mês aproximadamente três quartos na primeira semana e entre um quarto e metade nas primeiras 24 horas De fato um bebê tem uma probabilidade 500 vezes maior de morrer no primeiro dia de vida do que com 1 mês de idade A gran de maioria dessas mortes prematuras ocorre em países em desenvolvimento especialmente do Sul da Ásia e África Ocidental e Central UNICEF 2007 2008b Figura 45 verificador você é capaz de Discutir os fatores de risco o tratamento e as consequên cias para bebês com baixo peso natal Explicar os riscos relativos à pósmaturidade Discutir as tendências e os fatores de risco para partos de bebês que nascem mortos Quais são os fatores que afetam as chances de sobrevivência e saúde dos bebês indicad r FIGURA 45 Taxas regionais e mundiais de mortalidade neonatal 2004 De longe a maioria das mortes durante o primeiro mês de vida ocorre nos países menos de senvolvidos especialmente Sul da África e África Subsaariana África OcidentalCentral África OrientalSul da África Sul da Ásia Oriente MédioNorte da África Leste da ÁsiaPacífico América LatinaCaribe Europa Central e OrientalCEI Países industrializados Mundo África Subsaariana Países em desenvolvimento Países menos desenvolvidos 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Mortes neonatais 028 dias em cada 1000 nascidos vivos 45 36 41 25 18 13 16 28 41 40 31 3 Nota A África Subsaariana inclui África OcidentalCentral e África OrientalSul da África Fonte UNICEF 2008b Figura 14 Papalia04indd 143 Papalia04indd 143 060313 1307 060313 1307 144 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman As principais causas de morte neonatal no mundo responsáveis por 86 de todas as mortes neonatais são infecções graves incluindo sépsis ou pneumonia tétano e diarreia 36 parto prétermo 27 e asfixia dificuldade para respirar ao nascer 23 UNICEF 2008b Muitas dessas mortes podem ser evitadas resultando de uma combinação de pobreza saúde e nutrição materna precárias infecção e assistência mé dica inadequada Lawn et al 2005 UNICEF 2003 2008b Por volta de dois terços das mortes maternas devido a complicações no parto ocor rem durante o período pósnatal imediato e bebês cujas mães morreram estão mais propensos a morrer do que bebês cujas mães continuam vi vas Sines et al 2007 UNICEF 2007 2008b A assistência pósnatal comunitária para mães e bebês nos primeiros dias após o nascimento poderia salvar muitas dessas vidas Nos Estados Unidos a taxa de mortalidade infantil a proporção de bebês que morrem no primeiro ano de vida tem diminuído quase que constantemente desde o começo do século XX quando 100 bebês mor riam para cada 1000 nascidos vivos No entanto a taxa estabilizouse de 2000 a 2006 quando 67 bebês morriam para cada 1000 nascidos vivos Mathews e MacDorman 2010 Mais da metade de todas as mortes de bebês nos Estados Unidos ocorre na primeira semana de vida e cerca de dois terços durante o período neonatal Heron et al 2009 Defeitos de nascimento são a principal causa de mortes infantis nos Estados Unidos seguidos por distúrbios relacionados à prematuridade ou baixo peso natal síndrome da morte súbita infantil SIDS na sigla em inglês complicações na gravidez e complicações da placenta cordão umbilical e membranas Heron et al 2009 Em 2005 mais de dois terços das mortes na primeira infância foram de bebês prétermo e mais da metade foram de bebês prétermo muito prematuros No mesmo ano somente 08 dos bebês norteamericanos nasceu pesando menos de 1 kg mas representava quase metade 482 de todas as mortes de bebês Mathews e MacDorman 2008 A queda geral nas taxas de mortalidade infantil nos Estados Unidos desde 1990 é atribuída em grande parte à prevenção da SIDS discutida na próxima seção bem como ao tratamento eficaz de distúrbios respi ratórios e aos avanços da medicina que permitem manter vivos bebês que nascem muito pequenos Arias et al 2003 No entanto principal mente por causa do predomínio dos nascimentos prétermo e do baixo peso natal bebês norteamericanos têm menos chance de chegar ao seu primeiro aniversário que bebês de muitos outros países desenvolvidos MacDorman e Mathews 2009 A taxa de mortalidade infantil nos Es tados Unidos em 2008 foi maior do que em outros 44 países US Census Bureau 2009a Figura 46 Disparidades raciaisétnicas na mortalidade infantil Embora a mortalidade infantil tenha de clinado para todas as raças e grupos étnicos nos Estados Unidos ainda persistem grandes disparidades Bebês negros têm chance quase 25 vezes maior de morrer em seu primeiro ano de vida do que bebês brancos e bebês hispânicos Figura 47 Essa disparidade reflete em grande parte a predominância do baixo peso natal e da morte súbita entre afroamericanos A mortalidade infantil entre índios norte americanos e nativos do Alasca é aproximadamente 15 vezes maior do que a de bebês brancos principalmente devido à SIDS e à síndrome alcoólica fetal American Public Health Association 2004 Mathews e MacDorman 2008 Variações intragrupo geralmente não são devidamente observadas Entre a população hispânica bebês portoriquenhos têm probabilidade duas vezes maior de morrer do que bebês cubanos Kung et al 2008 Americanos de origem asiática de um modo geral têm menor probabilidade de morrer taxa de mortalidade infantil Proporção de bebês nascidos vivos que morrem no primeiro ano de vida Hong Kong Suécia Japão Finlândia Noruega Cingapura República Tcheca Grécia Portugal Espanha França Alemanha Irlanda Áustria Suíça Dinamarca Israel Itália Coreia Holanda Austrália Nova Zelândia Cuba Estados Unidos Reino Unido 0 2 4 6 8 Taxa de mortalidade infantil 18 24 28 30 31 31 34 38 38 38 39 39 40 42 42 44 44 46 46 49 50 51 53 53 68 FIGURA 46 Taxas de mortalidade infantil em países industrializados Apesar das notáveis melhorias os Estados Unidos têm uma taxa de mortalidade mais alta que 24 outras nações industrializadas em grande parte devido à diversidade de sua população disparidades na assistência médica para grupos desfavorecidos e alta porcentagem de bebês com baixo peso natal especialmente entre crianças afro americanas Fonte United Nations Statistics Division 2007 Papalia04indd 144 Papalia04indd 144 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 145 na primeira infância mas bebês havaianos têm probabilidade 3 vezes maior de morrer que bebês norteamericanos de origem chinesa NCHS 2006 Disparidades raciais ou étnicas no acesso à e na qualidade da assistência médica para crianças de minorias Flores Olson e TomanyKorman 2005 podem explicar em parte as diferen ças relativas à mortalidade infantil mas fatores comportamen tais como a obesidade tabagismo e consumo de álcool também exercem influência Como as causas e os fatores de risco para mortalidade infantil variam entre os grupos étnicos os esforços para reduzir ainda mais as mortes infantis precisam concentrarse em fatores específicos para cada grupo Hesso e Fuentes 2005 Síndrome da morte súbita infantil SIDS Às vezes chama da de morte no berço a síndrome da morte súbita infantil SIDS é a morte repentina de uma criança com menos de um ano de idade em que a causa da morte permanece sem explica ção após uma completa investigação que inclui autópsia A SIDS sigla pela qual é conhecida internacionalmente é a principal causa de morte do lactente pósneonatal nos Estados Unidos An derson e Smith 2005 Atinge o seu máximo entre o segundo e o terceiro mês de vida e é mais comum entre bebês afroameri canos e nativos americanos e alasquianos bebês do sexo masculi no aqueles nascidos prétermo e aqueles cujas mães são jovens e a assistência prénatal é tardia ou nenhuma AAP Task Force on Sudden Infant Death Syndrome 2005 A SIDS provavelmente resulta de uma combinação de fatores Um defeito biológico subjacente pode durante um período crítico tornar muitos bebês vulneráveis a certas experiências disparadoras tais como a exposição prénatal ao tabaco um dos principais fatores de risco identificados Na ausên cia de quaisquer fatores de risco modificáveis ou não a SIDS é rara Além disso bebês que morrem de SIDS têm sido frequentemente expostos a ou possuem múltiplos fatores de risco Ostfeld Esposity Perl e Hegyl 2010 Pelo menos seis mutações gênicas que afetam o coração estão associadas a casos de SIDS Acker man et al 2001 Cronk et al 2006 Tester et al 2006 Quase 10 das vítimas apresentam muta ções ou variações em genes associados a ritmos cardíacos irregulares Arnestad et al 2007 Wang et al 2007 Uma variante gênica que aparece em 1 de cada 9 afroamericanos pode ajudar a explicar a maior incidência de SIDS entre bebês negros Plant et al 2006 WeeseMayer et al 2004 Uma importante indicação surgiu da descoberta de defeitos no tronco encefálico que regula a respiração os batimentos cardíacos a temperatura do corpo e o nível de excitação Paterson et al 2006 Esses defeitos podem impedir o bebê com SIDS que estiver dormindo de bruços ou de lado de acordar ou virar a cabeça quando estiver respirando o ar viciado com dióxido de carbono contido sob o cobertor AAP Task Force on Infant Sleep Position and Sudden Infant Death Syndrome 2000 Panigrahy et al 2000 Igualmente bebês com baixos níveis de serotonina podem não acordar sob condições de privação de oxigênio e aumento de dióxido de carbono e assim também correm maior risco Duncan et al 2010 Dormir com um ventilador ligado que faz circular o ar tem sido associado a uma redução em 72 no risco de SIDS ColemanPhox Odouli e DeKun 2008 A pesquisa sustenta enfaticamente a relação entre SIDS e o ato de dormir com o estômago virado para baixo As taxas de SIDS declinaram nos Estados Unidos em 53 entre 1992 e 2001 AAP Task Force on Sudden Infant Death Syndrome 2005 e em outros países até 70 seguindose a recomen dação de colocar os bebês saudáveis para dormir de costas Dwyer et al 1995 Hunt 1996 Skadberg et al 1998 Willinger Hoffman e Hartford 1994 Os médicos recomendam que os bebês não durmam em superfícies moles ou muito macias como travesseiros acolchoados ou cobertores de lã de carneiro ou sob cobertas soltas o que espe cialmente quando o bebê está com a face para baixo pode aumentar o risco de superaquecimento ou reinalação a respiração do próprio dióxido de carbono exalado AAP Task Force on Sudden Infant síndrome da morte súbita infantil SIDS Morte súbita inexplicável de um bebê aparentemente saudável A campanha dormindo de costas é um grande exemplo de campanha pública de saúde bemsucedida No entanto traz consequências inesperadas Como os bebês passam menos tempo tentando se erguer para ver o mundo à sua volta vários marcos indicadores do desenvolvimento motor como rolar o corpo agora sofrem atraso em relação ao momento em que costumavam ocorrer Davis Moon Sachs e Ottolini 1998 Ano Mortes por 1000 nascidos vivos 20 2 4 6 8 10 12 14 16 18 1985 1990 1995 2000 2006 Negros não hispânicos 138 67 56 55 Todas as raças Hispânicos Brancos não hispânicos FIGURA 47 Taxas de mortalidade infantil por raçaetnia materna Estados Unidos Bebês negros apresentam as maiores taxas de mortalidade Estas são 24 vezes maiores do que a de bebês brancos Fonte USDHHS Health Resources and Services Administration Maternal and Child Health Bureau 2008 Papalia04indd 145 Papalia04indd 145 010213 0923 010213 0923 146 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Death Syndrome 2005 O risco da SIDS aumenta 20 vezes quando os bebês dormem em camas de adultos sofás ou poltronas ou em outras superfícies que não foram projetadas para eles Scheers Rutherford e Kemp 2003 Estudos associam o uso de chupetas com o baixo risco para a SIDS Ao contrário dos relatos populares os estudos não mostram qualquer conexão entre imunizações e SIDS AAP Task Force on Sudden Infant Death Syndrome 2005 Hauck et al 2003 Hauck Omojokun e Siadaty 2005 Mitchell Blair e LHoir 2006 Morte por lesões Lesões involuntárias constituem a quinta causa de morte na primeira infância nos Estados Unidos Heron et al 2009 e a terceira causa de morte após as quatro primeiras semanas de vida depois da SIDS e dos defeitos congênitos Anderson e Smith 2005 Os bebês apresentam a segunda maior taxa de mortalidade por lesões não intencionais entre as crianças e os adolescentes su perados apenas por jovens de 15 a 19 anos Em torno de dois terços das mortes por lesão no primeiro ano de vida são por sufocação Entre crianças de 1 a 4 anos os acidentes de trânsito são a principal causa de mortes por lesão não intencional seguidos de afogamento e queimaduras As quedas são de longe a maior causa de lesões não fatais entre os bebês 52 e entre as crianças de 2 anos 43 Os meninos de todas as idades são mais propensos a ser feridos e morrer em consequência dos ferimenos do que as meninas Borse et al 2008 Bebês negros têm chance 25 vezes maior de morrer de lesões que bebês brancos e três vezes maior de serem vítimas de homicídio Tomashek Hsia e Iyasu 2003 Aproximadamente 90 de todas as mortes por lesão na primeira infância são devidas a uma destas quatro causas sufocação acidente com veículo motor afogamento e incêndios residenciais ou queimaduras Pressley et al 2007 Muitas dessas lesões acidentais ocorrem em casa Algu mas lesões relatadas como acidentais na verdade podem ter sido provocadas por cuidadores incapazes de suportar o choro do bebê ver discussão sobre maustratos no Capítulo 6 IMUNIZAÇÃO PARA UMA SAÚDE MELHOR Doenças infantis outrora muito conhecidas e às vezes fatais como sarampo coqueluche e poliomielite agora em sua maior parte podem ser evitadas graças ao desenvolvimento de vacinas que mobilizam as defesas naturais do corpo Infelizmente muitas crianças ainda não estão adequadamente protegidas No mundo mais de 78 das crianças agora recebem vacinações rotineiras durante o primeiro ano de vida UNICEF 2007 No entanto durante o ano de 2002 25 milhões de mortes evitáveis por vacina ocorreram entre crianças de até 5 anos das quais quase 2 milhões na África e no Sudeste Asiático A Visão Estratégica Global de Imunização para 20062015 procura estender as vacinações rotineiras a todas as pessoas elegíveis Depart ment of Immunization Vaccines and Biologicals WHO United Nations Childrens Fund Global Immunization Division National Center for Immunization and Respiratory Diseases e McMorrow 2006 Nos Estados Unidos graças a uma iniciativa de imunização nacional 774 das crianças entre 19 e 35 meses de todos os grupos raciaisétnicos completaram uma série recomendada de vacinações para crianças 2 em 2007 um valor recorde e pelo menos 90 tinham tomado a maior parte das vacinas recomendadas Darling Kolasa e Wooten 2008 Entretanto muitas crianças especialmente pobres ficam sem uma ou mais doses necessárias e a abrangência do atendimento apresenta diferenças regionais Darling et al 2008 Alguns pais hesitam em imunizar seus filhos por causa da especulação de que certas vacinas particularmente as vacinas contra difteriacoqueluchetétano DCT e sarampocaxumbarubéola SCR podem causar autismo ou outros transtornos do desenvolvimento neurológico mas as evidên cias sugerem que não há razão para se preocupar Hornig et al 2008 ver Quadro 42 Com quase 8 das crianças em condições de vacinação deixadas desprotegidas contra o sarampo surtos recentes da doença ocorreram em certas comunidades Darling et al 2008 2 A série consiste em quatro doses de vacinas para difteria tétano e coqueluche três doses para poliomielite uma ou mais doses para sarampo caxumba e rubéola três doses para Haemophilus influenza do tipo B bactéria que provoca meningites e septicemias três doses para hepatite B e uma ou mais doses para varicela ou catapora Darling et al 2008 verificador você é capaz de Resumir as tendências da mortalidade infantil e das mortes por lesões em bebês e explicar as disparidades raciaisétnicas Discutir os fatores de risco causas e prevenção da síndro me da morte súbita infantil O artigo do Dr Andrew Wakefield publicado em 1998 que pela primeira vez associou autismo e vacinas foi desmentido em fevereiro de 2010 pelo The Lancet entre alegações de viés e conduta antiética do Dr Wakefield As taxas de doenças infecciosas dimi nuíram drasticamente nos Estados Unidos graças à imunização em mas sa muitas crianças em áreas urbanas de baixa renda porém não são devi damente imunizadas Papalia04indd 146 Papalia04indd 146 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 147 Outra preocupação dos pais é os filhos tomarem vacinas demais e o sistema imunológico não dar conta Na verdade ocorre justamente o oposto Vacinas múltiplas fortificam o sistema imunológico contra uma série de bactérias e vírus e reduzem as infecções relacionadas Offit et al 2002 Desenvolvimento físico inicial Felizmente a maioria dos bebês sobrevive desenvolvese normalmente e cresce saudável Quais os princípios que governam seu desenvolvimento Quais são os padrões de crescimento típicos do corpo e do cérebro Como se alteram as necessidades de nutrição e sono dos bebês Como se desenvolvem suas habilidades sensoriais e motoras PRINCÍPIOS DO DESENVOLVIMENTO Assim como acontece antes do nascimento o crescimento e o desenvolvimento físico seguem o prin cípio cefalocaudal e o princípio próximodistal De acordo com o princípio cefalocaudal o crescimento ocorre de cima para baixo Como o cérebro cresce rapidamente antes do nascimento a cabeça do recémnascido é desproporcionalmente grande A cabeça tornase proporcionalmente menor à medida que a criança cresce em altura e as par tes inferiores do corpo se desenvolvem Figura 48 O desenvolvimento sensorial e o motor seguem o mesmo princípio os bebês aprendem a usar as partes superiores do corpo antes das partes inferiores Eles veem objetos antes de poderem controlar o tronco e aprendem a fazer muitas coisas com as mãos muito antes de poderem engatinhar ou andar Segundo o princípio próximodistal de dentro para fora o crescimento e o desenvolvimento motor ocorrem do centro do corpo para as extremidades No útero a cabeça e o tronco se desenvolvem antes dos braços e das pernas depois são as mãos e os pés e em seguida os dedos das mãos e dos pés Durante a primeira e a segunda infância os membros superiores e inferiores continuam crescendo mais rápido que as mãos e os pés Do mesmo modo primeiro a criança desenvolve a habilidade para usar a parte proximal dos braços e das pernas que estão mais próximas do centro do corpo depois os ante braços e a parte distal das pernas em seguida as mãos e pés e finalmente os dedos das mãos e dos pés verificador você é capaz de Explicar por que a completa imunização de todos os bebês e crianças em idade pré escolar é importante O que influencia o crescimento e como o cérebro e os sentidos se desenvolvem indicad r princípio cefalocaudal Princípio segundo o qual o desenvolvi mento ocorre de cima para baixo isto é as partes superiores do corpo desenvol vemse antes das partes inferiores princípio próximodistal Princípio segundo o qual o desenvol vimento ocorre de dentro para fora isto é as partes do corpo próximas ao centro desenvolvemse antes das extremidades 12 13 14 15 16 17 18 recémnascido 5 meses 2 meses 2 6 Anos 12 25 Idade fetal FIGURA 48 Mudanças de proporção no corpo humano durante o crescimento A mudança mais notável é que a cabeça tornase menor relativamente ao resto do corpo As frações indicam o tamanho da cabeça como uma proporção do comprimento total do corpo em várias idades Mais sutil é a estabilidade da proporção do tronco do pescoço até o ponto de junção das pernas A proporção crescente das pernas é quase exatamente o inverso da proporção decrescente da cabeça Papalia04indd 147 Papalia04indd 147 010213 0923 010213 0923 148 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman PADRÕES DE CRESCIMENTO A criança cresce mais rápido durante os três primeiros anos espe cialmente durante os primeiros meses do que em qualquer outro período da vida Figura 49 Aos cinco meses o peso natal de um bebê médio norteamericano do sexo masculino dobra para quase 7 kg e com 1 ano de idade mais do que triplica ultrapassando os 10 kg Essa taxa de crescimento diminui gradualmente durante o segundo e o terceiro anos de vida O menino ganha pouco mais de 2 kg até seu segundo aniversário e mais 15 kg até o terceiro quando inclina a balança para cerca de 15 kg A altura do menino aumenta 25 centímetros durante o primeiro ano a altura média de um menino de 1 ano é de aproximadamente 76 centímetros 125 centímetros durante o segundo ano de modo que a altura média de um menino de 2 anos é em torno de 91 centímetros e 6 centí metros durante o terceiro ano chegando aos 99 centímetros 099 metros As meninas seguem um padrão semelhante mas são um pouco menores em quase todas as idades Kuczmarski et al 2000 McDowell et al 2008 À medida que o bebê cresce forma e pro porção também se alteram uma criança de 3 anos é mais esguia do que outra de 1 ano roliça e barrigudinha Os genes herdados pelo bebê têm forte influência sobre o fato de a criança ser alta ou baixa magra ou atarracada ou algo interme diário Essa influência genética interage com influências ambientais como nutrição e condições de vida Crianças nipoamericanas são mais altas e mais pesadas que crianças da mesma idade no Japão provavelmente por causa de diferenças dietéticas Broude 1995 Hoje as crianças de muitos países desenvolvidos estão mais altas e amadure cem mais cedo do que as crianças de um século atrás provavelmente devido à nutrição mais adequada condições sanitárias e assistência médica de melhor qualidade e à diminuição do trabalho infantil A dentição começa a aparecer por volta dos três ou quatro meses quando o bebê pega tudo o que vê e põe na boca mas o primeiro dente talvez se manifeste somente entre o quinto e o nono mês ou mesmo depois Ao completar seu primeiro ano de vida o bebê geralmente tem entre seis e oito dentes Aos 25 anos eles já têm todos os 20 dentes NUTRIÇÃO A nutrição adequada é essencial para um crescimento saudável A alimentação precisa mudar rapida mente durante os três primeiros anos de vida Peito ou mamadeira Alimentar o bebê é um ato emocional e físico O contato afetuoso com o corpo da mãe promove um vínculo emocional entre mãe e bebê Essa ligação pode ocorrer por meio da alimentação do peito ou da mamadeira e de outras atividades assistenciais a maioria das quais podendo ser executada tanto pelo pai quanto pela mãe A qualidade do relacionamento entre pais e crianças bem como o afeto e o aconchego oferecidos à criança no mínimo são tão importantes quanto o método de alimentação Em termos nutricionais contudo a amamentação materna quase sempre é o melhor para o bebê e para a mãe Tabela 43 A Academia NorteAmericana de Pediatria Seção de Aleitamento Materno AAP Section on Breastfeeding 2005 recomenda que o bebê seja alimentado exclusivamente pelo peito durante seis meses A amamentação deve começar imediatamente após o nascimento e continuar pelo menos até o primeiro ano de vida ou até mais tarde se a mãe e o bebê assim o desejarem Um recente estudo sobre os benefícios do aleitamento materno determinou que se 90 das mães norteame ricanas seguissem a recomendação da AAP poderiam evitar 911 mortes de bebês e poupar 13 bilhões de dólares anualmente Bartick e Reinhold 2010 A única alternativa aceitável é uma fórmula enriquecida com ferro baseada em leite de vaca ou proteína de soja e que contenha suplementos de vitaminas e sais minerais Bebês desmamados durante o primeiro ano devem receber um suplemento de ferro Com 1 ano de idade o bebê pode passar a tomar leite de vaca AAP Section on Breastfeeding 2005 verificador você é capaz de Resumir os padrões típicos de crescimento e alteração física durante os três primeiros anos Identificar fatores que afetam o crescimento Em média 28 gramas de leite materno possuem cerca de 22 calorias Kellymom Breastfeeding and Parenting 2006 1143 2041 Nascimento 1 ano 2 anos 3 anos Altura Peso Meninos Centímetros Kg 1016 889 762 635 508 381 254 127 0 1814 1588 1361 1136 909 680 454 227 0 Meninas FIGURA 49 Crescimento em altura e peso durante a primeira infância Os bebês crescem mais rapidamente tanto em altura quanto em peso durante os primeiros meses de vida e depois o crescimento diminui um pouco até os 3 anos Os meninos em média são li geiramente maiores que as meninas Nota As curvas do gráfico referemse ao 50 o percentil para cada sexo Papalia04indd 148 Papalia04indd 148 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 149 Desde 1991 cerca de 16 mil hospitais e centros de parto do mun do todo sob iniciativa das Nações Unidas vêm sendo designados como amigáveis ao bebê visando incentivar o apoio institucional para o aleitamento materno Essas instituições oferecem acomodação às novas mães informam sobre os benefícios do aleitamento materno ajudam as mães a começar a amamentação uma hora após o nascimento do bebê mostram como manter a lactação incentivar a amamentação na hora em que o bebê exige dar a eles apenas o leite materno salvo quando houver orientação médica em contrário e criar grupos de apoio contínuos para o aleitamento materno O aleitamento materno em hospitais aumentou bastante depois que o programa foi implantado e as mães estavam mais propensas a prolongálo Kramer et al 2001 Labarere et al 2005 Me rewood Mehta et al 2005 Nos Estados Unidos o crescimento do aleitamento materno destaca se em grupos socioeconômicos que historicamente têm sido menos pro pensos a essa prática mulheres negras adolescentes pobres operárias e aquelas com instrução até o segundo grau mas muitas dessas mulheres não continuam o aleitamento Licençamaternidade horários flexíveis capacidade de fazer pausas relativamente frequentes e extensas no traba lho para bombear leite privacidade para a amamentação no trabalho e na escola bem como informação sobre os benefícios do aleitamento materno e disponibilidade de bombas de sucção poderiam aumentar sua presença nesses grupos Guendelman et al 2009 Ryan Wenjun e Acosta 2002 Taveras et al 2003 TABELA 43 Benefícios do aleitamento materno em relação à alimentação por fórmulas BEBÊS ALIMENTADOS COM LEITE MATERNO Estão menos propensos a contrair doenças infecciosas como diarreia infecções respiratórias otite média infecção do ouvido mé dio e infecções estafilocócicas bacterianas e do trato urinário Apresentam menor risco de síndrome da morte súbita infantil SIDS e de morte pósneonatal Apresentam menor risco de doença inflamatória intestinal Possuem melhor acuidade visual desenvolvimento neurológico e saúde cardiovascular de longo prazo incluindo níveis de colesterol Estão menos propensos a desenvolver obesidade asma eczema diabetes linfoma leucemia infantil e doença de Hodgkin Estão menos propensos a apresentar retardo motor ou na linguagem Apresentam pontuações mais altas em testes cognitivos na idade escolar e no começo da vida adulta Possuem menos cáries e estão menos propensos a precisar de aparelhos dentários MÃES QUE AMAMENTAM Recuperamse mais rapidamente do parto com menor risco de sangramento pósparto Estão mais propensas a retornar ao seu peso prégestação e menos propensas a desenvolver obesidade de longo prazo Apresentam risco reduzido de anemia e quase nenhum risco de reincidência de gravidez durante a amamentação Declaram sentiremse mais confiantes e menos ansiosas Estão menos propensas a desenvolver osteoporose e câncer de mama prémenopáusico Fontes AAP Section on Breastfeeding 2005 Black Morris e Bryce 2003 Chen e Rogan 2004 Dee et al 2007 Kramer et al 2008 Lanting et al 1994 Mortensen et al 2002 Owen et al 2002 Singhal et al 2004 United States Breastfeeding Committee 2002 O leite materno pode ser chamado de o alimento saudá vel por excelência porque oferece muitos benefícios aos bebês físicos cognitivos e afetivos Papalia04indd 149 Papalia04indd 149 010213 0923 010213 0923 150 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman O aleitamento materno é desaconselhável se a mãe estiver infectada com o vírus da AIDS ou se tiver qualquer outra infecção se tiver tuberculose ativa não tratada se tiver sido exposta a radiação ou se estiver tomando qualquer me dicação que não seja segura para o bebê AAP Section on Breastfeeding 2005 O risco de transmitir o HIV para a criança continua enquanto a mãe infectada estiver amamentando Breastfeeding and HIV International Transmission Study Group 2004 No entanto ao receber tratamento com nevirapina ou com nevira pina e zidovudina até a 14 a semana de vida lactantes infectadas com HIV podem reduzir significativamente o risco Kumwenda et al 2008 Outras preocupações nutricionais Os pediatras recomendam que sejam introduzidos gradualmente alimentos sólidos enriquecidos com ferro geral mente começando com os cereais durante a segunda metade do primeiro ano Nesse período também podem ser introduzidos sucos de frutas AAP Section on Breastfeeding 2005 Infelizmente muitos pais não seguem essas orientações Segundo entrevistas feitas aleatoriamente por telefone com pais e pessoas que cuidam de mais de 3 mil bebês e crianças norteamericanas 29 recebem ali mentos sólidos antes dos quatro meses 17 ingerem sucos antes dos seis meses e 20 bebem leite de vaca antes de completar 12 meses Além disso assim como as crianças mais velhas e os adultos muitos bebês e crianças de 1 ou 2 anos comem demais e comem alimentos não adequados Dos 7 aos 24 meses a ingestão média de alimentos está de 20 a 30 acima das necessidades diárias normais Fox Pac Devaney e Jankowski 2004 Entre o 19 o e o 24 o mês as batatas fritas tornamse o vegetal mais consumido Mais de 30 das crianças dessa idade não comem frutas mas 60 comem sobremesas cozidas 20 doces e 44 bebidas açucaradas todos os dias American Heart Association AHA et al 2006 Em muitas comunidades de baixa renda existentes no mundo a desnutri ção infantil é generalizada e geralmente fatal A desnutrição está envolvida em mais da metade das mortes de crianças no mundo todo e muitas crianças estão irremediavelmente prejudicadas já aos 2 anos World Bank 2006 Crianças subnutridas que sobrevivem aos cinco primeiros anos correm grande risco de apresentar interrupção no crescimento e saúde e funcionamento precários ao longo de suas vidas Em um estudo longitudinal de um programa nutricional de grande escala patrocinado pelo governo em 347 comunidades rurais pobres do Méxi co bebês que receberam suplementos nutricionais enriquecidos e também educação nutricional assistência médica e assistência financeira para a família apresentaram um melhor crescimento e taxas menores de anemia do que um grupocontrole de bebês ainda não designados para o programa Rivera et al 2004 O número de indivíduos com sobrepeso aumentou na primeira infância bem como em todas as faixas etárias nos Estados Unidos Em 20002001 59 dos bebês norteamericanos de até 6 meses eram obesos o que significa que a relação pesoaltura estava no 95 o percentil para idade e gênero quando em 1980 eram 34 E mais 111 tinham sobrepeso no 85 o percentil para 7 em 1980 Kim et al 2006 Um rápido ganho de peso entre o quarto e o sexto mês está associado a um futuro risco de sobrepeso AHA et al 2006 Dois fatores parecem exercer forte influência na probabilidade de uma criança com sobrepeso tornarse um adulto obeso ter um dos pais obeso e a idade da criança Antes dos 3 anos a obe sidade parental é um fator de previsão mais forte para a futura obesidade da criança do que seu próprio peso Se apenas um dos pais é obeso a chance de obesidade na idade adulta é de 3 para 1 e se ambos os pais forem obesos a chance aumenta até mais de 10 para 1 AAP Committee on Nutrition 2003 Entre 70 crianças acompanhadas dos 3 meses aos 6 anos de idade pouca diferença em peso e composição corporal ocorreu aos 2 anos entre crianças cujas mães apresenta vam excesso de peso e crianças com mães magras Aos 4 anos porém aquelas cujas mães tinham excesso de peso tendiam a pesar mais e aos 6 anos também apresentavam mais gordura corporal do que aquelas cujas mães eram magras Berkowitz et al 2005 Assim uma criança de 1 ano ou 2 anos que tem pai ou mãe obesos ou especialmente ambos obesos pode ser uma candidata a ações preventivas verificador você é capaz de Resumir as recomendações dos pediatras sobre alimen tação infantil e a introdução do leite de vaca alimentos sólidos e sucos de frutas Discutir os perigos da desnu trição precoce Citar os fatores que contri buem para a obesidade após a infância Uma criança com menos de 3 anos com um dos pais obeso provavelmente será obesa quando adulta independentemente do próprio peso da criança Papalia04indd 150 Papalia04indd 150 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 151 O CÉREBRO E O COMPORTAMENTO REFLEXO O que faz o recémnascido responder ao mamilo O que o induz a começar os movimentos de sucção que lhe permitem controlar a ingestão de líquidos Essas funções pertencem ao sistema nervoso central o cérebro e a medula espinhal um feixe de nervos que percorre a coluna vertebral e a uma rede periférica crescente de nervos que se estende a todas as partes do corpo Por intermédio dessa rede mensagens sensoriais seguem para o cérebro e comandos motores voltam como resposta sistema nervoso central O cérebro e a medula espinhal pesquisa em ação LIÇÕES DA NEUROCIÊNCIA Embora já soubéssemos há algum tempo que as experiências dos primeiros anos de vida podem causar um profundo impac to sobre quem somos e sobre quem nos tornamos a neurociên cia e a pesquisa comportamental estão começando a esclarecer como o próprio desenvolvimento do cérebro é moldado por esses processos Com base em décadas de investigação cientí fica o Simpósio Nacional sobre Ciência e Diretrizes da Segunda Infância publicou uma série de breves resumos a respeito dos conceitos básicos sobre desenvolvimento do cérebro nessa fase Cinco conceitos básicos são especificados 1 O cérebro é construído ao longo do tempo de baixo para cima O cérebro não emerge totalmente formado na ida de adulta Sua construção começa no período fetal e con tinua num ritmo altamente acelerado durante a segunda infância O cérebro é construído a partir de milhões de influências e interações que ocorrem em nossas vidas E nossas habilidades passam a funcionar de uma forma prescrita e organizada primeiro sensação e percepção depois linguagem e funções cognitivas 2 A influência interativa dos genes e da experiência molda o desenvolvimento do cérebro Embora o debate genética ambiente certamente seja anterior à existência do pró prio campo da psicologia a pesquisa sobre o desenvolvi mento inicial do cérebro tem destacado a importância do ambiente social na formação da estrutura física do cére bro Os bebês estão imersos num mundo social que pode ser estimulante variado e aconchegante dando assim apoio ao crescimento do cérebro ou árido áspero e frio restringindo seu desenvolvimento de maneira potencial mente permanente 3 A capacidade do cérebro para a mudança diminui com a idade Nosso cérebro permanece plástico e capaz de mu dar durante todo o ciclo de vida mas essa flexibilidade é mais pronunciada no começo da vida O ambiente tem maior influência sobre o desenvolvimento do cérebro nos primeiros anos de vida do que posteriormente 4 As capacidades cognitiva emocional e social estão inex tricavelmente entrelaçadas durante a vida toda Quando aprendemos sobre o cérebro geralmente diferenciamos as áreas e suas funções específicas mas a realidade é que o cérebro é um órgão complexo interrelacionado e di nâmico que funciona como um todo integrado Não há cérebro esquerdo e cérebro direito existe apenas um cérebro Todas as áreas do nosso desenvolvimento estão do mesmo modo relacionadas Por exemplo quando não se sentem seguros e amados os bebês estão menos pro pensos a explorar seu ambiente limitando suas habilida des de aprender sobre o mundo 5 O estresse tóxico prejudica o desenvolvimento da arquitetu ra do cérebro podendo resultar em problemas permanen tes de aprendizagem comportamento e de saúde física e mental Nosso corpo está bem adaptado para lidar com estressores de tempo limitado mas não é feito para tra tar com eficácia o estresse crônico O estresse de longo prazo é muito prejudicial ao corpo como um todo e pode causar forte impacto especialmente em cérebros jovens Infelizmente muitas crianças estão expostas a níveis tóxi cos de estresse por meio de fatores como pobreza abuso ou negligência e pais com doença mental Como essas descobertas se traduzem em ações no mundo O Simpósio Nacional sobre Ciência e Diretrizes da Segunda In fância tem utilizado esses conceitos básicos para desenvolver uma série de recomendações para intervenções na segunda infância Primeiro o trabalho sobre plasticidade sugere que quanto mais cedo a intervenção mais eficaz ela será Segundo todas as áreas do desenvolvimento devem ser consideradas em conjunto Por exemplo uma intervenção focada unicamente no desenvolvimento cognitivo provavelmente não será eficaz se forem ignorados os fatores social e emocional Terceiro bebês precisam de uma relação de apego com um adulto dedicado e confiável O ideal é que esse relacionamento ocorra no lar mas serviços que oferecem esse tipo de relação fora de casa também são benéficos Finalmente a intervenção deve ter um foco bem dirigido no estresse e em como poder aliviar o estresse crônico em crianças pequenas qual a sua opinião Em vista do que se sabe sobre a plastici dade do cérebro da criança todo bebê deveria ter acesso a um ambiente apro priadamente estimulante Em caso afir mativo como atingir esse objetivo 41 o Papalia04indd 151 Papalia04indd 151 010213 0923 010213 0923 152 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Construindo o cérebro O crescimento do cérebro é um processo que dura a vida toda e que é fundamental para o desenvolvimento físico cognitivo e emocional Por meio de várias técnicas de imageamento do cérebro os pesquisadores estão obtendo um quadro mais nítido de como ocorre o desenvolvimento desse órgão Quadro 41 Ao nascer o cérebro tem somente de um quarto a um terço de seu volume adulto definitivo Toga Thompson e Sowell 2006 Aos 6 anos está próximo do tamanho adulto mas partes espe cíficas do cérebro continuam crescendo e se desenvolvendo funcionalmente até a idade adulta O crescimento do cérebro ocorre de forma intermitente É o que chamamos de surtos de crescimento do cérebro quando diferentes partes do cérebro crescem mais rapidamente em diferentes momentos Principais partes do cérebro Começando em torno de três semanas após a fecundação o cérebro aos poucos se desenvolve a partir de um tubo oco em uma massa celular esférica Figura 410 Até o nascimento o surto de crescimento da medula espinhal e do tronco encefálico a parte do cérebro responsável por funções corporais básicas como respiração ritmo cardíaco temperatura do corpo e o ciclo de sono e vigília está quase concluído O cerebelo a parte do cérebro que mantém o equilíbrio e a coordenação motora cresce mais rápido durante o primeiro ano de vida Casaer 1993 O encéfalo a maior parte do cérebro dividese em metades direita e esquerda ou hemisférios cada qual com funções especializadas Essa especialização dos hemisférios é chamada de lateraliza ção O hemisfério esquerdo ocupase principalmente da linguagem e do raciocínio lógico o hemisfério direito com as funções visuais e espaciais como a leitura de um mapa e o desenho Juntando os dois hemisférios há uma espessa faixa de tecido chamada corpo caloso que lhes permite comparti lhar informações e coordenar comandos O corpo caloso cresce significativamente durante a infância atingindo o tamanho definitivo aos 10 anos Cada hemisfério cerebral possui quatro lobos ou seções occipital parietal temporal e frontal que controlam diferentes funções Figura 411 e se desenvol vem em ritmos diferentes As regiões do córtex cerebral a superfície mais externa do cérebro que governam visão audição e outras informações sensoriais crescem rapidamente nos primeiros meses após o nascimento e amadurecem aos seis meses de idade mas as áreas do córtex frontal responsáveis pelo pensamento abstrato associações mentais memória e respostas motoras deliberadas permane cem imaturas durante vários anos Gilmore et al 2007 O surto de crescimento do cérebro que começa por volta do terceiro trimestre da gestação e continua até pelo menos o quarto ano de vida é importante para o desenvolvimento das funções neu rológicas Sorrir balbuciar engatinhar andar e falar todos os principais marcos sensoriais motores O cérebro das mães aumenta de tamanho depois do parto em áreas fundamentais que regulam motivação processamento das emoções integração sensorial raciocínio e julgamento Os pesquisadores suspeitam que a experiência de segurar e abraçar o recémnascido dispara esse efeito e que isso ajuda a mãe a ser mais eficaz em suas interações com o bebê Kinsley e Meyer 2010 lateralização Tendência de cada um dos hemisférios cerebrais a apresentar funções espe cializadas 6 meses 1 mês 15 mês 3 meses 9 meses Encéfalo Cerebelo Tronco encefálico Prosencéfalo Prosencéfalo Mesencéfalo Rombencéfalo Rombencéfalo Medula espinhal Fonte Adaptada de Cowan 1979 FIGURA 410 Desenvolvimento do cérebro durante a gestação O desenvolvimento do sistema nervoso fetal começa apro ximadamente na terceira se mana Com 1 mês surgem as principais regiões do cérebro prosencéfalo mesencéfalo e rombencéfalo À medida que o cérebro vai crescendo a parte da frente se expande para for mar o encéfalo lugar da ati vidade consciente do cérebro O cerebelo cresce mais rápido durante o primeiro ano de vida Papalia04indd 152 Papalia04indd 152 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 153 e cognitivos que ocorrem até o final do segun do ano de vida refletem o rápido desenvol vimento do cérebro especialmente do córtex cerebral O Quadro 42 discute o autismo um distúrbio relacionado ao crescimento anormal do cérebro Células cerebrais O cérebro é composto de neurônios e células gliais Os neurônios ou células nervosas enviam e recebem informa ção A glia ou células gliais nutre e protege os neurônios Começando no segundo mês de gestação estimase que 250 mil neurônios não maduros são produzidos a cada minuto por meio da di visão celular mitose No nascimento a maio ria dos mais de 100 bilhões de neurônios de um cérebro maduro já está formada mas não ainda plenamente desenvolvida O número de neurônios aumenta muito rapidamente entre a 25 a semana de gestação e os primeiros meses após o nascimento Essa proliferação celular é acompanhada de um notável crescimento no tamanho da célula Originalmente os neurônios são simples mente corpos celulares dotados de um núcleo ou centro formado por ácido desoxirribonu cleico DNA que contém a programação ge nética da célula À medida que o cérebro cres ce essas células rudimentares migram para as várias partes do cérebro Bystron et al 2006 A maior parte dos neurônios do córtex já está em seu lugar na 20 a semana de gestação e sua estrutura tornase razoavelmente bem definida durante as próximas 12 semanas Uma vez no lugar os neurônios dão ori gem aos axônios e dendritos que são exten sões filamentosas e ramificadas Os axônios enviam sinais para outros neurônios e os dendritos recebem essas mensagens que chegam até eles através das sinapses os elos de comunicação do sistema nervoso As sinapses são pequenas lacunas preenchidas com substâncias químicas chamadas neurotransmissores que são liberadas pelos neu rônios Um determinado neurônio pode vir a ter entre 5 mil e 100 mil conexões sinápticas com os receptores sensoriais do corpo músculos e outros neurônios do sistema nervoso central A multiplicação de dendritos e conexões sinápticas especialmente durante os últimos dois meses e meio de gestação e os primeiros 6 meses a 2 anos de vida é responsável por boa parte do crescimento do cérebro permitindo a emergência de novas capacidades perceptuais cogni tivas e motoras À medida que os neurônios se multiplicam migram para os locais que lhes são designados e desenvolvem conexões passam pelos processos complementares de integração e diferenciação Pela integração neurônios que controlam vários grupos de músculos coordenam suas atividades Pela diferenciação cada neurônio assume uma estrutura e função específica e especializada A princípio o cérebro produz mais neurônios e sinapses do que o necessário Aqueles que não são utilizados ou não funcionam bem aos poucos vão deixando de existir O processo de morte ce lular ou supressão do excesso de células tem início durante o período prénatal e continua após o nascimento ajudando a criar um sistema nervoso eficiente neurônios Células nervosas integração Processo pelo qual os neurônios coordenam as atividades dos grupos musculares diferenciação Processo pelo qual as células adquirem estruturas e funções especializadas morte celular No desenvolvimento cerebral a eliminação normal do excesso de células cerebrais para obter um funcionamento mais eficiente Lobo frontal Córtex motor Córtex sensorial Encéfalo Lobo parietal Lobo occipital Lobo temporal Cerebelo Tronco encefálico FIGURA 411 O cérebro dividese em três partes principais tronco encefálico cerebelo e acima destes o encéfalo O tronco encefálico controla funções corporais básicas como respiração sono circulação e reflexos O cerebelo coordena a atividade sensório motora O encéfalo controla pensamento memória linguagem e as emoções bem como os inputs sensoriais e o controle motor consciente O encéfalo está dividido em duas metades ou hemisférios cada qual composta de quatro seções ou lobos lobo occipital lobo temporal lobo parietal e lobo frontal O córtex cerebral é a sede da atividade mental Funções sensoriais e motoras estão distribuídas em regiões espe cíficas do córtex cerebral Papalia04indd 153 Papalia04indd 153 010213 0923 010213 0923 154 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Somente cerca de metade dos neurônios originalmente produzidos sobrevive e funciona na idade adulta Society for Neuroscience 2008 No entanto mesmo quando neurônios desnecessários dei xam de existir outros podem continuar a se formar durante a vida adulta Eriksson et al 1998 Gould et al 1999 Enquanto isso conexões entre células corticais continuam a se fortalecer e a se tornar mais confiáveis e precisas possibilitando que as funções motoras e cognitivas tornemse mais flexíveis e avançadas Society for Neuroscience 2008 Mielinização Boa parte do crédito pela eficiência da comunicação neural vai para as células gliais que revestem as vias neurais com uma substância gordurosa chamada mielina Esse processo de mie linização permite que os sinais se propaguem mais rapidamente e com maior fluidez permitindo assim um funcionamento maduro Em algumas partes do cérebro a mielinização começa aproximadamente na metade da ges tação e continua até a vida adulta em outras As vias neurais relacionadas ao sentido do tato o primeiro sentido a se desenvolver são mielinizadas em torno do nascimento A mielinização das vias neurais visuais que amadurecem mais lentamente começa no nascimento e continua durante os cinco primeiros meses de vida As vias relacionadas à audição podem começar a ser mielinizadas já no quinto mês de gestação mas o processo só é concluído por volta dos 4 anos As partes do córtex que controlam a atenção e a memória só estarão plenamente mielinizadas no início da vida adulta A mielinização do hipocampo uma estrutura localizada nas entranhas do lobo temporal e que desempenha um papel fundamental na memória continua aumentando até pelo menos os 70 anos Benes et al 1994 mielinização Processo de revestimento das vias neurais com uma substância gordurosa mielina que permite maior rapidez de comunicação entre as células A mielina é composta principalmente de gordura Como o leite materno é produzido para ser ideal à nutrição do bebê ele contém níveis relativamente altos mas saudáveis deste ingrediente essencial pesquisa em ação A EPIDEMIA DE AUTISMO O autismo é um grave distúrbio no funcionamento do cére bro caracterizado por falta de interação social normal comu nicação deficiente movimentos repetitivos e um campo de atividades e interesses altamente limitados O autismo parece envolver uma falta de coordenação entre diferentes regiões do cérebro o que prejudica a realização de tarefas complexas Just et al 2006 Estudos pósmorte revelaram uma quanti dade menor do que o normal de neurônios na amígdala de cérebros autistas Schumann e Amaral 2006 Pessoas com autismo também apresentam déficits na função executi va e na teoria da mente discutidas no Capítulo 7 Zelazo e Müller 2002 A síndrome de Asperger é um transtorno relacionado ao au tismo porém menos grave Crianças com síndrome de Asperger geralmente funcionam em um nível mais elevado que crianças autistas Elas normalmente apresentam um interesse obsessivo por um único tema excluindo qualquer outro e falam sobre ele a quem quiser ouvilas Possuem um extenso vocabulário sua fala é afetada e costumam ser desajeitados além de apresen tarem uma coordenação precária O comportamento estranho e excêntrico dificulta os contatos sociais National Institute of Neurological Disorders and Stroke 2007 Talvez devido a um maior conhecimento e a diagnósticos mais precisos o registro da disseminação dessas condições aumentou nitidamente desde meados da década de 1970 Aproximadamente 1 em cada 110 crianças são diagnostica das anualmente com autismo e transtornos relacionados e 4 em cada 5 são meninos Centers for Disease Control and Prevention 2009b Markel 2007 Myers Johnson e Council on Children with Disabilities 2007 Newschaffer Falb e Gurney 2005 Schieve et al 2006 O aumento na disseminação do autismo em meninos tem sido atribuído a vários fatores en tre eles 1 o tamanho maior do cérebro dos meninos e o cé rebro maior que a média das crianças autistas Gilmore et al 2007 e 2 a maior capacidade natural para a sistematização nos meninos e a propensão das crianças autistas a sistemati zar BaronCohen 2005 Essas descobertas sustentam a ideia do autismo como uma versão extrema do cérebro masculino normal O autismo e transtornos a ele relacionados são comuns en tre membros de uma mesma família e apresentam uma acen tuada base genética Constantino 2003 Ramoz et al 2004 Rodier 2000 Uma equipe internacional de pesquisadores identificou pelo menos um gene e localizou outro que pode contribuir para o autismo Szatmari et al 2007 Deleções e duplicações de cópias de genes no cromossomo 16 podem ser responsáveis por um pequeno número de casos Eichler e Zimmerman 2008 R B Weiss et al 2008 Outra pesquisa asso ciou altos níveis de testosterona fetal no fluido amniótico com relações sociais precárias e interesses mais restritos aos 4 anos 42 Papalia04indd 154 Papalia04indd 154 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 155 A mielinização das vias sensoriais e motoras antes do nascimento na medula espinhal e após o nascimento no córtex cerebral talvez explique o aparecimento e o desaparecimento dos reflexos primitivos um sinal de organização neurológica e de saúde Reflexos primitivos Quando você pisca por causa da intensidade da luz suas pálpebras agem involuntariamente Essa resposta automática e inata à estimulação é chamada de comportamento reflexo Os comportamentos reflexos são controlados por centros inferiores do cérebro que governam outros processos involuntários tais como a respiração e o ritmo cardíaco Estimase que bebês humanos tenham 27 reflexos importantes muitos dos quais estão presen tes no nascimento ou pouco depois Gabbard 1996 Tabela 44 Os reflexos primitivos tais como o de sucção rotação buscar o mamilo e o reflexo de Moro resposta a um susto ou quando o bebê começa a cair estão relacionados a necessidades instintivas por sobrevivência e proteção ou talvez sustentem a ligação inicial com o cuidador Alguns reflexos primitivos possivelmente fazem parte do legado evolucionista da humanidade Um exemplo é o reflexo de preensão que permite a macacos bebês se agarrarem ao pelo da mãe Bebês humanos exibem um reflexo semelhante quando agarram com força qualquer objeto colocado na palma de sua mão gesto remanescente de nosso passado ancestral À medida que os centros superiores do cérebro tornamse ativos entre o segundo e o quarto mês de vida os bebês começam a exibir reflexos posturais reações a mudanças de posição ou de equilí brio Por exemplo bebês que são inclinados para baixo estendem os braços no reflexo de paraquedas uma tentativa instintiva de amenizar a queda Reflexos locomotores como os reflexos de marcha comportamentos reflexos Respostas automáticas involuntárias e inatas à estimulação de idade sugerindo que níveis mais altos de testosterona fetal podem estar envolvidos na vulnerabilidade masculina ao autis mo Knickmeyer et al 2005 Fatores ambientais como exposição a certos vírus ou subs tâncias químicas podem ativar uma tendência herdada ao autismo Rodier 2000 Muitos pais culparam o timerosal um conservante usado em vacinas pelo aumento na incidência de autismo A disseminação do transtorno diminuiu quando o Serviço de Saúde Pública norteamericano recomendou o uso de vacinas sem timerosal Geier e Geier 2006 mas os Centros para Controle e Prevenção de Doenças Centers for Disease Control and Prevention 2004 com base em múltiplos estu dos sobre o timerosal e seus efeitos não encontraram nenhum vínculo conclusivo entre o conservante e o autismo Pesquisas posteriores também não encontraram uma relação entre va cinação infantil e autismo Baird et al 2008 Thompson et al 2007 Outros fatores como certas complicações da gravidez idade parental avançada primeiros nascimentos ameaça de perda do feto anestesia epidural parto induzido e cesariana têm sido associados a uma incidência mais elevada de autismo Glasson et al 2004 JullDam Townsend e Courchesne 2001 Reichenberg et al 2006 Estudos de irmãos mais novos de crianças afetadas constata ram que aqueles que não respondiam quando chamados pelo nome aos 12 meses de idade ou que apresentavam déficits em habilidades comunicativas e cognitivas aos 16 meses estavam propensos a desenvolver um transtorno relacionado ao autismo ou retardo no desenvolvimento Nadig et al 2007 Stone et al 2007 Estudos dessa natureza prometem detecção e tratamen to precoces num período em que o cérebro apresenta grande plasticidade e os sistemas relacionados à comunicação estão começando a se desenvolver Dawson 2007 Os sinais iniciais de possível autismo ou transtornos a ele re lacionados são os seguintes Johnson Myers e Council on Chil dren with Disabilities 2007 Nenhum olhar de alegria dirigido aos pais ou ao cuidador Nenhum balbucio recíproco entre o bebê e os pais come çando por volta dos 5 meses Não reconhece a voz dos pais Não estabelece contato visual Retardo para começar o balbucio depois dos 9 meses Nenhum ou poucos gestos tais como acenar ou apontar Movimentos repetitivos com objetos Mais tarde à medida que se desenvolve a fala são estes os sinais importantes Nenhuma palavra até o 16 o mês Nenhum balbucio apontamento ou outros gestos de co municação até 1 ano Nenhuma frase com duas palavras até os 2 anos Perda das habilidades linguísticas em qualquer idade Embora não haja cura conhecida disponível uma melho ra substancial pode ocorrer com intervenções educacionais altamente estruturadas desde cedo ajudando a criança a de senvolver independência e responsabilidade pessoal terapias fonoaudiológica e da linguagem e instrução em habilidades so ciais acompanhados de gerenciamento médico se necessário Myers Johnson e Council on Children with Disabilities 2007 qual a sua opinião Você já conheceu alguém com autismo Em caso afirmativo em que aspectos o comportamento dessa pessoa lhe pare ceu não usual o Papalia04indd 155 Papalia04indd 155 010213 0923 010213 0923 156 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman TABELA 44 Reflexos humanos primitivos Reflexo Estimulação Comportamento do bebê Idade típica de aparecimento Idade típica de desaparecimento Moro O bebê é derrubado ou ouve um estampido Estica pernas braços e dedos curvase e joga a cabeça para trás 7 o mês de ges tação 3 meses Darwiniano preen são Acariciase a palma da mão do bebê Fecha o punho com força pode ser erguido se ambos os punhos agar rarem um bastão 7 o mês de ges tação 4 meses Tônico assimé trico do pescoço Deitase o bebê de costas Vira a cabeça para o lado assume po sição de esgrimista estende braços e pernas para o lado preferido e flexiona os membros opostos 7 o mês de ges tação 5 meses Babkin Acariciamse ao mesmo tempo am bas as palmas das mãos do bebê Abre a boca fecha os olhos flexiona o pescoço inclina a cabeça para frente Nascimento 3 meses Babinski Acariciase a planta do pé do bebê Abre os dedos dos pés em leque o pé se retorce Nascimento 4 meses Sucção Tocase os lábios gengivas ou pa lato do bebê Inicia automaticamente o movimento de sucção Nascimento 9 meses Marcha au tomática Segurase o bebê por baixo dos braços com os pés descalços to cando uma superfície plana Faz movimentos semelhantes ao de uma caminhada coordenada 1 mês 4 meses Natatório O bebê é colocado na água com o rosto voltado para baixo Faz movimentos natatórios coorde nados 1 mês 4 meses Reflexo de sucção Reflexo darwiniano de preensão Reflexo tônico assimétrico do pescoço Reflexo de Moro Reflexo de Babinski Reflexo de marcha automática Papalia04indd 156 Papalia04indd 156 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 157 automática e natatório lembram movimentos voluntários que só vão aparecer meses depois que os reflexos desaparecem A maior parte dos reflexos iniciais desaparece durante os primeiros seis a doze meses Reflexos que continuam servindo a funções protetoras permanecem tais como piscar bocejar tossir engasgar espirrar tremer e a dilatação das pupilas no escuro O desaparecimento em determinado momento de reflexos desnecessários é sinal de que as vias motoras no córtex foram parcialmente mielinizadas permitindo a passagem para o comportamento voluntário Assim podemos avaliar o desenvolvimento neurológico de um bebê observando se certos reflexos estão presentes ou ausentes Modelando o cérebro o papel da experiência Embora o desenvolvimento inicial do cérebro seja geneticamente orientado ele é continuamente modificado tanto de modo positivo quanto ne gativo pela experiência ambiental O termo técnico para essa maleabilidade ou modificabilidade do cérebro é plasticidade Essa plasticidade pode ser um mecanismo evolucionista para possibilitar a adaptação às mudanças no ambiente PascualLeone et al 2005 Toga et al 2006 A plasticidade possibilita a aprendizagem As diferenças individuais de inteligência talvez reflitam diferenças na capacidade do cérebro de desenvolver conexões neurais em resposta à experiência Gar lick 2003 As primeiras experiências podem ter efeitos duradouros na capacidade do sistema nervoso central de aprender e armazenar informações Society for Neuroscience 2008 Durante esse período formativo o cérebro é especialmente vulnerável A exposição a drogas perigosas toxinas ambientais ou estresse materno antes ou após o nascimento pode ameaçar o de senvolvimento do cérebro e a desnutrição pode interferir no crescimento cognitivo normal Abusos ou precariedade sensorial nos primeiros anos de vida podem deixar sequelas no cérebro à medida que ele se adapta ao ambiente onde a criança em desenvolvimento deverá viver retardando o desen volvimento neural ou afetando a estrutura do cérebro AAP Stirling e o Committee on Child Abuse and Neglect and Section on Adoption and Foster Care American Academy of Child and Adolescent Psychiatry AmayaJackson e National Center for Child Traumatic Stress AmyaJackson 2008 Em um estudo um macaco criado até os 6 meses com uma das pálpebras fechadas ficou permanente mente cego daquele olho aparentemente devido à perda de conexões que operam entre aquele olho e o córtex visual Assim quando certas conexões corticais não são estabelecidas no começo da vida esses circuitos podem vir a se fechar para sempre Society for Neuroscience 2008 Outra pesquisa sugere que a falta de input ambiental pode inibir o processo normal de morte celular e a otimização das conexões neurais resultando numa cabeça de menor tamanho e atividade reduzida do cérebro C A Nelson 2008 Em contrapartida uma experiência enriquecida pode estimular o desenvolvimento do cérebro Society for Neuroscience 2008 e até mesmo compensar privações passadas J E Black 1998 Animais criados em gaiolas cheias de brinquedos produzem mais axônios dendritos e sinapses que aqueles criados em gaiolas vazias Society for Neuroscience 2008 A plasticidade continua por toda a vida enquanto os neurônios mudam de tamanho e de formato em resposta à experiência ambiental Rutter 2002 Essas descobertas foram um incentivo para esforços bemsucedidos em estimular o desenvolvimento do cérebro de bebês prematuros Als et al 2004 e de crianças com Síndrome de Down bem como em ajudar vítimas de dano cerebral a recuperarem suas funções Restrições éticas impedem a realização de experimentos controlados sobre os efeitos da privação em bebês humanos No entanto a descoberta de milhares de bebês e crianças pequenas que haviam passado praticamente sua vida toda em orfanatos romenos superlotados proporcionou a oportunidade para um experimento natural Ames 1997 Essas crianças abandonadas pareciam famintas passi vas e apáticas Haviam passado muito tempo deitadas em seus berços ou em camas sem nada para olhar A maioria das crianças com 2 e 3 anos não andava nem falava e as mais velhas brincavam sem propósito Escaneamentos de PET feitos em seus cérebros mostraram extrema inatividade nos lobos temporais que regulam a emoção e a entrada de informação sensorial Algumas dessas crianças foram encaminhadas para lares adotivos no Canadá ou no Reino Unido Idade da adoção duração de institucionalização prévia e aspectos específicos da experiência institu cional foram fatoreschave na perspectiva de melhora para as crianças MacLean 2003 C A Nelson 2008 Rutter OConnor e ERA Study Team 2004 Em um estudo longitudinal por exemplo crianças romenas que haviam sido removidas de instituições antes dos 6 meses de idade e adotadas por famílias inglesas não apresentaram nenhuma deficiência cognitiva até os 11 anos comparadas a um grupo controle de crianças inglesas adotadas no próprio Reino Unido Por outro lado o QI médio das crianças plasticidade Modificabilidade ou modelagem do cérebro por meio da experiência verificador você é capaz de Descrever o desenvolvimento inicial do cérebro Explicar as funções dos com portamentos reflexos e por que alguns desaparecem Papalia04indd 157 Papalia04indd 157 010213 0923 010213 0923 158 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman romenas adotadas por famílias inglesas após os 6 meses de idade era 15 pontos mais baixo Aos 6 e aos 11 anos aqueles que foram adotados mais tarde eram os que tinham maior deficiência cognitiva embora esse grupo tenha progredido modestamente Beckett et al 2006 Aparentemente portanto talvez seja preciso muita estimulação ambiental inicial para superar os efeitos da privação extrema O Bucharest Early Intervention Project Projeto de Intervenção de Bucarest BEIP na sigla em inglês estuda três grupos de crianças romenas um grupo abandonado ao nascer e encaminhado para instituições onde lá permanecem um segundo grupo abandonado ao nascer enviado para instituições e depois aleatoriamente encaminhado para adoção e um grupo de comparação vivendo com os pais biológicos Constatouse que a assistência institucional em ambientes de grande carência produziu um efeito profundamente negativo no crescimento físico desenvolvimento linguístico cognitivo so cioemocional e cerebral e as crianças encaminhadas para adoção apresentaram melhoras em muitos domínios C A Nelson 2008 p 15 Quando se mostrou aos três grupos fotografias de faces adultas felizes zangadas temerosas e tristes as imagens do cérebro das crianças ainda instituciona lizadas apresentaram menor ativação no córtex cerebral do que nos outros dois grupos no 30 o e no 42 o mês provavelmente porque tiveram menos oportunidades de ver e interpretar expressões faciais adultas No 42 o mês as crianças que estavam em lares adotivos apresentaram maior ativação cortical do que aquelas ainda institucionalizadas embora menos do que as crianças que viviam com seus pais Finalmente as crianças encaminhadas para adoção antes dos 24 meses estavam mais propensas a se apegar com segurança a seus pais adotivos aos 42 meses do que as crianças que permaneceram institucionalizadas Smyke et al 2010 Essas descobertas sugerem que a adoção de alta qualidade pode em parte superar os efeitos adversos da institucionalização no processamento de informação socioemocional Moulson et al 2009 CAPACIDADES SENSORIAIS INICIAIS As áreas de recompensa do cérebro em desenvolvimento que controlam a informação sensorial cres cem rapidamente durante os primeiros meses de vida permitindo ao recémnascido ter um entendi mento razoável daquilo que ele toca vê cheira degusta e ouve Gilmore et al 2007 Tato e dor O tato é o primeiro sentido a se desenvolver e nos primeiros meses é o sistema sensorial mais maduro Quando se toca a face de um recémnascido próximo à boca o bebê responde tentando encontrar um mamilo provavelmente um mecanismo evolutivo de sobrevivência Rakison 2005 No passado os médicos que faziam cirurgia como por exemplo a circuncisão em recémnas cidos geralmente não usavam anestesia em virtude de uma crença equivocada de que o neonato não sente dor ou pode sentila apenas por um breve momento Na verdade há evidências de que a capacidade de percepção da dor pode surgir no terceiro trimestre da gestação Lee et al 2005 Os recémnascidos podem sentir e de fato sentem dor e eles tornamse mais sensíveis com o passar dos dias A Academia NorteAmericana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria The American Academy of Pediatrics e The Canadian Paediatric Society 2000 sustentam agora que a dor prolonga da ou intensa pode causar danos de longo prazo ao recémnascido e que o alívio da dor durante uma cirurgia é essencial Olfato e paladar Os sentidos do olfato e do paladar começam a se desenvolver no útero A pre ferência por odores agradáveis parece ser aprendida no útero e durante os primeiros dias após o nas cimento e os odores transmitidos pelo leite materno podem ainda contribuir para essa aprendizagem Bartoshuk e Beauchamp 1994 Essa atração pela fragrância do leite materno pode ser devido a outro mecanismo evolucionista de sobrevivência Rakison 2005 Certas preferências olfativas parecem ser em grande parte inatas Bartoshuk e Beauchamp 1994 Recémnascidos preferem sabores doces a sabores azedos ou amargos Haith 1986 Um de sejo inato por doce pode ajudar o bebê a se adaptar à vida fora do útero já que o leite materno é bem doce Harris 1997 A rejeição a sabores amargos provavelmente é mais um mecanismo de defesa pois muitas substâncias amargas são tóxicas Bartoshuk e Beauchamp 1994 As preferências de paladar desenvolvidas nos primeiros meses podem durar por toda a segunda infância Em um estudo crianças de 4 e de 5 anos que quando bebês haviam sido alimentadas com diferentes tipos de fórmulas tinham preferências alimentares diferentes Mennella e Beauchamp verificador você é capaz de Discutir como as primeiras experiências podem afetar o crescimento e o desenvolvi mento do cérebro seja positi vamente ou negativamente e dar exemplos Papalia04indd 158 Papalia04indd 158 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 159 2002 A exposição aos sabores de alimentos saudáveis através da amamentação pode favorecer a aceitação de alimentos saudáveis após o desmame e mais tarde na vida AHA et al 2006 Audição Também a audição é funcional antes do nascimento fetos respondem a sons e parecem aprender a reconhecêlos De um ponto de vista evolucionista o reconhecimento de vozes e da lin guagem ouvidas no útero pode ser a base do relacionamento com a mãe que é fundamental para a sobrevivência no começo da vida Rakison 2005 A discriminação auditiva se desenvolve rapidamente após o nascimento Bebês de três dias po dem distinguir novos sons de fala daqueles que já ouviram antes L R Brody Zelazo e Chaika 1984 Com um mês de idade o bebê pode distinguir sons tão parecidos quanto ba e pa Eimas et al 1971 Como a audição é fundamental para o desenvolvimento da linguagem deficiências auditivas devem ser identificadas o mais cedo possível A perda da audição ocorre entre 1 e 3 de cada 1000 nascidos vivos Gaffney et al 2003 Visão A visão é o sentido menos desenvolvido quando o bebê nasce talvez porque há tão pouco para ver no útero De uma perspectiva desenvolvimentista evolucionista os outros sentidos como já mostramos estão mais diretamente relacionados à sobrevivência do recémnascido A percepção visual e a capacidade de utilizar a informação visual identificar cuidadores encontrar comida e evitar perigos tornase mais importante à medida que os bebês ficam mais alertas e ativos Rakison 2005 Os olhos do recémnascido são proporcionalmente menores do que os de um adulto as estrutu ras da retina estão incompletas e o nervo óptico ainda não se desenvolveu totalmente Os olhos do neonato focalizam melhor a uma distância de 30 centímetros aproximadamente a distância típica da face de uma pessoa que segura um recémnascido Recémnascidos piscam em presença de luz intensa Seu campo de visão periférico é muito estreito ele mais do que dobra entre a 2 a e 10 a semana de vida e já está bem desenvolvido no terceiro mês Maurer e Lewis 1979 E Tronick 1972 A capacidade de seguir um alvo móvel também se desenvolve rapidamente nos primeiros meses assim como a percepção das cores Haith 1986 Ao nascer a acuidade visual é de aproximadamente 20400 mas melhora rapidamente alcan çando o nível 2020 por volta dos 8 meses Kellman e Arterberry 1998 Kellman e Banks 1998 A visão binocular o uso de ambos os olhos para focar possibilitando a percepção de profundidade e distância geralmente não se desenvolve antes do quarto ou quinto mês Bushnell e Boudreau 1993 Uma triagem feita logo no começo é essencial para detectar quaisquer problemas que possam interferir com a visão AAP Committee on Practice and Ambulatory Medicine and Section on Opthal mology 1996 2002 Desenvolvimento motor Ninguém precisa ensinar aos bebês habilidades motoras básicas como agarrar engatinhar e andar Eles apenas precisam de espaço para se movimentar e liberdade para ver o que podem fazer Quando o sistema nervoso central músculos e ossos estão preparados e o ambiente oferece as devidas oportuni dades para a exploração e a prática os bebês continuam surpreendendo os adultos ao seu redor com novas habilidades MARCOS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR O desenvolvimento motor é caracterizado por uma série de marcos realizações que se desenvolvem sistematicamente cada habilidade recémadquirida prepara o bebê para lidar com a próxima Os be bês primeiro aprendem habilidades simples e depois as combinam em sistemas de ação cada vez mais complexos permitindo um espectro mais amplo ou mais preciso de movimentos e um controle mais eficaz do ambiente Ao desenvolver a preensão por exemplo o bebê primeiro tenta pegar as coisas com a mão inteira fechando os dedos sobre a palma da mão Mais tarde ele passa a dominar o movimento em pinça em que polegar e indicador se tocam nas extremidades formando um círculo o que torna possível pegar objetos pequenos Quando aprende a andar o bebê consegue controlar Em um estudo bebês reconheceram o livro do Dr Seuss lido para eles pela mãe diariamente durante o último trimestre da gestação mesmo quando o livro era lido por uma pessoa diferente DeCaspar e Spence 1986 verificador você é capaz de Fornecer evidências do de senvolvimento inicial dos sentidos Dizer como o aleitamento ma terno desempenha seu papel no desenvolvimento do olfato e do paladar Citar três causas do subde senvolvimento da visão em recémnascidos indicad r Quais são os primeiros marcos do desenvolvimento motor e o que os influencia sistemas de ação Combinações cada vez mais complexas de habilidades motoras que permitem um espectro mais amplo ou mais preci so de movimentos e um maior controle do ambiente Papalia04indd 159 Papalia04indd 159 010213 0923 010213 0923 160 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman movimentos separados dos braços pernas e pés antes de juntar esses movimentos para dar aquele importante primeiro passo O Teste de Avaliação do Desenvolvimento de Denver Frankenburg et al 1975 é uti lizado para mapear o progresso de crianças de 1 mês a 6 anos e para identificar aquelas que não estão se desenvolvendo normalmente O teste avalia as habilidades motoras gerais as que envolvem os músculos maiores como rolar e apanhar uma bola e as habilidades motoras fi nas as que envolvem os músculos menores como pegar um chocalho e desenhar um círculo Também avalia o desenvolvimento da linguagem por exemplo saber a definição das palavras da personalidade e o desenvolvimento social como sorrir espontaneamente e se vestir sem ajuda A edição mais recente a Escala Denver II Frankenburg et al 1992 inclui normas revisadas a Tabela 45 fornece alguns exemplos Quando falamos sobre o que um bebê mediano sabe fazer referimonos a 50 das normas de Denver mas a normalidade abrange uma ampla faixa cerca de metade de todos os bebês domina essas habilidades antes da idade referida e metade depois As normas de Denver foram desenvolvidas com referência a uma população ocidental e não são necessariamente válidas para avaliar crianças de outras culturas Quando acompanhamos o progresso típico do controle da cabeça das mãos e da locomoção notamos como esses desenvolvimentos seguem os princípios cefalocaudal da cabeça para a cauda e próximodistal do centro para as extremidades apresentados anteriormente Observe também que embora os bebês do sexo masculino tendam a ser um pouco maiores e mais ativos do que as meninas não há diferenças de gênero no desenvolvimento motor Mondschein et al 2000 Controle da cabeça Ao nascer a maioria dos bebês consegue virar a cabeça de um lado para o ou tro enquanto estão deitados de costas Enquanto deitados de bruços muitos podem erguer a cabeça o suficiente para virála Nos dois ou três primeiros meses eles erguem a cabeça cada vez mais alto às vezes a ponto de perder o equilíbrio e virar de costas Por volta dos quatro meses de idade quase todos os bebês conseguem manter a cabeça ereta quando alguém os segura ou os apoia em posição sentada Controle da mão Os bebês nascem com um reflexo de preensão Se a palma da mão do bebê for acariciada a mão fecha com firmeza Por volta dos três meses e meio de idade a maioria dos bebês consegue agarrar um objeto de tamanho moderado como um chocalho mas tem dificuldade em segurar objetos pequenos Depois eles começam a pegar objetos com uma das mãos e transferilos para a outra e em seguida segurar mas não apanhar pequenos objetos Entre 7 e 11 meses as Teste de Avaliação do Desenvolvi mento de Denver Teste aplicado a crianças de 1 mês a 6 anos para determinar se elas estão se desenvolvendo normalmente habilidades motoras gerais Habilidades físicas que envolvem os músculos maiores habilidades motoras finas Habilidades físicas que envolvem músculos menores e coordenação olhosmãos Erguer a cabeça e sustentála quando se está deitado de bruços engatinhar no chão para pegar algo que seja atraente como o rabo peludo de um gato e saber andar o suficiente para empurrar um carrinho cheio de blocos são importantes marcos iniciais do desenvolvimento motor Papalia04indd 160 Papalia04indd 160 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 161 mãos tornamse suficientemente coordenadas para apanhar objetos pequenos como uma ervilha usando a preensão em pinça Por volta dos 15 meses um bebê mediano sabe montar uma torre com dois cubos Alguns meses após o terceiro aniversário uma criança mediana consegue copiar um círculo razoavelmente Locomoção Depois de três meses um bebê mediano começa a rolar deliberadamente e não aci dentalmente como antes primeiro de frente para trás depois de trás para frente Um bebê me diano consegue sentarse sem apoio por volta dos 6 meses de idade e assume a posição sentada sem auxílio por volta dos 8 meses e meio Entre os 6 e os 10 meses a maioria dos bebês começa a se deslocar por conta própria arrastando se ou engatinhando Essa nova realização de autolocomoção tem notáveis ramificações cognitivas e psicossociais Bertenthal Campos 1987 Bertenthal Campos e Barrett 1984 Bertenthal Campos e Kermoian 1994 J Campos Bertenthal e Benson 1980 Bebês que engatinham tornamse mais sensíveis ao lugar onde os objetos estão seu tamanho se eles os objetos podem ser deslocados e como se parecem O ato de engatinhar ajuda a avaliar distâncias e a perceber profundidade Os bebês aprendem a olhar para os cuidadores para saber se uma situação é segura ou perigosa uma habilida de conhecida como referência social Hertenstein e Campos 2004 ver Capítulo 6 Segurando na mão de alguém ou apoiandose em um móvel o bebê mediano consegue ficar de pé pouco depois dos 7 meses O bebê médio pode largar o apoio e fica de pé sozinho por volta dos 11 meses Todos esses desenvolvimentos levam à principal realização da infância andar Os humanos começam a andar mais tarde que as outras espécies provavelmente porque a cabeça pesada e as pernas curtas do bebê di ficultam o equilíbrio Durante alguns meses antes de poderem ficar de pé sem apoio os bebês ficam circulando apoiandose nos mó veis Logo depois de poder ficar em pé sozi nha a maioria das crianças dá seu primeiro passo sem precisar de ajuda Depois de algumas semanas logo após o primeiro aniversário uma criança mediana consegue andar razoavelmente bem Durante os seis primeiros meses de vida os bebês revelam uma ligeira preferência por virar a cabeça para a direita e não para a esquerda Pesquisadores sugerem que nossa propensão adulta a beijar com a cabeça inclinada para a direita como o fazem 64 dos adultos é uma reemergência desse viés da infância Gunturkun 2003 Embora nossa tendência seja pensar que o engatinhar é um marco do desenvolvimento isso não é universal Alguns bebês passam diretamente do sentarse para o andar sem engatinhar TABELA 45 Marcos do desenvolvimento motor Habilidade 50 90 Rolar 32 meses 54 meses Pegar um chocalho 33 meses 39 meses Sentarse sem apoio 59 meses 68 meses Ficar em pé apoiandose em algo 72 meses 85 meses Pegar com o polegar e o indicador 82 meses 102 meses Ficar em pé sozinho com firmeza 115 meses 137 meses Andar bem 123 meses 149 meses Montar uma torre com dois cubos 148 meses 206 meses Subir escadas 166 meses 216 meses Pular no mesmo lugar 238 meses 24 anos Copiar um círculo 34 anos 40 anos Nota Esta tabela mostra a idade aproximada em que 50 e 90 das crianças podem executar cada habilidade de acordo com o Denver Training Manual II Fonte Adaptada de Frankenburg et al 1992 Papalia04indd 161 Papalia04indd 161 010213 0923 010213 0923 162 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Durante o segundo ano a criança começa a subir degraus um de cada vez colocando um pé após o outro no mesmo degrau mais tarde ela alternará os pés Só depois ela passa a descer degraus Também no segundo ano a criança corre e pula Aos 3 anos e meio a maioria delas consegue equili brarse brevemente em um pé só e começa a saltar DESENVOLVIMENTO MOTOR E PERCEPÇÃO A percepção sensorial permite aos bebês aprenderem sobre si próprios e seu ambiente de modo que possam fazer melhores avaliações sobre como percorrêlo A experiência motora junto com a cons ciência das mudanças que ocorrem em seus corpos molda e modifica a compreensão perceptual do que provavelmente acontecerá se eles se movimentarem de determinada maneira Essa conexão bidi recional entre percepção e ação mediada pelo cérebro em desenvolvimento proporciona aos bebês muitas informações úteis sobre si próprios e sobre seu mundo Adolph e Eppler 2002 As atividades sensoriais e motoras parecem se coordenar razoavelmente bem a partir do nas cimento Bertenthal e Clifton 1998 Os bebês começam a querer agarrar objetos por volta dos 4 ou 5 meses em torno dos 5 meses e meio podem preferir movimentar ou fazer girar objetos Wentworth Benson e Haith 2000 Há muito que Piaget e outros pesquisadores sustentavam que alcançar as coisas dependia da orientação visual o uso dos olhos para guiar o movimento das mãos ou de outras partes do corpo Agora pesquisas revelam que crianças dessa faixa etária podem fazer uso de outros indicadores sensoriais para pegar um objeto Elas podem localizar pelo som um chocalho que está fora do alcance da visão e podem esticar as mãos e pegar um objeto luminoso no escuro mesmo que não possam ver suas mãos Clifton et al 1993 Conseguem até alcançar um objeto baseadas apenas na memória de sua localização McCarty et al 2001 Crianças um pouco mais velhas entre 5 e 7 meses e meio podem agarrar um objeto fluorescente em movimento no escuro um feito que requer consciência não só de como as mãos se movem mas também do percurso e velocidade do objeto de modo a antecipar o provável ponto de contato Robin Berthier e Clifton 1996 A percepção de profundidade capacidade de perceber objetos e superfícies em três dimen sões depende de vários tipos de indicativos que afetam a imagem de um objeto na retina Esses indicativos envolvem não apenas a coordenação binocular mas também o controle motor Bushnell e Boudreau 1993 Indicativos cinéticos são produzidos pelo movimento seja do objeto seja do obser vador ou de ambos Para saber se um objeto se move o bebê poderia manter a cabeça parada por um momento habilidade que já está bem estabelecida por volta dos 3 meses Entre 5 e 7 meses depois que o bebê consegue esticar o braço e agarrar objetos ele desenvolve a percepção tátil a capacidade de adquirir informação pelo manuseio de objetos e não meramente olhar para eles A percepção tátil permite ao bebê responder a indicativos como tamanho relativo e diferenças de textura Bushnell e Boudreau 1993 A TEORIA ECOLÓGICA DA PERCEPÇÃO DE ELEANOR E JAMES GIBSON Em um experimento clássico feito por Richard Walk e Eleanor Gibson 1961 bebês de 6 meses foram colocados sobre uma mesa de plástico transparente forrada com uma estampa que criava a ilusão de que havia um desnível vertical no centro da mesa um abismo visual Será que os bebês perceberiam essa ilusão de profundidade Os bebês de fato viram uma diferença entre a saliência e o desnível Engatinharam despreocupadamente na saliência mas evitaram o desnível mesmo quando viam a mãe acenando do outro lado da mesa Como os bebês decidem se devem cruzar uma saliência ou descer uma rampa Segundo a teoria ecológica da percepção de Eleanor Gibson e James J Gibson E J Gibson 1969 J J Gibson 1979 Gibson e Pick 2000 o desenvolvimento locomotor depende do aumento da sensibilidade à interação entre suas características físicas em transformação e as novas e variadas características do seu ambiente Com a experiência em vez de confiar em soluções que funcio naram anteriormente os bebês aprendem a avaliar continuamente suas capacidades e o entorno onde eles se movimentam adaptando seus movimentos de acordo e elaborando novas estratégias se necessário orientação visual O uso dos olhos para orientar movi mentos das mãos ou de outras partes do corpo percepção de profundidade Capacidade de perceber objetos e su perfícies em três dimensões percepção tátil Capacidade de adquirir informação so bre propriedades de objetos tais como tamanho peso e textura por meio de seu manuseio abismo visual Aparato projetado para dar a ilusão de profundidade e utilizado para avaliar a percepção de profundidade em bebês teoria ecológica da percepção Teoria desenvolvida por Eleanor e James Gibson que descreve o desen volvimento das habilidades motoras e perceptuais como partes interdepen dentes de um sistema funcional que orienta o comportamento em diversos contextos Papalia04indd 162 Papalia04indd 162 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 163 Esse processo de aprender a aprender Adolph 2008 p 214 é uma consequência tanto da percepção quanto da ação envolve exploração visual e manual testagem de alternativas e resolução flexível de proble mas Em experimentos com abismos visuais os bebês que engatinham já há algum tempo têm maior probabilidade de evitar o abismo que os novatos Igualmente quando estão diante de declives reais os bebês que apenas começaram a engatinhar ou andar mergulham imprudentemente em íngremes declives Com o tempo entretanto seu julgamento tornase mais preciso e suas explorações mais cuidadosas à medida que praticam suas novas habilidades e aprendem com a experiência até aonde podem avançar com seus limites sem perder o equilíbrio Adolph 1997 2000 2008 Adolph e Eppler 2002 Adolph Vereijken e Shrout 2003 De acordo com a teoria de Gibson a locomoção não se desenvolve em etapas relacionadas por função Em vez disso cada espaço de proble ma tem seu próprio conjunto de comportamentos geradores de informa ção e sua própria curva de aprendizagem Adolph 2008 p 214 Bebês que aprendem até aonde podem ir em um brinquedo com uma lacuna ou abismo na posição sentada devem manter esse conhecimento mesmo quando começam a engatinhar Adolph 2000 Adolph e Eppler 2002 Diferentemente quando bebês que engatinham e que já dominaram de clives começam a andar eles têm de aprender novamente a lidar com declives Adolph 1997 Adolph e Eppler 2002 COMO OCORRE O DESENVOLVIMENTO MOTOR A TEORIA DOS SISTEMAS DINÂMICOS DE THELEN A típica sequência do desenvolvimento motor tradicionalmente era tida como geneticamente pro gramada uma série basicamente automática e préordenada de etapas conduzidas pelo cérebro em amadurecimento Hoje muitos pesquisadores do desenvolvimento consideram essa visão por demais simplista Em vez disso segundo Esther Thelen 1995 Smith e Thelen 2003 o desenvol vimento motor é um processo contínuo de interação entre o bebê e o ambiente Thelen apontou para o reflexo de marcha automática movimentos de passos dados por um neonato quando segurado em posição vertical com os pés tocando uma superfície Esse comporta mento geralmente desaparece no quarto mês Só pouco antes de completar o primeiro ano de vida quando o bebê se prepara para andar é que esses movimentos aparecem novamente A explicação usual é a passagem para o controle cortical a marcha deliberada de um bebê mais amadurecido é vista como uma nova habilidade que reflete o desenvolvimento do cérebro Mas observou Thelen os passos de um recémnascido envolvem os mesmos tipos de movimentos feitos pelo neonato en quanto está deitado e dando chutes Por que cessariam os passos para reaparecem meses depois enquanto os chutes continuam A resposta ela sugere pode ser porque as pernas do bebê engros sam e ficam mais pesadas durante os primeiros meses mas ainda não estão suficientemente fortes para carregar seu peso cada vez maior Thelen e Fisher 1982 1983 De fato quando bebês que haviam parado de dar passos eram segurados em água morna que ajuda a sustentar suas pernas os passos reapareceram A capacidade de produzir o movimento não havia mudado apenas as condições físicas e ambientais que o inibiam ou promoviam Apenas a maturação não pode explicar essa observação dizia Thelen O desenvolvimento não tem uma causa única simples Bebê e ambiente formam um sistema interligado dinâmico que inclui a motivação do bebê bem como sua força muscular e posição no ambiente num deter minado momento por exemplo deitado no berço ou sendo segurado numa piscina Igualmente quando o bebê tenta pegar um chocalho ou um móbile as oportunidades e restrições apresentadas pelas características físicas do bebê a intensidade do desejo seu nível de energia a velocidade e direção do braço e as posições cambiantes do braço e da mão a cada ponto do processo afetam se e como ele poderá atingir seu objetivo Por fim emerge uma solução enquanto o bebê experimen ta várias combinações de movimentos e seleciona e junta os movimentos que contribuem com mais eficiência para aquele fim Além do mais a solução deve ser flexível sujeita a modificação Não importa quão atraente sejam os braços da mãe este bebê fica longe deles Apesar da idade ele pode perceber a profundidade e não quer cair no que lhe parece ser um abismo Alguns observadores sugeriram que bebês do Iucatã desenvolvem habilidades motoras mais tarde porque ficam enfaixados No en tanto bebês navajo como este da foto também ficam enfaixados a maior parte do dia e começam a andar aproximadamente na mes ma época que outros bebês o que sugere uma explicação hereditária Papalia04indd 163 Papalia04indd 163 010213 0923 010213 0923 164 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman em circunstâncias variáveis Em vez de ser o único responsável por esse processo o cérebro em ama durecimento é apenas parte dele De acordo com a teoria dos sistemas dinâmicos TSD de Thelen o comportamento emerge num determinado momento da autoorganização e componentes múltiplos Spencer et al 2006 p 1523 Bebês normais desenvolvem as mesmas habilidades na mesma ordem porque elas são construí das aproximadamente da mesma maneira e passam por desafios físicos e necessidades semelhantes Assim eles finalmente descobrem que na maior parte das situações andar é mais eficiente do que engatinhar No entanto essa descoberta surge das características físicas particulares e da experiência de cada bebê num determinado contexto Isso talvez ajude a explicar por que alguns bebês aprendem a andar antes que outros e diferentemente INFLUÊNCIAS CULTURAIS SOBRE O DESENVOLVIMENTO MOTOR Embora o desenvolvimento motor siga uma sequência praticamente universal seu ritmo não responde a certos fatores culturais De acordo com certas pesquisas bebês africanos tendem a ser mais avança dos do que os norteamericanos e europeus em sentar andar e correr Em Uganda por exemplo os bebês costumam andar aos 10 meses enquanto nos Estados Unidos o mais comum é isso ocorrer aos 12 meses e na França aos 15 meses Essas diferenças em parte podem estar relacionadas a diferenças étnicas de temperamento H Kaplan e Dove 1987 veja o Capítulo 6 ou podem refletir práticas de educação infantil próprias de uma cultura Gardiner e Kosmitzki 2005 Algumas culturas encorajam desde muito cedo o desenvolvimento das habilidades motoras Em mui tas culturas africanas e das Índias Ocidentais onde os bebês demonstram um avançado desenvolvimento motor os adultos usam rotinas de manuseio especiais tais como exercícios de pulo e de marcha para fortalecer os músculos do bebê Em um estudo bebês jamaicanos cujas mães utilizavam diariamente essas rotinas de manuseio sentavam engatinhavam e andavam mais cedo que os bebês ingleses cujas mães não lhe davam nenhum treinamento especial de manuseio Hopkins e Westra 1988 1990 Por outro lado algumas culturas desencorajam o desenvolvimento motor muito cedo As crian ças ache no leste do Paraguai só começam a andar entre os 18 e os 20 meses de idade H Kaplan e Dove 1987 As mães ache puxam seus bebês de volta ao colo quando esses começam a engatinhar e se afastar Elas supervisionam bem de perto os bebês para protegêlos dos perigos da vida nômade Entre os 8 e 10 anos de idade contudo as crianças ache sobem em árvores altas cortam galhos e brin cam de modo a incrementar suas habilidades motoras H Kaplan e Dove 1987 O desenvolvimento normal portanto não precisa seguir o mesmo cronograma para atingir os mesmo fins No período em que as crianças pequenas já podem correr pular e brincar com brinquedos que requerem uma coordenação razoavelmente sofisticada elas são muito diferentes dos neonatos des critos no começo deste capítulo As mudanças cognitivas ocorridas também são notáveis conforme discutiremos no Capítulo 5 teoria dos sistemas dinâmicos TSD Teoria de Esther Thelen segundo a qual o desenvolvimento motor é um proces so dinâmico de coordenação ativa de múltiplos sistemas do bebê em relação ao ambiente verificador você é capaz de Descrever o progresso típico de um bebê no controle da cabeça das mãos e da loco moção segundo as normas de Denver Discutir como a maturação a percepção e as influências culturais estão relacionadas ao início do desenvolvimento motor Comparar a teoria ecológica da percepção de Gibson e a teoria dos sistemas dinâmicos de Thelen resumo e palavraschave Nascimento e cultura mudanças no ato de nascer Como têm sido as mudanças no ato de nascer em países desenvolvidos Na Europa e nos Estados Unidos antes do século XX o nascimento de uma criança não era muito diferente do que ocorre hoje em dia em alguns países em desenvol vimento O nascimento era um ritual feminino que acon tecia em casa e era atendido por uma parteira O alívio da dor era mínimo e os riscos para a mãe e para o bebê eram altos O desenvolvimento da ciência da obstetrícia profissiona lizou o nascimento Este passou a ter lugar em hospitais com o atendimento de médicos Os avanços da medicina melhoraram consideravelmente a segurança Hoje dar à luz em casa ou em centros de parto com o atendimento de parteiras pode ser uma alternativa segura ao atendimento em hospital para mulheres com gravidez normal e de baixo risco indicad r Papalia04indd 164 Papalia04indd 164 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 165 O processo de nascimento Como se inicia o trabalho de parto o que acontece durante cada uma das três etapas do nascimento e quais são os métodos alternativos disponíveis O nascimento normalmente ocorre após um período preparatório de parturição O processo de nascimento consiste em três etapas 1 dilatação do colo do útero cérvix 2 descida e nasci mento do bebê e 3 expulsão do cordão umbilical e da placenta A monitoração eletrônica fetal pode detectar sinais de sofrimento do feto especialmente em nascimentos de alto risco Em torno de 32 dos nascimentos nos Estados Unidos são por parto cesariano Métodos alternativos podem minimizar a necessidade de analgésicos e maximizar o envolvimento ativo dos pais Os modernos epidurais podem oferecer alívio efetivo da dor com doses menores que no passado A presença de uma parteira doula pode oferecer bene fícios físicos além de apoio emocional parturição 130 monitoração eletrônica fetal 130 parto cesariano 131 parto natural 132 parto preparado 132 O recémnascido Como o recémnascido se ajusta à vida fora do útero e como podemos saber se um bebê é saudável e se está se desenvolvendo normalmente O período neonatal é um tempo de transição entre a vida intrauterina e a vida extrauterina No nascimento os sistemas circulatório respiratório digestivo de eliminação e de regulação da temperatura tornamse independentes da mãe Se o recémnascido não puder respirar após 5 minutos poderá ocorrer dano cerebral Os recémnascidos possuem um forte reflexo de sucção e secretam mecônio do trato intestinal É comum estarem sujeitos à icterícia neonatal em virtude da imaturidade do fígado Entre 1 minuto e 5 minutos após o nascimento a pon tuação Apgar do neonato pode indicar como ele está se adaptando à vida extrauterina A Escala Brazelton de Avaliação do Comportamento Neonatal pode avaliar res postas ao ambiente e prever o desenvolvimento futuro A triagem neonatal é feita para certas condições raras tais como PKU e hipotireoidismo congênito O estado de alerta em um recémnascido é governado por ciclos periódicos de vigília sono e atividade O sono toma a maior parte do tempo de um neonato mas sua duração é decrescente Por volta dos 6 meses de vida os bebês passam a dormir mais à noite Costumes culturais afetam os padrões de sono período neonatal 133 neonato 134 anóxia 134 icterícia neonatal 135 Escala de Apgar 135 Escala Brazelton de Avaliação do Comportamento Neonatal NBAS na sigla em inglês 135 estado de alerta 136 Complicações do parto Quais são as complicações do nascimento que podem pôr em perigo a vida de um recémnascido e quais são as perspectivas para bebês com essas complicações Complicações do parto incluem baixo peso natal nasci mento pósmaduro e nascimento de natimorto Bebês de baixo peso natal podem ser prétermo pre maturos ou pequenos para a idade gestacional O baixo peso natal é um importante fator na mortalidade infantil e pode causar problemas físicos e cognitivos de longo prazo Bebês de peso natal muito baixo apresen tam um prognóstico menos promissor que aqueles que pesam mais Um ambiente pósnatal que oferece apoio e outros fa tores de proteção pode melhorar as consequências para bebês que sofrem de complicações do nascimento baixo peso natal 137 bebês prétermo prematuros 137 bebês pequenos para a idade gestacional 137 método canguru 140 fatores de proteção 142 pósmaduro 142 natimorto 142 indicad r indicad r indicad r Papalia04indd 165 Papalia04indd 165 010213 0923 010213 0923 166 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Sobrevivência e saúde Quais são os fatores que afetam as chances de sobrevivência e saúde dos bebês A grande maioria das mortes de bebês ocorre em países em desenvolvimento A assistência pósnatal pode redu zir a mortalidade infantil Embora a mortalidade infantil tenha diminuído nos Estados Unidos ainda é alta especialmente entre bebês afroamericanos Defeitos do nascimento são a principal causa de morte na primeira infância seguidos por doen ças relacionadas à prematuridade e ao baixo peso natal síndrome da morte súbita infantil SIDS complicações da gravidez e complicações da placenta cordão umbili cal e membranas A síndrome da morte súbita infantil SIDS na sigla em inglês é a principal causa de morte pósnatal nos Esta dos Unidos As taxas de SIDS têm diminuído acentua damente com as recomendações de deitar os bebês de costa antes de dormir As doenças que podem ser prevenidas com vacinação di minuíram à medida que as taxas de imunização subiram Muitas crianças em idade préescolar porém não estão totalmente protegidas taxa de mortalidade infantil 144 síndrome da morte súbita infantil SIDS 145 Desenvolvimento físico inicial O que influencia o crescimento e como o cérebro e os sentidos se desenvolvem O crescimento físico normal e o desenvolvimento sensó riomotor ocorrem de acordo com os princípios cefalo caudal e próximodistal O corpo de uma criança cresce muito mais durante o primeiro ano de vida o crescimento prossegue em ritmo acelerado mas decrescente ao longo dos três primeiros anos O aleitamento materno oferece muitas vantagens para a saúde e benefícios sensoriais e cognitivos e deve ser fei to exclusivamente pelo menos nos seis primeiros meses de vida Bebês com sobrepeso não correm risco especial de se tor narem adultos obesos a não ser que tenham pais obesos O sistema nervoso central controla a atividade sensório motora A lateralização possibilita a cada hemisfério do cérebro especializarse em diferentes funções O cérebro cresce mais rápido durante os meses que precedem e imediatamente após o nascimento quando os neurônios migram para suas posições assinaladas formam conexões sinápticas e sofrem integração e dife renciação A morte celular e a mielinização melhoram a eficiência do sistema nervoso Comportamentos reflexos primitivo locomotor e pos tural são indicações da condição neurológica A maior parte dos reflexos desaparece no primeiro ano de vida à medida que se desenvolve o controle cortical voluntário Especialmente durante o período inicial de rápido cres cimento a experiência ambiental pode influenciar o de senvolvimento do cérebro positiva ou negativamente Capacidades sensoriais presentes desde o nascimento e mesmo no útero desenvolvemse rapidamente nos primei ros meses de vida Bebês muito novos apresentam habili dades bastante pronunciadas para discriminar estímulos O tato é o primeiro sentido a se desenvolver e amadu recer Recémnascidos são sensíveis à dor Olfato tato e audição também começam a se desenvolver no útero A visão é o sentido menos desenvolvido no nascimento Visão periférica percepção das cores acuidade de foco visão binocular e a capacidade de acompanhar com os olhos um objeto em movimento tudo isso se desenvolve nos primeiros meses de vida princípio cefalocaudal 147 princípio próximodistal 147 sistema nervoso central 151 lateralização 152 neurônios 153 integração 153 diferenciação 153 morte celular 153 mielinização 154 comportamentos reflexos 155 plasticidade 157 indicad r indicad r Papalia04indd 166 Papalia04indd 166 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 167 Desenvolvimento motor Quais são os primeiros marcos do desenvolvimento motor e o que os influencia Habilidades motoras desenvolvemse numa certa se quência que pode depender em grande parte da matu ração mas também do contexto da experiência e da mo tivação Habilidades simples se combinam em sistemas complexos cada vez maiores A autolocomoção gera mudanças em todos os domínios do desenvolvimento A percepção está intimamente relacionada ao desen volvimento motor A percepção de profundidade e a percepção tátil desenvolvemse na primeira metade do primeiro ano Segundo a teoria ecológica de Gibson a percepção sensorial e a atividade motora estão coordenadas desde o nascimento ajudando os bebês a navegar em seu ambiente A teoria dos sistemas dinâmicos de Thelen sustenta que os bebês desenvolvem habilidades motoras não somen te devido à maturação mas também pela coordenação ativa de múltiplos sistemas de ação dentro de um am biente em transformação Práticas culturais podem influenciar o ritmo no início do desenvolvimento motor sistemas de ação 159 Teste de Avaliação do Desenvolvimento de Denver 160 habilidades motoras gerais 160 habilidades motoras finas 160 orientação visual 162 percepção de profundidade 162 percepção tátil 162 abismo visual 162 teoria ecológica da percepção 162 teoria dos sistemas dinâmicos TSD 164 indicad r Papalia04indd 167 Papalia04indd 167 010213 0923 010213 0923 Capítulo 5 pontos principais Estudando o desenvolvimento cognitivo seis abordagens Abordagem behaviorista os mecanismos básicos da aprendizagem Abordagem psicométrica testes de desenvolvimento e de inteligência Abordagem piagetiana o estágio sensóriomotor Abordagem do processamento de informações percepções e representações Abordagem da neurociência cognitiva as estruturas cognitivas do cérebro Abordagem sociocontextual aprendendo nas interações com cuidadores Desenvolvimento da linguagem pontos principais você sabia que Uma intervenção logo no começo da infância pode aumentar o QI de crianças de risco Recémnascidos com 2 dias preferem ver cenas novas a cenas familiares Bebês e crianças pequenas cujos pais leem para elas aprendem a ler mais cedo Neste capítulo tratamos das habilidades cognitivas de bebês e de crianças até 3 anos partindo de várias perspectivas behaviorista psicométrica Piagetiana processamento de informações neurocientífica cognitiva e sociocontextual Também seguimos o desenvolvimento inicial da linguagem você sabia Desenvolvimento Cognitivo nos Três Primeiros Anos Assim é meu sonho mas o que eu sou Um bebê que chora à noite Um bebê a chorar pedindo luz E sem outra linguagem senão o choro Alfred Lord Tennyson In memoriam Canto 54 1850 Papalia05indd 168 Papalia05indd 168 010213 0923 010213 0923 Papalia05indd 169 Papalia05indd 169 010213 0923 010213 0923 170 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Estudando o desenvolvimento cognitivo seis abordagens Como os bebês aprendem a resolver problemas Quando a memória se desenvolve Como explicar as diferenças individuais nas habilidades cognitivas Podemos medir a inteligência de um bebê ou prever seu grau de esperteza no futuro Essas questões há muito intrigam os cientistas do desenvolvimento muitos dos quais escolheram uma entre seis abordagens para seus estudos A abordagem behaviorista estuda os mecanismos básicos da aprendizagem Os behavioristas querem saber como o comportamento muda em resposta à experiência A abordagem psicométrica mede as diferenças quantitativas nas habilidades que compõem a inteligência utilizando testes que indicam ou preveem essas habilidades A abordagem piagetiana voltase para as mudanças ou estágios na qualidade do funcio namento cognitivo Ela quer saber como a mente estrutura suas atividades e se adapta ao ambiente A abordagem do processamento de informação focaliza a percepção aprendizagem memó ria e resolução de problemas Seu objetivo é descobrir como as crianças processam as informa ções do momento em que as recebem até utilizálas A abordagem da neurociência cognitiva examina o hardware do nosso sistema nervoso e busca identificar quais são as estruturas do cérebro envolvidas em aspectos específicos da cognição A abordagem sociocontextual examina os efeitos dos aspectos ambientais dos processos de aprendizagem particularmente o papel dos pais e de outros cuidadores Todas essas seis abordagens nos ajudam a entender como se desenvolve a cognição Quais são as seis abordagens ao estudo do desenvolvimento cognitivo indicad r abordagem behaviorista Abordagem ao estudo do desenvolvi mento cognitivo cuja preocupação é conhecer os mecanismos básicos da aprendizagem abordagem psicométrica Abordagem ao estudo do desenvolvi mento cognitivo que procura medir a inteligência quantitativamente abordagem piagetiana Abordagem ao estudo do desenvolvi mento cognitivo que descreve estágios qualitativos no funcionamento cognitivo abordagem do processamento de informação Abordagem ao estudo do desen volvimento cognitivo que analisa os processos envolvidos na percepção e no tratamento da informação indicadores de estudo 1 Quais são as seis abordagens ao estudo do desenvolvimento cognitivo 2 Como os bebês aprendem e por quanto tempo podem lembrar 3 A inteligência dos bebês e de crianças até 3 anos pode ser medida E como pode ser aprimorada 4 Como Piaget explicou o desenvolvimento cognitivo inicial 5 Como podemos medir a capacidade dos bebês de processar informações e quando os bebês começam a entender as características do mundo físico 6 O que a pesquisa sobre o cérebro pode revelar a respeito do desenvolvimento das habilidades cognitivas 7 De que maneira a interação social com adultos faz a competência cognitiva avançar 8 Como os bebês desenvolvem a linguagem e quais são as influências que contribuem para o progresso linguístico Papalia05indd 170 Papalia05indd 170 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 171 Abordagem behaviorista os mecanismos básicos da aprendizagem Bebês nascem com a capacidade de aprender com aquilo que veem ouvem cheiram degustam e tocam além de terem certa capacidade de lembrar o que aprenderam Embora os teóricos da apren dizagem reconheçam a maturação como fator limitante seu principal interesse são os mecanismos da aprendizagem Primeiro vejamos dois processos de aprendizagem estudados pelos behavioristas condicionamento clássico e condicionamento operante Depois consideraremos a habituação uma forma de aprendizagem estudada pelos pesquisadores do processamento de informação CONDICIONAMENTOS CLÁSSICO E OPERANTE Ansioso por captar os momentos memoráveis de Anna seu pai fotografou o bebê sorrindo engati nhando e fazendo outras proezas Toda vez que disparava o flash Anna piscava Certa manhã quando a menina tinha 11 meses ela viu o pai segurando a câmera na altura dos olhos e ela piscou antes do flash Ela havia aprendido a associar a câmera ao brilho da luz de modo que a simples visão da câmera ativou seu reflexo de piscar O ato de Anna piscar ao ver a câmera é um exemplo de condicionamento clássico em que a pessoa aprende a emitir uma resposta reflexa ou involuntária neste caso piscar diante de um estí mulo a câmera que originalmente não foi aquele que provocou a resposta O condicionamento clássi co permite aos bebês antecipar um evento antes que aconteça formando associações entre estímulos tais como a câmera e o flash que normalmente ocorrem juntos A aprendizagem por condicionamen to clássico será extinta ou desaparecerá aos poucos se não for reforçada por repetição Assim se Anna frequentemente visse a câmera sem o flash finalmente pararia de piscar ao ver apenas a câmera No condicionamento clássico o aprendiz é passivo absorvendo e automaticamente reagindo aos estímulos Por outro lado no condicionamento operante quando o bebê aprende que balbuciar resulta em atenção carinhosa o aprendiz age ou opera sobre o ambiente O bebê aprende a respon der de uma determinada maneira ao estímulo ambiental balbuciando ao ver os pais para produzir um efeito específico atenção parental Os pesquisadores geralmente usam o condicionamento operante para estudar outros fenômenos como a memória MEMÓRIA DOS BEBÊS Você consegue lembrarse de alguma coisa que aconteceu antes dos seus 2 anos de idade Provavelmente não Os cientistas do desenvolvimento propuseram várias explicações para esse fenômeno comum Uma explica ção sustentada por Piaget 1969 e outros é que eventos dessa época não são armazenados na memória porque o cérebro ainda não está suficien temente desenvolvido Freud por outro lado acreditava que as primeiras lembranças estão armazenadas porém reprimidas porque são emocional mente perturbadoras Outros pesquisadores sugerem que as crianças só conseguem armazenar eventos na memória quando podem falar sobre eles Nelson 1992 Pesquisas mais recentes que utilizam o condicionamento operan te com tarefas não verbais e apropriadas para a idade sugerem que o processamento da memória nos bebês pode não ser fundamentalmente diferente do que acontece com crianças mais velhas e adultos salvo que o tempo de retenção dos bebês é mais curto Esses estudos constata ram que os bebês repetirão uma ação dias ou semanas mais tarde se eles foram periodicamente lembrados da situação em que a aprenderam RoveeCollier 1999 indicad r Como os bebês aprendem e por quanto tempo podem lembrar abordagem da neurociência cognitiva Abordagem ao estudo do desenvolvi mento cognitivo que vincula os proces sos cerebrais aos processos cognitivos abordagem sociocontextual Abordagem ao estudo do desenvol vimento cognitivo que focaliza as influências ambientais particularmente os pais e outros cuidadores condicionamento clássico Aprendizagem baseada na associação de um estímulo que normalmente não elicita uma resposta com outro que a elicita condicionamento operante Aprendizagem baseada na associação do comportamento com suas conse quências O filho de um encantador de serpentes indiano brinca com uma cobra que o pai treinou mostrando que o medo de cobra é uma resposta aprendida e não instintiva As crianças podem ser condicionadas a temer animais asso ciados a experiências desagradáveis ou assustadoras Papalia05indd 171 Papalia05indd 171 010213 0923 010213 0923 172 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Em uma série de experimentos realizados por Carolyn RoveeCollier e associados os bebês fo ram submetidos a condicionamento operante para mexer a perna e ativar um móbile preso a um dos tornozelos por uma fita Bebês de 2 a 6 meses aos quais foram apresentados os mesmos móbiles dias ou semanas depois repetiam os chutes mesmo quando seu tornozelo não mais estava preso ao móbile Quando os bebês viram esses móbiles deram mais chutes do que antes do condicionamento mostrando que o reconhecimento dos móbiles acionava a lembrança de sua experiência inicial com esses objetos Em uma tarefa semelhante crianças de 9 a 12 meses foram condicionadas a pressionar uma alavanca para fazer um trem de brinquedo percorrer um circuito A extensão de tempo que uma resposta condicionada podia ser retida aumentou com a idade de dois dias para crianças de 2 meses a 13 semanas para crianças de 18 meses Hartshorn et al 1998 RoveeCollier 1996 1999 A memória de bebês novos sobre um comportamento parece estar associada especificamente ao indicativo original Bebês entre 2 e 6 meses repetiam o comportamento aprendido somente quando viam o móbile ou o trem original Entretanto crianças entre 9 e 12 meses experimentavam o com portamento em um trem diferente se não mais que duas semanas se passassem desde o treinamento RoveeCollier 1999 Um contexto familiar pode melhorar a evocação quando a lembrança de alguma coisa enfraque ceu Crianças de 3 9 e 12 meses inicialmente podiam reconhecer o móbile ou o trem num ambiente diferente daquele onde foram treinadas mas não depois de passado muito tempo Lembretes não ver bais periódicos por meio de uma breve exposição ao estímulo original podem manter uma lembrança desde a primeira infância até entre 1 e 2 anos de idade RoveeCollier 1999 Pelo menos um importante pesquisador da memória refuta a alegação de que as memórias condi cionadas sejam qualitativamente as mesmas das crianças mais velhas e dos adultos De uma perspec tiva evolucionista do desenvolvimento as habilidades se desenvolvem à medida que podem realizar funções úteis na adaptação ao ambiente O conhecimento procedural e perceptual demonstrado logo cedo pelos bebês ao chutar um móbile para ativálo não é a mesma coisa que a memória explícita de uma criança mais velha ou de um adulto sobre eventos específicos A primeira infância é uma fase de grandes transformações e é improvável que a retenção de experiências específicas seja útil por muito tempo Essa pode ser uma das razões de os adultos não se lembrarem de eventos que aconteceram quando eram bebês Nelson 2005 Mais adiante discutiremos pesquisas sobre o cérebro que lançam alguma luz sobre o desenvolvimento da memória na primeira infância verificador você é capaz de Comparar as seis abordagens ao estudo do desenvolvi mento cognitivo e identificar seus objetivos Dar exemplos de condiciona mento clássico e condiciona mento operante e discutir o que os estudos de condiciona mento operante descobriram sobre a memória dos bebês Bebês de 2 a 6 meses que apren dem que seus chutes ativam um móbile lembramse dessa habilidade mesmo se o móbi le for removido por até duas semanas Quando o móbile re torna o bebê começa a chutar logo que vê o brinquedo Papalia05indd 172 Papalia05indd 172 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 173 Abordagem psicométrica testes de desenvolvimento e de inteligência Embora não haja um consenso científico claro sobre a definição de comportamento inteligente a maioria dos profissionais concorda que o comportamento inteligente é orientado para uma meta e é adaptativo direcionado para se adaptar às circunstâncias e condições de vida A inteligência permite às pessoas adquirir lembrar e utilizar conhecimento entender conceitos e relações e resolver os problemas do dia a dia A natureza precisa da inteligência tem sido debatida por muitos anos e também a melhor ma neira de medila O movimento moderno para testar a inteligência teve início no começo do século XX quando administradores de escolas em Paris pediram ao psicólogo Alfred Binet que elaborasse um modo de identificar crianças que não pudessem acompanhar o trabalho escolar e precisassem de instruções especiais O teste desenvolvido por Binet e seu colega Theodore Simon foi o precursor dos testes psicométricos que avaliam a inteligência por números O objetivo da aplicação de testes psicométricos é medir quantitativamente os fatores que supos tamente constituem a inteligência tais como compreensão e raciocínio e a partir dos resultados dessa medida prever o desempenho futuro como o desempenho escolar Os testes de QI quociente de inteligência consistem em perguntas ou tarefas que devem mostrar quanto das habilidades medidas a pessoa possui comparando seu desempenho com normas estabelecidas para um grupo extenso que compôs a amostra de padronização Para crianças em idade escolar as pon tuações no teste de inteligência podem servir para prever o desempenho na escola com ra zoável precisão e confiabilidade como será discutido no Capítulo 9 Testar bebês e crianças pequenas já é outra questão Como os bebês não podem nos dizer o que sabem e como pensam a maneira mais óbvia de aferir sua inteligência é avaliando o que sabem fazer Mas se eles não pegarem um chocalho é difícil saber se não o fizeram porque não sabiam como não estavam com vontade não perceberam o que se esperava deles ou simplesmente perderam o interesse TESTES DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL Embora seja praticamente impossível medir a inteligência de um bebê é possível testar seu desenvol vimento Os testes de desenvolvimento comparam o desempenho do bebê numa série de tarefas com normas estabelecidas baseadas na observação do que um grande número de bebês e crianças pequenas sabe fazer em determinadas idades As Escalas Bayley de Desenvolvimento Infantil Bayley 1969 1993 2005 constituem um teste de desenvolvimento amplamente utilizado e elaborado para avaliar crianças entre 1 mês e 3 anos e meio Pontuações na BayleyIII indicam os pontos fortes e fracos e as competências de uma criança em cada uma das cinco áreas do desenvolvimento cognitivo linguagem motor socioemocional e comportamento adaptativo Uma escala opcional de classificação do comportamento pode ser preen chida pelo examinador em parte com base nas informações dadas pelo cuidador Pontuações separa das chamadas de quocientes de desenvolvimento QDs são calculadas para cada escala Os QDs são muito úteis para detectar logo no início perturbações emocionais e déficits sensoriais neurológicos e ambientais e podem ajudar pais e profissionais a planejar o atendimento das necessidades da criança AVALIANDO O IMPACTO DO AMBIENTE DOMÉSTICO A inteligência já foi considerada como algo fixado desde o nascimento mas agora sabemos que é influenciada tanto pela hereditariedade quanto pelo ambiente Conforme foi discutido no Capítulo 4 A inteligência dos bebês e de crianças até 3 anos pode ser medida E como pode ser aprimorada indicad r comportamento inteligente Comportamento que é orientado para uma meta e que se adapta às circuns tâncias e condições de vida Piaget que você conhecerá mais adiante interessouse pela cognição das crianças quando trabalhava neste projeto Designado para padronizar tarefas para o raciocínio em testes de inteligência ele acabou se interessando mais pelos erros lógicos cometidos pelas crianças do que pelas respostas corretas testes de QI quociente de inteligência Testes psicométricos que procuram medir a inteligência comparando o de sempenho de quem responde ao teste com normas padronizadas Somente dois itens das Escalas Bayley se correlacionam com o futuro QI velocidade de habituação quanto tempo levam para ficar entediados com os itens e preferência por novidade se eles gostam ou não de novos estímulos Outras informações sobre isso mais adiante testes de desenvolvimento Testes psicométricos que comparam o desempenho do bebê numa série de tarefas com normas padronizadas para idades específicas Escalas Bayley de Desenvolvimento Infantil Teste padronizado que avalia o desen volvimento mental e motor de bebês e crianças até 3 anos Papalia05indd 173 Papalia05indd 173 010213 0923 010213 0923 174 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman a estimulação precoce do cérebro é fundamental para o desenvolvimento cognitivo futuro Quais as características do ambiente doméstico da infância que podem influenciar as medidas de inteligência e outras medidas do desenvolvimento cognitivo Utilizando o Inventário HOME de Observação Doméstica R H Bradley 1989 Caldwell e Bradley 1984 observadores treinados entrevistam o cuidador principal e classificam com sim ou não a estimulação intelectual e o suporte observado no lar da criança As pontuações do HOME estão significativamente relacionadas às medidas do desenvolvimento cognitivo Totsika e Sylva 2004 Um fator importante avaliado pelo HOME é a responsividade parental O HOME dá pon tos aos pais que acariciam e beijam o filho durante a visita do examinador Um estudo longitudinal encontrou correlações positivas entre a responsividade dos pais a seus filhos de 6 meses e o QI da criança escores em testes de desempenho e o comportamento em sala de aula avaliado pelo professor até a idade de 13 anos Bradley et al 2001 O HOME também avalia o número de li vros na casa a presença de brinquedos que in centivam o desenvolvimento de conceitos e o envolvimento dos pais nas brincadeiras dos fi lhos Em uma análise de avaliações HOME de 29264 crianças norteamericanas a simula ção de aprendizagem mostrouse sistematica mente associada aos escores de desempenho no jardim de infância bem como à compe tência na linguagem e aos desenvolvimentos motor e social Bradley et al 2001 É claro que alguns itens do HOME po dem ser menos culturalmente pertinentes em famílias não ocidentais do que em famílias ocidentais Bradley et al 2001 Também não se pode ter certeza com base em dados correlacionais que a responsividade parental ou um ambiente doméstico enriquecido realmente incrementem a inteli gência de uma criança Tudo o que podemos dizer é que esses fatores estão associados à inteligência elevada É mais provável que pais inteligentes e instruídos proporcionem um ambiente doméstico positivo e estimulante e como eles transmitem seus genes para os filhos talvez haja uma influência genética também Outras pesquisas identificaram sete aspectos do ambiente doméstico nos primeiros meses de vida que possibilitam o desenvolvimento cognitivo e psicossocial e ajudam a preparar as crianças para a escola As sete condições são 1 incentivo para explorar o ambiente 2 supervisão do desenvol vimento de habilidades cognitivas e sociais básicas 3 elogios às realizações 4 orientação para a prática e para a expansão de habilidades 5 proteção contra desaprovação imprópria provocações e punições 6 enriquecimento da comunição e responsividade e 7 orientação e limitação do com portamento A presença constante dessas sete condições logo no começo da vida forma um vínculo causal com muitas áreas do funcionamento do cérebro e do desenvolvimento cognitivo C T Ramey e S L Ramey 2003 p 4 A Tabela 51 traz uma lista de sugestões específicas para ajudar o bebê a desenvolver sua competência cognitiva INTERVENÇÃO PRECOCE A intervenção precoce é um processo sistemático de planejamento e fornecimento de serviços terapêuticos e educacionais para famílias que precisam de ajuda para satisfazer as necessidades de desenvolvimento de bebês e crianças em idade préescolar Dois estudos controlados de atribuição aleatória entre outros testaram a eficácia da intervenção precoce C T Ramey e S L Ramey 1998b 2003 Inventário HOME de Observação Doméstica Instrumento para medir a influência do ambiente doméstico no desenvolvi mento cognitivo da criança intervenção precoce Processo sistemático de atendimento que ajuda as famílias a satisfazer as necessidades de desenvolvimento das crianças O Inventário HOME de Observação Doméstica faz avaliações positivas de pais que elogiam o filho ou respondem suas perguntas Papalia05indd 174 Papalia05indd 174 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 175 Esses dois programas o projeto CARE Wasik et al 1990 e o Abecederian Project C T Ramey e Campbell 1991 envolveram um total de 174 bebês de lares de risco do Estado da Carolina do Nor te Estados Unidos Em cada projeto um grupo experimental com crianças de 6 semanas até a idade préescolar foi inscrito no Parceiros da Aprendizagem um programa educacional de tempo integral para a infância que faz parte do centro de desenvolvimento infantil de uma universidade Como os grupos experimentais os gruposcontrole receberam o mesmo atendimento pediátrico e de assistência social alimentos balanceados para o bebê e visitas domésticas mas estes não estavam inscritos no programa C T Ramey e S L Ramey 2003 Em ambos os projetos as crianças que participaram do programa mostraram uma grande vantagem sobre os gruposcontrole na pontuação do teste de desenvolvimento durante os primeiros 18 meses Aos 3 anos o QI médio das crianças do Abecedarian era 101 e o das crianças do CARE 105 igual ou superior à média da população geral comparados a 84 e 93 obtidos pelos gruposcontrole C T Ramey e S L Ramey 1998b Entretanto os ganhos pareciam diminuir com o tempo se as crianças deixavam de receber apoio Uma análise recente dos dados atuais sobre crianças dos dois projetos originais sugere a necessidade de uma compreensão das nuanças dos processos Taxas de graduação no ensino médio Prevenção é quando se intervém antes de surgir o problema geralmente com base em fatores de risco conhecidos Intervenção é quando se age para ajudar num problema já existente TABELA 51 Promovendo competência Descobertas feitas pelo inventário HOME e por estudos neurológicos e outras pesquisas sugerem as seguintes diretrizes para promover o desenvolvimento cognitivo de bebês e crianças pequenas 1 Nos primeiros meses forneça estimulação sensorial mas evite a superestimulação e os ruídos que distraem 2 À medida que o bebê for crescendo crie um ambiente que promova a aprendizagem um am biente que inclua livros objetos interessantes que não precisam ser brinquedos caros e um lugar para brincar 3 Responda aos sinais do bebê Isso estabelece um senso de confiança de que o mundo é um lugar amigável e lhe dá um senso de controle sobre sua vida 4 Dê ao bebê poder de efetuar mudanças com brinquedos que possam ser chacoalhados molda dos ou movimentados Ajude o bebê a descobrir que girar a maçaneta faz abrir a porta pressio nar um interruptor faz acender a luz e abrir uma torneira faz correr a água para tomar banho 5 Dê ao bebê liberdade para explorar Não o confine regularmente durante o dia em um berço cadeirinha ou em um quarto pequeno e mesmo por curtos períodos num cercado Torne o ambiente seguro para ele e solteo 6 Converse com o bebê Ele não vai aprender a falar ouvindo rádio ou televisão precisa de inte ração com adultos 7 Ao falar ou brincar com o bebê envolvase naquilo que ele estiver interessado no momento em vez de tentar redirecionar a atenção dele para outra coisa 8 Arranje oportunidades para ele aprender as habilidades básicas como nomear comparar e separar objetos por tamanho cor etc colocando itens em sequência e observando as con sequências das ações 9 Aplauda as novas habilidades e ajude o bebê a praticálas e expandilas Fique por perto mas não sufoque 10 Desde a mais tenra idade leia para o bebê num ambiente aconchegante e afetuoso Ler em voz alta e falar sobre as histórias desenvolve as habilidades de prontidão para a alfabetização 11 Utilize a punição com moderação Não puna nem ridicularize os resultados da exploração nor mal de tentativa e erro Fontes R R Bradley e Caldwell 1982 R R Bradley Caldwell e Rock 1988 R H Bradley et al 1989 C T Ramey e Ramey 1998a 1998b S L Ramey e Ramey 1992 Staso citado em Blakeslee 1997 J H Stevens e Bakeman 1985 B L White 1971 B L White Kaban e Attanucci 1979 Papalia05indd 175 Papalia05indd 175 010213 0923 010213 0923 176 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman emprego e gravidez durante a adolescência não foram afetadas pela participação na intervenção esses fatores estavam associados a fatores de risco do começo da infância No entanto a entrada na faculdade e a obtenção de um emprego qualificado foram afetadas Os autores argumentam que é difícil para todas as crianças de famílias de alto risco como essas realizar as tarefas básicas da vida adulta como graduarse no ensino médio No entanto uma vez realizadas aquelas tarefas mais básicas a participação num programa de intervenção poderia proporcionar a esses jovens adultos as habilidades para que sejam bemsucedidos em outras tarefas mais complexas como entrar na faculdade e obter um emprego qualificado Em outras palavras a intervenção de alta qualidade educacional na infância protegeu as crianças dos efeitos negati vos de longo prazo de um ambiente doméstico não estimulante Pungello et al 2010 As intervenções mais eficazes na infância são aquelas que 1 começam bem cedo e continuam ao longo dos anos préescolares 2 são intensivas isto é ocupam mais tempo em um dia ou mais dias em uma semana mês ou ano 3 proporcionam experiências educacionais diretas não apenas treina mento parental 4 incluem saúde aconselhamento familiar e serviços sociais e 5 são adaptadas às diferenças e necessidades individuais Abordagem piagetiana o estágio sensóriomotor O primeiro dos quatro estágios de Piaget para o desenvolvimento cognitivo é o estágio sensório motor Durante esse estágio do nascimento até os 2 anos aproximadamente os bebês aprendem sobre si mesmos e sobre o mundo mediante suas atividades sensoriais e motoras Os bebês passam de seres que respondem basicamente por meio de reflexos e comportamento aleatório a crianças orien tadas para uma meta SUBESTÁGIOS DO ESTÁGIO SENSÓRIOMOTOR O estágio sensóriomotor consiste em seis subestágios Tabela 52 que fluem de um para o outro à medida que os esquemas do bebê os padrões de pensamento e comportamento tornamse mais elaborados Durante os cinco primeiros subestágios o bebê aprende a coordenar os dados prove nientes dos sentidos e a organizar suas atividades em relação ao ambiente Durante o sexto e último subestágio ele evolui da aprendizagem por tentativa e erro para o uso de símbolos e conceitos a fim de resolver problemas simples verificador você é capaz de Dizer por que testes de desen volvimento são às vezes mi nistrados a bebês e crianças de até 3 anos Identificar aspectos do am biente doméstico infantil que podem influenciar o desen volvimento cognitivo Discutir o valor da interven ção feita na infância Como Piaget explicou o desenvolvimento cognitivo inicial indicad r estágio sensóriomotor Na teoria de Piaget o primeiro estágio do desenvolvimento cognitivo durante o qual os bebês aprendem por meio dos sentidos e da atividade motora esquemas Na terminologia de Piaget padrões de pensamento e comportamento utiliza dos em determinadas situações Estudos mostram que a inter venção educacional na infân cia pode ajudar a compensar os riscos ambientais Papalia05indd 176 Papalia05indd 176 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 177 TABELA 52 Os seis subestágios do estágio sensóriomotor do desenvolvimento cognitivo de Piaget Subestágio Idades Descrição Comportamento 1 Uso de reflexos Nascimento até 1 mês Os bebês exercitam seus reflexos inatos e obtêm algum controle sobre eles Não coordenam as informações dos sentidos Não agarram um objeto para o qual estejam olhando Denise começa a sugar quando o peito da mãe está em sua boca 2 Reações circulares primárias 1 a 4 meses Os bebês repetem comportamentos agradáveis que primeiro ocorrem ao acaso como sugar o dedo As ativi dades são focadas em seu corpo e não nos efeitos do comportamento sobre o ambiente Fazem as primeiras adap tações adquiridas ou seja sugam di ferentes objetos de maneira diferente Começam a coordenar a informação sensorial e agarrar objetos Quando lhe dão a mamadeira Daniel que geralmente mama no peito consegue ajustar a sucção ao bico de borracha 3 Reações circulares secundárias 4 a 8 meses Os bebês tornamse mais interessados no ambiente repetem ações que pro duzem resultados interessantes como agitar um chocalho e prolongam experiências interessantes As ações são intencionais mas inicialmente não orientadas para uma meta Alexandre empurra pedacinhos de cereal até a borda de sua cadeirinha e obser va cada pedaço caindo no chão 4 Coordenação de esquemas secundários 8 a 12 meses O comportamento é mais deliberado e proposital intencional à medida que os bebês coordenam esquemas previamente aprendidos como olhar para um chocalho e agarrálo e usam comportamentos previamente apren didos para atingir suas metas como atravessar a sala engatinhando para pegar um brinquedo desejado Po dem antecipar eventos Ana aperta o botão de seu livrinho de músicas infantis e ouve Cai cai balão Em vez de apertar os botões das ou tras músicas ela prefere apertar esse botão repetidas vezes 5 Reações circulares terciárias 12 a 18 meses As crianças demonstram curiosidade e experimentação variam propositada mente suas ações para ver os resulta dos agitando diferentes chocalhos para ouvir os sons Exploram ativa mente seu mundo para determinar o que é novidade sobre um objeto evento ou situação Experimentam novas atividades e fazem uso da tenta tiva e erro para resolver problemas A irmã mais velha de Bruno segura o livro favorito do irmão e tenta passálo para ele através das grades do berço Ele estica os braços para pegálo mas não consegue porque o livro é muito largo Logo porém Bruno vira o livro de lado e o abraça encantado com o sucesso 6 Combinações mentais 18 a 24 meses Agora que as crianças já podem repre sentar eventos mentalmente não estão mais limitadas à tentativa e erro para resolver problemas O pensamen to simbólico permite pensar sobre eventos e antecipar suas consequên cias sem precisar recorrer sempre à ação Elas começam a demonstrar insights Sabem usar símbolos como gestos e palavras e sabem fingir Júlia brinca com sua caixaencaixa pro curando cuidadosamente o encaixe certo para cada forma antes de tentar e conseguir Nota Os bebês apresentam um enorme crescimento cognitivo durante o estágio sensóriomotor de Piaget pois aprendem sobre o mundo por meio dos sentidos e das atividades motoras Observe seu progresso na resolução de problemas e a coordenação de informações sensoriais Todas as idades são aproximadas Papalia05indd 177 Papalia05indd 177 010213 0923 010213 0923 178 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Boa parte desse crescimento cognitivo inicial surge por meio de reações circulares quando o bebê aprende a reproduzir eventos agradáveis ou interessantes originalmente descobertos ao acaso Inicialmente uma atividade como sugar produz uma sensação tão agradável que o bebê quer repeti la A repetição novamente gera prazer o que motiva o bebê a fazêlo mais uma vez Figura 51 O comportamento originalmente aleatório foi consolidado em um novo esquema No primeiro subestágio do nascimento a 1 mês aproximadamente o neonato começa a exer citar algum controle sobre seus reflexos inatos iniciando um comportamento mesmo quando o es tímulo normal não está presente Assim por reflexo o recémnascido suga quando seus lábios são tocados Mas logo aprende a encontrar o mamilo mesmo quando seus lábios não são tocados e suga em momentos em que não tem fome Esses comportamentos mais recentes ilustram como o bebê modifica e amplia o esquema para sucção No segundo subestágio por volta de 1 a 4 meses o bebê aprende a repetir propositadamente uma sensação corporal agradável obtida ao acaso sugando o polegar como na Figura 51a Ele tam bém começa a se voltar para os sons demonstrando a capacidade de coordenar diferentes tipos de informação sensorial visão e audição O terceiro subestágio em torno de 4 a 8 meses coincide com um novo interesse em manipu lar objetos e aprender sobre suas propriedades Os bebês repetem intencionalmente uma ação não reações circulares Na terminologia de Piaget processos pelos quais o bebê aprende a reprodu zir ocorrências desejadas originalmente descobertas ao acaso O bebê suga o polegar O bebê pisa no pato de borracha O bebê aperta o pato de borracha O bebê gosta de sugar a Reação circular primária ação e resposta ambos envolvem o próprio corpo do bebê 1 a 4 meses b Reação circular secundária a ação obtém uma resposta de outra pessoa ou de outro objeto que leva o bebê a repetir a ação original 4 a 8 meses c Reação circular terciária a ação gera um resultado agradável que leva o bebê a realizar ações semelhantes para obter resultados semelhantes 12 a 18 meses O bebê emite arrulhos O bebê vê uma face sorridente O pato faz barulho FIGURA 51 Reações circulares primárias secundárias e terciárias Papalia05indd 178 Papalia05indd 178 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 179 simplesmente por repetir como no segundo estágio mas para obter resultados além do próprio corpo da criança Nessa idade por exemplo o bebê repetidamente vai agitar o chocalho para ouvir o barulho ou emitirá arrulhos quando aparecer uma face amiga como na Figura 51b para que ela fique mais tempo Na época em que os bebês chegam ao quarto subestágio em torno de 8 a 12 meses eles apren deram a fazer generalizações a partir da experiência passada para resolver novos problemas Eles vão engatinhar para pegar algo que desejam vão agarrálo ou afastar um obstáculo que esteja no caminho por exemplo a mão de alguém Eles modificam e coordenam esquemas anteriores como os de enga tinhar empurrar e agarrar para encontrar um que funcione Esse subestágio marca o desenvolvimento de comportamentos complexos orientados para uma meta No quinto subestágio entre 12 e 18 meses os bebês começam a experimentar com novos com portamentos para ver o que acontece Quando começam a andar poderão explorar com mais facilida de o ambiente Agora eles se envolvem em reações circulares terciárias variando uma ação para obter resultado semelhante em vez de meramente repetir o comportamento agradável que acidentalmente descobriram Por exemplo a criança poderá apertar um pato de borracha que fez barulho quando ela pisou nele para ver se fará o barulho novamente como na Figura 51c Pela primeira vez as crianças demonstram originalidade na resolução de problemas Por tentativa e erro elas experimentam com portamentos até encontrarem a melhor maneira de atingir uma meta O sexto subestágio entre 18 meses e 2 anos é uma transição para o estágio préoperatório da primeira infância A capacidade de representação capacidade de representar mentalmente ob jetos e ações na memória principalmente por meio de símbolos como palavras números e imagens mentais liberta as crianças a partir dos 2 anos da experiência imediata Elas sabem fingir e sua ca pacidade de representação afeta a sofisticação de seu fingimento Bornstein et al 1996 Elas sabem pensar em ações antes de realizálas Não precisam mais recorrer à laboriosa tentativa e erro para resolver problemas elas podem experimentar soluções mentalmente Durante esses seis subestágios os bebês desenvolvem a capacidade de pensar e lembrar Tam bém desenvolvem conhecimento sobre certos aspectos do mundo físico tais como objetos e relações espaciais Pesquisadores inspirados por Piaget descobriram que alguns desses desenvolvimentos estão muito próximos das observações desse autor mas outros desenvolvimentos incluindo a capacidade de representação podem ocorrer mais cedo do que ele afirmava ser possível A Tabela 53 compara as opiniões de Piaget sobre esses e outros tópicos com descobertas mais recentes consulte essa tabela enquanto continua com a leitura A CAPACIDADE DE IMITAÇÃO DESENVOLVESE ANTES DO QUE PIAGET IMAGINAVA A imitação é uma maneira importante de aprender Tornase especialmente valiosa no final do primei ro ano de vida quando os bebês experimentam novas habilidades Piaget sustentava que a imitação invisível imitação usando partes do corpo que o bebê não pode ver como a boca e a língua desenvolvese por volta dos 9 meses após a imitação visível como o uso das mãos ou dos pés que podem ser vistos pelo bebê Entretanto numa série de estudos feitos por Andrew Meltzoff e M Keith Moore 19831989 bebês com menos de 72 horas de idade pareciam imitar os adultos abrindo a boca e mostrando a língua uma resposta que outros pesquisadores constataram que desaparece por volta dos 2 meses Bjorklund e Pellegrini 2000 De acordo com Meltzoff e Gopnik 1993 esse comportamento imitativo inicial é o resultado de um mecanismo do tipo como eu o bebê procura imitar faces que tenham as mesmas propriedades línguas que saem da boca que a sua própria Esse mecanismo do tipo como eu sugere Meltzoff 2007 pode ser a base para a cognição social a capacidade de entender os objetivos ações e sentimentos dos outros Meltzoff 2007 ver Capítulo 6 Meltzoff e Moore 1994 sugerem ainda que os bebês têm uma predisposição inata a imitar faces humanas o que pode servir ao propósito evolucionista para a sobrevivência de comunicação com um cuidador Rakison 2005 Outros pesquisadores argumentaram que mostrar a língua pode simplesmente ser um comporta mento exploratório despertado pela visão da língua de um adulto Bjorklund 1997 S S Jones 1996 Kagan 2008 O ato de mostrar a língua pode servir a um propósito adaptativo diferente no caso de um bebê o qual talvez esteja respondendo a informações puramente perceptuais do que para uma capacidade de representação Terminologia de Piaget para a capaci dade de armazenar imagens mentais ou símbolos de objetos e eventos verificador você é capaz de Resumir os principais de senvolvimentos durante os seis subestágios do estágio sensóriomotor Explicar como funcionam as reações circulares primárias secundárias e terciárias Dizer por que o desenvol vimento da capacidade de representação é importante imitação invisível Imitação usando partes do corpo que a criança não pode ver imitação visível Imitação usando partes do corpo que a criança pode ver Papalia05indd 179 Papalia05indd 179 010213 0923 010213 0923 180 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman criança mais velha cuja resposta baseiase em uma representação cognitiva do comportamento de outra pessoa Bjorklund e Pellegrini 2000 Kagan 2008 Se for assim o uso do termo imitação para descrever ambos os tipos de comportamento pode ser enganoso Kagan 2008 Piaget também sustentava que crianças com menos de 18 meses não podiam fazer imitação dife rida de um ato que viram algum tempo atrás porque ainda não eram capazes de reter representações mentais Entretanto Piaget pode ter subestimado a capacidade de representação de bebês e crianças pe quenas por causa da limitada capacidade que elas têm de falar do que se lembram Bebês de 6 semanas imitaram os movimentos faciais de um adulto 24 horas depois na presença do mesmo adulto que dessa vez permaneceu inexpressivo Essa observação sugere que bebês muito novos podem reter a represen tação mental de um evento simples Meltzoff e Moore 1994 1998 A imitação diferida de eventos novos ou complexos parece começar entre 6 e 9 meses Bauer 2002 Meltzoff e Moore 1998 Assim as descobertas sobre imitação diferida estão de acordo com aquelas sobre condicionamento operante RoveeCollier 1999 bebês de fato parecem ser capazes de lembrar após algum tempo imitação diferida Na terminologia de Piaget a reprodu ção de um comportamento observado após algum tempo evocandose um símbolo armazenado desse compor tamento TABELA 53 Desenvolvimentos fundamentais do estágio sensóriomotor Conceito ou habilidade Visão de Piaget Descobertas mais recentes Imitação A imitação invisível desenvolve se por volta dos 9 meses a imitação diferida começa após o desenvolvimento de repre sentações mentais no sexto subestágio 1824 meses Estudos controversos constataram a imitação invisível em recém nascidos e a imitação diferida já na sexta semana A imitação diferida de atividades complexas parece existir já aos 6 meses Permanência do objeto Desenvolvese gradualmente entre o terceiro e o sexto subestágios Bebês ainda com 35 meses se gundo subestágio parecem demonstrar conhecimento do objeto embora a interpretação da descoberta seja controversa Desenvolvimento simbólico Depende do pensamento de representativo que se desen volve no sexto subestágio 1824 meses O entendimento de que as ima gens representam outra coisa ocorre por volta dos 19 meses Crianças com menos de 3 anos tendem a ter dificuldade em in terpretar modelos de escala Categorização Depende do pensamento de re presentativo que se desenvolve durante o sexto subestágio 1824 meses Bebês de 3 meses parecem reco nhecer categorias perceptuais no final do primeiro ano sabem categorizar por função Causalidade Desenvolvese lentamente entre 46 meses e 1 ano com base nas descobertas do bebê primeiro dos efeitos de suas próprias ações e depois dos efeitos das forças externas Algumas evidências sugerem consciência de eventos causais específicos no mundo físico nos primeiros meses mas a compreensão geral de causali dade talvez se desenvolva mais lentamente Número Depende do uso de símbolos que começa no sexto subestágio 1824 meses Bebês de 5 meses podem reco nhecer e manipular mental mente números pequenos mas a interpretação desses dados ainda é controversa Papalia05indd 180 Papalia05indd 180 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 181 Na imitação induzida os pesquisadores induzem os bebês e as crianças pequenas a imitarem uma série de ações específicas que eles já viram mas não necessariamente realizaram A demonstra ção inicial pode ser acompanhada de uma simples explicação verbal Bauer 1996 2002 Bauer et al 2000 Bauer et al 2003 Depois de um mês sem qualquer outra demonstração ou explicação em torno de 45 das crianças de 9 meses conseguem reproduzir um procedimento simples de duas eta pas como deixar um carro de brinquedo descer por um tubo e depois empurrálo para fazêlo seguir até o final de uma pista e acender uma luz Bauer 2002 Bauer et al 2003 Um estudo previu diferenças individuais no desempenho dessa tarefa a partir de escaneamentos do cérebro dos bebês enquanto eles olhavam para fotos do mesmo procedimento uma semana depois de vêlo pela primeira vez Os traços de memória de bebês que não conseguiam repetir o procedimen to na ordem certa eram menos fortes indicando que eles não haviam consolidado a memória para o armazenamento de longo prazo Bauer et al 2003 Quatro fatores parecem determinar a recordação ou memória de longo prazo 1 o número de vezes em que os eventos foram experimentados 2 se a criança participa ativamente ou apenas observa 3 se a criança recebe lembretes verbais da expe riência e 4 se a sequência de eventos ocorre em ordem lógica e causal Bauer et al 2000 O DESENVOLVIMENTO DO CONHECIMENTO SOBRE OBJETOS E SÍMBOLOS A capacidade de perceber o tamanho e a forma de objetos e discernir seus movimentos pode ser um mecanismo que evoluiu para evitar os predadores Rakison 2005 O conceito de objeto a ideia de que os objetos têm sua própria existência independente características e localizações próprias no espaço é um desenvolvimento cognitivo tardio fundamental para uma visão ordenada da realidade física O conceito de objeto é a base para a consciência que as crianças têm de que elas próprias exis tem separadamente dos objetos e das outras pessoas É fundamental para entender um mundo cheio de objetos e eventos Quando a permanência do objeto se desenvolve Um dos aspectos do conceito de objeto é a permanência do objeto a percepção de que ele ou uma pessoa continua existindo quando está fora do campo de visão A permanência do objeto se desenvolve gradualmente durante o estágio sensóriomotor A princípio o bebê não tem essa noção Por volta do terceiro subestágio entre 4 e 8 meses ele vai procurar algo que tenha derrubado mas se não conseguir encontrar agirá como se o objeto não mais existisse No quarto subestágio entre 8 e 12 meses ele procurará o objeto no lugar onde o encontrou pela primeira vez após vêlo escondido mesmo se depois ele o viu ser removido para outro lugar isso é conhecido como erro Anão B No quinto subestágio entre 12 e 18 meses o bebê segundo Piaget não mais comete esse erro ele vai procurar o objeto no último lugar em que o viu escondido Entretanto não procurará em um lugar onde não o viu escondido Por volta do sexto subestágio entre 18 e 24 meses a permanência do objeto é plenamente conquistada crianças pequenas procuram um objeto mesmo se não o virem escondido A teoria dos sistemas dinâmicos de Esther Thelen propõe que a decisão de onde procurar um objeto escondido não é sobre o que os bebês sabem mas o que eles fazem e por quê Um dos fatores é o tempo decorrido entre o momento em que o bebê vê o objeto escondido num lugar diferente e o momento em que ele o alcança na nova localização Se o tempo decorrido for breve há maior pro babilidade de o bebê alcançálo na nova localização Quando o intervalo de tempo for mais longo porém a memória de ter previamente encontrado o objeto no lugar antigo inclina o bebê a procurar ali novamente e essa inclinação tornase mais forte quanto mais o bebê o tenha encontrado ali Smith e Thelen 2003 Spencer Smith e Thelen 2001 Spencer et al 2006 Outras pesquisas sugerem que os bebês talvez não consigam procurar ob jetos escondidos porque ainda não podem executar uma sequência de ações imitação induzida Método de pesquisa em que os bebês ou crianças de até 3 anos são induzidas a imitarem uma série específica de ações que já viram mas não necessaria mente realizaram permanência do objeto Na terminologia de Piaget compreen são de que uma pessoa ou objeto ain da existe quando está fora do campo de visão Essa menina parece demonstrar ter alguma noção do conceito de permanência do objeto ao procurar um objeto parcialmente escondido A idade em que a permanência do objeto começa a se desenvolver é alvo de controvérsias Papalia05indd 181 Papalia05indd 181 010213 0923 010213 0923 182 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman em duas etapas ou com as duas mãos como deslocar uma almofada ou levantar a tampa de uma caixa para pegar o objeto Quando repetidas oportunidades lhes são dadas no período entre 1 e 3 meses para explorar manipular e aprender sobre uma tarefa bebês entre 6 e 12 meses podem ser bem sucedidos Bojczyk e Corbetta 2004 Quando a permanência do objeto é testada escondendose o objeto apenas pela escuridão tornan doo recuperável com apenas um movimento bebês no terceiro subestágio entre 4 e 8 meses têm um desempenho surpreendentemente positivo Goubet e Clifton 1998 Métodos baseados somente no comportamento visual do bebê eliminam a necessidade de qual quer atividade motora e assim podem ser utilizados em idades bem precoces Conforme discutiremos mais adiante neste capítulo pesquisas que utilizam a metodologia de processamento de informação sugerem que bebês já aos 3 ou 4 meses parecem não apenas ter um senso de permanência do objeto mas também entendem causalidade e categorização além de possuírem uma noção rudimentar de números e conhecer outros princípios que governam o mundo físico Desenvolvimento simbólico competência imagética e compreensão de escala Boa parte do conhecimento que as pessoas adquirem sobre seu mundo é obtida não por meio da observação ou da experiência direta mas de símbolos que são representações intencionais da realidade Aprender a inter pretar símbolos é portanto uma tarefa essencial na infância Primeiramente porém as crianças devem tornarse orientadas para o símbolo atentas ao símbolo e às suas relações com as coisas que eles represen tam Um dos aspectos do desenvolvimento simbólico estudado por Judy DeLoache e colaboradores é o desenvolvimento da competência imagética a capacidade de entender a natureza das imagens Em estudos realizados tanto nos Estados Unidos quanto na Costa do Marfim África bebês foram observados utilizando as mãos para explorar imagens como se fossem objetos esfregandoas afagan doas ou tentando tirar da página um objeto retratado Essa exploração manual de imagens diminui aos 15 meses No entanto somente por volta dos 19 meses é que as crianças são capazes de apontar para a figura de um urso ou de um telefone enquanto o nomeiam usso ou teefone demonstrando uma compreensão de que a imagem ou figura é símbolo de uma outra coisa DeLoache Pierroutsakos e Uttal 2003 DeLoache Pier routsakos et al 1998 Pierroutsakos e DeLoache 2003 Por volta dos 2 anos de idade as crianças entendem que uma imagem é tanto um objeto quanto um símbolo Preissler e Bloom 2007 Embora as crianças até 3 anos passem uma boa parte do tempo assis tindo à televisão a princípio elas parecem não perceber que estão vendo uma representação da realidade Troseth Saylor e Archer 2006 Em uma série de experimentos crianças de 2 e 2 anos e meio observavam um vídeo em que um adulto escondia um objeto numa sala ao lado Quando levadas para a sala as crianças de 2 anos e meio encontravam o objeto escondi do com facilidade mas as de 2 anos não conseguiam fazêlo Entretanto as crianças mais novas conseguiam encontrar o objeto somente quando o observavam sendo escondido através de uma janela Troseth e DeLoache Aparentemente o que faltava às crianças de 2 anos era o entendimento da representação das imagens na tela Num experimento de acompanhamen to crianças de 2 anos às quais se contou face a face onde poderiam achar um brinquedo escondido conseguiram fazêlo enquanto outras da mesma idade que receberam a mesma informação mas de uma pessoa num vídeo não conseguiram encontrar o brinquedo Troseth et al 2006 Crianças de até 3 anos geralmente cometem erros de escala tenta tivas de agir sobre objetos pequenos demais para permitirem o comporta mento a ser realizado Rosengren et al 2009 Em um estudo crianças entre 18 e 36 meses foram gravadas tentando escorregar em escorregado res minúsculos sentar em cadeiras de casa de boneca e entrar em minia turas de carros depois que objetos similares mas do tamanho da criança haviam sido removidos da sala de brinquedos Esses erros de escala são claramente distinguíveis do faz de conta DeLoache Uttal e Rosengren 2004 e podem em parte resultar da falta de controle do impulso Além Crianças entre 18 e 36 meses foram observadas tentan do escorregar em escorregadores minúsculos sentar em cadeirinhas de casa de boneca e entrar em miniaturas de carros depois que objetos similares mas do tamanho da criança haviam sido removidos da sala de brinquedos Papalia05indd 182 Papalia05indd 182 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 183 disso os pesquisadores sugeriram que dois sistemas cerebrais diferentes normalmente operam juntos durante interações com objetos familiares Um dos sistemas possibilita à criança reconhecer e catego rizar um objeto Isto é um carrinho de bebê e planejar o que fazer com ele Vou deitar nele O outro pode estar envolvido na percepção do tamanho do objeto e na utilização dessa informação para controlar ações pertinentes Uma falha na interação entre esses sistemas cerebrais imaturos pode ser a causa dos frequentes erros de escala em crianças pequenas DeLoache 2006 A hipótese da dupla representação oferece outra explicação para o problema da interpretação dos modelos em escala em crianças de 2 anos Segundo essa hipótese é difícil para essas crianças representar mentalmente e ao mesmo tempo tanto o símbolo quanto o objeto que ele representa e assim elas confundem os dois DeLoache 2006 DeLoache et al 2003 tratando o modelo em escala como tratariam o objeto que ele representa AVALIANDO O ESTÁGIO SENSÓRIOMOTOR DE PIAGET Segundo Piaget a jornada entre o comportamento reflexo e o começo do pensamento é longa e lenta Durante aproximadamente um ano e meio o bebê aprende apenas a partir de seus sentidos e movimentos não antes da última metade do segundo ano ele avança para o pensamento conceitual Agora como já vimos as pesquisas que fazem uso de tarefas simplificadas e instrumentos modernos sugerem que certas limitações vistas por Piaget nas primeiras habilidades cognitivas da criança como a permanência do objeto talvez reflitam habilidades linguísticas e motoras ainda imaturas As respos tas obtidas por Piaget foram tanto uma função do modo como ele formulou as perguntas quanto um reflexo das reais capacidades de uma criança pequena Em termos de descrever o que crianças fazem em certas circunstâncias e a progressão básica de suas habilidades Piaget estava certo Entretanto em alguns aspectos portanto bebês e crianças pequenas têm mais competências cognitivas do que Piaget imaginava Isso não significa que os bebês vêm ao mundo com a mente já formada Como ele observou formas imaturas de cognição precedem formas mais maduras Isso pode ser visto por exemplo nos erros cometidos pelos bebês quando pro curam objetos escondidos Piaget no entanto pode ter se equivocado em sua ênfase na experiência motora como o principal mecanismo de desenvolvimento cognitivo A percepção dos bebês está bem à frente de suas habilidades motoras e os métodos atuais permitem aos pesquisadores fazer observações e inferências sobre essas percepções A relação entre percepção e cognição é uma importante área de investigação e será discutida no próximo segmento Abordagem do processamento de informação percepções e representações Os pesquisadores do processamento de informação analisam separadamente cada parte de uma tarefa complexa como aquelas de busca de objeto de Piaget para tentar entender quais são as habilidades necessárias para cada parte da tarefa e em que idade essas habilidades se desenvolvem Esses pes quisadores também medem aquilo a que os bebês prestam atenção e por quanto tempo e fazem inferências com base nesses dados HABITUAÇÃO Com cerca de 6 semanas de vida Serginho está deitado calmamente em seu berço perto de uma jane la com uma chupeta na boca O dia está nublado mas de repente o sol aparece e um raio de luz surge na extremidade do berço Por alguns momentos Serginho para de sugar sua chupeta e fica olhando para o padrão de luz e sombra Então ele desvia o olhar e começa a sugar novamente Não sabemos o que se passou na mente de Serginho quando ele viu o raio de luz mas podemos identificar por seu comportamento de sucção e por seu olhar em que momento ele começou a prestar atenção e quando parou Boa parte da pesquisa em processamento de informação com bebês baseiase na habituação um tipo de aprendizagem em que a exposição repetida e contínua a um estímulo o raio de luz por exemplo reduz a atenção a esse estímulo Em outras palavras a familiaridade gera perda de interesse hipótese da dupla representação Hipótese segundo a qual as crianças com menos de 3 anos têm dificuldade para entender relações espaciais devido à necessidade de manter mais de uma representação mental ao mesmo tempo verificador você é capaz de Explicar por que Piaget pode ter subestimado algumas ca pacidades cognitivas dos be bês e discutir as implicações de pesquisas mais recentes Como podemos medir a capacidade dos bebês de processar informações e quando os bebês começam a entender as características do mundo físico indicad r habituação Tipo de aprendizagem em que a fami liaridade com um estímulo reduz torna mais lenta ou faz cessar uma resposta Papalia05indd 183 Papalia05indd 183 010213 0923 010213 0923 184 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Os pesquisadores estudam a habituação em recémnascidos apresentando repetidamente um es tímulo geralmente um padrão sonoro ou visual e depois monitoram respostas como ritmo cardíaco sucção movimento dos olhos e atividade cerebral O bebê que vinha sugando costuma parar ou suga com menos vigor quando o estímulo é apresentado pela primeira vez e presta atenção ao novo estí mulo Depois que o mesmo som ou a mesma imagem foi apresentada várias vezes deixa de ser novi dade e não faz o bebê sugar menos A retomada da sucção vigorosa mostra que o bebê habituouse ao estímulo Uma nova imagem ou som porém captará a atenção do bebê e ele novamente deixará de sugar ou reduzirá a sucção Essa resposta a um novo estímulo é chamada de desabituação Os pesquisadores aferem a eficiência do processamento de informação por parte do bebê medin do a rapidez com que a criança se habitua a estímulos familiares recupera a atenção quando exposta a um novo estímulo e quanto tempo se entretém olhando para o novo e para o velho estímulo Gostar de olhar para coisas novas e a elas habituarse rapidamente correlacionase com sinais posteriores de desenvolvimento cognitivo como preferência pela complexidade rápida exploração do ambiente brincadeiras sofisticadas rápida resolução de problemas e a capacidade de comparar figuras De fato como veremos a velocidade de habituação e outras habilidades de processamento de informação mostramse promissoras como indicadores de inteligência CAPACIDADES DE PERCEPÇÃO E PROCESSAMENTO VISUAL E AUDITIVO A quantidade de tempo que um bebê passa olhando para diferentes tipos de imagens é uma medida de preferência visual que se baseia na capacidade de fazer distinções visuais Bebês com menos de 2 dias de idade preferem linhas curvas a linhas retas padrões complexos a padrões simples objetos tridimensionais a objetos bidimensionais figuras de faces ou configurações semelhantes a faces a figuras de outras coisas e imagens novas a imagens familiares Fantz 1963 1964 1965 Fantz Fagen e Miranda 1975 Fantz e Nevis 1967 Turati et al 2002 A tendência a preferir novas imagens às mais familiares é chamada de preferência por novidade A memória de reconhecimento visual pode ser medida mostrandose a um bebê dois estímu los lado a lado um familiar e o outro novo Um olhar mais prolongado para o estímulo novo indica que o bebê reconhece o outro estímulo como algo que lhe é familiar Em outras palavras por ser um estímulo novo é mais interessante e portanto justifica um olhar mais atento do que o do estímulo an terior potencialmente mais enfadonho A memória de reconhecimento visual depende da comparação entre a informação que chega e a informação que a criança já tem em outras palavras da capacidade de formar e referirse a representações mentais P R Zelazo Kearsley e Stack 1995 Contrários à visão de Piaget esses estudos indicam que pelo menos uma capacidade de represen tação rudimentar já existe desde o nascimento ou logo após e que rapidamente tornase mais eficien te Diferenças individuais na eficiência do processamento de informação refletem a velocidade com que os bebês formam e se referem a imagens mentais Quando duas imagens lhes são mostradas ao mesmo tempo os bebês que rapidamente deslocam a atenção de uma para a outra tendem a ter uma memória de reconhecimento melhor e uma preferência por novidade mais acentuada do que aqueles que se detêm mais tempo numa única imagem Jankowski Rose e Feldman 2001 Rose Feldman e Jankowski 2001 Stoecker et al 1998 A velocidade de processamento aumenta rapidamente durante o primeiro ano de vida Continua a aumentar durante o segundo e o terceiro ano à medida que a criança tornase mais capacitada para distinguir novas informações das informações que já processou P R Zelazo et al 1995 Estudos sobre discriminação auditiva também se baseiam na preferência da atenção Esses estu dos constataram que recémnascidos conseguem distinguir sons que já ouviram daqueles que ainda não ouviram Em um estudo bebês que ouviram o som de certa fala um dia após o nascimento pare ceram lembrarse dele 24 horas depois conforme foi revelado pela reduzida tendência a virar a cabeça na direção desse som e mesmo a tendência a desviar a atenção Swain Zelazo e Clifton 1993 Piaget sustentava que os sentidos não estão interligados desde o nascimento e só gradualmente são integrados mediante a experiência Sendo assim essa integração começa quase imediatamente O fato de que os neonatos olham para uma fonte sonora mostra que eles associam audição e visão desabituação Aumento da resposta após a apresenta ção de um novo estímulo preferência visual Tendência dos bebês a passar mais tempo olhando para uma imagem e não para outra memória de reconhecimento visual Capacidade de distinguir um estímulo visual familiar de outro não familiar quando ambos são mostrados ao mesmo tempo Papalia05indd 184 Papalia05indd 184 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 185 Uma habilidade mais sofisticada é a transferência intermodal a capacidade de utilizar informações obtidas por intermédio de um dos sentidos para orientar outro por exemplo quando uma pessoa atravessa uma sala escura tateando para localizar objetos familiares ou identifica objetos pela visão depois de apalpálos com os olhos fechados Em um estudo bebês de um mês mostraram que conse guiam transferir informações obtidas do ato de sugar tato para a visão Quando os bebês viam um objeto rígido um cilindro de plástico duro e outro flexível uma esponja molhada sendo manipulados por um par de mãos eles olhavam por mais tempo para o objeto que haviam acabado de sugar Gibson e Walker 1984 Os pesquisadores também estudam o desenvolvimento da atenção Do nascimento até aproxi madamente o segundo mês de vida a quantidade de tempo que os bebês ficam olhando para uma imagem nova aumenta Entre 2 e 9 meses o tempo de visão diminui à medida que eles aprendem a examinar os objetos com mais eficiência e a deslocar a atenção Mais tarde no primeiro e no segundo ano quando a sustentação da atenção tornase mais voluntária e orientada para uma tarefa o tempo de visão permanece o mesmo ou aumenta Colombo 2002 Colombo et al 2004 A capacidade de atenção conjunta que é de fundamental importância para a interação social a aquisição da linguagem e a compreensão dos estados mentais e das intenções alheias desenvolvese entre 10 e 12 meses quando os bebês acom panham o olhar dos adultos olhando ou apontando na mesma direção Brooks e Meltzoff 2002 2005 Em um estudo longi tudinal a capacidade de crianças de 10 e 11 meses de acompanhar o olhar de um adulto e o tempo que passaram olhando para o obje to em que o adulto fixava o olhar podiam prever seu vocabulário aos 18 meses e aos 2 anos de idade Bebês que espontaneamente apontavam para o objeto ao mesmo tempo em que olhavam para ele ti veram um crescimento mais rápido no vocabulário talvez porque os pais tendem a dar um rótulo quando os bebês apontam Brooks e Meltzoff 2005 2008 Ver televisão pode prejudicar o desenvolvimento da atenção Em um estudo longitudinal na cionalmente representativo quanto mais horas crianças de 1 ano e 3 anos passavam assistindo à televisão maior era a probabilidade de apresentarem problemas de atenção aos 7 anos Christakis et al 2004 Crianças que assistiram a um mínimo de três horas por dia tiveram pontuações menores em medidas cognitivas aos 6 anos do que crianças que passaram menos tempo vendo televisão Zim merman e Christakis 2005 No entanto uma reanálise recente dos mesmos dados constatou que a associação entre ver televisão e problemas atencionais existia apenas para aquelas crianças que perma neceram por um tempo excessivo diante da televisão e mesmo nesses casos a inclusão de variáveis como a realização materna e o nível de renda eliminaram essa associação Foster e Watkins 2010 Quanto à questão de os bebês e crianças até 3 anos verem muita televisão ver o Quadro 51 O PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO COMO INDICADOR DE INTELIGÊNCIA Em virtude da fraca correlação entre a pontuação de bebês nos testes de desenvolvimento como as Escalas Bayley e posteriormente seu QI muitos psicólogos presumiam que o funcionamento cog nitivo dos bebês tinha pouco em comum com o de crianças mais velhas e adultos em outras palavras que havia uma descontinuidade no desenvolvimento cognitivo Piaget também acreditava nisso Entretanto quando os pesquisadores avaliam como os bebês e as crianças pequenas processam informação alguns aspectos do desenvolvimento mental parecem razoavelmente contínuos desde o nascimento Courage e Howe 2002 McCall e Carriger 1993 Crianças que desde o começo são eficientes em assimilar e interpretar informações sensoriais apresentam mais tarde boas pontuações em testes de inteligência Em muitos estudos longitudinais dos 6 meses a 1 ano a habituação e as habilidades de recupera ção da atenção foram moderadamente úteis em prever o QI na infância O mesmo aconteceu com a memória de reconhecimento visual Em um dos estudos uma combinação de memória de reconhe transferência intermodal Capacidade de utilizar informações obtidas por meio de um dos sentidos para orientar outro A incapacidade de se envolver em atenção conjunta é um sinal de alerta para autismo verificador você é capaz de Resumir a abordagem do pro cessamento de informação ao estudo do desenvolvimento cognitivo Explicar como a habituação mede a eficiência do proces samento de informação no bebê Identificar várias habilidades perceptuais e de proces samento na infância que servem como indicadores de inteligência Aos 4 anos as meninas geralmente se convencem de que são mais espertas do que os meninos os meninos precisam aproximadamente de mais três ou quatro anos para chegar à mesma conclusão Shepherd 2010 Papalia05indd 185 Papalia05indd 185 010213 0923 010213 0923 cimento visual aos 7 meses de idade e transferência intermodal com 1 ano pôde prever o QI aos 11 anos e também mostrou uma modesta relação com a velocidade de processamento e a memória nessa idade Rose e Feldman 1995 1997 A reação visual e a antecipação visual podem ser medidas pelo paradigma da expectativa visual Nesse método de pesquisa uma série de imagens geradas por computador aparece brevemente al gumas do lado direito e algumas do lado esquerdo do campo visual periférico A mesma sequência de imagens é repetida várias vezes Os movimentos dos olhos do bebê são medidos para verificar a rapidez com que ele passa a olhar para uma imagem que acabou de surgir tempo de reação visual ou para o lugar onde o bebê espera que a próxima imagem apareça antecipação visual Acreditase que essas medidas indicam nível de atenção e velocidade de processamento bem como a tendência a formar expectativas com base na experiência Em um estudo longitudinal o tempo de reação visual e a antecipação visual aos 3 meses e meio correlacionaramse com o QI aos 4 anos de idade Dougherty e Haith 1997 Há todavia muitas evidências de que as habilidades que as crianças usam para processar infor mações sensoriais estão relacionadas às habilidades cognitivas medidas pelos testes de inteligência É preciso no entanto ser cauteloso ao interpretar essas descobertas Quanto à previsibilidade do QI na infância a partir de medidas de habituação e de memória de reconhecimento é apenas razoável Além disso previsões com base tão somente nas medidas de processamento de informação não levam em pesquisa em ação BEBÊS E CRIANÇAS PEQUENAS VEEM MUITA TELEVISÃO Carol 6 meses de idade dá pulos bate palmas e ri bem alto enquanto as imagens reluzentes de seu DVD do Bebê Eins tein lampejam na tela Carol assiste aos vídeos do Bebê Eins tein desde que tinha 5 semanas de idade Ela não é precoce nem incomum Segundo uma pesquisa feita com 1000 pais de crianças em idade préescolar escolhidos aleatoriamente Zimmerman Christakis e Meltzoff 2007 aos 3 meses de ida de 40 dos bebês norteamericanos assistem a uma hora de televisão DVDs ou vídeos por dia Aos 2 anos 90 das crian ças norteamericanas veem em média uma hora e meia de televisão todos os dias Outra pesquisa nacional Vandewa ter et al 2007 constatou que 68 das crianças de 2 anos ou menos assistiam diariamente à televisão e quase um quinto tinha televisor no quarto Muitas dessas crianças assistem sozinhas apesar das evidências de que o envolvimento e a participação parental aumentam o impacto positivo dos pro gramas educacionais Nos últimos 10 anos uma verdadeira avalanche de mídias di rigidas a bebês e crianças até 3 anos tornouse comercialmente disponível Programas de televisão agora são dirigidos a crian ças de 12 meses jogos para computador foram desenvolvidos com teclado especial para bebês de 9 meses e DVDs educacio nais têm como alvo bebês de 1 mês Esse tempo cada vez maior diante de uma tela vai ao encontro das recomendações da Academia Americana de Pediatria Comi tê de Educação Pública American Academy of Pediatrics Commit tee on Public Education 2001 de que crianças com menos de 2 anos sejam desencorajadas a ver televisão Em vez disso o comitê recomenda que elas se envolvam em atividades que promovam o desenvolvimento do cérebro como conversar brincar cantar e ler com os pais Em uma pesquisa Rideout Vandewater e Wartella 2003 crianças com menos de 2 anos passavam um tempo duas vezes maior assistindo a televisão do que ouvindo uma leitura ver figura Crianças que passavam muito tempo diante da televisão estavam menos propensas a aprender a ler aos 6 anos 51 0 05 10 15 20 25 051 122 126 205 Ouvindo música Horas Lendo ouvindo leitura Vendo TV Assistindo a vídeos DVDs Total mídias de tela 135 Tempo médio que crianças com menos de 2 anos passam com mídias e outras atividades num dia típico segundo informação das mães Nota Esses dados incluem apenas crianças que participam dessas atividades Fonte Rideout et al 2003 Papalia05indd 186 Papalia05indd 186 010213 0923 010213 0923 conta a influência de fatores ambientais Por exemplo a responsividade materna na primeira infância parece desempenhar um papel no vínculo entre as primeiras habilidades de atenção e as habilidades cognitivas que surgem posteriormente na infância Bornstein e TamisLeMonda 1994 e até mesmo aos 18 anos Sigman Cohen e Beckwith 1997 O PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES PIAGETIANAS Conforme já discutimos no começo do capítulo há evidências de que várias das habilidades cognitivas que segundo Piaget desenvolvemse por volta do final do estágio sensóriomotor parecem surgir bem antes Pesquisas baseadas no processamento visual de bebês têm apresentado aos cientistas do desenvolvimento uma perspectiva sobre a evolução cronológica de desenvolvimentos cognitivos como categorização causalidade permanência do objeto e número todos eles dependentes da formação de representações mentais ver Tabela 53 Categorização Dividir o mundo em categorias significativas é essencial para pensar os objetos ou conceitos e suas relações É o fundamento da linguagem raciocínio resolução de problemas e memó ria sem ela o mundo pareceria caótico e sem sentido Em vista dos riscos potenciais para o desenvolvimento por que os pais expõem seus bebês e crianças pequenas à televi são e outras mídias visuais Uma das razões é a crença de que a mídia é educacional Zimmerman et al 2007 Entretanto num estudo longitudinal prospectivo o tempo que se passou vendo televisão entre o nascimento e os 2 anos de idade não aprimorou as habilidades linguísticas ou visomotoras aos 3 anos Schmidt et al 2009 E em outro estudo cujo foco era expor deliberadamente crianças a um DVD educacional que enfatizava o vocabulário crianças entre 12 e 18 meses não mostraram quaisquer diferenças significativas em compa ração a gruposcontrole não expostos ao vídeo educacional DeLoache et al 2010 Outra razão dada pelos pais para expor seus bebês às mí dias é a crença de que é agradável ou relaxante para a criança e também seu uso como babá eletrônica Zimmerman et al 2007 Em uma pesquisa nacional constatouse que quase um quinto das crianças de 2 anos ou menos que viam televisão diariamente tinham um televisor no quarto Os dois motivos mais comuns para essa prática era liberar o televisor da família para outros membros da família e manter a criança ocupada Vandewater et al 2007 Qual o impacto do uso constante de mídias no desenvol vimento neurológico e cognitivo Estimula o comportamento agressivo A presença de um televisor no quarto de dormir interfere no sono Os videogames e os jogos para computador ajudam a promover as habilidades visuais e espaciais ou corre se o risco de fadiga ocular e problemas ergonômicos Já há evi dências de que as mídias de fundo interferem na concentração de crianças pequenas quando elas brincam Anderson e Pem pek 2005 mas é preciso realizar mais estudos para determinar como a exposição maciça à televisão afeta o desenvolvimento de bebês e crianças até 3 anos Uma coisa está clara o tempo gasto com as mídias é tempo que se perde em brincadeiras ex ploratórias e na interação com membros da família atividades importantes para o desenvolvimento De fato mesmo ter um te levisor ligado em segundo plano diminui a quantidade e a qua lidade das interações entre pais e filhos Kirkorian et al 2009 Por outro lado alguns programas desenvolvidos para crian ças mostraram efeitos positivos Em um estudo crianças que assistiam a uma programação educacional como Vila Sésamo tinham melhor desempenho na escola liam mais livros eram menos agressivas e demonstravam ser mais criativas na adoles cência Wright et al 2001 Além disso demonstrouse que Bar ney e seus amigos estão relacionados ao desenvolvimento do vocabulário atitudes prósociais e brincadeiras de faz de conta de alta qualidade especialmente quando após o programa se guiuse uma atividade que enfatizava componentes fundamen tais Singer e Singer 1998 Esses estudos e outros semelhantes sugerem que o que as crianças estão assistindo é tão importan te quanto o tempo que passam assistindo Em grande parte o debate sobre a influência da televisão no desenvolvimento das crianças permanece não resolvido e os dois lados a favor e contra tendem a fazer declarações contun dentes sem a sustentação dos dados Ver televisão não parece estar consistentemente relacionado a problemas e nem a be nefícios Entretanto considerando o que sabemos sobre o im portante papel das primeiras experiências no desenvolvimento do cérebro as sugestões de que problemas atencionais podem surgir para quem passa muito tempo vendo televisão e o risco de que essa atividade possa substituir outras mais ativas e par ticipantes é preciso ter muita cautela Courage e Setliff 2009 A melhor atividade para uma criança pequena ainda é interagir com outra pessoa que vive respira e responde qual a sua opinião Com que idade você deixaria um bebê ver televisão ou vídeo ou jogar no computa dor E quais as restrições se houver alguma que você imporia sobre essas atividades o Papalia05indd 187 Papalia05indd 187 010213 0923 010213 0923 188 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Segundo Piaget a capacidade de classificar ou agrupar as coisas em categorias só aparece no sexto subestágio sensóriomotor por volta dos 18 meses No entanto ao observarem por mais tempo itens numa nova categoria mesmo crianças de 3 meses parecem saber por exemplo que um cão não é um gato Quinn Eimas e Rosenkrantz 1993 De fato técnicas de imageamento do cérebro mostraram que componentes básicos das estruturas neurais necessários para sustentar a categorização são funcio nais nos primeiros seis meses de vida Quinn Westerlund e Nelson 2006 A princípio os bebês pare cem categorizar com base em aspectos perceptuais tais como forma cor e padrão mas entre 12 e 14 meses suas categorias tornamse conceituais baseadas no conhecimento do mundo real particular mente da função Mandler 1998 2007 Mandler e McDonough 1993 1996 1998 Oakes Coppage e Dingel 1997 Em uma série de experimentos crianças de 10 e 11 meses identificaram que cadeiras com estofado de listras semelhantes às de uma zebra pertencem à categoria dos móveis e não à dos animais Pauen 2002 Quando os bebês puderam manipular modelos minúsculos mesmo crianças de 7 meses sabiam distinguir animais de mobília À medida que o tempo passa esses conceitos amplos tornamse mais específicos Por exemplo crianças de 2 anos identificam categorias particulares como carro e avião dentro da categoria mais geral de veículos Mandler 2007 No segundo ano a linguagem tornase um fator na capacidade de categorizar Em um estudo crianças de 14 meses que entendiam mais palavras eram mais flexíveis em sua categorização do que aquelas de vocabulário menor elas categorizavam objetos com mais de um critério por exemplo material e forma Ellis e Oakes 2006 Causalidade O entendimento da causalidade o princípio de que os eventos têm causas identifi cáveis é importante porque permite às pessoas prever e controlar seu mundo L B Cohen et al 1999 Piaget sustentava que esse entendimento desenvolvese lentamente durante o primeiro ano de vida Entre 4 e 6 meses quando o bebê tornase capaz de agarrar objetos ele começa a reconhe cer que pode agir sobre o ambiente Assim afirma Piaget o conceito de causalidade surge quando despertase a consciência do poder das próprias intenções Entretanto segundo Piaget o bebê ainda não sabe que as causas vêm antes dos efeitos e somente quando está próximo de completar um ano é que ele percebe que forças externas podem fazer as coisas acontecerem No entanto estudos em processamento de informação sugerem que algum entendimento so bre causalidade pode emergir mais cedo quando os bebês tiveram a experiência de observar como e quando os objetos se movem Saxe e Carey 2006 Bebês de 6 meses e meio parecem ver uma diferença entre eventos que são a causa imediata de outros eventos como um tijolo que atinge um segundo tijolo que então é deslocado de sua posição e eventos que ocorrem sem causa aparente como um tijolo que se afasta de outro tijolo sem ter sido atingido por ele Leslie 1982 1984 Outros pesquisadores replicaram essas descobertas somente com bebês de 6 me ses e meio mas não com crianças mais novas Eles atribuem o desenvolvimento da compreensão causal a um aprimoramento gradual das habilidades de processamento de informação À medida que os bebês acumulam mais informações sobre o compor tamento dos objetos tornamse mais aptos a ver a causalidade como um princípio geral que opera em diversas situações Cohen e Amsel 1998 A pesquisa também explorou as expectativas dos bebês sobre causas ocultas Em um experimento crianças entre 10 e 12 meses olharam por mais tempo quando certa mão humana emergiu do lado oposto de um palco iluminado aonde um pacote de feijão havia sido atirado do que quando a mão emergiu do mesmo lado que o pa cote de feijão sugerindo que os bebês entenderam que a mão provavelmente havia atirado o pacote Os bebês não tiveram a mesma reação quando apareceu um trem de brinquedo e não a mão ou quando o objeto atirado era uma marionete auto movente Saxe Tenenbaum e Carey 2005 Em outro conjunto de experimentos bebês de 7 meses usaram o movimento de um pacote de feijão para inferir a posição da mão mas não de um bloco de brinquedos Saxe Tzelnic e Carey 2007 Assim crianças de 7 meses parecem saber que 1 um objeto incapaz de autolocomoção deve ter um agente causal para colocálo em movimento 2 a mão é um agente causal mais provável do que um trem de brinquedo ou um bloco e 3 a existência e a posição de um agente causal não visto podem ser inferidas do movimento de um Bebês de 7 meses parecem entender que um ob jeto incapaz de autolocomoção como um pa cote de feijão precisa ser posto em movimento por um agente causal a mão por exemplo Papalia05indd 188 Papalia05indd 188 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 189 objeto inanimado Além disso crianças de 7 meses que tinham começado a engatinhar reconheceram a autopropulsão dos objetos mas crianças da mesma idade que não engatinhavam não reconheceram Essa constatação sugere que a capacidade dos bebês de identificar o movimento autopropulsado está ligada ao desenvolvimento da autolocomoção que lhes confere novas maneiras de entender os objetos de seu mundo Cicchino e Rakison 2008 Permanência do objeto A pesquisa em violação de expectativas começa com uma fase de fami liarização em que o bebê vê um evento ou uma série de eventos acontecerem normalmente Depois que a criança se habitua a esse procedimento o evento é alterado de modo a conflitar com isto é violar as expectativas normais A tendência do bebê em olhar por mais tempo para o evento alterado é interpretada como evidência de que o bebê está surpreso Utilizando o método da violação de expectativas Renée Baillargeon Baillargeon e DeVos 1991 encontrou evidências de permanência do objeto em bebês de 3 meses e meio Os bebês observavam enquanto uma cenoura grande desaparecia atrás de uma tela da mesma altura mas não aparecia numa abertura na parte superior da tela antes de reaparecer do outro lado Os bebês demonstram surpresa olhando por mais tempo para esse evento impossível do que para um evento possível envolvendo uma cenoura pequena conforme podemos ver na Figura 52 Estudos como esses sugerem que pelo menos uma forma rudimentar de permanência do objeto pode estar presente nos primeiros meses de vida Por outro lado os críticos apontam que a percepção do bebê de que um objeto que desaparece de um lado de uma barreira visual parece ser o mesmo objeto que reaparece do outro lado não im plica necessariamente o conhecimento cognitivo de que o objeto continua existindo atrás da barreira Meltzoff e Moore 1998 Número Algumas pesquisas em violação de expectativas sugerem que a compreensão do número talvez comece bem antes do sexto subestágio de Piaget quando segundo ele as crianças passam a violação de expectativas Método de pesquisa em que a desabi tuação a um estímulo que conflita com a experiência é tomada como evidência de que o bebê reconhece o novo estí mulo como algo que o surpreende Eventos de habituação Evento da cenoura pequena Evento da cenoura grande Eventos para teste Evento possível Evento impossível FIGURA 52 Com que idade os bebês passam a entender a permanência do objeto Neste experimento crianças de 3 meses e meio observavam uma cenoura pequena e depois uma ce noura grande deslocarse ao longo de um trilho desaparecer atrás de uma tela e depois reaparecer Após terem se acostumado a ver esses eventos a tela opaca foi substituída por uma tela com uma abertura na parte superior A cenoura pequena não apareceu na abertura quando passou atrás da tela a cenoura grande que devia ter aparecido na abertura também não apareceu Os bebês olha vam por mais tempo para o evento cenoura grande do que para o evento cenoura pequena o que sugere que ficaram surpresos com o fato de a cenoura grande não reaparecer na abertura Fonte Baillargeon e DeVos 1991 Papalia05indd 189 Papalia05indd 189 010213 0923 010213 0923 190 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman utilizar símbolos pela primeira vez Karen Wynn 1992 verificou se bebês de 5 meses sabem adicio nar e subtrair pequenos números de objetos Os bebês observavam uma tela enquanto bonecos do Mickey eram colocados em sua parte posterior em seguida um boneco era adicionado ou retirado A tela então era erguida para revelar o número esperado ou um número diferente de bonecos Os bebês olhavam por mais tempo para as respostas surpreendentemente erradas do que para as respostas certas esperadas sugerindo segundo Wynn que haviam calculado mentalmente as respostas certas De acordo com Wynn essa pesquisa sugere que os conceitos numéricos são inatos Céticos apon tam no entanto que essa ideia é mera especulação pois os bebês nesses estudos já tinham entre 5 e 6 meses de idade Além disso os bebês poderiam estar simplesmente respondendo perceptualmente à enigmática presença de um boneco que viram ser removido de trás da tela ou à ausência de outro que viram ser colocado ali Haith 1998 Haith e Benson 1998 Outros pesquisadores sugerem que em bora os bebês pareçam discriminar visualmente entre digamos dois e três objetos eles talvez possam meramente notar diferenças nos contornos gerais na área ou na massa coletiva do conjunto de objetos e não comparam o número de objetos nos conjuntos Clearfield e Mix 1999 Mix Huttenlocher e Levine 2002 Em resposta a essas críticas McCrink e Wynn 2004 elaboraram um experimento para descobrir se crianças de 9 meses podem adicionar e subtrair números que sejam grandes demais para uma mera discriminação perceptual Os bebês viram cinco objetos abstratos irem para trás de um quadrado opaco Cinco outros objetos depois apareceram e foram para trás do quadrado Os bebês olharam por mais tempo quando a tela caiu revelando cinco objetos do que quando revelou 10 objetos Do mesmo modo quando 10 objetos foram para trás do quadrado e cinco emergiram e foram embora os bebês olharam por mais tempo quando a tela caiu revelando 10 objetos do que quando revelou cinco Os autores concluíram que os seres humanos possuem um sistema primitivo que permite a combinação e a manipulação numérica p 780 Mais uma vez porém essa descoberta não estabelece se os conceitos numéricos estão presentes ao nascer ou se são qualitativamente semelhantes aos conceitos de número que surgem mais tarde na infância Como escreveu um eminente cientista do desenvolvi mento Atribuir conceitos de número a bebês simplesmente porque eles sabem discriminar entre sé ries contendo diferentes números de elementos é análogo a atribuir competência numérica a pombos que podem ser ensinados a bicar uma tecla quatro vezes Kagan 2008 p 1613 AVALIANDO PESQUISAS EM PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO COM BEBÊS Os estudos de violação de expectativas e outras recentes pesquisas em processamento de informação com bebês trazem a possibilidade de que pelo menos formas rudimentares de categorização raciocí nio causal permanência do objeto e noção de número possam estar presentes nos primeiros meses de vida Uma das propostas é que os bebês nascem com capacidade de raciocínio mecanismos inatos de aprendizagem que os ajudam a fazer sentido das informações que encontram ou que adquirem essas capacidades já bem cedo Baillargeon 1994 Alguns pesquisadores vão além sugerindo que os bebês ao nascerem já podem ter um conhecimento essencial intuitivo dos princípios físicos básicos na forma de módulos especializados do cérebro que ajudam os bebês a organizarem suas percepções e experiências Spelke 1994 1998 Essas interpretações porém são polêmicas O interesse visual de um bebê em uma condição impossível revela compreensão conceitual do modo como as coisas funcionam ou meramente a consciência perceptual de que algo incomum aconteceu O fato de o bebê olhar por mais tempo para uma cena do que para outra talvez mostre apenas que ele pode ver a diferença entre as duas Não nos diz o que ele sabe sobre a diferença ou mesmo que ele esteja realmente surpreso A representação mental a que o bebê se refere talvez não seja mais que uma breve lembrança sensorial de algo já visto Um olhar mais demorado para um evento inesperado pode simplesmente refletir uma incerteza temporária Também é possível que o bebê ao se acostumar com o evento de habituação desenvolva expectativas que então são violadas pelo evento surpreendente de que antes não tinha conheci Os bebês talvez façam uso de uma compreensão rudimentar de probabilidade para descobrir as preferências das outras pessoas Por exemplo se virem alguém pegar um brinquedo azul de uma caixa cheia de brinquedos vermelhos irão supor que a pessoa gosta de brinquedos azuis Se alguém pegar um brinquedo azul de uma caixa cheia de quantidades iguais de brinquedos vermelhos e azuis estarão menos propensos a supor que havia uma preferência por brinquedos azuis De certo modo estão executando uma análise estatística da probabilidade de cada ato e baseando suas suposições nisso Kushnir e Wellman 2010 Papalia05indd 190 Papalia05indd 190 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 191 mento ou expectativa Goubet e Clifton 1998 Haith 1998 Haith e Benson 1998 Kagan 2008 Mandler 1998 Munakata 2001 Munakata et al 1997 Os defensores dessa pesquisa em violação de expectativas insistem em que a interpretação con ceitual explica melhor o que foi constatado Baillargeon 1999 Spelke 1998 mas uma variação de um dos experimentos de Baillargeon aponta em outra direção Em sua pesquisa original Baillargeon 1994 mostrou a bebês de várias idades uma ponte levadiça que girava 180 graus Quando eles se habituaram à rotação introduziuse uma barreira na forma de uma caixa Aos 4 meses e meio os be bês pareciam demonstrar olhando por mais tempo que entenderam que a ponte levadiça não podia atravessar a caixa mas só aos 6 meses e meio reconheceram que a ponte levadiça não pode atravessar 80 da caixa Mais tarde pesquisadores replicaram o experimento mas eliminaram a caixa Mesmo assim crianças de 5 meses olhavam por mais tempo para a rotação de 180 graus do que para um grau menor de giro mesmo não havendo nenhuma barreira sugerindo que simplesmente estavam de monstrando preferência por um movimento maior Rivera Wakeley e Langer 1999 Assim dizem os críticos devemos ser cautelosos com a superestimação das habilidades cognitivas dos bebês com base em dados que podem ter explicações mais simples ou talvez representem apenas conquistas parciais de habilidades maduras Kagan 2008 Abordagem da neurociência cognitiva as estruturas cognitivas do cérebro A pesquisa recente sobre o cérebro corrobora a suposição de Piaget de que a maturação neurológica é um importante fator no desenvolvimento cognitivo Os surtos de crescimento do cérebro períodos de rápido crescimento e desenvolvimento coincidem com as mudanças no comportamento cognitivo segundo a descrição de Piaget Fischer e Rose 1994 1995 Alguns pesquisadores têm utilizado técnicas de escaneamento do cérebro para determinar quais as funções cognitivas afetadas por determinadas estruturas do cérebro e mapear as mudanças no desenvolvimento Esses escaneamentos fornecem evidências físicas da localização de dois sistemas distintos de memória de longo prazo implícita e explícita que adquirem e armazenam diferentes tipos de informação Squire 1992 VarghaKhadem et al 1997 A memória implícita que se de senvolve no começo da primeira infância referese à recordação que ocorre sem esforço ou mesmo inconscientemente diz respeito a hábitos e habilidades por exemplo saber como jogar uma bola ou os chutes de um bebê quando vê um móbile familiar Nelson 2005 A memória explícita também chamada de memória declarativa é a recordação consciente ou intencional geralmente de fatos nomes eventos ou outras coisas que podem ser enunciadas ou declaradas A demora na imita ção de comportamentos complexos é evidência de que a memória declarativa está se desenvolvendo no final da primeira infância No começo da primeira infância quando as estruturas responsáveis pelo armazenamento da memória não estão plenamente formadas as lembranças são relativamente fugazes A maturação do hipocampo uma estrutura localizada no interior dos lobos temporais e mais o desenvolvimento de estruturas corticais coordenadas pela formação do hipocampo torna possível a memória de maior duração Bauer 2002 Bauer et al 2000 2003 Acreditase que o córtex préfrontal uma extensa região localizada no lobo frontal bem atrás da testa controla muitos aspectos da cognição Essa parte do cérebro desenvolvese mais lenta mente que qualquer outra M H Johnson 1998 Durante a segunda metade do primeiro ano o córtex préfrontal e circuitos associados desenvolvem a capacidade para a memória de trabalho o armazenamento de informações de curto prazo que o cérebro está ativamente processando ou utilizando É na memória de trabalho que as representações mentais são preparadas para armaze namento ou recuperadas verificador você é capaz de Discutir sobre três áreas onde a pesquisa em processamento de informação questiona a explicação de Piaget sobre o desenvolvimento Descrever o método de pes quisa em violação de expecta tivas dizer como e por que ele é usado e mencionar algumas críticas que lhe são feitas O que a pesquisa sobre o cérebro pode revelar a respeito do desenvolvimento das habilidades cognitivas indicad r memória implícita Recordação inconsciente geralmente de hábitos e habilidades às vezes cha mada de memória de procedimentos ou procedural memória explícita Memória intencional e consciente ge ralmente de fatos nomes e eventos memória de trabalho Armazenamento de curto prazo de in formações que estão sendo ativamente processadas Papalia05indd 191 Papalia05indd 191 010213 0923 010213 0923 192 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman O aparecimento relativamente tardio da memória de trabalho pode ser o grande responsável pelo desenvolvimento lento da permanência do objeto que parece localizarse em uma área de recompensa do córtex préfrontal Nelson 1995 Aos 12 meses essa região pode estar suficientemente desenvol vida para permitir que o bebê evite o erro AnãoB controlando o impulso para procurar no lugar onde o objeto foi encontrado anteriormente Bell e Fox 1992 Diamond 1991 Embora sistemas de memória continuem a se desenvolver após a primeira infância a emergência das estruturas de memória do cérebro destaca a importância da estimulação ambiental a partir dos primeiros meses de vida Teóricos e pesquisadores sociocontextuais dão especial atenção ao impacto das influências ambientais Abordagem sociocontextual aprendendo nas interações com cuidadores Pesquisadores influenciados pela teoria sociocultural de Vygotsky estudam como o contexto cultural afeta as primeiras interações sociais que podem promover a competência cognitiva A participação guiada referese a interações mútuas com adultos que ajudam a estruturar as atividades da criança e preenchem a distância entre a compreensão da criança e a do adulto Esse conceito foi inspirado pela visão que Vygotsky tinha da aprendizagem como um processo colaborativo A participação guiada geralmente ocorre em brincadeiras compartilhadas e nas atividades normais do dia a dia quando a criança aprende informalmente as habilidades o conhecimento e os valores importantes em sua cultura Em um estudo transcultural Rogoff et al 1993 os pesquisadores visitaram os lares de 14 crianças entre 1 e 2 anos de idade distribuídos em quatro localidades culturalmente diferentes uma cidade maia na Guatemala uma vila tribal na Índia e áreas urbanas de classe média em Salt Lake City e na Turquia Os investigadores entrevistaram os cuidadores sobre suas práticas de educação e os observaram enquanto estes ajudavam as crianças pequenas a se vestir e a brincar com brinquedos que não lhes eram familiares As diferenças culturais afetaram os tipos de participação guiada que os pesquisadores observa ram Na cidade da Guatemala e na vila indiana onde as crianças viam a mãe costurar e a acompa nhavam no trabalho no campo elas costumavam brincar sozinhas ou com os irmãos mais velhos enquanto a mãe estava por perto trabalhando Após demonstração e instrução iniciais a maior parte não verbal sobre como amarrar os sapatos a criança assumia o controle enquanto os pais ou outros cuidadores permaneciam disponíveis para ajudar As crianças norteamericanas que ti nham cuidadores em tempo integral inte ragiam com os adultos no contexto das brincadeiras infantis e não no trabalho ou no mundo social Os cuidadores adminis travam e motivavam a aprendizagem das crianças com elogios e entusiasmo Famí lias turcas que viviam uma transição entre o modo de vida rural e o urbano exibiam um padrão intermediário O contexto cultural influencia o modo como os cuidadores contribuem para o de senvolvimento cognitivo O envolvimento direto do adulto nas brincadeiras e no aprendizado das crianças pode estar mais bem adaptado a uma comunidade urbana de classe média em que pais ou cuidadores dispõem de mais tempo maior ha bilidade verbal e possivelmente mais interesse na brincadeira e na aprendizagem das crianças do que numa comunidade rural de um país em desenvolvimento onde as crianças frequentemente observam as atividades de trabalho dos adultos e também participam Rogoff et al 1993 verificador você é capaz de Identificar as estruturas do cérebro aparentemente envolvidas nas memórias explícita implícita e de traba lho e mencionar uma tarefa praticada em cada uma delas De que maneira a interação social com adultos faz a competência cognitiva avançar indicad r participação guiada Participação do adulto numa atividade da criança ajudando a estruturála e a aproximar a compreensão da criança da compreensão do próprio adulto Rogoff mostra que apesar das várias maneiras como as crianças aprendem todas aprendem o que precisam aprender para serem adultos eficazes em sua cultura Ela argumenta que não existe uma melhor maneira em vez disso há múltiplas maneiras igualmente válidas de aprender verificador você é capaz de Dar um exemplo de como os padrões sociais afetam as contribuições dos cuidadores à aprendizagem das crianças pequenas Papalia05indd 192 Papalia05indd 192 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 193 Desenvolvimento da linguagem A linguagem é um sistema de comunicação baseado em palavras e gramática Uma vez conhecidas as palavras a criança pode usálas para representar objetos e ações Ela pode refletir sobre pessoas lugares e coisas e pode comunicar suas necessidades sentimentos e ideias a fim de exercer mais controle sobre sua vida Como os bebês decifram o código comunicativo Vejamos primeiramente a sequência típica de marcos no desenvolvimento da linguagem Tabela 54 e algumas características da fala inicial Depois veremos como o bebê adquire a linguagem de que modo o crescimento do cérebro está associado ao desenvolvimento da linguagem e como os pais e outros cuidadores contribuem para isso Como os bebês desenvolvem a linguagem e quais são as influências que contribuem para o progresso linguístico indicad r linguagem Sistema de comunicação baseado em palavras e na gramática TABELA 54 Marcos no desenvolvimento da linguagem do nascimento aos 3 anos Idade em meses Desenvolvimento Nascimento É capaz de perceber a fala chorar dar alguma resposta ao som 15 a 3 Arrulhos e risos 3 Brinca com os sons da fala 5 a 6 Frequentemente reconhece os padrões sonoros ouvidos 6 a 7 Reconhece todos os fonemas da língua nativa 6 a 10 Balbucia sequências de consoantes e vogais 9 Utiliza gestos para se comunicar e brinca de gesticular 9 a 10 Imita sons intencionalmente 9 a 12 Utiliza alguns gestos sociais 10 a 12 Não consegue mais discriminar sons que não sejam da sua própria língua 10 a 14 Fala a primeira palavra geralmente o nome de alguma coisa 10 a 18 Fala palavras simples 12 a 13 Entende a função simbólica da nomeação cresce o vocabulário passivo 13 Faz gestos mais elaborados 14 Faz gesticulação simbólica 16 a 24 Aprende muitas palavras novas expandindo rapidamente o vocabulário expressivo passando de cerca de 50 palavras para 400 utiliza verbos e adjetivos 18 a 24 Fala a primeira sentença duas palavras 20 Utiliza menos gestos nomeia mais coisas 20 a 22 Tem surto de compreensão 24 Utiliza muitas frases de duas palavras deixa de balbuciar quer conversar 30 Aprende palavras novas quase todos os dias fala em combinações de três ou mais palavras comete erros gramaticais 36 Sabe dizer até 1000 palavras 80 inteligíveis comete alguns erros de sintaxe Fonte Bates OConnell e Shore 1987 Capute Shapiro e Palmer 1987 Kuhl 2004 Lalonde e Werker 1995 Lenneberg 1969 Newman 2005 Papalia05indd 193 Papalia05indd 193 010213 0923 010213 0923 194 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman SEQUÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO INICIAL DA LINGUAGEM Antes de utilizar palavras o bebê faz suas necessidades e sentimentos serem conhecidos por meio de sons que evoluem do choro para o arrulho e o balbucio depois para a imitação acidental e então para a imitação deliberada Esses sons são conhecidos como fala prélinguística Também evolui a capa cidade do bebê de reconhecer e entender sons de fala e usar gestos significativos É comum o bebê pronunciar sua primeira palavra por volta do final do primeiro ano de vida e começar a falar utilizando sentenças entre oito meses e um ano depois Vocalização inicial O choro é o primeiro meio de comunicação do recémnascido Diferentes tons padrões e intensidades sinalizam fome sono ou raiva Lester e Boukydis 1985 Os adultos têm aversão ao choro por um motivo motivaos a encontrar a causa do problema e resolvêlo Assim o choro tem um grande valor adaptativo Entre 6 semanas e 3 meses o bebê começa a arrulhar quando está feliz emitindo gritos agudos gorgolejando e pronunciando sons de vogal como ahhh Entre 3 e 6 meses o bebê começa a brincar com os sons da fala imitando os sons que ouve de pessoas ao seu redor O balbucio repetição de sequências de consoantes e vogais como mamamama ocorre en tre 6 e 10 meses de idade e geralmente é confundido com a primeira palavra do bebê O balbucio no entanto não é uma linguagem de verdade pois não tem nenhum significado para a criança embora com o tempo se torne cada vez mais parecido com palavras A imitação é a chave para o início do desenvolvimento da linguagem Primeiro os bebês aci dentalmente imitam sons do idioma e depois imitam a si próprios produzindo esses sons Entre 9 e 10 meses o bebê imita sons deliberadamente sem entendêlos Quando já possui um repertório de sons ele os encadeia em padrões que soam como uma linguagem mas parecem não ter sentido Finalmente quando se familiarizam com os sons de palavras e frases os bebês começam a lhes atribuir significados Fernald Perfors e Marchman 2006 Jusczyk e Hohne 1997 Reconhecendo os sons e a estrutura da linguagem A imitação dos sons da linguagem re quer a capacidade de perceber sutis diferenças entre sons e os bebês podem fazêlo desde o nas cimento ou mesmo antes Seu cérebro parece estar préconfigurado para discriminar as unidades linguísticas básicas perceber padrões linguísticos e categorizálos como semelhantes ou diferentes Kuhl 2004 Esse processo de discriminação sonora aparentemente começa no útero Em um experimento os ritmos cardíacos de fetos na 35 a semana de gestação diminuíam quando era tocada próximo ao abdômen da mãe uma gravação de canções infantis que ela recitara com frequência O ritmo cardíaco fetal não diminuía para uma canção diferente cantada por outra mulher grávida Como a voz na gravação não era a da mãe os fetos aparentemente estavam respondendo aos sons linguís ticos que tinham ouvido a mãe utilizar Essa descoberta sugere que ouvir a língua da mãe antes de nascer pode présintonizar o ouvido do bebê para captar seus sons DeCasper et al 1994 De fato bebês recémnascidos até choram com certo sotaque como resultado de suas primeiras experiências sonoras Em francês as palavras tendem a apresentar um padrão de entonação cres cente enquanto em alemão ocorre o inverso E recémnascidos franceses e alemães revelam esse mesmo padrão em seus choros presumivelmente em consequência de ouvirem o idioma no útero Mampe et al 2009 Toda língua natural tem seu próprio sistema de sons que são utilizados na produção da fala A princípio os bebês podem discriminar os sons de qualquer língua Com o tempo porém o processo contínuo de percepção e categorização desse padrão compromete as redes neurais do cérebro com a aprendizagem dos padrões da língua nativa do bebê restringindo a futura aprendizagem de padrões diferentes Kuhl 2004 Kuhl et al 2005 Kuhl e RiveraGaxiola 2008 Bebês que não foram ex postos a esses padrões da língua seja falada ou sinalizada durante um período crítico ou sensível provavelmente não irão adquirila normalmente Kuhl 2004 Kuhl et al 2005 ver Quadro 12 no Capítulo 1 Essa exposição pode ser prénatal ou pósnatal Se a mãe fala duas línguas regularmente fala prélinguística Precursora da fala linguística emissão de sons que não são palavras Inclui choro arrulho balbucio e imitação acidental e deliberada de sons sem compreensão do significado Às vezes produzir um determinado som resulta numa posição da língua mais ou menos adequada para produzir outro som Assim por exemplo é mais fácil para o bebê dizer da do que bi Quando procuramos termos de maior afinidade entre as diversas culturas quase todas usam alguma variação de ba pa da e ma E não é coincidência que esses sejam os sons mais fáceis para o bebê reproduzir Papalia05indd 194 Papalia05indd 194 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 195 durante a gravidez seu bebê ao nascer reconhecerá ambas as línguas e estará mais interessado em ou vir falantes das línguas a que foi previamente exposto E o que é mais importante o bebê apresentará respostas diferenciais a ambas as línguas sugerindo que mesmo os recémnascidos possuem alguma compreensão de que dois sistemas linguísticos estão envolvidos e que eles são sensíveis não só aos sons em geral mas aos padrões e ritmos que distinguem as duas línguas ByersHeinlein Burns e Werker 2010 Entre os 6 e 7 meses de idade os bebês ouvintes aprenderam a reconhecer os aproxi madamente 40 fonemas ou sons básicos de sua língua nativa e a se adaptar às pequenas diferenças no modo como os falantes produzem esses sons Kuhl et al 1992 A capacidade de discriminar sons da língua nativa nessa idade prevê diferenças individuais na capacidade linguística durante o segundo ano de vida Tsao Liu e Kuhl 2004 o que não acontece com a discriminação de sons não nativos Kuhl et al 2005 Começando já aos 6 meses para as vogais e 10 meses para as consoantes o reconhecimento dos sons fonéticos nativos aumenta significativamente enquanto declina a discriminação dos sons não nativos Até o final do primeiro ano de vida os bebês perdem sua sensibilidade aos sons que não fazem parte da língua ou das línguas que eles costumam ouvir Kuhl e RiveraGaxiola 2008 Bebês surdos passam por um processo restritivo semelhante com respeito ao reconhecimento de si nais Kuhl e RiveraGaxiola 2008 Como essa mudança ocorre Uma das hipóteses para a qual há evidências de estudos comportamentais e de imageamento do cérebro é que os bebês computam mentalmente a frequência relativa de determinadas sequências fonéticas de sua língua e aprendem a ignorar sequências que pouco ouvem Kuhl 2004 Outra hipótese também sustentada por estudos comportamentais e de imageamento do cérebro é que as primeiras experiências com a linguagem modificam a estrutura neural do cérebro facilitando um rápido progresso para a detecção de padrões de palavras na língua nativa enquanto suprimem a atenção a padrões não nativos que tornariam mais lenta a aprendizagem da língua nativa Essas habilidades de detecção de padrão que se desenvolvem muito cedo preveem a continuidade do desenvolvimento da língua Em um estudo crianças de até 3 anos que aos 7 meses e meio haviam demonstrado melhor discriminação neural de fonemas nativos eram mais avançadas na produção de palavras em complexidade de sentenças aos 24 meses e aos 30 meses do que crianças que aos 7 meses e meio tinham sido mais capacitadas a discriminar contrastes fonéticos em outras línguas não nativas Kuhl e RiveraGaxiola 2008 Durante a segunda metade do primeiro ano os bebês começam a se conscientizar das regras fonológicas de sua língua como os sons são organizados na fala Em uma série de experimentos crianças de 7 meses ouviam por mais tempo sentenças que continham uma ordem diferente de sons sem sentido como wo fe wo ou ABA daquela que elas haviam se habituado como ga ti ti ou ABB Os sons usados no teste eram diferentes daqueles utilizados na fase de habituação portanto a discriminação feita pelas crianças deve ter sido feita tão somente a partir dos padrões de repetição Essa descoberta sugere que os bebês podem ter um mecanismo para discernir regras abstratas da es trutura da sentença Marcus et al 1999 Gestos Antes de poderem falar os bebês apontam Liszkowski Carpenter e Tomasello 2008 Aos 11 meses Maika apontava para a sua xícara para mostrar que a queria Ela também apontava para um cão que perseguia o próprio rabo usando o gesto para se comunicar com a mãe sobre uma cena interessante Aos 12 meses ela apontava para uma caneta que o irmão derrubara e procurava Esse uso do apontamento para fornecer informação mostrava que fazia uma inferência sobre o estado do irmão e queria ajudar uma indicação de cognição social discutida no Capítulo 8 Liszkowski et al 2006 Liszkowski et al 2008 Tomasello Carpenter e Liszkowski 2007 O gesto de apontar ajuda a regular as interações conjuntas e não precisa ser ensinado Aos 12 meses Maika aprendeu alguns gestos sociais convencionais dar tchau inclinar a cabeça para sinalizar sim e balançar a cabeça para significar não Por volta dos 13 meses ela usava gestos representacionais mais elaborados por exemplo segurava uma xícara vazia na altura da boca para mostrar que queria beber alguma coisa ou esticava os braços para mostrar que queria que a pegassem no colo Uma das maneiras em que se reflete essa estrutura é no balbucio dos bebês Crianças de um ano balbuciam na sua língua nativa Em outras palavras seu balbucio segue as regras fonéticas de sua língua nativa Os bebês geralmente começam apontando com a mão inteira e depois passam a usar o dedo indicador Papalia05indd 195 Papalia05indd 195 010213 0923 010213 0923 196 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Gestos simbólicos como soprar para significar quente ou cheirar para significar flor geralmente emergem próximo da mesma idade em que o bebê pronuncia suas primeiras palavras e acabam funcionando como tais Tanto be bês normais quanto bebês surdos utilizam esses gestos quase do mesmo modo GoldinMeadow 2007 Ao utilizálos os bebês demonstram o entendimento de que símbolos podem referirse a objetos eventos desejos e condições especí ficos Os gestos geralmente aparecem antes de a criança possuir um vocabulário de 25 palavras e são abandonados quando ela aprende a palavra correspondente à ideia do gesto e pode pronunciála Lock et al 1990 Aprender gestos parece ajudar o bebê a aprender a falar Os primeiros gestos são um bom indicador do tamanho do vocabulário futuro Em um estudo pes quisadores captaram por vídeo interações entre crianças pequenas e seus pais em casa durante 90 minutos a cada quatro meses O uso que os pais faziam dos gestos pôde prever os gestos do filho aos 14 meses o que por sua vez previu o tamanho do vocabulário da criança aos 42 meses Rowe Özçaliskan e Goldin Meadow 2008 Crianças até 3 anos geralmente combinam gestos e palavras As combina ções gestopalavra servem como um sinal de que a criança está prestes a usar sentenças com várias palavras GoldinMeadow 2007 As primeiras palavras O bebê mediano diz a primeira palavra entre 10 e 14 meses dando início assim à fala linguística expressão verbal que transmite significado A princípio o repertório verbal se resume a mamã ou dada Ou poderá ser uma única sílaba que possui mais de um significado dependendo do contexto em que a criança a pronuncia Da pode significar eu quero aquilo eu quero sair ou onde está o papai Uma palavra como essa que expressa um pensamento completo é chamada de holofrase Muito antes de os bebês poderem associar sons a significados eles apren dem a reconhecer padrões sonoros que ouvem frequentemente como o próprio nome Bebês de 5 meses ouvem seu nome por mais tempo do que qualquer outro nome Newman 2005 Bebês de 8 meses ou mais novos começam a aprender as formas das palavras discernindo indicações perceptuais como sílabas que geralmente ocorrem juntas como pa e pai e armazenam essas formas possíveis de palavras na memória Eles também notam a pronúncia a ênfase nas sílabas e mudanças de tom Esse aprendizado auditório inicial é a base para o crescimento do vocabulário Swingley 2008 Os bebês entendem muitas palavras antes de poder usálas Crianças de 6 meses olham por mais tempo para um vídeo em que aparece a mãe quando ouvem a palavra mamãe e no caso do pai quando ouvem a palavra papai o que sugere que estão começando a associar som com significado pelo menos no que diz respeito a pessoas especiais Tincoff e Jusczyk 1999 Por volta dos 13 meses a maioria das crianças entende que uma palavra representa uma coisa ou evento específico e pode aprender rapidamente o significado de uma palavra nova Woodward Markman e Fitzsimmons 1994 Entre os 10 meses e 2 anos o processo pelo qual os bebês aprendem as palavras gradualmente muda de simples associação para detecção de indicações sociais Aos 10 meses bebês associam um nome que eles ouvem a um objeto que consideram interessante seja o nome correto ou não para aquele objeto Aos 12 meses começam a prestar atenção a indicações dos adultos tais como olhar ou apontar para um objeto enquanto dizem seu nome Entretanto eles ainda aprendem nomes somente para objetos interessantes e ignoram os não interessantes Entre 18 e 24 meses as crianças seguem indicações sociais na aprendizagem dos nomes não importando o interesse intrín seco dos objetos Golinkoff e HirshPasek 2006 Pruden et al 2006 Aos 24 meses as crianças reconhecem rapidamente nomes de objetos familiares na ausência de indicações visuais Swingley e Fernald 2002 O vocabulário passivo receptivo ou entendido continua a crescer à medida que a compreensão verbal tornase cada vez mais rápida precisa e eficiente Fernald et al 2006 Aos 18 meses 3 de cada 4 crianças conseguem entender 150 palavras e pronunciar 50 delas Kuhl 2004 Crianças com fala linguística Expressão verbal designada para trans mitir significado holofrase Uma única palavra que transmite um pensamento completo Esta criança está se comunicando com o pai apon tando para algo que lhe chama a atenção A ges ticulação parece surgir naturalmente nas crianças pequenas e talvez seja parte importante do apren dizado da linguagem Papalia05indd 196 Papalia05indd 196 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 197 vocabulários maiores e tempo de reação mais rápido reconhecem palavras faladas já na primeira parte da palavra Por exemplo quando ouvem lei ou ga apontarão para a imagem de um pacote de leite ou um gato Fernald Swingley e Pinto 2001 Essa aprendizagem inicial da língua está intima mente ligada ao desenvolvimento cognitivo posterior Em um estudo longitudinal a velocidade de reconhecimento de palavras faladas e tamanho de vocabulário em crianças de 25 meses pôde prever habilidades linguísticas e cognitivas incluindo a eficiência da memória de trabalho em crianças de 8 anos Marchman e Fernald 2008 A princípio o acréscimo de novas palavras ao vocabulário expressivo falado é lento De pois entre 16 e 24 meses pode ocorrer uma explosão de vocabulário embora esse fenômeno nem sempre aconteça com todas as crianças Ganger e Brent 2004 Dentro de alguns meses muitas crianças que antes diziam por volta de 50 palavras passam a dizer várias centenas Cou rage e Howe 2002 Rápidas aquisições no vocabulário falado refletem aumentos na velocidade e na precisão do reconhecimento das palavras durante o segundo ano de vida Fernald et al 1998 Fernald et al 2006 bem como uma compreensão de que as coisas pertencem a categorias Courage e Howe 2002 Os substantivos parecem ser o tipo de palavra mais fácil de aprender Em um estudo transcultural pais espanhóis holandeses franceses israelenses italianos coreanos e norteamericanos todos rela taram que seus filhos de 20 meses conheciam mais substantivos do que qualquer outra classe de pala vras Bornstein et al 2004 Entre 24 e 36 meses a criança consegue inferir o significado de adjetivos não familiares a partir do contexto ou dos substantivos que esses adjetivos modificam Mintz 2005 As primeiras sentenças O próximo avanço linguístico importante ocorre quando a criança junta duas palavras para expressar uma ideia Dodô caiu Geralmente ela faz isso entre 18 e 24 meses Entretanto essa faixa etária varia bastante Embora a fala prélinguística esteja até certo ponto inti mamente ligada à idade cronológica a fala linguística não está A maioria das crianças que começa a falar tardiamente acaba alcançando as outras e muitas compensam o tempo perdido falando sem parar com quem se disponha a ouvir O verdadeiro atraso no desenvolvimento da linguagem será discutido no Capítulo 7 As primeiras sentenças de uma criança geralmente tratam de eventos coisas pessoas ou ativi dades do dia a dia Braine 1976 Rice 1989 Slobin 1973 É comum as crianças utilizarem a fala telegráfica que consiste em apenas algumas poucas palavras essenciais Quando Rita diz Bobó endo parece querer dizer Vovó está varrendo o chão O uso da fala telegráfica por parte da criança e a forma assumida variam dependendo da língua a ser aprendida Braine 1976 Slobin 1983 A ordem das palavras está de acordo com aquilo que a criança ouve Rita não diz Endo bobó quando vê a avó varrendo Entre 20 e 30 meses a criança demonstra uma competência cada vez maior na sintaxe as regras para juntar sentenças em sua língua Ela tornase mais fluente com os artigos um uma o a preposições em de conjunções e mas plurais terminações verbais tempo passado e formas do verbo ser sou são somos é Também fica cada vez mais consciente do propósito comunicativo da fala e do fato de suas palavras serem entendidas Shwe e Markman 1997 um sinal de crescente sensibilidade à vida mental dos outros Por volta dos 3 anos a fala é fluente mais longa e mais com plexa Embora a criança geralmente omita partes do discurso ela consegue comunicar com sucesso o que quer dizer CARACTERÍSTICAS DA FALA INICIAL A fala inicial tem uma característica bastante própria não importa que língua a criança esteja falando Slobin 1971 Como já vimos a criança pequena simplifica Ela usa a fala telegráfica para dizer o suficiente sobre suas intenções Não toma leite A criança pequena entende relações gramaticais que ainda não consegue expressar A princí pio Nina talvez entenda que o cão está correndo atrás do gato mas não consegue pôr em sequência palavras suficientes para expressar a ação completa Sua sentença sai como Cachorro corre e não Cachorro corre atrás do gato A criança pequena restringe o significado das palavras O tio de Lisa deulhe um carro de brin quedo que a menina de 13 meses chamou de cuca Depois o pai chegou em casa com um presente Se você quiser ajudar uma criança pequena a aprender as palavras relativas às cores rotule o objeto a que está se referindo depois dê o nome da cor Dye 2010 fala telegráfica Forma inicial do uso de sentenças que consiste em falar apenas algumas pala vras essenciais sintaxe Regras para formar sentenças em uma determinada língua Papalia05indd 197 Papalia05indd 197 010213 0923 010213 0923 198 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman dizendo Olha Lisa um carrinho pra você Lisa balançou a cabeça Cuca ela disse e correu e pegou aquele que o tio lhe havia dado Para ela aquele carro e somente aquele carro era um car rinho e levou algum tempo até ela chamar qualquer outro carrinho de brinquedo pelo mesmo nome Lisa estava restringindo a palavra carro a um único objeto A criança pequena também supergeneraliza o significado das palavras Aos 14 meses Almir pulou de alegria ao ver um homem de cabelo grisalho na televisão e gritou Vovô Almir estava supergeneralizando uma palavra ele pensou que por seu avô ter cabelo grisalho todos os homens de cabelo grisalho poderiam ser chamados de vovô À medida que a criança desenvolve um vocabulá rio maior e obtém feedback dos adultos sobre a propriedade do que diz ela generaliza menos Não querido aquele homem parece ser o vovô mas ele é vovô de outra pessoa não o seu A criança pequena superregulariza regras Ela as aplica rigidamente sem saber que algumas re gras têm exceções Por exemplo quando uma criança fala balãos em vez de ba lões ou então eu cabo em vez de eu cai bo isso representa progresso Ao aprender as regras para a marcação de plural e a conju gação de verbos ela as aplica como fez no exemplo universalmente O próximo passo é aprender as exceções às regras o que geral mente ela faz no começo da idade escolar TEORIAS CLÁSSICAS DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM O DEBATE GENÉTICAAMBIENTE A capacidade linguística é aprendida ou inata Na década de 1950 travouse um debate entre duas escolas de pensamento uma liderada por B F Skinner o principal proponente da teoria da aprendiza gem e outra pelo linguista Noam Chomsky Skinner 1957 sustentava que o aprendizado da linguagem como qualquer outro aprendizado baseiase na experiência Segundo a teoria clássica da aprendizagem a criança aprende a linguagem por meio de condicionamento operante A princípio o bebê emite sons aleatórios Os cuidadores reforçam os sons que se assemelham à fala adulta com sorrisos atenção e elogios O bebê então re pete esses sons reforçados Segundo a teoria da aprendizagem social o bebê imita os sons que ouve dos adultos e novamente é reforçado a fazer isso O aprendizado das palavras depende do reforço seletivo a palavra gatinho é reforçada somente quando o gato da família aparece À medida que esse processo continua a criança é reforçada para uma fala cada vez mais semelhante à do adulto Observação imitação e reforço contribuem para o desenvolvimento da linguagem mas como persuasivamente argumentou Chomsky 1957 não podem explicálo totalmente Em primeiro lugar as combinações e nuanças de palavras são tão numerosas e tão complexas que não podem ser todas adquiridas por imitação específica e reforço Além disso os cuidadores geralmente reforçam expres sões que não são estritamente gramaticais contanto que façam sentido Vovô vai tchau tchau A própria fala do adulto não é um modelo confiável para imitar pois frequentemente é agramatical e contém falsos inícios sentenças inacabadas e desvios do idioma E a teoria da aprendizagem não ex plica as maneiras imaginativas que as crianças têm de dizer coisas que nunca ouviram como quando Anna de 2 anos descreveu um tornozelo torcido como um tornozido e disse que ainda não queria ir dormir porque não estava bocejenta A concepção de Chomsky é chamada de inatismo Diferentemente da teoria da aprendizagem de Skinner o inatismo enfatiza o papel ativo daquele que aprende Como a língua é universal nos seres humanos Chomsky 1957 1972 1995 propôs que o cérebro humano tem uma capacidade inata para adquirir linguagem bebês aprendem a falar tão naturalmente quanto aprendem a andar Ele sugeriu que um dispositivo de aquisição da linguagem DAL programa o cérebro da criança para analisar a língua que ela ouve e a inferir suas regras O fundamento da concepção inatista vem da capacidade dos recémnascidos de diferenciar sons similares o que sugere que eles nascem com sintonizadores que captam as características O inglês é de modo geral considerado uma segunda língua desafiadora para se aprender Parte disso é porque o inglês tem diversas exceções às regras verificador você é capaz de Descrever uma típica sequên cia de marcos no desenvolvi mento inicial da linguagem Descrever cinco aspectos em que a fala inicial difere da fala adulta inatismo Teoria de que os seres humanos possuem uma capacidade inata para adquirir linguagem dispositivo de aquisição da lingua gem DAL Na terminologia de Chomsky mecanis mo inato que permite à criança inferir regras linguísticas do idioma que ouve Papalia05indd 198 Papalia05indd 198 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 199 da fala Os inatistas apontam para o fato de que quase todas as crianças dominam sua língua natal na mesma sequência relacionada à idade sem aprendizagem formal Além dis so o cérebro do ser humano o único animal com linguagem plenamente desenvolvida contém uma estrutura que é maior em um dos lados indicando que pode haver um mecanismo inato para processar som e lin guagem localizado no hemisfério maior o esquerdo para a maioria das pessoas Gan non et al 1998 Entretanto a abordagem inatista não explica exatamente como opera esse mecanismo Não nos diz por que algu mas crianças adquirem linguagem com mais rapidez e eficiência que outras por que as crianças diferem em habilidade e fluência linguística ou por que como veremos o de senvolvimento da fala parece depender de se ter alguém para conversar e não somente de ouvir a linguagem falada Aspectos tanto da teoria da aprendiza gem como do inatismo têm sido usados para explicar como bebês surdos aprendem a lin guagem de sinais que é estruturada de modo semelhante ao da linguagem falada e é adqui rida na mesma sequência Assim como bebês normais de pais normais imitam expressões vocais be bês surdos de pais igualmente surdos parecem imitar a linguagem de sinais que veem os pais utilizar primeiro formando uma sequência de movimentos sem sentido e depois repetindoos seguidamente no que tem sido chamado de balbucio ma nual À medida que os pais reforçam esses gestos os bebês associam significado a eles Petitto e Marentette 1991 Petitto et al 2001 Algumas crianças surdas no entanto inventam sua própria linguagem de sinais quando não têm modelos para seguir evi dência de que apenas imitação e reforço não podem explicar a emergência da expressão linguística GoldinMeadow 2007 GoldinMeadow e Mylander 1998 Além disso a teoria da aprendizagem não explica a correspondência entre as idades em que ocorrem os avanços linguísticos tanto em bebês que ouvem quanto em bebês surdos Padden 1996 Petitto Katerelos et al 2001 Petitto e Kovelman 2003 Bebês surdos começam o balbucio manual entre 7 e 10 meses aproximadamente a idade em que bebês normais começam o balbucio vocal Petitto Holowka et al 2001Petitto e Marentette 1991 Bebês surdos também começam a usar sentenças na língua de sinais por volta da mesma idade em que bebês que ouvem começam a falar por meio de sentenças Meier 1991 Newport e Meier 1985 Essas observações sugerem que uma capacidade inata para a linguagem pode estar subjacente à aquisição tanto da língua falada quanto da língua de sinais e que os avanços em ambas as linguagens estão vinculados à maturação do cérebro Hoje a maioria dos cientistas do desenvolvimento sustenta que a aquisição da linguagem assim como muitos outros aspectos do desenvolvimento depende de um entrelaçamento de genética e am biente A criança tenha ela audição normal ou seja ela surda provavelmente possui uma capacidade inata de adquirir linguagem o que pode ser ativado ou restringido pela experiência Assim como os bebês surdos balbuciam com as mãos pais surdos conversam com o bebê em um padrão típico de fala infantilizada através de gestos verificador você é capaz de Resumir como a teoria da aprendizagem e o inatismo procuram explicar a aquisi ção da linguagem e mostrar os pontos fortes e fracos de cada teoria Discutir as implicações do modo como bebês surdos adquirem linguagem A habilidade linguística é aprendida ou inata Embora capacidade linguística inata possa ser a base da capacidade de fala do bebê quando este pai repete os sons que seu bebê produz ele está reforçando a probabilidade de que a criança irá repetir esses sons o que realça as influências tanto da genética quanto do ambiente Papalia05indd 199 Papalia05indd 199 010213 0923 010213 0923 200 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman INFLUÊNCIAS NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DA LINGUAGEM O que determina a rapidez e a eficácia com que a criança aprende a entender e usar a linguagem As pesquisas têm se concentrado tanto nas influências neurológicas quanto ambientais Desenvolvimento do cérebro O enorme crescimento do cérebro durante os primeiros meses e anos está intimamente ligado ao desenvolvimento da linguagem O choro do recémnascido é con trolado pelo tronco encefálico e pela ponte as partes mais primitivas do cérebro e as primeiras a se desenvolverem É possível que o balbucio repetitivo surja com a maturação de partes do córtex motor que controla os movimentos da face e da laringe Um estudo de imageamento do cérebro aponta para a emergência de um vínculo entre a percepção fonética e os sistemas motores do cérebro já aos 6 meses uma ligação que se fortalece dos 6 aos 12 meses Imada et al 2006 O desenvolvimento da linguagem afeta ativamente as redes neurais comprometendoas com o reconhecimento dos sons da língua nativa apenas Kuhl 2004 Kuhl et al 2005 Escaneamentos do cérebro que medem mudanças no potencial elétrico em determinadas partes desse órgão durante a atividade cognitiva confirmam a sequência do desenvolvimento do vocabulário esboçada anteriormente neste capítulo Em crianças pequenas com vocabulário extenso a ativação do cérebro tende a focalizar os lobos temporal e parietal esquerdos enquanto em crianças com vocabu lário mais modesto a ativação é mais dispersada Kuhl e RiveraGaxiola 2008 As regiões corticais associadas à linguagem continuam a se desenvolver até pelo menos os últimos anos da préescola ou além algumas até a idade adulta Em cerca de 98 das pessoas o hemisfério esquerdo é dominante para a linguagem embora o hemisfério direito também participe Nobre e Plunkett 1997 Owens 1996 Estudos de bebês balbu ciando mostram que a boca abre mais do lado direito do que do lado esquerdo O hemisfério esquerdo do cérebro controla a atividade do lado direito do corpo e a lateralização das funções linguísticas aparentemente começa muito cedo Holowka e Petitto 2002 Interação social o papel dos pais e cuidadores A linguagem é um ato social Não bastam o mecanismo biológico e a capacidade cognitiva necessários é preciso também interação com um inter locutor vivo Crianças que crescem sem um contato social normal como os autistas não desenvolvem a linguagem normalmente Nem aquelas expostas à linguagem somente através da televisão Em um experimento de laboratório falantes nativos do mandarim leram para e brincaram com bebês de 9 meses regularmente de quatro a seis semanas Testes comportamentais e escaneamentos do cérebro feitos até um mês depois da última sessão mostraram que os bebês haviam aprendido e retido sí labas do mandarim não usadas no inglês Por outro lado um grupocontrole que havia sido exposto à mesma fala mandarim através de tutores televisados ou apenas por meio de áudio não tiveram de sempenho melhor que outro grupocontrole que somente ouviu inglês Kuhl e RiveraGaxiola 2008 No entanto outras pesquisas sugerem que há mudanças relacionadas à idade quanto à influência da mídia nas crianças Em um estudo crianças com menos de 30 meses não foram capazes de aprender a usar um verbo novo vendo televisão No entanto crianças entre 30 e 42 meses mostraram certa capacidade de aprender novos verbos assistindo à televisão Os autores concluíram que aumentos na capacidade cognitiva permitiam que crianças mais velhas aprendessem somente com a televisão apesar da falta de interação social Roseberry et al 2009 Como preveria o modelo bioecológico de Bronfenbrenner a idade dos pais ou dos cuidadores o modo como eles interagem e conversam com o bebê a ordem de nascimento da criança a experiência em cuidar de criança e mais tarde a escolaridade os colegas e a exposição à televisão tudo isso afeta o ritmo da aquisição da linguagem O mesmo acontece com a cultura num sentido mais amplo Os marcos indicadores do desenvolvimento da linguagem descritos neste capítulo são típicos de crianças ocidentais de classe média envolvidas em diálogos diretos Não são necessariamente típicos de todas as culturas nem de todos os níveis socioeconômicos Hoff 2006 Período prélinguístico Na fase de balbucio os adultos ajudam o bebê a avançar na direção da fala verdadeira repetindo os sons emitidos pela criança O bebê logo adere à brincadeira e repete de volta os sons A imitação dos sons da criança por parte dos pais afeta a quantidade de vocalização do bebê Goldstein King e West 2003 e o ritmo de aprendizagem da linguagem HardyBrown e Plomin Brincar de esconder envolve revezamento o mesmo que acontece nas conversas e na maior parte das interações sociais Papalia05indd 200 Papalia05indd 200 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 201 1985 HardyBrown Plomin e DeFries 1981 Também ajuda o bebê a vivenciar o aspecto social da fala Kuhl 2004 Já aos 4 meses o bebê ao brincar de esconder demonstra sensibilidade à estrutura de troca social com o adulto Rochat Querido e Striano 1999 Desenvolvimento do vocabulário Quando o bebê começa a falar os pais ou cuidadores podem in crementar o desenvolvimento do vocabulário repetindo as primeiras palavras e pronunciadoas cor retamente A atenção conjunta resulta em um desenvolvimento mais rápido do vocabulário Hoff 2006 Em um estudo longitudinal a responsividade das mães a crianças de 9 meses e sobretudo à vocalização e às brincadeiras de crianças de 13 meses previu o momento dos marcos de desenvolvi mento da linguagem como as primeiras palavras faladas e as primeiras sentenças TamisLeMonda Bornstein e Baumwell 2001 Existe uma forte relação entre a frequência de palavras específicas na fala das mães e a ordem em que a criança as aprende Huttenlocher et al 1991 bem como entre a loquacidade das mães e o tamanho do vocabulário dos bebês Huttenlocher 1998 Mães de condição socioeconômica mais elevada tendem a usar vocabulários mais ricos e expressões mais longas e seus filhos de 2 anos têm um vocabulário falado mais extenso chegando a ser oito vezes maior que o de crianças da mesma idade de baixo nível socioeconômico Hoff 2003 C T Ramey e Ramey 2003 Aos 3 anos o vocabu lário de crianças de baixa renda varia muito dependendo em grande parte da diversidade dos tipos de palavra que ouvem a mãe usar Pan et al 2005 Entretanto a sensibilidade e a responsividade parentais podem ser ainda mais importantes que o número de palavras usado pela mãe Em um estudo que durou um ano e envolveu 290 famílias de baixa renda com crianças de 2 anos tanto a sensibilidade quanto a consideração posi tiva pela criança e a estimulação cognitiva que proporcionavam durante as brincadeiras puderam prever o vocabulário e o desenvolvimento cognitivo da criança aos 2 e 3 anos de idade Tamis LeMonda et al 2004 Em lares onde se fala mais de uma língua os bebês atingem marcos de desenvolvimento seme lhantes em cada uma das línguas no mesmo esquema de crianças que ouvem apenas uma Petitto Crianças de lares bilíngues geralmente usam elementos de ambas as línguas mas isso não signi fica que confundam as duas Papalia05indd 201 Papalia05indd 201 010213 0923 010213 0923 202 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Katerelos et al 2001 Petitto e Kovelman 2003 Crianças que aprendem duas línguas tendem no entanto a ter vocabulário menor em cada uma delas do que crianças que aprendem somente uma língua Hoff 2006 Crianças bilíngues geralmente utilizam elementos de ambas as línguas às vezes na mesma expressão um fenômeno chamado mistura de código Pettito Katerelos et al 2001 Petitto e Kovelman 2003 Em Montreal crianças de 2 anos de lares bilíngues sabem diferenciar as duas línguas utilizando o francês com o pai que fala predominantemente esse idioma e o inglês com a mãe que habitualmente fala o inglês Genesee Nicoladis e Paradis 1995 Essa capacidade de mudar de uma língua para outra se chama troca de código Fala dirigida à criança Você não precisa ser mãe ou pai para falar o manhês Se ao falar com um bebê ou com uma criança pequena você fala devagar com a voz num tom agudo e exagerando nos altos e baixos simplifica sua fala exagera nos sons vocais e utiliza palavras e sentenças curtas e também muita repetição você está praticando a fala dirigida à criança FDC às vezes chamada de manhês A maioria dos adultos e mesmo crianças o fazem naturalmente Essa conversa de bebê já foi documentada em muitas línguas e culturas Em um estudo observacional mães nos Estados Uni dos na Rússia e na Suécia eram gravadas falando com seus filhos entre 2 e 5 meses de idade Inde pendentemente do idioma falado inglês russo ou sueco as mães exageravam nos sons das vogais quando falavam com seus bebês o que não acontecia quando falavam com adultos Com 20 semanas o balbucio dos bebês continha vogais distintas que re fletiam diferenças fonéticas na fala da mãe Kuhl et al 1997 Muitos pesquisadores acreditam que a FDC ajuda o bebê a aprender sua língua nativa ou pelo menos a captála mais rápido ao exagerar e direcionar a atenção para os aspectos distintivos dos sons da fala Kuhl et al 2005 Outros estudio sos questionam o valor da FDC Eles afirmam que os bebês falam mais cedo e melhor se ouvirem e puderem responder à fala adulta mais complexa De fato dizem alguns pesquisadores as crianças descobrem as regras da linguagem mais rápido quando ouvem sentenças complexas que utilizam essas regras com mais frequência e de várias maneiras OshimaTakane Goodz e Derevensky 1996 No entanto os próprios bebês preferem ouvir a fala simplificada Essa preferência é nítida antes de 1 mês de idade e parece não depender de nenhuma experiência especí fica Cooper e Aslin 1990 Kuhl et al 1997 Werker Pegg e McLeod 1994 PREPARAÇÃO PARA O LETRAMENTO OS BENEFÍCIOS DA LEITURA EM VOZ ALTA A maioria dos bebês adora ouvir uma leitura A frequência com que os cuidadores leem para eles pode influenciar a qualidade da fala de uma criança e por fim a qualidade e a época do letramento a capacidade de ler e escrever Em um estudo com 2581 famílias de baixa renda aproximadamente metade das mães declarou que lia diariamente para seus filhos em ida de préescolar entre 14 meses e 3 anos Crianças para quem os pais haviam lido diariamente tinham melhores habilidades cognitivas e linguísticas com 3 anos Raikes et al 2006 E suas capacidades linguísticas emergentes repercutem mais tarde no desempenho escolar Um estudo recente com quase 700 pares de gêmeos constatou que essas crianças que desen volveram a linguagem mais cedo estavam melhor preparadas mistura de código O uso de elementos de duas línguas às vezes na mesma expressão por crian ças pequenas em lares onde ambas as línguas são faladas troca de código Mudança na fala para corresponder à situação como acontece com pessoas que são bilíngues fala dirigida à criança FDC Tipo de fala geralmente usada para conversar com bebês ou crianças pequenas tratase de uma fala lenta e simplificada tonalidade alta sons vogais exagerados palavras e senten ças curtas e muita repetição também chamada de manhês Quando os bebês ouvem a FDC o ritmo cardíaco diminui um estado fisiológico coerente com a orientação para absorver informação letramento Habilidade para ler e escrever Ao lerem em voz alta para os filhos e fazerem perguntas sobre as figuras do livro estes pais ajudam as crianças a construírem habili dades linguísticas e a identificarem as letras e seus sons Papalia05indd 202 Papalia05indd 202 060313 1315 060313 1315 Desenvolvimento Humano 203 resumo e palavraschave Estudando o desenvolvimento cognitivo seis abordagens Quais são as seis abordagens ao estudo do desenvolvimento cognitivo As seis abordagens ao estudo do desenvolvimento cognitivo são behaviorista psicométrica piagetiana processamento de informação neurociência cognitiva e sociocontextual Todas essas abordagens podem esclarecer como a cogni ção se desenvolve no início da vida abordagem behaviorista 170 abordagem psicométrica 170 abordagem piagetiana 170 abordagem do processamento de informação 170 abordagem da neurociência cognitiva 171 abordagem sociocontextual 171 Abordagem behaviorista o mecanismo básico da aprendizagem Como os bebês aprendem e por quanto tempo podem lembrar Dois tipos de aprendizagem simples estudados pelos behavioristas são o condicionamento clássico e o condi cionamento operante A pesquisa de RoveeCollier sugere que os processos da memória nos bebês são muito semelhantes aos dos adultos embora essa conclusão tenha sido questionada As memórias dos bebês podem ser estimuladas por lem bretes periódicos condicionamento clássico 171 condicionamento operante 171 indicad r indicad r para frequentar a escola Além do mais a capacidade linguística inicial é mais afetada pelo am biente doméstico do que pela genética sugerindo que os programas de intervenção que visam as variáveis domésticas como incentivar os pais a lerem para seus filhos poderiam ser muito eficazes ForgetDubois et al 2009 O modo como os pais ou cuidadores leem para as crianças faz diferença Os adultos tendem a utilizar três estilos de leitura para criança descritor entendedor e orientado para o desempenho O estilo descritor preocupase em descrever o que está acontecendo nas figuras e convida a criança a fazer o mesmo O que a mamãe e o papai estão comendo no café da manhã O entendedor incentiva a criança a olhar mais profundamente para o significado da história e a fazer inferências e previsões O que você acha que o leão vai fazer agora O leitor orientado para o desempenho lê a história até o fim apresentando de antemão os temas principais e fazendo perguntas depois O estilo de leitura do adulto deve se adaptar às necessidades e habilidades da criança Em um estudo experimental com 50 crianças de 4 anos realizado em Dunedin Nova Zelândia o estilo descritor foi o mais benéfico para habilidades relacionadas ao vocabulário e às ilustrações mas o estilo orientado para o desempenho foi mais benéfico para crianças que já tinham um vocabulário extenso Reese e Cox 1999 A interação social na leitura em voz alta e outras atividades diárias são fundamentais para uma boa parte do desenvolvimento infantil As crianças provocam respostas nas pessoas ao seu redor e por sua vez reagem a essas respostas No Capítulo 6 veremos mais de perto essas influências bidirecio nais à medida que explorarmos o desenvolvimento psicossocial verificador você é capaz de Citar áreas do cérebro envol vidas no desenvolvimento inicial da linguagem e dizer a função de cada uma delas Explicar a importância da interação social e dar pelo menos três exemplos de como os pais ou cuidadores ajudam os bebês a aprender a falar Avaliar os argumentos a favor e contra o valor da fala dirigi da à criança FDC Dizer por que é benéfico ler em voz alta para a criança quando ela ainda é pequena e descrever um modo eficaz de fazêlo Papalia05indd 203 Papalia05indd 203 010213 0923 010213 0923 204 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Abordagem psicométrica testes de desenvolvimento e de inteligência A inteligência dos bebês e de crianças até três anos pode ser medida E como pode ser aprimorada Os testes psicométricos medem fatores que suposta mente constituem a inteligência Testes de desenvolvimento como as Escalas Bayley de Desenvolvimento Infantil podem indicar o atual funcio namento da inteligência mas geralmente têm pouca utilidade para prever o funcionamento futuro O ambiente doméstico pode afetar a inteligência medida Se o ambiente doméstico não oferecer as condições ne cessárias que servirão de base para a competência cogni tiva talvez seja preciso fazer uma intervenção precoce comportamento inteligente 173 testes de QI quociente de inteligência 173 testes de desenvolvimento 173 Escalas Bayley de Desenvolvimento Infantil 173 Inventário HOME de Observação Doméstica 174 intervenção precoce 174 Abordagem piagetiana o estágio sensóriomotor Como Piaget explicou o desenvolvimento cognitivo inicial Durante o estágio sensóriomotor proposto por Piaget os esquemas dos bebês tornamse mais elaborados Eles progridem de reações circulares primárias para secundá rias e terciárias e finalmente para o desenvolvimento da capacidade de representação que torna possível a imita ção diferida a simulação e a resolução de problemas A permanência do objeto desenvolvese gradualmente segundo Piaget e só se torna plenamente funcional en tre os 18 e 24 meses A pesquisa sugere que várias capacidades incluindo a imitação e a permanência do objeto desenvolvemse antes do período indicado por Piaget estágio sensóriomotor 176 esquemas 176 reações circulares 178 capacidade de representação 179 imitação invisível 179 imitação visível 179 imitação diferida 180 imitação induzida 181 permanência do objeto 181 hipótese da dupla representação 183 Abordagem do processamento de informação percepções e representações Como podemos medir a capacidade dos bebês de processar informações e quando os bebês começam a entender as características do mundo físico Os pesquisadores em processamento de informação medem processos mentais por meio da habituação e de outros indicativos de habilidades visuais e perceptuais Contrariamente às ideias de Piaget essa pesquisa sugere que a capacidade de representação interna está presente praticamente desde o nascimento Indicadores da eficiência do processamento de informa ção no bebê como a velocidade de habituação tendem a prever a inteligência futura Técnicas de processamento de informação como habi tuação preferência por novidade e o método da violação de expectativas têm produzido evidências de que bebês entre 3 e 6 meses podem ter um entendimento rudimen tar das habilidades propostas por Piaget como catego rização causalidade permanência do objeto noção de número e capacidade de raciocinar sobre características do mundo físico Alguns pesquisadores sugerem que os bebês podem ter mecanismos inatos de aprendizagem para a aquisição desse conhecimento Entretanto o sig nificado dessas descobertas é controverso habituação 183 desabituação 184 preferência visual 184 memória de reconhecimento visual 184 transferência intermodal 185 violação de expectativas 189 Abordagem da neurociência cognitiva as estruturas cognitivas do cérebro O que a pesquisa sobre o cérebro pode revelar a respeito do desenvolvimento das habilidades cognitivas Memória explícita e memória implícita estão localizadas em estruturas distintas do cérebro A memória de trabalho emerge entre os 6 e 12 meses Os desenvolvimentos neurológicos ajudam a explicar a emergência das habilidades piagetianas e as habilidades de memória memória implícita 191 memória explícita 191 memória de trabalho 191 indicad r indicad r indicad r indicad r Papalia05indd 204 Papalia05indd 204 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 205 Abordagem sociocontextual aprendendo nas interações com cuidadores De que maneira a interação social com adultos faz a competência cognitiva avançar As interações sociais com adultos contribuem para a com petência cognitiva por intermédio de atividades compar tilhadas que ajudam a criança a aprender habilidades conhecimentos e valores importantes em sua cultura participação guiada 192 Desenvolvimento da linguagem Como os bebês desenvolvem a linguagem e quais são as influências que contribuem para o progresso linguístico A aquisição da linguagem é um aspecto importante do desenvolvimento cognitivo A fala prélinguística inclui choro arrulho balbucio e imi tação dos sons da língua Aos seis meses o bebê apren deu os sons básicos de sua língua e começou a vincular som e significado A percepção das categorias sonoras na linguagem nativa pode comprometer os circuitos neurais com o futuro aprendizado dessa língua apenas Antes de pronunciar sua primeira palavra o bebê utiliza gestos A primeira palavra costuma surgir entre 10 e 14 meses dando início à fala linguística Para muitas crianças ocor re um surto de nomeação entre os 16 e os 24 meses de idade As primeiras sentenças breves geralmente surgem entre 18 e 24 meses Por volta dos 3 anos a sintaxe e a capacidade de comunicação estão razoavelmente de senvolvidas A fala inicial é caracterizada pela supersimplificação restrição e supergeneralização dos significados das pala vras e universalização das regras Duas visões teóricas clássicas sobre como a criança ad quire a linguagem são a teoria da aprendizagem e o ina tismo Hoje a maioria dos cientistas do desenvolvimento afirma que a capacidade inata de aprender a linguagem pode ser ativada ou restringida pela experiência As influências sobre o desenvolvimento da linguagem são a maturação do cérebro e a interação social Características de família como nível socioeconômico uso da língua adulta e responsividade materna afetam o desenvolvimento do vocabulário da criança Crianças que ouvem duas línguas em casa geralmente aprendem ambas no mesmo ritmo que crianças que ou vem apenas uma língua e sabem utilizar cada uma delas na circunstância apropriada A fala dirigida à criança FDC parece trazer benefícios cognitivos emocionais e sociais e os bebês demonstram preferência por ela Entretanto alguns pesquisadores questionam esse valor Ler em voz alta para uma criança desde os primeiros me ses ajuda a preparar o caminho para o letramento linguagem 193 fala prélinguística 194 fala linguística 196 holofrase 196 fala telegráfica 197 sintaxe 197 inatismo 198 dispositivo de aquisição da linguagem DAL 198 mistura de código 202 troca de código 202 fala dirigida à criança FDC 202 letramento 202 indicad r indicad r Papalia05indd 205 Papalia05indd 205 010213 0923 010213 0923 Capítulo 6 pontos principais Fundamentos do desenvolvimento psicossocial Questões de desenvolvimento da primeira infância Questões de desenvolvimento do 1 o ao 3 o ano Contato com outras crianças Filhos de pais que trabalham fora Maustratos abuso e negligência pontos principais você sabia que O comportamento altruísta é razoavelmente comum entre crianças pequenas Os terríveis dois anos não existem em algumas culturas como um estágio do desenvolvimento Conflitos com irmãos e amiguinhos podem ajudar crianças pequenas a aprenderem a negociar e resolver disputas Neste capítulo examinamos os fundamentos do desenvolvimento psicossocial e consideramos as ideias de Erikson sobre o desenvolvimento da confiança e da autonomia Focalizamos o relacionamento com cuidadores o senso emergente de identidade e as bases da consciência Exploramos o relacionamento com os irmãos e com outras crianças e consideramos o impacto do trabalho dos pais e dos primeiros cuidados com o filho Finalmente discutimos os maustratos dirigidos à criança e o que pode ser feito para protegêlas de abuso você sabia Desenvolvimento Psicossocial nos Três Primeiros Anos Papalia06indd 206 Papalia06indd 206 010213 0922 010213 0922 Brincar é a resposta para a pergunta Como surge o novo Adam G Oehlenschlager 1857 Papalia06indd 207 Papalia06indd 207 010213 0922 010213 0922 208 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Fundamentos do desenvolvimento psicossocial Embora os bebês apresentem os mesmos padrões de desenvolvimento cada um deles desde o início exibe uma personalidade distinta a combinação relativamente coerente de emoções tem peramento pensamento e comportamento é que torna cada pessoa única De maneira geral bebês podem ser alegres outros se irritam com facilidade Há crianças que gostam de brincar com as demais outras preferem brincar sozinhas Esses modos característicos de sentir pensar e agir que refletem influências tanto inatas quanto ambientais afetam a maneira como a criança responde aos outros e se adapta ao seu mundo Da primeira infância em diante o desenvolvimento da persona lidade se entrelaça com as relações sociais e essa combinação chamase desenvolvimento psicos social Ver na Tabela 61 os aspectos mais importantes do desenvolvimento psicossocial durante os três primeiros anos Ao explorarmos o desenvolvimento psicossocial primeiro focalizaremos as emoções os blocos de construção da personalidade em seguida o temperamento ou disposição e depois as primeiras ex periências sociais da criança na família Finalmente discutiremos como os pais moldam as diferenças comportamentais entre meninos e meninas EMOÇÕES Emoções como tristeza alegria e medo são reações subjetivas à experiência e que estão associadas a mudanças fisiológicas e comportamentais O medo por exemplo é acompanhado de aceleração dos batimentos cardíacos e geralmente de ações de autoproteção O padrão característico de reações emocionais de uma pessoa começa a se desenvolver durante a primeira infância e constitui um ele mento básico da personalidade As pessoas diferem na frequência e na intensidade com que sentem Quando e como se desenvolvem as emoções e como os bebês as demonstram indicad r personalidade Combinação relativamente consistente de emoções temperamento pensa mento e comportamento que torna a pessoa única emoções Reações subjetivas a experiências que estão associadas a mudanças fisiológi cas e comportamentais indicadores de estudo 1 Quando e como se desenvolvem as emoções e como os bebês as demonstram 2 Como os bebês demonstram diferenças de temperamento e quanto tempo elas duram 3 Qual é o papel que a mãe e o pai desempenham no desenvolvimento inicial da personalidade 4 Quando e como aparecem as diferenças de gênero 5 Como os bebês adquirem confiança em seu mundo e formam vínculos afetivos e como bebês e cuidadores leem os sinais não verbais uns dos outros 6 Quando e como surge o senso de identidade e como as crianças pequenas exercitam a autonomia e desenvolvem padrões para comportamentos socialmente aceitáveis 7 Como os bebês e as crianças pequenas interagem com os irmãos e com as outras crianças 8 Como o fato de os pais trabalharem fora e os primeiros cuidados afetam o desenvolvimento dos bebês e das crianças pequenas 9 Quais são as causas e as consequências do abuso e da negligência infantil e o que pode ser feito Papalia06indd 208 Papalia06indd 208 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 209 uma determinada emoção nos tipos de eventos que podem produzila nas manifestações físicas que demonstram e no modo como agem em consequência disso A cultura também influencia o modo como as pessoas se sentem em relação a uma situação e a maneira como expressam suas emoções Algumas culturas asiáticas que enfatizam a harmonia social desencorajam expressões de raiva mas dão muita importância à vergonha O oposto geralmente é verdadeiro na cultura norteamericana que enfatiza a autoexpressão a autoafirmação e a autoestima Cole Bruschi e Tamang 2002 Os primeiros sinais de emoção Os recémnascidos deixam bem claro quando estão se sentindo infelizes soltam gritos agudos agitam os braços e as pernas e enrijecem o corpo É mais difícil saber quando estão felizes Durante o primeiro mês ficam quietos ao som de uma voz humana ou quando alguém os pega no colo Poderão sorrir quando um adulto pegar suas mãos para fazer com que batam palmas À medida que o tempo passa os bebês tornamse mais responsivos às pessoas sorriem arru lham esticam os braços e finalmente vão ao seu encontro Esses primeiros sinais ou indícios de sentimentos nos bebês são importantes indicativos de desen volvimento Quando eles querem ou precisam de alguma coisa choram quando se sentem sociáveis sorriem ou dão risada Quando suas mensagens trazem uma resposta aumenta a sensação de ligação com outras pessoas A sensação de controle sobre seu mundo também aumenta quando percebem que seu choro traz ajuda e conforto e que seu sorriso e sua risada provocam uma reação também de sorriso e risada Eles tornamse mais aptos a participar ativamente na regulação de seus estados de excitação e de sua vida emocional TABELA 61 Aspectos mais importantes do desenvolvimento psicossocial do nascimento ao 36 o mês Idade aproximada em meses Características 03 Os bebês estão abertos à estimulação Eles começam a demonstrar in teresse e curiosidade e sorriem prontamente para as pessoas 36 Os bebês podem antecipar o que está prestes a acontecer e se decep cionam em caso contrário Demonstram isso ficando zangados ou agindo de modo cauteloso Sorriem arrulham e riem com frequência Essa é uma fase de despertar social e de trocas recíprocas entre o bebê e o cuidador 69 Os bebês jogam jogos sociais e tentam obter respostas das pessoas Eles conversam tocam e agradam outros bebês para fazêlos res ponder Expressam emoções mais diferenciadas demonstrando ale gria medo raiva e surpresa 912 Os bebês preocupamse muito com seu principal cuidador podem ter medo de estranhos e agem de modo submisso em situações novas Por volta de um ano comunicam suas emoções de maneira mais clara demonstrando variações de humor ambivalência e gradação de sentimentos 1218 As crianças exploram seu ambiente utilizando as pessoas que estão mais ligadas como base segura À medida que vão dominando o am biente tornamse mais confiantes e mais ansiosas por se autoafirmar 1836 Crianças pequenas às vezes ficam ansiosas porque agora percebem o quanto estão se separando do cuidador Elaboram a consciência de suas limitações na fantasia nas brincadeiras e identificandose com os adultos Fonte Adaptada de Sroufe 1979 Papalia06indd 209 Papalia06indd 209 010213 0922 010213 0922 210 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Choro Chorar é a maneira mais veemente e às vezes a única de os bebês comunicarem suas ne cessidades Algumas pesquisas distinguiram quatro padrões de choro Wolff 1969 o choro de fome um choro rítmico que nem sempre está associado à fome o choro de raiva uma variação do cho ro rítmico em que o excesso de ar é forçado pelas cordas vocais o choro de dor um súbito ataque de choro intenso sem gemidos preliminares às vezes seguido por retenção do fôlego e o choro de frustração dois ou três choros prolongados sem retenção prolongada do fôlego Wood e Gustafson 2001 À medida que crescem as crianças começam a perceber que o choro serve a uma função comunicativa Aos 5 meses os bebês aprenderam a monitorar as expressões dos cuidadores e se fo rem ignorados primeiro choram com mais intensidade numa tentativa de obter atenção e depois param de chorar se a tentativa não for bemsucedida Goldstein Schwade e Bornstein 2009 Alguns pais preocupamse com o fato de ao pegar constantemente o bebê chorão no colo estar mimando a criança A maioria das evidências sugere que isso não é verdade especialmente quando são altos os níveis de aflição Por exemplo se os pais no entanto deixarem o choro de aflição transformarse em gritos estridentes de fúria talvez fique mais difícil acalmar o bebê e esse padrão se repetidamente vivenciado poderá interferir na capacidade da criança de regular ou administrar seus próprios estados emocionais R A Thompson 1991 De fato a resposta rápida e sensível das mães ao choro infantil está as sociada a uma futura competência social e adaptação positiva independentemente de os bebês chorarem com frequência ou raramente Leerkes Blankson e OBrien 2009 Em termos ideais o método mais saudável do ponto de vista do desenvolvimento talvez seja evitar a aflição tornando desnecessária a tranquilização Sorriso e risada Os primeiros sorrisos ocorrem espontaneamente logo após o nasci mento aparentemente como resultado da atividade do sistema nervoso subcortical Esses sorrisos involuntários aparecem frequentemente durante os períodos de sono REM ver Capítulo 5 Com 1 mês de idade os sorrisos geralmente são induzidos por tonalidades altas quando o bebê está sonolento Durante o segundo mês à medida que desenvolve o reconhecimento visual o bebê passa a sor rir mais com os estímulos visuais como os de faces que ele conhece Sroufe 1997 Wolff 1963 O sorriso social quando os recémnas cidos olham para os pais e sorriem para eles não se desenvolve antes do segundo mês de vida Esse sorriso sinaliza a participação ativa e positiva do bebê no relacionamento A risada é uma vocalização ligada ao sorriso que se torna mais co mum entre os 4 e os 12 meses quando pode significar a mais intensa e positiva emoção Salkind 2005 Aos 6 meses de idade os sorrisos do bebê refletem uma troca emocional com um parceiro Conforme ele cresce tornase mais ativamente envolvido em comportamentos divertidos de ação mútua Uma criança de 6 meses poderá dar risadinhas em resposta à mãe quando esta produzir sons incomuns ou aparecer com uma toalha cobrindo o rosto aos 10 meses se a toalha cair talvez tente rindo colocála de volta no rosto da mãe Essa mudança reflete o desenvolvimento cognitivo quando ri do inesperado o bebê demonstra que sabe o que espera ao inverter as ações ele mostra que tem consciência de que pode fazer as coisas acontecerem A risada também ajuda o bebê a descarregar tensões como o medo de um objeto ameaçador Sroufe 1997 Dos 12 aos 15 meses os bebês comunicamse intencionalmente com o parceiro a respeito de objetos O sorriso antecipatório quando os bebês sorriem ao ver um objeto e depois olham para um adulto enquanto continuam sorrindo pode ser o primeiro passo O sorriso antecipatório aumenta abruptamente sua frequência entre os 8 e 10 meses e parece estar entre os primeiros tipos de comuni cação em que o bebê referese a um objeto ou experiência Os primeiros sorrisos podem ajudar a prever o desenvolvimento futuro Bebês de 4 meses que sorriem mais em resposta a um móbile tendem a ser mais exuberantes aos 4 anos mais propensos a conversarem e a participarem A forma como o bebê sorri bem como os momentos em que o faz muda com o desenvolvimento Assim como o bebê exerce maior controle quando sorri entre os 3 e os 6 meses ele tornase mais capacitado a sorrir intensamente para participar de situações sociais altamente excitantes Esses primeiros sorrisos às vezes são conhecidos como sorrisos instintivos porque geralmente ocorrem em resposta a processos fisiológicos sorriso social Começando no segundo mês bebês recémnascidos olham para seus pais e sorriem para eles sinalizando participa ção positiva no relacionamento Quando um bebê saudável chora mais de três horas por dia três dias por semana por mais de três semanas sem uma causa aparente o motivo geralmente é cólica sorriso antecipatório O bebê sorri ao ver um objeto e de pois olha para um adulto enquanto ainda sorri verificador você é capaz de Explicar o significado de padrões de choro sorriso e risada Chorar é a maneira mais veemente e às ve zes a única de os bebês comunicarem suas necessidades Os pais logo aprendem a re conhecer se o bebê está chorando de fome raiva frustração ou dor Papalia06indd 210 Papalia06indd 210 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 211 Quando aparecem as emoções O desenvolvimento emocional é um processo ordenado emo ções complexas desdobramse de outras mais simples De acordo com um dos modelos Lewis 1997 Figura 61 o bebê revela sinais de contentamento interesse e aflição logo após o nascimento Trata se de respostas difusas reflexas a maior parte fisiológicas à estimulação sensorial ou a processos internos Aproximadamente nos próximos seis meses esses estados emocionais iniciais se diferenciam em verdadeiras emoções alegria surpresa tristeza repugnância e depois raiva e medo reações a eventos que têm significado para o bebê Conforme será discutido mais adiante a emergência dessas emoções básicas ou primárias está relacionada à maturação neurológica As emoções autoconscientes como o constrangimento a empatia e a inveja surgem somen te depois que a criança desenvolveu a autoconsciência compreensão cognitiva de que ela tem uma identidade reconhecível separada e diferente do resto de seu mundo Essa consciência da própria identidade parece emergir entre 15 e 24 meses A autoconsciência é necessária para que a criança possa estar consciente de ser o foco da atenção identificarse com o que outras identida des estão sentindo ou desejar o que outra pessoa tem Por volta dos 3 anos tendo adquirido autoconsciência e mais algum conhecimen to sobre os padrões regras e metas aceitas de sua sociedade a criança tornase mais capacitada para avaliar seus próprios pen samentos planos desejos e comportamen to com relação àquilo que é considerado socialmente apropriado Só então ela pode demonstrar emoções autoavaliadoras como orgulho culpa e vergonha Lewis 1995 1997 1998 emoções autoconscientes Emoções como constrangimento empatia e inveja que dependem da autoconsciência autoconsciência Percepção de que a própria existência e funcionamento estão separados dos de outras pessoas e coisas A autoconsciência e a compreensão de que os outros podem pensar coisas que você sabe não serem verdadeiras estão relacionadas a outro marco do desenvolvimento mentir Embora geralmente não pensemos nisso como tal a mentira na verdade é uma profunda realização do desenvolvimento emoções autoavaliadoras Emoções como orgulho vergonha e culpa que dependem tanto da auto consciência quanto do conhecimento de padrões de comportamento social mente aceitos FIGURA 61 Diferenciação das emoções durante os três primeiros anos Emoções primárias ou bási cas surgem aproximadamen te durante os primeiros seis meses as emoções autocons cientes desenvolvemse no começo do segundo ano como resultado da emergência da autoconsciência junto com a acumulação de conhecimento sobre padrões sociais Nota Há dois tipos de constrangi mento O primeiro não envolve avaliação do comportamento e pode simplesmente ser uma resposta ao fato de ser desta cado como objeto de atenção O constrangimento avaliativo que surge durante o terceiro ano é uma forma branda do sentimento de vergonha Contentamento Consciência como no comportamento autorreferencial Constrangimento Inveja Empatia Primeiros 6 meses Dos 15 aos 24 meses De 2 anos e meio aos 3 anos Constrangimento Orgulho Vergonha Culpa Aquisição e retenção de padrões e regras Interesse Aflição Tristeza aversão Raiva medo Surpresa Alegria Fonte Adaptada de Lewis 1997 Papalia06indd 211 Papalia06indd 211 010213 0922 010213 0922 212 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Crescimento do cérebro e desenvolvimento emocional O desen volvimento do cérebro após o nascimento está intimamente ligado a mu danças na vida emocional as experiências emocionais são afetadas pelo de senvolvimento do cérebro e podem causar efeitos duradouros na estrutura cerebral Mlot 1998 Sroufe 1997 Quatro importantes mudanças na organização do cérebro correspon dem aproximadamente a mudanças no processamento emocional Schore 1994 Sroufe 1997 Durante os três primeiros meses começa a diferen ciação das emoções básicas à medida que o córtex cerebral tornase fun cional e faz emergir as percepções cognitivas Diminuem o sono REM e o comportamento reflexo incluindo o sorriso neonatal espontâneo A segunda mudança ocorre por volta dos 9 ou 10 meses quando os lobos frontais começam a interagir com o sistema límbico uma das regiões do cérebro associada às reações emocionais Ao mesmo tempo estruturas límbicas como o hipocampo tornamse maiores e mais semelhantes à es trutura adulta Conexões entre o córtex frontal e o hipotálamo e o sistema límbico que processam a informação sensorial podem facilitar a relação entre as esferas cognitiva e emocional À medida que essas conexões tor namse mais densas e mais elaboradas o bebê poderá ao mesmo tempo experimentar e interpretar emoções A terceira mudança ocorre durante o segundo ano quando o bebê desenvolve a autoconsciência as emoções autoconscientes e maior capa cidade para regular suas emoções e atividades Essas mudanças que coin cidem com maior mobilidade física e com o comportamento exploratório podem estar relacionadas à mielinização dos lobos frontais A quarta mudança ocorre por volta dos 3 anos quando alterações hormonais no sistema ner voso autônomo involuntário coincidem com a emergência das emoções avaliadoras Subjacente ao desenvolvimento de emoções como a vergonha pode estar um afastamento da dominância por parte do sistema simpático a parte do sistema autônomo que prepara o corpo para a ação enquanto amadurece o sistema parassimpático a parte do sistema autônomo envolvida na excreção e na excitação sexual Ajuda altruísta empatia e cognição social Um hóspede do pai de Alex de 18 meses de idade uma pessoa que Alex nunca vira antes deixou cair sua caneta no chão e ela rolou para debaixo de um armário onde o hóspede não podia alcançála Alex sendo suficientemente pequeno arrastouse debaixo do armário recuperou a caneta e entregoua ao hóspede Ao se preocupar com um estranho sem nenhuma expectativa de recompensa Alex demonstrou um comportamento altruísta War neken e Tomasello 2006 O comportamento altruísta parece surgir naturalmente em crianças pequenas Bem antes do se gundo aniversário as crianças costumam oferecer ajuda a outros compartilhar pertences e alimentos e prestar consolo Warneken e Tomasello 2008 ZahnWaxler et al 1992 No entanto o ambiente também influencia o grau de altruísmo Em um estudo crianças de 18 meses às quais se mostrou uma imagem de dois bonecos olhando um para o outro estavam mais propensas a ajudar espontaneamente um adulto do que crianças da mesma idade às quais se mostrou uma imagem de dois bonecos virados um de cada lado Presumese que a visão de dois bonecos olhando um para o outro tenha despertado sua inclinação natural para ajudar Over e Carpenter 2009 Em um experimento crianças de 18 meses ajudaram em seis situações num total de 10 em que o experimentador estava tendo dificuldade em alcançar um objetivo mas elas não ajudaram em situa ções semelhantes em que o experimentador não parecia estar em dificuldade por exemplo quando ele deliberadamente deixou cair uma caneta Tal comportamento pode refletir empatia a capacidade de imaginar como outra pessoa poderia estar se sentido em uma determinada situação ZahnWaxler et al 1992 As origens da empatia podem ser vistas no começo da primeira infância Bebês de 2 e de 3 meses reagem às expressões emocionais dos outros Tomasello 2007 Bebês de 6 meses envolvem se em avaliação social valorizando alguém com base no tratamento que essa pessoa dá aos outros Hamlin Wynn e Bloom 2007 comportamento altruísta Atividade em que se pretende ajudar outra pessoa sem esperar recompensa empatia Capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa e sentir o que ela sente Crianças que não vivem conforme os padrões compor tamentais podem sentirse culpadas e tentar fazer repa rações limpando o que sujaram Acreditase que a culpa desenvolvese entre 2 anos e meio e 3 anos Papalia06indd 212 Papalia06indd 212 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 213 As pesquisas em neurobiologia recen temente identificaram células especiais do cérebro chamadas neurônios espelhos que podem ser a base da empatia e do altruísmo Os neurônios espelhos localizados em vá rias partes do cérebro são ativados quando uma pessoa faz alguma coisa mas também quando ela observa outro indivíduo fazendo o mesmo Ao espelharem as atividades e motivações dos outros permitem que se veja o mundo do ponto de vista da outra pes soa Iacoboni 2008 Iacoboni e Mazziotta 2007 Oberman e Ramachandran 2007 A empatia também depende da cogni ção social a capacidade de entender que os outros possuem estados mentais e de avaliar seus sentimentos e intenções Pesquisas recentes suge rem que a cognição social tem início do primeiro ano de vida Em um estudo crianças de 9 meses mas não as de 6 meses reagiram diferentemente a uma pessoa que não estava disposta a lhes dar um brinquedo do que a outra que tentava lhes dar um brinquedo mas acidentalmente o deixou cair Essa constatação sugere que as crianças mais velhas de certa forma haviam entendido as intenções de outra pessoa Behne et al 2005 TEMPERAMENTO O temperamento às vezes é definido como o modo característico com base biológica de uma pes soa abordar e reagir a outras pessoas e às situações O temperamento não descreve o que as pessoas fazem mas o modo como fazem Thomas e Chess 1977 Duas crianças por exemplo podem ser igualmente capazes de se vestirem sozinhas e estarem igualmente motivadas mas uma delas talvez o faça mais rápido do que a outra esteja mais disposta a vestir uma roupa nova e talvez não se impressio ne com um gato que venha a pular sobre a cama O temperamento poderá afetar não só o modo como a criança se aproxima do mundo exterior e reage a ele mas como ela regula suas funções mentais e emocionais e seu comportamento Rothbart Ahadi e Evans 2000 O temperamento tem uma dimensão emocional mas diferentemente de emoções como o medo a excitação e o tédio que aparecem e desaparecem ele é relativamente estável e duradouro As di ferenças individuais no temperamento que acreditase derivam da constituição biológica básica da pessoa formam o núcleo da personalidade em desenvolvimento Estudando os padrões de temperamento o Estudo Longitudinal de Nova York Para me lhor apreciar como o temperamento afeta o comportamento vejamos três irmãs Márcia a mais velha era um bebê alegre e calmo que comia dormia e evacuava regularmente Ela saudava cada dia e a maioria das pessoas com um sorriso e o único indício de que estava acordada durante a noite era o tilintar do pianinho de brinquedo em seu berço Quando Bia a irmã do meio despertava ela abria a boca para chorar antes mesmo de abrir os olhos Ela dormia e comia pouco e de modo irregular ria e chorava alto esbravejando com frequência e tinha de ser convencida de que desconhecidos e expe riências novas não eram ameaçadores A irmã mais nova Cristina era moderada em suas respostas tanto positivas quanto negativas Ela não gostava da maioria das situações novas mas se a deixassem prosseguir em seu próprio ritmo lento finalmente ela se interessava e se envolvia Márcia Bia e Cristina são exemplos dos três tipos principais de temperamento encontrados pelo Estudo Longitudinal de Nova York NYLS na sigla em inglês Nesse estudo pioneiro sobre o tem peramento pesquisadores acompanharam 133 bebês até a idade adulta Eles observaram o nível de atividade das crianças o grau de regularidade de seus hábitos de alimentação sono e evacuação a disposição para aceitar pessoas e situações novas como se adaptavam a mudanças na rotina sua sensibilidade a ruídos luz forte e outros estímulos sensoriais qual a intensidade de suas respostas se tendiam a ser agradáveis alegres e amistosas ou desagradáveis infelizes e hostis e se eram persis tentes em suas tarefas ou se deixavamse distrair com facilidade A Thomas Chess e Birch 1968 neurônios espelhos Neurônios que são ativados quando uma pessoa faz alguma coisa ou obser va outro fazendo a mesma coisa cognição social A capacidade de entender que os outros possuem estados mentais e de avaliar seus sentimentos e ações verificador você é capaz de Traçar um sequência típica de aparecimento das emoções básicas autoconscientes e avaliativas e explicar sua co nexão com o desenvolvimento neurológico e cognitivo indicad r Como os bebês demonstram diferenças de temperamento e quanto tempo elas duram temperamento Disposição característica ou estilo de abordagem e reação às situações Crianças pequenas geralmente se empenham em algo conhecido como superimitação copiando detalhadamente todas as ações dos adultos mesmo se algumas dessas ações forem irrelevantes ou impraticáveis Chimpanzés ao contrário pulam as etapas que não realizam nada Os pesquisadores pensam que a propensão universal a superimitar pode estar ligada à complexidade de nossa cultura Nielsen e Tomaselli 2010 Papalia06indd 213 Papalia06indd 213 010213 0922 010213 0922 214 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Os pesquisadores conseguiram incluir a maioria das crianças em uma destas três categorias Tabela 62 Quarenta por cento eram crianças fáceis como Márcia geralmente alegres funcionam den tro do ritmo biológico e aceitam experiências novas Dez por cento eram o que os pesquisadores chamaram de crianças difíceis como Bia mais irritáveis e mais difíceis de agradar com ritmos biológicos irregulares e mais intensas na expressão emocional Quinze por cento eram crianças de aquecimento lento como Cristina moderadas mas lentas em se adaptar a pessoas desconhecidas e a situações no vas A Thomas e Chess 1977 1984 Muitas crianças incluindo 35 da amostra do NYLS não se encaixam perfeita mente em nenhuma dessas três categorias Um bebê pode comer e dormir regularmen te mas ter medo de estranhos Uma criança pode ser fácil a maior parte do tempo mas nem sempre Outra criança pode interessarse lentamente por novos alimentos mas adaptarse rapidamente a novas babás A Thomas e Chess 1984 Uma criança pode rir intensamente mas não demonstrar frustração intensa e outra com hábitos regulares de higiene pode apresentar padrão de sono irregular Rothbart et al 2000 Todas essas variações são normais O quão estável é o temperamento O temperamento parece ser em grande parte inato prova velmente hereditário Braungart et al 1992 Emde et al 1992 Schmitz et al 1996 A Thomas e Chess 1977 1984 e razoavelmente estável Recémnascidos mostram diferentes padrões de sono agitação e atividade e essas diferenças tendem a persistir até certo ponto Korner 1996 Korner et crianças fáceis Crianças de temperamento alegre ritmos biológicos regulares e dispostas a aceitar novas experiências crianças difíceis Crianças de temperamento irritadiço ritmos biológicos irregulares e respos tas emocionais intensas crianças de aquecimento lento Crianças cujo temperamento é geral mente moderado mas que hesitam em aceitar novas experiências A maneira como você faz uma pergunta influencia a resposta que terá Os pesquisadores deste estudo basearam seus dados em relatos dos pais o que os pais disseram sobre seus filhos portanto não causa surpresa que as dimensões mais destacadas foram aquelas relativas à dificuldade ou facilidade dos filhos TABELA 62 Três padrões de temperamento segundo o Estudo Longitudinal de Nova York Criança fácil Criança difícil Criança de aquecimento lento O humor oscila entre brando e mo derado e geralmente é positivo Expressa humores intensos e ge ralmente negativos chora com frequência e aos berros ri com estardalhaço Apresenta reações razoavelmente intensas tanto positivas quanto negativas Responde bem à novidade e à mu dança Não responde bem à novidade e à mudança Responde lentamente à novidade e à mudança Desenvolve rapidamente horários regulares para o sono e a alimen tação Dorme e se alimenta de maneira irregular Dorme e se alimenta com mais regularidade que a criança difícil e com menos regularidade que a criança fácil Passa a ingerir novos alimentos com facilidade Sorri para estranhos Adaptase facilmente a novas situações Aceita a maior parte das frustrações sem muito estardalhaço Demora a aceitar novos alimentos Desconfia de estranhos Adaptase lentamente a novas si tuações Reage furiosamente à frustração A resposta inicial a novos estímulos é moderada mente negativa primeiros contatos com pes soas lugares ou situações desconhecidos Adaptase rapidamente a novas roti nas e a regras de novas brincadeiras Ajustase lentamente a novas rotinas Aceita gradualmente novos estímulos depois de repetidas exposições e sem pressão Fonte Adaptada de Thomas A e S Chess Genesis and evolution of behavioral disorders From infancy to early adult life Reproduzido com a permissão da American Journal of Psychiatry 141 1984 p 19 Copyright 1984 pela American Psychiatric Association Papalia06indd 214 Papalia06indd 214 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 215 al 1985 De fato pesquisadores que utilizaram tipos de temperamento semelhantes àqueles do NYLS descobriram que o temperamento aos 3 anos prevê aproximadamente a personalidade aos 18 e aos 21 anos Caspi 2000 Caspi e Silva 1995 Newman et al 1997 Isso não significa porém que o temperamento esteja plenamente formado no nascimento Ele se desenvolve à medida que aparecem as várias emoções e capacidades autorregulatórias Rothbart et al 2000 e pode mudar em resposta ao tratamento dado pelos pais e a outras expe riências da vida Belsky Fish e Isabella 1991 Kagan e Snidman 2004 O temperamento também pode ser afetado por práticas de educação infantil influenciadas pela cultura Bebês da Malásia tendem a ser me nos adaptáveis mais cautelosos em relação a novas experiências e mais prontamente responsivos a estímulos do que bebês norteamericanos Isso talvez porque os pais malásios não costumam expor crianças pequenas a situações que exijam adaptabilidade e encorajam as crianças a ter uma percepção aguda das sensações como a necessidade de troca de fralda Banks 1989 Temperamento e adaptação adequação da educação Segundo o NYLS a chave para uma adaptação saudável é a adequação da educa ção a combinação entre o temperamento de uma criança e as exigências e restrições ambientais que ela deve enfrentar Se o que se espera é que uma criança muito ativa fique quieta por longos períodos se uma criança de aquecimento lento for constantemente forçada a lidar com novas situa ções ou se uma criança persistente for constantemente afastada de proje tos interessantes poderá haver tensões Bebês com temperamentos difí ceis podem ser mais suscetíveis à qualidade dos cuidados parentais do que bebês de temperamento fácil ou de aquecimento lento e talvez precisem de mais apoio emocional combinado com respeito por sua autonomia Belsky 1997 2005 Stright Gallagher e Kelley 2008 Cuidadores que reconhecem que a criança age de certa maneira não de propósito por preguiça ou estupidez ou para irritálos mas por causa principalmente de um tempera mento inato estão menos propensos a sentir culpa ansiedade ou hostilidade a perder o controle ou a se tornarem rígidos ou impa cientes Poderão prever as reações da criança e ajudála a se adaptar por exemplo avisando antecipadamente a necessidade de interromper uma atividade ou apresentando novas situações gradualmente à criança Timidez e ousadia influências da biologia e da cultura Como já mencionamos o tempera mento parece ter uma base biológica Em uma pesquisa longitudinal com 500 crianças começando na primeira infância Jerome Kagan e seus colegas estudaram um aspecto do temperamento chamado inibição ao não familiar algo que tem a ver com o grau de ousadia ou de cautela com que ela se aproxima de objetos e situações não familiares e que está associado a certas características biológicas Quando apresentados aos 4 meses de idade a uma série de novos estímulos cerca de 20 dos bebês choraram agitaram os braços e espernearam e às vezes curvaram as costas esse grupo foi chamado de inibido ou altamente reativo Aproximadamente 40 demonstraram pouca inquie tação ou atividade motora e estavam mais propensos a sorrirem espontaneamente foram rotulados como desinibidos ou pouco reativos Os pesquisadores sugeriram que crianças inibidas podem ter nascido com uma amígdala mais excitável do que a média A amígdala é uma estrutura do cérebro que detecta e reage a eventos não familiares e que está envolvida nas respostas emocionais Kagan e Snidman 2004 Há uma relação entre o que o pai ou a mãe dizem sobre como o bebê será antes de nascer e o que dizem depois que ele já nasceu A percepção específica de que a criança será difícil precede o nascimento dessa criança O que explica isso PauliPott et al 2003 adequação da educação Adequação das exigências e restrições ambientais ao temperamento da criança O sorriso aberto e o entusiasmo de Tiago com as novas experiências como andar são sinais de um temperamen to fácil Papalia06indd 215 Papalia06indd 215 010213 0922 010213 0922 216 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Bebês identificados como inibidos ou desinibidos pareciam manter esses padrões até certo ponto durante a infância Kagan 1997 Kagan e Snidman 1991a 1991b 2004 além de diferenças espe cíficas em características fisiológicas Crianças inibidas estavam mais propensas a serem magras a terem rosto mais estreito e a terem olhos azuis enquanto as crianças desinibidas eram mais altas mais pesadas e com maior frequência tinham olhos castanhos Além disso crianças inibidas apresentavam ritmos cardíacos mais altos e menos variáveis do que crianças desinibidas e as pupilas de seus olhos dilatavamse mais Arcus e Kagan 1995 É possível que os genes que contribuem para a reatividade e para o comportamento inibido ou desinibido também influenciem esses traços fisiológicos Kagan e Snidman 2004 No entanto a experiência pode moderar ou acentuar as tendências iniciais Crianças pequenas do sexo masculino que tendiam a ser mais temerosas e tímidas apresentavam maior probabilidade de continuar assim aos 3 anos se houvesse por parte dos pais uma grande aceitação de suas reações Se os pais não limitassem a exposição dos filhos a novas situações para as quais sabiam que eles poderiam suportar os meninos tendiam a se tornar menos inibidos Park et al 1997 Em outra pesquisa quan do mães responderam de forma neutra a bebês inibidos a inibição tendeu a permanecer estável ou aumentar Esses autores sugeriram que a sensibilidade dos cuidadores pode afetar os sistemas neurais que formam a base das reações ao estresse e à novidade Fox Hane e Pine 2007 Outras influências ambientais como ordem de nascimento raçaetnia cultura relacionamento com professores e com os pares bem como eventos imprevisíveis também podem reforçar ou abrandar o temperamento original de uma criança Kagan e Snidman 2004 AS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS SOCIAIS O BEBÊ NA FAMÍLIA As práticas educativas e os padrões de interação variam muito em todo o mundo dependendo de como uma cultura vê a natureza e as necessidades da criança Em Bali acreditase que os bebês são ancestrais renascidos ou deuses que nasceram em forma humana e portanto devem ser tratados com o máximo de dignidade e respeito Para os beng da África Ocidental os bebês podem entender qualquer língua ao passo que povos do atol de Ifaluk na Micronésia acreditam que os bebês não conseguem entender nenhuma língua e por isso não falam com eles DeLoache e Gottlieb 2000 Em algumas sociedades os bebês têm vários cuidadores Entre o povo efe da África Central os bebês recebem cuidados de cinco ou mais pessoas em determinado momento e é comum serem amamentados por outras mulheres e pela mãe Tronick Morelli e Ivey 1992 Entre os gusii na parte ocidental do Quênia onde a mortalidade infantil é alta os pais mantêm seus bebês próximos de si respondem rapidamente quando eles choram e os alimentam por demanda LeVine 1974 1989 1994 A mesma coisa acontece com os nômades aka caçadorescoletores na África Central que cir culam frequentemente em grupos pequenos bastante coesos marcados por amplo compartilhamento cooperação e preocupação com o perigo No entanto os agricultores ngandu da mesma região que tendem a viver mais separados e a ficar em um lugar por longos períodos estão mais propensos a dei xarem seus bebês sozinhos e a permitirem que façam estardalhaço chorem vocalizem ou brinquem Hewlett et al 1998 Quando discutimos padrões de interação adultobebê precisamos considerar que muitos desses padrões são de origem cultural Tendo essa possibilidade em mente vejamos primeiro os papéis da mãe e do pai como eles educam e brincam com seus bebês e como sua influência começa a moldar as diferenças de personalidade entre meninos e meninas Mais adiante neste capítulo veremos mais detalhadamente o relacionamento com os pais e depois as interações com os irmãos No Capítulo 10 examinaremos famílias não tradicionais como aquelas chefiadas por pais solteiros e outras formadas por casais de gays e lésbicas O papel da mãe Numa série de experimentos pioneiros realizados por Harry Harlow e seus cola boradores macacos rhesus foram separados de suas mães de 6 a 12 horas após o nascimento e criados num laboratório Os macacos bebês foram colocados em gaiolas onde haviam dois tipos de mães substitutas uma simples tela cilíndrica de arame ou uma forma coberta de pelúcia Alguns maca verificador você é capaz de Descrever os três padrões de temperamento identificados pelo Estudo Longitudinal de Nova York Avaliar evidências de estabili dade do temperamento Explicar a importância da adequação da educação Discutir as evidências de influências biológicas na timi dez e na ousadia Qual é o papel que a mãe e o pai desempenham no desenvolvimento inicial da personalidade indicad r Papalia06indd 216 Papalia06indd 216 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 217 cos eram alimentados por mamadeiras ligadas às mães de arame outros eram alimentados pelas aconchegantes mães de tecido Quando se deixa va os macacos escolherem entre uma e outra todos eles passavam mais tempo agarrados à mãe substituta de tecido mesmo se estivessem sendo alimentados apenas pela mãe de arame Numa sala não familiar os bebês criados pelas mães substitutas de tecido demonstravam um interesse mais natural em explorar o ambiente do que aqueles criados pelas mães substitutas de arame mesmo quando as mães apropriadas estavam lá Aparentemente os macacos também se lembraram melhor das mães substitutas de tecido Após um período de separação de um ano os ma cacos criados pelas mães de tecido correram ansiosamente para abra çar as formas de pelúcia enquanto os macacos criados pelas mães de arame não demonstraram interesse por essas formas Harlow e Zimmer man 1959 Nenhum dos macacos qualquer que fosse o grupo cresceu normalmente Harlow e Harlow 1962 e nenhum foi capaz de criar sua própria prole Suomi e Harlow 1972 Não causa surpresa que a mãe postiça não forneça os mesmos tipos de estimulação e oportunidade para um desenvolvimento positivo que a mãe de verdade Esses experimentos mostram que a alimentação não é a única coisa ou mesmo a mais importante que bebês recebem de suas mães A maternidade inclui o conforto do contato íntimo com o corpo e pelo menos em macacos a satisfação de uma necessidade inata de se agarrar à mãe Bebês humanos também têm necessidades que precisam ser satisfei tas para que cresçam normalmente Uma dessas necessidades é por uma mãe que responda afetuosamente e prontamente ao bebê Mais adian te neste capítulo discutiremos como a responsividade contribui para o apego mútuo entre bebês e mães que se desenvolve durante a primeira infância com efeitos duradouros sobre o desenvolvimento psicossocial e cognitivo O papel do pai O papel da paternidade é basicamente uma construção social Doherty Kouneski e Erickson 1998 tendo diferentes significados em diversas culturas O papel pode ser assumido ou compartilhado por alguém que não seja o pai biológico o irmão da mãe como na Bot suana ou um avô como no Vietnã Engle e Breaux 1998 Richardson 1995 Town send 1997 Em algumas sociedades os pais estão mais envolvidos na vida de seus filhos pequenos economicamente emo cionalmente e no tempo que lhe é dedicado do que em outras Em muitas partes do mundo o significado de ser pai mudou dra maticamente e continua mudando Engle e Breaux 1998 Entre os huhot da Mongólia Interior uma província da China os pais tradicional mente são responsáveis pelo sustento e pela disciplina e as mães pela criação Janko wiak 1992 Os homens nunca seguram os bebês O pai interage mais com o filho ou filha quando eleela começa a andar mas cuida dos filhos na ausência da mãe No en Enquanto ciência a psicologia tornouse cada vez mais preocupada com a ética da experimentação Você acredita que o foco deveria ser estendido também aos não humanos Quais são os dilemas éticos envolvidos na criação de macacos rhesus em isolamento social Há indicações de que o pai participativo apresenta diminuição no nível de testosterona e aumento no nível de estradiol durante a gestação da parceira o que teoricamente estaria preparando os novos papais para cuidar dos filhos Berg e WynneEdwards 2001 Quando macacos rhesus bebês podiam escolher entre fi car com a mãe de arame ou a mãe de tecido macia e aconchegante eles passavam mais tempo agarrados à mãe de tecido mesmo se estivessem sendo alimentados pela mãe de arame Papalia06indd 217 Papalia06indd 217 010213 0922 010213 0922 218 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman tanto a urbanização e o trabalho materno estão mudando essas atitudes O pai especialmente aquele com educação de nível superior agora pro cura ter um relacionamento mais íntimo com os filhos especialmente os meninos Engle e Breaux 1998 Entre os aka da África Central diferentemente dos huhot o pai dá mais atenção ao bebê do que pais de qualquer outra sociedade conheci da Hewlett 1992 p 169 Em famílias aka marido e mulher frequentemente cooperam nas tarefas de subsistência e em outras atividades Hewlett 1992 Assim o envolvimento do pai nos cuidados com o filho faz parte do seu papel geral na família Nos Estados Unidos o envolvimento do pai nos cuidados com a criança aumentou consideravelmente na medida em que um número maior de mães começou a trabalhar fora e que mudaram os conceitos sobre o que é ser pai Cabrera et al 2000 Casper 1997 Pleck 1997 O envolvimento frequente e positivo do pai com seu filho desde a pri meira infância está diretamente relacionado ao bem estar e ao desenvolvimento físico cognitivo e social da criança Cabrera et al 2000 Kelley et al 1998 Shannon TamisLeMonda London e Cabrera 2002 GÊNERO O QUANTO MENINOS E MENINAS SÃO DIFERENTES Ser homem ou mulher afeta a aparência das pessoas o modo como elas movimentam o corpo e como trabalham se vestem e se divertem Influencia o que pensam de si próprias e o que os outros pensam delas Todas essas características e outras mais estão incluídas na palavra gênero o que significa ser homem ou mulher Diferenças de gênero em bebês e crianças pequenas Diferenças mensuráveis entre bebês do sexo masculino e do sexo feminino são poucas pelo menos em amostras norteamericanas Meninos são um pouco mais compridos e mais pesados e talvez ligeiramente mais fortes mas são fisicamente mais vulneráveis desde a concepção Começando no período prénatal os meninos são mais ativos que as meninas As meninas são menos reativas ao estresse e mais propensas a sobreviverem à pri meira infância Davis e Emory 1995 Keenan e Shaw 1997 O cérebro dos meninos ao nascer é aproximadamente 10 maior que o das meninas uma diferença que continua na vida adulta Gilmore et al 2007 Por outro lado os dois sexos são igualmente sensíveis ao toque e tendem a ter a primeira dentição a sentarse e a andar por volta da mesma idade Maccoby 1980 Também atingem outros marcos motores da primeira infância mais ou menos no mesmo tempo Umas das primeiras diferenças comportamentais entre meninos e meninas e que aparece entre 1 e 2 anos está na preferência por brinquedos e brincadeiras e por amiguinhos do mesmo sexo Cam pbell et al 2000 Serbin et al 2001 Turner e Gervai 1995 Meninos já aos 17 meses tendem a brincar mais agressivamente do que as meninas Baillargeon et al 2007 Entre 2 e 3 anos meninos e meninas tendem a dizer mais palavras pertinentes a seu próprio sexo tais como trator versus colar do que a do outro sexo Stennes et al 2005 Psicólogos encontraram evidência de que bebês começam a perceber diferenças entre homens e mulheres bem antes de seu comportamento ser diferenciado por gênero e mesmo antes de poder falar Estudos de habituação constataram que bebês de 6 meses respondem diferentemente a vozes masculinas e femininas Entre 9 e 12 meses os bebês conseguem distinguir a diferença entre faces masculinas e femininas aparentemente com base no cabelo e no vestuário Aproximadamente aos 19 meses as crianças começam a usar rótulos de gênero como mamãe e papai para descrever pes soas de seu mundo social e aquelas que começam a usar esses rótulos mais cedo geralmente também se envolvem mais cedo em brincadeiras ligadas ao gênero Zosuls et al 2009 Durante o segundo ano as crianças começam a associar brinquedos típicos de gênero como bonecas com a face do gêne ro apropriado Martin Ruble e Szkrybalo 2002 Em estudos de imitação induzida ver Capítulo 5 meninos de 25 meses passam mais tempo imitando tarefas de menino como barbear um ursinho de Quando e como aparecem as diferenças de gênero indicad r gênero O significado de ser homem ou mulher Na medida em que um número maior de mães trabalha fora o pai passa a assumir mais responsabilidades nos cuidados com o filho e em alguns casos é o principal cuidador Papalia06indd 218 Papalia06indd 218 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 219 pelúcia enquanto as meninas passam aproximadamente o mesmo tempo imitando atividades associa das a cada um dos sexos Bauer 1993 Como os pais moldam as diferenças de gênero Os pais tendem a pensar que bebês do sexo masculino e do sexo feminino são mais diferentes do que realmente são Em um estudo de bebês de 11 meses que recentemente haviam começado a engatinhar as mães tinham maiores expectativas de sucesso de que seus filhos descessem rampas do que suas filhas Quando porém testados nas rampas meninas e meninos revelavam os mesmos níveis de desempenho Mondschein et al 2000 Os pais começam já muito cedo a influenciar a personalidade de meninos e meninas O pai especialmente promove a tipificação de gênero processo em que os filhos aprendem o comporta mento que sua cultura considera apropriado para cada sexo Bronstein 1988 O pai trata meninos e meninas mais diferenciadamente do que a mãe mesmo durante o primeiro ano M E Snow Jacklin e Maccoby 1983 Durante o segundo ano o pai conversa mais e passa mais tempo com os filhos do que com as filhas Lamb 1981 A mãe conversa mais e é mais atenciosa com as filhas do que com os filhos Leaper Anderson e Sanders 1998 e as meninas nessa idade tendem a ser mais falantes do que os meninos Leaper e Smith 2004 O pai brinca de modo mais brusco com os filhos e demonstra mais sensibilidade com as filhas Kelley et al 1998 No entanto um estilo marcadamente físico de brincar característico de muitos pais nos Estados Unidos não é comum entre pais de outras culturas Pais suecos e alemães geralmente não brincam com seus bebês dessa maneira Lamb et al 1982 Parke Grossman e Tinsley 1981 Pais africanos aka Hewlett 1987 e de Nova Delhi na Índia também tendem a brincar delicadamente com seus filhos pequenos Roopnarine et al 1993 Roopnarine et al 1992 Essas variações transculturais sugerem que a brincadeira ríspida não é uma função da biologia masculina mas sim fruto de influências culturais Discutiremos a tipificação e as diferenças de gênero com mais detalhes no Capítulo 8 Questões de desenvolvimento na primeira infância Como um recémnascido dependente com um repertório emocional limitado e com necessidades físi cas urgentes tornase uma criança com sentimentos complexos e com a capacidade de entendêlos e controlálos Uma grande parte desse desenvolvimento gira em torno das relações com os cuidadores DESENVOLVENDO A CONFIANÇA Os bebês humanos dependem dos outros para obter alimento proteção e para a sobrevivência por um período muito mais longo do que qualquer outro mamífero Como eles passam a ter a confiança de que suas necessidades serão satisfeitas Segundo Erikson 1950 as primeiras experiências são fundamentais O primeiro dos oito estágios do desen volvimento psicossocial de Erikson é con fiança básica versus desconfiança Esse estágio começa no início da primeira infân cia e continua até por volta dos 18 meses Nesses primeiros meses o bebê desenvolve o senso de confiança nas pessoas e nos ob jetos de seu mundo Ele precisa desenvol ver um equilíbrio entre confiança que lhe permite formar relacionamentos íntimos e desconfiança que lhe permite protegerse Se predominar a confiança como deveria a criança desenvolve a virtude da esperan ça a crença de que poderá satisfazer suas necessidades e desejos Erikson 1982 Se predominar a desconfiança a criança verá o mundo como hostil e imprevisível e terá dificuldade para estabelecer relacionamentos tipificação de gênero Processo de socialização em que as crianças ainda em tenra idade apren dem os papéis apropriados de gênero verificador você é capaz de Dar exemplos de diferenças culturais nos cuidados com os bebês Comparar os papéis do pai e da mãe na satisfação das necessidades dos bebês Discutir diferenças de gênero em bebês e crianças peque nas e como os pais influen ciam na tipificação de gênero Como os bebês adquirem confiança em seu mundo e formam vínculos afetivos e como bebês e cuidadores leem os sinais não verbais uns dos outros indicad r Pesquisas mostraram que mães que levavam seus bebês para aprender a linguagem dos sinais ficavam mais estressadas do que aquelas que não levavam Considerando que não havia relação entre o tempo decorrido nas aulas e o aumento do estresse os pesquisadores concluíram que as aulas não causavam estresse Qual é a explicação alternativa para essa constatação Howlett Kirk Pine 2010 confiança básica versus desconfiança Primeiro estágio no desenvolvimento psicossocial segundo Erikson quando os bebês desenvolvem um senso de confiança nas pessoas e nos objetos Papalia06indd 219 Papalia06indd 219 010213 0922 010213 0922 220 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman O elemento crítico no desenvolvimento da confiança é uma educação sensível responsiva e coerente Erikson via a situação da alimentação como o cenário onde é estabelecido a verdadeira combinação de confiança e desconfiança O bebê poderá contar com o fato de que será alimentado quando tiver fome e poderá ele portanto confiar na mãe como representante do mundo A confiança permite ao bebê prescindir da presença visual da mãe porque ela se tornou uma certeza interna e uma previsibilidade externa Erikson 1950 p 247 DESENVOLVENDO O APEGO Quando a mãe de Ahmed está por perto ele olha para ela sorri balbucia e vai engatinhando até ela Quando ela sai ele chora quando ela volta ele solta um gritinho estridente de alegria Quando ele está assustado ou infeliz agarrase a ela Ahmed formou seu primeiro apego a outra pessoa O apego é um vínculo recíproco e duradouro entre o bebê e o cuidador cada um contribuindo para a qualidade do relacionamento De um ponto de vista evolucionista o apego tem valor adaptativo para o bebê assegurando que suas necessidades tanto psicossociais quanto físicas sejam satisfeitas MacDonald 1998 Segundo a teoria etológica bebês e seus pais estão biologicamente predispostos a se apegarem entre si e o apego promove a sobrevivência da criança Estudos sobre padrões de apego O estudo sobre o apego deve muito ao etólogo John Bowl by 1951 um pioneiro na pesquisa sobre vínculos entre animais De seus estudos sobre animais e ob servações de crianças com distúrbios numa clínica psicanalítica em Londres Bowlby convenceuse da importância da ligação entre a mãe e o bebê e ad vertiu que não se deve separálos sem que haja a devida substituição dos cuidados maternos Mary Ainsworth uma aluna de Bowlby do começo da década de 1950 foi estudar o apego em bebês afri canos em Uganda por meio de observação natura lista em seus lares Ainsworth 1967 Mais tarde Ainsworth criou a Situação Estranha uma técni ca clássica de laboratório elaborada para avaliar pa drões de apego entre bebê e adulto O adulto quase sempre é a mãe embora outros adultos também tenham participado e o bebê tem entre 10 e 24 meses de idade A Situação Estranha consiste em uma sequên cia de episódios e leva menos de meia hora Os episódios são elaborados para ativar a emergência de comportamentos relacionados ao apego Duran te esse tempo a mãe deixa o bebê duas vezes em um ambiente não familiar a primeira vez com um estranho Na segunda vez ela deixa o bebê sozinho e o estranho volta antes de a mãe chegar A mãe então incentiva o bebê a explorar e brincar novamente e o conforta se ele precisar Ainsworth et al 1978 É de particular interesse a resposta do bebê a cada vez que a mãe retorna Quando Ainsworth e seus colegas observaram crianças de 1 ano na Situação Estranha e em casa identificaram três padrões principais de apego São esses o apego seguro a categoria mais comum a que pertencem entre 60 e 75 dos bebês norteamericanos de baixo risco e duas formas de apego ansioso ou inseguro evitativo entre 15 e 25 e ambivalente ou resistente entre 10 e 15 Vondra e Barnett 1999 Bebês com apego seguro podem chorar ou protestar quando o cuidador se ausenta mas são capazes de obter o conforto de que precisam com eficácia e rapidamente demonstrando flexibili verificador você é capaz de Explicar a importância da confiança básica e identificar o elemento crítico em seu desenvolvimento apego Vínculo recíproco e duradouro entre duas pessoas especialmente entre bebê e cuidador cada um contribuin do para a qualidade do relacionamento Situação Estranha Técnica de laboratório utilizada para estudar o apego do bebê apego seguro Padrão em que o bebê chora ou protesta quando o cuidador principal se ausenta procurandoo ativamente quando ele retorna Tanto Ana quanto Diana contribuem para o apego que há entre elas pela ma neira como agem uma em relação à outra O modo como o bebê se molda ao corpo da mãe mostra sua confiança e reforça os sentimentos de Diana pela filha que ela demonstra por meio da sensibilidade às necessidades de Ana Papalia06indd 220 Papalia06indd 220 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 221 dade e resiliência quando diante de situações estressantes Costumam ser cooperativos e raramente sentem raiva Bebês com apego evitativo não são afetados por um cuidador que se ausenta ou retorna Eles demonstram pouca emoção seja positiva ou negativa Bebês com apego ambiva lente resistente ficam ansiosos antes mesmo de o cuidador se ausentar e ficam cada vez mais perturbados quando ele ou ela sai Na volta do cuidador bebês ambivalentes demonstram sua afli ção e raiva buscando contato com ele ao mesmo tempo em que dão chutes e se contorcem Bebês ambivalentes podem ser difíceis de agradar já que sua raiva frequentemente supera sua capacidade de obter consolo do cuidador Observe que não é necessariamente o comportamento do cuidador quando se ausenta que determina a categoria de apego atribuída às crianças mas o comportamento do cuidador quando ele volta Esses três padrões de apego são universais em todas as culturas onde foram estudados cul turas tão diferentes como as da África China e Israel embora a porcentagem de bebês em cada categoria tenha variado van IJzendoorn e Kroonenberg 1988 van IJzendoorn e Sagi 1999 De um modo geral porém o apego seguro é a categoria mais ampla van IJzendoorn e Sagi 1999 Os comportamentos de apego contudo variam de uma cultura para outra Entre os gusii do leste da África na parte ocidental do Quênia os bebês são cumprimentados pelos pais com apertos de mão estendendo os braços para segurála assim como os bebês ocidentais se aconchegam para um abraço van IJzendoorn e Sagi 1999 Outra pesquisa Main e Solomon 1986 identificou um quarto padrão o apego desorganizado desorientado que é o menos seguro Bebês que apresentam o padrão desorganizado parecem não ter uma estratégia coesa para lidar com o estresse da Situação Estranha Em vez disso apresentam comportamentos contraditórios repetitivos ou mal direcionados por exemplo procuram intimidade com o estranho e não com a mãe Poderão saudar a mãe com entusiasmo quando ela voltar mas depois se afastam ou se aproximam sem olhar para ela Parecem confusos e temerosos Carlson 1998 van IJzendoorn Schuengel e BakermansKranenburg 1999 Acreditase que o apego desorganizado ocorra em pelo menos 10 de bebês de baixo risco mas em proporções muito mais altas em certas populações de risco como crianças prematuras e aquelas cujas mães abusam do álcool ou das drogas Vondra e Barnett 1999 Predomina em bebês cujas mães são insensíveis intrusivas ou abusivas temerosas ou assustadas deixandoos assim sem ninguém que possa aliviar o medo que a mãe faz despertar ou que sofreram perdas não resolvidas ou que possuem sentimentos não resolvidos sobre o apego aos seus próprios pais na infância A probabilidade de apego desorganizado aumenta na presença de múltiplos fatores de risco como insensibilidade materna discórdia conjugal e estresse parental O apego desorganizado é um previsor confiável do comportamento futuro e de problemas de ajustamento Bernier e Meins 2008 Carlson 1998 van IJzendoorn et al 1999 Alguns bebês parecem ser mais suscetíveis ao apego desorganizado do que outros Alguns con seguem formar apegos organizados apesar dos cuidados parentais atípicos enquanto outros que não estão expostos a cuidados parentais atípicos formam apegos desorganizados Bernier e Meins 2008 Uma explicação pode ser a interação geneambiente discutida no Capítulo 3 Estudos identificaram uma variante do gene DRD4 como um possível fator de risco para o apego desorganizado e o risco au menta quase 19 vezes quando a mãe tem uma perda não resolvida Gervai et al 2005 Lakatos et al 2000 2002 van IJzendoorn e BakermansKranenburg 2006 Outra explicação pode ser a correlação geneambiente também discutida no Capítulo 3 As características inatas do bebê podem estabelecer demandas estressantes para o pai ou para a mãe e assim induzir comportamentos parentais que pro movem o apego desorganizado Bernier e Meins 2008 Como se estabelece o apego Com base nas interações do bebê com a mãe propostas por Ainsworth e Bowlby o bebê constrói um modelo de trabalho do que se pode esperar dela Contan to que a mãe continue agindo da mesma maneira o modelo se sustenta Se o comportamento dela mudar não só uma ou duas vezes mas constantemente o bebê poderá rever esse modelo e a segurança do apego poderá ser alterada O modelo de trabalho do bebê está relacionado ao conceito de confiança básica de Erikson O apego seguro reflete confiança o apego inseguro desconfiança Bebês de apego seguro aprenderam a apego evitativo Padrão em que o bebê raramente chora quando separado do cuidador principal evitando o contato quando ele retorna apego ambivalente resistente Padrão em que o bebê tornase ansioso antes da ausência do cuidador prin cipal fica extremamente perturbado com sua ausência e ao mesmo tempo em que procura o cuidador quando este retorna resiste ao contato apego desorganizadodesorientado Padrão em que o bebê após a ausência do principal cuidador demonstra com portamentos contraditórios repetitivos ou mal direcionados quando ele volta Determinase melhor o estilo de apego de um bebê pelo modo como a mãe tranquiliza uma criança inquieta do que pelo modo como a criança age quando a mãe não está por perto Papalia06indd 221 Papalia06indd 221 010213 0922 010213 0922 222 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman confiar não só em seus cuidadores mas em sua própria capacidade para obter aquilo de que precisam Portanto bebês que choram muito cujas mães respondem de modo sensível e com afagos tendem a ser crianças de apego seguro Del Carmen et al 1993 McElwain e BoothLaForce 2006 Métodos alternativos para estudar o apego Embora muitas pesquisas sobre o apego tenham se baseado na Situação Estranha alguns investigadores questionam sua validade A Situação Estranha é estranha também é artificial Pede à mãe que não inicie uma interação expõe os bebês a constantes idas e vindas de adultos e espera que os bebês prestem atenção a eles A Situação Estranha também pode ser menos válida em culturas não ocidentais Pesquisa com bebês japoneses que costumam se separar menos da mãe do que bebês norteamericanos mostrou altas taxas de apego resistente o que pode refletir a extrema condição de estresse da Situação Estranha para essas crianças Miyake Chen e Campos 1985 Como o apego influencia um espectro mais amplo de comportamentos do que aqueles vistos na Situação Estranha outros pesquisadores elaboraram métodos para estudar crianças em ambientes na turais O Questionário de Classificação do Apego AQS na sigla em inglês de Waters e Deane 1985 pede que as mães ou outros observadores da família escolham um conjunto de palavras ou frases des critivas chora muito tende a ficar agarrado em categorias que variam de o mais característico até o menos característico da criança e depois compara essas descrições com as de especialistas sobre a criança segura prototípica Em um estudo em que se utilizou o AQS mães da China Colômbia Alemanha Israel Japão Noruega e Estados Unidos descreveram o comportamento do filho como sendo mais semelhante do que diferente do comportamento da criança mais segura Além disso as descrições feitas pelas mães sobre o comportamento de base segura foram muito semelhantes às de outras culturas quanto dentro de uma cultura específica Essas constatações sugerem que a tendência a usar a mãe como base segura é universal embora possa assumir formas variadas Posada et al 1995 Estudos neurobiológicos podem proporcionar outra forma de estudar o apego RMIs Funcionais aplicadas a mães japonesas revelaram que certas áreas do cérebro eram ativadas quando elas viam seu bebê sorrindo ou chorando mas não quando viam comportamento semelhante em outros bebês o que sugere que o apego pode ter uma base neurológica Noriuchi Kikuchi e Senoo 2008 O papel do temperamento Até que ponto e de que maneira o temperamento influencia o apego Em um estudo com crianças de 6 a 12 meses e suas famílias tanto a sensibilidade da mãe quanto o temperamento do bebê influenciaram os padrões de apego Seifer et al 1996 Condições neuro lógicas ou fisiológicas podem ser a base das diferenças de temperamento no apego Por exemplo a variabilidade no ritmo cardíaco de um bebê está associada à irritabilidade e o ritmo cardíaco parece variar mais em bebês de apego inseguro Izard et al 1991 O temperamento do bebê pode não só ter um impacto direto sobre o apego como também pode causar um impacto indireto a partir de seu efeito nos pais Numa série de estudos realizados na Ho landa van den Boom 1989 1994 bebês de 15 dias avaliados como irritáveis estavam muito mais propensos do que bebês não irritáveis a apresentar um apego inseguro geralmente evitativo com 1 ano de idade No entanto bebês irritáveis cujas mães receberam visitas em casa e instruções sobre como acalmar seus filhos foram tão propensos a serem avaliados como de apego seguro quanto os bebês não irritáveis Assim a irritabilidade do bebê pode impedir o desenvolvimento de um apego seguro mas não se a mãe tiver habilidade para lidar com o temperamento do filho Rothbart et al 2000 A adequa ção da educação entre pais e filhos pode muito bem ser a chave para entender a segurança do apego Ansiedade diante de estranhos e ansiedade de separação Sofia costumava ser um bebê amistoso sorria para estranhos e se deixava pegar continuando a arrulhar toda feliz contanto que alguém qualquer um estivesse por perto Agora aos 8 meses ela se afasta quando uma pessoa desconhecida se aproxima e berra quando os pais tentam deixála com uma babá Sofia está viven ciando a ansiedade diante de estranhos cautela com pessoas que não conhece e a ansiedade de separação aflição sentida quando um cuidador familiar se ausenta Cuidados maternos sensíveis estão relacionados a outra importante realização do desenvolvimento pelo menos aos olhos dos pais Mães que respondem de modo sensível aos seus bebês têm como resultado bebês que adormecem mais rápido dormem por mais tempo e despertam com menor frequência Teti et al 2010 ansiedade diante de estranhos Cautela diante de pessoas e lugares desconhecidos demonstrada por al guns bebês durante a segunda metade do primeiro ano de vida ansiedade de separação Aflição demonstrada por alguém geralmente um bebê na ausência do cuidador familiar Papalia06indd 222 Papalia06indd 222 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 223 A ansiedade diante de estranhos e a ansiedade de separação costumavam ser consideradas marcos emocionais e cognitivos da segunda metade da primeira infância refletindo o apego à mãe No entanto pesquisas mais recentes sugerem que embora a ansiedade diante de estranhos e a ansiedade de separação se jam razoavelmente comuns não são universais Se o bebê chora quando um desconhecido se aproxima ou quando um dos pais se ausenta isso poderá caracterizar mais o temperamento ou as circunstâncias de vida do bebê do que a segurança ou o apego R J Davidson e Fox 1989 Os bebês raramente reagem negativamente a estranhos antes dos 6 meses de idade mas é comum fazêlo aos 8 ou 9 meses Sroufe 1997 Essa mudança talvez reflita o desenvol vimento cognitivo A ansiedade diante de estranhos em Sofia envolve a memória de faces a capacidade de comparar a apa rência do estranho com a da mãe e talvez a recordação de situações em que foi deixada com um estranho Se permitirem a Sofia acostumarse aos poucos com o estranho num ambien te familiar talvez ela possa reagir positivamente Lewis 1997 Sroufe 1997 A ansiedade de separação devese por vezes menos à separação em si do que à qualidade dos cuidados substitutos Quando cuidadores substitutos são afetuosos e responsivos e brincam com crianças de 9 meses antes que elas chorem a tendência dessas crianças é de chorar menos do que quando estão com cuidadores pouco responsivos Gunnar et al 1992 A estabilidade nos cuidados com o bebê também é importante O trabalho pioneiro de René Spitz 1945 1946 sobre crianças em instituições enfatiza a necessidade dos cuidados substitutos estarem tão próximos quanto possível de uma boa atenção materna A pesquisa tem destacado o valor da continuidade e da consistência nos cuidados com a criança de modo que esta possa formar vínculos emocionais com seus cuidadores Hoje nem o medo intenso de estranhos nem um intenso protesto quando a mãe se ausenta é considerado sinal de apego seguro Os pesquisadores medem o apego mais pelo que acontece quando a mãe retorna do que pelo tanto de lágrimas que o bebê derrama com sua partida Efeitos de longo prazo do apego Conforme propõe a teoria do apego a segurança do apego parece afetar a competência emocional social e cognitiva Quanto mais seguro o apego com um adulto atencioso maior a probabilidade de a criança desenvolver um bom relacionamento com os outros Se a criança assim como o bebê tiver uma base segura e puder contar com a responsividade dos pais e dos cuidadores ela terá confiança suficiente para se envolver ativamente em seu mundo Jacobsen e Hofmann 1997 Por exemplo em um estudo com 70 crianças de 15 meses aquelas que estavam apegadas à mãe com segurança apresentaram menos estresse para se adaptar a uma creche do que crianças de apego inseguro Ahnert et al 2004 Crianças de apego seguro tendem a ter vocabulário maior e mais variado do que aquelas de apego inseguro Meins 1998 Apresentam interações mais positivas com seus pares e suas tentativas de aproximação tendem a ser aceitas Fagot 1997 Crianças de apego inseguro tendem a demonstrar emoções mais negativas medo aflição e raiva ao passo que crianças de apego seguro são mais ale gres Kochanska 2001 Entre 3 e 5 anos crianças de apego seguro provavelmente são mais curiosas competentes em páticas resilientes e autoconfiantes têm um melhor relacionamento com outras crianças e formam amizades mais íntimas do que aquelas de apego inseguro Arend Gove e Sroufe 1979 Elicker Englund e Sroufe 1992 Jacobson e Wille 1986 Waters Wippman e Sroufe 1979 Youngblade e Bebês pelo menos quando estão no chão respondem mais negativamente aos estranhos de estatura alta do que aos de estatura baixa Weinraub 1978 A pequena Maria apresenta ansiedade de separação porque os pais vão deixála com a babá A ansiedade de separação é comum entre bebês de 6 a 12 meses de idade Papalia06indd 223 Papalia06indd 223 010213 0922 010213 0922 224 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Belsky 1992 Elas interagem mais positivamente com os pais professores da préescola e com seus pares estão mais aptas a resolver conflitos e tendem a ter uma autoimagem mais positiva Elicker et al 1992 Verschueren Marcoen e Schoefs 1996 Na terceira infância e na adolescência crianças de apego seguro pelo menos nas culturas ocidentais onde foi realizada a maioria dos estudos ten dem a ter as amizades mais íntimas e estáveis Schneider Atkinson e Tardif 2001 Sroufe Carlson e Shulman 1993 e a ser mais ajustadas JaffariBimmel et al 2006 O apego seguro na primeira infância também influencia a qualidade do apego a um parceiro afetivo no adulto jovem Simpson et al 2007 Crianças de apego inseguro ao contrário costumam apresentar inibições e emoções negativas entre o 1 o e o 3 o ano de vida hostilidade em relação a outras crianças aos 5 anos e dependência du rante a fase escolar Calkins e Fox 1992 Kochanska 2001 LyonsRuth Alpern e Repacholi 1993 Sroufe Carlson e Shulman 1993 Elas também estão mais propensas a evidenciar comportamentos agressivos e problemas de conduta Isso parece ser mais verdadeiro para os meninos crianças encami nhadas para clínicas e quando as avaliações do apego baseiamse em dados observacionais Os efeitos para o apego evitativo e resistente ambivalente foram pequenos enquanto os resultados para o apego desorganizado foram bem amplos Fearon et al 2010 De fato aquelas com apego desorganizado tendem a apresentar problemas de comportamento em todos os níveis de escolaridade e transtornos psiquiátricos aos 17 anos Carlson 1998 Em um estudo longitudinal de 1364 famílias com bebês de 1 mês de idade as crianças com ape go evitativo aos 15 meses tendiam a ser classificadas pela mãe como menos competentes socialmente do que crianças com apego seguro e pelos seus professores como mais agressivas ou ansiosas durante a préescola e os anos escolares Entretanto os efeitos dos cuidados parentais no comportamento da criança durante esses anos foram mais importantes do que o apego inicial Crianças inseguras e desorganizadas cujos cuidados parentais haviam melhorado eram menos agressivas na escola do que aquelas cujos cuidados parentais não haviam melhorado ou haviam piorado Crianças seguras por outro lado eram relativamente imunes aos cuidados parentais que se tornaram menos sensíveis talvez porque seus modelos anteriores tornavamnas confiantes mesmo em condições alteradas O estudo sugere que a continuidade geralmente encontrada entre apego e comportamento posterior pode ser explicada pela continuidade no ambiente doméstico NICHD Early Child Care Research Network 2006 Transmissão intergeracional de padrões de apego A Entrevista de Apego do Adulto EAA George Kaplan e Main 1985 Main 1995 Main Kaplan e Cassidy 1985 solicita ao adulto que re corde e interprete sentimentos e experiências relacionadas aos apegos da infância Estudos que fazem uso do EAA constataram que o modo como os adultos se recordam das primeiras experiências com os pais ou cuidadores está relacionado ao seu bemestar emocional e pode influenciar a maneira como respondem a seus próprios filhos Adam Gunnar e Tanaka 2004 Dozier et al 2001 Pesonen et al 2003 Slade et al 1999 A mãe que tinha um apego seguro com a própria mãe ou que entende por que tinha um apego inseguro pode identificar com precisão os comportamentos de apego do bebê res ponder com incentivos e ajudar a criança a formar um apego seguro com ela Bretherton 1990 Mães que estão preocupadas com suas relações de apego passadas tendem a demonstrar raiva e intromissão nas interações com os filhos Mães deprimidas que rejeitam as lembranças de seus apegos passados tendem a ser frias e não responsivas com os filhos Adam et al 2004 A história de apego dos pais também influencia a percepção do temperamento do seu bebê e essas percepções podem afetar a relação entre pais e filhos Pesonen et al 2003 Felizmente um ciclo de apego inseguro pode ser interrompido Em um estudo 54 mulheres holandesas mães pela primeira vez que foram classificadas pela EAA como de apego inseguro recebe ram visitas domésticas em que lhes foram passadas informações em vídeo para aprimorar os cuidados parentais ou então participaram de discussões sobre suas experiências na infância em relação aos atuais cuidados com os filhos Após as intervenções essas mães estavam mais sensíveis do que um grupocontrole que não havia recebido as visitas O aumento da sensibilidade das mães em relação às necessidades dos filhos afetou consideravelmente a segurança dos bebês com temperamento altamen te reativo negativamente emocionais KleinVelderman et al 2006 verificador você é capaz de Descrever quatro padrões de apego Discutir como se estabelece o apego considerando o papel do temperamento do bebê Discutir os fatores que afe tam a ansiedade diante de estranhos e a ansiedade de separação Descrever influências de longo prazo dos padrões de apego e da transmissão intergeracional do apego no comportamento Papalia06indd 224 Papalia06indd 224 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 225 COMUNICAÇÃO EMOCIONAL COM OS CUIDADORES REGULAÇÃO MÚTUA Com 1 mês de idade Max olha com atenção para o rosto de sua mãe Aos 2 meses quando a mãe sor ri para ele e esfrega sua barriguinha ele também sorri Aos 3 meses Max sorri primeiro convidando a mãe para brincar Lavelli e Fogel 2005 Bebês são seres comunicativos possuem um forte desejo de interagir com os outros A capacidade tanto do bebê quanto do cuidador de responder adequadamente e com sensibilidade aos estados mentais e emocionais um do outro é conhecida como regulação mútua Os bebês participam ativamente na re gulação mútua enviando sinais comportamentais como o sorriso de Max que influenciam o modo como os cuidadores se comportam em relação a eles Quando os cuidadores são sensíveis e respondem de forma apropriada aos sinais da criança dizemos que estão em alta sincronia interacional a dança contínua en tre cuidador e bebê Quando as metas do bebê são atingidas este fica contente ou pelo menos interessado Tronick 1989 Se o cuidador ignorar um convite para brincar ou insistir em brincar quando o bebê virandose sinalizou que não estou com vontade o bebê poderá sentirse frustrado ou triste Quando o bebê não atinge os resultados desejados ele continua tentando remediar a interação Normalmente a in teração oscila entre estados bem regulados e mal regulados e com essa alternância o bebê aprende como enviar sinais e o que fazer quando seus sinais iniciais não são eficazes Essa pode ser a razão de haver vínculos entre a sincronia interacional e vários resultados benéficos Por exemplo crianças de 3 e 9 meses cujas mães estão em alta sincronia interacional regulam melhor seu comportamento aos 2 4 e 6 anos de idade estão mais propensas a concordar tanto com pedidos quanto com restrições têm um QI mais alto aos 2 e 4 anos e usam mais palavras que se referem a estados mentais como penso ou sei aos 2 anos Além disso apresentam menos problemas comportamentais aos 2 anos Feldman 2007 Parece que essa regulação mútua ajuda os bebês a aprender a ler o comportamento dos outros e a desenvolver expectativas em relação a eles Até mesmo crianças muito novas podem perceber as emoções expressas pelos outros e podem ajustar seu comportamento de acordo Legerstee e Varghese 2001 Montague e WalkerAndrews 2001 Termine e Izard 1988 mas ficam perturbadas quando alguém seja a mãe ou um estranho e independentemente do motivo rompe o contato interpessoal Striano 2004 O Quadro 61 discute como a depressão da mãe pode contribuir para problemas no desenvolvimento do bebê REFERENCIAÇÃO SOCIAL Quando diante de um desconhecido ou de um novo brinquedo o bebê olhar para o seu cuidador isso significa que ele estará estabelecendo uma referenciação social Com essa atitude a criança procura informação emocional para orientar seu comportamento Na referenciação social a pessoa é levada à compreensão de como agir numa situação ambígua confusa ou não familiar verificando e interpretan do a percepção que outro indivíduo tem dessa situação A pesquisa oferece evidências experimentais de referenciação social aos 12 meses Moses et al 2001 Quando expostos a brinquedos que fixados no chão ou no teto balançavam de um lado para o outro ou vibravam crianças de 12 e 18 meses aproximavamse ou se afastavam dos brinquedos de pendendo das reações emocionais expressas pelos experimentadores Ihh ou Legal Em um par de estudos crianças de 12 meses mas não as de 10 meses ajustavam seu comportamento em relação a certos objetos não familiares de acordo com sinais emocionais não vocalizados dados por uma atriz numa tela de televisão Mumme e Fernald 2003 Em outro par de experimentos Hertenstein e Cam pos 2004 crianças de 14 meses tocavam criaturas de plástico que caíam perto delas e isso estava rela cionado às emoções positivas ou negativas que tinham visto um adulto expressar a respeito dos mesmos objetos uma hora antes Crianças de 11 meses respondiam a essas sinalizações emocionais somente se a demora fosse muito breve três minutos À medida que a criança cresce a referenciação social tornase menos dependente da expressão facial e mais dependente da linguagem Crianças entre 4 e 5 anos estão mais propensas a confiar em informações vindas da mãe do que de um estranho Corriveau et al 2009 A referenciação social e a capacidade de reter informação obtida com ela podem desempenhar um papel importante em desenvolvimentos fundamentais na infância como o surgimento das emo ções inibitórias constrangimento e orgulho o desenvolvimento do senso de identidade e os proces sos de socialização e internalização que veremos no próximo segmento deste capítulo regulação mútua Processo em que o bebê e o cuidador comunicam estados emocionais um para o outro e respondem de acordo referenciação social Compreensão de uma situação ambígua baseada na percepção de outra pessoa verificador você é capaz de Descrever como funciona a regulação mútua e explicar sua importância Dar exemplos de como os bebês parecem usar a referen ciação social Papalia06indd 225 Papalia06indd 225 010213 0922 010213 0922 pesquisa em ação COMO A DEPRESSÃO PÓSPARTO AFETA O DESENVOLVIMENTO INICIAL A leitura dos sinais emocionais permite à mãe avaliar e satisfazer as necessidades do bebê e ajuda o bebê a responder ao com portamento da mãe em relação a ele O que acontece quando esse sistema de comunicação entra em colapso e o que pode ser feito A mídia tem dado muita atenção à questão da depressão pósparto Celebridades como Brooke Shields e Marie Osmond compartilharam suas batalhas pessoais contra essa dolorosa condição A depressão pósparto uma acentuada ou ligeira depres são que ocorre num período de quatro semanas após o parto afeta cerca de 145 de todas as mães Wisner Chambers e Sit 2006 Uma queda acentuada nos níveis de estrogênio e progesterona após o nascimento da criança pode dar início à depressão que também pode ser provocada pelas profundas mudanças emocionais e de estilo de vida que a nova mãe passa a enfrentar Mulheres que têm seu primeiro filho correm maior risco MunkOlsen et al 2006 A não ser que seja tratada imediatamente a depressão pós parto poderá afetar o modo como a mãe interage com o bebê com efeitos prejudiciais sobre o desenvolvimento emocional e cognitivo da criança Gjerdingen 2003 Mães deprimidas são menos sensíveis aos seus bebês do que mães não deprimidas e suas interações com os filhos geralmente são menos positivas NICHD Early Child Care Research Network 1999b Mães depri midas estão menos propensas a interpretar e a responder aos choros do bebê Donovan Leavitt e Walsh 1998 Bebês de mães deprimidas podem desistir de enviar sinais emocionais e aprendem que não têm nenhum poder para ob ter respostas de outras pessoas que a mãe não é confiável e que o mundo não é digno de confiança Eles próprios pode rão ficar deprimidos Ashman e Dawson 2002 Gelfand e Teti 1995 Teti et al 1995 seja devido à falta de regulação mútua a uma predisposição herdada à depressão ou à exposição a influências hormonais ou a outras influências bioquímicas no ambiente prénatal É possível que uma combinação de fato res genéticos prénatais e ambientais coloque em risco bebês de mães deprimidas Uma influência bidirecional pode estar ocorrendo um bebê que não responde normalmente talvez deixe a mãe ainda mais deprimida e a falta de responsivi dade desta poderá por sua vez deprimir ainda mais o bebê T Field 1995 1998a 1998c Lundy et al 1999 Mães depri midas que são capazes de manter boas interações com seus bebês tendem a cuidar melhor da regulação emocional em seus filhos do que outras mães deprimidas Field et al 2003 Interações com um adulto não deprimido podem ajudar os bebês a compensar os efeitos da depressão materna T Field 1995 1998a 1998c Bebês de mães deprimidas tendem a apresentar padrões in comuns de atividade cerebral semelhantes ao padrão da mãe Vinte e quatro horas após o nascimento eles apresentam me nos atividade na região frontal esquerda do cérebro que parece ser especializada em emoções de abordagem como alegria e raiva e mais atividade na região frontal direita que controla emoções de retraimento como aflição e desgosto G Dawson et al 1992 1999 T Field 1998a 1998c T Field et al 1995 N A Jones et al 1997 Recémnascidos de mães deprimidas tam bém tendem a apresentar níveis mais altos de hormônios do es tresse Lundy et al 1999 pontuações mais baixas na Escala de Avaliação Comportamental Neonatal de Brazelton e tônus va gal mais baixo que está associado à atenção e à aprendizagem T Field 1998a 1998c N A Jones et al 1998 Essas descober tas sugerem que a depressão numa mulher durante a gravidez pode afetar o funcionamento neurológico e comportamental do próprio recémnascido Crianças com mães deprimidas tendem a demonstrar apego inseguro Gelfand e Teti 1995 Teti et al 1995 Provavelmente terão um crescimento precário desempenho sofrível em ava liações cognitivas e linguísticas e problemas de comportamen to T Field 1998a 1998c T M Field et al 1985 Gelfand e Teti 1995 NICHD Early Child Care Research Network 1999b Zucker man e Beardslee 1987 Quando são muito novas essas crian ças tendem a ter dificuldade em tolerar a frustração e a tensão Cole Barrett e ZahnWaxler 1992 Seiner e Gelfand 1995 e no começo da adolescência elas correm o risco de apresentar com portamento violento Hay 2003 Medicamentos antidepressivos como o Zoloft um inibidor seletivo da recaptação de serotonina e a nortriptilina um tricí clico parecem ser seguros e eficazes no tratamento da depres são pósparto Wisner et al 2006 Outras técnicas que podem ajudar a melhorar o humor de uma mãe deprimida incluem ouvir música imagens visuais ginástica aeróbica ioga relaxa mento e massagem terapêutica T Field 1955 1998a 1998c A massagem também pode ajudar os bebês deprimidos T Field 1998a 1998b T Field et al 1996 possivelmente devido aos efeitos sobre a atividade neurológica N A Jones et al 1997 Em um estudo essas medidas de promoção do humor positi vo além de reabilitação social educacional e vocacional para a mãe e serviço de creche para o filho trouxeram melhoras no comportamento interativo As crianças apresentaram um crescimento mais rápido e tiveram menos problemas pediátri cos valores bioquímicos mais próximos do normal e melhores pontuações em testes de desenvolvimento do que um grupo controle T Field 1998a 1998b qual a sua opinião Você pode sugerir algumas técnicas para ajudar mães e bebês deprimidos além daquelas aqui mencionadas 61 o Papalia06indd 226 Papalia06indd 226 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 227 Questões de desenvolvimento do 1 o ao 3 o ano Aproximadamente no ponto médio entre o primeiro e o segundo aniversário o bebê tornase uma criança Essa transformação pode ser vista não apenas em habilidades físicas e cognitivas como andar e falar mas na maneira como a criança expressa sua personalidade e interage com os outros A criança pequena tornase um parceiro mais ativo e intencional nas interações e às vezes é ela quem toma a iniciativa Os cuidadores agora podem interpretar de modo mais claro os sinais da criança Essas interações sincronizadas ajudam as crianças pequenas a adquirir habilidades comunicativas e com petência social e motiva a aquiescência aos desejos dos pais Harrist e Waugh 2002 Vejamos três questões psicológicas com as quais as crianças mais novas e seus cuidadores têm de lidar emergência do senso de identidade crescimento da autonomia ou autodeterminação e socialização ou internalização de padrões comportamentais A EMERGÊNCIA DO SENSO DE IDENTIDADE O autoconceito é a imagem que temos de nós mesmos o quadro total de nossas capacidades e traços Descreve o que sabemos e sentimos sobre nós mesmos e orienta nossas ações Harter 1996 A criança incorpora em sua autoimagem o quadro que os outros refletem de volta para ela Quando e como se desenvolve o autoconceito De uma miscelânea de experiências aparentemente isoladas entre uma sessão de amamenta ção e outra o bebê começa a extrair padrões regulares que formam con ceitos rudimentares de si mesmo e do outro Dependendo do tipo de cui dado recebido pelo bebê e de como ele responde emoções agradáveis ou desagradáveis são associadas a experiências que desempenham um papel importante no desenvolvimento do conceito de identidade Harter 1998 Aos 3 meses no mínimo os bebês prestam atenção a sua imagem no espelho Courage e Howe 2002 crianças entre 4 e 9 meses demonstram mais interesse em imagens dos outros do que de si próprias Rochat e Striano 2002 Essa discriminação perceptual inicial pode ser o funda mento da autoconsciência conceptual que se desenvolve entre 15 e 18 meses Entre 4 e 10 meses quando os bebês aprendem a esticar os braços a agarrar e a fazer as coisas acontecerem eles passam a ter a experiência da atuação pessoal a percepção de que podem controlar eventos exter nos É aproximadamente nessa época que o bebê desenvolve a autocoe rência a noção de ser uma totalidade física com limites separados do resto do mundo Esses desenvolvimentos ocorrem na interação com cuidado res em brincadeiras como a de esconder em que o bebê tornase cada vez mais consciente da diferença entre ele e o outro A emergência da autoconsciência conhecimento consciente de si como um ser distinto e identificável apoiase nesse despertar da distinção perceptual entre si e os outros A autoconsciência pode ser testada exami nandose se o bebê reconhece sua própria imagem Em uma linha de pes quisa clássica investigadores aplicaram ruge no nariz de crianças entre 6 e 24 meses e as colocaram diante de um espelho Três quartos dos bebês de 18 meses e todas as crianças de 24 meses to caram o próprio nariz agora vermelho com mais frequência do que antes ao passo que bebês com menos de 15 meses não o fize ram Esse comportamento sugere que essas crianças tinham autoconsciência Elas sabiam que normalmente seu nariz não é vermelho e reconheceram a imagem no espelho como Quando e como surge o senso de identidade e como as crianças pequenas exercitam a autonomia e desenvolvem padrões para comportamentos socialmente aceitáveis indicad r autoconceito Senso de identidade quadro mental descritivo e valorativo de nossas capa cidades e traços Passar ruge no nariz da criança é conhecido como a Tarefa do Ruge e a pesquisa tem mostrado que golfinhos chimpanzés e elefantes também compartilham nossa capacidade de autorreconhecimento Bebês entre 4 e 9 meses de idade demonstram mais in teresse em imagens dos outros do que em imagens de si próprios Papalia06indd 227 Papalia06indd 227 010213 0922 010213 0922 228 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman sendo de si próprias Lewis 1997 Lewis e Brooks 1974 Em um estudo posterior crianças entre 18 e 24 meses tanto tocavam em um adesivo que estava em sua perna que somente era visível no espelho quanto em um adesivo que estava no rosto Nielsen Suddendorf e Slaughter 2006 Uma vez que possa reconhecer a si mesma a criança prefere olhar para sua própria imagem no vídeo em vez da ima gem de outra criança da mesma idade Nielsen Dissanayake e Kashima 2003 Entre 20 e 24 meses crianças pequenas começam a usar os pronomes da pri meira pessoa outro sinal de autoconsciência Lewis 1997 Entre 19 e 30 meses elas começam a aplicar a si mesmas termos descritivos grande ou pequeno cabelo liso ou cabelo encaracolado e valorativos bom bonita ou forte O rápido desenvolvimento da linguagem permite à criança pensar e falar sobre si própria e a incorporar descrições verbais dos pais Você é tão inteligente Que menino grande à sua autoimagem emergente Stipek Gralinski e Kopp 1990 DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA À medida que a criança amadurece fisicamente cognitivamente e emocional mente ela é levada a buscar sua independência em relação aos vários adultos aos quais está apegada Eu fazer é a frase típica da criança quando começa a usar seus músculos e sua mente para tentar fazer tudo sozinha não somente andar mas alimentarse vestirse e explorar o mundo Erikson 1950 identificou o período entre 18 meses e 3 anos como o segun do estágio no desenvolvimento da personalidade autonomia versus vergonha e dúvida marcado pela passagem do controle externo para o autocontrole Tendo atravessado a primeira infância com um senso de confiança básica no mundo e uma autoconsciência florescente a criança pequena começa a substituir o julgamento dos cuidadores pelo seu próprio A virtude que emerge durante esse estágio é a vontade O treinamento do controle das necessidades fisiológicas é um passo importante em direção à autonomia e ao autocontrole o mesmo acontece com a linguagem À medida que a criança tornase mais apta a expressar seus desejos ela passa a ter mais poder Como a liberdade sem limites não é segura nem saudável disse Erikson vergonha e dúvida ocupam um lugar necessário As crianças pequenas precisam que os adultos estabeleçam limites apropriados assim a vergonha e a dúvida ajudamnas a reconhecer a necessidade desses limites Nos Estados Unidos os terríveis dois anos assinalam um desejo de autonomia Crianças peque nas precisam testar as noções de que são indivíduos têm algum controle sobre seu mundo e possuem novos e emocionantes poderes São levadas a experimentar suas novas ideias exercitar suas próprias preferências e tomar suas próprias decisões Esse desejo se manifesta na forma de negativismo a ten dência a gritar Não só para resistir à autoridade Quase todas as crianças ocidentais exibem algum grau de negativismo geralmente começa antes dos 2 anos de idade com tendência a atingir o máximo aos 3 anos e meio ou 4 anos e declina por volta dos 6 anos Cuidadores que consideram as expressões de autoafirmação da criança como um esforço normal e saudável por independência contribuem para seu senso de competência e evitam excesso de conflitos A Tabela 63 oferece sugestões específicas baseadas em pesquisa para lidar com os terríveis dois anos Surpreendentemente os terríveis dois anos não são universais Em alguns países em desenvol vimento a transição da primeira para a segunda infância é relativamente suave e harmoniosa Mosier e Rogoff 2003 Quadro 62 AS RAÍZES DO DESENVOLVIMENTO MORAL SOCIALIZAÇÃO E INTERNALIZAÇÃO Socialização é o processo pelo qual a criança desenvolve hábitos habilidades valores e motivações que as tornam membros responsáveis e produtivos de uma sociedade A aquiescência às expectativas parentais pode ser vista como um primeiro passo em direção à submissão aos padrões sociais A socia lização depende da internalização desses padrões Crianças bemsucedidas na socialização não mais obedecem a regras ou comandos apenas para obter recompensas ou evitar punições elas fazem dos padrões da sociedade seus próprios padrões Grusec e Goodnow 1994 Kochanska e Aksan 1995 Kochanska Tjebkes e Forman 1998 autonomia versus vergonha e dúvida Para Erikson é o segundo estágio do desenvolvimento psicossocial quando a criança atinge o equilíbrio entre a autodeterminação e o controle por parte de outros verificador você é capaz de Identificar o desenvolvimento inicial do autoconceito Descrever o conflito autono mia versus vergonha e dúvida e explicar por que os terríveis dois anos são considerados um fenômeno normal socialização O desenvolvimento de hábitos habili dades valores e motivações compar tilhadas por membros responsáveis e produtivos de uma sociedade internalização Durante a socialização processo em que as crianças aceitam padrões socie tais de conduta como sendo seus Segundo Erikson o treinamento do controle das necessidades fisiológicas é um passo importan te em direção à autonomia e ao autocontrole Papalia06indd 228 Papalia06indd 228 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 229 O desenvolvimento da autorregulação Letícia de 2 anos está prestes a introduzir o dedo numa tomada elétrica No apartamento onde ela vive as tomadas são cobertas mas não aqui na casa da vovó Quando Letícia ouve o grito do pai Não ela recolhe o braço Na próxima vez que chegar perto de uma tomada e começar a introduzir o dedo ela hesitará e depois dirá Não Ela não se per mitiu fazer algo que ela lembrou que não deve fazer Letícia começa a demonstrar autorregulação o controle de seu próprio comportamento para se conformar às exigências ou expectativas de um cuidador mesmo quando este não está presente A autorregulação é a base da socialização e vincula todos os domínios do desenvolvimento físi co cognitivo emocional e social Até que Letícia se tornasse fisicamente capaz de cuidar de si própria tomadas elétricas não constituíam perigo Para não introduzir o dedo na tomada é preciso que ela conscientemente lembre e entenda o que o pai havia lhe dito A consciência cognitiva porém não é autorregulação Controle independente do compor tamento que a criança apresenta em conformidade com as expectativas sociais TABELA 63 Lidando com os terríveis dois anos As seguintes diretrizes baseadas em pesquisas podem ajudar pais de crianças pequenas a desen corajar o negativismo e incentivar o comportamento socialmente aceito Seja flexível Conheça os ritmos naturais da criança o que ela gosta e o que não gosta Imagine que você é um porto seguro com limites seguros a partir do qual a criança pode desco brir o mundo e ao qual ela pode retornar em busca de apoio Faça do lar um ambiente favorável à criança Ofereça objetos resistentes que ela possa explorar com segurança Evite a punição física Geralmente é ineficaz e pode até levar a criança a causar mais estragos Ofereça uma opção mesmo que seja limitada para dar à criança algum controle Você prefe re tomar seu banho agora ou depois de lermos um livro Seja coerente ao fazer cumprir o que é necessário Só interrompa uma atividade se for absolutamente necessário Procure esperar até que a atenção da criança tenha se desviado Se tiver de interromper avise antes Daqui a pouco teremos que sair do parquinho Sugira atividades alternativas quando o comportamento tornarse censurável Quando Artur es tiver jogando areia no rosto da Keiko diga Olha Não tem ninguém nos balanços agora Vamos lá que eu te empurro Sugira não ordene Ao fazer uma declaração do que deve ser feito façao com sorrisos ou abra ços não com críticas ameaças ou coerção física Associe as declarações do que deve ser feito a atividades agradáveis É hora de parar de brincar para você ir à loja comigo Lembre a criança do que você quer Quando formos ao parque nunca passe do portão Espere um pouco antes de repetir uma declaração do que deve ser feito quando a criança não obe decer imediatamente Faça uma pausa para encerrar conflitos De um modo não punitivo retire a criança ou a si mes mo de uma situação Espere menos autocontrole em períodos de estresse doença divórcio nascimento de um irmão ou irmã ou mudança de residência Será mais difícil para a criança cumprir seus deveres do que deixar de fazer o que é proibido Arru me o seu quarto exige mais esforço que Não rabisque em cima dos móveis Mantenha o clima o mais positivo possível Faça o seu filho querer cooperar Fontes Haswell Hock e Wenar 1981 Kochanska e Aksan 1995 Kopp 1982 Kuczynski e Kochanska 1995 Power e Chapieski 1986 Papalia06indd 229 Papalia06indd 229 010213 0923 010213 0923 230 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman para o mund AS BRIGAS ENTRE IRMÃOS SÃO NECESSÁRIAS Os terríveis dois anos constituem uma fase normal no desenvol vimento da criança Muitos pais e psicólogos ocidentais acham que sim Na verdade os terríveis dois anos não parecem ser uni versais Em Zinacantan México crianças pequenas não costumam ser exigentes e resistentes ao controle parental Em vez disso essa fase em Zinacantan é quando a criança deixa de ser o bebê da mamãe e passa a ser o ajudante da mamãe uma criança responsável que cuida de um novo bebê e ajuda nas tarefas domésticas Edwards 1994 Um padrão semelhante de desen volvimento parece ocorrer em famílias Mazahua no México e entre famílias maias em San Pedro Guatemala Os pais em San Pedro não mencionam uma idade específica dos filhos que seja caracterizada por negativismo ou tendência à oposição particu larmente acentuados Mosier e Rogoff 2003 p 1058 Um dos cenários em que questões de autonomia e controle aparecem nas culturas ocidentais encontrase nos conflitos en tre irmãos motivados por disputas por brinquedos e como as crianças respondem à maneira como os pais lidam com esses conflitos Para explorar essas questões um estudo transcultural comparou 16 famílias de San Pedro com outras 16 famílias euro americanas de classe média em Salt Lake City Todas as famílias tinham crianças pequenas entre 14 e 20 meses e irmãs e irmãos mais velhos entre 3 e 5 anos Os pesquisadores entrevistaram cada uma das mães sobre as práticas de educação da criança Em seguida entregaram à mãe uma série de objetos atraentes bonecas e marionetes e na presença da irmã ou do irmão mais velho pediram à mãe que ajudasse o menor a manejálos sem dar qualquer instrução sobre a criança mais velha Pesquisa dores constataram diferenças surpreendentes no modo como irmãos interagem nas duas culturas e no modo como as mães viam e lidavam com o conflito Enquanto os irmãos mais velhos de Salt Lake City geralmen te tentavam pegar e brincar com os objetos isso quase não acontecia em San Pedro As crianças mais velhas de San Pedro ofereciamse para ajudar os irmãos mais novos ou as duas crianças brincavam juntas com os brinquedos Quando havia um conflito envolvendo a posse dos brinquedos as mães de San Pedro favoreciam os pequenos 94 das vezes até mesmo tirando o objeto da criança mais velha se a mais nova o quises se e os irmãos mais velhos tendiam a concordar entregando de bom grado os objetos para os mais novos ou deixandoos com eles desde o início Diferentemente em mais de um terço das interações em Salt Lake City as mães tentavam tratar as duas crianças igualmente negociando com elas ou sugerindo que se revezassem ou compartilhassem os objetos Essas observa ções eram coerentes com relatos de mães de ambas as culturas quanto ao modo como lidavam com essas questões em casa As crianças de San Pedro têm privilégios até os 3 anos depois esperase que elas cooperem espontaneamente com as expec tativas sociais Qual a explicação para esses contrastes culturais Uma pista surgiu quando se perguntou às mães com que idade as crian ças são consideradas responsáveis por seus atos A maioria das mães de Salt Lake City sustentou que seus filhos menores entendiam as consequências de mexer em objetos proibidos várias delas afirmaram que essa compreensão surge já aos 7 meses No entanto todas as mães de San Pedro exceto uma identificaram bem mais tarde a idade em que se entende as consequências sociais das ações entre 2 e 3 anos As mães de Salt Lake City consideravam seus filhos pequenos capazes de mau comportamento intencional e os puniam por isso o mes mo não acontecia com a maioria das mães de San Pedro Todas as crianças em idade préescolar de Salt Lake City crianças pe quenas e seus irmãos estavam sob a supervisão direta de um cuidador 11 das 16 crianças de San Pedro em idade préescolar ficavam sozinhas boa parte do tempo e assumiam responsabili dades domésticas que exigiam maior maturidade Os pesquisadores sugerem que os terríveis dois anos sejam talvez uma fase específica de sociedades que colocam a liber dade individual acima das necessidades do grupo A pesquisa etnográfica indica que em sociedades que dão mais valor às necessidades do grupo existe sim a liberdade de escolha mas ela segue lado a lado com a interdependência a responsa bilidade e as expectativas de cooperação Os pais de Salt Lake City parecem acreditar que o comportamento responsável se desenvolve gradualmente do envolvimento em competições e negociações justas Os pais de San Pedro parecem acreditar que o comportamento responsável se desenvolve rapidamen te quando a criança já tem idade suficiente para entender a necessidade de respeitar os desejos dos outros tanto quanto os seus próprios qual a sua opinião De acordo com sua experiência ou ob servação de crianças pequenas qual dos dois métodos você considera mais eficaz para lidar com o conflito entre irmãos JANELA 62 o Papalia06indd 230 Papalia06indd 230 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 231 suficiente a autorrestrição também requer controle emocional Ao interpretar as respostas emocionais dos pais ao seu comportamento a criança continuamente absorve informação sobre a conduta que os pais aprovam À medida que a criança processa armazena e age com base nessa informação seu forte desejo de agradar aos pais a leva a fazer o que os pais querem estejam eles presentes ou não Além do mais a qualidade do relacionamento com os pais afeta essa habilidade emergente A sensibilidade materna a tendência dos pais a usar termos mentais quando conversam com os filhos e o apoio ao comportamento autônomo da criança são influências importantes na autorregulação Bernier Carlson e Whipple 2010 Antes que possa controlar o próprio comportamento a criança talvez precise regular ou contro lar seus processos de atenção e modular as emoções negativas Eisenberg 2000 A regulação da atenção permitelhe desenvolver a força de vontade e lidar com a frustração Sethi et al 2000 O desenvolvimento da autorregulação segue paralelo ao desenvolvimento das emoções auto conscientes e valorativas como empatia vergonha e culpa Lewis 1995 1997 1998 Requer a capacidade de esperar pela gratificação Está correlacionado às medidas de desenvolvimento da cons ciência como resistir à tentação e corrigir os erros Eisenberg 2000 Na maioria das crianças o pleno desenvolvimento da autorregulação leva pelo menos três anos Kopp 1982 De modo mais amplo esses tipos de habilidade podem ser classificados sob o termo mais amplo funcionamento executivo Essa expressão um assunto que retomaremos no Capítulo 8 envolve comportamentos flexíveis orientados para uma meta e pode ser descrita como um conjunto de pro cessos mentais que controlam e regulam outros comportamentos Habilidades como inibir respostas planejar ou alterar estratégias e monitorar e mudar comportamentos quando necessário fazem parte do funcionamento executivo Origens da consciência moral obediência comprometida A consciência moral inclui tanto o desconforto emocional de fazer algo errado quanto a capacidade de se abster de fazêlo Antes que a criança possa desenvolver consciência moral é preciso que tenha internalizado padrões morais A consciência moral depende da disposição de fazer a coisa certa porque a criança acredita que é certo e não como na autorregulação apenas porque alguém lhe disse isso Grazyna Kochanska e colaboradores têm buscado as origens da consciência moral em um es tudo longitudinal de um grupo de crianças pequenas e mães de Iowa Os pesquisadores estudaram 103 crianças cuja idade variava entre 26 e 41 meses e suas mães enquanto brincavam juntos por duas ou três horas tanto em casa quanto num cenário semelhante a um lar no laboratório Ko chanska e Aksan 1995 Após um período em que a criança poderia brincar livremente a mãe lhe dava 15 minutos para guardar os brinquedos O laboratório tinha um armário especial com outros brinquedos pouco comuns e atraentes como uma máquina de chicletes um walkietalkie e uma caixa de música A criança foi avisada para não mexer em nada que estava naquele armário Depois de aproximadamente uma hora o experimentador pediu à mãe para que entrasse numa sala ao lado deixando a criança sozinha com os brinquedos Passados alguns minutos uma mulher entrava brin cava com vários daqueles brinquedos proibidos e depois saía deixando a criança sozinha novamente por oito minutos Consideravase que as crianças apresentavam obediência comprometida se espontaneamente seguissem as ordens para deixar tudo arrumado e não mexer nos brinquedos especiais sem advertên cias ou deslizes As crianças apresentavam obediência situacional se precisassem de estímulo sua obediência dependia de um constante controle parental A obediência comprometida está relacionada à internalização de valores e regras parentais Kochanska Coy e Murray 2001 As raízes da obediência comprometida remontam à primeira infância Obedientes compro metidos normalmente meninas tendem a ser aqueles que entre 8 e 10 meses podem deixar de mexer nas coisas quando alguém lhes diz Não A obediência comprometida tende a aumentar com a idade enquanto a obediência situacional diminui Kochanska Tjebkes e Forman 1998 Mães de obedientes comprometidos diferentemente de mães de obedientes situacionais tendem a adotar uma orientação delicada em vez de fazer uso de força ameaças ou outras formas de con trole negativo Eisenberg 2000 Kochanska e Aksan 1995 Kochanska et al 2004 funcionamento executivo Conjunto de processos mentais que controla e regula outros comporta mentos consciência moral Padrões internos de comportamento que geralmente controlam a conduta e que ao serem violados produzem desconforto emocional obediência comprometida Na terminologia de Kochanska obe diência incondicional às ordens dos pais sem advertências ou deslizes obediência situacional Na terminologia de Kochanska obe diência às ordens parentais somente na presença de sinais de controle constan te dos pais Papalia06indd 231 Papalia06indd 231 010213 0923 010213 0923 232 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A cooperação receptiva vai além da obediência comprometida Tratase de uma ansiosa dis posição da criança em cooperar harmoniosamente com o pai ou a mãe não apenas em situações disciplinares mas em diversas interações cotidianas incluindo rotinas pequenas tarefas higiene e brincadeiras A cooperação receptiva permite à criança ser um parceiro ativo na socialização Em um estudo longitudinal envolvendo 101 crianças que começou quando elas tinham 7 meses de idade aquelas propensas a manifestações de raiva que recebiam cuidados parentais não responsivos ou que tinham apego inseguro aos 15 meses tendiam a apresentar baixa cooperação receptiva Crianças de apego seguro e cujas mães tinham sido responsivas ao filho durante a primeira infância tendiam a apresentar uma alta cooperação receptiva Kochanska Aksan e Carlson 2005 Fatores que favorecem a socialização O modo como os pais cuidam de socializar o filho e a qualidade do relacionamento entre eles podem ajudar a prever se a socialização será fácil ou difícil No entanto nem todas as crianças respondem da mesma maneira Por exemplo uma criança de temperamento temeroso poderá responder melhor a lembretes gentis do que a duras repreensões enquanto uma criança mais ousada poderá exigir ações mais categóricas Kochanska Aksan e Joy 2007 O apego seguro e um relacionamento afetuoso e mutuamente responsivo entre pais e filhos parecem favorecer a obediência comprometida e o desenvolvimento da consciência moral Do segundo ano de vida da criança até o início da idade escolar os pesquisadores observaram mais de 200 mães e filhos em longas interações naturais cuidados rotineiros preparar e ingerir as re feições brincar relaxamento e pequenas tarefas domésticas Crianças que estabeleciam relações mutuamente responsivas com a mãe tendiam a apresentar emoções morais como culpa e empatia conduta moral diante da forte tentação de desobedecer às normas ou violar padrões de comporta mento e cognição moral de acordo com a sua resposta a dilemas morais hipotéticos apropriados para a idade Kochanska 2002 O conflito construtivo relacionado ao comportamento inadequado da criança conflito que envolve negociação argumentação e solução pode ajudar a desenvolver sua compreensão moral permitindo que ela veja outro ponto de vista Em um estudo observacional crianças de 2 anos e meio cujas mães deram explicações claras para suas ordens negociaram ou barganharam com o filho mostraramse mais capazes de resistir à tentação com 3 anos do que crianças cujas mães haviam recorrido a ameaças ou provocações ou que insistiram ou desistiram A discussão sobre emoções em situações de conflito Como você se sentiria se também levou ao desenvolvimento da consciência moral provavelmente por promover o desenvolvimento das emoções morais Laible e Thompson 2002 Contato com outras crianças Embora os pais exerçam uma grande influência sobre a vida dos filhos o relacionamento com as outras crianças seja dentro de casa ou fora também é importante já a partir da primeira infância IRMÃOS O relacionamento entre irmãos desempenha um papel distinto na socialização Conflitos entre irmãos podem tornarse um veículo para a compreensão de relações sociais Dunn e Munn 1985 Ram e Ross 2001 Lições e habilidades aprendidas nas interações com os irmãos são passadas para os rela cionamentos fora de casa Brody 1998 É comum os bebês se apegarem a seus irmãos e irmãs mais velhos Embora a rivalidade possa es tar presente a afeição também estará Quanto mais o apego dos irmãos aos pais for um apego seguro melhor será o relacionamento entre eles Teti e Ablard 1989 No entanto à medida que os bebês tornamse mais independentes e autoconfiantes inevitavel mente entram em conflito com os irmãos pelo menos na cultura norteamericana O conflito entre irmãos aumenta dramaticamente depois que a criança mais nova atinge os 18 meses Vandell e Bailey 1992 Durante os próximos meses os irmãos mais novos começam a ter uma participação mais in tensa nas interações familiares e se envolvem com maior frequência nas disputas em família À medida que isso acontece eles tornamse mais conscientes das intenções e dos sentimentos dos outros Come cooperação receptiva Na terminologia de Kochanska dispo sição ansiosa para cooperar harmo niosamente com o pai ou a mãe nas interações cotidianas incluindo rotinas pequenas tarefas higiene e brincadeiras Uma novidade no domínio dos cuidados parentais é a influência da sempre e imediatamente disponível tecnologia Pesquisa feita por Sherry Turkle do Massachusetts Institute of Technology MIT sugere que crianças pequenas experimentam cada vez mais sentimentos de mágoa como resultado da competição com computadores e smartphones Turkle 2011 verificador você é capaz de Dizer quando e como a au torregulação se desenvolve e como ela contribui para a socialização Distinguir entre obediência comprometida obediência situacional e cooperação re ceptiva Discutir como o temperamen to o apego e os cuidados pa rentais afetam a socialização indicad r Como os bebês e as crianças pequenas interagem com os irmãos e com as outras crianças Papalia06indd 232 Papalia06indd 232 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 233 çam a reconhecer o tipo de comportamento que vai transtornar ou irritar os irmãos mais velhos e quais os comportamentos con siderados feios ou bons Dunn e Munn 1985 À medida que se desenvolve a compreensão cognitiva e so cial o conflito entre irmãos tende a se tornar mais construtivo e o irmão mais novo participa de tentativas de reconciliação O conflito construtivo entre irmãos ajuda as crianças a reconhece rem as necessidades os desejos e os pontos de vista uns dos ou tros e também ajuda a aprender como brigar discordar e chegar a um acordo no contexto de um relacionamento seguro e estável Vandell e Bailey 1992 SOCIABILIDADE COM OUTRAS CRIANÇAS Bebês e mais ainda crianças pequenas mostram interesse em pessoas de fora do círculo familiar principalmente pessoas de seu tamanho Nos primeiros meses eles olham sorriem e arrulham para outros bebês T M Field 1978 Dos 6 aos 12 meses cada vez mais querem tocálos além de sorrir e balbuciar para eles Hay Pedersen e Nash 1982 Por volta de 1 ano quando os principais itens de sua agenda são aprender a andar e a manipular objetos os bebês prestam menos atenção às ou tras pessoas T M Field e Roopnarine 1982 Essa fase porém é curta A partir de aproximadamente 1 ano e meio até quase 3 anos de idade a criança demonstra cada vez mais interesse no que as outras crianças fazem e uma compreensão cada vez maior de como lidar com elas Eckerman Davis e Didow 1989 Eckerman e Stein 1982 Crianças pequenas aprendem imitando umas às outras Brincadeiras como a de seguir o líder ajudam a estabelecer um vínculo com as outras crianças preparandoas para brincadeiras mais complexas durante os anos préescolares Eckerman et al 1989 A imitação das ações uns dos outros resulta em uma comunicação verbal mais frequente algo como Entre na casinha Não faça isso ou Olhe pra mim que ajuda os pares a coordenar atividades conjuntas Eckerman e Didow 1996 A atividade cooperativa desenvolvese durante o segundo e o terceiro ano à medida que cresce a compreensão social Brownell Ramani e Zerwas 2006 Assim como acontece com os irmãos o conflito também pode ter um propósito ajuda a criança a aprender a negociar e a resolver disputas Caplan et al 1991 Evidentemente algumas crianças são mais sociáveis que outras refletindo traços de tempera mento como o seu humor habitual disposição para aceitar pessoas desconhecidas e capacidade para se adaptar à mudança A sociabilidade também é influenciada pela experiência Bebês que passam algum tempo com outros bebês como nas creches tornamse sociáveis mais cedo do que aqueles que passam quase todo o tempo em casa Filhos de pais que trabalham fora O trabalho dos pais é mais determinante do que os recursos financeiros da família Boa parte do tempo do esforço e do envolvimento emocional dos adultos é dirigida à vida profissional Como o trabalho e os cuidados iniciais em relação aos filhos afetam os bebês e as crianças pequenas A maior parte das pesquisas sobre o assunto referese ao trabalho da mãe EFEITOS DO TRABALHO DA MÃE Mais da metade 551 das mães de bebês de até 1 ano e 592 das mulheres com filhos menores de 3 anos estavam no mercado de trabalho em 2007 um notável aumento desde 1975 U S Bureau of Labor Statistics 2008a Figura 62 verificador você é capaz de Explicar o papel desempenha do pelo relacionamento entre irmãos na socialização Descrever as mudanças nas interações entre irmãos entre o 1 o e o 3 o ano de idade Identificar mudanças na sociabilidade durante os três primeiros anos e citar dois fatores que a influenciam indicad r Como o fato de os pais trabalharem fora e os primeiros cuidados afetam o desenvolvimento dos bebês e das crianças pequenas Em muitas culturas não ocidentais é comum ver os irmãos mais velhos cuidar dos mais novos como fazem estas crianças chinesas Papalia06indd 233 Papalia06indd 233 010213 0923 010213 0923 234 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Como o trabalho da mãe afeta os filhos Dados longitudinais do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano NICHD na sigla em inglês sobre 900 crianças euroamericanas mostraram efeitos negativos no desenvolvimento cognitivo entre 15 meses e 3 anos quando as mães trabalhavam 30 horas ou mais por semana até o nono mês de vida da criança No entanto a sensi bilidade materna a alta qualidade do ambiente doméstico e a qualidade dos cuidados com criança minimizavam esses efeitos negativos BrooksGunn Han e Waldfogel 2002 Do mesmo modo entre 6114 crianças do Estudo Longitudinal Nacional sobre a Juventude NLSY na sigla em inglês aquelas cujas mães trabalharam em tempo integral no primeiro ano de vida do bebê tinham maior probabilidade de apresentar resultados cognitivos e comportamentais negativos entre 3 e 8 anos do que as crianças cujas mães trabalharam meio turno ou não trabalharam durante o primeiro ano Entretanto crianças de famílias desfavorecidas apresentaram menos efeitos cognitivos negativos do que crianças de famílias mais favorecidas Hill et al 2005 SERVIÇOS DE CRECHE Um dos fatores associados ao impacto da au sência da mãe que trabalha fora é o tipo de assistência substituta recebida pela criança Mais de 50 das 113 milhões de crianças que ainda não estavam no jardim de infân cia e cujas mães trabalhavam fora recebiam cuidados de parentes 30 dos avós 25 do pai 3 dos irmãos e 8 de outros parentes Mais de 30 estavam em creches ou pré escolas O custo relativo a esses cuidados profissionais passa a ser um problema Em 2009 os custos anuais com o serviço de creche em tempo integral superaram a média das anuidades de faculdades em 40 estados dos Estados Unidos National Association of Child Care Resource and Referral Agencies NACCRRA 2010 Embora os pais possam se sentir culpados pelo tempo que passam com seus filhos considerandose as demandas modernas conflitantes do trabalho e da família pesquisas sugerem que na verdade eles passam mais tempo com suas crianças que as gerações anteriores Como eles se adaptam Aparentemente as mamães passam menos tempo cozinhando e fazendo limpeza e os papais passam menos tempo no escritório Ramey e Ramey 2010 Idade do filho mais novo Menos de 18 anos Menos de 6 anos Menos de 3 anos Menos de 1 ano 6 a 17 anos 47 71 78 55 45 635 34 60 31 55 0 20 40 60 80 100 Porcentagem 1975 2007 Mães casadas FIGURA 62 Índices de participação de mães com crianças no mercado de trabalho 1975 e 2007 A participação de mães com crianças de todas as idades no mercado de trabalho aumentou con sideravelmente nas últimas três décadas Em 1975 menos de metade de todas as mães trabalhava fora de casa ou procurava emprego Em 2007 aproximadamente 7 em cada 10 mães estavam no mercado de trabalho Os índices de participação em 2007 variavam de 55 para mães cujos filhos mais novos tinham menos de 1 ano a 78 para mães cujos filhos tinham entre 6 e 17 anos Fontes Dados de Hayghe 1986 US Bureau of Labor Statistics 2007 2008a 2008b Papalia06indd 234 Papalia06indd 234 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 235 Fatores de impacto da creche O impacto da creche pode depender do tipo duração qualidade e estabilidade do serviço bem como da renda da família e da idade em que a criança começa a receber cuidados não maternos Aos 9 meses de idade cerca de 50 dos bebês norteamericanos recebem cui dados não parentais de profissionais e 86 vão para creches antes dos 6 meses Mais de 50 desses bebês ficam em creches mais de 30 horas por semana NCES 2005a Temperamento e gênero também podem fazer diferença Crockenberg 2003 Crianças tímidas ficam mais estressadas conforme indicam os níveis de cortisona do que as sociáveis Watamura et al 2003 e crianças com apego inseguro ficam mais estressadas do que crianças com apego seguro quan do a creche é de período integral Ahnert et al 2004 Os meninos são mais vulneráveis ao estresse na creche e em outros lugares do que as meninas Crockenberg 2003 Um fator crítico na determinação dos efeitos da creche é a qualidade dos cuidados que a criança recebe A qualidade da creche pode ser medida por características estruturais como treinamento dos funcionários e proporção entre crianças e cuidadores e por características de processo como afetu osidade sensibilidade e responsividade dos cuidadores e a adequação das atividades ao nível de de senvolvimento da criança A qualidade estrutural e a qualidade do processo podem estar relacionadas Em um estudo cuidadores bem treinados e a baixa proporção criançafuncionário estão associados a um processo de alta qualidade o que por sua vez está associado a melhores resultados cognitivos e sociais Marshall 2004 O elemento mais importante na qualidade da assistência prestada à criança é o cuidador Intera ções estimulantes com adultos responsivos são cruciais para o desenvolvimento cognitivo linguístico e psicossocial Em um estudo interações afetuosas e dedicadas com funcionários de creches estavam associadas a uma incidência menor de comportamentos problemáticos em crianças É interessante observar porém que a afetuosidade não estava associada a diminuições na ativação do hormônio do estresse conforme medidas de cortisol o principal hormônio do estresse Por outro lado cuida dos intrusivos e exageradamente controladores não resultaram em aumento dos níveis de cortisol Os autores sugeriram que creches muito estruturadas e com múltiplas transições sobrecarregam as aptidões da criança e aumentam o estresse ao longo do dia No entanto isso não é necessariamente maladaptativo Todos nós precisamos aprender como lidar com o estresse ao longo da vida portanto essa prática na infância pode não ser prejudicial Gunnar et al 2010 Uma baixa rotatividade de funcionários é outro importante fator na qualidade da creche As crianças precisam de coerência nos cuidados para que possam desenvolver confiança e relações de apego seguras Burchinal et al 1996 Shonkoff e Phillips 2000 A estabilidade facilita a coordenação entre os pais e os cuidadores da creche o que pode ajudar a evitar os efeitos negativos das longas horas de permanência nesse lugar Ahnert e Lamb 2003 A Tabela 64 oferece algumas orientações para a escolha de uma creche de alta qualidade O estudo do NICHD identificando os efeitos da creche Como a creche é parte integrante daquilo que Bronfenbrenner chama de sistema bioecológico da criança é difícil medir sua influência isoladamente A tentativa mais abrangente de separar os efeitos da creche dos efeitos de outros fato res como as características da família da criança e os cuidados que esta recebe em casa é um estudo promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano NICHD National Institute of Child Health and Human Development O estudo longitudinal de 1364 crianças e suas famílias começou em 1991 em 10 centros uni versitários dos Estados Unidos pouco depois do nascimento das crianças A amostra era diversificada em termos socioeconômicos educacionais e étnicos quase 35 das famílias eram pobres ou quase pobres A maioria dos bebês entrou na creche antes dos 4 meses de idade e recebeu em média 33 horas de cuidados por semana Os esquemas das creches variavam bastante em tipo e qualidade Os pesquisadores mediram os desenvolvimentos social emocional cognitivo e físico das crianças em intervalos frequentes a partir de 1 mês de idade até a 1 a série do ensino médio O estudo mostrou que a quantidade e a qualidade dos cuidados recebidos além do tipo e da estabilidade influenciaram aspectos específicos do desenvolvimento Longos períodos na creche fo ram associados a estresse para crianças de 3 e 4 anos Belsky et al 2007 NICHD Early Child Care Research Network 2003 E os 15 de crianças de 2 e 3 anos de idade que passam por mais de uma creche têm maior risco de apresentar problemas comportamentais e estão menos propensos a ajudar e Papalia06indd 235 Papalia06indd 235 010213 0923 010213 0923 236 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman a compartilhar Morrissey 2009 Entretanto essa não é a história toda Embora seja verdade que no geral a creche ajuda a promover o comportamento social creches de boa qualidade com pequenos grupos de crianças exercem uma influência positiva Além do mais crianças em creches com baixa proporção criançafuncionário grupos pequenos e cuidadores treinados sensíveis e responsivos que proporcionaram interações positivas e estimulação linguística pontuaram mais alto em testes de compreensão linguística cognição e disposição para ir à escola do que aquelas em creches de baixa qualidade Suas mães também relataram menos problemas de comportamento NICHD Early Child Care Research Network 1999a 2000 2002 Crianças que haviam recebido cuidados de alta qualidade antes de entrar no jardim de infância tiveram melhores pontuações em vocabulário na 6 a série do ensino fundamental do que aquelas que haviam recebido cuidados de baixa qualidade Belsky et al 2007 Fatores relacionados à creche no entanto foram menos influentes do que as características da família como renda ambiente doméstico quantidade de estimulação mental oferecida pela mãe e sensibilidade da mãe ao filho Essas características com muita frequência preveem com fidedignidade resultados relacionados ao desenvolvimento independentemente do tempo passado pela criança na creche Belsky et al 2007 Marshall 2004 NICHD Early Child Care Research Network 1998a 1998b 2000 2003 Não causa surpresa que aquilo que parece ser efeito da creche geralmente está relacionado a características da família Afinal famílias estáveis com ambiente doméstico favorável estão mais pro pensas a colocar seus filhos em creches de boa qualidade No entanto uma área em que o estudo do NICHD de fato constatou efeitos do serviço de creche não relacionados às características da família foi nas interações das crianças entre si Entre 2 e 3 anos as crianças cujos cuidadores eram sensíveis e responsivos tendiam a se tornar mais positivas e compe tentes nas brincadeiras com as outras NICHD Early Child Care Research Network 2001 TABELA 64 Critérios para a escolha de uma boa creche As instalações estão licenciadas Atendem aos requisitos mínimos de saúde incêndio e seguran ça Muitas creches não têm instalações devidamente licenciadas ou regulamentadas As instalações são limpas e seguras Possuem espaço coberto e ao ar livre suficientes A creche funciona com pequenos grupos apresenta uma alta proporção adultocriança e um quadro de funcionários estável competente e com alto grau de envolvimento Os cuidadores receberam treinamento em desenvolvimento infantil Os cuidadores são afetuosos carinhosos acolhedores responsivos e sensíveis Fazem valer sua autoridade mas sem serem muito restritivos ou controladores ou apenas tomam conta das crianças O programa promove bons hábitos de saúde A creche proporciona um equilíbrio entre atividades estruturadas e liberdade para brincar As atividades são apropriadas para a idade As crianças têm acesso a materiais e a brinquedos educativos que estimulam o domínio das habilidades cognitivas e comunicativas respeitando o ritmo da criança O programa incentiva a autoconfiança a curiosidade a criatividade e a autodisciplina A creche encoraja as crianças a fazerem perguntas a resolverem problemas a expressarem sen timentos e opiniões e a tomarem decisões Promove a autoestima o respeito pelos outros e as habilidades sociais Ajuda os pais a aprimorar habilidades para educar a criança Promove a cooperação com escolas públicas e privadas e com a comunidade Fontes American Academy of Pediatrics AAP 1986 Belsky 1984 ClarkeStewart 1987 NICHD Early Child Care Research Network 1996 Olds 1989 Scarr 1998 Papalia06indd 236 Papalia06indd 236 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 237 Os efeitos dos primeiros cuidados com a criança persistem ao longo do tempo Estudos de acom panhamento conduzidos quando as crianças tinham 15 anos sugeriram que alguns podem persistir embora esses efeitos sejam pequenos De um modo geral as creches de alta qualidade estavam asso ciadas a incrementos nas habilidades cognitivas aproveitamento escolar e menos comportamentos problemáticos Infelizmente as creches também estavam relacionadas ao aumento de comportamen tos imprudentes e impulsivos Como antes a magnitude dos efeitos positivos foi maior para as crianças das creches de melhor qualidade Isso sugere que futuros trabalhos deverão visar ao aprimoramento da qualidade das creches subindo de mediana para alta e não de baixa para mediana Vandell et al 2010 Descobertas similares resultaram de uma metaanálise em grande escala de mais de 69 estudos abrangendo cinco décadas Nesse estudo o trabalho materno durante a primeira e a segunda infância esteve associado a níveis mais altos de aproveitamento escolar e níveis mais baixos de comportamen tos internalizados e esse dados foram mais notáveis para mães solteiras e para mães que dependiam da assistência pública LucasThompson Goldberg e Prause 2010 Resumindo vários estudos de grande escala dão às creches de boa qualidade boas notas no geral principalmente pelo seu impacto sobre o desenvolvimento cognitivo e a interação com outras crian ças Alguns observadores dizem que as áreas importantes identificadas pelo estudo níveis de estresse em bebês e crianças pequenas e possíveis problemas comportamentais relacionados à frequência dos cuidados e múltiplos esquemas para cuidar da criança podem ser neutralizadas com atividades que façam aumentar o vínculo de apego com os cuidadores e com as outras crianças enfatizem a aprendi zagem e a motivação internalizada pela criança e se concentrem no desenvolvimento social em grupo Maccoby e Lewis 2003 Maustratos abuso e negligência Embora a maioria dos pais seja amorosa e afetuosa alguns não podem ou não querem prestar os de vidos cuidados a seus filhos e outros deliberadamente lhes causam danos Os maustratos sejam eles perpetrados pelos pais ou por outras pessoas consistem em pôr a criança em risco propositadamente ou quando isso poderia ser evitado Os maustratos podem assumir diversas formas específicas e a mesma criança pode ser vítima de mais de um tipo USDHHS Administration on Children Youth and Families 2008 Esse tipos incluem Abuso físico envolve ferimentos causados por socos espancamentos chutes ou queimaduras Negligência o não atendimento das necessidades básicas da criança como alimento vestuário assistência médica proteção e supervisão Abuso sexual qualquer atividade sexual que envolva uma criança e uma pessoa mais velha Maustratos emocionais incluem rejeição aterrorização isolamento exploração degradação ridicularização ou negação de apoio emocional amor e afeição Estimase que as agências estaduais e locais de proteção à criança tenham recebido 33 milhões de queixas de maustratos de aproximadamente seis milhões de crianças em 2006 e comprovaram em torno de 905 mil casos USDHHS Administration on Children Youth and Families 2008 No que pode ser um sinal de esperança o número de casos comprovados caiu para 753 mil em 2007 o nível mais baixo desde 1990 Mais da metade 60 das crianças identificadas por maustratos foi negligenciada 11 sofreram abusos físicos 8 sofreram abusos sexuais e 4 foram vítimas de abusos emocionais Crianças mais novas têm maior probabilidade de serem vítimas de abuso do que crianças maiores especialmente aquelas com menos de 3 anos Estimase que 1760 crianças morreram de maustratos e a quantidade real pode ser bem mais alta USDHHS Administration on Children Youth and Families 2009 MAUSTRATOS NA PRIMEIRA INFÂNCIA As crianças são vítimas de abuso e negligência em todas as idades mas os índices mais altos de viti mização e morte por maustratos são para aquelas de 3 anos ou menos Child Welfare Information Gateway 2008 USDHHS Administration on Children Youth and Families 2008 Figura 63 verificador você é capaz de Avaliar o impacto do trabalho materno no bemestar do bebê Citar pelo menos cinco crité rios para uma boa creche Comparar o impacto da cre che e das características da família no desenvolvimento emocional social e cognitivo Quais são as causas e as consequências do abuso e da negligência infantil e o que pode ser feito indicad r abuso físico Ação deliberada para pôr em perigo outra pessoa e que envolve possíveis danos corporais negligência Não atendimento das necessidades básicas de um dependente abuso sexual Atividade sexual física e psicologica mente prejudicial ou qualquer ativida de sexual que envolva uma criança e uma pessoa mais velha maustratos emocionais Rejeição aterrorização isolamento exploração ridicularização ou negação de apoio emocional amor e afeição ou outras ações ou inações que possam causar transtornos comportamentais cognitivos emocionais ou mentais Papalia06indd 237 Papalia06indd 237 010213 0923 010213 0923 238 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Alguns bebês morrem de déficit de crescimento não orgânico um tipo de crescimento físico mais lento ou retardado sem causa clínica conhecida acompanhado de desenvolvimento precário e problemas emocionais Os sintomas podem incluir ganho de peso insuficiente irritabilidade sono lência excessiva e fadiga evitação de contato visual ausência de sorriso ou vocalização e desenvol vimento motor retardado O déficit de crescimento pode resultar de uma combinação de nutrição inadequada dificuldades na amamentação preparação de fórmulas ou técnicas de alimentação im próprias e interações conturbadas com os pais No mundo inteiro a pobreza é o maior fator de risco do déficit de crescimento Bebês cuja mãe ou cuidador principal é deprimida abusa do álcool ou de outras substâncias vive sob forte estresse ou não demonstra afeto ou afeição também correm maior risco Block Krebs the Committee on Child Abuse and Neglect e the Committee on Nutrition 2005 Lucile Packard Childrenss Hospital at Stanford 2009 A síndrome do bebê sacudido é uma forma de maustratos encontrada principalmente em crianças com menos de 2 anos geralmente bebês Como o bebê tem uma musculatura fraca no pes coço e uma cabeça grande e pesada sacudilo faz o cérebro deslocarse de um lado para outro dentro do caixa craniana Isso causa hematomas sangramento e inchação e pode trazer danos permanentes ao cérebro paralisia e morte AAP 2000 National Institute of Neurological Disorders and Stroke NINDS 2006 Os danos serão piores se o bebê for jogado na cama ou contra a parede Traumas cranianos são a causa principal de morte em casos de abusos contra crianças nos Estados Unidos Do wshen Crowley e Palusci 2004 Aproximadamente 20 dos bebês sacudidos morrem em poucos dias Os sobreviventes podem apresentar um amplo espectro de deficiências desde transtornos da aprendizagem e comportamentais até lesões neurológicas paralisia ou cegueira ou mesmo um estado vegetativo permanente King McKay Sirnick e The Canadian Shaken Baby Study Group 2003 Na tional Center on Shaken Baby Syndrome 2000 NINDS 2006 FATORES CONTRIBUINTES UMA VISÃO ECOLÓGICA Conforme sugere a teoria bioecológica de Bronfenbrenner abuso e negligência refletem a interação de múltiplos níveis de fatores que envolvem a família a comunidade e a sociedade como um todo Características de pais e familiares agressivos e negligentes De cada 10 casos de maustra tos quase oito são perpetrados pelos pais da criança geralmente a mãe e 63 desses casos envolvem negligência Sete por cento são causados por outros parentes e 4 são parceiros não casados dos pais déficit de crescimento não orgânico Crescimento físico mais lento ou re tardado sem causa clínica conhecida acompanhado de desenvolvimento precário e problemas emocionais síndrome do bebê sacudido Forma de maustratos em que sacudir um bebê ou uma criança pequena pode causar danos cerebrais paralisia ou morte Idade da vítima 03 811 1215 1617 47 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Taxa de vitimização por 1000 147 11 92 84 55 FIGURA 63 Mortes por maustratos por idade 2008 Mais de três quartos das fatalidades são de crianças com menos de 3 anos Fonte USDHHS Administration on Children Youth and Families 2008 Papalia06indd 238 Papalia06indd 238 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 239 De cada quatro ofensores que são amigos da família e vizinhos três cometem abuso sexual USDHHS Administration on Children Youth and Families 2006 Maustratos por parte dos pais são sintomas de extrema perturbação na criação dos filhos ge ralmente agravados por outros problemas da família como pobreza falta de instrução alcoolismo depressão ou comportamento antissocial Um número desproporcional de crianças vítimas de abuso e negligência encontrase em famílias grandes pobres ou de mães solteiras ou pais solteiros que tendem a viver sob estresse e a ter dificuldade para atender às necessidades dos filhos Sedlak e Broadhurst 1996 USDHHS 2004 No entanto o que pode ser um grande problema para certos pais outros con seguem superar Embora a maioria dos casos de negligência ocorra em famílias muito pobres a maioria dos pais de baixa renda não negligencia seus filhos A probabilidade de uma criança ser vítima de abusos físicos tem pouco a ver com suas próprias características e mais com o ambiente doméstico Jaffee et al 2004 O abuso pode começar quando um dos pais que já está ansioso deprimido ou hostil tenta controlar o filho fisicamente mas perde o autocontrole e termina por sacudir ou agredir a criança Pais que agridem os filhos tendem a ter pro blemas conjugais e a brigar fisicamente O lar geralmente é desorganizado e eles passam por situações mais estressantes do que as outras famílias Pais negligentes tornamse distantes de seus filhos Muitas dessas mães sofreram negligência elas mesmas quando crianças e são deprimidas ou pessimistas Muitos desses pais abandonaram a família ou não prestam apoio financeiro ou emocional suficientes Dubowitz 1999 Abuso e negligência às vezes ocorrem nas mesmas famílias USDHHS Administration on Chil dren Youth and Families 2006 Essas famílias tendem a não ter a quem recorrer em situações de estresse e ninguém para testemunhar o que lhes acontece de fato Dubowitz 1999 Em pelo menos um terço dos casos o abuso de substâncias químicas é um dos fatores que leva à agressão e à negli gência USDHHS 1999a O abuso sexual frequentemente ocorre junto com outros distúrbios familia res como abuso físico maustratos emocionais abuso de substâncias químicas e violência doméstica Kellog e the Committee on Child Abuse and Neglect 2005 Características da comunidade e valores culturais O que torna um bairro de baixa renda um lugar onde as crianças estão altamente propensas a serem maltratadas e outro de mesma população étnica e do mesmo nível de renda mais seguro Em um bairro de uma área pobre do centro de Chicago a proporção de crianças que morria de maustratos uma morte em cada 2541 crianças era cerca de duas vezes maior que a proporção em outro bairro de uma área igualmente pobre do centro da cidade Na comunidade em que ocorriam os altos níveis de abuso a atividade criminosa era generalizada e as instalações para programas de auxílio à comunidade eram desanimadoras No bairro em que eram baixos os níveis de abuso as pessoas descreviam sua comunidade como sendo um lugar pobre mas decente Elas o retratavam como tendo sólidas redes de apoio serviços comunitários bem conhecidos e fortes lideranças políticas Em comunidades como essa a ocorrência de maustratos é menos provável Garbarino e Kostelny 1993 Dois fatores culturais associados à agressão contra crianças são a violência social e a punição física dos filhos Em países onde o crime violento não é frequente e raramente se bate nas crianças como Japão China e Taiti as agressões contra crianças são raras Celis 1990 Nos Estados Unidos homicídio violência doméstica e estupro são comuns e em muitos estados ainda se permite a punição física nas escolas Segundo uma amostra representativa mais de nove em cada 10 pais ou mães de crianças em idade préescolar e cerca de metade dos pais de crianças em idade escolar relatam o uso de punição física em casa Straus e Stewart 1999 ver Capítulo 8 AJUDANDO FAMÍLIAS COM PROBLEMAS Agências estaduais e locais que prestam serviço de proteção à criança investigam queixas de maus tratos Após constatar os maustratos elas determinam quais as medidas a serem tomadas e or ganizam recursos na comunidade para oferecer ajuda Os funcionários da agência podem tentar ajudar a família a resolver seus problemas ou providenciar cuidados alternativos para as crianças que não puderem permanecer em casa USDHHS Administration on Children Youth and Fami lies 2006 Serviços para crianças que foram vítimas de abuso e para seus pais incluem abrigos Papalia06indd 239 Papalia06indd 239 010213 0923 010213 0923 240 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman orientação na criação dos filhos e terapia No entanto a disponibilidade dos serviços geralmente é limitada Burns et al 2004 Quando as autoridades removem uma criança de seu lar geralmente a alternativa é a adoção A adoção afasta a criança do perigo imediato mas geralmente é instável aliena ainda mais a criança da família e pode tornarse mais uma situação de abuso É comum as necessidades básicas de saúde e educação da criança não serem atendidas David and Lucile Packard Foundation 2004 National Research Council NRC 1993b Em parte devido à escassez de lares adotivos tradicionais e do aumento no número de casos a adoção pelos avós ou outros membros da família é cada vez maior Berrick 1998 Green 2004 Embora a maioria das crianças adotadas que deixam o sistema volte para suas famílias cerca de 28 retornam à adoção nos próximos dez anos Wulczyn 2004 Crianças que estiveram sob os cuidados de uma adoção estão mais propensas a viver na rua cometer crimes e se tornar mães na adolescência David and Lucile Packard Foundation 2004 EFEITOS DE LONGO PRAZO DOS MAUSTRATOS As consequências dos maustratos podem ser físicas emocionais cognitivas e sociais e esses tipos de consequência geralmente estão interrelacionados Uma pancada na cabeça de uma criança pode causar lesão cerebral que resulta em atraso cognitivo e problemas emocionais e sociais Igualmente negligência grave ou pais indiferentes podem causar efeitos traumáticos no desenvolvimento do cé rebro Fries et al 2005 Em um estudo crianças negligenciadas estavam mais propensas do que crianças que sofreram abuso ou aquelas que não foram maltratadas a interpretar erroneamente sinais emocionais expressos pela face Sullivan et al 2007 Consequências de longo prazo devidas a maustratos podem incluir saúde física mental e emo cional deficiente desenvolvimento cerebral comprometido Glaser 2000 dificuldades cognitivas linguísticas e no desempenho escolar problemas na formação de vínculos afetivos e relacionamentos sociais NCCANI 2004 problemas de memória Brunson et al 2005 e na adolescência é maior o risco de fraco desempenho escolar delinquência gravidez uso de álcool e drogas e suicídio Dube et al 2001 2003 Lansford et al 2002 NCCANI 2004 Estimase que um terço dos adultos que sofreram abusos e foram negligenciados na infância vitimiza seus próprios filhos NCCANI 2004 Em um estudo que acompanhou 68 crianças vítimas de abuso sexual durante cinco anos cons tatouse que essas crianças apresentavam um comportamento mais perturbado nível de autoestima mais baixo e eram mais deprimidas ansiosas ou infelizes do que um grupocontrole Swanston et al 1997 Crianças que sofreram abuso sexual podem tornarse sexualmente ativas ainda muito jo vens Fiscella et al 1998 Adultos vítimas de abuso sexual quando crianças tendem a ser ansiosos deprimidos raivosos ou hostis a não confiar nas pessoas a se sentir isolados e estigmatizados a ser sexualmente desajustados Browne e Finkelhor 1986 e a abusar de álcool e de drogas NRC 1993b USDHHS 1999a Por que algumas crianças que sofreram abuso crescem e tornamse antissociais ou abusivas en quanto outras não Uma possível diferença é genética alguns genótipos podem ser mais resistentes a traumas do que outros Caspi et al 2002 Jaffee et al 2005 Pesquisas com macacos rhesus suge rem outra resposta Quando macacos bebês sofreram altos índices de rejeição e abuso maternos no primeiro mês de vida produziuse menos serotonina uma substância química encontrada no cérebro Baixos níveis de serotonina estão associados a ansiedade a depressão e a agressão impulsiva tanto em seres humanos quanto em macacos Macacas que sofreram abuso e que se tornaram mães abusivas tinham menos serotonina no cérebro do que fêmeas que sofreram abuso e que não se tornaram mães abusivas Essa descoberta sugere que o tratamento com medicamentos que aumentam os níveis de serotonina logo no começo da vida pode impedir que uma criança que sofreu abuso cresça e abuse de seus próprios filhos Maestripieri et al 2006 Muitas crianças maltratadas apresentam uma resiliência extraordinária Otimismo autoestima inteligência criatividade humor e independência são fatores de proteção assim como o apoio social de um adulto afetuoso NCCANI 2004 No Capítulo 10 discutimos com mais detalhes os fatores que afetam a resiliência As experiências dos três primeiros anos formam a base do desenvolvimento futuro Na Parte 4 veremos como as crianças pequenas se desenvolvem sobre essa base Também existem riscos de curto prazo Mesmo crianças de préescola podem passar por experiências de depressão clínica embora possa parecer um pouco diferente dos adultos Por exemplo crianças deprimidas na préescola podem ter experiências normais entremeadas por períodos de tristeza ou irritação ao longo do dia verificador você é capaz de Definir quatro tipos de abuso e negligência infantil Discutir a incidência de maus tratos e de explicar por que é difícil medila Identificar fatores relaciona dos aos maustratos e que tenham relação com a família a comunidade e a cultura Citar maneiras de evitar ou eliminar os maustratos e de ajudar as vítimas Dar exemplos de efeitos de longo prazo do abuso e da ne gligência infantil e de fatores que promovem a resiliência Papalia06indd 240 Papalia06indd 240 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 241 resumo e palavraschave Fundamentos do desenvolvimento psicossocial Quando e como se desenvolvem as emoções e como os bebês as demonstram O desenvolvimento emocional é ordenado emoções complexas parecem desenvolverse de emoções anterio res mais simples O choro o sorriso e a risada são os primeiros sinais de emoção Outros indicativos são as expressões faciais ativi dade motora linguagem corporal e mudanças fisiológicas O desenvolvimento do cérebro está intimamente ligado ao desenvolvimento emocional Emoções autoconscientes e autovalorativas surgem após o desenvolvimento da autoconsciência personalidade 208 emoções 208 sorriso social 210 sorriso antecipatório 210 emoções autoconscientes 211 autoconsciência 211 emoções autoavaliadoras 211 comportamento altruísta 212 empatia 212 neurônios espelhos 213 cognição social 213 Como os bebês demonstram diferenças de temperamento e quanto tempo elas duram Muitas crianças parecem pertencer a uma das três cate gorias de temperamento fácil difícil e de aquecimen to lento Padrões de temperamento parecem ser em grande par te inatos e de base biológica Geralmente são estáveis mas podem ser modificados pela experiência A adequação das exigências ambientais ao temperamen to da criança ajuda na adaptação Diferenças transculturais no temperamento podem refle tir práticas de educação dos filhos temperamento 213 crianças fáceis 214 crianças difíceis 214 crianças de aquecimento lento 214 adequação da educação 215 Qual é o papel que a mãe e o pai desempenham no desenvolvimento inicial da personalidade As práticas de educação dos filhos e os papéis de assis tência à criança variam de acordo com a cultura Os bebês têm grande necessidade de proximidade com a mãe afeto e responsividade bem como de cuidados físicos A paternidade é uma construção social O papel do pai difere nas várias culturas Quando e como aparecem as diferenças de gênero Embora diferenças significativas de gênero não costu mem aparecer antes da primeira infância o pai promove desde cedo a tipificação de gênero gênero 218 tipificação de gênero 219 Questões de desenvolvimento na primeira infância Como os bebês adquirem confiança em seu mundo e formam vínculos afetivos e como bebês e cuidadores leem os sinais não verbais uns dos outros Segundo Erikson os bebês nos primeiros 18 meses de idade estão no primeiro estágio de desenvolvimento da personalidade confiança básica versus desconfiança Uma assistência sensível responsiva e coerente é a chave para o êxito na resolução desse conflito Pesquisa baseada na Situação Estranha constatou a existência de quatro padrões de apego seguro evitativo ambivalente resistente e desorganizadodesorientado Instrumentos mais recentes medem o apego no ambien te cotidiano e na pesquisa transcultural Os padrões de apego podem depender do temperamen to do bebê bem como da qualidade da educação dos filhos e podem apresentar implicações de longo prazo para o desenvolvimento A ansiedade diante de estranhos e a ansiedade de se paração podem surgir durante a segunda metade do primeiro ano de vida e parecem estar relacionadas ao temperamento e às circunstâncias As memórias de apego infantil dos pais podem influen ciar o apego de seus próprios filhos A regulação mútua permite ao bebê desempenhar um papel ativo na regulação de seus estados emocionais indicad r indicad r indicad r indicad r indicad r Papalia06indd 241 Papalia06indd 241 010213 0923 010213 0923 242 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A depressão materna principalmente se for grave ou crônica poderá ter sérias consequências para o desen volvimento do bebê A referenciação social tem sido observada aos 12 meses confiança básica versus desconfiança 219 apego 220 Situação Estranha 220 apego seguro 220 apego evitativo 221 apego ambivalente resistente 221 apego desorganizadodesorientado 221 ansiedade diante de estranhos 222 ansiedade de separação 222 regulação mútua 225 referenciação social 225 Questões de desenvolvimento do 1 o ao 3 o ano Quando e como surge o senso de identidade e como as crianças pequenas exercitam a autonomia e desenvolvem padrões para comportamentos socialmente aceitáveis O senso de identidade surge entre 4 e 10 meses à medi da que o bebê começa a perceber uma diferença entre ele próprio e os outros e a experimentar um senso de atuação e autocoerência O autoconceito se forma a partir desse senso perceptu al de identidade e se desenvolve entre 15 e 24 meses com o surgimento da autoconsciência e do autorreco nhecimento O segundo estágio de Erikson diz respeito à autonomia versus vergonha e dúvida O negativismo é uma manifes tação normal da passagem do controle externo para o autocontrole A socialização que tem por base a internalização de pa drões socialmente aprovados começa com o desenvolvi mento da autorregulação Um precursor da consciência moral é a obediência comprometida com as exigências do cuidador crian ças pequenas que demonstram esse comprometi mento tendem a internalizar as regras dos adultos mais prontamente do que aquelas que demonstram obediência situacional Crianças que demonstram co operação receptiva podem ser parceiros ativos de sua socialização A maneira de educar os filhos o temperamento da crian ça a qualidade da relação entre pais e filhos e fatores culturais e socioeconômicos podem afetar o sucesso da socialização autoconceito 227 autonomia versus vergonha e dúvida 228 socialização 228 internalização 228 autorregulação 229 funcionamento executivo 231 consciência moral 231 obediência comprometida 231 obediência situacional 231 cooperação receptiva 232 indicad r Papalia06indd 242 Papalia06indd 242 010213 0923 010213 0923 Desenvolvimento Humano 243 Contato com outras crianças Como os bebês e as crianças pequenas interagem com os irmãos e com as outras crianças O relacionamento entre irmãos desempenha um impor tante papel na socialização o que as crianças aprendem na relação com os irmãos é transferido para os relaciona mentos fora de casa Entre 1 ano e meio e 3 anos a criança tende a demons trar mais interesse nas outras crianças e entende cada vez mais como lidar com elas Filhos de pais que trabalham fora Como o fato de os pais trabalharem fora e os primeiros cuidados afetam o desenvolvimento dos bebês e das crianças pequenas De um modo geral o fato de a mãe trabalhar fora duran te os três primeiros anos parece ter pouco impacto sobre o desenvolvimento mas o desenvolvimento cognitivo poderá sofrer quando a mãe trabalha 30 horas ou mais por semana até o nono mês da criança Os serviços de creche variam em qualidade O elemento mais importante na qualidade da assistência é o cuidador Embora qualidade frequência estabilidade e tipo de assistência prestada pela creche influenciem o desen volvimento psicossocial e cognitivo de um modo geral a influência das características da família parece ser maior Maustratos abuso e negligência Quais são as causas e as consequências do abuso e da negligência infantil e o que pode ser feito Os maustratos podem se manifestar sob a forma de abuso físico negligência abuso sexual e maustratos emocionais A maioria das vítimas de maustratos são bebês e crian ças pequenas Alguns morrem devido ao déficit de crescimento Outros são vítimas da síndrome do bebê sacudido As características de quem pratica o abuso ou a negli gência a família a comunidade e a cultura de um modo geral tudo isso contribui para o abuso e a negligência infantil Os maustratos podem interferir no desenvolvimento físico cognitivo emocional e social e seus efeitos podem continuar na idade adulta Entretanto muitas crianças maltratadas demonstram uma notável resiliência A prevenção ou a eliminação dos maustratos exigem esforços múltiplos e coordenados da comunidade abuso físico 237 negligência 237 abuso sexual 237 maustratos emocionais 237 déficit de crescimento não orgânico 238 síndrome do bebê sacudido 238 indicad r indicad r indicad r Papalia06indd 243 Papalia06indd 243 010213 0923 010213 0923 Capítulo 7 pontos principais DESENVOLVIMENTO FÍSICO Aspectos do desenvolvimento físico Saúde e segurança DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Abordagem piagetiana a criança préoperatória Abordagem do processamento de informação desenvolvimento da memória Inteligência abordagens psicométrica e vygotskiana Desenvolvimento da linguagem Educação na segunda infância pontos principais você sabia que A principal causa de morte na segunda infância nos Estados Unidos são os acidentes e a maioria deles acontece em casa A forma como os pais conversam com uma criança sobre uma memória compartilhada pode afetar quão bem a criança se lembrará dela Quando as crianças falam sozinhas elas podem estar tentando resolver um problema pensando em voz alta Neste capítulo examinamos o desenvolvimento físico e cognitivo nas idades de 3 a 6 anos As crianças crescem mais lentamente do que antes mas fazem enormes progressos no desenvolvimento e na coordenação muscular Acompanhamos seus avanços nas capacidades de pensar falar lembrar e considerar diversas preocupações relativas à saúde Terminamos com uma discussão da educação na segunda infância você sabia Desenvolvimento Físico e Cognitivo na Segunda Infância As crianças vivem em um mundo de imaginação e sentimento Elas aplicam a forma que lhes agrada ao objeto mais insignificante e veem nele tudo o que desejam ver Adam G Oehlenschlager 1857 Papalia07indd 244 Papalia07indd 244 010213 0922 010213 0922 Papalia07indd 245 Papalia07indd 245 010213 0922 010213 0922 246 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman DESENVOLVIMENTO FÍSICO Aspectos do desenvolvimento físico Na segunda infância as crianças emagrecem e crescem rapidamente Necessitam dormir menos do que antes e têm maior probabilidade de desenvolver distúrbios do sono Melhoram a capacidade para correr saltitar pular e jogar bola Tornamse também melhores para dar laços em calçados desenhar com lápis de cor e despejar caixas de cereais em flocos e começam a demonstrar uma preferência por usar a mão direita ou esquerda CRESCIMENTO E ALTERAÇÃO CORPORAL As crianças crescem rapidamente entre os 3 e 6 anos de idade mas num ritmo diferente Com apro ximadamente 3 anos as crianças normalmente começam a perder a forma roliça característica dos bebês e assumem a aparência mais esguia e atlética da infância À medida que os músculos abdominais se desenvolvem a barriga grande da criança entre 1 e 3 anos se fortalece O tronco os braços e as pernas ficam mais longos A cabeça ainda é relativamente grande mas as outras partes do corpo con tinuam a se amoldar à medida que as proporções corporais se tornam gradualmente mais similares às de um adulto A marca de lápis na parede mostra que a altura de Eve é de 96 centímetros a partir do chão e que essa menina média de 3 anos pesa agora aproximadamente 154 quilos Seu irmão gêmeo Isaac como a maioria dos meninos dessa idade é um pouco mais alto mais pesado e tem mais músculos por quilograma de peso corporal ao passo que Eve à semelhança da maioria das meninas tem mais tecido adiposo Tanto meninos quanto meninas normalmente crescem aproximadamente de 5 a 76 centíme tros por ano durante a segunda infância e ganham aproximadamente de 18 a 27 quilos anualmente Tabela 71 A ligeira margem de peso e altura dos meninos prossegue até o salto de crescimento que ocorre na puberdade indicad r Como os corpos e os cérebros das crianças se modificam entre as idades de 3 e 6 anos e quais distúrbios do sono e realizações motoras são comuns indicadores de estudo 1 Como os corpos e os cérebros das crianças se modificam entre as idades de 3 e 6 anos e quais distúrbios do sono e realizações motoras são comuns 2 Quais são os principais riscos à saúde e à segurança das crianças pequenas 3 Quais são os avanços cognitivos e os aspectos imaturos típicos do pensamento de crianças em idade préescolar 4 Quais são as capacidades da memória que se expandem na segunda infância 5 Como é medida a inteligência de crianças em idade préescolar e quais são algumas das influências sobre ela 6 De que forma a linguagem melhora durante a segunda infância e o que acontece quando o seu desenvolvimento é atrasado 7 Para que serve a educação na segunda infância e como as crianças fazem a transição para o jardim de infância Papalia07indd 246 Papalia07indd 246 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 247 O crescimento muscular e esquelético avança tornando a criança mais forte Cartilagens trans formamse em ossos a uma taxa mais rápida do que antes e os ossos se tornam mais rígidos dando à criança uma forma mais firme e garantindo a proteção dos órgãos internos Essas mudanças coorde nadas pelo cérebro ainda em amadurecimento e pelo sistema nervoso promovem o desenvolvimento de uma ampla variedade de habilidades motoras O aumento da capacidade dos sistemas respiratório e circulatório cria vigor físico e juntamente com o sistema imunológico em desenvolvimento mantém a criança mais saudável verificador você é capaz de Resumir as necessidades da dieta de uma criança em idade préescolar descrever as alterações físicas típicas entre as idades de 3 e 6 anos e comparar o crescimento de meninos e meninas TABELA 71 Crescimento físico dos 3 aos 6 anos 50 o percentil Altura em centímetros Peso em quilos Idade Meninos Meninas Meninos Meninas 3 98 98 153 155 4 107 105 181 175 5 115 112 210 197 6 121 118 237 221 Cinquenta por cento das crianças de cada categoria estão acima deste nível de altura ou de peso e 50 estão abaixo dele Fonte Adaptada de McDowell et al 2008 FIGURA 71 Exigências de sono típicas da infância As crianças em idade prées colar reservam todo ou quase todo o seu sono para o período de uma noite inteira O núme ro de horas de sono diminui regularmente ao longo da in fância mas cada criança pode precisar de mais ou menos ho ras do que é mostrado aqui Fonte Ferber 1985 dados similares em Iglowstein Jenni Molinari Largo 2003 Reimpressa com a per missão de Fireside divisão de Simon Schuster Inc de Solve Your Childs Sleep Problems New Revised Expan ded by Richard Ferber MD Copyright 1985 2006 by Richard Ferber MD Todos os direitos reservados 1 semana 2 4 6 8 10 12 14 16 3 1 1612 1512 914 814 814 812 834 914 912 934 1014 1012 1034 1112 1312 1334 1414 9 10 14 13 12 11 15 6 9 12 18 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Horas de sono Total de horas de sono Idade Meses Anos Dividido em número típico de cochilos por dia A duração dos cochilos pode ser bastante variável Sono noturno Sono diurno Papalia07indd 247 Papalia07indd 247 010213 0922 010213 0922 248 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman PADRÕES E DISTÚRBIOS DO SONO Os padrões de sono se modificam ao longo da fase de crescimento Figura 71 e a segunda infância tem seus próprios ritmos distintos Aos 5 anos a maioria das crianças dorme em média cerca de 11 horas por noite e desiste dos cochilos durante o dia Hoban 2004 Em algumas outras culturas a hora de dormir pode variar Entre a comunidade Gusii do Quênia os javaneses da Indonésia e os Zuni do Novo México as crianças pequenas não têm um horário fixo para ir para a cama e têm permissão para ficarem acordadas até sentirem sono Entre os Hare canadenses crianças de 3 anos não tiram cochilos mas são postas para dormir logo após o jantar e dormem o quanto quiserem de manhã Broude 1995 Cerca de 1 em cada 10 pais ou cuidadores de crianças em idade escolar norteamericanos dizem que seu filho tem um distúrbio do sono tal como despertar noturno frequente ou falar durante o sono National Sleep Foundation 2004 Distúrbios do sono podem ser causados por ativação acidental do sistema de controle motor do cérebro Hobson e Silvestri 1999 pelo despertar incompleto de um sono profundo Hoban 2004 ou podem ser desencadeados pela respiração desordenada ou movi mentos agitados das pernas Guilleminault et al 2003 Esses distúrbios tendem a se manifestar em famílias AACAP 1997 Hobson e Silvestri 1999 Hoban 2004 e estão frequentemente associados com ansiedade de separação Petit et al 2007 Na maioria dos casos os distúrbios do sono são apenas ocasionais e geralmente desaparecem Problemas persistentes do sono podem indicar um distúrbio emocional psicológico ou neurológico que precisa ser examinado Uma criança que experimenta um terror do sono ou noturno parece despertar abruptamente no início da noite de um sono profundo em um estado de agitação A criança pode gritar e sentar Os pais frequentemente consideram o comportamento prolongado de urinar na cama deliberado mas geralmente não é É um problema do desenvolvimento e nenhuma quantidade de adesivos estrelas ou punições ajudará uma criança a superar a enurese até que ela esteja pronta em seu desenvolvimento TABELA 72 Encorajando bons hábitos de sono AJUDANDO AS CRIANÇAS A IREM DORMIR Estabeleça uma rotina para a hora de dormir regular e sem pressa cerca de 20 minutos de atividades tranquilas como ler uma história cantar canções de ninar ou ter uma conversa tranquila Não permita programas de televisão assustadores ou em volume alto Evite brincadeiras estimulantes antes de dormir Mantenha uma luz noturna acesa se isso fizer a criança sentirse mais confortável Não alimente ou balance uma criança na hora de dormir Permaneça calmo mas não ceda a pedidos por só mais uma história mais um copo de água ou mais uma ida ao banheiro Ofereça recompensas por bom comportamento na hora de dormir como adesivos em um mapa ou um elogio simples Tente mandar a criança para a cama um pouco mais tarde Mandar a criança ir dormir muito cedo é uma causa comum de ditúrbios do sono AJUDANDO AS CRIANÇAS A VOLTAREM A DORMIR Se uma criança levanta durante a noite levea de volta para a cama Fale calmamente mas seja agradavelmente firme e consistente Após um pesadelo tranquilize a criança assustada e confira ocasionalmente se ela continua dormindo Se os sonhos assustadores persistirem por mais de seis semanas consulte um médico Após terrores noturnos não desperte a criança Se a criança acordar não faça nenhuma pergunta Apenas deixea voltar a dormir Ajude a criança a dormir o suficiente em um horário regular crianças muito cansadas ou estressadas são mais propensas a terrores noturnos Leve a criança de volta para a cama caminhando ou no colo Proteja sua casa com cancelas no topo de escadas e grades nas janelas e com campainhas na porta do quarto da criança de modo a saber quando ela está fora da cama Fontes American Academy of Child and Adolescent Psychiatry ACAP 1997 American Academy of Pediatrics AAP 1992 L A Adams e Rickert 1989 Graziano e Mooney 1982 Papalia07indd 248 Papalia07indd 248 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 249 se na cama ofegante e com os olhos arregalados Contudo ela não está realmente acordada se acalma rapidamente e na manhã seguinte não lembra nada sobre o episódio Os terrores do sono são bastante comuns Petit et al 2007 Eles ocorrem principalmente entre as idades de 3 e 13 anos Labarge et al 2000 e afetam meninos mais frequentemente que meninas AACAP 1997 Hobson e Silvestri 1999 Caminhar e falar durante o sono são comportamentos razoavelmente comuns na segunda infância Petit et al 2007 Embora o sonambulismo em si seja inofensivo os sonâmbulos podem correr o risco de ferirse AA CAP 1997 Hoban 2004 Vgontzas e Kales 1999 Contudo é melhor não interromper o sonambulismo ou os terrores noturnos uma vez que interrupções podem confundir e amedrontar ainda mais a criança Hoban 2004 Vgontzas e Kales 1999 Pesadelos também são comuns Frequentemente eles se manifestam quando a criança vai para a cama muito tarde ao fazer uma refeição pe sada antes de deitarse ou por excitação excessiva talvez por assistir a um filme de terror ou ouvir uma história assustadora antes de dormir Vgont zas e Kales 1999 Um sonho mau ocasional não é causa de alarme mas pesadelos frequentes ou persistentes podem indicar estresse excessivo Hoban 2004 A maioria das crianças permanece seca dia e noite dos 3 aos 5 anos mas a enurese urinação involuntária e repetida à noite por crianças com idade suficiente para manter o controle da bexiga não é incomum Cerca de 10 a 15 das crianças de 5 anos mais comumente os meninos urinam na cama regularmente talvez enquanto dormem profundamente Mais da metade superam a condição por volta dos 8 anos sem ajuda espe cial Community Paediatrics Committee 2005 As crianças e seus pais precisam ser tranquilizados de que a enurese é comum e não é séria A criança não deve ser culpada e não deve ser punida Geralmente os pais não fazem nada a menos que as próprias crianças estejam sofrendo por urinar na cama A enurese que persiste além das idades de 8 a 10 anos pode ser um sinal de autoestima baixa ou de ou tros problemas psicológicos Community Paediatrics Committee 2005 DESENVOLVIMENTO DO CÉREBRO O desenvolvimento do cérebro durante a segunda infância é menos dramático do que durante a pri meira infância mas um estirão de crescimento cerebral continua até pelo menos os 3 anos de idade quando o cérebro tem aproximadamente 90 do peso adulto Gabbard 1996 A densidade das sinap ses no córtex préfrontal atinge um pico aos 4 anos de idade Lenroot e Giedd 2006 A mielinação dos caminhos para a audição também está completa em torno daquela idade Benes et al 1994 Aos 6 anos de idade o cérebro alcançou aproximadamente 95 de seu volume máximo Entretanto exis tem amplas diferenças individuais Duas crianças saudáveis da mesma idade em condições normais poderiam ter até 50 de diferença no volume cerebral Lenroot e Giedd 2006 Uma mudança gradual ocorre no corpo caloso que liga os hemisférios esquerdo e direito A mielinação progressiva das fibras no corpo caloso permite a transmissão de informação mais rápida e uma melhor integração entre elas Toga et al 2006 Este desenvolvimento que continua até os 15 anos de idade melhora funções como coordenação dos sentidos processos de memória atenção concentração fala e audição Lenroot e Giedd 2006 Dos 3 aos 6 anos de idade o crescimento mais rápido ocorre nas áreas frontais que regulam o planejamento e organização de ações Dos 6 aos 11 anos o crescimento mais rápido é em uma área que primariamente apoia o pensamento associativo a linguagem e as relações espaciais Thompson et al 2000 O desenvolvimento cerebral afeta outros aspectos do desenvolvimento Um deles é o desenvolvi mento das habilidades motoras enurese Urinação repetida nas roupas ou na cama verificador você é capaz de Identificar cinco distúrbios do sono comuns e fazer recomendações para seu tratamento O sonambulismo é comum entre crianças pequenas É melhor tentar não acordar uma criança sonâmbula mas em vez disso conduzila gentilmente de volta para a cama Papalia07indd 249 Papalia07indd 249 010213 0922 010213 0922 250 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman HABILIDADES MOTORAS O desenvolvimento das áreas sensoriais e motoras do córtex cerebral permite uma melhor coordena ção entre o que as crianças querem fazer e o que elas podem fazer Crianças em idade escolar fazem grandes avanços nas habilidades motoras grossas tais como correr e saltar que envolvem a mus culatura grande Tabela 73 Uma vez que seus ossos e músculos estão mais fortes e sua capacidade pulmonar é maior ela é capaz de correr pular escalar mais longe e mais rápido As crianças variam quanto à aptidão dependendo de seus dotes genéticos e de suas oportunida des para aprender e praticar habilidades motoras Somente 20 das crianças com 4 anos sabem jogar bem uma bola e somente 30 sabem pegála adequadamente AAP Committee on Sports Medicine habilidades motoras grossas Habilidades físicas que envolvem os grandes músculos As crianças fazem progressos significativos nas habilidades motoras durante os anos préescolares À medida que se desenvolvem fisicamente elas são mais capazes de fazer o que querem com seus corpos O desenvolvimento dos grandes músculos lhes permite andar de triciclo ou chutar uma bola o aumento da coordenação olhosmãos as ajuda no manuseio de tesouras ou de palitos orientais hashis Crianças com necessidades especiais podem fazer muitas atividades normais com o auxílio de dispositivos especiais TABELA 73 Habilidades motoras na segunda infância 3 anos 4 anos 5 anos Não sabe girar ou parar de re pente ou rapidamente Tem um controle mais efi ciente do ato de parar arrancar e girar Pode arrancar girar e parar efeti vamente em jogos Pode saltar uma distância de 38 a 60 centímetros Pode saltar uma distância de 60 a 84 centímetros Pode correr e dar um salto à dis tância de 71 a 91 centímetros Pode subir uma escadaria sem ajuda alternando os pés Pode descer uma escada ria alternando os pés se estiver apoiada Pode descer uma longa esca daria sem ajuda alternando os pés Pode saltitar usando ampla mente uma série de saltos irregulares com a adição de algumas variações Pode saltitar de quatro a seis passos com um único pé Pode saltitar facilmente uma dis tância de cinco metros Fonte Corbin 1973 Papalia07indd 250 Papalia07indd 250 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 251 and Fitness 1992 A maioria das crianças com menos de 6 anos não está preparada para participar de nenhum esporte organizado O desenvolvimento físico floresce melhor em brincadeiras livres ativas e não estruturadas As habilidades motoras finas como abotoar a camisa e desenhar imagens envolvem a co ordenação olhosmãos e dos pequenos músculos A aquisição dessas habilidades permite às crianças pequenas assumirem mais responsabilidades por seus cuidados pessoais À medida que desenvolvem habilidades motoras as crianças em idade préescolar mesclam conti nuamente as habilidades que já possuem com aquelas que estão adquirindo para produzir capacidades mais complexas Essas combinações de habilidades são conhecidas como sistemas de ação Lateralidade manual A lateralidade manual a preferência por usar uma das mãos em vez da outra é geralmente evidente por volta dos 3 anos de idade Uma vez que o hemisfério esquerdo do cérebro o qual controla o lado direito do corpo geralmente é dominante a maioria das pessoas prefere seu lado direito Em pessoas cujos cérebros são mais simétricos do ponto de vista funcional o hemisfério direito tende a predominar tornandoas canhotas A lateralidade manual nem sempre é bem definida nem todos preferem uma das mãos para cada tarefa Meninos têm mais probabilidade de serem canhotos do que meninas Para cada 100 meninas canhotas há 123 meninos canhotos PapadatouPastou Martin Munafo e Jones 2008 A lateralidade manual é genética Uma teoria propõe a existência de um gene em particular para os casos de pessoas destras De acordo com esta teoria as pessoas que herdam este gene de um ou de ambos os pais aproximadamente 82 da população são destras Aqueles que não herdam o gene ainda terão uma chance de 50 de serem destros caso contrário serão canhotas ou ambidestras A determinação aleatória de lateralidade manual entre aqueles que não recebem o gene poderia explicar por que alguns gêmeos monozigóticos têm preferências diferentes por uma das mãos bem como por que 8 dos filhos de pais destros são canhotos Klar 1996 Desenvolvimento artístico Em um estudo de referência dos trabalhos artísticos de crianças Rho da Kellogg 1970 examinou mais de 1 milhão de desenhos feitos por crianças metade delas com menos de 6 anos de idade Ela descobriu o que acreditou ser uma progressão universal de mudanças refletindo amadurecimento do cérebro bem como dos músculos Figura 72 Ela verificou que crian ças com 2 anos de idade rabiscam não aleatoriamente mas em padrões como linhas verticais e em ziguezague Com 3 anos as crianças desenham formas círculos quadrados triângulos cruzes e Xs e depois começam a combinar as formas em desenhos mais complexos O estágio pictográfico tipicamente se inicia entre 4 e 5 anos de idade A mudança de forma e desenho abstratos para repre habilidades motoras finas Habilidades físicas que envolvem os pequenos músculos e a coordenação olhosmãos sistemas de ação Combinações cada vez mais complexas de habilidades que permitem uma variedade mais ampla ou mais precisa de movimentos e maior controle do ambiente lateralidade manual Preferência por usar uma das mãos Os desenhos do estágio pictográfico inicial mostram energia e liberdade de acordo com Kellogg aqueles do estágio pictográfico mais tardio mostram cuidado e precisão Por que você acha que essas mudanças ocorrem 34 anos de idade Estágio de forma Estágio de desenho 45 anos de idade Estágio pictórico Pictórico inicial Pictórico tardio a b c d e Fonte Kellogg 1970 FIGURA 72 Desenvolvimento artístico na segunda infância Há uma grande diferença entre as formas muito simples mos tradas em a e os desenhos pictóricos detalhados em e Papalia07indd 251 Papalia07indd 251 010213 0922 010213 0922 252 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman sentar objetos reais marca uma alteração fundamental no propósito do desenho feito pelas crianças refletindo o desenvolvimento cognitivo da capacidade representacional Na visão de Kellogg esta sequência do desenvolvimento ocorre por processos internos da crian ça e quanto menos envolvimento do adulto melhor Ao perguntar às crianças o que seus desenhos representam Kellogg advertiu os adultos podem encorajar maior precisão pictográfica mas reprimem a energia e a liberdade tipicamente mostrada em suas primeiras tentativas Este modelo individualista é dominante nos Estados Unidos mas não é o único modelo Vygotsky por exemplo via o desenvolvimento das habilidades de desenhar como ocorrendo no contexto de interações sociais Braswell 2006 As crianças pegam os aspectos do desenho do adulto que estão dentro de sua zona de desenvolvimento proximal ZPD As crianças também aprendem olhando e falando sobre os desenhos umas das outras Braswell 2006 Além disso os padrões que Kellogg descreveu nos desenhos das crianças não são universais Existem variações transculturais por exemplo na forma como as crianças desenham uma pessoa ou um animal Finalmente a visão de Kellogg de que a intervenção do adulto tem uma influência negativa sobre o desenho das crianças embora amplamente compartilhada por muitos educadores norteamericanos também é ligada à cultura Os pais chineses por exemplo fornecem instrução ou modelos artísticos para seus filhos e as crianças chinesas tendem a ser mais avançadas artisticamente do que crianças norteamericanas Braswell 2006 Saúde e segurança Em razão das amplas campanhas de imunização muitas daquelas que outrora eram as maiores doen ças da infância hoje são muito menos comuns nas nações ocidentais industrializadas Nos países em desenvolvimento entretanto doenças que podem ser evitadas pela vacinação como sarampo coque luche tosse comprida e tétano ainda custam caro demais Mesmo nas sociedades tecnologicamente avançadas esta é uma época menos saudável para algumas crianças do que para outras PREVENÇÃO DA OBESIDADE A obesidade é um problema sério entre crianças em idade escolar nos EUA Em 20032006 mais de 12 de crianças de 2 a 5 anos tinham um índice de massa corporal IMC no ou acima do 95 o per centil para sua idade e cerca de 12 estavam no ou acima do 85 o percentil Ogden Carroll e Flegal 2008 O maior aumento na prevalência de sobrepeso é entre crianças de famílias de baixa renda Ritchie et al 2001 ultrapassando todos os grupos étnicos AAP Committee on Nutrition 2003 Center for Weight and Health 2001 No mundo todo estimados 22 milhões de crianças com menos de 5 anos são obesas Belizzi 2002 À medida que as comidas de lanchonete junk food se espalham para o mundo em desenvol vimento cerca de 20 a 25 de crianças de 4 anos de idade em alguns países como Egito Marrocos e Zâmbia são obesas um proporção maior do que as que são desnutridas Uma tendência à obesidade pode ser hereditária mas os principais fatores que levam à epide mia de obesidade são ambientais AAP 2004 O ganho de peso excessivo devese à ingestão calóri ca e à falta de exercício AAP Committee on Nutrition 2003 Quando o crescimento desacelera as crianças em idade préescolar necessitam menos calorias proporcionalmente ao seu peso do que necessitavam antes A prevenção da obesidade nos primeiros anos de vida é crítica AAP Committee on Nutrition 2003 Quattrin et al 2005 Crian ças acima do peso tendem a tornarse adultos obesos AAP Committee on Nutrition 2003 Whitaker et al 1997 e o excesso de massa corporal é uma ameaça à saúde Portanto a segunda infância é um bom momento para tra tar o sobrepeso quando a dieta de uma crian verificador você é capaz de Resumir as mudanças no cérebro durante a infância e discutir seus possíveis efeitos Diferenciar entre habilidades motoras grossas e habilidades motoras finas e dar exemplos de habilidades de cada tipo que se aperfeiçoam durante a segunda infância Dizer como o funcionamento cerebral está relacionado às habilidades motoras e à late ralidade manual Avaliar os achados de Kellogg sobre as habilidades de dese nho de crianças pequenas à luz de outra pesquisa indicad r Quais são os principais riscos à saúde e à segurança das crianças pequenas Em 2008 o estúdio cinematográfico Pixar lançou WallE uma animação de ficção científica na qual os seres humanos são retratados como obesos e sedentários flutuando em um ambiente mecanizado Onde você acha que os seres humanos vão acabar se não mudarmos nossos caminhos Essa visão da humanidade pode um dia tornarse realidade Muitos comerciais de televisão visando crianças pequenas incentivam a má nutrição e o ganho de peso promovendo gorduras e açúcares em vez de proteínas e vitaminas Como os pais poderiam enfrentar essas pressões Papalia07indd 252 Papalia07indd 252 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 253 ça ainda está sujeita à influência e ao controle dos pais Quattrin et al 2005 Whitaker et al 1997 Uma solução para prevenir a obesidade pode ser garantir que sejam servidas porções adequadas às crianças em idade escolar mais velhas e não forçá las a limpar seus pratos Rolls Engell e Birch 2000 Dados coletados sobre aproximadamente 8550 crian ças em idade préescolar sugerem que três fatores são críticos na prevenção da obesidade 1 comer regu larmente uma refeição noturna junto com a família 2 ter uma quantidade adequada de horas de sono e 3 assistir menos de 2 horas de televisão por dia Anderson e Whitaker 2010 Muito pouca atividade física também é um fator importante na obesidade Em um estudo longitudinal de 8158 crianças norte americanas cada hora de TV adicional acima de 2 horas aumentava a probabilidade de obesidade aos 30 anos de idade em 7 provavelmente porque cada hora adicional assistindo televisão substituía uma hora de atividade física Viner e Cole 2005 SUBNUTRIÇÃO A subnutrição é uma causa subjacente em mais da metade de todas as mortes antes dos 5 anos de idade Bryce et al 2005 O sul da Ásia tem o nível mais alto de subnutrição 42 das crianças peque nas no sul da Ásia estão moderada ou grave mente abaixo do peso comparado com 28 na África subsaariana 7 na América Latina e no Caribe e 25 de crianças pequenas no mundo todo UNICEF 2008a Mesmo nos Estados Unidos 17 das crianças com me nos de 18 anos viviam em lares com insegu rança alimentar em 2007 Federal Intera gency Forum on Child and Family Statistics 2007 O Quadro 71 tem mais informações sobre segurança alimentar Visto que crianças subnutridas geralmente vivem em circunstâncias de extrema privação pode ser difícil determinar os efeitos específicos da má nutrição Entretanto juntas essas privações po dem afetar negativamente não apenas o crescimento e o bemestar físico mas também o desenvol vimento cognitivo e psicossocial Alaimo e Frongillo 2001 Além disso os efeitos da subnutrição podem ser duradouros Entre 1559 crianças nascidas nas Ilhas Mauricio em um único ano aquelas que foram subnutridas aos 3 anos de idade tinham capacidades verbais e espaciais habilidades de leitura e desempenho neuropsicológico mais insatisfatórios do que seus pares aos 11 anos de idade Liu et al 2003 Alguns estudos sugerem que os efeitos da subnutrição sobre o crescimento podem ser diminuídos com a melhora da dieta Lewit e Kerrebrock 1997 mas os tratamentos mais efetivos vão além do cuidado físico Um estudo longitudinal GranthamMcGregor et al 1994 acompanhou dois grupos de crianças jamaicanas com níveis de desenvolvimento baixos que tinham sido hospitalizadas por subnutrição grave quando bebês e na primeira infância e que vinham de lares extremamente pobres frequentemente instáveis Os paraprofissionais da saúde acompanharam um grupo experimental no hospital e após a alta visitaramnos em casa semanalmente por três anos mostrando às mães como fazer brinquedos e encorajandoas a interagir com seus filhos Três anos após o programa ser inter rompido os QIs do grupo experimental estavam acima dos de um grupocontrole que tinha recebido apenas tratamento médico padrão embora não tão altos quanto os QIs de um terceiro grupo bem nutrido Além disso os QIs do grupo experimental permaneceram mais altos do que os do grupo controle 14 anos após a alta do hospital Em vista dos efeitos de longo prazo aparentes da subnutrição na infância sobre o desenvolvimento físico social e cognitivo o que pode e deve ser feito para combatêla Em 2010 a rede ABC lançou uma minissérie chamada A Revolução Alimentar por Jamie Oliver Muitas pessoas ficaram chocadas com sua demonstração de quão distantes as crianças apresentadas em seu programa estavam da comida de verdade Em um episódio marcante crianças de primeira série foram incapazes de identificar tomates frescos couveflor cogumelos berinjela ou batatas Uma criança obesa pode ter dificuldade para acompanhar seus pa res fisicamente e socialmente A obesidade entre crianças peque nas tem aumentado Papalia07indd 253 Papalia07indd 253 010213 0922 010213 0922 254 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman ALERGIAS ALIMENTARES Uma alergia alimentar é uma resposta anormal do sistema imunológico a um alimento específico As reações podem variar de formigamento na boca e urticária a reações mais sérias e potencialmente fa tais como falta de ar e mesmo morte Noventa por cento das alergias alimentares podem ser atribuídas a sete alimentos leite ovos nozes amendoim peixe soja e trigo Sampson 2004 Sicherer 2002 As alergias alimentares são mais prevalentes em crianças do que em adultos e a maioria das crianças superarão suas alergias Branun e Lukacs 2008 Em 2007 4 em cada 100 crianças já sofreram de algum tipo de alergia alimentar pesquisa em ação SEGURANÇA ALIMENTAR A maioria das famílias nos Estados Unidos tem segurança ali mentar elas têm acesso assegurado à comida suficiente para sustentar uma vida saudável Infelizmente um número cada vez maior de famílias precisa lidar com os desafios de suprimentos de comida insuficientes para seus lares A insegurança alimen tar é experimentada quando 1 a disponibilidade de alimento no futuro é incerta 2 a quantidade e o tipo de alimento neces sário para um estilo de vida saudável é insuficiente ou 3 os in divíduos precisam apelar para formas socialmente inaceitáveis para obter alimento NRC 2006 Em um estudo recente o Departamento de Agricultura dos EUA verificou que mais de 36 milhões de pessoas sofriam de segurança alimentar muito baixa um número representando 12 de todos os norteamericanos O número na categoria em pior situação isto é sofrendo os maiores níveis de fome cresceu 40 desde 2000 e a prevalência de insegurança alimentar nos lares com crianças é aproximadamente duas vezes maior que para lares sem crianças Nord Andrews e Carlson 2008 Famílias com recursos insuficientes para prover alimento para todos os seus membros geralmente tentam proteger as crianças da ingestão reduzida de alimentos Ainda assim 691 mil crianças passaram fome em 2007 um aumento de 50 em relação a 2006 Nord et al 2008 Com as condições econômicas desafiadoras que os Estados Unidos enfrentam atualmente é altamente provável que esse número continue a subir Não surpreendentemente a insegurança alimentar afeta ad versamente a saúde as capacidades cognitivas e o bemestar socioemocional das crianças A qualidade do alimento consu mido é afetada juntamente com sua quantidade À medida que os orçamentos para alimentação encolhem os primeiros itens a serem retirados da dieta são geralmente alimentos saudá veis como grãos integrais carnes magras laticínios vegetais e frutas Amidos doces e gorduras ricos em calorias que são fre quentemente pobres em nutrientes normalmente oferecem a forma mais barata de encher estômagos famintos Drewnowsky e Eichelsdoerfer 2009 Níveis relativamente moderados de insegurança alimentar e dieta de qualidade mais baixa foram associados a saúde precária capacidades de aprendizagem diminuídas níveis de motivação mais baixos e ansiedade e de pressão aumentadas qual a sua opinião Em algumas nações em desenvolvi mento a escassez de alimento é gene ralizada e a subnutrição grave é preva lente Nos Estados Unidos os efeitos da fome são geralmente menos graves em parte porque programas federais de nutrição fornecem assistência a famílias de baixa renda De quais programas você tem conhecimento Quais são os bene fícios e desvantagens desses tipos de programas 71 o Situação da segurança alimentar das famílias norteamericanas 2007 Famílias com segurança alimentar baixa 89 Famílias com segurança alimentar 854 Famílias com segurança alimentar muito baixa 57 As famílias com insegurança alimentar incluem segurança alimentar baixa e muito baixa Fonte Dados do Serviço de Pesquisa Econômica do Departamento de Agri cultura dos EUA 2008 Papalia07indd 254 Papalia07indd 254 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 255 Pesquisas sobre crianças com menos de 18 anos demonstraram um aumen to na prevalência de alergias alimentares durante os últimos 10 anos Não há um padrão claro para este aumento e ele existe igualmente para meninos e meninas e entre diferentes raças e etnias Branum e Lukacs 2009 As hospitalizações rela cionadas a alergias alimentares cresceram significativamente como mostra a Figura 73 Mudanças na dieta a forma como os alimentos são processados e a diminuição da vitamina D com base em menos exposição ao sol foram sugeridas como contri buições para o aumento nas taxas de alergia Uma teoria de que a sociedade é muito limpa e que os sistemas imunológicos das crianças são menos maduros porque elas não são suficientemente expostas à sujeira e germes também tem sido explorada Além disso o melhor conhecimento por médicos e pais poderia ser um fator nos aumentos relatados Embora haja muitas explicações possíveis não existe evidência suficiente para apontar uma causa MORTES E FERIMENTOS ACIDENTAIS Mais de 7 em cada 10 mortes de crianças com menos de 5 anos de idade ocorrem em regiões rurais pobres da África subsaariana e do sul da Ásia onde a nutrição é inadequada a água é imprópria ao consumo e faltam instalações sanitárias Black et al 2003 Bryce et al 2005 O Quadro 72 discute as chances de sobrevivência das crianças aos primeiros 5 anos de vida em todo o mundo Nos Estados Unidos as mortes na infância são relativamente poucas em compa ração com as mortes na idade adulta e os acidentes são as principais causas de morte durante a infância e a adolescência Heron et al 2009 Mais de 800 mil crianças morrem no mundo todo a cada ano por queimaduras afogamento acidentes de au tomóvel quedas envenenamentos e outros acidentes WHO 2008 A maioria das mortes por lesões entre crianças em idade escolar ocorrem em casa frequentemente por incêndios afogamento em banheiras sufocação envenenamento ou quedas Na garaia et al 2005 Medicamentos cotidia nos como aspirina acetaminofen xaropes para tosse e mesmo vitaminas podem ser perigosos para crianças pequenas curiosas As leis federais exigindo o uso de cadei rinhas nos automóveis tampas à prova de crianças nos vidros de remédio e em outros produtos domésticos perigosos a regulamen tação da segurança dos produtos capacetes obrigatórios para ciclistas e armazenamento seguro de armas de fogo e de remédios me lhoraram a segurança da criança Tornar as pracinhas mais seguras é outra medida valiosa A SAÚDE NO CONTEXTO INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS Por que algumas crianças têm mais doenças ou lesões do que outras Algumas parecem geneticamen te predispostas a certas condições médicas Além disso os fatores ambientais desempenham papéis importantes Nível socioeconômico e raçaetnia Quanto mais baixo o nível socioeconômico NSE de uma família maiores os riscos de a criança enfrentar doenças lesões e morte Chen Matthews e Boyce 2002 As crianças pobres têm mais probabilidade do que outras de terem condições crônicas e limita ções de atividade de não terem planos de saúde e de não terem suas necessidades médicas e dentárias atendidas Entretanto a saúde geral de crianças pobres tem melhorado entre 1984 e 2003 a porcen tagem de crianças pobres com saúde muito boa ou excelente subiu de 62 para 71 comparado com 86 a 89 para crianças não pobres durante o mesmo período de tempo Federal Interagency Forum on Child and Family Statistics 2005 2007 Nos Estados Unidos o símbolo típico usado para venenos agora é o Mr Yuk uma careta de desenho animado verde mostrando a língua Essa imagem foi adotada quando os pesquisadores e os órgãos de saúde pública perceberam que a tradicional caveira com ossos cruzados em vez de indicar perigo para crianças pequenas as intrigava e interessava sobre os conteúdos das embalagens verificador você é capaz de Resumir as tendências à obesi dade entre crianças em idade préescolar e explicar por que o sobrepeso é uma preocupa ção na segunda infância Comparar o nível de saúde das crianças pequenas nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento Dizer onde e como as crianças pequenas têm mais probabili dade de sofrerem ferimentos 19982000 20012003 Anos 20042006 6000 2000 4000 8000 10000 0 Número médio de altas por ano Tendência estatisticamente significativa FIGURA 73 Número médio de altas hospitalares por ano entre crianças com menos de 18 anos com qual quer diagnóstico relacionado a alergia alimen tar Estados Unidos 19982006 Dados recentes mostram que os diagnósticos relacionados a alergias alimentares aumentaram entre crian ças do nascimento aos 17 anos Fonte CDCNCHS National Health Interview Survey Papalia07indd 255 Papalia07indd 255 010213 0922 010213 0922 256 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman O Medicaid um programa governamental norteamericano que providencia assistência médica a pessoas e famílias de baixa renda habilitadas tem sido uma rede de segurança para crianças pobres desde 1965 Entretanto ele não atinge milhares de crianças cujas famílias ganham demais para se qua lificarem mas muito pouco para darse o luxo de um plano de saúde particular Em 1997 o governo federal criou o State Childrens Health Insurance Program SCHIP para ajudar os estados a estender a cobertura de cuidados de saúde a crianças não seguradas de famílias pobres e quase pobres Agora conhecida simplesmente como CHIP a lei aprovada em 2009 expandiu o programa e estendeu a co bertura de 7 milhões para 11 milhões de crianças Centers for Medicare e Medicaid Services 2009 Mesmo com a expansão as autoridades da saúde projetam que há aproximadamente 9 milhões de crianças não seguradas nos Estados Unidos Devoe et al 2010 As crianças sem plano de saúde têm probabilidade mais de 14 vezes maior que crianças com plano de saúde de não ter uma fonte usual de tratamento de saúde Federal Interagency Forum on Child and Family Statistics 2007 O acesso a cuidados de saúde de qualidade é um problema particularmente entre crianças negras e de origem latina especialmente as que são pobres ou quase pobres Flores et al 2005 De acordo com o Childrens Defense Fund 2008 1 em cada 5 crianças latinas e 1 em cada 8 crianças negras não tem plano de saúde comparado com uma taxa de 1 em cada 13 para crianças brancas Barreiras para o mund SOBREVIVENDO AOS PRIMEIROS CINCO ANOS DE VIDA As chances de uma criança sobreviver ao seu quinto aniversário duplicou durante as quatro últimas décadas mas a perspectiva de sobrevivência depende em grande medida de onde a crian ça vive No mundo todo mais de 17 milhões de crianças com menos de 5 anos de idade morreram em 1970 Hoje o número de mortes nesse grupo etário caiu para 88 milhões a cada ano ainda demasiado UNICEF 2009 E embora a mortalidade in fantil tenha diminuído na maior parte do mundo esses ganhos não beneficiaram todas as crianças igualmente Os esforços internacionais para melhorar a saúde da criança focalizamse nos primeiros cinco anos porque quase 90 das mortes de crianças com menos de 15 anos ocorrem durante aqueles anos Um total de 98 de mortes de crianças ocorrem em regiões rurais pobres de países em desenvolvimento onde a nutrição é inadequada a água é imprópria para consumo e fal tam instalações sanitárias 49 dessas mortes ocorrem na África subsaariana e 32 no sul da Ásia UNICEF 2009 Um bebê nasci do em Serra Leoa tem probabilidade 35 vezes maior de morrer antes dos 5 anos do que uma criança nascida na Índia e proba bilidade mais de 100 vezes maior de morrer do que uma criança nascida na Islândia que tem a taxa de mortalidade infantil mais baixa do mundo WHO 2003 Aproximadamente 3 milhões de bebês por ano nascerão mortos e outros 4 milhões morrerão em seu primeiro mês de vida WHO 2007 Um novo estudo patrocinado pela Fundação Bill e Melin da Gates acompanhou mais de 120 mil partos e mostrou que uma intervenção de custo relativamente baixo visando partei ras reduziu significativamente a natimortalidade em países em desenvolvimento Por meio do treinamento de parteiras na ava liação de saúde básica de bebês recémnascidos e fornecendo a eles algum equipamento médico básico os pesquisadores foram capazes de diminuir a taxa de natimortos de 23 por 1000 partos para 16 Carlo et al 2010 No mundo todo as quatro principais causas de morte res ponsáveis por 54 das mortes em crianças com menos de 5 anos de idade são doenças transmissíveis pneumonia diarreia malá ria e assepsia neonatal A pneumonia mata mais crianças do que qualquer outra doença Em mais da metade dessas mortes a sub nutrição é uma causa subjacente Noventa e quatro por cento das mortes por malária ocorrem na África Bryce et al 2005 JANELA 72 100 20 40 60 80 120 140 160 180 Mortes por 1000 nascidos vivos África Américas Sul da Ásia Europa Pacífico Ocidental Mundo 0 Comparação da mortalidade infantil em cinco regiões do mundo 2008 Fonte UNICEF 2009 Papalia07indd 256 Papalia07indd 256 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 257 linguísticas e culturais e a necessidade de mais profissionais de saúde latinoamericanos podem ajudar a explicar algumas dessas disparidades Flores et al 2002 Mesmo as crianças asiáticoamericanas que tendem a ter saúde melhor do que brancas nãohispânicas têm menos possibilidade de acessar e usar os recursos de assistência à saúde talvez devido a barreiras similares NCHS 2005 Yu Huang e Singh 2004 Falta de moradia A falta de moradia tem aumentado dramaticamente nos Estados Unidos desde 1980 National Coalition for the Homeless 2006b 2006c 2006e Um dos segmentos da população sem moradia com crescimento mais rápido são as famílias com crianças Em 2007 23 de todas as pessoas sem moradia eram membros de famílias com crianças US Conference of Mayors 2007 Infelizmente esses números poderiam ser subnotificados as famílias sem moradia frequentemente juntamse com outras famílias isentandoos da definição federal de desabrigados crônicos Annual Homeless Assessment Report to Congress 2007 Como resultado muitas famílias sem moradia não são contadas e são impedidas de receber assistência Muitas famílias sem moradia são encabeçadas por mães solteiras na faixa dos vinte anos frequentemente fugindo da violência doméstica Buckner et al 1999 National Coalition for the Homeless 2006d Países em desenvolvimento mais avançados da região leste do Mediterrâneo da América Latina e da Ásia estão vivenciando uma mudança para um padrão de países mais desenvolvidos onde a mortalidade infantil tem mais probabilidade de ser cau sada por complicações do parto ver Capítulo 6 Mais de 60 paí ses reduziram sua taxa de mortalidade para crianças com me nos de 5 anos de idade em 50 United Nations Childrens Fund 2007 Em geral a maior melhora ocorreu em nações industriali zadas ricas e naqueles países em desenvolvimento onde a mor talidade infantil já era relativamente baixa Portanto embora a diferença nas taxas de mortalidade entre os mundos desenvol vido e em desenvolvimento tenha diminuído as disparidades entre regiões em desenvolvimento aumentaram WHO 2003 Em alguns países africanos o HIVAIDS é responsável por até 60 da mortalidade infantil frequentemente de crianças que perderam suas mães para a doença Quatorze países afri canos após alcançarem reduções significativas na mortalidade infantil durante as décadas de 1970 e 1980 viram mais crianças pequenas morrer em 2002 do que em 1990 Por outro lado oito países na região entre eles Gabão Gâmbia e Gana reduziram a mortalidade infantil em mais de 50 desde 1970 WHO 2003 Na America Latina as reduções mais dramáticas na mortalidade infantil ocorreram no Chile na Cos ta Rica e em Cuba onde as mortes de crianças dimi nuíram em mais de 80 desde 1970 Em contrapar tida crianças haitianas ainda morrem a uma taxa de 133 a cada 1000 quase o dobro da taxa na Bolívia que tem o próximo pior recorde de mortalidade nas Américas WHO 2003 Na maioria dos países com exceção de China Índia Paquistão e Nepal os meninos têm mais pro babilidade de morrer do que as meninas Na China onde as famílias tradicionalmente preferem os me ninos as meninas pequenas têm um risco de morrer 33 maior frequentemente como tem sido rela tado por abandono infanticídio Carmichael 2004 Hudson e den Bôer 2004 Lee 2004 Rosenthal 2003 ou negligência As crianças em países pobres e as crianças de famílias pobres em países ricos têm mais probabilidade de morrer quando peque nas Os ganhos de sobrevivência têm sido mais lentos em áreas rurais do que em áreas urbanas e em alguns países como nos Estados Unidos têm beneficiado desproporcionalmente aque les com rendas mais altas Mas mesmo as crianças pobres nos EUA têm menor probabilidade de morrer quando pequenas do que crianças em melhor situação na África WHO 2003 qual a sua opinião O que poderia ser feito para produzir melhoras mais rápidas e distribuídas na mortalidade infantil com mais justiça em todo o mundo o Doenças não comunicáveis 4 Outras doenças infecciosas e parasitárias 9 Infecções respiratórias agudas 17 HIVAIDS 2 Sarampo 4 Diarreia 16 Ferimentos 4 Malária 7 Mortes neonatais 36 Causas principais de morte em crianças com menos de 5 anos e em recémnascidos média anual 2004 Fonte OMS 2008 Papalia07indd 257 Papalia07indd 257 010213 0922 010213 0922 258 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Muitas crianças sem moradia passam seus primeiros anos em ambientes instáveis inseguros e fre quentemente antihigiênicos Elas podem não ter fácil acesso a tratamento médico e educação Essas crianças sofrem de mais problemas de saúde do que as crianças pobres que têm moradia e têm mais probabilidade de morrer na infância As crianças sem moradia também tendem a sofrer de depressão e ansiedade e a ter problemas acadêmicos e de comportamento CDF 2004 National Coalition for the Homeless 2006a Weinreb et al 2002 Em grandes cidades que forneceram alojamento seguro para famílias pobres e sem moradia em bairros estáveis o comportamento e o desempenho escolar das crianças melhoraram enormemente CDF 2004 Exposição a fumaça de cigarro poluição do ar pesticidas e chumbo O hábito de fumar dos pais é uma causa evitável de doença e morte na infância O dano potencial causado pela exposição ao tabaco é maior durante os primeiros anos de vida DiFranza et al 2004 quando os corpos das crian ças ainda estão se desenvolvendo Crianças expostas ao tabagismo dos pais têm um risco aumentado de infecções respiratórias como bronquite e pneumonia problemas de ouvido agravamento da asma e desenvolvimento pulmonar retardado Office on Smoking and Health 2006 A poluição atmosférica está associada a riscos aumentados de morte e de doença respiratória crônica Os contaminantes ambientais também podem desempenhar um papel em certos tipos de câncer transtornos neurológicos transtorno de déficit de atençãohiperatividade e retardo mental da infância Goldman et al 2004 Woodruff et al 2004 Em 2006 60 das crianças dos EUA até 17 anos viviam em cidades que não satisfaziam um ou mais padrões nacionais de qualidade do ar Federal Interagency Forum for Child and Family Statistics 2008 As crianças são mais vulneráveis que os adultos ao dano crônico causado por pesticidas Goldman et al 2004 Há algumas evidências ainda que não definitivas de que a exposição a baixas doses de pesticidas pode afetar o desenvolvimento cerebral Weiss Amler e Amler 2004 A exposição a pesticidas é maior entre crianças de famílias de agricultores e de famílias pobres DilworthBart e Moore 2006 As crianças podem apresentar concentrações elevadas de chumbo pela ingestão de alimentos ou água contaminados por resíduos industriais no ar por colocar dedos contaminados na boca ou por inalar poeira ou brincar com lascas de tinta em lugares onde haja raspagem de tinta à base de chumbo O envenenamento por chumbo pode interferir no desenvolvimento cognitivo e pode levar a proble mas neurológicos e comportamentais irreversíveis AAP Committee on Environmental Health 2005 Bellinger 2004 Federal Interagency Forum for Child and Family Statistics 2005 Níveis muito altos de chumbo na corrente sanguínea podem causar cefaleias dores abdominais perda de apetite agi tação ou letargia e eventualmente vômito estupor e convulsões AAP Committee on Environmental Health 2005 Contudo todos esses efeitos são completamente evitáveis Famílias com crianças são a parte da população sem mo radia de crescimento mais rápido Crianças sem moradia tendem a ter mais problemas de saúde do que crianças com moradias Papalia07indd 258 Papalia07indd 258 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 259 Os níveis sanguíneos médios de chumbo das crianças caíram em 89 nos Estados Unidos com parado aos níveis de 19761980 devido a leis obrigando a retirada de chumbo da gasolina e de tintas e reduzindo as emissões de fumaça das chaminés Federal Interagency Forum for Child and Family Statistics 2005 Contudo cerca de 25 das crianças norteamericanas vivem em casas com pintura à base de chumbo deteriorada AAP Committee on Environmental Health 2005 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Abordagem piagetiana a criança préoperatória Jean Piaget chamava a segunda infância de estágio préoperatório do desenvolvimento cognitivo porque as crianças dessa idade ainda não estão preparadas para se envolver em operações mentais lógicas como estarão no estágio operatórioconcreto na terceira infância discutido no Capítulo 9 En tretanto o estágio préoperatório que perdura aproximadamente dos 2 aos 7 anos é caracterizado por uma grande expansão no uso do pensamento simbólico ou capacidade representacional que surgiu pela primeira vez durante o estágio sensóriomotor Vamos examinar alguns aspectos do pensamento préoperatório Tabelas 74 e 75 bem como a pesquisa recente algumas das quais contestam as conclusões de Piaget AVANÇOS DO PENSAMENTO PRÉOPERATÓRIO Os avanços no pensamento simbólico são acompanhados por um crescente entendimento de espaço causalidade identidades categorização e número Alguns desses entendimentos têm raízes na fase em verificador você é capaz de Discutir as influências am bientais que colocam em risco a saúde das crianças indicad r Quais são os avanços cognitivos e os aspectos imaturos típicos do pensamento de crianças em idade préescolar estágio préoperatório Na teoria de Piaget o segundo maior estágio do desenvolvimento cognitivo no qual o pensamento simbólico se expande mas as crianças ainda não são capazes de usar a lógica TABELA 74 Avanços cognitivos durante a segunda infância Avanço Significância Exemplo Uso de símbolos As crianças não precisam estar em contato sensóriomotor com um objeto pessoa ou evento para pensar neles As crianças podem imaginar que objetos ou pessoas têm outras propriedades além das que eles realmente têm Simon pergunta à sua mãe sobre os elefantes que viu na ida ao circo vários meses atrás Rolf faz de conta que uma fatia de maçã é um aspirador de pó limpando a mesa da cozinha Compreensão de identidades As crianças têm consciência de que alterações superficiais não mudam a natureza das coisas Antônio sabe que seu professor está vestido como um pirata mas ele ainda é o seu professor que está sob a vestimenta Entendimento de causa e efeito As crianças percebem que os acontecimentos têm causas Ao ver uma bola rolar por trás de um muro Aneko olha por cima do muro para ver a pessoa que a chutou Capacidade de classificar As crianças organizam objetos pessoas e even tos em categorias significativas Rosa classifica as pinhas que coletou em um passeio no par que em duas pilhas grandes e pequenas Compreensão de números As crianças sabem contar e lidar com quanti dades Lindsay reparte suas balas com suas amigas contando para certificarse de que cada uma receba a mesma quantidade Empatia As crianças tornamse mais capazes de imagi nar como os outros podem se sentir Emílio tenta consolar seu amigo quando vê que ele está chateado Teoria da mente As crianças tornamse mais conscientes da atividade mental e do funcionamento da mente Blanca quer guardar alguns biscoitos para si mesma de for ma que os esconde de seu irmão em uma caixa de macar rão Ela sabe que seus biscoitos estarão seguros lá porque seu irmão não procurará em um lugar onde ele não espera encontrar biscoitos Papalia07indd 259 Papalia07indd 259 010213 0922 010213 0922 260 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman que a criança ainda é bebê e começa a andar outros começam a desenvolverse na segunda infância mas ainda não estão plenamente incorporados à criança até que ela atinja a terceira infância A função simbólica Quero sorvete anuncia Juanita de 4 anos andando com dificuldade porta adentro fugindo do quintal quente e empoeirado Ela não viu nada que pudesse ter acionado esse desejo nenhuma porta de geladeira aberta nenhum comercial de televisão Ela não precisa mais desse tipo de estímulo sensorial para pensar em algo Ela se lembra do sorvete de seu frescor e sabor e intencionalmente o procura Essa ausência de estímulos sensoriais ou motores caracteriza a função simbólica a capacidade de usar símbolos ou representações mentais palavras números ou imagens para as quais uma pessoa atribui um significado Sem símbolos as pessoas não poderiam comunicarse verbalmente fazer mudanças ler mapas ou guardar fotos de pessoas queridas distantes Os símbolos ajudam as crianças a se lembrar e a pensar em coisas que não estão fisicamente presentes As crianças em idade préescolar demonstram a função simbólica por meio do aumento da imi tação diferida de brincadeiras de faz de conta e da linguagem A imitação diferida que se torna mais sólida após os 18 meses baseiase em ter retido uma representação mental de um evento observado anteriormente Nas brincadeiras de faz de conta também chamadas de jogo de fantasia jogo dramático encenação ou jogo imaginativo as crianças podem fazer um objeto como uma boneca representar ou simbolizar outra coisa por exemplo uma pessoa A linguagem usa um sistema de símbolos palavras para comunicar Entendimento de objetos no espaço Como descrito no Capítulo 5 até pelo menos os 3 anos de idade a maioria das crianças não entende seguramente a relação entre figuras mapas ou maquetes e os objetos ou espaços que eles representam Crianças de idade préescolar mais velhas sabem usar mapas simples e conseguem transferir o entendimento espacial adquirido do trabalho com modelos função simbólica Termo de Piaget para a capacidade de usar representações mentais palavras números ou imagens às quais uma criança atribui um significado brincadeira de faz de conta Brincadeira envolvendo pessoas e si tuações imaginárias também chamada de jogo de fantasia jogo dramático ou jogo imaginativo Crianças com amigos imaginários têm melhores habilidades para contar histórias Trionfi e Reese 2009 TABELA 75 Aspectos imaturos do pensamento préoperatório de acordo com Piaget Limitação Descrição Exemplo Centração incapacida de para descentrar As crianças concentramse em um aspecto de uma situação e negligenciam outros Jacob provoca sua irmã mais nova afirmando que tem mais suco do que ela porque sua caixa de suco foi despejada em um copo alto e estreito mas a dela foi despejada em um copo baixo e largo Irreversibilidade As crianças não entendem que algumas operações ou ações podem ser reverti das restaurando a situação original Jacob não percebe que o líquido contido em cada copo pode ser despejado novamente nas respectivas caixas contradizendo sua afirmação de que ele tem mais suco do que sua irmã Foco mais nos estados do que nas transfor mações As crianças não entendem a importância da transformação entre estados Na tarefa de conservação Jacob não entende que trans formar a forma de um líquido despejálo de um reci piente para outro não altera a quantidade Raciocínio transdutivo As crianças não usam raciocínio dedutivo ou indutivo em vez disso elas pulam de um detalhe para outro e vêem uma cau sa onde não existe nenhuma Luis foi mesquinho com sua irmã Sua irmã fica doente Luis conclui que ele a fez adoecer Egocentrismo As crianças presumem que todas as pes soas pensam percebem e sentem do mesmo jeito que elas Kara não percebe que precisa virar um livro ao contrário para que seu pai possa ver a figura que ela quer que ele lhe explique Dessa forma segura o livro diretamente na frente dele mas somente ela pode ver a figura Animismo As crianças atribuem vida a objetos inani mados Amanda diz que a primavera está querendo chegar mas o inverno está dizendo Eu não vou embora Não vou embora Incapacidade de distin guir a aparência da realidade Elas confundem o que é real com a aparên cia externa Courtney está confusa porque uma esponja parece uma pedra Ela afirma que parece uma pedra e é realmente uma pedra Papalia07indd 260 Papalia07indd 260 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 261 para mapas e viceversa DeLoache Miller e Pierroutsakos 1998 Em uma série de experimentos crianças de idade préescolar foram solicitadas a usar um mapa simples para encontrar ou colocar um objeto na localização correspondente em um espaço de formato se melhante mas muito maior Noventa por centro das crianças de 5 anos mas apenas 60 das crianças de 4 anos foram capazes de fazê lo Vasilyeva e Huttenlocher 2004 Entendimento da causalidade Piaget afirmava que a criança préoperatória ainda não era capaz de raciocinar de modo lógico so bre causa e efeito Ao contrário dizia ele elas raciocinam por trans dução Elas vinculam mentalmente dois eventos sobretudo os que são próximos no tempo haja ou não uma relação causal lógica Por exemplo Luis pode achar que seus maus pensamentos ou compor tamentos fizeram que ele próprio ou sua irmã ficassem doentes ou que tenham causado o divórcio de seus pais Contudo quando testadas sobre situações que são capazes de entender as crianças pequenas compreendem causa e efeito Em ob servações de conversas diárias espontâneas de crianças de 2 anos e meio a 5 anos de idade com seus pais elas demonstraram um racio cínio causal flexível apropriado ao assunto Os tipos de explicação variavam de físicos a tesoura precisa estar limpa para que eu possa cortar melhor a socioconvencionais preciso parar agora porque você pediu Hickling e Wellman 2001 Entretanto crianças em idade préescolar parecem ver todas as relações causais como algo igualmente e absolutamente previsível Em uma série de experimen tos as crianças de 3 a 5 anos diferentemente dos adultos tinham tanta certeza de que uma pessoa que não lava as mãos antes de co mer ficará doente quanto tinham de que uma pessoa que salta para cima voltará para baixo Kalish 1998 Entendimento de identidades e categorização O mundo tor nase mais ordenado e previsível quando a criança em idade préesco lar desenvolve um melhor entendimento do que são identidades o conceito segundo o qual as pessoas e muitas coisas basicamente são as mesmas mesmo que mudem de forma tamanho ou aparência Esse entendimento fundamenta o emergente conceito de self ver Capítulo 8 A categorização ou classificação exige que a criança identifique similaridades e diferenças Aos 4 anos muitas crianças sabem classificar por meio de dois critérios por exemplo cor e forma As crian ças usam essa capacidade para organizar muitos aspectos de suas vidas categorizando pessoas como boas más legais chatas e assim por diante Um tipo de categorização é a capacidade de distinguir coisas vivas de coisas inanimadas Quando Piaget perguntou a crianças pequenas se o vento e as nuvens estavam vivos suas respostas levaramno a pensar que elas confundiam o que era vivo e o que não era A tendência de atribuir vida a objetos não vivos é chamada de animismo Entretanto quando pesquisadores perguntaram a crianças de 3 e 4 anos sobre coisas que lhes eram mais familiares as diferenças entre uma pedra uma pessoa e uma boneca elas demonstraram que entendiam que as pessoas estavam vivas e que as pedras e as bonecas não Gelman Spelke e Meck 1983 Entendimento de números Como discutiremos no Capítulo 5 a pesquisa realizada por Karen Wynn sugere que bebês já aos 4 meses e meio têm um conceito rudimentar de número Eles parecem saber que se uma boneca for acrescentada a outra boneca deve haver duas bonecas não apenas uma Outra pesquisa verificou que a ordinalidade o conceito de comparar quantidades mais ou menos maior ou menor parece iniciarse por volta dos 12 a 18 meses e a princípio limitase a comparações de poucos objetos Siegler 1998 Aos 4 anos a maioria das crianças conhece palavras para comparar quantidades Elas podem dizer que uma árvore é maior que outra ou que um copo contém mais suco transdução Termo de Piaget para a tendência de uma criança préoperatória a vincular mentalmente determinados fenô menos havendo ou não uma relação causal lógica animismo Tendência a atribuir vida a objetos inanimados Quando Anna faz de conta que verifica a pressão arterial de Grover ela está demonstrando uma importante realização cognitiva a imitação diferida a capacidade de imitar um com portamento que ela observou há algum tempo Papalia07indd 261 Papalia07indd 261 010213 0922 010213 0922 262 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman que outro Elas sabem que se elas têm um biscoito e então pegarem outro biscoito elas terão mais biscoitos do que tinham antes e que se derem um biscoito para outra criança elas terão menos biscoi tos Também são capazes de resolver problemas de ordinalidade numérica simples Megan pegou seis maçãs e Joshua pegou quatro qual criança pegou mais Byrnes e Fox 1998 Apenas com a idade de 3 anos e meio ou mais velhas é que a maioria das crianças consegue aplicar consistentemente o princípio da cardinalidade na contagem Wynn 1990 Ou seja quando solicitadas a contar seis itens crianças com menos de 3 anos e meio tendem a recitar os nomes dos números 1 a 6 mas não a dizer quantos itens há ao todo 6 Entretanto há alguma evidência de que crianças já aos 2 anos e meio usam a cardinalidade em situações práticas tais como verificar qual prato tem mais biscoitos Gelman 2006 Aos 5 anos de idade a maioria das crianças consegue contar até 20 ou mais e sabem os tamanhos relativos dos números 1 a 10 Siegler 1998 As crianças intuitivamente criam estratégias para somar contando os dedos ou usando outros objetos Naito e Miura 2001 Quando entram no ensino fundamental a maioria das crianças desenvolveu o sentido numérico básico Jordan et al 2006 Este nível básico de habilidades numéricas inclui contagem conhecimen to numérico ordinalidade transformações numéricas adição e subtração simples estimativa este grupo de pontos é maior ou menor que 5 e reconhecimento de padrões numéricos 2 mais 2 é igual a 4 do mesmo modo que 3 mais 1 O nível socioeconômico NSE e a experiência da préescola afetam o ritmo em que a criança avançará em matemática Aos 4 anos de idade as crianças de famílias de renda média têm habilidades numéricas marcadamente melhores do que crianças de NSE baixo e sua vantagem inicial tende a con tinuar Crianças cujos professores da préescola fazem muita conversa matemática tal como pedir às crianças para ajudar a contar os dias em um calendário tendem a fazer maiores progressos Klibanoff et al 2006 Além disso jogos de tabuleiro envolvendo números aumentam o conhecimento numérico das crianças Em um estudo recente crianças de famílias de baixa renda que brincavam com jogos de tabuleiro envolvendo números demonstraram progressos maiores e estáveis em conhecimento numéri co após apenas quatro sessões de 15 a 20 minutos Siegler 2009 A competência numérica é importan te o quanto as crianças entendem bem os números na préescola prediz seu desempenho acadêmico em matemática na terceira série Jordan et al 2009 ASPECTOS IMATUROS DO PENSAMENTO PRÉOPERATÓRIO Uma das principais características do pensamento préoperatório é a centração a tendência a concen trarse em um aspecto de uma situação e negligenciar outros De acordo com Piaget as crianças em idade préescolar chegam a conclusões ilógicas porque não sabem descentrar pensar em diversos aspectos de uma situação simultaneamente A centração pode limitar o pensamento das crianças pe quenas tanto sobre relacionamentos sociais como sobre relacionamentos físicos Egocentrismo O egocentrismo é uma forma de centração De acordo com Piaget as crianças pequenas centramse de tal modo em seus próprios pontos de vista que não conseguem assumir um outro Crianças de 3 anos não são tão egocêntricas quanto os bebês recémnascidos mas segundo Piaget elas ainda acham que o universo se centraliza nelas O egocentrismo pode ajudar a explicar por que as crianças peque nas às vezes têm problemas para separar a realidade daquilo que se passa em suas mentes e por que demonstram confusão sobre qual é a causa de cada coisa Quando Luis acredita que seus maus pensamentos acarretaram a doença de sua irmã ou causou os problemas conjugais de seus pais ele está pensando egocentricamente Para estudar o egocentrismo Piaget idealizou a tarefa das três montanhas Figura 74 Uma criança sentase diante de uma mesa que contém três grandes montes Uma boneca é co locada em uma cadeira no lado oposto da mesa O pesquisador pergunta à criança como as montanhas seriam vistas pela boneca Piaget descobriu que as crianças pequenas usualmente não sabiam responder à pergunta de maneira correta ao contrá rio descreviam as montanhas baseandose em suas próprias verificador você é capaz de Resumir as descobertas sobre o entendimento das crianças em idade préescolar de sím bolos espaço causalidade identidades categorização e números centração Na teoria de Piaget a tendência da criança préoperatória a concentrar se em um aspecto de uma situação e negligenciar outros descentrar Na terminologia de Piaget pensar simultaneamente a respeito de diversos aspectos de uma situação egocentrismo Termo usado por Piaget para deno minar a incapacidade de considerar o ponto de vista de outra pessoa uma característica do pensamento das crian ças pequenas FIGURA 74 Tarefa das três montanhas de Piaget Uma criança em idade préoperatória é incapaz de descrever as montanhas do ponto de vista da boneca um indício de egocentris mo de acordo com Piaget Papalia07indd 262 Papalia07indd 262 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 263 perspectivas Piaget via isso como uma prova de que as crianças em idade préoperatória não conse guem imaginar um ponto de vista diferente Piaget e Inhelder 1967 Outro pesquisador entretanto que apresentou um problema similar de uma maneira diferente obteve resultados diferentes Hughes 1975 Uma criança sentavase defronte a uma tábua quadrada dividida por paredes em quatro seções Um policial de brinquedo permanecia no canto da tábua uma boneca era movimentada de uma seção para outra Depois de cada movimento perguntavase à criança O policial pode ver a boneca Então outro policial de brinquedo era posto em ação e pedia se que a criança escondesse a boneca de ambos os policiais Trinta crianças com idades entre 3 anos e meio e 5 anos deram respostas corretas 9 vezes em 10 Por que essas crianças eram capazes de assumir o ponto de vista de outra pessoa o policial ao passo que aquelas que participaram da prova das três montanhas não eram Talvez se deva ao fato de a prova do policial exigir um raciocínio mais familiar menos abstrato A maioria das crianças não olha para montanhas e não pensa sobre o que outras pessoas poderiam ver quando olham para TABELA 76 Testes de vários tipos de conservação Tarefa de conservação O que é mostrado à criança Transformação Pergunta à criança Respostas habituais da criança préoperatória Número Duas fileiras de balas iguais e paralelas Espaçar as balas em uma única fileira separadas Há o mesmo número de balas em cada fileira ou uma fileira tem mais A mais longa tem mais Tamanho Dois palitos paralelos do mesmo tamanho Mover um palito para a direita Ambos os palitos têm o mesmo tama nho ou um deles é maior O da direita ou es querda é maior Líquido Dois copos idênticos contendo quantidades iguais de líquido Despejar o líquido de um copo em um copo mais alto e em um mais estreito Ambos os copos têm a mesma quantidade de líquido ou um deles tem mais O mais alto tem mais Matéria massa Duas bolas de argila do mesmo tamanho Rolar uma bola até que ela adquira um formato de salsicha Ambos os pedaços têm a mesma quanti dade de argila ou um deles tem mais A salsicha tem mais Peso Duas bolas de argila de pesos iguais Rolar uma bola até que ela adquira um formato de salsicha Ambos têm o mesmo peso ou um deles é mais pesado A salsicha pesa mais Área Dois coelhos de brinquedo dois pedaços de papelão repre sentando campos cobertos de grama com blocos ou brinquedos representando celeiros nos campos números iguais de celeiros em cada pedaço de papelão Reorganizar os blocos em um único peda ço de papelão Cada coelho tem a mesma quantidade de grama ou um de les tem mais O que tem blocos mais próximos tem mais grama para comer Volume Dois copos de água com duas bo las de argila de igual tamanho em cada um deles Rolar uma bola até que ela adquira um formato de salsicha Se eu colocar a argila em forma de salsicha de volta no copo a altura da água em cada copo será a mesma ou uma será mais alta A água no copo com a salsicha será mais alta A criança reconhece portanto que ambos os itens são iguais Papalia07indd 263 Papalia07indd 263 010213 0922 010213 0922 264 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman uma mas a maioria das crianças de 3 anos sabe o que são bonecas policiais e esconder Portanto as crianças pequenas podem demonstrar egocentrismo primeiramente em situações que estão além de suas experiências imediatas Conservação Outro exemplo clássico de centração é o fracasso em entender a conservação que é o fato de duas coisas permanecerem iguais se sua aparência for alterada desde que nada seja acres centado ou retirado Piaget descobriu que as crianças não entendem plenamente esse princípio até atingirem o estágio operatórioconcreto e que elas desenvolvem diferentes tipos de conservação em diferentes idades A Tabela 76 mostra como as várias dimensões da conservação foram testadas Em um tipo de prova de conservação de líquidos são apresentados dois copos transparentes a uma criança de 5 anos a quem chamaremos Jacob sendo cada um deles baixo e largo contendo a mesma quantidade de água Perguntase a Jacob A quantidade de água nos dois copos é igual Quando ele concorda o pesquisador despeja a água de um dos copos em um terceiro alto e delgado Perguntase agora a Jacob Ambos os copos contêm a mesma quantidade de água Ou um deles con tém mais Por quê Na segunda infância depois de observar a água ser despejada de um dos copos baixo e largo para um copo alto e delgado ou até mesmo ele próprio despejála Jacob dirá que o copo mais alto ou o mais largo contém mais água Quando perguntado por que ele diz Este é grande assim esticando os braços para mostrar a altura ou largura As crianças no estágio préoperatório não sabem considerar altura e largura simultaneamente uma vez que elas não conseguem descentrar Segundo Piaget ao centraremse em um único aspecto elas não conseguem pensar de forma lógica A capacidade de conservar também é limitada pela irreversibilidade não conseguir entender que uma operação ou ação pode ir em duas ou mais direções Assim que Jacob puder imaginar como restaurar o estado original da água despejandoa de volta no outro copo ele perceberá que a quanti dade de água em ambos os copos deve ser idêntica As crianças no estágio préoperatório comumente pensam como se estivessem assistindo a uma apresentação de slides com uma série de quadros estáticos elas se concentram em estados sucessivos dizia Piaget e não reconhecem transformações de um estado para outro No experimento de conser vação elas se concentram na água conforme ela se dispõe em cada copo em vez de se concentrarem na água que é despejada de um copo para outro e desse modo não conseguem perceber que a quan tidade de água é a mesma CRIANÇAS PEQUENAS TÊM TEORIAS DA MENTE A teoria da mente é a consciência da ampla variedade de estados mentais humanos crenças inten ções desejos sonhos etc e o entendimento de que os outros têm suas próprias crenças desejos e intenções particulares Ter uma teoria da mente nos permite entender e prever o comportamento dos outros e torna o mundo social compreensível Diferentes pessoas podem ter diferentes teorias da mente dependendo das suas experiências sociais O campo emergente da neurociência social tem contribuído para o entendimento da teoria da mente por meio do imageamento dos cérebros humanos enquanto os indivíduos realizam tarefas que exigem o entendimento de uma intenção crença ou estado mental Piaget 1929 foi o primeiro estudioso a investigar a teoria da mente Ele fazia às crianças per guntas do tipo De onde vêm os sonhos e Com o que você pensa Com base nas respostas ele concluiu que crianças com menos de 6 anos não sabem estabelecer a distinção entre pensamentos ou sonhos e entidades físicas reais e não têm nenhuma teoria da mente No entanto pesquisas mais re centes indicam que entre os 2 e os 5 anos o conhecimento das crianças sobre processos mentais cresce dramaticamente Astington 1993 Bower 1993 Flavell et al 1995 Wellman Cross e Watson 2001 Mais uma vez a metodologia parece ter feito a diferença As perguntas de Piaget eram abstratas e ele esperava que as crianças fossem capazes de colocar sua compreensão em palavras Os pesqui sadores contemporâneos observam as crianças em suas atividades diárias ou lhes dão exemplos con cretos Dessa maneira sabemos por exemplo que crianças com 3 anos de idade sabem dizer qual é a diferença entre um menino que tem um biscoito e um menino que está pensando em um biscoito e eles sabem qual menino pode pegálo repartilo e comêlo Astington 1993 Examinemos os diversos aspectos da teoria da mente Conhecimento do pensamento e de estados mentais Entre as idades de 3 e 5 anos as crian ças passam a entender que o pensamento ocorre dentro da mente que ela pode lidar com coisas reais ou imaginárias que uma pessoa pode pensar em uma coisa enquanto faz ou olha para outra que uma conservação Termo de Piaget para a consciência de que dois objetos que são iguais de acordo com determinada medida e permanecem iguais mesmo em face de alteração da percepção desde que nada seja acrescentado ou retirado de nenhum deles irreversibilidade Termo de Piaget para o fracasso da criança no estágio préoperatório em entender que uma operação pode se guir em duas ou mais direções verificador você é capaz de Dizer como a centração limita o pensamento préoperatório Discutir a pesquisa que con testa as opiniões de Piaget so bre egocentrismo na segunda infância Teoria da mente Consciência e entendimento de pro cessos mentais Podemos ver como a teoria da mente é importante quando vemos o que acontece quando ela é interrompida como no autismo Os pesquisadores acreditam que o fracasso em desenvolver adequadamente a teoria da mente é um dos déficits fundamentais encontrados neste transtorno BaronCohen Leslie e Frith 1985 Papalia07indd 264 Papalia07indd 264 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 265 pessoa cujos olhos e ouvidos estão cobertos pode pensar em objetos que alguém que parece pensativo provavelmente está pensando e que pensar é diferente de ver falar tocar e saber Flavell et al 1995 Entretanto as crianças em idade préescolar geralmente acreditam que a atividade mental inicia se e para Somente na terceira infância é que elas sabem que a mente está continuamente ativa Flavell 1993 Flavell et al 1995 As crianças em idade préescolar também têm pouca ou nenhuma consciência de que elas ou outras pessoas pensam em palavras ou pensam para si mesmas em suas mentes ou que pensam enquanto olham ouvem lêem ou conversam Flavellet al 1997 As crian ças em idade préescolar normalmente acreditam que podem sonhar com qualquer coisa que desejem Somente aos 11 anos entretanto as crianças percebem totalmente que não podem controlar seus sonhos Woolley e Boerger 2002 A cognição social o reconhecimento de que outras pessoas têm estados mentais Povinelli e Giambrone 2001 acompanha o declínio do egocentrismo e o desenvolvimento da empatia Aos 3 anos as crianças percebem que se alguém consegue o que quer fica feliz e se não consegue fica triste Wellman e Woolley 1990 Crianças de 4 anos começam a entender que as pessoas têm diferentes crenças a respeito do mundo verdadeiras ou falsas e que essas crenças afetam suas ações Falsas crenças e dissimulação O entendimento de que as pessoas podem sustentar falsas crenças decorre da percepção de que elas mantêm representações mentais da realidade as quais às vezes podem estar erradas Embora bebês já aos 13 meses possam ilustrar algum entendimento dos estados mentais dos outros se indagados de uma maneira adequada Scott e Baillargeon 2009 é apenas por volta dos 4 anos de idade que as crianças consistentemente são aprovadas em tarefas de falsas crenças Flavell et al 1995 O fato de as crianças de 3 anos não conseguirem reconhecer falsas crenças pode originarse do pensamento egocêntrico Nessa idade as crianças tendem a acreditar que todos sabem o que elas sabem e acreditam no que elas acreditam tendo dificuldade para entender que suas próprias crenças podem ser falsas Lillard e Curenton 1999 Crianças de 4 anos entendem que as pessoas que vêem ou ouvem diferentes versões do mesmo evento podem assumir crenças diferentes Somente por volta dos 6 anos entretanto elas percebem que duas pessoas que vêem ou ouvem a mesma coisa podem interpretála diferentemente Pillow e Henrichon 1996 Visto que a dissimulação é um esforço para plantar uma falsa crença na mente de outra pessoa ela requer que a criança refreie o impulso de dizer a verdade Alguns estudos descobriram que as crianças são capazes de dissimular com até 2 ou 3 anos de idade outras com 4 ou 5 A diferença pode se relacionar com os meios de dissimulação que se espera que a criança use Em uma série de experi mentos crianças de 3 anos foram convidadas a dizer se gostariam de pregar uma peça em um pesqui sador dandolhe uma pista falsa sobre qual de duas caixas continha uma bola que haviam escondido As crianças foram capazes de realizar melhor a dissimulação quando lhes foi pedido para pintar uma imagem da bola na caixa errada ou apontar para essa caixa com uma seta do que quando apontavam com o dedo algo que as crianças dessa idade estão acostumadas a fazer de modo verdadeiro Carlson Moses e Hix 1998 Distinção entre aparência e realidade De acordo com Piaget somente aos 5 ou 6 anos de idade as crianças começam a entender a distinção entre aquilo que parece ser e aquilo que é Muitas pesquisas corroboram suas afirmações embora alguns estudos tenham revelado que essa capacidade começa a surgir antes dos 4 anos Em uma série clássica de experimentos Flavell Green e Flavell 1986 crianças de 3 anos pa reciam confundir aparência e realidade em uma grande variedade de testes Por exemplo quando elas colocavam óculos de sol que faziam o leite parecer verde diziam que o leite era verde embora tivessem acabado de ver o leite branco Não obstante a dificuldade que crianças de 3 anos têm para distinguir aparência de realidade pode ser ela própria mais aparente do que real Quando elas foram perguntadas a respeito do uso de certos objetos como uma vela embalada como um lápis de cor so mente 3 entre 10 crianças responderam corretamente Mas quando solicitadas a responder com ações em vez de palavras Eu quero uma vela para pôr em um bolo de aniversário 9 entre 10 crianças entregaram ao pesquisador a vela em forma de lápis de cor Sapp Lee e Muir 2000 Distinção entre fantasia e realidade Em algum momento entre os 18 meses e os 3 anos as crianças aprendem a distinguir entre eventos reais e coisas imaginadas Crianças de 3 anos sabem a diferença entre um cachorro real e um cachorro em um sonho e entre algo invisível como o ar Papalia07indd 265 Papalia07indd 265 010213 0922 010213 0922 266 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman e algo imaginário Elas sabem fingir e sabem dizer quando alguém está fingindo Flavell et al 1995 Aos 3 anos e em alguns casos aos 2 anos elas sabem que o faz de conta é intencional elas podem dizer a diferença entre tentar fazer algo e fingir que se faz a mesma coisa Rakoczy Toma sello e Striano 2004 O pensamento mágico em crianças de 3 anos ou mais não parece originarse da confusão entre fantasia e realidade Frequentemente o pen samento mágico é uma forma de explicar eventos que não parecem ter ex plicações realistas óbvias normalmente porque lhes falta o conhecimento sobre elas ou simplesmente é uma maneira de se entregar aos prazeres de brincar de faz de conta como com a crença em companhias imaginá rias As crianças como os adultos geralmente estão conscientes da natu reza mágica das figuras de fantasia mas estão mais inclinadas a cogitar a possibilidade de que elas podem ser reais Woolley 1997 O pensamento mágico tende a diminuir perto do final do período préescolar Woolley Phelps e Mandell 1999 Influências sobre as diferenças individuais no desenvolvimento da teoria da mente Algumas crianças desenvolvem capacidades de teoria da mente antes de outras Em parte esse desenvolvimento reflete o amadurecimento do cérebro e melhorias gerais de cognição Quais outras influências explicam essas diferenças individuais A atenção social do bebê tem sido estreitamente associada ao de senvolvimento da teoria da mente Wellman e Liu 2004 Em um estu do recente o desempenho em medidas de atenção social do bebê previu significativamente o desenvolvimento da teoria da mente aos 4 anos de idade demonstrando um forte apoio pela continuidade na cognição social Wellman et al 2008 Competência social e o desenvolvimento da linguagem contribuem para um entendimento dos pensamentos e emoções Cassidy et al 2003 Crianças cujos professores e colegas avaliam que elas têm um nível elevado de habilidades sociais são mais capazes de reconhecer crenças falsas de distinguir entre emoção real e simulada e de adotar o ponto de vista de outra pessoa Essas crianças também tendem a ter fortes habilidades de linguagem Cassidy et al 2003 Watson et al 1999 O tipo de conversa que uma criança ouve em casa pode afetar seu entendimento dos estados mentais A referência de uma mãe a pensamentos e conhecimento é um prognosticador consistente da linguagem do estado mental posterior de uma criança As crianças apresentam o maior benefício da conversa de mãe quando ela se ajusta ao nível de entendimento atual da criança A empatia geral mente surge mais cedo em crianças cujas famílias conversam bastante sobre sentimentos e causalidade Dunn 1991 Dunn et al 1991 Famílias que encorajam brincadeiras de faz de conta estimulam o desenvolvimento de habilida des de teoria da mente Quando as crianças desempenham papéis elas tentam assumir as perspectivas das outras pessoas Conversar com elas sobre como os personagens de uma história se sentem ajuda no desenvolvimento do entendimento social Lillard e Curenton 1999 Crianças bilíngues que falam e ouvem mais de um idioma em casa saemse um pouco melhor do que aquelas que se comunicam em um só idioma em certas tarefas de teoria da mente Bialystok e Senman 2004 Goetz 2003 Crianças bilíngues sabem que um objeto ou ideia podem ser representa dos de mais de uma maneira e esse conhecimento pode ajudálas a ver que diferentes pessoas podem ter perspectivas diferentes Elas também reconhecem a necessidade de coincidir o idioma que usam com o de seus colegas e esse reconhecimento pode tornálas mais conscientes dos estados mentais dos outros Finalmente as crianças bilíngues tendem a ter um melhor controle da atenção que pode lhes permitir concentrarse no que é verdadeiro ou real não no que somente parece ser Bialystok e Senman 2004 Goetz 2003 O desenvolvimento do cérebro também é necessário para a teoria da mente Em particular a atividade neural no córtex préfrontal foi identificada como importante Em um estudo crianças que eram capazes de raciocinar corretamente sobre os estados mentais dos personagens em cenários de Os bebês são extremamente interessados nos olhos das outras pessoas Que relação isto poderia ter com a teoria da mente Que tipo de informação social o olhar transmite verificador você é capaz de Dar exemplos de pesquisas que contestam os pontos de vista de Piaget sobre as limi tações cognitivas das crianças pequenas Descrever as mudanças que ocorrem entre 3 e 6 anos de idade no conhecimento das crianças sobre como suas mentes funcionam e identi ficar as influências sobre esse desenvolvimento É realmente a Minnie Essas crianças não têm muita cer teza A capacidade de diferenciar fantasia de realidade se desenvolve aos 3 anos mas crianças de 4 a 6 anos podem imaginar que uma figura de fantasia é real Papalia07indd 266 Papalia07indd 266 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 267 animação mostravam ativação de ondas cerebrais em seu córtex frontal esquerdo muito semelhante aos adultos no estudo Entretanto aquelas crianças que não eram capazes de realizar a tarefa correta mente não apresentavam tal ativação Liu et al 2009 Uma teoria da mente incompleta ou ineficaz pode ser um sinal de prejuízo cognitivo ou do desenvolvimento Indivíduos com esse tipo de prejuízo têm dificuldade para entender as coisas de qualquer outro ponto de vista que não o seu Portanto eles têm dificuldade para determinar as inten ções dos outros não entendem como seu comportamento afeta os outros e têm dificuldade com a reciprocidade social A pesquisa sugere que crianças com autismo não empregam uma teoria da mente e que essas crianças têm dificuldades particulares com tarefas que exigem que elas entendam o estado mental de outra pessoa BaronCohen Leslie e Frith 1985 Abordagem do processamento de informação desenvolvimento da memória Durante a segunda infância as crianças melhoram a atenção e a rapidez e eficiência com que proces sam as informações e começam a formar memórias de longo prazo Ainda assim crianças peque nas não se lembram tão bem quanto as mais velhas Por um lado as crianças pequenas tendem a concentrarse em detalhes exatos de um evento os quais são facilmente esquecidos ao passo que as mais velhas e os adultos geralmente se concentram na essência daquilo que aconteceu Além disso as crianças pequenas em razão de seu menor conhecimento do mundo podem deixar de notar as pectos importantes de uma situação por exemplo quando e onde ocorreu os quais poderiam ajudar a reavivar a memória PROCESSOS E CAPACIDADES BÁSICOS Os teóricos do processamento de informação imaginam a memória como um sistema de arquivamen to que tem três passos ou processos codificação armazenamento e recuperação A codificação é como colocar informações em uma pasta para ser arquivada na memória ela anexa um código ou rótulo à informação a fim de que ela seja mais fácil de se encontrar quando necessário Os eventos são codificados juntamente com a informação a respeito do contexto em que eles se encontram O armazenamento é a colocação da pasta no arquivo A recuperação ocorre quando a informação é necessária a criança procura então o arquivo e o pega Dificuldades em qualquer um destes processos podem interferir na eficiência Acreditase que a maneira pela qual o cérebro armazena informações seja universal embora a eficiência do sistema varie Siegler 1998 Os modelos de processamento de informação descrevem o cérebro como um sistema que contém três depósitos memória sensorial memória de trabalho ou operacional e memória de longo prazo A memória sensorial é um tanque de contenção temporário para a informação sensorial recebida e apresenta pouca mudança da primeira infância em diante Entretanto sem processamento codificação a memória sensorial desaparece rapidamente A informação a ser codificada ou recuperada é mantida na memória de trabalho às vezes cha mada de memória de curto prazo um depósito de curto prazo para informações em que a pessoa está trabalhando ativamente tentando entender lembrar ou pensar em algo Estudos de imageamento do cérebro revelaram que a memória de trabalho está localizada parcialmente no córtex préfrontal a grande porção do lobo frontal diretamente atrás da fronte C A Nelson et al 2000 A eficiência da memória de trabalho é limitada por sua capacidade Os pesquisado res podem avaliar a capacidade de memória de trabalho pedindo às crianças para se lem brarem de uma série de dígitos embaralha dos na ordem inversa por exemplo 283 751 se elas tiverem ouvido 157382 A Quais são as capacidades da memória que se expandem na segunda infância indicad r codificação Processo pelo qual a informação é pre parada para armazenamento de longo prazo e posterior recuperação armazenamento Retenção da informação na memória para uso futuro recuperação Processo pelo qual a informação é acessada ou trazida de volta do arma zenamento na memória memória sensorial Armazenamento inicial breve tempo rário de informação sensorial memória de trabalho Armazenamento de curto prazo de informações que estão sendo processa das ativamente Aos 3 ou 4 anos de idade as crianças diferenciam entre os mundos dos desenhos animados ficcionais Portanto se Barney aparecesse na Vila Sésamo eles ficariam extremamente surpresos Skolnick Weisberg e Bloom 2009 Papalia07indd 267 Papalia07indd 267 010213 0922 010213 0922 268 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman capacidade da memória de trabalho o número de dígitos que uma criança pode recordar aumenta rapidamente Com 4 anos as crianças habitualmente se lembram somente de dois dígitos aos 12 anos normalmente se lembram de seis Zelazo et al 2003 O aumento da memória de trabalho permite o desenvolvimento da função executiva o con trole consciente de pensamentos emoções e ações para atingir metas ou solucionar problemas A função executiva permite que as crianças planejem e executem atividade mental dirigida ao obje tivo Acreditase que ela surja em torno do final do primeiro ano de um bebê e se desenvolva em estirões com a idade Alterações na função executiva entre as idades de 2 e 5 anos permitem que as crianças criem e usem regras complexas para resolver problemas Zelazo et al 2003 Zelazo e Müller 2002 De acordo com um modelo muito usado uma central executiva controla as operações de pro cessamento na memória de trabalho Baddeley 1981 1986 1992 1996 1998 A central executiva organiza a informação codificada a ser transferida para a memória de longo prazo um depósito de capacidade virtualmente ilimitada que guarda a informação durante longos intervalos de tempo A central executiva também recupera informações da memória de longo prazo para processamento adi cional Ela pode expandir temporariamente a capacidade da memória de trabalho deslocando informa ções para dois sistemas subsidiários separados enquanto a central executiva está ocupada com outras tarefas Um desses sistemas subsidiários guarda informações verbais como na tarefa dos dígitos e o outro imagens visuaisespaciais Visto que os processos da atenção aparecem tão proeminentemente no desenvolvimento do funcionamento executivo a central executiva pode ser conceitualizada como um sistema atencional central À medida que as crianças se desenvolvem sua capacidade de prestar atenção seletivamen te aos estímulos de ignorar informação irrelevante e de desviar sua atenção quando necessário melhora dramaticamente Uma série de capacidades fundamenta o surgimento do funcionamento executivo Por exemplo há ligações entre memória de trabalho e funcionamento executivo na medida em que a retenção de material na memória de trabalho é controlada pela quantidade de atenção prestada Se a atenção se desvia o material é perdido Além disso a capacidade de inibir respostas tal como esperar sua vez para uma atividade excitante também é importante para o funcionamento executivo Ser capaz de alcançar a meta desejada frequentemente requer paciência e controle do impulso e as crianças conseguem impor melhor o controle sobre suas respostas com a idade Finalmente ser capaz de desviar a atenção deliberadamente para uma tarefa quando neces sário é uma capacidade crucial e a mais complicada fundamentando o funcionamento executivo Garon Bryson e Smith 2008 RECONHECIMENTO E LEMBRANÇA O reconhecimento e a lembrança são tipos de recuperação Reconhecimento é a capacidade de identificar algo encontrado antes por exemplo reconhecer uma luva em uma caixa de achados e perdidos Lembrança é a capacidade de reproduzir conhecimento contido na memória Crianças em idade préescolar como todos os grupos etários saemse melhor no reconhecimento do que na lembrança mas ambas as capacidades melhoram com a idade Quanto mais familiaridade uma criança tem com um item melhor ela se lembra dele Crianças pequenas com frequência não são capazes de usar estratégias para lembrarse até mesmo estratégias que elas já sabem a menos que sejam lembradas Essa tendência de não gerar estratégias eficientes pode refletir a falta de consciência do quanto uma estratégia seria útil Sophian Wood e Vong 1995 Crianças mais velhas tornamse mais eficientes na utilização espontânea de estratégias de uso da memória ver Capítulo 9 FORMAÇÃO E RETENÇÃO DE MEMÓRIA DA INFÂNCIA A memória de experiências vividas na segunda infância raramente é deliberada as crianças peque nas simplesmente se lembram de eventos que lhes causaram uma impressão forte A maioria dessas primeiras lembranças conscientes parece ser de curta duração Um pesquisador distinguiu três tipos de memória infantil que servem a três funções diferentes genérica episódica e autobiográfica Nelson 1993 função executiva O controle consciente de pensamentos emoções e ações para alcançar metas ou solucionar problemas central executiva No modelo de Baddeley um elemento da memória de trabalho que controla o processamento de informação memória de longo prazo Depósito com capacidade virtualmente ilimitada que retém informações por longos períodos reconhecimento A capacidade de identificar um estímu lo encontrado anteriormente lembrança A capacidade de reproduzir material da memória verificador você é capaz de Identificar três processos e três depósitos de memória Comparar reconhecimento e lembrança Papalia07indd 268 Papalia07indd 268 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 269 A memória genérica que se inicia aproximadamente aos 2 anos de idade produz um roteiro script ou esboço geral de um evento familiar repetido como ir de ônibus à préescola ou almoçar na casa da vovó Ela ajuda uma criança a saber o que esperar e como agir A memória episódica se refere à consciência de ter experimentado um evento ou episódio em particular em um tempo e lugar específicos As crianças pequenas lembram se mais claramente de eventos que são novos para elas Dada a capacidade de memória limitada de uma criança pequena as memórias episódicas são temporárias A menos que se repitam diversas vezes neste caso são transferidas para a memória genérica elas perduram algumas semanas ou meses e depois se desvanecem Nelson 2005 A memória autobiográfica um tipo de memória episódica referese a me mórias de experiências características que formam a história de vida de uma pessoa Nem tudo na memória episódica tornase parte da memória autobiográfica apenas aquelas memórias que têm um significado especial e pessoal para a criança Fivush e Nelson 2004 A memória autobiográfica geralmente surge entre as idades de 3 ou 4 anos Howe 2003 Fivush e Nelson 2005 Nelson e Fivush 2004 Uma explicação sugerida para a chegada relativamente lenta da memória auto biográfica é que as crianças não sabem armazenar na memória eventos que perten çam às suas próprias vidas até desenvolverem um conceito de self Howe 2003 Howe e Courage 1993 1997 Nelson e Fivush 2004 Fundamental também é o surgimento da linguagem que permite que as crianças compartilhem memórias e as organizem em suas mentes em narrativas pessoais Fivush e Nelson 2004 Nelson e Fivush 2004 Nelson 2005 Influências na retenção de memórias Por que algumas lembranças remotas perduram mais tempo e mais claramente do que outras Um fator é a singularidade do evento outro fator é o impacto emocional As crian ças pequenas são propensas a enganos ao recordarem detalhes precisos de um evento repetido com frequência Powell e Thomson 1996 Elas tendem a confundir um determinado evento tal como uma ida ao super mercado com outros eventos semelhantes Outro fator ainda é a participação ativa das crianças ou no próprio evento ou ao recontálo ou representálo As crianças em idade préescolar tendem a lembrar melhor das coisas que fizeram do que das coisas que simplesmente viram Murachver et al 1996 Outro fator é a autoconsciência Em um experimento crianças que tinham demonstrado níveis mais altos de autoconsciência aos 2 anos e meio recontaram suas memórias mais precisamente aos 3 anos e meio Reese e Newcombe 2007 Finalmente e mais importante a forma como os adultos falam com uma criança sobre expe riências compartilhadas afeta fortemente a memória autobiográfica bem como outras habilidades cognitivas e linguísticas Pesquisadores influenciados pela teoria sociocultural de Vygotsky defendem um modelo de interação social o qual sustenta que as crianças constroem colaborativamente memórias autobiográficas com seus pais ou outros adultos ao conversarem a respeito de eventos compartilhados Os adultos iniciam e orientam essas conversas mostrandolhes como as lembranças são organizadas de forma narrativa em suas respectivas culturas e colocam eventos passados em uma estrutura significativa coerente Fivush e Haden 2006 Os pais tendem a ter estilos consistentes de conversa com as crianças sobre experiências com partilhadas Fivush e Haden 2006 Quando uma criança fica confusa os adultos com um estilo ela borativo baixo repetem suas próprias afirmações ou perguntas anteriores Como um pai que poderia perguntar Você lembra como viajamos para a Flórida e então sem receber uma resposta pergunta Como chegamos lá Nós fomos no Um pai com um estilo elaborativo alto faria uma pergunta que traz mais informação Nós fomos de carro ou de avião Em um estudo crianças de 2 anos e meio e 3 anos e meio cujas mães tinham sido treinadas para usar técnicas altamente elaborativas para conversar com seus filhos tinham memórias mais ricas do que crianças de mães não treinadas Reese e Newcombe 2007 As mães tendem a falar mais elaboradamente com as meninas do que com os meninos Esse achado pode explicar por que as mulheres tendem a ter lembranças mais detalhadas e memória genérica Memória que produz roteiros de rotinas familiares para guiar o comportamento roteiro script Esboço geral memorizado de um even to familiar e repetido usado para guiar o comportamento memória episódica Memória de longo prazo de experiên cias ou eventos específicos ligados a um tempo e lugar memória autobiográfica Memória de eventos específicos da própria vida modelo de interação social Modelo baseado na teoria sociocul tural de Vygotsky que propõe que as crianças constroem memórias autobio gráficas por meio da conversação com adultos sobre eventos compartilhados Lembra quando fomos ao parque de diversões As crianças pequenas são mais propensas a lembrar eventos raros e únicos e podem lembrar detalhes de uma viagem especial por um ano ou mais Papalia07indd 269 Papalia07indd 269 010213 0922 010213 0922 270 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman vívidas de experiências da infância desde uma tenra idade do que os homens Fivush e Haden 2006 Nelson e Fivush 2004 De que forma a conversa elaborativa promove a memória autobiográfica Ela o faz fornecendo ró tulos verbais para aspectos de um evento e dandolhe uma estrutura ordenada compreensível Nelson e Fivush 2004 Ao recordar eventos passados as crianças aprendem a interpretar aqueles eventos e os pensamentos e emoções associados a eles Elas constroem um sentido de self como contínuo no tempo e aprendem que seu próprio ponto de vista sobre uma experiência pode ser diferente do ponto de vista de outra pessoa sobre a mesma experiência Fivush e Haden 2006 A relação entre memória elaborativa lembrança guiada pelos pais e memória autobiográfica das crianças foi reproduzida amplamente entre culturas Entretanto mães de classe média de culturas ocidentais tendem a ser mais elaborativas do que mães em culturas não ocidentais Fi vush e Haden 2006 Nas conversas com crianças de 3 anos de idade as mães norteamericanas poderiam dizer Você lembra quando você foi nadar na casa da vovó O que vocês fizeram que foi realmente bom As mães chinesas tendem a fazer perguntas dirigidas deixando pouco para a criança acrescentar Do que você brincou na estação de esqui Sentouse no navio de gelo não foi Nelson e Fivush 2004 Inteligência abordagens psicométrica e vygotskiana Um fator que pode afetar a intensidade das primeiras habilidades cognitivas é a inteligência Vamos examinar duas maneiras pelas quais a inteligência é medida por meio de testes psicométricos tradi cionais e por meio de testes mais modernos do potencial cognitivo e as influências sobre o desem penho das crianças MEDIDAS PSICOMÉTRICAS TRADICIONAIS Embora crianças em idade préescolar sejam mais fáceis de testar do que bebês e crianças na primeira infância ainda assim elas precisam ser testadas individualmente Uma vez que as crianças de 3 a 5 anos são mais proficientes com a linguagem do que as mais novas os testes de inteligência para esta faixa etária podem incluir mais itens verbais e estes testes a partir dos 5 anos de idade tendem a ser razoavelmente confiáveis para prever a inteligência medida e o sucesso escolar posteriormente duran te a infância Os dois testes individuais mais comumente usados para crianças em idade préescolar são as Escalas de Inteligência de StanfordBinet StanfordBinet Intelligence Scales e a Escala de Inteligên cia Wechsler Préescolar e Primária Wechsler Preschool and Primary Scale of Intelligence As Escalas de Inteligência de StanfordBinet são usadas para crianças a partir dos 2 anos e demoram de 45 a 60 minutos A criança é solicitada a definir palavras colocar contas em uma linha construir com blocos identificar partes que faltam em uma figura traçar o percurso em labirintos e demonstrar o entendimento de números A pontuação obtida por ela pretende medir a fluidez de raciocínio a capacidade para resolver problemas abstratos ou novos conhecimento raciocínio quantitativo processamento visual e espacial e memória de trabalho A quinta edição revisada em 2003 inclui métodos não verbais de teste de todas essas cinco dimensões da cognição e permite comparações do desempenho verbal e não verbal Além de fornecer o QI da escala total a escala de StanfordBinet produz medições separadas do QI verbal e nãoverbal além de pontuações compostas que abrangem as cinco dimensões cognitivas A Escala de Inteligência Wechsler PréEscolar e Primária Revisada WPPSIIII é um tes te individual que demora de 30 a 60 minutos ela tem níveis separados para as idades de 2 anos e meio a 4 anos e de 4 a 7 anos e produz pontuações verbais e de desempenho separadas bem como uma pontuação conjunta A revisão de 2002 inclui novos testes secundários idealizados para medir tanto a fluidez de raciocínio verbal como não verbal o vocabulário receptivo versus o expressivo e a velocida de de processamento Tanto a escala de StanfordBinet quanto a Wechsler tiveram suas padronizações revistas em amostras de crianças representantes da população de préescolares nos Estados Unidos A Escala Wechsler também foi validada para populações especiais como crianças com deficiências intelectuais atrasos de desenvolvimento transtornos da linguagem e síndromes do autismo verificador você é capaz de Identificar três tipos de me mórias remotas e quatro fato res que afetam a retenção Discutir como a interação social e a cultura influenciam a memória Como é medida a inteligência de crianças em idade préescolar e quais são algumas das influências sobre ela indicad r Escalas de Inteligência de Stanford Binet Testes individuais de inteligência para crianças a partir de dois anos e usado para medir a fluidez de raciocínio o co nhecimento o raciocínio quantitativo e a memória de trabalho Escala de Inteligência Wechsler PréEscolar e Primária Revisada WPPSIIII Teste de inteligência individual para crianças de 2 anos e meio a 7 anos de idade que produz pontuações verbais e de desempenho bem como uma pontuação combinada Papalia07indd 270 Papalia07indd 270 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 271 INFLUÊNCIAS SOBRE A INTELIGÊNCIA MEDIDA Um equívoco comum é o de que as pontuações de QI representam uma quantidade fixa de in teligência inata Na realidade uma pontuação de QI é simplesmente uma medida do quanto uma criança pode realizar certas tarefas em um tempo determinado em comparação com outras crianças da mesma idade De fato as pontuações de testes de crianças em muitos países industria lizados se elevaram abruptamente desde o seu aparecimento obrigando seus criadores a produzi rem normas padronizadas Flynn 1984 1987 Acreditavase que essa tendência pudesse refletir parcialmente a exposição à televisão educativa a préescolas a pais mais bemeducados a famílias menores nas quais cada criança recebe mais atenção e a uma ampla variedade de jogos exigindo habilidades mentais bem como a alterações nos próprios testes Entretanto em testes de recrutas do exército norueguês e dinamarquês a tendência desacelerou e mesmo reverteu desde as déca das de 1970 e 1980 talvez porque essas influências tenham alcançado um ponto de saturação Sundet Balaug e Torjussen 2004 Teasdale e Owen 2008 O grau com que o ambiente familiar influencia a inteligência de uma criança é questionado Não sabemos o quanto da influência dos pais sobre a inteligência vem da contribuição genética e o quanto provém do fato de eles oferece rem um ambiente de aprendizagem mais precoce Estudos de gêmeos e de casos de adoção suge rem que a vida familiar tem sua mais forte influência na segunda infância mas esta diminui muito na adolescência McGue 1997 Neisser et al 1996 Entretanto esses estudos são resultados de amostras de brancos da classe média talvez por isso não se apliquem a famílias de baixa renda e a não brancos Neisser et al 1996 Em um estudo de crianças afroamericanas de baixa renda a influência do ambiente familiar permaneceu substancial pelo menos tão forte quanto a do QI da mãe Burchinal et al 1997 A correlação entre nível socioeconômico e QI é bem documentada Neisser et al 1996 A renda familiar está associada ao desenvolvimento e à realização cognitivos a partir da idade préescolar As circunstâncias econômicas familiares podem exercer uma influência poderosa visto que afetam outros fatores como a saúde o estresse a parentalidade e a atmosfera do lar BrooksGunn 2003 Evans 2004 McLoyd 1990 1998 NICHD Early Child Care Research Network 2005a Rouse Brooks Gunn e McLanahan 2005 Contudo algumas crianças com privação econômica se saem melhor em testes de QI do que outras Tanto os fatores genéticos quanto os ambientais estão envolvidos Em um estudo de 1116 pares de gêmeos nascidos na Inglaterra e no País de Gales entre 1994 e 1995 e avaliados aos 5 anos KimCohen et al 2004 as crianças em famílias carentes tendiam como em outros estudos a ter QIs mais baixos Entretanto crianças pobres com um temperamento expansivo mães afetuosas e atividades estimulantes em casa as quais novamente podem ser influenciados pelo QI dos pais tendiam a se sair melhor do que outras crianças com privação econômica TESTE E ENSINO BASEADOS NA TEORIA DE VYGOTSKY De acordo com Vygotsky as crianças aprendem interiorizando os resultados das interações com os adultos Essa aprendizagem interativa é mais eficaz para ajudálas a cruzarem a zona de desenvolvimento proximal ZDP o hiato entre aquilo que elas já são capazes de fazer e aquilo que ainda não estão bempreparadas para realizar sozinhas Ver Capítulo 2 A ZDP pode ser avaliada por meio de testes dinâmicos ver Capítulo 9 os quais de acordo com a teoria de Vygotsky fornecem uma medida melhor do potencial intelectual das crianças do que os testes psicométricos tradicionais que medem aquilo que a criança já dominou Os testes dinâmicos enfatizam mais o potencial do que a realização atual Os testes de realização tradi cionais medem as capacidades atuais de uma criança enquanto os testes dinâmicos empe nhamse em medir os processos de aprendizagem diretamente em vez de medilos por meio dos produtos de aprendizagem passa da Os examinadores podem ajudar a criança quando necessário fazendo perguntas dando exemplos ou de monstrações e oferecendo feedback tornando o próprio teste uma situa ção de aprendizagem zona de desenvolvimento proximal ZDP Termo de Vygotsky para a diferença entre o que uma criança pode fazer sozinha e o que a criança pode fazer com ajuda Se você fosse professora de préescola ou jardim de infância você acharia mais útil saber o QI ou a ZDP de uma criança Ao dar sugestões para resolver um quebracabeça até que sua filha seja capaz de fazêlo sozinha esta mãe au xilia o progresso cognitivo de sua filha Papalia07indd 271 Papalia07indd 271 010213 0922 010213 0922 272 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A ZPD em combinação com o conceito relacionado de andaime conceitual também pode ajudar eficientemente pais e professores a orientarem o progresso cognitivo das crianças Quanto menos capaz uma criança é de realizar uma tarefa mais andaime ou apoio um adul to precisa dar Quanto mais ela é capaz de fazer menos ajuda o adulto dá Quando a criança é capaz de fazer a tarefa sozinha o adulto retira o andaime que não mais é necessário Ao possibilitar que as crianças tenham consciência monitorem seus próprios pro cessos cognitivos e reconheçam quando precisam de ajuda os pais podem ajudar os filhos a assumir responsabilidade pelo apren dizado Crianças em idade préescolar que recebem o andaime conceitual estão mais bem capacitadas a regularem sua própria aprendizagem quando chegam ao jardim de infância Neitzel e Stright 2003 Em um estudo longitu dinal de 289 famílias com bebês as habilidades que as crianças desenvolveram durante as interações com suas mães aos 2 e 3 anos e meio possibilitaramlhes aos 4 anos e meio regular a resolução de problemas dirigida ao objetivo e iniciar interações sociais Além disso crianças de 2 anos de idade cujas mães ajudavam a manter o interesse da criança em uma atividade por exemplo fazendo per guntas fazendo sugestões ou comentários ou oferecendo escolhas tendiam aos 3 anos e meio e aos 4 anos e meio a mostrar independência nas habilidades cognitivas e sociais tais como solucionar um problema e iniciar interação social Landry et al 2000 Desenvolvimento da linguagem Crianças em idade préescolar são cheias de perguntas Quantos dormem até amanhã Quem en cheu o rio de água Bebês têm músculos Os cheiros vêm de dentro do meu nariz A crescen te facilidade das crianças pequenas com a linguagem as ajuda a expressar sua visão de mundo particular Entre as idades de 3 e 6 anos as crianças fazem avanços rápidos no vocabulário na gramática e na sintaxe A criança que aos 3 anos descreve como o pa pai machada a madeira cortaa com um machado ou pede à mamãe para dividir sua comida cortála em pedaços menores pode aos 5 anos dizer à sua mãe Não seja ridícula ou apontar orgulhosamente para os seus brinquedos e dizer Vê como eu or ganizei tudo VOCABULÁRIO Na idade de 3 anos a criança média sabe e pode usar de 900 a mil palavras Aos 6 uma criança típica tem um vocabulário fala expressivo de 26 mil palavras e entende mais de 20 mil Com a ajuda de instrução escolar formal o vocabulário palavras que ela pode entender passivo ou receptivo de uma criança se quadruplicará para 80 mil palavras quando entrar para a escola Owens 1996 Esta rápida expansão do vocabulário pode ocorrer por meio de associação rápida a qual permi te à criança captar o significado aproximado de uma nova palavra depois de ouvila uma ou duas vezes andaime conceitual Apoio temporário para ajudar uma criança a dominar uma tarefa Vygotsky acreditava que o brinquedo proporcionava às crianças uma grande quantidade de andaime conceitual permitindolhes funcionar na extremidade mais alta de sua ZDP Se solicitadas a fingir ser uma estátua as crianças provavelmente são capazes de permanecer imóveis por mais tempo do que se solicitadas a simplesmente permanecer paradas As regras de ser uma estátua fornecem apoio para as capacidades reguladoras emergentes das crianças verificador você é capaz de Descrever dois testes de inteligência individuais para crianças de idade préescolar Discutir a relação entre NSE e QI Explicar como uma pontuação de teste baseado na ZDP dife re de uma pontuação de teste psicométrico indicad r De que forma a linguagem melhora durante a segunda infância e o que acontece quando o seu desenvolvimento é atrasado Quando expostas a rimas as crianças de 5 anos de famílias mais ricas mostram mais localização da linguagem no hemisfério esquerdo exatamente como os adultos do que crianças de famílias mais pobres Isto pode resultar das crianças de famílias mais ricas serem expostas a vocabulário e sintaxe mais complexos Raizada et al 2008 associação rápida Processo pelo qual uma criança absor ve o significado de uma palavra nova após ouvila uma ou duas vezes em uma conversa Papalia07indd 272 Papalia07indd 272 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 273 em uma conversa A partir do contexto as crianças parecem formar uma hipótese rápida a respeito do significado da palavra que é então aprimorada com a exposição e o uso adicionais Os linguistas não têm certeza de como a associação rápida funciona mas parece provável que as crianças recor ram àquilo que já sabem sobre as regras de formação das palavras sobre palavras similares sobre o contexto imediato e sobre o assunto que está em discussão Nomes de objetos substantivos parecem ser mais fáceis de associar rapidamente do que os nomes de ações verbos que são menos concre tos Contudo um experimento demonstrou que crianças com idades pouco abaixo de 3 anos sabem associar rapidamente um novo verbo e aplicálo a outra situação em que a mesma ação é executada Golinkoff et al 1996 Muitas crianças de 3 e 4 anos parecem capazes de dizer quando duas palavras se referem ao mes mo objeto ou ação Savage e Au 1996 Elas também sabem que mais de um adjetivo pode aplicarse ao mesmo substantivo Fido é malhado e peludo e que um adjetivo pode ser combinado com um nome próprio Fido esperto Hall e Graham 1999 GRAMÁTICA E SINTAXE A maneira pela qual as crianças combinam sílabas em palavras e palavras em sentenças tornase cada vez mais sofisticada durante a segunda infância Na idade de 3 anos as crianças normalmente come çam a usar plurais possessivos e pretérito e sabem a diferença entre eu você e nós Elas podem fazer e responder perguntas de o quê e onde Por que e como são mais difíceis de entender Entretan to suas sentenças geralmente são curtas simples e declarativas Kitty quer leite Elas frequente mente omitem artigos tais como uma e oa mas incluem alguns pronomes adjetivos e preposições Entre as idades de 4 e 5 anos as frases têm em média quatro a cinco palavras e podem ser declarativas negativas Não estou com fome interrogativas Por que eu não posso ir lá fora ou imperativas Pegue a bola Crianças de 4 anos usam frases complexas de múltiplas regras grama ticais Estou comendo porque estou com fome com mais frequência se seus pais assim o fizerem Huttenlocher et al 2002 Elas também são afetadas por seus pares Quando as crianças interagem com outras crianças que têm habilidades de linguagem fortes isto resulta em um efeito positivo pe queno mas significativo sobre sua própria linguagem Mashburn et al 2009 As crianças desta idade tendem a encadear frases em longas narrativas contínuas E então E então Sob certos aspectos a compreensão pode ser imatura Por exemplo Noah de 4 anos sabe executar uma ordem que inclui mais de um passo Pegue seus brinquedos e coloqueos no armário Entretanto se sua mãe lhe disser Você pode assistir à TV depois de pegar seus brinquedos ele pode processar as pala vras na ordem em que as ouviu assistindo à televisão primeiro e pegando brinquedos depois Dos 5 aos 7 anos a fala das crianças assemelhase muito à dos adultos Elas falam utilizando frases mais longas e mais complicadas Usam mais conjunções preposições e artigos Usam frases compostas e complexas e podem lidar com todas as partes da fala Ainda assim embora as crianças dessa idade fa lem fluentemente compreensivelmente e razoavelmente bem do ponto de vista gramatical elas ainda precisam dominar muitas sutilezas da linguagem Raramente elas usam a voz passiva Eu fui vestido pelo vovô frases condicionais Se eu fosse grande poderia dirigir o ônibus ou verbo auxiliar C S Chomsky 1969 As crianças pequenas frequentemente cometem erros porque ainda não aprenderam as regras e suas exceções Dizer prendido em vez de preso ou fazido em vez de feito é um sinal normal de progresso linguístico Quando as crianças pequenas descobrem uma regra tal como colocar um verbo no tempo passado elas tendem a generalizar a usála mesmo com palavras às quais a regra não se aplica O treinamento pode ajudar as crianças a dominar essas formas sintáticas Vasilyeva Huttenlocher e Waterfall 2006 PRAGMÁTICA E DISCURSO SOCIAL À medida que as crianças aprendem vocabulário gramática e sintaxe elas se tornam mais competen tes em pragmática o conhecimento prático de como usar a linguagem para se comunicar Isto inclui saber pedir coisas contar uma história ou piada iniciar e continuar uma conversa e ajustar os comen pragmática O conhecimento prático necessário para usar a linguagem para fins de comunicação Papalia07indd 273 Papalia07indd 273 010213 0922 010213 0922 274 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman tários à perspectiva do ouvinte Todos eles são aspectos do discurso social a fala que se destina a ser entendida por um ouvinte Com a melhora da pronúncia e da gramática tornase mais fácil aos outros entenderem o que as crianças dizem A maioria das crianças de 3 anos é bastante tagarela e presta atenção no efeito de sua fala sobre os outros Se as pessoas não puderem entendêlas elas tentarão explicarse mais claramente Crianças de 4 anos principalmente meninas simplificam sua linguagem e usam um registro mais alto quando falam a crianças de 2 anos Owens 1996 Shatz e Gelman 1973 A maioria das crianças de 5 anos sabe adaptar aquilo que diz àquilo que o ouvinte sabe Sabem também usar palavras para resolver disputas e usam uma linguagem mais polida com menos ordens diretas ao conversar com adultos do que com outras crianças Quase a metade das crianças de 5 anos sabe aterse a um tópico conversacional durante aproximadamente uma dúzia de vezes se estiverem à vontade com seu interlocutor e se o tópico referirse a algo que conhecem e com o qual se importam DISCURSO PARTICULAR Anna de 4 anos estava sozinha em seu quarto pintando Quando terminou ouviramna dizer em voz alta Agora eu preciso colocar os quadros em algum lugar para secar Vou colocálos na janela Eles precisam secar agora Discurso particular falar alto consigo mesmo sem nenhuma intenção de comunicarse com os outros é normal e comum na infância Piaget 19621923 via o discurso particular como um sinal de imaturidade cognitiva Por serem egocêntricas ele sugeriu elas são incapazes de reconhecer os pontos de vista dos outros e portanto são incapazes de comunicarse de maneira significativa Em vez disso elas simplesmente vocalizam qualquer coisa que lhes passe pela mente Vygotsky 19621934 não via o discurso particular como egocêntrico Viao como uma forma es pecial de comunicação conversação consigo mesmo A pesquisa geralmente apoia Vygotsky Em um estudo com crianças de 3 a 5 anos 86 dos comentários das crianças não eram egocêntricos Berk 1986a As crianças mais sociáveis e aquelas que se envolvem mais em discursos sociais tendem também a usar mais o discurso particular sustentando o ponto de vista de Vygotsky de que o discur so particular é estimulado pela experiência social Berk 1986a 1986b 1992 Berk e Garvin 1984 Kohlberg Yaeger e Hjertholm 1968 Também há evidência de um papel do discurso particular na autorregulação como Anna estava fazendo Agora eu tenho que colocar as pinturas em algum lugar para secar Berk e Garvin 1984 Furrow 1984 O discurso particular tende a aumentar quando a criança está tentando solucionar problemas ou realizar tarefas difíceis especialmente sem a supervisão de um adulto Berk 1992 Berk e Garvin 1984 Vygotsky propôs que o discurso par ticular aumenta durante os anos da préescola e então diminui durante a primeira parte da terceira infância quando as crianças tornamse mais capazes de guiar e dominar suas ações Entretanto o padrão agora parece ser mais complexo Embora Vygotsky considerasse a necessidade do discurso particular um estágio universal do desenvolvimento cognitivo estudos encontraram uma ampla variedade de diferenças individuais com algumas crianças usandoo muito pouco ou simplesmente não o usando Berk 1992 ATRASO NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM O fato de que Albert Einstein só começou a usar as palavras quando tinha entre 2 e 3 anos de idade Isaacson 2007 pode encorajar os pais de outras crianças cuja fala se desenvolve mais tarde do que o usual Aproximadamente 5 a 8 de crianças de idade préescolar apresentam atrasos de fala e lingua gem US Preventive Services Task Force 2006 Não se sabe com clareza por que algumas crianças falam tardiamente Não lhes falta necessa riamente um estímulo linguístico em casa Problemas de audição e anormalidades da cabeça e da face podem estar associados com atrasos de fala e linguagem assim como nascimento prematuro histórico familiar fatores socioeconômicos e outros atrasos do desenvolvimento Dale et al 1998 US Preventive Services Task Force 2006 A hereditariedade parece desempenhar um papel Kovas et al 2005 Lyytinen et al 2001 Spinath et al 2004 Os meninos têm maior probabilidade do que discurso social Fala que se destina a ser entendida por um ouvinte discurso particular Conversar em voz alta consigo mesmo sem nenhuma intenção de comunicar se com os outros Papalia07indd 274 Papalia07indd 274 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 275 as meninas de começar a falar tardiamente Dale et al 1998 US Preventive Services Task Force 2006 Crianças com atraso de linguagem podem ter problemas de associação rápida talvez precisem ouvir uma palavra nova mais frequentemente do que as outras antes de poderem incorporála a seu vocabulário M Rice et al 1994 Muitas crianças que falam tardiamente especialmente aquelas cuja compreensão é normal eventualmente recuperam o terreno perdido Um dos maiores estudos feito até hoje determinou que 80 das crianças com atrasos de linguagem aos 2 anos de idade emparelham com seus pares aos 7 anos de idade Rice Taylor e Zubrick 2008 Entretanto algumas crianças com atrasos da primeira linguagem se não forem tratadas podem experimentar consequências cognitivas sociais e emocio nais de longo alcance US Preventive Services Task Force 2006 PREPARAÇÃO PARA A ALFABETIZAÇÃO Para entender o conteúdo de uma página impressa as crianças primeiramente precisam dominar certas habilidades de préleitura A alfabetização emergente referese ao desenvolvimento dessas habilidades As habilidades de préleitura podem ser divididas em dois tipos 1 habilidades de linguagem oral tais como vocabulário sintaxe estrutura narrativa e o entendimento de que a linguagem é usada para se comunicar e 2 habilidades fonológicas específicas ligar letras com sons que ajudam a decodificar a palavra impressa Cada um desses tipos de habilidade parece ter seu próprio efeito in dependente NICHD Early Child Care Research Network 2005b Lonigan Burgess e Anthony 2000 Whitehurst e Lonigan 1998 Em um estudo de 2 anos de 90 crianças britânicas em idade escolar o desenvolvimento do reconhecimento de palavras pareceu depender criticamente das habilidades fonológicas enquanto as habilidades de linguagem oral como vocabulário e habilidades gramaticais foram indicadores mais importantes da compreensão da leitura Muter et al 2004 A interação social é um fator importante no desenvolvimento da alfabetização As crianças têm maior probabilidade de ler e escrever melhor se durante a fase préescolar os pais apresentarem desafios conversacionais para os quais as crianças estão preparadas se usarem um vocabulário rico e centralizarem as conversas à mesa de jantar nas atividades do dia a dia em eventos passados mutua mente lembrados ou em questões referentes ao motivo pelo qual as pessoas fazem as coisas e como as coisas funcionam Reese 1995 Snow 1990 1993 Quando as crianças aprendem as habilidades de que precisarão para traduzir a palavra escrita em fala elas também aprendem que a escrita pode expressar ideias pensamentos e sentimentos As crianças em idade pré escolar fingem escrever fazendo garatujas alinhando seus ra biscos da esquerda para a direita Brenneman et al 1996 Posteriormente elas começam a usar letras números e for mas semelhantes a letras para representar palavras sílabas ou fonemas Frequentemente a grafia delas é tão inventiva que elas próprias não sabem ler o que escreveram Whitehurst e Lonigan 1998 Ler para crianças é um dos caminhos mais eficazes para a alfabetização Crianças que ouvem histórias desde os primei ros anos de vida aprendem a sequência da palavra escrita por exemplo que a leitura e a escrita se dão da esquerda para a direita e de cima para baixo e que as palavras são separadas por espaços Elas também são motivadas a aprender a ler Siegler 1998 Whitehurst e Lonigan 1998 MÍDIA E COGNIÇÃO Ao contrário dos bebês e das crianças pequenas as crianças em idade préescolar compreendem a natureza simbólica da tele visão e podem facilmente iniciar comportamentos que obser alfabetização emergente Desenvolvimento de habilidades conhecimento e atitudes de crianças em idade préescolar subjacentes à capacidade de leitura e escrita Brinquedos e jogos que familiarizam as crianças com o alfabeto e com os sons das letras podem darlhes um impulso inicial para aprender a ler Papalia07indd 275 Papalia07indd 275 010213 0922 010213 0922 276 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman vam Bandura Ross e Ross 1963 Kirkorian Wartella e Anderson 2008 Aos 3 anos de idade as crianças são usuárias ativas da mídia capazes de prestar maior atenção ao diálogo e à narrativa Huston e Wright 1983 A exposição à televisão durante os primeiros anos de vida pode estar associada com desenvolvimento cognitivo mais pobre mas as crianças acima dos 2 anos expostas a programas que seguem um currículo educa tivo demonstraram aumento das habilidades cognitivas Kirkorian et al 2008 Em um estudo quanto mais tempo crianças de 3 a 5 anos passavam assistindo ao programa Vila Sésamo mais o seu vocabulário melhorava M L Rice et al 1990 O conteúdo do programa é um mediador importante Pais que limitam o tempo de televisão selecionam programas bem planejados e adequados para a idade e assistem aos programas com seus filhos podem aumentar os benefícios da mídia Tabela 77 Educação na segunda infância Ir à préescola é um passo importante pois amplia o ambiente físico cognitivo e social da criança A transição para o jardim de infância o início da escola de verdade é outro passo considerável Exa minemos essas duas transições TIPOS DE PRÉESCOLA Os objetivos e currículos das préescolas variam muito Alguns programas enfatizam a realização aca dêmica e outros focalizam o desenvolvimento social e emocional Em alguns países como a China as préescolas fornecem o preparo acadêmico para a escolarização Em contrapartida muitas préescolas têm seguido filosofias progressistas centradas na criança enfatizando o crescimento social e emo cional alinhado às necessidades de desenvolvimento das crianças pequenas Dois dos programas mais influentes o Montessori e o Reggio Emilia foram baseados em premissas filosóficas semelhantes O método Montessori Como a primeira médica mulher da Itália Maria Montessori dedicouse a encontrar métodos novos e melhores para educar crianças com necessidades especiais Por causa de verificador você é capaz de Traçar o progresso normal no vocabulário gramática sinta xe e capacidades conversacio nais de crianças de 3 a 6 anos Explicar por que as crianças usam o discurso particular Discutir as possíveis causas consequências e o tratamento de desenvolvimento da lin guagem atrasado Identificar os fatores que pro movem a preparação para a alfabetização Discutir a relação entre uso da mídia e cognição indicad r Para que serve a educação na segunda infância e como as crianças fazem a transição para o jardim de infância TABELA 77 Usando a mídia com responsabilidade Limite o tempo de televisão e computador para a menor quantidade possível Estabeleça diretrizes para o uso adequado de todas as mídias incluindo TV vídeosDVDs filmes e jogos Proteja as crianças da mídia com conteúdo inadequado Retire TVs sistemas de videogame e computadores dos quartos Assista programas e filmes junto com as crianças e discuta o que vocês estão assistindo Use a mídia de uma forma positiva para despertar a imaginação e a criatividade Limite o número de produtos que você compra para seu filho que estejam associados a programas de TV Fonte Teachers Resisting Unhealthy Childrens Entertainment TRUCE 2008 Os vendedores de livros dos EUA notaram uma tendência de diminuição dos livros de figuras e um aumento nos livros de leitura para crianças pequenas presumivelmente como resultado da preocupação dos pais com a alfabetização Os livros de leitura com menos figuras e mais texto ajudam a desenvolver a imaginação das crianças ou exigem demais delas prematuramente Bosman 2010 Papalia07indd 276 Papalia07indd 276 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 277 seu sucesso com essas crianças ela foi convidada a iniciar uma escola para crianças carentes morado ras de favelas da Itália Em 1907 Montessori abriu a Casa dei Bambini e iniciou um movimento que desde então se espalhou pelo mundo O método Montessori é baseado na crença de que a inteligência natural das crianças envolve aspectos racionais espirituais e empíricos Edwards 2003 Montessori salienta a importância de as crianças aprenderem independentemente em seu próprio ritmo na medida em que trabalham com materiais adequados ao desenvolvimento e com tarefas escolhidas por elas As crianças são agrupadas em salas de aula de idades variadas da primeira infância até os 3 anos é considerado a mente absor vente inconsciente e dos 3 aos 6 anos é considerado a mente absorvente consciente Montessori 1995 Os professores atuam como guias e as crianças mais velhas ajudam as menores O currículo é individualizado mas tem uma abrangência definida e uma sequência prescrita Os professores for necem um ambiente de produtividade calma e as salas de aula são organizadas para serem ambientes disciplinados agradáveis A abordagem de Montessori provou ser eficaz Uma avaliação da educação Montessori em Mi lwaukee revelou que estudantes de Montessori de 5 anos de idade estavam melhor preparados para o ensino fundamental em leitura e matemática do que crianças que frequentaram outros tipos de pré escola Lillard e ElseQuest 2006 A abordagem Reggio Emilia No final da década de 1940 um grupo de educadores e pais ita lianos criou um plano para revitalizar uma sociedade esfacelada após a II Guerra Mundial por meio de uma nova abordagem da educação para crianças pequenas Seu objetivo era melhorar as vidas das crianças e das famílias encorajando diálogos e debates não violentos desenvolvendo habilidades de resolução de problemas e forjando relacionamentos estreitos e de longo prazo com professores e colegas Lóris Malaguzzi o diretor fundador da escola era um construtivista social fortemente influenciado por Dewey Piaget Vygotsky e Montessori Ele imaginou uma educação baseada em relacionamentos que apoiava as ligações da criança com as pessoas a sociedade e o ambiente Malaguzzi 1993 PROGRAMAS PRÉESCOLARES COMPENSATÓRIOS Os programas préescolares compensatórios visam ajudar as crianças que de outro modo entrariam na escola mal preparadas para aprender O programa préescolar compensatório mais conhecido para crianças de famílias de baixa renda nos Estados Unidos é o projeto Head Start um projeto financiado pelo governo federal lançado em 1965 Coerente com sua abordagem da criança como um todo suas metas não são unicamente aumentar as habilidades cognitivas mas melhorar a saúde física e estimular a autoconfiança e as habilidades sociais O programa provê cuidados médicos como tra tamento dentário e de saúde mental serviços sociais e no mínimo uma refeição quente por dia Aproximadamente 1 em cada 3 crianças do Head Start é de famílias que não falam a língua inglesa predominantemente hispânicas e a maioria vive em lares de mãe solteira Administration for Chil dren and Families ACF 2006a O projeto Head Start fez jus ao seu nome Os primeiros relatos sugeriram que os ganhos obtidos pelas crianças do Head Start não foram mantidos Entretanto esta é uma questão controversa Apro ximadamente metade das crianças que se candidataram mas não participaram do Head Start encon traram arranjos escolares alternativos portanto o grupocontrole as crianças que não participaram do Head Start na verdade experimentaram uma variedade de diferentes situações escolares em vez da falta de qualquer experiência escolar enriquecedora Alguns pesquisadores argumentam que isso poderia ajudar a explicar por que muitas crianças que não participaram do Head Start na primeira série pareceram emparelhar com os participantes do programa Além disso os padrões de efeito podem diferir para diferentes grupos de crianças Por exemplo estudantes bilíngues e crianças com necessi dades especiais que participaram nos primeiros programas de intervenção tendem a apresentar ganhos maiores e que são mantidos por períodos de tempo mais longos National Forum on Early Childhood Policy and Programs 2010 A Zona das Crianças do Harlem é um programa atual extremamente bemsucedido baseado no modelo bioecológico de Bronfenbrenner ver Capítulo 2 Uma razão para seu sucesso extraordinário é a abordagem de sistemas utilizada para tratar as deficiências das crianças O foco é tanto a comunidade quanto as crianças com o objetivo de realizar um ponto de virada de eventos e ambientes enriquecidos que espera se em algum momento tornese autoperpetuador Papalia07indd 277 Papalia07indd 277 010213 0922 010213 0922 278 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman As crianças do projeto Head Start fazem progresso em vocabulário reconhecimento de letras habilidades de escrita precoce habilidades matemáticas e habilidades sociais Como mostra a Figura 75 o hiato entre seu vocabulário e as pontuações de primeira leitura e as normas nacionais diminuiu significativamente desde o final da década de 1990 ACF 2006a Além disso suas habilidades continuam a progredir no jardim de infância Os progressos estão estreitamente relacionados ao envolvimento dos pais ACF 2006b Uma análise dos efeitos de longo prazo do projeto Head Start sugere que os benefícios superam os custos Ludwig e Phillips 2007 As crianças do Head Start e de outros progra mas compensatórios têm menor probabilidade de serem colocadas em escolas de educação especial ou de repetirem uma série e têm maior probabilidade de concluírem o ensino médio do que as crianças de fa mílias de baixa renda que não participam desses programas Neisser et al 1996 Os diplomados de um desses programas o Projeto Pré Escolar Perry tiveram muito menor probabilidade de se tornar delin quentes juvenis ou de engravidar na adolescência BerruetaClement et al 1985 Schweinhart Barnes e Weikart 1993 ver Capítulo 17Os desfechos são melhores quando a intervenção ocorre mais cedo e dura mais tempo por meio de programas centralizados e de alta qualidade BrooksGunn 2003 Reynolds e Temple 1998 Zigler e Styfco 1993 1994 2001 Em 1995 iniciouse um programa Early Head Start para oferecer ser viços de desenvolvimento infantil e familiar para famílias de baixa renda com bebês e crianças pequenas Nas idades de 2 e 3 anos de acordo com estudos randomizados os participantes obtiveram uma pontuação mais elevada em testes padroni zados de desenvolvimento e vocabulário e corriam menor risco de baixo desenvolvimento do que as crianças que não participavam do programa Aos 3 anos eles eram menos agressivos mais absorvidos no brincar e mais positivamente envolvidos com seus pais Os pais do Early Head Start ofereciam mais apoio emocional mais aprendizagem e estimulação da linguagem liam mais para seus filhos e batiam menos neles Os programas que ofereciam uma combinação de serviços centralizados e visitas domiciliares apresentaram melhores resultados do que aqueles que se concentravam somente em um ou outro desses ambientes Commissioners Office of Research and Evaluation and Head Start Bureau 2001 Love et al 2002 2005 Um consenso cada vez maior entre os educadores da segunda infância é que a forma mais efetiva de garantir que os ganhos obtidos nos programas de intervenção precoce e de educação compensatória sejam mantidos é por meio de uma abordagem PK3 um programa sistemático que se estende da préescola até a terceira série Esse programa 1 ofereceria educação préescolar para todas as crianças de 3 e 4 anos 2 exigiria préescola em tempo integral e 3 coordenaria e alinharia experiências e expectativas educacionais da préescola até a terceira série por meio de um currículo sequencial baseado nas necessidades e capacidades das crianças e ensinado por profissio nais qualificados Bogard e Takanishi 2005 A préescola financiada pelo estado está se tornando uma tendência nacional A maioria desses programas é para crianças carentes mas um número cada vez maior de estados está oferecendo pro gramas préescolares universais para todos voluntariamente A CRIANÇA NA PRÉESCOLA Originalmente um ano de transição entre a relativa liberdade do lar e a estrutura da escola de ver dade nos Estados Unidos a préescola tornouse algo mais parecido com a 1 a série As crianças gas tam menos tempo em atividades escolhidas por elas mesmas e mais tempo em folhas de exercícios preparandose para ler Embora alguns estados não exijam programas de préescola ou a frequência a um deles a maioria das crianças de 5 anos os frequentam A partir do final da década de 1970 um número cada vez maior O objetivo principal da préescola deve ser fornecer uma base acadêmica forte ou promover o desenvolvimento social e emocional Porcentagem da diferença nas pontuações padrões de março reduzidas em setembro 20 0 20 199798 200001 200304 40 60 80 100 Coorte de crianças do programa Head Start 22 27 7 11 10 28 Vocabulário Leitura inicial FIGURA 75 Redução da lacuna entre as crianças no projeto Head Start e as normas nacionais de março a setembro de 1997 2000 e 2003 Nota As pontuações de vocabulário e leitura inicial para esta análise referemse a crianças de 4 anos ou mais que foram avaliadas em mar ço e em setembro Fonte Administration for Children and Families 2006a Papalia07indd 278 Papalia07indd 278 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 279 de crianças da préescola passa o dia inteiro na escola em vez do tradicional meio período National Center for Education Statistics NCES 2004 Um impulso prático para essa tendência é o crescente número de famílias monoparentais e pessoas que trabalham em dois empregos Além disso um grande número de crianças já frequentou programas de maternal jardim de infância ou creche em tempo integral e está preparado para um currículo mais rigoroso da préescola Walston e West 2004 As crianças aprendem mais ao passarem o dia inteiro na préescola Inicialmente sim A préescola em tempo integral tem sido associada com maior crescimento das habilidades de leitura e matemática do outono até a primavera mas de modo geral essas vantagens tendem a ser de pequenas a moderadas VotrubaDrzal LiGrining e MaldonadoCarreno 2008 Ao final da terceira série a quantidade de tempo passado na préescola não faz uma diferença substancial no desempenho de leitura matemática e ciências Rathbun West e GerminoHausken 2004 Os achados ressaltam a importância da preparação que uma criança recebe antes da préescola Os recursos com que as crianças ingressam na préescola préalfabetização e a riqueza de um am biente doméstico voltado à alfabetização predizem o desempenho na leitura na 1 a série e essas diferenças individuais tendem a persistir ou a aumentar durante os primeiros quatro anos de escola Denton West e Walston 2003 Rathbun et al 2004 Além disso crianças com experiência no maternal e jardim de infância tendem a ajustarse mais facilmente à préescola do que aquelas que passaram pouco ou nenhum tempo na escolinha Ladd 1996 O ajustamento emocional e social também afeta a preparação para a préescola e prediz fortemen te o sucesso escolar Mais importante do que saber o alfabeto ou ser capaz de contar até 20 dizem as professoras de préescola são as capacidades de permanecer sentadoa tranquilamente seguir orientações esperar a vez e controlar o próprio aprendizado Blair 2002 BrooksGunn 2003 Raver 2002 Há diferenças individuais na capacidade de autorregulação das crianças mas o ambiente pode promover ou impedir a atividade reguladora sugerindo a importância da gestão da sala de aula na realização acadêmica RimmKaufman et al 2009 O ajustamento à préescola pode ser facilitado permitindo que as crianças e os pais visitem a escola antes do início do ano letivo encurtando os dias de escola no início do primeiro ano tendo professores que façam visitas domiciliares mantendo ses sões de orientação para os pais e mantendo os pais informados sobre o que está acontecendo na escola Schulting Malone e Dodge 2005 O desenvolvimento das habilidades físicas e cognitivas da segunda infância afeta a autoimagem das crianças seu ajustamento emocional e o quão bem elas viverão em casa e se darão bem com os colegas como veremos no Capítulo 8 verificador você é capaz de Comparar as metas e a efi cácia de tipos variáveis de programas préescolares Avaliar os benefícios da edu cação préescolar compensa tória Discutir fatores que afetam o ajustamento ao jardim de infância resumo e palavraschave DESENVOLVIMENTO FÍSICO Aspectos do desenvolvimento físico Como os corpos e os cérebros das crianças se modificam entre as idades de 3 e 6 anos e quais distúrbios do sono e realizações motoras são comuns O crescimento físico continua durante as idades de 3 a 6 anos porém mais lentamente do que durante a fase de bebê e a primeira infância Em média meninos são ligeiramente mais altos mais pesados e mais musculosos do que as meninas Os sistemas corpóreos internos estão amadurecendo Os padrões de sono se alteram durante a segunda in fância como ocorre ao longo da vida e são afetados por expectativas culturais Sonambulismo ocasional terrores noturnos e pesadelos são comuns mas problemas persistentes de sono podem indicar distúrbios emocionais Urinar na cama é algo que normalmente desaparece sem ajuda especial O desenvolvimento cerebral continua regularmente durante toda a infância e afeta o desenvolvimento motor As crianças progridem rapidamente na aquisição de habilidades motoras grossas e finas desenvolvendo sis temas de ação mais complexos indicad r Papalia07indd 279 Papalia07indd 279 010213 0922 010213 0922 280 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A lateralidade manual é geralmente evidente aos 3 anos de idade refletindo a dominância de um dos hemisférios cerebrais De acordo com a pesquisa de Kellogg os estágios de produção artística que refletem o desenvolvimento cerebral e a coordenação motora fina são o estágio do rabisco o estágio das formas o estágio do desenho e o estágio pictográfico enurese 249 habilidades motoras grossas 250 habilidades motoras finas 251 sistemas de ação 251 lateralidade manual 251 Saúde e segurança Quais são os principais riscos à saúde e à segurança das crianças pequenas Embora as principais doenças contagiosas sejam raras atualmente nos países industrializados em razão das campanhas de vacinação em massa doenças evitáveis continuam a ser um grande problema nos países em desenvolvimento A prevalência de obesidade entre crianças de idade pré escolar tem aumentado A subnutrição pode afetar todos os aspectos do desen volvimento As alergias alimentares estão se tornando cada vez mais comuns Os acidentes com mais frequência em casa são a causa principal de mortalidade infantil nos Estados Unidos Fatores ambientais como exposição à pobreza falta de moradia tabagismo poluição atmosférica e pesticidas aumentam o risco de doenças ou lesões O envenena mento por chumbo pode ter sérios efeitos físicos cogni tivos e comportamentais DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Abordagem piagetiana a criança préoperatória Quais são os avanços cognitivos e os aspectos imaturos típicos do pensamento de crianças em idade préescolar As crianças que se encontram no estágio préoperatório apresentam diversos avanços importantes bem como alguns aspectos imaturos de pensamento A função simbólica permite que as crianças reflitam sobre as pessoas objetos e eventos que não estão fisica mente presentes Ela se apresenta na imitação diferida nas brincadeiras de faz de conta e na linguagem O desenvolvimento simbólico ajuda a criança préopera tória a fazer julgamentos mais precisos das relações es paciais Elas podem vincular causa e efeito com respeito a situações familiares categorizar comparar qualidades e entender princípios de contagem As crianças préoperatórias parecem ser menos egocên tricas do que Piaget imaginava A centração impede as crianças préoperatórias de entenderem os princípios da conservação Sua lógica também pode ser limitada pela irreversibilidade e por se concentrarem em estados em vez das trans formações A teoria da mente que se desenvolve notavelmente en tre os 3 e os 5 anos inclui a consciência que a criança tem dos seus próprios processos de pensamento cognição social entendimento de que as pessoas podem ter fal sas crenças capacidade para ludibriar capacidade para distinguir entre aparência e realidade e capacidade para distinguir entre fantasia e realidade O amadurecimento e as influências ambientais afetam as diferenças individuais no desenvolvimento da teoria da mente estágio préoperatório 259 função simbólica 260 brincadeiras de faz de conta 260 transdução 261 animismo 261 centração 262 descentrar 262 egocentrismo 262 conservação 264 irreversibilidade 264 teoria da mente 264 Abordagem do processamento de informação o desenvolvimento da memória Quais são as capacidades da memória que se expandem na segunda infância Os modelos de processamento de informação descre vem três etapas da memória codificação armazenamen to e recuperação Embora a memória sensorial apresente poucas mudan ças com a idade a capacidade da memória de trabalho aumenta muito A central executiva controla o fluxo de informação que entra e que sai da memória de longo prazo Em todas as idades o reconhecimento é melhor do que a lembrança mas ambos aumentam durante a segunda infância A memória episódica inicial é somente temporária ela desaparece ou é transferida para a memória genérica A memória autobiográfica normalmente se inicia aos 3 ou 4 anos ela pode estar relacionada ao autorreconheci mento e ao desenvolvimento da linguagem indicad r indicad r indicad r Papalia07indd 280 Papalia07indd 280 010213 0922 010213 0922 Desenvolvimento Humano 281 De acordo com o modelo de interação social crianças e adultos constroem conjuntamente as memórias auto biográficas ao conversarem a respeito de experiências compartilhadas As crianças têm maior probabilidade de se lembrarem de atividades incomuns das quais participam ativamente A maneira como os adultos conversam com as crianças a respeito dos eventos influencia a formação da memória codificação 267 armazenamento 267 recuperação 267 memória sensorial 267 memória de trabalho 267 função executiva 268 central executiva 268 memória de longo prazo 268 reconhecimento 268 lembrança 268 memória genérica 269 roteiro script 269 memória episódica 269 memória autobiográfica 269 modelo de interação social 269 Inteligência abordagens psicométrica e vygotskiana Como é medida a inteligência de crianças em idade préescolar e quais são algumas das influências sobre ela Os dois testes psicométricos de inteligência mais comu mente usados para crianças pequenas são as Escalas de Inteligência de StanfordBinet e a Escala de Inteligência Wechsler Préescolar e Primária Revisada WPPSIIII As pontuações obtidas nos testes de inteligência têm aumentado nos países industrializados As pontuações obtidas nos testes de inteligência podem ser influenciadas por uma série de fatores incluindo o ambiente familiar e o nível socioeconômico Testes mais recentes baseados no conceito de zona de desenvolvimento proximal ZDP de Vygotsky indicam um potencial imediato da capacidade de realização Es ses testes combinados com o conceito de andaime con ceitual podem ajudar os pais e professores a orientar o progresso da criança Escalas de Inteligência de StanfordBinet 270 Escala de Inteligência Wechsler Préescolar e Primária Revisada WPPSIIII 270 zona de desenvolvimento proximal ZDP 271 andaime conceitual 272 Desenvolvimento da linguagem De que forma a linguagem melhora durante a segunda infância e o que acontece quando o seu desenvolvimento é atrasado Durante a segunda infância o vocabulário aumenta consideravelmente e a gramática e a sintaxe tornamse razoavelmente elaboradas As crianças tornamse mais competentes em pragmática O discurso particular é normal e comum ele pode ajudar na mudança para a autoregulação As causas para o atraso no desenvolvimento da lingua gem não são precisas Se não forem tratados os atrasos de linguagem podem ter sérias consequências cogniti vas sociais e emocionais A interação com adultos pode promover o surgimento da alfabetização Programas bem planejados adequados para a idade estão associados com aumento do desenvolvimento cognitivo associação rápida 272 pragmática 273 discurso social 274 discurso particular 274 alfabetização emergente 275 Educação na segunda infância Para que serve a educação na segunda infância e como as crianças fazem a transição para o jardim de infância As metas da educação préescolar variam de acordo com as culturas Os programas préescolares compensatórios têm tido resultados positivos e o desempenho dos participantes está se aproximando das normas nacionais Os progra mas compensatórios que se iniciam cedo podem ter melhores resultados Muitas crianças atualmente frequentam a préescola durante o dia inteiro O sucesso na préescola depende muito do ajuste emocional e social e da preparação an terior indicad r indicad r indicad r Papalia07indd 281 Papalia07indd 281 010213 0922 010213 0922 Capítulo 8 pontos principais O desenvolvimento da identidade Gênero Brincar a principal atividade da segunda infância Parentalidade Relacionamentos com outras crianças pontos principais você sabia que Crianças pequenas acham difícil entender que podem ter emoções conflitantes Crianças que brincam sozinhas não são necessariamente menos maduras do que crianças que brincam com outras crianças O tipo mais efetivo de parentalidade é o carinhoso e compreensivo mas firme na manutenção dos padrões As idades de 3 a 6 anos são fundamentais no desenvolvimento psicossocial das crianças Neste capítulo discutiremos a compreensão que crianças em idade préescolar têm de si próprias e de seus sentimentos Veremos como surge seu senso de identidade masculina ou feminina e como isso afeta o comportamento Descreveremos o brincar a atividade na qual as crianças em países industrializados costumam passar a maior parte do tempo Consideraremos a influência positiva ou negativa do comportamento dos pais Finalmente discutiremos o relacionamento com os irmãos e as outras crianças você sabia Desenvolvimento Psicossocial na Segunda Infância Papalia08indd 282 Papalia08indd 282 010213 0920 010213 0920 O brincar dá às crianças uma chance de praticar o que estão aprendendo Elas têm que brincar com o que sabem que é verdadeiro a fim de descobrir mais e então podem usar o que aprenderam em novas formas de brincar Fred Rogers Mister Rogers Talks with Parents 1983 Papalia08indd 283 Papalia08indd 283 010213 0920 010213 0920 284 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman O desenvolvimento da identidade Quem sou eu no mundo Ah esse é o grande enigma disse Alice no País das Maravilhas depois que seu tamanho repentinamente se alterou mais uma vez Resolver o enigma de Alice é um processo de conhecer a si próprio que dura a vida inteira O AUTOCONCEITO E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO O autoconceito é o nosso quadro total de nossas capacidades e traços É uma construção cognitiva um sistema de representações descritivas e avaliativas sobre a nossa pessoa que determina como nos sentimos sobre nós mesmos e orienta nossas ações Harter 1996 p 207 O senso de identidade também tem um aspecto social a criança incorpora em sua autoimagem a crescente compreensão de como os outros a vêem O autoconceito começa a formarse na fase dos primeiros passos à medida que a criança desen volve a autoconsciência Ele tornase mais claro à medida que a pessoa adquire capacidades cognitivas e lida com as tarefas de desenvolvimento da infância adolescência e idade adulta Mudanças na autodefinição a passagem dos 5 para os 7 anos A autodefinição das crianças o modo como elas se descrevem normalmente muda entre os 5 e os 7 anos de idade refletindo o desenvolvimento do autoconceito Aos 4 anos de idade Jason diz Meu nome é Jason e eu moro numa casa grande com a minha mãe o meu pai e a minha irmã Lisa Eu tenho um gatinho laranja e uma televisão no meu quarto Eu gosto de pizza e a minha professora é boazinha Sei contar até 100 quer ouvir Gosto muito do meu cachorro o Skipper Eu consigo subir no trepatrepa até o topo não tenho medo Eu me divirto Você não pode ser feliz e ter medo de jeito nenhum Meu cabelo é castanho e eu estou na préescola Eu sou muito forte Eu consigo levantar esta cadeira olha só Harter 1996 p 208 O modo como Jason descreve a si próprio é típico de crianças de sua idade Ele fala principalmen te sobre comportamentos concretos e observáveis características externas como aspectos físicos pre ferências objetos significativos e membros de sua família Ele menciona habilidades pessoais correr e escalar e não capacidades gerais ser atlético Suas autodescrições são positivas e irreais Apenas por volta dos 7 anos ele descreverá a si próprio em traços gerais tais como popular inteligente ou idiota reconhecerá que pode ter emoções conflitantes e terá autocrítica ao mesmo tempo em que sustenta um autoconceito geral positivo Como o autoconceito se desenvolve durante a segunda infância e como as crianças demonstram autoestima crescimento emocional e iniciativa indicad r autoconceito Senso de identidade quadro mental descritivo e avaliativo das próprias ca pacidades e traços autodefinição Conjunto de características usadas para descrever a própria pessoa Embora nossas autodescrições fiquem mais precisas com a idade mesmo os adultos superestimam irrefletidamente suas qualidades positivas As únicas pessoas que são exatas As clinicamente deprimidas indicadores de estudo 1 Como o autoconceito se desenvolve durante a segunda infância e como as crianças demonstram autoestima crescimento emocional e iniciativa 2 Como meninos e meninas tornamse conscientes do significado do gênero e como explicar as diferenças comportamentais entre os sexos 3 Como as crianças em idade préescolar brincam e de que maneira o brincar reflete e contribui para o desenvolvimento 4 Como as práticas de parentalidade influenciam o desenvolvimento 5 Por que as crianças pequenas ajudam ou ferem as outras e por que desenvolvem medos 6 Como as crianças pequenas se relacionam com irmãos colegas e amigos Papalia08indd 284 Papalia08indd 284 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 285 Que mudanças específicas constituem esta passagem dos 5 para os 7 anos Uma análise neopiagetiana Case 1985 1992 Fischer 1980 descreve a passagem dos 5 para os 7 ocorrendo em três fases Aos 4 anos Jason está na primeira fase as repre sentações únicas Suas declarações sobre si mesmo são unidimensionais Eu gosto de pizza Eu sou muito forte Seu pen samento salta de um detalhe para outro sem conexões lógicas Nesse estágio ele não pode imaginar ter duas emoções ao mesmo tempo Você não pode ser feliz e ter medo porque ele não pode considerar diferentes aspectos de si mesmo ao mesmo tempo Seu pensa mento sobre si mesmo é tudo ou nada Ele não consegue reconhecer que sua identidade real a pessoa que ele é na verdade não é a mesma que sua identidade ideal a pessoa que ele gostaria de ser então ele se descreve como um modelo de virtude e habilidade Por volta dos 5 ou 6 anos Jason passa para a segunda fase as asso ciações representativas Ele começa a fazer associações lógicas entre um aspecto de si mesmo e outro Eu posso correr rápido e posso subir bem alto Eu também sou forte Posso jogar a bola bem longe um dia vou entrar em um time Harter 1996 p 215 Entretanto sua imagem de si mesmo ainda é expressa em termos totalmente positivos de tudo ou nada Ele não consegue ver como ele poderia ser bom em algumas coisas e não em outras A terceira fase os sistemas representacionais ocorre na terceira infância ver Capítulo 10 quando as crianças começam a integrar aspectos específicos de sua identidade em um conceito geral e multidimensional À medida que declina o pensamento do tipo tudo ou nada as autodescrições de Jason tornamse mais equilibradas e realistas Eu sou bom no hóquei mas sou ruim em aritmética AUTOESTIMA A autoestima é a parte autoavaliativa do autoconceito o julgamento que a criança faz sobre seu valor ge ral A autoestima baseiase na crescente capacidade cognitiva da criança de descrever e definir a si própria Mudanças no desenvolvimento da autoestima Embora as crianças geralmente não falem so bre um conceito de valor pessoal antes dos 8 anos as crianças pequenas demonstram por seu com portamento que o possuem Em um estudo longitudinal na Bélgica Verschueren Buyck e Marcoen 2001 pesquisadores mediram vários aspectos da autopercepção de crianças de 5 anos tais como aparência física com petência escolar e atlética aceitação social e conduta comportamental A autopercepção positiva ou negativa aos 5 anos tendia a prever a autopercepção e o funcionamento socioemocional aos 8 anos Contudo antes da passagem dos 5 para os 7 anos a autoestima das crianças pequenas não se baseia necessariamente na realidade Elas tendem a aceitar o julgamento dos adultos que geralmente dão um retorno positivo e não crítico e portanto podem supervalorizar suas capacidades Harter 1990 1993 1996 1998 Assim como o autoconceito geral a autoestima na segunda infância tende a ser tudo ou nada Eu sou bom ou Eu sou mau Harter 1996 1998 Só a partir da terceira infância é que ela se tor na mais realista quando as avaliações pessoais de competência baseadas na internalização dos padrões parentais e sociais passam a moldar e manter um senso de valor pessoal Harter 1990 1996 1998 Autoestima contingente o padrão incapaz Quando a autoestima é alta a criança é motivada a realizar coisas No entanto se a autoestima for contingente ao sucesso a criança poderá ver o fra casso ou a crítica como uma indicação de seu valor e sentirse incapaz de fazer melhor Cerca de um terço a metade das crianças que frequentam a préescola o jardim de infância e a primeira série apre sentam elementos desse padrão incapaz às vezes referido como incapacidade aprendida Burhans e Dweck 1995 Ruble e Dweck 1995 representações únicas Na terminologia neopiagetiana pri meiro estágio no desenvolvimento da autodefinição no qual a criança descreve a si mesma em termos de características individuais desconexas e em termos de tudo ou nada identidade real O que a pessoa realmente é identidade ideal O que a pessoa gostaria de ser associações representativas Na terminologia neopiagetiana se gundo estágio no desenvolvimento da autodefinição no qual a criança faz conexões lógicas entre aspectos de sua identidade mas ainda vê essas caracte rísticas em termos de tudo ou nada autoestima Julgamento que um indivíduo faz sobre seu valor pessoal Jason descrevese em termos de sua aparência cabelo castanho e de suas posses seu cão Skipper Isso está relacionado com a razão de as crianças fracassarem em tarefas de conservação Da mesma forma que é difícil para crianças pequenas considerar dois aspectos diferentes de volume altura e largura ao mesmo tempo é difícil para elas considerar dois aspectos diferentes de si mesmas ao mesmo tempo Papalia08indd 285 Papalia08indd 285 010213 0920 010213 0920 286 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Em vez de tentar um caminho diferente para resolver um quebracabeça como faria uma criança com autoestima incondicional as crianças incapazes sentem vergonha e desistem Elas não esperam ser bemsucedidas e por isso não tentam Enquanto crianças mais velhas que fracassaram podem concluir que são burras crianças em idade préescolar interpretam o fracasso como sinal de que são ruins Essa ideia de ser uma pessoa ruim pode persistir até a idade adulta Crianças cuja autoestima é contingente ao sucesso tendem a se sentir desmoralizadas quando fracassam Frequentemente essas crianças atribuem o baixo desempenho ou a rejeição social às suas deficiências de personalidade que acreditam serem incapazes de mudar Em vez de tentar novas for mas de obter aprovação elas repetem estratégias malsucedidas ou simplesmente desistem Crianças com autoestima não contingente em contrapartida tendem a atribuir o fracasso ou a decepção a fato res externos ou à necessidade de se esforça rem mais Se de início forem malsucedidas ou rejeitadas elas persistem tentando novas estratégias até encontrar alguma que funcio ne Erdley et al 1997 Harter 1998 Pome rantz e Saxon 2001 Crianças com autoes tima elevada tendem a ter pais e professores que dão ajuda específica e focalizada em vez de criticar a criança como pessoa Olha a etiqueta da sua camisa está aparecendo na frente e não Você não vê que a sua camisa está ao contrário Quando vai aprender a se vestir sozinho COMPREENDENDO E REGULANDO EMOÇÕES Eu te odeio Maya de 5 anos de idade grita para sua mãe Você é uma mamãe má Irritada por que sua mãe a mandou para o quarto por beliscar seu irmãozinho Maya não consegue imaginar voltar a amar sua mãe Você não tem vergonha por fazer o bebê chorar seu pai pergunta a Maya um pouco mais tarde Maya concorda com a cabeça mas apenas porque ela sabe que resposta ele deseja Na verdade ela sente um amontoado de emoções a menor delas é sentirse culpada Aquele armário cheio de troféus pode não ser a melhor coisa para o seu filho A pesquisa sobre autoestima sugere que quando as crianças são elogiadas e recompensadas por tudo o que fazem independente do desempenho elas acreditam naquele elogio sem reservas Quando inevitavelmente elas fracassam em uma tarefa elas consideram um sinal de que são deficientes Dweck 2008 A pesquisa original sobre a incapacidade aprendida envolveu cães presos que recebiam choques repetidamente Eventualmente eles paravam de lutar para fugir e desistiam A pesquisa com seres humanos tem que satisfazer critérios éticos rígidos enquanto a pesquisa com animais é menos limitada O que você pensa de pesquisas como esta Mesmo nos fornecendo informações valiosas ela é ética verificador você é capaz de Sinalizar o início do desenvol vimento do autoconceito Explicar a importância da pas sagem dos 5 para os 7 anos Dizer como a autoestima de crianças pequenas difere da de crianças mais velhas e ex plicar como o padrão incapaz surge A aprovação desta mãe ao trabalho de arte de seu filho de 3 anos é uma importante contribuição para a autoes tima dele Apenas na terceira infância as crianças desenvol vem padrões internos fortes do seu próprio valor Papalia08indd 286 Papalia08indd 286 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 287 A capacidade de entender e regular ou controlar os próprios sentimentos é um dos avanços importantes da segunda infância Dennis 2006 Crianças que podem entender suas emoções são mais capazes de controlar a forma de demonstrálas e de entender como os outros se sentem Garner e Power 1996 A autoregulação emocional ajuda as crianças a guiar seu comportamento Laible e Thompson 1998 e contribui para sua capacidade de conviver com os outros Denham et al 2003 Crianças em idade préescolar podem falar sobre seus sentimentos e geralmente conseguem discer nir os sentimentos dos outros e compreender que as emoções estão ligadas a experiências e desejos Saarni Mumme e Campos 1998 Elas entendem que alguém que consegue o que quer ficará feliz e alguém que não consegue ficará triste Lagattuta 2005 A compreensão emocional tornase mais complexa com a idade Em um estudo 32 crianças de 4 a 8 anos e 32 adultos foram instruídos a imaginar como um menininho se sentiria se sua bola rolasse para o meio da rua e ele corresse atrás dela ou refreasse o impulso de ir buscála Os re sultados revelaram um salto na compreensão emocional dos 5 para os 7 semelhante ao encontrado no desenvolvimento do autocon ceito As crianças de 4 e 5 anos tendiam a acreditar que o menino ficaria feliz se recu perasse a bola ainda que ele estivesse que brando uma regra e infeliz se não a recuperasse As crianças mais velhas como os adultos eram mais inclinados a acreditar que a obediência a uma regra faria o menino sentirse bem e a desobediên cia o faria sentirse mal Lagattuta 2005 O impacto da mídia eletrônica sobre o desenvolvimento emocional das crianças tem sido objeto de muito debate científico A pesquisa tem mostrado que a mídia pode ter efeitos positivos e negativos dependendo do conteúdo Wilson 2008 Um estudo revelou que assistir regularmente à Vila Sésamo ajudava crianças em idade préescolar a reconhecer emoções e situações emocionais estimulando o programa a incorporar conteúdo emocional e enfrentamento das emoções em suas metas curriculares Bogatz e Ball 1971 Entendimento de emoções conflitantes Uma razão para a confusão das crianças pequenas so bre seus sentimentos é que elas não entendem que podem ter reações emocionais contrárias ao mes mo tempo Diferenças individuais no entendimento de emoções conflitantes são evidentes aos 3 anos de idade Em um estudo longitudinal crianças de 3 anos que podiam identificar se um rosto parecia feliz ou triste e que podiam dizer como um fantoche se sentia quando representava uma situação envolvendo felicidade tristeza raiva ou medo eram mais capazes ao final do jardim de infância de explicar as emoções conflitantes de uma personagem da história Essas crianças tendiam a vir de famí lias que frequentemente discutiam por que as pessoas se comportam de determinadas maneiras JR Brown e Dunn 1996 A maioria das crianças adquire um entendimento mais sofisticado de emoções conflitantes durante a terceira infância Harter 1996 ver Capítulo 10 Entendendo emoções autodirigidas As emoções autodirigidas como culpa vergonha e orgu lho normalmente se desenvolvem ao final do terceiro ano depois que as crianças adquirem consciên cia de si mesmas e aceitam os padrões de comportamento estabelecidos pelos pais Entretanto mesmo crianças um pouco mais velhas frequentemente não possuem a sofisticação cognitiva para reconhecer essas emoções e o que as causa Kestenbaum e Gelman 1995 Em um estudo Harter 1993 foram contadas duas histórias a crianças entre 4 e 8 anos Na primeira história uma criança pega algumas moedas de um pote depois de ser avisada para não fazer isso na segunda história uma criança executa uma difícil proeza na ginástica um salto nas barras Cada história foi apresentada em duas versões uma em que um dos pais vê a criança praticando o exercício e outra em que ninguém a vê Perguntouse às crianças como elas e os pais se sentiriam em cada circunstância Mais uma vez respostas revelaram uma progressão gradual na compreensão de sentimentos sobre si próprio refletindo a passagem dos 5 para os 7 anos Harter 1996 As crianças de 4 a 5 anos não disseram que elas ou seus pais sentiriam orgulho ou vergonha Em vez disso elas usaram termos As crianças pequenas podem ser capazes de ler suas emoções melhor do que você pensa Novas pesquisas sugerem que as crianças já aos 6 anos podem dizer a diferença entre um sorriso verdadeiro e um sorriso falso Mas elas não são peritas nisso elas estão certas apenas cerca de 60 das vezes Gosselin Perron e Maassarani 2009 Crianças aos 2 ou 3 anos de idade já podem sofrer de depressão clínica genuína embora sejam incapazes de verbalizar o que está acontecendo Temple Grandin que tem autismo e fala largamente sobre suas experiências diz que pessoas com autismo também têm dificuldade em sentir emoções complexas Sentirse triste ou feliz é algo que ela entende facilmente mas ela tem dificuldade para entender como você pode amar uma pessoa e ficar com raiva dela ao mesmo tempo Papalia08indd 287 Papalia08indd 287 010213 0920 010213 0920 288 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman como preocupado ou assustado para o incidente do pote de dinheiro e excitado ou feliz so bre a proeza da ginástica As crianças de 5 a 6 anos disseram que os pais ficariam envergonhados ou orgulhosos delas mas não reconheceram sentir essas emoções elas próprias As crianças de 6 a 7 anos disseram que sentiriam orgulho ou vergonha mas somente se fossem observadas Só as crianças de 7 a 8 anos disseram que se sentiriam envergonhadas ou orgulhosas de si mesmas ainda que ninguém estivesse olhando ERIKSON INICIATIVA VERSUS CULPA A necessidade de lidar com sentimentos conflitantes sobre si próprio está na essência do terceiro estágio do desenvolvimento psicossocial identificado por Erikson 1950 iniciativa versus culpa O conflito surge do crescente desejo de planejar e executar atividades e as crescentes dores de consciên cia que a criança pode ter a respeito desses planos Crianças em idade préescolar podem fazer e querem fazer cada vez mais Ao mesmo tempo elas estão aprendendo que algumas das coisas que querem fazer são aprovadas socialmente enquanto outras não Como as crianças conciliam seu desejo de fazer com seu desejo de aprovação Esse conflito marca uma divisão entre duas partes da personalidade a parte que permanece crian ça cheia de exuberância e ansiosa por experimentar coisas novas e testar novos poderes e a parte que está se tornando adulta que constantemente examina a propriedade dos motivos e das ações Crianças que aprendem a regular esses impulsos conflitantes desenvolvem a virtude do propósito a coragem de imaginar e buscar metas sem serem indevidamente inibidas pela culpa ou pelo medo da punição Erikson 1982 Gênero A identidade de gênero a consciência de ser do sexo feminino ou masculino e tudo o que isso implica na sociedade de origem é um aspecto importante do desenvolvimento do autoconceito Até que ponto meninos e meninas são diferentes O que causa essas diferenças Como as crianças desen volvem a identidade de gênero e como ela afeta suas atitudes e comportamento DIFERENÇAS DE GÊNERO Diferenças de gênero são diferenças psicológicas ou comportamentais entre homens e mulheres Como foi discutido no Capítulo 6 as diferenças mensuráveis entre bebês meninos e meninas são poucas Embo ra algumas diferenças de gênero tornemse mais pronunciadas após os 3 anos em média meninos e me ninas apresentam mais semelhanças do que diferenças Evidências extensivas de muitos estudos apóiam esta hipótese da semelhança de gênero Setenta e oito por cento das diferenças de gênero são pequenas ou insignificantes e algumas diferenças como na autoestima mudam com a idade Hyde 2005 Fisicamente entre as maiores diferenças de gênero estão o nível de atividade mais alto dos meni nos o desempenho motor superior especialmente após a puberdade e sua propensão moderadamen te maior à agressividade física Hyde 2005 a partir dos 2 anos de idade Archer 2004 Baillargeon et al 2007 Pellegrini e Archer 2005 A agressividade é discutida posteriormente neste capítulo Apesar da sobreposição no comportamento entre meninos e meninas pequenos a pesquisa en volvendo crianças de 2 anos e meio a 8 anos identificou consistentemente diferenças marcantes nas preferências e estilos de brincadeiras As preferências sobre sexo aumentam entre a primeira infância e a terceira infância e o grau de comportamento sexual exibido nessa idade é um forte indicador de comportamento futuro baseado no gênero Golombok et al 2008 As diferenças de gênero na cognição são poucas e pequenas Spelke 2005 De um modo geral as pontuações nos testes de inteligência não mostram qualquer diferença de gênero Keenan e Shaw 1997 talvez porque os testes mais amplamente utilizados são elaborados para eliminar o viés de gênero Meninos e meninas saemse igualmente bem em tarefas envolvendo habilidades matemáticas básicas e são igualmente capazes de aprender matemática Entretanto há pequenas diferenças em capacidades específicas As meninas tendem a ter melhor desempenho em testes de fluência verbal iniciativa versus culpa O terceiro estágio no desenvolvimento psicossocial de Erikson quando a crian ça equilibra o desejo de atingir metas com ressalvas em relação a fazêlo verificador você é capaz de Descrever dois desenvolvi mentos típicos na compreen são das emoções Explicar a importância do terceiro estágio do desenvol vimento da personalidade de Erikson Como meninos e meninas tornamse conscientes do significado do gênero e como explicar as diferenças comportamentais entre os sexos indicad r identidade de gênero Consciência desenvolvida na segunda infância de ser do sexo masculino ou feminino Mesmo no útero os fetos masculinos já são mais ativos do que os fetos femininos Papalia08indd 288 Papalia08indd 288 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 289 em cálculo matemático e na memória para localização de objetos Os meninos tendem a ter melhor desempenho em analogias verbais em problemas matemáticos escritos e na memória para configurações es paciais Na maioria dos estudos essas diferenças não aparecem até o ensino fundamental ou mais tarde Spelke 2005 Além disso as capa cidades matemáticas dos meninos variam mais do que as das meninas com mais meninos em ambas as extremidades mais alta e mais baixa da variação de capacidade Halpern et al 2007 Na segunda infância e novamente durante a préadolescência e a adolescência as meninas tendem a usar mais linguagem responsiva tal como elogio concor dância reconhecimento e elaboração sobre o que outra pessoa disse Leaper e Smith 2004 É preciso lembrar evidentemente que diferenças de gênero são válidas para grandes grupos de meninos e meninas mas não necessa riamente para indivíduos Apenas conhecendo o sexo de uma criança não podemos prever se aquele menino ou aquela menina será mais rápido forte inteligente obediente ou assertivo do que outra criança PERSPECTIVAS DO DESENVOLVIMENTO DE GÊNERO Como explicar as diferenças de gênero e por que algumas aparecem com a idade Algumas explicações centralizamse nas diferentes ex periências e expectativas sociais que meninos e meninos encontram quase desde o nascimento Essas experiências e expectativas dizem respeito a três aspectos relacionados à identidade de gênero papéis de gênero tipificação de gênero e estereótipos de gênero Papéis de gênero são os comportamentos interesses atitudes habilidades e traços de personalidade que uma cultura considera apro priada para homens e mulheres Todas as sociedades têm papéis de gênero Historicamente na maioria das culturas esperase que as mu lheres dediquem a maior parte de seu tempo para cuidar da casa e das crianças enquanto os homens são provedores e protetores Esperase que elas sejam obedientes e sustentadoras os homens ativos agressivos e competitivos Hoje os papéis de gênero especialmente nas culturas ocidentais tornaramse mais diversos e flexíveis A tipificação de gênero a aquisição de um papel de gênero ver Capítulo 6 ocorre logo no começo da infância mas as crianças variam muito no grau em que se tornam tipificadas por gênero Iervolino et al 2005 Os estereótipos de gênero são generalizações preconcebidas sobre o com portamento masculino ou feminino Todas as mulheres são passivas e dependentes to dos os homens são agressivos e independen tes Os estereótipos de gênero permeiam muitas culturas Aparecem até certo ponto em crianças de 2 ou 3 anos aumentam durante os anos préescolares e atingem um máximo aos 5 anos Campbell Shirley e Candy 2004 Ruble e Martin 1998 Como as crianças adquirem os papéis de gênero e por que adotam os estereótipos Tratase de construtos puramente sociais ou refletem diferenças inatas entre homens e mulheres Examinemos cinco perspectivas teóricas sobre o desenvolvimento do gênero resumidas na Tabela 81 biológica evolucionista psicanalítica cognitiva e da aprendizagem social Cada uma dessas perspectivas pode contribuir para nosso entendimento mas nenhuma explica totalmente por que meninos e meninas diferem em alguns aspectos e não em outros Até mesmo Disney muito criticado pelos retratos estereotipados das mulheres em seus filmes concordava com isso Mulan e Tiana de A Princesa e o Sapo são tentativas de dar às meninas modelos femininos fortes verificador você é capaz de Resumir as principais dife renças comportamentais e cognitivas entre meninos e meninas papéis de gênero Comportamentos interesses atitudes habilidades e traços de personalidade que uma cultura considera apropriada para cada sexo diferem para homens e mulheres tipificação de gênero Processo de socialização pelo qual a criança ainda pequena aprende a se apropriar dos papéis de gênero estereótipos de gênero Generalizações preconcebidas sobre o comportamento masculino ou feminino Este menino de idade préescolar vestido de pistoleiro de senvolveu um forte senso de papéis de gênero A diferença comportamental mais clara entre meninos e meninas é a maior agressividade dos meninos Papalia08indd 289 Papalia08indd 289 010213 0920 010213 0920 290 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Abordagem biológica A existência de papéis de gênero semelhantes em muitas culturas suge re que algumas diferenças de gênero podem ter uma base biológica Os investigadores estão des cobrindo evidências de explicações neurológicas hormonais e evolucionistas para algumas dessas diferenças Por volta dos 5 anos quando o cérebro alcança aproximadamente o tamanho adulto o cérebro dos meninos é cerca de 10 maior que o das meninas principalmente porque meninos possuem uma maior proporção de substância cinzenta no córtex cerebral enquanto meninas apresentam maior den sidade neuronal Reiss et al 1996 Hormônios na corrente sanguínea antes e em torno da hora do nascimento podem afetar o cérebro em desenvolvimento Embora os níveis do hormônio masculino testosterona não pareçam estar relacionados à agressividade em crianças Constantino et al 1993 uma análise dos níveis de testosterona fetal e o desenvolvimento do brincar típico do gênero mostrou uma ligação entre níveis mais altos de testosterona e brincadeiras normalmente masculinas em meni nos Auyeng et al 2009 Algumas pesquisas se concentram em crianças com históricos hormonais prénatais incomuns Meninas com um distúrbio chamado hiperplasia congênita da suprarenal CAH têm altos níveis prénatais de andrógenos hormônios sexuais masculinos Embora criadas como meninas elas ten dem a se tornar masculinizadas demonstrando preferência por brinquedos de menino brincadeiras ríspidas e colegas masculinos além de acentuadas habilidades espaciais Os estrógenos hormônios sexuais femininos por outro lado parecem ter menos influência sobre o comportamento típico de gênero dos meninos Entretanto visto que esses estudos são experimentos naturais eles não podem estabelecer causa e efeito Outros fatores além de diferenças hormonais também podem ter uma par ticipação Ruble e Martin 1998 Talvez os exemplos mais dramáticos da pesquisa de base biológica sejam de bebês nascidos com órgãos sexuais ambíguos que parecem ser parte homens e parte mulheres John Money e colegas Money Hampson e Hampson 1955 desenvolveram diretrizes para bebês nascidos com esses trans TABELA 81 Cinco perspectivas sobre o desenvolvimento de gênero Teorias Princípios teóricos Processo básicos Crenças básicas Abordagem Biológica Genéticos neurológicos e atividade hormonal Muitas ou a maior parte das diferenças entre os sexos podem ser atribuídas a diferenças biológicas Abordagem Evolucionista Charles Darwin Seleção sexual natural A criança desenvolve papéis de gênero em preparação para atividades sexuais adultas e comportamentos que visem a reprodução Abordagem Psicanalítica Sigmund Freud Resolução do conflito emocional inconsciente A identidade de gênero se estabelece quando a criança se identifica com o genitor do mesmo sexo Abordagem Cognitiva Teoria Cognitivo desenvolvimental Lawrence Kohlberg Autocategorização Uma vez que a criança aprende que é meni na ou menino ela separa a informação sobre comportamento por gênero e age de acordo Teoria do Esquema de Gênero Sandra Bem Carol Lynn Martin e Charles F Halverson Autocategorização baseada no processa mento de informações culturais A criança organiza as informações sobre o que é considerado apropriado para um menino ou para uma menina com base no que é estabelecido por uma determinada cultura e se comporta de acordo A criança faz a separação por gênero porque a cultura estabelece que o gênero é um esquema importante Abordagem da Aprendizagem Social Teoria Social Cognitiva Albert Bandura Observação de modelos reforço A criança combina mentalmente observações de comportamentos de gênero e cria suas próprias variações comportamentais Papalia08indd 290 Papalia08indd 290 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 291 tornos Eles recomendaram que essas crian ças fossem atribuídas o mais cedo possível ao gênero que possuísse o potencial para o funcionamento mais próximo do normal Entretanto outros estudos demonstram a dificuldade de prever o desfecho da atribui ção do sexo no nascimento Em um estudo 14 crianças que nasceram geneticamente masculinas mas sem um pênis normal po rém com testículos foram legalmente e ci rurgicamente atribuídas ao sexo feminino durante o primeiro mês de vida tendo sido criadas como meninas Entre os 5 e os 16 anos oito declaramse homens embora duas estivessem vivendo de modo ambíguo Cinco declararam uma decidida identidade feminina mas expressaram dificuldade em se encaixar com as outras meninas e uma delas depois de saber que havia nascido menino recusouse a discutir o assunto En quanto isso dois meninos cujos pais haviam recusado a atribuição sexual inicial permaneceram homens Reiner e Gearhart 2004 Casos como esses sugerem que a identidade de gênero tem raízes em fatores biológicos e não é mudada facilmente Diamond e Sigmundson 1997 Abordagem evolucionista A abordagem evolucionista considera o comportamento de gênero biologicamente determinado com um propósito Deste ponto de vista controverso os papéis de gênero das crianças estão por baixo da evolução das estratégias de acasalamento e de criação de filhos de homens e mulheres adultos De acordo com a teoria da seleção sexual de Darwin 1871 a escolha de parceiros sexuais é uma resposta às diferentes pressões reprodutivas que os primeiros homens e mulheres enfrentaram na luta pela sobrevivência da espécie Wood e Eagly 2002 Quanto mais largamente um homem puder espalhar sua semente maiores suas chances de transmitir sua herança genética Portanto os homens tendem a buscar o máximo possível de parceiras Eles valorizam a coragem física porque ela lhes permite competir por companheiras e por controle de recursos e posição social que as mulheres valorizam Visto que uma mulher investe mais tempo e energia na gravidez e pode gerar apenas um número limitado de filhos a sobrevivência de cada filho é da maior importância para ela portanto ela procura um companheiro que permaneça com ela e sustente sua prole A necessidade de criar cada filho até a maturidade reprodutiva também explica por que as mulheres tendem a ser mais atenciosas e carinhosas do que os homens Bjorklund e Pellegrine 2000 Wood e Eagly 2002 De acordo com a teoria evolucionista a competitividade e agressividade do homem e o cuidado físico e emocional da mulher desenvolvemse durante a infância como preparação para esses papéis adultos Pellegrini e Archer 2005 Os meninos brincam de lutar as meninas brincam de mamãe No cuidado com os filhos as mulheres frequentemente colocam as necessidades e sentimentos dos filhos à frente dos delas Portanto as meninas tendem a ser mais capazes do que meninos de controlar e inibir suas emoções e de reprimir comportamento impulsivo Bjorklund e Pellegrini 2000 Se esta teoria estiver correta os papéis de gênero devem ser universais e resistentes à mudança A evidência apoiando a teoria é de que em todas as culturas as mulheres ten dem a ser as cuidadoras primárias dos filhos embora em algumas sociedades esta respon sabilidade seja compartilhada com o pai ou com outras pessoas Wood e Eagly 2002 Os críticos da teoria evolucionista su gerem que a sociedade e a cultura são tão teoria da seleção sexual Teoria de Darwin de que os papéis de gênero se desenvolveram em resposta às necessidades reprodutivas diferentes dos homens e das mulheres Preocupado com o menino da rua cujas brincadeiras são sempre muito agressivas Com toda probabilidade não há nada com que se preocupar A pesquisa sugere que não há ligação entre brincadeira agressiva e posterior criminalidade Parry 2010 Esta abordagem não significa que os homens e as mulheres estão lutando conscientemente para ter montes de filhos e transmitir seus genes Antes argumentase que os homens e as mulheres fazem coisas como o sexo que tornam mais provável que eles tenham descendentes Durante anos John Money promoveu o estudo de gêmeos como um sucesso e ocultou evidências em contrário Mais tarde soubese que um menino nunca tinha se ajustado verdadeiramente à vida como menina tinha sido infeliz durante toda sua infância e fizera várias tentativas de suicídio em sua juventude finalmente matandose na idade adulta Devido à pesquisa de Money milhares de cirurgias de reatribuição de gênero foram realizadas em bebês sob a presunção de que o gênero é um construto social maleável Esta série de eventos ilustra uma das principais razões por que a ciência precisa ser transparente e honesta ela pode ter repercussões profundas no mundo real Papalia08indd 291 Papalia08indd 291 010213 0920 010213 0920 292 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman importantes quanto a biologia na determinação dos papéis de gênero A teoria evolucionista afirma que historicamente o papel primário dos homens era prover a subsistência enquanto o papel primário das mulheres era cuidar dos filhos mas em algumas sociedades industrializadas as mulheres são as provedoras principais ou iguais Em uma análise de preferências de acasalamento em 37 culturas as mulheres nas sociedades tradicionais tendiam a preferir homens mais velhos com recursos financeiros e os homens tendiam a preferir mulheres mais jovens com habilidades domésticas mas essas prefe rências eram menos pronunciadas em sociedades mais igualitárias onde as mulheres tinham liberdade reprodutiva e oportunidades educativas Wood e Eagly 2002 Alguns teóricos evolucionistas portanto consideram a evolução dos papéis de gênero um pro cesso dinâmico Eles reconhecem que os papéis de gênero tal como o envolvimento dos homens na criação dos filhos podem mudar em um ambiente diferente daquele no qual esses papéis inicialmente se desenvolveram Crawford 1998 Abordagem psicanalítica Papai onde você vai morar quando eu crescer e casar com a ma mãe pergunta Mario de 4 anos Do ponto de vista psicanalítico a pergunta de Mario faz parte de sua aquisição de identidade de gênero Segundo Freud esse é um processo de identificação adoção de características crenças atitudes valores e comportamentos do genitor do mesmo sexo Freud considerava a identificação um importante desenvolvimento da personalidade na segunda infância Alguns teóricos da aprendizagem social também têm utilizado esse termo Segundo Freud a identificação ocorrerá para Mario quando ele reprimir ou abandonar o desejo de possuir o genitor do sexo oposto a mãe e identificarse com o genitor do mesmo sexo o pai Embora essa explicação para o desenvolvimento do gênero tenha sido influente ela é difícil de testar e tem pouco apoio da pesquisa Apesar de algumas evidências de que crianças em idade préescolar tendem a agir de modo mais afetuoso com o genitor do sexo oposto e mais agressivamente com o genitor do mesmo sexo Westen 1998 hoje a maioria dos psicólogos do desenvolvimento prefere outras explicações Abordagem cognitiva Sarah entende que é uma menina porque as pessoas a chamam de me nina À medida que ela continua a observar e a pensar sobre seu mundo ela conclui que sempre será mulher Ela passa a compreender o gênero pensando ativamente sobre isso e construindo sua própria tipificação de gênero Essa é a essência da teoria cognitivodesenvolvimental de Lawrence Kohlberg 1966 Teoria cognitivodesenvolvimental de Kohlberg Na teoria de Kohlberg o conhecimento do gênero precede o comportamento de gênero Eu sou menino portanto eu gosto de fazer coisas de meni no As crianças buscam ativamente indicações sobre o gênero em seu mundo À medida que ela percebe a que gênero pertence adota comportamentos que vê como coerentes com ser homem ou mulher Assim Sarah de 3 anos prefere bonecas a caminhões porque vê as meninas brincando com bonecas e portanto considera brincar de boneca coerente com ela ser uma menina E ela brinca qua se sempre com outras meninas que supostamente vão compartilhar seus interesses Martin e Ruble 2004 Ruble e Martin 1998 A aquisição dos papéis de gênero disse Kohlberg depende da constância de gênero também chamada de constância da categorial sexual a percepção que a criança tem de que seu gênero será sempre o mesmo Quando as crianças alcançam essa percepção elas são motivadas a adotar compor tamentos apropriados ao seu gênero A constância de gênero parece desenvolverse em três estágios identidade de gênero estabilidade de gênero e consistência de gênero Martin et al 2002 Ruble e Martin 1998 Szkrybalo e Ruble 1999 Identidade de gênero consciência do próprio gênero e do gênero dos outros que normalmente ocorre entre as idades de 2 e 3 anos Estabilidade de gênero consciência de que o gênero não muda Entretanto as crianças neste estágio podem basear os julgamentos sobre gênero em aspectos superficiais vestuário penteado e em comportamentos estereotipados Consistência de gênero a percepção de que uma menina permanece menina mesmo se ela tiver cabelo curto e brincar com caminhões e um menino permanece menino mesmo se tiver cabelo identificação Na teoria freudiana processo pelo qual a criança pequena adota características crenças atitudes valores e comporta mentos do genitor do mesmo sexo constância de gênero Consciência de que a pessoa sempre será homem ou mulher Também cha mada constância da categoria sexual Papalia08indd 292 Papalia08indd 292 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 293 longo e usar brincos normalmente ocorre entre os 3 e 7 anos Quando as crianças percebem que seu comportamento ou suas roupas não afetarão seu gênero elas podem tornarse menos rígidas em sua adesão às normas do gênero Martin et al 2002 Muitas pesquisas questionam a visão de Kohlberg de que a tipificação de gênero depende da constância de gênero Bem antes de as crianças atingirem a fase final de constância de gênero elas demonstram preferências típicas do gênero Bussey e Bandura 1992 Martin e Ruble 2004 Ruble e Martin 1998 Por exemplo as preferências de gênero por brinquedos e companheirosas aparecem já dos 12 aos 24 meses Entretanto esses achados não contestam o insight básico de Kohlberg de que os conceitos de gênero influenciam o comportamento Martin et al 2002 Hoje os teóricos cognitivosdesenvolvimentais não alegam mais que a constância de gênero deve preceder a tipificação de gênero Martin et al 2002 Em vez disso eles sugerem a tipificação de gênero pode ser intensificada pela compreensão mais sofisticada trazida pela constância de gênero Martin e Ruble 2004 Cada estágio da constância de gênero aumenta a receptividade das crianças à informação relevante ao gênero A aquisição de identidade de gênero pode motivar as crianças a aprenderem mais sobre gênero a estabilidade de gênero e a consistência de gênero podem motivá las a ter certeza de que estão agindo como menino ou como menina Estudos encontraram uma ligação significativa entre níveis de constância de gênero e vários aspectos do desenvolvimento do gênero Martin et al 2002 Teoria do esquema de gênero Outra abordagem cognitiva é a teoria do esquema de gênero Como a teoria cognitivodesenvolvimental ela vê as crianças como extraindo ativamente conheci mento sobre gênero de seu ambiente antes de iniciar o comportamento típico do gênero Entretanto a teoria do esquema de gênero dá maior ênfase à influência da cultura Quando as crianças sabem a que sexo pertencem elas desenvolvem um conceito do que significa ser homem ou mulher em sua cultura A criança então ajusta seu comportamento à visão de sua cultura do que meninos e meninas devem ser e fazer Entre os principais proponentes da teoria estão Sandra Bem 1983 1985 1993 Carol Lynn Martin e Charles F Halverson Martin e Halverson 1981 Martin et al 2002 Segundo essa teoria os esquemas de gênero promovem os estereótipos de gênero influenciando os julgamentos sobre comportamento Quando um menino da sua idade mudase para a casa vizinha Brandon de 4 anos bate à porta de sua casa carregando um caminhão de brinquedo aparentemente supondo que o novo vizinho gosta dos mesmos brinquedos que ele Sandra Bem sugere que a criança que demonstra esse tipo de comportamento estereotipado pode estar vivenciando uma pressão por conformidade de gênero que inibe uma autoexploração saudável No entanto há poucas evidências de que os esquemas de gênero estão na raiz do comportamento estereotipado ou que a criança alta mente tipificada por gênero sinta pressão para se conformar Yunger Carver e Perry 2004 Outro problema com a teoria do esquema de gênero e com a teoria de Kohlberg é que a estereo tipagem de gênero nem sempre se fortalece com o maior conhecimento do gênero de fato o oposto geralmente é verdadeiro Bussey e Bandura 1999 Outra visão com sustentação na pesquisa é que o estereótipo de gênero surge e depois se ajusta a um padrão de desenvolvimento Ruble e Martin 1998 Welch e Schmidt 1996 Entre os 4 e os 6 anos quando de acordo com a teoria do esquema de gênero a criança está construindo e depois consolidando seus esquemas de gênero ela observa e lembra apenas das informações coerentes com esses esquemas e até exagera De fato ela tende a não se lembrar bem de informações que desafiam os estereótipos de gênero como fotos de uma menina serrando madeira ou de um menino cozinhando e a insistir que os gêneros nas fotos estavam ao contrário Crianças pequenas aceitam rapidamente os rótulos de gênero quando dizem a elas que um brinquedo não familiar é para o sexo oposto soltamno como se fosse uma batata quente e esperam que as outras façam o mesmo C L Martin Eisenbud e Rose 1995 Martin e Ruble 2004 Ruble e Martin 1998 Entre os 5 e os 6 anos a criança desenvolve um repertório de estereótipos rígidos sobre gênero que ela aplica a si própria e aos outros Um menino presta mais atenção àquilo que ele considera brinquedos de menino e uma menina aos brinquedos de menina Então por volta dos 7 ou 8 anos os esquemas tornamse mais complexos à medida que a criança assimila e integra informações contradi tórias como o fato de que muitas meninas têm cabelo curto Neste ponto as crianças desenvolvem crenças mais complexas sobre gênero e tornamse mais flexíveis em suas ideias sobre papéis de gênero Martin e Ruble 2004 Ruble e Martin 1998 M G Taylor 1996 Trautner et al 2005 teoria do esquema de gênero Teoria proposta por Sandra Bem se gundo a qual a criança socializase em seus papéis de gênero desenvolvendo uma rede de informações mentalmen te organizada sobre o que significa ser masculino ou feminino em uma deter minada cultura Papalia08indd 293 Papalia08indd 293 010213 0920 010213 0920 294 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman As abordagens cognitivas ao desenvolvimento do gênero deram uma importante contribuição explorando o modo como as crianças pensam sobre o gênero e o que elas sabem sobre ele em diversas idades Entretanto essas abordagens podem não explicar totalmente o vínculo entre conhecimento e conduta Há discordância precisamente sobre qual o mecanismo que induz a criança a representar os papéis de gênero e por que algumas tornamse mais tipificadas por gênero do que outras Bussey e Bandura 1992 Martin e Ruble 2004 Ruble e Martin 1998 Alguns pesquisadores apontam para a socialização Abordagem da aprendizagem social De acordo com Walter Mischel 1966 teórico da aprendi zagem social tradicional as crianças adquirem os papéis de gênero imitando modelos e sendo recom pensadas por comportamento apropriado ao gênero As crianças geralmente escolhem modelos que veem como poderosos ou atenciosos Quase sempre o modelo é um dos pais geralmente do mesmo sexo mas a criança também padroniza seu comportamento de acordo com o de outros adultos ou de outras crianças O feedback comportamental junto com os ensinamentos diretos dos pais e de outros adultos reforça a tipificação de gênero Um menino que modela o seu comportamento de acordo com o pai é elogiado por agir como um menino Uma garota recebe elogios pelo vestido bonito ou pelo penteado Neste modelo o comportamento de gênero precede o conhecimento do gênero Eu sou recompensado por fazer coisas de menino portanto eu devo ser um menino Desde a década de 1970 entretanto estudos têm questionado o poder da modelagem do mesmo sexo como única responsável pelas diferenças de gênero À medida que surgiram explicações cogni tivas a teoria da aprendizagem social tradicional perdeu a força Martin et al 2002 A mais recente teoria social cognitiva de Albert Bandura 1986 Bussey e Bandura 1999 uma expansão da teoria da aprendizagem social incorpora alguns elementos cognitivos De acordo com a teoria social cognitiva a observação permite que as crianças aprendam muito sobre comportamentos típicos do gênero antes de realizálos Elas podem combinar mentalmente observações de múltiplos modelos e gerar suas próprias variações comportamentais Em vez de ver o ambiente como uma dádiva a teoria social cognitiva reconhece que as crianças selecionam ou mesmo criam seus ambientes através de suas escolhas de companhias e atividades Entretanto os críticos dizem que a teoria social cognitiva não explica como as crianças diferenciam entre meninos e meninas antes de terem um conceito de gênero ou o que inicialmente motiva as crianças a adquirir conhe cimento de gênero ou como as normas de gênero tornamse internalizadas perguntas que outras teorias cognitivas tentam responder Martin et al 2002 Para esses teóricos a socialização o modo como uma criança interpreta e internaliza expe riências com os pais professores colegas e instituições culturais desempenha um papel central no desenvolvimento do gênero A socialização começa na primeira infância bem antes da com preensão consciente do gênero Gradualmente à medida que a criança começa a regular suas ati vidades os padrões de comportamento passam a ser internalizados A criança não mais precisa de elogios de reprimendas ou da presença de um modelo para agir de maneira socialmente aprovada As crianças sentemse bem consigo mesmas quando vivem de acordo com seus padrões internos e sentemse mal quando não o fazem Uma parte substancial da passagem do controle socialmente orientado para a autorregulação do comportamento relacionado ao gênero pode ocorrer entre os 3 e os 4 anos Bussey e Bandura 1992 Como os pais os colegas e a mídia influenciam esse de senvolvimento Influências da família Quando perguntaram a David o neto de 4 anos da governadora da Louisiana Kathleen Blanco o que ele queria ser quando crescer ele não soube dizer Desdenhou todas as suges tões da mãe bombeiro soldado policial piloto de avião Finalmente ela perguntou se ele queria ser governador Mamãe ele respondeu eu sou um menino Associated Press 2004 A resposta de David ilustra como pode ser forte a influência da família mesmo promovendo preferências contrárias ao estereótipo Geralmente porém a experiência na família parece reforçar as preferências e atitudes típicas do gênero Dizemos que parece porque é difícil separar a influência genética dos pais da influência do ambiente que eles criam Além disso os pais podem estar respon dendo ao comportamento típico do gênero das crianças mais do que o encorajando Os meninos tendem a ser mais acentuadamente socializados por gênero no que diz respeito às brincadeiras do que as meninas Os pais principalmente o genitor do sexo masculino costumam demonstrar mais desconforto se o menino brincar de boneca do que se a menina brincar de ca Os livros de colorir e os personagens das caixas de cereal não são imunes aos estereótipos de gênero As mulheres têm mais probabilidade de serem retratadas como crianças ou seres humanos os homens têm mais probabilidade de serem retratados como animais adultos e superheróis teoria social cognitiva Expansão da teoria da aprendizagem social de Albert Bandura ela afirma que as crianças aprendem os papéis de gênero por meio da socialização Papalia08indd 294 Papalia08indd 294 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 295 minhão Lytton e Romney 1991 Ruble e Martin 1998 Sandnabba e Ahlberg 1999 As meninas têm mais liberdade que os me ninos para escolher roupas jogos e colegas Miedzian 1991 Em famílias igualitárias o papel do pai na socialização de gênero parece especial mente importante Fagot e Leinbach 1995 Em um estudo observacional com crianças de 4 anos em cidades britânicas e húngaras meninos e meninas cujos pais faziam traba lhos domésticos e cuidavam das crianças tinham menos consciência dos estereótipos de gênero e se envolviam menos em brincadeiras tipificadas por gênero do que seus pares em famílias mais tipificadas por gênero Turner e Gervai 1995 Os irmãos também influenciam o desenvolvimento de gênero Crianças pequenas com um irmão mais velho do mesmo sexo tendem a ser mais típicos do gênero do que aquelas cujo irmão mais velho é do sexo oposto Iervolino et al 2005 Influências dos colegas Anna aos 5 anos insistia em se vestir de um modo diferente Ela queria usar leggings com saia por cima e botas dentro e fora de casa Quando a mãe perguntou por que Anna respondeu Porque Katie se veste assim e Katie é a rainha das meninas Mesmo na segunda infância o grupo de colegas é uma influência importante na tipificação de gênero Aos 3 anos as crianças geralmente brincam em grupos segregados por sexo que reforçam o comportamento tipificado por gênero e a influência do grupo igual aumenta com a idade Martin et al 2002 Ruble e Martin 1998 As crianças que brincam em grupos do mesmo sexo tendem a ser mais tipificadas por gênero do que crianças que não o fazem Maccoby 2002 Martin e Fabes 2001 De fato nessa idade as brincadeiras podem ser mais fortemente influenciadas pelos colegas do que por modelos que as crianças veem em casa Turner e Gervai 1995 Geralmente porém as atitudes dos pares e dos pais reforçam umas às outras Bussey e Bandura 1999 Influências culturais Quando uma menina no Nepal tocou no arado que seu irmão estava usando ela foi repreendida Assim ela aprendeu que sendo mulher ela deve absterse de ações que seu irmão deveria executar D Skinner 1989 Nos Estados Unidos a televisão é um formato importante para a transmissão de atitudes culturais em relação ao gênero A teoria da aprendizagem social prevê que as crianças que veem muita televisão ficarão mais tipificadas por gênero ao imitarem os modelos estereo tipados que aparecem na tela Evidências impressionantes nesse sentido surgiram de um experimento natural realizado em várias cidades canadenses com acesso a transmissão de televisão pela primeira vez Crianças que tinham atitudes relativamente não estereotipadas apresentaram um aumento acen tuado nas visões tradicionais dois anos mais tarde Kimball 1986 Os livros para crianças sobretudo os ilustrados há muito têm sido uma fonte de estereótipos de gênero Uma análise de 200 livros infantis mais vendidos e ganhadores de prêmios revelou quase duas vezes mais personagens principais do sexo feminino e forte estereotipagem de gênero As personagens principais do sexo feminino eram retratadas com mais frequência em ambientes domésticos e pareciam não ter ocupações pagas Hamilton et al 2006 Os pais em grande parte eram ausentes e quando apareciam eram mostrados como retraídos e ineficientes Anderson e Hamilton 2005 Os aspectos mais convincentes da abordagem da socialização incluem a amplitude e multiplicida de de processos que ela examina e o campo para as diferenças individuais que revela Mas sua própria complexidade dificulta o estabelecimento de conexões causais bem definidas entre o modo como a criança é educada e o modo como ela pensa e age Quais são os aspectos do ambiente doméstico e da cultura dos pares que promovem a tipificação de gênero Os pais e os colegas tratam meninos e me ninas diferentemente porque estes são diferentes ou porque a cultura diz que devem ser diferentes O tratamento diferencial produz ou reflete as diferenças de gênero Ou como sugere a teoria social cognitiva há uma relação bidirecional Pesquisas adicionais poderão nos ajudar a ver como os agentes socializadores se envolvem com as tendências biológicas da criança e a compreensão cognitiva no que diz respeito às atitudes e comportamentos relacionados ao gênero verificador você é capaz de Comparar cinco abordagens ao estudo do desenvolvi mento de gênero Avaliar a evidência de explica ções biológicas de diferenças de gênero Discutir como várias teorias explicam a aquisição de papéis de gênero e avaliar o apoio para cada teoria Você sabia que o rosa costumava ser considerado masculino e o azul feminino O azul era considerado calmante e portanto mais apropriado para meninas O rosa era uma variação do vermelho uma cor forte e ativa e era considerada mais apropriada para meninos Papalia08indd 295 Papalia08indd 295 010213 0920 010213 0920 296 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Brincar a principal atividade da segunda infância Carmen 3 anos de idade finge que os pedaços de cereal flutuando em sua tigela são peixinhos nadando no leite e ela pesca colherada por colherada Após o desjejum ela coloca o chapéu de sua mãe pega uma pasta e é uma mamãe indo para o trabalho Ela dirige seu triciclo pelas poças entra em casa para dar um telefonema imaginário transforma um bloco de madeira em um caminhão e diz Vrum vrum O dia de Carmen é uma brincadeira após a outra Seria um erro desdenhar das atividades de Carmen como se fossem apenas diversão Embora o brincar possa não parecer servir a um propósito óbvio ele tem funções importantes no momento e no longo prazo Bjorklund e Pellegrini 2002 PK Smith 2005b O brincar é importante para o desen volvimento saudável do corpo e do cérebro Ele permite que as crianças envolvamse com o mundo à volta delas usem sua imaginação descubram formas flexíveis de usar objetos e solucionar problemas e preparemse para papéis adultos O brincar contribui para todos os domínios do desenvolvimento Por meio dele as crianças es timulam os sentidos exercitam os músculos coordenam a visão com o movimento obtêm domínio sobre seus corpos tomam decisões e adquirem novas habilidades À medida que separa blocos de dife rentes formatos conta quantos consegue empilhar ou quando anuncia que minha torre é maior que a sua ela está lançando as bases para os conceitos matemáticos Enquanto cooperam para construir castelos de areia ou túneis na praia elas aprendem habilidades de negociação e resolução de conflito Ginsburg e Committee on Communications and Committee on Psychosocial Aspects of Child and Family Health 2007 De fato o brincar é tão importante para o desenvolvimento das crianças que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos 1989 reconheceuo como um direito de toda criança Infelizmente a tendência ao jardim de infância em período integral reduziu marcadamente o tempo para brincadeiras livres Ginsburg et al 2007 As crianças precisam de muito tempo para brincadeiras exploratórias livres Hoje muitos pais expõem crianças pequenas a vídeos e brinquedos com orientação acadêmica Essas atividades po dem ou não ser valiosas em si mas não se interferirem no brincar dirigido à criança Ginsburg et al 2007 Crianças de diferentes idades têm diferentes estilos de brincar brincam de coisas diferentes e pas sam quantidades de tempo diferentes em vários tipos de brincadeiras Bjorklund e Pellegrini 2002 As brincadeiras físicas por exemplo começam na primeira infância com movimentos rítmicos aparen temente sem objetivo À medida que as habilidades motoras grossas se aprimoram as crianças exerci tam seus músculos correndo pulando saltando e arremessando objetos Ao final desse período e no início da terceira infância brincadeiras impetuosas envolvendo luta chutes e perseguição tornamse mais comuns especialmente entre meninos ver Capítulo 9 Os pesquisadores classificam o brincar das crianças de várias formas Um sistema de classificação comum é por complexidade cognitiva Outra classificação é baseada na dimensão social do brincar NÍVEIS COGNITIVOS DO BRINCAR Courtney aos 3 anos falava pela boneca com uma voz mais grave que a sua própria Miguel aos 4 anos usava uma toalha de cozinha como capa e voava como o Batman Essas crianças estavam envolvidas em brincadeiras ligadas a pessoas ou situações fictícias um dos quatro níveis do brincar identificados por Smilansky 1968 que apresentam níveis crescentes de complexidade cognitiva Os níveis são jogo funcional jogo construtivo jogo dramático e jogos com regras Embora certos tipos de brincadeiras sejam mais comuns em determinadas idades os tipos de brincadeiras podem ocorrer em qualquer tempo O nível mais simples que começa durante a primeira infância é o jogo funcional às vezes de nominado jogo locomotor consistindo na prática repetida de movimentos musculares largos como rolar uma bola Bjorklund e Pellegrini 2002 O segundo nível o jogo construtivo também denominado jogo com objetos é o uso de obje tos ou materiais para fazer coisas como uma casa de blocos ou um desenho com lápis de cor As crian ças passam estimados 10 a 15 de seu tempo brincando com objetos Bjorklund e Pellegrini 2002 indicad r Como as crianças em idade préescolar brincam e de que maneira o brincar reflete e contribui para o desenvolvimento Entre muitas espécies de animais o brincar é uma prática para as habilidades necessárias na idade adulta As jovens presas correm e saltam em grupos os predadores espreitam e atacam suas ninhadas Como o modo de brincar das crianças as prepara para a vida adulta Que habilidades sociais estão sendo praticadas jogo funcional Brincadeira envolvendo movimentos musculares largos e repetitivos jogo construtivo Brincadeira envolvendo o uso de obje tos ou materiais para fazer algo Papalia08indd 296 Papalia08indd 296 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 297 O terceiro nível o jogo dramático também chamado de jogo de faz de conta jogo de fantasia ou jogo imaginativo envolve objetos ações ou papéis imaginários ele baseiase na função simbólica que emerge durante a última parte do segundo ano Piaget 1962 O jogo dramático envolve uma combinação de cognição emoção linguagem e comportamento sensóriomotor Ele pode fortalecer o desenvolvimento de conexões densas no cérebro e fortalecer a posterior capacidade para pensamento abstrato Estudos revelaram que a qualidade do jogo dramático está associada à competência social e linguística Bergen 2002 Ao fabricar passagens para uma viagem de trem imaginária ou fingir jogo dramático Brincadeira envolvendo pessoas ou si tuações imaginárias também chamado de jogo de faz de conta jogo de fantasia ou jogo imaginativo pesquisa em ação O BRINCAR TEM UMA BASE EVOLUCIONISTA As crianças brincam pelo puro prazer que isso traz Contudo de um ponto de vista evolucionista o brincar serve a um propósi to maior Esta atividade que 1 absorve considerável tempo e energia 2 apresenta uma progressão etária característica al cançado o nível máximo na infância e declinando com a matu ridade sexual 3 é encorajada pelos pais e 4 ocorre em todas as culturas parece ter sido selecionada naturalmente por seus benefícios significativos para as crianças Bjorklund e Pellegrini 2000 PK Smith 2005b Muitos psicólogos e educadores consideram o brincar uma atividade adaptativa característica do longo período de imatu ridade e dependência durante o qual as crianças adquirem os atributos físicos e a aprendizagem cognitiva e social necessá rios para a vida adulta O brincar auxilia no desenvolvimento ósseo e muscular e dá às crianças uma chance de dominar atividades e desenvolver um sentido de suas capacidades Bjorklund e Pellegrini 2000 Brincando as crianças praticam em um ambiente seguro comportamentos e habilidades que elas necessitarão quando adultas Hawes 1996 Estudos com animais sugerem que a evolução do brincar pode estar ligada à evolução da inteligência Os animais mais inteligentes pás saros e mamíferos brincam enquanto espécies menos inteli gentes peixes répteis e anfíbios não brincam tanto quanto podemos afirmar Hawes 1996 De acordo com a teoria evolucionista os pais encorajam o brincar porque os benefícios futuros da aquisição de habilida des das crianças superam quaisquer benefícios da atividade produtiva atual nas quais as crianças em seus níveis de habi lidade relativamente baixos poderiam participar PK Smith 2005b As diferenças de gênero nas brincadeiras das crianças permitem que meninos e meninas pratiquem comportamen tos adultos importantes para a reprodução e a sobrevivência Bjorklund e Pellegrini 1999 Diferentes tipos de brincadeira servem a diferentes funções adaptativas O jogo locomotor do bebê é comum entre todos os mamíferos e pode apoiar o desenvolvimento cerebral Mais tar de os exercícios podem ajudar a desenvolver a força muscular a resistência as habilidades físicas e a eficiência do movimento PK Smith 2005b Brincar com objetos é um comportamento encontrado principalmente entre os primatas seres humanos macacos e símios O brincar com objetos pode ter servido a um propósito evolucionista no desenvolvimento de ferramen tas permitindo que as pessoas aprendam sobre as proprie dades dos objetos e o que pode ser feito com eles Bjorklund e Pellegrini 2002 Nas sociedades prémodernas o brincar com objetos tende a focalizar o desenvolvimento de habilida des úteis tais como fabricar cestas e triturar grãos PK Smith 2005b Os mamíferos jovens como as crianças humanas parti cipam de brincadeiras sociais como luta e perseguição que for talecem os vínculos sociais facilitam a cooperação e diminuem a agressividade Hawes 1996 O jogo dramático parece ser uma atividade quase exclusiva mente humana Ele parece ser universal mas é menos frequen te em sociedades nas quais é esperado que as crianças parti cipem do trabalho adulto PK Smith 2005a Nas sociedades caçadorascoletoras tradicionais as crianças imitam as ativida des de subsistência dos adultos como caçar pescar e preparar o alimento Essas rotinas altamente repetitivas parecem servir primariamente como uma prática para as atividades adultas PK Smith 2005b Quando os humanos começaram a estabe lecerse em comunidades permanentes o jogo dramático pode ter evoluído para uma prática das diferentes habilidades ne cessárias para novas formas de vida Nas sociedades industriais urbanas modernas os temas do jogo dramático são altamente influenciados pela mídia de massa Pelo menos em famílias de nível socioeconômico mais alto a brincadeira dramática é en corajada por uma abundância de brinquedos pela ausência de demandas sobre as crianças para ajudar em atividades de sub sistência por forte envolvimento dos pais na brincadeira e por currículos préescolares baseados no brincar PK Smith 2005a Os investigadores ainda têm muito que aprender sobre as funções e os benefícios de brincar mas uma coisa parece cla ra o tempo que a crianças passam brincando é um tempo bem gasto qual a sua opinião A partir de suas observações das brinca deiras das crianças a que propósitos ime diatos e de longo alcance elas parecem servir 81 o Papalia08indd 297 Papalia08indd 297 060313 1316 060313 1316 298 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman ler os gráficos no consultório do médico as crianças constroem habilidades emergentes de alfabetização Christie 1991 1998 O jogo de faz de conta também pode intensificar o desenvolvimento das habilidades da teoria da mente ver Capítulo 7 O jogo dramático atinge seu auge durante os anos préescolares aumentando em frequência e complexi dade Bjorklund e Pellegrini 2002 Smith 2005a e então declina quando a criança já em idade escolar tornase mais envolvida em jogos formais com regras jogos organizados com procedimentos conhecidos e penalidades como amarelinha e bolas de gude Entre tanto muitas crianças continuam no faz de conta bem além dos anos do ensino fundamental Estimase que 12 a 15 do tempo de crianças do jardim de infância é gasto no jogo de faz de conta Bjorklund e Pellegrini 2002 mas a tendência a programas mais orientados para os estudos no jardim de infância pode limitar o tempo que as crianças passam nessas brincadeiras Ber gen 2002 Ginsburg et al 2007 A DIMENSÃO SOCIAL DO BRINCAR Em um clássico estudo realizado na década de 1920 Mildred B Parten 1932 identificou seis tipos de brincadeiras variando da menos à mais social Tabela 82 Ela verificou que quando a criança fica mais velha seus jogos tendem a se tornarem mais sociais isto é mais interativos e mais cooperativos A princípio as crianças brincam sozinhas depois ao lado de outras crianças e finalmente juntas Hoje porém muitos pesquisadores consideram simplória a caracterização de Parten sobre as brincadeiras infantis Crianças de todas as idades se envolvem em todas as categorias do brincar descritas por Par ten K H Rubin Bukowski e Parker 1998 jogos formais com regras Jogos organizados com procedimentos e penalidades conhecidos Esses pequenos veterinários examinando seu paciente estão participan do do jogo dramático baseado na capacidade de usar símbolos para repre sentar pessoas ou coisas TABELA 82 Categorias de jogos sociais e não sociais de Parten Categoria Descrição Comportamento de desocupação A criança não parece estar brincando mas observa qualquer coisa que seja de interesse momentâneo Comportamento de observação A criança passa a maior parte do tempo observando as outras brincarem O observador conversa com elas fazendo perguntas ou dando sugestões mas não entra na brincadeira O observador analisa claramente determinados grupos de crianças e não alguma coisa que seja emocionante Jogo independente solitário A criança brinca sozinha com brinquedos diferentes daqueles usados pelas crianças que estão próximas e não faz qualquer esforço para se aproximar delas Jogo paralelo A criança brinca independentemente mas no meio de outras crianças com brinquedos iguais àqueles utili zados por elas mas não necessariamente brinca com elas da mesma maneira Brincando ao lado mas não com as outras a criança que brinca paralelamente não tenta influenciar as brincadeiras das outras Jogo associativo A criança brinca com outras crianças Elas falam sobre suas brincadeiras tomam emprestado e emprestam brinquedos seguem umas às outras e tentam controlar quem pode brincar no grupo Todas elas brincam de maneira semelhante se não identicamente não há divisão de trabalho e nenhuma organização em torno de uma meta Cada criança age como deseja e se interessa mais em estar com as outras do que na atividade propriamente dita Jogo suplementar cooperativo ou organizado A criança brinca em um grupo organizado em função de algum objetivo fazer algo jogar um jogo formal ou dramatizar uma situação Uma ou duas crianças controlam quem faz parte do grupo e dirigem as ati vidades Por meio de uma divisão de trabalho as crianças assumem diferentes papéis e suplementam os esforços umas das outras Fonte Adaptada de Parten 1932 p 249251 Papalia08indd 298 Papalia08indd 298 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 299 Parten aparentemente considerava o jogo não social menos maduro que o jogo social Ela sugeriu que crianças pequenas que continuam a brincar sozinhas podem desenvolver problemas sociais psi cológicos ou educacionais Contudo certos tipos de jogo não social particularmente o jogo paralelo e o jogo independente solitário podem consistir em atividades que promovem o desenvolvimento cog nitivo físico e social Em um estudo de crianças de 4 anos o jogo construtivo paralelo por exemplo montar quebracabeças ao lado de outra criança que está fazendo o mesmo era mais comum entre crianças que eram boas solucionadoras de problemas eram populares com outras crianças e eram vistas pelos professores como socialmente habilidosas K H Rubin 1982 Hoje os pesquisadores examinam não apenas se uma criança brinca sozinha mas por quê Entre 567 crianças de jardim de infância professores observadores e colegas de classe avaliaram aproxima damente 2 de cada 3 crianças que brincavam sozinhas como social e cognitivamente competentes elas simplesmente preferiam brincar desse jeito Harrist et al 1997 Por outro lado o jogo solitário às vezes pode ser um sinal de timidez ansiedade medo ou rejeição social Coplan et al 2004 Henderson et al 2004 Spinrad et al 2004 O jogo reticente uma combinação das categorias de desocupação e observação de Parten é frequentemente uma manifestação de timidez Coplan et al 2004 Entretanto comportamentos reticentes como brincar perto de outras crianças observar o que estão fazendo ou perambular sem rumo às vezes podem ser um prelúdio para se juntar às brincadeiras K H Rubin et al 1998 Spin rad et al 2004 Em um estudo longitudinal de curto prazo crianças reticentes eram bem aceitas e apresentavam poucos comportamentos problemáticos Spinrad et al 2004 O jogo não social então parece ser muito mais complexo do que Parten imaginava Um tipo de brincadeira que costuma tornarse mais social durante os anos préescolares é o jogo dramático K H Rubin et al 1998 D G Singer e J L Singer 1990 As crianças normalmente utilizam mais o jogo dramático quando brincam com outra pessoa do que quando brincam sozinhas Bjorkund e Pellegrini 2002 À medida que o jogo dramático tornase mais colaborativo os enredos da história tornamse mais complexos e inovadores oferecendo oportunidades ricas para a prática de habilidades interpessoais e de linguagem e para a exploração de convenções e de papéis sociais No jogo de faz de conta conjunto as crianças desenvolvem juntas as habilidades de resolução de proble mas de planejamento e de busca do objetivo adquirem a compreensão das perspectivas das outras pessoas e constroem uma imagem do mundo social Bergen 2002 Bodrova e Leong 1998 Bjorklund e Pellegrini 2002 J I F Davidson 1998 J E Johnson 1998 Nourot 1998 PK Smith 2005a Um tipo comum de jogo dramático envolve companheiros imaginários Esse fenômeno normal da infância é visto muito frequentemente em primogênitos e filhos únicos a quem falta a companhia de irmãos As meninas são mais propensas que os meninos a terem amigos imaginários ou pelo menos a reconhecêlos Carlson e Taylor 2005 Crianças que têm companheiros imaginários sabem distinguir fantasia de realidade M Taylor Cartwright e Carlson 1993 Elas são mais imaginativas quando brincam do que outras crianças e são mais cooperativas D G Singer e J L Singer 1990 J L Singer e D G Singer 1981 e não lhes fal tam amigos Gleson Sebane e Hartup 2000 Em um estudo com 152 crianças em idade préescolar as de 4 anos que disseram ter companheiros imaginários tinham melhor desempenho em tarefas de teoria da mente como diferenciar aparência e realidade e reconhecer falsas crenças do que as que não criavam tais companheiros M Taylor e Carlson 1997 e essas crianças apresentavam melhor compreensão emocional 3 anos depois As associações positivas com companheiros imaginários con tinuam durante a préescola Embora crianças de 5 anos e meio com companheiros imaginários não tenham um vocabulário maior do que crianças sem companheiros imaginários elas contam histórias mais elaboradas tanto sobre experiências sociais como sobre histórias de livros Trionfi e Reese 2009 Esses tipos de resultados como um todo destacam o papel do brinquedo e da imaginação no desen volvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais essenciais COMO O GÊNERO INFLUENCIA O BRINCAR Como já mencionamos a segregação sexual é comum entre crianças em idade préescolar e tornase ainda mais predominante na terceira infância Esta tendência parece ser universal entre as culturas P K Smith 2005a Embora a biologia hormônios sexuais a identificação de gênero e o reforço do adulto pareçam influenciar as diferenças de gênero no brincar a influência do grupo igual pode ser mais poderosa P K Smith 2005a Aos 3 anos de idade as meninas têm muito maior probabilidade E se nossos companheiros imaginários se cansarem de ser culpados por nossos erros Este é o conceito de um filme híbrido de ação vivaanimação que está atualmente em desenvolvimento no Estúdio DreamWorks Animação do DreamWorks explorando o lado escuro dos amigos imaginários 2010 Como você acha que o uso cada vez maior de computadores para jogos e para atividades educativas poderia afetar o brincar das crianças de idade préescolar Papalia08indd 299 Papalia08indd 299 010213 0920 010213 0920 300 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman de brincar com bonecas e conjuntos de chá enquanto os meninos preferem armas e caminhões de brinquedo Dunn e Hughes 2001 OBrien e Huston 1985 Servin Bohlin e Berlin 1999 As me ninas tendem a escolher outras meninas como companheiras de brincadeira e os meninos preferem outros meninos Maccoby e Jacklin 1987 um fenômeno conhecido como segregação de gênero A tendência dos meninos a serem mais ativos e fisicamente agressivos comparados com os estilos de brincadeiras mais sustentadoras e afetuosas são prováveis contribuições para a segregação de gênero Meninos brincam espontaneamente nas calçadas nas ruas ou em terrenos vazios meninas tendem a escolher atividades mais estruturadas e supervisionadas por adultos Benenson 1993 Bjorklund Pellegrini 2002 Fabes Martin e Hanish 2003 Serbin et al 1994 P K Smith 2005a E isso não parece ser dirigido por influências sociais Independente do grupo cultural ao qual pertencem os me ninos tendem a participar de brincadeiras mais exploradoras e as meninas apreciam brincadeiras mais simbólicas e de faz de conta Cote e Bornstein 2009 As histórias de faz de conta das meninas geralmente enfocam relacionamentos sociais e cuidados e ressaltam papéis domésticos nas brincadeiras de casinha Bjorklund e Pellegrini 2002 Pellegrini e Archer 2005 P K Smith 2005a O brinquedo de faz de conta dos meninos frequentemente envolve perigo ou discórdia e papéis dominantes competitivos como nas batalhas simuladas Além disso o brinquedo dos meninos é mais fortemente estereotipado por gênero do que o das meninas Bjorklund e Pellegrini 2002 Portanto nos grupos de sexo misto as brincadeiras tendem a girar em torno de atividades tradicionalmente masculinas Fabes et al 2003 COMO A CULTURA INFLUENCIA O BRINCAR Os valores culturais afetam os ambientes lúdicos que os adultos constroem para as crianças e es ses ambientes por sua vez afetam a frequência de formas específicas de brincar entre culturas Bo drova e Leong 1998 Um estudo de observação comparou 48 crianças coreanoamericanas e 48 angloamericanas de classe média em préescolas separadas Farver Kim Lee 1995 As préescolas angloamericanas encorajavam o pensamento independente o envolvimento ativo na aprendizagem os intercâmbios sociais entre crianças e as atividades colaborativas com os professores A préescola coreanoamericana enfatizava o desenvolvimento de habilidades escolares e a realização de tarefas Não causa surpresa que as crianças angloamericanas envolviamse mais em jogos sociais enquan to os coreanoamericanos interessavamse mais por jogos paralelos e pela desocupação Ao mesmo tempo as crianças coreanoamericanas brincavam mais cooperativamente muitas vezes oferecendo brinquedos umas às outras muito provavelmente um reflexo da ênfase de sua cultura na harmonia do grupo As crianças angloamericanas eram mais agressivas e geralmente respondiam negativamente às sugestões das outras refletindo a competitividade da cultura norteamericana segregação de gênero Tendência a escolher companheiros de brincadeira do próprio sexo verificador você é capaz de Identificar quatro níveis cognitivos do brincar e seis categorias do jogo social e não social Explicar como as dimensões cognitiva e social do brincar podem estar associadas Explicar e dar exemplos de como o gênero e a cultura influenciam o modo como as crianças brincam Meninas e meninos de idade préescolar não costumam brincar juntos Quando o fa zem geralmente brincam com brinquedos masculinos como carros e caminhões ou blocos Papalia08indd 300 Papalia08indd 300 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 301 Parentalidade À medida que a criança cresce e se assume como pessoa sua educação poderá ser um complexo desafio Os pais deverão lidar com pequenos indivíduos que possuem mentes e vontades independentes mas que ainda têm muito a aprender sobre quais ti pos de comportamentos funcionam bem em sociedade FORMAS DE DISCIPLINA No campo do desenvolvimento humano a disciplina referese aos métodos de moldar o caráter e en sinar autocontrole e comportamento aceitável Pode ser uma poderosa ferramenta para a socialização com o objetivo de desenvolver a autodisciplina Quais as formas de disciplina que funcionam melhor Os pesquisadores têm considerado uma ampla variedade de técnicas Reforço e punição Você é um ajudante maravilhoso Nick Muito obrigada por arrumar seus brinquedos A mãe de Nick sorri calorosamente para seu filho enquanto ele coloca seu caminhão caçamba dentro da caixa de brinquedos As palavras e as ações dela fornecem uma disciplina gentil ao seu filho e o ensinam que guardar seus brinquedos é um comportamento positivo que deve ser repetido Os pais às vezes punem os filhos para acabar com um comportamento indesejável mas geralmen te eles aprendem mais com um reforço para o bom comportamento Os reforços externos podem ser tangíveis divertimentos mais horas de brincadeira ou intangíveis um sorriso uma palavra de elogio um abraço mais atenção ou um privilégio especial Qualquer que seja o reforço a criança deve vê lo como uma recompensa e deve recebêlo de modo razoavelmente coerente depois de apresentar o comportamento desejado Eventualmente o comportamento deve fornecer um reforço interno uma sensação de prazer ou de realização Há ocasiões entretanto em que a punição tal como o isolamento ou a negação de privilégios é necessária Não pode ser permitido que as crianças saiam correndo em uma rua movimentada ou batam em outra criança Às vezes a criança é intencionalmente desafiadora Em tais situações a punição se for coerente imediata e nitidamente associada à ofensa poderá ser eficaz Deverá ser administrada com calma em particular e com o intuito de induzir obediência e não culpa É mais eficiente quando acompanhada por uma breve e simples explicação AAP Committee on Psychosocial Aspects of Child and Family Health 1998 Baumrind 1996a 1996b A punição muito severa pode ser prejudicial Crianças que são punidas severamente e frequen temente podem ter problemas para interpretar as ações e palavras das outras pessoas elas podem ver intenções hostis onde não existe Weiss et al 1992 Crianças pequenas que foram punidas severa mente podem agir com agressividade Nix et al 1999 ou podem tornarse passivas por se sentirem desamparadas As crianças podem ficar amedrontadas se os pais perdem o controle e podem eventual mente tentar evitar um pai punitivo destruindo a capacidade do pai de influenciar comportamento Grusec e Goodnow 1994 O castigo corporal tem sido definido como o uso da força física com a intenção de causar dor na criança e não ferimentos de modo a corrigir ou controlar o comportamento infantil Straus 1994 p 4 Pode incluir palmadas tapas bofetadas beliscões sacudidas o que pode ser fatal para bebês e outras ações físicas Popularmente acreditase que o castigo corporal é mais eficiente que outros métodos para incutir respeito pela autoridade dos pais e inofensivo se aplica do com moderação por pais amorosos Ka zdin e Benjet 2003 McLoyd e Smith 2002 Entretanto uma série crescente de evidências de estudos transversais e longitu dinais sugere que ele é frequentemente con traproducente e deve ser evitado Straus Como as práticas de parentalidade influenciam o desenvolvimento indicad r disciplina Métodos para moldar o caráter das crianças e para ensinálas a exercer o autocontrole e ter um comportamento aceitável castigo corporal Utilização da força física com a intenção de causar dor para corrigir ou controlar o comportamento sem causar ferimentos Crianças oriundas de famílias nas quais há abuso doméstico seja físico ou emocional têm mais probabilidade de serem espancadas Taylor et al 2010 Um apego seguro aos pais ou a um professor na segunda infância tem sido relacionado a se as crianças vêem ou não Deus como um amigo amoroso alguém que é bom que o ama e o faz feliz Se você é religioso você acha que seu relacionamento com seus pais afeta suas crenças religiosas de Roos 2006 Papalia08indd 301 Papalia08indd 301 010213 0920 010213 0920 302 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman 1999 Straus e Stewart 1999 Um debate contínuo sobre a adequação do uso de castigo corporal nas escolas espalhase nos Estados Unidos Vinte e um estados permitem o uso de castigo corporal nas escolas Alguns educadores acreditam que ele é um impedimento efetivo a maus comportamen tos perigosos como brigas mas outros afirmam que o castigo corporal degrada o ambiente educativo Human Rights Watch 2008 Contudo a maior parte das pesquisas sugere fortemente que o castigo corporal frequente ou severo é potencialmente prejudicial para as crianças Além do risco de ferimento as crianças que sofrem castigo corporal podem não conseguir internalizar mensagens morais desenvolvem relacionamentos de pai e filho pobres e apresentam agressividade física ou comportamento an tissocial aumentados Berlin et al 2009 Gershoff 2002 MacMillan et al 1999 Strassberg Dodge Pettit e Bates 1994 mesmo na idade adulta Straus e Stewart 1999 Além disso o es pancamento tem sido associado negativamente ao desenvolvimento cognitivo Em um estudo com aproximadamente 2500 crianças aquelas que foram espancadas na idade de 1 ano apresentaram pontuações de desenvolvimento cognitivo mais baixas em um teste de avaliação aos 3 anos de idade Berlin et al 2009 Além disso não há uma linha clara entre espancamento leve e severo e um frequentemente leva ao outro Kazdin e Benjet 2003 Portanto ainda que nenhum pre juízo pelo espancamento muito leve tenha sido estabelecido Larzalere 2000 parece prudente escolher outros meios de disciplina menos arriscados Kazdin e Benjet 2003 O Comitê sobre os Aspectos Psicossociais da Saúde Infantil e Familiar da Academia Americana de Pediatria 1998 recomenda reforço positivo para encorajar comportamentos desejados e repreensões verbais cas tigos isolamento breve para dar à criança uma chance de se acalmar ou retirada de privilégios para desencorajar comportamentos indesejados todos dentro de um relacionamento de pais e filhos amoroso positivo e sustentador Raciocínio indutivo afirmação de poder e retirada do amor Quando Sara pegou um doce em uma loja seu pai não fez um discurso sobre honestidade bateu nela ou disse que ela tinha sido uma menina má Em vez disso ele explicou como o dono da loja seria prejudicado por ela não ter pago pelo doce perguntoulhe como ela achava que o dono da loja poderia se sentir e então levoua de volta à loja para que ela devolvesse o doce As técnicas indutivas como as que o pai de Sara usava visam encorajar o comportamento de sejável ou a desencorajar o comportamento indesejável por meio da argumentação com uma criança Elas incluem estabelecer limites demonstrar as consequências lógicas de uma ação explicar discutir negociar e obter ideias da criança sobre o que é justo As técnicas indutivas são geralmente o méto do mais eficaz para conseguir que as crianças aceitem os padrões parentais M L Hoffman 1970a 1970b Jagers Bingham e Hans 1996 McCord 1996 O raciocínio indutivo tende a despertar em patia pela vítima assim como culpa da parte do transgressor Krevans e Gibbs 1996 Crianças de maternal cujas mães relataram o uso da racionalidade estavam mais propensas a enxergar o erro moral no comportamento que traz prejuízo a outra pessoa em oposição a uma simples violação de normas do que crianças cujas mães tiraram privilégios Jagers et al 1996 Duas outras amplas categorias de disciplina são afirmação de poder e retirada temporária do amor A afirmação de poder visa interromper ou desencorajar comportamento indesejável por meio da aplicação física ou verbal do controle parental ela inclui exigências ameaças retirada de privilé gios palmadas e outros tipo de castigo A retirada do amor pode incluir ignorar isolar ou mostrar desagrado por uma criança Nenhuma dessas é tão eficaz quanto o raciocínio indutivo na maioria das circunstâncias e ambas podem ser prejudiciais M L Hoffman 1970a 1970b Jagers et al 1996 McCord 1996 A eficácia da disciplina parental pode depender de até que ponto a criança entende e aceita a mensagem parental cognitiva e emocionalmente Para a criança aceitar a mensagem ela tem de reconhecêla como apropriada portanto os pais precisam ser justos e precisos além de objetivos e coerentes sobre suas expectativas Precisam adequar a disciplina à travessura e ao temperamento e nível cognitivo e emocional da criança Ela pode sentirse mais motivada para aceitar a mensagem quando os pais são normalmente carinhosos e responsivos e se eles despertarem a empatia da criança pela pessoa a quem ela fez algum mal Grusec e Goodnow 1994 A maneira como as crianças acei Dante Cicchetti da Universidade de Minnesota verificou que crianças de famílias abusivas têm mais probabilidade de responder ao choro de um colega com agressividade ou afastamento do que crianças de famílias amorosas que têm mais probabilidade de tentar consolar seu colega ou de chamar a professora Por que crianças abusadas podem ter desenvolvido esta tendência Como as respostas dos pais ao seu sofrimento poderiam têla moldado técnicas indutivas Técnicas disciplinares destinadas a induzir o comportamento desejável por apelo à racionalidade e ao senso de justiça da criança afirmação de poder Estratégia disciplinar destinada a de sencorajar o comportamento indesejá vel através da aplicação física ou verbal do controle parental retirada do amor Estratégia disciplinar que envolve ignorar isolar ou mostrar desagrado por uma criança Papalia08indd 302 Papalia08indd 302 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 303 tam um método disciplinar também pode depender de se o tipo de castigo usado é aceitável na cultura da família Lansford et al 2005 Um ponto sobre o qual muitos especialistas concordam é que a criança interpreta e responde à disciplina no contexto do relacionamento corrente com os pais Alguns pesquisadores portanto pro curam olhar além das práticas parentais específicas para estilos gerais ou padrões de criação dos filhos ESTILOS DE PARENTALIDADE Por que Stacy sentase tranquilamente sobre o tapete e presta atenção a uma história enquanto Ca meron não para quieto e implica com seus colegas Por que Consuelo trabalha em um quebracabeça durante 20 minutos enquanto David joga as peças de seu quebracabeça pela sala quando não con segue encaixálas Por que as crianças são tão diferentes em suas respostas à mesma situação O temperamento evidentemente é um fator importante mas algumas pesquisas sugerem que estilos de parentalidade podem afetar a competência da criança em lidar com seu mundo Diana Baumrind e a efetividade da parentalidade democrática Em uma pesquisa pio neira Diana Baumrind 1971 1996b Baumrind e Black 1967 estudou 103 crianças em idade préescolar de 95 famílias Por meio de entrevistas testes e estudos realizados nos próprios lares ela mediu o comportamento das crianças identificou três tipos de parentalidade e descreveu os pa drões comportamentais típicos de crianças educadas em cada um deles O trabalho de Baumrind e o extenso corpo de pesquisa que ele inspirou estabeleceram fortes associações entre cada estilo de parentalidade e um determinado conjunto de comportamentos infantis Baumrind 1989 Darling e Steinberg 1993 Pettit Bates e Dodge 1997 A parentalidade autoritária segundo Baumrind enfatiza o controle e a obediência sem ques tionamentos Os pais autoritários tentam fazer a criança se conformar a um padrão estabelecido de conduta punindoa arbitrariamente e com rigor se ela violar esse padrão São mais impessoais e menos carinhosos que os outros pais Os filhos tendem a ser mais descontentes retraídos e desconfiados A parentalidade permissiva enfatiza a autoexpressão e a autorregulação Pais permissivos fazem poucas exigências e permitem que os filhos monitorem suas próprias atividades tanto quan to possível Quando precisam criar regras explicam os motivos para eles Consultam as crianças sobre decisões e raramente punem São carinhosos não controladores e não exigentes Quando na préescola seus filhos tendem a ser imaturos apresentam muito pouco autocontrole e pouca curiosidade exploratória A parentalidade democrática enfatiza a individualidade da criança embora também im ponha restrições sociais Pais democráticos confiam em sua capacidade de orientar os filhos mas também respeitam as decisões independentes os interesses as opiniões e a personalidade da crian ça São amorosos e tolerantes mas também exigem bom comportamento e são firmes para manter padrões Eles impõem punições limitadas e criteriosas quando necessário dentro do contexto de um relacionamento carinhoso e apoiador Eles dão preferência à disciplina indutiva explicando o raciocínio por trás de sua posição e encorajando o diálogo Aparentemente seus filhos se sentem seguros em saber tanto que são amados quanto o que se espera deles As crianças em idade pré escolar com pais democráticos tendem a ser as mais autoconfiantes autocontroladas autoafirma tivas exploradoras e satisfeitas Eleanor Maccoby e John Martin 1983 acrescentaram um quarto estilo de parentalidade negligente ou omissa para descrever pais que às vezes por conta do estresse ou da depressão concentramse mais em suas necessidades do que nas dos filhos A parentalidade negligente tem sido associada a vários distúrbios comportamentais na infância e na adolescência Baumrind 1991 Parke e Buriel 1998 R A Thompson 1998 Por que a parentalidade democrática parece aumentar a competência social da criança Talvez seja porque pais democráticos estabelecem expectativas sensatas e padrões realistas Ao criarem regras claras e coerentes sinalizam para a criança o que se espera dela Em lares autoritários a criança é controlada com tal rigor que geralmente não pode fazer escolhas independentes sobre seu próprio comportamento Em lares permissivos a criança recebe tão pouca orientação que pode tornarse inse verificador você é capaz de Comparar cinco formas de dis ciplina e discutir sua eficácia parentalidade autoritária Na terminologia de Baumrind estilo de parentalidade que enfatiza o controle e a obediência parentalidade permissiva Na terminologia de Baumrind estilo de parentalidade que enfatiza a autoex pressão e a autorregulação parentalidade democrática Na terminologia de Baumrind estilo de parentalidade que combina respeito pela individualidade da criança com uma tentativa de incutir valores sociais Papalia08indd 303 Papalia08indd 303 010213 0920 010213 0920 304 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman gura e ansiosa quanto a fazer a coisa certa Em lares democráticos a criança sabe quando está aten dendo às expectativas e pode decidir se vale à pena arriscar a desaprovação parental para perseguir uma meta Esperase um bom desempenho dessa criança que ela cumpra seus compro missos e participe ativamente dos deveres da família bem como das diversões Ela conhe ce a satisfação de aceitar responsabilidades e ser bemsucedida Quando surge um conflito os pais de mocráticos podem ensinar à criança meios positivos para que ela consiga comunicar seu ponto de vista e negociar alternativas aceitáveis Se você não quer jogar fora as pedras que encon trou onde acha que devemos guardálas A internalização desse conjunto de habilidades mais am plo e não apenas de exigências comportamentais específicas pode muito bem ser a chave do sucesso da parentalidade democrática Grusec e Goodnow 1994 Apoio e críticas ao modelo de Baumrind Em pesquisas baseadas no trabalho de Baumrind a superioridade da parentalidade democrática ou concepções semelhantes do estilo de parentalidade tem sido repetidamente apoiada Identificar e promover práticas de parentalidade positivas é crucial para prevenir o início precoce de comportamentos problemáticos Dishion e Stormshak 2007 Em um estudo longitudinal com 585 famílias do Tennessee e de Indiana étnica e socioeconomicamente diversas com crianças da préescola até a sexta série quatro aspectos da parentalidade apoiadora afetividade uso de disciplina indutiva interesse e envolvimento nos contatos da criança com seus iguais e ensino proativo de habilidades sociais previram desfechos comportamentais sociais e es colares positivos Pettit et al 1997 Famílias com alto risco para comportamento problemático em crianças que participaram de um programa de Check Up Familiar que forneceu serviços de apoio fundamentais aos pais foram capazes de me lhorar os desfechos da infância através de um foco precoce em práticas de parentalidade positivas e proativas Dishion et al 2008 Contudo o modelo de Baumrind provocou controvérsia porque ela parece sugerir que há um modo correto de criar filhos Além disso visto que os achados de Baumrind são correlacionais eles apenas estabelecem associações entre cada estilo de parentalidade e um determinado conjun to de comportamentos infantis Não mostram que diferentes estilos de criação dos filhos são a causa de as crianças serem mais ou menos compe tentes Também é impossível saber se as crianças estudadas por Baumrind foram de fato criadas num determinado estilo Talvez algumas mais bem ajustadas tivessem sido criadas de forma incoerente mas na época do es tudo os pais tivessem adotado o padrão democrático Holden e Miller 1999 Além disso ele não levou em conta fatores inatos como o tempe ramento que poderiam ter afetado a competência da criança e exercido influência sobre os pais Diferenças culturais nos estilos de parentalidade Outra questão é que as categorias de Baumrind refletem a visão dominante norteamerica na sobre o desenvolvimento da criança e podem não aplicarse a algumas culturas ou grupos socieconômicos Entre norteamericanos de origem asiática obediência e rigor não estão associados a rispidez e dominação mas antes a cuidados preocupação e envolvimento com a preservação da harmonia A cultura tradicional chinesa com sua ênfase no respeito pelos mais velhos ressalta a responsabilidade dos adultos em manter a ordem social ensinando às crianças o comportamento socialmente apro priado Essa obrigação é apreendida por meio de um firme e justo contro le orientação da criança e mesmo da punição física se necessário Zhao 2002 Embora a parentalidade por parte de norteamericanos de origem asiática seja frequentemente descrita como autoritária a afetividade e o Como pai que forma de disciplina você adotaria se seu filho de 3 anos pegasse um biscoito do pote sem permissão Se recusasse a cochilar Batesse na irmãzinha Diga por quê A cultura asiática tradicional enfatiza a responsabilida de dos adultos em manter a ordem social ensinando às crianças comportamento socialmente adequado Papalia08indd 304 Papalia08indd 304 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 305 apoio que caracterizam os relacionamentos da família asiática talvez se assemelhem mais ao estilo de parentalidade democrático de Baumrind mas sem a ênfase nos valores europeuamericanos de indivi dualidade escolha e liberdade Chao 1994 e com um controle parental mais rigoroso Chao 2001 De fato uma dicotomia entre os valores individualistas da parentalidade ocidental e os valores coletivistas da parentalidade asiática pode ser excessivamente simplista Em entrevistas com 64 mães japonesas com crianças entre 3 e 6 anos Yamada 2004 suas descrições das práticas de pa rentalidade refletiam a busca por um equilíbrio entre conceder a autonomia adequada e exercer o controle disciplinar As mães deixavam os filhos tomarem suas próprias decisões dentro daquilo que consideravam ser o domínio pessoal da criança como atividades lúdicas colegas e vestuário e esse domínio se ampliava com a idade da criança Quando saúde segurança questões morais ou conven ções sociais estavam envolvidas as mães estabeleciam os limites ou exerciam o controle Quando surgiam conflitos as mães utilizavam o bom senso em vez de métodos de afirmação de poder ou às vezes cediam à criança por entenderem que não era necessário brigar com ela ou mesmo porque a criança poderia estar com a razão QUESTÕES COMPORTAMENTAIS ESPECIAIS Três questões específicas de especial interesse para pais cuidadores e professores de crianças de pré escola são como promover o altruísmo controlar a agressão e como lidar com os medos que geral mente surgem nessa idade Comportamento prósocial Alex aos 3 anos e meio respondeu às queixas de dois colegas de préescola que não tinham massa de modelar suficiente seu brinquedo favorito dandolhes metade da sua Alex estava demonstrando altruísmo motivação para ajudar outra pessoa sem ex pectativa de recompensa Ações altruístas como a de Alex geralmente acarretam custo autossacrifício ou risco O altruísmo é a es sência do comportamento prósocial ati vidade voluntária que tem por objetivo bene ficiar outrem Mesmo antes de completar 2 anos a criança frequentemente ajuda os outros compartilha seus pertences e alimentos e oferece consolo A análise do comportamento cooperativo revelou três preferências por compartilhar recursos uma preferência por compartilhar com pessoas próximas reciprocidade uma preferência por compartilhar com pessoas que compartilham com você e reciprocidade indireta uma preferência por compartilhar com pessoas que comparti lham com outras Em uma série de experi mentos com crianças de 3 anos e meio os pesquisadores foram capazes de demonstrar que essas preferências estão presentes e são funcionais em crianças pequenas Olson e Spelke 2008 Existe uma personalidade ou disposi ção prósocial Um estudo longitudinal que acompanhou 32 crianças de 4 e 5 anos até o início da idade adulta sugere que ela existe e que emerge bem cedo permanecendo coe rente durante a vida toda Crianças em idade préescolar que eram solidárias e que espontaneamente compartilhavam as coisas com seus colegas tendiam a mostrar compreensão prósocial e a apresentar comportamento empático 17 anos mais tarde Coplan et al 2004 Os genes e o ambiente contribuem para as diferenças individuais no comportamento prósocial um exemplo da correlação geneambiente Este achado vem de um estudo de 9319 pares de gêmeos cujo comportamento prósocial foi avaliado por pais e professores aos 3 4 e 7 anos de idade Pais que demonstravam afeição e seguiam estratégias disciplinares positivas indutivas tendiam a encorajar a verificador você é capaz de Resumir o modelo de Baumrind de estilos de parentalidade Explicar como os meios utilizados pelos pais para re solver conflitos com crianças pequenas podem contribuir para o sucesso da criação democrática Discutir as críticas ao mode lo de Baumrind e as varia ções culturais nos estilos de parentalidade Por que as crianças pequenas ajudam ou ferem as outras e por que desenvolvem medos indicad r Você se lembra de harmonizar com seus colegas nos círculos de música da préescola A pesquisa na Alemanha sugere que quando as crianças fazem música juntas elas têm mais probabilidade de cooperar e ajudar umas às outras Kirschner e Tomasello 2010 altruísmo Comportamento que visa ajudar os outros motivado por uma preocu pação interior e sem expectativa de recompensa externa pode envolver autonegação e autossacrifício comportamento prósocial Qualquer comportamento voluntário que visa ajudar os outros Bebês de aproximadamente um ano de idade adoram jogos de troca nos quais um brinquedo é usado e devolvido entre duas pessoas Os pesquisadores sugeriram que brincar com esses jogos poderia ajudar a encorajar futuros comportamentos de compartilhamento Hay 1994 As crianças pensam em termos concretos Ao tentar encorajar o compartilhamento entre crianças pequenas é melhor encorajálas a revezarse um comportamento concreto do que a compartilhar um conceito abstrato Papalia08indd 305 Papalia08indd 305 010213 0920 010213 0920 306 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman tendência natural de seus filhos ao comportamento prósocial Knafo e Plomin 2006 Pais de crianças prósociais costumam ser eles pró prios prósociais Eles indicam modelos de comportamento prósocial e direcionam os filhos para histórias filmes e programas de televisão que retratam cooperação compartilhamento e empatia e os estimu lam a ser solidários generosos e prestativos Singer e Singer 1998 Foi demonstrado que a exposição a programas educativos e orienta dos aos pequenos na mídia tem efeitos prósociais intensificando o altruísmo a cooperação e mesmo a tolerância em relação aos outros Wilson 2008 Os relacionamentos com os irmãos são um labora tório importante para exercitar o comportamento atencioso e para aprender a ver o ponto de vista do outro Os colegas e os professores também podem servir de modelo e reforçar o comportamento pró social Eisenberg 1992 Eisenberg e Fabes 1998 As culturas variam no grau em que promovem o comportamen to prósocial Culturas tradicionais em que as pessoas vivem em gru pos familiares estendidos e compartilham o trabalho parecem incutir mais os valores prósociais do que aquelas que enfatizam a realização individual Eisenberg e Fabes 1998 Agressão Quando Noah arrebata rispidamente uma bola de Jake ele está interessado apenas em pegar a bola não em machucar ou dominar Jake Tratase de uma agressão instrumental ou agressão utilizada como instrumento para atingir um objetivo o tipo mais comum de agressão na segunda infância Entre 2 anos e meio e 5 anos é comum as crianças brigarem por brinquedos e pelo controle de espaço A agressão surge principalmente durante os jogos sociais as crianças que mais brigam tam bém tendem a ser as mais sociáveis e competentes De fato a capacidade de mostrar alguma agressão instrumental talvez seja um passo necessário no desenvolvimento social À medida que a criança desenvolve mais o autocontrole e tornase mais capacitada para se expres sar verbalmente ela passa da agressão com socos para a agressão com palavras Coie e Dodge 1998 Entretanto as diferenças individuais permanecem Em um estudo longitudinal com 383 crianças em idade préescolar 11 das meninas e 9 dos meninos apresentavam altos níveis de agressividade entre as idades de 2 e 5 anos Meninos e meninas que eram desatentos aos 2 anos e meninas que mostravam regulação emocional pobre naquela idade tendiam a ter problemas de conduta aos 5 anos Hill et al 2006 As crianças em idade préescolar que frequentemente se envolvem em jogos de fantasia violen tos podem aos 6 anos ser propensas a exibições violentas de raiva Dunn e Hughes 2001 Diferenças de gênero na agressividade A agressividade é uma exceção à generalização de que meni nos e meninas são mais semelhantes do que diferentes Hyde 2005 Em todas as culturas estudadas como entre a maioria dos mamíferos os meninos são mais agressivos física e verbalmente do que as meninas Esta diferença de gênero é aparente aos 2 anos de idade Archer 2004 Baillargeon et al 2007 Pellegrini e Archer 2005 A pesquisa com camundongos geneticamente manipulados sugere que o gene Sry no cromossomo Y pode desempenhar um papel Gatewood et al 2006 Entretanto as meninas podem ser mais agressivas do que aparentam McNeillyChoque et al 1996 Putallaz e Bierman 2004 Enquanto os meninos envolvemse mais em agressão explícita direta agressão física ou verbal direcionada abertamente contra seu alvo as meninas especial mente quando ficam mais velhas têm maior probabilidade de praticar a agressão relacional social ou indireta Esse tipo mais sutil de agressão consiste em prejudicar ou interferir no relacionamento reputação ou bemestar psicológico de outra pessoa geralmente por meio de provocação manipu lação ostracismo ou tentativas de controle Ela pode incluir espalhamento de boatos xingamentos humilhações ou a exclusão da pessoa de um grupo Pode ser explícita ou velada indireta por exemplo fazer cara feia ou ignorar alguém Entre crianças em idade préescolar ela tende a ser di reta e face a face Você não pode ir na minha festa se não me der aquele brinquedo Archer 2004 Brendgen et al 2005 Crick Casas e Nelson 2002 agressão instrumental Comportamento agressivo utilizado como um meio de atingir um objetivo agressão explícita direta Agressão abertamente direcionada ao seu alvo agressão relacional social ou indireta Agressão com o intuito de prejudicar ou interferir no relacionamento re putação ou bemestar psicológico de outra pessoa O tipo de agressão envolvido na briga por um brinquedo sem intenção de ferir ou dominar a outra criança é a agressão ins trumental Ela aparece principalmente durante o jogo social e normalmente diminui à medida que as crianças aprendem a pedir o que querem Papalia08indd 306 Papalia08indd 306 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 307 Influências sobre a agressividade Por que algumas crianças são mais agressivas do que outras O temperamento pode ter o seu papel Crianças muito emotivas e com baixo autocontrole tendem a expressar a raiva de modo agressivo Eisenberg et al 1994 A agressividade tanto física quanto social tem fontes genéticas e ambientais mas a influência relativa das duas difere Entre 234 gêmeos de 6 anos de idade a agressividade física era 50 a 60 he reditária o restante da variação era atribuível a influências ambientais não compartilhadas experiên cias únicas A agressividade social era muito mais influenciada pelo ambiente a variação era apenas 20 genética 20 explicada por influências ambientais compartilhadas e 60 por experiências não compartilhadas Brendgen et al 2005 O comportamento dos pais influencia fortemente a agressividade Em um estudo meninos de 5 anos de idade que foram expostos a cocaína no período prénatal e que viviam em ambientes pobres instáveis ou estressantes com mães solteiras tendiam a ter comportamento altamente agressivo tal como brigas e provocações bullying Benersky Bennett e Lewis 2006 Em diversos estudos longi tudinais o apego inseguro e a falta de carinho e afeição materna na primeira infância puderam prever a agressividade na segunda infância Coie e Dodge 1998 MacKinnonLewis et al 1997 Compor tamentos manipulativos como retirada de amor e fazer a criança sentirse culpada ou envergonhada podem estimular a agressividade social Brendgen et al 2005 A agressividade pode resultar da combinação de uma atmosfera familiar estressante e não esti mulante disciplina severa falta de afeto materno e de apoio social exposição a adultos agressivos e violência urbana e grupos iguais transitórios que impedem amizades estáveis Dodge Pettit e Bates 1994 Grusec e Goodnow 1994 Em um estudo de 431 participantes do programa Head Start em um bairro central da cidade os pais relataram que mais da metade tinha testemunhado atividade de gangues tráfico de drogas perseguições policiais e prisões ou pessoas portando armas e algumas das crianças e das famílias tinham sido elas próprias vitimizadas Essas crianças apresentavam sintomas de sofrimento em casa e comportamento agressivo na escola Farver et al 2005 A cultura pode influenciar o quanto de comportamento agressivo uma criança apresenta Por exemplo no Japão raiva e agressividade contradizem a ênfase cultural na harmonia As mães japonesas têm maior probabilidade que as mães norteamericanas de usar disciplina indutiva enfatizando como o comportamento agressivo fere os outros As mães japonesas também de monstram maior desapontamento quando os filhos não obedecem aos padrões comportamentais ZahnWaxler et al 1996 Por que testemunhar violência leva à agressividade Em um experimento clássico de aprendi zagem social Bandura Ross e Ross 1961 crianças entre 3 e 6 anos observaram individualmente modelos adultos se entretendo com brinquedos As crianças de um dos grupos experimentais viam o modelo adulto brincar em silêncio O modelo para um segundo grupo experimental passava a maior parte da sessão de dez minutos socando chutando e atirando para os lados um boneco inflável de tamanho natural Um grupocontrole não viu nenhum modelo Depois das sessões as crianças que ficaram um pouco frustradas por ver brinquedos com os quais não podiam brincar entraram em outra sala de brinquedos As crianças que tinham visto o modelo agressivo agiram de maneira muito mais agressiva do que as dos outros grupos imitando muitas das coisas que viram o modelo dizer e fazer As crianças que tinham visto o modelo silencioso eram menos agressivas do que o grupocontrole Esse achado sugere que os pais talvez estejam aptos a moderar os efeitos da frustração servindo como modelo de comportamento não agressivo A mídia eletronica tem um enorme poder de servir como modelo seja para o comportamento prósocial seja para a agressão No Capítulo 10 discutiremos a influência da violência na mídia sobre o comportamento agressivo Medo Medos passageiros são comuns na segunda infância Muitas crianças entre 2 e 4 anos têm medo de animais sobretudo cães Aos 6 anos é mais provável que a criança tenha medo do escuro Outros medos bastante comuns são o medo de tempestades médicos e criaturas imaginárias DuPont 1983 StevensonHinde e Shouldice 1996 Os medos das crianças pequenas têm origem em grande parte nas suas intensas fantasias e na tendência a confundir aparência com realidade Às vezes sua imaginação vai longe fazendoas se preocupar com o ataque de um leão ou com a possibilidade de serem abandonadas É mais provável Papalia08indd 307 Papalia08indd 307 010213 0920 010213 0920 308 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman que crianças pequenas sintam medo de alguma coisa que pareça assusta dora como um monstro de desenho animado do que de algo capaz de causar um grande mal como uma explosão nuclear Cantor 1994 Na maioria das vezes os medos de crianças mais velhas são mais realistas e autoavaliativos medo de não passar numa prova por exemplo porque sabem que estão sendo avaliadas por outras pessoas StevensonHinde e Shouldice 1996 Os medos podem originarse de experiências pessoais ou de se tomar conhecimento das experiências de outras pessoas Muris Mer ckelbach e Collaris 1997 Uma criança em idade préescolar cuja mãe está doente na cama poderá ficar transtornada com uma história sobre a morte de uma mãe mesmo que seja a mãe de um animal Geralmente os medos nascem de avaliações do perigo como a probabilidade de ser mordido por um cão ou são desencadeados por eventos tal como uma criança que foi atropelada por um carro ficar com medo de atravessar a rua Crianças que sobreviveram a um terremoto sequestro guerra ou a algum outro evento assustador podem ter medo de que isso aconteça novamente Kolbert 1994 É tão normal quanto adequado que crianças pequenas tenham medos Também é normal que esses medos desapareçam com a idade Parte da razão de muitos medos serem superados é porque as crianças pequenas conseguem dis tinguir melhor o real do imaginário Além disso quando as crianças dominam novas habilidades elas desenvolvem um senso de autonomia Quando aquele senso de autonomia se junta com a crescente capacidade delas de entender e prever eventos em seu ambiente as crianças sentemse mais no controle e portanto menos amedrontadas National Scientific Council on the Developing Child 2010 Os pais podem ajudar a evitar os medos dos filhos incutindo um senso de confiança e cautela normal sem ser muito protetores e também pela superação de seus próprios medos irreais Eles podem ajudar uma criança temerosa tranquilizandoa e encorajando a livre expressão dos sentimen tos Eu sei que é assustador mas o trovão não pode ferilo Ridicularização Você não é mais criancinha coerção Passe a mão no cachorrinho ele não vai te machu car e persuasão lógica O urso mais pró ximo está a 30 quilômetros de distância trancado num zoológico não ajudam mui to Só a partir do ensino fundamental a criança pode entender que seus medos não são reais Cantor 1994 Relacionamentos com outras crianças Embora as pessoas mais importantes no mundo de uma criança pequena sejam os adultos que tomam conta dela o relacionamento com irmãos e colegas tornase mais importante na segunda infância Praticamente todas as atividades e questões de personalidade características dessa idade do desen volvimento do gênero ao comportamento prósocial ou agressivo envolvem outras crianças Exami naremos primeiro os relacionamentos com irmãos e então de crianças que não têm irmãos Então exploraremos os relacionamentos com o grupo de iguais e com os amigos RELACIONAMENTOS DE IRMÃOS É meu Não é meu Eu tava brincando com ele primeiro Quando as crianças são pequenas seus medos envolvem o escuro monstros assustadores e ameaças imaginárias Quando elas crescem seus medos tornamse cada vez mais realistas Por que você acha que isso acontece verificador você é capaz de Discutir as influências sobre o altruísmo a agressão e o medo indicad r Como as crianças pequenas se relacionam com irmãos colegas e amigos Uma menininha toma coragem e toca uma tarântula en quanto a prima nervosa a observa A dessensibilização sistemática pode ajudar as crianças a superar seus medos Papalia08indd 308 Papalia08indd 308 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 309 As primeiras brigas entre irmãos mais frequentes e mais intensas são por direitos de proprie dade quem é dono de um brinquedo ou quem tem o direito de brincar com ele Embora adultos irritados possam nem sempre ver dessa maneira brigas e reconciliações entre irmãos podem ser vistas como oportunidades de socialização quando as crianças aprendem a defender princípios e a negociar desacordos Ross 1996 Outra arena para socialização é o jogo dramático conjunto Irmãos que frequentemente brincam de fazer de conta desenvolvem uma história de entendimentos com partilhados que lhes permite resolver mais facilmente os problemas e aceitar as ideias um do outro Howe et al 2005 Apesar da frequência do conflito a rivalidade entre irmãos não é o principal padrão entre irmãos e irmãs no começo da vida Afeição interesse companheirismo e influência também são prevalentes nos relacionamentos entre irmãos Observações compreendendo um intervalo de três anos e meio que começou quando os irmãos mais novos tinham por volta de 1 ano e meio e os mais velhos entre 3 e 4 anos e meio verificaram que o comportamento prósocial e o comportamento orientado para o brincar é mais comum do que a rivalidade a hostilidade e a competição Abramovitch Corter e Lando 1979 Abramovitch et al 1986 Abramovitch Pepler e Corter 1982 Os irmãos mais velhos eram os que mais tomavam a iniciativa de um comportamento tanto amistoso quanto hostil irmãos mais novos tendiam a imitar os mais velhos Quando as crianças mais novas alcançavam a idade de 5 anos os irmãos tornavamse menos físicos e mais verbais nas demonstrações tanto de agressividade como de afeição Pelo menos um achado dessa pesquisa foi contestado em muitos estudos irmãos do mesmo sexo principalmente meninas são mais próximos e brincam juntos de forma mais pacífica do que pares de menino e menina Kier e Lewis 1998 Visto que irmãos mais velhos tendem a dominar os mais novos a qualidade do relacionamento é mais afetada pelo ajustamento emocional e social da criança mais velha do que da mais nova Pike Coldwell e Dunn 2005 A qualidade do relacionamento de irmãos tende a se transferir para o relacionamento com outras crianças Uma criança que é agressiva com os irmãos provavelmente é agressiva também com os ami gos Abramovitch et al 1986 Irmãos que frequentemente brincam amigavelmente juntos tendem a desenvolver comportamentos prósociais Pike et al 2005 Da mesma forma as amizades podem influenciar os relacionamentos de irmãos Irmãos mais velhos que experimentaram um bom relacionamento com um amigo antes do nascimento de um irmão provavelmente tratarão seus irmãos mais novos melhor e pouco provavelmente desenvolverão comportamento antissocial na adolescência Kramer e Kowal 2005 Para uma criança pequena com risco de problemas comportamentais um relacionamento positivo com um irmão ou um amigo pode amortecer os efeitos de um relacionamento negativo com o outro McElwain e Volling 2005 O FILHO ÚNICO Um estereótipo bem conhecido dos filhos únicos é que eles são mimados egoístas solitários ou desa justados Entretanto uma análise de 115 estudos desmente esse estereótipo Em realizações ocupa cionais e educacionais e na inteligência verbal os filhos únicos têm desempenho ligeiramente melhor do que crianças com irmãos Filhos únicos tendem a ser mais motivados para realizações e a ter uma autoestima ligeiramente mais alta e não diferem em ajustamento emocional sociabilidade ou popu laridade Talvez essas crianças se saiam melhor porque de acordo com a teoria evolucionista os pais que têm tempo e recursos limitados ao seu dispor focalizam mais atenção nos filhos únicos falam mais com eles fazem mais coisas com eles e esperam mais deles do que pais com mais de um filho Falbo 2006 Falbo e Polit 1986 Polit e Falbo 1987 E visto que a maioria das crianças hoje passa um tempo considerável em grupos de brincadeira creches e préescolas não falta aos filhos únicos oportunidades para interação social com iguais Falbo 2006 A pesquisa na China também produziu achados encorajadores sobre filhos únicos Em 1979 para controlar uma explosão populacional a República Popular da China estabeleceu uma política oficial de limitar as famílias a um filho cada Embora a política tenha desde então sido um pouco relaxada a maioria das famílias urbanas agora têm apenas um filho e a maioria das famílias rurais não mais de dois Hesketh Lu e Xing 2005 Portanto em muitas cidades chinesas as salas de aula são quase completamente preenchidas com crianças que não têm irmãos ou irmãs Esta situação ofereceu aos pesquisadores um experimento natural uma oportunidade de estudar o ajustamento de grandes nú meros de filhos únicos Irmãos mais novos têm mais probabilidade de arriscarse do que irmãos mais velhos Em um estudo sobre estatísticas de beisebol 90 de irmãos mais novos em times de beisebol da liga principal roubam mais bases do que suas contrapartes mais velhas Sulloway e Zweigenhaft 2010 Papalia08indd 309 Papalia08indd 309 010213 0920 010213 0920 310 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Uma revisão da literatura não encontrou diferenças significa tivas nos problemas comportamentais Tao 1998 Na verdade os filhos únicos pareciam ter uma vantagem psicológica clara em uma sociedade que favorece e recompensa tal criança Entre 731 crian ças e adolescentes urbanos aqueles com irmãos relataram níveis mais altos de medo ansiedade e depressão do que os filhos únicos independente de sexo ou idade Yang et al 1995 Entre 4 mil crianças de 3 a e 6 a séries as diferenças de perso nalidade entre filhos únicos e crianças com irmãos avaliadas por pais professores colegas e pelas próprias crianças foram poucas O desempenho escolar e o desenvolvimento físico dos filhos únicos era aproximadamente o mesmo ou melhor do que o de crianças com irmãos Falbo e Poston 1993 Em um estudo randomizado em salas de aula de 1 a série em Beijing Jiao Ji e Jing 1993 os filhos únicos superaram seus colegas com irmãos em habilidades de memória lin guagem e matemática Este achado pode refletir a maior atenção estimulação esperanças e expectativas que os pais dão a um bebê que eles sabem que será seu primeiro e único filho COLEGAS E AMIGOS As amizades se desenvolvem à medida que as pessoas também se desenvolvem Crianças pequenas brincam lado a lado ou perto uma da outra mas só a partir dos 3 anos aproximadamente começam a ter amigos Por meio das amizades e interações com colegas casuais a criança aprende a se relacionar com os outros Aprende que sendo amiga é que se tem amigos Aprende a resolver problemas em relacionamentos e a se colocar no lugar da outra pessoa além de ver modelos de vários tipos de comportamento Aprende valores morais e normas de papel de gênero e pratica papéis sociais adultos Crianças em idade préescolar geralmente gostam de brincar com crianças da mesma idade e sexo Crianças que têm frequentes experiências positivas entre si muito provavelmente se tornam amigas Rubin et al 1998 Snyder et al 1996 Aproximadamente 3 em cada 4 crianças em idade préescolar desenvolvem essas amizades mútuas Hartup e Stevens 1999 Os traços que uma criança pequena procura num parceiro para brincadeiras são semelhantes aos que ela procura num amigo C H Hart et al 1992 Em um estudo crianças entre 4 e 7 anos avaliaram os aspectos mais importantes da amizade como fazer coisas juntos um gostar do outro e se preocuparem um com o outro compartilhar coisas e ajudar um ao outro e secundariamente viver próximos ou frequentar a mesma escola Crianças mais novas deram mais importância a traços físi cos como aparência e tamanho do que crianças mais velhas e menos importância a afeição e apoio Furman e Bierman 1983 Crianças em idade préescolar preferem colegas prósociais C H Hart et al 1992 Elas rejeitam crianças destrutivas exigentes intrometidas ou agressivas Ramsey e Lasqua de 1996 Roopnarine e Honig 1985 Crianças estimadas em idade préescolar e de jardim de infância bem como aquelas avaliadas pelos pais e professores como socialmente competentes geralmente lidam bem com a raiva Elas evi tam insultos e ameaças Em vez disso respondem diretamente de modo a minimizar futuros conflitos e preservar o relacionamento Crianças menos estimadas tendem a vingarse ou a delatar Fabes e Eisenberg 1992 O relacionamento com as outras crianças tornase ainda mais importante durante a terceira infân cia como veremos nos Capítulos 9 e 10 verificador você é capaz de Explicar como a resolução de disputas entre irmãos contri bui para a socialização Dizer como a ordem de nasci mento e o gênero afetam os padrões típicos da interação entre irmãos Discutir como crianças em idade préescolar escolhem companheiros de brincadei ra e amigos como elas se comportam com os amigos e como elas se beneficiam das amizades Crianças pequenas aprendem a importância de ser amigo para se ter um amigo Esta criança que enxerga à direita está sendo amiga ao ajudar sua companheira cega a desfrutar da praia Papalia08indd 310 Papalia08indd 310 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 311 resumo e palavraschave O desenvolvimento da identidade Como o autoconceito se desenvolve durante a segunda infância e como as crianças demonstram autoestima crescimento emocional e iniciativa O autoconceito sofre grandes mudanças na segunda infância De acordo com um modelo neopiagetiano a autodefinição passa de simples representações a mapea mentos representacionais Crianças pequenas não veem a diferença entre a identidade real e a identidade ideal A autoestima na segunda infância tende a ser global e irrealista refletindo a aprovação dos adultos A compreensão das emoções direcionadas à própria criança e das emoções simultâneas se desenvolve gra dualmente Segundo Erikson o conflito de desenvolvimento na segunda infância é o de iniciativa versus culpa A resolu ção bemsucedida desse conflito resulta em virtude do propósito autoconceito 284 autodefinição 284 representações únicas 285 identidade real 285 identidade ideal 285 associações representativas 285 autoestima 285 iniciativa versus culpa 288 Gênero Como meninos e meninas tornamse conscientes do significado do gênero e como explicar as diferenças comportamentais entre os sexos A identidade de gênero é um aspecto do autoconceito em desenvolvimento A principal diferença de gênero na segunda infância é a maior agressividade dos meninos As meninas tendem a ser mais empáticas e prósociais e menos propensas a ter problemas comportamentais Algumas diferenças cognitivas aparecem já bem cedo outras só na préado lescência ou mais tarde As crianças aprendem os papéis de gênero bem cedo por meio da tipificação de gênero Os estereótipos de gênero atingem um ponto máximo durante os anos de préescola Cinco importantes perspectivas sobre o desenvolvi mento do gênero são a biológica a evolucionista a psi canalítica a cognitiva e a da aprendizagem social Evidências sugerem que algumas diferenças de gênero podem ser de base biológica A teoria evolucionista considera os papéis de gênero das crianças uma preparação para o comportamento de aca salamento adulto Na teoria freudiana a criança se identifica com o genitor do mesmo sexo depois de ter desistido do desejo de possuir o genitor do sexo oposto A teoria cognitivodesenvolvimental sustenta que a iden tidade de gênero se desenvolve sobre a consciência que se tem do próprio gênero Segundo Kohlberg a constân cia de gênero leva à aquisição de seus papéis A teoria do esquema de gênero sustenta que a criança categoriza as informações relacionadas ao gênero observando o que homens e mulheres fazem em sua cultura Segundo a teoria social cognitiva a criança aprende os papéis de gênero por meio da socialização Os pais os colegas a mídia e a cultura influenciam a tipificação de gênero identidade de gênero 288 papéis de gênero 289 tipificação de gênero 289 estereótipos de gênero 289 teoria da seleção sexual 291 identificação 292 constância de gênero 292 teoria do esquema de gênero 293 teoria social cognitiva 294 indicad r indicad r Papalia08indd 311 Papalia08indd 311 010213 0920 010213 0920 312 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Brincar a principal atividade da segunda infância Como as crianças em idade préescolar brincam e de que maneira o brincar reflete e contribui para o desenvolvimento O brincar traz benefícios físicos cognitivos e psicosso ciais As mudanças nos tipos de brincadeira em que a criança se envolve refletem os desenvolvimentos cogni tivo e social Segundo Smilansky a criança progride cognitivamente do jogo funcional para o jogo construtivo o jogo dramá tico e então para jogos formais com regras O jogo dra mático tornase cada vez mais comum durante a segun da infância e ajuda a criança a desenvolver habilidades sociais e cognitivas Brincadeiras impetuosas também têm início durante a segunda infância Segundo Parten o brincar tornase mais social durante a segunda infância No entanto pesquisas posteriores constataram que jogos não sociais não são necessaria mente um sinal de imaturidade As crianças preferem brincar e brincar mais socialmente com outras do mesmo sexo Aspectos cognitivos e sociais do brincar são influencia dos pelos ambientes culturalmente aprovados que os adultos criam para as crianças jogo funcional 296 jogo construtivo 296 jogo dramático 297 jogos formais com regras 298 segregação de gênero 300 Parentalidade Como as práticas de parentalidade influenciam o desenvolvimento A disciplina pode ser uma poderosa ferramenta de socia lização Tanto o reforço positivo quanto a punição administrada com prudência podem ser instrumentos apropriados de disciplina no contexto de um relacionamento positivo entre pais e filhos Afirmação de poder técnicas indutivas e retirada do amor são três categorias de disciplina A argumentação geralmente é o recurso mais eficaz e a afirmação de po der é a de menos eficácia pois promove a internalização de padrões parentais Palmadas e outras formas de casti go corporal podem trazer consequências negativas Baumrind identificou três estilos de parentalidade au toritário permissivo e democrático Um quarto estilo negligente ou omisso foi identificado mais tarde Pais democráticos tendem a criar filhos mais competentes Entretanto os resultados obtidos por Baumrind podem ser enganosos quando aplicados a algumas culturas disciplina 301 castigo corporal 301 técnicas indutivas 302 afirmação de poder 302 retirada do amor 302 parentalidade autoritária 303 parentalidade permissiva 303 parentalidade democrática 303 indicad r indicad r Papalia08indd 312 Papalia08indd 312 010213 0920 010213 0920 Desenvolvimento Humano 313 Por que as crianças pequenas ajudam ou ferem as outras e por que desenvolvem medos As primeiras manifestações do altruísmo e do compor tamento prósocial surgem bem cedo Talvez se trate de uma disposição inata que pode ser cultivada pelo mode lo parental e por incentivo Agressão instrumental primeiro física depois verbal é mais comum na segunda infância Os meninos tendem a praticar a agressão explícita en quanto as meninas geralmente se envolvem em agressão relacional Crianças em idade préescolar demonstram medos temporários de objetos e eventos reais e imaginários os medos de crianças mais velhas tendem a ser mais realistas altruísmo 305 comportamento prósocial 305 agressão instrumental 306 agressão explícita direta 306 agressão relacional social ou indireta 306 Relacionamentos com outras crianças Como as crianças pequenas se relacionam com irmãos colegas e amigos A maioria das interações entre irmãos é positiva Os irmãos mais velhos tendem a tomar as iniciativas e os irmãos mais novos imitam Irmãos do mesmo sexo so bretudo meninas relacionamse melhor Irmãos tendem a resolver conflitos com base em princí pios morais O tipo de relacionamento que a criança tem com os irmãos geralmente se transfere para o relacionamento com os colegas Filhos únicos parecem se desenvolver pelo menos tão bem quanto crianças que têm irmãos Crianças em idade préescolar escolhem colegas e ami gos que sejam como elas e com quem tenham experiên cias positivas Crianças agressivas são menos populares que crianças prósociais indicad r indicad r Papalia08indd 313 Papalia08indd 313 010213 0920 010213 0920 Capítulo 9 pontos principais DESENVOLVIMENTO FÍSICO Aspectos do desenvolvimento físico Saúde condição física e segurança DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Abordagem piagetiana a criança operatóriaconcreta Abordagem do processamento de informação planejamento atenção e memória Abordagem psicométrica avaliação da inteligência Linguagem e alfabetização A criança na escola Educando crianças com necessidades especiais pontos principais você sabia que O neuropsicólogo Howard Gardner identificou oito tipos diferentes de inteligência Crianças que acreditam que podem dominar o trabalho escolar têm mais probabilidade de fazêlo Estudos apoiam o valor da educação bilíngue Neste capítulo examinaremos a força a resistência a proficiência motora e outros desenvolvimentos físicos No aspecto cognitivo examinaremos o estágio operatórioconcreto a memória a resolução de problemas os testes de inteligência e o letramento Discutiremos o desempenho escolar os métodos de ensino da leitura e a educação em uma segunda língua Finalmente abordaremos a educação de crianças com necessidades especiais você sabia Desenvolvimento Físico e Cognitivo na Terceira Infância Papalia09indd 314 Papalia09indd 314 010213 0918 010213 0918 O que acima de tudo devemos lembrar na educação de nossos filhos é que o amor deles pela vida jamais deve enfraquecer Natalia Ginzburg As pequenas virtudes 1985 Papalia09indd 315 Papalia09indd 315 010213 0918 010213 0918 316 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman DESENVOLVIMENTO FÍSICO Aspectos do desenvolvimento físico O crescimento durante a terceira infância é consideravelmente mais lento Entretanto embora as mudanças possam não ser evidentes no dia a dia contribuem para uma surpreendente diferença entre as crianças de 6 anos que ainda são pequenas e as de 11 anos que em muitos casos começam a parecer adultos ALTURA E PESO As crianças crescem de 5 a 75 centímetros por ano entre os 6 e os 11 anos adquirindo aproximada mente o dobro do peso nesse mesmo período McDowell et al 2008 Tabela 91 As meninas retêm muito mais tecido adiposo do que os meninos uma característica que persistirá na idade adulta A média de peso aos 10 anos de idade é cerca de 5 quilos a mais em relação a 40 anos atrás cerca de 37 quilos para os meninos e 40 quilos para as meninas McDowell et al 2008 As crianças afro americanas de ambos os sexos tendem a crescer mais rapidamente do que as crianças brancas Perto dos 6 anos as meninas afroamericanas têm mais músculos e massa óssea que as euroamericanas brancas ou mexicanas e estas têm maior percentagem de gordura corporal do que as meninas bran cas da mesma altura Ellis Abrams e Wong 1997 NUTRIÇÃO E SONO Para suportar um bom crescimento e exercícios constantes as necessidades de uma criança em idade escolar são em média de 2400 calorias diárias mais para crianças mais velhas e menos para crian ças mais novas Os nutricionistas recomendam uma dieta variada que contenha grande quantidade de grãos frutas vegetais e elevados níveis de carboidratos complexos como os encontrados na batata massas pães e cereais indicad r Que progressos no crescimento no desenvolvimento cerebral e no desenvolvimento motor ocorrem em crianças em idade escolar e quais são as suas necessidades nutricionais e de sono indicadores de estudo 1 Que progressos no crescimento no desenvolvimento cerebral e no desenvolvimento motor ocorrem em crianças em idade escolar e quais são as suas necessidades nutricionais e de sono 2 Quais são as principais preocupações com a saúde e com o condicionamento físico para crianças em idade escolar e o que pode ser feito para tornar esses anos mais saudáveis e seguros 3 De que modo o pensamento e o raciocínio moral de crianças em idade escolar diferem dos de crianças menores 4 Quais avanços na memória e em outras habilidades de processamento de informação ocorrem durante a terceira infância 5 Como a inteligência das crianças em idade escolar pode ser medida com exatidão 6 Como as habilidades de comunicação se expandem durante a terceira infância e como as crianças aprendem melhor uma segunda língua 7 Como as crianças se adaptam à escola e o que influencia o desempenho escolar 8 Como as escolas atendem às necessidades especiais das crianças Papalia09indd 316 Papalia09indd 316 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 317 As necessidades de sono diminuem de aproximadamente 11 horas por dia aos 5 anos de idade para pouco mais de 10 horas aos 9 anos e cerca de 9 horas aos 13 anos Problemas de sono tais como resistência a ir para a cama insônia e sonolência diurna são comuns nos Estados Unidos durante esses anos em parte porque muitas crianças enquanto crescem têm permissão para estabelecer seus próprios horários de dormir Hoban 2004 e possuem aparelhos de televisão em seus quartos Natio nal Sleep Foundation 2004 Infelizmente esta falta de tempo de sono adequado tem repercussões negativas para crianças pequenas O sono insuficiente está associado a uma variedade de problemas de ajustamento e este efeito é particularmente marcante quando as crianças são afroamericanas ou vêm de famílias de nível socioeconômico baixo O sono muito claramente é necessário para melhores resultados ElSheikh et al 2010 DESENVOLVIMENTO CEREBRAL As mudanças na estrutura e no funcionamento do cérebro apoiam os avanços cognitivos que discutire mos posteriormente neste capítulo O amadurecimento e a aprendizagem na terceira infância e além dependem da sintonia fina das conexões do cérebro juntamente com uma seleção mais eficiente das regiões do cérebro próprias para determinadas tarefas Juntas essas mudanças aumentam a velocidade e a eficiência dos processos cerebrais e aumentam a capacidade de filtrar informação relevante Amso e Casey 2006 O estudo da estrutura do cérebro é complexo Em qualquer momento específico ela é o produto da interação entre fatores genéticos epigenéticos e ambientais Uma mudança importante no amadurecimento vista claramente em estudos de imageamento é uma perda na densidade da substância cinzenta corpos neuronais compactos em certas regiões do córtex cerebral Figura 91 Este processo reflete a poda de dendritos não utilizados O volume de substância cinzenta no córtex forma um U invertido atingindo um pico em diferentes mo mentos em lobos diferentes A substância cinzenta nos lobos parietais que gerem a compreensão espacial alcança em média seu volume máximo em torno dos 10 anos de idade em meninas e dos 11 anos e meio em meninos nos lobos frontais que gerem funções de ordem superior como o pensamento aos 11 anos em meninas e aos 12 anos em meninos e nos lobos temporais que ajudam com a linguagem em torno dos 16 anos em ambos os sexos Abaixo do córtex o volume de substância cinzenta no núcleo caudado uma parte dos gânglios basais envolvida no controle do movimento e do tônus muscular e na mediação de funções cognitivas superiores atenção e estados emocionais alcança um pico aos 7 anos e meio em meninas e aos 10 anos em meninos Lenroot e Giedd 2006 Esta perda de densidade da substância cinzenta é equilibrada por um aumento regular na subs tância branca axônios ou fibras nervosas que transmitem informação entre os neurônios para regiões distantes do cérebro Essas conexões tornamse espessas e mielinizadas começando com os lobos frontais e movendose em direção à parte traseira do cérebro Entre as idades de 6 e 13 anos um notá vel crescimento ocorre nas conexões entre os lobos temporal e parietal O crescimento da substância Quase metade das crianças norteamericanas dos 6 aos 17 anos tem televisão em seus quartos Sisson et al 2011 TABELA 91 Desenvolvimento físico 6 a 11 anos de idade 50 o percentil Altura em metros Peso em quilos Idade Meninas Meninos Meninas Meninos 6 118 120 221 236 7 126 125 256 255 8 130 130 281 290 9 138 137 340 322 10 143 141 405 373 11 151 149 473 442 Cinquenta por cento das crianças em cada categoria estão acima deste nível de altura ou peso e 50 estão abaixo dele Fonte McDowell et al 2008 Papalia09indd 317 Papalia09indd 317 010213 0918 010213 0918 318 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman branca pode começar a diminuir apenas na idade adulta Giedd et al 1999 Kuhn 2006 Lenroot e Giedd 2006 NIMH 2001b Paus et al 1999 Outra forma que os neurocientistas têm de medir o desenvolvimento cerebral é através das mu danças na espessura do córtex Os pesquisadores observaram espessamento cortical entre as idades de 5 e 11 anos em regiões dos lobos temporal e frontal Ao mesmo tempo um afinamento ocorre na porção traseira do córtex frontal e parietal no hemisfério esquerdo do cérebro Esta mudança está correlacionada com desempenho melhorado na parte de vocabulário de um teste de inteligência Toga et al 2006 DESENVOLVIMENTO MOTOR E BRINCADEIRAS FÍSICAS As habilidades motoras continuam a melhorar na terceira infância Tabela 92 Entretanto um levan tamento nacionalmente representativo baseado nos diários de uso do tempo verificaram que crianças em idade escolar nos Estados Unidos passam menos tempo por semana praticando esportes e outras atividades ao ar livre do que no início da década de 1980 e mais horas na escola e fazendo a lição de verificador você é capaz de Resumir os padrões de cres cimento típicos de meninos e meninas na terceira infância incluindo variações étnicas Resumir as necessidades nu tricionais e de sono de crian ças em idade escolar Discutir as mudanças no cérebro nesta idade e seus efeitos FIGURA 91 Amadurecimento da subs tância cinzenta no córtex ce rebral 5 a 20 anos de idade Perdas na densidade da subs tância cinzenta refletem o amadurecimento de várias re giões do córtex permitindo um funcionamento mais eficiente As áreas azuis correspondem a partes específicas do córtex que estão sofrendo perda de substância cinzenta em uma determinada idade Essas es truturas e sua importância fun cional são descritas à direita Veja a figura em cores na ore lha desta obra 10 Estrutura e função 5 20 00 01 02 03 04 05 06 Volume da substância cinzenta Idade 07 08 09 Sistemas motores e sensoriais envolvidos na visão resposta motora audição Os córtices de associação parietal e temporal apoiam habilidades de linguagem básicas e atenção espacial Os córtices temporais préfrontal e lateral integram os processos sensóriomotores primários e modulam os processos de atençãolinguagem Fonte Amso e Casey 2006 adaptada de Gogtay et al 2004 Papalia09indd 318 Papalia09indd 318 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 319 casa além do tempo gasto vendo televisão uma média de 12 a 14 horas por semana e em ativida des de computador que mal existiam 20 anos atrás Juster Ono e Stafford 2004 Brincadeiras na hora do recreio As brincadeiras das crianças no recreio tendem a ser informais e organizadas espontaneamente Os meninos brincam de jogos mais fisicamente ativos enquanto as meninas preferem jogos que incluem expressão verbal ou contagem em voz alta como amarelinha e pular corda Essas atividades durante o recreio promovem o desenvolvimento da agilidade e a competência social e favorecem o ajustamento à escola Pellegrini et al 2002 Cerca de 10 das brincadeiras livres de crianças em idade escolar nas primeiras séries consistem em brincadeiras impetuosas que envolvem lutas chutes quedas e perseguições com frequência acompanhados por risadas e gritos Bjorklund e Pellegrini 2002 Este tipo de brincadeira pode parecer briga mas é feito alegremente entre amigos P K Smith 2005a O brincar impetuoso atinge um pico na terceira infância a proporção normalmente cai para cerca de 5 aos 11 anos de idade aproximadamente o mesmo que na segunda infância Bjorklund e Pellegrini 2002 As brincadeiras de luta e impetuosas parecem ser universais Bjorklund e Pellegrini 2002 Humphreys e Smith 1984 Meninos em todo o mundo par ticipam dessas brincadeiras mais do que as meninas talvez devido a diferenças hormonais e à socialização e esta pode ser a razão para a segregação de sexo durante brincadeiras Bjorklund e Pellegrini 2002 Pellegrini et al 2002 P K Smith 2005a De um ponto de vista evolucionista as brincadeiras impetuosas têm benefícios adaptativos importantes elas afiam o desenvolvimento esquelético e muscular oferecem uma prática segura para as habi lidades de perseguição e luta e canalizam a agressividade e a competitividade Aos 11 anos elas frequentemente tornamse uma forma de estabelecer a dominância dentro do grupo igual Bjorklund e Pellegrini 2000 P K Smith 2005b brincadeiras impetuosas Brincadeira vigorosa envolvendo luta chute e perseguição com frequência acompanhada por risadas e gritos TABELA 92 Desenvolvimento motor na terceira infância Idade Comportamentos selecionados 6 As meninas são superiores na precisão de movimentos os meninos são superiores em ações vigorosas e menos complexas Conseguem pular Conseguem arremessar com mudança adequada de peso e passo 7 Conseguem equilibrarse em um pé só sem olhar Conseguem equilibrarse andando em uma barra de 5 centímetros de largura Conseguem pular sobre um só pé e saltar com precisão dentro de pequenos quadrados Conseguem executar com facilidade qualquer exercício de saltos 8 As crianças têm uma força de preensão de aproximadamente 5 quilos O número de jogos em que as crianças de ambos os sexos podem participar nesta idade é maior As crianças podem executar saltos rítmicos alternados em um padrão de 22 23 ou 33 As meninas conseguem arremessar uma bola pequena a aproximadamente 12 metros de distância 9 Os meninos podem correr a uma velocidade de 49 metros por segundo Os meninos conseguem arremessar uma bola pequena a 213 metros de distância aproximadamente 10 As crianças conseguem calcular e interceptar o trajeto de pequenas bolas arremessadas de longe As meninas conseguem correr 52 metros por segundo 11 Os meninos conseguem saltar a uma distância de 15 metro e as meninas de 12 metro Fonte Adaptada de Bryant J Cratty Perceptual Motor Development in Infants and Children 3 a ed Englewood Cliffs NJ Prentice Hall 1986 As brincadeiras da hora do recreio como pular corda tendem a ser infor mais Elas promovem tanto a agilidade como a competência social Papalia09indd 319 Papalia09indd 319 010213 0918 010213 0918 320 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Esportes e outras atividades físicas Em um levantamento nacionalmente representativo de crianças norteamericanas de 9 a 13 anos e seus pais 385 relataram participação em esportes or ganizados fora dos horários de escola a maioria delas em voleibol handebol futebol ou basquete Aproximadamente duas vezes mais crianças 774 participavam de atividade física não organizada como ciclismo e arremessos de cesta Duke Huhman e Heitzler 2003 Além de melhorar as habilidades motoras a atividade física regular tem benefícios para a saúde imediatos e de longo prazo controle do peso pressão sanguínea mais baixa melhor funcionamento cardiovascular e autoestima e bem estar aumentados Crianças ativas tendem a tornarse adultos ativos Portanto os programas esportivos organizados devem incluir o maior número possível de crianças e devem concentrarse mais em desenvolver habilidades do que vencer jogos AAP Committee on Sports Medicine and Fitness 1992 Council on Sports Medicine and Fitness e Council on School Health 2006 Saúde condição física e segurança O desenvolvimento de vacinas para as principais doenças da infância tornou a terceira infância um tempo de vida relativamente seguro na maior parte do mundo A taxa de mortalidade nesses anos é a mais baixa no tempo de vida Contudo muitas crianças estão acima do peso e algumas sofrem de condições médicas crônicas ou de ferimentos acidentais ou de falta de acesso a tratamento de saúde OBESIDADE E IMAGEM CORPORAL A obesidade em crianças tem sido uma questão de saúde importante no mundo todo Nos Estados Unidos cerca de 17 das crianças entre as idades de 2 e 19 anos são obesas e outros 165 estão aci ma do peso Gundersen et al 2008 Os meninos têm maior probabilidade de estar acima do peso do que as meninas Ogden et al 2006 Embora o sobrepeso tenha aumentado em todos os grupos étni cos Center for Weight and Health 2001 ele é mais prevalente entre meninos mexicanoamericanos mais de 25 e meninas negras não hispânicas 265 Ogden et al 2006 Infelizmente as crianças que tentam perder peso nem sempre são aqueles que necessitam A preocupação com a imagem corporal como a pessoa acredita que parece tornase importante na terceira infância especialmente para as meninas e pode evoluir para transtornos da alimentação na adolescência ver Capítulo 11 Em um estudo recente sobre o desenvolvimento da imagem corporal em meninas de 9 a 12 anos entre 49 e 55 estavam insatisfeitas com seu peso com as meninas mais pesadas experimentando insatisfação geral mais alta Clark e Tiggeman 2008 Brincar com bonecas fisicamente irreais como a Barbie pode ser uma influência naquela direção Quadro 91 Causas de obesidade Como relatamos em capítulos anteriores a obesidade frequentemente re sulta de uma tendência hereditária agravada por muito pouco exercício e alimentação excessiva ou tipos errados de alimentos AAP Committee on Nutrition 2003 Chen et al 2004 As crianças têm maior probabilidade de estar acima do peso se tiverem pais ou outros parentes acima do peso A nu trição pobre também contribui Council on Sports Medicine and Fitness Council on School Health 2006 Comer fora é outro culpado estimase que crianças que comem fora de casa consomem 200 calorias a mais por dia do que quando os mesmos alimentos são consumidos em casa French Story e Jeffery 2001 Em um dia típico mais de 30 de uma amostra nacionalmente representativa de crianças e adolescentes relataram consumir lanches com altos níveis de gordura carboidrato açúcar e aditivos Bowman et al 2004 A inatividade é um fator importante no aumento acentuado no sobrepeso Mesmo com o au mento de esportes organizados as crianças em idade escolar hoje passam menos tempo do que as crianças de 20 anos atrás brincando e praticando esportes ao ar livre Juster et al 2004 Os níveis de atividade diminuem significativamente quando as crianças ficam mais velhas de um nível médio de aproximadamente 180 minutos de atividade por dia para crianças de 9 anos para 40 minutos por dia para adolescentes de 15 anos Nader et al 2008 A obesidade infantil é uma preocupação séria Os efeitos adversos da obesidade para a saúde das crianças são semelhantes aos enfrentados por adultos Essas crianças estão em risco para proble verificador você é capaz de Comparar as atividades da hora do recreio de meninos e meninas Explicar a importância de brincadeiras de luta ou impetuosas Dizer que tipos de jogo físico as crianças praticam à medida que crescem indicad r Quais são as principais preocupações com a saúde e com o condicionamento físico para crianças em idade escolar e o que pode ser feito para tornar esses anos mais saudáveis e seguros imagem corporal Crenças descritivas e avaliativas sobre a própria aparência O que contêm as lancheiras das crianças A composi ção típica é 1 sanduíche 1 porção de fruta e 15 extras O número de extras que provavelmente são alimentos processados e de baixo valor nutritivo atinge seu pico nas quartasfeiras Miles et al 2010 Papalia09indd 320 Papalia09indd 320 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 321 mas de comportamento depressão e autoestima baixa AAP Committee on Nutrition 2003 Datar e Sturm 2004a Mustillo et al 2003 Elas comumente têm problemas médicos incluindo pressão sanguínea alta discutida na próxima seção colesterol alto e níveis de insulina altos AAP Committee on Nutrition 2003 NCHS 2004 Soroff et al 2004 O diabetes infantil discutido posteriormente neste capítulo é um dos principais resultados da elevação das taxas de obesidade Perrin Finkle e Benjamim 2007 Crianças acima do peso frequentemente sofrem emocionalmente e podem compen sar entregandose à comida tornando seus problemas físicos e sociais ainda piores A National Association of State Boards of Education 2000 recomenda 150 minutos de educação física por semana para alunos do ensino fundamental mas a escola média oferece apenas de 85 a 98 minutos por semana National Center for Education Statistics NCES 2006a Um adicional de 60 mi nutos de educação física por semana na préescola e na primeira série poderiam reduzir pela metade o número de meninas acima do peso naquela idade Datar e Sturm 2004b Em um estudo longitudinal com 1456 estudantes do ensino fundamental em Victoria Austrália as crianças classificadas como acima do peso ou obesas estavam atrasadas em relação a seus colegas em funcionamento físico e social aos 10 anos de idade Williams et al 2005 A ingestão de calorias através de lanches em vez de refeições é cada vez mais comum nas crianças hoje A criança média faz lanches aproximadamente três vezes por dia e consome 600 calorias por dia nessas pequenas refeições Piernas e Popkin 2010 pesquisa em ação AS BONECAS BARBIE AFETAM A IMAGEM CORPORAL DAS MENINAS A boneca Barbie é a mais vendida em todo o mundo Embo ra ela seja vendida como uma menina comum a Barbie está muito distante da média Suas proporções corporais são irre ais irrealizáveis e doentias Dittmar Halliwell e Ive 2006 p 284 Se fosse uma pessoa real a Barbie seria uma mulher com 213 m com uma cintura de 45 cm e uma medida de busto de 96 a 100 cm escreve a psicoterapeuta Abigail Natenshon 2006 Contudo as bonecas Barbie são os modelos para as meninas transmitindo um ideal cultural de beleza As meninas que não se encaixam nas medidas podem experimentar insatisfação corporal pensamentos negativos sobre seus corpos levando à baixa autoestima Aos 6 anos de idade mostram os estudos muitas meninas desejam ser mais magras do que são Para testar o efeito Barbie sobre a imagem corporal das me ninas os pesquisadores leram livros de figuras para meninas de 5 anos e meio a 8 anos e meio Um grupo viu histórias de figuras sobre a Barbie os gruposcontrole viram histórias sobre uma boneca da moda retratada chamada Emme ou sobre ne nhuma boneca Dittmar et al 2006 Em seguida as meninas completaram questionários nos quais era perguntado se elas concordavam ou discordavam de afirmações como Eu estou muito feliz com a minha aparência e Eu realmente gosto do meu peso Os achados foram surpreendentes Entre as meninas mais novas 5 anos e meio a 6 anos e meio uma única exposição ao livro de figuras da Barbie diminuiu significativamente a autoestima e aumentou a discrepância entre o tamanho cor poral real e ideal Isto não aconteceu com as meninas nos dois gruposcontrole O efeito da Barbie sobre a imagem corporal foi mesmo mais forte em meninas de 6 anos e meio a 7 anos e meio Entretanto os achados para o grupo mais velho de 7 anos e meio a 8 anos e meio foram completamente diferentes as figuras da Barbie não tiveram efeito direto sobre a imagem corporal nesta idade O que explica esta diferença Meninas de até 7 anos podem estar em um período sensível no qual elas adquirem imagens de beleza idealizadas À medida que crescem as meninas po dem internalizar o ideal de magreza como parte de sua identi dade em formação Uma vez internalizado esse ideal sua força não depende mais de exposição direta ao modelo de papel ori ginal Dittmar et al 2006 Ou pode ser que as meninas simplesmente superem o efeito Barbie Em outro estudo Kuther e McDonald 2004 meninas da 6 a à 8 a série foram indagadas sobre suas experiências da infância com a Barbie Todas as meninas tinham possuído pelo menos duas bonecas Barbie mas disseram que não brincavam mais com elas Olhando para trás algumas das meninas considera vam a Barbie uma influência positiva Ela é a pessoa perfeita que todo mundo quer ser igual Mas a maioria das meninas via a Barbie como um modelo de papel irreal As bonecas Barbie fornecem um estereótipo falso pois é fisicamente impossível alcançar o mesmo tamanho corporal Não haveria lugar sufi ciente para os órgãos e outras coisas necessárias A Barbie tem este corpo perfeito e agora todas as meninas estão tentando ter seu corpo porque elas são muito infelizes com elas mesmas A pesquisa longitudinal ajudará a determinar se as bonecas da moda como a Barbie têm um impacto duradouro sobre a imagem corporal qual a sua opinião Se você tivesse ou tem uma filha peque na você a encorajaria a brincar com as bonecas Barbie Por que ou por que não 91 o Papalia09indd 321 Papalia09indd 321 010213 0918 010213 0918 322 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Crianças que estão acima do peso ten dem a tornarse adultos obesos com risco para hipertensão pressão arterial alta doença cardíaca problemas ortopédicos diabetes e outros problemas no futuro De fato a obesi dade na infância pode ser um prognosticador mais forte de algumas doenças do que a obesi dade do adulto AAP Committee on Nutrition 2003 AAP 2004 Baker Olsen e Sorensen 2007 Li et al 2004 Center for Weight and Health 2001 Crianças que são obesas e que têm intolerância à glicose e pressão arterial alta têm risco de morte prematura Franks et al 2010 Por volta dos 50 anos de idade a obesidade que se inicia na infância pode di minuir a expectativa de vida em 2 a 5 anos Ludwig 2007 Prevenção e tratamento Prevenir o ga nho de peso é mais fácil menos dispendioso e mais eficaz do que tratar a obesidade Center for Wei ght and Health 2001 Council on Sports Medicine and Fitness e Council on School Health 2006 Os pais devem prestar atenção aos padrões de alimentação e atividade dos filhos e tratar o ganho de peso excessivo antes que uma criança esteja seriamente acima do peso AAP Committee on Nutrition 2003 A Força Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos USPSTF 2010 recomenda a ava liação das crianças para sobrepeso e obesidade a partir dos 6 anos de idade Para evitar o excesso de peso e prevenir problemas cardíacos as crianças como os adultos de vem consumir apenas 30 de calorias totais de gordura e menos de 10 do total de gordura saturada AAP Committee on Nutrition 1992 U S Department of Agriculture e USDHHS 2000 Estudos revelaram a inexistência de efeitos negativos de uma dieta com níveis moderados de gordura nesta idade sobre a altura o peso a massa corporal ou sobre o desenvolvimento neurológico RaskNissila 2000 Shea et al 1993 Programas eficazes de gerenciamento do peso devem incluir os esforços de pais escolas médicos comunidades e da cultura mais ampla Krishnamoorthy Hart e Jelalian 2006 O tratamento deve começar cedo e promover mudanças permanentes no estilo de vida não apenas a perda de peso Kitzmann e Beech 2006 MillerKovach 2003 Menos tempo na frente da televisão e do computador mudanças de marcas de alimentos refeições escolares mais saudáveis uma educação que ajude as crianças a fazerem melhores escolhas de alimentos e mais tempo passado na educação física e em exercícios informais com a família e os amigos tais como caminhadas e esportes não organizados ajudariam AAP 2004 Geralmente a pesquisa apoia os esforços concentrados mais em mudanças globais no estilo de vida do que em dietas ou programas de exercícios estritamente definidos Entretanto um fator crucial é o envolvimento dos pais As intervenções mais efetivas são aquelas nas quais os pais são ajudados a mudar seus próprios comportamentos bem como os dos seus filhos Kitzmann et al 2010 OUTRAS CONDIÇÕES MÉDICAS A doença na terceira infância tende a ser breve São comuns doenças agudas ocasionais ou de curta duração como as infecções Seis ou sete vezes por ano é normal a criança pegar resfriados gripes ou viroses porque os germes passam de uma criança para a outra na escola ou durante as brincadeiras Behrman 1992 hipertensão Pressão arterial cronicamente alta Os biscoitos favoritos do ComeCome personagem de Vila Sésamo são os de chocolate seguidos pelos de aveia Entretanto desde 2006 ele admite que é melhor usar biscoitos como lanches ocasionais verificador você é capaz de Discutir o nível de obesidade infantil como ela pode afetar a saúde e como pode ser tratada doenças agudas Doenças que duram pouco tempo Promover um estilo de vida ativo por meio de esportes tanto informais como organi zados é uma forma importante de combater o problema da obesidade infantil Papalia09indd 322 Papalia09indd 322 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 323 De acordo com um levantamento nacionalmente representativo de mais de 200 mil famílias uma estimativa de 128 de crianças norteamericanas têm ou correm o risco de ter doenças crônicas condições físicas comportamentais emocionais ou do desenvolvimento que persistem por três meses ou mais Kogan et al 2005 Entretanto apesar das taxas elevadas de doenças crônicas em crianças hoje há esperança Em um estudo que acompanhou crianças durante um período de seis anos apenas cerca de 7 das crianças que tinham uma condição crônica no início do estudo ainda tinham a mesma condição quando o estudo foi concluído embora crianças do sexo masculino negras hispânicas ou que tinham mães acima do peso tivessem um risco mais elevado Van Cleave Gortmaker e Perrin 2010 Duas doenças crônicas que têm se tornado cada vez mais comuns são asma e diabetes Asma A asma é uma doença respiratória crônica aparentemente de base alérgica e caracterizada por repentinos acessos de tosse que provoca chiado e dificuldade para respirar Sua incidência está au mentando no mundo todo Asher et al 2006 embora possa ter se estabilizado em algumas partes do mundo ocidental Eder Ege e Von Mutius 2006 Sua prevalência nos Estados Unidos mais que du plicou entre 1980 e 1995 e desde então tem permanecido neste nível historicamente alto Akinbami 2006 Mais de 13 das crianças e adolescentes norteamericanos até os 17 anos foram diagnosticados com asma em algum momento e 9 atualmente têm asma Federal Interagency Forum on Child and Family Statistics 2007 Ela tem probabilidade 30 maior de ser diagnosticada em meninos do que em meninas e probabilidade 20 maior de ser diagnosticada em crianças negras do que em crianças brancas McDaniel Paxson e Waldfogel 2006 As causas da explosão da asma são incertas mas uma predisposição genética provavelmente está envolvida Eder et al 2006 Os pesquisadores identificaram uma mutação genética que aumenta o risco de desenvolver asma Ober et al 2008 Alguns pesquisadores apontam fatores ambientais casas muito fechadas que intensificam a exposição interna a poluentes e alérgenos como fumaça de cigarro ácaros e excrementos de barata As alergias a animais domésticos também têm sido sugeridas como fatores de risco Bollinger 2003 Etzel 2003 Lanphear et al Sly 2000 Entretanto os achados relativos a essas possíveis causas exceto por exposição à fumaça de cigarro são inconclusivos Cada vez mais as evidências indicam uma associação entre obesidade e asma talvez devido a um fator de estilo de vida subjacente relacionado a ambas as condições Eder et al 2006 Diabetes O diabetes é uma das doenças mais comuns em crianças de idade escolar Mais de 185 mil crianças nos Estados Unidos têm diabetes National Diabetes Information Clearinghouse NDIC 2007 O diabetes é caracterizado por altos níveis de glicose no sangue como resultado de produção deficiente de insulina ação ineficaz da insulina ou ambos O diabetes tipo 1 é resultado de uma deficiência de insulina que ocorre quando as células produtoras de insulina no pâncreas são destruídas Esse tipo responde por 5 a 10 de todos os casos de diabetes e por quase todos os casos diabetes em crianças com menos de 10 anos de idade Os sintomas in cluem sede e urinação aumentadas fome perda de peso visão borrada e fadiga O tratamento inclui administração de insu lina manejo da nutrição e atividade física National Diabetes Education Program 2008 O diabetes tipo 2 é caracterizado por resistência à insuli na e costuma ser encontrado em adultos acima do peso e mais velhos Com o aumento da obesidade infantil cada vez mais crianças estão sendo diagnosticadas com esta forma de diabe tes A cada ano cerca de 3700 crianças são diagnosticadas com diabetes tipo 2 e as estatísticas mostram incidência aumentada da doença entre afroamericanos indoamericanos e latinoame ricanos Os sintomas são semelhantes ao diabetes tipo 1 Zylke e DeAngelis 2007 O manejo da nutrição e o aumento da ativi dade física podem ser tratamentos eficazes embora medicamen tos para baixar a glicose ou insulina possam ser necessários para casos resistentes doenças crônicas Doenças ou debilitações que persistem por pelo menos três meses asma Doença respiratória crônica caracteri zada por ataques repentinos de tosse chiados e dificuldade para respirar Embora não seja um problema nos Estados Unidos e na maioria das nações industrializadas crianças em países tropicais correm o risco de contrair doenças que causam letargia e problemas de atenção A causa Parasitas tropicais como ancilostomose e esquistossomose Out of sight out of mind Hidden cost of neglected tropical diseases 2010 diabetes Uma das doenças mais comuns da infância É caracterizada por altos níveis de glicose no sangue como resultado de produção deficiente de insulina ação ineficaz da insulina ou ambos Outros não intencionais 3110 Acidente de trânsito 2230 Guerra 230 Ferimentos autoinfligidos 440 Homicídio 580 Envenenamento 390 Quedas 420 Queimaduras relacionadas a incêndio 910 Afogamento 1680 FIGURA 92 Acidentes de trânsito afogamento e queimaduras são as causas mais comuns de mortes acidentais entre crianças com menos de 18 anos de idade Fonte Organização Mundial de Saúde 2008 Papalia09indd 323 Papalia09indd 323 010213 0918 010213 0918 324 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman FERIMENTOS ACIDENTAIS Como na segunda infância os ferimentos acidentais são as causas mais frequentes de morte entre crianças de idade escolar nos EUA Heron et al 2009 Em 2004 quase 950 mil crianças com menos de 18 anos de idade no mundo todo morreram de algum tipo de ferimento com a maioria resultan do de acidentes de trânsito afogamento ou queimaduras WHO 2008 Figura 92 Estimase que cerca de 23 mil crianças por ano sofram lesões cerebrais por aciden tes de bicicleta e aproximadamente 88 desses ferimentos poderiam ser evitados pelo uso de capacetes AAP Committee on Injury and Poison Prevention 2001 Os capacetes também são vitais em beisebol e softball fu tebol patinação na terra ou no gelo skate patinete equitação hóquei e tobogã No futebol americano os ferimentos de cabeça e faciais podem ser reduzidos pelo uso de óculos e de protetores bucais As cabeçadas na bola deveriam ser evitadas devido ao risco de lesão cerebral AAP Committee on Sports Medicine and Fitness 2000 2001 O AAP Committee on Accident and Poison Prevention 1988 recomenda que crianças com menos de 16 anos não usem veículos de neve ou jetsky e que as mais velhas possuam licença para dirigilos Além disso dada a necessidade de medidas de segurança rigorosas e de uma supervisão constante para o uso de camas elásticas o APP Committee on Injury and Poison Prevention e Committee on Sports Medicine and Fitness 1999 recomendam que os pais não comprem camas elásticas e que as crianças não as usem em pracinhas ou na escola DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Abordagem piagetiana a criança operatóriaconcreta Por volta dos 7 anos segundo Piaget as crianças atingem o estágio operatórioconcreto em que fazem uso de operações mentais para resolver problemas concretos reais As crianças podem pensar logicamente porque conseguem levar em conta os vários aspectos de uma situação Entretanto a maneira de pensar delas é ainda limitada a situações reais no aqui e no agora AVANÇOS COGNITIVOS No estágio operatórioconcreto as crianças têm em relação ao estágio préoperatório um melhor entendimento dos conceitos espaciais causalidade categorização raciocínio indutivo e dedutivo con servação e números Tabela 93 Relações espaciais e causalidade Por que muitas crianças de 6 ou 7 anos conseguem encon trar o caminho para a escola e da escola para casa enquanto a maioria das crianças pequenas não consegue Uma razão é que as crianças no estágio operatórioconcreto podem entender melhor os relacionamentos espaciais Elas têm uma noção mais clara sobre a distância de um lugar a ou tro e quanto tempo é necessário para percorrer esta distância além de também lembrarem mais facilmente do caminho e dos pontos de referência ao longo dele A experiência tem um papel importante neste desenvolvimento uma criança que vai a pé para a escola tem mais familiaridade com o seu bairro verificador você é capaz de Diferenciar entre doenças agudas e crônicas Discutir a incidência e as cau sas de asma e diabetes Identificar os fatores que au mentam os riscos de ferimen tos acidentais indicad r De que modo o pensamento e o raciocínio moral de crianças em idade escolar diferem dos de crianças menores operatórioconcreto Terceiro estágio do desenvolvimento cognitivo piagetiano aproximadamen te dos 7 aos 12 anos durante o qual as crianças desenvolvem pensamento lógico mas não abstrato Aproximadamente metade dos afogamentos de crianças acontece a uma distância de 25 metros de um adulto Em parte isso acontece porque o afogamento não se parece com o que vemos nos filmes Uma criança que está se afogando não grita por socorro ou se debate na água Os sinais que devem ser observados são Cabeça dentro da água talvez inclinada para trás com os cabelos cobrindo os olhos silenciosa olhos vidrados ou fechados boca ao nível da água ou ligeiramente abaixo e tentativas ineficazes de virarse ou nadar Vittone 2010 Papalia09indd 324 Papalia09indd 324 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 325 Tanto a capacidade de usar mapas e desenhos como a capacidade de fornecer informações es paciais aumentam com a idade Gauvain 1993 Aumenta também a capacidade de avaliar causas e efeitos Quando foi solicitado a crianças de 5 a 12 anos que explicassem como funcionavam alavancas e balanças em condições variadas as mais velhas forneceram respostas mais corretas As crianças perceberam a influência das características físicas o número de objetos em cada lado da balança mais rapidamente do que reconheceram a influência dos fatores espaciais a distância dos objetos desde o centro da balança Amsel et al 1996 Categorização A capacidade de classificar em categorias ajuda as crianças a pensar logicamente A classificação em categorias compreende habilidades relativamente complexas como seriação inferência transitiva e inclusão em classes que vão aumentando gradualmente da segunda para a terceira infância As crianças mostram que entendem a seriação quando conseguem colocar objetos em série de acordo com uma ou mais dimensões como o peso do mais leve para o mais pesado ou a cor mais clara ou mais escura Aos 7 ou 8 anos conseguem compreender pela visão as relações entre varetas e sabem ordenálas por tamanho Piaget 1952 Inferência transitiva é a capacidade de deduzir uma relação entre dois objetos sabendo a rela ção de cada um deles com um terceiro objeto pex se a b e b c então a c Foram apresentadas três varetas a Marcela uma amarela uma verde e uma azul Foilhe mostrado que a amarela é mais comprida que a verde e que a verde é mais comprida que a azul Sem comparar fisicamente as varetas seriação Capacidade de ordenar itens segundo a sua dimensão inferência transitiva Compreensão da relação entre dois ob jetos conhecendose a relação de cada um deles com um terceiro TABELA 93 Avanços em capacidades cognitivas selecionadas durante a terceira infância Capacidade Exemplo Pensamento espacial Daniela pode usar um mapa ou um desenho para auxiliar na pro cura de um objeto escondido e fornecer as indicações aos outros para que o objeto seja encontrado Ela é capaz de ir para a escola e voltar consegue calcular distâncias e avaliar quanto tempo pre cisaria para ir de um lugar para outro Causa e efeito Douglas sabe quais atributos físicos de objetos em cada lado de uma balança afetarão o resultado ie o número de objetos importa mas a cor deles não Ele ainda não sabe que fatores espaciais fa zem a diferença tais como posição e localização dos objetos Categorização Helena é capaz de classificar objetos em categorias tais como for ma cor ou ambas Ela sabe que uma subclasse rosas tem menos membros que a classe da qual ela faz parte flores Seriação e inferência transitiva Catarina consegue organizar um grupo de varetas da mais curta para a mais comprida e pode inserir uma vareta de tamanho mé dio no lugar certo Ela sabe que se uma vareta é mais comprida que uma segunda vareta e esta é mais comprida que a terceira então a primeira vareta é mais comprida que a terceira Raciocínios indutivo e dedutivo Dominique consegue resolver problemas indutivos e dedutivos e sabe que as conclusões indutivas com base em determinadas premissas são menos corretas que as conclusões dedutivas ba seadas em premissas gerais Conservação Filipe aos 7 anos sabe que se uma bola de barro for enrolada em forma de salsicha continua tendo a mesma quantidade de barro conservação de substância Aos 9 acha que a bola e a salsicha têm o mesmo peso Só no início da adolescência ele entenderá que elas deslocam a mesma quantidade de líquido se colocadas em um recipiente com água Números e matemática Kevin é capaz de fazer contas de cabeça pode somar contando em ordem crescente e consegue criar problemas simples Papalia09indd 325 Papalia09indd 325 010213 0918 010213 0918 326 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman amarela e azul ela diz imediatamente que a amarela é mais comprida que a azul Chapman e Linden berger 1988 Piaget e Inhelder 1967 Inclusão de classes é a capacidade de perceber a relação entre um todo e suas partes Pia get 1964 descobriu que quando se mostra a crianças em idade préoperatória um ramalhete de 10 flores digamos sete rosas e três cravos perguntandolhes se há mais rosas ou mais flores é provável que digam que há mais rosas porque elas comparam as rosas com os cravos e não com o ramalhete todo Só aos 7 ou 8 anos e por vezes depois dessa idade é que elas conseguem concluir que rosas são uma subclasse de flores e por isso não pode haver mais rosas do que flores Flavell 1963 Flavell Miller e Miller 2002 Entretanto até crianças de 3 anos podem dar mostras de um conhecimento rudimentar de inclusão dependendo do tipo de tarefa das dicas que recebem e da sua familiaridade com as categorias de objetos com os quais são postas à prova Johnson Scott e Mervis 1997 Raciocínios Indutivo e Dedutivo De acordo com Piaget as crianças no estágio das operações concretas usam o raciocínio indutivo Começando pela observação de determinados membros de uma classe de pessoas animais objetos ou eventos elas tiram conclusões gerais sobre a classe como um todo Meu cachorro late Os cachorros de Terry e Melissa também Portanto parece que todos os cachorros latem As conclusões indutivas devem ser experimentais porque sempre é possível encontrar novas informações um cachorro que não late que não sustentam a conclusão O raciocínio dedutivo que segundo Piaget não se desenvolve até a adolescência começa com uma premissa sobre uma classe aplicandoa a um determinado membro da classe Se a premissa é verdadeira para toda a classe e o raciocínio é lógico então a conclusão deve ser verdadeira Todos os cachorros latem Spot é um cachorro Spot late Pesquisadores deram 16 problemas indutivos e dedutivos a 16 crianças na préescola 17 crian ças da 2 a série 16 da 4 a série e 17 da 6 a série Os problemas foram elaborados de forma a não evocar conhecimento do mundo real Por exemplo um problema dedutivo era Todos os pogopis usam botas azuis Tombor é um pogopi Tombor usa botas azuis O problema indutivo correspondente era Tombor é um pogopi Tombor usa botas azuis Será que todos os pogopis usam botas azuis Contrariando a teoria de Piaget as crianças da 2 a série mas não as da préescola conseguiram responder corretamente aos dois problemas Galotti Komatsu e Voelz 1997 indicando que com tarefas adequadas para a idade essas capacidades de raciocínio se desenvolveram mais cedo do que Piaget afirmava Conservação Resolvendo vários tipos de problemas de conservação as crianças no estágio ope ratórioconcreto podem elaborar respostas mentalmente não precisam medir ou pesar os objetos Se uma de duas bolas de argila idênticas for enrolada ou amassada em um formato diferente digamos como uma cobra longa e fina Felipe que está no estágio operatórioconcreto dirá que a bola e a cobra ainda contêm a mesma quantidade de argila Stacy que está no estágio préoperatório é enganada pelas aparências Ela dirá que o rolo longo e fino contém mais argila porque parece mais comprido Felipe ao contrário de Stacy percebe o princípio de identidade ele sabe que o barro é o mesmo ainda que tenha uma forma diferente Ele percebe também o princípio de reversibilidade sabe que pode reverter a cobra novamente ao formato de bola E pode descentrar ele pode perceber tanto o comprimento quanto a largura Ele reconhece que embora a bola seja mais curta que a cobra ela é também mais grossa Stacy centraliza a sua atenção em uma única dimensão o comprimento en quanto exclui a outra a espessura Normalmente as crianças podem resolver problemas envolvendo a conservação de substância como este aos 7 ou 8 anos Entretanto em tarefas relacionadas à conservação do peso por exemplo quando questionadas se a bola e a cobra pesam o mesmo normalmente as crianças não dão respostas corretas até por volta de 9 ou 10 anos Em tarefas envolvendo conservação de volume em que elas têm de julgar se a cobra e a bola fazem deslocar a mesma quantidade de líquido quando mergulhadas em um copo de água respostas corretas são raras antes dos 12 anos O pensamento das crianças neste estágio é tão concreto tão intimamente ligado a uma situação que não conseguem transferir facilmente o que aprenderam sobre um tipo de conservação para outro tipo ainda que os princípios sejam os mesmos inclusão de classes Compreensão da relação entre um todo e suas partes raciocínio indutivo Tipo de raciocínio lógico que parte de observações particulares sobre mem bros de uma classe para uma conclusão geral sobre aquela classe raciocínio dedutivo Tipo de raciocínio lógico que parte de uma premissa geral sobre uma classe para uma conclusão sobre um determi nado membro ou membros da classe Como os pais e os professores podem ajudar as crianças a desenvolver sua capacidade de raciocínio Papalia09indd 326 Papalia09indd 326 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 327 Números e matemática Aos 6 ou 7 anos muitas crianças conseguem fazer contas de cabeça Também aprendem a somar contando para somar 5 e 3 começam a contar até 5 e depois vão para 6 7 e 8 para adicionarem o 3 Pode demorar mais 2 ou 3 anos para que possam realizar operação similar de subtração mas aos 9 anos a maior parte das crianças consegue contar para cima a partir do número menor ou para baixo a partir do nú mero maior para chegar ao resultado Resnick 1989 As crianças também conseguem resolver mais facilmente problemas simples como Pedro entrou numa loja com 5 reais e gastou 2 reais em balas Com quanto ficou Quando a quantia inicial não é conhecida Pedro entrou numa loja gastou 2 reais e lhe sobraram 3 reais Quanto tinha inicialmente o problema fica mais difícil porque a operação arit mética necessária para o resolver não está indicada claramente Poucas crianças conseguem resolver este tipo de problema antes dos 8 ou 9 anos de idade Resnick 1989 Pesquisas com pessoas com escolaridade mínima em países em de senvolvimento sugerem que a capacidade de adicionar se desenvolve qua se universalmente e muitas vezes intuitivamente pelas experiências con cretas em um contexto cultural Guberman 1996 Resnuck 1989 Estes procedimentos intuitivos são diferentes dos aprendidos na escola Em um estudo com vendedores de rua brasileiros de 9 a 15 anos de idade uma pesquisadora que fingia ser compradora disse Vou levar dois cocos Cada um custava 40 cruzeiros moeda vigente na época da pesquisa ela pagou com uma nota de 500 cruzeiros e perguntou Quanto é o meu troco A criança contou para cima a partir de 80 80 90 100 e devolveu à cliente 420 cruzeiros Contudo quando a esta mesma criança foi apresentado um problema semelhante na sala de aula Quanto é 500 menos 80 deu uma resposta errada por ter usado incorretamente uma série de passos aprendidos na escola Carraher Schliemann e Carraher 1988 Este achado sugere que ensinar matemática por meio de aplicações concretas pode ser mais eficaz do que ensinar regras abstratas Aos 4 anos parece haver uma certa compreensão intuitiva de frações Mix Levine Huttenlo cher 1999 como as crianças demonstram quando lidam com um baralho de cartas ou distribuem fatias de pizza Frydman e Bryant 1988 Sophian Garyantes e Chang 1997 Entretanto elas não costumam pensar na quantidade que a fração representa em vez disso concentramse nos números que a compõem Assim podem dizer que ½ mais é igual a É também difícil para muitas crianças compreender primeiramente que ½ é maior que ¼ que a fração menor ¼ tem o denominador maior Siegler 1998 Sophian e Wood 1997 A capacidade de calcular progride com a idade Em um estudo com 85 crianças em idade escolar e préescolar de rendas média e baixa quando foi solicitado que colocassem 24 números de 0 a 100 ao longo de uma linha quase todas as crianças da préescola exageram as distâncias entre os números baixos e minimizam as distâncias entre os números altos A maioria das crianças da 2 a série produz linhas de números com espaçamento mais uniforme Siegler e Booth 2004 Crianças de 2 a 4 a e 6 a séries mos tram um progresso semelhante na produção de linhas de números de 0 a 1000 Siegler e Opfer 2003 muito provavelmente refletindo a experiência que as crianças mais velhas ganham ao lidar com números maiores Além de melhorar na estimativa da linha de números as crianças em idade escolar também melhoram em outros três tipos de estimativa estimativa computacional por exemplo estimar a soma em um problema de adição estimativa de numerosidade por exemplo estimar o número de balas em um jarro e estimativa de medida por exemplo estimar o comprimento de uma linha Booth e Siegler 2006 INFLUÊNCIAS DO DESENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO DA CULTURA E DA ESCOLARIZAÇÃO Piaget afirmava que a mudança do pensamento rígido e ilógico das crianças menores para o pen samento flexível e lógico das crianças mais velhas depende ao mesmo tempo do desenvolvimento neurológico e das experiências de adaptação ao ambiente O apoio a uma influência neurológica vem de medições da atividade cerebral durante uma tarefa de conservação As crianças que entenderam a conservação de volume têm padrões de onda cerebral diferentes daquelas que ainda não haviam Será que uma bola de argila desloca mais água do que a outra Uma criança que entendeu a conservação de volu me sabe que a resposta não depende da forma da bola Papalia09indd 327 Papalia09indd 327 010213 0918 010213 0918 328 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman compreendido o que sugere que usam diferentes regiões do cérebro para a tarefa Stauder Molenaar e Van der Molen 1993 Capacidades como a conservação podem depender em parte da familiaridade com os materiais que estão sendo manipulados As crianças podem pensar mais logicamente sobre as coisas sobre as quais elas têm algum conhecimento Portanto a compreensão da conservação pode vir não apenas de novos padrões de organização mental mas também da experiência com o mundo físico definida pela cultura As crianças em idade escolar hoje podem não estar avançando pelos estágios de Piaget tão ra pidamente quanto seus pais avançaram Quando 10 mil crianças britânicas de 11 e 12 anos de idade foram testadas na conservação de volume e peso o desempenho delas estava 2 a 3 anos atrás do de suas contrapartes 30 anos antes Shayer Ginsburg e Coe 2007 Esses resultados sugerem que as crianças em idade escolar de hoje podem estar recebendo treinamento excessivo nos três Rs e expe riência prática insuficiente sobre a forma como esses materiais se comportam RACIOCÍNIO MORAL Para entender o pensamento moral das crianças Piaget 1932 lhes contava uma história sobre dois menininhos Um dia Augustus percebeu que o tinteiro do seu pai estava vazio e decidiu ajudálo enchendoo Enquanto estava abrindo o vidro ele derramou um monte de tinta sobre a toalha de mesa O outro menino Julian brincava com o tinteiro do seu pai e derramou um pouco de tinta sobre a toalha Então Piaget perguntava Qual dos meninos foi mais travesso e por quê As crianças com menos de 7 anos geralmente diziam que Augustus era o mais travesso porque ele fez uma mancha maior As crianças mais velhas reconheciam que Augustus tinha boas intenções e fez a mancha maior por acidente enquanto Julian fez uma mancha pequena embora estivesse fazendo algo que não deve ria estar fazendo Piaget concluiu que os julgamentos morais imaturos se concentram apenas no grau da transgressão julgamentos mais maduros consideram a intenção Piaget 1932 Piaget e Inhelder 1969 propôs que o raciocínio moral desenvolvese em três está gios Ele afirmava que as crianças passam gradualmente de um estágio para outro em idades variáveis O primeiro estágio aproximadamente dos 2 aos 7 anos correspondendo ao estágio préoperató rio é baseado em obediência rígida à autoridade Visto que as crianças pequenas são egocêntricas elas não conseguem imaginar mais de uma forma de examinar uma questão moral Elas acreditam que as regras não podem ser dobradas ou mudadas que o comportamento é certo ou errado e que qualquer transgressão como a de Augustus merece punição independente da intenção O segundo estágio 7 ou 8 anos a 10 ou 11 anos correspondendo ao estágio operatórioconcreto é caracterizado por crescente flexibilidade À medida que as crianças interagem com mais pessoas e entram em contato com uma variedade mais ampla de pontos de vista elas começam a descartar a ideia de que há um único padrão de certo e errado e desenvolvem seu próprio senso de justiça baseado no tratamento justo ou igual para todos Visto que elas conseguem considerar mais de um aspecto de uma situação podem fazer julgamentos morais mais sutis Em torno dos 11 ou 12 anos quando as crianças tornamse capazes de um raciocínio formal surge o terceiro estágio do desenvolvimento moral A crença de que todos devem ser tratados da mes ma maneira dá lugar ao ideal de equidade de levar em consideração as circunstâncias específicas De acordo com Piaget uma criança desta idade poderia dizer que uma criança de 2 anos que derramou tinta na toalha de mesa deve ser responsabilizada em um padrão moral menos exigente do que uma criança de 10 anos que fez a mesma coisa Com a idade há um foco aumentado não apenas no que aconteceu mas nas intenções do autor Os estudos clássicos de Piaget pareciam apoiar a ideia de que o raciocínio moral das crianças pro gride largamente desta forma Entretanto a pesquisa mais recente sugere que o raciocínio moral das crianças tem mais nuanças em idades mais precoces do que se acreditava anteriormente Por exemplo a negligência quer as pessoas que cometem uma transgressão devessem ou não prever as consequên cias de seus atos influencia as decisões das crianças sobre culpa Quando a negligência é levada em conta as crianças mais novas têm maior probabilidade de se concentrar nas intenções e seus julgamen tos sobre punição se parecem muito mais com os dos adultos Nobes Panagiotaki e Pawson 2009 A teoria do raciocínio moral de Lawrence Kohlberg que se baseia na de Piaget é discutida no Capítulo 11 a teoria baseada no gênero de Carol Gilligan é discutida no Capítulo 13 Você acha que a intenção é um fator importante na moralidade Como o sistema penal reflete esta visão verificador você é capaz de Identificar seis avanços cognitivos durante a terceira infância Nomear três princípios que ajudam as crianças a entender a conservação e discutir as in fluências sobre seu domínio Dizer como os três estágios de desenvolvimento moral de Piaget refletem o amadureci mento cognitivo Papalia09indd 328 Papalia09indd 328 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 329 Abordagem do processamento de informação planejamento atenção e memória No decorrer dos anos escolares as crianças fazem um progresso regular nas capacidades de regular e manter a atenção processar e reter informação e planejar e monitorar seus comportamentos Todos esses desenvolvimentos interrelacionados contribuem para a função executiva o controle conscien te de pensamentos emoções e ações para alcançar objetivos ou solucionar problemas À medida que seu conhecimento aumenta as crianças tornamse mais conscientes dos tipos de informação importan tes a que elas devem dar mais atenção e lembrar As crianças em idade escolar também entendem mais sobre o funcionamento da memória e este conhecimento lhes permite planejar e usar estratégias ou técnicas deliberadas para ajudar a lembrálas COMO AS HABILIDADES EXECUTIVAS SE DESENVOLVEM O desenvolvimento gradual da função executiva da primeira infância até a adolescência acompanha o desenvolvimento do cérebro particularmente do córtex préfrontal a região que permite planejar julgar e tomar decisões Lamm Zelazo e Lewis 2006 À medida que sinapses desnecessárias são podadas e os caminhos tornamse mielinizados a velocidade de processamento geralmente medida pelo tempo de reação melhora dramaticamente Camarata e Woodcock 2006 Luna et al 2004 O processamento mais rápido e mais eficiente aumenta a quantidade de informação que as crianças po dem manter na memória de trabalho permitindo o pensamento complexo e o planejamento dirigido ao objetivo Flavell et al 2002 Luna et al 2004 O ambiente de casa também contribui para o desenvolvimento de habilidades executivas Em um estudo longitudinal de 700 crianças desde bebês a qualidade do ambiente familiar especialmente entre os 4 anos e meio e os 6 anos incluindo fatores como os recursos disponíveis a estimulação cognitiva e a sensibilidade materna prognosticaram desempenho de atenção e memória na primeira série NICHD Early Child Care Research Network 2005c As crianças em idade escolar desenvolvem habilidades de planejamento tomando decisões sobre suas próprias atividades diárias As atitudes dos pais afetam o ritmo com que isso é permitido às crian ças Em um estudo longitudinal de três anos com 79 crianças norteamericanas de origem europeia e 61 crianças de origem latina em uma cidade do sudoeste americano entre a 2 a e a 4 a séries a respon sabilidade pelo planejamento das atividades informais das crianças passou gradualmente dos pais para os filhos e esta mudança refletiuse na melhor capacidade das crianças de planejar o trabalho de sala de aula Gauvain e Perez 2005 ATENÇÃO SELETIVA Crianças em idade escolar podem concentrarse por mais tempo do que crianças mais novas e po dem focalizarse na informação que necessitam e desejam enquanto filtram informações irrelevan tes Por exemplo elas podem alçar da memória o significado adequado de uma palavra e suprimir outros significados que não se encaixam no contexto Crianças de 5 a série são mais capazes do que as de 1 a série de impedir que a informação indesejada retorne para a memória de trabalho compe tindo por atenção com outro material Harnishfeger e Pope 1996 Este crescimento na atenção seletiva a capacidade de deliberadamente direcionar a atenção e afastar distrações pode depen der da habilidade executiva de controle inibitório a supressão voluntária de respostas indesejadas Luna et al 2004 Acreditase que a crescente capacidade para atenção seletiva seja devida a maturação neurobioló gica e é uma das razões de a memória melhorar durante a terceira infância Bjorklund e Harnishfeger 1990 Harnishfeger e Bjorklund 1993 Outras crianças podem cometer menos erros de lembrança do que crianças mais novas porque elas são mais capazes de selecionar o que desejam lembrar e o que podem esquecer Lorsbach e Reimer 1997 Quais avanços na memória e em outras habilidades de processamento de informação ocorrem durante a terceira infância indicad r função executiva Controle consciente dos pensamentos emoções e ações para alcançar objeti vos ou solucionar problemas Papalia09indd 329 Papalia09indd 329 010213 0918 010213 0918 330 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman MEMÓRIA DE TRABALHO A eficiência da memória de trabalho aumenta muito na terceira infância estabelecendo as bases para uma ampla variedade de habilidades cognitivas Que mudanças produzem aquela grande melhoria Em um estudo 120 crianças britânicas de 6 a 10 anos de idade foram instruídas a realizar tarefas complexas de amplitude span de memória envolvendo imagens visuais e verbais computadorizadas Melhoras tanto na velocidade como na capacidade de armazenamento eram subjacentes ao desenvol vimento da memória de trabalho neste grupo etário Bayliss et al 2005 Visto que a memória de trabalho é necessária para armazenar informação enquanto outro mate rial está sendo manipulado mentalmente a capacidade da memória de trabalho de uma criança pode afetar diretamente seu sucesso escolar Alloway 2006 Crianças com memória de trabalho baixa têm dificuldade com atividades de aprendizagem estruturadas e para acompanhar instruções prolongadas Gathercole e Alloway 2008 As diferenças individuais na capacidade da memória de trabalho es tão associadas à capacidade de uma criança de adquirir conhecimento e novas habilidades Alloway 2006 Uma equipe de pesquisa britânica desenvolveu um instrumento inovador para avaliar a capaci dade de memória na sala de aula e usouo para testar mais de 3 mil crianças Eles verificaram que 10 das crianças em idade escolar sofriam de memória de trabalho baixa Alloway et al 2009 A adoção de instrumentos que avaliam a memória de trabalho na sala de aula poderia influenciar muito os níveis de realização para crianças identificadas como possuindo memória de trabalho baixa METAMEMÓRIA ENTENDENDO A MEMÓRIA Entre as idades de 5 e 7 anos os lobos frontais do cérebro passam por um desenvolvimento e reorgani zação significativos Essas mudanças podem possibilitar a melhora da metamemória o conhecimen to sobre os processos da memória Janowsky e Carper 1996 Da préescola até a 5 a série o entendimento da memória das crianças avança regularmente Fla vell et al 2002 Kreutzer Leonard e Flavell 1975 Crianças de préescola e de 1 a série sabem que as pessoas lembram melhor se estudarem bastante que as pessoas esquecem as coisas com o tempo e que reaprender alguma coisa é mais fácil do que aprendêla pela primeira vez Na 3 a série as crian ças sabem que algumas pessoas lembram melhor que outras e que algumas coisas são mais fáceis de lembrar do que outras metamemória O entendimento dos processos da memória Os concorrentes em uma competição de soletração fazem uso de estratégias mnemônicas como retenção repetição organização e elaboração Papalia09indd 330 Papalia09indd 330 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 331 MNEMÔNICA ESTRATÉGIAS PARA LEMBRAR Os dispositivos que auxiliam a memória são chamados de estratégias mnemônicas A estratégia mnemônica mais comum entre crianças e adultos é o uso de auxiliares de memória externos Outras estratégias mnemônicas comuns são retenção organização e elaboração Anotar um número de telefone fazer uma lista programar um despertador e colocar um livro da biblioteca na porta da frente são exemplos de auxiliares de memória externos estímulos por alguma coisa fora da pessoa Dizer o número de um telefone repetidamente após olhálo a fim de não esquecêlo antes de discar é uma forma de retenção ou repetição consciente Organização é colo car mentalmente a informação em categorias por exemplo animais mobília veículos e roupas para facilitar a lembrança Na elaboração as crianças associam itens a alguma outra coisa tal como uma cena ou história imaginada Para lembrarse de comprar limões catchup e guardanapos por exemplo uma criança poderia visualizar um vidro de catchup equilibrado sobre um limão segurando uma pilha de guardanapos para limpar eventuais respingos Quando as crianças ficam mais velhas elas de senvolvem estratégias melhores usamnas mais eficazmente e as adaptam para atender necessidades específicas Bjorklund 1997 Tabela 94 estratégias mnemônicas Técnicas para auxiliar a memória auxiliares de memória externos Estratégias mnemônicas usando algu ma coisa fora da pessoa retenção Estratégia mnemônica para manter um item na memória de trabalho por meio de repetição consciente organização Estratégia mnemônica de categorizar o material a ser lembrado elaboração Estratégia mnemônica de fazer asso ciações mentais envolvendo os itens a serem lembrados TABELA 94 Quatro estratégias comuns de memorização Estratégia Definição Desenvolvimento na terceira infância Exemplo Auxiliares de memó ria externos Estímulo por algo ex terno à pessoa Pode ser feito por crianças de 5 e 6 anos mas as de 8 anos têm maior probabilidade de pensar sobre isso Dana faz uma lista das coisas que precisa fazer hoje Retenção Repetição consciente Crianças de 6 anos podem ser ensina das a repetir para lembrar as de 7 fazem isso esponta neamente Ian soletra as palavras repetidamente até memorizálas Organização Agrupamento por categorias A maioria das crian ças não consegue fazer isso pelo me nos até os 10 anos mas crianças mais novas podem ser ensinadas Luís lembrase dos animais que viu no zoológico pen sando primeiro nos mamíferos em seguida nos répteis anfíbios peixes e por último nos pássaros Elaboração Associação de itens com alguma coisa por exemplo uma frase uma cena uma história Crianças mais ve lhas têm maior probabilidade de fazer associações espontaneamente e de lembrar melhor se a elaboração for feita por elas crianças mais novas lembram melhor se outra pessoa elabo rar para elas Iolanda lembrase das linhas da partitura musical mi sol si ré fá associando as à frase Minha sopa simples requer farinha Papalia09indd 331 Papalia09indd 331 010213 0918 010213 0918 332 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman O desempenho da memória das crianças foi associado a aspectos do contexto da sala de aula Em um estudo longitudinal sobre mudanças na memória das crianças durante a 1 a série foram observadas diferenças no uso de técnicas mnemônicas baseadas na orientação mnemônica dos professores Os professores foram classificados como altos e baixos em sua orientação com base em seu uso de infor mação metacognitiva e solicitações de lembrança A evidência de uma ligação entre a orientação do professor e o desempenho de memória das crianças reforça a importância do contexto escolar para o desenvolvimento da memória das crianças Coffman et al 2008 PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO E TAREFAS PIAGETIANAS Melhorias no processamento de informação podem ajudar a explicar o desenvolvimento descrito por Piaget Por exemplo crianças de 9 anos podem ser mais capazes do que as de 5 anos para encontrar o caminho de ida e de volta para a escola porque podem imaginar uma cena inserindo nela impor tantes detalhes e lembrar objetos dentro do contexto na ordem em que foram encontrados Allen e Ondracek 1995 A memória mais desenvolvida contribui para o domínio das tarefas de conservação A memória de trabalho das crianças menores é tão limitada que elas podem não ser capazes de lembrar de todas as informações relevantes Siegler e Richards 1982 Podem esquecer por exemplo que duas peças de barro de formas diferentes eram idênticas na origem O progresso na memória de trabalho pode permitir que crianças mais velhas resolvam problemas desse tipo Robbie Case 1985 1992 sugeriu que à medida que a aplicação de um conceito ou de um es quema por parte de uma criança vai se tornando automática há liberação de espaço na memória de trabalho para lidar com novas informações Isso pode ajudar a explicar por que as crianças dominam diferentes tipos de conservação sem pensar nisso conscientemente antes de estenderem esse esquema a outros tipos de conservação Abordagem psicométrica avaliação da inteligência A inteligência das crianças em idade escolar pode ser medida por testes psicométricos aplicados indi vidualmente ou em grupo O teste individual mais amplamente utilizado é a Escala de Inteligência Wechsler para Crianças WISCIV Este teste para as idades de 6 a 16 anos mede as habilidades verbais e de desempenho produzindo pontuações separadas para cada uma bem como uma pontua ção total As pontuações de subteste separadas indicam os pontos fortes de uma criança e ajudam a diagnosticar problemas específicos Por exemplo se uma criança vai bem em testes verbais tais como informação geral e operações aritméticas básicas mas mal em testes de desempenho tais como armar um quebracabeça ou desenhar a parte que falta de uma figura a criança pode ser lenta no desenvolvimento perceptual ou motor Uma criança que vai bem em testes de desempenho mas mal em testes verbais pode ter um problema de linguagem Outro teste individual comumente utilizado é o das Escalas de Inteligência de StanfordBinet descritas no Capítulo 7 Um teste coletivo popular o Teste de Habilidade Escolar de OtisLennon OLSAT8 tem níveis desde o jardim de infância até o ensino médio É solicitado às crianças que classifiquem itens que demonstrem entendimento de conceitos verbais e numéricos de informações gerais e que sigam instruções Pontuações separadas para compreensão verbal raciocínio verbal raciocínio pictórico raciocínio figurativo e raciocínio quantitativo podem identificar forças e fraquezas específicas A CONTROVÉRSIA SOBRE O QI O uso de testes de inteligência psicométricos como aqueles que acabamos de descrever é controverso Pelo lado positivo visto que os testes de QI foram padronizados e bastante utilizados há informação abundante sobre suas normas sua validade e sua confiabilidade As pontuações em testes de QI obti das durante a terceira infância permitem fazer boas previsões do desempenho escolar especialmente verificador você é capaz de Identificar quatro formas nas quais o processamento de informação melhora durante a terceira infância Explicar a importância da função executiva da atenção seletiva da memória de tra balho e da metamemória Nomear quatro auxiliares mnemônicos comuns e discu tir as diferenças em seu uso durante o desenvolvimento Dar exemplos de como o pro cessamento de informação melhorado explica os avan ços cognitivos que Piaget descreveu Como a inteligência das crianças em idade escolar pode ser medida com exatidão indicad r Escala de Inteligência Wechsler para Crianças WISCIV Teste de inteligência para crianças em idade escolar que produz pontuações verbais e de desempenho bem como uma pontuação combinada Teste de Habilidade Escolar de Otis Lennon OLSAT8 Teste de inteligência coletivo para crianças desde o jardim da infância até o ensino médio Papalia09indd 332 Papalia09indd 332 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 333 para crianças altamente verbais e essas pontuações são mais confiáveis do que as obtidas no período préescolar O QI aos 11 anos tem permitido predizer a duração da vida a independência funcional na idade adulta e a presença ou ausência de demência Starr et al 2000 Whalley e Deary 2001 Whalley et al 2000 Por outro lado os críticos alegam que os testes subestimam a inteligência de crianças em más condições de saúde ou que por uma razão ou outra não vão bem nos testes Anastasi 1988 Ceci 1991 Sternberg 2004 Por serem cronometrados os testes equiparam a inteligência com a veloci dade e penalizam as crianças que trabalham lenta e refletidamente Sua eficácia para o diagnóstico de distúrbios de aprendizagem tem sido contestada Benson 2003 A crítica mais importante é que os testes de QI não medem diretamente as habilidades inatas em vez disso inferem a inteligência do que as crianças sabem no momento Como veremos é prati camente impossível conceber um teste que não exija conhecimento prévio Além disso os testes são validados em comparação com medidas de rendimento por exemplo o desempenho escolar e são afetados por fatores como escolaridade e cultura Como discutiremos em uma seção posterior também há controvérsia sobre se a inteligência é uma habilidade única e geral ou se há tipos de inteligência que não são captados pelos testes de QI Por esta e outras razões existe uma forte discordância quanto à exatidão com que esses testes avaliam a inteligência das crianças INFLUÊNCIAS SOBRE A INTELIGÊNCIA QI Tanto a hereditariedade como o ambiente influenciam a inteligência ver Capítulo 3 Tendo em men te a controvérsia em relação a se os testes de QI realmente medem a inteligência examinaremos mais detalhadamente essas influências Desenvolvimento cerebral A pesquisa sobre imageamento cerebral mostra uma correlação mo derada entre tamanho do cérebro ou quantidade de substância cinzenta e inteligência geral especial mente habilidades de raciocínio e de resolução de problemas Gray e Thompson 2004 Um estudo revelou que a quantidade de substância cinzenta no córtex frontal é largamente hereditária varia amplamente entre indivíduos e está associada a diferenças no QI Thompson et al 2001 Um estudo posterior sugere que a questão não é a quantidade de substância cinzenta que uma criança tem em uma determinada idade mas antes é o padrão de desenvolvimento do córtex préfrontal a sede da função executiva e o pensamento de nível superior Em crianças com QI médio o córtex préfrontal é relativamente denso aos 7 anos de idade atinge a densidade máxima aos 8 anos e então afina gradual mente à medida que conexões desnecessárias são podadas Nas crianças de 7 anos mais inteligentes o córtex só atinge a densidade máxima aos 11 ou 12 anos O adensamento prolongado do córtex préfrontal pode representar um período crítico estendido para o desenvolvimento de circuitos de pensamento de alto nível Shaw et al 2006 Embora raciocínio resolução de problemas e função executiva estejam associados ao córtex pré frontal outras regiões cerebrais sob forte influência genética contribuem para o comportamento inte ligente da mesma forma que a velocidade e a confiabilidade da transmissão de mensagens no cérebro Fatores ambientais como a família a escolaridade e a cultura desempenham um forte papel no início da vida mas a hereditariedade da inteligência uma estimativa do grau com que diferenças individuais na inteligência são causadas pela genética aumenta dramaticamente com a idade à medida que as crianças selecionam ou criam ambientes que se ajustam à suas tendências genéticas Davis Haworth e Plomin 2009 Influência da escolaridade sobre o QI A escolaridade parece aumentar a inteligência testada Ceci e Williams 1997 Neisser et al 1996 As crianças cuja entrada na escola foi muito protelada como aconteceu por exemplo na Holanda durante a ocupação nazista perderam cinco pontos de QI a cada ano e algumas dessas perdas nunca foram recuperadas Ceci e Williams 1997 Os escores de QI caem também durante o período de férias de verão Ceci e Williams 1997 Uma amostragem de 1500 crianças revelou que a pontuação para linguagem coordenação espacial e conceitos aumentou muito mais no período de pico do ano escolar do que no período de férias e no início e final do ano letivo Huttenlocher Levine e Vevea 1998 verificador você é capaz de Nomear e descrever dois testes de inteligência tradicio nais para crianças em idade escolar Argumentar a favor e contra os testes de QI Papalia09indd 333 Papalia09indd 333 010213 0918 010213 0918 334 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Influências de raçaetnia e nível socioeconômico sobre o QI A média das pontuações dos tes tes varia entre grupos raciaisétnicos dando origem a alegações de que os testes são injustos com os grupos minoritários Historicamente em média crianças negras tiveram pontuações aproximadamen te 15 pontos abaixo das pontuações de crianças brancas e apresentaram uma diferença comparável em testes de desempenho escolar Neisser et al 1996 Entretanto essas diferenças diminuíram até 4 a 7 pontos nos últimos anos Dickens e Flynn 2006 Os escores de QI médios de crianças hispano americanas estão entre os de crianças negras e crianças brancas e suas pontuações também tendem a prever desempenho escolar Neisser et al 1996 O que explica as diferenças raciaisétnicas no QI Alguns pesquisadores têm apoiado o argumen to do fator genético Herrnstein e Murray 1994 Jensen 1969 Rushton e Jensen 2005 Mas em bora haja fortes evidências de uma influência genética sobre as diferenças individuais na inteligência não há evidência direta de que as diferenças de QI entre grupos étnicos culturais ou raciais sejam he reditárias Gray e Thompson 2004 Neisser et al 1996 Sternberg et al 2005 Ao contrário muitos estudos atribuem as diferenças étnicas no QI largamente ou inteiramente a desigualdades no ambiente Nisbett 1998 2005 em renda nutrição condições de vida saúde atividades dos pais cuidado com os filhos pequenos estímulos intelectuais escolaridade cultura ou outras circunstâncias como os efeitos da opressão e da discriminação que podem afetar a autoestima a motivação e o desempenho acadêmico Em um estudo longitudinal de 500 crianças norteamericanas saudáveis os participantes de famílias de baixa renda tinham QI e pontuações de teste de desempenho um pouco mais baixas do que os de famílias de renda mais alta Entretanto essas crianças saudáveis de famílias de baixa renda se saíram melhor do que as normas publicadas para seu nível de renda sugerindo a importância da saúde como um fator na inteligência medida Waber et al 2007 A recente diminuição na diferença nas pontuações de testes corresponde a uma melhora nas circunstâncias de vida e nas oportunidades educativas de muitas crianças afroamericanas Além disso como discutimos no Capítulo 7 alguns programas de intervenção precoces tiveram sucesso significa tivo na elevação dos QIs de crianças desfavorecidas A força da própria influência genética parece variar com o nível socioeconômico Em um estudo longitudinal feito com 319 pares de gêmeos acompanhados desde o nascimento a influência genética Crianças asiáticoamerica nas frequentemente se saem melhor na escola As razões parecem ser culturais não genéticas Papalia09indd 334 Papalia09indd 334 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 335 sobre os níveis de QI aos 7 anos de idade entre crianças de famílias pobres era próxima de zero e era forte a influência do ambiente ao passo que entre crianças de famílias abastadas acontecia o contrário Em outras palavras o nível socioeconômico NSE alto fortalece a influência genética enquanto o NSE baixo tende a suprimila Turkheimer et al 2003 E quanto aos asiáticoamericanos cujos desempenhos escolares estão consistentemente acima dos de outros grupos étnicos Embora haja alguma controvérsia sobre seu desempenho relativo em testes de inteligência a maioria dos pesquisadores acredita que essas crianças não parecem ter uma margem significativa no QI Neisser et al 1996 Antes o desempenho escolar forte das crianças asiáticoamericanas parece ser mais bem explicado pela ênfase de sua cultura na obediência e no res peito pelos mais velhos pela importância que os pais asiáticoamericanos dão à educação como uma via para mobilidade ascendente e pela devoção dos estudantes asiáticoamericanos ao dever de casa e ao estudo Chao 1994 1996 Fuligni e Stevenson 1995 Huntsinger e Jose 1995 H W Stevenson 1995 H W Stevenson Chen e Lee 1993 H W Stevenson et al 1990 H W Stevenson et al 1990 Sue e Okazaki 1990 Influência da cultura sobre o QI Alguns críticos dos testes de QI atribuem as diferenças étnicas no QI ao viés cultural uma tendência a incluir questões que usam vocabulário ou exigem informa ções ou habilidades mais familiares a alguns grupos culturais do que a outros Sternberg 1985 1987 Esses críticos alegam que os testes de inteligência são concebidos mais em conformidade com o estilo de pensamento e com a linguagem de pessoas de ascendência europeia deixando as crianças de grupos minoritários em desvantagem Heath 1989 Helmes 1992 Entretanto estudos controlados falharam em mostrar que o viés cultural contribui substancialmente para as diferenças de QI de todo o grupo Neisser et al 1996 Alguns peritos tentaram desenvolver testes livres de aspectos culturais testes sem conteúdo cultural propondo tarefas que não exigissem linguagem como traçar caminho em labirintos colocar formas nos espaços certos e completar desenhos mas foram incapazes de eliminar todas as influências culturais Concluíram portanto que é quase impossível produzir testes culturalmente justos que consistam em experiências comuns aos povos de várias regiões diferentes Robert Sternberg 2004 sustenta que inteligência e cultura estão inextricavelmente ligadas Um comportamento considerado inteligente em uma cultura pode ser visto como insensato em outra Por exemplo em uma tarefa de classificação os norteamericanos provavelmente colocariam um tordo sob a categoria de pássaros enquanto o povo kpelle no norte da África consideraria mais inteligente colocar o tordo em uma categoria funcional de coisas que voam Cole 1998 Portanto um teste de inteligência desenvolvido em uma cultura pode não ser igualmente válido em outra Além disso a escolaridade oferecida em uma cultura pode preparar uma criança para se sair bem em algumas tarefas e não em outras e as competências ensinadas e testadas na escola não são neces sariamente as mesmas habilidades práticas exigidas para se obter sucesso na vida diária Sternberg 2004 2005 Também ocorre que as culturas não são estáticas Desta forma mesmo dentro de uma sociedade mudanças culturais ocorrem e portanto moldam o desenvolvimento de formas diferentes para grupos diferentes de crianças Em um estudo comparando quatro culturas diferentes os garifuna de Belize os logoli do Quênia os newars do Nepal e os samoanoamericanos de Samoa a mudança social e tecnológica influenciou o desenvolvimento intelectual das crianças Especificamente a aquisição de tecnologia livros eletricidade água corrente televisão e semelhantes resultou em mudanças no desempenho cognitivo das crianças A modernização resultou em ganhos na maioria das medidas cog nitivas incluindo reconhecimento de padrão memória e na complexidade do brincar É importante notar que os pesquisadores não afirmaram que a modernização tornou as crianças mais inteligentes em si mas antes que a modernização estava associada a experiências que afetavam os tipos de habi lidades avaliadas por comunidades mais modernas Gauvain e Munroe 2009 Sternberg 2004 define como inteligência bemsucedida as habilidades e o conhecimento neces sários para se ter sucesso em um determinado contexto social e cultural Os processos mentais que são a base da inteligência podem ser os mesmos em várias culturas diz Sternberg mas seus produtos podem ser diferentes e assim devem ser os meios de avaliar o desempenho Sternberg propõe testes pertinentes à cultura que levem em conta as tarefas adaptativas que crianças de determinadas culturas têm de enfrentar viés cultural Tendência dos testes de inteligência a incluir itens que exigem conhecimento ou habilidades mais familiares ou sig nificativas para alguns grupos culturais do que para outros testes livres de aspectos culturais Testes de inteligência que se fossem possíveis de conceber não teriam ne nhum conteúdo cultural associado testes culturalmente justos Testes de inteligência que lidam com experiências comuns a várias culturas visando eliminar o viés cultural testes pertinentes à cultura Testes de inteligência que utilizam e se ajustam a conteúdo relacionado à cultura verificador você é capaz de Avaliar os efeitos do desen volvimento cerebral sobre o funcionamento intelectual Avaliar os efeitos de escolari dade raçaetnia NSE e cultu ra sobre o QI Papalia09indd 335 Papalia09indd 335 010213 0918 010213 0918 336 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman HÁ MAIS DE UMA INTELIGÊNCIA Uma crítica séria aos testes de QI é que eles focalizam quase inteiramente habilidades úteis na escola Não avaliam outros aspectos importantes do comportamento inteligente como bom senso aptidão social percepção criativa e autoconhecimento Contudo essas habilidades nas quais algumas crianças com modestas aptidões acadêmicas têm excelente desempenho podem ser iguais ou mais importan tes em um período avançado da vida e podem ser consideradas formas separadas de inteligência Dois dos principais defensores desta posição são Howard Gardner e Robert Sternberg A teoria das inteligências múltiplas de Gardner Uma criança que é boa em analisar parágrafos e fazer analogias é mais inteligente que outra que pode tocar um solo de violino difícil ou organizar um armário ou lançar uma bola curva no momento certo A resposta é não de acordo com a teoria de Gardner 1993 1998 Gardner um neuropsicólogo e pesquisador educacional na Universidade de Harvard identificou oito tipos independentes de inteligência De acordo com ele os testes de inteligência convencionais medem apenas três inteligências linguística lógicomatemática e em algum grau espacial As outras cinco que não são refletidas nas pontuações de QI são musical corporalcinestésica inter pessoal intrapessoal e naturalista a Tabela 95 define cada uma das inteligências e dá exemplos de campos nas quais elas são mais úteis Alta inteligência em uma área não acompanha necessariamente alta inteligência em qualquer uma das outras Uma pessoa pode ser extremamente dotada em artes uma habilidade espacial em teoria das inteligências múltiplas de Gardner Teoria de Gardner de que cada pes soa tem várias formas diferentes de inteligência TABELA 95 As oito inteligências segundo Gardner Inteligências Definição Campos ou ocupações onde são usadas Linguística Capacidade de usar e entender palavras e as nuances de significados Escrita edição tradução Lógicomatemática Capacidade de manipular nú meros e resolver problemas lógicos Ciências negócios medicina Espacial Capacidade de encontrar o caminho em um ambiente e avaliar as relações entre objetos no espaço Arquitetura marcenaria urba nismo Musical Capacidade de perceber e criar padrões de som e ritmo Composição musical regência Corporalcinestésica Capacidade de se movimentar com precisão Dança esportes cirurgia Interpessoal Capacidade de entender os outros e de comunicarse com eles Ensino atuação política Intrapessoal Capacidade de entender a si mesmo Aconselhamento psiquiatria liderança espiritual Naturalista Capacidade de diferenciar es pécies e suas características Caça pesca agricultura jardi nagem cozinha Fonte Baseada em Gardner 1993 1998 Papalia09indd 336 Papalia09indd 336 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 337 precisão de movimento corporalcinestésica em relações sociais interpessoal ou em autoentendi mento intrapessoal mas não ter um QI alto Portanto as campeãs de tênis Venus e Serena Williams a artista Judy Chicago e o violoncelista Yo Yo Ma poderiam ser igualmente inteligentes cada um em uma área diferente Gardner 1995 avaliaria cada inteligência diretamente observando seus produtos quão bem uma criança pode contar uma história lembrar uma melodia ou andar em uma área estranha e não por testes padronizados Para monitorar a habilidade espacial por exemplo o examinador poderia esconder um objeto de uma criança de 1 ano de idade pedir a uma de 6 anos para montar um quebra cabeças e dar um cubo de Rubik a um préadolescente O propósito seria não comparar os indivíduos mas revelar pontos fortes e pontos fracos a fim de ajudar as crianças a darem o melhor de si Mas os métodos de Gardner descrevem e avaliam corretamente a inteligência Os críticos de Gardner afirmam que suas inteligências múltiplas são rotuladas mais corretamente como talentos ou habilidades e afirmam que a inteligência está mais estreitamente associada a habilidades que levam à realização acadêmica Eles ques tionam também seus critérios para definir as inteligências separadas que se sobrepõem largamente tal como inteligência matemáti ca e espacial Willingham 2004 Teoria triárquica da inteligência de Sternberg A teoria triárquica da inteligência de Stern berg Sternberg 1985 2004 identifica três elementos ou aspectos da inteligência componencial experiencial e contextual O elemento componencial é o aspecto analítico da inteligência ele determina o quão eficien temente a informação é processada pelas pessoas Utilizado para resolver problemas monitorar soluções e avaliar os resultados O elemento experiencial é introspectivo ou criativo determina como as pessoas abordam tarefas novas ou familiares Permite que comparem a nova informação com aquilo que já sabem e descubram novas maneiras de juntar fatos em outras palavras a pensar originalmente O elemento contextual é prático ele determina como as pessoas lidam com o ambiente É a habilidade que permite avaliar uma situação e decidir o que fazer adaptarse a ela modificála ou sair dela De acordo com Sternberg todas as pessoas têm esses três tipos de habilidades em maior ou me nor grau uma pessoa pode destacarse em um dois ou em todos os três Os testes de QI convencionais medem sobretudo a habilidade componencial e como esta habilidade é a mais exigida para as tarefas escolares nas sociedades ocidentais não surpreende que os testes favoreçam as previsões quanto ao desempenho escolar As falhas em avaliar inteligências experienciais perceptivas ou criativas e contextuais práticas diz Sternberg explicam por que esses testes são menos usados para predizer o sucesso no mundo exterior Em estudos feitos em Usenge Quênia e entre crianças esquimós de Yupik sudoeste do Alasca o conhecimento tácito das crianças sobre matérias como plantas medi cinais caça pesca e preservação de vegetais informação aprendida informalmente e não ensinada explicitamente mostrou não ter relação com medidas convencionais de inteligência Grigorenko et al 2004 Sternberg 2004 Sternberg Grigorenko e Oh 2001 O Teste de Habilidades Triárquicas de Sternberg STAT Sternberg 1993 busca medir cada um dos três aspectos da inteligência analítico criativo e prático por meio de escolhas múl tiplas e de questões dissertativas em três domínios verbal quantitativo e figurativo ou espacial Por exemplo um item analíticofigurativo poderia ser identificar o pedaço que falta em uma figura Um teste criativoverbal poderia ser resolver problemas de raciocínio dedutivo a partir de premissas concretamente falsas tais como O dinheiro dá em árvores Um teste de inteligência práticaquanti tativa poderia ser resolver um problema de matemática cotidiano envolvendo comprar ingressos para um jogo de futebol ou seguir uma receita de biscoitos Em quais tipos de inteligência de Gardner você é mais forte Sua educação se concentrou em algum deles teoria triárquica da inteligência de Sternberg Teoria de Sternberg descrevendo três elementos da inteligência componen cial experiencial e contextual elemento componencial Termo de Sternberg para o aspecto analítico da inteligência elemento experiencial Termo de Sternberg para o aspecto in trospectivo ou criativo da inteligência elemento contextual Termo de Sternberg para o aspecto prático da inteligência conhecimento tácito Termo de Sternberg para a informação que não é ensinada formalmente ou expressa abertamente mas é necessá ria para ir adiante Teste de Habilidades Triárquicas de Sternberg STAT Teste que busca medir as inteligências componencial experiencial e contextual Papalia09indd 337 Papalia09indd 337 010213 0918 010213 0918 338 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Estudos de validação encontraram correlações entre o STAT e vários outros testes de pensamento crítico criatividade e solução prática de problemas Como já foi dito os três tipos de habilidades são apenas ligeiramente relacionados uns aos outros Sternberg 1997 Sternberg e Clinkenbeard 1995 OUTRAS TENDÊNCIAS EM TESTES DE INTELIGÊNCIA Alguns outros instrumentos para diagnóstico e prognóstico são basea dos na pesquisa neurológica e na teoria do processamento de informa ção A segunda edição da Bateria de Avaliação de Kaufman para Crianças KABCII Kaufman e Kaufman 1983 2003 é um teste individual feito entre 3 e 18 anos que tem o propósito de avaliar as habilidades cognitivas em crianças com diferentes necessidades como autismo disfunções auditivas e transtornos da linguagem e que são provenientes de diversos meios culturais e linguísticos Compreende subtestes com o objetivo de reduzir ao mínimo as instruções e as res postas verbais assim como itens com limitado conteúdo cultural Os testes dinâmicos baseados nas teorias de Vygotsky enfatizam mais os resultados potenciais do que os atuais Em contraste com os tradicionais testes estáticos com os quais se avaliam as ha bilidades comuns das crianças esses testes buscam captar a natureza dinâmica da inteligência mais pela avaliação direta dos processos de aprendizagem do que pelos resultados do que foi aprendido anteriormente Sternberg 2004 Os testes dinâmicos contêm itens até dois anos acima do nível de competência atual de uma criança Quando necessário os examinadores ajudam a criança fazendo perguntas direcionadas dando exemplos ou demonstrações e oferecendo feedback portanto o pró prio teste constitui uma situação de aprendizagem A diferença entre os itens que a criança consegue responder sozinha e os que ela é capaz de responder com ajuda alheia é a zona de desenvolvimento proximal da criança ZDP Ao indicar o que uma criança está pronta para aprender os testes dinâmicos podem fornecer aos professores informações mais úteis dos que as fornecidas pelos testes psicométricos e revelar a neces sidade de uma intervenção específica para que a criança progrida Podem ser particularmente eficazes em crianças muito incapacitadas Grigorinko e Sternberg 1998 Rutland e Campbell 1996 Entre tanto os testes dinâmicos são bastante trabalhosos e a ZDP pode ser difícil de medir com exatidão Linguagem e alfabetização As habilidades de linguagem continuam a se desenvolver durante a terceira infância As crianças em idade escolar são mais capazes de compreender e interpretar comunicações verbais e escritas e con seguem fazerse entender melhor Essas tarefas são especialmente desafiadoras para crianças que não falam a língua local VOCABULÁRIO GRAMÁTICA E SINTAXE À medida que o vocabulário aumenta durante os anos escolares as crianças usam cada vez mais verbos específicos Elas aprendem que uma palavra como manga pode ter mais de um significado e pelo contexto podem deduzir o significado pretendido A alegoria e a metáfora figuras de linguagem em que uma palavra ou uma frase que normalmente significam uma coisa são postas em comparação ou aplicadas à outra tornamse progressivamente usuais Owens 1996 Vosniadou 1987 Embora a gramática seja bastante complexa para a idade de 6 anos as crianças nos primeiros anos escolares usam raramente a voz passiva como em A calçada está sendo varrida Bateria de Avaliação de Kaufman para Crianças KABCII Teste de inteligência individual não tradicional que visa fornecer avaliações justas de crianças pertencentes a grupos minoritários e de crianças com necessidades especiais testes dinâmicos Testes baseados na teoria de Vygotsky que enfatizam mais o potencial do que a aprendizagem passada verificador você é capaz de Comparar as teorias da inteli gência de Sternberg e Gardner Descrever três novos tipos de testes de inteligência Como as habilidades de comunicação se expandem durante a terceira infância e como as crianças aprendem melhor uma segunda língua indicad r A Bateria de Avaliação de Kaufman para Crianças KABCII destinase a avaliar as capacidades cognitivas em crianças com diferentes necessidades tais como prejuízos auditivos e trans tornos da linguagem Papalia09indd 338 Papalia09indd 338 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 339 A compreensão das crianças das regras de sintaxe como as palavras são organiza das em frases e sentenças tornase mais sofisticada com a idade C S Chomsky 1969 Por exemplo a maioria das crianças com menos de 5 ou 6 anos acham que as sentenças John prometeu a Bill fazer com pras e John disse para Bill fazer compras significam ambas que Bill é o que tem que ir à loja Muitas crianças de 6 anos ainda não aprenderam a interpretar construções como as da primeira sentença ainda que elas saibam o que é uma promessa e en tendam a palavra corretamente em outras sentenças Aos 8 anos a maioria das crian ças pode interpretar a primeira sentença corretamente e aos 9 anos virtualmente to das as crianças podem Elas agora olham o significado de uma sentença como um todo em vez de focalizarse apenas na ordem das palavras A estrutura das sentenças continua a tornarse mais elaborada Outras crianças usam mais orações subordinadas O menino que entrega os jornais tocou a campainha Contudo algumas constru ções como as que começam com entretanto e embora não se tornam comuns até os primeiros anos da adolescência Owens 1996 PRAGMÁTICA CONHECIMENTO SOBRE COMUNICAÇÃO A área que mais se desenvolve nos anos escolares é a pragmática o uso prático da linguagem para comunicar A pragmática compreende as habilidades de conversação e de narração A pessoa que se comunica bem é aquela que sonda com perguntas antes de introduzir um tema com o qual a outra parte pode não ter familiaridade Ela logo reconhece uma falha na comunicação e faz alguma coisa para resolver o problema São muitas as diferenças individuais nesta habilidade algumas crianças de 7 anos conversam melhor entre si do que alguns adultos Anderson Clark e Mullin Há também diferenças referentes ao gênero Em um estudo 120 alunos da 4 a série da classe média londrina foram organizados aos pares para a resolução de um problema de matemática Quando meninos e meninas trabalhavam juntos os meninos tendiam a manter o controle pela fala e a fazer intervenções negativas enquanto as meninas faziam seus comentários de um modo mais apaziguador conciliador A comunicação entre as crianças foi mais colaborativa quando trabalhavam com um par ceiro do mesmo sexo Leman Ahmed e Orazov 2005 Quando alunos da 1 a série contam histórias eles frequentemente relatam uma experiência pes soal A maioria das crianças de 6 anos consegue reproduzir a trama de um pequeno livro filme ou pro grama de televisão Elas começam a descrever motivos e relações causais Lá pela 2 a série as histórias das crianças passam a ser mais longas e complexas As que são fruto da imaginação muitas vezes têm começo e final convencionais Era uma vez e Eles viveram felizes para sempre ou simplesmente Fim A variedade de palavras usadas é maior do que antes mas as personagens não crescem nem mudam e as tramas não são completamente desenvolvidas As crianças maiores normalmente dão uma visão preliminar com informações introdutórias sobre o contexto e os personagens indicando também claramente mudanças de tempo e lugar ao longo do relato Constroem episódios mais complexos do que as crianças menores com menos detalhes desnecessários Concentramse mais nos motivos e nos pensamentos dos personagens e pensam como resolver os problemas da trama pragmática Conjunto de regras linguísticas que regem o uso da linguagem para co municação Se você quer que seus filhos lhe falem a verdade peça que eles prometam fazêlo antes de fazer sua pergunta Os pesquisadores verificaram que as crianças têm menor probabilidade de mentir após prometerem dizer a verdade Evans e Lee 2010 verificador você é capaz de Resumir as melhorias nas habilidades de linguagem durante a terceira infância Em 1939 pesquisadores na Universidade de Iowa conduziram um estudo no qual a gagueira foi induzida deliberadamente em crianças pequenas Neste estudo Monstro um grupo de órfãos era insultado e atormentado em relação a sua fala na tentativa de demonstrar que a gagueira era resultado de pressão psicológica Nenhuma das crianças desenvolveu gagueira mas muitas delas desenvolveram problemas psicológicos como resultado da experiência Evidentemente esse estudo teve problemas éticos profundos e em 2007 seis das crianças iniciaram uma ação judicial e ganharam indenizações de aproximadamente 1 milhão de dólares Huge payout in US stuttering case 2007 Papalia09indd 339 Papalia09indd 339 010213 0918 010213 0918 340 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman APRENDIZAGEM DE UMA SEGUNDA LÍNGUA Em 2007 21 das crianças norteamericanas com idades de 5 a 17 anos falava outra língua além do inglês em casa A língua primária que a maioria dessas crianças falava era o espanhol e mais de 5 tinham dificuldade para falar inglês Federal Interagency Forum on Child and Family Statistics 2009 Cerca de 11 da população das escolas públicas são definidos como aprendizes da língua inglesa ELLs NCES 2007b Algumas escolas usam uma abordagem de imersão na língua inglesa às vezes chamada de ESL ou inglês como segunda língua english as second language na qual as crianças em minoria na língua são ensinadas em inglês desde o início em classes especiais Outras escolas adotaram progra mas de educação bilíngue nos quais as crianças são ensinadas em duas línguas primeiro aprenden do em sua língua nativa com outros que a falam e então mudando para classes regulares em inglês quando se tornam mais proficientes nela Esses programas podem encorajar as crianças a tornarse bilíngues fluentes em duas línguas e a sentir orgulho de sua identidade cultural Os defensores da imersão na língua inglesa alegam que quanto mais cedo as crianças são expos tas ao inglês e quanto mais tempo elas passam falando a língua melhor elas a aprendem Os propo nentes dos programas bilíngues alegam que as crianças progridem mais rápido academicamente em suas línguas nativas e mais tarde fazem uma transição mais suave para salas de aula exclusivamente em inglês Padilla et al 1991 Alguns educadores afirmam que a abordagem do ensino apenas em inglês dificulta o desenvolvimento cognitivo visto que crianças de língua estrangeira podem entender apenas o inglês simples a princípio o currículo deve ser diluído e as crianças ficam menos preparadas para lidar com material complexo posteriormente Collier 1995 Análises estatísticas de múltiplos estudos concluem que crianças em programas bilíngues nor malmente superam aquelas de programas apenas em uma língua nos testes de competência na língua Crawford 2007 Krashen e McField 2005 Ainda mais bem sucedida de acordo com algumas pes quisas é uma outra abordagem menos comum a aprendizagem simultânea bilíngue na qual os estudantes que estão aprendendo inglês e aqueles que têm o inglês como língua materna aprendem juntos em ambas as línguas Esta abordagem evita qualquer necessidade de colocar crianças de grupos minoritários em classes separadas Ao valorizar ambas as línguas igualmente ela reforça a autoestima e melhora o desempenho escolar Uma outra vantagem é que os estudantes que falam inglês apren dem uma língua estrangeira em uma idade precoce quando podem adquirila mais facilmente Collier 1995 W P Thomas e Collier 1997 1998 Entretanto menos de 2 dos aprendizes da língua inglesa em todo o país estão inscritos em programas de línguas simultâneas Crawford 2007 ALFABETIZAÇÃO Aprender a ler e a escrever uma meta importante do currículo do ensino fundamental liberta as crianças da restrição da comunicação face a face dandolhes a possibilidade de acessar as ideias e a imaginação de pessoas em terras distantes e em períodos passados A partir do momento em que as crianças conseguem ler e escrever elas podem traduzir os sinais de uma página em um padrão de sons e significado desenvolver estratégias progressivas e sofisticadas para entender o que leem e usar a palavra escrita para expressar ideias pensamentos e sentimentos Leitura e escrita As crianças podem identificar uma palavra impressa de duas maneiras Uma é chamada de decodificação a criança ouve a palavra e a converte da escrita para a fala antes de recuperála da memória de longo prazo Para fazer isso a criança tem de dominar o código fonético que associa o alfabeto impresso aos sons falados O outro método é a recuperação baseada na vi sualização a criança simplesmente vê a palavra e a recupera Estes dois métodos formam o núcleo de duas abordagens contrastantes do ensino da leitura A abordagem tradicional que enfatiza a decodi ficação é chamada de abordagem fonética com ênfase no código A mais recente abordagem da linguagem integral enfatiza a recuperação visual e o uso de sugestões contextuais A abordagem da linguagem integral está fundamentada na crença de que as crianças podem aprender a ler e a escrever naturalmente tanto quanto aprendem a falar Os proponentes da aborda gem integral alegam que elas aprendem a ler com melhor compreensão e mais prazer ao experimentar a linguagem escrita desde o princípio como um modo de aumentar a informação e de expressar ideias e sentimentos e não como um sistema de sons e sílabas isolados a ser aprendido por memorização e abordagem de imersão na língua inglesa Abordagem ao ensino do inglês como segunda língua na qual a instrução é apresentada apenas em inglês educação bilíngue Sistema de ensinar crianças que não falam inglês em suas línguas nativas enquanto aprendem o inglês e mais tarde mudando para instrução total mente em inglês bilíngue Fluente em duas línguas aprendizagem simultânea bilíngue Abordagem ao ensino da segunda língua na qual os estudantes que estão aprendendo inglês e aqueles que têm o inglês como língua materna aprendem juntos em ambas as línguas verificador você é capaz de Descrever e avaliar três tipos de educação de uma segunda língua decodificação Processo de análise fonética pelo qual uma palavra impressa é convertida para a forma falada antes da recuperação na memória de longo prazo recuperação baseada na visualização Processo de recuperar o som de uma palavra impressa ao ver a palavra inteira abordagem fonética com ênfase no código Ensino da leitura enfatizando a decodi ficação de palavras desconhecidas abordagem da linguagem integral Ensino da leitura enfatizando a recu peração visual e o uso de sugestões contextuais Papalia09indd 340 Papalia09indd 340 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 341 treino Em contraste com as rigorosas tarefas envolvidas na instrução fonética os programas de lin guagem exibem literatura real e atividades abertas iniciadas pelos estudantes Apesar da popularidade da abordagem da linguagem integral as pesquisas encontraram pouco apoio para suas alegações Uma longa linha de pesquisa apoia a visão de que a consciência fonêmica e o treinamento precoce da fonética são fundamentais para a competência na leitura para a maioria das crianças Booth Perfetti e MacWhinney 1999 Hatcher Hulme e Ellis 1994 Jeynes e Littell 2000 Liberman e Liberman 1990 National Reading Panel 2000 Stahl McKenna e Pagnucco 1994 Muitos especialistas recomendam uma mistura dos melhores aspectos de ambas as abordagens National Reading Panel 2000 As crianças podem aprender as habilidades fonéticas juntamente com estratégias que as ajudem a entender o que leem Visto que as habilidades de leitura são o produto conjunto de muitas funções em diferentes partes do cérebro a instrução somente em subhabilidades específicas fonética ou compreensão tem menor probabilidade de sucesso Byrnes e Fox 1998 As crianças que conseguem unir as duas estratégias baseadas na visualização e fonética usando a recuperação visual para palavras conhecidas e decodificação fonética para palavras desconhecidas tornamse leitores melhores e mais versáteis Siegler 1998 A metacognição a consciência dos próprios processos de pensamento ajuda as crianças a monitorar sua compreensão do que leem e permite que elas desenvolvam estratégias para resolver quaisquer problemas estratégias como ler devagar reler passagens difíceis tentar visualizar a in formação e pensar em exemplos O aumento da compreensão é conseguido pelos estudantes por meio da memorização e do resumo do que leram e após terem feito perguntas National Reading Panel 2000 Entretanto as crianças que têm dificuldades de leitura precoces não estão necessariamente condenadas a fracassos na leitura Um estudo longitudinal acompanhou o progresso de 146 crianças de baixa renda cujas pontuações de leitura na 1 a série estavam abaixo do 30 o percentil Trinta por cento das crianças apresentaram movimento regular em direção à média nas habilidades de leitura da 2 a até a 4 a série As crianças que melhoraram mais foram aquelas que na préescola tinham apresentado habilidades de alfabetização emergentes relativamente fortes e melhor comportamento na sala de aula que lhes permitia prestar atenção e tirar maior proveito da instrução Spira Bracken e Fischel 2005 A aquisição das habilidades de escrita ocorre paralelamente ao desenvolvimento da leitura As crianças da préescola começam a usar letras números formas e símbolos que lembram letras para representar palavras ou partes de palavras sílabas ou fonemas Muitas vezes o modo como soletram é muito criativo tanto que depois a leitura pode se tornar difícil Whitehurst e Lonigan 1998 Escrever é difícil para as crianças pequenas Ao contrário do que acontece com a conversação que oferece um retorno imediato a escrita requer que a criança julgue independentemente se a meta de comunicação foi atingida A criança também tem de se ater a uma série de outras dificuldades ortografia pontuação gramática letras maiúsculas e minúsculas bem como à tarefa física básica de desenhar as letras Siegler 1998 A criança na escola As experiências dos primeiros anos de escola são críticas para a formação de uma base que determi nará o futuro sucesso ou fracasso Vamos examinar então as influências sobre o desempenho escolar INGRESSANDO NA 1 a SÉRIE Mesmo hoje quando a maioria das crianças norteamericanas vai para a préescola as crianças normalmente chegam à 1 a série com um misto de impaciência e ansiedade O primeiro dia da escola de verdade é um marco um sinal do desenvolvimento que torna possível esta nova condição Para conseguir progressos acadêmicos a criança tem que estar envolvida com o que acontece na aula Interesse atenção e participação ativa estão positivamente associados com pontuações em testes de desempenho e mais ainda com as notas dos professores da 1 a até pelo menos a 4 a série K L Alexander Entwisle e Dauber 1993 metacognição Consciência da pessoa de seus próprios processos mentais verificador você é capaz de Comparar os métodos de ensino da leitura fonético e de linguagem integral e discutir como a compreensão melhora Identificar fatores que afetam a melhora da leitura em leito res iniciantes pobres Explicar por que escrever é di fícil para crianças pequenas indicad r Como as crianças se adaptam à escola e o que influencia o desempenho escolar Papalia09indd 341 Papalia09indd 341 010213 0918 010213 0918 342 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Em um estudo longitudinal estudan tes da 1 a série em risco de fracasso escolar ou devido a NSE baixo ou a problemas acadêmicos comportamentais ou de aten ção progrediram tanto quanto seus pares de baixo risco quando os professores ofere ceram apoio acadêmico e emocional forte Esse apoio assumia a forma de instrução de alfabetização frequente feedback avaliativo envolvimento dos estudantes em discussões resposta a suas necessidades emocionais encorajamento da responsabilidade e criação de uma atmos fera de sala de aula positiva Hamre e Pianta 2005 INFLUÊNCIAS SOBRE O DESEMPENHO ESCOLAR Como a teoria bioecológica de Bronfenbrenner previa além das características próprias das crianças cada nível do contexto de suas vidas a família a sala de aula as mensagens recebidas dos amigos ou a cultura em geral tem influência sobre o desempenho escolar Vamos dar uma olhada nesta rede de influências As influências da cultura são discutidas no Capítulo 11 Crenças de autoeficiência Estudantes com grande sentimento de autoeficiência que acredi tam que podem dominar as tarefas escolares e controlar sua aprendizagem têm maior probabili dade de ser bem sucedidos do que estudantes que não acreditam em suas capacidades Bandura et al 1996 Zimmerman Bandura e MartinezPons 1992 Estudantes autorregulados estabelecem metas desafiadoras e usam estratégias apropriadas para alcançálas Eles tentam mais persistem a despeito de dificuldades e buscam ajuda quando necessário Estudantes que não acreditam na pró pria capacidade de sucesso tendem a tornaremse frustrados e deprimidos sentimentos que tornam o sucesso mais ilusório Gênero As meninas tendem a ir melhor na escola do que os meninos elas tiram notas mais altas em média em cada matéria Halpern et al 2007 têm menor probabilidade de serem reprovadas têm menos proble mas escolares e superam os meninos nas avaliações nacionais de leitura e escrita Freeman 2004 Além disso em um estudo de mais de 8 mil homens e mulheres variando dos 2 aos 90 anos de idade as meninas e as mulheres tendiam a sairse melhor que os meninos e os homens em testes cronometrados Camarata e Woodcock 2006 Por outro lado os meninos se saem melhor que as meninas em testes de ciências e matemática que não estão estreitamente relacionados a material ensinado na escola Entre tanto as diferenças nas capacidades matemáticas no ensino fundamental quando a habilidade de cálculo é enfatizada são pequenas e tendem a fa vorecer as meninas A vantagem das meninas na escrita e a vantagem dos meninos em ciências são maiores e mais confiáveis Halpern et al 2007 As diferenças de gênero tendem a tornarse mais proeminentes no ensino médio como discutiremos no Capítulo 11 Uma combinação de vários fatores experiência precoce diferenças biológicas incluindo diferenças no tamanho e estrutura do cérebro e expectativas culturais podem ajudar a explicar essas diferenças Hal pern et al 2007 A vantagem dos meninos em habilidades espaciais pode ser influenciada pelo NSE de acordo com um estudo de 547 crian ças urbanas de 2 a e 3 a séries Embora os meninos de NSE médio e alto se saíssem melhor do que as meninas em tarefas espaciais o mesmo não ocorria com meninos de NSE baixo talvez porque eles tivessem menor probabilidade de realizar atividades de orientação espacial como projetos de construção Levine et al 2005 verificador você é capaz de Explicar o impacto da expe riência da 1 a série sobre a car reira escolar de uma criança e identificar fatores que afetam o sucesso na 1 a série Em janeiro de 2011 uma escola de Roslyn Nova York comprou 47 iPads para fornecer aos estudantes como parte de um programa piloto Os administradores alegam que os iPads substituiriam os livros aumentariam a conclusão do dever de casa forneceriam material interativo e tornariam a comunicação com os professores mais provável O que você acha Hu 2011 Você estudou psicologia porque pensou que seria fácil Você não é o único Aos 7 anos de idade as crianças acreditam que psicologia é mais fácil que ciências naturais Keil Lockhart e Schlegel 2010 Interesse atenção e participação ativa contribuem para o sucesso escolar de uma criança Papalia09indd 342 Papalia09indd 342 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 343 Estilos de parentalidade Os pais de crianças de alto desempenho criam um ambiente propício à aprendizagem Providenciam um local para o estudo onde possam ser guardados os livros e outros supri mentos estipulam horários para as refeições o sono e as lições de casa controlam o tempo de televisão e o que as crianças fazem depois da escola e mostram interesse sobre a vida de seus filhos conversando com eles sobre a escola e se interessando por suas atividades escolares As crianças cujos pais se envolvem mais em suas atividades escolares conseguem melhores resultados na escola Hill e Taylor 2004 O estilo de parentalidade pode afetar a motivação e portanto o sucesso escolar Em um estudo os alunos da 5 a série que apresentavam melhores resultados tinham pais democráticos Esses alunos tinham curiosidade e interesse em aprender gostavam de desafios e de resolver problemas Pais auto ritários que insistem com os filhos para fazer as lições de casa controlam de perto e confiam na moti vação extrínseca de modo geral têm filhos que apresentam baixos níveis de aproveitamento escolar Crianças que têm pais permissivos que não se envolvem nem demonstram interesse em saber como os filhos estão na escola também apresentam baixo aproveitamento GS Ginsburg e Bronstein 1993 O relacionamento parental não é uma via de mão única entretanto O temperamento da criança interage com o estilo de parentalidade para influenciar o resultado Por exemplo algumas crianças são mais sensíveis aos efeitos do estilo de parentalidade do que outras Em particular crianças de tempe ramento difícil respondem tanto mais positivamente a pais sensíveis como mais negativamente a pais negligentes Em um estudo crianças que tinham temperamento difícil durante a primeira infância apresentavam respostas mais extremas à qualidade da parentalidade conforme medido por compe tência escolar na1 a série habilidades sociais e relacionamentos com os outros do que aquelas com temperamentos fáceis Em outras palavras as crianças de temperamento difícil se saíam pior do que as crianças fáceis quando a parentalidade era de baixa qualidade mas melhor do que as crianças fáceis quando a parentalidade era de alta qualidade Stright et al 2008 Nível socioeconômico O nível socioeconômico pode ser um fator poderoso no desempenho esco lar não isoladamente mas devido à sua influência sobre a atmosfera familiar a escolha da vizinhança e os estilos de parentalidade Evans 2004 Conselho Nacional de Pesquisa NRC 1993a Rouse et al 2005 e sobre as expectativas dos pais para os filhos DavisKean 2005 Em um estudo nacionalmente representativo de crianças que entraram na préescola em 1998 as diferenças de desempenho entre estudantes favorecidos e desfavorecidos aumentaram nos pri meiros quatro anos de escolaridade Rathbun et al 2004 As férias de verão contribuem para essas diferenças devido à mudança no ambiente doméstico típico e às experiências de aprendizagem que as crianças têm no verão Crianças de baixa renda não compensam esta diferença que de acordo com um estudo longitudinal com crianças em escolas de Baltimore responde substancialmente por diferenças no desempenho e na conclusão do ensino médio e na entrada na faculdade Alexander Entwisle e Olson 2007 Entretanto o NSE não é o único fator que afeta o aproveitamento Um estudo longitudinal feito com crianças cujo ambiente familiar era decididamente estimulante quando tinham 8 anos mostrou uma forte motivação para a aprendizagem aos 9 10 e 13 anos em relação a crianças que haviam vivido em lares menos estimulantes Isso era verdade apesar dos efeitos do NSE Gottfried Fleming e Gottfried 1998 Por que razão alguns jovens provenientes de famílias e bairros menos favorecidos vão bem na escola e melhoram suas condições de vida O que pode fazer a diferença é o capital social a rede de recursos comunitários a que as crianças e as famílias podem recorrer Coleman 1988 Em uma intervenção experimental de três anos na qual pais trabalhadores pobres receberam complementação salarial subsídios para o cuidado das crianças e seguro de saúde o desempenho escolar e o compor tamento de seus filhos em idade escolar melhoraram Huston et al 2001 Dois anos depois de as fa mílias terem deixado o programa o impacto sobre o desempenho e a motivação escolar permaneciam firmes especialmente para os meninos mais velhos embora o efeito sobre o comportamento social tenha diminuído Huston et al 2005 Aceitação pelos pares Crianças que são apreciadas e aceitas por seus pares tendem a se sair melhor na escola Entre 248 estudantes de 4 a série aqueles cujos professores relataram que não eram apreciados por seus pares tinham autoconceitos acadêmicos mais insatisfatórios e mais sintomas de ansiedade ou depressão na 5 a série e notas mais baixas em leitura e matemática na 6 a série A identifi Este achado é um exemplo da variação da reação conforme discutido no Capítulo 3 Bebês de temperamento difícil têm uma variação de reação mais ampla do que os bebês fáceis capital social Recursos familiares e comunitários aos quais as pessoas podem recorrer verificador você é capaz de Avaliar como as crenças de eficiência o gênero os estilos de parentalidade o NSE e a aceitação pelos pares afetam o desempenho escolar Papalia09indd 343 Papalia09indd 343 010213 0918 010213 0918 344 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman cação precoce pelos professores de crianças que exibem problemas sociais poderia levar a intervenções que melhorariam os resultados acadêmicos emocionais e sociais dessas crianças Flook Repetti e Yllman 2005 Métodos educativos O decreto Nenhuma Criança Deixada para Trás No Children Left Behind NCLB de 2001 é uma reforma da edu cação abrangente enfatizando a responsabilidade as opções dos pais o controle local e a flexibilidade aumentados A intenção foi canalizar fun dos federais para programas e práticas baseadas em pesquisa em particular no que diz respeito à leitura e à matemática Alunos de 3 a à 8 a série são testados anualmente para ver se conseguem atingir os objetivos de pro gresso definidos Aqueles que não conseguem manter os padrões previstos podem pedir transferência para outra escola Mais de 50 grupos nacionais de educação direitos civis de crianças e de cidadãos têm exigido mudanças substanciais no NCLB Os críticos como a Associação Nacional de Educação uma organização nacional de professores alega que o NCLB enfatiza mais o aspecto punitivo do que propriamente o da assistência por mau aproveitamento escolar mandatos rígidos e largamente infundados em vez de apoio a práticas comprovadas e testes padronizados em vez de soluções focadas na sala de aula condu zidas pelo professor A pesquisa sobre a teoria triárquica de Sternberg por exemplo sugere que os estudantes aprendem melhor quando ensinados em uma variedade de formas enfatizando habilidades criativas e práticas memorização e pensamento crítico Sternberg Torff e Grigorenko 1998 Por outro lado as pontuações nos testes apresentam melhora Em 2007 por exemplo as pontuações de matemática para alunos de 4 a a 8 a séries na Avaliação Nacional de Progresso Educacional NAEP atingiu seus níveis mais altos desde que o teste começou em 1990 Os estudantes negros brancos e hispânicos melhoraram NCES 2007c mas as diferen ças de grupo étnico permaneceram Hernandez e Macartney 2008 Os esforços para melhorar o en sino da leitura parecem estar andando mais lentamente Na NAEP em 2007 as pontuações de leitura de estudantes da 4 a série aumentaram apenas modestamente comparadas às de 1990 e as pontuações dos estudantes da 8 a série diminuíram ligeiramente mas foram melhores do que em 2005 NCES 2007d Entretanto em um teste de letramento internacional incluindo 38 países os estudantes de 4 a série dos EUA tiveram pontuações bem acima da média NCES 2007e Tamanho da classe A maioria dos educadores considera que as classes de tamanho pequeno são um fator chave no desempenho especialmente nas séries iniciais embora os achados sejam mistos Schneider 2002 Um estudo longitudinal encontrou benefícios acadêmicos duradouros para estu dantes designados aleatoriamente a classes de aproximadamente 15 alunos da préescola até a 3 a série e especialmente para estudantes de NSE baixo uma maior probabilidade de terminar o ensino médio Finn Gerber e BoydZaharias 2005 Krueger 2003 Krueger e Whitmore 2000 Na maioria dos locais entretanto as classes pequenas são maiores do que as mencionadas na pesquisa Em observações de 890 alunos da 1 a série as classes com 25 estudantes ou menos tendiam a ser mais sociáveis e interativas e a permitir instrução de melhor qualidade e apoio emocional Os alunos dessas classes tendiam a ter pontuações mais altas em testes padronizados de aproveitamento e de habilidade inicial de leitura NICHD Early Childhood Research Network 2004b Inovações educacionais Quando as escolas públicas de Chicago eliminaram a promoção social a prática de aprovar crianças ainda que não atingissem os padrões de aproveitamento escolar para que continuassem junto com seus colegas da mesma idade muitos observadores aclamaram a mudança Outros avisaram que embora a reprovação em alguns casos possa ser uma chamada à razão na maioria das vezes é o primeiro passo em um caminho negativo que leva a expectativas mais baixas ao mau desempenho e à evasão escolar J M Fields e Smith 1998 Lugaila 2003 McCoy e Reynolds 1999 McLeskey Lancaster e Grizzle 1995 Temple Reynolds e Miedel 2000 Na verdade estudos revelaram que a política de reprovação de Chicago não tinha melhorado os resultados dos alunos da Crianças que têm uma rede social e que são apreciadas e aceitas pelos pares tendem a se sair melhor na escola Papalia09indd 344 Papalia09indd 344 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 345 3 a série tinha prejudicado os alunos da 6 a série e promovido um sensível aumento na evasão escolar de alunos reprovados da 8 a série e do ensino médio Nagaoka e Roderick 2004 Roderick Engel e Nagaoka 2003 Muitos educadores afirmam que a única solução real para evitar um elevado nível de fracassos é identificar com antecedência os estudantes em risco e intervir antes que eles falhem Uma forma é fornecer escolas ou programas alternativos para estudantes de risco oferecendolhes classes menores instrução corretiva aconselhamento e intervenção na crise NCES 2003 Alguns pais descontentes com as escolas públicas ou desejando um estilo particular de ensino preferem escolas cooperativadas ou o ensino em casa Mais de 13 milhões de crianças norteamerica nas hoje frequentam escolas cooperativadas algumas particulares e outras sob contrato de conselhos de escolas públicas Center for Education Reform 2008 As escolas cooperativadas tendem a ser menores que as escolas públicas normais e tendem a ter uma filosofia currículo estrutura e estilo de organização únicos Embora os pais estejam em geral satisfeitos com suas escolas cooperativadas estudos de seus efeitos sobre o desempenho dos estudantes tiveram resultados mistos Braun Jenkins e Grigg 2006 Bulkley e Fisler 2002 Center for Education Reform 2004 Detrich Phillips e Durett 2002 Hoxby 2004 National Assessment of Educational Progress 2004 Schemo 2004 O ensino em casa é legal em todos os 50 estados norteamericanos Em 2007 cerca de 15 milhão de estudantes norteamericanos representando 29 da população em idade escolar eram ensinados em casa 4 em cada 5 deles em regime de tempo integral 36 a mais do que em 2003 NCES 2007 Em um levantamento governamental nacionalmente representativo as principais razões que levam os pais a preferir que seus filhos estudem em casa estavam relacionadas ao ambiente de aprendizagem insatis fatório e inseguro nas escolas e ao desejo de fornecer uma instrução religiosa e moral NCES 2007 Uso da mídia O acesso à internet nas escolas públicas disparou Em 1994 apenas 3 das salas de aula tinham acesso à internet comparado com 94 em 2005 Wells e Lewis 2006 Entretanto me nos crianças negras hispânicas e indígenas do que crianças brancas e asiáticas e menos crianças pobres do que crianças não pobres usam essas tecnologias Meninas e meninos passam a mesma quantidade de tempo usando o computador e a internet Day Janus e Davis 2005 DeBell e Chapman 2006 As influências das mídias domésticas também desempenham um papel no desenvolvimento das crianças A influência predominante é a televisão Em 2003 crianças de 6 a 12 anos passavam aproxi madamente 14 horas por semana assistindo à televisão Os computadores também são uma influência embora muito menos tempo 1 hora e 20 minutos por semana seja gasto com seu uso Desse tempo a maior parte é passada jogando videogames com o restante sendo gasto enviando emails usando a internet e estudando Esta exposição à mídia tem influências variáveis dependendo do tipo de mídia que é examinada e do gênero da criança Por exemplo a televisão está associada à substituição de outras experiências mais benéficas como brincar ou dormir para todas as crianças O uso do computador está associado a aumentos nas capacidades de realização e solução de problemas para as meninas Entretan to para os meninos que têm maior probabilidade de jogar videogames violentos o uso do computador está associado ao aumento nos problemas de comportamento agressivo Hofferth 2010 A familiaridade com o computador e a habilidade de navegar na internet estão abrindo possibi lidades de instrução individualizada de comunicação global e de treinamento prévio nas habilidades de pesquisa independente Entretanto essas ferramentas são uma fonte de perigos Primeiramente o risco de exposição a material nocivo ou inadequado Além disso os estudantes precisam aprender a avaliar criteriosamente a informação encontrada no ciberespaço e a separar fatos de opiniões e de publicidade Finalmente um foco no conhecimento visual poderia desviar os recursos financeiros de outras áreas do currículo Educando crianças com necessidades especiais As escolas públicas têm um papel fundamental na educação das crianças de capacidades variáveis de todos os tipos de famílias e formações culturais Elas também devem educar crianças com neces sidades especiais crianças com problemas de aprendizagem e aquelas superdotadas talentosas ou criativas verificador você é capaz de Discutir as mudanças e as inovações na filosofia e na prática de educação verificador você é capaz de Avaliar o impacto do uso da mídia pelas crianças indicad r Como as escolas atendem à necessidades especiais das crianças Papalia09indd 345 Papalia09indd 345 010213 0918 010213 0918 346 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman CRIANÇAS COM PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM No momento em que os educadores se tornaram mais sensíveis a ensinar crianças de diferentes ori gens culturais eles também buscaram satisfazer necessidades de crianças com necessidades especiais de educação Deficiência intelectual A deficiência intelectual é o funcionamento cognitivo significativamen te abaixo do normal Ele é indicado por um QI de 70 ou menos aliado a uma deficiência de adaptação comportamental adequada à idade tal como comunicação habilidades sociais e cuidados próprios aparecendo antes dos 18 anos Kanaya Scullin e Ceci 2003 A deficiência intelectual é às vezes referida como deficiência cognitiva ou retardo mental Menos de 1 das crianças nos Estados Unidos são intelectualmente deficientes NCHS 2004 Woodruff et al 2004 Em 30 a 50 dos casos a causa da deficiência intelectual é desconhecida As causas conhecidas incluem disfunções genéticas acidentes traumáticos exposição a infecções ou a álcool antes de nas cer e exposição ambiental ao chumbo e a elevados níveis de mercúrio Woodruff et al 2004 Muitos casos podem ser prevenidos por meio de aconselhamento genético assistência no período prénatal incluindo a amniocentese o exame do líquido amniótico exames de rotina assistência à saúde do recémnascido e serviços nutricionais para grávidas e bebês A maioria das crianças intelectualmente deficientes podem ser beneficiadas ao frequentarem a escola Programas de intervenção têm ajudado muitos daqueles leve ou moderadamente deficientes e os considerados limítrofes com QIs variando de 70 até 85 a se manter nos empregos a viver em co munidade e a viver em sociedade Os profundamente deficientes necessitam de cuidados e supervisão constantes geralmente em instituições especializadas Para alguns os centros de cuidados diários os hotéis para adultos intelectualmente deficientes e os serviços domiciliares de cuidadores podem ser alternativas menos dispendiosas e mais humanas Transtornos da aprendizagem As duas condições diagnosticadas com mais frequência e que cau sam problemas comportamentais e de aprendizagem em crianças de idade escolar são os distúrbios de aprendizagem DAs e o transtorno de déficit de atençãohiperatividade TDAH Um estudo recente com mais de 23 mil crianças nos Estados Unidos revelou que aproximadamente 5 das crianças têm distúrbios de aprendizagem 5 das crianças têm TDAH e 4 das crianças têm ambas as condições Pastor e Reuben 2008 Distúrbios de aprendizagem Nelson Rockefeller exvicepresidente dos Estados Unidos foi uma das muitas pessoas célebres com dislexia um transtorno do desenvolvimento da linguagem no qual a aquisição da leitura é substancialmente abaixo do nível previsto pelo QI ou pela idade Outras pessoas famosas que relataram ter dislexia incluem os atores Tom Cruise Whoopi Goldberg e Cher o jogador de beisebol Nolan Ruyan o apresentador de televisão Jay Leno e o cineasta Steven Spielberg A dislexia é a disfunção mais comumente diagnosticada entre os que apresentam distúrbios de aprendizagem DAs Esses transtornos interferem em aspectos específicos do desempenho escolar como a escuta a fala a leitura a escrita ou a matemática resultando em desempenho substancial mente mais baixo que o esperado considerandose a idade a inteligência e o nível de instrução da criança As dificuldades em matemática por exemplo incluem dificuldade em contar comparar números calcular e recordar fatos básicos da aritmética Cada uma delas pode envolver diferentes dificuldades Uma porcentagem cada vez maior de crianças norteamericanas 97 em 2003 apre sentam DAs em algum momento em sua carreira escolar Altarac e Saroha 2007 5 são assistidas por programas federais de assistência National Center for Learning Disabilities 2004b As crianças com DAs muitas vezes têm inteligência média e acima da média visão e audição nor mais mas parecem ter problemas no processamento de informação Embora as causas sejam incertas um fator é genético Uma revisão da pesquisa genética quantitativa concluiu que os principais genes responsáveis pela alta hereditariedade dos DAs mais comuns prejuízo de linguagem deficiência de leitura e deficiência matemática também são responsáveis por variações normais nas capacidades de aprendizagem e que os genes que afetam um tipo de deficiência também têm a probabilidade de afetar outros tipos Entretanto genes específicos a determinados distúrbios de aprendizagem também foram identificados Plomin e Kovas 2005 Os fatores ambientais podem incluir complicações de gravidez ou parto lesões após o nascimento privações nutricionais e exposição a chumbo National Center for Learning Disabilities 2004b deficiência intelectual Função cognitiva significativamente abaixo do normal Também chamada de retardo mental dislexia Transtorno do desenvolvimento no qual a aquisição da leitura é substan cialmente mais baixa do que o previsto pelo QI ou pela idade distúrbios de aprendizagem DAs Transtornos que interferem em aspec tos específicos da aprendizagem e do desempenho escolar Papalia09indd 346 Papalia09indd 346 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 347 As crianças com DAs tendem a ser menos focadas nos objetivos de suas tarefas e a se distrair mais do que as outras crianças são mais desorganizadas como aprendizes e usam menos as estratégias de memorização Naturalmente nem todas as crianças que apresentam dificuldades em leitura ou em aritmética ou em outras matérias específicas da escola têm distúrbios de aprendizagem Algumas des sas não foram devidamente ensinadas são ansiosas têm dificuldade em ouvir ou ler instruções não estão motivadas não têm interesse no assunto ou têm um pequeno atraso no desenvolvimento que pode desaparecer posteriormente Geary 1993 Ginsburg 1997 Roush 1995 Aproximadamente 4 de cada 5 crianças que têm DAs foram identificadas como disléxicas A dis lexia é um problema crônico de saúde que persiste e tende a se manifestar na família SE Shaywitz 1998 2003 Atrapalha o desenvolvimento tanto da linguagem oral quanto da escrita e pode acarretar problemas em escrever soletrar de gramática e em compreender tanto a fala quanto a leitura Natio nal Center for Learning Disabilities 2004a A dificuldade de leitura é mais frequente em meninos do que em meninas Rutter et al 2004 Embora leitura e inteligência estejam relacionadas em crianças sem dislexia elas não estão ligadas desta forma para crianças com dislexia Em outras palavras a dis lexia não é uma questão de inteligência Ferrer et al 2010 Estudos de imageamento cerebral revelaram que a dislexia devese a um defeito neurológico que perturba o reconhecimento dos sons da fala Shaywitz Mody e Shaywitz 2006 Diversos genes identificados contribuem para esta interrupção Kere et al 2005 Meng et al 2005 Muitas crianças e até adultos com dislexia podem aprender a ler por meio de um treinamento fonoaudiológico sistemático mas o processo não se torna automático como no caso dos outros leitores Eden et al 2004 S E Shaywitz 1998 2003 Transtorno de déficit de atençãohiperatividade TDAH O transtorno de déficit de aten çãohiperatividade TDAH tem sido considerado o transtorno mental mais comum na infância Wolraich et al 2005 Ele é uma condição crônica geralmente caracterizada por desatenção persis tente tendência à distração impulsividade pouca tolerância à frustração e uma intensa atividade no momento e no lugar errados por exemplo na sala de aula Entre as pessoas famosas que relataram ter tido TDAH estão o músico John Lennon o senador norteamericano Robert Kennedy e os atores Robin Williams e Jim Carrey Estimase que o TDAH possa afetar de 2 a 11 das crianças em idade escolar no mundo todo Zametkin e Ernst 1999 Em 2006 aproximadamente 25 milhões de crianças nos Estados Unidos foram diagnosticadas com TDAH uma taxa de aproximadamente 47 Embora a taxa de diagnóstico de DAs tenha permanecido relati vamente constante a taxa de TDAH aumen tou cerca de 3 por ano entre 1997 e 2006 Pastor e Reuben 2008 Figura 93 O TDAH tem dois tipos diferentes de sin tomas que por vezes se sobrepõem tornando o diagnóstico impreciso Algumas crianças são desatentas mas não hiperativas outras mos tram o padrão contrário USDHHS 1999b Visto que essas características aparecem em algum grau em todas as crianças alguns pro fissionais questionam se o TDAH é realmente um transtorno neurológico ou psicológico dis tinto Bjorklund e Pellegrini 2002 Furman 2005 Entretanto a maioria dos especialistas concorda que há motivo para preocupação quando os sintomas são tão graves a ponto de interferir no desempenho da criança na escola e na vida diária AAP Committee on Children with Disabilities and Committee on Drugs 1996 Barkley 1998 USDHHS 1999b Estudos de imageamento revelam que os cérebros de crianças com TDAH crescem em Pessoas com dislexia frequentemente não desenvolvem a consciência fonológica e têm dificuldade em dividir os sons da fala em suas partes constituintes Se você não pode ouvir que a palavra céu é composta de três fonemas distintos então a leitura definitivamente será um desafio Shaywitz et al 2006 transtorno de déficit de atenção hiperatividade TDAH Síndrome caracterizada por desatenção e distração persistentes impulsividade baixa tolerância à frustração e atividade excessiva inoportuna 4 2 0 6 8 10 12 14 Ano 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Porcentagem Todos os diagnósticos de DA Todos os diagnósticos de TDAH Todos os diagnósticos de TDAH incluem TDAH com e sem DA Todos os diagnósticos de DA incluem DA com e sem TDAH FIGURA 93 O diagnóstico de distúrbios de aprendizagem tem permanecido constante mas o diagnóstico de TDAH aumentou durante a década de 1997 a 2006 Fonte CDCNCHS National Health Interview Surveys 19972006 Papalia09indd 347 Papalia09indd 347 010213 0918 010213 0918 348 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman um padrão normal com diferentes áreas passando por um processo de espessamento e afinamento em diferentes momentos mas o processo é atrasado em aproximadamente três anos em certas regiões do cérebro particularmente no córtex frontal Essas regiões permitem que uma pessoa controle o movimento suprima pensamentos e ações inadequados e trabalhe por recompensas todas funções que são frequentemente perturbadas em crianças com TDAH O córtex motor é a única área que ama durece mais rápido que o normal e esta incompatibilidade pode explicar a inquietação e a agitação características do transtorno P Shaw et al 2007 O TDAH parece ter uma base genética substancial com o fator de hereditariedade próximo de 80 Acosta ArcosBurgos e Muenke 2004 Barkley 1998 Elia Ambrosini e Rapoport 1999 USDHHS 1999b Zametkin e Ernst 1999 Em um dos maiores estudos genéticos de TDAH mais de 600 mil marcadores genéticos foram examinados Os resultados indicaram que muitos genes es tão envolvidos no TDAH cada um contribuindo com algum efeito pequeno Neale et al 2008 Outro grupo de pesquisadores identificou uma variação de um gene para dopamina uma substância química cerebral essencial para a atenção e a cognição cujos níveis baixos parecem estar associados com TDAH Shaw et al 2007 Volkow et al 2007 As complicações do parto também podem de sempenhar um papel no TDAH Prematuridade possível uso de álcool ou tabaco por parte da mãe e privação de oxigênio Barkley 1998 Thapar et al 2003 USDHHS 1999b Woodruff et al 2004 foram todos associados com TDAH As crianças com TDAH têm maior probabilidade de apresentar comportamento antissocial precoce se tiveram baixo peso ao nascimento e de ter uma variante de um gene chamado COMT Thapar et al 2005 Crianças com TDAH tendem a esquecer as responsabilidades a falar alto em vez de dar a si mes mas orientações silenciosas a ficar frustradas ou irritadas facilmente e a desistir quando não conse guem encontrar a solução para um proble ma Pais e professores têm de ser capazes de ajudar estas crianças reduzindo grandes en cargos a pequenas tarefas fornecendo instru ções frequentes sobre regras e tempo e dan dolhes recompensas frequentes e imediatas por pequenas realizações Barkley 1998 Muitas vezes o TDAH é controlado com medicamentos às vezes combinado com sessões de terapia comportamental aconselhamento treinamento em habilidades sociais e participação em classes especiais Em um es tudo randomizado de 14 meses de 579 crianças com TDAH um programa de tratamento cuidado samente monitorado com Ritalina sozinha ou em combinação com modificações comportamentais foi mais efetivo do que somente a terapia comportamental ou os cuidados padrões da comunidade MTA Cooperative Group 1999 Entretanto os maiores benefícios do programa diminuíram duran te o acompanhamento de 10 meses MTA Cooperative Group 2004a Um efeito colateral do tratamento combinado foi o crescimento mais lento em altura e peso MTA Cooperative Group 2004b Além disso os efeitos de longo prazo da Rita lina são desconhecidos Wolraich et al 2005 Educando crianças com necessidades especiais Em 20062007 cerca de 9 dos estudantes das escolas públicas nos Estados Unidos estavam recebendo serviços de educação especiais sob a proteção da Lei de Educação de Indivíduos com Necessidades Especiais Individuals with Disabilities Education Act que assegura instrução gratuita e apropriada em escolas públicas a crianças com necessidades especiais A maioria des sas crianças tinha distúrbios de aprendizagem ou prejuízos de fala ou linguagem NCES 2009c Um programa individuali zado deve ser criado para cada criança com o envolvimento dos pais As crianças devem ser educadas no ambiente menos restritivo adequado às suas necessidades o que significa sempre que possível a sala de aula regular Os efeitos dos tratamentos no longo prazo para o TDAH à base de medicamentos são desconhecidos mas não tratar quando há a condição também acarreta riscos O que você faria se tivesse um filho com TDAH verificador você é capaz de Discutir as causas tratamen tos e prognósticos para três condições que interferem na aprendizagem Esta menina surda estuda em uma classe com crianças que escutam com o auxílio de uma professora especial que se comunica com ela por linguagem de sinais Papalia09indd 348 Papalia09indd 348 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 349 Muitos desses estudantes podem se beneficiar de programas de inclusão nos quais são integra dos em salas de aulas para crianças sem dificuldades durante parte do dia ou no período integral Em 2005 52 dos estudantes com necessidades especiais passaram pelo menos 80 do seu tempo em salas de aula regulares NCES 2007b CRIANÇAS SUPERDOTADAS O critério tradicional de superdotação é a inteligência geral alta demonstrada por uma pontuação de QI igual ou maior que 130 Esta definição tende a excluir crianças altamente criativas cujas respostas fora do comum diminuem sua pontuação nos testes crianças provenientes de grupos minoritários cujas habilidades podem não estar bem desenvolvidas embora existam em potencial e crianças com aptidões específicas que podem ser avaliadas como medianas ou mesmo mostrar problemas de aprendizagem em outras áreas Por consequência a maior parte das escolas estaduais ou municipais adotou a definição mais ampla na Lei de Educação Fundamental e Secundária dos EUA US Elementary and Secondary Edu cation Act que inclui crianças que apresentam alta capacidade ou habilidade intelectual criativa artística ou de liderança em campos acadêmicos específicos e que necessitam de serviços e atividades educacionais especiais a fim de desenvolver totalmente aquelas capacidades Muitos distritos escolares usam agora critérios múltiplos de admissão aos programas para superdotados que incluem resulta dos em testes de desempenho desempenho em sala de aula produção criativa indicação de pais e professores e entrevistas com os alunos mas o QI permanece como fator importante e muitas vezes determinante Estimase que 6 da população de estudantes é considerada superdotada National Association for Gifted Children NAGC sd O que há de especial nas crianças superdotadas Os psicólogos que estudam as vidas de em preendedores extraordinários verificaram que altos níveis de desempenho requerem forte motivação intrínseca e anos de treinamento rigoroso Bloom 1985 Csikszentmihalyi 1996 Gardner 1993 Gruber 1981 Keegan 1996 Entretanto motivação e treinamento não produzirão superdotação a menos que uma criança seja dotada de uma habilidade incomum Winner 2000 Inversamente crianças com dotes inatos provavelmente apresentam desempenho excepcional sem motivação e es forço Achter e Lubinski 2003 As crianças superdotadas tendem a crescer em ambientes familiares enriquecidos com muita estimu lação intelectual ou artística Seus pais reconhecem e com frequência dedicamse a alimentar os talentos das crianças mas também dão a elas um grau incomum de independência Os pais de crianças superdo tadas normalmente têm altas expectativas e são eles próprios esforçados e empreendedores Mas embora a parentalidade possa aumentar o desenvolvimento de talentos ela não pode criálos Winner 2000 A pesquisa sugere que crianças superdotadas nascem com cérebros excepcionais que permitem a aprendizagem rápida em um determinado domínio Winner 2000 p 161 Por exemplo crianças com talentos matemáticos musicais e artísticos tendem a ter atividade excepcional no hemisfério direito enquanto realizam tarefas normalmente feitas pelo esquerdo Elas também têm maior probabi lidade de ser canhotas Winner 2000 Definindo e medindo a criatividade Uma definição de criatividade é a capacidade de ver as coisas sob um novo aspecto de produzir algo nunca visto antes ou de reconhecer problemas que outros não conseguem identificar e de encontrar soluções novas e fora do comum A alta criatividade e a alta inteligência acadêmica QI não andam necessariamente de mãos dadas Anastasi e Schaefer 1971 Getzels 1964 1984 Getzels e Jackson 1962 1963 J P Guilford 1956 1959 1960 1967 1986 identificou dois tipos de pensamento o convergente e o divergente O pensa mento convergente o tipo medido pelo QI busca uma única resposta correta o pensamento divergente gera uma ampla série de possibilidades novas Os Testes de Pensamento Criativo de Torrance Torrance 1966 1974 Torrance e Ball 1984 reque criatividade Capacidade de ver coisas de uma ma neira nova de produzir inovações ou de reconhecer problemas não identifi cados e encontrar soluções novas pensamento convergente Pensamento visando encontrar a res posta correta para um problema pensamento divergente Pensamento que produz uma va riedade de possibilidades novas e diferentes Uma possível razão para criatividade e desempenho acadêmico nem sempre estarem relacionados é que as características de personalidade relacionadas à criatividade geralmente são vistas negativamente pelos professores Westby e Dawson 1995 Papalia09indd 349 Papalia09indd 349 010213 0918 010213 0918 350 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman resumo e palavraschave DESENVOLVIMENTO FÍSICO Aspectos do desenvolvimento físico Quais progressos no crescimento no desenvolvimento cerebral e no desenvolvimento motor ocorrem em crianças em idade escolar e quais são as suas necessidades nutricionais e de sono O desenvolvimento físico é menos rápido na terceira infância do que nos anos anteriores Existem grandes diferenças na altura e no peso A nutrição e o sono adequados são essenciais para o crescimento normal e para uma boa saúde Mudanças na estrutura e funcionamento cerebral susten tam os avanços cognitivos Devido ao progresso do desenvolvimento motor meni nos e meninas na terceira infância podem dedicarse a uma ampla variedade de atividades motoras As atividades informais ajudam a desenvolver as habili dades físicas e sociais Os jogos dos meninos tendem a ser mais físicos os da meninas mais verbais Dez por cento das brincadeiras das crianças em idade escolar sobretudo dos meninos são impetuosas Muitas crianças sobretudo os meninos dedicamse a esportes organizados e competitivos brincadeiras impetuosas 319 indicad r rem o pensamento divergente eles incluem tarefas como listar usos incomuns para clipes de papel completar uma figura e escrever o que um som traz à mente Um problema com esses testes é que a pontuação depende em parte da velocidade que não é um indicador de criatividade Além disso embora os testes produzam resultados bastante confiáveis há discordâncias sobre a sua validade se são capazes de identificar crianças criativas em suas atividades diárias Simonton 1990 Educando crianças superdotadas Os programas para crianças superdotadas geralmente enfati zam o enriquecimento ou a aceleração Os programas de enriquecimento aprofundam o conheci mento e as habilidades por meio de atividades extraescolares projetos de pesquisa estudos de campo ou treinamento com a ajuda de especialistas Os programas de aceleração às vezes recomendados para crianças altamente dotadas aceleram sua educação pelo ingresso precoce na escola pulando até anos escolares pela participação em classes mais adiantadas ou em cursos avançados Outras opções incluem o agrupamento por habilidade dentro da sala de aula que demonstrou ajudar as crianças academicamente e não prejudicálas socialmente Winner 2000 matrícula dupla por exemplo um estudante da 8 a série tendo aulas de álgebra em uma classe de ensino médio em outra escola e esco las especializadas para superdotados Uma aceleração moderada não parece prejudicar o ajustamento social pelo menos no longo prazo Winner 1997 Um estudo de 30 anos com 3937 jovens que foram colocados em cursos avançados no ensino médio revelou que eles estavam mais satisfeitos com sua experiência escolar e em última análise realizaram mais do que os jovens igualmente superdotados que não foram colocados em cursos avançados BleskeRechek Lubinski e Benbow 2004 Não há uma linha divisória distinta entre ser superdotado e não ser superdotado ser criativo ou não ser criativo Todas as crianças são beneficiadas se forem encorajadas em suas áreas de interesse e habilidades O que aprendemos sobre as inteligências e a criatividade promissoras dos jovens mais dotados pode ajudar todas as crianças a estimular suas potencialidades O grau em que conseguem fazer isso vai influenciar o conceito que têm de si mesmos e em outros aspectos da personalidade como discutiremos no Capítulo 10 programas de enriquecimento Programas para educação de super dotados que ampliam e aprofundam o conhecimento e as habilidades por meio de atividades extras projetos estudos de campo ou tutoria programas de aceleração Programas para educação de superdo tados que os fazem avançar no currículo em um ritmo excepcionalmente rápido verificador você é capaz de Dizer como crianças superdo tadas são identificadas Explicar por que a criatividade é difícil de medir Comparar duas abordagens à educação de crianças super dotadas Papalia09indd 350 Papalia09indd 350 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 351 Saúde condição física e segurança Quais são as principais preocupações com a saúde e com o condicionamento físico para crianças em idade escolar e o que pode ser feito para tornar esses anos mais saudáveis e seguros A terceira infância é um período da vida relativamente saudável a maior parte das crianças está imunizada contra a maioria das doenças e a taxa de mortalidade é a mais baixa em relação ao resto da vida O excesso de peso que está aumentando entre as crian ças acarreta múltiplos riscos É influenciado por fatores genéticos e ambientais sendo mais fácil evitálo do que tratálo Muitas crianças não fazem exercício físico suficiente A hipertensão tem ocorrido com mais frequência à medi da que aumenta a incidência de excesso de peso Nesta idade são comuns as infecções respiratórias e outras doenças agudas Doenças crônicas como a asma são mais comuns entre crianças pobres ou pertencentes a grupos minoritários O diabetes é uma das doenças crônicas mais comuns da infância Os acidentes são a principal causa de morte na terceira infância Os ferimentos podem ser muito reduzidos pelo uso de capacetes e outros dispositivos de proteção assim como pela eliminação do uso de brinquedos e da prática de esportes perigosos imagem corporal 320 hipertensão 322 doenças agudas 322 doenças crônicas 322 asma 323 diabetes 323 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Abordagem piagetiana a criança operatóriaconcreta De que modo o pensamento e o raciocínio moral de crianças em idade escolar diferem dos de crianças menores Uma criança entre 7 e 12 anos está na fase operatória concreta As crianças são menos egocêntricas do que antes e mais competentes para tarefas que requerem raciocínio lógico como relações espaciais causalidade categorização raciocínios indutivo e dedutivo e conser vação Contudo o raciocínio é amplamente limitado ao aqui e ao agora O desenvolvimento neurológico a cultura e a escolarida de parecem contribuir para a taxa de desenvolvimento das habilidades piagetianas Segundo Piaget o desenvolvimento moral está ligado ao amadurecimento cognitivo e se desenvolve em três es tágios à medida que as crianças passam do pensamento rígido para o mais flexível operatórioconcreto 324 seriação 325 inferência transitiva 325 inclusão de classes 326 raciocínio indutivo 326 raciocínio dedutivo 326 Abordagem do processamento de informação planejamento atenção e memória Quais avanços na memória e em outras habilidades de processamento de informação ocorrem durante a terceira infância As habilidades executivas o tempo de reação a veloci dade de processamento a atenção seletiva a metame mória e o uso de estratégias mnemônicas melhoram durante os anos escolares função executiva 329 metamemória 330 estratégias mnemônicas 331 auxiliares de memória externos 331 retenção 331 organização 331 elaboração 331 indicad r indicad r indicad r Papalia09indd 351 Papalia09indd 351 010213 0918 010213 0918 352 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Abordagem psicométrica avaliação da inteligência Como a inteligência das crianças em idade escolar pode ser medida com exatidão Os testes de QI são bastante eficazes na previsão de sucesso escolar mas podem ser injustos para algumas crianças As diferenças de QI entre grupos étnicos parecem ter em grau elevado origem nas diferenças socioeconômi cas e ambientais A frequência escolar aumenta a inteligência medida As tentativas de conceber testes livres de aspectos cul turais ou que fossem culturalmente justos foram malsu cedidas Na realidade os testes de inteligência parecem estar inextricavelmente ligados à cultura Os testes de QI medem apenas três das inteligências da teoria das inteligências múltiplas de Gardner Segundo a teoria triárquica de Robert Sternberg os tes tes de QI medem sobretudo o elemento componencial da inteligência mas não os elementos experiencial e contextual Outras direções nos testes de inteligência incluem os Testes de Habilidades Triárquicas de Sternberg STAT a Bateria de Avaliação de Kaufman para Crianças KABCII e os testes dinâmicos baseados na Teoria de Vygotsky Escala de Inteligência Wechsler para Crianças WISCIV 322 Teste de Habilidade Escolar de OtisLennon OLSAT 8 322 viés cultural 335 testes livres de aspectos culturais 335 testes culturalmente justos 335 testes pertinentes à cultura 335 teoria das inteligências múltiplas de Gardner 336 teoria triárquica da inteligência 337 elemento componencial 337 elemento experiencial 337 elemento contextual 337 conhecimento tácito 337 Teste de Habilidades Triárquicas de Sternberg STAT 337 Bateria de Avaliação de Kaufman para Crianças KABCII 338 testes dinâmicos 338 Linguagem e alfabetização Como as habilidades de comunicação se expandem durante a terceira infância e como as crianças aprendem melhor uma segunda língua O uso do vocabulário da gramática e da sintaxe tornase progressivamente mais sofisticado mas a área linguística de maior crescimento é a pragmática Os métodos de ensino em uma segunda língua são con troversos Os problemas incluem velocidade e facilidade com a língua local realização de longo prazo nas maté rias acadêmicas e orgulho da identidade cultural Apesar da popularidade dos programas globais de en sino da linguagem o treinamento fonético precoce é essencial para a proficiência em leitura pragmática 339 abordagem de imersão na língua inglesa 340 educação bilíngue 340 bilíngue 340 aprendizagem simultânea bilíngue 340 decodificação 340 recuperação baseada na visualização 340 abordagem fonética com ênfase no código 340 abordagem da linguagem integral 340 metacognição 341 indicad r indicad r Papalia09indd 352 Papalia09indd 352 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 353 A criança na escola Como as crianças se adaptam à escola e o que influencia o desempenho escolar Visto que o que se aprende na escola é cumulativo a base construída nas primeiras séries é muito importante A autoconfiança das crianças afeta o seu desempenho escolar As meninas tendem a ter melhor aproveitamento na es cola do que os meninos Os pais influenciam a aprendizagem das crianças en volvendose nas atividades escolares motivandoas ao sucesso e transmitindolhes uma postura em relação à aprendizagem O nível socioeconômico pode influenciar a confiança e as práticas dos pais que por seu turno in fluenciam seu desempenho A aceitação pelos pares e o tamanho da classe afetam a aprendizagem As questões e inovações educacionais atuais incluem promoção social escolas cooperativadas ensino em casa e o domínio da informática capital social 343 Educando crianças com necessidades especiais Como as escolas atendem à necessidades especiais das crianças Três fontes frequentes de problemas de aprendizagem são a deficiência intelectual os distúrbios de aprendiza gem DAs e o transtorno de déficit de atençãohiperati vidade TDAH A dislexia é o distúrbio de aprendizagem mais comum Nos Estados Unidos todas as crianças com distúrbios de aprendizagem têm direito à educação gratuita e apro priada As crianças devem ser educadas no ambiente menos restritivo possível com frequência em salas de aula regulares Um QI de 130 ou superior é um padrão comum para a identificação de crianças superdotadas A criatividade e o QI não estão intimamente ligados Os testes de criatividade buscam medir o pensamento di vergente contudo a sua validade tem sido questionada Os programas de educação especial para crianças super dotadas enfatizam o enriquecimento ou a aceleração deficiência intelectual 346 dislexia 346 distúrbios de aprendizagem DAs 346 transtorno de déficit de atençãohiperatividade TDAH 347 criatividade 349 pensamento convergente 349 pensamento divergente 349 programas de enriquecimento 350 programas de aceleração 350 indicad r indicad r Papalia09indd 353 Papalia09indd 353 010213 0918 010213 0918 Capítulo 10 pontos principais Desenvolvimento da identidade A criança na família A criança no grupo de pares Saúde mental pontos principais você sabia que As crianças em famílias em que somente um pai está presente se saem melhor em testes de desempenho em países com políticas de apoio à família Há alguma diferença significativa no ajustamento entre crianças adotadas e não adotadas Os padrões de intimidação bullying e vitimização podem tornarse estabelecidos já no jardim de infância Neste capítulo veremos como as crianças desenvolvem um autoconceito mais realista Por meio da interação com seus pares elas fazem descobertas sobre suas próprias atitudes valores e habilidades Contudo o tipo de família em que uma criança vive e os relacionamentos dentro dela podem afetar profundamente o desenvolvimento psicossocial Examinaremos os diversos problemas mentais e as crianças resilientes que são capazes de emergir do estresse saudáveis e fortes você sabia Desenvolvimento Psicossocial na Terceira Infância Papalia10indd 354 Papalia10indd 354 010213 0918 010213 0918 Alguma vez você já se sentiu como se não fosse ninguém Apenas uma minúscula partícula de ar Quando todos estão à sua volta e você simplesmente não está ali Karen Crawford 9 anos Papalia10indd 355 Papalia10indd 355 010213 0918 010213 0918 356 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Desenvolvimento da identidade O crescimento cognitivo que ocorre durante a terceira infância permite à criança desenvolver concei tos mais complexos e ganhar compreensão e controle emocional DESENVOLVIMENTO DO AUTOCONCEITO SISTEMAS REPRESENTATIVOS Na escola estou ficando bem esperta em certas matérias Português e Estudos Sociais diz Lisa de 8 anos Tirei A nessas matérias no meu último boletim e fiquei toda orgulhosa Mas estou me sentindo bem burra em Matemática e Ciências principalmente quando vejo como as outras crianças estão indo bem Mas gosto de mim como pessoa porque Matemática e Ciências simplesmente não são impor tantes para mim Minha aparência e minha popularidade são mais importantes Harter 1996 p 208 Por volta dos 7 ou 8 anos as crianças alcançam o terceiro estágio do desenvolvimento do au toconceito introduzido no Capítulo 8 Nessa época os julgamentos sobre si mesmas tornamse mais conscientes realistas equilibrados e abrangentes à medida que as crianças formam os sistemas re presentativos autoconceitos amplos e inclusivos que integram vários aspectos da identidade Harter 1993 1996 1998 Vemos essas mudanças na autodescrição de Lisa Ela consegue agora focalizarse em mais de uma dimensão de si própria Ela superou a fase anterior da autodefinição de tudo ou nada preto ou branco Agora ela reconhece que pode ser inteligente em certas matérias e burra em outras Ela consegue verbalizar melhor seu autoconceito e avaliar os diferentes aspectos dele Ela pode comparar sua identidade real com sua identidade ideal e sabe julgar sua medida em certos padrões sociais em comparação com outros Todas essas mudanças contribuem para o desenvolvimento da autoestima sua avaliação de seu autovalor geral Eu ainda gosto de mim como pessoa AUTOESTIMA De acordo com Erikson 1982 um importante determinante da autoestima é a visão que a criança tem de sua capacidade para o trabalho produtivo Este quarto estágio do desenvolvimento psicossocial focalizase na produtividade versus inferioridade A terceira infância é o tempo em que as crian indicad r Como as crianças em idade escolar desenvolvem um autoconceito saudável e realista e como elas demonstram crescimento emocional sistemas representativos Na terminologia neopiagetiana o terceiro estágio no desenvolvimento da autodefinição caracterizado por tolerância equilíbrio e pela integração e avaliação de vários aspectos da identidade produtividade versus inferioridade Quarto estágio do desenvolvimento psicossocial de Erikson no qual a crian ça deve aprender as habilidades produ tivas que sua cultura requer ou então enfrentar sentimentos de inferioridade indicadores de estudo 1 Como as crianças em idade escolar desenvolvem um autoconceito saudável e realista e como elas demonstram crescimento emocional 2 Como os relacionamentos entre pais e filhos se transformam na terceira infância e como a atmosfera e a estrutura familiar influenciam o bemestar das crianças 3 Como se dá a mudança no relacionamento com os colegas na terceira infância e que influências afetam a popularidade e a escolha dos amigos 4 Quais são as formas mais comuns de comportamento agressivo na terceira infância e quais são as influências que contribuem para esse comportamento 5 Quais são os transtornos emocionais que podem se desenvolver na infância e como eles são tratados 6 Como o estresse da vida moderna afeta as crianças e por que algumas são mais resilientes que outras Papalia10indd 356 Papalia10indd 356 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 357 ças devem aprender habilidades valorizadas em sua sociedade Meninos arapesh na Nova Guiné aprendem a fazer arcos e flechas e a colocar armadilhas para ratos as meninas arapesh aprendem a plantar a semear e a colher Crianças inuit do Alasca aprendem a caçar e a pescar Crianças de países industrializados aprendem a ler a escrever a fazer contas e a usar computadores A virtude que acompanha a resolução bemsucedida desse estágio é a competência uma visão de si mesmo como capaz de dominar certas habilidades e realizar tarefas Se as crianças se sentem inadequadas comparadas com seus pares elas podem retrairse para o seio protetor da família Se por outro lado elas tornamse diligentes demais elas podem negligenciar as relações sociais e transformar se em viciadas em trabalho Os pais têm grande influência nas crenças de uma criança sobre competência Em um estudo longitudinal de 514 crianças norteamericanas de classe média as crenças dos pais sobre a compe tência de seus filhos em matemática e esportes estavam fortemente associadas às crenças dos filhos Fredricks e Eccles 2002 CRESCIMENTO EMOCIONAL E COMPORTAMENTO PRÓSOCIAL À medida que as crianças crescem elas tornamse mais conscientes de seus próprios sentimentos e dos sentimentos das outras pessoas Elas podem regular ou controlar melhor suas emoções e responder ao sofrimento emocional alheio Por volta dos 7 ou 8 anos as crianças têm consciência de que sentem vergonha e orgulho e têm uma ideia mais clara da diferença entre culpa e vergonha Harris et al 1987 Olthof et al 2000 Essas emoções afetam a opinião que elas têm de si próprias Harter 1993 1996 As crianças também sabem verbalizar emoções conflitantes Como diz Lisa A maioria dos meninos da escola é bem nojenta Eu não acho isso do meu irmãozinho Jason embora ele me irrite Eu gosto dele mas ao mesmo tempo ele faz coisas que me deixam furiosa Mas eu me controlo eu teria vergonha de mim mesma se não me contro lasse Harter 1996 p 208 Na terceira infância as crianças têm conhecimento das regras da sua cultura para expressão emocional aceitável Cole 2002 Elas aprendem o que as deixa com raiva com medo ou tristes e como as outras pessoas reagem à expressão dessas emoções e aprendem a comportarse de acordo com a situação Quando os pais respondem com desaprovação ou punição emoções como raiva e medo podem tornarse mais intensas e prejudicar o ajustamento social da criança Fabes et al 2001 ou ela poderá tornarse reservada ou ficar ansiosa em relação aos sentimentos negativos À medida que a criança se aproxima do início da adolescência a intolerância parental com as emoções negativas poderá intensificar o conflito entre pais e filhos Eisenberg et al 1999 Em torno dos 9 anos de idade as crianças norteamericanas brancas começam a autocensurar sua fala de modo a não mencionar a raça das outras na tentativa de parecer sem preconceitos Apfelbaum et al 2008 Hie leva gansos ao merca do desenvolvendo seu senso de competência e elevando sua autoestima Ao assumir responsabilidades de acordo com as capacidades do seu estágio de desenvolvimento ela também aprende como funciona sua sociedade viet namita qual é seu papel nela e o que significa fazer bem um trabalho Papalia10indd 357 Papalia10indd 357 010213 0918 010213 0918 358 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A autorregulação emocional envolve controle por esforço voluntário das emo ções da atenção e do comportamento As crianças com baixo controle voluntário tendem a tornarse visivelmente irritadas ou frustradas quando interrompidas ou im pedidas de fazer alguma coisa que querem fazer Crianças com alto controle voluntário podem conter o impulso de demonstrar emoção negativa em momentos inadequados O controle voluntário ou por esforço pode ser baseado no temperamento mas geralmente aumenta com a idade Baixo controle voluntário pode prever problemas de comportamento futuros Eisenberg et al 2004 As crianças tendem a tornarse mais empáticas e mais inclinadas a comportamento prósocial na terceira infância A empatia parece ser préprogramada nos cérebros de crianças normais Como acontece com os adultos a empatia foi associada com ativação préfrontal em crianças de 6 anos de idade Light et al 2009 Um estudo recente de atividade cerebral em crianças de 7 a 12 anos revelou que partes de seus cérebros eram ativadas quando elas viam figuras de pessoas sofrendo Decety et al 2009 Crianças com autoestima alta tendem a estar mais dispostas a oferecerse para ajudar os que são menos afortunados do que elas e o altruísmo por sua vez ajuda a elevar a autoestima Karafantis e Levy 2004 Crianças prósociais tendem a agir adequadamente em situações sociais a serem relativa mente livres de emoção negativa e a lidar com os problemas de forma construtiva Eisenberg Fabes e Murphy 1996 Pais que reconhecem os sentimentos de dor de seus filhos e os ajudam a focarse na solução da fonte do problema estimulam a empatia o desenvolvimento prósocial e as habilidades sociais Bryant 1987 Eisenberg et al 1996 A criança na família Crianças em idade escolar passam mais tempo fora de casa visitando e socializando com os colegas do que quando eram mais novas Elas também passam mais tempo na escola e envolvidas com os estudos e menos tempo nas refeições com a família do que as crianças de uma geração atrás Juster et al 2004 Contudo o lar e as pessoas que ali vivem continuam sendo uma parte importante da vida da maioria delas A pesquisa sugere que as refei ções em família estão relacionadas tanto di reta como indiretamente com a saúde e o bemestar das crianças conforme discutido no Quadro 101 Para entender a criança na família preci samos olhar para a família no ambiente sua atmosfera e estrutura Estas por sua vez são afetadas pelo que acontece além dos muros do lar Conforme prevê a teoria de Bronfenbrenner níveis mais amplos de influência incluindo o trabalho e o nível socioeconômico dos pais e tendências sociais como urbanização alteração no tamanho da família divórcio e novo casamento ajudam a formar o ambiente familiar e portanto o desenvolvimento da criança A cultura também define os ritmos da vida familiar e os papéis dos membros da família Muitas famílias afroamericanas por exemplo dão prosseguimento a tradições de família estendida que in cluem viver próximo ou com um parente um forte senso de obrigação familiar orgulho étnico e ajuda mútua Parke e Buriel 1998 As famílias latinas tendem a ressaltar o compromisso familiar o respeito por si mesmo e pelos outros e a educação moral Halgunseth Ispa e Rudy 2006 Quando olhamos para a criança na família então precisamos estar conscientes das forças externas que a afetam ATMOSFERA FAMILIAR As influências mais importantes do ambiente familiar no desenvolvimento das crianças vêm da atmosfera no lar Um fator de contribuição para a atmosfera familiar é se ela é sustentadora e verificador você é capaz de Discutir como o autoconceito se desenvolve na terceira in fância Descrever o quarto estágio de desenvolvimento psicossocial de Erikson Identificar diversos aspectos do desenvolvimento emocio nal na terceira infância indicad r Como os relacionamentos entre pais e filhos se transformam na terceira infância e como a atmosfera e a estrutura familiar influenciam o bemestar das crianças Recorde as interações genótipo ambiente ativas que discutimos no Capítulo 3 O que a independência cada vez maior das crianças pequenas sugere sobre a importância dessas correlações com a idade Em geral os adultos não são muito bons em perceber quando as crianças mentem Os adultos são capazes de identificar mentiras apenas ligeiramente melhor do que seria previsível pelo acaso A autorregulação especificamente a autodisciplina prediz mais o desempenho acadêmico do que o QI Duckworth e Seligman 2005 Papalia10indd 358 Papalia10indd 358 010213 0918 010213 0918 amorosa ou dominada por conflito Em um estudo de 226 famílias de etnias diversas com filhos em idade escolar Kaczynski et al 2006 o conflito conjugal estava consistentemente associado com parentalidade ineficaz e as crianças expostas a discórdia parental e parentalidade insatisfatória tendiam a apresentar altos níveis tanto de comportamentos internalizantes como ansiedade medo e depressão como de comportamentos externalizantes como agressividade brigas de sobediência e hostilidade Outro fator que contribui para a atmosfera familiar é como os pais lidam com a necessidade e a capacidade cada vez maior dos filhos em idade escolar de tomar suas próprias decisões Outro as pecto ainda é a situação econômica da família Como o trabalho dos pais afeta o bemestar dos filhos A família tem dinheiro suficiente para prover as necessidades das crianças Questões de parentalidade do controle para a corregulação No decorrer da infância o con trole do comportamento gradualmente passa dos pais para o filho Na terceira infância ocorre uma comportamentos internalizantes Comportamentos pelos quais proble mas emocionais são voltados para den tro da pessoa por exemplo ansiedade ou depressão comportamentos externalizantes Comportamentos pelos quais uma criança representa suas dificuldades emocionais por exemplo agressão e hostilidade pesquisa em ação PASSE O LEITE REFEIÇÕES FAMILIARES E O BEMESTAR DA CRIANÇA Não há outra atividade que as famílias compartilhem como um grupo mais do que as refeições diárias Em um levantamento 56 das famílias com filhos em idade escolar relataram fazer pelo menos uma refeição juntos seis a sete dias por semana National Center on Addiction and Substance Abuse 2006 E isso é muito bom para a saúde e o bemestar das crianças Essas reuniões que duram em média 20 minutos podem ter efeitos profundos sobre a saúde e o bemestar de uma criança Fiese e Schwartz 2008 Alguns dos efeitos positivos das refeições familiares incluem 1 Promoção do desenvolvimento da linguagem A frequên cia das refeições familiares foi associada com desenvolvi mento do vocabulário Beals e Snow 1994 habilidades literárias aumentadas Snow e Beals 2006 e realização acadêmica National Center on Addiction and Substance Abuse 2006 2 Risco reduzido de transtornos da alimentação e obesidade na infância Famílias que fazem as refeições juntas re gularmente promovem hábitos alimentares saudáveis e relatam menos transtornos da alimentação Neumark Sztainer et al 2007 e menos obesidade Gable Chung e Krull 2007 Elas consomem mais frutas e vegetais 3 Risco reduzido de abuso de substâncias Adolescentes que fazem as refeições regularmente com suas famílias têm menor probabilidade de fumar cigarro ou maconha e têm um risco reduzido para abuso de álcool National Center on Addiction and Substance Abuse 2006 4 Maior conscientização das tradições culturais A partici pação nas refeições familiares normalmente oferece às crianças oportunidades de aprenderem e de identifica remse com as tradições culturais Larson 2008 5 Menos problemas emocionais Os horários das refeições podem oferecer uma oportunidade para comunicação positiva entre pais e filhos Isso tipicamente cria um am biente onde as crianças apresentam menos comporta mento perigoso e têm menos problemas emocionais Larson 2008 Para aumentar a probabilidade desses desfechos positivos os pais precisam considerar o clima da experiência na hora das refeições Como a família interage onde as refeições são feitas e a presença da televisão durante a refeição influenciam forte mente a experiência desse momento O clima pode apoiar ou desencorajar a saúde e o bemestar Refeições que são bem or ganizadas e onde os pais são responsivos aos filhos foram asso ciadas com mais efeitos positivos Fiese e Schwartz 2008 qual a sua opinião De que formas as famílias ocupadas po dem encaixar as refeições em grupo em seus horários 101 o Papalia10indd 359 Papalia10indd 359 010213 0918 010213 0918 360 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman fase de transição a corregulação quando pais e filhos dividem o poder Os pais exercem supervisão mas os filhos gozam de autorre gulação a cada momento Maccoby 1984 Em relação aos proble mas entre as próprias crianças por exemplo os pais agora recorrem menos à intervenção direta e mais a conversas com os filhos Parke e Buriel 1998 As crianças estão mais aptas a seguir os desejos dos pais quando reconhecem que eles são justos e se preocupam com o bemestar delas e que podem saber mais em razão da experiência Será útil se os pais tentarem reconhecer o julgamento dos filhos e assumir posições mais inflexíveis somente em questões importantes Maccoby 1984 A passagem para a corregulação afeta o modo como os pais lidam com a disciplina Maccoby 1984 Roberts Block e Block 1984 Pais de crianças em idade escolar estão mais propensos a usar técnicas indutivas Como o pai de Jared 8 anos que mostra ao filho como suas ações afetam os outros Se você bater no Jermaine vai machucálo e ele vai se sentir mal Em outras situações os pais de Jared poderão apelar para sua autoestima O que aconteceu com aquele menino prestativo que estava aqui ontem ou va lores morais Um menino grande e forte como você deveria dar seu lugar para uma pessoa mais velha no ônibus Acima de tudo os pais de Jared deixam claro que ele deve arcar com as consequências de seu comportamento Não admira que hoje você tenha perdido o ônibus escolar você ficou acordado até tarde ontem à noite Agora terá que ir andando até a escola Os pais também modificam seu uso da disciplina física tal como a palmada à medida que as crianças crescem Geralmente o uso de castigo corporal está associado com desfechos negativos para as crianças Certamente há pais que nunca batem nos filhos entretanto mesmo para aqueles pais que usam o castigo físico o uso dessas técnicas tende a diminuir à medida que as crianças cres cem e sua capacidade de raciocinar aumenta Pais que continuam a usar a palmada como técnica disciplinar após os 10 anos de idade tendem a ter subsequentemente os piores relacionamentos com seus filhos na adolescência e a ter adolescentes com os piores problemas de comportamento Lansford et al 2009 A maneira como pais e filhos resolvem conflitos pode ser mais importante do que propriamente os resultados Se o conflito familiar for construtivo poderá ajudar a criança a ver a necessidade de regras e padrões Ela também aprende quais são os tipos de questões que valem a pena ser discutidas e quais estratégias podem ser eficazes A R Eisenberg 1996 Entretanto à medida que a criança entra na préadolescência e sua luta por autonomia tornase mais insistente a qualidade da resolução dos problemas familiares geralmente se deteriora Vuchinich Angelelli e Gatherum 1996 Aqui novamente as diferenças culturais podem ser importantes Em geral os pesquisadores veri ficam que em culturas que salientam a independência familiar e tendem a preferir a parentalidade au toritária como na Turquia Índia e América Latina este tipo de parentalidade não está associado com sentimentos maternos negativos ou autoestima baixa nas crianças Rudy e Grusec 2006 Os pais lati nos por exemplo tendem a exercer mais controle e a estabelecer mais regras para crianças em idade escolar do que os pais euroamericanos Halgunseth et al 2006 Entretanto dados recentes sugerem que a história pode ser um pouco mais complexa Por exemplo as crianças na China uma cultura cole tivista tendem a ser negativamente afetadas tanto quanto as crianças de um país individualista como os Estados Unidos Pomerantz e Wang 2009 E em um estudo meninas afroamericanas e latinas mos travam mais respeito pela autoridade dos pais do que as meninas euroamericanas Entretanto quando uma minoria entre as meninas mostrava pouco respeito as mães latinas e afroamericanas relatavam discussões mais intensas do que as mães euroamericanas Dixon Graber e BrooksGunn 2008 Efeitos do trabalho dos pais A maioria dos estudos sobre o impacto do trabalho dos pais no bemestar dos filhos concentrouse em mães empregadas De um modo geral quanto mais satisfeita a mãe está com o status de seu emprego maior a probabilidade de sua eficácia como mãe Entre tanto o impacto do trabalho de uma mãe depende de muitos outros fatores que incluem idade corregulação Estágio de transição no controle do comportamento quando os pais exercem uma supervisão geral e os filhos exercem a autorregulação a cada momento verificador você é capaz de Descrever como funciona a corregulação e como a disci plina e o trato dos conflitos de família mudam durante a terceira infância Embora as crianças em idade escolar passem menos tempo em casa os pais continuam sendo importantes na vida delas Pais que gostam de estar com seus filhos tendem a criar filhos que se sentem bem consigo mesmos e com os pais Papalia10indd 360 Papalia10indd 360 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 361 sexo temperamento e personalidade da criança se a mãe trabalha em período integral ou meio turno porque ela está trabalhando se o parceiro lhe dá apoio ou não o nível socioeconômico da família o tipo de cuidados que a criança recebe antes eou depois da escola Parke e Buriel 1998 Frequentemente uma mãe solteira precisa trabalhar para evitar o desastre econômico A maneira como o seu trabalho afeta os filhos pode depender de quanto tempo e energia ela reserva para gastar com eles e que tipo de modelo ela é A qualidade do acompanhamento dos filhos pode ser mais importante do que o fato de a mãe trabalhar fora Crouter et al 1990 Se possível o trabalho de meio turno pode ser preferível ao período integral Em uma análise de 68 estudos as crianças se saíam ligeiramente melhores na escola se as mães trabalhavam apenas meio turno Goldberg et al 2008 Em 2009 66 das mães norteamericanas trabalhavam fora em período integral ou em meio período Parker 2009b Isto exige o uso frequente de creches geralmente um programa oferecido por escolas ou outros centros Alguns filhos de mulheres que trabalham fora especialmente as crian ças menores são supervisionados por parentes Muitas crianças recebem diversos tipos de cuidados fora da escola Carver e Iruka 2006 Assim como as boas creches para crianças em idade préescolar os bons programas após a escola têm um número de matrículas relativamente baixo uma relação criançafuncionário baixa e funcioná rios bem treinados As crianças especialmente os meninos em programas pósescolares organizados com programação flexível e um clima emocional positivo tendem a se adaptar melhor e a ter melhor desempenho na escola Pierce Hamm e Vandell 1999 Posner e Vandell 1999 Uma minoria de crianças em idade escolar e no início da adolescência cuidam de si mesmos regularmente em casa sem a supervisão de um adulto Hofferth e Jankuniene 2000 NICHD Early Childhood Research Network 2004a Esse esquema é aconselhável apenas para crianças mais ve lhas maduras responsáveis e desembaraçadas e que sabem como obter ajuda numa emergência e mesmo assim somente se tiverem contato por telefone com pelo menos um dos pais Pobreza e parentalidade Em 2009 20 das crianças norteamericanas até 17 anos incluindo 35 de crianças negras e 33 de crianças hispânicas viviam na pobreza As crianças que viviam apenas com a mãe tinham 4 vezes maior probabilidade de serem pobres do que crianças que viviam com ambos os pais 44 comparado com 11 Child Trends 2010a As crianças pobres são mais propensas do que outras crianças a ter problemas emocionais ou comportamentais e seu potencial cognitivo e desempenho escolar sofrem ainda mais BrooksGunn Britto e Brady 1998 BrooksGunn e Duncan 1997 Duncan e BrooksGunn 1997 McLoyd 1998 A pobreza pode prejudicar o desenvolvimento da criança por meio de seu impacto sobre o estado emocional dos pais e a parentalidade bem como sobre o ambiente doméstico A análise de Vonnie McLoyd 1990 1998 Mistry et al 2002 sobre os efeitos da pobreza traça um caminho que leva ao sofrimento psicológico na idade adulta a efeitos sobre a educação da criança e finalmente a problemas comportamentais e escolares Pais que vivem na pobreza estão propensos a se tornar ansiosos deprimidos e irritáveis e portanto podem ser menos afetuosos com os filhos e menos responsivos Eles podem aplicar uma disciplina inconsistente severa e arbitrária Os filhos tendem também a se tornar deprimidos a ter dificuldade em se relacionar com os colegas a não ter autoconfiança a desenvolver problemas comportamentais e escolares e a se envolver em atos antis sociais BrooksGunn et al 1998 Evans 2004 Evans e English 2002 J M Fields e Smith 1998 McLoyd 1990 1998 Mistry et al 2002 Felizmente este padrão não é inevitável A parentalidade eficaz pode amortecer os efeitos da po breza sobre as crianças Intervenções familiares que reduzam o conflito e a raiva e aumentem a coesão e o afeto são especialmente benéficas Repetti Taylor e Seeman 2002 Pais que podem recorrer aos parentes ou aos recursos da comunidade em busca de apoio emocional ajuda para cuidar dos filhos e informação sobre educação dos filhos frequentemente conseguem criálos com mais eficácia Um estudo longitudinal de quatro anos com 152 famílias afroamericanas comandadas por mães solteiras na Georgia encontrou um padrão oposto àquele descrito por McLoyd Mães que apesar da tensão eco nômica eram emocionalmente saudáveis e tinham uma autoestima relativamente elevada tendiam a ter filhos competentes na escola e sociáveis que reforçavam a parentalidade positiva dada pela mãe e isso por sua vez servia de apoio para dar continuidade ao sucesso escolar dos filhos e ao comporta mento socialmente desejável Brody et al 2004 Se as finanças permitirem deveria um dos pais ficar em casa para tomar conta dos filhos verificador você é capaz de Identificar como o trabalho dos pais pode afetar os filhos Discutir os efeitos da pobreza sobre a parentalidade Papalia10indd 361 Papalia10indd 361 010213 0918 010213 0918 362 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman ESTRUTURA FAMILIAR A estrutura familiar nos Estados Unidos mudou consideravelmente Nas gerações mais antigas a imensa maioria das crianças crescia em famílias com dois pais casados Hoje embora cerca de 2 em cada 3 crianças com menos de 18 anos vivam com dois pais biológicos ou adotivos casados ou com um padrastomadrasta essa proporção representa um considerável declínio de 77 em 1980 para 70 em 2008 Federal Interagency Fo rum on Family and Child Statistics 2009 Figura 101 Cerca de 10 de famílias com dois pais são segundas famílias resultantes de divórcio e de um novo casamento e quase 4 são famílias coabitantes Kreider e Fields 2005 Outros tipos de famílias cada vez mais comuns são as de gays e lésbicas e famílias comandadas por avós discutidas no Capítulo 16 Não obstante os filhos tendem a se dar melhor em famílias com dois pais em um casamento contínuo do que em famílias coabitantes de pais divorciados de pais solteiros ou em segundas famílias ou quando a crian ça nasce fora do casamento S L Brown 2004 A diferença é ainda mais forte para crianças que crescem com dois pais casados e felizes Essas crianças tendem a experimentar um padrão de convivência mais alto pa rentalidade mais efetiva mais cooperação entre os pais relacionamento mais íntimo com ambos os pais especialmente o pai e menos eventos estressantes Amato 2005 Entretanto o relacionamento dos pais a qua lidade da parentalidade e sua capacidade de criar uma atmosfera familiar favorável podem afetar o ajustamento das crianças mais do que seu estado civil Amato 2005 Bray e Hetherington 1993 Bronstein et al 1993 D A Dawson 1991 A instabilidade familiar pode ser mais prejudicial para as crianças do que o tipo particular de família em que vivem Em um estudo de uma amostra nacionalmente representativa de crianças de 5 a 14 anos aquelas que passaram por várias transições familiares pex mudanças de residên cia divórcio dos pais eram mais propensas a ter problemas de comporta mento e a envolverse em comportamento delinquente do que crianças em famílias estáveis Fomby e Cherlin 2007 O envolvimento frequente e positivo dos pais com seu filho está diretamente relacionado ao bemestar e ao desenvolvimento físico cognitivo e social da criança Cabrera et al 2000 Kelley et al 1998 Shannon et al 2002 Infelizmente 26 das crianças norteamericanas vive em famílias sem um pai Além disso em um estudo cerca de 13 nunca conheceram seus pais NCES 2005a O divórcio dos pais Os Estados Unidos têm uma das mais altas taxas de divórcio do mundo O número anual de divórcios triplicou desde 1960 Harvey e Pawels 1999 mas a taxa de divórcio tem permanecido estável em torno de apenas 35 por cento por 1000 Munson e Sutton 2004 Tejada Vera e Sutton 2009 A cada ano mais de 1 milhão de crianças estão envolvidas em divórcios Harvey e Pauwels 1999 Adaptandose ao divórcio O divórcio é estressante para os filhos Primeiro é o estresse do conflito conjugal e então o da separação dos pais com a partida de um dos genitores geralmente o pai As crianças podem não entender totalmente o que está acontecendo É claro que o divórcio também é es tressante para os pais e pode afetar negativamente a educação dos filhos O padrão de vida da família provavelmente vai cair e se o pai ou a mãe for embora o relacionamento com aquele que não terá a custódia da criança poderá se deteriorar Kelly e Emery 2003 Um novo casamento de um dos pais ou um segundo divórcio após o segundo casamento poderá aumentar o estresse da criança reforçando os sentimentos de perda Ahrons e Tanner 2003 Amato 2003 Os problemas emocionais e comportamentais da criança também podem refletir o nível de con flito parental antes do divórcio Amato 2005 Em um estudo longitudinal de quase 11 mil crianças canadenses aquelas cujos pais mais tarde se divorciaram apresentavam mais ansiedade depressão ou comportamento antissocial do que aquelas cujos pais permaneceram casados Strohschein 2005 Se a 852 108 11 29 725 28 31 216 767 37 180 17 700 40 220 40 1970 1990 1980 2008 Porcentagem de crianças Nenhum dos pais na família Pai sem a mãe Mãe sem o pai Os dois pais FIGURA 101 Arranjos de moradia de crianças com menos de 18 anos de 1970 a 2008 A maioria das crianças com menos de 18 anos nos Esta dos Unidos vive com os dois pais mas a prevalência desse tipo de família tem diminuído Fonte US Census Bureau 2009d Papalia10indd 362 Papalia10indd 362 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 363 discórdia parental que antecede o divórcio é crônica explícita ou destrutiva as crianças podem sentir se bem ou melhor após o divórcio Amato 2003 2005 Amato e Booth 1997 A adaptação de uma criança ao divórcio depende em parte da idade da maturidade do gênero do temperamento e da adaptação psicossocial da criança antes dele Acima de tudo crianças cujos pais se divorciam têm um risco mais alto para desfechos negativos entretanto a maioria dessas crianças apresenta boa adaptação Crianças que são muito pequenas quando seus pais se divorciam tendem a sofrer de mais problemas comportamentais Em contrapartida crianças mais velhas têm um risco mais alto em relação a desfechos acadêmicos e sociais Lansford 2009 Embora pesquisas anteriores tenham sugerido que os meninos tinham um risco mais alto que as meninas pex Amato 2005 da dos atuais sugerem que a relação entre gênero e desfechos negativos é menos clara sem desvantagem aparente identificada para os meninos Lansford 2009 O que é claro entretanto é que as crianças que mostravam ajustamento insatisfatório antes do divórcio dos pais geralmente se saem pior a longo prazo Lansford 2009 Custódia visitação e coparentalidade Os filhos ficarão melhores após o divórcio se o genitor da custódia for afetuoso apoiador democrático monitorar suas atividades mantiver expectativas apro priadas à idade da criança se o conflito entre os pais diminuir e se o genitor não residente mantiver contato próximo e envolvimento com o filho Ahrons e Tanner 2003 Kelly e Emery 2003 Na maioria dos divórcios a mãe é quem obtém a custódia embora a custódia paterna seja uma tendência em crescimento Crianças que vivem com mães divorciadas ajustamse melhor quando o pai sustenta o filho o que pode constituir uma medida do vínculo entre pai e filho e também de co operação entre os excônjuges Amato e Gilbreth 1999 Kelly e Emery 2003 Muitos filhos de pais divorciados dizem que perder o contato com um pai é um dos resultados mais dolorosos do divórcio Fabricius 2003 Entretanto a frequência do contato com o pai não é tão importante quanto a qua lidade do relacionamento entre pai e filho e o nível de conflito parental Crianças que estão próximas do pai não residente e cujo pai é democrático tendem a ter um melhor desempenho na escola e a apresentar menos problemas de comportamento Amato e Gilbreth 1999 Kelly e Emery 2003 Em uma amostra nacional de 354 famílias de pais divorciados a coparentalidade cooperativa consulta ativa entre uma mãe e um pai não residente sobre decisões relativas aos filhos levam a contato mais frequente entre pai e filho e isto por sua vez leva a melhores relacionamentos entre pai e filho e a uma paternidade mais responsiva Sobolewski e King 2005 Programas de educação para os pais que ensinam casais separados ou divorciados a prevenir ou lidar com conflito mantêm Filhos de pais divorciados ten dem a ser mais bem ajustados se tiverem contato confiável e frequente com o genitor que não tem a custódia Papalia10indd 363 Papalia10indd 363 010213 0918 010213 0918 364 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman linhas de comunicação aberta desenvolvem um relacionamento de coparentalidade efetivo e ajudam as crianças a adaptarse ao divórcio foram introduzidos em muitas varas de família com grande sucesso Wolchik et al 2002 A custódia conjunta a custódia compartilhada por ambos os pais pode ser vantajosa se os pais cooperarem já que ambos podem continuar próximos da criança Quando os pais têm a custódia conjunta legal eles dividem os direitos e a responsabilidade para tomar decisões com relação ao bemestar da criança Quando os pais têm a custódia conjunta física que é menos comum a criança vive metade do tempo com cada um deles Uma análise de 33 estudos verificou que as crianças em custódia conjunta legal ou física estavam melhor adaptadas e tinham uma autoestima mais elevada assim como um melhor relacionamento familiar do que crianças em custódia única De fato crianças em custódia conjunta estavam tão bem adaptadas quanto crianças de famílias não divorciadas Bauser man 2002 É provável no entanto que casais que escolhem a custódia conjunta sejam aqueles que têm menos conflitos Efeitos de longo prazo A maioria das crianças com pais divorciados adaptase razoavelmente bem Entretanto ansiedade associada ao divórcio dos pais pode surgir quando a criança chega à idade adul ta e tenta estabelecer suas próprias relações íntimas Amato 2003 Wallerstein Lewis e Blakeslee 2000 Tendo vivenciado o divórcio dos pais alguns jovens adultos têm medo de firmar compromissos que poderiam terminar em decepção Glenn e Marquardt 2001 Wallerstein e Corbin 1999 De acordo com algumas pesquisas 25 dos filhos de pais divorciados chegam à idade adulta com sérios problemas sociais emocionais ou psicológicos comparado com 10 de crianças cujos pais perma necem juntos Hetherington e Kelly 2002 Quando adultos os filhos de pais divorciados tendem a ter um NSE mais baixo bemestar psicológico mais insatisfatório e uma maior probabilidade de ter um filho fora do casamento Seus casamentos tendem a ser menos satisfatórios e são mais propensos a terminar em divórcio Amato 2005 Entretanto muita coisa depende de como o jovem resolve e interpreta a experiência do divórcio parental Alguns que veem um alto grau de conflito entre os pais são capazes de extrair um aprendizado desse exemplo negativo e eles próprios estabelecerem relacio namentos de grande intimidade Shulman et al 2001 Vivendo só com o pai ou com a mãe Famílias constituídas de apenas um dos pais resultam de di vórcio ou separação de pais solteiros ou de perda por morte Com as taxas crescentes de divórcio e de filhos fora do casamento a porcentagem de famílias com apenas um dos pais nos Estados Unidos mais que duplicou desde 1970 US Census Bureau 2008a alcançando um pico na década de 1990 O número de famílias de pais ou mães solteiros permaneceu estável desde então Mather 2010 Mais da metade de todas as crianças negras vivem com apenas um dos pais se comparado com 19 de crianças brancas não hispânicas e 26 de crianças hispânicas Kreider e Fields 2005 O problema é ainda mais premente quando se considera as famílias de baixa renda com 66 de famílias afroamericanas e 35 de crianças tanto não hispânicas como hispânicas vivendo em lares com apenas um dos pais Mather 2010 Embora seja muito mais provável que as crianças vivam com uma mãe solteira do que com um pai solteiro o número de famílias apenas com o pai mais que quadruplicou desde 1970 aparentemente devido em grande parte ao aumento na custódia paterna após o divórcio Fields 2004 As crianças em famílias de pais ou mães solteiros se saem razoavelmente bem de um modo geral mas tendem a ficar social e educativamente atrás de seus pares que vivem em famílias com ambos os pais Amato 2005 Crianças que vivem com pais casados tendem a ter mais interação diária com seus pais ouvem com mais frequência histórias lidas por eles progridem com maior estabilidade na escola e participam mais de atividades extracurriculares do que aquelas que vivem apenas com um dos pais Lugaila 2003 Entretanto as consequências negativas para crianças que vivem com apenas um dos pais não são inevitáveis A idade e o nível de desenvolvimento da criança as circunstâncias financeiras da família se há mudanças frequentes de moradia e envolvimento com o pai não residente fazem uma diferença Amato 2005 Seltzer 2000 Em um estudo longitudinal de 1500 famílias brancas negras e hispâ nicas com crianças de 6 e 7 anos o nível educacional e de habilidades da mãe e em menor grau a renda da família e a qualidade do ambiente doméstico eram os responsáveis por quaisquer efeitos ne gativos da criação por apenas um dos pais sobre o desempenho escolar e o comportamento Ricciuti 1999 2004 Visto que os pais solteiros geralmente não possuem os recursos necessários para dar uma boa parentalidade os riscos potenciais para a criança nessas famílias poderiam ser reduzidos ou elimi Papalia10indd 364 Papalia10indd 364 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 365 nados por meio do acesso cada vez maior ao apoio econômico social educacional e na parentalidade Em testes internacionais de matemática e ciências a diferença de desempenho entre crianças da 3 a e 4 a séries que vivem com apenas um dos pais e aquelas que vivem com os dois pais biológicos foi maior para crianças norteamericanas do que para aquelas em qualquer outro país exceto a Nova Zelândia Filhos de pais solteiros eram mais bemsucedidos em países com políticas de apoio à família como subsídios à criança e sua família benefícios fiscais para pais solteiros licençamaternidade e dispensa de algumas horas no trabalho Pong et al 2003 Vivendo em uma família coabitante As famílias coabitantes são semelhantes em muitos aspec tos a famílias casadas mas os pais tendem a ser mais desfavorecidos Mather 2010 Elas tradicio nalmente têm menos renda e educação relatam relacionamentos mais insatisfatórios e têm mais problemas de saúde mental Portanto não é surpresa que os dados de um levantamento nacional de 35938 famílias norteamericanas mostrassem piores resultados emocionais comportamentais e acadêmicos para crianças de 6 a 11 anos vivendo com pais biológicos coabitantes do que para aquelas vivendo com pais biológicos casados A diferença nos desfechos deviase em grande parte a diferenças nos recursos econômicos no bemestar dos pais e na eficácia da parentalidade SL Brown 2004 Além disso famílias coabitantes são mais propensas a desintegrarse do que famílias casadas Embora aproximadamente 40 de mães não casadas estejam vivendo com o pai de seus filhos no momento do nascimento 25 dos pais coabitantes não estão mais juntos um ano mais tarde e 31 se separam após cinco anos Amato 2005 Vivendo em uma família de novo casamento A maioria dos pais divorciados eventualmente casamse novamente e muitas mães solteiras casamse com homens que não eram o pai de seus filhos Amato 2005 desse modo formando as famílias de novo casamento ou recompostas Quinze por cento das crianças norteamericanas vivem em famílias recompostas Kreider e Fields 2005 A adaptação ao novo padrastomadrasta pode ser estressante A lealdade de uma criança para com a mãe ou o pai ausente ou mortoa pode interferir na formação de vínculos com o padrasto ou a madrasta Amato 2005 Entretanto alguns estudos indicaram que os meninos que geralmente têm mais problemas do que as meninas para se adaptar ao divórcio e à vida com apenas um dos pais se beneficiam da presença de um padrasto A menina por outro lado talvez veja o novo homem na casa como uma ameaça à sua independência e ao seu relacionamento com a mãe Bray e Hethering ton 1993 Hetherington 1987 Hetherington Bridges e Insalbella 1998 Hetherington et al 1989 Hines 1997 Em um estudo longitudinal de uma amostra nacionalmente representativa de adultos norteamericanos mães que casaram pela segunda vez ou iniciaram um novo relacionamento de coabitação tendiam a usar disciplina menos rígida do que mães que permane ceram solteiras e seus filhos relataram um relacionamento melhor com elas Por outro lado a supervisão era maior em famílias estáveis de mães solteiras Thomson Mosley Hanson e McLanahan 2001 Vivendo com pais homossexuais Estimase que aproxi madamente 9 milhões de crianças e adolescentes nos Estados Unidos tenham pelo menos um dos pais homossexual Alguns gays e lésbicas estão criando filhos nascidos de relacionamentos heterossexuais anteriores Outros concebem por meios artifi ciais usam mães substitutas ou adotam crianças Pawelski et al 2006 Perrin e AAP Committee on Psychosocial Aspects of Child and Family Health 2002 Uma considerável quantidade de pesquisas examinou o desenvolvimento de filhos de gays e lésbicas incluindo saúde física e emocional inteligência adaptação senso de identidade julgamento moral e funcionamento social e sexual e não reve laram preocupações especiais APA 2004b Não há nenhuma diferença consistente entre pais homossexuais e heterossexuais em termos de saúde emocional ou de aptidões e atitudes para a parentalidade e onde existem diferenças elas tendem a ser favoráveis aos pais homossexuais Brewaeys et al 1997 Me verificador você é capaz de Avaliar o impacto do divórcio dos pais sobre os filhos Discutir de que modo viver em uma família de pai solteiro ou de pais coabitantes pode afetar as crianças A pesquisa mostra que crianças que vivem com pais homossexuais não são mais propensas do que outras crianças a ter problemas so ciais ou psicológicos ou a virem a ser elas próprias homossexuais Papalia10indd 365 Papalia10indd 365 010213 0918 010213 0918 366 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman ezan e Rauch 2005 Pawelski et al 2006 Perrin e AAP Committee on Psychosocial Aspects of Child and Family Health 2002 Wainright Russell e Patterson 2004 Os pais homossexuais geralmente têm um re lacionamento positivo com seus filhos e as crianças não são mais propensas do que outras crianças criadas por pais heterosse xuais a ter problemas emocionais sociais acadêmicos ou psicológicos APA 2004b Chan Raboy e Patterson 1998 Gartrell et al 2005 Golombok et al 2003 Meezan e Rauch 2005 MooneySomers e Golombok 2000 Wainright et al 2004 Além disso os filhos de gays e lésbicas não têm maior probabilidade de ser homossexuais ou de ficar confusos sobre seu próprio gênero do que os filhos de heterossexuais Anderssen Amlie e Ytteroy 2002 Golombok et al 2003 Meezan e Rauch 2005 Pawelski et al 2006 Wainright et al 2004 Esses achados têm implicações sociais para decisões legais sobre custódia e disputas sobre visita ções cuidados em adoção temporária e adoções definitivas Em face da controvérsia sobre casamentos ou uniões civis entre gays ou lésbicas com suas implicações para a segurança dos filhos vários esta dos têm considerado ou adotado legislação sancionando a adoção por parceiros do mesmo sexo A Academia Americana de Pediatria apoia o direito ao casamento civil para gays e lésbicas Pawelski et al 2006 e os esforços legislativos e legais para permitir que um parceiro num casal de mesmo sexo possa adotar o filho ou filha do outro parceiro AAP Committee on Psychosocial Aspects of Child and Family Health 2002 Famílias adotivas A adoção é encontrada em todas as culturas ao longo da história Não apenas para pessoas inférteis pessoas solteiras pessoas mais velhas casais homossexuais e pessoas que já têm filhos biológicos têm se tornado pais adotivos Em 2004 15 milhão de crianças norteamericanas com menos de 18 anos cerca de 25 viviam com pelo menos um pai adotivo Kreider 2008 Estimase que 60 das adoções legais são por padrastos ou parentes geralmente os avós Kreider 2003 As adoções geralmente acontecem por meio de agências públicas ou privadas As adoções por meio das agências devem ser confidenciais sem contato entre a mãe biológica e os pais adotivos e a identidade da mãe biológica é mantida secreta Entretanto nos últimos anos as adoções independen tes feitas por acordo direto entre os pais biológicos e os pais adotivos têm se tornado mais comuns Brodzinsky 1997 Goodman et al 1998 Frequentemente essas são adoções abertas nas quais ambas as partes compartilham informações ou têm contato direto com a criança Estudos sugerem que os riscos presumidos da adoção aberta tal como medo de que uma mãe biológica que conhece o paradeiro de seu filho tente reclamar a criança são exagerados Grotevant et al 1994 Em um levantamento de 1059 famílias adotivas da Califórnia o fato de uma adoção ser aberta não tinha relação com a adaptação das crianças ou com a satisfação dos pais com a adoção am bas altas Berry et al 1998 Da mesma forma em um estudo nacional pais adotivos de adolescentes não relataram diferença significativa na adaptação de seus filhos no caso de a adoção ter sido aberta ou ter sido confidencial Von Korff Grotevant e McRoy 2006 Adotar uma criança impõe desafios especiais integrar a criança adotada à família explicar a adoção para a criança ajudar a criança a desenvolver um senso saudável de identidade e talvez eventualmente ajudar a criança a encontrar e entrar em contato com os pais biológicos De acordo com um estudo longitudinal nacional dois pais adotivos investem tanta energia e recursos em seus filhos quanto dois pais biológicos e mais do que pais em outros tipos de famílias E os filhos adotivos em famílias com os dois pais se saem tão bem quanto os filhos biológicos em famílias com os dois pais Hamilton Cheng e Powell 2007 Poucas diferenças significativas na adaptação entre filhos adotados e não adotados foram encon tradas Haugaard 1998 Crianças adotadas na primeira infância são menos propensas a ter problemas de ajustamento Sharma McGue e Benson 1996b Quaisquer problemas que ocorram podem apare cer durante a terceira infância quando as crianças tomam consciência de diferenças na forma como as A comédia dramática Minhas Mães e Meu Pai The Kids Are Alright de 2010 envolve esta visão dentro do próprio titulo original Neste filme um casal de lésbicas encontra o doador do esperma que elas usaram para gerar seus filhos Embora isto introduza alguns desafios em suas vidas elas e as crianças em última análise mantêmse firmes Você acha que algum dia tentará adotar Nesse caso você gostaria que a adoção fosse aberta Por que ou por que não Aqueles que citam os benefícios da parentalidade heterossexual estão tirando conclusões que a pesquisa não justifica Especificamente eles frequentemente comparam famílias de dois pais com famílias de pais solteiros As comparações apropriadas são entre famílias de dois pais homossexuais e heterossexuais E quando esta comparação é feita não são encontrados efeitos negativos Biblarz e Stacey 2010 Papalia10indd 366 Papalia10indd 366 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 367 famílias são formadas Freeark et al 2005 ou na adolescência Goodman Emery e Haugaard 1998 Sharma McGue e Benson 1996a particularmente entre os meninos Freeark et al 2005 As adoções de crianças estrangeiras por famílias norteamericanas quase quadruplicaram desde 1978 de 5315 para 20679 apesar de ter havido um declínio em 2006 Bosch et al 2003 Crary 2007 Aproximadamente 17 das adoções são transraciais muito frequentemente envolvendo pais brancos adotando uma criança asiática ou latinoamericana Kreider 2003 As regras que governam a adoção interracial variam entre os estados alguns estados dão prioridade a adoções da mesma raça enquanto outros requerem que a raça não seja um fator na aprovação de uma adoção A adoção de crianças estrangeiras acarreta problemas especiais Além da possibilidade de sub nutrição ou de outras condições médicas sérias em crianças de países em desenvolvimento Bosch et al 2003 os vários estudos que foram realizados não encontraram problemas significativos com a adaptação psicológica das crianças adaptação e desempenho escolar ou comportamento observado em casa ou na forma como elas lidam com o fato de serem adotadas LevyShiff Zoran e Shulman 1997 Sharma et al 1996a Quando os adotados estrangeiros chegam à adolescência eles podem experimentar sentimentos de perda de sua cultura nativa e uma consciência crescente de racismo e discriminação em sua cultura adotada Pais com atitudes raciais menos daltônicas tendem mais a expor seus filhos adotados a experiências que os ajudem a identificarse com sua cultura nativa e a conversar com seus filhos sobre racismo e discriminação Lee Grotevant Hellerstedt Gunnar The Minnesota International Adoption Project Team 2006 RELACIONAMENTO ENTRE IRMÃOS Em áreas rurais remotas da Ásia África Oceania e Américas do Sul e Central é comum ver meninas mais velhas cuidarem de três ou quatro irmãos mais novos Nessas comunidades irmãos mais velhos têm um papel importante definido culturalmente Os pais treinam os filhos desde pequenos a ensi nar as irmãs e os irmãos mais novos a juntar lenha carregar água cuidar dos animais e plantar Os irmãos mais novos absorvem valores intangíveis como respeitar os mais velhos e colocar o bemestar do grupo acima do bemestar do indivíduo Cicirelli 1994 Em sociedades industrializadas os pais tentam não sobrecarregar os filhos mais velhos com a tarefa de cuidar regularmente dos irmãos mais novos Weisner 1993 Irmãos mais velhos costumam ensinar os irmãos mais novos mas isso quase sempre acontece informalmente e não como algo estabelecido pelo sistema social Cicirelli 1994 O número de irmãos numa família e o espaçamento entre eles a ordem de nascimento e o gênero geralmente determinam papéis e relacionamentos O maior número de irmãos em sociedades não industrializadas ajuda a família a dar conta de seu trabalho e a prover os membros idosos Nas sociedades industrializadas os irmãos ten dem a ser em menor número e com maior diferença de idade o que permite aos pais concentrar mais recursos e atenção em cada filho Cicirelli 1994 Dois estudos longitudinais na Inglaterra e na Pensilvânia cons tataram que as mudanças no relacionamento entre irmãos tendiam a ocorrer com mais frequência quando um dos irmãos tinha entre 7 e 9 anos Tanto as mães quanto as crianças costumavam atribuir essas mudanças às amizades que resultavam em ciúme e compe titividade ou perda de interesse e intimidade em relação ao irmão Dunn 1996 O relacionamento entre irmãos pode ser um laboratório para re solução de conflitos Irmãos são motivados a fazer as pazes depois das brigas já que sabem que verão um ao outro todos os dias Eles apren dem que expressar raiva não significa pôr fim a um relacionamento As crianças estão mais propensas a discutir com irmãos do mesmo sexo dois meninos brigam mais do que qualquer outra combinação Cicirelli 1976 1995 verificador você é capaz de identificar algumas questões e desafios especiais de uma família recomposta Resumir achados sobre os desfechos da criação de uma criança por pais homossexuais Discutir as tendências na adoção e a adaptação das crianças adotadas Taksheel tem uma responsabilidade importante tomar conta do seu irmão mais novo Em sociedades não industrializadas como neste povoado do Suriname os irmãos têm papéis cultu ralmente bem definidos durante toda a vida Papalia10indd 367 Papalia10indd 367 010213 0918 010213 0918 368 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Os irmãos influenciam um ao outro não apenas diretamente por meio de suas interações mas também indiretamente por meio do impacto sobre o relacionamento de cada um com seus pais A experiência dos pais com o irmão mais velho influencia as expectativas e o tratamento em relação ao mais novo Brody 2004 Inversamente os padrões de comportamento que uma criança estabelece com os pais tende a refletir no comportamento da criança com os irmãos Em um estudo de 101 fa mílias inglesas quando o relacionamento entre pai e filho era caloroso e afetuoso os irmãos tendiam a ter relacionamentos positivos também Quando o relacionamento entre pai e filho era conflituoso o conflito entre os irmãos era mais provável Pike et al 2005 A criança no grupo de pares Na terceira infância o grupo de pares surge de forma espontânea Os grupos se formam naturalmente entre crianças que vivem próximas ou que vão juntas para a escola e com frequência consistem de crianças da mesma origem racial ou étnica e nível socioeconômico semelhante Crianças que brincam juntas costumam ter quase a mesma idade e ser do mesmo sexo Hartup 1992 Pellegrini et al 2002 Como o grupo de pares influencia as crianças O que determina a aceitação delas por seus pares e sua capacidade de fazer amizades EFEITOS POSITIVOS E NEGATIVOS DAS RELAÇÕES ENTRE PARES As crianças se beneficiam em fazer coisas com seus pares Elas desenvolvem habilidades necessárias à socialização e à intimidade e adquirem um senso de afiliação São motivadas a realizar coisas além de adquirirem um senso de identidade Aprendem habilidades de liderança e comunicação cooperação papéis e regras À medida que as crianças se afastam da influência parental o grupo de pares abre novas pers pectivas e as deixa livres para fazer julgamentos independentes Ao se comparar com outras de sua idade as crianças podem aferir suas capacidades com mais realismo e adquirir um senso mais claro de autoeficácia Bandura 1994 O grupo de pares ajuda as crianças a aprender como se relacionar em sociedade como ajustar suas necessidades e seus desejos às necessidades e desejos dos outros quando ceder e quando permanecer firme O grupo de pares oferece segurança emocional É recon fortante para as crianças perceber que não estão sozinhas quando nutrem pensamentos que poderiam ofender um adulto Grupos de pares do mesmo sexo ajudam as crianças a aprender comportamentos apropriados ao gênero e a incorporar papéis de gênero ao seu autoconceito Em um estudo de dois anos envolvendo 106 crianças da 3 a série ao ensino médio de várias etnias a maioria de classe média o senso de ser típico de um gênero e estar satisfeito com ele aumentava a autoestima e o bemestar ao passo que sentir pressão dos pais pares ou de si própria para se conformar a estereótipos de gênero diminuía o bemestar Yunger et al 2004 Do lado negativo os grupos de pares podem reforçar o preconceito atitudes desfavoráveis para com os de fora especialmente membros de certos grupos raciais ou étnicos As crianças tendem a ter preconceito contra crianças iguais a elas mas esses preconceitos exceto por uma preferência por crian ças do mesmo sexo diminuem com a idade e o desenvolvimento cognitivo Powlishta Serbin Doyle e White 1994 Preconceito e discriminação podem causar dano real Em um estudo longitudinal de cinco anos de 714 crianças afroamericanas de 10 a 12 anos de idade aquelas que se viam como alvos de discriminação tendiam a apresentar sintomas de depressão ou problemas de conduta durante os cinco anos seguintes Brody et al 2006 Em um estudo de 253 crianças inglesas o preconceito contra refugiados foi reduzido por contato prolongado ler para elas histórias sobre amizades estreitas entre crianças inglesas e crianças refugiadas seguido por discussões de grupo Cameron et al 2006 O grupo de pares pode alimentar tendências antissociais Crianças préadolescentes são especial mente suscetíveis à pressão para ajustarse ao grupo Naturalmente um certo grau de conformidade aos padrões do grupo é saudável Não é saudável quando se torna destrutivo ou incita jovens a agir contra seus melhores julgamentos Geralmente é na companhia dos pares que algumas crianças come tem pequenos furtos e começam a usar drogas Hartup 1992 verificador você é capaz de Comparar os papéis dos irmãos em países industriali zados e não industrializados Discutir como os irmãos afe tam o desenvolvimento uns dos outros indicad r Como se dá a mudança no relacionamento com os colegas na terceira infância e que influências afetam a popularidade e a escolha dos amigos preconceito Atitude desfavorável em relação a membros de certos grupos diferentes do da própria pessoa principalmente grupos raciais ou étnicos Em torno dos 10 anos de idade as crianças tanto nos Estados Unidos como na Coreia acham que não é errado não gostar de outra criança porque ela é agressiva ou tímida mas que é menos aceitável não gostar de outra criança por causa de sua raça ou gênero características que não podem mudar Park e Killen 2010 Papalia10indd 368 Papalia10indd 368 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 369 POPULARIDADE A popularidade tornase mais importante na terceira infância Crianças em idade escolar cujos colegas gostam delas estão mais propensas a ser bemajustadas quando adolescentes Aquelas que não são aceitas por seus pares ou que são muito agressivas estão mais propensas a desenvolver problemas psicológicos abandonar a escola ou a se tornar delinquentes Hartup 1992 Kupersmidt e Coie 1990 Morison e Masten 1991 Newcomb Bukowski e Pattee 1993 Parker e Asher 1987 A popularidade é medida de duas maneiras e os resultados podem ser diferentes Os pesquisado res medem a popularidade sociométrica perguntando às crianças de quais colegas elas gostam mais e menos Esses estudos identificaram cinco grupos de status de aceitação populares jovens que recebem muitas indicações positivas rejeitados aqueles que recebem muitas indicações negativas negligenciados aqueles que recebem poucas indicações de ambos os tipos polêmicos aqueles que recebem muitas indicações tanto positivas quanto negativas e medianos aqueles que não recebem um grande número de indicações tanto de um tipo quanto de outro A popularidade percebida é medida perguntandose quais são as crianças de quem os colegas mais gostam Crianças sociometricamente populares costumam ter boas habilidades cognitivas são realiza doras têm facilidade para resolver problemas sociais ajudam as outras crianças e são autoconfian tes sem serem problemáticas ou agressivas São generosas confiáveis cooperativas leais abertas e oferecem apoio emocional Suas aptidões sociais superiores fazem com que os outros apreciem sua companhia Cillessen e Mayeux 2004 LaFontana e Cillessen 2002 Masten e Coatsworth 1998 Newcomb et al 1993 As crianças com popularidade percebida ou seja de alto nível tendem a ser fisicamente atraentes e a ter habilidades atléticas e em menor grau acadêmicas Embora crianças agressivas sejam impopulares na 1 a série elas são cada vez mais aceitas e mesmo populares entre crianças mais velhas Cillessen e Mayeux 2004 LaFontana e Cillessen 2002 Xie et al 2006 Este grupo um pouco menor de crianças popularesagressivas são mais propensas do que outras crianças a terem estado em creches por períodos de tempo prolongados quando menores em média 318 horas por semana se comparado com as 236 horas por semana passadas em creches por outras crianças Rodkin e Roisman 2010 As crianças podem ser impopulares rejeitadas ou desprezadas por muitas razões Embora al gumas crianças impopulares sejam agressivas outras são hiperativas desatentas ou retraídas Dodge et al 1990 Masten e Coatsworth 1998 Newcomb et al 1993 A W Pope Bierman e Mumma 1991 Outras ainda agem de maneira tola e imatura ou ansiosa e insegura Crianças impopulares ge ralmente são insensíveis aos sentimentos das outras e não se adaptam bem a novas situações Bierman Smoot e Aumiller 1993 Algumas demonstram um interesse indevido em estar com grupos do outro sexo Sroufe et al 1993 Algumas crianças impopulares esperam ser rejeitadas e essa expectativa tornase uma profecia autorrealizável Rabiner e Coie 1989 É na família que frequentemente as crianças adquirem comportamentos que afetam a po pularidade Pais democráticos tendem a ter filhos mais populares que pais autoritários Filhos de pais autoritários que punem e ameaçam estão mais propensos a ameaçar ou agir de modo cruel com outras crianças elas são menos populares que crianças cujos pais assertivos raciocinam com elas e tentam ajudálas a entender como uma outra pessoa poderia se sentir C H Hart Ladd e Burleson 1990 Uma das razões de as famílias poderem influenciar a popularidade é porque elas podem promover ou impedir o desenvolvimento da competência social Em um estudo longitu dinal de um ano 159 crianças da 4 a série eram mais competentes socialmente ao final do estudo quando elas vinham de famílias nas quais o relacionamento entre pais e filhos era caloroso e afetuoso os pais forneciam conselho direto sobre como lidar com interações sociais conflituosas e proporcionavam às crianças experiências com o grupo de pares adequados e de alta qualidade McDowell e Parke 2009 A cultura pode afetar os critérios para popularidade Uma série de estudos ilustra como o con texto cultural pode variar o significado dos comportamentos Chen et al 2005 apontam os efeitos da mudança social que resultou da reestruturação radical do sistema econômico chinês sobretudo a partir do final da década de 1990 Durante aquele período a China passou de um sistema com pletamente coletivista no qual o povo como um todo através de seu governo era dono de todos os meios de produção e distribuição para uma economia de mercado tecnologicamente avançada e Crianças que se desviam da norma são convidadas para menos festas de aniversário MojonAzzi Kunz e Mozon 2010 Papalia10indd 369 Papalia10indd 369 010213 0918 010213 0918 370 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman mais competitiva com propriedade privada e seus valores individualistas associados Os pesquisadores administraram medidas sociométricas e avaliações entre colegas do funcionamento social a três coor tes de crianças de 3 a e 4 a séries nas escolas de Xangai em 1990 1998 e 2002 Uma mudança notável ocorreu com relação à timidez e à sensibilidade Na coorte de 1990 crianças tímidas eram aceitas pelos colegas e apresentavam alto desempenho escolar liderança e competência avaliada pelos pro fessores Em 2002 os resultados foram justamente o inverso crianças tímidas tendiam a ser rejeita das pelos colegas a ter depressão e a ser avaliadas pelos professores como tendo baixa competência Um achado semelhante foi obtido em uma comparação mais recente de crianças de áreas urbanas e rurais na China Neste estudo a timidez em crianças urbanas estava associada com problemas sociais e escolares bem como com depressão As crianças das áreas rurais que eram tímidas entretanto se saíam bem na escola e eram com mais frequência líderes de alto desempenho bem ajustados Chen Wang e Wang 2009 Na sociedade quasecapitalista em que a China se transformou a afirmação social e a iniciativa talvez sejam mais apreciadas e encorajadas do que no passado Assim a timidez e a sensibilidade podem trazer dificuldades sociais e psicológicas para as crianças E essas mudanças podem afetar primeiro as populações urbanas AMIZADE As crianças podem passar boa parte de seu tempo livre em grupos mas apenas como indivíduos elas conseguem amigos A popularidade é a opinião do grupo sobre uma criança mas a amizade é uma via de duas mãos As crianças procuram por amigos que sejam iguais a elas em idade sexo e interesses As amizades mais sólidas envolvem compromissos iguais e trocas mútuas Embora as crianças tendam a escolher os amigos com características étnicas semelhantes um estudo recente de 509 crianças de quarta série mostrou que amizades transraciaisétnicas estavam associadas com desfechos positivos do desenvol vimento Kawabata e Crick 2008 Com seus amigos as crianças aprendem a se comunicar e a cooperar Elas ajudam umas às outras a suportar situações estressantes como o começo em uma nova escola ou a adaptação ao divórcio dos pais As brigas inevitáveis ajudamnas a aprender a resolver conflitos Furman 1982 Hartup 1992 1996a 1996b Hartup e Stevens 1999 Newcomb e Bagwell 1995 A amizade parece ajudar a criança a se sentir bem consigo mesma embora tam bém seja provável que crianças que se sentem bem consigo mesmas têm mais facilidade para fazer amizades Ter amigos é importante porque a rejeição dos pares e a falta de ami zades na terceira infância podem ter efeitos negativos de longo prazo Em um estudo longitudinal crianças da 5 a série que não tinham nenhum amigo estavam mais propensas do que seus colegas de classe a ter baixa autoestima no início da idade adulta e apresentar sintomas de depressão Bagwell Newcomb e Bukowski 1998 Os conceitos de amizade das crianças e a maneira como elas agem com seus amigos mudam com a idade refletindo o crescimento cogni tivo e emocional Amigos em idade préescolar brincam juntos mas a amizade entre crianças em idade escolar é mais profunda e estável As crianças não podem ser ou ter amigos verdadeiros até alcançarem a ma turidade cognitiva para considerar as opiniões e necessidades das outras pessoas bem como as suas próprias Hartup 1992 Hartup e Stevens 1999 Newcomb e Bagwell 1995 Com base em entrevistas feitas com mais de 250 pessoas entre 3 e 45 anos Robert Selman 1980 Selman e Selman 1979 acompanhou as mudanças na concepção de amizade ao longo de cinco estágios que se sobrepõem Tabela 101 Ele constatou que a maioria das crianças em idade escolar está na fase dois amizade recíproca baseada no autointeresse mas algumas crianças mais velhas de 9 anos ou mais podem estar na fase três relacionamentos íntimos mutuamente compartilhados verificador você é capaz de Identificar os efeitos positi vos e negativos do grupo de pares Identificar as características das crianças populares e im populares e discutir as influên cias sobre a popularidade Amigos frequentemente compartilham segredos e risa das como Ana e Cristina estão fazendo aqui As amiza des se aprofundam e se tornam mais estáveis na terceira infância refletindo o desenvolvimento cognitivo e emo cional As meninas tendem a ter menos amigos que os meninos mas suas amizades são mais íntimas Papalia10indd 370 Papalia10indd 370 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 371 Crianças em idade escolar fazem distinção entre melhores amigos bons amigos e amigos casuais com base na intimidade e no tempo que passam juntos Hartup e Stevens 1999 Crianças nessa idade costumam ter entre três e cinco melhores amigos mas geralmente brincam somente com um ou dois ao mesmo tempo Hartup 1992 Hartup e Stevens 1999 Meninas em idade escolar parecem se importar menos em ter muitos amigos pois preferem ter poucos amigos íntimos em quem possam confiar Os meninos têm mais amigos mas tendem a ser menos íntimos e afetuosos Furman 1982 Furman e Buhrmester 1985 Hartup e Stevens 1999 AGRESSÃO E INTIMIDAÇÃO BULLYING A agressividade diminui e muda de forma durante os primeiros anos de escola Após os 6 ou 7 anos a maioria das crianças tornase menos agressiva à medida que se torna menos egocêntrica mais em pática mais cooperativa e mais capaz de se comunicar Elas podem agora colocarse no lugar das outras pessoas podem entender os motivos das outras pessoas e podem encontrar formas positivas de afirmarse A agressão instrumental agressão que visa a atingir um objetivo característica do período préescolar tornase bem menos comum Coie e Dodge 1998 Entretanto à medida que a agressividade diminui de modo geral a agressão hostil agressão com o fim de ferir outra pessoa aumenta proporcionalmente Coie e Dodge 1998 com frequência assumindo a forma mais verbal do que física Pellegrini e Archer 2005 Os meninos continuam a empregar agressão direta e as meninas são cada vez mais propensas a empregar a agressão social ou indireta Uma revisão de 148 estudos do comportamento agressivo de crianças e adolescentes entretanto revelou diferenças de gê nero insignificantes nos níveis de agressão social ou indireta entre meninos e meninas Esses achados verificador você é capaz de Listar as características que as crianças procuram nos amigos Explicar como idade e gênero afetam as amizades indicad r Quais são as formas mais comuns de comportamento agressivo na terceira infância e quais são as influências que contribuem para esse comportamento TABELA 101 Os estágios da amizade de Selman Estágio Descrição Exemplo Estágio 0 Parceria momentânea 3 a 7 anos Neste nível indiferenciado de amizade as crianças são egocêntricas e têm dificuldade em considerar o ponto de vista da outra pessoa tendem a pen sar apenas sobre o que querem de um relaciona mento A maioria das crianças muito novas define seus amigos em termos de proximidade física e os valoriza por atributos materiais ou físicos Ela mora na minha rua ou Ele tem o Power Rangers Estágio 1 Assistência unidirecional 4 a 9 anos Neste nível unilateral um bom amigo é aquele que faz o que a criança quer que ele faça Ela não é mais minha amiga porque não quis ir comigo quando eu queria que ela fosse ou Ele é meu amigo porque sempre diz sim quando peço a borracha dele emprestada Estágio 2 Cooperação bidirecional nos bons momentos 6 a 12 anos O nível recíproco se sobrepõe ao estágio 1 Envolve trocas mas ainda serve a muitos interesses pró prios separados em vez dos interesses comuns dos dois amigos Nós somos amigos fazemos coisas um para o outro ou Amigo é aquele que brinca com você quando você não tem com quem brincar Estágio 3 Relaciona mentos íntimos mutuamente com partilhados 9 a 15 anos Nesse nível mútuo a criança vê a amizade como tendo uma vida própria É um relacionamento contínuo sistemático e comprometido que envolve mais do que fazer as coisas um para o outro Os amigos tornamse possessivos e exigem exclusividade Construir uma amizade íntima leva tempo por isso é ruim quando você descobre que seu amigo está tentando fazer outras amizades também Estágio 4 Interdepen dência autônoma começando aos 12 anos Neste estágio interdependente as crianças respeitam as necessidades dos amigos tanto de dependên cia quanto de autonomia Uma boa amizade é um compromisso real um ris co que você tem de assumir você deve apoiar confiar e dar mas também precisa ser capaz de se desprender Fonte Selman 1980 Selman e Selman 1979 Papalia10indd 371 Papalia10indd 371 010213 0918 010213 0918 372 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman contrariam a descrição comum de agressão indireta como uma forma de agressão predominantemente feminina Card et al 2008 Uma pequena minoria não aprende a controlar a agressão física Coie e Dodge 1998 Essas crianças tendem a ter problemas sociais e psicológicos mas não está claro se a agressão causa esses problemas ou é uma resposta a eles ou ambas as coisas Crick e Grotpeter 1995 Crianças altamente agressivas frequentemente incitamse mutuamente para a prática de ações antissociais Assim meninos em idade escolar fisicamente agressivos podem tornarse delinquentes juvenis na adolescência Broidy et al 2003 Embora os agressores tendam a ser pessoalmente rejeitados meni nos fisicamente agressivos e algumas meninas relacionalmente agressivas aquelas que por exemplo falam de outras pelas costas ou as excluem socialmente são percebidos entre os mais populares em uma sala de aula Em um estudo de crianças da 4 a série rejeitadas por seus pares meninos agressivos tendiam a ganhar status social no final da 5 a série sugerindo que o comportamento evitado pelas crianças mais novas pode ser visto como uma coisa legal ou fascinante por préadolescentes Sandstrom e Coie 1999 Em um estudo longitudinal de um grupo multietnico de 905 crianças urbanas da 5 a à 9 a série a agressão física tornavase menos desa provada à medida que as crianças passavam para a adolescência e a agres são relacional era cada vez mais reforçada por alto status entre os colegas Cillessen e Mayeux 2004 Tipos de agressão e o processamento de informação social O que faz as crianças agirem agressivamente Uma das respostas pode ser o modo como elas processam informações sociais quais os aspectos do am biente social em que focalizam a atenção e como interpretam o que perce bem Os agressores instrumentais ou proativos consideram a força e a coerção meios eficazes de conseguir o que querem Eles agem deliberada mente e não por raiva Em termos de aprendizagem social essas crianças são agressivas porque esperam ser recompensadas por isso e quando são recompensadas por conseguir o que querem sua crença na eficácia da agressão é reforçada Crick e Dodge 1996 Em contrapartida uma criança que recebe um encontrão acidental na fila poderá revidar com raiva supondo que a outra criança fez aquilo de propósito Isso é agressão hostil ou reativa Essas crianças geralmente têm um viés de atribuição hostil elas acham que as outras estão tentando machucála e revidam em retaliação ou por autodefesa Crick e Dodge 1996 de Castro et al 2002 Waldman 1996 As crianças que buscam domínio e controle poderão reagir agressivamente a ameaças ao seu status o que elas talvez atribuam à hostilidade de Castro et al 2002 Erdley et al 1997 Crianças re jeitadas e aquelas que recebem uma parentalidade ríspida tendem a ter uma predisposição à hostilidade Coie e Dodge 1998 Masten e Coatsworth 1998 Weiss et al 1992 Visto que as pessoas geralmente tornamse hostis com alguém que age agressivamente contra elas a predisposição à hostilidade é uma profecia que pode se autorrealizar iniciando um ciclo de agressão de Castro et al 2002 O viés de atribuição hostil tornase mais comum entre as idades de 6 e 12 anos Aber Brown e Jones 2003 A violência na mídia eletrônica estimula a agressividade À medida que a televisão o cinema os videogames os telefones celulares e os computadores assumem papéis maiores nas vidas diárias das crianças é fundamental entender o impacto que a mídia de massa exerce sobre o comportamento das crianças Elas passam mais tempo na mídia de entretenimento do que em qualquer outra atividade além da escola e do sono Em média as crianças passam cerca de 4 horas por dia na frente de uma televisão ou da tela de um computador algumas muito mais que isso C A Anderson et al 2003 A violência é predominante na mídia norteamericana Cerca de 6 em cada 10 programas de televisão retratam violência geralmente glamourizada glorificada ou banalizada Yokota e Thompson 2000 Além disso os canais de notícias de 24 horas fornecem uma cobertura constante e repetitiva de desastres naturais e atos violentos Os vídeos musicais mostram violência desproporcional contra mulheres e negros As indústrias cinematográficas fonográficas e de videogames anunciam agressiva mente para crianças produtos classificados para adultos AAP Committee on Public Education 2001 viés de atribuição hostil Tendência a perceber os outros como querendo machucálo e a revidar como retaliação ou autodefesa Meninos agressivos tendem a ganhar status social ao final da 5 a série sugerindo que o comportamento va lentão pode ser visto como legal ou glamouroso pelos préadolescentes Papalia10indd 372 Papalia10indd 372 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 373 Em um estudo recente de crianças norteamericanas 40 filmes que eram classificados como R para violência foram assistidos por uma mé dia de 125 de aproximadamente 22 milhões de crianças entre 10 e 14 anos O filme mais popular Todo Mundo em Pânico Scary Movie foi visto por mais de 10 milhões de crianças Worth et al 2008 Em razão da quantidade significativa de tempo que as crianças passam interagindo com a mídia as imagens que elas vêem podem tornarse modelos primários e fontes de informação sobre como as pes soas se comportam A evidência de pesquisas conduzidas durante os últimos 50 anos sobre exposição à violência na TV no cinema e nos videogames apoia uma relação causal entre violência na mídia e com portamento violento dos espectadores Huesmann 2007 Embora a correlação mais forte com o comportamento violento seja a exposição prévia à violência AAP Committee on Public Education 2001 Ander son Berkowitz et al 2003 Anderson et al 2001 Huesmann et al 2003 o efeito da exposição à violência por meio da mídia de massa é significativo Figura 102 No longo prazo de que modo a violência na mídia resulta em agressividade Estudos longitudinais demonstraram que a exposição das crianças à mídia violenta aumenta os riscos para efeitos de longo prazo baseados em aprendizagem observacional dessensibilização e aprendizagem enativa que ocorrem automaticamente em crianças hu manas Huesmann 2007 As crenças das crianças são influenciadas por suas observações de comportamentos A mídia fornece emoções viscerais sem mostrar o custo humano e leva as crianças a considerar a agressão como algo aceitável Crianças que veem os personagens usar de violência para atingir seus objetivos provavelmente concluirão que a força é uma maneira eficaz para resolver conflitos A exposição repe tida pode dessensibilizar as crianças Foi demonstrado que as reações negativas a cenas violentas diminuem de intensidade com a exposição repetida Huesmann e Kirwil 2007 Quanto mais realista é a violência retratada maior a probabilidade de ela ser aceita AAP Committee on Public Education 2001 Anderson Berkowitz et al 2003 Além disso cada hora que as crianças passam assistindo programas violentos na televisão reduz o tempo passado com os amigos Portanto o ônus da TV violenta pode estabelecer um ciclo no qual os espectadores frequentes tornamse mais agressivos e seu comportamento leva a isolamento social e por sua vez a assistir mais programas violentos Bickham e Rich 2006 As crianças são mais vulneráveis que os adultos à influência da vio lência na televisão AAP Committee on Public Education 2001 Coie e Dodge 1998 Pesquisas clássicas em aprendizagem social sugerem que elas imitam personagens de filmes mais do que modelos reais Bandura et al 1963 A influência é mais forte se a criança acredita que a violência na tela é real identificase com o personagem violento o considera atraente e assiste televisão sem supervisão ou intervenção dos pais Anderson Berkowitz et al 2003 Coie e Dodge 1998 Crianças altamente agres sivas são mais afetadas pela violência na mídia do que as crianças menos agressivas Anderson Berkowitz et al 2003 A pesquisa sobre os efeitos dos videogames e da internet sugere que os aumentos de longo prazo no comportamento violento poderiam ser mesmo maiores para os videogames do que para a TV e o cinema Crianças que jogam jogos violentos são participantes ativos que recebem reforço positivo por ações violentas Huesmann 2007 Em estudos ex perimentais crianças jogadoras de videogame apresentaram diminuições do comportamento prósocial e aumento nos pensamentos agressivos e na retaliação violenta à provocação C Anderson 2000 N de R Nos Estados Unidos filmes classificados como R só podem ser assistidos por menores de idade se acompanha dos por um adulto 0 005 01 015 02 025 03 035 04 Correlação média Exposição a chumbo e QI Tabagismo passivo e câncer de pulmão Não usar preservativo e HIV Violência na mídia e agressividade Tabagismo e câncer de pulmão FIGURA 102 O efeito da violência na mídia é o mesmo ou maior do que o efeito de muitas outras ameaças reconhecidas à saúde pública Fonte Bushman BJ e Rowell Hyesmann L 2001 Effects of televised violence on aggression Em Dorothy G Singer e Jerome L Singer Eds Handbook of Children and the Media p 235 Figura 115 Copyright 2001 by Sage Publications Inc Reproduzida com permissão de Sage Publications Inc no formato Textbook via Copyright Clearance Center As pesquisas mostram que crianças que assistem violên cia na televisão tendem a agir agressivamente Quando a iniciativa violenta é da criança como nos videogames o efeito pode ser ainda mais forte Papalia10indd 373 Papalia10indd 373 010213 0918 010213 0918 374 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A agressividade induzida pela mídia pode ser minimizada com a redução do tempo de uso da televisão e pela monitoração e orientação por parte dos pais dos programas a que as crianças assistem Anderson Berkowitz et al 2003 O AAP Committee on Public Education 2001 recomenda que os pais limitem a exposição da criança às mídias a 1 ou 2 horas por dia Crianças de 3 a e 4 a séries que participaram de um curso de 6 meses cujo objetivo era motiválas a monitorar e reduzir o tempo gasto com televisão e videogames apresentaram diminuições significativas na agressão conforme avaliação dos próprios colegas quando comparadas a um grupocontrole Robinson et al 2001 Valentões e vítimas A agressão tornase intimidação bullying quando é deliberada e persis tentemente dirigida contra um alvo específico uma vítima A intimidação bullying pode ser física bater socar chutar ou danificar ou apossarse de pertences pessoais verbal xingar ou ameaçar ou relacional ou emocional isolar e fazer intriga frequentemente pelas costas da vítima A intimidação bullying pode ser proativa feita para mostrar dominância sustentar poder ou ganhar admiração ou reativa em resposta a um ataque real ou imaginado A intimidação pela internet cyberbullying postar comentários negativos ou fotos depreciativas da vítima na rede tem se tornado cada vez mais comum Berger 2007 O aumento no uso de telefones celulares mensagens de texto email e redes sociais tem aberto novos caminhos para valentões que têm acesso às vítimas sem a proteção da família e da comunidade Huesmann 2007 A intimidação pode refletir uma tendência genética à agressividade combinada com influên cias ambientais como pais coercivos e amigos antissociais Berger 2007 A maioria dos valentões são meninos que tendem a vitimar outros meninos as valentonas tendem a ter como alvo outras meninas Berger 2007 Pellegrini e Long 2002 Veenstra et al 2005 Os valentões tendem a usar agressão física explícita as valentonas podem se valer da agressão relacional Boulton 1995 Nansel et al 2001 Os padrões de intimidação e vitimização podem estabelecerse já no jardim de infância à medida que os grupos de pares experimentais se formam os agressores logo ficam sabendo quais crianças são os alvos mais fáceis A intimidação física diminui com a idade mas ou tras formas de intimidação aumentam especialmente entre os 11 e os 15 anos de idade Enquanto as crianças mais novas rejeitam uma criança agressiva no início da adolescência os valentões são frequentemente dominantes respeitados temidos e até apreciados Berger 2007 Tanto os valen tões como as vítimas tendem a ser deficientes em habilidades para solucionar problemas sociais e aqueles que também têm problemas acadêmicos são mais propensos a serem valentões do que vítimas Cook et al 2010 Os fatores de risco para a vitimização parecem ser semelhantes em diversas culturas Schwartz Chang e Farver 2001 As vítimas não se ajustam Elas tendem a ser ansiosas deprimidas desconfia das quietas e submissas e a chorar com facilidade ou a ser encrenqueiras e provocadoras Hodges et al 1999 Olweus 1995 Veenstra et al 2005 Elas têm poucos amigos e podem viver em ambientes familiares severos e punitivos Nansel et al 2001 Schwartz Dodge Pettit Bates Conduct Proble ms Prevention Research Group 2000 As vítimas tendem a ter baixa autoestima embora não seja claro se a baixa autoestima é causa ou efeito da vitimização Boulton e Smith 1994 Olweus 1995 Em um estudo de 5749 crianças canadenses aquelas que estavam acima do peso eram as que tinham maior probabilidade de se tornar vítimas ou valentonas Janssen et al 2004 A pesquisa recente sugere um padrão transacional entre o comportamento internalizante de uma vítima típica e o risco de intimidação com o passar do tempo Um estudo de 432 crianças do ensino fundamental sugeriu que embora o risco de intimidação da maioria das crianças diminua com o tempo à medida que elas aprendem a desencorajar a intimidação Pellegrini e Long 2002 um subgrupo de crianças permanece com alto risco Essas crianças são diferentes no sentido de que exibem altos níveis de comportamentos internalizantes como ansiedade e depressão nos seus pri meiros anos escolares Esses comportamentos internalizantes as colocam em alto risco de intimidação Quando aquela intimidação ocorre elas são propensas a tornarse ainda mais deprimidas e ansiosas perpetuando um estilo de enfrentamento de estressores mal adaptativo e as tornando alvos ainda mais atraentes para os valentões em potencial Leadbeater e Hoglund 2009 A maioria dessas vítimas são pequenas passivas fracas e submissas e podem culpar a si próprias por serem intimidadas Outras vítimas são provocadoras elas incitam seus agressores e podem elas próprias agredir outras crianças Berger 2007 Veenstra et al 2005 A intimidação especialmente a intimidação emocional é prejudicial tanto para os valentões como para as vítimas e pode mesmo ser fatal Berger 2007 Os valentões têm um risco aumen O que pode e deve ser feito em relação a exposição das crianças à mídia violenta intimidação bullying Agressão deliberada e persistente mente dirigida a um alvo específico ou vítima que normalmente é fraco vulnerável e indefeso Papalia10indd 374 Papalia10indd 374 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 375 tado de delinquência crimes ou abuso de álcool Na onda de episódios de tiros dis parados nas escolas desde 1994 frequen temente os autores dos disparos tinham sido vítimas de intimidação bullying An derson Kaufman et al 2001 As vítimas de intimidação crônica tendem a desenvol ver problemas de comportamento Podem tornarse elas próprias mais agressivas ou deprimidas Schwartz et al 1998 Veens tra et al 2005 Além disso a intimidação frequente afeta a atmosfera escolar levando a baixo rendimento alienação da escola dores de estômago e dores de cabeça relu tância em ir para a escola e ausências fre quentes Berger 2007 O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA promoveu os Passos para o Respeito um programa para as 3 a a 6 a séries visando a 1 aumentar a consciência e a responsividade dos funcionários à intimidação bullying 2 ensinar aos estudantes habilidades sociais e emocionais e 3 promover crenças de responsabilidade social Um estudo controlado randomizado de 1023 estudantes de 3 a a 6 a séries encontrou uma redução na intimidação e nas discussões da hora do recreio e um aumento nas interações harmoniosas entre crianças que participaram do programa bem como menos incitação à intimidação pelos espectadores Frey et al 2005 Entretanto a análise da pesquisa feita sobre uma ampla variedade desses tipos de programas de intervenção indicou que o impacto sobre o comportamento de intimidação real é mínimo embora os programas possam aumentar a competência social e a autoestima dos estudantes Merrell et al 2008 Saúde mental O termo saúde mental é uma denominação imprópria porque ele geralmente se refere à saúde emo cional Embora a maioria das crianças seja razoavelmente bem ajustada pelo menos 1 em cada 10 crianças e adolescentes tem um diagnóstico de distúrbio mental suficientemente grave para causar algum prejuízo Leslie et al 2005 O diagnóstico de transtornos mentais em crianças é importante porque eles podem levar a transtornos psiquiátricos na idade adulta KimCohen et al 2003 De fato metade de todos os transtornos mentais começa por volta dos 14 anos de idade Kessler et al 2005 Examinaremos diversos distúrbios emocionais comuns e então os tipos de tratamento PROBLEMAS EMOCIONAIS COMUNS Crianças com problemas emocionais comportamentais e do desenvolvimento tendem a ser um grupo mal atendido Comparadas com outras crianças que têm necessidades de saúde especiais elas são mais propensas a ter condições que afetam suas atividades diárias e as fazem faltar à escola Elas fre quentemente têm condições físicas crônicas Apenas metade de todas as crianças nos Estados Unidos que necessitam de serviços para problemas de saúde mental recebem atualmente a ajuda necessária Merikangas et al 2009 Relatos indicam que 557 das crianças diagnosticadas com problemas emocionais comporta mentais e do desenvolvimento têm transtornos da conduta comportamento agressivo desafiador ou antissocial Quase todo o restante 453 têm transtornos de ansiedade ou do humor sentirse triste deprimido rejeitado nervoso com medo ou solitário Bethell Read e Blumberg 2005 Transtornos da conduta Acessos de raiva e comportamento desafiador questionador hostil ou deliberadamente irritante comum em crianças de 4 e de 5 anos costumam ser superados na terceira infância quando as crianças adquirem um melhor controle desses comportamentos Miner e ClarkeStewart 2009 Quando esse padrão de comportamento persiste até os 8 anos as crianças ge verificador você é capaz de Explicar como a agressão muda durante a terceira infância e como o processa mento de informação social e a violência na mídia podem contribuir para isso Descrever como se estabele cem e se alteram os padrões de intimidação e vitimização indicad r Quais são os transtornos emocionais que podem se desenvolver na infância e como eles são tratados A Paraplush uma indústria de brinquedos europeia lançou uma linha de animais de pelúcia ilustrando transtornos psicológicos comuns A linha se chama Psiquiatria para Brinquedos Abusados Os animais incluem uma cobra hiperativa um jabuti deprimido um crocodilo paranoide entre outros Você acredita que esta abordagem ajuda a acabar com o estigma dos transtornos mentais ou promove estereótipos negativos e percepções errôneas Um programa inovador que tem demonstrado algum sucesso na redução da agressão negativa envolve combater a intimidação com bebês No programa Raízes da Empatia do Canadá bebês de 2 a 4 meses são trazidos para as salas de aula e as crianças são encorajadas a decifrar o que o bebê está sentindo assumir o ponto de vista do bebê e monitorar as conquistas do bebê Presumivelmente esta prática de empatia e tomada de perspectiva tem levado a diminuições nos comportamentos negativos Bornstein 2010 SchonertReichl Hymel nd Papalia10indd 375 Papalia10indd 375 010213 0918 010213 0918 376 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman ralmente os meninos podem ser diagnosticadas com transtorno desafiador de oposição TDO um padrão de desafio desobediência e hostilidade em relação a figuras de autoridade adultas durando pelo menos seis meses e ultrapassando os limites do comportamento infantil normal Crianças com TDO estão constantemente brigando discutindo perdendo o controle tomando coisas dos outros culpando os outros e são raivosas e ressentidas Elas têm poucos amigos costumam arrumar confusão na escola e testar os limites da paciência dos adultos American Psychiatric Association 2000 Natio nal Library of Medicine 2004 Algumas crianças com TDO também apresentam transtorno da conduta TC um padrão per sistente e repetitivo de ações agressivas e antissociais como cabular aula provocar incêndios mentir sistematicamente brigar intimidar roubar provocar atos de vandalismo praticar assaltos usar drogas e ingerir álcool American Psychiatric Association 2000 National Library of Medicine 2003 Entre 6 e 16 de meninos e entre 2 e 9 de meninas com menos de 18 anos nos Estados Unidos foram diagnosticados com níveis clínicos de comportamento externalizante ou problemas de conduta Roosa et al 2005 Algumas com idade entre 11 e 13 anos passam do transtorno da conduta para a violência criminosa assalto estupro e arrombamentos e aos 17 anos poderão ser infratores frequentes e graves Coie e Dodge 1998 Entre 25 e 50 dessas crianças altamente antissociais tornamse adultos antissociais USDHHS 1999b O que determina se uma determinada criança com tendências antissociais se tornará grave ou cronicamente antissocial Déficits neurobiológicos como mecanismos de regulação do estresse fra cos podem falhar em alertar as crianças contra comportamento perigoso ou arriscado Esses déficits podem ser influenciados geneticamente ou podem ser provocados por ambientes adversos como pa rentalidade hostil ou conflito familiar ou por ambos van Goozen et al 2007 Como exemplo em um estudo de mais de 1300 mães e filhos os pesquisadores encontraram uma interação entre paren talidade severa e temperamento difícil da criança Crianças que quando bebês foram avaliadas como sendo difíceis tinham um risco mais alto de desenvolver comportamentos externalizantes como os encontrados no transtorno da conduta mas apenas se suas mães também tivessem usado técnicas de parentalidade severas Miner e ClarkeStewart 2009 Também têm influência os eventos de vida estressantes e a associação com grupos com comportamentos desviantes Roosa et al 2005 Fobia escolar e outros transtornos de ansiedade As crianças com fobia escolar sentem um medo anormal de ir à escola Algumas têm motivos reais para ter medo de ir à escola um professor sarcástico excesso de tarefas ou um valentão a evitar Nesses casos o ambiente pode precisar de uma mudança não a criança A verdadeira fobia escolar pode ser um tipo de transtorno de ansiedade de separação uma condição que envolve ansiedade excessiva por pelo menos quatro semanas por estar longe de casa ou de pessoas a quem a criança está ligada Embora a ansiedade de separação seja normal na primeira infância quando persiste em crianças mais velhas é motivo de preocupação O transtorno da ansiedade de separação afeta cerca de 4 de crianças e adolescentes e pode persistir até a época da faculdade Essas crianças geralmente vêm de famílias estruturadas e afetuosas Elas poderão desenvolver o transtorno espontaneamente ou após um evento estressante como a morte de um bicho de estimação uma doença ou mudança para uma nova escola American Psychiatric Asso ciation 2000 Harvard Medical School 2004a Muitas crianças com ansiedade de separação também apresentam sintomas de depressão USDHHS 1999b Às vezes a fobia escolar pode ser uma forma de fobia social ou ansiedade social medo extremo eou esquiva de situações sociais como falar diante da classe ou encontrar um conhecido na rua A fobia social afeta cerca de 5 das crianças ela ocorre em famílias portanto pode haver um compo nente genético Geralmente as fobias são desencadeadas por experiências traumáticas como quando a criança tem um branco ao ser chamada na sala de aula Beidel e Turner 1998 A ansiedade social tende a aumentar com a idade enquanto a ansiedade de separação diminui Costello et al 2003 Algumas crianças apresentam o transtorno de ansiedade generalizada que não se concentra em nenhum aspecto específico de sua vida Essas crianças se preocupam praticamente com tudo notas na escola tempestades terremotos e machucarse no recreio Elas tendem a ser envergonha das inseguras e excessivamente preocupadas em atender às expectativas dos outros Elas buscam aprovação e precisam constantemente de consolo mas sua preocupação parece ser independente do desempenho ou de como são vistas pelas outras pessoas American Psychiatric Association 1994 Harvard Medical School 2004b USDHHS 1999b Bem menos comum é o transtorno obsessi vocompulsivo TOC As crianças com esse transtorno podem ficar obcecadas por pensamentos transtorno desafiador de oposição TDO Padrão de comportamento que persis te até a terceira infância marcado por negatividade hostilidade e desafio transtorno da conduta TC Padrão repetitivo e persistente de comportamento agresssivo e antisso cial violando as normas sociais ou os direitos dos outros fobia escolar Medo irreal de ir para a escola pode ser uma forma de transtorno de ansiedade de separação ou de fobia social transtorno de ansiedade de separação Condição envolvendo ansiedade excessiva e prolongada por estar longe de casa ou de pessoas a quem a criança é ligada fobia social Medo extremo eou esquiva de situações sociais transtorno de ansiedade generalizada Ansiedade que não se concentra em nenhum alvo específico transtorno obsessivo compulsivo TOC Ansiedade despertada por pensamen tos repetitivos e intrusivos imagens ou impulsos que geralmente levam a com portamentos ritualísticos compulsivos Papalia10indd 376 Papalia10indd 376 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 377 imagens ou impulsos intrusivos e repetitivos geralmente envolvendo medos irracionais ou podem apresentar comportamentos compulsivos como lavar as mãos constantemente ou ambos American Psychiatric Association 2000 Harvard Medical School 2004a USDHHS 1999b Transtornos de ansiedade tendem a ser transmitidos na família Harvard Medical School 2004a e são duas vezes mais comuns entre as meninas A maior vulnerabilidade feminina à ansiedade co meça já aos 6 anos de idade As meninas também são mais suscetíveis à depressão que é semelhante à ansiedade e costuma acompanhála Lewinsohn et al 1998 Tanto a ansiedade como a depressão podem ser de base neurológica ou ter origem em vínculos inseguros de apego contato com pai ou mãe ansiosos ou deprimidos ou ainda em outras experiências que façam a criança se sentir sem controle em relação ao que acontece ao seu redor Chorpita e Barlow 1998 Harvard Medical School 2004a Pais que recompensam uma criança ansiosa dando atenção à ansiedade podem inadvertidamente perpetuála por meio de condicionamento operante Harvard Medical School 2004a Depressão infantil A depressão infantil é um transtorno de humor que vai além da tristeza normal e temporária Estimase que a depressão ocorra em 2 das crianças de idade préescolar e em até 28 de crianças com menos de 13 anos de idade Costello Erkanli e Angold 2006 NCHS 2004 Os sintomas incluem incapacidade de se divertir ou se concentrar fadiga atividade extrema ou apatia choro distúrbios do sono alteração de peso queixas físicas sentimentos de inutilidade uma sensação prolongada de falta de amigos ou pensamentos frequentes sobre morte ou suicídio A depressão infantil pode sinalizar o começo de um problema recorrente que poderá persistir até a idade adulta Birmaher 1998 Birmaher et al 1996 Cicchetti e Toth 1998 Kye e Ryan 1995 USDHHS 1999b Weissman et al 1999 As causas exatas da depressão infantil são desconhecidas mas crianças depressivas tendem a ser de famílias com altos níveis de depressão parental ansiedade abuso de drogas ou comportamento antissocial A atmosfera nessas famílias pode aumentar o risco de depressão nas crianças Cicchetti e Toth 1998 USDHHS 1999b Os pesquisadores encontraram diversos genes específicos relacionados à depressão Um dos ge nes o 5HTT ajuda a controlar a substância química serotonina do cérebro e afeta o humor Em um estudo longitudinal de 847 pessoas nascidas no mesmo ano em Dunedin Nova Zelândia aquelas que tinham duas versões curtas deste gene eram mais propensas a ficar deprimidas do que aquelas que tinham duas versões longas Caspi et al 2003 Uma forma curta de outro gene o SERTs que tam bém controla a serotonina está associada ao aumento do pulvinar uma região envolvida nas emoções negativas Young et al 2007 Crianças de 5 ou 6 anos já sabem relatar com precisão sentimentos e comportamentos de depres são que preveem problemas futuros de dificuldades na escola à depressão maior e ideias de suicídio Ialongo Edelsohn e Kellam 2001 A depressão geralmente surge durante a transição para a segunda metade do ensino fundamental e pode estar relacionada a pressões escolares mais severas Cicchetti e Toth 1998 a crenças numa autoeficácia insuficiente e a falta de investimento pessoal no sucesso escolar Rudolph et al 2001 A depressão fica mais predominante durante a adolescência e será discutida no Capítulo 11 TÉCNICAS DE TRATAMENTO O tratamento psicológico para distúrbios emocionais pode assumir várias formas Na psicoterapia individual o terapeuta atende cada criança individualmente para ajudála a entender sua personalida de e seus relacionamentos e para interpretar sentimentos e comportamentos Esse tipo de tratamento pode ser útil em um momento de estresse como a morte de um dos pais ou o divórcio parental mes mo quando a criança ainda não deu sinais de perturbação A psicoterapia infantil geralmente é mais eficaz quando combinada com aconselhamento aos pais Na terapia familiar o terapeuta atende toda a família em conjunto observa como os membros interagem e mostra padrões de atividades familiares que produzem ou inibem o desenvolvimento A terapia pode ajudar os pais a enfrentarem seus conflitos e a começarem a resolvêlos Geralmente esse é o primeiro passo para resolver também os problemas da criança A terapia comportamental ou modificação comportamental é uma forma de psicoterapia que utiliza princípios da teoria da aprendizagem para eliminar comportamentos indesejáveis ou de senvolver comportamentos desejáveis Uma análise estatística de muitos estudos verificou que a depressão infantil Transtorno do humor caracterizado por sintomas como sensação prolongada de falta de amigos incapacidade de se di vertir ou se concentrar fadiga atividade extrema ou apatia sentimentos de inuti lidade alteração de peso queixas físicas e pensamentos de morte ou suicídio psicoterapia individual Tratamento psicológico em que o terapeuta atende cada pessoa individualmente terapia familiar Tratamento psicológico em que o terapeuta trata toda a família em conjunto para analisar padrões de atividade familiar terapia comportamental Abordagem terapêutica que utiliza princípios da teoria da aprendizagem para encorajar comportamentos de sejáveis ou eliminar comportamentos indesejáveis também chamada de modificação comportamental Papalia10indd 377 Papalia10indd 377 010213 0918 010213 0918 378 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman psicoterapia geralmente é eficaz com crianças e adolescentes mas a terapia comportamental é mais eficaz do que os métodos não comportamentais Os resultados são melhores quando o trata mento tem como objetivo problemas específicos e resul tados desejáveis Weisz et al 1995 A terapia cogni tivocomportamental que procura mudar pensamentos negativos por meio de exposição gradual modelagem recompensas ou conversas da pessoa consigo mesma temse mostrado o tratamento mais eficaz para transtor nos de ansiedade em crianças e adolescentes Harvard Medical School 2004a Quando a criança possui habilidades verbais e conceituais limitadas ou sofreu um trauma emocional a arteterapia pode ajudála a descrever o que a ator menta sem que precise expressar seus sentimentos em palavras A criança poderá expressar emoções profundas através da escolha de cores e temas Kozlowska e Han ney 1999 Observar como uma família planeja executa e discute um projeto artístico pode revelar padrões de interações familiares A ludoterapia método em que a criança brinca livremente enquanto o terapeuta faz comentários ocasio nais perguntas ou sugestões tem se mostrado eficaz em vários problemas emocionais cognitivos e sociais princi palmente quando a consulta com os pais ou com outros membros da família faz parte do processo Atahnsiou 2001 Bratton e Ray 2002 Leblanc e Ritchie 2001 Ryan e Needham 2001 Wilson e Ryan 2001 O uso da terapia medicamentosa antidepressivos estimulantes tranquilizantes ou medica mentos antipsicóticos para tratar transtornos emocionais da infância é controverso Durante a déca da passada a taxa na qual medicamentos antipsicóticos eram prescritos para crianças e adolescentes mais que quintuplicou Olfson et al 2006 Por exemplo de 1999 a 2001 aproximadamente 1 em 650 crianças estava recebendo medicamentos antipsicóticos este número subiu para 1 em 329 em 2007 Olfson et al 2010 Não há pesquisas suficientes sobre a eficácia e a segurança de muitos des ses medicamentos especialmente para crianças O uso dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina ISRS para tratar transtornos ob sessivocompulsivos depressivos e de ansiedade aumentou rapidamente na década de 1990 Leslie et al 2005 mas desde então diminuiu cerca de 20 Daly 2005 Alguns estudos mostram riscos moderados de pensamento e comportamento suicida para crianças e adolescentes que tomam anti depressivos enquanto outros não mostram um risco cumulativo significativo Hammad Laughren e Racoosin 2006 Simon et al 2006 ou mostram um risco diminuído Simon 2006 Uma análise de 27 estudos randomizados controlados por placebo revelou que os benefícios do uso de antidepres sivos para crianças e adolescentes superam os riscos Bridge et al 2007 O uso de medicamentos antidepressivos para depressão na adolescência será discutido no Capítulo 11 ESTRESSE E RESILIÊNCIA Eventos estressantes fazem parte da infância e a maioria das crianças aprende a lidar com eles Quan do porém o estresse tornase esmagador pode gerar problemas psicológicos Estressores graves como guerra ou abuso da criança podem ter efeitos de longo prazo sobre o bemestar físico e psicológico Alguns indivíduos no entanto demonstram uma notável resiliência em superar essas provações Estresses da vida moderna O psicólogo David Elkind 1981 1986 1997 1998 chamou as crianças de hoje de crianças apressadas Ele adverte que as pressões da vida moderna estão forçando a criança a se desenvolver prematuramente o que torna sua infância muito estressante Esperase arteterapia Abordagem terapêutica que permite à pessoa expressar sentimentos pertur badores sem o uso de palavras com diversos materiais e mídias artísticos ludoterapia Abordagem terapêutica que utiliza brinquedos para ajudar uma criança a lidar com o sofrimento emocional terapia medicamentosa Administração de medicamentos para tratar transtornos emocionais verificador você é capaz de Discutir as causas sintomas e tratamentos de transtornos emocionais comuns indicad r Como o estresse da vida moderna afeta as crianças e por que algumas são mais resilientes que outras Na ludoterapia o terapeuta observa enquanto uma criança representa sentimentos perturbadores frequentemente utilizando materiais adequa dos ao desenvolvimento como bonecos Papalia10indd 378 Papalia10indd 378 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 379 das crianças modernas que sejam bemsucedidas na escola competitivas no esporte e que atendam às necessidades emocionais dos pais Elas ficam expostas aos problemas dos adultos que aparecem na televisão e na vida real antes de ter domínio sobre os problemas da infância Muitas crianças mudam de residência com frequência e precisam mudar de escola e deixar os amigos O ritmo de vida com horários rígidos pode ser estressante As crianças porém não são pequenos adultos Elas sentem e pensam como crianças e precisam dos anos de infância para ter um desenvolvimento saudável Tendo em vista a quantidade de estresse a que as crianças são expostas não causa surpresa que a ansiedade infantil tenha aumentado em grandes proporções Twenge 2000 O medo do perigo e da morte estão entre os medos mais consistentes da criança em todas as épocas Gullone 2000 Sil verman La Greca e Wasserstein 1995 Essa ansiedade intensa em relação à segurança pode refletir as altas taxas de criminalidade e violência na sociedade incluindo a presença de gangues de rua e violência em algumas escolas Os achados sobre os medos das crianças foram comprovados numa ampla variedade de socieda des desenvolvidas e em desenvolvimento Crianças pobres que provavelmente veem seu ambiente como ameaçador tendem a ser mais medrosas do que as de nível socioeconômico mais elevado Gullone 2000 Ollendick et al 1996 Crianças que crescem constantemente cercadas por violência costumam ter dificuldade para se concentrar e dormir Algumas se tornam agressivas e outras passam a ver a brutalidade como algo normal Muitas não se permitem apegarse a outras pessoas por medo de mais violências e perdas Garbarino et al 1992 1998 As crianças são mais suscetíveis que os adultos a dano psicológico decorrente de um evento traumático como guerra ou terrorismo e suas reações variam com a idade Wexler Branski e Kerem 2006 Tabela 102 Crianças mais novas que não entendem por que o evento ocorreu tendem a Pais que são estressados no trabalho são mais propensos a ter filhos que relatam ser estressados na escola SalmelaAro Tynkkynen e Vuori 2010 TABELA 102 Reações das crianças ao trauma em diferentes idades Idade Reações típicas 5 anos ou menos Medo da separação dos pais Choro choramingo grito tremores Imobilidade ou movimentos sem objetivo Expressões faciais de pavor Apego excessivo Comportamentos regressivos sugar o polegar urinar na cama medo do escuro 6 a 11 anos Retraimento excessivo Comportamento problemático Incapacidade de prestar atenção Dores de estômago ou outros sintomas sem base física Desempenho escolar em baixa recusa a ir à escola Depressão ansiedade culpa irritabilidade ou entorpecimento emocional Comportamento regressivo pesadelos transtorno do sono medos irracionais acessos de raiva ou brigas 12 a 17 anos Flashbacks memórias repentinas de fatos do passado pesadelos Entorpecimento emocional confusão Esquiva a lembranças do evento traumático Fantasias de vingança Retraimento isolamento Abuso de drogas Problemas com os pares comportamento antissocial Queixas físicas Esquiva à escola declínio no desempenho escolar Distúrbios do sono Depressão pensamentos suicidas Fonte NIMH 2001a Papalia10indd 379 Papalia10indd 379 010213 0918 010213 0918 concentrarse nas consequências As crianças mais velhas têm mais consciência e se preocupam mais com as causas subjacentes do evento Hagan et al 2005 O impacto de um evento traumático é influenciado pelo tipo de evento do quanto as crianças são expostas a ele e o quanto elas e suas famílias e amigos são pessoalmente afetados Desastres de causas humanas como terrorismo e guerra são muito mais pesados para as crianças psicologicamen te do que desastres naturais como terremotos e inundações A exposição às coberturas explícitas da mídia pode piorar os efeitos Wexler et al 2006 A maioria das crianças que assistiram à cobertura dos noticiários sobre os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington DC sofreram um profundo estresse mesmo não tendo sido diretamente afetadas Walma van der Molen 2004 As reações das crianças a um evento traumático ocorrem tipicamente em dois estágios primeiro medo descrença negação luto e alívio se seus entes queridos não foram feridos segundo vários dias ou semanas mais tarde regressão no desenvolvimento e sinais de sofrimento emocional ansiedade medo retraimento distúrbios do sono pessimismo em relação ao futuro ou brincadeiras relacionadas a temas do evento Se os sintomas persistirem por mais de um mês a criança deve receber aconselha mento Hagan et al 2005 Para algumas crianças os efeitos de um evento traumático podem permanecer durante anos Crianças que foram expostas a guerra ou terrorismo têm altas taxas de depressão comportamentos disruptivos e sintomas físicos inexplicados e recorrentes como dor de estômago e dores de cabeça Se elas e sua família foram pessoalmente afetadas a dor física e a perda da casa e da família podem aumentar os efeitos psicológicos Wexler et al 2006 As respostas dos pais a um evento violento ou a uma catástrofe e o modo como eles falam com a criança sobre isso influencia muito a capacidade de recuperação da criança NIMH 2001a Fornecer aos pais estratégias para lidar com notícias re lacionadas a terrorismo pode reduzir as percepções de ameaça e diminuir a ansiedade relacionada a pesquisa em ação CONVERSANDO COM AS CRIANÇAS SOBRE TERRORISMO E GUERRA No mundo atual adultos preocupados enfrentam o desafio de explicar a violência o terrorismo e a guerra para as crianças Embora difíceis essas conversas são extremamente importan tes Elas dão aos pais uma oportunidade de ajudar seus filhos a sentirse mais seguros e a entender melhor o mundo no qual elas vivem Aqui estão alguns indicadores da American Acade my of Child e Adolescent Psychiatry 1 Escute as crianças Crie uma hora e um lugar para as crianças fazerem perguntas e para ajudálas a expressar se Às vezes as crianças se sentem mais à vontade de senhando ou brincando em vez de conversando sobre seus sentimentos 2 Responda as perguntas delas Quando você responder perguntas difíceis sobre violência seja honesto Use pala vras que a criança possa entender e tente não sobrecarre gála com informação demais Você pode ter que repetir se Seja consistente e tranquilizador 3 Dê apoio As crianças se sentem mais à vontade com es trutura e familiaridade Tente estabelecer uma rotina pre visível Evite exposição a imagens violentas na TV ou nos videogames Observe sinais físicos de estresse tais como sono agitado ou ansiedade de separação e busque aju da profissional se os sintomas forem persistentes eou pronunciados Muitas crianças pequenas sentemse confusas e ansiosas quando confrontadas com as realidades da guerra ou do ter rorismo Ao criar um ambiente aberto onde as crianças tenham liberdade para fazer perguntas e receber mensagens honestas consistentes e apoiadoras sobre como lidar com a violência adultos preocupados podem reduzir a probabilidade de dificul dades emocionais Fonte Adaptado da American Academy of Child Adolescent Psychiatry 2003 qual a sua opinião Como você poderia responder a uma criança de 6 anos que lhe perguntou so bre o que aconteceu em 11 de setembro de 2001 102 o Papalia10indd 380 Papalia10indd 380 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 381 possíveis ataques terroristas Comer et al 2008 Quadro 102 Infelizmente os pais tendem a subes timar a quantidade de estresse que seus filhos estão experimentando APA 2009 e portanto perdem oportunidades para intervir Enfrentando o estresse a criança resiliente Crianças resilientes são aquelas que mantêm o equilíbrio e a competência sob condições de perigo ou ameaça ou que se recuperam de eventos traumáticos Essas crianças não possuem qualidades extraordinárias Elas simplesmente conseguem apesar das circunstâncias adversas extrair força dos recursos que promovem o desenvolvimento posi tivo Masten 2001 Tabela 103 Os dois fatores de proteção mais importantes que parecem ajudar a criança e o adolescente a superar o estresse e que contribuem para a resiliência são um bom relacionamento familiar e a ativida de cognitiva Master e Coatsworth 1998 Crianças resilientes têm um bom relacionamento e fortes vínculos com pelo menos um dos pais de quem recebem apoio Pettit et al 1997 ou de algum outro cuidador ou adulto competente e atencioso Masten e Coatsworth 1998 Crianças resilientes também tendem a ter QIs altos e a resolver problemas com facilidade e sua capacidade cognitiva pode ajudálas a lidar com a adversidade a se autoproteger a regular seu próprio comportamento e a apren der com a experiência Elas poderão atrair o interesse dos professores que passam a agir como guias confidentes ou mentores Masten e Coatsworth 1998 Elas podem até ter genes de proteção que po dem amortecer os efeitos de um ambiente desfavorável Caspi et al 2002 KimCohen et al 2004 Outros fatores de proteção frequentemente citados incluem os seguintes Ackerman et al 1999 Eisenberg et al 2004 Eisenberg et al 1997 Masten et al 1990 Masten e Coatsworth 1998 E E Werner 1993 O temperamento ou personalidade da criança Crianças resilientes são adaptáveis amistosas queridas independentes e sensíveis São competentes e têm autoestima elevada São criativas engenhosas independentes e agradáveis Quando estressadas sabem regular suas emoções des locando a atenção para outras coisas Experiências compensadoras Um ambiente escolar protetor ou experiências bemsucedidas nos estudos esportes ou na música ou com outras crianças ou adultos podem ajudar a compensar uma vida destrutiva no lar Risco reduzido Crianças que foram expostas a apenas um dos vários fatores de transtorno psi quiátrico como discórdia parental baixa condição social mãe perturbada pai criminoso e ex periência em adoção temporária ou numa instituição geralmente estão mais aptas a superar o estresse do que aquelas que foram expostas a mais de um fator de risco crianças resilientes Crianças que resistem a circunstâncias adversas vivem bem apesar dos desa fios ou das ameaças ou que se recupe ram de eventos traumáticos fatores de proteção Influências que reduzem o impacto do estresse e tendem a prognosticar desfechos positivos TABELA 103 Características das crianças e dos adolescentes resilientes Fonte Característica Individual Bom funcionamento intelectual Atraente sociável descontraído Eficiência pessoal autoconfiante autoestima alta Talentos Fé Família Relacionamento estreito com figura parental atenta Parentalidade democrática afeto estrutura expectativas altas Vantagens socioeconômicas Ligações com redes familiares estendidas apoiadoras Contexto extrafamiliar Vínculos com adultos prósociais fora da família Ligações com organizações prósociais Frequência a escolas eficazes Fonte Masten e Coatsworth 1998 p 212 Papalia10indd 381 Papalia10indd 381 010213 0918 010213 0918 382 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman resumo e palavraschave Desenvolvimento da identidade Como as crianças em idade escolar desenvolvem um autoconceito saudável e realista e como elas demonstram crescimento emocional O autoconceito tornase mais realista durante a terceira infância quando de acordo com um modelo neopiage tiano a criança forma sistemas representacionais De acordo com Erikson a principal fonte de autoestima é como a criança vê sua competência produtiva Essa virtude se desenvolve por meio da resolução do quarto conflito psicossocial produtividade versus inferioridade As crianças em idade escolar internalizaram a vergonha e o orgulho e podem entender melhor e regular as emo ções negativas A empatia e o comportamento prósocial aumentam O crescimento emocional é afetado pelas reações dos pais à expressão de emoções negativas A regulação emocional envolve controle por esforço sistemas representacionais 356 produtividade versus inferioridade 356 A criança na família Como os relacionamentos entre pais e filhos se transformam na terceira infância e como a atmosfera e a estrutura familiar influenciam o bemestar das crianças Crianças em idade escolar passam menos tempo com os pais e estão menos próximos a eles do que antes mas o relacionamento com os pais continua sendo importante A cultura influencia as relações e papéis familiares O ambiente familiar tem dois grandes componentes a estrutura familiar e a atmosfera familiar O desenvolvimento da corregulação pode afetar o modo como a família lida com os conflitos e a disciplina O impacto causado pelo fato de a mãe trabalhar fora de pende de muitos fatores relativos à criança ao trabalho da mãe e ao que ela sente a respeito depende ainda de ela ter um parceiro que a apoia do nível socioeconômico da família e do tipo de cuidados e grau de monitoração recebidos pela criança A pobreza pode prejudicar o desenvolvimento das crian ças indiretamente através de seus efeitos sobre o bem estar dos pais e seus estilos de parentalidade Muitas crianças hoje crescem em estruturas familiares não tradicionais Dessa forma as crianças tendem a se desenvolver melhor em famílias tradicionais com pai e mãe do que em famílias de coabitação divorciadas de pai ou mãe solteiros ou segundas famílias A estrutura da família porém é menos importante do que seus efeitos sobre a atmosfera familiar A adaptação dos filhos ao divórcio depende de fatores relativos à criança do modo como os pais lidam com a situação da custódia e de esquemas de visitação cir cunstâncias financeiras contato com o genitor que não detém a custódia geralmente o pai e o segundo casa mento do pai ou da mãe A quantidade de conflitos num casamento e a probabili dade de sua continuação após o divórcio podem influen ciar o fato de as crianças estarem em melhor situação se os pais ficarem juntos Na maior parte dos divórcios a mãe obtém a custódia embora a custódia paterna seja uma tendência em crescimento A qualidade do contato com o pai quando este não detém a custódia é mais importante do que a frequência desses contatos A custódia conjunta pode ser benéfica para crianças quando os pais podem cooperar A custódia conjun ta legal é mais comum do que a custódia conjunta física indicad r indicad r Isso não significa que coisas ruins que acontecem na vida de uma criança não têm importância De um modo geral crianças com antecedentes desfavoráveis têm mais problemas de adaptação do que aquelas com antecedentes mais favoráveis e mesmo algumas crianças aparentemente resilientes podem sofrer angústias internas com possíveis consequências de longo prazo Masten e Coatswor th 1998 Entretanto o que é encorajador a respeito dessas verificações é que experiências infantis negativas necessariamente não determinam a vida de uma pessoa e que muitas crianças têm força suficiente para se elevar acima das circunstâncias mais difíceis A adolescência também é uma fase estressante e cheia de riscos mais do que a terceira infân cia No entanto a maioria dos adolescentes desenvolve habilidades e competência para lidar com os desafios que enfrentam como veremos nos Capítulos 11 e 12 verificador você é capaz de Explicar o conceito da criança apressada de Elkind Citar as fontes mais comuns de medo estresse e ansieda de em crianças Identificar os fatores de pro teção que contribuem para a resiliência Papalia10indd 382 Papalia10indd 382 010213 0918 010213 0918 Desenvolvimento Humano 383 Embora o divórcio parental aumente o risco de proble mas no longo prazo para os filhos a maioria se adapta razoavelmente bem Crianças que vivem apenas com um dos pais correm um risco maior de ter problemas comportamentais e escolares em grande parte relacionados ao nível socioeconômico Estudos têm constatado desfechos positivos de desenvol vimento em crianças que vivem com pais homossexuais Crianças adotadas são geralmente bem ajustadas embo ra enfrentem desafios especiais Os papéis e responsabilidades de irmãos em sociedades não industrializadas são mais estruturados do que em sociedades industrializadas Irmãos aprendem sobre resolução de conflitos em seu relacionamento um com o outro O relacionamento com os pais afeta o relacionamento entre os irmãos comportamentos internalizantes 359 comportamentos externalizantes 359 corregulação 360 A criança no grupo de pares Como se dá a mudança no relacionamento com os colegas na terceira infância e que influências afetam a popularidade e a escolha dos amigos O grupo de pares tornase mais importante na terceira infância Esses grupos geralmente consistem de crianças de idade sexo etnia e nível socioeconômico semelhan tes e que vivem próximas umas das outras ou que vão juntas para a escola O grupo de pares ajuda a criança a desenvolver habi lidades sociais permite que ela teste e adote valores independentemente dos pais proporciona um senso de afiliação e ajuda a desenvolver seu autoconceito e a identidade de gênero Também pode encorajar a confor midade e o preconceito Na terceira infância a popularidade tende a influenciar a adaptação futura A popularidade pode ser medida sociometricamente ou pela condição social percebida Os resultados podem ser diferentes Crianças populares tendem a ter boas habilidades cognitivas e sociais Com portamentos que afetam a popularidade podem resultar de relacionamentos familiares e valores culturais A intimidade e a estabilidade das amizades aumentam durante a terceira infância Os meninos tendem a ter mais amigos enquanto as meninas tendem a ter amiza des mais íntimas preconceito 368 Quais são as formas mais comuns de comportamento agressivo na terceira infância e quais são as influências que contribuem para esse comportamento Durante a terceira infância a agressão tipicamente diminui A agressão instrumental geralmente dá lugar à agressão hostil quase sempre com um viés de hosti lidade Crianças altamente agressivas tendem a ser im populares mas podem ganhar status à medida que elas passam para a adolescência A exposição à violência na mídia promove a agressivida de que pode estenderse até a idade adulta A terceira infância é um período propício para a intimida ção mas padrões de intimidadção e vitimização podem ser estabelecidos bem antes As vítimas tendem a ser fracas e submissas ou encrenqueiras e provocadoras e têm baixa autoestima viés de atribuição hostil 372 intimidação bullying 374 Saúde mental Quais são os transtornos emocionais que podem se desenvolver na infância e como eles são tratados Transtornos emocionais e comportamentais comuns entre crianças em idade escolar incluem transtornos da conduta transtornos de ansiedade e depressão infantil Técnicas de tratamento incluem psicoterapia individual terapia familiar terapia comportamental arteterapia ludoterapia e terapia medicamentosa Normalmente as terapias são utilizadas em combinação transtorno desafiador de oposição TDO 376 transtorno da conduta TC 376 fobia escolar 376 transtorno da ansiedade de separação 376 fobia social 376 transtorno da ansiedade generalizada 376 transtorno obsessivocompulsivo TOC 376 depressão infantil 377 psicoterapia individual 377 terapia familiar 377 terapia comportamental 377 arteterapia 378 ludoterapia 378 terapia medicamentosa 378 Como o estresse da vida moderna afeta as crianças e por que algumas são mais resilientes que outras Como resultado das pressões da vida moderna muitas crianças ficam estressadas As crianças tendem a se preocupar com escola saúde e segurança pessoal e podem ficar traumatizadas diante do terrorismo e da guerra Crianças resilientes são mais capazes do que outras de suportar o estresse Os fatores de proteção envolvem relacionamentos familiares capacidade cognitiva perso nalidade grau de risco e experiências compensatórias crianças resilientes 381 fatores de proteção 381 indicad r indicad r indicad r indicad r Papalia10indd 383 Papalia10indd 383 010213 0918 010213 0918 Capítulo 11 pontos principais Adolescência uma transição no desenvolvimento DESENVOLVIMENTO FÍSICO Puberdade O cérebro do adolescente Saúde física e mental DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Aspectos do amadurecimento cognitivo Questões educacionais e vocacionais pontos principais você sabia que Quase a metade dos adolescentes norteamericanos já experimentou drogas ilícitas no final do ensino médio Dormir nos fins de semana não compensa a perda de sono nas noites durante a semana Os pesquisadores discordam quanto a se o trabalho de meio turno é benéfico ou prejudicial para estudantes do ensino médio Neste capítulo descreveremos as transformações físicas da adolescência e como elas afetam os sentimentos dos jovens Observaremos o cérebro do adolescente ainda não amadurecido e discutiremos questões de saúde associadas a essa fase da vida Examinaremos o estágio operatórioformal de Piaget as habilidades no processamento de informação e o desenvolvimento linguístico e moral Finalmente exploraremos questões educacionais e vocacionais você sabia Desenvolvimento Físico e Cognitivo na Adolescência Papalia11indd 384 Papalia11indd 384 010213 1021 010213 1021 O que eu gosto em meus adolescentes é que eles ainda não endureceram Todos nós confundimos endurecimento com força Devemos buscar a força mas não a insensibilidade Anaïs Nin The Diaries of Anaïs Nin vol IV Papalia11indd 385 Papalia11indd 385 010213 1021 010213 1021 386 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Adolescência uma transição no desenvolvimento Rituais para marcar a maturidade de uma criança são comuns em muitas sociedades tradicionais Por exemplo as tribos apaches comemoram a primeira menstruação de uma menina com um ritual de quatro dias de cânticos do nascer ao pôrdosol Na maioria das sociedades modernas a passagem da infância para a vida adulta é marcada não por um único evento mas por um longo período conhecido como adolescência uma transição no desenvolvimento que envolve mudanças físicas cognitivas emocionais e sociais e assume formas variadas em diferentes contextos sociais culturais e econômicos Uma mudança física importante é o início da puberdade o processo que leva à maturidade se xual ou fertilidade a capacidade de reproduzir Tradicionalmente acreditavase que a adolescência e a puberdade começassem ao mesmo tempo em torno dos 13 anos de idade mas como discutiremos os médicos em algumas sociedades modernas vêm agora alterações puberais bem antes da idade de 10 anos Neste livro definimos adolescência aproximadamente como o período que compreende as idades entre 11 e 19 ou 20 anos A ADOLESCÊNCIA COMO UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL A adolescência é uma construção social Esse conceito não existia nas sociedades préindustriais as crianças eram consideradas adultas quando amadureciam fisicamente ou iniciavam um aprendizado profissional Foi apenas no século XX que a adolescência foi definida como um estágio de vida sepa rado no mundo ocidental Hoje a adolescência tornouse um fenômeno global Quadro 111 página 388 embora ela possa assumir formas diferentes em culturas diferentes Na maior parte do mundo a entrada na vida adulta leva mais tempo e é menos definida do que no passado A puberdade começa mais cedo do que antes e o início da vida profissional ocorre mais tarde frequentemente requerendo períodos mais longos de educação ou treinamento profissional para que o indivíduo possa assumir as responsabilidades da vida adulta O casamento com suas responsabilidades associadas tipicamente co meça mais tarde também Os adolescentes passam grande parte de seu tempo em seu próprio mundo amplamente separado do mundo dos adultos Larson e Wilson 2004 O que é adolescência quando ela começa e termina e quais são as oportunidades e os riscos acarretados por ela indicad r adolescência Transição no desenvolvimento entre a infância e a vida adulta que impõe grandes mudanças físicas cognitivas e psicossociais puberdade Processo pelo qual o indivíduo atinge a maturidade sexual e a capacidade de reproduzir indicadores de estudo 1 O que é adolescência quando ela começa e termina e quais são as oportunidades e os riscos acarretados por ela 2 Quais são as alterações físicas que os adolescentes experimentam e como essas alterações os afetam em termos psicológicos 3 Que tipo de desenvolvimento cerebral ocorre durante a adolescência e como ele afeta o comportamento 4 Cite alguns problemas de saúde comuns na adolescência Como eles podem ser evitados 5 Como o pensamento e o uso da linguagem na adolescência diferem da infância 6 Quais são os critérios que os adolescentes usam para fazer julgamentos morais 7 Quais são as influências que afetam o sucesso escolar dos adolescentes seu planejamento e preparação educacional e vocacional Papalia11indd 386 Papalia11indd 386 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 387 ADOLESCÊNCIA UMA ÉPOCA DE OPORTUNIDADES E RISCOS A adolescência oferece oportunidades para o crescimento não só em termos de dimensões físicas mas também em competência cognitiva e social autonomia autoestima e intimidade Os jovens que têm relações de apoio com os pais a escola e a comunidade tendem a desenvolverse de forma positiva e saudável Youngblade et al 2007 Entretanto os adolescentes enfrentam hoje riscos ao seu bemestar físico e mental que incluem altas taxas de mortalidade por acidentes homicídio e suicídio Eaton et al 2008 Como veremos os comportamentos de risco podem refletir imaturidade do cérebro adolescente Entretanto um levantamento nacional de aproximadamente 14 mil estudantes do ensino médio revela tendências animadoras Desde a década de 1990 os estudantes tornaramse menos propensos a usar álcool tabaco ou maconha a dirigir automóveis sem usar o cinto de segurança ou a aceitar ca rona de um motorista que ingeriu bebida al coólica a portar armas a ter relações sexuais ou a têlas sem usar preservativo ou a tentar o suicídio CDC 2006d Eaton et al 2008 A evitação desses comportamentos de risco aumenta as chances dos jovens de passar pe los anos da adolescência com boa saúde físi ca e mental DESENVOLVIMENTO FÍSICO Puberdade A puberdade envolve alterações físicas dramáticas Essas mudanças fazem parte de um longo e com plexo processo de maturação que começa antes do nascimento e suas implicações psicológicas podem continuar até a vida adulta COMO COMEÇA A PUBERDADE ALTERAÇÕES HORMONAIS A puberdade resulta da produção de vários hormônios Um aumento no hormônio liberador de gonadotropina GnRH no hipotálamo leva a uma elevação em dois hormônios reprodutivos funda mentais o hormônio luteinizante LH e o hormônio estimulador dos folículos FSH Nas meninas os níveis aumentados de FSH levam ao início da menstruação Nos meninos o LH inicia a secreção de testosterona e androstenediona Buck Louis et al 2008 A puberdade é marcada por dois estágios 1 a ativação das glândulas adrenais e 2 o amadurecimento dos órgãos sexuais alguns anos mais tarde O primeiro estágio ocorre entre as idades de 6 e 8 anos Durante este estágio as glândulas adrenais localizadas acima dos rins secretam gradualmente níveis cada vez maiores de androgê nios principalmente dehidroepiandrosterona DHEA Susman e Rogol 2004 Aos 10 anos de idade os níveis de DHEA são 10 vezes mais altos do que eram entre as idades de 1 e 4 anos O DHEA influencia o crescimento de pelos púbicos axilares e faciais Ele também contribui para o crescimento mais rápido do corpo para a maior oleosidade na pele e para o desenvolvimento de odores corporais O amadurecimento dos órgãos sexuais ativa um segundo surto de produção de DHEA que então se eleva aos níveis adultos Mcclintock e Herdt 1996 Nesse segundo estágio os ovários da menina aumentam sua produção de estrogênio que estimula o crescimento dos órgãos genitais femininos e o desenvolvimento dos seios e dos pelos púbicos e axilares Nos meninos os testículos aumentam a produção de androgênios principalmente a testosterona que estimula o crescimento dos órgãos ge nitais masculinos da massa muscular e dos pelos do corpo Meninos e meninas possuem os dois tipos de hormônio mas as meninas têm níveis maiores de estrogênio e os meninos de androgênios Nas Por que você acha que essas tendências animadoras estão ocorrendo entre estudantes do ensino médio nos últimos anos verificador você é capaz de Apontar semelhanças e dife renças entre os adolescentes em várias partes do mundo Identificar padrões de com portamento de risco comuns durante a adolescência indicad r Quais são as alterações físicas que os adolescentes experimentam e como essas alterações os afetam em termos psicológicos Papalia11indd 387 Papalia11indd 387 010213 1021 010213 1021 388 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman meninas a testosterona influencia o crescimento do clitóris bem como dos ossos e dos pelos púbicos e axilares Figura 111 página 390 O momento exato em que começa esse fluxo de atividade hormonal parece depender de alcançar uma quantidade crítica de gordura corporal necessária para o sucesso da reprodução Portanto meninas com uma porcentagem de gordura corporal mais alta na segunda infância e aquelas que experimentam um ganho de peso incomum entre as idades de 5 e 9 anos tendem a apresentar um desenvolvimento puberal mais precoce Davison Susman e Birch 2003 Lee et al 2007 Estudos sugerem que um acúmulo de leptina um hormônio associado à obesidade pode ser a ligação entre gordura corporal e puberdade mais precoce Kaplowitz 2008 Níveis aumentados de leptina podem enviar sinais à pituitária e às glândulas sexuais para que aumentem sua secreção de hormônios Chehab et al 1997 Clément et al 1998 ORahilly 1998 Strobel et al 1998 Susman e Rogol 2004 Esta ligação entretanto foi demonstrada com maior frequência em meninas Poucos estudos demonstraram uma associação entre gordura corporal e puberdade mais precoce em meninos indicando que os níveis de leptina podem desempenhar uma função de permissão mas não atuam como um sinal primário para puberdade Kaplowitz 2008 Cientistas identificaram um gene GPR54 no cromossomo 19 essencial para que ocorra esse desenvolvimento Seminara et al 2003 Algumas pesquisas atribuem intensa emotividade e instabilidade de humor no começo da ado lescência a esses desenvolvimentos hormonais De fato emoções negativas como angústia e hostili dade bem como sintomas de depressão em meninas tendem a aumentar à medida que a puberdade avança Susman e Rogol 2004 Entretanto outras influências como sexo idade temperamento e para o mund A GLOBALIZAÇÃO DA ADOLESCÊNCIA Os jovens hoje vivem em uma comunidade global em uma rede de interconexões e interdependências Bens informações imagens eletrônicas músicas diversão e modas passageiras es palhamse quase instantaneamente ao redor do planeta Jovens ocidentais dançam ritmos latinos e meninas árabes inspiramse nas imagens românticas do cinema indiano Jovens maoris na Nova Zelândia escutam o rap afroamericano para simbolizar sua separação da sociedade adulta A adolescência não é mais somente um fenômeno ocidental A globalização e a modernização acionaram mudanças sociais em todo o mundo Entre essas mudanças estão a urbanização vidas mais longas e mais saudáveis taxas de nascimento reduzi das e famílias menores A puberdade mais precoce e o casamen to mais tardio estão se tornando cada vez mais comuns Mais mulheres e menos crianças trabalham fora de casa A rápida disseminação de tecnologias avançadas tornou o conhecimen to um recurso valorizado Os jovens necessitam de mais esco larização e habilidades para ingressar no mercado de trabalho Juntas essas mudanças resultam em uma fase de transição es tendida entre a infância e a idade adulta A puberdade em países menos desenvolvidos era marca da tradicionalmente por ritos de iniciação como a circuncisão Hoje os adolescentes nesses países são cada vez mais iden tificados por suas posições como estudantes separados do mundo de trabalho dos adultos Neste mundo de mudanças novos caminhos estão se abrindo para eles Eles tendem me nos a seguir os passos de seus pais e seus conselhos Quando trabalham eles tendem mais a trabalhar em fábricas do que na fazenda da família Isto não significa que a adolescência é a mesma no mundo todo A mão forte da cultura molda seu significado diferen temente em diferentes sociedades Nos Estados Unidos os adolescentes estão passando menos tempo com seus pais e confiando menos neles Na Índia os adolescentes podem usar roupas ocidentais e usar computadores mas eles mantêm vín culos familiares fortes e suas decisões de vida frequentemente são influenciadas por valores hindus tradicionais Nos países ocidentais meninas adolescentes tentam ser o mais magras possível Na Nigéria e em outros países africanos a obesidade é considerada linda Em muitos países não ocidentais meninos e meninas ado lescentes parecem viver em dois mundos separados Em partes do Oriente Médio América Latina África e Ásia a puberdade traz mais restrições às meninas cuja virgindade deve ser pro tegida para preservar o status da família e garantir o casamento das meninas Os meninos por outro lado adquirem mais liber dade e mobilidade e suas explorações sexuais são toleradas pe los pais e admiradas por seus pares A puberdade intensifica a preparação para os papéis de gê nero que para as meninas na maior parte do mundo significa preparação para a vida doméstica No Laos uma menina pode passar 2 horas e meia por dia descascando lavando e vapori JANELA 111 Papalia11indd 388 Papalia11indd 388 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 389 a época da puberdade podem moderar ou mesmo se sobrepor às influências hormonais Buchanan Eccles e Becker 1992 TEMPO SINAIS E SEQUÊNCIA DA PUBERDADE E DO AMADURECIMENTO SEXUAL As mudanças que anunciam a puberdade começam agora normalmente aos 8 anos nas meninas e aos 9 anos nos meninos Susman e Rogol 2004 mas existe uma ampla variação etária para várias mu danças Recentemente os pediatras viram um número significativo de meninas com brotos mamários antes dos 8 anos de idade Slyper 2006 O processo puberal leva normalmente de 3 a 4 anos para ambos os sexos Meninas afroamericanas e mexicanoamericanas geralmente entram na puberdade mais cedo que meninas brancas Wu Mendola e Buck 2002 embora dados recentes sugiram que a proporção de meninas brancas que entram na puberdade cedo está aumentando Biro et al 2010 Aos 7 anos de idade 104 de meninas brancas 15 de meninas hispânicas e 234 de meninas afroamericanas estão apresentando sinais de entrada na puberdade Biro et al 2010 Caracteres sexuais primários e secundários Os caracteres sexuais primários são os órgãos necessários para a reprodução Nas mulheres os órgãos sexuais incluem os ovários as tubas uterinas o útero o clitóris e vagina Nos homens eles incluem os testículos o pênis o saco escrotal as vesículas seminais e a próstata Durante a puberdade esses órgãos aumentam de tamanho e amadurecem caracteres sexuais primários Órgãos diretamente relacionados à re produção que aumentam de tamanho e amadurecem durante a adolescência zando arroz Em Istambul uma menina deve aprender a ma neira correta de servir chá quando um pretendente chega à casa Os meninos devem prepararse para o trabalho adulto e para manter a honra da família mas as meninas adolescentes em muitos países menos desenvolvidos como as regiões ru rais da China não vão para a escola porque as habilidades que elas aprenderiam não teriam utilidade após o casamento Em vez disso esperase que elas passem a maior parte de seu tem po ajudando em casa Como resultado as meninas raramente desenvolvem um pensamento independente e habilidades de tomada de decisão O padrão tradicional está mudando em algumas partes do mundo em desenvolvimento à medida que o emprego e a au toconfiança das mulheres tornamse necessidades financeiras Durante o último quarto de século o advento da educação pú blica permitiu que mais meninas fossem à escola quebrando alguns dos tabus e restrições sobre as atividades femininas Me ninas mais bem educadas tendem a casarse mais tarde e a ter menos filhos permitindolhes buscar empregos qualificados na nova sociedade tecnológica A mudança cultural é complexa pode ser tanto libertadora como desafiadora Os adolescentes de hoje estão traçando um novo curso nem sempre certos de onde ele levará Discutire mos como a globalização afeta os adolescentes no Capítulo 12 Fonte Larson e Wilson 2004 qual a sua opinião Você é capaz de dar exemplos a partir de sua experiência de como a globalização afeta os adolescentes o Apesar das forças de globalização e modernização crianças préadolescentes em algumas sociedades menos desenvolvi das ainda seguem os caminhos tradicionais Essas meninas de 9 anos em Teerã celebram a cerimônia do Taqlif que marca sua prontidão para iniciar os deveres religiosos do islamismo Papalia11indd 389 Papalia11indd 389 010213 1021 010213 1021 390 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Os caracteres sexuais secundários são sinais fisiológicos do amadurecimento sexual que não envolvem diretamente os órgãos sexuais por exemplo os seios das meninas e os ombros largos dos meninos Outros caracteres sexuais secundários são as alterações na voz e na textura da pele o desen volvimento muscular e o crescimento de pelos púbicos faciais axilares e corporais Essas mudanças ocorrem em uma sequência que é muito mais consistente do que o momento em que ocorrem embora varie um pouco Uma menina pode desenvolver seios e pelo corporal apro ximadamente no mesmo ritmo em outra menina os pelos corporais podem alcançar um crescimento semelhante ao adulto aproximadamente um ano antes do desenvolvimento dos seios Variações se melhantes na condição grau de desenvolvimento e época da puberdade ocorrem entre os meninos Sinais da puberdade Os primeiros sinais externos de puberdade normalmente são tecido mamá rio e pelos púbicos nas meninas e aumento dos testículos nos meninos Susman e Rogol 2004 Os mamilos de uma menina ficam maiores e salientes as aréolas áreas pigmentadas em torno dos ma milos aumentam de tamanho e os seios assumem primeiro uma forma cônica e depois arredondada Alguns meninos adolescentes para sua aflição experimentam um aumento temporário das mamas esse desenvolvimento é normal e pode durar até 18 meses Os pelos púbicos a princípio lisos e sedosos eventualmente tornamse grossos escuros e encara colados Eles aparecem em padrões diferentes em homens e mulheres Os meninos adolescentes ge ralmente ficam felizes de ver pelo no rosto e no peito mas as meninas geralmente ficam desanimadas com o aparecimento mesmo de uma ligeira quantidade de pelos no rosto ou em torno dos mamilos embora isto também seja normal A voz tornase mais grave principalmente nos meninos em parte por causa do crescimento da laringe em parte em resposta à produção de hormônios masculinos A pele tornase mais grossa e caracteres sexuais secundários Sinais fisiológicos de amadurecimento sexual como o desenvolvimento dos seios e o crescimento de pelos cor porais que não envolvem os órgãos sexuais FIGURA 111 Regulação do início e pro gressão da puberdade em seres humanos A ativação do eixo HPG hipo tálamopituitáriogonadal requer um sinal do sistema nervoso central SNC para o hi potálamo que estimula a pro dução de LH e FSH da pituitária Fonte Buck Louis et al 2008 HPG SNC Hipotálamo Produção de esperma Desenvolvimento de Pênis Pelos púbicos Testículos Desenvolvimento de Pelos púbicos Pelos axilares Acne Desenvolvimento de Seios Ovários Útero Produção de óvulos Menarca Pituitária Gônada Androgênio Estrogênio Ativina Inibina GnRH LHFSH Homens Mulheres Papalia11indd 390 Papalia11indd 390 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 391 oleosa A maior atividade das glândulas sebáceas con tribui para o surgimento de espinhas e cravos A acne é mais comum nos meninos e parece estar relacionada ao aumento nas quantidades de testosterona O estirão de crescimento adolescente O estirão de crescimento adolescente um aumento rápido na altura peso musculatura e ossatura que ocorre durante a puberdade geralmente começa nas me ninas entre os 9 anos e meio e os 14 anos e meio geralmente por volta dos 10 e nos meninos entre os 10 anos e meio e os 16 anos e meio geralmente aos 12 ou 13 Ele dura normalmente em torno de dois anos pouco depois de seu término o jovem atinge a maturidade sexual Tanto o hormônio de crescimento como os hormônios sexuais androgênios e estrogênio contribuem para este padrão de crescimento normal Susman e Rogol 2004 Visto que o estirão de crescimento das meninas ocorre geralmente dois anos antes que o dos me ninos as meninas entre as idades de 11 e 13 anos tendem a ser mais altas mais pesadas e mais fortes que os meninos da mesma idade Após seu estirão de crescimento os meninos ficam novamente maiores As meninas normalmente atingem sua altura total aos 15 anos e os meninos aos 17 anos A taxa de crescimento muscular atinge um pico aos 12 anos e meio nas meninas e aos 14 anos e meio nos meninos Gans 1990 Meninos e meninas crescem de maneira diferente não apenas nos ritmos de crescimento mas também na forma e no feitio O menino tornase maior de um modo geral os ombros ficam mais lar gos as pernas mais longas em relação ao tronco e o antebraço mais longo em relação à parte superior do braço e à estatura A pelve da menina fica mais larga para facilitar o parto e camadas de gordura se acumulam sob a pele dandolhe uma aparência mais arredondada A gordura acumulase duas vezes mais rápido nas meninas que nos meninos Susman e Rogol 2004 Visto que cada uma dessas mudanças segue seu próprio ritmo por algum tempo partes do corpo podem ficar desproporcionais Essas alterações físicas notáveis têm consequências psicológicas A maioria dos adolescentes está mais preocupada com a aparência do que com qualquer outro aspecto de si próprio e alguns não gostam do que veem no espelho Conforme discutiremos na seção seguinte essas atitudes podem levar a problemas de alimentação Sinais de maturidade sexual produção de esperma e menstruação O amadurecimento dos órgãos reprodutores traz o início da menstruação nas meninas e a produção de esperma nos meninos O principal sinal de maturidade sexual nos meninos é a produção de esperma A primeira ejaculação ou espermarca ocorre em média aos 13 anos O menino pode acordar e encontrar uma mancha úmida ou ressecada no lençol resultado de uma polução noturna uma ejaculação involuntária de sêmen usualmente chamada de sonho molhado A maioria dos adolescentes do sexo masculino tem essas emissões às vezes associadas a um sonho erótico O principal sinal de maturidade sexual na menina é a menstruação uma eliminação mensal do revestimento uterino A primeira menstruação denominada menarca ocorre relativamente tarde na sequência do desenvolvimento feminino seu tempo normal de ocorrência pode variar dos 10 aos 16 anos e meio A média de idade da menarca em meninas caiu de mais de 14 anos antes de 1900 para 12 anos e meio na década de 1990 Em média as meninas negras menstruam pela primeira vez 6 meses antes das meninas brancas S E Anderson Dallal e Must 2003 Influências sobre a época da puberdade e seus efeitos Com base em fontes históricas os cientistas do desenvolvimento encontraram uma tendência secular uma tendência que abrange estirão de crescimento adolescente Aumento rápido na altura e no peso que precede a maturidade sexual espermarca A primeira ejaculação do menino menarca A primeira menstruação da menina tendência secular Tendência que pode ser vista apenas observando diversas gerações tal como a tendência a alcançar mais cedo a altura adulta e a maturidade sexual que começou um século atrás em alguns países A maioria das meninas experimenta um estirão de crescimento dois anos antes que a maioria dos meninos assim entre as idades de 11 e 13 anos as meninas tendem a ser mais altas mais pesadas e mais fortes que os meninos da mesma idade Papalia11indd 391 Papalia11indd 391 010213 1021 010213 1021 392 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman diversas gerações no início da puberdade uma diminuição nas idades em que a puberdade começa e quando os jovens atingem a altura adulta e a maturidade sexual A tendência que também envolve aumentos na altura e peso adultos começou há aproximadamente 100 anos Ela ocorreu em lugares como os Estados Unidos a Europa Ocidental e o Japão S E Anderson et al 2003 Uma explicação proposta para a tendência secular é um padrão de vida mais elevado Poderia se esperar que crianças saudáveis mais bem nutridas e mais bem cuidadas amadurecessem mais cedo e ficassem mais altas Slyper 2006 Portanto a idade média da maturidade sexual é mais pre coce em países desenvolvidos do que em países em desenvolvimento Devido ao papel da gordura corporal na iniciação da puberdade um fator de contribuição nos Estados Unidos durante a última parte do século XX pode ter sido o aumento na obesidade entre as meninas S E Anderson et al 2003 Lee et al 2007 Uma combinação de influências genéticas físicas emocionais e contextuais incluindo nível socioeconômico toxinas ambientais dieta exercício gordura e peso corporal prépuberais e doença ou estresse crônico podem afetar as diferenças individuais na época da menarca Belsky Steinberg et al 2007 Graber BrooksGunn e Warren 1995 Estudos sobre gêmeos documentaram a heredita riedade da idade da menarca Mendle et al 2006 Outra pesquisa revelou que a idade da primeira menstruação de uma menina tende a ser semelhante à de sua mãe Maisonet et al 2010 se a nu trição e o padrão de vida permanecerem estáveis de uma geração para a seguinte Susman e Rogol 2004 Além disso menarca mais precoce está associada com tabagismo materno durante a gravidez e com ser a primogênita Maisonet et al 2010 Em diversos estudos conflito familiar estava asso ciado com menarca precoce enquanto afeto parental relacionamentos familiares harmoniosos e en volvimento paterno na criação da filha estavam relacionados com menarca mais tardia Belsky Stein berg et al 2007 Mendle et al 2006 Meninas que em idade préescolar tinham relacionamentos íntimos e sustentadores com seus pais especialmente com um pai afetuoso e envolvido tendem a entrar na puberdade mais tarde do que meninas cujos relacionamentos com os pais eram frios e distantes ou que aquelas que foram criadas por mães solteiras Belsky Steinberg et al 2007 Ellis et al 1999 Por outro lado rupturas familiares e separação física do pai foram associadas com menarca mais precoce Tither e Ellis 2008 As variáveis maternas também têm importância Meninas cujas mães usam técnicas de parentalidade severas também são mais propensas a entrar na puberdade mais cedo Belsky et al 2010 Que diferença se houver a época da puberdade faz para o bemestar psicológico Depende de como o adolescente e os outros interpretam as mudanças associadas Os efeitos de maturação precoce ou tardia na maior parte das vezes são negativos quando os adolescentes são muito mais ou muito menos desenvolvidos que seus pares quando não veem as mudanças como vantajosas e quando vários eventos estressantes tais como a chegada da puberdade e a transição para o ensino secundá rio ocorrem quase ao mesmo tempo Petersen 1993 Simmons Blyth e McKinney 1983 Fatores contextuais como etnia escola e vizinhança podem fazer uma diferença Por exemplo meninas que amadurecem cedo são mais propensas a praticar sexo inseguro Belsky et al 2010 e elas apresentam mais problemas de comportamento em escolas mistas do que em escolas só de meninas e em comuni dades urbanas carentes do que em comunidades rurais ou urbanas de classe média Caspi et al 1993 Dick et al 2000 Ge et al 2002 O cérebro do adolescente Há não muito tempo a maioria dos cientistas acreditava que o cérebro estava totalmente maduro na época da puberdade Agora estudos de imageamento revelam que o cérebro do adolescente ainda é uma obra em andamento Mudanças dramáticas nas estruturas cerebrais envolvidas nas emoções no julgamento organização do comportamento e autocontrole ocorrem entre a puberdade e o início da vida adulta Figura 112 A imaturidade do cérebro do adolescente tem levantado questões sobre o grau com que os adolescentes podem ser razoavelmente considerados legalmente responsáveis por seus atos Steinberg e Scott 2003 levando a Suprema Corte dos EUA em 2005 a julgar a pena de morte inconstitucional para um assassino condenado que tivesse 17 anos ou menos quando o crime foi cometido Mears 2005 Você amadureceu cedo tarde ou na hora certa Como você se sentiu em relação à época de seu amadurecimento verificador você é capaz de Explicar como a puberdade começa e como sua época e duração variam Descrever mudanças típicas da puberdade em meninos e meninas e identificar fatores que afetam as reações psico lógicas a essas mudanças indicad r Que tipo de desenvolvimento cerebral ocorre durante a adolescência e como ele afeta o comportamento Papalia11indd 392 Papalia11indd 392 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 393 A propensão para comportamento de risco parece resultar da interação de duas redes cerebrais 1 uma rede socioemocional que é sensível a estímulos sociais e emocionais tal como a influência dos pares e 2 uma rede de controle cognitivo que regula as respostas a estímulos A rede socioe mocional tornase mais ativa na puberdade enquanto a rede de controle cognitivo amadurece mais gradualmente até o início da idade adulta Esses achados podem explicar a tendência dos adolescentes a explosões emocionais e a comportamento de risco e por que o comportamento de risco frequente mente ocorre em grupos Steinberg 2007 Além disso os adolescentes processam a informação sobre as emoções diferentemente dos adul tos Em um estudo os pesquisadores registraram a atividade cerebral de adolescentes enquanto eles identificavam emoções expressadas por rostos em uma tela de computador Jovens no começo da adolescência de 11 a 13 anos tendiam a usar a amígdala uma pequena estrutura em forma de amên doa localizada no lobo temporal e que está fortemente envolvida nas reações emocionais e instintivas Adolescentes mais velhos de 14 a 17 anos apresentavam padrões mais adultos usando os lobos frontais responsáveis por planejamento raciocínio julgamento modulação emocional e controle dos impulsos e que portanto permitem julgamentos mais precisos e razoáveis Esta diferença poderia ex plicar as escolhas insensatas dos adolescentes como abuso de substância e sexo inseguro O desenvol vimento ainda imaturo do cérebro pode permitir que os sentimentos se sobreponham à razão e pode impedir que alguns adolescentes deem ouvidos a advertências que parecem lógicas e convincentes aos adultos Baird et al 1999 YurgelunTodd 2002 Os sistemas corticais frontais ainda não desenvolvi dos associados à motivação impulsividade e adicção podem explicar por que os adolescentes buscam excitações e novidades e por que muitos deles têm dificuldade para se concentrar em metas de longo prazo Bjork et al 2004 Chambers Taylor e Potenza 2003 Para entender a imaturidade do cérebro do adolescente também precisamos examinar as mudanças na estrutura e na composição do córtex frontal Primeiro na adolescência o aumento na substância bran ca típica do cérebro infantil continua nos lobos frontais ACT for Youth 2002 Blakemore e Choudhury A imaturidade desses centros cerebrais e a consequente propensão a agir impulsivamente e sem considerar totalmente as consequências é uma das razões por que algumas pessoas são contra a aplicação da pena de morte a adolescentes Você acha que este é um argumento válido Por quê 10 00 20 5 01 02 03 04 05 06 Substância cinzenta Idade Volume 07 08 09 5 FIGURA 112 Compostas de varreduras por IRM de crianças e adolescentes saudáveis essas imagens resumem 15 anos de desenvolvimento cerebral 5 a 20 anos de idade A cor vermelha indica mais substância cinzen ta azul menos substância cinzenta A substância cinzenta diminui em uma onda inversa à medida que o cérebro amadurece e conexões neurais são desativadas Veja a figura em cores na orelha desta obra Fonte Gogtay et al 2004 Papalia11indd 393 Papalia11indd 393 010213 1021 010213 1021 394 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman 2006 Kuhn 2006 NIMH 2001b Segundo a desativação de conexões dendríticas não utilizadas duran te a infância resulta em uma redução na densidade da substância cinzenta células nervosas aumentando a eficiência do cérebro Este processo começa nas porções posteriores do cérebro e movese para a frente Na maior parte das vezes entretanto ele ainda não alcançou os lobos frontais na época da adolescência Um surto importante na produção de substância cinzenta nos lobos frontais começa em torno da puberdade Após o estirão de crescimento a densidade de substância cinzenta diminui muito particularmente no córtex préfrontal à medida que sinapses conexões entre os neurônios não uti lizadas são desativadas e aquelas que permanecem são fortalecidas ACT for Youth 2002 Blakemore e Choudhury 2006 Kuhn 2006 NIMH 2001b Portanto da metade ao final da adolescência os jovens têm menos conexões neuronais mas mais fortes mais regulares e mais eficazes tornando o processamento cognitivo mais eficiente Kuhn 2006 A estimulação cognitiva na adolescência faz uma diferença crítica no desenvolvimento do cé rebro O processo é bidirecional as atividades e as experiências dos adolescentes determinam quais conexões neuronais serão mantidas e fortalecidas e este desenvolvimento serve de base para o cres cimento cognitivo naquelas áreas Kuhn 2006 Adolescentes que exercitam seus cérebros apren dendo a ordenar seus pensamentos a entender conceitos abstratos e a controlar seus impulsos estão estabelecendo as bases neurais que utilizarão pelo resto de suas vidas ACT for Youth 2002 p 1 Saúde física e mental Nove em cada 10 adolescentes de 11 a 15 anos em países industrializados ocidentais se consideram saudáveis segundo um levantamento conduzido pela Organização Mundial de Saúde Scheidt et al 2000 Contudo muitos adolescentes especialmente as meninas relatam frequentes problemas de saúde como dores de cabeça dores de estômago dores nas costas nervosismo e cansaço solidão ou desânimo Esses relatos são especialmente comuns nos Estados Unidos e em Israel onde a vida tende a ter um ritmo acelerado e estressante Scheidt et al 2000 Muitos problemas de saúde podem ser evitados e têm como causa o estilo de vida ou a pobreza Em países industrializados os adolescentes de famílias menos abastadas tendem a se queixar de saú de mais precária e de sintomas mais frequentes Scheidt et al 2000 Adolescentes de famílias mais abastadas tendem a ter dietas mais saudáveis e a ser fisicamente mais ativos Mullan e Currie 2000 Vejamos alguns problemas de saúde específicos forma física necessidades de sono transtornos da alimentação abuso de drogas depressão e causas de morte na adolescência ATIVIDADE FÍSICA O exercício ou a falta dele afeta tanto a saúde física quanto a mental Os benefícios do exercício regular incluem maior força e resistência ossos e músculos mais saudáveis controle do peso e ansiedade e estresse reduzidos bem como um aumento na autoestima nas notas escolares e no bemestar geral O exercício também diminui a probabilidade de um adolescente se envolver em comportamentos de risco Mesmo a atividade física moderada traz benefícios à saúde se realizada regularmente pelo menos durante 30 minutos por dia Um estilo de vida sedentário pode resultar em maior risco de obesidade e de diabetes tipo II problemas cada vez maiores entre os adoles centes O sedentarismo também pode levar à maior probalidade de doença cardíaca e câncer na idade adulta Carnethon Gulati e Greenland 2005 Centers for Disease Control and Preven tion CDC 2000a Hickman Roberts e de Matos 2000 National Center for Health Statistics NCHS 2004 Nelson e GordonLarsen 2006 Troiano 2002 Infelizmente apenas cerca de um terço dos estudantes de ensino médio norteamericanos praticam atividades físicas na quantidade recomendada e a proporção de jovens inativos au menta ao longo dos anos do ensino médio Eaton et al 2008 Os adolescentes apresentam uma queda acentuada na atividade física quando entram na puberdade passando de uma média de 3 horas por dia de atividade física aos 9 anos para uma média de apenas 49 minutos de atividade física por dia aos 15 anos Nader et al 2008 Os adolescentes norteamericanos se exercitam menos frequentemente do que no passado e menos do que os adolescentes na maioria dos outros países industrializados CDC 2000a Hickman et al 2000 verificador você é capaz de Descrever duas mudanças importantes no cérebro do adolescente Identificar aspectos imaturos do cérebro do adolescente e explicar como esta imaturida de pode afetar o comporta mento indicad r Cite alguns problemas de saúde comuns na adolescência Como eles podem ser evitados Adolescentes que praticam esportes tendem a se sentir melhor do que aqueles que não praticam E como ocorre com suas contrapartes mais jovens precauções de segu rança como o uso de capacetes reduzem o risco de acidentes e ferimentos Papalia11indd 394 Papalia11indd 394 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 395 NECESSIDADES E DISTÚRBIOS DO SONO A privação de sono entre adolescentes tem sido chamada de epidemia Hansen et al 2005 Uma média de 40 de adolescentes em sua maioria meninos em um estudo de 28 países industrializados relataram sonolência matinal pelo menos uma vez por semana e 22 disseram que se sentem sono lentos quase todos os dias Scheidt et al 2000 As crianças geralmente vão dormir mais tarde e dormem menos nos dias de escola à medida que ficam mais velhas O adolescente médio que dormia mais de 10 horas à noite aos 9 anos de idade dorme menos de 8 horas aos 16 anos Eaton et al 2008 Hoban 2004 Na realidade os adolescentes necessitam tanto ou mais sono do que quanto eram menores Hoban 2004 Iglowstein et al 2003 Dormir mais nos fins de semana não compensa a perda de sono nas noites de escola Hoban 2004 Sadeh Raviv e Gruber 2000 O hábito de dormir e acordar tarde pode contribuir para a insônia um problema que frequentemen te começa no final da infância ou na adoles cência Hoban 2004 A privação do sono pode diminuir a motivação e causar irritabilidade e a con centração e o desempenho escolar podem ser afetados A sonolência também pode ser fatal para adolescentes que dirigem Estudos revelaram que jovens entre 16 e 29 anos são mais propensos a estar envolvidos em acidentes causados por adolescentes que dormem ao volante Millman et al 2005 Por que adolescentes ficam acordados até tarde Eles podem precisar fazer a lição de casa querer conversar ou mandar mensagens para os amigos ou navegar na internet ou simplesmente desejar agir como gente grande Entretanto especialistas em sono reconhecem agora que mudanças biológicas estão por trás dos distúrbios do sono dos adolescentes Sadeh et al 2000 O momento da secreção do hormônio melatonina é um indicador de quando o cérebro está pronto para dormir Após a puber dade essa secreção ocorre durante a noite Carskadon et al 1997 Mas os adolescentes ainda neces sitam de tanto sono quanto antes portanto quando eles dormem mais tarde que crianças mais novas eles também precisam levantar mais tarde Contudo na maioria das escolas de ensino médio as aulas começam mais cedo do que nas de ensino fundamental Seus horários estão fora de sincronia com os ritmos biológicos dos estudantes Hoban 2004 Os adolescentes tendem a estar menos atentos e mais estressados de manhã cedo e mais alertas à tarde Hansen et al 2005 Começar as aulas mais tarde ou pelo menos ministrando os cursos mais difíceis mais tarde ajudaria a melhorar a concentração dos estudantes Crouter e Larson 1998 TRANSTORNOS DA NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO A boa nutrição é importante para sustentar o crescimento rápido da adolescência e para estabelecer hábitos alimentares saudáveis que vão persistir até a idade adulta Infelizmente os adolescentes norte americanos comem menos frutas e vegetais e consomem mais alimentos com alto nível de colesterol gordura e calorias e baixo teor de nutrientes que os adolescentes em outros países industrializados American Heart Association et al 2006 Vereecken e Maes 2000 Deficiências de cálcio zinco e ferro são comuns nessa idade Bruner et al 1996 Lloyd et al 1993 No mundo todo a nutrição deficiente é mais frequente em populações de baixa renda ou iso ladas mas também pode resultar da preocupação com a imagem corporal e com o controle de peso Vereecken e Maes 2000 Transtornos da alimentação incluindo obesidade são mais prevalentes em sociedades industrializadas onde a comida é abundante e a atratividade está relacionada à magreza mas esses transtornos parecem estar aumentando também em países não ocidentais Makino Tsuboi e Dennerstein 2004 Obesidade Adolescentes norteamericanos têm probabilidade duas vezes maior de estar acima do peso do que jovens da mesma idade em 14 outros países industrializados de acordo com autor A pesquisa tem mostrado repetidamente que um cochilo breve pode ajudar a recuperar uma pessoa cansada Se você não tem condições de deitar na cama quanto mais você puder se reclinar mais repousante será seu cochilo E se você não puder se reclinar apenas deitar sua cabeça sobre a mesa de uma biblioteca silenciosa proporciona benefícios claros em relação a não dormir nada Hayashe e Abe 2008 Zhao et al 2010 Embora os adolescentes se exercitem menos há um raio de esperança A atividade extracurricular mais popular entre crianças de 12 a 17 anos é a prática de esportes Dye e Johnson 2009 verificador você é capaz de Resumir a condição de saúde dos adolescentes Explicar a importância da ati vidade física Explicar por que os adolescen tes frequentemente dormem pouco Papalia11indd 395 Papalia11indd 395 010213 1021 010213 1021 396 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman relatos de altura e peso de mais de 29 mil meninos e meninas entre 13 e 15 anos de idade Lissau et al 2004 Cerca de 34 de adolescentes norteamericanos têm um índice de massa corporal IMC no ou acima do 85 o percentil para a idade e o sexo A porcentagem de adolescentes norteamerica nos com IMCs no ou acima do 95 o percentil mais que triplicou entre 1980 e 2008 de 5 para perto de 18 Ogden et al 2010 Entre adolescentes mais velhos a obesidade é 50 mais prevalente naqueles de famílias pobres Miech et al 2006 Meninas e meninos mexicanoamericanos e meni nas negras não hispânicas que tendem a ser mais pobres que seus pares são mais propensos a estar acima do peso do que adolescentes brancos não hispânicos Hernandez e Macartney 2008 NCHS 2006 Ogden et al 2010 Adolescentes acima do peso tendem a ter a saúde mais debilitada que seus pares e estão mais propensos a ter dificuldade para frequentar a escola executar tarefas domésticas praticar atividades que exijam esforço físico ou se dedicar aos cuidados pessoais Swallen et al 2005 Eles têm um risco maior de hipertensão e diabetes NCHS 2005 Um em cada 5 tem níveis de lipídeos anormais incluindo altas taxas de colesterol ruim baixas taxas de colesterol bom ou triglicerídeos sanguíneos altos CDC 2010 Eles tendem a se tornar adultos obesos sujeitos a uma variedade de problemas de ordem física social e psicológica Gortmaker et al 1993 Dada a alta proporção de adolescentes acima do peso hoje uma equipe de pesquisa projeta que em 2035 mais de 100 mil novos casos de doença cardiovascular serão atribuíveis a uma prevalência aumentada de sobrepeso em homens e mulheres jovens e de meiaidade BibbinsDomingo et al 2007 Fatores genéticos e outros fatores como falhas na regulação do metabolismo e pelo menos em meninas sintomas depressivos e ter pais obesos pode aumentar a probabilidade de obesidade ado lescente Morrison et al 2005 Stice et al 2005 Entretanto um estudo com 878 adolescentes da Califórnia entre 11 e 15 anos revelou que a falta de exercícios era o principal fator de risco para o excesso de peso em meninos e meninas Patrick et al 2004 Programas que utilizam técnicas de modificação comportamental para ajudar adolescentes a fazer mudanças na dieta e exercícios têm obtido um relativo sucesso Entretanto a dieta para os adoles centes pode ser contraproducente Em um estudo de três anos de 8203 meninas e 6769 meninos de 9 a 14 anos aqueles que fizeram dieta ganharam mais peso que aqueles não fizeram dieta A E Field et al 2003 Imagem corporal e transtornos da alimentação Às vezes a determinação de não ter excesso de peso pode resultar em problemas mais graves do que o próprio excesso de peso A preocupação com a imagem corporal pode resultar em esforços obsessivos para controlar o peso Davison e Birch 2001 Schreiber et al 1996 Vereecken e Maes 2000 Esse padrão é mais comum e tem menor pro babilidade de estar relacionado a problemas reais de peso entre as meninas do que entre os meninos Em razão do aumento normal de gordura corporal nas meninas durante a puberdade muitas principalmente se tiverem um desenvolvimento púbere avançado ficam descontentes com a apa rência refletindo a ênfase cultural nos atributos físicos das mulheres Susman e Rogol 2004 A insatisfação das meninas com o corpo aumenta entre o começo e a fase intermediária da adolescência enquanto os meninos que estão se tornando mais musculosos ficam mais satisfeitos com o corpo Feingold e Mazella 1998 Rosenblum e Lewis 1999 Swarr e Richards 1996 Aos 15 anos mais da metade das meninas em amostragens de 16 países estava fazendo dieta ou achava que devia fazer Os Estados Unidos ocupavam o topo da lista com 47 de meninas de 11 anos e 62 de meninas de 15 anos preocupadas com seu peso Vereecken e Maes 2000 As meninas afroamericanas de modo geral estão mais satisfeitas com o corpo e menos preocupadas com o peso e dieta do que as meninas brancas Kelly et al 2004 Wardle et al 20004 Segundo um abrangente estudo prospectivo de coorte as atitudes parentais e as imagens da mídia desempenham um papel mais importante do que as influências dos colegas no incentivo a preocupações com o peso A E Field et al 2001 A preocupação excessiva com o controle do peso e a imagem corporal podem ser sinais de anore xia nervosa ou bulimia nervosa ambas envolvendo padrões anormais de ingestão de alimentos Esses transtornos crônicos ocorrem no mundo todo principalmente em meninas adolescentes e mulheres jovens Entretanto não foram feitos estudos suficientes entre homens e entre grupos étnicos não brancos Além disso a ideia de que os transtornos da alimentação são resultado de pressão cultural para ser magro é simplista demais fatores biológicos incluindo fatores genéticos desempenham um imagem corporal Crenças descritivas e avaliativas sobre a própria aparência Papalia11indd 396 Papalia11indd 396 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 397 papel igualmente importante StriegelMoore e Bulik 2007 Estudos sobre gêmeos encontraram asso ciações entre transtornos da alimentação e a serotonina cerebral uma variante da proteína BDNF que influencia a ingestão de alimento e estrogênio Klump e Culbert 2007 A Tabela 111 resume alguns dos fatores de risco e os sintomas de anorexia e bulimia Anorexia nervosa A anorexia nervosa ou a autoinanição é potencialmente fatal Sabese que uma porcentagem estimada de 03 a 05 de meninas e mulheres jovens e uma porcentagem menor mas crescente de meninos e homens em países ocidentais é afetada As pessoas com anorexia têm uma imagem corporal distorcida e embora geralmente estejam gravemente abaixo do peso acreditam que estão gordas Geralmente são bons alunos mas podem ser retraídas ou deprimidas e assumir comportamentos repetitivos e perfeccionistas Elas têm um medo extremo de perder o controle e ficar acima do peso AAP Committee on Adolescence 2003 MartínezGonzález et al 2003 Wilson Grilo anorexia nervosa Transtorno da alimentação caracteriza do pela autoinanição TABELA 111 Transtornos da alimentação fatores de risco e sintomas FATORES DE RISCO Aceitar as atitudes da sociedade em relação à magreza Ser perfeccionista Ser mulher Sofrer de ansiedade na infância Sentirse cada vez mais preocupada ou dar excessiva atenção a peso e forma Ter problemas de alimentação e gastrintestinais durante a segunda infância Ter um histórico familiar de adicções ou transtornos da alimentação Ter pais que se preocupam com o peso e com perder peso Ter uma autoimagem negativa SINTOMAS Anorexia Bulimia Usar laxantes enemas ou diuréticos inade quadamente na tentativa de perder peso Compulsão alimentar Ir ao banheiro logo após as refeições Exercitarse compulsivamente Restringir a quantidade de alimento ingerido Cortar o alimento em pedaços pequenos Cáries dentárias devido ao vômito autoin duzido Confusão ou pensamento lento Pele manchada ou amarelada Depressão Boca seca Sensibilidade extrema ao frio Cabelo fino Pressão sanguínea baixa Ausência de menstruação Memória ou julgamento deficientes Perda de peso significativa Perda de massa muscular e perda de gordura corporal Abuso de laxantes diuréticos ou enemas para evitar ganho de peso Compulsão alimentar Ir ao banheiro logo após as refeições Pesagem frequente Vômito autoinduzido Comportamento perfeccionista Cáries dentárias devido ao vômito autoin duzido Papalia11indd 397 Papalia11indd 397 010213 1021 010213 1021 398 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman e Vitousek 2007 Os primeiros sinais de advertência incluem uma dieta determinada e secreta insatisfação após perder peso metas de peso mais baixo após atingir um peso inicial desejado excesso de exercícios e interrupção da menstruação regular A anorexia paradoxalmente é ao mesmo tempo delibe rada e involuntária a pessoa afetada deliberadamente recusa a comida necessária para o sustento no entanto não consegue parar de fazer isso mesmo quando recompensada ou punida Esses padrões de comportamento remontam aos tempos me dievais e parecem ter existido em todas as partes do mundo Portanto a anorexia pode ser em parte uma reação à pressão social para ser magra mas esse não parece ser o único fator ou mesmo um fator determinante Keel e Klump 2003 Striegel Moore e Bulik 2007 Bulimia nervosa A bulimia nervosa afeta aproximadamen te 1 a 2 de populações no mundo todo Wilson et al 2007 Uma pessoa com bulimia nervosa regularmente ingere quantida des enormes de alimento em um curto período duas horas ou menos e então pode tentar purgar a alta ingestão calórica atra vés da autoindução do vômito de dietas rigorosas ou jejum de exercícios excessivamente vigorosos ou de laxantes enemas ou diuréticos Esses episódios ocorrem pelo menos duas vezes por semana por pelo menos três meses American Psychiatric Asso ciation 2000 As pessoas com bulimia geralmente não estão acima do peso mas são obcecadas com seu peso e forma Elas tendem a ter autoestima baixa e podem ser esmagadas pela ver gonha pelo autodesprezo e pela depressão Wilson et al 2007 Um problema relacionado é o transtorno da compulsão alimentar que envolve compulsões frequentes mas sem o sub sequente jejum exercício ou vômito Não supreendentemente pessoas com compulsão alimentar frequentemente tendem a es tar acima do peso e a experimentar sofrimento emocional e ou tros problemas físicos e psicológicos Estimase que 3 da popu lação sofram de compulsão alimentar Wilson et al 2007 Há alguma sobreposição entre anorexia e bulimia algumas pessoas com anorexia passam por episódios bulímicos e algumas pessoas com bulimia perdem grandes quantidades de peso Eating Disorders Part I 1997 Diferente da anorexia há poucas evidências de bulimia seja historicamente seja em culturas não sujeitas à influência ocidental Keel e Klump 2003 Tratamento e consequências dos transtornos da alimentação O objetivo imediato do tra tamento para anorexia é fazer o paciente comer e ganhar peso metas frequentemente difíceis de alcançar dada a força das crenças dos pacientes sobre seus corpos Um tratamento amplamente utili zado é um tipo de terapia familiar no qual os pais assumem o controle dos padrões alimentares de seu filho Quando a criança começa a obedecer às diretrizes dos pais ela ou ele pode ter mais autonomia adequada à idade Wilson et al 2007 A terapia cognitivocomportamental que busca mudar uma imagem corporal distorcida e recompensar a alimentação com privilégios como ter permissão para levantar da cama e sair do quarto pode ser parte do tratamento Beumont Russell e Touyz 1993 Wilson et al 2007 Pacientes que apresentam sinais de desnutrição grave resistem ao tratamento ou não fazem progresso como pacientes ambulatoriais podem ser internados em um hospital onde pode rão receber atendimento 24 horas por dia Uma vez estabilizado o peso poderão passar a ter cuidados diários menos intensivos McCallum e Bruton 2003 A bulimia também é melhor tratada com terapia cognitivocomportamental Wilson et al 2007 Os pacientes mantêm registros diários de seus padrões alimentares e são ensinados a evitar a tentação à compulsão Psicoterapia individual de grupo ou familiar pode ajudar pacientes de anorexia e buli mia geralmente após a terapia comportamental inicial ter colocado os sintomas sob controle Visto bulimia nervosa Transtorno da alimentação no qual a pessoa ingere regularmente grandes quantidades de alimento e depois es vazia o corpo com laxantes vômito in duzido jejum ou excesso de exercícios Pessoas com anorexia como esta adolescente têm uma imagem corporal distorcida Elas se enxergam gordas mesmo quando estão extremamente magras Papalia11indd 398 Papalia11indd 398 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 399 que esses pacientes estão sob risco de depressão e suicídio medicamentos antidepressivos são frequen temente associados à psicoterapia McCallun e Bruton 2003 mas não há evidência de sua eficácia a longo prazo na anorexia ou na bulimia Wilson et al 2007 Os adolescentes com sua necessidade de autonomia podem rejeitar a intervenção da família e talvez precisem da estrutura de um ambiente institucional Entretanto qualquer programa de trata mento para adolescentes deve envolver a família Também deve atender às necessidades de desen volvimento do adolescente que podem ser diferentes das de pacientes adultos e deve oferecer a oportunidade de acompanhar a escolarização McCallum e Bruton 2003 As taxas de mortalidade entre pessoas afetadas com anorexia nervosa foram estimadas em cerca de 10 dos casos Entre os sobreviventes da anorexia menos da metade tem uma recuperação total e apenas um terço realmente melhora 20 permanecem cronicamente doentes Steinhausen 2002 Também deve ser observado que até um terço de pacientes abandonam o tratamento antes de alcan çar um peso adequado McCallum e Bruton 2003 As taxas de recuperação da bulimia são um pouco melhores e chegam a 30 a 50 após a terapia cognitivocomportamental Wilson et al 2007 USO E ABUSO DE DROGAS Embora a grande maioria dos adolescentes não abuse de drogas uma minoria significativa o faz O abuso de substâncias químicas é o uso prejudicial de álcool ou outras drogas O abuso pode levar à dependência química ou adicção que pode ser fisiológica psicológica ou ambas e que provavel mente continuará até a idade adulta As drogas que causam dependência são especialmente perigosas porque estimulam partes do cérebro que ainda estão se desenvolvendo na adolescência Chambers et al 2003 Cerca de 6 de jovens com idades de 12 a 17 anos necessitam de tratamento para uso de álcool e mais de 5 para uso de drogas ilícitas Substance Abuse and Mental Health Services Adminis tration SAMHSA 2006b Tendências no uso de drogas Quase metade 47 dos adolescentes norteamericanos já experi mentou drogas ilícitas no final do ensino médio Uma explosão no uso de drogas durante o início da década de 1990 acompanhou uma diminuição das percepções de seus pe rigos e um abrandamento da desaprovação pelos pares Entretanto aquela tendência começou a reverter O uso de drogas ilícitas no ano anterior é ligeiramente mais alto desde 2007 mas a maior parte desse aumento é ex plicado pelo uso de maconha considerada por muitos adolescentes menos prejudicial que outras drogas Quando se considera o uso no ano anterior de qualquer outra droga exceto a maconha as taxas de prevalência têm sido decrescentes nos últimos dois anos Johnston et al 2010 Figura 113 Os achados mais recentes sugerem que o uso de metanfetamina está em seus níveis mais baixos desde 1999 quando os dados começaram a ser coletados e que há declínios contínuos nas taxas de tabagismo e no uso de cocaína e de alucinógenos Entretanto as taxas de uso de maconha e de remédios para fins não médicos têm permanecido altas Johnston et al 2010 Os levantamentos provavelmente subestimam o uso de dro gas por adolescentes porque são baseados em autorrelatos e não atingem aqueles que abandonam o ensino médio os quais têm maior probabilidade de usar drogas O progresso contínuo na eliminação do abuso de drogas é lento porque novas drogas são constantemente introduzidas ou drogas antigas são redescobertas por uma nova geração e os jovens não neces sariamente generalizam as consequências adversas de drogas antigas para drogas mais novas Johnston et al 2010 A Tabela 112 apresenta os fatores de risco para abuso de drogas por adolescentes Embora o uso de drogas ilícitas tenha diminuído de um modo geral o uso do ecstasy MDMA uma droga de clube popular em boates e raves apresentou um aumento nas taxas de prevalência ao longo da vida para estudantes do ensino médio no início da década de 2000 o uso agora parece ter se estabilizado aliviando uma preocupação sobre uma epidemia de ecstasy O uso não médico de medicamentos como sedativos tranquilizantes e analgésicos narcóticos particularmente Oxycontin e Vicodin permanece inalterado em aproximadamente 13 Johnston et al 2010 De fato o uso verificador você é capaz de Identificar as deficiências dietéticas típicas dos adoles centes Discutir os fatores de risco os efeitos o tratamento e os prognósticos para obesidade anorexia e bulimia abuso de substâncias químicas Uso repetido e prejudicial de uma substância química geralmente álcool ou outras drogas dependência química Dependência física psicológica ou ambas a uma substância química prejudicial Porcentagem 60 40 80 20 0 1974 1978 1982 1986 Ano 1990 1994 1998 2002 2006 2010 3a série do ensino médio 1a série do ensino médio 8a série do ensino fundamental FIGURA 113 Tendências no uso de drogas ilícitas de estudantes do ensino médio nos últimos 12 meses Fonte Johnston et al 2011 Papalia11indd 399 Papalia11indd 399 010213 1021 010213 1021 400 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman indevido de medicamentos tem sido considerado o segundo principal problema de drogas depois da maconha Colliver et al 2006 Uma tendência recente é o abuso de medicamentos para tosse e resfriado 4 de estudantes da 8 a série 5 do 1 o ano do ensino médio e 6 do 3 o ano do ensino médio relatam ter tomado remédios contendo dextrometorfano DXM um supressor da tosse Johnston et al 2008 para ficar chapa do no ano anterior Por outro lado o uso da metanfetamina diminuiu nitidamente desde 2001 ela é agora usada anualmente por menos de 2 dos estudantes do ensino médio Johnston et al 2010 Examinemos com mais detalhes o álcool a maconha e o tabaco as três drogas mais populares entre os adolescentes Álcool maconha e tabaco O uso de álcool e tabaco entre adolescentes norteamericanos tem seguido uma tendência aproximadamente paralela ao uso de drogas mais pesadas com um aumento dramático durante a maior parte da década de 1990 seguido por um declínio menor gradual A ma conha tem seguido o mesmo padrão na maior parte embora seu uso tenha mostrado um pequeno aumento nos últimos anos Johnston et al 2010 O álcool é uma droga potente que altera a consciência e provoca graves efeitos sobre o bem estar físico emocional e social Seu uso constitui um problema muito sério em muitos países Ga bhainn e François 2000 Em 2009 15 dos estudantes de 8 a série norteamericanos 30 de estudantes do 1 o ano do ensino médio e 44 de estudantes do 3 o ano do ensino médio disseram que tinham consumido álcool pelo menos uma vez durante os últimos 30 dias Johnston et al 2010 A maioria dos estudantes do ensino médio que bebem o fazem em um padrão de bebedeira consumindo cinco ou mais doses de bebida em uma ocasião Aproximadamente 24 de estudantes do último ano do ensino médio admitem tomar bebedeiras Kanny et al 2010 Um estudo recente baseado em IRM revelou que as bebedeiras em adolescentes podem afetar o raciocínio e a memória prejudicando a substância branca sensível no cérebro McQueeny et al 2009 Em um estudo nacionalmente representativo aqueles que tomavam bebedeiras eram mais propensos que outros estudantes a relatar desempenho escolar fraco e se envolver com outros comportamentos de risco Miller et al 2007 TABELA 112 Fatores de risco para abuso de drogas na adolescência Qual é a probabilidade de um jovem em particular vir a abusar de drogas Os fatores de risco in cluem o seguinte Um temperamento difícil Controle fraco dos impulsos e uma tendência a buscar sensações fortes que pode ter uma base bioquímica Influências familiares tal como uma predisposição genética a alcoolismo uso ou aceitação do uso de drogas pelos pais estilos de parentalidade insatisfatórios ou inconsistentes conflito fa miliar e relacionamentos familiares perturbados ou distantes Problemas de comportamento precoces e persistentes particularmente a agressividade Fracasso escolar e falta de compromisso com a educação Rejeição dos pares Associação com usuários de drogas Alienação e rebeldia Atitudes favoráveis com relação ao uso de drogas Iniciação precoce no uso de drogas Quanto mais fatores de risco estão presentes maior a chance de um adolescente vir a abusar de drogas Fonte Hawkins Catalano e Miller 1992 Johnson Hoffmann e Gerstein 1996 Masse e Tremblay 1997 Wong et al 2006 Papalia11indd 400 Papalia11indd 400 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 401 Os adolescentes são mais vulneráveis que os adultos aos efeitos imediatos e de longo prazo do álcool sobre a aprendizagem e a memória White 2001 Em um estudo jovens de 15 e 16 anos que abusavam de álcool e pararam de beber apresentaram deficiências cognitivas durante semanas em comparação com colegas que não consumiam álcool exageradamente Brown et al 2000 Apesar do declínio no uso de maconha desde 19961997 ela ainda é de longe a droga ilícita mais usada nos Estados Unidos Em 2007 cerca de 12 dos estudantes da 8 a série 27 de estudantes do 1 o ano do ensino médio e 33 de estudantes do 3 o ano do ensino médio admitiram ter usado a droga no ano anterior Johnston et al 2010 A fumaça da maconha normalmente contém mais de 400 substâncias cancerígenas e sua potência duplicou nos últimos 25 anos National Institute on Drug Abuse NIDA 2008 O uso pesado pode danificar o cérebro o coração os pulmões e o sistema imunológico e pode causar deficiências nutricionais infecções respiratórias e outros problemas físicos Ela pode diminuir a motivação piorar a depressão interferir nas atividades diárias e causar problemas familiares O uso da maconha também prejudica a memória a velocidade do raciocínio a aprendizagem e o desempenho escolar Ela pode diminuir a percepção o alerta a amplitude da atenção o julgamento e as habilidades motoras necessárias para dirigir um veículo e por tanto pode contribuir para acidentes de trânsito Messinis et al 2006 NIDA 1996 Office of National Drug Control Policy 2008 SAMHSA 2006a Solowij et al 2002 Contrariamente à crença comum o uso da maconha causa dependência Tanda Pontieri e DiChiara 1997 O uso do tabaco por adolescentes é um problema menos generalizado nos Estados Uni dos do que na maioria dos outros países industrializados Gabhainn e François 2000 As ta xas de tabagismo diminuíram de um terço a mais da metade entre estudantes da 8 a série ao 1 o ano do ensino médio desde meados da década de 1990 Contudo cerca de 7 de estudantes da 8 a série 13 de estudantes do 1 o ano do ensino médio e 20 dos estudantes do 3 o ano do ensino médio são atualmente mês anterior fumantes Johnston et al 2010 Os adolescen tes negros tendem a fumar menos mas metabolizam a nicotina mais lentamente do que adolescentes brancos portanto seus corpos levam mais tempo para livrarse dela e eles ficam dependentes mais rapidamente Moolchan Franken e JaszynaGasior 2006 Um ensaio clínico controlado e randomi zado considerou a terapia de reposição de nicotina mais treinamento de habilidades comportamentais eficaz para ajudar adolescentes a pararem de fumar Killen et al 2004 O uso de substâncias frequentemente começa quando as crianças entram no ensino secundário onde se tornam mais vulneráveis à pressão do grupo Estudantes de 4 a a 6 a série podem começar usan do cigarros cerveja e inalantes e à medida que crescem passar para maconha ou drogas mais pesadas National Parents Resource Institute for Drug Education 1999 Quanto mais cedo o adolescente começar a usar uma droga maior a probabilidade de ele a usar frequentemente e maior sua tendência a abusar dela Wong et al 2006 A idade média para começar a beber é 13 a 14 anos e algumas crianças começam mais cedo Adolescentes que começam a beber cedo tendem a ter problemas de comportamento ou a ter irmãos que são dependentes de álcool Kuperman et al 2005 Aqueles que começam a beber antes dos 15 anos têm cinco vezes maior probabilidade de tornarse dependentes de álcool ou de abusar do álcool do que aqueles que começam a beber depois dos 21 anos ou mais tarde SAMHSA 2004a O tabagismo frequentemente começa nos primeiros anos da adolescência como um sinal de força rebeldia e da passagem da infância para a idade adulta Esta imagem desejada faz com que um adolescente iniciante tolere a aversão inicial pelas primeiras tragadas após as quais os efeitos da nicotina começam a tomar conta para manter o hábito Dentro de um ou dois anos após começar a fumar esses adolescentes inalam a mesma quantidade de nicotina que os adultos e experimentam as mesmas fissuras e os mesmos efeitos da abstinência quando tentam parar Os adolescentes atraídos ao tabagismo vêm de lares escolas e comunidades onde o hábito é comum Adolescentes expostos a álcool e drogas antes dos 15 anos de idade demonstram um risco au mentado para transtornos por uso de substância Hingson Heeren e Winter 2006 comportamento sexual de risco Stueve e ODonnell 2005 baixo rendimento escolar King et al 2006 e crime Embora muitos adolescentes que foram expostos a substâncias tenham uma história de problemas de conduta um estudo recente mostrou que mesmo crianças sem história de problema de conduta ainda tinham um risco aumentado para consequências negativas devido à exposição precoce a álcool e drogas Odgers et al 2008 Embora a maconha tenha evidentemente efeitos negativos também há aplicações médicas documentadas Por exemplo a maconha é eficaz no tratamento para náusea em pacientes de câncer e tem sido usada para reduzir a pressão ocular em pacientes de glaucoma A maconha deve ser legalizada como o álcool Por que sim ou por que não Como os adolescentes podem ser ajudados a evitar ou reduzir o uso de substâncias A maconha é a droga ilícita mais am plamente usada nos Estados Unidos Além de seus próprios efeitos prejudi ciais a maconha pode levar a outras adicções Papalia11indd 401 Papalia11indd 401 010213 1021 010213 1021 402 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A influência do grupo no consumo de tabaco e bebida foi extensivamente documentada Center on Addiction and Substance Abuse CASA na Columbia University 1996 Cleveland e Wiebe 2003 Da mesma forma que com as drogas pesadas a influência dos irmãos mais velhos e seus amigos au menta a probabilidade de uso de tabaco e álcool Rende et al 2005 Adolescentes que acreditam que seus pais desaprovam o tabagismo são menos propensos a fu mar Sargent e Dalton 2001 Discussões ponderadas com os pais podem contrabalançar influências prejudiciais e desencorajar ou limitar o uso de álcool Austin Pinkleton e Fujioka 2000 Turrisi Wiersman e Hughes 2000 Entretanto os pais também podem ser uma influência negativa Em um estudo longitudinal que comparou 514 filhos de alcoolistas com um grupocontrole equivalente ter um dos pais alcoolista aumentava significativamente o risco de uso precoce de álcool e problemas fu turos com álcool Wong et al 2006 A onipresença do uso de substâncias na mídia é outra influência importante Filmes que retratam o tabagismo aumentam a iniciação precoce do hábito Charlesworth e Glantz 2005 DEPRESSÃO A prevalência de depressão aumenta durante a adolescência Uma média anual de aproximadamente 9 de adolescentes de 12 a 17 anos experimentou pelo menos um episódio de depressão maior e apenas cerca de 40 deles tinha sido tratado National Survey on Drug Use and Health NSDUH 2008 As ta xas geralmente aumentam com o aumento da idade Figu ra 114 A depressão em pessoas jovens não se manifesta necessariamente como tristeza mas como irritabilidade tédio ou incapacidade para experimentar prazer Uma das razões por que a depressão precisa ser levada a sério é o perigo de suicídio Brent e Birmaher 2002 Meninas adolescentes especialmente aquelas que estão começando a amadurecer são mais propensas a ficar deprimidas do que meninos adolescentes Brent e Birmaher 2002 Ge Conger e Elder 2001 SAMHSA 2005 Stice Presnell e Bearman 2001 Essa diferença de gênero pode estar relacionada a alterações biológicas na puberdade estudos mostram uma correlação entre avanço da puberdade e sintomas depressivos Susman e Rogol 2004 Outros possíveis fatores são o modo como as meninas são socializadas Birmaher et al 1996 e sua maior vulnerabilidade a estresse nas relações sociais Ge et al 2001 Hankin Mermelstein e Roesch 2007 Além do gênero feminino os fatores de risco para a depressão incluem ansiedade medo do contato social eventos es tressantes doenças crônicas como diabetes ou epilepsia conflito entre pais e filhos abuso ou negligência uso de álcool ou drogas atividade sexual e ter um dos pais com histórico de depressão Uso de álcool e drogas e atividade sexual tendem mais a resultar em depressão em meninas do que em meninos Brent e Birmaher 2002 Hallfors et al 2005 SAMHSA 2005 Waller et al 2006 Problemas de imagem corporal e transtornos da alimentação podem agravar os sintomas depressivos Stice e Bearman 2001 Adolescentes deprimidos que não respondem a tratamento ambulatorial que são dependentes de substância química psicóticos ou aparentam ser suicidas precisam ser hospitalizados Pelo menos uma em cada cinco pessoas que experimentam surtos de depressão na infância ou na adolescência correm risco de vir a apresentar transtorno bipolar quando episódios depressivos períodos de bai xa se alternam com episódios maníacos períodos de alta caracterizados por aumento de energia euforia grandiosidade e ousadia Brent e Birmaher 2002 Mesmo adolescentes com sintomas não suficientemente graves para um diagnóstico de depressão têm um risco elevado para depressão clínica e comportamento suicida aos 25 anos Fergusson et al 2005 verificador você é capaz de Resumir as tendências re centes no uso de substâncias entre adolescentes Discutir os fatores de risco e as influências ligadas ao uso de drogas especificamente álcool maconha e tabaco Explicar por que a iniciação precoce no uso de substâncias é perigosa Jogar Tetris pode ajudar a melhorar os flashbacks associados com transtorno de estresse póstraumático Holmes et al 2010 12 14 15 Idade 16 17 13 0 2 4 6 8 10 12 14 Porcentagem FIGURA 114 Taxas de depressão para crianças de 12 a 17 anos As taxas de depressão normalmente crescem com o aumento da idade durante a adolescência Fonte National Survey on Drug Use and Health NSDUH 2008 Papalia11indd 402 Papalia11indd 402 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 403 Uma opção de tratamento para adolescentes com sintomas depressi vos é a psicoterapia Uma análise de todos os estudos disponíveis revelou que a psicoterapia cognitiva ou não cognitiva pode ser eficaz no curto pra zo mas seus efeitos não duram mais que um ano Weisz McCarty e Valeri 2006 Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina ISRSs confor me mencionamos no Capítulo 10 são os únicos medicamentos antidepres sivos atualmente aprovados para adolescentes Embora tenha sido expres sada uma preocupação com a segurança desses medicamentos a pesquisa sugere que os benefícios superam os riscos Bridge et al 2007 Em um importante ensaio clínico financiado pelo governo federal o tratamento mais efetivo para adolescentes deprimidos era uma combinação de fluoxe tina e terapia cognitivocomportamental March e the TADS Team 2007 MORTE NA ADOLESCÊNCIA A morte nessa fase da vida é sempre trágica e geralmente acidental mas nem sempre é assim Nos Estados Unidos 63 de todas as mortes entre adolescentes resultam de acidentes de automóvel outros ferimentos não intencionais homicídio e suicídio National Highway Traffic Safety Admi nistration NHTSA 2009 Figura 115 A frequência de mortes violentas nessa faixa etária reflete uma cultura violenta bem como a inexperiência e a imaturidade dos adolescentes que frequentemente os levam a correr riscos e assumir comportamentos descuidados Morte por acidentes de automóvel e armas de fogo Colisões en volvendo veículos motores são a principal causa de morte entre adolescen tes norteamericanos responsáveis por aproximadamente um terço de todas as mortes na adolescência Miniño 2010 O risco de colisão é maior para jovens entre 16 e 19 anos do que para qualquer outra faixa etária e especialmente para jovens que começaram a dirigir recentemente McCartt 2001 Miniño et al 2006 National Center for Injury Prevention and Control NCIPC 2004 As colisões têm maior probabilidade de serem fatais quando há passageiros adolescentes no veículo provavelmente porque os adoles centes tendem a dirigir de maneira mais imprudente na presença dos amigos Chen et al 2000 Nos Estados Unidos 64 de todos os motoristas ou motociclistas entre 15 e 20 anos que estavam envolvidos em acidentes de trânsito fatais e que tinham um nível de álcool no sangue de 008 ou mais alto morreram como resultado do acidente Apesar dos esforços visando aumentar o uso do cinto de segurança entre adolescentes o uso obser vado entre adolescentes e adultos jovens foi de 76 em 2006 o mais baixo de qualquer faixa etária De fato em 2006 58 dos jovens de 16 a 20 anos envolvidos em acidentes de automóvel fatais não estavam usando o cinto de segurança National Highway Traffic Safety Administration 2009 As mortes de jovens entre 15 e 19 anos incluindo homicídio suicídio e mortes aci dentais relacionadas a armas de fogo são bem mais comuns nos Estados Unidos do que em outros países industrializados Elas constituem cerca de um terço de todas as mortes por ferimento e mais de 85 dos homicídios naquela faixa etária A principal razão para essa cruel estatística parece ser a facilidade de se obter uma arma no país AAP Committee on Injury and Poison Prevention 2000 Entretanto as taxas de mortes de jovens por armas de fogo diminuiram desde 1995 NCHS 2006 quando a policia passou a confiscar armas nas ruas T B Cole 1999 e menos adolescentes passaram a portálas USDHHS 1999b Suicídio O suicídio é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 19 anos nos Estados Unidos He ron e Smith 2007 A taxa de suicídio adolescente caiu em 28 entre 1990 e 2003 talvez em parte devido a restrições ao acesso de crianças a armas de fogo Lubell et al 2004 Em 2004 entretanto a taxa de suicídio voltou a subir 8 seu nível mais alto em 15 anos com os maiores aumentos entre meninas adolescentes O enforcamento superou as armas de fogo como método preferido entre as meninas mas os meninos continuam sendo mais propensos a usar armas de fogo Lubell et al 2007 Luís pode estar preocupado com suas notas ou com sua namorada preocupações normais para um menino adolescente Mas se a tristeza persistir acompanhada de sintomas como incapacidade para se concentrar fadiga apatia ou sentimentos de inutilidade ela pode indicar depressão Todos os outros 37 Veículo motor 35 Suicídio 12 Homicídio 16 FIGURA 115 Nos Estados Unidos os acidentes com ve ículo motor são responsáveis pela maior porcentagem de mortes entre adolescen tes seguidos por outros ferimentos não intencionais homicídio e suicídio Fonte National Highway Traffic Safety Administra tion NHTSA 2009 Papalia11indd 403 Papalia11indd 403 010213 1021 010213 1021 404 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Embora o suicídio ocorra em todos os grupos étnicos meninos norteamericanos nativos apresen tam os maiores índices e as meninas afroamericanas os menores Gays lésbicas e jovens bissexuais que apresentam altas taxas de depressão também apresentam altas taxas de suicídio e tentativas AAP Committee on Adolescence 2000 Remafedi et al 1998 Jovens que tentam suicídio ou pensam nele tendem a ter históricos de doença emocional Eles são mais propensos a serem perpetradores ou vítimas de violência e a ter problemas na escola aca dêmicos ou comportamentais Muitos sofreram maustratos na infância e têm graves problemas de relacionamento Eles tendem a desvalorizarse a sentirse desamparados e a ter pouco controle sobre os impulsos e uma baixa tolerância a frustração e a estresse Esses jovens geralmente estão alienados dos pais e não têm ninguém fora da família a quem recorrer É possível que tenham tentado o suicídio antes ou tenham amigos ou membros da família que o fizeram Borowsky Ireland e Resnick 2001 Brent e Mann 2006 Garland e Zigler 1993 Johnson et al 2002 NIMH 1999a SuicidePart I 1996 Swedo et al 1991 O álcool está envolvido em metade dos suicídios de adolescentes AAP Committee on Adolescence 2000 Talvez o fator fundamental seja uma tendência a agressividade impulsiva Estudos de imageamento e de necropsia dos cérebros de pessoas que tentaram ou comple taram o suicídio identificaram déficits na função executiva na avaliação de risco e na resolução de problemas Brent e Mann 2006 Os fatores de proteção que reduzem o risco do suicídio incluem a ligação com a família e a escola o bemestar emocional e o bom desempenho nos estudos Borowsky et al 2001 O suicídio é discutido também no Capítulo 19 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Aspectos do amadurecimento cognitivo Não apenas a aparência dos adolescentes é diferente de quando eram crianças mas eles também pensam e falam de maneira diferente A velocidade do processamento de informação deles continua a aumentar Embora o pensamento possa permanecer imaturo em alguns aspectos muitos são capazes de raciocinar em termos abstratos e de emitir julgamentos morais sofisticados além de poder planejar o futuro de modo mais realista ESTÁGIO OPERATÓRIOFORMAL DE PIAGET Os adolescentes entram no que Piaget chamou de o nível mais alto de desenvolvimento cognitivo o operatórioformal quando desenvolvem a capacidade de pensar em termos abstratos Esse desenvolvimento que geralmente ocorre por volta dos onze anos lhes proporciona uma maneira mais flexível de manipular informação Não mais limitados ao aqui e agora eles conseguem entender o tempo histórico e o espaço extraterrestre Podem utilizar símbolos para representar outros símbolos por exemplo fazendo a letra X representar um numeral desconhecido e assim aprender álgebra e cálculo Podem apreciar melhor a metáfora e a alegoria e assim descobrir significados mais profundos na literatura Estão aptos a pensar em termos do que poderia ser não só do que é São capazes de imaginar possibilidades e sabem formular e testar hipóteses A capacidade de pensar em termos abstratos também traz implicações emocionais Enquanto uma criança pequena podia amar os pais ou odiar um colega o adolescente pode amar a liberdade ou odiar a exploração O possível e o ideal cativam tanto a mente quanto os sentimentos H Ginsburg e Opper 1979 p 201 Raciocínio hipotéticodedutivo Para avaliar a diferença que faz o raciocínio formal sigamos o progresso de uma criança típica ao lidar com um problema piagetiano clássico o problema do pêndulo 1 Mostrase à criança Adam o pêndulo um objeto pendendo de um cordão Depois lhe é 1 Esta descrição de diferenças relacionadas à idade na abordagem ao problema do pêndulo é adaptada de H Ginsburg e Opper 1979 verificador você é capaz de Discutir os fatores que afetam as diferenças de gênero na depressão adolescente Citar as três principais causas de morte entre adolescentes e identificar os fatores de risco para suicídio do adolescente indicad r Como o pensamento e o uso da linguagem na adolescência diferem da infância operatórioformal Segundo Piaget o estágio final do de senvolvimento cognitivo caracterizado pela capacidade de pensar em termos abstratos Papalia11indd 404 Papalia11indd 404 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 405 explicado como ela pode mudar qualquer um de quatro fatores o comprimento do cordão o peso do objeto a altura da qual o objeto está suspenso e a quantidade de força que ela pode usar para empur rar o objeto Pedese então a ela que pense qual o fator ou a combinação de fatores que determina a velocidade em que o pêndulo oscila Quando Adam vê o pêndulo pela primeira vez ele ainda não tem 7 anos e está no estágio préoperatório Incapaz de formular um plano para atacar o problema ele tenta uma solução de pois da outra na base da tentativa e erro Primeiro ele coloca um peso leve num cordão longo e o empurra depois ele tenta fazer oscilar um peso maior num cordão curto em seguida ele remove o peso Seu método não só é aleatório mas ele também não consegue entender nem relatar o que aconteceu Depois disso Adam volta a ter contato com o pêndulo aos 10 anos quando ele se encontrava no estágio operatórioconcreto Dessa vez ele descobre que variando o comprimento do cordão e o peso do objeto a velocidade de oscilação do objeto é afetada Entretanto como ele varia ambos os fatores ao mesmo tempo não consegue distinguir qual deles faz diferença ou se ambos fazem Adam está diante do pêndulo pela terceira vez aos 15 anos e dessa vez ele enfrenta o problema sistematicamente Ele elabora um experimento para testar todas as hipóteses variando um fator por vez primeiro o comprimento do cordão depois o peso do objeto em seguida a altura em que está suspenso e finalmente a quantidade de força utilizada cada vez mantendo os outros três fatores constantes Assim ele é capaz de verificar que apenas um fator o comprimento do cordão determi na a velocidade de oscilação do pêndulo A solução que Adam dá ao problema do pêndulo mostra que ele chegou ao estágio operatório formal Agora ele é capaz de raciocínio hipotéticodedutivo ele pode desenvolver uma hipótese e elaborar um experimento para testála Ele considera todas as relações que pode imaginar e as testa sistematicamente uma por uma para eliminar as falsas e chegar à verdadeira O raciocínio hipotético dedutivo lhe proporciona um instrumento para resolver problemas desde consertar o carro da família a elaborar uma teoria política O que provoca a mudança para o raciocínio formal Piaget atribuiu essa mudança a uma combi nação de maturação cerebral e expansão das oportunidades ambientais Ambas são essenciais mesmo que o desenvolvimento neurológico do jovem tenha avançado o suficiente para permitir o raciocínio formal ele só poderá realizálo com a estimulação apropriada Como acontece com o desenvolvimento operatórioconcreto a escolarização e a cultura desem penham um papel como Piaget finalmente reconheceu 1972 Quando adolescentes na Nova Gui né e em Ruanda foram testados em relação ao problema do pêndulo nenhum foi capaz de resolvêlo Por outro lado crianças chinesas em Hong Kong que tinham frequentado escolas britânicas saíramse tão bem quanto as norteamericanas ou europeias Crianças em idade escolar em Java e no País de Gales também apresentaram algumas capacidades operacionais formais Gardiner e Kosmitzki 2005 Aparentemente o raciocínio formal é uma capacidade aprendida que não é igualmente necessária ou igualmente valorizada em todas as culturas Saber quais perguntas fazer e quais estratégias funcionam é fundamental para o raciocínio hipo téticodedutivo Quando foi solicitado que 30 estudantes de 6 a série urbanos de baixo desempenho investigassem os fatores envolvidos no risco de terremoto aqueles que receberam uma sugestão de concentrarse em uma variável de cada vez fizeram inferências mais válidas do que aqueles que não receberam a sugestão Kuhn e Dean 2005 Este resultado demonstra que o raciocínio hipotético dedutivo pode ser ensinado e aprendido Avaliando a teoria de Piaget Embora os adolescentes de fato tenham tendência a pensar de maneira mais abstrata que as crianças pequenas há um debate sobre a idade precisa em que se dá esse avanço Os textos de Piaget fornecem muitos exemplos de crianças exibindo aspectos do pensamento científico bem antes da adolescência Ao mesmo tempo Piaget parece ter superestimado as habilida des de algumas crianças mais velhas Muitos adolescentes mais velhos e adultos talvez entre um terço e metade parecem incapazes de pensar em termos abstratos conforme a definição de Piaget Gardiner e Kosmitzki 2005 Kohlberg e Gilligan 1971 Papalia 1972 e mesmo aqueles que são capazes de utilizar esse tipo de pensamento nem sempre o fazem Na maioria de seus primeiros textos Piaget deu pouca atenção às diferenças individuais às va riações no desempenho da mesma criança em diferentes tipos de tarefas ou às influências sociais e raciocínio hipotéticodedutivo Capacidade segundo Piaget que acompanha o estágio operatório formal de desenvolver considerar e testar hipóteses Como os pais e os professores podem ajudar os adolescentes a melhorar sua capacidade de raciocínio Cinquenta por cento dos estudantes universitários mesmo aqueles matriculados em cursos de psicologia onde a questão da percepção é tratada acreditavam que a visão inclui raios que entram nos nossos olhos o que é correto bem como raios que saem para fora dos nossos olhos o que não é Em outras palavras 50 dos estudantes acham que podemos enxergar com algo semelhante à visão de raio X Gregg et al 2001 Papalia11indd 405 Papalia11indd 405 010213 1021 010213 1021 406 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman culturais Anos mais tarde o próprio Piaget passou a considerar falho seu modelo anterior do desen volvimento do pensamento infantil sobretudo o operatórioformal pois não captava o papel essencial da situação para influenciar e para limitar o pensamento das crianças Brown Metz e Campione 1996 p 152153 Pesquisas neopiagetianas sugerem que os processos cognitivos da criança estão intimamente ligados a conteúdos específicos sobre o que uma criança está pensando bem como ao contexto de um problema e aos tipos de informação e pensamento que uma cultura considera impor tante Case e Okamoto 1996 Kuhn 2006 Além disso a teoria de Piaget não considera adequadamente avanços cognitivos como ganhos na capacidade de processamento de informação acumulação de conhecimento e especialização em áreas específicas e o papel da metacognição a consciência e a monitoração dos próprios processos e estratégias mentais Flavell et al 2002 Esta capacidade de pensar sobre o que se está pensando e portanto de gerenciar os processos mentais em outras palavras a intensificação da função executiva pode ser o principal avanço do pensamento do adolescente o resultado das mudanças ocorrendo no cérebro adolescente Kuhn 2006 MUDANÇAS NO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO As mudanças na forma como os adolescentes processam a informação refletem o amadurecimento dos lobos frontais do cérebro e podem ajudar a explicar os avanços cognitivos que Piaget descre veu Quais conexões neurais definham e quais se tornam fortalecidas é altamente correlacionado à experiência Portanto o progresso no processamento cognitivo varia muito entre os adolescentes Kuhn 2006 Pesquisadores do processamento de informação identificaram duas amplas categorias de mu danças mensuráveis na cognição do adolescente mudança estrutural e mudança funcional Eccles Wigfield e Byrnes 2003 2 Examinaremos cada uma delas Mudança estrutural Mudanças estruturais na adolescência incluem 1 mudanças na capacidade da memória de trabalho e 2 a crescente quantidade de conhecimento armazenada na memória de longo prazo A capacidade da memória de trabalho que aumenta rapidamente na terceira infância continua a crescer durante a adolescência A expansão da memória de trabalho permite a adolescentes mais velhos lidar com problemas complexos ou decisões que envolvam informações múltiplas A informação armazenada na memória de longo prazo pode ser declarativa procedural ou con ceitual O conhecimento declarativo saber que consiste em todo o conhecimento factual adqui rido por uma pessoa por exemplo saber que 2 2 4 e que Juscelino Kubitschek construiu Brasília O conhecimento procedural saber como consiste em todas as habilidades adquiridas por uma pessoa como ser capaz de multiplicar e dividir e de dirigir um carro O conhecimento conceitual saber por que é um entendimento de por exemplo por que uma equação algébrica continua sendo verdadeira se a mesma quantidade for adicionada ou subtraída de ambos os lados Mudança funcional Os processos para obter manipular e reter informação são aspectos funcionais da cognição Entre esses estão aprender lembrar e raciocinar todos os quais melhoram durante a adolescência Entre as mudanças funcionais mais importantes estão 1 um aumento contínuo na velocidade de processamento Kuhn 2006 e 2 desenvolvimento adicional da função executiva que inclui habilidades como atenção seletiva tomada de decisão controle inibitório de respostas impulsivas e gerenciamento da memória de trabalho Essas habilidades parecem desenvolverse em taxas variáveis Blakemore e Choudhury 2006 Em um estudo laboratorial os adolescentes alcançaram um desem penho de nível adulto na inibição de resposta aos 14 anos na velocidade de processamento aos 15 e 2 A discussão nas duas próximas seções é baseada em Eccles et al 2003 verificador você é capaz de Explicar a diferença entre pensamento operacional formal e operacional concre to conforme exemplificado pelo problema do pêndulo Identificar os fatores que in fluenciam o desenvolvimento do raciocínio formal dos adolescentes Avaliar os pontos fortes e os pontos fracos do estágio operatórioformal de Piaget A pesquisa tem demonstrado que os liberais são mais criativos que os conservadores mas que os conservadores são mais felizes Dollinger 2007 Napier e Jost 2008 conhecimento declarativo Conhecimento factual adquirido arma zenado na memória de longo prazo conhecimento procedural Habilidades adquiridas armazenadas na memória de longo prazo conhecimento conceitual Entendimentos interpretativos adqui ridos armazenados na memória de longo prazo Papalia11indd 406 Papalia11indd 406 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 407 na memória de trabalho aos 19 Luna et al 2004 Entretanto as melhoras observadas em situações laboratoriais podem não refletir necessariamente a vida real na qual o comportamento também de pende de motivação e de regulação emocional Como discutimos anteriormente neste capítulo os julgamentos precipitados dos adolescentes podem estar relacionados ao desenvolvimento imaturo do cérebro permitindo que os sentimentos se sobreponham à razão DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM O uso da linguagem pelas crianças reflete seu nível de desenvolvimento cognitivo Crianças em idade escolar são bastante competentes no uso da linguagem mas a adolescência traz novos refinamentos O vocabulário continua a crescer à medida que o conteúdo de leitura tornase mais adulto Entre os 16 e os 18 anos o jovem médio conhece aproximadamente 80 mil palavras Owens 1996 Com o advento do pensamento abstrato os adolescentes podem definir e discutir abstrações como amor justiça e liberdade Passam a usar com mais frequência termos como entretanto caso contrário de qualquer maneira portanto na verdade e provavelmente para expressar relacionamentos lógicos Eles tornamse mais conscientes das palavras como símbolos que podem ter múltiplos significados e têm prazer em usar ironias trocadilhos e metáforas Owens 1996 Os adolescentes também se tornam mais habilidosos em assumir uma perspectiva social a ca pacidade de adaptar sua conversa ao nível de conhecimento e ao ponto de vista da outra pessoa Essa capacidade é essencial para a persuasão e mesmo para conversação educada O linguista canadense Marcel Danesi 1994 argumenta que a fala do adolescente constitui um dialeto próprio o puberlês o dialeto social da puberdade p 97 Como qualquer outro código lin guístico o puberlês serve para fortalecer a identidade do grupo e para afastar os de fora os adultos O vocabulário adolescente é caracterizado por rápida mudança Embora alguns de seus termos tenham entrado para o discurso normal os adolescentes continuam inventando novas palavras e significados o tempo todo O vocabulário pode diferir por gênero etnia idade região geográfica vizinhança e tipo de escola Labov 1992 e varia de um grupo para outro Malucos e sarados envolvemse em diferentes tipos de atividades que constituem os principais assuntos de suas conversas Essas conversas por sua vez consolidam laços dentro do grupo Um estudo dos padrões de fala dos adolescentes de Nápoles Itália sugere que aspectos semelhantes podem surgir em qualquer cultura em que a adolescência constitua uma categoria social distinta Danesi 1994 p 123 Conscientes de sua plateia os adolescentes falam uma língua diferente com seus pares do que com os adultos Owens 1996 A gíria adolescente é parte do processo de desenvolvimento de uma identidade separada independente dos pais e do mundo adulto Ao criar essas expressões os jovens usam sua recém descoberta capacidade de brincar com as palavras para definir os valores gostos e preferências únicos de sua geração Elkind 1998 p 29 RACIOCÍNIO MORAL TEORIA DE KOHLBERG À medida que as crianças alcançam níveis cognitivos mais altos elas tornamse capazes de raciocínios mais complexos sobre questões morais A tendência delas ao altruísmo e à empatia também aumenta Os adolescentes são mais capazes que as crianças mais novas de adotar o ponto de vista de outra pes soa de solucionar problemas sociais de lidar com relacionamentos interpessoais e de veremse como seres sociais Todas essas tendências promovem o desenvolvimento moral Examinemos a teoria inovadora do raciocínio moral de Lawrence Kohlberg o trabalho influente de Carol Gilligan sobre desenvolvimento moral em mulheres e meninas e a pesquisa sobre comporta mento prósocial na adolescência O dilema de Heinz Uma mulher com câncer está próxima da morte Um farmacêutico descobriu um medicamento que os médicos acreditam que pode salvála O farmacêutico está cobrando 2000 dólares por uma pequena dose 10 vezes o que o medicamento custa para ele fabricar O marido da mulher doente Heinz pede dinheiro emprestado a todos os conhecidos mas consegue reunir apenas 1000 dólares Ele implora ao farmacêutico para lhe vender o medicamento por 1000 dólares ou dei xar que ele pague o restante mais tarde O farmacêutico recusa dizendo Eu descobri o medicamento verificador você é capaz de Citar dois tipos importantes de mudanças nas capacidades de processamento de infor mação dos adolescentes e de dar exemplos de cada um Identificar as características do desenvolvimento da lin guagem dos adolescentes que refletem avanços cognitivos Explicar o uso do puberlês Quais são os critérios que os adolescentes usam para fazer julgamentos morais indicad r Papalia11indd 407 Papalia11indd 407 010213 1021 010213 1021 408 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman e vou ficar rico com ele Heinz desesperado arromba a loja do homem e rouba o medicamento Heinz deveria ter feito isso Por quê Kohlberg 1969 O problema de Heinz é o exemplo mais famoso da abordagem de Lawrence Kohlberg ao estudo do desenvolvimento moral A partir de 1950 Kohlberg e seus colegas colocaram dilemas hipotéticos como este a 75 meninos de 10 13 e 16 anos de idade e continuaram a questionálos periodicamente por mais de 30 anos No centro de cada dilema estava o conceito de justiça Perguntando aos res pondentes como eles tinham chegado a suas respostas Kohlberg como Piaget concluiu que a forma como as pessoas examinam questões morais reflete o desenvolvimento cognitivo Níveis e estágios de Kohlberg O desenvolvimento moral na teoria de Kohlberg tem alguma se melhança com o de Piaget ver Capítulo 9 mas o modelo de Kohlberg é mais complexo Com base nos processos de pensamento demonstrados pelas respostas a seus dilemas Kohlberg 1969 descre veu três níveis de raciocínio moral cada um dividido em dois estágios Tabela 113 Nível I Moralidade préconvencional As pessoas agem sob controle externo Obedecem a regras para evitar punição ou obter recompensas ou agem por interesse pessoal Esse nível é típico de crianças de 4 a 10 anos Nível II Moralidade convencional ou moralidade de conformidade com o papel conven cional As pessoas internalizaram os padrões das figuras de autoridade Elas se preocupam em ser boas agradáveis com os outros e em manter a ordem social Esse nível é normalmente al cançado depois dos 10 anos de idade muitas pessoas nunca o ultrapassam mesmo na vida adulta Nível III Moralidade pósconvencional ou moralidade dos princípios morais autôno mos As pessoas reconhecem conflitos entre padrões morais e fazem seus próprios julgamentos com base em princípios de correção e justiça Geralmente as pessoas atingem esse nível de julga mento moral só no começo da adolescência ou o que é mais comum no começo da vida adulta isso quando atingem Na teoria de Kohlberg é o raciocínio que está por trás da resposta a um dilema moral e não a res posta em si que indica o estágio de desenvolvimento moral Conforme mostrado na Tabela 113 duas pessoas que dão respostas opostas podem estar no mesmo estágio se o raciocínio delas for baseado em fatores semelhantes Alguns adolescentes e mesmo alguns adultos permanecem no nível I de Kohlberg Assim como as crianças pequenas eles procuram evitar punição ou satisfazer suas próprias necessidades A maioria dos adolescentes e dos adultos parece estar no nível II geralmente no estágio 3 Eles se sujeitam às convenções sociais apoiam o status quo e fazem a coisa certa para agradar aos outros e obedecer à lei O raciocínio do estágio 4 apoio a normas sociais é menos comum mas aumenta a partir do início da adolescência até a idade adulta Os adolescentes frequentemente apresentam períodos de aparente desequilíbrio quando passam de um nível para outro Eisenberg e Morris 2004 ou retrocedem para outros sistemas éticos como os preceitos religiosos em vez de para o sistema baseado na justiça de Kohlberg Thoma e Rest 1999 Kohlberg acrescentou um outro nível entre os níveis II e III quando as pessoas não se sentem mais presas aos padrões morais da sociedade mas ainda não formaram seus próprios princípios de justiça Em vez disso elas baseiam suas decisões morais em sentimentos pessoais Antes que as pes soas possam desenvolver uma moralidade plenamente baseada em princípios nível III ele dizia elas precisam reconhecer a relatividade dos padrões morais Muitos jovens questionam seus valores morais tradicionais quando entram no colégio na faculdade ou no mundo do trabalho e encontram pessoas cujos valores cultura e formação étnica são diferentes dos seus Contudo poucas pessoas alcançam um nível no qual possam escolher entre diferentes padrões morais De fato houve um momento em que Kohlberg questionou a validade do estágio 6 a moralidade baseada em princípios éticos univer sais pois pouquíssimas pessoas parecem atingilo Posteriormente ele propôs um sétimo estágio o cósmico em que as pessoas consideram o efeito de suas ações não somente sobre os outros mas sobre o universo como um todo Kohlberg 1981 Kohlberg e Ryncarz 1990 Avaliando a teoria de Kohlberg Kohlberg baseandose em Piaget pôs em vigor uma profunda mudança na maneira como vemos o desenvolvimento moral Em vez de considerar a moralidade apenas como a aquisição de controle sobre os impulsos autogratificantes os investigadores agora estudam como as crianças e os adultos baseiam os julgamentos morais em sua crescente compreensão do mundo social moralidade préconvencional Primeiro nível da teoria de Kohlberg sobre o julgamento moral em que o controle é externo e as regras são obe decidas para se obter recompensas ou evitar punição ou por interesse pessoal moralidade convencional ou moralidade de conformidade com o papel convencional Segundo nível da teoria do raciocínio moral de Kohlberg no qual os padrões das figuras de autoridade são interna lizados moralidade pósconvencional ou moralidade dos princípios morais autônomos Terceiro nível da teoria do raciocínio moral de Kohlberg em que as pessoas seguem princípios morais internali zados e podem decidir entre padrões morais conflitantes Papalia11indd 408 Papalia11indd 408 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 409 TABELA 113 Os seis estágios do raciocínio moral de Kohlberg Níveis Estágios do raciocínio Respostas típicas ao dilema de Heinz Nível I Moralidade pré convencional 4 a 10 anos Estágio 1 Orientação à punição e obediência O que vai acontecer comigo As crianças obedecem às regras para evitar punição Ignoram os motivos de uma ação e se concentram em sua forma física como o tamanho de uma mentira ou em suas consequências por exemplo a quantidade de dano físico A favor Ele deve roubar o remédio Não é errado fazêlo Não é porque primeiro ele quis pagar O remédio que ele levaria vale só duzentos dólares na verdade ele não está levando um remédio de dois mil dólares Contra Ele não deve roubar o remédio É crime Ele não tinha permissão usou a força invadiu e entrou Ele causou muitos danos e roubou um remédio muito caro Estágio 2 Finalidade instrumental e troca Você coça as minhas costas eu coço as suas As crianças se sujeitam às regras por interesse pessoal e por consideração pelo que os outros podem fazer por elas Ela vê uma ação em termos das necessida des humanas que a ação satisfaz e diferencia esse valor de sua forma física e de suas consequências A favor Está certo roubar o remédio pois sua mu lher precisa e ele quer que ela viva Não é que ele queira roubar mas é o que ele tem de fazer para salvála Contra Ele não deveria roubar O farmacêutico não está errado nem é mau ele só quer lucrar É para isso que ele está no negócio para ganhar dinheiro Nível II Moralidade convencional 10 a 13 anos ou mais Estágio 3 Manter relações mútuas aprovação dos outros a regra de ouro Eu sou um bom menino ou menina As crianças querem agradar e ajudar os outros sabem julgar intenções e de senvolvem suas próprias ideias do que é uma pessoa boa Avaliam uma ação de acordo com o motivo que há por trás dela ou segundo a pessoa que a pratica e também levam em consideração as circunstâncias A favor Ele deve roubar o remédio Ele só está fazendo o que é natural um marido fazer Não se pode culpálo de fazer algo por amor à esposa Ele seria culpado se não amasse a esposa o sufi ciente para salvála Contra Ele não deve roubar Se a esposa morrer ele não tem culpa Não é porque ele é cruel ou não ama suficientemente sua mulher a ponto de fazer tudo que é legalmente possível O farma cêutico é que é egoísta ou cruel Estágio 4 Preocupação e consciência social E se todos fizessem o mesmo As pessoas preocu pamse em cumprir com seu dever respeitar as autoridades e manter a ordem social Conside ram sempre errada a ação que independente do motivo ou das circunstâncias viola uma regra e prejudica os outros A favor Você deve roubar Se não fizer nada dei xará sua mulher morrer A responsabilidade será sua se ela morrer Você precisa levar o remédio com a ideia de pagar o farmacêutico Contra É natural que ele queira salvar a esposa mas é sempre errado roubar Ele sabe que está tirando um remédio valioso do homem que o fabricou Nível III Moralidade pós convencional início da adolescência ou só no início da vida adulta ou nunca Estágio 5 Moralidade do contrato dos direitos indi viduais e da lei democraticamente aceita As pes soas pensam em termos racionais valorizando a vontade da maioria e o bemestar da sociedade Geralmente elas veem a obediência à lei como o melhor apoio para esses valores Embora reco nheçam que há momentos de conflito entre as necessidades humanas e a lei acreditam que é melhor para a sociedade no longo prazo obe decer à lei A favor A lei não foi criada para essas circunstân cias Levar o remédio nessa situação na verdade não é certo mas é justificável Contra Você pode não culpar totalmente uma pessoa por roubar mas circunstâncias extre mas de fato não justificam tomar a lei em suas próprias mãos Você não pode aceitar que as pessoas roubem toda vez que estiverem deses peradas O objetivo pode ser bom mas os fins não justificam os meios Estágio 6 Moralidade dos princípios éticos universais As pessoas fazem aquilo que como indivíduos acham que é certo independente de restrições legais ou da opinião dos outros Agem de acordo com padrões internalizados sabendo que con denariam a si próprios se não o fizessem A favor Essa é uma situação que o força a escolher entre roubar e deixar sua mulher morrer Numa situação em que deve ser feita uma escolha é mo ralmente correto roubar Ele tem de agir em ter mos do princípio de preservação e respeito à vida Contra Heinz está diante da decisão de considerar ou não as outras pessoas que precisam do remé dio tanto quanto sua mulher Ele deve agir não de acordo com os seus sentimentos pela esposa mas considerando o valor de todas as vidas envolvidas Fonte Adaptada de Kohlberg 1969 Lickona 1976 Papalia11indd 409 Papalia11indd 409 010213 1021 010213 1021 410 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A pesquisa inicial deu suporte à teoria de Kohlberg Os meninos norteamericanos que Kohlberg e seus colaboradores acompanharam ao longo da vida adulta progrediram pelos estágios de Kohlberg em sequência sem pular nenhum deles Seus julgamentos morais correlacionaramse positivamente com fai xa etária educação QI e nível socioeconômico Colby Kohlberg Gibbs e Lieberman 1983 A pesquisa mais recente entretanto lançou dúvidas sobre a delineação de alguns dos estágios de Kohlberg Eisen berg e Morris 2004 Um estudo do julgamento das crianças sobre leis e transgressão da lei sugere que al gumas sabem raciocinar de modo flexível sobre tais questões já aos 6 anos Helwig e Jasiobedzka 2001 Uma das razões de as idades associadas aos níveis de Kohlberg serem tão variáveis é que as pessoas que atingiram um alto nível de desenvolvimento cognitivo nem sempre alcançam um nível semelhante de desenvolvimento moral Um certo nível de desenvolvimento cognitivo é necessário mas não suficiente para um nível comparável de desenvolvimento moral Portanto outros processos além da cognição devem estar ocorrendo Alguns investigadores sugerem que a atividade moral é motivada não apenas por considerações abstratas de justiça mas também por emoções como empatia culpa e sofrimento e a internalização de normas prósociais Eisenberg e Morris 2004 Gibbs 1991 1995 Gibbs e Schnell 1985 Também se tem argumentado que os estágios 5 e 6 não podem ser considerados os estágios mais maduros do desenvolvimento moral pois restringem maturidade a um grupo seleto de pessoas dadas à reflexão filosófica Gibbs 1995 Além disso nem sempre há uma relação clara entre raciocínio moral e comportamento moral As pessoas em níveis de raciocínio pósconvencionais não agem necessariamente de forma mais moral do que aquelas em níveis mais baixos Outros fatores como situações específicas concepções de virtude e preocupação com os outros contribuem para o comportamento moral Colby e Damon 1992 Fischer e Pruyne 2003 Em termos gerais entretanto adolescentes que são mais avançados no raciocínio moral tendem a ser mais morais em seu comportamento bem como mais bem ajustados e com competência social mais alta enquanto adolescentes antissociais tendem a usar raciocínio moral menos maduro Eisenberg e Morris 2004 Influência dos pais do grupo e da cultura Nem Piaget nem Kohlberg consideravam os pais importantes para o desenvolvimento moral dos filhos mas a pesquisa mais recente enfatiza a contri buição dos pais tanto no plano cognitivo quanto no plano emocional Adolescentes com pais demo cráticos que os estimulam a questionar e expandir seu raciocínio moral tendem a raciocinar em níveis mais altos Eisenberg e Morris 2004 O grupo de pares também afeta o raciocínio moral por meio das conversas entre eles sobre con flitos morais Ter mais amigos íntimos passar um tempo de qualidade com eles e ser percebido como líder estão associados com raciocínio moral mais alto Eisenberg e Morris 2004 A ÉTICA DO CUIDADO A TEORIA DE GILLIGAN Com base na pesquisa sobre mulheres Carol Gilligan 19821993 afirmou que a teoria de Kohlberg é orientada para valores mais importantes para os homens do que para as mulheres Segundo Gilligan as mulheres veem a moralidade não tanto em termos de justiça quanto em termos de responsabilidade em demonstrar preocupação e evitar dano Elas se concentram mais em não afastarse dos outros do que em não tratar os outros injustamente A pesquisa encontrou pouco suporte à alegação de Gilligan de um viés masculino nos estágios de Kohlberg Brabeck e Shore 2003 Jaffee e Hyde 2000 o que a levou a modificar sua posição Em uma análise de 113 estudos meninas e mulheres eram mais propensas a pensar em termos de cuida dos e meninos e homens em termos de justiça mas essas diferenças eram pequenas Jaffee e Hyde 2000 O trabalho de Gilligan é discutido no Capítulo 13 COMPORTAMENTO PRÓSOCIAL E ATIVIDADE VOLUNTÁRIA Alguns pesquisadores estudaram o raciocínio moral prósocial semelhante ao orientado ao cuidado como uma alternativa ao sistema baseado na justiça de Kohlberg O raciocínio moral prósocial é o Você se lembra de alguma vez em que você ou alguém que você conhece agiu contrariamente ao seu próprio julgamento moral pessoal Por que você acha que isso aconteceu Papalia11indd 410 Papalia11indd 410 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 411 raciocínio sobre dilemas morais nos quais as necessidades ou desejos de uma pessoa estão em conflito com aqueles de outras pessoas em situações em que as regras ou normas sociais não são claras ou são inexistentes Em um estudo longitudinal que acompanhou crianças até o início da idade adulta o raciocínio prósocial baseado na reflexão social sobre consequências e nos valores e normas internali zados aumentava com a idade enquanto o raciocínio baseado em estereótipos como é legal ajudar diminuía da infância até o final da adolescência Eisenberg e Morris 2004 O comportamento prósocial também normalmente diminui da infância até a adolescência Ei senberg e Morris 2004 As meninas tendem a apresentar mais comportamento prósocial do que os meninos Eisenberg e Fabes 1998 e esta diferença tornase mais pronunciada na adolescência Fabes et al 1999 As meninas tendem a verse como mais empáticas e prósociais do que os meninos e os pais das meninas enfatizam a responsabilidade social mais do que os pais dos meninos Eisenberg e Morris 2004 Em um estudo de larga escala isto era verdadeiro para adolescentes de 18 anos e seus pais em sete países Austrália Estados Unidos Suécia Hungria República Tcheca Bulgária e Rússia Flannagan et al 1998 Como acontece com as crianças mais novas os pais que usam disci plina indutiva são mais propensos a ter adolescentes prósociais do que os pais que usam disciplina de afirmação de poder Aproximadamente metade dos adolescentes envolvemse em algum tipo de serviço comunitário ou atividade voluntária Essas atividades prósociais permitem que os adolescentes tornemse envol vidos na sociedade adulta para explorar seus possíveis papéis como parte da comunidade e para asso ciar seu senso de identidade em desenvolvimento ao envolvimento cívico Voluntários adolescentes tendem a ter um alto grau de autoentendimento e compromisso com os outros As meninas são mais propensas ao voluntariado do que os meninos e adolescentes com NSE alto tendem a fazer mais trabalho voluntário do que aqueles com NSE mais baixo Eisenberg Morris 2004 Estudantes que fazem trabalho voluntário fora da escola tendem quando adultos a serem mais envolvidos em suas comunidades do que aqueles que não fazem Eccles 2004 Questões educacionais e vocacionais A escola constitui uma experiência organizadora central na vida da maioria dos adolescentes Ela oferece oportunidades para obter informação aprender novas habilidades e aperfeiçoar habilidades antigas participar de atividades esportivas artísticas e outras explorar opções vocacionais e fazer amigos Amplia os horizontes intelectual e social Alguns adolescentes porém vivenciam a escola não como uma oportunidade mas como mais um obstáculo no caminho para a vida adulta Nos países industrializados e também em alguns países em desenvolvimento cada vez mais estudantes concluem o ensino médio e muitos se matriculam no ensino superior Eccles et al 2003 OECD 2004 Em 2007 quase 73 dos jovens norteamericanos de 18 a 24 anos haviam concluído o ensino médio ou recebido uma credencial equivalente Planty et al 2009 Entre os 30 países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico OECD 2008 as taxas de conclusão variam de 15 na Turquia a 62 na Islândia Os Estados Unidos com uma média de 127 anos de escolaridade destacouse nesta comparação internacional No entanto os adolescen tes norteamericanos em média apresentam um desempenho escolar inferior ao de muitos outros países Baldi et al 2007 Lemke et al 2004 T D Snyder e Hoffman 2001 Além disso embora o desempenho de estudantes de 4 a e 8 a série conforme medidas feitas pela Avaliação Nacional de Progresso Educacional NAEP tenha melhorado em algumas áreas o mesmo não ocorreu de modo geral com os alunos do 3 o ano do ensino médio NCES 2009c Embora ainda exista uma diferença de desempenho entre adolescentes brancos e adolescentes da minoria esta diferença diminuiu nos últimos anos Rampey et al 2009 Examinaremos as influências sobre o desempenho escolar e então os jovens que abandonam a escola Finalmente consideraremos o planejamento para a educação superior e as vocações verificador você é capaz de Citar os níveis e estágios de Kohlberg e discutir fatores que influenciam o ritmo em que crianças e adolescentes progridem ao longo deles Avaliar a teoria de Kohlberg com respeito ao papel da emo ção e da socialização das in fluências dos pais e dos pares e da validade transcultural Explicar as diferenças entre os padrões de raciocínio moral de Gilligan e de Kohlberg e discutir os efeitos do gênero Discutir as diferenças indi viduais no comportamento prósocial tal como o voluntariado indicad r Quais são as influências que afetam o sucesso escolar dos adolescentes seu planejamento e preparação educacional e vocacional Papalia11indd 411 Papalia11indd 411 010213 1021 010213 1021 412 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman INFLUÊNCIAS SOBRE O DESEMPENHO ESCOLAR Como acontece no ensino fundamental fatores como o estilo de parenta lidade dos pais o nível socioeconômico e a qualidade do ambiente domés tico influenciam o desempenho escolar na adolescência Outros fatores incluem gênero etnia influência dos pares qualidade do ensino e a con fiança dos estudantes em si mesmos Motivação e autoeficácia do estudante Nos países ocidentais par ticularmente nos Estados Unidos as práticas educativas são baseadas na suposição de que os estudantes são ou podem ser motivados a aprender Os educadores enfatizam o valor da motivação intrínseca o desejo dos es tudantes de aprender pelo valor da aprendizagem Larson e Wilson 2004 Infelizmente muitos estudantes norteamericanos não são automotivados e a motivação frequentemente diminui quando eles entram no ensino mé dio Eccles 2004 Larson e Wilson 2004 Cognições orientadas ao futuro esperanças e sonhos sobre futuros empregos também estão relaciona das a maior realização mas este efeito parece ser explicado pela participa ção em atividades extracurriculares Pode ser que as cognições orientadas ao futuro sejam úteis precisamente por que elas motivam a participação em atividades relacionadas a sucesso posterior Beal e Crockett 2010 Nas culturas ocidentais estudantes com autoeficácia alta que acre ditam que podem aprender a fazer as coisas e regular sua própria aprendi zagem são propensos a ter sucesso na escola Zimmerman et al 1992 Em um estudo longitudinal com 140 estudantes de 8 a série a autodiscipli na dos estudantes era duas vezes mais importante do que o QI para expli car suas notas e as pontuações de testes de desempenho e a seleção para um programa de ensino médio competitivo no final do ano Duckworth e Seligman 2005 Em muitas culturas a educação é baseada não na motivação pessoal mas em fatores como dever Índia submissão à autoridade países islâmi cos e participação na família e na comunidade África subsaariana Nos países do leste asiático é esperado que os estudantes aprendam não pelo valor da aprendizagem mas para satisfazer expectativas familiares e sociais É esperado que a aprendi zagem requeira esforço intenso e os estudantes que fracassam ou ficam para trás sentemse obrigados a tentar novamente Esta expectativa pode ajudar a explicar por que em comparações internacionais em ciências e matemática os estudantes do leste asiático ultrapassam substancialmente os estudantes norteamericanos Em países em desenvolvimento as questões de motivação perdem a importância à luz de barreiras sociais e econômicas à educação escolas e recursos educacionais inadequados ou ausentes a necessidade do trabalho infantil para sustentar a família barreiras à escolarização para meninas ou subgrupos culturais e casamento precoce Larson e Wilson 2004 Portanto enquanto discutimos os fatores no sucesso educacional que são largamente baseados em estudos nos Estados Unidos e em outros países ocidentais precisamos lembrar que eles não se aplicam a todas as culturas Gênero Em um teste internacional de adolescentes em 43 países industrializados as meninas em todos os países eram melhores leitoras que os meninos Os meninos estavam na frente em matemática em aproximadamente metade dos países mas essas diferenças de gênero eram menos pronunciadas do que na leitura OECD 2004 De modo geral a partir da adolescência as meninas se saem melhor em tarefas verbais que envolvem uso de escrita e linguagem os meninos em atividades que envolvem funções visuais e espaciais úteis em matemática e ciências Apesar das teorias de que os meninos possuem alguma capacidade inata de sairse melhor em matemática uma avaliação dos resultados do SAT e de pontuações em matemática de 7 milhões de estudantes não encontrou diferenças de gênero no desempenho em matemática Hyde et al 2008 Derek está assumindo a responsabilidade por sua própria aprendizagem fazendo pesquisa na biblioteca Estudan tes responsáveis como Derek têm maior probabilidade de tirar boas notas N de T O SAT é um exame educacional padronizado para alunos do ensino médio para admissão em universidades dos Estados Unidos Papalia11indd 412 Papalia11indd 412 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 413 O que causa essas diferenças de gênero As respostas são complexas A pesquisa aponta explica ções envolvendo interações biológicas e ambientais Halpern et al 2007 Biologicamente como mencionamos no Capítulo 9 os cérebros de homens e mulheres são diferen tes e tornamse ainda mais diferentes com a idade As meninas têm mais substância cinzenta corpos ce lulares neuronais e conexões vizinhas mas os meninos têm mais substância branca conectiva mielina e líquido cefalorraquidiano que envolvem os caminhos mais longos dos impulsos nervosos Essas maio res vantagens conectivas foram associadas com desempenho visual e espacial que ajuda em matemática e ciências Além disso o crescimento da substância cinzenta atinge o ponto máximo mais cedo em meninas adolescentes mas continua a aumentar em meninos adolescentes Por outro lado de acordo com alguns estudos o corpo caloso que liga os dois hemisférios cerebrais é maior em meninas do que em meninos permitindo um melhor processamento da linguagem Além disso os hemisférios das meninas são mais equilibrados do que os dos meninos permitindo uma maior variedade de capacidades cognitivas enquanto os cérebros dos meninos podem ser mais especializados Halpern et al 2007 As forças sociais e culturais que influenciam as diferenças de gênero incluem o seguinte Halpern et al 2007 Influências da família Entre as culturas o nível educacional dos pais está correlacionado com o desempenho de seus filhos em matemática Exceto pelos filhos e filhas altamente dotados a quantidade de envolvimento dos pais na educação dos filhos afeta o desempenho em matemáti ca As atitudes e expectativas de gênero dos pais também têm um efeito Influências da escola As diferenças sutis na forma como os professores tratam meninos e meni nas especialmente em aulas de matemática e ciências foram documentadas Influências da vizinhança Os meninos se beneficiam mais de vizinhanças enriquecidas e são mais afetados por vizinhanças desfavorecidas Os papéis dos homens e das mulheres na sociedade ajudam a moldar as escolhas de cursos e ocupações das meninas e dos meninos Influências culturais Estudos entre culturas mostram que a medida das diferenças de gênero no desempenho em matemática varia entre nações e tornase maior ao final do ensino secundário Essas diferenças estão correlacionadas com o grau de igualdade de gênero na sociedade De modo geral a ciência está começando a encontrar respostas para a questão desconcertante de por que as capacidades de meninos e meninas tornamse mais diferentes no ensino médio Estilos de parentalidade etnia e influência dos pares Nas culturas ocidentais os benefícios da parentalidade democrática continuam a afetar o desempenho escolar durante a adolescência Baumrind 1991 Pais democráticos estimulam os filhos a examinarem os dois lados de uma questão aceitam de bom grado sua participação nas decisões da família e admitem que as crianças às vezes sabem mais que os pais Esses pais estabelecem um equilíbrio entre ser exigente e ser receptivo Seus filhos recebem elogios e privilégios quando tiram notas boas notas ruins trazem incentivos para que se esforcem mais e também ofertas de ajuda Pais autoritários em contrapartida dizem aos adolescentes para não discutir com os adultos ou questionálos e que eles entenderão melhor quando crescerem Notas boas trazem advertên cias para que sejam ainda melhores notas baixas podem ser punidas com redução de privilégios ou castigo Os pais permissivos parecem indiferentes às notas não controlam o acesso à televisão não comparecem às reuniões da escola e não ajudam nem verificam as lições de casa Esses pais podem não ser negligentes ou indiferentes eles até podem ser afetuosos Talvez simplesmente acreditem que os adolescentes devem ser responsáveis pela sua própria vida O que explica o sucesso escolar de adolescentes criados por pais democráticos O maior envolvi mento dos pais democráticos com a vida escolar do filho pode ser um fator bem como o incentivo a atitu des positivas em relação às atividades escolares Um mecanismo mais sutil coerente com as constatações sobre autoeficácia pode ser a influência dos pais sobre como os filhos explicam o sucesso ou o fracasso O exame de 50 estudos envolvendo mais de 50 mil estudantes revelou que pais que enfatizam o valor da educação associam o desempenho acadêmico a metas futuras e discutem estratégias de aprendizagem têm um impacto significativo sobre o desempenho acadêmico do estudante Hill e Tyson 2009 Em alguns grupos étnicos no entanto o estilo de parentalidade dos pais pode ser menos impor tante do que a influência dos pares sobre a motivação e o desempenho acadêmico Em um estudo ado Papalia11indd 413 Papalia11indd 413 010213 1021 010213 1021 414 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman lescentes norteamericanos de origem latina e afroamericanos mesmo aqueles com pais democráticos tiveram desempenho escolar inferior ao de estudantes norteamericanos de origem europeia aparente mente devido à falta de apoio dos colegas para o desempenho escolar Steinberg Dornbusch e Brown 1992 Por outro lado alunos norteamericanos de origem asiática cujos pais às vezes são descritos como autoritários obtêm notas altas e apresentam melhor pontuação em testes de matemática do que estudantes norteamericanos de origem europeia aparentemente porque os pais e os colegas valorizam a realização C Chen e Stevenson 1995 O melhor desempenho escolar de muitos jovens de várias origens étnicas reflete a forte ênfase da família e dos amigos no sucesso escolar Fuligni 1997 A importância do nível socioeconômico e características familiares relacionadas O nível socio econômico é um prognosticador importante de sucesso acadêmico O nível educacional dos pais e a renda da família afetam indiretamente a realização educativa baseado em como eles influenciam o estilo de parentalidade os relacionamentos entre irmãos e o envolvimento acadêmico do adolescente Melby et al 2008 De acordo com um estudo de domínios de matemática de adolecentes de 15 anos em 20 países de renda relativamente alta os estudantes com pelo menos um genitor com educação póssecundária se saíram melhor do que estudantes cujos pais tinham níveis educacionais mais baixos HampdenThompson e Johnston 2006 Uma diferença semelhante ocorreu entre estudantes cujos pais tinham posição ocupacional alta e aqueles cujos pais tinham posição ocupacional média ou baixa Ter mais de 200 livros em casa estava associado com pontuações mais altas e viver em uma família com os dois pais era outro prognosticador fundamental de competência em matemática em todos os 20 países A escola A qualidade da educação influencia fortemente o desempenho do estudante A boa escola de ensino secundário tem um ambiente organizado e seguro recursos materiais adequados uma equipe de professores estável e um senso de comunidade positivo A cultura escolar coloca uma forte ênfase nos estudos e cursos e promove a crença de que todos os estudantes podem aprender Ela também oferece oportunidades para atividades extracurriculares que mantêm os estudantes envol vidos e impede que eles se metam em apuros após a escola Os professores confiam respeitam e se preocupam com os estudantes e têm altas expectativas para eles bem como confiança em sua própria capacidade de ajudar os estudantes a ter sucesso Eccles 2004 Se os adolescentes sentem o apoio dos professores e dos outros estudantes e se o currículo e o ensino são significativos e desafiadores na medida certa e se ajustam aos seus interesses nível de habilidade e necessidades eles ficam mais satisfeitos com a escola Samdal e Dür 2000 e tiram notas melhores Eccles 2004 Jia et al 2009 Em um levantamento das percepções dos estudantes de seus professores altas expectativas do professor eram o prognosticador mais consistente de metas e interesses dos estudantes e o feedback negativo era o prognosticador negativo mais consistente de desempenho acadêmico e comportamento na sala de aula Wentzel 2002 Um declínio na motivação e desempenho acadêmicos frequentemente começa com a transição da intimidade e familiaridade do ensino fundamental para o ambiente maior com maior pressão e menos apoiador do ensino médio Eccles 2004 Por essa razão algumas cidades tentaram eliminar a transição entre as séries estendendo o ensino fundamental para a 8 a série ou unificaram algumas escolas de ensino fundamental com escolas de ensino médio pequenas Gootman 2007 Alguns sis temas escolares de cidades grandes como Nova York Filadélfia e Chicago estão fazendo experiências com escolas menores nas quais alunos professores e pais formam uma comunidade de aprendizagem unida por uma visão comum do que seja uma boa educação e frequentemente por um foco curricular especial como música ou estudos étnicos Meier 1995 Rossi 1996 Outra inovação é o Early Colle ge High Schools escolas pequenas personalizadas e de alta qualidade operadas em cooperação com universidades próximas A combinação de uma atmosfera sustentadora com padrões bem definidos e rigorosos essas escolas permitem aos alunos concluir o ensino médio e fazer os dois primeiros anos de faculdade The Early College High School Initiative sd Tecnologia A expansão da tecnologia e o papel importante que ela desempenha nas vidas das crian ças tem afetado a aprendizagem A pesquisa indica que embora o pensamento crítico e as habilidades de análise tenham diminuído como resultado do uso aumentado de computadores e videogames as habilidades visuais melhoraram Os estudantes estão passando mais tempo em multitarefas com a mídia visual e menos tempo lendo por prazer Greenfield 2009 A leitura desenvolve o vocabulário a imaginação e a indução habilidades fundamentais para resolver problemas mais complexos A mul titarefa pode impedir um entendimento mais profundo da informação Em um estudo estudantes que Um dos problemas em comparar a pesquisa histórica com a pesquisa atual é que os tempos mudam assim como pode mudar a influência de determinadas variáveis Os leitores eletrônicos de livros como o Kindle estão se tornando cada vez mais populares O que esta tendência poderia significar para o achado anterior de que o número de livros em casa está correlacionado com desempenho acadêmico verificador você é capaz de Explicar como as escolas em várias culturas motivam os estudantes a aprender Avaliar as influências de qua lidades pessoais nível socioe conômico gênero etnia pais e pares sobre o desempenho acadêmico Dar exemplos de práticas edu cativas que podem ajudar os estudantes do ensino médio a terem um bom desempenho Papalia11indd 414 Papalia11indd 414 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 415 tiveram acesso a internet durante as aulas não processaram tão bem o que foi apresentado e tiveram um desempenho mais insatisfatório do que estudantes sem acesso a internet Greenfield 2009 Ver Quadro 112 para saber mais sobre multitarefa ABANDONO DA ESCOLA Mais jovens norteamericanos estão concluindo o ensino médio hoje do que em qualquer outra época A porcentagem conhecida como taxa de evasão escolar inclui todas as pessoas na faixa etária de 16 a 24 anos que não estão matriculadas na escola e que não completaram o ensino médio independente de quando eles abandonaram os estudos Entre 1987 e 2007 a taxa de evasão escolar diminuiu de 126 para 87 Embora a taxa tenha diminuído tanto para negros como para hispânicos durante este período suas taxas 84 e 214 respectivamente permaneceram mais altas do que a taxa para brancos 53 em 2007 US Department of Education 2009 Os estudantes de origem asiática são os menos propensos a abandonar os estudos Os estudantes de baixa renda são quatro vezes mais propensos a abandonar os estudos do que estudantes de renda alta Laird et al 2006 Por que adolescentes pobres e de grupos minoritários são mais propensos a abandonar os estu dos Uma das razões pode ser o ensino ineficiente baixas expectativas por parte dos professores ou tratamento diferencial desses estudantes menos apoio dos professores do que no ensino fundamental e a percepção de irrelevância do currículo para grupos culturalmente pouco representados A transição para o ensino médio para estudantes afroamericanos e latinos parece ter mais riscos para aqueles que pesquisa em ação MULTITAREFA E GER M A multitarefa é agora um fenômeno novo Os seres humanos sempre foram capazes de prestar atenção a diversas tarefas de uma só vez caminhar e falar segurar uma criança pequena no colo e esquentar um pote de sopa cortar vegetais e escutar o rádio O que mudou dramaticamente nos últimos 15 anos é o impacto que a mídia eletrônica teve sobre a necessidade e a capacidade de realizar múltiplas tarefas Uma nova geração foi acrescentada ao conjunto fundo Ger Y e Ger X a Ger M abre viação de Geração Midiática Um levantamento recente realizado pela Kaiser Family Foundation revelou que na 7 a série 82 das crianças estão regularmente acessando a internet Não é inco mum que uma criança de 12 anos esteja conectada ao Facebook e converse pelo Messenger enquanto verifica emails escuta mú sica e faz o dever de casa O levantamento revelou que embora o tempo total dedicado à mídia diariamente tenha permanecido estável em 65 horas a quantidade total de conteúdo midiático a que crianças e adolescentes de 8 a 18 anos estão expostos au mentou em mais de uma hora por dia Isso se deve à multitarefa e ao consumo de diferentes tipos de mídia ao mesmo tempo Embora a percepção seja de que a multitarefa poupa tempo há cada vez mais evidências sugerindo o oposto Tentar realizar muitas tarefas ao mesmo tempo aumenta a probabilidade de erros e na verdade prolonga o tempo necessário para comple tar qualquer uma delas separadamente Estudos sobre as opera ções do cérebro têm demonstrado que a mudança entre tarefas pode criar um tipo de efeito gargalo à medida que o cérebro tenta determinar que tarefa deve realizar Dux et al 2006 Os efeitos sobre a aprendizagem são preocupantes Os estudantes podem ter uma enorme capacidade de buscar e encontrar res postas usando a tecnologia mas suas habilidades analíticas e de resolução de problemas estão sendo prejudicadas levando inúmeras escolas de alto perfil a bloquear o acesso à internet durante as aulas Igualmente perturbadoras são as estatísticas relativas a distrações ao volante Usar telefones celulares e enviar mensa gens de texto ao dirigir foi associado com centenas de milha res de ferimentos e milhares de mortes a cada ano nos Estados Unidos Em estudos de direção simulados os pesquisadores verificaram que quando os motoristas usavam telefones celu lares suas reações eram 18 mais lentas e que o número de colisões traseiras duplicou Strayer e Drews 2004 Essas taxas de reação mais lenta aplicavamse mesmo quando não havia manipulação manual do telefone indicando que os dispositi vos de Bluetooth não diminuem a probabilidade de tempo de reação lento ou contribuem menos para os acidentes Strayer e Drews 2007 Em um estudo comparando uso do telefone celu lar enquanto se dirige e dirigir embriagado foi constatado que os prejuízos associados com usar um telefone celular eram tão profundos quanto aqueles associados com dirigir embriagado Strayer Drews e Crouch 2006 qual a sua opinião Você se considera um membro da Ger M Quais são algumas das tarefas típicas que você tende a fazer simultaneamente 112 o Papalia11indd 415 Papalia11indd 415 010213 1021 010213 1021 416 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman estão na transição de escolas primárias menores mais sustentadoras com números significativos de colegas do grupo minoritário para escolas secundárias maiores mais impessoais onde há menos cole gas do mesmo grupo racial ou étnico Benner e Graham 2009 Em escolas que usam a monitoração de capacidade estudantes com capacidade baixa ou pontuação baixa no SAT frequentemente têm experiências educacionais inferiores Colocados junto com colegas que são igualmente alienados eles podem desenvolver sentimentos de incompetência e atitudes negativas em relação à escola e desen volver problemas de comportamentos Eccles 2004 A sociedade se ressente quando os jovens não terminam a escola Abandonar o ensino médio é um evento crítico que pode colocar uma pessoa em um caminho evolutivo negativo Benner e Graham 2009 Aqueles que abandonam os estudos são mais propensos a ficar desempregados ou ter rendas baixas a depender da previdência e a envolverse com drogas crime e delinquência e a ter problemas de saúde Laird et al 2006 NCES 2001 2003 2004 Um estudo longitudinal que acompanhou até a idade adulta 3502 estudantes de 8 a série de famí lias carentes aponta a diferença que o sucesso no ensino médio pode fazer Finn 2006 Quando adultos aqueles que completaram com sucesso o ensino médio tiveram mais probabilidade de obter educação póssecundária e de ter empregos consistentes Um fator importante que diferenciava os que completaram o ensino médio era a participação ativa a atenção interesse investimento e esforço que os estudantes dedicavam ao trabalho da escola Marks 2000 p 155 No nível mais básico participação ativa significa chegar na aula no horário estar preparado ouvir e responder às perguntas do professor e obedecer às regras da escola Um nível mais alto de participação consiste em envolver se com o curso fazer perguntas tomar a iniciativa de procurar ajuda quando necessário ou fazer projetos extras Ambos os níveis de participação ativa tendem a ser compensados com um desempe nho positivo na escola Finn e Rock 1997 Uma série de características familiares afeta a participação escolar Por exemplo famílias nas quais as crianças eram elogiadas pelo desempenho acadêmico os pais conversavam ou brincavam com os filhos 15 minutos por dia ou mais a televisão era restringida e nas quais pais e filhos jantavam juntos cin co ou mais dias por semana eram mais pro pensas a ter filhos altamente participativos A participação em atividades extracurriculares também parecia fazer uma diferença já que a participação em esportes ou em clubes após a escola também estava relacionada a envolvimento escolar assim como a partici pação em atividades religiosas fora da pró pria escola Dye e Johnson 2009 PREPARAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR OU AS VOCAÇÕES Como os jovens desenvolvem metas em relação à carreira que querem seguir Como decidem se vão para a faculdade e caso contrário como entrar no mercado de trabalho Muitos fatores influenciam incluindo a capacidade individual e a personalidade a educação os ambientes econômico e étnico o conselho de orientadores educacionais as experiências de vida e os valores sociais Veremos agora algumas influências sobre as aspirações educacionais e vocacionais Então examinaremos as medidas para os jovens que não planejam ir para a faculdade Discutiremos os prós e os contras de trabalhar fora para estudantes do ensino médio Influências sobre as aspirações dos estudantes As crenças na autoeficácia ajudam a moldar as opções ocupacionais que os estudantes consideram e o modo como eles se preparam para carreiras futuras Bandura et al 2001 Bandura et al 1996 Além disso os valores dos pais com relação ao de sempenho escolar influenciam os valores e as metas ocupacionais dos adolescentes Jodl et al 2001 Apesar da maior flexibilidade nas metas de carreira nos dias de hoje o gênero e os estereótipos de gênero ainda influenciam a escolha da profissão Eccles et al 2003 Meninas e meninos nos Estados Unidos têm hoje a mesma probabilidade de planejar carreiras em matemática e ciências Entretanto os meninos são muito mais propensos a se formarem em engenharia física e ciências da computação NCES 2001 enquanto as meninas ainda são mais propensas a seguir profissões como enfermagem assistência social e ensino Eccles et al 2003 Em outros países industrializados a realidade é semelhante OECD 2004 A Gates Foundation patrocinou um novo programa no qual estudantes do 1 o ano do ensino médio que são aprovados nos testes de proficiência poderão formarse mais cedo e iniciar imediatamente cursos em faculdades comunitárias Os proponentes afirmam que um sistema baseado no domínio da matéria em vez de em créditos acumulados levará a aumento da motivação para estudantes competentes Além disso aqueles estudantes que não são aprovados nos exames de qualificação saberão quais as competências que eles devem aprimorar para atingir o nível de faculdade O que você acha participação ativa Envolvimento pessoal na escola no tra balho na família ou em outra atividade Os estudantes aprendem mais quando precisam ler os materiais em uma fonte mais difícil de entender O processamento adicional requerido para decodificar as palavras ajuda a reter melhor o material DiemandYauman Oppenheimer e Vaughan 2011 verificador você é capaz de Discutir as tendências na conclusão do ensino médio e as causas e efeitos da evasão escolar Explicar a importância da participação ativa na escola Papalia11indd 416 Papalia11indd 416 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 417 O próprio sistema educacional pode agir como um freio às aspirações vocacionais Estudantes que sabem memorizar e analisar tendem a se sair bem em salas de aula onde o ensino é voltado para essas capacidades Portanto esses estudantes têm bom desempenho em um sistema que enfatiza as capaci dades em que eles se destacam Estudantes cujo forte é o pensamento criativo ou prático áreas críticas para o sucesso em certos campos raramente têm uma chance de mostrar o que podem fazer Sternberg 1997 O reconheci mento de uma ampla variedade de inteligências consulte o Capítulo 9 aliado a um ensino mais flexível e ao aconselhamento vocacional poderia permitir que mais estudantes atingissem suas metas educacionais e ingressassem na profissão que desejam a fim de dar a contribuição naquilo que são capazes Orientando estudantes que não vão para a faculdade A maioria dos países industrializados oferece orientação para estudantes que não desejam ir para a faculdade Na Alemanha por exemplo há um sistema voltado para o estagiário em que os alunos do ensino médio ficam meio período na escola e passam o resto da semana em treinamento remunerado em local de trabalho supervisionados por um empregadormentor Os Estados Unidos não possuem políticas coordenadas para ajudar os jo vens que não vão para a faculdade a fazer uma transição bemsucedida do ensino médio para o mercado de trabalho O aconselhamento vocacional ge ralmente é dirigido aos jovens que vão para a faculdade Todos os programas de treinamento profissional existentes para os jovens que terminam o ensino médio e não vão imediatamente para a faculdade tendem a ser menos abran gentes que o modelo alemão e menos atrelados às necessidades das empresas e das indústrias A maio ria desses jovens devem ser treinados no local de trabalho ou em cursos de faculdades comunitárias A maioria sem conhecer o mercado de trabalho não aprende aquilo que é necessário Outros conseguem empregos que estão aquém de sua capacidade Alguns não encontram emprego algum NRC 1993a Em algumas comunidades programas de demonstração ajudam na transição escolaparatrabalho Os mais bemsucedidos oferecem instrução em qualificações básicas aconselhamento apoio de cole gas supervisão estágio e colocação no emprego NCR 1993a Em 1994 o Congresso disponibilizou 11 bilhão de dólares para ajudar os estados e os governos locais a estabelecer programas de transição escolaparatrabalho em parceria com os empregadores Os estudantes participantes melhoraram seu desempenho escolar e as taxas de conclusão do curso e quando ingressaram no mercado de trabalho tiveram mais probabilidade de encontrar empregos e ganhar salários mais altos do que estudantes que não participaram do programa Hughes Bailey e Mechur 2001 Adolescentes no mercado de trabalho Nos Estados Unidos a grande maioria dos adolescentes está trabalhando em algum momento durante o ensino médio principalmente em empregos nos setores de prestação de serviços e comércio Os pesquisadores discordam sobre se o emprego de meio turno é be néfico para os estudantes do ensino médio ajudandoos a desenvolver habilidades do mundo real e uma ética de trabalho ou prejudicial distraindoos das metas educacionais e ocupacionais de longo prazo Algumas pesquisas sugerem que os estudantes que trabalham dividemse em dois grupos aqueles que estão em um caminho acelerado para a idade adulta e aqueles que fazem uma transição mais vagarosa equilibrando a escola o emprego pago e as atividades extracurriculares Os acelerados trabalham mais de 20 horas por semana durante o ensino médio e passam pouco tempo em atividades de lazer relacionadas a escola A exposição a um mundo adulto pode leválos a uso de álcool e drogas atividade sexual e comportamento delinquente Muitos desses adolescentes têm um nível socioeconô mico relativamente baixo eles tendem a procurar empregos de período integral logo após a conclusão do ensino médio e a não entrar para uma universidade A experiência de trabalho intensivo no ensino médio melhora suas perspectivas de trabalho e renda após a conclusão do curso mas não de realiza ção profissional de longo prazo Os equilibrados em contrapartida frequentemente vêm de famílias mais privilegiadas Para eles os efeitos do trabalho de meio turno parecem inteiramente benignos Ele os ajuda a adquirir um senso de responsabilidade independência e autoconfiança e a apreciar o valor do trabalho mas não os desviam de seu caminho educacional Staff Mortimer e Uggen 2004 Para os estudantes do ensino médio que precisam ou escolhem trabalhar fora da escola então os efeitos têm maior probabilidade de ser positivos se eles tentarem limitar as horas de trabalho e per Estudantes cuja força está no pensamento criativo fre quentemente não têm uma chance de mostrar o que são capazes de fazer O ensino mais flexível e o aconse lhamento vocacional poderiam permitir que mais es tudantes dessem as contribuições de que são capazes Papalia11indd 417 Papalia11indd 417 010213 1021 010213 1021 418 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman resumo e palavraschave Adolescência uma transição no desenvolvimento O que é adolescência quando ela começa e termina e quais são as oportunidades e os riscos acarretados por ela A adolescência nas sociedades industriais modernas é a transição da infância para a idade adulta Ela dura aproxi madamente dos 11 aos 19 ou 20 anos O começo da adolescência é cheio de oportunidades para os crescimentos físico cognitivo e psicológico e também de riscos para o desenvolvimento saudável Padrões de comportamento de risco como o consumo de álcool o abuso de drogas atividades sexuais e o uso de armas de fogo tendem a aumentar ao longo da ado lescência mas a maioria dos jovens não experimenta problemas mais sérios adolescência 386 puberdade 386 DESENVOLVIMENTO FÍSICO Puberdade Quais são as alterações físicas que os adolescentes experimentam e como essas alterações os afetam em termos psicológicos A puberdade é desencadeada por mudanças hormonais Ela dura cerca de quatro anos normalmente começa mais cedo nas meninas e termina quando a pessoa é ca paz de reproduzir mas o momento da ocorrência desses eventos varia consideravelmente A puberdade é marcada por dois estágios 1 a ativação das glândulas adrenais e 2 o amadurecimento dos ór gãos sexuais alguns anos mais tarde Durante a puberdade tanto os meninos quanto as meni nas passam por um estirão de crescimento adolescente Os órgãos reprodutores aumentam de tamanho e ama durecem aparecendo os caracteres sexuais secundários Uma tendência secular de atingir mais cedo a estatura adulta e a maturidade sexual começou há cerca de cem anos provavelmente em razão de uma melhora nos pa drões de vida Os principais sinais de maturidade sexual são a produção de esperma para os meninos e a menstruação para as meninas caracteres sexuais primários 389 caracteres sexuais secundários 390 estirão de crescimento adolescente 391 espermarca 391 menarca 391 tendência secular 391 O cérebro do adolescente Que tipo de desenvolvimento cerebral ocorre durante a adolescência e como ele afeta o comportamento O cérebro do adolescente ainda não está plenamente maduro Ele passa por uma segunda fase de superpro dução de matéria cinzenta sobretudo nos lobos frontais seguida de supressão do excesso de células nervosas A mielinização contínua dos lobos frontais facilita a matu ração do processamento cognitivo Os adolescentes processam informação emocional com a amígdala enquanto os adultos usam o lobo frontal Assim eles tendem a fazer julgamentos menos precisos e menos racionais O desenvolvimento insuficiente dos sistemas corticais frontais ligados à motivação impulsividade e dependên cia pode ser a explicação para a tendência dos adoles centes a assumir riscos Saúde física e mental Cite alguns problemas de saúde comuns na adolescência Como eles podem ser evitados Para a maioria os anos da adolescência são relativamen te saudáveis Problemas de saúde geralmente estão asso ciados à pobreza ou ao estilo de vida Muitos adolescentes não fazem atividade física vigorosa regularmente indicad r indicad r indicad r indicad r manecer envolvidos nas atividades escolares Programas educacionais cooperativos que permitem que os estudantes trabalhem meio turno como parte de seu programa escolar podem ser especialmente protetores Staff et al 2004 O planejamento vocacional é um dos aspectos da busca pela identidade por parte do adolescente A pergunta O que eu vou fazer está muito próxima de O que eu vou ser Pessoas que sentem que estão fazendo algo que vale a pena e o fazem com seriedade sentemse bem consigo mesmas Aquelas que sentem que seu trabalho não é importante ou que não são boas naquilo que fazem poderão questionar o significado de suas vidas Uma questão fundamental para a personalidade na adolescência que discutiremos no Capítulo 12 é o esforço para definir a identidade verificador você é capaz de Discutir as influências sobre as aspirações e o planejamento educacionais e vocacionais Papalia11indd 418 Papalia11indd 418 010213 1021 010213 1021 Desenvolvimento Humano 419 Muitos adolescentes não dormem o suficiente porque o horário da escola não está sincronizado com os ritmos naturais do seu corpo A preocupação com a imagem corporal principalmente entre as meninas pode resultar em transtornos da ali mentação Três transtornos da alimentação comuns na adolescência são a obesidadeexcesso de peso a anorexia nervosa e a bulimia nervosa Todos eles podem ter sérios efeitos de longo prazo A anorexia e a bulimia afetam principal mente meninas e mulheres jovens O prognóstico para a bulimia tende a ser melhor do que para a anorexia O uso de substâncias químicas pelos adolescentes dimi nuiu nos últimos anos no entanto o abuso de drogas frequentemente começa quando as crianças passam para o ensino médio Maconha álcool e tabaco são as drogas mais populares entre os adolescentes Todas envolvem sérios riscos O uso não médico de medicamentos prescritos ou vendi dos sem receita é um problema que está crescendo A prevalência de depressão aumenta na adolescência principalmente entre as meninas As causas principais de morte entre adolescentes incluem acidentes de veículo motor uso de arma de fogo e suicídio imagem corporal 396 anorexia nervosa 397 bulimia nervosa 398 abuso de substâncias químicas 399 dependência química 399 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Aspectos do amadurecimento cognitivo Como o pensamento e o uso da linguagem na adolescência diferem da infância Os adolescentes que alcançam o estágio operatóriofor mal de Piaget podem utilizar o raciocínio hipotéticode dutivo Elas podem pensar em termos de possibilidades lidar com problemas de modo flexível e testar hipóteses Como a estimulação ambiental desempenha um papel importante para se atingir esse estágio nem todas as pessoas tornamse capazes de operações formais e aquelas que são capazes nem sempre as utilizam O estágio operatórioformal proposto por Piaget não leva em conta desenvolvimentos como o acúmulo de conhecimento e a especialização ganhos no processa mento de informação e o crescimento da metacognição Piaget também deu pouca atenção às diferenças indivi duais às variações entre tarefas e ao papel da situação Pesquisas têm constatado mudanças estruturais e fun cionais no processamento de informação na adolescên cia Mudanças estruturais incluem aumento do conheci mento declarativo procedural e conceitual e expansão da capacidade da memória de trabalho Mudanças funcionais dizem respeito ao progresso no raciocínio de dutivo No entanto a imaturidade emocional pode levar os adolescentes mais velhos a tomar decisões piores que as de adolescentes mais novos O vocabulário e outros aspectos do desenvolvimento da linguagem sobretudo aqueles relacionados ao pensa mento abstrato como perspectiva social são aprimora dos na adolescência Os adolescentes gostam de jogos de palavra e criam seu próprio dialeto operatórioformal 404 raciocínio hipotéticodedutivo 405 conhecimento declarativo 406 conhecimento procedural 406 conhecimento conceitual 406 Quais são os critérios que os adolescentes usam para fazer julgamentos morais Segundo Kohlberg o raciocínio moral baseiase no de senvolvimento de um senso de justiça da capacidade cognitiva Kohlberg propôs que o desenvolvimento moral progride a partir do controle externo passando por padrões sociais internalizados até os códigos de princípios morais A teoria de Kohlberg tem sido criticada em vários as pectos incluindo a ausência do papel da emoção da socialização e da orientação parental A aplicabilidade do sistema de Kohlberg a mulheres e meninas e a pessoas em culturas não ocidentais tem sido questionada moralidade préconvencional 408 moralidade convencional ou moralidade de conformidade com o papel convencional 408 moralidade pósconvencional ou moralidade dos princípios morais autônomos 408 Questões educacionais e vocacionais Quais são as influências que afetam o sucesso escolar dos adolescentes seu planejamento e preparação educacional e vocacional Crenças na autoeficácia estilos de criação influências culturais e dos amigos gênero e qualidade da escolariza ção afetam o desempenho educacional do adolescente Embora a maioria dos norteamericanos conclua o en sino médio a taxa de evasão escolar é mais alta entre os estudantes pobres hispânicos e afroamericanos Entretanto esta diferença racialétnica está diminuindo A participação ativa nos estudos é um fator importante para manter os adolescentes na escola As aspirações educacionais e vocacionais são influencia das por vários fatores incluindo autoeficácia e valores parentais Os estereótipos de gênero têm menos influên cia do que o passado Jovens que concluem o ensino médio e que não vão imediatamente para a faculdade podem beneficiarse do treinamento vocacional O emprego de meio turno parece ter efeitos positivos e negativos sobre o desenvolvimento educacional social e ocupacional Os efeitos de longo prazo tendem a ser me lhores quando as horas de trabalho são limitadas participação ativa 416 indicad r indicad r indicad r Papalia11indd 419 Papalia11indd 419 010213 1021 010213 1021 Capítulo 12 pontos principais A busca da identidade Sexualidade Relacionamentos com a família os pares e a sociedade adulta Comportamento antissocial e delinquência juvenil pontos principais você sabia que Hoje mais meninas adolescentes do que meninos adolescentes nos Estados Unidos são sexualmente experientes A maioria dos adolescentes diz que tem um bom relacionamento com seus pais Estudos têm demonstrado que os programas de comunicação e as redes sociais da Internet como o Facebook fortalecem mais do que diminuem as conexões sociais Neste capítulo voltamonos aos aspectos psicossociais da busca de identidade Discutimos como os adolescentes podem conciliarse com sua sexualidade Consideramos como a individualidade florescente dos adolescentes se expressa nos relacionamentos com os pais os irmãos os pares e os amigos Examinamos as fontes de comportamento antissocial e maneiras de reduzir os riscos para a adolescência de modo a tornála um tempo de crescimento positivo e de expansão das possibilidades você sabia Desenvolvimento Psicossocial na Adolescência Este rosto no espelho que me fita a perguntar Quem é você Em que se transformará E zombeteiro Nem você sabe Repreendido encolhome e concordo e então porque ainda sou jovem mostrolhe a língua Eve Merriam Conversation with Myself 1964 Papalia12indd 420 Papalia12indd 420 010213 1019 010213 1019 Papalia12indd 421 Papalia12indd 421 010213 1019 010213 1019 422 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A busca da identidade A busca da identidade que Erikson definiu como uma concepção coerente do self constituída de metas valores e crenças com os quais a pessoa está solidamente comprometida entra em foco du rante os anos da adolescência O desenvolvimento cognitivo dos adolescentes lhes possibilita construir uma teoria do self Elkind 1998 Como Erikson 1950 enfatizou o esforço de um adolescente para compreender o self não é uma espécie de enfermidade do amadurecimento Ele faz parte de um processo saudável e vital fundamentado nas realizações das etapas anteriores na confiança autonomia iniciativa e produtividade e lança os alicerces para lidar com os desafios da idade adulta Entretanto uma crise de identidade raramente é totalmente resolvida na adolescência questões rela tivas à identidade surgem repetidamente durante toda a vida adulta ERIKSON IDENTIDADE VERSUS CONFUSÃO DE IDENTIDADE A principal tarefa da adolescência dizia Erikson 1968 é confrontar a crise de identidade ver sus confusão de identidade ou confusão de identidade versus confusão de papel de modo a tornarse um adulto singular com uma percepção coerente do self e com um papel valorizado na sociedade O conceito da crise de identidade baseouse em parte na experiência pessoal de Erikson Criado na Alemanha como o filho bastardo de uma mulher judia dinamarquesa que havia se separado do seu primeiro marido Erikson jamais conheceu o pai biológico Embora tenha sido adotado aos 9 anos de idade pelo segundo marido de sua mãe um pediatra judeu alemão ele se sentia confuso a respeito de quem era Debateuse durante algum tempo antes de encontrar sua vocação Quando viajou para os Estados Unidos precisou redefinir sua identidade como imigrante A identidade segundo Erikson formase quando os jovens resolvem três questões importantes a escolha de uma ocupação a adoção de valores sob os quais viver e o desenvolvimento de uma identidade sexual satisfatória Durante a terceira infância as crianças adquirem as habilidades necessárias para obter sucesso em suas respectivas culturas Quando adolescentes elas precisam encontrar maneiras de usar essas habilidades Quando os jovens têm problemas para fixarse em uma identidade ocupacional ou quan do suas oportunidades são artificialmente limitadas eles correm risco de apresentar comportamento com consequências negativas sérias tal como atividades criminosas De acordo com Erikson a moratória psicossocial um período de adiamento que a adolescência proporciona permite que os jovens busquem compromissos aos quais possam ser fiéis Os adoles centes que resolvem essa crise de identidade satisfatoriamente desenvolvem a virtude da fidelidade lealdade constante fé ou um sentimento de integração com uma pessoa amada ou com amigos e indicad r Como os adolescentes formam uma identidade e qual é o papel do gênero e da etnia identidade De acordo com Erikson uma concepção coerente do self constituída de metas valores e crenças com os quais a pessoa está solidamente comprometida identidade versus confusão de identidade O quinto estágio do desenvolvimento psicossocial de Erikson no qual o adoles cente procura desenvolver uma percep ção coerente do self incluindo o papel que ele precisa desempenhar na socie dade Também chamado de confusão de identidade versus confusão de papel indicadores de estudo 1 Como os adolescentes formam uma identidade e qual é o papel do gênero e da etnia 2 O que determina a orientação sexual quais são as práticas sexuais mais comuns entre os adolescentes e o que leva alguns deles a se envolver em um comportamento sexual de risco 3 Como os adolescentes se relacionam com os pais com os irmãos e com os amigos 4 Quais são as causas fundamentais do comportamento antissocial e da delinquência juvenil e o que pode ser feito para reduzir esses riscos na adolescência Papalia12indd 422 Papalia12indd 422 010213 1019 010213 1019 Desenvolvimento Humano 423 companheiros Fidelidade também pode ser uma identificação com um conjunto de valores uma ideologia uma religião um movimento político uma busca criativa ou um grupo étnico Erikson 1982 A fidelidade é uma extensão da confiança Na primeira infância é importante que a confian ça nos outros supere a desconfiança na adolescência tornase importante que a própria pessoa seja confiável Os adolescentes estendem sua confiança a mentores e aos entes queridos Ao compartilhar pensamentos e sentimentos o adolescente esclarece uma possível identidade ao vêla refletida nos olhos do ser amado Entretanto essas intimidades do adolescente diferem da intimidade madura que envolve maior compromisso sacrifício e conciliação Erikson via como o principal perigo desse estágio a confusão de identidade ou de papel que pode atrasar consideravelmente a maturidade psicológica Ele não resolveu sua crise de identidade até os 20 e poucos anos Algum grau de confusão de identidade é normal De acordo com Erikson ela é responsável pela natureza aparentemente caótica de grande parte do compor tamento dos adolescentes e pela penosa autoconsciência deles Grupos fechados e intolerância com as diferenças ambos marcas registradas do cenário social adolescente são defesas contra a confusão de identidade A teoria de Erikson descreve o desenvolvimento da identidade masculina como norma De acordo com ele um homem não é capaz de estabelecer uma intimidade real até ter adquirido uma identidade estável enquanto as mulheres se definem através do casamento e da materni dade algo que talvez fosse mais verdadeiro na época em que Erikson desenvolveu sua teoria do que na atualidade Desse modo as mulheres ao contrário dos homens desenvolvem a identi dade por meio da intimidade não antes dela Conforme veremos essa orientação masculina da teoria de Erikson foi alvo de críticas Ainda assim seu conceito de crise de identidade inspirou muitas pesquisas valiosas MARCIA ESTADOS DE IDENTIDADE CRISE E COMPROMISSO Olivia Isabella Josh e Jayden estão prestes a concluir o ensino médio Olívia ponderou sobre seus interesses e talentos e planeja tornarse engenheira Ela restringiu suas opções de curso superior a três universidades que oferecem bons programas nessa área Isabella sabe exatamente o que vai fazer da vida Sua mãe uma líder sindical de uma fábrica de plásticos conseguiu um estágio para ela na fábrica Isabella nunca pensou em fazer outra coisa Josh por outro lado está angustiado em relação ao seu futuro Não sabe se frequenta uma uni versidade ou se entra para o exército Não consegue decidir sobre o que quer fazer agora nem depois Jayden ainda não tem ideia do que quer fazer mas não está preocupado Imagina que poderá arranjar algum emprego e decidirse a respeito do futuro quando estiver preparado Esses quatro jovens estão em um processo de formação de identidade O que explica as diferen ças no modo de lidarem com o assunto e como essas diferenças afetam o resultado De acordo com as pesquisas realizadas pelo psicólogo James E Marcia 1966 1980 esses estudantes estão em quatro diferentes estados de identidade ou esta dos do ego self Por meio de entrevistas semiestrutura das de 30 minutos sobre o estado de identi dade Tabela 121 Marcia distinguiu quatro tipos de estados de identidade realização de identidade execução moratória e difusão de identidade As quatro categorias diferem de acordo com a presença ou ausência de crise e compromisso os dois elementos que Erikson via como cruciais para a for mação da identidade Marcia definiu crise como um período de tomada de decisão consciente e compromisso como o investi mento pessoal em uma ocupação ou em um A formação da identidade inclui atitudes em relação à religião A pesquisa indica que 84 dos adolescentes norteamericanos com idades de 13 a 17 anos acreditam em Deus e aproximadamente metade deles diz que a religião é muito importante para eles Este número diminui um pouco à medida que eles crescem entretanto em comparação com países europeus os adolescentes norteamericanos demonstram maior religiosidade Lippman e McIntosh 2010 estados de identidade Termo usado por Marcia para os está gios de desenvolvimento do ego que dependem da presença ou da ausência de crise e compromisso crise Termo de Marcia para o período de tomada de decisão consciente relativa à formação de identidade compromisso Termo de Marcia para o investimento pessoal em uma ocupação ou em um sistema de crenças Vencer o desafio de trilhar um cami nho de corda pode ajudar esta ado lescente a avaliar suas capacidades interesses e desejos De acordo com Erikson esse processo de autoava liação ajuda os adolescentes a re solverem a crise de identidade ver sus confusão de identidade Papalia12indd 423 Papalia12indd 423 010213 1019 010213 1019 424 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman sistema de crenças ideologia Ele encontrou relações entre o estado de identidade e certas caracte rísticas como ansiedade autoestima raciocínio moral e padrões de comportamento Desenvolvendo a teoria de Marcia outros pesquisadores identificaram variáveis de personalidade e familiares adicionais relacionadas com o estado de identidade Kroger 2003 Tabela 122 Eis um esboço mais detalhado dos jovens em cada estado de identidade Realização de identidade a crise que leva ao compromisso Olivia resolveu sua crise de iden tidade Durante o período da crise ela dedicouse a pensar muito e lutou um pouco com aspectos emocionais referentes a questões importantes em sua vida Fez escolhas e expressou um forte compromisso com elas Seus pais encorajaramna a tomar suas próprias decisões Eles ouviram suas ideias e deram suas opiniões sem pressionála Pesquisas realizadas em uma série de culturas revelaram que as pessoas desta categoria são mais maduras e mais competentes socialmente do que as pessoas das outras três Kroger 2003 Marcia 1993 Execução compromisso sem crise Isabella assumiu compromissos não como resultado da exploração de possíveis opções mas aceitando os planos de outra pessoa para a sua vida Ela está feliz e confiante mas tornase dogmática quando suas opiniões são questionadas Tem estreitos laços familiares é obediente e tende a seguir um líder poderoso como sua mãe que não aceita discordâncias Moratória crise sem ainda haver compromisso Josh está em crise lutando com as decisões É jovial comunicativo autoconfiante e escrupuloso mas também ansioso e medroso Tem in realização de identidade Estado de identidade descrito por Mar cia que é caracterizado por compro misso com as escolhas feitas após uma crise um período gasto na exploração de alternativas execução Estado de identidade descrito por Marcia no qual uma pessoa que não passou um tempo considerando alter nativas ou seja não esteve numa crise está comprometida com os planos de outras pessoas para sua vida moratória Estado de identidade descrito por Marcia no qual uma pessoa está atual mente considerando alternativas em crise e parece estar rumando para o compromisso TABELA 121 Entrevista do estado de identidade Exemplo de perguntas Respostas típicas para os quatro estados Sobre o compromisso ocupacional Até que ponto você estaria dispostoa a pensar em desistir de entrar noa se surgisse algo melhor Realização de identidade Bem eu poderia fazêlo mas duvido Não consigo imaginar o que seria esse me lhor para mim Execução Não estaria muito dispostoa Isso é o que eu sempre quis fazer O pessoal está feliz com isso e eu também Moratória Imagino que se eu soubesse com certeza poderia responder melhor Teria que ser algo em uma área geral algo relacionado com Difusão de identidade Ah certamente Se surgisse algo melhor eu mudaria Sobre o compromisso ideológico Você já teve alguma dúvida quanto a suas crenças religiosas Realização de identidade Sim comecei a me pergun tar se Deus existe Agora isso está resolvido A mim pareceme que Execução Não na verdade não nossa família está praticamente de acordo com essas coisas Moratória Sim acho que estou passando por isso agora Simplesmente não vejo como pode existir Deus e haver tanto mal no mundo Difusão de identidade Ah não sei Acho que sim Todo mundo passa por esse tipo de fase Mas eu real mente não me preocupo muito Imagino que uma religião é tão boa quanto outra Fonte Copyright 1966 pela American Psychological Association Adaptada com permissão A citação oficial que deve ser usada em referência a este material é Marcia J E 1966 Desenvolvimento e validação do estado de identidade do ego Journal of Personality and Social Psychology 35 551558 Nenhuma outra reprodução ou distribuição é permitida sem o consentimento por escrito da American Psychological Association Papalia12indd 424 Papalia12indd 424 010213 1019 010213 1019 Desenvolvimento Humano 425 timidade com a mãe mas resiste à sua autoridade Quer ter uma namorada mas ainda não desenvolveu um relacionamento mais íntimo É provável que eventualmente saia da crise com a capacidade de assumir compromissos e de construir sua identidade Difusão de identidade nenhum compromisso nenhuma crise Jayden não pensou seriamen te em nenhuma opção e evitou compromissos É inseguro em relação a si mesmo e tende a não cooperar Seus pais não discutem seu futuro com ele dizem que compete a ele decidir Pessoas dessa categoria tendem a ser infelizes e frequentemente solitárias Essas categorias não são estágios elas representam o estado do desenvolvimento da personalida de em um determinado momento e elas provavelmente mudam em qualquer direção à medida que os jovens se desenvolvem Marcia 1979 Quando as pessoas de meiaidade fazem um retrospecto de suas vidas muito comumente traçam um caminho do estado sob execução para a moratória e para a realização de identidade Kroger e Haslett 1991 Ao final da adolescência conforme propôs Marcia um número cada vez maior de pessoas se encontra na fase de moratória ou de realização procurando ou encontrando sua própria identidade Aproximadamente metade das pessoas no final da adolescência permanece na fase sob execução ou de difusão mas quando o desenvolvimento ocorre é normalmente na direção que Marcia descreveu Kroger 2003 No entanto embora as pessoas que se encontram na fase sob execução pareçam ter tomado decisões definitivas isso nem sempre ocorre DIFERENÇAS DE GÊNERO NA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE Muitas pesquisas apoiam a visão de Erikson de que para as mulheres a identidade e a intimidade se desenvolvem juntas Em vez de verem esse padrão como uma contradição à norma masculina alguns pesquisadores entretanto veemno como algo que aponta para uma fragilidade na teoria de Erikson a qual afirmam se baseia em conceitos ocidentais masculinos de individualidade autonomia e compe titividade De acordo com Carol Gilligan 19821983 1987a 1987b L M Brown e Gilligan 1990 o senso de identidade feminino se desenvolve não tanto pela conquista de uma identidade individual mas também por estabelecer relacionamentos Garotas e mulheres diz Gilligan julgamse a si mesmas quanto ao desempenho de suas responsabilidades e quanto à capacidade de cuidarem dos outros bem como de si mesmas Alguns cientistas do desenvolvimento questionam quão diferentes de fato são os caminhos que homens e mulheres seguem rumo à identidade especialmente hoje e sugerem que diferenças in difusão de identidade Estado de identidade descrito por Mar cia que é caracterizado por ausência de compromissos e falta de uma conside ração séria de alternativas TABELA 122 Fatores familiares e de personalidade associados com adolescentes em quatro estados de identidade Fator Realização de identidade Execução Moratória Difusão de identidade Família Os pais encorajam a auto nomia e a ligação com professores as dife renças são exploradas dentro de um contexto de reciprocidade Os pais envolvemse ex cessivamente na vida de seus filhos as famí lias evitam a expres são de diferenças Os adolescentes frequen temente se envolvem em uma disputa ambi valente com a autori dade dos pais Os pais não intervêm na educação dos filhos rejeitam os filhos ou não estão disponíveis para eles Personalidade Altos níveis de desen volvimento do ego do raciocínio moral da autoconvicção da autoestima do desem penho sob pressão e da intimidade Níveis mais altos de autoritarismo e pensa mento estereotipado obediência à autorida de relacionamentos dependentes baixo nível de ansiedade Muito ansioso e receoso do sucesso níveis elevados de desenvol vimento do ego do raciocínio moral e da autoestima Resultados mistos com baixos níveis de desen volvimento do ego do raciocínio moral da com plexidade cognitiva e da autoconvicção baixa ca pacidade de cooperação Essas associações são provenientes de diversos estudos isolados Uma vez que todos os estudos foram correlacionais em vez de longitudinais é impossível afirmar se algum fator levou à colocação em qualquer estado de identidade Fonte Kroger 1993 Papalia12indd 425 Papalia12indd 425 010213 1019 010213 1019 426 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman dividuais podem ser mais importantes do que diferenças de gênero Archer 1993 Marcia 1993 De fato Marcia 1993 argumenta que uma tensão permanente entre independência e vinculação está no cerne de todos os estágios psicossociais de Erikson tanto para os homens quanto para as mulheres Na pesquisa sobre estado de identidade realizada por Marcia poucas diferenças de gênero apareceram Kroger 2003 Entretanto o desenvolvimento da autoestima durante a adolescência parece sustentar o enfoque de Gilligan A autoestima masculina tende a estar vinculada à luta pela realização individual enquanto a autoestima feminina depende mais das vinculações com os outros Thorne e Michaelieu 1996 Algumas evidências sugerem que as meninas adolescentes têm a autoestima mais baixa em média do que os meninos adolescentes embora este achado tenha sido controverso Vários estudos grandes recentes revelam que a autoestima diminui durante a adolescência mais rapidamente para as meninas do que para os meninos e então aumenta gradualmente até a idade adulta Essas mudan ças podem deverse em parte à imagem corporal e a outras ansiedades associadas com a puberdade e com as transições para as últimas séries do ensino fundamental ou para o ensino médio Robins e Trzesniewski 2005 Como veremos o padrão parece ser diferente entre grupos minoritários FATORES ÉTNICOS NA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE Para muitos jovens de grupos minoritários a raça ou a etnia é fundamental na formação da identidade Seguindo o modelo de Marcia algumas pesquisas identificaram quatro estados de identidade étnica Phinney 1998 1 Difusa Juanita fez pouca ou nenhuma exploração de sua etnia e não entende claramente as questões envolvidas 2 Execução Caleb fez pouca ou nenhuma exploração de sua etnia mas tem sentimentos claros a respeito Esses sentimentos podem ser positivos ou negativos dependendo das atitudes que ele absorveu em casa 3 Moratória Emiko começou a explorar sua etnia mas está confusa em relação ao que isso signifi ca para ela 4 Realizada Diego explorou sua identidade e entende e aceita sua etnia A Tabela 123 cita as declarações representativas por jovens de grupos minoritários em cada es tado Um estudo de 940 adolescentes estudantes universitários e adultos afroamericanos encontrou evidência de todos os quatro estados de identidade em cada faixa etária Apenas 27 dos adolescentes estavam no grupo de identidade realizada comparado com 47 dos estudantes universitários e 56 dos adultos Em vez disso os adolescentes eram mais propensos a estar na moratória 42 ainda explorando o que significa ser afroamericano Vinte e cinco por cento dos adolescentes estavam em TABELA 123 Citações representativas de cada estágio do desenvolvimento da identidade étnica Difusão Por que preciso saber qual foi a primeira mulher negra a fazer isto ou aquilo Eu não estou inte ressada Moça negra Execução Não fico pesquisando minha cultura Simplesmente sigo aquilo que meus pais dizem e fazem e aquilo que me dizem para fazer do jeito que é Rapaz norteamericano de origem mexicana Moratória Há um bocado de não japoneses por aí e fica muito confuso tentar concluir e decidir quem eu sou Rapaz norteamericano de origem asiática Realização As pessoas me chateiam porque sou mexicana mas não me importo mais Eu consigo me aceitar mais agora Moça norteamericana de origem mexicana Fonte Phinney 1998 p 277 Tabela 2 Papalia12indd 426 Papalia12indd 426 010213 1019 010213 1019 Desenvolvimento Humano 427 execução com sentimentos sobre a identidade afroamericana baseados em sua educação familiar Os três grupos realização moratória e execução relataram mais consideração positiva por serem afro americanos do que os 6 de adolescentes que eram difusos nem comprometidos nem em processo de exploração Aqueles de qualquer idade que estavam no estado realizado eram mais propensos a ver a raça como central em sua identidade Yip Seaton e Sellers 2006 E alcançar este estágio de formação da identidade racial tem aplicações práticas Embora o efeito seja mais forte para os homens do que para as mulheres aumentos na identidade racial do período de um ano foram relacionados com uma diminuição no risco de sintomas depressivos mesmo quando fatores como autoestima são controlados Mandara et al 2009 Outro modelo focalizase em três aspectos da identidade racialétnica conexão com o próprio grupo racialétnico consciência de racismo e realização incorporada a crença de que a realização acadêmica é uma parte da identidade do grupo Um estudo longitudinal de jovens de grupos minori tários de baixa renda revelou que os três aspectos da identidade parecem estabilizarse e até aumentar ligeiramente na metade da adolescência Portanto a identidade racialétnica pode atenuar as tendên cias a uma queda nas notas e na ligação com a escola durante a transição do ensino fundamental para o ensino médio Altschul Oyserman e Bybee 2006 Por outro lado a percepção de discriminação durante a transição para a adolescência pode interferir na formação da identidade positiva e levar a problemas de conduta ou a depressão Como exemplo as percepções de discriminação em adolescen tes sinoamericanos estão associadas com sintomas depressivos alienação e queda no desempenho acadêmico Benner e Kim 2009 Os fatores de proteção são pais carinhosos e envolvidos amigos prósociais e desempenho acadêmico forte Brody et al 2006 Um estudo longitudinal de 3 anos com 420 adolescentes norteamericanos de ascendência afri cana latina e europeia examinou duas dimensões da identidade étnica estima do grupo sentirse bem em relação à própria etnia e exploração do significado da etnia na vida da pessoa A estima do grupo aumentou durante a adolescência especialmente para afroamericanos e latinos para os quais ela era mais baixa de início A exploração do significado da etnia aumentou apenas na metade da adolescência talvez refletindo a transição de escolas fundamentais de bairros relativamente homogê neos para escolas secundárias de etnia mais diversa As interações com os membros de outros grupos étnicos podem estimular a curiosidade dos jovens sobre sua própria identidade étnica French et al 2006 A pesquisa verificou que as meninas parecem passar pelo processo de formação de identidade mais cedo que os meninos Portes Dunham e Del Castillo 2000 Por exemplo um estudo com mais de 300 adolescentes mostrou que durante um período de quatro anos meninas latinas passaram por exploração resolução e afirmação de sentimentos positivos em relação a suas identidades étnicas enquanto os meninos apresentaram aumentos apenas na afirmação Este achado é importante porque o aumento na exploração que os meninos não demonstraram era o único fator ligado a aumento na autoestima UmanaTaylor GonzalesBacken e Guimond 2009 O termo socialização cultural referese a práticas que ensinam as crianças sobre sua herança racial ou étnica promovem costumes e tradições culturais e alimentam o orgulho racialétnico e cultural Os adolescentes que passaram por socialização cultural tendem a ter identidade étnica mais forte e mais positiva do que aqueles que não a experimentaram Hughes et al 2006 Sexualidade Verse como um ser sexual reconhecer a própria orientação sexual chegar a um acordo com as primeiras manifestações da sexualidade e formar uniões afetivas ou sexuais tudo isto faz parte da aquisição da identidade sexual A consciência da sexualidade é um aspecto importante da formação da identidade que afeta profundamente a autoimagem e os relacionamentos Embora este processo seja impulsionado biologicamente sua expressão é em parte definida culturalmente Durante o século XX uma mudança importante nas atitudes e no comportamento sexual nos Estados Unidos e em outros países industrializados trouxe uma aceitação mais generalizada do sexo antes do casamento da homossexualidade e de outras formas de atividade sexual anteriormente desa provadas Com o acesso difundido à internet o sexo casual com conhecidos virtuais que se conectam por meio das salas de batepapo online ou de sites de encontro de solteiros tornouse mais comum Telefones celulares email e mensagens instantâneas facilitam que adolescentes solitários arranjem es ses contatos com pessoas anônimas sem a supervisão dos adultos Todas essas mudanças acarretaram socialização cultural Práticas parentais que ensinam às crianças sobre sua herança racialétnica e promovem as práticas culturais e o orgulho cultural verificador você é capaz de Citar as três questões princi pais envolvidas na formação da identidade de acordo com Erikson Descrever quatro tipos de estados de identidade encon trados por Marcia Discutir como o gênero e a etnia afetam a formação da identidade indicad r O que determina a orientação sexual quais são as práticas sexuais mais comuns entre os adolescentes e o que leva alguns deles a se envolver em um comportamento sexual de risco Papalia12indd 427 Papalia12indd 427 010213 1019 010213 1019 428 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman uma maior preocupação em relação aos riscos da atividade sexual Por outro lado a epidemia de AIDS levou muitos jovens a absterse de atividades sexuais fora dos relacionamentos estáveis ou a envolver se em práticas sexuais mais seguras ORIENTAÇÃO E IDENTIDADE SEXUAL Embora presente nas crianças pequenas é na adolescência que a orientação sexual de uma pessoa geralmente se torna uma questão premente se essa pessoa se tornará consistentemente atraída por pes soas do outro sexo heterossexual do mesmo sexo homossexual ou de ambos os sexos bissexual A prevalência da orientação homossexual varia amplamente Dependendo de se ela é medida por atração ou excitação sexual ou romântica como na definição que acabamos de dar ou por compor tamento sexual ou identidade sexual a taxa de homossexualidade na população dos EUA varia de 1 a 21 SavinWilliams 2006 Muitos jovens têm uma ou mais experiências homossexuais mas experiências isoladas ou mesmo atrações ou fantasias ocasionais não determinam a orientação sexual Em um levantamento nacional 45 de meninos de 15 a 19 anos e 106 de meninas naquela faixa etária relataram ter tido algum dia contato sexual com o mesmo sexo mas apenas 24 dos meninos e 77 das meninas relataram têlo feito no ano anterior Mosher Chandra e Jones 2005 O estigma social pode influenciar esses relatos pessoais subestimando a prevalência da homossexualidade ou da bissexualidade Origens da orientação sexual Grande parte das pesquisas sobre orientação sexual tem se con centrado em esforços para explicar a homossexualidade Não obstante ela já ter sido considerada uma doença mental diversas décadas de pesquisa não revelaram nenhuma associação entre a orientação homossexual e problemas emocionais ou sexuais além daqueles aparentemente causados pelo tra tamento que a sociedade dispensa aos homossexuais como tendência à depressão APA sd C J Patterson 1992 1995a 1995b Esses achados levaram a classe psiquiátrica em 1973 a deixar de classificar a homossexualidade como um transtorno mental A orientação sexual parece ser pelo menos parcialmente genética Diamond e SavinWilliams 2003 O primeiro mapeamento completo do genoma humano com respeito à orientação sexual mas culina identificou três sequências de DNA nos cromossomos 7 8 e 10 que parecem estar envolvidas orientação sexual Foco de interesse sexual romântico e afetuoso consistente seja heterossexu al homossexual ou bissexual A maioria das pessoas experimenta sua primeira paixão por volta dos 10 anos de idade um processo que parece estar relacionado ao amadurecimento das glândulas adrenais Para aqueles que mais tarde se identificarão como homossexuais esta primeira paixão é frequentemente por alguém do mesmo sexo Herdt e McClintock 2000 As atitudes em relação à se xualidade tornaramse mais liberais nos Estados Unidos nos últimos 50 anos Esta ten dência inclui uma aceitação mais aberta da atividade se xual e um declínio no duplo padrão segundo o qual os ho mens são sexualmente mais livres do que as mulheres Papalia12indd 428 Papalia12indd 428 010213 1019 010213 1019 Desenvolvimento Humano 429 Mustanki et al 2005 Entretanto visto que gêmeos idênticos não são perfeitamente concordantes quanto à orientação sexual fatores não genéticos também podem ter um papel Diamond e Savin Williams 2003 Dentre mais de 3800 pares de gêmeos suecos do mesmo sexo fatores ambientais não compartilhados responderam por aproximadamente 64 das diferenças individuais na orientação sexual Os genes explicaram aproximadamente 34 da variação nos homens e 18 nas mulheres As influências familiares compartilhadas responderam por aproximadamente 16 da variação em mulhe res mas não tiveram efeito nos homens Långström et al 2008 Quanto mais irmãos biológicos mais velhos um homem tiver maior a probabilidade de ele ser ho mossexual Em uma análise de 905 homens e seus irmãos biológicos irmãos adotivos ou meioirmãos o único fator significativo na orientação sexual foi o número de vezes que a mãe de um homem teve filhos homens Cada irmão biológico mais velho aumentava as chances de homossexualidade em um irmão mais novo em 33 Este fenômeno pode ser uma resposta cumulativa de tipo imunológico à presença de fetos masculinos sucessivos no útero Bogaert 2006 Estudos de imageamento revelaram semelhanças notáveis de estrutura e função cerebral entre homossexuais e heterossexuais do sexo oposto Os cérebros de homens homossexuais e mulheres heterossexuais são simétricos enquanto nas lésbicas e homens heterossexuais o hemisfério direito é ligeiramente maior Além disso em homens e mulheres homossexuais as conexões na amígdala que está envolvida na emoção são típicas do sexo oposto Savic e Lindström 2008 Um pesquisador relatou uma diferença no tamanho do hipotálamo a estrutura cerebral que rege a atividade sexual em homens heterossexuais e homossexuais LeVay 1991 Em estudos de imageamento do cérebro sobre os feromônios odores que atraem companheiros o odor do suor masculino ativava o hipotálamo em homens homossexuais tanto quanto em mulheres heterossexuais Similarmente mulheres lésbicas e homens heterossexuais reagiam mais positivamente aos feromônios femininos do que aos masculinos Savic Berglund e Lindström 2005 2006 Entretanto essas diferenças podem ser um efeito da ho mossexualidade não uma causa Desenvolvimento da identidade homossexual e bissexual Apesar da maior aceitação da homossexualidade nos Estados Unidos muitos adolescentes que se identificam abertamente como homossexuais ou bissexuais sentemse isolados em um ambiente hostil Eles podem estar sujeitos a discriminação ou a violência Outros podem relutar em revelar sua orientação sexual até mesmo aos seus pais por medo de uma forte desaprovação ou de uma ruptura na família Hillier 2002 C J Patterson 1995b Eles também podem ter dificuldade de encontrar e identificar potenciais parceiros do mesmo sexo Diamond e SavinWilliams 2003 Não há uma rota única para o desenvolvimento da identidade e do comportamento homossexual ou bissexual Devido à falta de formas socialmente aprovadas de exploração da sexualidade mui tos adolescentes homossexuais experimentam a confusão de identidade Sieving Oliphant e Blum 2002 Os jovens homossexuais que são incapazes de estabelecer grupos de pares que compartilhem sua orientação sexual podem lutar contra o reconhecimento das atrações pelo mesmo sexo Bouchey e Furman 2003 Furman e Wehner 1997 COMPORTAMENTO SEXUAL De acordo com levantamentos nacionais 425 de jovens de 15 a 19 anos que nunca casaram já tiveram relações sexuais Abma Martinez e Copen 2010 e 77 dos jovens nos Estados Unidos já ti veram relações sexuais aos 20 anos Finer 2007 Esta proporção tem sido aproximadamente a mesma desde meados da década de 1960 e do advento da pílula anticoncepcional Finer 2007 Em média as meninas têm sua primeira relação sexual aos 17 anos os meninos aos 16 e aproximadamente um quarto de meninos e meninas relatam ter tido relações sexuais aos 15 anos Klein AAP Committee on Adolescence 2005 Os adolescentes afroamericanos e latinos tendem a iniciar a atividade sexual mais cedo do que os jovens brancos Kaiser Family Foundation et al 2003 Embora os meninos adolescentes historicamente fossem propensos a ser mais experientes sexualmente do que as meninas as tendências estão mudando Em 2007 48 de meninos do último ano do ensino médio e 57 das meninas daquela faixa etária relataram ser sexualmente ativos CDC 2008c Figura 121 Condutas sexuais de risco Duas preocupações importantes relativas à atividade sexual na ado lescência são os riscos de contrair infecções sexualmente transmissíveis ISTs e para os heterossexu Adolescentes homossexuais têm risco para depressão e suicídio basicamente devido a variáveis contextuais como bullying e falta de aceitação Em 2010 o cronista e escritor Dan Savage criou um vídeo no Youtube que se tornou viral e resultou agora na campanha Vai Ficar Melhor It Gets Better Neste vídeo os adolescentes são assegurados de que felicidade e esperança são uma nítida possibilidade para o futuro e que na verdade vai ficar melhor verificador você é capaz de Resumir os achados de pes quisa relativos às origens da orientação sexual Discutir a identidade homos sexual e a formação de rela cionamentos Papalia12indd 429 Papalia12indd 429 010213 1019 010213 1019 430 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman ais de gravidez Os que correm mais risco são os jovens com iniciação sexual precoce pois têm múl tiplos parceiros não fazem uso de contraceptivos regularmente e possuem informações inadequadas ou errôneas sobre sexo Abma et al 1997 Outros fatores de risco são viver em comunidades carentes usar drogas ter comportamento antissocial e associação com pares desviantes O monitora mento dos pais pode ajudar a reduzir esses riscos Baumer e South 2001 Capaldi Stoolmiller Clark e Owen 2002 Por que certos adolescentes tornamse sexualmente ativos precocemente A entrada precoce na puberdade o mau desempenho escolar a falta de objetivos acadêmicos e de carreira um histórico de violência sexual ou negligência dos pais e padrões culturais e familiares de experiência sexual precoce podem ter influência Klein AAP Committee on Adolescence 2005 A ausência paterna especial mente no início da vida é um fator forte Ellis et al 2003 Para aqueles em famílias com os dois genitores ter pais que sabem mais sobre suas amizades e atividades está associado a atrasos no início da atividade sexual Coley VotrubaDrzal e Schindler 2009 Adolescentes que têm relacionamentos próximos e calorosos com suas mães também têm maior probabilidade de retardar a atividade sexual O mesmo ocorre com aqueles que percebem que suas mães desaprovam tal atividade Jaccard e Dittus 2000 Sieving McNeely e Blum 2000 De modo geral manter um relacionamento envolvido e engajado com os adolescentes está associado a diminuições no risco de atividade sexual precoce Por exemplo participar de atividades familiares regulares prediz declínios na atividade sexual adolescente Coley et al 2009 Outras razões que os adolescentes dão para ainda não ter tido relações sexuais são que é contrário a sua religião ou aos seus valores morais e que não querem ficar grávidas as meni nas ou engravidar a namorada os meninos Abma et al 2010 Uma das influências mais poderosas é a percepção de normas do grupo de pares Os jovens frequentemente sentemse pressionados a envolverse em atividades para as quais não se sentem pre parados Em um levantamento nacionalmente representativo quase um terço dos adolescentes de 15 a 17 anos especialmente os meninos disseram ter sofrido pressão para praticar sexo Kaiser Family Foundation et al 2003 Entre os jovens asiáticoamericanos homens heterossexuais e homossexuais iniciam a atividade sexual mais tarde do que homens brancos afroamericanos e latinos Este padrão de atividade sexual atrasada pode refletir pressões culturais fortes para guardar o sexo para o casamento ou para a vida adulta e então ter filhos que continuarão o nome da família Dubé e SavinWilliams 1999 À medida que os adolescentes norteamericanos tornaramse mais conscientes dos riscos da atividade sexual a porcentagem dos que já haviam mantido relações sexuais decresceu especial mente entre os meninos Abma et al 2004 Entretanto formas de prática sexual genital do tipo sem coito como sexo oral ou anal e masturbação mútua são comuns Muitos adolescentes heteros sexuais não consideram essas atividades como sexo mas substitutos ou precursores dele ou até Total Homem Mulher 20 22 29 42 48 18 32 42 57 31 42 53 0 10 20 30 40 60 70 80 90 100 50 Porcentagem 1o ano 3o ano 2o ano 4o ano FIGURA 121 Porcentagem de estudantes do ensino médio que relata ram ser sexualmente ativos Fonte Centers for Disease Control and Prevention 2008c Papalia12indd 430 Papalia12indd 430 010213 1019 010213 1019 Desenvolvimento Humano 431 mesmo abstinência Remez 2000 Em um levantamento nacional mais da metade de meninos e meninas adolescentes relataram já terem dado ou recebido sexo oral mais do que terem tido intercurso vaginal Mosher et al 2005 O uso de contraceptivos O uso de anticoncepcionais entre adolescentes aumentou desde a dé cada de 1990 Abma et al 2004 Adolescentes que em seu primeiro relacionamento retardam a prática sexual discutem métodos de contracepção antes da relação ou usam mais de um método contraceptivo têm maior probabilidade de utilizar anticoncepcionais consistentemente ao longo desse relacionamento Manlove Ryan e Franzetta 2003 A melhor proteção para adolescentes sexualmente ativos é o uso regular de preservativos que dão alguma proteção contra as ISTs e contra gravidez Na primeira vez que praticam sexo os ado lescentes usam contracepção mais frequentemente preservativos aproximadamente 80 das vezes Abma et al 2010 O uso de preservativos aumentou nos últimos anos bem como o uso da pílula anticoncepcional e dos novos métodos hormonais e injetáveis de contracepção ou combinações dos métodos Abma et al 2004 Contudo em 2007 apenas 62 dos estudantes do ensino médio se xualmente ativos relataram ter usado preservativos na última vez que tiveram relações sexuais CDD 2008a Adolescentes que começam usando contraceptivos prescritos pelo médico frequentemente param de usar preservativos em alguns casos não percebendo que isso os deixa sem proteção contra ISTs Klein e AAP Committee on Adolescence 2005 Onde os adolescentes obtêm informações sobre sexo Os adolescentes obtêm informações sobre sexo especialmente dos amigos dos pais da educação sexual na escola e dos meios de comu nicação Kaiser Foundation et al 2003 Adolescentes que podem conversar sobre sexo com irmãos mais velhos ou com os pais estão mais propensos a assumir posturas positivas em relação às práticas sexuais mais seguras Kowal e Pike 2004 Desde 1998 programas de educação sexual financiados pelos governos federal e estaduais dos Estados Unidos enfatizando a abstinência sexual até o casamento como a melhor ou a única opção tor naramse comuns Verificouse que os programas que encorajam a abstinência mas também discutem a prevenção contra ISTs e práticas sexuais mais seguras para os jovens sexualmente ativos retardam a iniciação sexual e aumentam o uso de contraceptivos AAP Committee on Psychosocial Aspects of Child and Family Health e Committee on Adolescence 2001 Entretanto alguns programas escolares promovem a abstinência como a única opção embora esses cursos ainda não tenham apresentado resultados de adiamento da atividade sexual AAP Com mittee on Psychosocial Aspects of Child and Family Health e Committee on Adolescence 2001 Sa tcher 2001 Trenholm et al 2007 Igualmente as promessas de manter a virgindade têm mostrado pouco ou nenhum impacto sobre o comportamento sexual exceto uma diminuição na probabilidade de tomar precauções durante o sexo Rosenbaum 2009 Infelizmente muitos adolescentes obtêm grande parte de sua educação sexual dos meios de comunicação os quais apresentam uma visão distorcida da atividade sexual associandoa a diver são excitação competição perigo ou violência raramente mostrando os riscos das relações sexuais desprotegidas Os adolescentes expostos a conteúdo televisivo altamente sexual tiveram duas vezes maior probabilidade de vivenciar uma gravidez em comparação com nível mais baixo ou nenhuma exposição Chandra et al 2008 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS ISTs Infecções sexualmente transmissíveis ISTs são doenças transmitidas por contato sexual Es timase que 19 milhões de novos casos de ISTs sejam diagnosticados a cada ano e 65 milhões de norteamericanos tenham uma IST incurável Wildsmith et al 2010 Estimase que 32 milhões de meninas adolescentes nos Estados Unidos aproximadamente 1 em cada 4 daquelas de 14 a 19 anos tenham pelo menos uma IST de acordo com um estudo nacionalmente representativo Forthan et al 2008 As principais razões para a prevalência de ISTs entre adolescentes incluem a atividade se xual precoce a qual aumenta a probabilidade de se ter múltiplos parceiros de alto risco a falta de uso Preservativos têm sido usados há pelo menos 400 anos verificador você é capaz de Citar as tendências na ativida de sexual entre adolescentes Identificar os fatores que aumentam ou diminuem os riscos da atividade sexual infecções sexualmente transmissíveis ISTs Infecções e doenças transmitidas por contato sexual Como ajudar os adolescentes a evitar ou modificar comportamentos sexuais de risco Papalia12indd 431 Papalia12indd 431 010213 1019 010213 1019 432 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman ou o uso irregular e incorreto de preservativos e para as mulheres uma tendência de se rela cionarem sexualmente com parceiros mais velhos CDC 200b Forhan et al 2008 Apesar do fato de que os adolescentes têm um risco mais alto de contrair ISTs eles consideram seu próprio risco pessoal baixo Wildsmith et al 2010 As ISTs em meninas adolescentes têm maior probabilidade de não ser detectadas Em uma úni ca relação sexual sem proteção com um parcei ro infectado uma menina corre um risco de 1 de contrair o HIV um risco de 30 de contrair herpes genital e um risco de 50 de contrair go norreia Alan Guttmacher Institute AGI 1999 Embora os adolescentes tendam a considerar o sexo oral menos arriscado que o intercurso vagi nal uma série de ISTs especialmente gonorreia faríngea podem ser transmitidas daquela forma Remez 2000 A IST mais comum que afeta 183 de jovens de 14 a 19 anos é o papilomavírus humano HPV ou verrugas genitais a principal causa de câncer cervical em mulheres Entre meninas com três ou mais parceiros o risco salta para 50 Forhan et al 2008 Há aproximadamente 40 tipos de vírus HPV uma série dos quais foram identificados como sendo a causa principal de câncer cervical em mulheres Existe agora uma vacina que previne os tipos de HPV que causam a maioria dos casos de câncer cervical e verrugas genitais A vacina tem sido recomendada para meninas de 11 e 12 anos de idade bem como para meninas e mulheres de 13 a 26 anos que ainda não foram vacinadas As ISTs mais curáveis são a clamídia e a gonorreia Essas doenças se não detectadas e não tra tadas podem levar a problemas de saúde graves incluindo em mulheres a doença inflamatória pélvica DIP uma infecção abdominal grave Nos Estados Unidos cerca de 1 em cada 10 meninas adolescentes e 1 em cada 5 meninos são afetados por clamídia ou gonorreia ou por ambas CDC 2000b Forhan et al 2008 Embora as taxas de ocorrência de gonorreia e sífilis tenham permanecido estáveis a taxa de clamídia aumentou nitidamente Figura 122 O herpes genital simples é uma doença crônica recorrente frequentemente dolorosa e altamente contagiosa Ela pode ser fatal para uma pessoa com deficiência no sistema imunológico ou para recém nascidos cujas mães estejam com uma erupção no momento do parto Sua incidência aumentou dramaticamente durante as últimas três décadas A hepatite B continua sendo uma IST proeminente apesar da disponibilidade há mais de 20 anos de uma vacina preventiva Também comum entre os jovens é a tricomoníase uma infecção parasitária que pode ser transmitida por toalhas úmidas ou maiôs Weinstock Berman e Cates 2004 O vírus da imunodeficiência humana HIV que causa a AIDS é transmitido por meio de flui dos corporais especialmente o sangue e o esperma sobretudo quando se compartilham seringas para uso de drogas endovenosas ou por meio de contato sexual com um parceiro infectado O vírus ataca o sistema imunológico do corpo deixando a pessoa vulnerável a uma série de doenças fatais Os sintomas da AIDS incluem cansaço extremo febre edema dos gânglios linfáticos perda de peso diarreia e sudorese noturna No mundo todo das 41 milhões de novas infecções por HIV a cada ano aproximadamente metade são em jovens de 15 a 24 anos UNAIDS 2006 Até o momento a AIDS é incurável mas cada vez mais as infecções relacionadas que matam pes soas estão sendo controladas com tratamentos antivirais Palella et al 1998 Weinstock et al 2004 A educação sobre sexo e ISTHIV abrangente é fundamental para promover a tomada de decisão responsável e para controlar a disseminação dessas doenças A evidência de um impacto positivo desses programas é forte mais de 60 dos programas que enfatizaram a abstinência e o uso de pre servativo levaram aos resultados positivos de atividade sexual tardia ou reduzida e uso aumentado de preservativos ou contraceptivos Além disso os programas não aumentaram a atividade sexual Em contrapartida programas que enfatizam a abstinência têm mostrado pouca evidência de influência sobre comportamento sexual Kirby e Laris 2009 De acordo com Piaget a percepção dos jovens de risco pessoal baixo é um exemplo do egocentrismo adolescente Piaget chamava isso de fábula pessoal Os adolescentes frequentemente parecem comportarse como se acreditassem que coisas ruins não acontecerão a eles porque sua história pessoal é diferente e única verificador você é capaz de Identificar e descrever as infecções sexualmente trans missíveis mais comuns Citar os fatores de risco para desenvolver uma IST durante a adolescência e identificar mé todos de prevenção eficazes 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Taxas por 100000 Clamídia Gonorreia Sífilis Ano FIGURA 122 Taxas de clamídia gonorreia e sífilis para adolescentes de 15 a 19 anos Fonte Child Trends 2010c Papalia12indd 432 Papalia12indd 432 010213 1019 010213 1019 Desenvolvimento Humano 433 GRAVIDEZ E MATERNIDADE NA ADOLESCÊNCIA Mais de 4 em cada 10 meninas adolescentes nos Estados Unidos esteve grávida pelo menos uma vez antes dos 20 anos Mais da metade 51 das adolescentes grávidas nos Estados Unidos dão à luz seus bebês Klein e AAP Committee on Adolescence 2005 Setenta e sete por cento de adolescentes que levam a gravidez a termo estão entre os 18 e 19 anos de idade e 31 têm de 15 a 17 anos de idade com adolescentes com menos de 15 anos respondendo por 2 dos nascidos vivos National Center for Health Statis tics 2009a No total 35 das adolescentes escolhem abortar Figura 123 e 14 das gestações de adolescentes terminam em aborto espontâneo ou natimortos Klein e AAP Committee on Adolescence 2005 Um declínio substancial na gravidez na adolescência acompanhou diminuições regulares nas relações sexuais precoces e no sexo com par ceiros múltiplos e um aumento no uso de contraceptivos Em 2004 a taxa de gravidez na adolescência caiu para 722 por 1000 meninas a taxa mais baixa relatada desde 1976 Entretanto as taxas de parto para meninas de 15 a 19 anos que tinham alcançado uma baixa recorde de 405 nascidos vivos por 1000 meninas entre 1991 e 2005 subiram ligei ramente para 425 em 2007 Moore 2009 Felizmente isto parece ter sido um episódio momentâneo e não uma tendência visto que o número de adolescentes norteamericanas grávidas caiu 2 entre 2007 e 2008 Hamilton Martin e Ventura 2010 As taxas de natalidade diminuíram mais nitidamente entre as adolescentes mais jovens 15 a 17 anos do que entre as de 18 e 19 anos Figura 124 Embora o declínio dos índices de gravidez e maternidade na adolescência te nha ocorrido em todos os grupos populacionais as taxas de natalidade caíram mais nitidamente entre as adolescentes negras 46 Contudo as adolescentes negras e hispânicas são mais propensas a ter bebês do que as adolescentes brancas ameríndias ou asiáticoamericanas Martin et al 2006 Mais de 90 das adolescentes grávidas descrevem suas gestações como não planejadas e 50 das gestações adolescentes ocorrem dentro de seis meses da inicia ção sexual Klein e AAP Committee on Adolescence 2005 Muitas dessas meninas cresceram órfãs de pai Ellis et al 2003 Entre 9159 mulheres em uma clínica de cuidados primários na Califórnia aquelas que haviam engravidado na adolescência tinham maior probabilidade quando crianças de terem sofrido abuso físico emocio nal ou sexual eou terem sido expostas a divórcio ou separação dos pais violência doméstica uso de drogas ou terem um membro da família que era mentalmente doente ou envolvido em comportamentos criminosos Hillis et al 2004 Os pais adolescentes também tendem a ter recursos financeiros limitados desempenho aca dêmico deficiente e altas taxas de evasão escolar Muitos pais adolescentes são eles próprios frutos de gravidez na adolescência Campa e Eckenrode 2006 Klein e AAP Committee on Adolescence 2005 Pears et al 2005 Desfechos da gravidez na adolescência A gravidez na adolescência frequentemente tem des fechos negativos Muitas das mães são pobres e têm pouca escolaridade e algumas são usuárias de drogas Muitas não se alimentam adequadamente não ganham peso suficiente e têm atendimen to prénatal inadequado ou nulo Provavelmente seus bebês serão prematuros ou perigosamente pequenos e terão um risco maior de outras complicações do parto morte fetal neonatal ou do lactente problemas escolares e de saúde abuso e negligência e deficiências de desenvolvimento que podem prosseguir na adolescência AAP Committee on Adolescence 1999 AAP Committee on Adolescence and Committee on Early Childhood Adoption and Dependent Care 2001 AGI 1999 Childrens Defense Fund 1998 2004 Klein e AAP Committee on Adolescence 2005 Menacker et al 2004 Bebês de mães adolescentes mais abastadas também podem correr riscos Entre mais de 134 mil garotas e mulheres brancas principalmente de classe média aquelas de 13 a 19 anos de idade tinham maior probabilidade do que as de 20 a 24 anos de terem bebês com baixo peso ao nascer mesmo Taxa por 1000 mulheres de 15 a 17 anos 30 50 70 10 90 0 1976 1980 1985 1990 2000 1995 2005 2007 Taxa de gravidez Taxa de parto Taxa de aborto Ano FIGURA 123 Taxas de gravidez parto e aborto de adolescentes nor teamericanas de 15 a 17 anos Fonte Ventura et al 2009 Adolescentes de 1819 anos 67 Adolescentes abaixo de 15 anos 2 Adolescentes de 1517 anos 31 FIGURA 124 Distribuição de partos de adolescentes por idade Fonte NCHS 2009a Papalia12indd 433 Papalia12indd 433 010213 1019 010213 1019 434 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman quando as mães eram casadas e bemeducadas e haviam recebido cuida dos prénatais adequados O cuidado prénatal aparentemente nem sem pre pode superar a desvantagem biológica de uma menina ainda em fase de crescimento cujo próprio corpo pode estar competindo com o feto em desenvolvimento por nutrientes vitais Fraser et al 1995 As mães adolescentes solteiras e suas famílias tendem a ter problemas financeiros Essas meninas têm a probabilidade de abandonar a escola e de ter repetidas ocorrências de gravidez Elas e seus parceiros podem não ter maturidade uma profissão e apoio social para serem bons pais Seus filhos por sua vez tendem a ter problemas de desenvolvimento e escola res a ser deprimidos a envolverse em gangues a ficar desempregados e a tornarse eles próprios pais adolescentes Klein e AAP Committee on Adolescence 2005 Pogarsky Thornberry e Lizotte 2006 Os desfechos infelizes da paternidade adolescente estão longe de ser inevitáveis entretanto Diversos estudos de longo prazo revelam que duas décadas após dar à luz a maioria das mães adolescentes não estão depen dendo da previdência social muitas terminaram o ensino médio e garanti ram empregos estáveis e não têm famílias grandes Programas abrangentes de atendimento à gravidez na adolescência e de visitação domiciliar pare cem contribuir para bons desfechos Klein e AAP Committee on Adoles cence 2005 assim como o contato com o pai Howard et al 2006 e o envolvimento em uma comunidade religiosa Carothers et al 2005 Prevenção da gravidez na adolescência As taxas de gravidez e de natalidade dos adolescentes nos Estados Unidos são muitas vezes mais altas do que em outros países industrializados onde os adolescentes ini ciam a atividade sexual tão ou mais cedo Darroch et al 2001 Martin et al 2005 As taxas de natalidade dos adolescentes nos últimos anos foram quase cinco vezes mais altas nos Estados Unidos do que na Dina marca Finlândia França Alemanha Itália Holanda Espanha Suécia e Suíça e 12 vezes mais altas do que no Japão Ventura Mathews e Hamilton 2001 Por que as taxas nos EUA são tão altas Alguns observadores apontam fatores como menos estigmas em relação à maternidade sem casamento a glorificação do sexo pelo mídia a falta de uma mensagem clara de que sexo e paternidade são para adultos a influência do abuso sexual infantil e a falta de comunicação dos pais com seus filhos Comparações com a experiência europeia sugerem a importância de outros fatores as meninas norteamericanas são mais propensas a ter múltiplos parcei ros sexuais e são menos propensas a usar contraceptivos Darroch et al 2001 Países industrializados da Europa têm fornecido educação sexual abrangente e universal por um tempo muito maior do que nos Estados Unidos Programas abrangentes encorajam os adolescentes a adiar a relação sexual mas também visam melhorar o uso de contraceptivos entre adolescentes sexual mente ativos Esses programas incluem educação sobre a sexualidade e a aquisição de habilidades para tomar decisões sexuais responsáveis e para comunicarse com os parceiros Eles fornecem informação sobre os riscos e as consequências da gravidez na adolescência sobre métodos de controle da natali dade e sobre onde obter ajuda médica e contraceptiva AAP Committee on Psychosocial Aspects of Child and Family Health and Committee on Adolescence 2001 AGI 1994 Kirby 1997 IC Stewart 1994 Programas voltados para meninos adolescentes enfatizam a sabedoria de adiar a paternidade e a necessidade de assumir a responsabilidade quando ela ocorre Childrens Defense Fund 1998 Nos Estados Unidos o fornecimento e o conteúdo de programas de educação sexual são questões políticas Alguns críticos alegam que a educação sexual na escola e na comunidade leva a atividade sexual maior ou mais precoce ainda que a evidência mostre o contrário AAP Committee on Adoles cence 2001 Satcher 2001 Um fator importante da prevenção da gravidez em países europeus é o acesso a serviços de re produção Contraceptivos são fornecidos gratuitamente para adolescentes em muitos países A Suécia apresentou uma redução de cinco vezes na taxa de gravidez na adolescência após a introdução da educação para o controle da natalidade do acesso livre a contraceptivos e do aborto gratuito mediante pedido Bracher e Santow 1999 A MTV alcançou picos de audiência com seu reality show Grávida aos 16 e com sua continuação Mães Adolescentes Alguns argumentam que expor a realidade da gravidez na adoles cência encorajará os adolescentes a serem mais responsáveis em sua sexualidade mas outros afirmam que séries como essas banalizam a gravidez e a maternidade na ado lescência e podem levar a um cres cimento nesses comportamentos O que você acha Você é a favor ou contra programas que fornecem contraceptivos para adolescentes O filme Juno retrata uma adolescente lidando com uma gravidez não planejada Ao contrário do final feliz do filme as gestações de adolescentes na vida real frequentemente têm desfechos negativos Papalia12indd 434 Papalia12indd 434 010213 1019 010213 1019 Desenvolvimento Humano 435 Contrariamente à crença popular a maioria dos adolescen tes não são bombasrelógio Aqueles criados em famílias com uma atmosfera positiva tendem a atravessar a adoles cência sem problemas sérios O problema da gravidez na adolescência requer uma solução multifacetada Ela deve incluir pro gramas e políticas para encorajar o adiamento ou a abstinência da atividade sexual mas também deve reconhecer que muitos jovens tornamse sexualmente ativos e necessitam de educação e informação para prevenir a gravidez e as ISTs Ela requer atenção a fatores subjacentes que colocam os adolescen tes e as famílias em risco redução da pobreza do fracasso escolar dos problemas comportamentais e familiares e aumento de empregos treinamento de habilidades e educação sobre a vida familiar AGI 1994 Childrens Defense Fund 1998 Kirby 1997 e deve visar aqueles jovens com risco mais alto Klein e AAP Committee on Adolescence 2005 Programas de intervenção precoce abrangentes para préescolares e estudantes do ensino fundamental têm reduzido a gravidez na adolescência Hawkins et al 1999 Lonczak et al 2002 Schweinhart et al 1993 Visto que adolescentes com altas aspirações são menos propensas a ficar grávidas programas que motivam os jovens a alcançar e elevar sua autoestima têm tido algum sucesso O Teen Outreach Program TOP iniciado em 1978 ajuda os adolescentes a tomar decisões a lidar com as emoções e a relacionarse com seus pares e com os adultos Entre 1600 estudantes no TOP e 1600 em um grupocontrole os participantes do programa tiveram aproximadamente metade do risco de gravidez em relação aos não participantes Allen e Philliber 2001 Relacionamentos com a família os pares e a sociedade adulta A idade tornase um poderoso agente de união na adolescência Os adolescentes passam mais tempo com os amigos e menos com a família Entretanto a maioria dos valores fundamentais dos adolescentes permanece mais próxima dos valores de seus pais do que aquilo que geralmente é percebido Offer e Church 1991 Mesmo quando os adolescentes se voltam aos amigos em busca de modelos de comportamento companhia e intimidade eles de forma muito parecida com as crianças que estão aprendendo a andar e que começam a explorar um mundo mais amplo veem nos pais uma base segura a partir da qual podem experimentar sua liberdade Os adolescentes mais seguros têm relações fortes e sustentáveis com pais que permanecem em sintonia com a ma neira pela qual os jovens veem a si mesmos que permitem e encorajam seus esforços para adquirir independência e constituem um porto seguro nos momentos de tensão emocional Allen et al 2003 Laursen 1996 A REBELDIA ADOLESCENTE É UM MITO Os anos da adolescência têm sido chamados de época de rebeldia adolescente envolven do tumulto emocional conflito com a família alienação da sociedade adulta comportamen to impulsivo e rejeição dos valores adultos Contudo a completa rebeldia agora parece ser relativamente incomum mesmo nas sociedades ocidentais pelo menos entre os adolescentes da classe média que estão na escola A maioria dos jovens sentese próxima e positiva em relação aos seus pais compartilha opiniões idênticas sobre questões importantes e valoriza a aprovação deles Offer Ostrov e Howard 1989 Offer e Church 1991 Offer Ostrov Howard e Atkinson 1988 Além disso contrariamente à crença popular adolescentes aparentemente bem ajustados não são bombasrelógio programadas para explodir mais tarde na vida Em um estudo longitudinal de 34 anos envolvendo 67 meninos su burbanos com 14 anos de idade no início do estudo a imensa maioria se adaptou bem às experiências de vida Offer Offer e Ostrov 2004 Os poucos adolescentes profundamente problemáticos tendiam a vir de famílias perturbadas e quando adultos continuavam a ter uma vida familiar instável e a rejeitar as normas culturais Aqueles cria dos em lares com uma atmosfera familiar positiva tendiam a atra vessar a adolescência sem nenhum problema sério e quando adul tos a ter casamentos sólidos e a levar uma vida bem ajustada Offer et al 2002 verificador você é capaz de Resumir as tendências nas taxas de gravidez e de natali dade na adolescência Discutir os fatores de risco problemas e desfechos associados à gravidez na adolescência Como os adolescentes se relacionam com os pais com os irmãos e com os amigos indicad r rebeldia adolescente Padrão de tumulto emocional caracte rístico de uma minoria de adolescentes que pode envolver conflito com a família alienação da sociedade adulta comportamento impulsivo e rejeição dos valores adultos Papalia12indd 435 Papalia12indd 435 010213 1019 010213 1019 436 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Ainda assim a adolescência pode ser uma época difícil para os jovens e seus pais Conflito fami liar depressão e comportamento de risco são mais comuns do que em outras fases da vida Arnett 1999 Petersen et al 1993 E o conflito familiar embora relativamente infrequente tem um impacto significativo sobre o sofrimento emocional Este achado é particularmente verdadeiro para as meninas e para adolescentes cujos pais são estrangeiros Chung Flook e Fuligni 2009 As emoções negativas e as variações de humor são mais intensas no início da adolescência talvez devido à tensão ligada à pu berdade No final da adolescência as emoções tendem a tornarse mais estáveis Larson et al 2002 Reconhecer que a adolescência pode ser um momento difícil pode ajudar pais e professores a ten tar compreender os comportamentos de experimentação Mas adultos que pressupõem que o tumulto adolescente é normal e necessário podem deixar de captar os sinais dos poucos jovens que necessitam de ajuda especial MUDANÇA NO USO DO TEMPO E MUDANÇA NOS RELACIONAMENTOS Uma maneira de medir as alterações nos relacionamentos dos adolescentes com as pessoas importan tes em suas vidas é observar como eles usam o tempo livre A quantidade de tempo que os adolescen tes passam com suas famílias diminui dramaticamente durante os anos da adolescência Entretanto esse afastamento não é uma rejeição à família mas uma resposta às necessidades do desenvolvimento Aqueles que estão no início da adolescência frequentemente se trancam em seus quartos parecem precisar ficar algum tempo sozinhos para se desvencilhar das exigências das relações sociais para reconquistar a estabilidade emocional e refletir sobre questões de identidade Larson 1997 As variações culturais no uso do tempo refletem necessidades valores e práticas culturais diver sas Verma e Larson 2003 Jovens de sociedades tribais ou agrárias passam a maior parte de seu tem po produzindo o indispensável para a vida e têm muito menos tempo para participar de uma atividade social do que os adolescentes de sociedades tecnologicamente avançadas Larson e Verma 1999 Em algumas sociedades pósindustriais como Coreia e Japão onde as pressões das tarefas acadêmicas e das obrigações familiares são fortes os adolescentes têm relativamente pouco tempo livre Para aliviar o estresse eles passam seu tempo em ocupações passivas como assistindo à televisão e fazendo nada Verma e Larson 2003 Na cultura centrada na família da Índia por outro lado estudantes urbanos de classe média da oitava série passam 39 de suas horas de vigília com a família comparado com 23 para os mesmos estudantes nos EUA e relatam ser mais felizes quando estão com suas famílias do que os estudantes norteamericanos da mesma faixa etária Para esses jovens a tarefa da adoles cência não é separarse da família mas tornarse mais integrado a ela Achados semelhantes foram relatados na Indonésia Bangladesh Marrocos e Argentina Larson Wilson 2004 Em comparação os adolescentes norteamericanos têm uma boa dose de tempo livre a maior parte do qual eles passam com os amigos cada vez mais do sexo oposto Juster et al 2004 Larson e Seepersad 2003 Verma e Larson 2003 Eles passam uma proporção cada vez maior do tempo livre envolvidos com o consumo de várias formas de mídia incluindo assistir à televisão escutar música navegar na internet jogar videogames e ir ao cinema Por exemplo de 2004 a 2009 os adolescentes aumentaram seu uso da mídia de 621 para 738 minutos por dia todos os dias e frequentemente usaram diversas formas de mídia ao mesmo tempo Essas tendências têm sido mais pronunciadas em adolescentes mais jovens de 11 a 14 anos e em adolescentes afroamericanos e latinos Rideout Fochet e Roberts 2010 A etnia pode afetar a ligação com a família Em algumas pesquisas adolescentes afroamericanos que podem considerar suas famílias como refúgios em um mundo hostil tendiam a manter relacio namentos familiares mais íntimos e relações menos intensas com os amigos do que os adolescentes brancos Giordano Cernkovich e DeMaris 1993 Entre 489 estudantes da 9 a série do ensino funda mental entretanto aqueles de origem europeia relataram tanta ou maior identificação e intimidade com a família do que os estudantes de grupos moniritários Por outro lado aqueles de famílias me xicanas e chinesas particularmente de famílias de imigrantes relataram um sentimento mais forte de obrigação e assistência para com a família e passavam mais tempo em atividades que envolviam aquelas obrigações Hardway e Fuligni 2006 Pode ser que embora a quantidade total de assistência fornecida a suas famílias varie entre os grupos étnicos e culturais dar assistência à família está associa do com sentimentos de conexão e portanto é benéfico Por exemplo a pesquisa tem mostrado que adolescentes norteamericanos de origem asiática latina e europeia tendem todos a apresentar níveis mais altos de felicidade quando participam de atividades que ajudam a família Telzer e Fuligni 2009 verificador você é capaz de Avaliar o grau de tumulto e estresse durante os anos da adolescência Papalia12indd 436 Papalia12indd 436 010213 1019 010213 1019 Desenvolvimento Humano 437 Tendo em mente essas variações culturais vamos examinar mais cuidadosamente o relaciona mento com os pais e então com os irmãos e os pares OS ADOLESCENTES E OS PAIS Como o poeta inglês William Wordsworth escreveu A criança é o pai do homem Este padrão de desenvolvimento aplicase também à adolescência Os relacionamentos com os pais durante a ado lescência o grau de conflito e abertura de comunicação são baseados largamente na intimidade emocional desenvolvida na infância e os relacionamentos dos adolescentes com os pais por sua vez estabelecem a base para a qualidade do relacionamento com uma companheiroa na idade adulta Overbeek et al 2007 A maioria dos adolescentes relata boas relações com seus pais Gutman e Eccles 2007 Con tudo a adolescência traz consigo desafios especiais Da mesma forma que os adolescentes sentem a tensão entre a dependência dos pais e a necessidade de se libertar os pais querem os filhos sejam independentes contudo acham difícil deixálos partir Os pais têm que caminhar sobre a linha tênue entre dar suficiente independência aos adolescentes e protegêlos de falhas de julgamento decorrentes da imaturidade As tensões podem levar a conflito familiar e os estilos de parentalidade dos pais podem influenciar sua forma e desfecho A monitoração eficaz depende de quanto os adolescentes deixam seus pais saberem sobre suas vidas e essas revelações podem depender da atmosfera que os pais esta beleceram Além disso como ocorre com as crianças menores os relacionamentos dos adolescentes com os pais são afetados pela situação de vida deles sua profissão e situação conjugal e socioeconô mica A personalidade também é um fator importante A amabilidade dos adolescentes e a extroversão dos pais predizem relacionamentos afetuosos Denissen van Aken e Dubas 2009 Individuação e conflito familiar A individuação é uma luta do adolescente por autonomia e diferenciação ou identidade pessoal Um aspecto importante da individuação é a criação de frontei ras de controle entre ele e os pais Nucci Hasebe e LinsDyer 2005 e este processo pode acarretar conflito familiar Em um estudo longitudinal 1357 jovens norteamericanos de origem europeia e africana foram entrevistados três vezes entre o verão antes da entrada no ensino médio e o 2 o ano do ensino médio O que veio à tona foi a importância das percepções dos adolescentes sobre as relações familiares Os jovens que se viam como tendo muita autonomia sobre suas atividades diárias tendiam a passar mais tempo socializando com seus pares sem supervisão e tinham maior risco de apresentarem problemas de comportamento no 2 o ano do ensino médio Por outro lado aqueles que consideravam seus pais altamente intrometidos em suas vidas pessoais tendiam a ficar sob influência negativa dos pares e a juntarse a seus amigos em comportamentos de risco Portanto os pais de adolescentes devem encon trar um equilíbrio delicado entre liberdade excessiva e intromissão excessiva Goldstein DavisKean e Eccles 2005 As discussões muito frequentemente dizem respeito ao controle sobre as questões pessoais coti dianas tarefas diárias dever de casa roupas dinheiro horários namoro e amizades mais do que sobre questões de saúde e segurança ou certo e errado Adams e Laursen 2001 Steinberg 2005 A intensidade emocional desses conflitos fora de proporção com o assunto pode refletir o processo de individuação subjacente Em um estudo longitudinal com 99 famílias tanto a individuação como a conexão familiar durante a adolescência prognosticaram bemestar na meiaidade Bell e Bell 2005 Tanto o conflito familiar como a identificação positiva com os pais atingem seu auge aos 13 anos de idade e então diminuem até os 17 anos quando se estabilizam ou aumentam um pouco Esta mudança reflete o aumento das oportunidades para tomada de decisão independente pelo adoles cente Gutman e Eccles 2007 alargando as fronteiras do que é considerado assunto do adolescente Steinberg 2005 Também há diferenças culturais Os adolescentes norteamericanos mais jovens definemse em termos de seu relacionamento com seus pais mas a tendência a fazêlo diminui com a idade Em contrapartida os adolescentes chineses continuam a verse como interligados durante toda a adolescência Pomerantz et al 2009 Especialmente para as meninas as relações familiares podem afetar a saúde mental Adolescentes que têm mais oportunidades para tomar decisões relatam autoestima mais alta do que aquelas que têm menos oportunidades Além disso interações familiares negativas estão relacionadas a depressão adolescente enquanto a identificação familiar positiva está relacionada a menos depressão Gutman e verificador você é capaz de Identificar e discutir dife renças de idade e cultura na forma como os jovens passam seu tempo individuação A luta do adolescente por autonomia e identidade pessoal Papalia12indd 437 Papalia12indd 437 010213 1019 010213 1019 438 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Eccles 2007 Além disso o apoio à autonomia por parte dos pais está associado com autorregulação adaptativa de emoções negativas e envolvimento acadêmico Roth et al 2009 O nível de discórdia familiar parece depender largamente da atmosfera familiar Entre 335 famí lias do meiooeste rural americano com filhos adolescentes os conflitos diminuíam durante o início e o meio da adolescência em famílias afetuosas e compreensivas mas pioravam em famílias hostis coercitivas ou críticas Rueter e Conger 1995 Estilos de parentalidade e autoridade dos pais O estilo de parentalidade democrático con tinua a promover o desenvolvimento psicossocial saudável Baumrind 1991 2005 Pais que de monstram decepção pelo mau comportamento dos adolescentes são mais eficazes em motivar com portamento responsável do que pais que punem severamente Krevans e Gibbs 1996 O estilo de parentalidade excessivamente rigoroso e autoritário pode levar um adolescente a rejeitar a influência dos pais e a procurar apoio e aprovação dos pares a qualquer preço Fuligni e Eccles 1993 Pais democráticos insistem em regras normas e valores importantes mas estão dispostos a ou vir explicar e negociar Eles exercem o controle apropriado sobre a conduta de um filho controle comportamental mas não sobre os sentimentos as crenças e o senso de identidade dele controle psicológico Steinberg e Darling 1994 O controle psicológico exercido através de técnicas de ma nipulação emocional como retirada do amor pode prejudicar o desenvolvimento psicossocial e a saúde mental dos adolescentes Steinberg 2005 Tabela 124 Por exemplo o uso da retirada do amor como estratégia de controle está associado com aumento nos sentimentos de ressentimento em relação aos pais e diminuição na capacidade dos adolescentes de autorregular as emoções negativas Roth et al 2009 Pais que são psicologicamente controladores tendem a não responder à necessidade crescen Quais questões causavam mais conflito em sua família quando você era adolescente e como elas eram resolvidas TABELA 124 Escala de controle psicológicoautorrelato do adolescente Avaliações 1 Não como ela ele 2 Um pouco como ela ele 3 Muito como ela ele Minha mãe pai é uma pessoa que 1 muda de assunto sempre que eu tenho algo para dizer 2 termina minhas frases sempre que eu falo 3 frequentemente me interrompe 4 age como se soubesse o que estou pensando ou sentindo 5 gostaria de ser capaz de me dizer como me sentir ou o que pensar sobre as coisas o tempo todo 6 está sempre tentando mudar o que eu sinto ou penso sobre as coisas 7 me culpa pelos problemas de outros membros da família 8 relembra meus erros passados quando me critica 9 me diz que eu não sou um membro leal ou bom da família 10 me diz todas as coisas que fez por mim 11 diz que se eu realmente me importasse com ela ele eu não faria coisas que lhe causassem preocupação 12 é menos amável comigo se eu não vejo as coisas da maneira delae 13 evita me olhar quando eu ao decepciono 14 se eu ferir seus sentimentos elae para de falar comigo até eu agradálao de novo 15 frequentemente muda de humor quanto está comigo 16 oscila entre ser afetuosao e críticao comigo Fonte Adaptado de Barber 1996 Papalia12indd 438 Papalia12indd 438 010213 1019 010213 1019 Desenvolvimento Humano 439 te de seus filhos por autonomia psicológica o direito a seus próprios pensamentos e sentimentos Steinberg 2005 Em contrapartida pais que são abertos a novas experiências são mais propensos a permitir maior liberdade a seus filhos adolescentes Denissen et al 2009 O estilo de parentalidade democrático parece promover a autoimagem do adolescente Um le vantamento de 8700 estudantes da 9 a série do ensino fundamental e da 3 a série do ensino médio concluiu que quanto mais envolvimento concessão de autonomia e estrutura o adolescente percebe dos seus pais mais positivamente ele avaliará sua própria conduta geral seu desenvolvimento psi cossocial e sua saúde mental Gray e Steinberg 1999 p 584 Quando os adolescentes achavam que seus pais estavam tentando dominar suas experiências psicossociais sua saúde emocional sofria mais do que quando eles percebiam seus pais como tentando controlar seu comportamento Adoles centes cujos pais tinham firmeza em impor regras de comportamento tinham mais autodisciplina e menos problemas de comportamento do que aqueles com pais permissivos Aqueles cujos pais lhes concediam autonomia psicológica tendiam a se tornar autoconfiantes e competentes tanto na área acadêmica quanto na social Os problemas surgem quando os pais ultrapassam o que os adolescentes consideram limites ade quados de autoridade parental legítima A existência de um espaço pessoal estabelecido de mútuo acordo no qual a autoridade pertence ao adolescente tem sido encontrado em várias culturas e classes sociais do Japão ao Brasil Este espaço se expande à medida que pais e adolescentes renegociam con tinuamente suas fronteiras Nucci et al 2005 Monitoração parental e autorrevelação dos adolescentes A monitoração parental eficaz pode ajudar a prevenir problemas de comportamento dos adolescentes Barnes Hoffman e Welte 2006 Entretanto a crescente autonomia dos jovens e o estreitamento das áreas de autoridade pa rental percebida redefinem os tipos de comportamento que os pais esperam que os adolescentes di vulguem para eles Smetana Crean e CampioneBarr 2005 Em um estudo de 276 estudantes da 9 a série do ensino fundamental e da 3 a série do ensino médio suburbanos e de etnia diversa tanto os adolescentes como os pais consideravam as questões de prudência comportamento relacionado à saúde e à segurança como fumar beber e usar drogas como mais sujeitas a revelação seguidas por questões morais como mentir questões convencionais como comportarse mal ou falar palavrões e questões multifacetadas ou limítrofes como assistir a um filme impróprio para a idade que estão na fronteira entre questões pessoais e uma das outras categorias Tanto os adolescentes como os pais consideravam as questões pessoais como o adolescente gastar seu tempo e dinheiro como menos sujeitas a revelação Entretanto para cada tipo de comportamento os pais estavam mais inclinados a esperar revelação do que os adolescentes a revelar Esta discrepância diminuiu entre a 9 a série do ensino fundamental e a 3 a série do ensino médio à medida que os pais modificaram suas expectativas para adequarse à crescente maturidade dos adolescentes Smetana et al 2006 Em um estudo com 690 adolescentes belgas os jovens estavam mais dispostos a divulgar infor mação sobre si mesmos quando os pais mantinham um clima familiar afetuoso e responsivo no qual os adolescentes eram encorajados a falar abertamente e quando os pais tinham expectativas claras sem serem abertamente controladores Soenens et al 2006 em outras palavras quando o estilo de parentalidade era democrático Esta ligação entre afeto e revelação também foi encontrada em vários grupos étnicos nos Estados Unidos incluindo adolescentes de origem chinesa mexicana e europeia Yau TasopoulosChan e Smetana 2009 Os adolescentes especialmente as meninas tendem a ter relacionamentos mais íntimos e de apoio com suas mães do que com seus pais Smetana et al 2006 e as meninas confiam mais em suas mães Yau et al 2009 Além disso a qualidade do relacionamento parece pesar mais na disposição das meninas em confiar em seus pais Em outras palavras a manuten ção de segredos dos meninos depende menos da afetividade do relacionamento do que a das meninas Keijsers et al 2010 Estrutura familiar e atmosfera familiar Os adolescentes como as crianças pequenas são sensí veis à atmosfera familiar Em um estudo longitudinal com 451 adolescentes e seus pais mudanças no sofrimento ou no conflito conjugal para melhor ou para pior prognosticaram mudanças correspon dentes no ajustamento dos adolescentes Cui Conger e Lorenz 2005 Em outros estudos meninos e meninas adolescentes cujos pais se divorciaram mais tarde apresentavam mais problemas escolares psicológicos e comportamentais antes da separação do que colegas cujos pais não se divorciaram mais tarde Sun 2001 Papalia12indd 439 Papalia12indd 439 010213 1019 010213 1019 440 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Adolescentes que vivem com seus pais casados tendem a ter significativamente menos problemas comportamentais do que aqueles em outras estruturas familiares pais solteiros coabitação ou família recomposta de acordo com dados de um estudo longitudinal nacional importante Um fator impor tante é o envolvimento do pai O envolvimento de alta qualidade de um pai não residente ajuda muito mas não tanto quanto o envolvimento de um pai que vive na mesma casa Carlson 2006 Adolescen tes em famílias coabitantes como as crianças pequenas tendem a apresentar mais problemas compor tamentais e emocionais do que adolescentes filhos de pais casados e quando um dos pais coabitantes não é um paimãe biológico o desempenho escolar também sofre Para os adolescentes ao contrário das crianças pequenas esses efeitos são independentes dos recursos econômicos do bemestar conju gal ou da eficácia do estilo de parentalidade sugerindo que a coabitação dos pais em si pode ser mais problemática para os adolescentes do que para as crianças pequenas S L Brown 2004 Por outro lado um estudo multiétnico de filhos de mães solteiras de 12 e 13 anos de idade avaliados pela primeira vez quando as crianças tinham 6 e 7 anos não encontrou efeitos negativos desta situação sobre o desempenho escolar e nem maior risco de problemas de comportamento O que mais importava eram o nível e a capacidade educacional da mãe a renda familiar e a qualidade do ambiente doméstico Ricciuti 2004 Este achado sugere que os efeitos negativos de viver com um genitor solteiro podem ser neutralizados por fatores positivos Mães que trabalham e pressão econômica O impacto de uma mãe que trabalha fora de casa pode depender do fato de se há dois genitores ou apenas um em casa Frequentemente uma mãe sol teira precisa trabalhar fora para garantir o sustento da casa de que forma seu trabalho afeta seus filhos adolescentes pode depender da quantidade de tempo e energia que ela reservará para eles do quanto ela tem conhecimento da vida deles fora de casa e do tipo de exemplo que ela fornece Um estudo longitudinal com 819 crianças de 10 a 14 anos de famílias urbanas de baixa renda salienta a importân cia do tipo de cuidado e supervisão que os adolescentes recebem depois da escola Aqueles que ficam sozinhos depois da escola fora de casa tendem a envolverse no uso de álcool e drogas e a ter má conduta na escola especialmente se tiverem uma história anterior de comportamento problemático Entretanto isso tem menor probabilidade de acontecer quando os pais monitoram as atividades dos seus filhos e os vizinhos estão ativamente envolvidos Coley Morris e Hernandez 2004 Conforme discutimos anteriormente um problema importante em muitas famílias de pais solteiros é a falta de dinheiro Em um estudo longitudinal nacional os filhos adolescentes de mães solteiras de baixa renda foram negativamente afetados pelo emprego instável de suas mães ou por elas ficarem de sempregadas por dois anos Eles eram mais propensos a abandonar a escola e a experimentar declínios na autoestima e no autocontrole Kalil e ZiolGuest 2005 Além disso as dificuldades econômicas da família durante a adolescência podem afetar o bemestar na idade adulta O grau de risco depende de se os pais consideram sua situação estressante se esse estresse interfere nos relacionamentos familiares e o quanto ele afeta as conquistas educacionais e ocupacionais dos filhos Sobolewski e Amato 2005 Por outro lado muitos adolescentes de famílias com dificuldades econômicas podem beneficiarse do capital social acumulado o apoio de parentes e da comunidade Em 51 famílias afroamericanas urbanas pobres em que os adolescentes viviam com suas mães avós ou tias mulheres com fortes rela ções de parentesco exerciam um controle mais firme e mais próximo em termos de monitoramento e ao mesmo tempo garantiam autonomia apropriada e os adolescentes que estavam sob seus cuidados eram mais autoconfiantes e tinham menos problemas de comportamento R D Taylor e Roberts 1995 OS ADOLESCENTES E OS IRMÃOS Na medida em que os adolescentes passam mais tempo com seus pares eles têm menos tempo e menos necessidade da gratificação emocional que costumavam obter da ligação com os irmãos Os adolescentes têm menos intimidade com seus irmãos do que com seus pais ou amigos são menos influenciados por eles e tornamse mesmo mais distantes durante a adolescência Laursen 1996 As mudanças no relacionamento com os irmãos podem muito bem preceder mudanças seme lhantes no relacionamento entre os adolescentes e os pais mais independência da parte da pessoa mais jovem e menos autoridade exercida pela pessoa mais velha À medida que as crianças se apro ximam do ensino médio suas relações com os irmãos tornamse progressivamente mais uniformes Os irmãos mais velhos exercem menos poder sobre os mais jovens e os irmãos mais novos não mais precisam de tanta supervisão À medida que as diferenças relativas de idade se reduzem o mesmo ocorre com as diferenças de competência e independência Buhrmester e Furman 1990 verificador você é capaz de Identificar fatores que afe tam o conflito com os pais e a autorrevelação dos adoles centes Discutir o impacto sobre os adolescentes dos estilos de parentalidade e da situa ção conjugal do trabalho das mães e da pressão eco nômica Se você tem um ou mais irmãos ou irmãs seus relacionamentos com eles mudaram durante a adolescência Papalia12indd 440 Papalia12indd 440 010213 1019 010213 1019 Desenvolvimento Humano 441 Um estudo longitudinal com 200 famílias brancas mapeou as mudan ças nas relações entre irmãos da terceira infância até a adolescência Kim et al 2006 Como se verificou em pesquisa anterior as irmãs geralmente relataram mais intimidade do que os irmãos ou pares mistos Os níveis de intimidade entre irmãos do mesmo sexo permaneceram estáveis Irmãos de sexo distinto em contrapartida tornaramse menos íntimos entre a ter ceira infância e o início da adolescência mas mais íntimos na metade da adolescência uma época em que a maioria dos jovens começa a interessar se pelo sexo oposto O conflito entre irmãos diminuiu a partir da metade da adolescência O estudo também revelou que as relações entre irmãos tendem a re fletir tanto as relações entre pai e filho como o relacionamento conjugal dos pais Por exemplo os irmãos eram mais íntimos se a mãe fosse afetuosa e compreensiva O conflito entre pai e filho estava associado ao conflito entre irmãos Por outro lado quando o pai estava menos feliz no casamento os irmãos se tornavam mais íntimos e brigavam menos Kim et al 2006 Em um estudo longitudinal de cinco anos com 227 famílias norte americanas de origem latina e africana os relacionamentos entre irmãos sob certas circunstâncias tinham efeitos importantes sobre o irmão mais novo Em famílias de mães solteiras um relacionamento afetuoso com uma irmã mais velha tendia a prevenir o envolvimento de uma irmã mais nova com uso de drogas e comportamento sexual de risco Por outro lado ter uma irmã mais velha dominadora tendia a aumentar o comportamento sexual de alto risco de uma irmã mais nova East e Khoo 2005 Irmãos mais velhos podem influen ciar um irmão mais novo a fumar beber ou usar drogas Pomery et al 2005 Rende et al 2005 Em um estudo longitudinal com 206 meninos e seus irmãos mais novos os irmãos mais novos que andavam com um irmão mais velho antissocial corriam sério risco de comportamento antissocial uso de drogas comportamento sexual e violência na adolescência independente da disciplina parental Snyder Bank e Burraston 2005 OS ADOLESCENTES E SEUS PARES Uma fonte importante de apoio emocional durante a complexa transição da adolescência bem como uma fonte de pressão em favor de comportamentos que os pais podem desaprovar é o grupo de pares O grupo de pares é uma fonte de afeto acolhimento compreensão e orientação moral um lugar para experimentação e um ambiente para conquistar autonomia e independência dos pais É um lugar para formar relacionamentos íntimos que servem de ensaio para a intimidade adulta Na infância a maior parte das interações com os pares são diádicas ou pessoais embora agru pamentos maiores comecem a se formar na terceira infância À medida que as crianças passam para a adolescência o sistema social de pares tornase mais elaborado e mais diverso Embora os adolescen tes continuem a ter amizades pessoais as panelinhas grupos estruturados de amigos que fazem as coisas juntos tornamse mais importantes Um tipo de agrupamento maior as turmas que normal mente não existem antes da adolescência baseiamse não nas interações pessoais mas na reputação imagem ou identidade A admissão como membro da turma é uma construção social um conjunto de rótulos pelos quais os jovens dividem o mapa social baseados em vizinhança etnia nível socioeconô mico ou outros fatores por exemplo os sarados os cabeças ou nerds ou os drogados Os três níveis de agrupamento de pares podem existir simultaneamente e alguns podem se sobrepor em termos de afiliação a qual pode mudar ao longo do tempo As afiliações a panelinhas e turmas tendem a tornarse mais frouxas no decorrer da adolescência B B Brown e Klute 2003 A influência dos pares normalmente atinge seu pico aos 12 a 13 anos e diminui da metade ao fi nal da adolescência Aos 13 ou 14 anos adolescentes populares podem envolverse em comportamen tos leves antissociais tais como experimentar drogas ou entrar no cinema sem pagar para demonstrar a seus amigos sua independência das regras parentais Allen et al 2005 Em um estudo da influência dos pares na propensão ao risco 306 adolescentes jovens univer sitários e adultos jovens jogaram um videogame chamado Chicken Em todas as faixas etárias a propensão ao risco era mais alta na companhia dos pares do que sozinho isso foi especialmente verdadeiro para participantes mais jovens Gardner e Steinberg 2005 Entretanto não é provável verificador você é capaz de Identificar mudanças típicas nos relacionamentos entre ir mãos durante a adolescência e os fatores que afetam esses relacionamentos Quando adolescente você fez parte de uma panelinha ou uma turma Nesse caso como isso afetou seus relacionamentos e atitudes sociais O relacionamento entre irmãos tornase mais equilibra do à medida que os irmãos mais jovens se aproximam ou alcançam a adolescência e a diferença de idade relativa diminui Mesmo assim os irmãos mais jovens ainda ad miram seus irmãos mais velhos e podem tentar imitálos Papalia12indd 441 Papalia12indd 441 010213 1019 010213 1019 442 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman que o apego aos pares no início da adolescência prediga problemas reais a menos que esse apego seja tão forte que o jovem esteja disposto a violar as regras de obediência da família a deixar de fazer sua lição de casa e a desenvolver seus próprios talentos a fim de obter aprovação dos pares e popularidade Fuligni et al 2001 Amizades A intensidade e a importância das amizades e a quantidade de tempo passado com os amigos podem ser maiores na adolescência do que em qualquer outra fase da vida As amizades tornamse mais recí procas mais simétricas e mais estáveis As que são menos satisfatórias tornamse menos importantes ou são abandonadas A maior intimidade lealdade e troca com os amigos marcam uma transição rumo a amizades típicas dos adultos Os adolescentes começam a confiar mais nos amigos do que nos pais na busca de intimidade e apoio e trocam confidências mais intensamente do que os amigos mais jovens Berndt e Perry 1990 Buhrmester 1990 1996 Hartup e Stevens 1999 Laursen 1996 As amizades das garotas podem ser mais íntimas do que as dos rapazes com frequente troca de confidências B B Brown e Klute 2003 A intimidade com amigos do mesmo sexo aumenta durante o iní cio até a metade da adolescência e depois normalmente diminui à medida que a intimidade com o sexo oposto aumenta Laursen 1996 A maior intimidade entre amigos adolescentes reflete o desenvolvi mento cognitivo e emocional Os adolescentes são agora mais capazes de expressar seus pensamentos e sentimentos particulares Podem considerar mais prontamente o ponto de vista de outra pessoa e desse modo têm mais facilidade para entender os pensamentos e sentimentos de um amigo Um aumento na intimidade reflete a preocupação inicial que os adolescen tes têm de conhecer a si mesmos Confidenciar a um amigo ajuda os jovens a explorar seus próprios sentimentos a definir suas identidades e a validar sua autoestima Buhrmester 1996 A capacidade para intimidade está relacionada a ajustamento psicoló gico e competência social Adolescentes que têm amizades íntimas está veis e solidárias geralmente têm uma opinião favorável a respeito de si mesmos têm bom desempenho escolar são sociáveis e provavelmente não são hostis ansiosos ou deprimidos Berndt e Perry 1990 Buhrmes ter 1990 Hartup e Stevens 1999 Eles também tendem a ter estabelecido vínculos fortes com os pais B B Brown e Klute 2003 Um processo bidirecional parece es tar em ação bons relacionamentos promo vem o ajustamento que por sua vez promo ve boas amizades A comunicação pela internet tem tido efeitos tanto positivos como negativos sobre os relacionamentos sociais dos adolescentes Quadro 121 Relacionamentos amorosos Os relacio namentos amorosos são uma parte central do mundo social dos adolescentes Com o início da puberdade a maioria dos meninos e meninas heterossexuais começa a pensar e a interagir mais com pessoas do sexo oposto Normalmente eles passam dos grupos mis tos ou de encontros grupais para relaciona mentos amorosos pessoais que ao contrário das amizades com o sexo oposto eles des Há indicações de que a administração de oxitocina um hormônio envolvido na afiliação social resulta em melhores capacidades cognitivas sociais mas apenas para pessoas que tinham deficiência desse hormônio Bartz 2010 É verdade que aqueles à sua volta influenciam sua tendência a assumir riscos mas também é verdade que algumas pessoas em virtude de sua constituição genética têm maior propensão a assumir riscos Os pesquisadores descobriram recentemente que mutações ligadas à produção de dopamina estão envolvidas na busca de sensações intensas Derringer et al 2011 A intimidade cada vez maior da amizade dos adolescen tes reflete o desenvolvimento cognitivo e emocional O estreitamento da amizade significa maior capacidade e desejo de compartilhar emoções e sentimentos Há consequências sociais para as comunidades virtuais e há também consequências acadêmicas Estudantes que ficam ligados no Facebook enquanto estudam tiram notas 20 mais baixas do que seus pares que desligam o computador na hora de estudar Kirschner e Karpinski 2010 Papalia12indd 442 Papalia12indd 442 010213 1019 010213 1019 Desenvolvimento Humano 443 crevem como sendo uma paixão envolvente e um sentimento de compromisso Bouchey e Furman 2003 Furman e Wehner 1997 Os relacionamentos amorosos tendem a tornarse mais intensos e mais íntimos no decorrer da adolescência No início da adolescência os jovens pensam primeiramente em como um relacionamen to afetivo pode afetar sua posição no grupo de amigos Bouchey e Furman 2003 Na metade da ado lescência a maioria dos jovens tem pelo menos um parceiro exclusivo que dura de diversos meses a cerca de um ano e o efeito da escolha do parceiro sobre a posição entre os pares pode tornarse menos importante Furman e Wehner 1997 Aos 16 anos os adolescentes interagem e pensam nos parceiros afetivos mais do que nos pais amigos ou irmãos Bouchey e Furman 2003 Não antes do final da ado lescência ou início da vida adulta entretanto é que os relacionamentos amorosos começam a atender a toda a gama de necessidades emocionais possíveis e então apenas em relacionamentos relativamente duradouros Furman e Wehner 1997 Os relacionamentos com os pais e os pares podem afetar a qualidade do relacionamento amoroso O próprio casamento ou relacionamento afetivo dos pais pode servir como modelo para seus filhos adoles centes O grupo de pares forma o contexto para a maioria dos relacionamentos amorosos e pode influen ciar a escolha do parceiro e o modo como o relacionamento se desenvolve Bouchey e Furman 2003 Violência no namoro A violência no namoro é um problema significativo nos Estados Unidos As três formas comuns de violência no namoro são pesquisa em ação CONSEQUÊNCIAS DAS REDES SOCIAIS A explosão das tecnologias de comunicação virtual como men sagens instantâneas email e mensagens de texto bem como os sites de redes sociais como Twitter e Facebook mudou a for ma como muitos adolescentes se comunicam Enquanto grupo os adolescentes são os principais usuários das tecnologias de interação social Eles passam mais tempo online do que os adul tos e passam a maior parte de seu tempo online usando a inter net para se comunicar As primeiras pesquisas sugeriram que a comunicação virtual reduziria a interação social dos adolescen tes com os amigos e a família Estudos sobre os efeitos do uso da internet na década de 1990 e no início da década de 2000 mostraram que os adolescentes que passavam muito tempo na internet passavam menos tempo com os amigos Nie 2001 tinham menos amigos Mesch 2001 e apresentavam conexão social e bemestar reduzidos Kraut et al 1998 À medida que o acesso à internet aumentou e mais tecno logias sofisticadas como as mensagens instantâneas e o Face book substituíram as salas de batepapo públicas o efeito do uso aumentado da internet mudou de negativo para positivo Estudos europeus e norteamericanos demonstraram que 88 dos adolescentes usam as mensagens instantâneas para comu nicarse com amigos reais Valkenburg e Peter 2007 Estudos recentes mostraram que a comunicação virtual estimula mais do que reduz as conexões sociais Kraut et al 2002 Um estudo determinou que o número de meses que uma pessoa está ativa no Twitter e quanto mais horas por semana ela passa enviando mensagens estão positivamente relacionados à camaradagem e à conexão a uma comunidade virtual Chen 2010 A capa cidade da comunicação virtual de aumentar a autorrevelação através das redes sociais foi identificada como uma das princi pais razões para a melhora da conexão e do bemestar sociais Os indivíduos frequentemente tornamse incomumente ínti mos em um ambiente virtual com sinais contextuais visuais e auditivos reduzidos Eles se preocupam menos sobre como os outros os perceberão e se sentem mais livres para expressar se Tidewell e Walther 2002 Valkenburg e Peter 2009 Visto que os adolescentes associam autorrevelação com amizades de qualidade o nível elevado de autorrevelação em ambientes virtuais também pode estar ligado a qualidade e formação de amizades McKenna e Bargh 2000 Valkenburg e Peter 2007 que por sua vez eleva a conexão e o bemestar sociais Os aspectos da comunicação virtual que aumentam a cone xão o nível de anonimato a têm tornado atraente aos valen tões eletrônicos Conforme discutido anteriormente o bullying é uma forma de agressão visando prejudicar alguém O bullying verbal e o físico são os tipos mais prevalentes mas bullying e vi timização pela internet foram relatados por aproximadamente 25 dos estudantes do ensino médio Willard 2006 Além disso embora a autorrevelação seja mais comum na internet a menti ra também é As pessoas são mais propensas a mentir quando escrevem um email do que quando escrevem uma carta à moda antiga com caneta e papel Naquin Kurtzberg e Belkin 2010 qual a sua opinião Quais são os prós e os contras de usar as redes sociais 121 o Papalia12indd 443 Papalia12indd 443 010213 1019 010213 1019 444 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Física quando um dos parceiros é esbofeteado sacudido empurrado ou chutado Emocional quando um dos parceiros é ameaçado ou agredido verbalmente Sexual quando um dos parceiros é forçado a praticar ato sexual contra sua vontade As estatísticas indicam que aproximadamente 10 dos estudantes foram vítimas de violência física durante o namoro mas a taxa pode na verdade ser mais alta devido ao medo que eles têm de contar para os amigos ou para a família As taxas de abuso emocional são ainda mais altas aproxima damente 3 em cada 10 adolescentes relatam ser agredidos verbal ou psicologicamente Halpern et al 2003 Ao todo 1 em cada 4 adolescentes relata abuso verbal físico emocional ou sexual por um namorado a cada ano CDC 2008a Além do dano físico causado por esse tipo de violência os adolescentes que são vítimas de agres são no namoro são mais propensos a irem mal na escola e a envolverse em comportamentos de risco como uso de drogas e de álcool Esses estudantes também estão sujeitos a transtornos da alimentação depressão e suicídio Embora as taxas de vitimização em geral sejam semelhantes para meninos e meninas os meninos relatam níveis ligeiramente mais altos de vitimização mas as meninas são des proporcionalmente as vítimas em casos de violência grave Mulford e Giordano 2008 Os fatores de risco que podem prognosticar esse tipo de violência incluem abuso de substância conflito eou violência doméstica pares antissociais e viver em bairros com altas taxas de criminali dade e uso de drogas Child Trends 2010a 2010b Os relacionamentos nocivos podem durar a vida inteira quando as vítimas carregam os padrões de violência para futuros relacionamentos Comportamento antissocial e delinquência juvenil O que influencia os jovens a praticarem ou a absteremse do envolvimento com a violência Quadro 122 página 414 ou com outros atos antisociais Por meio de que processos as tendências antisso ciais se desenvolvem Como os comportamentos problemáticos se agravam e se transformam em de linquência crônica O que determina se um delinquente juvenil se tornará um criminoso contumaz Uma interação entre fatores de risco ambientais e genéticos ou biológicos pode ser a base de muitos comportamentos antissociais van Goozen et al 2007 TORNANDOSE UM DELINQUENTE FATORES GENÉTICOS E NEUROLÓGICOS O comportamento antissocial tende a ocorrer em famílias Análises de muitos estudos concluíram que os genes influenciam de 40 a 50 da variação no comportamento antissocial dentro de uma população e de 60 a 65 da variação no comportamento antissocial agressivo Rhee e Waldman 2002 Tackett et al 2005 Os genes sozinhos entretanto não são preditivos de comportamento antissocial Achados de pesquisa recentes sugerem que embora a genética influencie a delinquência as influências ambien tais incluindo família amigos e escola afetam a expressão genética Guo Roettger e Cai 2008 Déficits neurobiológicos particularmente nas porções do cérebro que regulam as reações ao es tresse podem ajudar a explicar por que algumas crianças se tornam antissociais Como resultado desses déficits neurológicos que podem resultar da interação de fatores genéticos ou de temperamen to difícil com ambientes adversos as crianças podem não receber ou não perceber sinais de alerta normais para refrear o comportamento impulsivo ou imprudente van Goozen et al 2007 TORNANDOSE UM DELINQUENTE COMO AS INFLUÊNCIAS DA FAMÍLIA DOS PARES E DA COMUNIDADE INTERAGEM Os pesquisadores identificaram dois tipos de comportamento antissocial um tipo de início precoce co meçando aos 11 anos de idade que tende a levar à delinquência juvenil crônica na adolescência e um tipo mais leve de início tardio começando após a puberdade que tende a aparecer temporariamente em resposta às mudanças da adolescência o descompasso entre maturidade biológica e social desejo aumentado de autonomia e supervisão adulta diminuída Os adolescentes com comportamento antisso cial de início tardio tendem a cometer infrações relativamente mais leves Schulenberg e Zarret 2006 verificador você é capaz de Citar as diversas funções do grupo de pares na adolescên cia e discutir sua influência Identificar aspectos impor tantes das amizades dos adolescentes Indicar as mudanças no desenvolvimento nos relacio namentos amorosos indicad r Quais são as causas fundamentais do comportamento antissocial e da delinquência juvenil e o que pode ser feito para reduzir esses riscos na adolescência Adolescentes que abandonam o ensino médio custam à sociedade aproximadamente 240 mil dólares em receita fiscal perdida aumento no uso de serviços sociais e maior probabilidade de depender da Previdência ou de estar na prisão Em outubro de 2008 aproximadamente 30 milhões de jovens de 16 a 24 anos não estavam na escola e não tinham um diploma do ensino médio Isto representa aproximadamente 8 dos adolescentes elegíveis Chapman et al 2010 Papalia12indd 444 Papalia12indd 444 010213 1019 010213 1019 Desenvolvimento Humano 445 O comportamento antissocial do tipo início precoce é influenciado como sugere a teoria de Bron fenbrenner pela interação de fatores que variam de influências do microssistema tais como hostilida de entre pai e filho práticas de criação dos filhos e desvio comportamental dos pares a influências do macrossistema como estrutura da comunidade e apoio social dos vizinhos Buehler 2006 Tolan Gor manSmith e Henry 2003 Essa rede de influências interativas começa a ser tecida cedo na infância De fato a evidência sugere que esses infratores de início precoce são provavelmente diferentes desde cedo explicando tanto o início precoce de seus comportamentos bem como sua persistência até a idade adulta Por exemplo esses adolescentes demonstram controle pobre dos impulsos são agressivos e tendem a não pensar no futuro Monahan Cauffman e Steinberg 2009 O comportamento antissocial de início tardio ocorre normalmente em adolescentes com antece dentes familiares normais Os pais de crianças que se tornam antissociais crônicos em contrapartida podem ter deixado de reforçar o bom comportamento na segunda infância e podem ter sido rigorosos ou inconsistentes ou ambos ao punir o mau comportamento Coie e Dodge 1998 Snyder et al 2005 Ao longo dos anos esses pais podem não ter tido um envolvimento estreito e positivo na vida dos seus filhos G R Patterson DeBaryshe e Ramsey 1989 Os filhos podem ter compensações pelo compor tamento antissocial quando agem de acordo com as regras eles podem receber atenção ou fazer o que querem Esses primeiros padrões negativos preparam o caminho para as influências negativas dos pares que promovem e reforçam o comportamento antissocial B B Brown et al 1993 Collins et al 2000 No início da adolescência pode haver hostilidade aberta entre pai e filho Quando crítica constan te coerção raivosa ou comportamento rude não cooperativo caracterizam as interações entre pai e fi lho a criança tende a apresentar problemas de comportamento agressivo que piora o relacionamento entre pai e filho Buehler 2006 O estilo de parentalidade ineficaz pode deixar os irmãos mais novos sob a influência poderosa de um irmão mais velho desviante especialmente se os irmãos são de idades próximas Snyder Bank e Burraston 2005 A escolha de pares antissociais é afetada principalmente por fatores ambientais Iervolino et al 2002 Os jovens gravitam em torno de outros que foram criados como eles e que têm um desem penho escolar um ajustamento e tendências prósociais ou antissociais semelhantes B B Brown et al 1993 Collins et al 2000 Como ocorre na infância os adolescentes antissociais tendem a ter amigos antissociais e seu comportamento antissocial aumenta quando eles se associam uns aos outros Dishion McCord e Poulin 1999 Hartup e Stevens 1999 Vitaro et al 1997 A maneira como os adolescentes antissociais conversam riem ou sorriem maliciosamente a respeito da quebra de uma regra e acenam intencionalmente entre si parece constituir uma espécie de treinamento para o desvio Dishion McCord e Poulin 1999 Essas criançasproblema continuam a induzir uma parentalidade ineficaz da parte dos pais que prediz comportamento delinquente e asso ciação com grupos de pares desviantes ou gangues Simons et al 2001 Tolan et al 2003 O estilo de parentalidade democrático pode ajudar os jovens a interiorizar padrões que podem isolálos das influências negativas dos pares e abrilos a influências positivas Collins et al 2000 Mounts e Steinberg 1995 Uma melhor educação familiar durante a adolescência pode reduzir a delinquência ao desestimular a associação com pares desviantes Simons et al 2001 Além disso algumas das influências dos pares podem ser de natureza evolutiva visto que a resistência a pares desviantes diminui no final da adolescência e a maioria dos adolescentes tornase menos interessada em passar seu tempo com amigos que se comportam de uma maneira antissocial Monahan et al 2009 Adolescentes cujos pais sabem onde eles estão e o que estão fazendo são menos propensos a se envolverem em atos delinquentes Laird et al 2003 ou de se associar a pares desviantes Lloyd e Anthony 2003 Circunstâncias econômicas familiares podem influenciar o desenvolvimento de compor tamento antissocial A privação econômica persistente pode arruinar uma educação familiar sólida ao privar a família de capital social Crianças pobres têm maior probabilidade do que outras crianças de cometer atos antissociais e aquelas cujas famílias são continuamente pobres tendem a tornarse mais antissociais com o tempo Inversamente quando as famílias saem da pobreza enquanto a criança ainda é pequena ela não tem maior probabilidade de desenvolver problemas de comportamento do que uma criança cuja família nunca foi pobre Macmillan McMorris e Kruttschnitt 2004 A organização social fraca da comunidade em uma região desfavorecida pode influenciar a delinquência por meio de seus efeitos sobre o comportamento dos pais e o desvio dos pares Chung e Steinberg 2006 A eficácia coletiva a força das conexões sociais dentro de uma comunidade e o grau em que os moradores monitoram ou supervisionam mutuamente os Quais são as chances deste membro de gangue que já esteve na prisão tornarse um criminoso insensível Adolescentes que não têm alternativas positivas são mais propensos a adotar estilos de vida antissociais Papalia12indd 445 Papalia12indd 445 010213 1019 010213 1019 446 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman filhos dos outros pode influenciar os desfechos em uma direção positiva Sampson 1997 Uma combinação de estilo de parentalidade acolhedor e pais envolvidos e a eficácia coletiva podem deses timular os adolescentes da associação a pares desviantes Brody et al 2001 PERSPECTIVA DE LONGO PRAZO A imensa maioria dos jovens envolvidos em atos delinquentes não se torna adultos criminosos Kosterman et al 2001 Moffitt 1993 A delinquência atinge seu auge em torno dos 15 anos aproximadamente e então decai quando a maioria dos adolescentes e suas famílias chegam a um acordo sobre a necessidade dos jovens de assegurarem sua independência Entretanto adolescentes que não enxergam alternativas positivas ou que vêm de famílias problemáticas são mais propensos a adotarem permanentemente um estilo de vida antissocial Elliott 1993 Schulenberg e Zarrett 2006 Os que têm maior probabilidade de persistir na violência são meninos que tiveram influên cias antissociais muito precocemente Os que têm menor probabilidade de persistir são meninos e meninas que sempre tiveram um bom desempenho escolar e meninas que apresentaram desenvolvi mento prósocial desde a infância Kosterman et al 2001 Uma vez que o caráter dos adolescentes ainda está em constante mudança muitos psicólogos do desenvolvimento condenam a tendência pesquisa em ação A EPIDEMIA DA VIOLÊNCIA JUVENIL Em 20 de abril de 1999 dois estudantes da Escola de Ensino Mé dio Columbine em Littleton Colorado assassinaram 12 colegas e um professor antes de atirar fatalmente contra si mesmos Em 16 de abril de 2007 um estudante de 23 anos de uma escola técnica da Virginia assassinou 32 pessoas antes de atirar contra si mesmo tornando o massacre o mais mortal na história dos Es tados Unidos Durante os últimos 10 anos tiroteios em escolas custaram as vidas de 188 estudantes e professores no mundo todo e feriram mais de 100 pessoas Pearson Education 2007 A despeito de toda a publicidade que esses acontecimentos recebem eles na verdade são raros representando apenas 1 dos homicídios entre crianças em idade escolar A maioria deles envolve apenas um único homicida e uma única vítima De fato a despeito da onda de homicídios em escolas desde 1999 as taxas desse tipo de homicídio diminuíram de modo geral entre 1992 e 2006 Modzeleski et al 2008 Infelizmente contudo as vítimas desses casos altamente noticiados são apenas uma pequena fração daqueles afetados pela violência juvenil Em 2005 mais de 721 mil adolescentes de 10 a 24 anos foram atendidos em prontosocorros por ferimen tos causados por violência CDC 2007b Jovens com menos de 25 anos constituíram 445 das pessoas presas por crime vio lento e 539 de pessoas presas por crime contra a propriedade nos Estados Unidos naquele ano FBI 2007 O que causa esse comportamento destrutivo Muitas in fluências podem empurrar os jovens a atos violentos O cérebro imaturo do adolescente particularmente o cór tex préfrontal que é fundamental para o julgamento e a supressão do impulso O fácil acesso a armas em uma cultura que romantiza as armas de brinquedo Weinberger 2001 p 2 A presença de gangues na escola NCES 2003 Youth Vio lence 2001 Um ambiente familiar rejeitador coercitivo ou caótico na infância que tende a produzir comportamento agressivo nas crianças A hostilidade que eles evocam nos outros au menta sua própria agressividade Sua autoimagem nega tiva os impede de ter sucesso na escola ou de desenvolver outros interesses construtivos e eles geralmente se asso ciam a pares que reforçam suas atitudes e comportamen to antissociais Staub 1996 Viver em regiões urbanas instáveis com baixo envolvi mento e apoio da comunidade Tolan et al 2003 em bora estudantes de classe média em escolas suburbanas não sejam imunes Ter testemunhado ou ter sido vítima de violência na comunidade ou ter sido exposto à violência na mídia Brookmeyer Heinrich e SchwabStone 2005 Pearce Jones SchwabStone e Ruchkin 2003 Um levantamento nacional recente mostrou que mais de 60 de crianças nos Estados Unidos tinham sido expostas a alguma forma de violência indireta ou direta no ano anterior Quase metade das crianças tinham sido elas próprias agredi das e aproximadamente 1 em cada 10 tinha sido ferida durante uma agressão Finkelhor et al 2009 As meninas adolescentes parecem correr um risco particular Um levantamento revelou que 1 em cada 4 meninas de 12 a 17 anos tinha estado envol vida em alguma forma de violência no ano anterior Essas in cluem brigar com outros no trabalho ou na escola brigar em um grupo contra outro ou agredir alguém com a intenção de ferir SAMHSA 2009b 122 Papalia12indd 446 Papalia12indd 446 010213 1019 010213 1019 Desenvolvimento Humano 447 atual de transferir infratores juvenis do sistema judiciário juvenil que é voltado à reabilitação para os tribunais criminais onde eles podem ser julgados e condenados como adultos Steinberg 2000 Steinberg e Scott 2003 PREVENINDO E TRATANDO A DELINQUÊNCIA Considerando que a delinquência juvenil tem raízes na infância o mesmo deveria ocorrer com esfor ços preventivos que ataquem os múltiplos fatores que podem levar à delinquência Adolescentes que participaram de certos programas de intervenção na segunda infância têm menor probabilidade de se envolver em problemas do que seus pares igualmente desprivilegiados Yoshikawa 1994 Zigler Taus sig e Black 1992 Os programas eficazes têm como alvo crianças urbanas de alto risco e duram pelo menos dois dos primeiros cinco anos de vida da criança Eles influenciam as crianças diretamente por meio de creches ou de educação de alta qualidade e ao mesmo tempo indiretamente oferecendo assistência e apoio voltados às suas necessidades BerruetaClement et al 1985 BerruetaClement et al 1987 Schweinhart et al 1993 Seitz 1990 Yoshikawa 1994 Zigler et al 1992 Esses programas operam no mesossistema de Bronfenbrenner afetando as interações entre a casa e a escola ou creche Eles também deram um passo adiante até o exossistema criando redes familia Os psicólogos apontam possíveis sinais de alerta Os ado lescentes propensos a cometer atos violentos frequentemen te se recusam a ouvir os pais e os professores ignoram os sentimentos e os direitos dos outros maltratam as pessoas apelam para violência ou ameaças para resolverem seus pro blemas e acreditam que a vida os tem tratado injustamente Eles tendem a ir mal na escola a matar aulas ou vadiar a ficar de castigo ser suspensos ou a abandonar os estudos a ser ví timas de bullying a usar álcool inalantes eou outras drogas a envolverse em atividade sexual precoce a unirse a gan gues e a brigar roubar ou destruir propriedades American Psychological Association and American Academy of Pedia trics AAP 1996 Resnick et al 1997 SmithKhuri et al 2004 Youth Violence 2001 Um relatório do Ministério da Saúde dos Estados Unidos desafia alguns mitos ou estereótipos sobre a violência juvenil Youth Violence 2001 ver tabela Um dos piores mitos é que nada pode ser feito para prevenir ou tratar comportamento vio lento Programas escolares para todas as crianças não apenas para as de risco reduziram a violência e a agressividade em to das as séries Esses programas visam prevenir o comportamento violento promovendo as habilidades sociais e a consciência e o controle emocional R Hahn et al 2007 qual a sua opinião Qual você acha que é o fator mais impor tante na prevenção da violência juvenil o Cinco mitos sobre a violência juvenil Mito Fato A maioria dos futuros criminosos pode ser identificada na se gunda infância Crianças com transtornos da conduta ou comportamento des controlado não se transformam necessariamente em adoles centes violentos Jovens afroamericanos e hispânicos têm maior probabilidade do que os jovens de outros grupos étnicos de se envolver em violência Apesar dos índices de prisões diferirem relatos sugerem que raça e etnia têm pouco efeito sobre a proporção global de comportamentos violentos não fatais Uma nova geração de superpredadores que entraram na adolescência na década de 1990 ameaça tornar os Estados Unidos um lugar ainda mais violento do que já é Não há evidência de que jovens envolvidos em violência durante a década de 1990 eram mais violentos ou mais perversos do que os jovens em anos anteriores Julgar adolescentes infratores em tribunais criminais adultos severos os fazem ter menor probabilidade de cometer crimes mais violentos Jovens julgados em tribunais adultos têm índices significativa mente mais altos de repetir infrações e de praticar crimes futu ros do que os jovens infratores julgados em tribunais juvenis Os jovens mais violentos acabarão sendo presos por crimes violentos A maioria dos jovens envolvidos em comportamento violento nunca será presa por crimes violentos Fonte Baseada em dados de Youth Violence 2001 Papalia12indd 447 Papalia12indd 447 010213 1019 010213 1019 448 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman resumo e palavraschave A busca da identidade Como os adolescentes formam uma identidade e qual é o papel do gênero e da etnia Uma preocupação central durante a adolescência é a busca da identidade que tem componentes ocupacio nais sexuais e de valores Erik Erikson descreveu o confli to psicossocial da adolescência como identidade versus confusão de identidade A virtude que deve surgir deste conflito é a fidelidade James Marcia em pesquisa baseada na teoria de Erikson descreveu quatro estados de identidade realização de identidade execução moratória e difusão de identidade Os pesquisadores têm opiniões divergentes quando questionados se garotos e garotas seguem caminhos di ferentes na formação da identidade Apesar de algumas indicad r res de apoio e ligando os pais a serviços comunitários como cuidados prénatais e pósnatais e orienta ção educacional e vocacional Yoshikawa 1994 Zigler et al 1992 Por meio de sua abordagem de múltiplo alcance essas intervenções têm impacto sobre diversos fatores de risco precoces que podem levar à delinquência Um desses programas é o Chicago ChildParent Centers um programa préescolar para crianças carentes das escolas públicas de Chicago que oferece serviços de acompanhamento até os 9 anos de idade Os participantes estudados tinham aos 20 anos melhores resultados educacionais e sociais e menos prisões juvenis do que um grupo de comparação que recebeu menos intervenções precoces extensivas Reynold et al 2001 Tão logo as crianças atinjam a adolescência especialmente em regiões pobres e propensas ao crime as intervenções precisam concentrarse em detectar adolescentes com problemas e evitar o recrutamento para gangues Tolan et al 2003 Os programas bemsucedidos encorajam as habili dades de parentalidade por meio de melhor monitoração manejo comportamental e apoio social da comunidade Por exemplo a pesquisa recente mostrou que no início da adolescência manter níveis de controle adequados ao desenvolvimento e nutrir um relacionamento estreito e positivo tem efeitos protetores contra comportamentos antissociais da criança na adolescência especialmente no que diz respeito às mães Vieno et al 2009 Pesquisas como esta têm aplicações práticas claras para o desen volvimento de intervenções voltadas para o mau comportamento do adolescente Programas como diversões e acampamentos de verão para jovens com problemas de comporta mento podem ser contraproducentes porque trazem consigo grupos de jovens desviantes que tendem a reforçar o desvio uns dos outros Programas mais efetivos escoteiros esportes e atividades da igreja integram jovens desviantes à corrente não desviante Atividades monitoradas por adultos ou dentro da escola fora do horário de aulas nas tardes dos fins de semana e no verão quando os adolescentes são mais propensos a ficarem ociosos e a se envolverem em problemas podem reduzir sua exposição a ambientes que encorajam o comportamento antissocial Dodge Dishion e Lansford 2006 Envol ver os adolescentes em atividades construtivas ou em programas de habilidades voltadas ao emprego durante seu tempo livre pode gerar dividendos no longo prazo A participação em atividades escolares extracurriculares contribui para a redução dos índices de evasão escolar e prisões por prática de delitos entre meninos e meninas de alto risco Mahoney 2000 Felizmente a grande maioria dos adolescentes não se envolve em problemas sérios Aqueles que apresentam um comportamento perturbado podem e devem ser ajudados Com amor orientação e apoio os adolescentes podem evitar riscos desenvolver suas potencialidades e explorar suas possibi lidades à medida que se aproximam da vida adulta As alterações normais do desenvolvimento nos primeiros anos de vida são sinais evidentes e drás ticos de crescimento O bebê deitado no berço tornase uma criança ativa e exploradora que aprende a andar A criança pequena ingressa e abraça o mundo da escola e da sociedade O adolescente com um corpo novo e uma nova consciência preparase para dar o passo para a vida adulta O crescimento e o desenvolvimento não param bruscamente após a adolescência As pessoas mu dam de diversas maneiras do início ao final da vida adulta como veremos nos capítulos finais deste livro verificador você é capaz de Explicar como as influências dos pais dos pares e da comu nidade podem interagir para promover comportamento antissocial e delinquência Identificar as características de programas que tiveram sucesso na prevenção ou interrupção da delinquência e de outros comportamentos de risco Papalia12indd 448 Papalia12indd 448 010213 1019 010213 1019 Desenvolvimento Humano 449 pesquisas sugerirem que a autoestima das garotas tende a diminuir na adolescência pesquisas posteriores não dão sustentação a essa constatação A etnia é uma parte importante da identidade Adolescen tes integrantes de grupos minoritários parecem atravessar estágios de desenvolvimento da identidade étnica de uma forma muito similar aos estados de identidade de Marcia identidade 422 identidade versus confusão de identidade 422 estados de identidade 423 crise 423 compromisso 423 realização da identidade 424 execução 424 moratória 424 difusão de identidade 425 socialização cultural 427 Sexualidade O que determina a orientação sexual quais são as práticas sexuais mais comuns entre os adolescentes e o que leva alguns deles a se envolver em um comportamento sexual de risco A orientação sexual parece ser influenciada por uma in teração de fatores biológicos e ambientais e parece ser pelo menos parcialmente de origem genética Devido à falta de aceitação social o curso da identidade homossexual e do desenvolvimento dos relacionamen tos pode variar A atividade sexual adolescente envolve riscos de gravidez e de infecções sexualmente transmissíveis Os adolescen tes que correm maior risco são aqueles que iniciam cedo a atividade sexual têm múltiplos parceiros não usam contraceptivos e são mal informados sobre sexo O uso regular de preservativos é a melhor segurança para adolescentes sexualmente ativos Programas de educação sexual abrangentes retardam a iniciação sexual e estimulam o uso de contraceptivos Programas que somente promovem a abstinência não têm sido tão eficazes As ISTs têm maior probabilidade de se desenvolver sem serem detectadas nas meninas As taxas de gravidez e de parto adolescentes nos Estados Unidos decresceram mas as taxas de parto aumentaram novamente em 2006 A maternidade na adolescência frequentemente tem desfechos negativos As mães adolescentes e suas fa mílias tendem a ter problemas de saúde e a enfrentar dificuldades financeiras e as crianças muitas vezes se ressentem da parentalidade ineficaz orientação sexual 428 infecções sexualmente transmissíveis ISTs 431 Relacionamentos com a família os pares e a sociedade adulta Como os adolescentes se relacionam com os pais com os irmãos e com os amigos Embora os relacionamentos entre os adolescentes e seus pais nem sempre sejam fáceis a rebeldia adoles cente em ampla escala é incomum Para a maioria dos jovens a adolescência é uma transição razoavelmente tranquila Para a minoria que parece ser mais profunda mente problemática podese prever uma vida adulta difícil Os adolescentes passam uma quantidade de tempo cada vez maior com seus pares mas o relacionamento com os pais continua a ser influente O conflito com os pais tende a ser maior durante o início da adolescência O estilo de parentalidade democrático está associado a resultados mais positivos Os efeitos da estrutura familiar e do trabalho materno sobre o desenvolvimento dos adolescentes podem de pender de fatores como recursos econômicos qualidade do ambiente doméstico e de quanto os pais monitoram de perto o paradeiro dos filhos O relacionamento com os irmãos tende a tornarse mais distante durante a adolescência e o equilíbrio de forças entre os irmãos mais velhos e os mais jovens fica mais simétrico A influência do grupo de pares é mais forte no início da adolescência A estrutura do grupo de amigos tornase mais elaborada envolvendo panelinhas e turmas bem como amizades As amizades especialmente entre as meninas ficam mais íntimas estáveis e solidárias na adolescência Os relacionamentos amorosos satisfazem a uma série de necessidades e se desenvolvem com a idade e a experiência rebeldia adolescente 435 individuação 437 Comportamento antissocial e delinquência juvenil Quais são as causas fundamentais do comportamento antissocial e da delinquência juvenil e o que pode ser feito para reduzir esses riscos na adolescência A delinquência crônica geralmente originase de comportamentos antissociais de início precoce Ela está associada com a interação de múltiplos fatores de risco incluindo educação familiar ineficaz fracasso escolar influência dos pares e da vizinhança e nível socioeconômico baixo Programas que atacam os fatores de risco desde os primeiros anos de vida têm obtido êxito indicad r indicad r indicad r Papalia12indd 449 Papalia12indd 449 010213 1019 010213 1019 Capítulo 13 pontos principais Início da vida adulta DESENVOLVIMENTO FÍSICO Saúde e condição física Questões sexuais e de reprodução DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Perspectivas sobre a cognição adulta Raciocínio moral Educação e trabalho pontos principais você sabia que Adultos norteamericanos entre 20 e 40 anos de idade são os mais propensos a ser pobres e os menos propensos a ter segurosaúde A tendência ao pensamento reflexivo parece surgir entre as idades de 20 e 25 anos Para benefícios cognitivos imediatos e de longo prazo entrar na faculdade qualquer faculdade é mais importante do que qual faculdade a pessoa frequenta Neste capítulo examinaremos o funcionamento físico de adultos emergentes e jovens adultos e os fatores que podem afetar a saúde a condição física a sexualidade e a reprodução Discutiremos os aspectos de sua cognição e como a educação pode estimular seu crescimento Examinaremos o desenvolvimento moral Finalmente discutiremos a entrada no mundo profissional você sabia Desenvolvimento Físico e Cognitivo no Início da Vida Adulta e no Adulto Jovem Papalia13indd 450 Papalia13indd 450 010213 0917 010213 0917 Se felicidade é a ausência de febre então jamais encontrarei a felicidade Porque sou possuída por uma febre por conhecimento experiência e criação Diário de Anaïs Nin escrito quando ela tinha entre 28 e 31 anos Papalia13indd 451 Papalia13indd 451 010213 0917 010213 0917 452 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Início da vida adulta Quando uma pessoa se torna adulta A sociedade contemporânea nos Estados Unidos tem uma série de marcadores A maturidade sexual chega durante a adolescência a maturidade cognitiva geralmente demora mais A definição de idade adulta legal varia aos 16 anos os jovens podem votar e aos 18 na maioria dos Estados norteamericanos podem se casar sem a autorização dos pais de 18 a 21 anos dependendo do Estado eles podem firmar contratos de união Utilizando definições sociológicas as pessoas podem ser consideradas adultas quando são responsáveis por si mesmas ou escolheram uma carreira casaramse ou estabelecem um relacionamento afetivo significativo ou iniciaram uma família A maturidade psicológica depende de realizações como descobrir a própria identidade tornar se independente dos pais desenvolver um sistema de valores e estabelecer relacionamentos Alguns psicólogos sugerem que a entrada na vida adulta é marcada não por critérios externos mas por indicadores internos como o sentimento de autonomia autocontrole e responsabilidade pessoal ou seja é mais um estado de espírito do que um evento isolado Shanahan Porfeli e Mortimer 2005 Desse ponto de vista as pessoas jamais se tornam adultas não importa qual seja sua idade cronológica Para a maioria das pessoas leigas entretanto três critérios definem a idade adulta 1 aceitar a responsabilidade por si mesma 2 tomar decisões independentes e 3 tornarse financeiramente in dependente Arnett 2006 Em países industrializados o alcance desses objetivos demora mais tempo e segue caminhos muito mais variados do que no passado Antes da metade do século XX um homem jovem mal saído do ensino médio normalmente procurava um emprego estável casava e iniciava uma família Para uma mulher jovem o caminho usual para a vida adulta era o casamento que ocorria tão logo ela encontrasse um par adequado A partir da década de 1950 a revolução tecnológica tornou a educação universitária ou a for mação especializada cada vez mais essencial As idades típicas do primeiro casamento e do primeiro filho aumentaram acentuadamente na medida em que as mulheres e os homens buscavam uma edu cação ou oportunidades vocacionais superiores Furstenberg Rumbaut e Setterstein 2005 Fussell e Furstenberg 2005 Hoje o caminho para a vida adulta é marcado por múltiplas etapas ingressar na universidade em tempo integral ou em meio período sair da casa dos pais casarse e ter filhos e a ordem e o momento dessas transições variam Schulenberg et al 2005 O que significa ser um adulto e quais são os fatores que afetam o momento da entrada na vida adulta indicad r Quais critérios para a idade adulta você considera mais relevantes Você acha que esses critérios são influenciados pela cultura na qual você vive ou foi criadoa indicadores de estudo 1 O que significa ser adulto e quais são os fatores que afetam o momento da entrada na vida adulta 2 Em que condição física se encontra o jovem adulto típico e quais fatores afetam a sua saúde e o seu bemestar 3 Quais são algumas das questões sexuais e de reprodução nesta fase da vida 4 O que caracteriza o pensamento adulto 5 Como o raciocínio moral se desenvolve 6 Como os adultos emergentes fazem a transição para o ensino superior e para o trabalho e como essas experiências afetam o desenvolvimento cognitivo Papalia13indd 452 Papalia13indd 452 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 453 Portanto alguns cientistas do desenvolvimento sugerem que para os muitos jovens nas socie dades industrializadas o fim da adolescência e a fase intermediária e final da segunda década de vida tornaramse um período característico do curso de vida o início da vida adulta Ele é um momento na vida em que os adultos jovens podem descobrir quem são e podem ter uma oportunidade de tentar formas de vida novas e diferentes Basicamente é um período de tempo durante o qual os jovens não são mais adolescentes mas ainda não se firmaram nos papéis adultos Arnett 2000 2004 2006 Furstenberg et al 2005 Embora a incerteza e o tumulto que pode marcar esse processo possam ser angustiantes de modo geral a maioria dos jovens tem uma visão positiva de seu futuro e anseiam pela vida adulta Arnett 2007a Examinaremos mais detalhadamente os diversos caminhos dos adultos emergentes posteriormen te neste capítulo e no Capítulo 14 É importante observar entretanto que este processo exploratório não é compartilhado por todos os adultos jovens do mundo ele está largamente associado com países ocidentais em desenvolvimento especialmente entre jovens relativamente ricos DESENVOLVIMENTO FÍSICO Saúde e condição física Os adultos jovens nos Estados Unidos geralmente desfrutam dos benefícios da boa saúde mas eles cada vez mais padecem de uma série de riscos relacionados à saúde associados a estilos de vida moder nos Na próxima seção revisaremos algumas das influências mais importantes CONDIÇÃO DE SAÚDE E QUESTÕES DE SAÚDE Durante este período a base para o funcionamento físico de uma vida inteira continua a ser estabe lecida A saúde pode ser influenciada pelos genes mas fatores comportamentais o que os adultos jovens comem se dormem o suficiente se são fisicamente ativos e se fumam bebem ou usam drogas contribuem enormemente para a saúde e o bemestar Além disso esses fatores ambientais podem resultar em mudanças epigenéticas na expressão de determinados genes que podem ter consequências para a vida inteira Dolinoy e Jirtle 2008 A maioria dos adultos jovens nos Estados Unidos relata que está em boa a excelente saúde As causas mais comuns de limitações de atividade são a artrite e outros transtornos musculares e esque léticos NCHS 2006 Os acidentes são a causa principal de morte para os jovens norteamericanos de 20 a 44 anos Xu et al 2010 Contudo as taxas de mortalidade para este grupo como um todo diminuíram quase pela metade nos últimos 50 anos Kochanek et al 2004 Pastor et al 2002 As questões de saúde desse período da vida espelham as da adolescência entretanto as taxas de feri mento homicídio e uso de substância estão em seu nível máximo nessa época Brancos e asiáticos são os mais propensos a estar em boa saúde embora a saúde dos brancos tenda a declinar à medida que eles chegam a idade adulta O pior prognóstico de saúde é geralmente encontrado para os ame ríndios seguido pelos afroamericanos Os latinos geralmente ocupam uma posição intermediária Harris et al 2006 No início da vida adulta os jovens geralmente são excluídos de muitos programas de serviço social como o Medicaid os programas do State Childrens Health Insurance ou os sistemas de apoio dentro do sistema escolar Além disso muitos saem de casa e iniciam uma vida independente Adultos emergentes e jovens têm a mais alta taxa de pobreza e o nível mais baixo de segurosaúde de qualquer faixa etária e com frequência não têm acesso regular a tratamento de saúde Callahan e Cooper 2005 Park et al 2006 Em parte por esta rede de segurança que apoia os adolescentes mais jovens não existir mais é mais fácil para eles entrarem desenfreados em comportamentos autodestrutivos à medida que se aproximam da idade adulta início da vida adulta Período de transição entre a adoles cência e a idade adulta comumente encontrado em países industrializados verificador você é capaz de Explicar como a entrada na vida adulta mudou em socie dades industrializadas Em que condição física se encontra o adulto jovem típico e quais fatores afetam a sua saúde e o seu bemestar indicad r A prática do wakeboarding requer força energia resistência e coor denação muscular A maioria dos adultos como este jovem estão em condições físicas excelentes Papalia13indd 453 Papalia13indd 453 010213 0917 010213 0917 454 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman INFLUÊNCIAS GENÉTICAS NA SAÚDE O mapeamento do genoma humano está possibilitando aos cientistas descobrir as raízes genéticas de muitos distúrbios da obesidade a certos tipos de câncer incluindo câncer de pulmão de próstata e de mama e problemas de saúde mental como alcoolismo e depressão Os cientistas também descobriram um componente genético no HIVAIDS Pessoas com mais cópias de um gene que ajuda a combater o HIV têm menor probabilidade de se infectar com o vírus ou desenvolver AIDS do que pessoas que têm menos cópias do gene Gonzalez et al 2005 A pesquisa também desco briu genes relacionados a um alto risco de câncer de mama em mulheres portadoras da mutação Wooster et al 1995 Embora alguma medida de colesterol seja necessária para um funcionamento ótimo uma dieta pouco saudável em conjunto com uma propensão genética pode levar a um nível elevado de colesterol e aumentar o risco de doença cardíaca coronariana Verschuren et al 1995 Como a doença cardíaca relacionada ao colesterol a maioria das doenças envolve tanto a hereditariedade como o ambiente Em um estudo a probabilidade de uma pessoa desenvolver sintomas de depressão foi prevista por uma variante genética que é altamente afetada por influências ambientais tais como uma família apoiadora S E Taylor et al 2006 A taxa de descoberta de genes que contribuem para doenças tende a aumentar no futuro INFLUÊNCIAS COMPORTAMENTAIS NA SAÚDE E NA CONDIÇÃO FÍSICA A associação entre comportamento e saúde ilustra as interrelações entre aspectos físicos cognitivos e emocionais do desenvolvimento O que as pessoas sabem sobre saúde afeta o que elas fazem e o que elas fazem afeta como elas se sentem Contudo conhecer os bons e maus hábitos de saúde não basta A personalidade as emoções e o ambiente social frequentemente pesam mais do que aquilo que as pessoas sabem que devem fazer e levam a comportamentos não saudáveis Vamos examinar diversos fatores de estilo de vida que estão fortemente associados a saúde e condição física dieta e controle do peso atividade física sono tabagismo uso de álcool e drogas e estresse Na próxima seção consideraremos as influências indiretas sobre a saúde nível socioeconômico raçaetnia e relacionamentos Dieta e nutrição O ditado Você é o que você come resume a importância da nutrição para a saúde física e mental O que as pessoas comem afeta sua aparência como se sentem e a probabilidade de adoecer e mesmo de morrer Estimase que 365 mil adultos norteamericanos morrem a cada ano de causas relacionadas à má nutrição e à falta de atividade física Mokdad et al 2005 Em um estu do longitudinal de 15 anos com jovens de 18 a 30 anos de idade aqueles que comiam muitas frutas vegetais e outros alimentos de origem vegetal eram menos propensos a desenvolver hipertensão arterial do que aqueles que comiam uma dieta pesada baseada na carne vermelha Steffen et al 2005 A Organização Mundial de Saúde OMS recomenda uma dieta no estilo mediterrâneo rica em frutas vegetais grãos in tegrais e gorduras insaturadas Embora esse tipo de dieta esteja associado a um risco reduzido para uma ampla variedade de tipos de câncer LaVecchia 2004 esse risco reduzido pode muito bem ser resultado de outros fatores por exemplo pessoas que se alimentam com essa dieta tendem a viver em geral vidas mais saudáveis Boffeta et al 2010 Obesidadesobrepeso Em geral a tendência mundial indica que a obesidade está em ascensão com uma taxa de prevalência média de aproximadamente 10 a 15 Embora a África subsaariana e a Ásia tenham em comparação com mui tos países taxas geralmente baixas aumentos substanciais estão ocorrendo lá também Seidall 2000 O americano médio faz refeições rápidas aproximadamente duas vezes por semana Pereira et al 2005 Que coisas específicas você poderia fazer para ter um estilo de vida mais saudável O consumo de uma dieta saudável rica em frutas legumes e outros vegetais reduz o risco de hipertensão arterial Papalia13indd 454 Papalia13indd 454 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 455 Nos Estados Unidos o homem ou a mulher médios estão mais de 108 kg mais pesados do que no início da década de 1960 mas somente cerca de 254 cm mais altos Cerca de 34 dos homens e mulheres com 20 anos ou mais eram obesos em 20072008 Se o sobrepeso e a obesidade forem considerados juntos IMC maior que 25 68 da população dos Estados Unidos atinge os critérios A taxa de obesidade das mulheres não se alterou nos últimos 10 anos mas o peso dos homens continua a aumentar Flegal et al 2010 Como se explica a epidemia de obesidade Especialistas apontam para um aumento do hábito de comer fora de hora Zizza SiegaRiz e Popkin 2001 disponibilidade de comidas rápidas de bai xo custo porções fartas dietas ricas em gorduras tecnologias que poupam mão de obra incluindo alimentos altamente processados e ocupações recreativas sedentárias tais como televisão e com putadores Harvard Medical School 2004c Pereira et al 2005 Young e Nestle 2002 Como na infância e na adolescência uma tendência hereditária para a obesidade pode interagir com esses fatores ambientais e comportamentais A obesidade pode levar à depressão e vice versa Markowitz Friedman e Arent 2008 Ela tam bém acarreta riscos de hipertensão arterial doença cardíaca AVC diabetes cálculos biliares artrite e outros problemas musculares e esqueléticos e alguns tipos de câncer além de diminuir a qualidade e o tempo de vida Gregg et al 2005 Harvard Medical School 2004c Hu et al 2001 2004 Mokdad et al 2001 2003 NCHS 2004 Ogden et al 2007 Pereira et al 2005 Peeters et al 2003 Sturm 2002 Mudanças no estilo de vida mudança da dieta mais exercício ou tratamentos medicamento sos sustentaram as metas de perda de peso por dois anos ou mais Powell Calvin e Calvin 2007 mas para muitas pessoas é difícil manter essas perdas por períodos mais longos Entretanto a pesquisa com modelos animais sugere que a restrição de calorias e a consequente manutenção do peso de uma es trutura mais delgada está associada a mais saúde e mais longevidade Bodkin et al 2003 A pesquisa sobre dietas de restrição de calorias é discutida no Capítulo 17 A quantidade de comida que as pessoas consomem não é apenas um produto de quanta fome elas têm As escolhas alimentares também são afetadas por sugestões ambientais Por exemplo em um estudo os frequentadores de partidas de futebol comiam 56 a mais de calorias quando se serviam de batatas fritas em um recipiente grande Wansick e Cheney 2005 Quanto trabalho você tem para conseguir sua comida também importa Secretárias que receberam uma caixa de bombons em suas mesas em vez de terem de andar meros 2 metros para pegálos consumiram 48 mais bombons Pain ter Wansink e Hieggelke 2002 O que esses estudos sugerem é que uma das formas de modificarmos nossa ingestão de alimento é modificar o ambiente à nossa volta Neste sentido uma das metas estabelecidas pelo governo dos EUA é banir bebidas com alto teor de açúcar balas e barras de chocolate das máquinas de venda automática nas escolas e defender a inclusão de alimentos nutritivos nas lanchonetes escolares Harris 2010 Além disso muitos estados estão instituindo impostos adicionais sobre alimentos considerados não saudáveis Brody 2010 Tam bém algumas pessoas estão defendendo a indicação clara da quantidade de calorias em lanchonetes e cafeterias um processo que foi implementado na cidade de Nova York com um grau de sucesso moderado Rabin 2009 Transtornos da alimentação Embora comer demais e engordar seja a questão nutricional mais comum os transtornos da alimentação que se focalizam em tentativas de manter um peso baixo também são um problema em muitos países especialmente nos países desenvolvidos como os Estados Unidos Makino Tsuboi e Dennerstein 2004 De modo geral as taxas de prevalên cia de transtornos da alimentação ao longo da vida são baixas algo entre 03 e 06 Favaro Ferrara e Santonastaso 2004 Walters e Kendler 1995 mas ainda representam uma quantidade substancial de dor e sofrimento especialmente porque muitos dos que sofrem de transtornos da alimentação não procuram tratamento Hudson et al 2007 Embora as terapias cognitivo comportamentais tenham obtido algum sucesso no tratamento de transtornos da alimentação as taxas são baixas Wilson Grilo e Vitousek 2007 Os transtornos da alimentação mais comuns são anorexia nervosa e bulimia nervosa Os transtornos da alimentação são discutidos com mais detalhes no Capítulo 11 Atividade física Adultos que são fisicamente ativos colhem muitos benefícios Além de ajudar a manter o peso corporal em um nível desejável a atividade física desenvolve a musculatura Aqui estão cinco medidas fáceis para diminuir sua ingestão calórica sem que você perceba 1 use pratos menores 2 use copos altos e finos 3 use utensílios para servir pequenos em vez de grandes 4 compre alimentos em pacotes menores ou coloque os petiscos em sacos plásticos em vez de comêlos direto da embalagem e 5 mantenha os petiscos no armário em vez de em locais facilmente acessíveis Wansink 2010 verificador você é capaz de Resumir o estado de saúde típico dos jovens adultos nos Estados Unidos e identificar a causa principal de óbito no adulto jovem Dizer como alguns fatores dietéticos podem afetar a probabilidade de câncer e de doenças cardíacas Apresentar razões para a epi demia de obesidade Papalia13indd 455 Papalia13indd 455 010213 0917 010213 0917 456 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman fortalece o coração e os pulmões diminui a pressão arterial protege de doenças cardíacas AVC diabetes diversos tipos de câncer e osteoporose um enfraquecimento dos ossos que é mais co mum em mulheres de meiaidade e em mulheres mais velhas alivia a ansiedade e a depressão e prolonga a vida Barnes e Schoenborn 2003 Bernstein et al 2005 Boulé et al 2001 NCHS 2004 Pan et al 2005 Pratt 1999 WHO 2002 Além disso a pesquisa sugere que o exercício também está relacionado ao funcionamento cognitivo e que um corpo saudável é uma das variá veis relacionadas ao estabelecimento e manutenção de uma mente saudável Kramer Erickson e Colcombe 2006 Mesmo exercícios moderados trazem benefícios para a saúde Incorporar mais atividade física à vida diária por exemplo caminhar em vez de ir de carro em pequenas distâncias pode ser tão eficiente quanto o exercício estruturado Entretanto manter um peso saudável geralmente requer tanto atividade física como mudanças na dieta Em um ensaio clínico randomizado com 201 mulheres sedentárias em um programa de controle de peso feito na universidade uma combinação de dieta e exercícios principalmente caminhada durante 12 meses produziu uma perda de peso significativa e melhorou a condição cardiorrespiratória Jakicic et al 2003 Infelizmente embora as pessoas tenham consciência da necessidade de monitorar seu peso e de estabelecer hábitos saudáveis é mais fácil falar do que fazer Apesar das recomendações de saúde pública tanto do Centers for Disease Control e do American College of Sports Medicine relativas às diretrizes para os níveis adequados de exercício e treinamento de força os norteamericanos não fize ram progresso substancial na implementação dessas recomendações CDC 2000a Em geral adultos de 18 a 64 anos deveriam praticar 2 horas e 30 minutos de exercício de intensidade moderada ou 75 minutos de exercícios vigorosos por semana USDHHS 2008b A despeito do fato de isto representar menos de meia hora por dia de exercícios muitos norteamericanos não atendem a essas diretrizes Além disso a maioria das dietas não tem êxito a longo prazo Ademais muitas pessoas iniciam dietas ioiô pouco saudáveis que finalmente resultam em uma diminuição do metabolismo e consequen temente ainda mais dificuldade para gerenciar o peso As tendências atuais sugerem que a obesidade e o sobrepeso continuarão sendo fatores de risco para a saúde nos próximos anos Estresse A despeito das experiências geralmente positivas da maioria dos adultos emergentes as dinâmicas deste estágio da vida podem levar a aumentos na percepção do estresse Arnett 2005 Brougham et al 2009 Uma quantidade cada vez maior de pesquisas sugere que nossa saúde psico lógica afeta nossa saúde física e que altos níveis de estresse crônico estão relacionados a uma série de prejuízos físicos e imunológicos Ho et al 2010 Existem diferenças individuais em como adultos jovens lidam com o estresse Em alguns ca sos o estresse pode leválos a se envolver em comportamentos de risco tais como beber ou fumar para lidar com o estresse White et al 2006 comportamentos que têm consequências para a saúde deles Além disso estudantes universitários estressados são mais propensos a ter uma dieta alimentar não saudável a não dormir o tempo necessário e a não se exercitar suficientemente Hudd et al 2000 Há diferenças de gênero na forma como os adultos jovens normalmente lidam com o estresse Em geral o enfrentamento do estresse tem sido dividido em duas amplas categorias O enfrentamento focado na emoção consiste em tentativas de lidar com as emoções associadas à experiência de um de terminado evento por meio de táticas como recusa em pensar sobre o problema ou recolocar o evento sob uma perspectiva positiva O enfrentamento focado no problema envolve tratar um problema de frente e desenvolver formas de ação para enfrentar e mudar uma situação desfavorável Lazarus e Folkman 1984 Mulheres de idade universitária são mais propensas a usar estratégias focadas na emoção do que os homens da mesma idade Além disso ao mesmo tempo as mulheres de idade uni versitária experimentam de modo geral níveis de estresse mais altos Brougham et al 2009 Os rela cionamentos podem ajudar as pessoas a lidar com o estresse Em um estudo indivíduos que estavam seguros em seus relacionamentos com outras pessoas experimentavam menos estresse interpessoal e usavam estilos de enfrentamento mais adaptados SieffgeKrenke 2006 Sono As faixas etárias dos 20 e dos 30 anos são épocas de muita atividade portanto não é surpresa que muitos adultos emergentes e adultos jovens frequentemente não durmam de forma adequada Está estressado Dar uma boa risada ao longo de um dia ruim pode ser útil Embora a pesquisa ainda seja ambígua a esse respeito há indicações de que o humor pode ser uma estratégia eficaz para lidar com o estresse Portanto ria um pouco Moran e Hughes 2006 Incorporar mais atividade na vida diá ria digamos ir de bicicleta para o tra balho em vez de ir de carro pode ser tão eficaz quanto exercícios estruturados Papalia13indd 456 Papalia13indd 456 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 457 Entre estudantes universitários o estresse da vida familiar juntamente com o estresse acadêmico está associado a altos níveis de insônia Bernert et al 2007 A privação do sono afeta não apenas a saúde física mas também o funcionamento cognitivo emocional e social Em uma pes quisa realizada pela National Sleep Founda tion 2001 os entrevistados disseram que ficavam mais propensos a cometer erros tornavamse impacientes ou irritados quando precisavam esperar ou se zangavam com seus filhos ou com as outras pessoas quando não haviam dormido o suficiente na noite anterior A privação do sono pode ser perigosa na estrada De fato foi demonstrado que os prejuízos de desempenho relacionados a privação de sono mesmo parcial são semelhantes aos encontrados após a ingestão de álcool Elmenhorst et al 2009 A falta de sono tende a prejudicar a aprendizagem verbal Horne 2000 alguns aspectos da memória Harrison e Horne 2000b a toma da de decisão de alto nível Harrison e Horne 2000a a articulação da fala Harrison e Horne 1997 e aumenta a distratibilidade Blagrove Alexander e Horne 1995 A privação de sono crônica menos de 6 horas de sono por noite durante três ou mais noites pode piorar seriamente o desempenho cognitivo Van Dongen et al 2003 Finalmente a privação de sono crônica foi associada à depressão Taylor et al 2005 e insônia e distúrbios do sono também estão relacionados ao risco de depressão pósparto Wisner Parry e Piontek 2002 O sono adequado melhora a aprendizagem de habilidades motoras complexas Walker et al 2002 e consolida o aprendizado anterior Até mesmo um pequeno cochilo pode evitar o es gotamento burnout a supersaturação dos sistemas de processamento perceptual do cérebro Mednick et al 2002 Tabagismo O tabagismo é a principal causa evitável de morte entre adultos norteamericanos liga do não somente ao câncer de pulmão mas também a um maior risco de doenças cardíacas acidente vascular cerebral AVC e doenças pulmonares crônicas NCHS 2004 Foi demonstrado que expo sição a tabagismo passivo ou indireto causa problemas circulatórios e aumenta os riscos de doenças cardiovasculares Otsuka et al 2001 e pode aumentar o risco de câncer cervical Trimble et al 2005 Em 2000 o tabagismo matou quase 5 milhões de pessoas no mundo todo quase metade nos países em desenvolvimento e metade nos países industrializados Ezzati e Lopez 2004 A despeito das recentes tentativas por cidades como Nova York e Portland de limitar ou banir o fumo em locais públicos o tabagismo continua sendo um fator de risco significativo e comum Mais de 263 de homens e 217 de mulheres com mais de 12 anos de idade nos Estados Uni dos são atualmente fumantes SAMHSA 2009a Os adultos emergentes são mais propensos a fumar do que qualquer outro grupo etário Mais de 40 de jovens de 21 a 25 anos relatam fumar cigarros SAMHSA 2007a Tendo em vista os riscos conhecidos por que tantas pessoas fumam Por uma razão fumar vicia A tendência para o vício pode ser genética e certos genes podem afetar a capaci dade de abandonálo Lerman et al 1999 Pianezza Sellers e Tyndale 1998 Sabol et al 1999 Não surpreendentemente um grupo de pesquisadores verificou que pessoas que começaram a fumar antes dos 16 anos de idade eram propensas a sofrer de adicção à nicotina e a ligação entre suscetibilidade genética e probabilidade de adicção era mais forte para aqueles que começaram a fumar em uma idade precoce Weiss et al 2008 O tabagismo também está fortemente associado ao nível socioeconômi co adultos que não cursaram o ensino médio são três vezes mais propensos a serem fumantes do que aqueles com grau de bacharel ou superior NCHS 2008 Deixar de fumar reduz os riscos de doenças cardíacas de câncer e de AVC Kawachi et al 1993 Wannamethee et al 1995 Chicletes adesivos e sprays nasais feitos à base de nicotina especialmen te quando combinados com psicoterapia podem ajudar pessoas dependentes a abandonar o vício de modo gradual e seguro CepedaBenito Reynoso e Erath 2004 O uso de medicamentos que ajudam a lidar com a fissura sem o fornecimento de nicotina também pode ser útil Gonzalez et al 2006 Parar de fumar é difícil e muitos programas de cessação do tabagismo têm taxas de sucesso baixas Entretanto a maioria dos fumantes tenta parar por conta própria e tende a não usar terapias com Desempenho cognitivo pobre devido à privação de sono é a razão por que passar a noite em claro estudando para uma prova é uma má ideia Pessoas mais jovens são mais propensas que adultos mais velhos a ter sonhos coloridos um fenômeno que provavelmente está ligado à televisão e a filmes coloridos versus preto e branco Murzyn 2008 Uma vez que o tabagismo é um vício é difícil abandonálo apesar do conheci mento dos riscos para a saúde Fumar é especialmente prejudicial aos afro americanos cujo sangue metaboliza a nicotina rapidamente aumentado o risco de câncer de pulmão Papalia13indd 457 Papalia13indd 457 010213 0917 010213 0917 458 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman portamentais ou apoio médico Shiffman et al 2008 Apenas cerca de 4 a 7 dos fumantes conseguem parar de fumar para sempre na primeira tentativa embora os medicamentos possam aumentar a taxa de sucesso de seis meses para aproxima damente 25 a 33 American Cancer Society 2011 Muitos fumantes requerem múltiplas tentativas para abandonar o hábito Uso de álcool Nos Estados Unidos as pessoas são consumidoras frequentes de bebidas alcoólicas A propaganda associa os destilados a cerveja e o vinho à boa vida e com ser adulto O consumo de álcool atinge o auge no início da vida adulta Entre adultos de 18 a 25 anos aproximadamente 57 das mulheres e 65 dos homens consomem álcool SAMHSA 2008 A faculdade é um período e um local de apogeu para a bebida e os estudantes universitários tendem a beber com mais assiduidade e intensidade do que seus pares não universitários SAMHSA 2004b Em 2007 quase 64 dos estudantes universi tários com idades de 18 a 20 anos consumiram álcool no mês anterior 172 pesa damente e cerca de 436 tinham se envolvido em uma bebedeira SAMHSA 2008 Figura 131 Embora o consumo leve a moderado de álcool pareça reduzir o risco de doenças cardíacas ou de AVCs fatais e também de demência na velhice Ruitenberg et al 2002 beber muito ao longo dos anos pode levar a cirrose hepática a outros transtornos gastrintestinais incluindo úlceras doenças do pâncreas certos tipos de câncer insuficiência cardíaca AVC dano ao sistema nervoso psicoses e outros pro blemas médicos AHA 1995 Fuchs et al 1995 O álcool está associado a outros riscos característicos do início da vida adulta como acidentes de trânsito crimes infecção por HIV Leigh 1999 uso de drogas ilícitas e de tabaco Hingson et al 2005 e à probabilidade de cometer agressão sexual Brecklin e Ullman 2010 De 2004 a 2006 15 dos motoristas norteamericanos com 18 anos ou mais velhos disseram que no ano anterior haviam dirigido sob a influência do álcool e quase 5 disseram que dirigiram sob a influência de drogas SAMHSA 2008 O alcoolismo ou a adicção de longo prazo é discutido posteriormente neste capítulo sob Problemas de Saúde Mental O consumo de risco de álcool é definido como o consumo de mais de 14 doses por semana ou de quatro doses em um único dia para homens e mais de sete doses por semana ou de três doses em qualquer dia para mulheres Aproximadamente 3 em cada 10 pessoas são consumidores de risco com probabilidade de se tornar dependentes ou de contrair doenças hepáticas bem como de ter problemas fí sicos mentais e sociais decorrentes do hábito National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism sd Variáveis individuais afetam a probabilidade de consumir álcool Por exemplo a raça e a etnia podem afetar os padrões do beber O grupo que relata o consumo de álcool mais alto são os amerín dios seguido pelos brancos e os níveis de uso mais baixos são relatados por mexicanoamericanos africanoamericanos e asiáticoamericanos Wallace et al 2005 O gênero também afeta os padrões de consumo com as mulheres geralmente consumindo menos álcool de modo geral bem como tendo os níveis mais baixos de bebedeiras Entretanto esta diferença de gênero no consumo de álcool parece estar diminuindo Keyes Grant e Hasin 2007 INFLUÊNCIAS INDIRETAS NA SAÚDE Além das coisas que as pessoas fazem ou deixam de fazer que afetam sua saúde diretamente há influências indiretas sobre a saúde Entre estas estão a renda a educação e a raçaetnia Os relaciona mentos também parecem fazer diferença assim como os caminhos que os jovens seguem até a idade adulta As bebedeiras por exemplo são mais comuns entre estudantes universitários que moram longe de casa e o uso de substâncias decresce mais rapidamente entre adultos jovens que são casados Schulenberg et al 2005 Nível socioeconômico e raçaetnia A associação entre nível socioeconômico NSE e saúde está amplamente documentada Pessoas com renda mais alta classificam sua saúde como melhor e vivem consumo de risco Consumir mais de 14 doses de álcool por semana ou quatro doses em um único dia para homens e mais de sete doses por semana ou três doses em qualquer dia para mulheres verificador você é capaz de Citar os benefícios dos exercí cios físicos Explicar por que a privação do sono é prejudicial Discutir as tendências e os riscos envolvidos no tabagis mo e no uso de álcool Idade Uso de álcool no mês passado 52 69 36 46 13 14 0 10 20 30 40 50 60 70 Porcentagem Bebedeira Uso de álcool pesado 1820 2125 FIGURA 131 Uso de álcool atual mês passado bebedeira e uso de álcool pesado entre estudantes universitários de 18 a 25 anos Fonte SAMHSA 2008 Papalia13indd 458 Papalia13indd 458 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 459 mais tempo do que pessoas com renda mais baixa NCHS 2004 2006 A educação também é importante Quanto menos educação escolar as pessoas tiverem maior a chance de desenvolver e de mor rer de doenças transmissíveis ferimentos ou moléstias crônicas ou de se tornar vítimas de homicídio ou suicídio NCHS 2004 Pamuk et al 1998 As circunstâncias socioeconômicas tanto na infância como na idade adulta são determinantes importantes do risco para doença cardiovascular e mais ainda de AVC Galobardes Smith e Lynch 2006 Isso não significa que renda e educação causem boa saúde antes elas estão relacionadas a fatores ambientais e a estilos de vida que tendem a ser causadores Pessoas com melhor educação e mais ricas tendem a ter dietas mais saudáveis melhor assistên cia de saúde preventiva e tratamento médico Elas se exercitam mais e são menos propensas a estar acima do peso fumam menos e são menos propensas a usar drogas ilegais e são mais propensas a usar álcool com moderação NCHS 2004 Pamuk et al 1998 SAMHSA 2004b Além disso os menos ricos são mais propensos a viver próximo a uma indústria poluente Mohai et al 2009 e a apresentar níveis elevados de chumbo e outras toxinas no sangue Bellinger 2008 A associação entre nível socioeconômico NSE e saúde lança luz sobre a condição de saúde relativamente ruim de algumas populações norteamericanas mino ritárias Kiefe et al 2000 Trinta e nove por cento de homens afroamericanos e 43 de mulheres afroamericanas com 20 anos ou mais sofrem de hipertensão arterial CDC 2011a Os afroameri canos também são mais propensos a receber um diagnóstico de diabetes e também mais propensos a eventualmente morrer da doença Kirk et al 2006 Os afroamericanos têm probabilidade duas vezes maior que os brancos de morrer no início da vida adulta em parte porque homens jovens afro americanos têm probabilidade muito maior de serem vítimas de homicídios NCHS 2006 Os fatores associados ao NSE não dizem tudo entretanto Por exemplo embora os afro americanos fumem menos do que os americanos brancos eles metabolizam mais nicotina no sangue enfrentam riscos maiores de câncer de pulmão e têm mais problemas para abandonar o hábito As possíveis razões podem ser genéticas biológicas ou comportamentais Caraballo et al 1998 PérezStable et al 1998 Sellers 1998 Infelizmente a despeito das consequências poten cialmente elevadas para a saúde das populações minoritárias as indústrias de cigarros não obstan te escolheram visar especificamente grupos de minoria étnica em uma variedade de campanhas publicitárias American Heart Association 2011 Uma revisão de mais de 100 estudos revelou que os grupos minoritários raciaisétnicos tendem a receber tratamento de saúde de qualidade inferior ao de pessoas brancas mesmo quando a situação de seguro renda idade e gravidade das condições são similares Smedley Stith e Nelson 2002 Discutiremos a relação entre etnia e saúde no Capítulo 15 Relacionamentos e saúde As relações sociais parecem ser vitais para a saúde e o bemestar Pes quisas identificaram pelo menos dois aspectos interrelacionados do ambiente social que podem pro mover a saúde integração social e apoio social Cohen 2004 A integração social é o envolvimento ativo em uma ampla faixa de relacionamentos atividades e papéis sociais esposos pais vizinhos amigos colegas e afins As redes sociais podem influenciar o bemestar emocional tanto quanto a participação em comportamentos saudáveis como prática de exercícios físicos alimentação saudável e abstenção ao uso de drogas Cohen 2004 A integração social tem sido repetidamente associada a menores índices de mortalidade Berkman e Glass 2000 Rutledge et al 2004 Pessoas com redes sociais amplas e papéis sociais múltiplos têm maior proba bilidade de sobreviver a ataques cardíacos e menor probabilidade de ser ansiosas ou deprimidas do que pessoas com redes e papéis sociais mais limitados Cohen Gottlieb e Underwood 2000 e são Viver na pobreza como esta mãe e sua filha que compartilham um único quarto em um albergue pode afetar a saúde como consequência de má nutrição moradia abaixo do padrão e cuidados de saúde inadequados Papalia13indd 459 Papalia13indd 459 010213 0917 010213 0917 460 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman até menos suscetíveis a resfriados Cohen et al 1997 Além disso parece que as redes sociais da internet como o Facebook podem proporcionar alguns daqueles benefícios por meio da interação e do apoio virtuais Ellison Steinfield e Lampe 2007 Alguns desses processos podem ser mediados por hormônios do estresse como o cortisol Em outras palavras os efeitos benéficos da integração social podem deverse em parte às diminuições nos níveis de estresse que vínculos sociais fortes podem gerar O apoio social se refere a recursos materiais informativos e psicológicos derivados da rede social aos quais a pessoa pode recorrer em busca de ajuda para lidar com o estresse Em situações altamente estressantes pessoas que mantêm contato com outras têm maior propensão a se alimentar e a dormir adequadamente a fazer exercícios físicos suficientes e a evitar o abuso de substâncias e são menos propensas a ser angustiadas ansiosas deprimidas ou mesmo a morrer Cohen 2004 Visto que o casamento oferece um sistema prontamente disponível tanto de integração social quanto de apoio social não é surpresa que ele seja benéfico para a saúde principalmente para os homens Wu e Hart 2002 Uma pesquisa realizada por meio de entrevistas com 127545 adultos norteamericanos revelou que pessoas casadas principalmente adultos jovens tendem a ser física e psicologicamente mais saudáveis do que aquelas que nunca se casaram vivem em concubinato são viúvas separadas ou divorciadas Schoenborn 2004 A dissolução de um casamento ou de um concubinato tende a ter efeitos negativos sobre a saúde física ou mental ou ambas mas aparente mente ocorre a mesma coisa quando os indivíduos permanecem em um mau relacionamento Wu e Hart 2002 As pessoas em um casamento infeliz têm saúde mais precária do que adultos solteiros e nem mesmo uma rede de apoio de amigos e da família pode atenuar esse efeito HoltLundstad Birmingham e Jones 2008 Entretanto há uma possível confusão nas associações entre casamento e saúde Famílias com duas rendas são mais propensas a ter acesso a planos de saúde E o acesso a tratamento de saúde de alta qualidade está relacionado a bemestar geral bem como à capacidade das pessoas de buscar o tratamento adequado no caso de um problema de saúde Portanto algumas das associações entre casamento e saúde são o resultado mais de correlatos do casamento do que de um efeito do próprio casamento Isto pode ajudar a explicar o risco mais alto de consequências negativas para a saúde para algumas pessoas em relacionamentos com o mesmo sexo visto que elas são menos propensas Este casal feliz é a imagem da boa saúde Embora haja uma associação clara entre relacio namentos e saúde não está evidente qual é a causa e qual é o efeito Papalia13indd 460 Papalia13indd 460 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 461 a ter planos de saúde e mais propensas a adiar ou a deixar de receber cuidado de saúde preventivo Buchmueller e Carpenter 2010 PROBLEMAS DE SAÚDE MENTAL Para a maioria dos adultos emergentes a saúde mental e o bemestar melhoram e os problemas de comportamento diminuem Contudo ao mesmo tempo a incidência de transtornos psicológicos au menta para condições como depressão maior esquizofrenia e transtorno bipolar O que explica esse aparente paradoxo A transição para a vida adulta marca o final dos anos relativamente estruturados do ensino médio A independência para tomar decisões e escolher diferentes caminhos é frequente mente libertadora mas a responsabilidade de contar consigo mesmo e de sustentarse financeiramente pode ser esmagadora Schulenberg e Zarrett 2006 Examinaremos alguns transtornos específicos alcoolismo abuso de drogas e depressão Alcoolismo O abuso e a dependência de álcool são os transtornos relacionados a substância mais prevalentes relatados por 85 da população adulta dos EUA A dependência do álcool ou alcoo lismo é uma condição física de longo prazo caracterizada pelo beber compulsivo que a pessoa é incapaz de controlar A hereditariedade de uma tendência ao alcoolismo é de 50 a 60 Bouchard 2004 O alcoolismo assim como outras adicções como a dependência do cigarro parece resultar de alterações duradouras nos padrões de transmissão do sinal neural no cérebro A exposição a uma subs tância que causa dependência neste caso o álcool cria um estado mental eufórico acompanhado por alterações neurológicas que produzem sensações de desconforto e fissura quando ela não está mais presente De 6 a 48 horas após a última dose os alcoolistas experimentam sintomas físicos de absti nência fortes ansiedade agitação tremores pressão sanguínea elevada e às vezes convulsões Os alcoolistas como os dependentes de drogas desenvolvem uma tolerância à substância e necessitam cada vez mais para obter o barato desejado NIAAA 1996 O tratamento para alcoolismo pode incluir desintoxicação remoção de todo o álcool do corpo hospitalização medicamento psicoterapia individual e de grupo e encaminhamento a uma organiza ção de apoio como o Alcoólicos Anônimos Embora não haja uma cura o tratamento pode dar aos alcoolistas novas ferramentas para lidar com sua dependência e conduzir vidas produtivas Uso e abuso de drogas O uso de drogas ilícitas atinge seu auge entre as idades de 18 e 25 anos quase 20 desta faixa etária relata ter usado drogas ilícitas no mês anterior Quando os adultos jovens se estabelecem casam e assumem a responsabilidade por seu futuro eles tendem a interromper o uso de drogas As taxas de uso caem drasticamente durante a segunda década e então continuam a diminuir embora mais lentamente à medida que as pessoas entram na vida adulta tardia e velhice SAMHSA 2008 Figura 132 Como na adolescência a maconha é de longe a droga ilícita mais popular entre adultos jovens Em 2006 163 de jovens de 18 a 25 anos tinham usado maconha no mês anterior SAMHSA 2007a Em geral embora uma proporção substancial de adultos jovens experimentem álcool cigarros ou maconha uma proporção muito menor experimentará outras drogas como ecstasy metanfeta minas ou heroína e um número ainda menor se tornará usuário crônico e pesado de drogas ilegais Johnston et al 2009 Entretanto a despeito dos números de prevalência relativamente moderados de abuso pesado o abuso de drogas ainda resulta em custos significativos para o usuário pessoalmente e para a sociedade como um todo O Office of National Drug Control Policy 2004 estima que as drogas ilegais custam à sociedade aproximadamente 181 bilhões de dólares anualmente Cerca de 20 de pessoas com transtornos por uso de substância também têm transtornos do humor depressão ou de ansiedade Grant et al 2004 Além disso há uma relação entre a ocorrência de transtornos da personalidade e o abuso tanto de drogas ilegais como de álcool Grant et al 2007 A relação causal aqui verificador você é capaz de Indicar as diferenças na saúde e na mortalidade que refle tem a renda a educação e a raçaetnia Discutir como os relaciona mentos podem afetar a saúde física e mental alcoolismo Doença crônica envolvendo dependên cia do uso de álcool que causa interfe rência no funcionamento normal e no cumprimento de obrigações Porcentagem de uso no mês anterior 15 20 10 25 05 00 2002 2003 2004 2005 2007 2006 Analgésicos Estimulantes Sedativos Tranquilizantes FIGURA 132 Uso não médico no mês anterior de tipos de medica mentos psicoterapêuticos entre pessoas de 12 anos ou mais Fonte SAMHSA 2008 Papalia13indd 461 Papalia13indd 461 010213 0917 010213 0917 462 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman não é clara Pode ser que o uso de drogas ilegais coloque os jovens em risco de desenvolvimento de uma variedade de psicopatologias Alternativamente poderia ser o caso de que aquelas pessoas que sofrem de angústias psicológicas se automediquem e portanto sejam mais propensas à dependência e a outros comportamentos de risco Depressão A adolescência e o início da vida adulta parecem ser períodos sensíveis para o início de transtornos depressivos Entre as idades de 15 e 22 anos a incidência de depressão aumenta gradual mente Schulenberg e Zarrett 2006 A depressão pode ser caracterizada de inúmeras formas diferen tes O humor depressivo é um período de tristeza prolongado A síndrome depressiva é um período prolongado de tristeza juntamente com uma variedade de outros sintomas como choro e sentimentos de inutilidade ou impotência Um transtorno depressivo maior em contrapartida é um diagnóstico clí nico com um conjunto de sintomas específico é considerado o mais sério e geralmente requer inter venção médica Pessoas que são diagnosticadas com transtorno depressivo maior frequentemente têm humores deprimidos ou instáveis na maior parte do dia quase todos os dias mostram pouco interesse e prazer em atividades anteriormente prazerosas Frequentemente ganham ou perdem quantidades significativas de peso têm problemas de sono dormem pouco ou dormem demais e frequentemente apresentam uma variedade de vieses cognitivos e pensamentos recorrentes mal adaptativos American Psychiatric Association 2000 A depressão com início na infância ou na adolescência e a depressão com início na idade adulta parecem ter origens e caminhos de desenvolvimento diferentes Adolescentes que são deprimidos e cuja depressão persiste até a idade adulta tendem a ter tido fatores de risco da infância significativos como transtornos neurológicos ou do desenvolvimento famílias problemáticas ou instáveis e transtor nos comportamentais da infância Eles podem ter dificuldade para negociar a transição para o início da vida adulta Para alguns deles por outro lado o início da vida adulta representa um novo começo uma chance de encontrar novos papéis e contextos sociais mais propícios à saúde mental O grupo com iní cio na idade adulta tende a ter tido níveis baixos de fatores de risco da infância e a possuir mais recursos para lidar com os desafios do início da vida adulta mas o súbito declínio na estrutura e no apoio que acompanham a vida adulta pode desviálos do rumo Schulenberg e Zarrett 2006 Geralmente as mulheres jovens são mais propensas a sofrer de um episódio depressivo maior e esta diferença na prevalência tornase particularmente aguda após o início da puberdade Wasserman 2006 As mulheres também são mais propensas que os homens a apresentar sintomas atípicos a ter uma psicopatologia adicional juntamente com seus transtornos depressivos e a tentar mas não ter êxito o suicídio Gorman 2006 Além disso mulheres e homens podem responder a antidepressivos de forma diferente com as mulheres apresentando uma maior probabilidade de reações adversas aos medicamentos Franconi et al 2007 Questões sexuais e de reprodução As atividades sexual e reprodutiva são frequentemente uma preocupação primária do início da vida adulta Essas funções naturais e importantes podem envolver preocupações físicas Três dessas preo cupações são os distúrbios relacionados à menstruação as infecções sexualmente transmissíveis ISTs e a infertilidade COMPORTAMENTO E ATITUDES SEXUAIS Hoje quase todos os adultos norteamericanos tiveram relações sexuais antes do casamento Lefkowitz e Gillen 2006 De acordo com um levantamento nacionalmente representativo feito pessoalmente 75 dos adultos tiveram relações sexuais antes do casamento aos 20 anos 95 o fizeram aos 44 anos As porcentagens aumentam nitidamente em coortes etárias mais recentes entre meninas que fizeram 15 anos entre 1964 e 1993 pelo menos 91 tinha tido relações sexuais antes do casamento aos 30 anos Finer 2007 verificador você é capaz de Discutir os problemas de saú de mental comuns no início da vida adulta Quais são algumas das questões sexuais e de reprodução nesta fase da vida indicad r Papalia13indd 462 Papalia13indd 462 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 463 Variedade na atividade sexual é co mum Entre indivíduos de 25 a 44 anos 97 dos homens e 98 das mulheres tive ram intercurso vaginal 90 dos homens e 88 das mulheres praticaram sexo oral com um parceiro do sexo oposto e 40 dos ho mens e 35 das mulheres praticaram sexo anal com um parceiro do sexo oposto Cerca de 65 dos homens e 11 das mulheres ti veram relações sexuais com um parceiro do mesmo sexo Mosher et al 2005 Os adultos jovens tendem a ter mais parceiros sexuais do que outros grupos etários mas fazem sexo com menos frequência Pessoas que se tornaram sexualmente ativas durante o início da vida adulta tendem a envolverse em menos comportamentos de risco aqueles que podem levar a ISTs ou a gestações não planejadas do que aqueles que começaram na adolescência Os preservativos são o contraceptivo utilizado mais comumente embora seu uso seja inconsistente Lefkowitz e Gillen 2006 O sexo casual o ficar é razoavelmente comum especialmente nos campi universitários As agressões sexuais a mulheres também são um problema nesta faixa etária Ambos estão frequentemen te associados com outros comportamentos de risco não sexuais como beber e usar drogas Santelli et al 2007 Os estudantes universitários em particular estão se tornando menos críticos e mais abertos em relação à atividade sexual Entretanto ainda existe um padrão duplo é esperado que os homens tenham mais liberdade sexual que as mulheres No início da vida adulta a maioria das pessoas homossexuais bissexuais e transgêneros são claros em relação à sua identidade sexual Muitos se revelam pela primeira vez aos outros durante esse período Lefkowitz e Gillen 2006 Em geral as gerações mais recentes nos Estados Unidos estão se revelando em uma idade mais precoce Além disso os homens são mais propensos a se revelar em uma idade mais precoce aproximadamente dois anos antes do que as mulheres Jo vens de minorias étnicas são igualmente propensos a ser abertos sobre sua orientação sexual aos seus amigos mas são mais propensos a manter essa informação em segredo de seus pais Grov et al 2006 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS ISTs As infecções sexualmente transmissíveis também conhecidas como doenças sexualmente transmis síveis DSTs são doenças transmitidas pelo sexo Visto que as pessoas podem ser portadoras de infecções durante anos sem exibir sinais da doença ativa o termo ISTs está se tornando o preferido De longe as taxas mais altas de ISTs nos Estados Unidos encontramse entre os adultos emergentes de 18 a 25 anos especialmente entre aqueles que usam álcool eou drogas ilícitas SAMHSA 2007b Estimase que 1 em cada 4 pessoas que são sexualmente ativas mas quase metade dos novos casos de ISTs estão nessa faixa etária e muitas não recebem diagnóstico médico e tratamento Lefkowitz e Gillen 2006 Também há indicações de que o risco é mais alto entre certos grupos étnicos Por exemplo há taxas elevadas de ISTs entre afroamericanos Hallfors et al 2006 Kaplan et al 2009 e entre adultos jovens latinos Kaplan et al 2009 O número de pessoas portadoras do vírus HIV cresceu em todas as regiões do mundo desde 2002 com os aumentos mais acentuados na Ásia Oriental e Central e na Europa Oriental Contudo a África subsaariana continua a ser de longe a mais afetada Uma proporção cada vez maior de novas infecções ocorre nas mulheres especialmente em lugares onde a transmissão heterossexual é predo minante como na África subsaariana e no Caribe Nos Estados Unidos a maioria das infecções ocorre por meio de usuários de drogas que compartilham agulhas hipodérmicas contaminadas do sexo sem proteção entre homens homossexuais ou bissexuais que podem então passar a infecção para suas companheiras ou do sexo comercial com prostitutas UNAIDSOMS 2004 O beijo é um hábito comum em mais de 90 das culturas Quando beijam os homens tendem a preferir beijos úmidos usando mais a língua Os homens podem querer pensar sobre isto a pesquisa mostrou que 66 das mulheres podem ser desencorajadas por um homem que beija mal Hughes Harrison e Gallup 2007 Papalia13indd 463 Papalia13indd 463 010213 0917 010213 0917 464 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Com a terapia antiviral altamente ativa as taxas de mortes de pessoas diagnosticadas com o vírus HIV caíram drasticamente e sua expectativa de vida média aumentou para mais de 35 anos Bhaska ran et al 2008 Lohse et al 2007 Nos Estados Unidos em 1995 a AIDS foi a principal causa de morte de indivíduos de 25 a 44 anos em 2003 ela tinha caído para o nono lugar Hoyert Kochanek e Murphy 1999 NCHS 2006 O uso de preservativos é o meio mais efetivo de prevenir as ISTs Uma intervenção realizada em três etapas entre guardas de segurança da Marinha dos Estados Unidos resultou em um aumento do uso de preservativos e intenções mais firmes de praticar sexo mais seguro BoothKewley et al 2002 Infelizmente as intervenções focadas na transmissão de ISTs dentro do contexto do uso de drogas intravenosas não são tão eficazes e não foi demonstrado que elas reduzam significativamente a partilha de agulha ou os comportamentos sexuais de risco em dependentes de drogas Crepaz et al 2009 Herbst et al 2006 TRANSTORNOS MENSTRUAIS A síndrome de tensão prémenstrual STPM ou TPM é um transtorno que produz desconforto físico e tensão emocional por até duas semanas antes de um período menstrual Os sintomas podem incluir fadiga cefaleias inchaço e sensibilidade dos seios mãos ou pés inchados distensão abdominal náusea cólicas constipação aumento do apetite ganho de peso ansiedade depressão irritabilidade mudanças de humor choro e dificuldade para concentrarse e lembrar American College of Obstetri cians and Gynecologists ACOG 2000 Moline e Zendell 2000 Até 85 das mulheres que menstru am podem ter alguns sintomas mas apenas 5 a 10 justificam um diagnóstico de TPM ACOG 2000 A causa da TPM não é totalmente entendida mas ela parece ser uma resposta aos surtos mensais normais dos hormônios femininos estrógeno e progesterona Schmidt et al 1998 bem como aos níveis do hormônio masculino testosterona e de serotonina uma substância química cerebral ACOG 2000 O tabagismo pode colocar as mulheres em maior risco de desenvolvimento de TPM Bertone Johnson et al 2008 Os sintomas de TPM podem às vezes ser aliviados ou minimizados por meio de exercícios aeró bicos ingestão frequente de refeições pequenas uma dieta rica em carboidratos complexos e pobre em sal e cafeína e rotinas de sono regulares A suplementação de cálcio magnésio e vitamina E pode ajudar Medicamentos podem aliviar sintomas específicos por exemplo um diurético para o inchaço e o ganho de peso ACOG 2000 Moline e Zendell 2000 A TPM pode ser confundida com dismenorreia menstruação dolorosa ou cólicas As cóli cas tendem a afetar mulheres mais jovens enquanto a TPM é mais típica em mulheres na faixa dos 30 anos ou mais A dismenorreia é causada por contrações do útero que são desencadeadas pela prostaglandina uma substância semelhante a um hormônio ela pode ser tratada com inibidores da prostaglandina como o ibuprofeno Wang et al 2004 Estimase que a dismenorreia afete até 90 das mulheres e aproximadamente 15 experimentam sintomas graves que podem afetar as responsa bilidades educacionais e ocupacionais Mannix 2008 INFERTILIDADE Estimase que 7 dos casais norteamericanos sofram de infertilidade a incapacidade para conceber um bebê após 12 meses de tentativas na ausência de métodos contraceptivos CDC 2005 Wright et al 2006 A fertilidade feminina começa a decrescer no final da segunda década de vida com diminuições substanciais durante a terceira década Na quarta década de vida muitas mulheres não são capazes de ficar grávidas sem o uso da tecnologia de reprodução assistida TRA A fertilidade masculina é menos afetada pela idade mas diminui significativamente no final da terceira década de vida Dunson Colombo e Baird 2002 A infertilidade pode sobrecarregar emocionalmente um relacionamento mas é somente quando leva a uma ausência de filhos permanente e involuntária que ela é associada com angústia psicológica de longo prazo McQuillan et al A causa mais comum de infertilidade nos homens é a produção de um número muito pequeno de espermatozoides Em alguns casos um canal ejaculatório pode estar bloqueado impedindo a saída dos síndrome de tensão prémenstrual STPM ou TPM Transtorno produzindo sintomas de desconforto físico e tensão emocional por até duas semanas antes de um período menstrual infertilidade Incapacidade de conceber um filho após 12 meses de tentativas sem o uso de contraceptivos Papalia13indd 464 Papalia13indd 464 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 465 espermatozoides ou estes podem ser incapazes de nadar suficien temente bem para alcançar o colo do útero cérvix Alguns casos de infertilidade masculina parecem ter uma base genética King 1996 Phillips 1998 Reijo at al 1996 Em mulheres as causas mais comuns de infertilidade in cluem o fracasso em produzir óvulos ou em produzir óvulos nor mais o muco do colo uterino que pode impedir que o esperma tozóide o penetre ou uma doença do revestimento uterino que pode impedir a implantação do óvulo fertilizado Uma causa im portante do declínio da fertilidade nas mulheres após os 30 anos é a deterioração na qualidade dos óvulos van NoordZaadstra et al 1991 Entretanto a causa mais comum é o bloqueio das tubas uterinas impedindo que os óvulos alcancem o útero Em aproximadamente metade desses casos as tubas são bloqueadas por tecido cicatricial oriundo de infecções sexualmente trans missíveis King 1996 Além disso algumas mulheres sofrem de transtornos físicos que afetam a fertilidade tais como a síndrome do ovário policístico Franks 2009 ou insuficiência ovariana pri mária Welt 2008 Tanto em homens como em mulheres fatores ambientais que podem ser modificados estão relacionados à infertilida de Por exemplo homens Sallmen et al 2006 e mulheres Maheshwari 2010 que estão acima do peso são mais propen sos a ter problemas de fertilidade O tabagismo também parece ter um forte efeito negativo sobre a fertilidade Outros fatores como estresse psicológico consumo de altos níveis de cafeína e álcool e exposição a poluentes ambientais foram implicados mas a evidência de seus efeitos negativos é menos forte Hofman Davies e Norman 2007 Às vezes tratamento hormonal terapia medicamentosa ou cirurgia podem corrigir o problema Entretanto os medicamentos para fertilidade aumentam a probabilidade de nascimentos múltiplos de alto risco Homens que são submetidos a tratamento de fertilidade correm um risco maior de produzir espermatozoides com anormalidades cromossômicas Levron et al 1998 A menos que haja uma causa conhecida para não conseguir conceber as chances de sucesso após 18 meses a dois anos são altas Dunson 2002 Para os casais que lutam com a infertilidade a ciência oferece atualmente diversas alternativas à paternidade essas são discutidas no Quadro 131 Visto que essas técnicas são caras e raramente cobertas pelos planos de saúde elas são opções geralmente acessíveis apenas a adultos jovens com uma boa situação financeira DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Perspectivas sobre a cognição adulta Os cientistas do desenvolvimento estudaram a cognição adulta de uma variedade de perspectivas Alguns investigadores buscam identificar capacidades cognitivas características que surgem na idade adulta ou formas características nas quais os adultos usam suas capacidades cognitivas em sucessivos estágios de vida Outros se concentram em aspectos da inteligência que existem durante toda a vida mas que tendem a vir para o primeiro plano na idade adulta Uma teoria atual que pode aplicarse tanto a crianças quanto a adultos salienta o papel da emoção no comportamento inteligente verificador você é capaz de Resumir as tendências no comportamento e nas ati tudes sexuais entre adultos emergentes e jovens Discutir a disseminação das ISTs e as formas de controlá las Discutir os sintomas e as prováveis causas da TPM e as formas de tratála Identificar as causas comuns de infertilidade masculina e feminina O que caracteriza o pensamento adulto indicad r O nascimento de quádruplos é uma ocorrência menos rara do que costu mava ser O adiamento da gravidez o uso de medicamentos para fertili dade e as técnicas de reprodução assistida como a fertilização in vitro au mentam a probabilidade de partos de múltiplos geralmente prematuros Papalia13indd 465 Papalia13indd 465 010213 0917 010213 0917 466 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman ALÉM DE PIAGET NOVAS FORMAS DE PENSAR NA VIDA ADULTA Embora Piaget tenha descrito o estágio operatórioformal como o apíce da realização cognitiva alguns cientistas do desenvolvimento afirmam que as mudanças na cognição se estendem para além daquele estágio Uma linha da teoria e da pesquisa neopiagetiana diz respeito aos níveis mais altos de pensa mento reflexivo ou raciocínio abstrato Outra linha de investigação trata do pensamento pósformal que combina lógica com emoção e experiência prática para solucionar problemas ambíguos Pensamento reflexivo O pensamento reflexivo é uma forma complexa de cognição defini da originalmente pelo filósofo e educador americano John Dewey 19101991 como consideração ativa persistente e cuidadosa das informações ou crenças levando em conta as evidências que as sustentam e as conclusões a que elas levam Pensadores reflexivos questionam continuamente os fatos supostos fazem inferências e conexões Elaborando a partir do estágio operatórioformal de Piaget os pensadores reflexivos podem criar sistemas intelectuais complexos que conciliam ideias ou considerações aparentemente conflitantes por exemplo reunindo várias teorias da física moderna ou do desenvolvimento humano em uma única teoria geral que explica muitos tipos diferentes de comportamento Fischer e Pruyne 2003 A capacidade para o pensamento reflexivo parece surgir entre as idades de 20 e 25 anos Antes dessa fase são as regiões corticais do cérebro que cuidam do pensamento de nível superior pensamento reflexivo Tipo de pensamento lógico que se torna mais proeminente na vida adulta envolvendo avaliação contínua e ativa das informações e crenças levando em conta as evidências e implicações pesquisa em ação TECNOLOGIA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA Mais de 3 milhões de crianças no mundo todo foram concebidas por meio da tecnologia de reprodução assistida TRA Reaney 2006 ICMART 2006 Em 2005 as mulheres norteamericanas deram à luz mais de 52 mil bebês com ajuda tecnológica repre sentando 1 de todos os bebês nascidos nos Estados Unidos naquele ano Wright et al 2008 A fertilização in vitro FIV responde por 99 de todas as TRAs e é a técnica de reprodução assistida mais comum CDC 2009a Com a FIV as mulheres recebem medicamentos para fertilidade para aumentar a produção de óvulos Então os óvulos são re movidos cirurgicamente fertilizados em uma lâmina de labora tório e implantados no útero da mulher Uma vez que diversos embriões são geralmente transferidos para o útero a fim de au mentar as chances de gravidez este procedimento aumenta a probabilidade de nascimentos múltiplos geralmente prematu ros Wright et al 2006 Como ocorre na fertilidade em geral as chances de uma gravidez bemsucedida resultar no nascimento de um bebê vivo diminuem com a idade CDC 2009a Uma técnica mais recente a maturação in vitro MIV é rea lizada mais cedo no ciclo mensal quando os folículos estão se desenvolvendo Colher um grande número de folículos antes da ovulação estar completa e então permitir que eles amadureçam no laboratório pode tornar as injeções de hormônios desneces sárias e portanto diminuir a probabilidade de nascimentos múl tiplos Duenwald 2003 A FIV também pode tratar a infertilidade masculina grave Um único espermatozoide pode ser injetado no óvulo uma técnica denominada injeção intracitoplasmática de espermato zoides intracytoplasmic sperm injection ICSI Este procedimen to é usado agora em 63 dos ciclos de FIV CDC 2009a A inseminação artificial injeção de espermatozoides na va gina colo do útero ou útero de uma mulher pode ser usada para facilitar a concepção se um homem tiver uma contagem baixa de espermatozoides permitindo que um casal produ za sua própria prole biológica Se o homem for infértil o casal pode optar pela inseminação artificial por doador AID Se a mulher não tiver uma causa explicável para a infertilidade as chances de sucesso podem ser muito maiores estimulandose seus ovários para produzir um excesso de óvulos e injetandose sêmen diretamente no útero Guzick et al 1999 Embora as taxas de sucesso tenham melhorado Duenwald 2003 apenas 35 das mulheres que tentaram a reprodução as sistida em 2005 deram à luz bebês vivos Wright et al 2008 Sa bese que a probabilidade de sucesso com FIV usando óvulos da própria mãe cai drasticamente com a idade materna na medida em que a qualidade de seus óvulos diminui Van Voorhis 2007 Uma mulher que está produzindo óvulos de má qualidade ou cujos ovários foram removidos pode tentar a transferência de óvulo Neste procedimento um óvulo ou um óvulo de doadora fornecido por uma mulher mais jovem fértil é fertilizado em la 131 Papalia13indd 466 Papalia13indd 466 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 467 totalmente mielinizado Ao mesmo tempo o cérebro está formando novos neurônios sinapses e conexões dendríticas Um am biente rico e estimulante pode impulsionar o desenvolvimento de conexões corticais mais espessas e mais densas Embora quase todos os adultos desenvolvam a capacidade de se tornar pensadores reflexivos poucos obtêm uma ótima proficiência nessa ha bilidade e um número ainda menor sabe aplicála consistentemente a vários tipos de problemas Para muitos adultos a educação universitária estimula o progresso rumo ao pensamento reflexivo Fischer e Pruyne 2003 Pensamento pósformal Trabalhos de pesquisa e teóricos a partir da década de 1970 sugerem que o pensamento maduro é mais rico e mais complexo do que Piaget descreveu Ele é caracterizado pela capacidade de lidar com inconsistência contradição imperfeição e tolerância É de certa forma tanto um estilo de personalidade quanto um modo de pensar as pessoas diferem no quanto se sentem boratório e implantado no útero da futura mãe Alternativamente o óvulo pode ser fertilizado no corpo da doadora por inseminação artificial O embrião é retirado da doadora e inserido no útero da receptora A FIV usando óvulos de doadora tende a ser altamente bemsucedida Van Voorhis 2007 Podem ser utilizados embriões frescos ou congelados embora as taxas de sucesso para embriões frescos aproximadamente 55 tendam a ser mais altas do que para embriões congelados aproximadamente 30 CDC 2009a Duas outras técnicas com taxas de sucesso relativamente mais altas são a transferência intratubária de gametas TIG e a transferência intratubária de zigotos TIZ nas quais o óvulo e o esperma ou o óvulo fertilizado são inseridos na tuba uterina CDC 2002 Schieve et al 2002 Society for Assisted Reproducti ve Technology 1993 2002 Na maternidade de substituição uma mulher fértil é fecun dada pelo futuro pai geralmente por inseminação artificial Ela concorda em carregar o bebê até o final da gestação e en tregálo ao pai e à sua companheira Os tribunais na maioria dos estados consideram os contratos de barriga de aluguel inaplicáveis e alguns estados baniram a prática ou impuseram condições rigorosas a ela O Comitê sobre Bioética da American Academy of Pediatrics AAP 1992 recomenda que a materni dade de substituição ou barriga de aluguel seja considerada um acordo experimental de adoção préconcepção O comitê também recomenda um acordo préparto sobre o período no qual a substituta pode reclamar seus direitos de mãe A reprodução assistida pode resultar em uma emaranha da teia de dilemas legais éticos e psicológicos ISLAT Working Group 1998 Schwartz 2003 Quem deve ter acesso a esses métodos Os filhos devem saber sobre seus pais Exames ge néticos devem ser realizados nas possíveis doadoras e nas subs titutas Quando a FIV resulta em múltiplos óvulos fertilizados alguns devem ser descartados para melhorar as chances de saú de para os sobreviventes O que deve ser feito com os embriões não utilizados As questões se multiplicam quando uma mãe substituta está envolvida Schwartz 2003 Quem é a mãe verdadeira a subs tituta ou a mulher cujo bebê ela gesta E se a substituta quiser ficar com o bebê como ocorreu em alguns casos amplamente divulgados E se os pretensos pais se recusarem a cumprir o contrato Outro aspecto controverso da barriga de aluguel é o pagamento em dinheiro A criação de uma classe procriadora de mulheres pobres e carentes que gestam os bebês dos ricos impressiona muitas pessoas como algo errado Preocupações idênticas têm sido suscitadas sobre o pagamento a doadoras de óvulos Gabriel 1996 Alguns países como França e Itália proi biram o comércio da barriga de aluguel Nos Estados Unidos é ilegal em alguns estados e legal em outros e as normas diferem de um estado para outro Warner 2008 Uma coisa parece certa enquanto houver pessoas que que rem filhos mas são incapazes de conceber ou dar à luz a en genhosidade e a tecnologia humanas encontrarão modos de satisfazer seus desejos Infelizmente nossos meios de lidar com essas questões de uma maneira socialmente responsável legal e ética não vão ao encontro de tais desejos qual a sua opinião Se você ou seusua companheiroa fossem inférteis você consideraria seria mente a possibilidade de se submeter a um dos métodos de reprodução assistida aqui descritos Por quê o Por que é tão mais irritante escutar uma conversa no telefone celular do que uma conversa entre duas pessoas fisicamente presentes Bem uma vez que ouvimos apenas metade da conversa dá mais trabalho interpretar e entender este diálogo parcial meiálogo e por isso ele nos distrai mais e irrita muito mais Emberson et al 2010 Papalia13indd 467 Papalia13indd 467 010213 0917 010213 0917 468 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman confortáveis com a incerteza Este estágio superior da cognição adulta é chamado às vezes de pensa mento pósformal e geralmente começa no início da vida adulta com frequência pela exposição à educação superior LabouvieVief 2006 O pensamento pósformal é flexível aberto adaptativo e individualista Ele recorre à intuição e à emoção bem como à lógica para ajudar as pessoas a lidarem com um mundo aparentemente caótico Ele aplica os frutos da experiência a situações ambíguas O pensamento pósformal é relativista Como o pensamento reflexivo ele permite aos adultos transcenderem um único sistema lógico por exemplo a geometria euclidiana ou uma teoria par ticular do desenvolvimento humano ou um sistema político estabelecido e conciliar ou escolher ideias ou demandas conflitantes por exemplo a dos israelenses e palestinos ou as de dois parceiros afetivos cada uma das quais a partir de sua perspectiva pode ter uma afirmação de verdade váli da LabouvieVief 1990a 1990b Sinnott 1996 1998 2003 O pensamento imaturo vê preto e branco certo versus errado intelecto versus sentimentos mente versus corpo o pensamento pós formal vê tons de cinza Como o pensamento reflexivo o pensamento pósformal com frequência se desenvolve em resposta a eventos e interações que revelam maneiras inusitadas de enxergar as coisas e contestam uma visão simples e polarizada do mundo O pensamento pósformal frequentemente opera em um contexto social e emocional Diferente mente dos problemas que Piaget estudou que envolvem fenômenos físicos e requerem observação e análise isentas e objetivas os dilemas sociais são menos estruturados e frequentemente são carregados de emoção Nesses tipos de situação é que os adultos maduros tendem a recorrer ao pensamento pós formal Berg e Klaczynski 1996 Sinnott 1996 1998 2003 As pesquisas encontraram um progresso rumo ao pensamento pósformal durante o início e a metade da vida adulta principalmente quando emoções estão envolvidas Em um estudo os parti cipantes foram solicitados a julgar qual fora a causa de uma série de situações hipotéticas como um conflito conjugal Os adolescentes e jovens adultos tendiam a culpar pessoas ao passo que as pessoas de meiaidade tinham mais propensão a atribuir o comportamento à interação entre pessoas e o am biente Quanto mais ambígua a situação maiores eram as diferenças de interpretação considerandose as idades BlanchardFields e Norris 1994 Discutiremos o pensamento pósformal em mais detalhes no Capítulo 15 SCHAIE MODELO DE DESENVOLVIMENTO COGNITIVO PARA O CICLO DE VIDA O modelo de desenvolvimento cognitivo para o ciclo de vida de K Warner Schaie 19771978 Schaie e Willis 2000 observa o desenvolvimento dos usos do intelecto dentro de um contexto social Seus sete estágios giram em torno de metas motivadoras que passam para o primeiro plano nos diversos es tágios da vida Essas metas mudam da aquisição de informação e habilidades o que eu preciso saber para a integração prática do conhecimento e das habilidades como utilizar o que sei e para a busca de significado e propósito por que eu deveria saber Os sete estágios são os seguintes 1 Estágio aquisitivo infância e adolescência As crianças e os adolescentes adquirem informação e habilidades principalmente por seu próprio valor ou como preparação para participação na socie dade 2 Estágio realizador final da adolescência ou início dos 20 anos até o início dos 30 Os jovens adultos não adquirem mais o conhecimento por seu próprio valor utilizam o que sabem para atingir metas como carreira profissional e família 3 Estágio responsável final dos 30 anos até início dos 60 As pessoas de meiaidade utilizam a mente para resolver problemas práticos associados a responsabilidades com os outros como os membros da família ou empregados 4 Estágio executivo dos 30 ou 40 anos até a meiaidade As pessoas no estágio executivo que pode sobreporse aos estágios realizador e responsável são responsáveis por sistemas sociais or ganizações governamentais ou comerciais ou movimentos sociais Lidam com relacionamentos complexos em múltiplos níveis pensamento pósformal Tipo de pensamento maduro que recorre à experiência subjetiva e à intuição bem como à lógica e dá espaço para ambiguidade incerteza inconsistência contradição imperfei ção e tolerância Você já teve conhecimento de seminários ou de aulas oferecidas que alegam ser capazes de ajudálo a pensar com o lado direito do cérebro e portanto de liberar seus fluxos criativos mais eficazmente Embora isso soe agradável infelizmente não parece haver qualquer base científica para esses tipos de alegações Uma revisão de 72 estudos de imageamento do cérebro não mostrou relação entre criatividade e ativação do lado direito do cérebro Dietrich e Kanso 2010 Papalia13indd 468 Papalia13indd 468 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 469 5 Estágio reorganizativo final da meiaidade e início da vida adulta tardia As pessoas que entram na aposentadoria reorganizam suas vidas e energias intelectuais em torno de propósitos significa tivos que ocupem o lugar do trabalho remunerado 6 Estágio reintegrativo vida adulta tardia Adultos mais velhos podem estar vivenciando mudanças biológicas e cognitivas e tendem a ser mais seletivos em relação às tarefas a que dedicarão esforço Concentramse no propósito do que fazem e nas tarefas que têm mais significado para eles 7 Estágio de criação de herança velhice avançada Próximo do fim da vida tão logo a reintegra ção tenha sido concluída ou juntamente com ela as pessoas muito idosas podem criar instru ções para a distribuição das posses de valor tomar providências para o funeral contar histórias oralmente ou escrever a autobiografia como um legado para seus entes queridos Nem todos passam por esses estágios dentro das estruturas de tempo sugeridas Na verdade os estágios da idade adulta de Schaie podem aplicarse menos amplamente em uma era de escolhas e caminhos variados e de mudanças rápidas quando os avanços médicos e sociais mantêm muitas pessoas ativas e envolvidas em esforços construtivos e responsáveis até a velhice e podem não ser característicos de outras culturas Se os adultos passam por estágios como esses então os testes psicométricos tradicionais que utili zam os mesmos tipos de tarefas para medir a inteligência em todos os períodos da vida podem ser ina dequados para eles Os testes desenvolvidos para medir o conhecimento e as habilidades em crianças podem não ser adequados para medir a competência cognitiva em adultos que usam o conhecimento e as habilidades para resolver problemas práticos e atingir as metas escolhidas por eles próprios Talvez precisemos de medidas para avaliar a competência para lidar com os desafios da vida real tais como fazer o balanço de um talão de cheques ler um painel de horários de voos e tomar decisões conscien tes sobre problemas médicos A obra de Robert Sternberg tomou essa direção STERNBERG INSIGHT E CONHECIMENTO PRÁTICO Alix Barbara e Courtney inscreveramse em programas de pósgraduação na Universidade de Yale Alix havia tirado A em quase todas as disciplinas da graduação obteve altas pontuações no Graduate Record ExaminationGRE Exame de Desempenho Universitário e tinha excelentes recomenda ções As notas de Barbara foram razoáveis e suas pontuações no GRE foram baixas para os padrões de Yale mas suas cartas de recomendação elogiavam entusiasticamente sua pesquisa e suas ideias criativas As notas as pontuações no GRE e as recomendações de Courtney eram boas mas não estavam entre as melhores Alix e Courtney foram admitidas no programa de pósgraduação Barbara não foi admitida mas foi contratada como pesquisadora adjunta e frequentou as aulas de pósgraduação como ouvinte Alix se saiu muito bem no primeiro ano mas não tão bem nos subsequentes Barbara deixou perplexo o comitê de admissões ao realizar um trabalho notável O desempenho de Courtney no curso de pós graduação foi apenas razoável mas foi ela quem obteve com mais facilidade um bom emprego depois disso Trotter 1986 De acordo com a teoria triárquica da inteligência de Sternberg 1985 1987 apresentada no Ca pítulo 9 Barbara e Courtney eram fortes em dois aspectos da inteligência nos quais os testes psicomé tricos falham insight criativo que Sternberg chama de elemento empírico e inteligência prática o elemento contextual Visto que insight e inteligência prática são muito importantes na vida adulta os testes psicométricos são muito menos úteis para avaliar a inteligência de adultos e prever seu sucesso na vida do que para avaliar a inteligência das crianças e prever seu sucesso na escola Quando ainda cursava a universidade a capacidade analítica o elemento componencial de Alix a ajudava a se sair bem nos exames Entretanto no curso de pósgraduação em que se espera um raciocínio com origi nalidade a inteligência empírica superior de Barbara seus insights e suas ideias criativas começou a desabrochar O mesmo ocorreu com a inteligência prática e contextual de Courtney sua esperteza Ela sabia se virar Escolhia temas de pesquisa quentes enviava seus trabalhos às revistas certas e sabia onde e como se candidatar para empregos Um aspecto importante da inteligência prática é o conhecimento tácito informação privilegia da knowhow ou perspicácia que não é formalmente ensinado ou expresso abertamente O co verificador você é capaz de Diferenciar entre pensamento reflexivo e pensamento pós formal Explicar por que o pensamen to pósformal pode ser es pecialmente adequado para resolver problemas sociais Identificar os sete estágios de desenvolvimento cognitivo de Schaie Papalia13indd 469 Papalia13indd 469 010213 0917 010213 0917 470 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman nhecimento tácito é o bom senso sobre como prosseguir como ganhar uma promoção ou contornar a burocracia Ele não se correlaciona bem com medidas de capacidade cognitiva geral mas pode ser um melhor indicador de sucesso gerencial Sternberg Grigorenko e Oh 2001 O conhecimento tácito pode incluir autogestão saber como motivarse e organizar o tempo e a energia gestão de tarefas saber como escrever o trabalho do semestre ou redigir uma solicitação de verba e gestão de outras pessoas saber quando e como recompensar ou criticar subordinados E A Smith 2001 O método de teste do conhecimento tácito em adultos de Sternberg é comparar o curso de ação escolhido por quem é submetido ao teste em situações hipotéticas relacionadas ao trabalho como se posicionar melhor para receber uma promoção com as escolhas de especialistas na área e com princípios básicos consagrados O conhecimento tácito medido desta maneira parece não estar relacionado com o QI e prevê melhor o desempenho no emprego do que os testes psicométricos Herbig Büssing e Ewert 2001 Sternberg et al 1995 Naturalmente o conhecimento tácito não basta para se ter sucesso outros aspectos da inteligên cia também contam Em estudos de gerentes de negócios testes do conhecimento tácito juntamente com testes de QI e de personalidade foram capazes de prever virtualmente todas as variações de desempenho medidas por critérios como salário anos de experiência administrativa e sucesso da em presa Sternberg et al 1995 Em um estudo o conhecimento tácito estava relacionado aos salários que os gerentes recebiam em determinada idade e a seus altos cargos independentemente da origem familiar e do nível educacional Os gerentes mais bem preparados não eram aqueles que haviam passado muitos anos em uma empresa ou que eram gerentes há muito tempo mas aqueles que ha viam trabalhado para a maioria das empresas talvez adquirindo uma maior amplitude de experiência Sternberg et al 2000 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Em 1990 dois psicólogos Peter Salovey e John Mayer 1990 criaram o termo inteligência emo cional IE Ela se refere a quatro habilidades relacionadas as capacidades de perceber usar en tender e administrar ou regular as emoções nossas e dos outros a fim de alcançar objetivos A inteligência emocional permite que uma pessoa utilize as emoções para lidar mais efetivamente com o ambiente social Ela requer a consciência do tipo de comportamento adequado em uma determinada situação Para medir a inteligência emocional os psicólogos usam o Teste de Inteligência Emocional de MayerSaloveyCaruso MSCEIT Mayer Salovey e Caruso 2002 uma bateria de questões de 40 mi nutos que produz uma pontuação para cada uma das quatro capacidades bem como uma pontuação total O teste inclui questões como Tom ficou ansioso e um pouco tenso quando pensou em todo o trabalho que precisava fazer Quando seu supervisor lhe trouxe um projeto adicional ele sentiuse a sobrecarregado b deprimido c envergonhado d inseguro ou e nervoso As respostas podem ser pontuadas por um painel de pesquisadores das emoções ou por uma amostra mundial de pessoas leigas ambos os métodos produzem pontuações semelhantes A inteligência emocional afeta a qualidade dos relacionamentos pessoais Estudos revelaram que estudantes universitários com pontuações altas no MSCEIT são mais propensos a relatar relaciona mentos positivos com os pais e com os amigos Lopes Salovey e Straus 2003 e homens de idade universitária com pontuações baixas no MSCEIT relatam mais envolvimento com drogas e consomem mais álcool Brackett Mayer e Warner 2004 amigos íntimos de estudantes universitários que têm boas pontuações no MSCEIT os avaliam como mais propensos a dar apoio emocional em momentos de necessidade Lopes et al 2004 Casais de idade universitária nos quais ambos os parceiros tinham pontuações altas no MSCEIT relataram os relacionamentos mais felizes enquanto casais com pontua ções baixas eram mais infelizes Brackett et al 2005 A inteligência emocional também afeta a eficácia no trabalho Entre uma amostra de empre gados de uma das maiores companhias de seguros dos EUA aqueles com pontuações mais altas no MSCEIT eram altamente avaliados por colegas e supervisores nos quesitos de sociabilidade sensibilidade interpessoal potencial de liderança e capacidade de lidar com estresse e conflito Pontuações altas também estavam relacionadas a salários mais altos e mais promoções Lopes et al 2006 Lembramos mais eventos de nossos anos de juventude do que de qualquer outro ponto no ciclo de vida um fenômeno conhecido como a curva de reminiscência ou explosão mnésica verificador você é capaz de Explicar por que os três tipos de inteligência de Sternberg podem aplicarse especial mente aos adultos inteligência emocional IE Termo de Salovey e Mayer para a capa cidade de entender e regular as emo ções um componente importante do comportamento inteligente efetivo Em geral pensamos na capacidade de ter empatia com os outros como uma coisa boa Mas e se você tiver um emprego onde frequentemente você vê pessoas sofrendo A pesquisa mostrou que os médicos suprimem essa resposta empática permitindo que eles se concentrem no tratamento do paciente mais efetivamente Decety Yang e Chen 2010 Papalia13indd 470 Papalia13indd 470 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 471 Em última análise agir de acordo com as emoções frequentemente se reduz a um juízo de valor É mais inteligente obedecer ou desobedecer à autoridade Ser motivo de inspiração para outras pessoas ou explorá las As habilidades emocionais como as intelectuais são moralmente neutras Sem uma bússola moral para guiar as pessoas em relação a como empregar seus dons a inteli gência emocional pode ser usada para o bem ou para o mal Gibbs 1995 p 68 Examinaremos a seguir o desenvolvimento da bússola moral na idade adulta Raciocínio moral Na teoria de Kohlberg apresentada no Capítulo 11 o desenvolvimento moral das crianças e dos ado lescentes acompanha o amadurecimento cognitivo Os jovens avançam no julgamento moral à medida que superam o egocentrismo e se tornam capazes de utilizar o pensamento abstrato Na vida adulta entretanto os julgamentos morais se tornam mais complexos De acordo com Kohlberg o avanço para o terceiro nível de raciocínio moral a moralidade pósconvencional totalmente baseada em princípios é principalmente uma função da experiência A maioria das pessoas não atinge este nível até seus 20 anos se isto ocorrer Kohlberg 1973 Duas experiências que impulsionam o raciocínio moral em adultos jovens são encontrar valores conflitantes longe de casa como pode ocorrer na universidade nas Forças Armadas ou em viagens ao exterior e ser responsável pelo bemestar de outras pessoas como na maternidadepaternidade A experiência pode levar os adultos a reavaliarem seus critérios em relação ao que é certo e justo Por exemplo alguns adultos apresentam espontaneamente experiências pessoais como razão para suas respostas a dilemas morais Pessoas que tiveram câncer ou cujos parentes ou amigos tiveram câncer são mais propensas a perdoar um homem que rouba um remédio caro para salvar a vida de sua esposa moribunda e a explicar esta visão em termos de sua própria experiência Bielby e Papalia 1975 Outros adultos têm experiências individuais que moldam suas crenças sobre o que é moral mente certo e errado Estudantes que frequentam a igreja regularmente são menos propensos a colar em uma prova do que aqueles que frequentam a igreja menos regularmente Bloodgood Turnley Mudrack 2008 Por outro lado pessoas expostas à guerra Haskuka Sunar e Alp 2008 ou que sofrem de transtorno de estresse póstraumático como resultado de experiência de combate Taylor 2007 mostram uma tendência reduzida a alcançar os níveis mais altos de raciocínio moral no modelo de Kohlberg Com relação aos julgamentos morais então os estágios cognitivos não explicam tudo Mesmo quando a cognição está em um nível elevado as experiências pessoais ainda podem afetar a probabilidade de envolvimento em certos tipos de raciocínio moral Pouco antes de sua morte em 1987 Kohlberg propôs um sétimo estágio de raciocínio moral que vai além das considerações de justiça ver Capítulo 11 No sétimo estágio os adultos refletem sobre a questão Por que ser moral Kohlberg e Ryncarz 1990 p 192 grifos nossos A resposta dizia Kohlberg reside em obter uma perspectiva cósmica um senso de unidade com o cosmo com a natureza ou com Deus que possibilita a uma pessoa ver as questões morais do ponto de vista do universo como um todo p 191 207 A realização de uma perspectiva desse tipo é tão rara que o próprio Kohlberg tinha dúvidas a respeito de denominála um estágio do desenvolvimento Ele notou que ela correspondia ao estágio mais maduro da fé que o teólogo James Fowler 1981 identificou Quadro 132 no qual a pessoa experimenta uma unicidade com as condições últimas de sua vida e do seu ser Kohlberg e Ryncarz 1990 p 202 CULTURA E RACIOCÍNIO MORAL O dilema de Heinz descrito no Capítulo 11 foi adaptado para ser usado em Taiwan Na revisão um comerciante não dará comida a um homem para sua esposa doente Essa versão pareceria ina verificador você é capaz de Explicar o conceito de inteli gência emocional e como ela é testada Como o raciocínio moral se desenvolve indicad r Em quais tipos de situações a inteligência emocional seria mais útil Cite exemplos específicos Faça o mesmo em relação ao pensamento reflexivo ao pensamento pósformal e ao conhecimento tácito Papalia13indd 471 Papalia13indd 471 010213 0917 010213 0917 472 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman pesquisa em ação DESENVOLVIMENTO DA FÉ AO LONGO DA VIDA O que é a fé e como ela se desenvolve James Fowler 1981 1989 definiu a fé amplamente como uma forma de ver ou conhecer o mundo Para descobrir como as pessoas alcançam esse conheci mento Fowler e seus alunos na Faculdade de Teologia de Harvard entrevistaram mais de 400 pessoas de todas as idades com dife rentes características étnicas educacionais e socioeconômicas e diferentes identificações e afiliações religiosas ou seculares De acordo com Fowler a fé se desenvolve assim como outros aspectos da cognição por meio da interação entre a pessoa em fase de amadurecimento e o ambiente Como em outras teorias de estágio cada um dos estágios da fé de Fowler desenvolvese a partir daqueles que o antecedem Novas expe riências crises problemas ou revelações que desafiam ou perturbam o equilíbrio de uma pessoa podem estimular um sal to de um estágio para o seguinte As idades em que essas tran sições ocorrem são variáveis e algumas pessoas nunca saem de um determinado estágio Os estágios de Fowler correspondem aproximadamente aos descritos por Piaget Kohlberg e Erikson Estágio 1 Fé intuitivaprojetiva 1824 meses aos 7 anos O início da fé diz Fowler se dá após as crianças terem desen volvido o que Erikson chamou de confiança básica o sen tido de que suas necessidades serão satisfeitas por pessoas poderosas Enquanto as crianças pequenas se esforçam para entender as forças que controlam seu mundo elas formam imagens poderosas imaginativas de Deus do céu e do infer no extraídas das histórias que os adultos contam ou leem para elas Ainda egocêntricas elas têm dificuldade para di ferenciar o ponto de vista de Deus do seu próprio ou do de seus pais Elas pensam em Deus principalmente em termos da obediência esperada para evitar punição Estágio 2 Fé míticaliteral 7 aos 12 anos As crianças come çam a desenvolver uma visão mais lógica e coerente do uni verso Elas tendem a entender literalmente as histórias e os símbolos religiosos Elas agora podem ver Deus como tendo uma perspectiva e um julgamento além dos seus próprios que leva em consideração o esforço e a intenção Elas acredi tam que Deus é justo e que as pessoas têm o que merecem Estágio 3 Fé sintéticaconvencional adolescência ou além Os adolescentes são agora capazes de utilizar pensamento abstrato começam a adotar sistemas de crença e compro misso com os ideais Em sua busca por identidade eles po dem procurar um relacionamento mais pessoal com Deus mas buscam nos outros com frequência nos pares a auto ridade moral Sua fé normalmente é incondicional e está de acordo com os padrões da comunidade Cerca de 50 dos adultos podem permanecer nesse estágio Estágio 4 Fé individualreflexiva início a metade da segun da década de vida ou além Os adultos que alcançam esse estágio examinam sua fé criteriosamente e assumem suas próprias crenças independente de autoridade externa e normas sociais Estágio 5 Fé conjuntiva meiaidade ou além Pessoas de meiaidade podem ter mais consciência dos limites da razão Elas reconhecem os paradoxos e as contradições da vida e com frequência enfrentam conflitos entre satisfazer suas próprias necessidades e sacrificarse pelos outros Quando começam a contemplar a morte elas podem adquirir um en tendimento mais profundo e uma aceitação por meio da fé Estágio 6 Fé universalizante velhice Nesta categoria rara Fowler colocou líderes morais e espirituais como Mahatma Gandhi Martin Luther King Jr e Madre Teresa cujas visões ou compromissos inspiram a outros profundamente Visto que eles ameaçam a ordem estabelecida eles podem tornar se mártires e embora amem a vida eles não se apegam a ela Este estágio corresponde ao sétimo estágio de desenvol vimento moral proposto por Kohlberg Como um dos primeiros pesquisadores a estudar siste maticamente o desenvolvimento da fé Fowler provocou um grande impacto seu trabalho tornouse leitura obrigatória em muitas faculdades de teologia Ele também foi criticado em vários aspectos Koenig 1994 Fowler afirmava que a fé era um construto universal mas os críticos argumentam que sua amostra não foi aleatória ou representativa e que o conceito de fé de Fowler é totalmente contrário às definições conven cionais que envolvem aceitação não introspecção Eles con testam sua ênfase no conhecimento cognitivo e afirmam que ele subestima a maturidade de uma fé simples sólida incon dicional Os críticos também questionam se a fé se desenvolve em estágios pelo menos naqueles que Fowler identificou O próprio Fowler advertiu que seus estágios avançados não de vem ser vistos como melhores ou mais verdadeiros que outros embora ela retrate as pessoas em seu estágio mais alto como exemplos morais e espirituais Algumas dessas críticas lembram aquelas feitas contra ou tros importantes modelos de desenvolvimento ao longo da vida As primeiras amostras de Piaget Kohlberg e Erikson não foram selecionadas aleatoriamente também e a validade de seus estágios propostos foi questionada Mais pesquisas são necessárias para confirmar modificar ou ampliar a teoria de Fo wler especialmente em culturas não ocidentais qual a sua opinião A fé em Deus é necessária para se ser uma pessoa religiosa Você se enquadra em um dos estágios da fé que Fowler descreveu 132 o Papalia13indd 472 Papalia13indd 472 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 473 creditável a aldeões chineses que estão mais acostumados a ouvir dizer que um comerciante nessa situação diria Devese permitir que as pessoas tenham as coisas tenham elas dinheiro ou não Wolf 1968 p 21 Enquanto o sistema de Kohlberg se baseia na justiça o ethos chinês inclinase para a conciliação e a harmonia No formato de Kohlberg os entrevistados tomam uma decisão do tipo isso ou aquilo baseados em seu próprio sistema de valores Na sociedade chinesa esperase que as pessoas que se defrontam com dilemas morais discutamnos abertamente que sejam guiadas pelos padrões comunitá rios e tentem encontrar uma maneira de resolver o problema para agradar o máximo possível as partes envolvidas No Ocidente até mesmo pessoas boas podem ser severamente punidas se sob a força das circunstâncias violarem a lei Os chineses não estão acostumados a leis aplicadas universalmente eles são ensinados a obedecer às decisões de um juiz sábio Dien 1982 Este exemplo ilustra uma crítica mais ampla dirigida contra a abordagem de Kohlberg Ele acredi tava que certas culturas tinham maior probabilidade de dar oportunidades às pessoas permitindolhes alcançar os níveis mais altos de raciocínio moral Jenson 1997 Esta crença subjacente na superiori dade de uma determinada visão de mundo foi criticada como sendo demasiado estreita e como sendo tendenciosa às normas culturais ocidentais de individualidade e de uma mentalidade não religiosa Por exemplo muitas culturas oferecem doutrinas morais focadas na autoridade divina e na tradição e não há razão para essas crenças serem consideradas moralmente inferiores ou refletindo uma forma de raciocínio menos sofisticada Shweder et al 2006 GÊNERO E RACIOCÍNIO MORAL Carol Gilligan sugeriu que o dilema moral central de uma mulher é o conflito entre suas próprias necessidades e as necessidades dos outros Para descobrir como as mulheres fazem escolhas morais Gilligan 19821993 entrevistou 29 mulheres grávidas a respeito de suas decisões de continuar ou interromper a gravidez Essas mulheres viam a moralidade em termos de egoísmo versus responsabili dade definida como uma obrigação de exercer cuidado e evitar ferir os outros Gilligan concluiu que mulheres pensam menos sobre justiça e imparcialidade abstrata do que homens e mais sobre suas responsabilidades para com pessoas específicas A Tabela 131 relaciona os níveis de desenvolvimento moral nas mulheres propostos por Gilligan Entretanto em geral outras pesquisas não encontraram diferenças de gênero significativas no raciocínio moral Brabeck e Shore 2003 Uma análise recente de 113 estudos revelou que embora as mulheres sejam mais propensas a pensar em termos de cuidado e os homens em termos de justiça essas diferenças eram pequenas principalmente entre estudantes universitá rios É interessante entretanto que em estu dos de imageamento do cérebro Harenski et al 2008 as mulheres mostrassem mais ati vidade em áreas do cérebro associadas com raciocínio baseado no cuidado ínsula posterior cingulada anterior e ínsula anterior e os homens mostrassem mais atividade em áreas do cérebro associadas com processamento baseado em justiça sulco temporal superior Contudo o peso das evidências não pa rece apoiar nenhuma das alegações originais de Gilligan um viés masculino na teoria de Kohlberg ou uma perspectiva feminina distinta da moralidade L Walker 1995 Em sua própria pesquisa posterior Gilligan descreveu o desenvolvimento moral tanto nos homens como nas mulheres como algo que evolui além do raciocínio abstrato Em estudos usando dilemas morais reais por exemplo se o amante de uma mulher deve confessar seu romance ao marido dela em vez de dilemas hipotéticos como os que Kohlberg usou Gilligan e seus colegas descobriram que muitas pessoas em seus 20 anos de idade tornamse insatisfeitas com uma lógica moral estreita e são mais capazes de viver com contradições morais Gilligan Murphy e Tappan 1990 Parece então que se a pesquisa anterior de Gilligan refletia um sistema alternativo de valores ela não se baseava no gênero Simultaneamente com a inclusão de seu sétimo estágio o pensamento de Kohlberg evoluiu para um ponto de maior concordância com o de Gilligan Ambas as teorias agora atribuem a responsabilidade pelos outros no nível mais elevado do pensamento moral e reconhecem a importância para ambos os sexos dos vínculos com outras pessoas e da compaixão e do cuidado Você já observou ou teve experiência com uma pessoa de outra cultura que revelou diferenças culturais em termos de princípios morais Na sua opinião o que tem prioridade moral superior justiça e direitos ou compaixão e responsabilidade verificador você é capaz de Dar exemplos dos papéis da experiência e da cultura no de senvolvimento moral adulto Estabelecer a posição original de Gilligan sobre as diferen ças de gênero no desenvol vimento moral e resumir as constatações da pesquisa sobre o assunto Papalia13indd 473 Papalia13indd 473 010213 0917 010213 0917 474 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Educação e trabalho Ao contrário dos jovens de gerações passadas que normalmente saíam diretamente da escola para o trabalho e para a independência financeira muitos adultos emergentes hoje não têm um plano de carreira claro Alguns alternam entre educação e trabalho outros buscam ambos simultaneamente A maioria daqueles que não se matricula em cursos superiores ou que não conclui o ensino médio ingressa no mercado de trabalho mas muitos retornam mais tarde para obter um melhor nível educa cional Furstenberg et al 2005 Hamilton e Hamilton 2006 NCES 2005b Alguns especialmente no Reino Unido tiram um ano de folga da educação formal ou do trabalho um ano sabático para adquirir novas habilidades fazer trabalho voluntário viajar ou estudar no exterior Jones 2004 E alguns combinam faculdade com casamento e criação de filhos Fitzpatrick e Turner 2007 Muitos adultos emergentes que estão na escola ou que moram na casa dos pais são financeiramente depen dentes Schoeni e Ross 2005 As escolhas educacionais e vocacionais após o ensino médio podem constituir oportunidades para crescimento cognitivo A exposição a um novo ambiente educacional ou de trabalho oferece oportuni dade para aprimorar capacidades questionar pressupostos mantidos há muito tempo e experimentar novas maneiras de olhar o mundo Para o número crescente de estudantes com idades não convencio nais 25 anos ou mais a educação universitária ou no local de trabalho está reavivando a curiosidade intelectual melhorando as oportunidades de emprego e aumentando as habilidades de trabalho indicad r Como os adultos emergentes fazem a transição para o ensino superior e para o trabalho e como essas experiências afetam o desenvolvimento cognitivo TABELA 131 Níveis de desenvolvimento moral nas mulheres segundo Gilligan Estágio Descrição Nível 1 Orientação de sobre vivência individual A mulher concentrase nela mesma no que é prático e no que é melhor para ela Transição 1 Do egoísmo à responsabilidade A mulher percebe sua ligação com os outros e pensa a respeito de qual seria a escolha responsável em termos de outras pes soas incluindo seu bebê ainda não nascido bem como de si mesma Nível 2 A bondade como autossacrifício A sabedoria feminina convencional determina que a mulher sacrifique seus próprios desejos em favor daquilo que outras pessoas querem e do que pensarão dela Ela se considera responsável pelas ações dos outros enquanto mantém os ou tros responsáveis por suas próprias escolhas Ela está em uma posição dependente em que seus esforços indiretos para exercer controle frequentemente se transformam em mani pulação às vezes pelo uso da culpa Transição 2 Da bondade para a verdade A mulher avalia suas decisões não em função de como os outros reagirão a elas mas com base em suas intenções e nas consequências de suas ações Ela desenvolve um novo julgamento que leva em conta suas próprias necessidades juntamente com as dos outros Ela quer ser boa sendo res ponsável pelos outros mas também quer ser honesta sendo responsável por si mesma A sobrevivência volta a ser uma preocupação maior Nível 3 Moralidade da não violência Ao transformar a injunção contra ferir quem quer que seja in cluindo ela própria em um princípio que rege todo o julga mento moral e ação a mulher estabelece uma igualdade mo ral entre ela mesma e os outros e é então capaz de assumir a responsabilidade por sua escolha em face de dilemas morais Fonte Reimpressa e adaptada com permissão da editora de In a Different Voice Psychological Theory and Womens Develop ment de Carol Gilligan Cambridge Mass Harvard University Press Copyright 1982 1993 by Carol Gilligan Papalia13indd 474 Papalia13indd 474 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 475 A TRANSIÇÃO PARA A FACULDADE A faculdade é um caminho cada vez mais importante para a vida adulta embora seja somente um dos caminhos e até recentemen te não o mais comum Montgomery e Côté 2003 Entre 1972 e 2005 a proporção de graduados no ensino médio nos Estados Uni dos que entrou direto para um curso univer sitário de dois ou quatro anos cresceu de me nos da metade 49 para mais de dois terços 69 e 58 de todos os jovens de 25 a 29 anos tinham concluído pelo menos algum cur so universitário NCES 2007b Cursos universitários e mesmo graus completos ou programas certificados estão agora amplamente disponíveis por ensino a distância no qual os cursos são oferecidos por correio email pela internet ou por outros meios tecnológicos Aproximadamente 46 milhões de estudantes fizeram pelo menos um curso virtual em algum momento em sua carreira universitária De fato as matrículas em cursos virtuais estão agora crescendo mais rápido do que os números de matrículas em cursos superiores tradicionais Allen e Seeman 2010 As universidades também estão fazendo experiências com cursos híbridos que utilizam uma mistura de técnicas virtuais e pessoais Em geral a pesquisa parece sugerir que os resultados da aprendizagem são semelhantes para estudantes virtuais híbridos e tradicionais embora uma série de variáveis possa afetar os resultados TallentRunnels et al 2006 Gênero nível socioeconômico e raçaetnia As matrículas em universidades norteamericanas continuam a bater novos recordes a cada ano um aumento primariamente estimulado por números maiores de estudantes do sexo feminino NCES 2009b Em uma inversão da diferença de gênero tradicional as mulheres agora constituem uma maior porcentagem da população estudantil Em 2006 as mulheres constituíam 66 dos estudantes universitários dos EUA NCES 2007a e em 2009 57 dos que se formaram bacharéis Em comparação em 1970 as mulheres constituíam apenas 42 daqueles que receberam diplomas universitários NCES 2009b Este desenvolvimento devese em parte a uma diminuição na discriminação de gênero e em parte à maior consciência das mulheres da necessidade de sustentaremse Buchmann e DiPrete 2006 Similarmente as mulheres têm taxas de matrícula pósensino médio mais altas que os homens na maioria dos países europeus bem como na Austrália no Canadá na Nova Zelândia no Japão e na Federação Russa Buchman e DiPrete 2006 Sen Partelow e Miller 2005 As mulheres norteamericanas têm maior probabilidade do que os homens de matricularemse em universidades e de fazerem mestrado 59 e quase a mesma proba bilidade de completarem um doutorado NCES 2007b Contudo as diferenças de gênero são evidentes nesses níveis educacionais mais altos Hal pern et al 2007 Nos Estados Unidos as mulheres continuam sendo mais propensas do que os homens a se especializarem em áreas tra dicionalmente femininas como magistério enfermagem literatura e psicologia e não em matemática e ciências NCES 2007a Embora as mulheres geralmente se saiam melhor que os homens em matemática e cursos de ciências do ensino médio elas tendem a ter notas mais baixas em exames de ingresso à universidade ou em cursos de pósgraduação padronizados um fato que Menos de um terço de adultos jovens têm conhecimento básico sobre taxas de juros inflação e diversificação de risco Ir para a faculdade ajuda o ensino superior está associado com aumentos no conhecimento financeiro Lusardi Mitchell e Curto 2009 As matrículas nas universidades dos Estados Unidos são as mais altas de todos os tem pos Mais de 2 em cada 3 formandos do ensino médio vão direto para a faculdade Apesar dos aumentos nas anuidades e nas taxas os dados obtidos pelo Conselho de Faculdades Norteamericano sugerem que ainda há benefícios de longo prazo em frequentar a universidade e eles na verdade estão aumentando Baum Ma e Payea 2010 Papalia13indd 475 Papalia13indd 475 010213 0917 010213 0917 476 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman pode estar relacionado à vantagem dos homens na capacidade matemática visual e espacial ou talvez às diferenças na forma como homens e mulheres solucionam problemas novos Halpern et al 2007 Ainda assim as mulheres fizeram progressos em quase todos os campos NCES 2006b Mais mulheres obtêm agora diplomas em engenharia do que no passado embora pelo menos 80 dos diplomas de bacharelado nessa área ainda sejam concedidos aos homens Halpern et al 2007 NCES 2007b A porcentagem de diplomas profissionais direito medicina odontologia etc concedidos a mulheres aumentou substancialmente a partir de 1970 NCES 2005c Em 1960 as mulheres receberam em média apenas 10 dos diplomas de pósgraduação em todas as áreas mas agora as mulheres recebem aproximadamente 57 dos diplomas de pósgraduação NCES 2009b O nível socioeconômico e a raçaetnia afetam o acesso ao ensino superior Em 2005 81 dos estudantes de famílias ricas que concluíram o ensino médio em comparação com somente 535 dos estudantes de famílias de baixa renda matricularamse na faculdade imediatamente após a conclusão do ensino médio Entre 19971998 e 20072008 as anuidades das faculdades subiram aproximada mente 30 NCES 2009a tornando o ingresso na universidade cada vez mais difícil para famílias de renda média e baixa Portanto muitos estudantes das circunstâncias mais modestas tendem a trabalhar enquanto cursam a faculdade o que com freqüência serve para retardar seu progresso Dey e Hurtado 1999 Além disso estudantes de famílias mais ricas são menos propensos a desistir da faculdade antes da formatura Hamilton e Hamilton 2006 Atualmente aproximadamente 72 dos diplomas de bacharelado são obtidos por estudantes brancos NCES 2009b A participação de grupos minoritários entretanto aumentou em todos os ní veis Mais de 50 de estudantes hispânicos e negros que concluíram o ensino médio em 2005 foram diretamente para a universidade E a porcentagem de estudantes universitários de grupos minoritários está aumentando principalmente devido aos números cada vez maiores de latinos ilhéus do Pacífico e asiáticoamericanos NCES 2009b Dada a atual composição demográfica dos Estados Unidos é provável que essa tendência persista Adaptação à universidade Muitos calouros se sentem sobrecarregados pelas demandas da vida universitária O apoio familiar parece ser um fator fundamental na adaptação tanto para estudantes que vão e voltam para casa quanto para os que moram no campus Estudantes que se adaptam fa cilmente têm aptidões elevadas e boas habilidades para resolver problemas tornamse ativamente envolvidos em seus estudos e no ambiente acadêmico e desfrutam de relações próximas mas autô nomas com seus pais tendem a ajustarse melhor e a aproveitar ao máximo a universidade Também é importante ser capaz de construir uma rede social e acadêmica forte entre colegas e professores Montgomery e Côté 2003 Na verdade intervenções de apoio dos pares na relação custobenefício podem facilitar muito a transição para a universidade Mattanah et al 2010 Desenvolvimento cognitivo na universidade A universidade pode ser um tempo de desco berta intelectual e crescimento pessoal sobretudo em termos de habilidades verbais e quantitativas pensamento crítico e raciocínio moral Montgomery e Côté 2003 Os estudantes se modificam em resposta 1 ao currículo escolar que oferece novos insights e novas maneiras de pensar 2 a outros estudantes que contestam visões e valores mantidos há muito tempo 3 à cultura estudantil que é di ferente da cultura da sociedade como um todo e 4 aos membros do corpo docente que apresentam novos modelos a serem seguidos Em termos de benefícios tanto imediatos quanto de longa duração ingressar em uma universidade qualquer universidade é mais importante do que o curso escolhido Montgomery e Côté 2003 A experiência universitária pode acarretar uma mudança fundamental no modo como os estu dantes pensam Fischer e Pruyne 2003 Em um estudo inovador que prenunciou as pesquisas mais recentes sobre o pensamento reflexivo e pósformal William Perry 1970 entrevistou 67 alunos de Harvard e Radcliffe ao longo dos anos em que cursavam o programa de graduação e descobriu que a maneira de pensar desses estudantes progredia da rigidez para a flexibilidade e por fim para com promissos livremente escolhidos Muitos estudantes entram na universidade com ideias rígidas sobre a verdade não são capazes de conceber nenhuma outra resposta que não seja a certa Quando os estudantes começam a se deparar com uma ampla variedade de ideias e pontos de vista disse Perry Estudos mostram que sites de relacionamento como Facebook e MySpace ajudam os estudantes a criar conexões entre comunidades universitárias e estão associados ao bemestar psicológico dos estudantes Ellison et al 2007 Papalia13indd 476 Papalia13indd 476 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 477 eles são assolados pela incerteza Entretanto eles consideram esta etapa tempo rária e esperam aprender uma resposta certa no fim Em seguida eles passam a enxergar todo o conhecimento e valores como relativos Eles reconhecem que diferentes sociedades e diferentes indivíduos têm sistemas de valores diferentes Percebem afinal que suas opiniões sobre muitas questões são tão válidas como as de qualquer outra pessoa mesmo as de um pai ou professor mas não conse guem encontrar significado ou valor nesse labirinto de sistemas e crenças O caos substitui a ordem Finalmente adquirem compromisso dentro do relativismo fa zem seus próprios julgamentos e escolhem suas próprias crenças e valores apesar da incerteza e do reconhecimento de outras possibilidades válidas Um corpo discente diversificado pode contribuir para o desenvolvimento cognitivo Em um experimento discussões em pequenos grupos foram realizadas com 357 estudantes em três universidades Cada grupo consistia em três estu dantes brancos e um quarto colaborador dos pesquisadores que era branco ou negro As discussões em que um estudante negro participava produziam mais novidades e complexidade de ideias do que aquelas em que todos os participantes eram brancos Em menor grau o mesmo ocorria nas discussões em que os co laboradores negros ou brancos discordavam dos demais participantes Antonio et al 2004 Em geral as pesquisas apoiam os benefícios sociais da diversidade Por exemplo as pesquisas têm mostrado que aqueles campi com corpos discen tes mais diversos resultam em maiores quantidades de amizades interraciais do que em casos de segregação contínua ou aumentada Fischer 2008 e que um campus variado está relacionado a progressos intelectuais e acadêmicos Gurin et al 2003 Curiosamente em um estudo estudantes que compartilhavam um quarto do dormitório com alguém de uma raça diferente mostraram diminuições em seus estereótipos raciais e menos ansiedade sobre experiências de grupo inter raciais no decorrer do estudo Shook e Fazio 2008 Concluindo a faculdade Embora o ingresso na faculdade tenha se tornado mais comum concluir o curso não Somente 1 em cada 4 jovens que iniciam a faculdade 1 em cada 2 nos cursos de quatro anos de duração recebem o diploma depois de cinco anos Horn e Berger 2004 NCES 2004 Isso não significa que o restante tenha abandonado os estudos Um número crescente de estudantes especialmente os homens permanece na universidade mais de 5 anos ou muda para cursos de dois a quatro anos de duração Horn e Berger 2004 Peter e Horn 2005 Se uma pessoa conclui ou não a faculdade é algo que pode depender não apenas de motivação aptidão e preparo acadêmico e capacidade para trabalhar independentemente mas também de inte gração e apoio social oportunidades de emprego suporte financeiro adequação das condições de vida qualidade das interações sociais e acadêmicas e o ajuste entre o que a universidade oferece e o que o estudante quer e precisa Programas de intervenção social para estudantes em risco melhoraram os índices de frequência às aulas criando vínculos significativos entre alunos e professores encontran do oportunidades de trabalho para os estudantes enquanto cursam a universidade fornecendo assis tência acadêmica e ajudando os estudantes a verem como a universidade pode leválos a um futuro melhor Montgomery e Côté 2003 O INGRESSO NO MUNDO DO TRABALHO Na faixa dos 20 anos a maioria dos adultos emergentes ou estão trabalhando ou estão buscando edu cação superior ou ambos Hamilton e Hamilton 2006 Aqueles que entram no mercado de trabalho se deparam com um quadro em rápida mudança A natureza do trabalho está se modificando e os contratos de trabalho estão se tornando mais variados e menos estáveis Onde gerações anteriores de empregados com frequência podiam esperar permanecer na mesma empresa até a aposentadoria esse padrão de emprego está se tornando cada vez mais raro Um número cada vez maior de adultos trabalha por conta própria em casa utilizando computadores com horários de trabalho flexíveis ou atuando como fornecedores independentes Essas mudanças juntamente com um mercado de verificador você é capaz de Discutir os fatores que afetam quem ingressa na universida de e quem a conclui Dizer como a universidade afeta o desenvolvimento cognitivo O futuro parece brilhante para esta jovem Hoje mais mulheres do que homens ingressam na uni versidade e recebem diplomas e muitas faculda des oferecem apoio e serviços especiais para estu dantes com necessidades especiais Papalia13indd 477 Papalia13indd 477 010213 0917 010213 0917 478 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman trabalho mais competitivo e com a exigência de uma força de trabalho altamente especializada tornam a educação e o treinamento ainda mais vitais do que antes Corcoran e Matsudaira 2005 O ensino superior aumenta as oportunidades de emprego e os salá rios Figura 133 e melhora a longo prazo a qualidade de vida dos adul tos em todo o mundo Centre for Educational Research and Innovation 2004 Montgomery e Côté 2003 Nos Estados Unidos adultos com curso superior ganham quatro vezes mais que aqueles com diploma de ensino médio ou menos US Census Bureau 2007a Para adultos sem ensino superior as taxas de desemprego são altas US Census Bureau 2006 e pode ser difícil ganhar o suficiente para estabelecer uma família independente Um levantamento nacional na Bélgica Canadá Alema nha e Itália encontrou um declínio na autossuficiência econômica entre homens de 18 a 34 anos e entre mulheres na faixa dos 20 anos entre meados da década de 1980 e 19952000 Bell et al 2007 E os tra balhadores na faixa dos 20 anos especialmente no início da segunda década tendem a estar concentrados em posições de baixos salários e baixa qualificação e com frequência mudam de empregos Hamilton e Hamilton 2006 Embora existam diferenças de renda entre trabalhadores de ambos os sexos em todos os níveis de realização educacional elas diminuíram consideravelmente Em 1980 um homem jovem com um diploma de bacharel ganhava em média 36 mais do que uma mulher jovem em 2002 a diferença era de 23 NCES 2007b Entretanto um relatório da American Association of University Women 2007 revelou que a diferen ça de salários aumenta durante os 10 anos após a formatura de modo que as mulheres nesse ponto ganham apenas 69 do que suas contrapartes masculinas ganham Além disso um quarto dessa diferença não é explica da por fatores como horas de trabalho ocupações e maternidade sugerin do que ela é derivada da discriminação de gênero Dados do último censo dos EUA revelam que em 2009 as mulheres ainda ganhavam apenas 78 centavos para cada dólar que um homem ganhava Getz 2010 Combinando trabalho e estudos Como o malabarismo de traba lhar e estudar afeta o desenvolvimento cognitivo e a preparação para a carreira Um estudo longitudinal acompanhou uma amostra aleatória de calouros ao longo dos três primeiros anos de faculdade Durante os dois primeiros anos o trabalho dentro ou fora do campus teve pouco ou nenhum efeito sobre a compreensão de leitura raciocínio matemático ou habilidades de pensamento crítico No terceiro ano o trabalho de meio turno teve um efeito positivo talvez porque o emprego obriga o estudante a organizar seu tempo eficientemente e a aprender melhores hábitos de trabalho Entretanto trabalhar mais de 15 ou 20 horas por semana gerou um impacto negativo Pascarella et al 1998 e está associado ao abandono dos estudos Trabalhar durante a faculdade também pode afetar a probabilidade de frequentar programas de pósgraduação Embora subsídios e empréstimos estejam disponíveis para alguns estudantes muitos precisam trabalhar para ajudar a sustentar suas aspirações educacionais Esse trabalho diminui o tem po que eles têm disponível para realizar outras atividades tais como participar de grupos de pesquisas de estágios e de trabalho voluntário Essas atividades são opcionais mas permitem aos estudantes um requerimento mais competitivo para a pósgraduação Portanto embora o trabalho em si possa não ser prejudicial para uma graduação ele pode estar relacionado a dificuldades em satisfazer os critérios para programas de pósgraduação Sem diploma de ensino médio 05 10 Proporção de ganhos dólares de hoje 15 20 25 30 00 Ensino médio Curso superior de curta duração Superior incompleto Bacharelado Mestrado Doutorado Diploma profissional 551462 738609 878259 943181 1189836 1427392 1748716 2123309 Nível educacional FIGURA 133 Salários esperados ao longo da vida valor atualizado por nível educacional Estados Unidos 2007 Mesmo considerando o custo de uma educação os níveis superiores significam salários mais altos ao longo da vida Nota Baseada na soma da média de salários de 2005 dos 25 aos 64 anos para cada nível de educação Os salários futuros são descontados usando uma taxa anual de 3 em face da realidade de que devido às taxas de juros os dólares recebidos no futuro não valerão tanto quan to aqueles recebidos hoje Dados do US Census Bureau Fonte Adaptada de Baum e Ma 2007 p 10 Papalia13indd 478 Papalia13indd 478 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 479 Crescimento cognitivo no trabalho As pessoas mudam como resultado do tipo de trabalho que fazem Algumas pesquisas dizem que sim as pessoas parecem crescer em empregos desafiadores do tipo que está se tornando cada vez mais prevalente hoje Essas pesquisas revelaram uma relação recíproca entre a complexidade substantiva do trabalho o grau de reflexão e julgamento inde pendente que ele requer e a flexibilidade de uma pessoa para lidar com as demandas cognitivas Kohn 1980 Pesquisas sobre o cérebro esclarecem como as pessoas lidam com o trabalho complexo Um grande desenvolvimento nos lobos frontais ocorre no adulto jovem Luciana 2010 O desenvol vimento completo desta área do cérebro durante essa fase da vida pode equipar melhor as pessoas para lidar com diversas tarefas ao mesmo tempo Imagens de ressonância magnética mostram que a parte mais anterior dos lobos frontais tem uma função especial na solução de problemas e no planeja mento Esta porção do cérebro entra em ação quando uma pessoa necessita interromper uma tarefa não terminada e desviar sua atenção para outra tarefa Ela permite que um trabalhador mantenha a primeira tarefa na memória de trabalho enquanto presta atenção à segunda por exemplo voltar a ler um relatório após ter sido interrompido pelo telefone Koechlin et al 1999 Outros aspectos do desenvolvimento cerebral também influenciam por que quando os jovens entram na idade adulta se tornam menos propensos a assumir riscos e são mais capazes de controlar seus comportamentos Luciana 2010 O crescimento cognitivo precisa parar ao final do dia de trabalho De acordo com a hipótese do extravasamento os ganhos cognitivos do trabalho se transferem para as horas de folga Estudos apoiam esta hipótese a complexidade substantiva do trabalho influencia fortemente o nível intelectual das atividades de lazer Kohn 1980 K Miller e Kohn 1983 Suavizando a transição para o local de trabalho O que é preciso para realizar uma transição bemsucedida da escola para o trabalho Uma revisão da literatura aponta quatro fatores fundamen tais 1 competência em geral e no trabalho 2 características pessoais como iniciativa flexibilida de objetividade e um sentido de urgência 3 relacionamentos pessoais positivos e 4 ligações entre educação e emprego Blustein Juntunen e Worthington 2000 Alguns cientistas do desenvolvimento Furstenberg et al 2005 Settersten 2005 sugerem me didas para fortalecer as ligações entre o trabalho e instituições de ensino especialmente universidades comunitárias Melhorar o diálogo entre os educadores e os empregadores Modificar os horários de estudo e de trabalho para que se adaptem às necessidades dos estudan tes que trabalham Permitir que os empregadores ajudem a planejar programas de trabalhoestudo Aumentar a disponibilidade de trabalho temporário e de meio turno Relacionar melhor o que os estudantes aprendem no trabalho e na escola Melhorar o treinamento de orientadores vocacionais Fazer um melhor uso de grupos de estudo e de apoio e de programas de instrução e orientação Oferecer bolsas de estudo ajuda financeira e plano de saúde para estudantes e empregados que trabalham tanto em meio turno quanto em tempo integral O trabalho afeta a vida diária não somente no emprego mas em casa trazendo tanto satisfação como estresse No Capítulo 14 exploramos os efeitos do trabalho sobre os relacionamentos enquanto examinamos o desenvolvimento psicossocial no adulto jovem complexidade substantiva Grau com que o trabalho de uma pessoa requer reflexão e julgamento independente hipótese do extravasamento Hipótese de que há uma transferência dos ganhos cognitivos do trabalho para o lazer que explica a relação positiva entre atividades na qualidade do fun cionamento intelectual verificador você é capaz de Resumir as mudanças recen tes no local de trabalho Discutir o impacto da combi nação entre trabalho e escola Explicar a relação entre com plexidade substantiva do trabalho e desenvolvimento cognitivo Relacionar propostas para facilitar a transição para o local de trabalho Papalia13indd 479 Papalia13indd 479 010213 0917 010213 0917 480 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman resumo e palavraschave Início da vida adulta O que significa ser um adulto e quais são os fatores que afetam o momento da entrada na vida adulta Para muitos jovens em sociedades tecnologicamente avançadas a entrada na vida adulta não é claramente demarcada ela leva mais tempo e segue caminhos mais variados do que no passado Alguns cientistas do de senvolvimento sugerem que o final da adolescência até meados dos 20 anos é um período de transição denomi nado início da vida adulta O início da vida adulta consiste em múltiplos marcos ou transições e sua ordem e momento variam A passagem destes marcos pode determinar quando um jovem se torna um adulto início da vida adulta 453 DESENVOLVIMENTO FÍSICO Saúde e condição física Em que condição física se encontra o jovem adulto típico e quais fatores afetam a sua saúde e o seu bemestar As capacidades físicas e sensoriais estão normalmente no auge no início da vida adulta e adulto jovem Os acidentes são a causa principal de morte na idade adulta emergente e na idade adulta jovem O mapeamento do genoma humano está possibili tando a descoberta das bases genéticas para certos transtornos Fatores relacionados ao estilo de vida como dieta obe sidade exercício sono tabagismo e uso ou abuso de substâncias podem afetar a saúde e a sobrevivência e podem ter consequências epigenéticas para a regulação de quando os genes são ativados e desativados Uma boa saúde está relacionada a renda mais alta e educação superior Os afroamericanos e alguns outros grupos minoritários tendem a ser menos saudáveis do que outros norteamericanos Embora muito disso seja devido ao NSE também há indicações de que pessoas de diferentes etnias poderiam responder de forma diferente a algumas influências ambientais sobre a saúde Os relacionamentos sociais especialmente o casamento tendem a estar associados à saúde física e mental A saúde mental é geralmente boa no início da idade adulta mas certas condições como a depressão tornam se mais prevalentes Abuso de álcool e alcoolismo são os transtornos ligados a substância mais comuns consumo de risco 458 alcoolismo 461 Questões sexuais e de reprodução Quais são algumas das questões sexuais e de reprodução nesta fase da vida Quase todos os adultos jovens norteamericanos têm relações sexuais antes do casamento Infecções sexualmente transmissíveis transtornos mens truais e infertilidade podem ser preocupações para o adulto jovem As taxas mais altas de ISTs nos Estados Unidos são entre adultos emergentes particularmente entre mulheres jovens A causa mais comum de infertilidade nos homens é a baixa contagem de espermatozoides a causa mais co mum nas mulheres é o bloqueio das tubas uterinas Os casais inférteis contam agora com muitas opções de reprodução assistida Essas técnicas envolvem questões éticas e práticas síndrome de tensão prémenstrual STPM ou TPM 464 infertilidade 464 indicad r indicad r indicad r Papalia13indd 480 Papalia13indd 480 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 481 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Perspectivas sobre a cognição adulta O que caracteriza o pensamento adulto Alguns pesquisadores propõem formas de cognição adulta distintas além das operações formais O pensa mento reflexivo enfatiza a lógica complexa o pensamen to pósformal envolve intuição tanto quanto emoção Schaie propôs sete estágios do desenvolvimento cogni tivo relacionado à idade aquisitivo infância e adolescên cia realizador adulto jovem responsável e executivo vida adulta intermediária e reorganizativo reintegrativo e de criação de herança vida adulta tardia De acordo com a teoria triárquica da inteligência de Sternberg os elementos empíricos e contextuais são par ticularmente importantes durante a vida adulta Testes que medem o conhecimento tácito podem ser comple mentos úteis aos testes de inteligência tradicionais A inteligência emocional desempenha um papel impor tante no sucesso na vida pensamento reflexivo 466 pensamento pósformal 468 inteligência emocional IE 470 Raciocínio moral Como o raciocínio moral se desenvolve De acordo com Kohlberg o desenvolvimento moral na vida adulta depende principalmente da experiência considerandose que ela não pode ultrapassar os limites fixados pelo desenvolvimento cognitivo A experiência pode ser interpretada diferentemente em vários contex tos culturais e nem todas as culturas apoiam os estágios mais avançados de desenvolvimento moral de Kohlberg Gilligan propôs inicialmente que as mulheres têm uma ética de cuidado enquanto a teoria de Kohlberg enfatiza a justiça Entretanto pesquisas posteriores incluindo a dela própria não sustentaram uma distinção entre a perspectiva moral masculina e a feminina Educação e trabalho Como os adultos emergentes fazem a transição para o ensino superior e para o trabalho e como essas experiências afetam o desenvolvimento cognitivo A maioria dos adultos emergentes atualmente entra na universidade e opta por cursos de dois anos ou de quatro anos de duração Mais mulheres do que homens entram na universidade hoje e uma porcentagem cada vez maior busca especialização avançada mesmo em áreas tradicionalmente dominadas pelos homens A participação das minorias está aumentando mas mais lentamente Muitos estudantes entram na universidade mas poucos fazem pósgraduação De acordo com Perry o pensamento dos estudantes uni versitários tende a progredir da rigidez para a flexibilida de e depois para compromissos livremente escolhidos Pesquisas encontraram uma relação entre a complexi dade substantiva do trabalho e o crescimento cognitivo bem como entre o trabalho complexo e atividades de lazer intelectualmente exigentes Mudanças no local de trabalho exigem educação ou trei namento superior O ensino superior aumenta muito as oportunidades de trabalho e os salários A transição para o trabalho poderia ser facilitada por meio de medidas para fortalecer a orientação vocacional e seus elos com o trabalho complexidade substantiva 479 hipótese do extravasamento 479 indicad r indicad r indicad r Papalia13indd 481 Papalia13indd 481 010213 0917 010213 0917 Capítulo 14 pontos principais Início da vida adulta padrões e tarefas Desenvolvimento da personalidade quatro perspectivas As bases dos relacionamentos íntimos Estilos de vida conjugais e não conjugais Paternidadematernidade Quando o casamento chega ao fim pontos principais você sabia que Historicamente e em todas as culturas casamentos arranjados pelos pais ou por casamenteiros profissionais são os meios mais comuns de encontrar uma companheiroa Em 1970 apenas 4 das mulheres de 35 a 44 anos de idade ganharam mais dinheiro que seus maridos e que em 2007 este número tinha aumentado para 22 Metade dos pais jovens dizem que têm pouco tempo para ficar com seus filhos de acordo com levantamentos nacionais As escolhas pessoais feitas no início da vida adulta e jovem estabelecem uma base para o resto da vida Neste capítulo examinaremos as escolhas que estruturam a vida pessoal e social a adoção de um estilo de vida sexual o casamento o concubinato ou permanecer solteiro ter filhos ou não e estabelecer e manter amizades você sabia Desenvolvimento Psicossocial no Início da Vida Adulta e no Adulto Jovem Todo adulto tem necessidade de ajuda de calor humano e de proteção sob muitos aspectos essas necessidades diferem e ainda assim se assemelham às de uma criança Erich Fromm The Sane Society 1955 Papalia14indd 482 Papalia14indd 482 010213 0917 010213 0917 Papalia14indd 483 Papalia14indd 483 010213 0917 010213 0917 484 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Início da vida adulta padrões e tarefas CAMINHOS VARIADOS PARA A VIDA ADULTA Os caminhos para a vida adulta são muito mais variados do que no passado Antes da década de 1960 os jovens nos Estados Unidos normalmente concluíam o ensino médio saíam de casa arrumavam um emprego casavamse e tinham filhos nesta ordem Na década de 1990 somente 1 em cada 4 seguia essa sequência Mouw 2005 Para muitos jovens hoje o início da vida adulta é um tempo de experimentação antes de assumir os papéis e as responsabilidades da vida adulta Um homem ou uma mulher jovem pode arranjar um emprego e um apartamento e desfrutar a vida de solteiroa Dois jovens casados podem mudarse para a casa dos pais enquanto terminam os estudos ou organizam a vida ou após a perda de um emprego Tarefas do desenvolvimento tradicionais como encontrar um trabalho estável e desenvolver relaciona mentos afetivos de longa duração podem ser adiadas até os trinta anos ou até mais tarde Roisman et al 2004 O que influencia esses caminhos variados para a vida adulta Influências sobre os caminhos para a vida adulta Os caminhos individuais para a vida adulta são influenciados por fatores como gênero capacidade acadêmica primeiras atitudes em relação à educação raça e etnia expectativas do final da adolescência e classe social Cada vez mais adultos emergentes de ambos os sexos prolongam a educação escolar e adiam a paternidadematernidade Osgood et al 2005 e estas decisões geralmente são fundamentais para o sucesso futuro no trabalho Sandefur et al 2005 bem como para o bemestar atual Em um estudo longitudinal que acom panhou uma amostra nacionalmente representativa de estudantes do último ano do ensino médio anualmente a partir de 1975 os adultos emergentes que tinham o nível de bemestar mais alto eram aqueles que ainda não haviam casado não tinham filhos frequentavam a universidade e viviam fora de sua casa da infância Schulenberg et al 2005 Em outro estudo jovens de famílias de renda baixa tendiam a sair de casa mais cedo a obter menos apoio dos pais a renunciar à educação superior e a ter filhos mais cedo A paternidadematernidade precoce limitava particularmente as perspectivas de futuro Boden Fergusson e Horwood 2008 Mollenkopf et al 2005 indicad r O que influencia os diversos caminhos para a idade adulta nos dias de hoje e como os adultos emergentes desenvolvem um sentido de identidade adulta e um relacionamento autônomo com seus pais Que caminho você seguiu ou está seguindo para a vida adulta Você tem amigos que seguiram outros caminhos indicadores de estudo 1 O que influencia os diversos caminhos para a idade adulta nos dias de hoje e como os adultos emergentes desenvolvem um sentido de identidade adulta e um relacionamento autônomo com seus pais 2 A personalidade muda durante a idade adulta Nesse caso de que forma 3 Como a intimidade é expressada na amizade e no amor 4 Quando e por que os adultos jovens escolhem permanecer solteiros formar relacionamentos homossexuais coabitar ou casar e o quanto esses estilos de vida são satisfatórios e estáveis 5 Quando a maioria dos adultos tem filhos e de que forma a maternidadepaternidade afeta um casamento 6 Quais são as tendências nos índices de divórcio e como os adultos jovens se ajustam ao divórcio a um novo casamento e ao papel de padrastomadrasta Papalia14indd 484 Papalia14indd 484 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 485 Alguns adultos emergentes têm mais recursos financeiros e de desenvolvimento do que outros Depende muito do desenvolvimento do ego uma combinação de capacidade de entender a si próprio e ao seu mundo de integrar e sintetizar o que percebe e conhece e de encarregarse do planejamento do próprio curso de vida As influências familiares são importantes Jovens cujo desen volvimento do ego tendia a estar preso em um nível menos maduro aos 25 anos de idade eram mais propensos a ter tido pais que aos 14 anos inibiam sua autonomia os desvalorizavam e eram mais hos tis em suas conversas Billings Hauser e Allen 2008 Como resultado dessas e de outras influências alguns adultos emergentes têm egos mais altamente desenvolvidos do que outros e portanto estão mais preparados para uma vida independente Tanner 2006 DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE NO INÍCIO DA VIDA ADULTA Como discutimos no Capítulo 12 Erikson considerava a busca por identidade uma tarefa para a vida toda focalizada em grande parte na adolescência O início da vida adulta oferece uma moratória ou verificador você é capaz de Dar exemplos dos vários ca minhos para a vida adulta Discutir as influências sobre os caminhos que os jovens seguem para a vida adulta pesquisa em ação OS MILENIAIS Você 1 Assiste mais de uma hora de televisão por dia 2 Possui uma tatuagem ou um piercing em outro local que não o lóbulo da orelha 3 Envia mais de 10 mensagens de texto por dia 4 Tem um perfil em um site de relaciona mento Se você respondeu sim às perguntas acima você tem muito em comum com os adultos jovens de hoje Cada coorte de adultos jovens é afetada por uma constelação diferente de influências e os de hoje conhecidos como os mileniais não são exceção Eles estão se encaminhando para a vida adulta em um período tumultu ado na história dos EUA particularmente quando vistos contra o pano de fundo de circunstâncias econômicas instáveis e das influências invasivas de todas as mídias incluindo a internet sobre a vida diária Os mileniais são mais variados em ter mos de raça e etnia do que as gerações anteriores e embora eles sejam tão propensos a rezar quanto as gerações anterio res apenas 1 em cada 4 caracterizase como pertencendo a algum grupo religioso em particular Eles estão se tornando rapidamente a coorte mais altamente educada na história dos EUA entretanto a recessão econômica do final dos anos 2000 também resultou nos níveis mais altos de desemprego para jo vens de 18 a 29 anos em aproximadamente 30 anos Cerca de 40 desses adultos jovens foram criados por pais divorciados ou solteiros e talvez como resultado os mileniais pareçam mais relutantes em casar do que as gerações anteriores e a porcen tagem de mães não casadas é em cerca de 30 a mais alta na história dos EUA Apesar do ou talvez devido ao envolvimento dos Estados Unidos em duas guerras nos anos 2000 os adul tos jovens são menos propensos a ter servido ao exército ou a ser veteranos de guerra Eles tendem a ser liberais e 60 deles apoiaram a candidatura de Barack Obama para a presidência Eles também são mais propensos a votar embora os dados atuais sugiram que eles parecem estar perden do a confiança no governo e que esses ganhos de votos podem não persistir Finalmente eles estão profundamente conectados às mídias sociais às tecnologias emergentes e à internet Oitenta porcento dormem com o telefone celular ao alcance da mão e 75 criaram um perfil em alguma rede social virtual Eles também são mais pro pensos a enviar mensagens de texto frequentemen te e a utilizar a tecnologia sem fio wireless Pew Research Center 2010a Pew Research Center 2011 qual a sua opinião Como você acha que as características dos mileniais no adulto jovem poderiam afe tar seu desenvolvimento na meiaidade Em que aspectos você acha que eles serão diferentes da ou semelhantes à gera ção atual de adultos de meiaidade 141 o Papalia14indd 485 Papalia14indd 485 010213 0917 010213 0917 486 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman um alívio das pressões do desenvolvimento e permite aos jovens a liberdade de experimentar vários pa péis e estilos de vida Quadro 141 Entretanto ela também representa um ponto crucial durante o qual os compromissos do papel adulto gradualmente se cristalizam Em países pósindustrializados de hoje a busca ativa por identidade cada vez mais tende a estenderse até o início da vida adulta Côté 2006 Recentralização Recentralização é o nome dado ao processo subjacente à mudança para uma identidade adulta É a tarefa primária no início da vida adulta É um processo de três estágios no qual poder responsabilidade e tomada de decisão gradualmente passam da família de origem para o adulto jovem independente No estágio 1 o início da idade adulta emergente o indivíduo ainda está inserido na família de origem mas as expectativas de autoconfiança e autodirecionamento começam a aumentar No estágio 2 durante a idade adulta emergente o indivíduo permanece conectado à família de origem e pode ser financeiramente dependente dela mas não está mais inserido nela Envol vimentos temporários e exploratórios em uma variedade de cursos universitários empregos e relacionamentos íntimos marcam esse estágio Próximo do seu final o indivíduo está começando a assumir compromissos sérios e obtendo os recursos para sustentálos No estágio 3 geralmente em torno dos 30 anos o indivíduo entra no período adulto jovem Este estágio é marcado por independência da família de origem embora mantendo vínculos estreitos com ela e compromisso com uma carreira com um relacionamento amoroso e possivelmente com filhos A moratória contemporânea Uma sociedade pósindustrial e fragmentada oferece a muitos adultos emergentes pouca orientação e menos pressão para crescer Heinz 2002 Eles devem construir seu curso de vida a partir das oportunidades e restrições que encontram à sua volta Nem todos estão igual mente preparados para a tarefa Côté 2006 Em geral há uma mudança nas metas relativas ao processo de recentralização Muitos jovens se afastam das metas estabelecidas de educação viagens e amigos e voltamse para metas relativas a saúde família e trabalho SalmelaAro Aunola e Nurmi 2007 A pesquisa do estado de identidade constatou que apenas cerca de um terço dos jovens ocidentais parece passar pelo que Marcia cujo trabalho foi apresentado no Capítulo 12 denominou o estado de moratória uma crise autoconsciente que leva à resolução De fato aproximadamente 15 parecem regredir durante este período e cerca da metade não apresenta qualquer mudança Kroger Marti nussen e Marcia 2009 Em vez de explorar ativa e cuidadosamente sua identidade muitos adultos jovens parecem fazer pouca deliberação ativa e consciente em vez disso adotando uma abordagem passiva difusa ou deixando os pais tomarem as rédeas de sua vida execução Não obstante aproxi madamente 3 de cada 4 jovens estabelecem algum tipo de identidade ocupacional no final da terceira década de vida A confusão de identidade persiste para 10 a 20 que não possuem o que Erikson chamou de fidelidade fé em alguma coisa maior do que eles próprios Côté 2006 Exploração da identidade racialétnica A exploração da identidade é um pouco diferente para os grupos minoritários raciaisétnicos do que para a maioria da população branca Como foi discutido no Capítulo 12 identidade étnica pode ser definida como a identidade da pessoa como membro de um determinado grupo étnico Phinney 2003 e é parte da identidade social mais ampla de um indi víduo Tajfel 1981 Muitos jovens de grupos minoritários com frequência por questões econômicas precisam assumir responsabilidades de adultos mais cedo do que seus pares Ao mesmo tempo eles tendem a valorizar as relações familiares íntimas e interdependentes e podem sentirse obrigados a ajudar suas famílias financeiramente Eles podem sofrer pressão para casar e ter filhos em uma idade precoce ou a entrar no mercado de trabalho imediatamente em vez de ir para a universidade Portan to para eles alguns dos processos do início da vida adulta podem ser cerceados Por outro lado eles devem lidar com questões de identidade especiais relativas a sua etnia e esse processo pode estender se bem além da terceira década de vida Phinney 2006 No caso de estarem vivendo em ambientes diferentes de sua cultura de origem eles podem co meçar a questionar os valores tradicionais de seu grupo étnico Para alcançar uma identidade étnica segura eles devem vir a entenderse como parte de um grupo étnico e como parte da sociedade mais ampla distinta e ter uma visão positiva das culturas tanto da minoria como da maioria na qual eles vivem Jovens multirraciais têm o desafio adicional de descobrir onde eles se enquadram Contudo muitos alcançam uma resolução que leva à realização da identidade como na seguinte recentralização Processo subjacente à mudança para uma identidade adulta Papalia14indd 486 Papalia14indd 486 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 487 Quando eu era mais jovem achava que não pertencia a lugar nenhum Mas agora simples mente cheguei à conclusão de que eu sou do jeito que sou e meu lar é dentro de mim mesmo eu não sinto mais a compulsão de me enquadrar porque se você ficar tentando se enquadrar você nunca vai conseguir Alipuria 2002 p 143 Como se poderia esperar a formação de uma identidade étnica segura tem repercussões am plas Identidade étnica segura está relacionada à autoestima mais alta Phinney et al 2001 Uma naTaylor e Updegraff 2006 E visto que uma identidade étnica segura envolve sentimentos posi tivos tanto em relação à própria identidade pessoal quanto em relação à cultura mais ampla Phinney 1989 não é surpresa descobrir que a identidade étnica segura está relacionada à maior aceitação de outros grupos Phinney Fergu son e Tate 1997 Presumivelmente en tão esses sentimentos podem resultar em interações mais positivas entre grupos dife rentes e em reduções na discriminação Phinney Jacoby e Silva 2007 DESENVOLVENDO RELACIONAMENTOS ADULTOS COM OS PAIS Quando os jovens saem de casa eles precisam concluir a negociação de autonomia iniciada na adolescên cia e redefinir seu relacionamento com seus pais como um relacionamento entre adultos Pais que são in capazes de reconhecer esta mudança podem retardar o desenvolvimento de seus filhos Aquilino 2006 Influências sobre os relacionamentos com os pais Embora não sejam mais crianças os adultos emergentes ainda necessitam de aceitação empatia e apoio dos pais e o apego a eles continua sendo um ingrediente fundamental do bemestar O apoio financeiro dos pais especialmente para a educação aumenta as chances de sucesso dos adultos emergentes nos papéis da vida adulta Aquilino 2006 Em um estudo longitudinal com mais de 900 famílias neozelandesas relações positivas entre pais e filhos no início da adolescência previam relacionamentos mais afetuosos e menos conflitantes com ambos os pais quando os filhos tivessem 26 anos Belsky et al 2001 Esses relacionamentos eram melhores quando o adulto jovem era casado mas não tinha filhos tinha atividades produtivas na escola no emprego ou nas tarefas domésticas e não morava na casa de sua infância Este achado sugere que os pais e os filhos adultos jovens se entendem melhor quando o adulto jovem está seguindo um curso de vida esperado mas adiou a responsabilidade da paternidadematernidade até que outros papéis adultos estejam bem estabelecidos Belsky et al 2003 A qualidade do relacionamento entre pais e filhos adultos pode ser afetada pelo relacionamento entre a mãe e o pai Aquilino 2006 Quando o adulto jovem vêse preso no meio entre dois pais conflitantes trans mitindo mensagens de um genitor para o outro e tentando minimizar os conflitos entre eles Amato e Afifi 2006 pode haver consequências negativas Por exemplo um estudo de 426 adolescentes mostrou que es sas situações resultaram em níveis mais altos de sintomas internalizados e pensamentos depressivos três anos mais tarde Buehler e Welsh 2009 Incapacidade de soltar as amarras No filme Failure to Launch tra dução no Brasil Armações do Amor em Portugal Como Despachar um Encalhado Matthew McConaughey interpreta um homem de 30 anos que ainda vive com os pais para o desânimo deles Este cenário tornouse cada vez mais comum nos Estados Unidos especialmente em famílias de alta renda Hill e Holzer 2007 A visão estereotipada de que esses adul tos jovens que não se mudam da casa dos pais são preguiçosos e egoístas que se recusam a crescer e a aceitar responsabilidades é em grande parte incorreta Arnett 2007b Mais propriamente eles são forçados a permane cer um pouco dependentes principalmente por preocupações econômicas e pela necessidade de obter treinamento ou escolarização em um grau maior Quais são alguns exemplos em sua comunidade de identidade étnica influenciando interações entre grupos verificador você é capaz de Definir a recentralização e resumir seus três estágios Discutir a pesquisa do estado de identidade sobre adultos emergentes em sociedades pósindustriais Explicar por que o desenvol vimento da identidade de grupos minoritários raciais étnicos é complexo Embora os adultos jovens possam não depender mais dos pais para o sustento básico eles ainda se beneficiam de sua companhia e de seu apoio social Papalia14indd 487 Papalia14indd 487 010213 0917 010213 0917 488 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman que as gerações anteriores Entretanto filhos adultos que continuam a morar com os pais podem ter problemas para renegociar seu relacionamento O processo pode ser gradual e levar muitos anos espe cialmente quando o filho adulto ainda necessita do apoio financeiro dos pais Aquilino 2006 A tendência de adultos emergentes viverem na casa dos pais também existe em alguns países europeus onde não há benefícios do governo para jovens desempregados na Itália mais da metade dos homens jovens vivem com seus pais até os 30 anos de idade Embora morar com os pais tenha sido associado com satisfação de vida mais baixa isto está se tornando menos verdadeiro à medida que a prática se torna generalizada Em mais da metade das famílias europeias filhos adultos jovens mo rarem na casa dos pais é visto de forma positiva Guerrero 2001 De fato os europeus podem estar testemunhando um novo estágio do desenvolvimento a inhouse adulthood filhos adultos em casa no qual os filhos adultos e seus pais se tratam como iguais Newman e Aptekar 2007 Figura 141 Desenvolvimento da personalidade quatro perspectivas A personalidade primeiramente mostra estabilidade ou mudança A resposta depende em parte de como a estudamos e medimos As quatro abordagens ao desenvolvimento psicossocial do adulto são representadas pelos modelos do estágio normativo modelo do momento dos eventos modelos de traço e modelos tipológicos Essas quatro abordagens fazem perguntas diferentes sobre a personalida de adulta examinam aspectos diferentes de seu desenvolvimento e com frequência usam métodos diferentes Tabela 141 Não é surpresa então que os pesquisadores dentro dessas tradições com frequência apresentem resultados difíceis de conciliar ou mesmo de comparar verificador você é capaz de Explicar como os relaciona mentos com os pais afetam o ajustamento à vida adulta e como adultos emergentes renegociam seus relaciona mentos com seus pais Discutir a tendência dos adul tos jovens que vivem na casa dos pais indicad r A personalidade muda durante a idade adulta Nesse caso de que forma FIGURA 141 Porcentagem de adultos jovens eu ropeus de 18 a 34 anos que não têm companheirosas ou filhos e vivem com os pais Muitos adultos jovens não conseguem sair do ninho na hora esperada ou vol tam para ele em épocas de dificuldades Fonte Newman e Aptekar 2007 Figura 1 Portugal Itália EU15 União Europeia 10 20 30 40 70 0 Espanha Holanda Grécia Luxemburgo País França Bélgica Áustria Irlanda Reino Unido Alemanha Dinamarca Finlândia Suécia 50 60 Porcentagem Homens Mulheres Papalia14indd 488 Papalia14indd 488 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 489 MODELOS DO ESTÁGIO NORMATIVO Os modelos do estágio normativo sustentam que os adultos seguem uma sequência básica de mu danças psicossociais relacionadas à idade As mudanças são normativas no sentido de que elas pare cem ser comuns à maioria dos membros de uma população e elas surgem em períodos sucessivos ou estágios às vezes marcados por crises emocionais que preparam o caminho para o desenvolvimento O que é normativo depende das expectativas sobre o momento dos eventos da vida naquela cultura Erikson intimidade versus isolamento O sexto estágio do desenvolvimento psicossocial de Erikson é intimidade versus isolamento Se os adultos jovens não conseguem assumir compro missos pessoais profundos com os outros dizia Erikson eles correm o risco de tornaremse exces sivamente isolados e absorvidos em si mesmos Entretanto eles necessitam de algum isolamento para refletirem sobre suas vidas À medida que trabalham para resolver demandas conflitantes de intimidade competitividade e distância eles desenvolvem um sentido ético que Erikson considerava a marca do adulto Relacionamentos íntimos demandam sacrifício e compromisso Adultos jovens que desenvolveram um forte sentido do self durante a adolescência estão em melhor posição para fundir sua identidade com a de uma outra pessoa Como já discutimos para muitas pessoas hoje o processo de formação de identidade se estende até a idade adulta e portanto de acordo com Erikson a conquista de intimidade também deve ser adiada A resolução deste estágio resulta na virtude do amor a devoção mútua en tre parceiros que escolheram compartilhar suas vidas ter filhos e ajudálos a alcançar seu próprio desenvolvimento saudável Uma decisão de não cumprir o impulso procriador natural tem consequências sérias para o desenvolvimento de acordo com Erikson Sua teoria foi criticada por excluir pessoas solteiras celibatárias homossexuais e sem filhos de seu esquema de desenvolvimento saudável bem como por tomar como norma o padrão masculino de desenvolvimento de intimidade como modelo de identidade Os herdeiros de Erikson Vaillant e Levinson A crença de Erik Erikson de que a personalidade muda durante o ciclo de vida ins pirou estudos clássicos de George Vaillant e Daniel Levinson Em 1938 Vaillant selecionou 268 estudantes de Harvard de 18 anos de modelos do estágio normativo Modelos teóricos que descrevem o de senvolvimento psicossocial em termos de uma sequência definida de mudan ças relacionadas à idade intimidade versus isolamento O sexto estágio do desenvolvimento psicossocial de Erikson no qual adultos jovens formam vínculos fortes e dura douros com amigos e parceiros afetivos ou enfrentam um possível sentimento de isolamento e autoabsorção TABELA 141 Quatro concepções sobre o desenvolvimento da personalidade Modelos Perguntas feitas Métodos usados Mudança ou estabilidade Modelos do estágio normativo A personalidade se modifica de maneira típica em certos pe ríodos no decurso da vida Entrevistas detalhadas materiais biográficos As mudanças da personalidade normati va que têm a ver com metas pessoais trabalho e relacionamentos ocorrem em estágios Modelo do momento dos eventos Quando normalmente ocorrem eventos de vida importan tes E se eles ocorressem mais cedo ou mais tarde que o usual Estudos estatísticos entre vistas questionários O momento não normativo dos eventos da vida pode causar estresse e afetar o desenvolvimento da personalidade Modelos de traço Os traços de personalidade se enquadram em grupos ou em conjuntos Esses conjun tos de traços se alteram com a idade Inventários de persona lidade questionários análise fatorial A personalidade muda substancialmente até os 30 anos e mais lentamente daí em diante Modelos tipológicos Tipos básicos de personalidade podem ser identificados Até que ponto eles preveem a trajetória de vida Entrevistas julgamentos clínicos análises fatoriais Q avaliações de compor tamento autoavaliações Os tipos de personalidade tendem a apre sentar uma continuidade da infância até a idade adulta mas certos eventos podem alterar a trajetória de vida Adultos jovens que têm um forte senso de identidade provavelmente estão prontos para as demandas de um relacionamento íntimo de acordo com Erikson Papalia14indd 489 Papalia14indd 489 010213 0917 010213 0917 490 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman idade autoconfiantes e saudáveis emocional e fisicamente para o Grant Study Na época em que os estudantes alcançaram a meiaidade Vaillant 1977 viu surgir um padrão de desenvolvimento típico Aos 20 anos muitos homens ainda eram dominados por seus pais Durante a terceira década de vida e às vezes na quarta eles adquiriam autonomia casavam tinham filhos e aprofundavam as amizades Eles se esforçavam em suas carreiras e dedicavamse a suas famílias raramente questionando se ti nham escolhido a mulher certa ou a profissão certa Levinson 1978 1980 1986 e seus colegas da Universidade de Yale conduziram entrevistas pro fundas e testes de personalidade com 40 homens com idades de 35 a 45 anos e formularam uma teoria do desenvolvimento da personalidade baseada em uma estrutura de vida evolutiva o padrão ou modelo subjacente da vida de uma pessoa em um determinado momento 1986 p 6 Entre as idades de 17 e 33 anos um homem constrói sua primeira estrutura de vida temporária Ele sai da casa dos pais talvez para ir para a universidade ou para o serviço militar e tornase financeira e emocionalmente independente Ele escolhe uma profissão talvez uma esposa e forma um sonho sobre o que espera alcançar no futuro Em torno dos 30 anos ele reavalia sua primeira estrutura de vida Ele então constitui uma família e estabelece metas uma cátedra por exemplo ou um certo nível de renda e um prazo para alcançálas digamos aos 40 anos Ele fundamenta sua vida na família na profissão e na comunidade A forma como ele lida com os problemas desta fase afetarão como ele suporta a transição para a meiaidade Em um estudo de comparação com 45 mulheres Levinson 1996 verificou que as mulheres pas sam por padrões de desenvolvimento semelhantes Entretanto devido às tradicionais divisões culturais entre os papéis masculino e feminino as mulheres podem enfrentar restrições psicológicas e ambientais diferentes na formação de suas estruturas de vida e suas transições tendem a demorar mais tempo Avaliação dos modelos do estágio normativo Tanto o Grant Study como o primeiro estudo de Levinson foram baseados em grupos pequenos de homens e mulheres nascidos nas décadas de 1920 1930 e 1940 Portanto o desenvolvimento deles foi afetado por eventos sociais únicos às suas coortes bem como por seu nível socioeconômico etnia e gênero Hoje os adultos jovens seguem caminhos evolutivos muito mais diversos e como resultado podem desenvolverse diferentemente das pessoas nesses estudos Além disso os achados da pesquisa do estágio normativo podem não aplicarse a ou tras culturas algumas das quais têm padrões muito diferentes de desenvolvimento ao longo da vida Não obstante a pesquisa do estágio normativo teve um impacto permanente no campo Os psi cólogos baseandose especialmente no trabalho de Erikson identificaram tarefas do desenvolvi mento que precisam ser realizadas para a adaptação bemsucedida a cada estágio de vida Roisman et al 2004 Dentre as tarefas do desenvolvimento do adulto jovem estão deixar a casa da infância para entrar na universidade para trabalhar para ingressar no serviço militar desenvolver amizades novas e mais íntimas e relacionamentos afetivos e desenvolver um sentido de identidade independente e autoconfiante Arnett 2000 2004 Scharf Mayseless e KivensonBaron 2004 Outras tarefas do desenvolvimento deste período discutidas no Capítulo 13 incluem completar a educação entrar no mercado de trabalho e tornarse financeiramente independente Talvez a mensagem mais importante dos modelos do estágio normativo é que desenvolvimento não é meramente chegar à idade adulta Quer as pessoas sigam ou não os padrões específicos suge ridos por esses modelos a pesquisa do estágio normativo sustenta a ideia de que os seres humanos continuam a mudar e a se desenvolver durante toda a vida MODELO DO MOMENTO DOS EVENTOS Em vez de examinar o desenvolvimento da personalidade adulta puramente em função da idade o modelo do momento dos eventos apoiado por Bernice Neugarten e colaboradores Neugarten Moore e Lowe 1965 Neugarten e Neugarten 1987 sustenta que o curso do desenvolvimento depende de quando certos eventos ocorrem nas vidas das pessoas Os eventos de vida normativos também chamados de eventos normativos ordenados pela idade consulte o Capítulo 1 são aqueles que normalmente acontecem em determinadas épocas da vida tais como casar ter filhos tornarse avôavó e aposentarse De acordo com este modelo as pessoas geralmente têm plena consciência tanto do seu momento quanto do relógio social as normas e expectativas de sua sociedade para o momento apropriado dos eventos de vida N do T Estudo longitudinal que acompanhou 569 sujeitos brancos do sexo masculino durante 68 anos 1940 a 2008 realizado pela universidade de Harvard estrutura de vida Na teoria de Levinson o padrão subja cente da vida de uma pessoa em um determinando momento construído sobre os aspectos da vida que a pessoa considera mais importantes tarefas do desenvolvimento Nas teorias do estágio normativo desa fios típicos que precisam ser enfrenta dos para a adaptação bemsucedida a cada estágio de vida modelo do momento dos eventos Modelo teórico do desenvolvimento da personalidade que descreve o desen volvimento psicossocial adulto como resposta à ocorrência e ao momento previsto ou imprevisto de eventos de vida importantes eventos de vida normativos No modelo do momento dos eventos experiências de vida comumente espe radas que ocorrem em épocas habituais relógio social Conjunto de normas ou expectativas culturais para os momentos da vida em que certos eventos importantes como casar ter filhos começar a trabalhar e aposentarse devem ocorrer Papalia14indd 490 Papalia14indd 490 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 491 Se os eventos ocorrem na hora certa o desenvolvimento prossegue sem problemas Se não pode ocorrer estresse O estresse pode originarse de um evento inesperado tal como perder um emprego de um evento que acontece fora de hora ficar viúvoa aos 35 anos ou ser forçadoa a aposentarse aos 50 ou da não ocorrência de um evento esperado e desejado nunca casar ou ser incapaz de gerar um filho As diferenças de personalidade influenciam a forma como as pessoas respondem aos eventos de vida e podem mesmo influenciar seu momento Por exemplo uma pessoa resiliente tem probabilidade de experimentar uma transição mais fácil para a idade adulta e para as tarefas e eventos que se apresentam do que uma pessoa excessivamente ansiosa que pode adiar decisões sobre relacionamento e carreira O momento típico dos eventos varia de uma cultura para outra e de uma geração para outra De fato coortes mais recentes de adultos jovens estão completando as tarefas do desenvolvimento deste período em idades mais tardias do que era anteriormente normativo indicando que o momento do relógio social na cultura ocidental mudou um pouco nos últimos anos Arnett 2010 O aumento na idade média em que adultos se casam nos Estados Unidos US Census Bureau 2010a e a tendência a adiar a primeira gravidez Martin Hamilton et al 2010 são dois exemplos de eventos para os quais o momento mudou Um cronograma que parece correto para pessoas em uma coorte ou grupo cultural pode não parecer correto para os seguintes A partir de meados do século XX os relógios sociais em muitas sociedades ocidentais se tornaram mais amplamente marcados pela idade Hoje as pessoas aceitam melhor pais que têm seu primeiro filho aos 40 anos de idade e avós de 40 anos aposentados de 50 anos de idade e trabalhadores de 75 anos pessoas de 60 anos usando calças jeans e reitores de universidade de 30 anos Esta variação mais ampla de normas etárias prejudica a previsibilidade na qual o modelo do momento dos eventos é baseada O modelo do momento dos eventos deu uma contribuição importante para nosso entendimento da personalidade adulta ao enfatizar o curso de vida individual e desafiar a ideia de mudança univer sal relacionada à idade Entretanto sua utilidade pode ser limitada a culturas e a períodos históricos nos quais as normas de comportamento são estáveis e generalizadas MODELOS DE TRAÇO OS CINCO FATORES DE COSTA E MCCRAE Modelos de traço procuram estabilidade ou mudança nos traços ou facetas da personalidade Paul T Costa e Robert R McCrae desenvolveram e testaram um modelo dos cinco fatores Figura 142 consistindo de fatores ou dimensões que parecem ser subjacentes a cinco grupos de traços associa modelos de traço Modelos teóricos do desenvolvimento da personalidade que se concentram nos traços ou atributos mentais emocionais temperamentais e comportamentais modelo dos cinco fatores Modelo teórico da personalidade de senvolvido e testado por Costa e McCrae baseado nos Cinco Grandes fatores subjacentes a agrupamentos de traços de personalidade relacionados neuroti cismo extroversão abertura para o novo conscienciosidade e amabilidade FIGURA 142 Modelo dos cinco fatores de Costa e McCrae Cada fator ou dimensão da personalidade representa um conjunto de traços ou face tas relacionados N Neuro ticismo E Extroversão AN Abertura para o novo A Amabilidade C Conscien ciosidade Fonte Costa Jr PT McCrae RR 1980 Still stable after all of these years Personality as a key to some issues in adulthood and old age Em P Baltes e O Brim Jr Eds LifeSpan Development and Behavior Vol 3 p 71 Figura 1 Copyright 1980 Repro duzida com permissão de Taylor e Francis Group LLCBooks no formato Textbook via Copyright Clearance Center E N AN C Calor humano Espírito gregário Assertividade Atividade Busca de sensações fortes Emoções positivas Confiança Franqueza Altruísmo Obediência Modéstia Sensibilidade Deliberação Autodisciplina Diligência Busca de realização Organização Competência Fantasia Senso estético Sentimentos Ações Ideias Valores Ansiedade Hostilidade Depressão Insegurança Impulsividade Vulnerabilidade A Papalia14indd 491 Papalia14indd 491 010213 0917 010213 0917 492 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman dos conhecidos como os Cinco Grandes Eles são 1 neuroticismo N 2 extroversão E 3 abertura para o novo AN 4 conscienciosidade C e 5 Amabilidade A Neuroticismo é um grupo de seis traços ou facetas indicando instabilidade emocional ansieda de hostilidade depressão insegurança impulsividade e vulnerabilidade A extroversão também tem seis facetas acolhimento gregariedade assertividade atividade busca de sensações fortes e emoções positivas Pessoas que são abertas para o novo estão dispostas a tentar coisas novas e abraçam novas ideias As pessoas conscienciosas são empreendedoras elas são competentes organizadas respei tosas cautelosas e disciplinadas As pessoas amáveis são confiantes francas altruístas obedientes modestas e facilmente seduzidas Continuidade e mudança no modelo dos cinco fatores Em análises de amostras longitudi nais e transversais de homens e mulheres norteamericanos Costa e McCrae 1980 1988 1994a 1994b 2006 Costa et al 1986 McCrae 2002 McCrae e Costa 1984 McCrae Costa e Busch 1986 encontraram considerável continuidade bem como mudança perceptível em todas as cinco dimensões entre a adolescência e os 30 anos de idade com mudança muito mais lenta daí em diante Entretanto a direção da mudança variava por diferentes fatores de personalidade A amabilidade e a conscienciosidade geralmente aumentavam enquanto o neuroticismo a extroversão e a abertura para o novo declinavam McCrae et al 2000 Esses padrões de mudança relacionados à idade pareciam ser universais entre as culturas e portanto de acordo com esses autores associados com amadureci mento McCrae 2002 Parcialmente contraditórias outras análises de muitos estudos longitudinais e transversais cons tataram mudança importante em quase todos os traços de personalidade durante toda a idade adulta Roberts e Mroczek 2008 Roberts Walton e Viechtbauer 2006a 2006b De fato os traços mudavam mais marcadamente no adulto jovem do que em qualquer outro período mas em uma direção uniformemente positiva com aumentos especialmente grandes na dominância social asser tividade uma faceta da extroversão na conscienciosidade e na estabilidade emocional Contudo como discutimos nos Capítulos 16 e 18 a personalidade também mostrava uma mudança clara geralmente positiva após os 30 anos mesmo na velhice e as mudanças que ocorriam tendiam a ser mantidas Além disso havia pouca evidência de causas maturacionais ou genéticas para as mudan ças no início da vida adulta Acreditamos que as experiências de vida centradas no período adulto jovem são a razão mais provável para os padrões de desenvolvimento que observamos Roberts et al 2006a p 18 Naturalmente algumas pessoas mudam mais outras menos e nem toda mudança é positiva As pessoas com carreiras bemsucedidas e gratificantes no período adulto jovem tendem a mostrar au mentos desproporcionais na estabilidade emocional e na conscienciosidade enquanto pessoas que se esquivam de responsabilidade ou agem agressivamente no trabalho tendem a apresentar diminuições nesses traços Roberts e Mroczek 2008 Os Cinco Grandes parecem estar ligados a vários aspectos da saúde e do bemestar Em um estudo de amostras representativas de adultos de 25 a 65 anos nos Estados Unidos e na Alemanha os Cinco Grandes especialmente neuroticismo estavam associados com sentimentos subjetivos de saúde e bemestar Staudinger Fleeson e Baltes 1999 A conscienciosidade foi associada com com portamentos relacionados à saúde que contribuem para a longevidade Bogg e Roberts 2004 Traços dos Cinco Grandes também foram associados com satisfação conjugal Gattis et al 2004 relaciona mentos entre pais e bebê Kochanska Friesenborg et al 2004 conflito entre trabalho e família Way ne Musisca e Fleeson 2004 e transtornos da personalidade Pessoas com alto neuroticismo tendem a ser suscetíveis a ansiedade e depressão pessoas com baixa extroversão são propensas a agorafobia medo de lugares abertos e a fobias sociais Bienvenu et al 2001 Avaliando o modelo dos cinco fatores Este conjunto de trabalhos originalmente levantou argu mentos poderosos a favor da continuidade da personalidade especialmente após os 30 anos de idade A pesquisa mais recente minou aquela conclusão ao ponto de Costa e McCrae agora reconhecerem que mudanças ocorrem durante toda a vida Entretanto a questão da causalidade necessita mais estudos as mudanças do amadurecimento impelem as pessoas a buscar papéis sociais que se ajustem às suas personalidades maduras ou os adultos mudam para satisfazer as demandas de seus novos papéis Ou a mudança é bidirecional Você tem um blog Nesse caso as palavras que você usa podem refletir qual seria a sua pontuação nas medidas dos Cinco Grandes Pessoas com pontuações altas em neuroticismo são propensas a usar palavras associadas a emoções negativas e a ter uma predileção pela palavra ironia Pessoas extrovertidas usam palavras positivas e são mais propensas a usar a palavra bebidas e menos propensas a usar a palavra computador Pessoas abertas usam muitas preposições e palavras longas bem como estranhamente a palavra tinta Pessoas conscienciosas gostam da palavra concluído e pessoas amáveis preferem maravilhoso e não gostam particularmente de pornô Yarkoni 2010 Papalia14indd 492 Papalia14indd 492 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 493 Em um estudo longitudinal com 980 pessoas na Nova Zelândia os traços da personalidade aos 18 anos de idade afetavam as experiências de trabalho no início da vida adulta e essas experiências de trabalho por sua vez afetavam as mudanças na personalidade conforme medido aos 26 anos de idade Por exemplo adolescentes que eram sociáveis e afáveis tendiam a subir mais rápido no início de suas carreiras e por sua vez aqueles que tinham empregos de status mais alto mais gratificantes tendiam a tornarse mais sociáveis e afáveis Roberts Caspi e Moffitt 2003 Portanto parece que a personalidade na idade adulta pode ser mais maleável e mais complexa do que as pesquisas sobre traços anteriores sugeriam Outras críticas ao modelo dos cinco fatores são metodológicas Jack Block 1995a 1995b afirma que visto que o modelo dos cinco fatores é baseado em grande parte em avaliações subjetivas ele pode não ter validade a menos que suplementado por outras medidas Além disso a seleção de fatores e de suas facetas associadas é tanto uma arte quanto uma ciência e talvez não seja totalmente abran gente Outros pesquisadores escolheram fatores diferentes e dividiram os traços associados de forma diferente Por exemplo podese perguntar se a cordialidade é uma faceta da extroversão como no modelo dos Cinco Grandes ou ela poderia ser melhor classificada como um aspecto da amabilidade Um modelo que examina apenas diferenças individuais nos grupos de traços não oferece uma base teórica para o entendimento de como a personalidade funciona dentro da pessoa MODELOS TIPOLÓGICOS Jack Block 1971 Block e Block 2006 foi um pioneiro na abordagem tipológica A pesquisa tipo lógica busca complementar e expandir a pesquisa sobre traço examinando a personalidade como uma unidade funcional A pesquisa identificou três tipos de personalidade egoresiliente supercontrolado e subcontro lado Esses três tipos diferem na resiliência do ego ou adaptabilidade sob estresse e no controle do ego ou autocontrole Pessoas egoresilentes são bem ajustadas autoconfiantes independentes articuladas atentas prestativas cooperativas e focadas na tarefa As pessoas supercontroladas são tímidas caladas ansiosas e confiáveis elas tendem a manter seus pensamentos para si e a afastarse de conflito e são mais sujeitas a depressão As pessoas subcontroladas são ativas enérgicas impulsivas teimosas e facilmente distraídas A resiliência do ego interage com o controle do ego para determinar se o comportamento é ou não adaptativo ou maladaptativo Por exemplo o subcontrole pode levar à criatividade e ao empreendedorismo ou a comportamentos externalizantes e antissociais Dentro da mesma lógica o supercontrole pode ajudar a tornar uma pessoa altamente focada e planejada ou pode levar a um estilo de comportamento inflexível e inibido Formas mais extremas de supercontrole ou de subcontrole estão geralmente associadas com baixos níveis de resiliência do ego Kremen e Block 1998 Esses tipos de personalidade ou tipos semelhantes existem em ambos os sexos em todas as culturas e grupos étnicos assim como em crianças adolescentes e adultos Caspi 1998 Hart et al 1997 Pulkkinen 1996 Robins et al 1996 van Lieshout et al 1995 Um estudo longitudinal realizado em Munique demonstrou a influência duradoura da personali dade infantil Professores e pais avaliaram 103 crianças anualmente entre as idades de 3 e 12 anos e então novamente aos 17 e aos 23 anos Crianças que tinham sido supercontroladas entre as idades de 4 e 6 anos tendiam a ser tímidas no final da adolescência e no início da vida adulta enquanto aquelas que tinham sido subcontroladas na segunda infância eram mais agressivas e esses traços tornaramse mais acentuados entres as idades de 17 e 23 anos Além disso tanto o tipo supercontrolado quanto o subcontrolado tinham mais dificuldade do que os tipos mais resilientes em assumir papéis sociais adul tos sair da casa dos pais estabelecer relacionamentos afetivos e conseguir empregos de meio turno Denissen Asendorpf e van Aken 2008 Naturalmente o achado de uma tendência à continuidade de atitudes e comportamento não significa que as personalidades nunca mudam ou que certas pessoas estão condenadas a uma vida de desajustamento Crianças subcontroladas podem se dar melhor na idade adulta se encontrarem nichos nos quais sua energia e espontaneidade sejam consideradas uma vantagem Jovens supercontrolados podem sair de suas conchas se descobrirem que sua confiabilidade discreta é valorizada E embora os tipos de personalidade estabelecidos na infância possam prever padrões de comportamento de longo prazo certos eventos podem mudar o curso de vida Caspi 1998 Para jovens com problemas de ajus tamento por exemplo o casamento com uma pessoa apoiadora pode levar a resultados mais positivos Os perfis do Facebook têm maior probabilidade de refletir diferenças individuais reais nos Cinco Grandes fatores da personalidade do que uma versão idealizada de quem você é Isto é mais verdadeiro para extroversão e abertura para o novo e menos verdadeiro para neuroticismo Portanto tenha cuidado com o que você escreve Back et al 2010 abordagem tipológica Abordagem teórica que identifica tipos ou estilos amplos de personalidade resiliência do ego Capacidade dinâmica de modificar o próprio nível de controle do ego em resposta a influências ambientais e contextuais controle do ego Autocontrole e autorregulação dos impulsos Na sua opinião quais dos modelos aqui apresentados parece descrever mais precisamente o desenvolvimento psicossocial na idade adulta verificador você é capaz de Comparar quatro abordagens teóricas ao desenvolvimento psicossocial adulto Papalia14indd 493 Papalia14indd 493 010213 0917 010213 0917 494 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman As bases dos relacionamentos íntimos Erikson considerava o desenvolvimento dos relacionamentos íntimos a tarefa crucial no período adul to jovem A necessidade de estabelecer relacionamentos fortes estáveis estreitos e carinhosos é um forte motivador do comportamento humano As pessoas se tornam íntimas e permanecem íntimas por meio de revelações compartilhadas receptividade às necessidades do outro e aceitação e respeito mútuos Os relacionamentos íntimos requerem autoconsciência empatia capacidade de comunicar emo ções resolver conflitos e manter compromissos e se o relacionamento é potencialmente sexual tomar decisões sobre sexo Essas habilidades são fundamentais quando os adultos jovens decidem se querem se casar ou formar parcerias íntimas e ter ou não ter filhos Lambeth e Hallett 2002 Além disso a formação de novos relacionamentos como com parceiros amorosos e a renegociação de relacionamentos existentes como com os pais têm implicações para se a personalidade permanece a mesma ou muda Por exemplo pessoas com alto neuroticismo tendem a acabar em relacionamentos nos quais elas se sentem menos seguras e esses sentimentos crônicos de insegurança servem para tornálas mais neuróticas ao longo do tempo Neyer e Lehnart 2007 Em suma personalidade e relacionamentos podem ser vistos como influenciando um ao outro Examinemos duas expressões de intimidade no adulto jovem a amizade e o amor AMIZADE As amizades durante o período adulto jovem podem ser menos estáveis do que nos períodos ante riores e posteriores devido à frequência com que as pessoas desta idade mudam de cidade Collins e Van Dulmen 2006 ainda assim muitos adultos jovens mantêm amizades de longa distância de alta qualidade e comprometidas Johnson et al 2009 As amizades no período adulto jovem tendem a centrarse nas atividades de trabalho e de parentalidade e na troca de confidências e conselhos Algu mas amizades são extremamente íntimas e apoiadoras outras são marcadas por conflitos frequentes Hartup e Stevens 1999 Algumas melhores amizades são mais estáveis do que os laços com um amante ou um cônjuge Adultos jovens solteiros recorrem mais às amizades para satisfazer às suas necessidades sociais do que adultos jovens casados ou pais jovens Carbery e Buhrmester 1998 O número de amigos e a quantidade de tempo passado com eles geralmente diminuem no decorrer do período adulto jovem Ainda assim as amizades são importantes para os adultos jovens Pessoas que têm amigos tendem a sentir uma sensação de bem estar ter amigos faz com que as pessoas se sintam bem consigo mesmas e tenham mais facilidade para fazer novos amigos Hartup e Stevens 1999 Myers 2000 As mulheres normalmente têm mais amizades íntimas do que os homens Os homens são mais propensos a compartilhar informações e atividades e não confidências com os amigos Rosenbluth e Steil 1995 As mulheres têm mais tendência a conversarem com suas amigas sobre seus problemas conjugais e a receber conselhos e apoio Helms Crouter e McHale 2003 Muitos adultos jovens incorporam os amigos a suas redes familiares escolhidas Esses amigos íntimos e apoiadores são considerados parentes fictícios em outras palavras a família psicológica da pessoa Entre ho mens e mulheres homossexuais os relacionamentos de parentela fictícia são com frequência com amigos heterossexuais do sexo oposto Em um estudo os relacionamentos que duravam mais tempo tendiam a ser aque les nos quais o amigo heterossexual não era casado ou tinha um estilo de vida não convencional Muraco 2006 Nos últimos anos o uso dos sites de relacionamentos como o Face book por adultos jovens aumentou substancialmente Facebook 2011 Algumas pessoas têm argumentado que essas redes sociais podem ser pre Como a intimidade é expressada na amizade e no amor indicad r Pessoas com amígdalas maiores uma parte do cérebro envolvida nas emoções tendem a ter círculos sociais maiores Bickart et al 2010 parente fictício Amigos que são considerados e se comportam como membros da família Os relacionamentos íntimos envolvem autoconhecimen to empatia e capacidade de comunicação Essas habili dades são fundamentais quando adultos jovens decidem se querem casar ou formar parcerias Papalia14indd 494 Papalia14indd 494 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 495 judiciais mas há indicações de que elas também oferecem vantagens Por exemplo o Facebook é usado com frequência para manter e fortalecer conexões com amigos e familiares através de distâncias geográficas Subrahmanyam et al 2008 Por outro lado um número cada vez maior de adultos jovens hoje não tem confidentes íntimos de acordo com um estudo longitudinal Durante um período de 19 anos o número de pessoas que disse não ter alguém com quem discutir assuntos importantes quase triplicou Os declínios foram mais acentuados entre pessoas educadas de classe média que podem manter contato com amigos e familiares por email ou telefone mas não pessoalmente McPherson SmithLovin e Brashears 2006 AMOR A maioria das pessoas aprecia histórias de amor incluindo as delas próprias De acordo com a teoria triangular do amor de Robert J Sternberg 1995 1998b 2006 a maneira pela qual o amor se desenvolve é uma história Os amantes são seus autores e a história que eles criam reflete suas perso nalidades e suas concepções de amor Imaginar o amor como uma história pode nos ajudar a ver como as pessoas escolhem e mis turam os elementos da trama De acordo com Sternberg 1986 1998a 2006 os três elemen tos ou componentes do amor são intimidade paixão e compromisso Intimidade o elemento emocional envolve autorrevelação que leva à ligação ternura e confiança Paixão o elemento motivacional baseiase em impulsos interiores que traduzem a excitação fisiológica em desejo se xual Compromisso o elemento cognitivo é a decisão de amar e permanecer com a pessoa amada O grau em que cada um dos três elementos está presente determina que tipo de amor as pessoas sentem Tabela 142 teoria triangular do amor Teoria de Sternberg de que os padrões de amor dependem do equilíbrio entre três elementos intimidade paixão e compromisso Você gosta de filmes sentimentais Bem esses filmes podem ter um efeito involuntário Foi demonstrado que as lágrimas das mulheres conduzem a níveis mais baixos de excitação sexual nos homens Os pesquisadores acreditam que o contato íntimo envia uma mensagem química olfativa ao cérebro dos homens e a mensagem que as lágrimas estão enviando é afastese Gelstein et al 2011 TABELA 142 Padrões de amor Tipo Descrição Desamor Os três componentes do amor intimidade paixão e compromisso estão ausentes Isso descreve a maioria das relações interpessoais que são simplesmente interações casuais Amizade Intimidade é o único componente presente Há intimidade compreensão apoio emocional afeição ligação e calor humano Não há paixão nem compromisso Paixão A paixão é o único componente presente Este é o amor à primeira vista uma atração física e excitação sexual fortes sem intimidade ou compromisso A paixão pode acenderse repentinamente e do mes mo modo extinguirse ou dadas certas circunstâncias às vezes pode durar um longo tempo Amor vazio Compromisso é o único componente presente O amor vazio é encontrado com frequência em relaciona mentos duradouros que perderam tanto a intimidade quanto a paixão ou em casamentos arranjados Amor romântico Intimidade e paixão estão presentes Os amantes românticos são atraídos um pelo outro fisicamente e estão emocionalmente ligados Entretanto não estão mutuamente comprometidos Amor companheiro Intimidade e compromisso estão presentes Este é uma amizade comprometida de longo prazo que ocorre com frequência em casamentos nos quais a atração física se esgotou mas os parceiros se sen tem mutuamente íntimos e tomaram a decisão de permanecer juntos Amor instintivo Paixão e compromisso estão presentes sem intimidade Este é o tipo de amor que leva a um namoro relâmpago no qual o casal assume um compromisso com base na paixão sem se permitir o tempo necessário para desenvolver intimidade Este tipo de amor geralmente não dura apesar da intenção inicial de comprometerse Amor verdadeiro Os três componentes estão presentes neste amor completo pelo qual muitas pessoas se esforçam especialmente nos relacionamentos amorosos É mais fácil atingilo do que mantêlo Ambos os par ceiros podem mudar o que desejam da relação Se o outro parceiro também mudar o relacionamento pode sobreviver de uma forma diferente Se o outro parceiro não mudar o relacionamento pode se dissolver Fonte Baseado em Sternberg 1986 Papalia14indd 495 Papalia14indd 495 010213 0917 010213 0917 496 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A comunicação é uma parte essencial da intimidade Em um estudo transcultural 263 casais adultos jovens no Brasil na Itália em Taiwan e nos Estados Unidos informaram sobre comunicação e satisfação em seus relacionamentos amorosos Em todos os quatro países casais que se comunicavam construtivamente tendiam a estar mais satisfeitos com seus relacionamentos do que aqueles que não o faziam Christensen et al 2006 A formação de um sentido de realização da identidade também parece afetar a qualidade dos relacionamentos amorosos Em um estudo de 710 adultos emergentes o estado de realização da identidade estava associado com sentimentos mais fortes de companheirismo valor afeição e apoio emocional dentro de relacionamentos amorosos Barry et al 2009 Isto apoia as afirmações de Erikson 1973 de que a formação de um sentido de identidade seguro é necessária para o estabele cimento de relacionamentos íntimos de alta qualidade Estilos de vida conjugais e não conjugais Em muitos países ocidentais as normas atuais para estilos de vida socialmente aceitáveis são mais flexíveis do que eram durante a primeira metade do século XX As pessoas casam mais tarde quando se casam mais pessoas têm filhos fora do ca samento se tiverem filhos e mais pessoas rompem seus casamentos Algumas pessoas permanecem solteiras algumas casam nova mente e outras vivem com um parceiro de qualquer sexo Algumas pessoas casadas com carreiras distintas têm casamentos iti nerantes às vezes chamados de convivência à distância Adams 2004 Em síntese não existe o tal casamento ou família típicos Nesta seção examinaremos mais de perto os estilos de vida conjugais e não con jugais Na próxima seção examinaremos a paternidadematernidade VIDA DE SOLTEIRO A proporção de adultos jovens de 25 a 34 anos nos Estados Unidos que ainda não se casaram quase triplicou entre 1970 e 2005 Para as mulheres o aumento foi de 9 para 32 e para os homens de 15 para 43 U S Census Bureau 2007b A tendência é particularmente pronunciada entre mulheres afroamericanas 35 das quais ainda estão solteiras no final dos seus 30 anos Teachman et al 2000 Entre 1970 e 2006 houve um declínio significativo na taxa de casamento em quase todos os países Figura 143 Há indicações de que as crenças religiosas podem afetar a taxa de casamento Mães urbanas que tiveram um bebê fora do casamento eram mais propensas a eventualmente se casar se frequentassem a igreja regularmente Pode ser que a participação em um grupo social no qual as preocupações de ca samento e família são modeladas e apoiadas regularmente socialize essas mulheres a esperar e desejar o casamento em um grau maior Wilcox e Wolfinger 2007 Alguns adultos jovens permanecem solteiros porque não encontraram os parceiros certos outros são solteiros por opção Mais mulheres hoje se sus tentam sozinhas e há menos pressão social para casar Ao mesmo tempo muitos adultos solteiros estão adiando o casamento e os filhos devido à instabilidade econômica Want e Morin 2009 Alternativamente algumas pessoas querem ser livres para mudarse para outras partes do país ou do mundo seguir carreiras aprimorar a educação ou realizar trabalhos criativos sem se preocupar em como sua busca pela autorrealização afeta outra pes soa Alguns gostam de liberdade sexual Alguns acham o estilo de vida excitan te Alguns apenas gostam de estar sozinhos Outros adiam ou evitam o casamento por medo que ele acabe em divórcio verificador você é capaz de Listar as habilidades que promovem e mantêm a intimidade Identificar aspectos carac terísticos da amizade no período adulto jovem Identificar três componentes do amor de acordo com Sternberg indicad r Quando e por que os adultos jovens escolhem permanecer solteiros formar relacionamentos homossexuais coabitar ou casar e o quanto esses estilos de vida são satisfatórios e estáveis Cada vez mais as pessoas estão usando sites da internet para encontrar possíveis namorados e parceiros amorosos Mas podemos confiar no que as pessoas dizem Na maior parte das vezes parece que podemos mas as pessoas tendem a mentir sobre nesta ordem peso idade e altura Portanto quando estiver procurando um relacionamento na internet não se esqueça de pedir uma foto atual Toma Hancock e Ellison 2008 Uma dica para os homens ao tentar obter o número de telefone de uma mulher toquea levemente no braço Foi demonstrado que isso tem um grande efeito Guegen 2007 Oprah Winfrey é apenas uma de muitas mulheres afroame ricanas que permanecem sol teiras durante a vida adulta jovem e intermediária Papalia14indd 496 Papalia14indd 496 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 497 RELACIONAMENTOS HOMOSSEXUAIS Nos últimos 40 anos mais adultos homossexuais assumiram sua orienta ção sexual e estão vivendo abertamente As pesquisas sugerem que 40 a 60 dos homens homossexuais e 45 a 80 das mulheres homossexuais nos Estados Unidos estão em relacionamentos amorosos e que 8 a 28 desses casais vivem juntos há pelo menos dez anos Kurdek 2004 Essa abertura cada vez maior levou a maior aceitação social da homossexua lidade Atualmente aproximadamente 4 em cada 10 norteamericanos tem um amigo próximo ou um membro da família que é homossexual Além disso aqueles que são próximos de uma pessoa homossexual são mais propensos a apoiar a legislação como o casamento entre homos sexuais ou as leis antidiscriminação focadas em pessoas homossexuais Neidorf e Morin 2011 Isto é relevante para a força desses relacio namentos visto que a pesquisa demonstrou que o apoio da família e dos amigos está relacionado à duração e à harmonia do relacionamento Kurdek 2008 Em muitos aspectos os relacionamentos homossexuais espelham os relacionamentos heterossexuais Casais homossexuais tendem a ser pelo menos tão satisfeitos com seus relacionamentos quanto casais heterosse xuais Os fatores que predizem a qualidade dos relacionamentos tanto homossexuais como heterossexuais traços de personalidade percep ções do relacionamento pelos parceiros formas de comunicação e reso lução de conflitos e apoio social são semelhantes Kurdek 2004 2005 2006 De fato os relacionamentos do mesmo sexo comprometidos di ficilmente podem ser diferenciados em qualidade dos relacionamentos heterossexuais comprometidos Roisman et al 2008 Diferenças entre casais homossexuais e casais heterossexuais tam bém emergiram da pesquisa Kurdek 2006 Primeiro casais homos sexuais são mais propensos que casais heterossexuais a negociar os afazeres domésticos para alcançar um equilíbrio que funcione para eles e acomode os interesses habilidades e horários de ambos os parceiros Segundo eles tendem a resolver os conflitos em uma atmosfera mais positiva do que os casais heterossexuais Terceiro os relacionamentos homossexuais tendem a ser menos estáveis do que os relacionamentos heterossexuais principalmente devido a ausência de apoio institucional Entretanto embora os casais homossexuais possam receber menos apoio de amigos e familiares eles podem compensar isto com amigos grupos sociais e organizações amigáveis à comunidade LGBT Pope Murray e Mobley 2010 Com base na pesquisa e em vista das semelhanças entre relacionamentos do mesmo sexo e heterossexuais a American Psychological Association 2004a declarou injusto e discriminatório negar a casais do mesmo sexo o acesso ao casamento civil ie não religioso Desde julho de 2011 o casamento entre casais homossexuais é legal em sete países europeus Suécia Noruega Holanda Bélgica Espanha Portugal e Islândia na África do Sul no Canadá na Argentina e na Cidade do México Além disso uniões civis nas quais os casais têm alguns dos benefí cios econômicos e outros benefícios direitos e responsabilidades do casamento são reconhecidas em diversos países na Europa e em Israel e na Nova Zelândia Nos Estados Unidos os homossexuais estão lutando para obter o reconhecimento legal de suas uniões e o direito de adotar filhos ou criar os seus próprios O argumento deles é que o casamento entre casais do mesmo sexo oferece benefícios que as uniões civis não oferecem Herek 2006 King e Bartlett 2006 A pesquisa atual sugere que este é realmente o caso Por exemplo um estudo comparando quatro grupos de pessoas homossexuais solteiras namorando em um relacionamento comprometido e em um relacionamento legalmente reconhecido verificou que aqueles casais que conseguiram casar legalmente apresentavam níveis mais baixos de depressão estresse e homofobia internalizada e sentiam que suas vidas tinham mais significado Riggle Rotosky e Home 2010 Desde julho de 2011 o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legal nos Estados de Connec ticut Iowa Massachusetts New Hampshire Vermont Nova York e Washington DC e as parcerias domésticas são reconhecidas em alguns outros estados Entretanto a maioria dos estados ainda tem Leis de Defesa do Casamento definindo o casamento como sendo entre um homem e uma mulher Na Deve ser permitido que casais homossexuais se casem adotem filhos e tenham cobertura do plano de saúde doa companheiroa 740 470 437 421 461 523 419 448 670 498 524 11 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12 0 Suécia Noruega Taxa por mil indivíduos Dinamarca Alemanha França Reino Unido Espanha Itália Portugal Canadá Estados Unidos 1060 880 938 735 732 847 775 740 738 758 538 1970 2007 FIGURA 143 Taxas de casamento por país 1970 e 2007 Fonte National Healthy Marriage Resource Center s d Papalia14indd 497 Papalia14indd 497 010213 0917 010213 0917 498 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman tional Public Radio 2011 Grande parte da oposição ao casamento homossexual está correlacionada com a orientação política aproximadamente 72 dos democratas apoiam o casamento homossexual enquanto 81 dos republicanos se opõem a ele A religião também desempenha um papel Daquelas pessoas que se caracterizam como não afiliadas a nenhuma religião 60 apoiam o casamento homos sexual Em contrapartida 85 de pessoas que frequentam serviços religiosos pelo menos uma vez por semana se opõem a ele Além disso a idade foi implicada no debate com gerações mais jovens aceitan do cada vez mais o casamento entre pessoas do mesmo sexo Pew Research Center 2009b CONCUBINATO O concubinato ou coabitação é um estilo de vida cada vez mais comum no qual um casal não casado envolvido em um relacionamento sexual mora junto Seu aumento nas últimas décadas reflete a natureza exploratória do início da vida adulta e a tendência a adiar o casamento Tipos de concubinato comparações internacionais Levantamentos em 14 países europeus no Canadá na Nova Zelândia e nos Estados Unidos encontraram amplas variações nas taxas de con cubinato variando de mais de 14 na França a menos de 2 na Itália Figura 144 Em todos os países a esmagadora maioria das mulheres que vivem em concubinato nunca se casou Concubinos que não se casam tendem a permanecer juntos mais tempo em países nos quais o concubinato é uma alternativa ou um equivalente ao casamento do que em países onde ele usualmente leva ao casamento Heuveline e Timberlake 2004 As uniões consensuais ou informais quase indistinguíveis do casamento têm sido tão aceitas quanto o casamento em muitos países da América Latina especialmente para casais de NSE baixo Phillips e Sweeney 2005 Nesses países os casais que vivem em concubinato têm praticamente os mesmos direitos legais que os casais casados Popenoe e Whitehead 1999 Seltzer 2000 No Canadá também os casais que vivem em concubinato obtiveram benefícios e obrigações legais semelhantes aos de casais casados Cherlin 2004 Le Bourdais e LapierreAdamcyk 2004 Na maioria dos países ocidentais os casais que vivem em concubinato normalmente pre tendem se casar e se casam e estas situações de concubinato tendem a ser relativamente breves Heuveline e Timberlake 2004 Na Grã Bretanha e nos Estados Unidos morar junto antes do casamento tem sido uma tendência Ford 2002 O concubinato nos Estados Unidos Em 2010 estimase que havia 75 milhões de casais não casados vivendo juntos nos Estados Unidos um aumento de 13 em relação a 2009 Kreider 2010 O aumento no concubinato nos Estados Unidos ocorreu entre todos os grupos raciaisétnicos e em todos os níveis educacionais mas as pessoas com menos educação formal têm mais propensão a viver em concubinato do que aquelas com educação superior Fields 2004 Seltzer 2004 Os casais que vivem em concubinato também tendem a ser menos religiosos menos tradicionais a ter menos confiança em seus relacionamentos a aceitar mais o divórcio a ser menos negati vos e agressivos em suas interações com seus parceiros românticos e a comunicarse menos eficazmente Jose OLeary e Moyer 2010 Embora o direito de família norteamericano atualmente conce da aos casais que vivem em concubinato poucos dos direitos e benefí cios legais do casamento esta situação está mudando particularmen te no que diz respeito à proteção dos filhos de casais que vivem em concubinato Cherlin 2004 Seltzer 2004 Os relacionamentos de concubinato tendem a ser menos satis fatórios e menos estáveis do que os casamentos Binstock e Thorn ton 2003 Bramlett e Mosher 2002 Heuveline e Timberlake 2004 Seltzer 2000 2004 Em particular os casais coabitantes que têm expectativas divergentes sobre a divisão do trabalho doméstico são altamente propensos a romper a relação HohmannMarriott 2006 Muitos coabitantes que desejam se casar adiam o casamento até 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 0 Porcentagem de indivíduos com mais de 20 anos Noruega 2001 Itália 2001 Espanha 2001 Portugal 2001 Alemanha 20012003 França 2007 Reino Unido 2001 Canadá 2006 Estados Unidos 2000 Dinamarca 2001 55 89 87 144 53 40 30 20 107 115 393 473 446 475 565 536 539 441 408 530 Casados Coabitantes estimativas recentes FIGURA 144 Taxas de casamento e coabitação de indivíduos acima dos 20 anos por país Fonte National Healthy Marriage Resource Center s d Papalia14indd 498 Papalia14indd 498 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 499 sentirem que suas circunstâncias econômicas o permitem Smock Manning e Porter 2005 Esses adultos jovens geralmente não estão usando o concubinato para substituir o casamento mas antes o consideram um passo ao longo do caminho até o casamento Manning Longmore e Giordano 2007 Algumas pesquisas sugerem que casais coabitantes que se casam tendem a ter casamentos mais infelizes e maior probabilidade de divórcio do que aqueles que esperam para viver juntos somente depois do casamento Bramlett e Mosher 2002 Dush Cohan e Amato 2003 Popenoe e Whitehead 1999 Seltzer 2000 Entretanto em uma pesquisa transversal com 6577 mulheres de 15 a 45 anos aquelas que viveram em concubinato ou tiveram experiência sexual antes do casamento somente com seus futuros maridos não apresentaram nenhum risco de dissolução conjugal Teachman 2003 Além disso parece que pode haver diferenças fundamentais nos tipos de casais coabitantes com aqueles casais que eventualmente se casam tendo relacionamentos mais estáveis e mais felizes do que aqueles que não se casam talvez como resultado de um compromisso inicial mais forte com o relacionamento Jose et al 2010 As crenças sobre concubinato padrões de concubinato e a estabilidade do concubinato variam entre grupos raciaisétnicos e são de natureza muito complexa Os casais que vivem em concubinato em média são mais jovens são negros e são menos religiosos Pew Research Center 2007a Talvez por razões econômicas casais negros e hispânicos são menos propensos do que casais brancos não hispânicos a considerar a coabitação como uma experiência antes do casamento e mais propensos a considerála um substituto para o casamento Phillips e Sweeney 2005 E casais brancos que vivem em concubinato são mais propensos que outros grupos a terminar o relacionamento seus filhos têm um risco quase 10 vezes maior de passar por uma separação dos pais Osborne Manning e Smock 2007 Adultos mais velhos e mais jovens apresentam uma diferença marcante em suas visões da mo ralidade do concubinato com os adultos mais jovens muito mais propensos a pensar que viver junto sem casar não é errado Pew Research Center 2007a O concubinato após o divórcio é mais comum do que o concubinato préconjugal e pode fun cionar como uma forma de seleção do parceiro para um novo casamento Entretanto o concubinato pósdivórcio especialmente com vários parceiros adia enormemente um novo casamento e contribui para sua instabilidade Xu Hudspeth e Bartkowski 2006 CASAMENTO Na maioria das sociedades a instituição do casamento é considerada a melhor forma de garantir a proteção e a criação dos filhos O casamento permite a divisão do trabalho e uma partilha de bens materiais Idealmente ele oferece intimidade compromisso amizade afeto realização sexual com panheirismo e uma oportunidade de crescimento emocional bem como novas fontes de identidade e autoestima Gardiner e Kosmitzki 2005 Myers 2000 Em certas tradições filosóficas orientais a união harmoniosa do masculino e do feminino é considerada fundamental para a realização espiritual e para a sobrevivência da espécie Gardiner e Kosmitzki 2005 Entretanto os Estados Unidos e outras sociedades pósindustriais têm testemunhado um enfraquecimento das normas sociais que anti gamente tornavam o casamento quase universal e seu significado universalmente entendido O casamento nos Estados Unidos foi afetado por amplas mudanças demográficas e econômicas na população Por exemplo as coortes mais recentes de mulheres jovens são mais propensas a ter alcançado um nível educacional superior do que gerações anteriores de mulheres e geralmente são mais bemsucedidas economicamente Para muitos casais isto tem alterado as dinâmicas do casamen to Especificamente em 1970 apenas 4 das mulheres de 35 a 44 anos de idade ganhavam mais do que seus maridos mas em 2007 este número tinha aumentado para 22 Uma consequência é que o casamento agora é associado com aumentos na segurança econômica tanto para os homens como para as mulheres Cohn e Fry 2010 O que o casamento significa para os adultos emergentes e jovens hoje Nos Estados Unidos a despeito das vastas mudanças demográficas da última metade do século quase 90 dos adultos ainda optarão por casarse em algum momento de suas vidas Whitehead e Poponoe 2003 Embora a proporção de adultos emergentes e jovens que escolhem casarse não seja muito diferente do que era no início do século XX Fussell e Furstenberg 2005 eles parecem pensar sobre o casamento diferen temente Por exemplo uma equipe de pesquisa conduziu entrevistas profundas e abertas com adultos jovens de 22 a 38 anos em três áreas urbanas e na área rural de Iowa Esses entrevistados viam o casa mento tradicional com seus papéis de gênero rígidos como não sendo mais viável no mundo de hoje Considerando sua experiência ou observação é uma boa ideia morar junto antes do casamento Por quê Faz diferença se houver filhos verificador você é capaz de Citar razões pelas quais as pes soas permanecem solteiras Comparar relacionamentos homossexuais com relaciona mentos heterossexuais Papalia14indd 499 Papalia14indd 499 010213 0917 010213 0917 500 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Antes eles esperam maior espaço para interesses e buscas individuais tanto dentro como fora do casamento Eles dão mais ênfase à amizade a à compatibilidade e menos ao amor romântico Kefalas Furstenberg e Na politano 2005 De fato a vasta maioria de adultos nos Estados Unidos hoje considera o propósito primário do casamento como sendo a felicida de e satisfação mútua dos adultos mais do que como sendo baseado em parentalidade e filhos Pew Research Center 2007a Em vez de considerar o casamento um passo inevitável em direção à idade adulta como no passado os adultos jovens de hoje tendem a acreditar que para ser casada a pessoa já deve ser um adulto A maioria planeja casar mas apenas quando se sentirem prontos Eles acreditam que ser independente financeiramente e estabelecerse em empregos ou carreiras estáveis são tremendos obstáculos Kefalas et al 2005 Ingresso no matrimônio Pelas razões que acabamos de mencionar bem como devido ao número cada vez maior de pessoas que entram para a universidade a idade típica de casarse aumentou em países industria lizados Trinta a 50 anos atrás a maioria das pessoas se casava no início ou antes dos 20 anos de idade Nos Estados Unidos em 2009 a idade média do primeiro casamento para os homens foi de 281 anos e para as mulheres de 259 anos US Census Bureau 2010a E ligeiramente mais mulheres estão vivendo sem um cônjuge do que com um Na Inglaterra França Alemanha e Itália a idade média de casarse é até mais alta 29 e 30 anos para os homens e 27 anos para as mulheres van Dyk 2005 Historicamente e entre culturas a maneira mais comum de escolher um parceiro tem sido mediante acordos entre os pais ou por casamentei ros profissionais Geralmente uma das crenças primárias sobre o papel do casamento está focalizada na união de duas famílias mais do que no amor entre dois indivíduos Dada esta orientação talvez não seja surpresa descobrir que os casais em casamentos arranjados têm expectativas muito diferentes de seus cônjuges Há menos expectativa de intimidade e amor e responsabilidade e compromisso são enfatizados Somente nos tempos modernos é que a livre escolha dos parceiros se tornou a norma no mundo ocidental Broude 1994 Ingoldsby 1995 Entretanto a despeito dessas variações nas crenças sobre como deveria ser o casamento os casais em casamentos arranjados parecem ser igualmente felizes em seus relacionamentos Myers Madithil e Tingle 2005 Em muitas culturas o ideal ocidental de um relacionamento baseado no amor e na atração pessoal parece ter alterado a natureza do casamento ar ranjado com casamentos semiarranjados tornandose cada vez mais comuns Naito e Gielen 2005 Nessas situações os pais estão fortemente envolvidos no processo de encontrar um noivo mas o adulto jovem mantém o poder de veto em relação aos possíveis cônjuges A transição para a vida de casado provoca grandes mudanças em relação a funcionamento sexual disposições de vida direitos e responsabilidades apegos e fidelidades Entre outras tarefas os cônjuges precisam redefinir a ligação com suas famílias originais equilibrar intimidade com autonomia e esta belecer um relacionamento sexual gratificante Atividade sexual depois do casamento Os norteamericanos aparentemente fazem sexo com menos frequência do que as imagens da mídia sugerem e pessoas casadas fazem sexo mais frequente mente do que as solteiras embora não tão frequentemente quanto coabitantes Entretanto os casais casados relatam mais satisfação emocional no sexo do que os solteiros ou os casais que vivem em concubinato Waite e Joyner 2000 É difícil saber exatamente o quanto o sexo extraconjugal é comum porque não há como dizer o quan to as pessoas são confiáveis em relação às suas práticas sexuais mas as pesquisas sugerem que ele é muito menos comum do que geralmente se presume Cerca de 18 das pessoas casadas relatam ter tido relações extraconjugais em algum momento durante suas vidas de casadas A atividade extraconjugal é mais pre valecente entre os adultos jovens e aproximadamente duas vezes mais comum entre os maridos do que entre as esposas T W Smith 2003 Geralmente a atividade extraconjugal ocorre no início do relaciona mento casamentos que duram por longos períodos de tempo apresentam menor risco DeMaris 2009 Apenas cerca de um terço dos casais casados praticam sexo pelo menos duas vezes por semana Laumann e Michael 2000 Este casamento grupal na Índia organizado por assistentes sociais para membros de famílias pobres é um exemplo da variedade de costumes matrimoniais ao redor do mundo Papalia14indd 500 Papalia14indd 500 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 501 Adultos jovens de ambos os sexos tornaramse menos permissivos em suas atitudes em relação ao sexo extraconjugal T W Smith 2005 De fato a desaprovação do sexo extraconjugal é ainda maior na sociedade norteamericana hoje 94 do que a desaprovação da homossexualidade O padrão de forte desaprovação da homossexualidade desaprovação ainda mais forte do sexo extraconjugal e de desaprovação muito mais fraca do sexo préconjugal também é verdadeiro em países europeus como Inglaterra Irlanda Alemanha Suécia e Polônia embora os graus de desaprovação variem de um país para outro Os Estados Unidos têm atitudes mais restritivas do que qualquer um desses países exceto a Irlanda onde a influência da Igreja Católica é forte Scott 1998 Satisfação conjugal As pessoas casadas tendem a ser mais felizes do que as não casadas embora as que estão em casamentos infelizes sejam menos felizes do que as não casadas ou as divorciadas Myers 2000 As pessoas que se casam e permanecem casadas principalmente as mulheres ten dem a ficar em melhor situação financeira do que aquelas que não se casam ou que se divorciam Hirschl Altobelli e Rank 2003 Wilmoth e Koso 2002 Entretanto não sabemos se o casamento produz riqueza pode ser que as pessoas que procuram riqueza e que têm características favoráveis para obtêla tenham mais probabilidade de se casar e de permanecer casadas Hirschl et al 2003 Também não se sabe ao certo se o casamento traz felicidade pode ser que a maior felicidade das pessoas casadas reflita uma maior tendência de pessoas felizes casaremse Lucas et al 2003 Stut zer e Frey 2006 Os casamentos de modo geral parecem ser tão felizes quanto um quarto de século atrás mas os maridos e as esposas passam menos tempo fazendo coisas juntos Essas conclusões vêm de duas pesquisas nacionais feitas com pessoas casadas A felicidade conjugal foi positivamente afetada pelo aumento dos recursos econômicos tomada de decisões iguais atitudes não tradicionais quanto ao gê nero e apoio à norma do casamento para a vida inteira ela foi negativamente afetada pela coabitação antes do casamento por romances extraconjugais pelas demandas de emprego e horas de trabalho mais longas das esposas O aumento das responsabilidades dos maridos no trabalho doméstico pareceu diminuir a satisfação conjugal entre eles mas a melhorou entre as esposas Amato et al 2003 De fato compartilhar as tarefas domésticas é visto como muito importante para o sucesso conjugal por aproximadamente 62 dos entrevistados norteamericanos Pew Research Center 2007b Uma grande diferença no potencial de ganhos salariais entre as esposas estava associada com diminuições na felicidade Stuzer e Frey 2006 Em um estudo de 197 casais israelenses uma tendência para insta bilidade emocional e negativismo de qualquer um dos cônjuges foi um forte indicador de infelicidade conjugal Lavee e BenAir 2004 Um fator subjacente à satisfação conjugal pode ser uma diferença no que o homem e a mulher esperam do casamento As mulheres tendem a dar mais importância à expressividade emocional a sua própria e a de seus maridos do que os homens Lavee e BenAri 2004 Os esforços dos homens para expressar emoção positiva a suas esposas prestar atenção às dinâmicas do relacionamento e reservar um tempo para atividades focadas na construção do relacionamento são importantes para as percepções das mulheres da qualidade do casamento Wilcox e Nock 2006 Fatores no sucesso do casamento O desfecho de um casamento pode ser previsto antes de o casal sacramentar a união Em um estudo pesquisadores acompanharam 100 casais em sua maioria norteamericanos de origem europeia durante 13 anos começando antes de se casarem Fatores como renda antes do casamento e níveis educacionais se o casal coabitara ou mantivera relações sexuais antes do casamento e há quanto tempo se conheciam antes do matrimônio não tiveram nenhum efeito sobre o sucesso conjugal O que importava era a felicidade do parceiro com o relacionamento a sensibilidade mútua o valor que cada um dava aos sentimentos do outro e suas habilidades de comunicação e gestão de conflitos Clements Stanley e Markman 2004 Em uma tendência semelhante a pesquisa longitudinal conduzida com casais recémcasados mostrou que empatia validação e cuidado estavam relacionados a sentimentos de intimidade e melhor qualidade do relacionamento Sullivan et al 2010 Casais que receberam aconselhamento pré matrimonial tendem a ser mais satisfeitos e comprometidos com seus casamentos do que casais que não tiveram tal aconselhamento e seus casamentos são menos propensos a terminar em divór cio Stanley et al 2006 A maneira pela qual as pessoas descrevem seus respectivos casamentos pode contar muita coisa sobre sua probabilidade de sucesso Em um estudo longitudinal nacionalmente representativo foi solici tado a 2034 pessoas casadas com 55 anos ou menos que dissessem o que sustentava os seus casamentos verificador você é capaz de Identificar diversos benefícios do casamento Discutir as diferenças entre as visões tradicionais do casamento e a forma como adultos emergentes e jovens o veem hoje Observar as diferenças cultu rais nos métodos de escolha do parceiro e as mudanças históricas na idade de casar Citar os achados sobre rela ções sexuais no casamento e fora dele Identificar fatores que in fluenciam a satisfação e o sucesso conjugal Papalia14indd 501 Papalia14indd 501 010213 0917 010213 0917 502 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Aquelas que percebiam a coesão dos seus casamentos como algo baseado em recompensas como amor respeito confiança comunicação compatibilidade e compromisso com o parceiro tinham maior probabi lidade de serem felizes no casamento e de permanecerem casadas por mais de 14 anos do que as pessoas que se referiam a barreiras para desistir do casamento como filhos convicções religiosas interdependên cia financeira e compromisso com a instituição do casamento Previti e Amato 2003 Paternidadematernidade As pessoas em sociedades industrializadas normalmente têm menos filhos hoje do que em gerações ante riores e começam a têlos mais tarde na vida em muitos casos porque passam os anos de sua idade adulta emergente aprimorando a educação e estabelecendo uma carreira Em 2008 a idade média das primeiras gestações nos Estados Unidos subiu para 251 anos Martin Hamilton et al 2010 Figura 145 e a porcentagem de mu lheres que dá à luz pela primeira vez no final dos seus trinta anos e até mesmo em seus qua renta e cinquenta anos aumentou substancial mente frequentemente com a ajuda dos trata mentos de fertilidade Martin et al 2010 A idade de uma mulher no primeiro parto varia de acordo com a etnia e a cultura Em 2008 mulheres asiáticoamericanas e mulheres oriundas das Ilhas do Pacífico tiveram seus primeiros bebês em uma idade média de 287 anos enquanto mulheres ameríndias e nati vas do Alasca deram à luz pela primeira vez em média com menos de 22 anos de idade Martin et al 2010 O número de crianças nascidas de mães solteiras aumentou na última metade do século entretanto a proporção de mães solteiras aumentou bastante nitidamente a partir de 2002 Cohn 2009 Em 2008 406 dos partos nos EUA foram de mulheres solteiras um aumento de aproximada mente 3 ao ano desde 2002 Martin et al 2010 A taxa de fertilidade nos Estados Unidos é mais alta do que em di versos outros países desenvolvidos como o Japão e o Reino Unido onde a idade média no primeiro parto é de aproximadamente 29 anos Martin et al 2002 van Dyk 2005 Ao mesmo tempo uma proporção cada vez maior de casais norte americanos permanece sem filhos A porcentagem de famílias com filhos caiu de 45 em 1970 para cerca de 32 hoje Fields 2004 O envelhe cimento da população tanto quanto o adiamento dos casamentos e da geração de filhos podem ajudar a explicar esses dados mas alguns casais inquestionavelmente permanecem sem filhos por opção Alguns veem o casamento primeiramente como uma forma de aumentar sua intimidade não como uma instituição dedicada à gerar e a criar filhos Popenoe e Whi tehead 2003 Outros podem ser desencorajados pelos encargos financei ros da paternidade e pela dificuldade de combinar esta condição com o emprego Creches melhores e outros serviços de apoio poderiam ajudar os casais a tomar decisões verdadeiramente voluntárias A PATERNIDADEMATERNIDADE COMO EXPERIÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO O primeiro filho marca uma transição importante na vida dos pais Junto com o sentimento de emoção admiração e espanto a maioria dos novos pais experimenta alguma ansiedade em relação à responsabi lidade de cuidar de uma criança ao compromisso de tempo e energia que ela acarreta e ao sentimento de permanência que a paternidadematernidade impõe a um casamento A gravidez e a recuperação do parto podem afetar o relacionamento de um casal às vezes aumentando a intimidade e às vezes criando barreiras Além disso muitos casais veem seus relacionamentos tornaremse mais tradicionais após indicad r Quando a maioria dos adultos tem filhos e de que forma a maternidade paternidade afeta um casamento Tanto as mães quanto os pais preferem segurar os bebês do lado esquerdo de seus corpos Scola e Vauclair 2010 Ano Idade 24 26 22 28 20 0 1970 1975 1980 1985 1995 1990 2000 2005 2010 Primeiros partos FIGURA 145 Idade média da mãe no primeiro parto Estados Unidos Muitas mulheres hoje iniciam famílias em uma idade mais avançada do que na geração de seus pais elevando a idade média no primeiro parto Fonte Martin Hamilton et al 2010 Papalia14indd 502 Papalia14indd 502 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 503 o nascimento de um filho com a mulher frequentemente envolvida com a carga de cuidar de um filho e cuidar da casa Cox e Paley 2003 O envolvimento dos homens e das mulheres na paternidadema ternidade Ainda que a maioria das mães agora trabalhe fora de casa as mulheres passam mais tempo cuidando dos filhos do que suas contrapar tes na década de 1960 quando 60 das crianças viviam com um pai pro vedor de família e uma mãe que ficava em casa Hoje aproximadamente 30 das crianças vivem nesse tipo de família Contudo as mães casadas passaram 129 horas por semana cuidando dos filhos em 2000 comparado com 106 horas em 1965 e as mães solteiras passaram 118 horas por semana envolvidas com o cuidado dos filhos comparado com 75 horas em 1965 Bianchi Robinson e Milkie 2006 Como e por que elas fazem isso Em primeiro lugar muitas pessoas adiam a parentalidade até um momento em que desejam passar mais tem po com seus filhos Além disso as normas sociais mudaram os pais hoje sentem mais pressão para investir tempo e energia na criação dos filhos E eles sentem uma necessidade de vigiar seus filhos mais de perto devido a preocupações com crime com violência na escola e com outras influên cias negativas Bianchi et al 2006 Os homens de hoje estão mais envolvidos do que nunca nas vidas de seus filhos e no cuidado das crianças e nas tarefas domésticas Em 2000 pais casados passaram 97 horas fazendo trabalho doméstico e 65 horas cuidando dos filhos semanalmente duas vezes mais do que em 1965 Bianchi et al 2006 No entanto a maioria dos genitores mascu linos não é tão envolvido quanto as mães Entretanto o tempo que os pais passam com seus filhos está mais próximo de se igualar ao das mães nos fins de semana e aumenta à medida que os filhos ficam mais velhos Yeung et al 2001 A despeito dessas tendências metade dos pais dizem que têm muito pouco tempo para se dedicar aos filhos de acordo com dois levantamentos nacionais de 2817 adultos Pais com longas jornadas de trabalho especialmente expressaram esse sentimento Milkie et al 2004 Além do tempo gasto no cuidado direto do filho a paternidade pode mudar outros aspectos das vidas dos homens Entre 5226 homens de 19 a 65 anos os pais que viviam com seus filhos depen dentes estavam menos envolvidos em suas próprias atividades sociais fora de casa do que aqueles que não tinham filhos mas tinham maior probabilidade de estar envolvidos em atividades relacionadas à escola a grupos da igreja e a organizações de serviço comunitário Os pais mais envolvidos estavam mais satisfeitos com suas vidas Eggebeen e Knoester 2001 Como a paternidadematernidade afeta a satisfação conjugal Muitos estudos revelaram que a satisfação conjugal normalmente diminui durante os anos de criação dos filhos Uma análise de 146 estudos envolvendo aproximadamente 48 mil homens e mulheres revelou que os casais que são pais relatam menor satisfação conjugal do que aqueles que não têm filhos e que quanto maior o número de filhos menor é a satisfação que os pais têm com o casamento A diferença é mais evidente entre as mães de recémnascidos 38 relatam alta satisfação conjugal em comparação com 62 das esposas sem filhos provavelmente em razão da restrição da liberdade das mães e da necessidade de se ajustar a um novo papel Twenge Campbell e Foster 2003 Entretanto outros estudos pintam um quadro diferente Por exemplo um estudo comparando casais que se tornaram pais um ano após o casamento com casais que não tiveram filhos não encontrou diferenças na satisfação conjugal ou no amor que expressavam um ao outro um ano após o casamento McHale e Huston 1985 Além disso se o casal era ou não era feliz antes da gravidez e se a gravidez foi ou não planejada também parece afetar a satisfação conjugal antes do nascimento de um filho Lawrence et al 2008 Um estudo revelou até um pico de satisfação conjugal um mês após o parto Wallace e Gotlib 1990 Uma tentativa recente de entender esses achados contrastantes sugere que quando os estudos são examinados em conjunto uma pequena mas significativa diminuição na satisfação conjugal é comum um a dois anos após o nas Ter filhos não apenas muda as vidas dos pais muda também sua fisiologia Pais que estão envolvidos em uma gravidez apresentam níveis mais baixos de testosterona durante o curso da gravidez Berg e WynneEdwards 2001 Celebrar o aniversário de um filho é uma das muitas ale grias da paternidadematernidade Papalia14indd 503 Papalia14indd 503 010213 0917 010213 0917 504 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman cimento de um filho Entretanto visto que este declínio também é encontrado em casais casados sem filhos isto pode ser um processo relacional mais geral do que específico à transição para a condição de pais Mitnick Heyman e Slep 2009 Independente das particularidades de como a criação de filhos poderia afetar a satisfação con jugal os novos pais provavelmente experimentam estressores que poderiam afetar sua saúde e seu estado mental Eles podem sentirse isolados e esquecer o fato de que outros pais estão passando por problemas semelhantes A divisão das tarefas domésticas entre o homem e a mulher pode tornarse um problema por exemplo se a mulher estava trabalhando fora de casa antes de se tornar mãe está agora em casa e a carga do trabalho doméstico e do cuidado da criança cair principalmente sobre seus ombros Cowan e Cowan 2000 Schulz Cowan e Cowan 2006 Uma coisa tão simples como o choro do bebê que mantém os pais acordados à noite pode diminuir a satisfação conjugal durante o primeiro ano de maternidadepaternidade Meijer e van den Wittenboer 2007 Pais que participam de grupos de discussão de casais conduzidos por profissionais sobre ques tões de parentalidade e de relacionamentos a partir do último trimestre da gravidez relatam diminui ções significativamente menores na satisfação Schulz et al 2006 Em geral parece que embora a maioria dos pais tenha percepções relativamente inexatas do que seria a realidade da parentalidade quanto mais realistas forem aquelas percepções quanto ao impacto que um novo filho terá sobre o casamento mais fácil será o ajustamento deles Kalmus Davidson e Cushman 1992 COMO AS FAMÍLIAS EM QUE AMBOS OS CÔNJUGES TRABALHAM LIDAM COM A QUESTÃO Nos Estados Unidos a maioria das famílias com filhos hoje são famílias de renda dupla As famílias de renda dupla assumem diversas formas Na maioria dessas famílias prevalecem os papéis de gênero tradicionais o homem sendo o principal provedor e a mulher a provedora secundária mas esse padrão está se modificando Gauthier e Furstenberg 2005 Em 2003 os ganhos das esposas eram responsá veis por uma média de 35 da renda de suas famílias comparado com apenas 26 em 1973 e 25 das esposas que trabalhavam ganhavam mais que seus maridos Bureau of Labor Statistics 2005 Em algumas famílias ambos os cônjuges com trabalho remunerado têm carreiras altamente di nâmicas e altos salários Em outras um ou ambos os parceiros são mais moderados Os novos pais podem diminuir as horas de trabalho recusarse a fazer horas extras ou rejeitar empregos que exigem viagens excessivas como forma de aumentar o tempo com a família e reduzir o estresse Barnett e Hyde 2001 Becker e Moen 1999 Crouter e Manke 1994 Ou o casal pode fazer concessões tro car uma carreira por um emprego ou encontrar meiostermos em que o trabalho assuma precedência dependendo das mudanças de oportunidades na carreira e das responsabilidades familiares As mulhe res são mais propensas a reduzir o ritmo de trabalho o que geralmente ocorre nos primeiros anos de criação dos filhos Becker e Moen 1999 Gauthier e Furstenberg 2005 Combinar trabalho e papéis familiares geralmente é bom para a saúde mental e física tanto dos homens quanto das mulheres e para a vitalidade do relacionamento Barnett e Hyde 2001 Entre tanto os benefícios dos papéis múltiplos dependem de quantos papéis cada parceiro assume das demandas de tempo de cada papel do sucesso ou satisfação que os parceiros obtêm de seus papéis e o grau em que os casais mantêm atitudes tradicionais ou não tradicionais a respeito dos papéis de gênero Barnett e Hyde 2001 Voydanoff 2004 Os casais que têm trabalhos remunerados podem enfrentar demandas extras de tempo e energia conflitos entre o trabalho e a família possível rivalidade entre os cônjuges e ansiedade e complexo de culpa em relação a satisfazer as necessidades dos filhos A família é mais exigente sobretudo para mulheres que têm empregos em período integral quando existem filhos pequenos Milkie e Peltola 1999 Warren e Johnson 1995 As carreiras são exigentes prin cipalmente quando a pessoa que trabalha está se estabelecendo ou é promovida Ambos os tipos de demandas frequentemente ocorrem no período adulto jovem Uma metanálise recente sugere que os efeitos negativos podem transferirse do trabalho para a família ou da família para o trabalho embora o estresse do trabalho pareça afetar a vida em um grau maior do que o oposto Ford Heinen e Langka mer 2007 Por exemplo em um estudo 82 maridos e esposas com um filho mais velho no jardim de infância preencheram questionários ao final de seu dia de trabalho e na hora de dormir durante três dias As oscilações diárias no ritmo de trabalho de homens e mulheres e em seu humor ao final do dia de trabalho afetaram seu comportamento com seus cônjuges sugerindo que as emoções despertadas pela tensão no trabalho afetavam as relações conjugais Schulz et al 2004 verificador você é capaz de Descrever as tendências no tamanho da família e na idade para a paternidade maternidade Comparar as atitudes dos homens e das mulheres em relação às responsabilidades e ao exercício da paternidade maternidade Discutir como a paternidade maternidade afeta a satisfa ção conjugal Papalia14indd 504 Papalia14indd 504 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 505 Para diminuir as pressões sobre as famílias em que ambos os pais trabalham a maioria dos países adotou proteção no local de trabalho para elas Heymann Siebert e Wei 2007 Os pais em 65 paí ses mas não nos Estados Unidos têm licençaspaternidade remuneradas A lei norteamericana Family and Medical Leave de 1993 concede 12 semanas de licença não remunerada Pelo menos 34 países mas não os Estados Unidos estabelecem uma duração máxima para o trabalho semanal Nos Estados Unidos aproximadamente 48 dos trabalhadores no setor privado não têm licença remu nerada para tratamento médico e mesmo outras tantas não pagam tratamento para outros membros da família como os filhos Além disso mesmo daqueles que são legalmente qualificados para tirar licença familiar 78 não o fazem por que não podem arcar com os custos Quamie 2010 Os Esta dos Unidos são a única nação industrializada sem licença maternidade remunerada embora alguns estados tenham adotado planos familiares remunerados O orçamento de 2012 do Presidente Obama inclui 50 milhões de dólares para iniciar um financiamento para ajudar os estados a fornecer licenças familiares remuneradas aos trabalhadores Office of Management and Budget 2011 Quando o casamento chega ao fim Nos Estados Unidos a duração média de casamentos que terminam em divórcio é de 7 ou 8 anos Kreider 2005 O divórcio muito frequentemente leva a um novo casamento com um novo parceiro e à recomposição de uma família que inclui filhos biológicos ou adotados por um ou ambos os parcei ros antes do casamento atual DIVÓRCIO A taxa de divórcios nos Estados Unidos alcançou seu índice mais baixo desde 1970 em 2008 com 35 divórcios por 1000 mulheres casadas TejadaVera e Sutton 2009 Essa taxa é aproximadamente o dobro do que era em 1960 mas diminuiu gradualmente desde seu nível máximo em 1981 Cerca de 1 em cada 5 adultos norteamericanos se divorciou Kreider 2005 A queda mais acentuada na taxa de divórcio ocorreu entre as coortes mais jovens aqueles nascidos em meados da década de 1950 US Census Bureau 2007b Mulheres com curso univer sitário que anteriormente tinham as opiniões mais permissivas sobre o divórcio tornaramse mais conservadoras enquanto mulheres com níveis educacionais mais baixos tornaramse mais permissivas e portanto mais propensas a se divorciar Martin e Parashar 2006 A idade no casamento é outro prognosticador da duração de uma união O declínio na taxa de divórcio pode refletir níveis educa cionais mais altos bem como a idade mais tardia para o primeiro casamento ambos os fatores estando associados com estabilidade conjugal Popenoe e Whitehead 2004 Também pode refletir o aumento na coabitação que quando termina não envolve divórcio A Cherlin em Lopatto 2007 Os adoles centes as pessoas que não concluíram o ensino médio e as pessoas não religiosas têm os índices de divórcio mais elevados Bramlett e Mosher 2001 2002 Popenoe e Whitehead 2004 Os índices de ruptura conjugal para mulheres negras permanecem mais altos do que para mulheres brancas ou latinas Bulanda e Brown 2007 Sweeney e Phillips 2004 Além disso casais interraciais particular mente aqueles envolvendo mulheres brancas com homens asiáticos ou negros são mais propensos a divorciarse do que casais da mesma raça Bratter e King 2008 Por que os casamentos fracassam Fazendo uma retrospectiva de seus casamentos 130 mu lheres norteamericanas divorciadas que tinham sido casadas por uma média de 8 anos mostraram uma notável concordância sobre as razões para o fracasso de seus casamentos As razões citadas com mais frequência eram incompatibilidade e falta de apoio emocional para as mulheres divorciadas mais recentemente presumivelmente mais jovens este incluía uma falta de apoio da carreira Agressão do cônjuge estava em terceiro lugar sugerindo que a violência doméstica pode ser mais frequente do que geralmente se pensa Dolan e Hoffman 1998 Quadro 142 De acordo com uma pesquisa randomizada realizada por telefone com 1704 pessoas casadas a maior probabilidade de qualquer um dos cônjuges propor divórcio existe quando os recursos econômi cos do casal são aproximadamente iguais e suas obrigações financeiras mútuas são relativamente pe quenas Rogers 2004 Em vez de permanecer juntos por causa dos filhos muitos cônjuges em dis puta concluem que expor os filhos a um contínuo conflito entre os pais causa maiores estragos E para o crescente número de casais sem filhos é mais fácil retornar ao estado de solteiro Eisenberg 1995 verificador você é capaz de Identificar os benefícios e in convenientes de uma família em que ambos os cônjuges têm trabalhos remunerados indicad r Quais são as tendências nos índices de divórcio e como os adultos jovens se ajustam ao divórcio a um novo casamento e ao papel de padrastomadrasta As taxas de divórcio mais altas nos Estados Unidos são no estado de Nevada portanto reconsidere aquele casamento em Las Vegas National Center for Health Statistics 2009b Em relação aos casos extraconjugais os homens são menos propensos a romper com uma mulher que teve um caso homossexual do que um caso heterossexual Para as mulheres por outro lado um caso homossexual da parte do parceiro tem maior probabilidade de acabar com o relacionamento Confer e Cloud 2011 Papalia14indd 505 Papalia14indd 505 010213 0917 010213 0917 506 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman pesquisa em ação VIOLÊNCIA NAS RELAÇÕES ÍNTIMAS A violência nas relações íntimas VRI ou violência doméstica são maus tratos físicos sexuais ou psicológicos de um cônju ge um excônjuge ou um parceiro íntimo A cada ano as mu lheres norteamericanas são vítimas de aproximadamente 48 milhões de agressões físicas relacionadas ao parceiro íntimo e os homens norteamericanos são vítimas de aproximadamente 29 milhões dessas violências CDC 2009c Em 2005 a violência nas relações íntimas resultou em 1510 mortes 22 delas de homens e 78 de mulheres CDC 2009c É difícil determinar a verdadeira extensão da violência doméstica porque as vítimas frequentemente estão envergonhadas ou amedrontadas de mais para relatar o que aconteceu especialmente se a vítima for o homem A maioria dos estudos nos Estados Unidos constatou que os homens são muito mais propensos do que as mulheres a per petrar violência contra a parceira íntima Tjaden e Thoennes 2000 A violência das mulheres contra os homens nos relacio namentos domésticos acontece mas é normalmente menos prejudicial e tem menor probabilidade de ser motivada por um desejo de dominar ou controlar seu parceiro Kimmel 2002 Tanto as mulheres como os homens que foram vitimizados ou ameaçados por VRI tendem a relatar mais problemas de saúde crônicos e comportamentos de risco à saúde do que aqueles que não vivenciaram uma VRI Entretanto não é claro se essas condições e comportamentos são uma causa ou um resultado da violência Black e Breiding 2008 A pesquisa sobre a violência nas relações íntimas identificou três tipos de violência violência de casal circunstancial violên cia emocional e terrorismo íntimo DeMaris et al 2003 Frye e Karney 2006 Leone et al 2004 Violência de casal circuns tancial referese a confrontos físicos que se desenvolvem no calor de uma discussão Este tipo de violência no contexto do casamento pode refletir desajuste conjugal ou estresse agudo Frye e Karney 2006 Ele pode ser iniciado por qualquer um dos parceiros e é improvável que aumente em gravidade DeMaris et al 2003 Ele está frequentemente relacionado ao uso de dro gas ou álcool CDC 2011b A violência emocional como insultos e intimidação pode ocorrer com ou sem violência física Kaukinen 2004 WHO 2005 Em um levantamento com 25876 homens e mulheres canadenses a violência emocional de mulheres tendia a ocor rer quando a educação a posição profissional e a renda de uma mulher era mais alta do que a de seu parceiro Esse comporta mento pode ser a forma de um homem afirmar sua dominância Kaukinen 2004 O tipo mais sério de violência contra um parceiro é o terroris mo íntimo o uso sistemático de violência emocional coerção e às vezes ameaças e violência física para obter ou aplicar poder ou controle sobre um parceiro Este tipo de abuso tende a tornar se mais frequente e mais grave com o passar do tempo Sua ca racterística mais importante é sua motivação subjacente de bus ca por controle DeMaris et al 2003 Leone et al 2004 É mais provável que as vítimas do terrorismo íntimo sejam mulheres e que sofram ferimentos físicos percam dias de trabalho tenham saúde precária e problemas psicológicos Leone et al 2004 Por que as vítimas permanecem em um relacionamento de violência e terrorismo Algumas se culpam Ridicularização crí ticas ameaças punição e manipulação psicológica constantes destroem sua autoconfiança e as fazem duvidar de si próprias Algumas estão mais preocupadas com preservar a família do que com protegerse Frequentemente as vítimas se sentem presas em um relacionamento violento Seus parceiros as iso lam da família e dos amigos Elas podem ser financeiramente dependentes e não ter apoio social externo Algumas têm medo de ir embora um medo real já que alguns maridos violentos perseguem perturbam e espancam ou mesmo matam esposas que se separam Fawcett et al 1999 Harvard Medical School 2004b Walker 1999 A Lei Norteamericana de Violência Contra as Mulheres US Violence Against Women Act adotada em 1994 determina a aplicação mais dura da lei financiamento de abrigos uma linha direta nacional para denunciar violência doméstica e juízes e tribunais especializados Para serem eficazes os abrigos preci sam oferecer emprego e oportunidades educacionais para as mulheres maltratadas que dependem economicamente de seus parceiros Os profissionais da saúde precisam questionar as mu lheres sobre ferimentos suspeitos e alertálas sobre os riscos à saúde mental e física de permanecer com parceiros abusivos Kaukinen 2004 Os padrões da comunidade podem fazer a di ferença Em comunidades onde a coesão da vizinhança e o con trole social informal são fortes as taxas de violência e homicídio nas relações íntimas tendem a ser baixas e as mulheres têm maior probabilidade de revelar seus problemas e buscar apoio social Browning 2002 qual a sua opinião O que mais pode e deve ser feito para prevenir ou interromper a violência nas relações íntimas 142 o Papalia14indd 506 Papalia14indd 506 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 507 Divórcio gera mais divórcio Adultos com pais divorciados são mais propensos a esperar que seus casamentos não durem Glenn e Marquardt 2001 e a se divorciar eles próprios do que aqueles cujos pais permaneceram juntos Schulman et al 2001 Entretanto este processo pode ser afetado por um casamento subsequente dos pais Adultos jovens que tiveram pais que se casaram novamente e tiveram um relacionamento de alta qualidade em seu segundo casamento não eram mais propensos a divorciarse eles próprios sugerindo que as influências atuais desempenham um papel forte nos rela cionamentos Yu e AdlerBaeder 2007 Adaptandose ao divórcio Terminar até mesmo um casamento infeliz pode ser doloroso para ambos os parceiros especialmente quando há filhos pequenos em casa ver Capítulo 10 As questões referentes a custódia e visitação com frequência forçam pais divorciados a manter contato um com o outro e esses contatos podem ser estressantes Williams e DunneBryant 2006 O divórcio tende a reduzir o bemestar de longo prazo principalmente para o parceiro que não o pediu ou que não se casa novamente Amato 2000 Especialmente para os homens o divórcio pode ter efeitos negativos sobre a saúde física ou mental ou ambas Wu e Hart 2002 As mulheres têm maior probabilidade do que os homens de experimentar uma redução acentuada nos recursos econô micos e nos padrões de vida após a separação ou o divórcio Kreider e Fields 2002 Williams e Dune Bryant 2006 entretanto as mulheres em casamentos infelizes se beneficiam mais da dissolução do relacionamento do que os homens em casamentos infelizes Waite Luo e Lewin 2009 As pessoas que eram ou pensavam que eram felizes no casamento tendem a reagir mais negativamente e a se adaptar mais lentamente ao divórcio Lucas et al 2003 Por outro lado quando o casamento era altamente conflituoso seu término pode melhorar o bemestar a longo prazo Amato 2000 Um fator importante no ajuste é o desapego emocional do excônjuge Pessoas que discutem com seus exparceiros ou que não encontraram um novo parceiro ou cônjuge sofrem mais Uma vida social ativa tanto durante como depois do divórcio ajuda Amato 2000 Thabes 1997 Tschann Johnston e Wallerstein 1989 NOVO CASAMENTO E A CONDIÇÃO DE PADRASTOMADRASTA Casarse de novo dizia o ensaísta Samuel Johnson é o triunfo da esperança sobre a experiência A evidência da verdade daquela afirmação é que os novos casamentos têm maior probabilidade do que os primeiros casamentos de terminar em divórcio Adams 2004 Parke e Buriel 1998 Nos Estados Unidos e em outros países as taxas de novos casamentos são altas e estão aumentando Adams 2004 Mais de 1 de cada 3 casamentos nos EUA são novos casamentos tanto para a noiva quanto para o noi vo Kreider 2005 Metade daqueles que se casam novamente depois de se divorciarem do primeiro casamento o fazem dentro de três a quatro anos Kreider e Fields 2002 Kreider 2005 Homens e mu lheres que vivem com os filhos de um relacionamento anterior têm maior probabilidade de formar uma nova união com alguém que também vive com os filhos desse modo formando uma família recomposta ou reconstituída Goldscheider e Sassler 2006 E as famílias nas quais ambos os pais trazem seus filhos para o casamento são marcadas por níveis mais altos de conflito Heatherington 2006 Quanto mais recente o casamento atual e mais velhos os enteados mais difícil parece ser a con dição de padrasto ou madrasta As mulheres principalmente parecem ter mais dificuldades para criar enteados do que para criar seus filhos biológicos talvez porque as mulheres passem mais tempo com as crianças do que os homens MacDonald e DeMaris 1996 Contudo a família reconstituída tem o potencial para proporcionar um ambiente caloroso e pro tetor como ocorre com qualquer família que se preocupa com todos os seus membros Um pesquisa dor Papernow 1993 identificou diversas etapas de ajuste Primeiramente os adultos esperam um ajuste harmonioso e rápido ao passo que as crianças fantasiam que o padrasto ou madrasta irão em bora e que o pai ou mãe originais voltarão Quando se desenvolvem conflitos cada pai pode tomar o partido de seus filhos biológicos Eventualmente os adultos formam uma sólida aliança para satisfazer às necessidades de todas as crianças O padrasto ou madrasta conquista o papel de uma figura adulta significativa e a família tornase uma unidade integrada com sua própria identidade Os laços forjados no período adulto jovem com amigos amantes cônjuges e filhos frequente mente duram toda uma vida e influenciam o desenvolvimento na vida adulta intermediária e tardia As mudanças que as pessoas enfrentam na idade mais madura também afetam seus relacionamentos como veremos nos próximos capítulos verificador você é capaz de Citar as razões para a diminui ção no índice de divórcios a partir de 1981 Discutir os fatores na adapta ção ao divórcio Discutir os fatores na adap tação a um novo casamento e à condição de padrasto ou madrasta O divórcio pode ser contagioso Pessoas que têm outros em sua rede social que estão se divorciando são mais propensas a divorciarse McDermott Fowler e Christakis 2009 Papalia14indd 507 Papalia14indd 507 010213 0917 010213 0917 508 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman resumo e palavraschave Início da vida adulta padrões e tarefas O que influencia os diversos caminhos para a idade adulta nos dias de hoje e como os adultos emergentes desenvolvem um sentido de identidade adulta e um relacionamento autônomo com seus pais O início da vida adulta é frequentemente um tempo de experimentação antes de assumir papéis e responsabili dades adultos Tarefas tradicionais do desenvolvimento como encontrar um emprego estável e desenvolver relacionamentos amorosos de longo prazo podem ser adiadas até os 30 anos ou até mais tarde Os caminhos para a vida adulta podem ser influenciados por fatores como gênero capacidade acadêmica primei ras atitudes em relação à educação expectativas no final da adolescência classe social e desenvolvimento do ego O desenvolvimento da personalidade no início da idade adulta pode assumir a forma de recentralização o desen volvimento gradual de uma identidade adulta estável Para os grupos minoritários raciaisétnicos a tarefa de formação da identidade pode ser acelerada O início da vida adulta oferece uma moratória um pe ríodo no qual os jovens estão livres da pressão de formar compromissos duradouros Uma medida de como os adultos emergentes lidam com sucesso com a tarefa do desenvolvimento de sair da casa da infância é sua capacidade de manter relacionamentos estreitos mas autônomos com seus pais Permanecer na casa dos pais é cada vez mais comum en tre adultos jovens emergentes e jovens que o fazem fre quentemente por razões financeiras Isso pode complicar a negociação de um relacionamento adulto com os pais recentralização 486 Desenvolvimento da personalidade quatro perspectivas A personalidade muda durante a idade adulta Nesse caso de que forma As quatro perspectivas teóricas sobre o desenvolvimento da personalidade adulta são os modelos do estágio nor mativo o modelo do momento dos eventos os modelos de traço e os modelos tipológicos Os modelos do estágio normativo defendem que a mu dança social e emocional associada à idade emerge em períodos sucessivos às vezes marcados por crises Na teoria de Erikson a questão principal do adulto jovem é intimidade versus isolamento O modelo do momento dos eventos defendido por Neugarten propõe que o desenvolvimento psicossocial adulto é influenciado pela ocorrência e pelo momento de eventos de vida normativos À medida que a socieda de tornase menos preocupada com a idade entretanto o relógio social tem menos significado O modelo dos cinco fatores de Costa e McCrae é organi zado em torno de cinco grupos de traços relacionados neuroticismo extroversão abertura para o novo cons cienciosidade e amabilidade Estudos atuais revelam que cada um desses traços muda durante o período adulto jovem e em alguma medida durante toda a vida A pesquisa tipológica que teve como pioneiro Jack Block identificou tipos de personalidade que diferem em termos de resiliência do ego e de controle do ego Esses tipos parecem persistir da infância à idade adulta modelos do estágio normativo 489 intimidade versus isolamento 489 estrutura de vida 490 tarefas do desenvolvimento 490 modelo do momento dos eventos 490 eventos de vida normativos 490 relógio social 490 modelos de traço 491 modelo dos cinco fatores 491 abordagem tipológica 493 resiliência do ego 493 controle do ego 493 As bases dos relacionamentos íntimos Como a intimidade é expressada na amizade e no amor Os adultos jovens buscam intimidade nos relacionamen tos com pares e parceiros amorosos A autorrevelação é um aspecto importante da intimidade A maioria dos adultos jovens tem amigos mas um tempo cada vez mais limitado para passar com eles As amizades das mulheres tendem a ser mais íntimas do que as dos homens Muitos adultos jovens têm amigos que são considerados parentes fictícios ou família psicológica De acordo com a teoria triangular do amor de Sternberg o amor tem três aspectos intimidade paixão e compro misso parente fictício 494 teoria triangular do amor 495 indicad r indicad r indicad r Papalia14indd 508 Papalia14indd 508 010213 0917 010213 0917 Desenvolvimento Humano 509 Estilos de vida conjugais e não conjugais Quando e por que os adultos jovens escolhem permanecer solteiros formar relacionamentos homossexuais coabitar ou casar e o quanto esses estilos de vida são satisfatórios e estáveis Hoje mais do que no passado mais adultos adiam o casamento ou nunca se casam A tendência é particular mente pronunciada entre as mulheres afroamericanas e entre pessoas de classes socioeconômicas mais baixas As razões para uma pessoa permanecer solteira incluem as oportunidades de carreira viagens liberdade sexual e de estilo de vida desejo de autorrealização maior autos suficiência das mulheres menor pressão social para ca sar restrições financeiras medo de divórcio dificuldade pra encontrar um parceiro adequado e falta de oportuni dades de namoro ou de parceiros disponíveis Os ingredientes da satisfação de longo prazo são simila res nos relacionamentos homossexuais e heterossexuais Nos Estados Unidos os homossexuais estão lutando para obter os mesmos direitos das outras pessoas tal como o direito ao casamento Com o novo estágio do início da vida adulta e o atraso na idade de casamento a coabitação aumentou e tornouse a norma em alguns países A coabitação ou concubinato pode ser um casamento experimental uma alternativa para o casamento ou em alguns lugares praticamente indistinguível do casamento Nos Estados Unidos as relações de concubinato tendem a ser menos estáveis do que os casamentos O casamento em uma variedade de formas é universal e satisfaz necessidades básicas econômicas emocionais sexuais sociais e de criação dos filhos A escolha do parceiro e a idade para casar variam de uma cultura para outra Nos países industrializados as pessoas agora casamse mais tarde do que em gerações passadas O sucesso no casamento pode depender da sensibili dade de um parceiro para com o outro da validação dos sentimentos mútuos e de suas habilidades de comunica ção e gestão de conflitos As expectativas diferentes de homens e mulheres podem ser fatores importantes na satisfação conjugal Paternidadematernidade Quando a maioria dos adultos tem filhos e de que forma a maternidadepaternidade afeta um casamento Hoje as mulheres em sociedades industrializadas estão tendo menos filhos e os tendo mais tarde na vida e um número cada vez maior opta por não têlos Os pais geralmente se envolvem menos na criação dos filhos do que as mães mas mais do que em gerações anteriores A satisfação conjugal normalmente diminui durante os anos de criação dos filhos Na maioria dos casos a carga de um estilo de vida em que ambos os cônjuges têm trabalhos remunerados re cai mais fortemente sobre a mulher Políticas no local de trabalho voltadas ao bemestar da família podem ajudar a aliviar o estresse conjugal Quando o casamento chega ao fim Quais são as tendências nos índices de divórcio e como os adultos jovens se ajustam ao divórcio a um novo casamento e ao papel de padrastomadrasta As taxas de divórcio nos Estados Unidos diminuíram des de o seu ápice em 1981 Entre as prováveis razões estão aumento nos níveis educacionais o atraso na idade de casamento e o aumento na coabitação A adaptação ao divórcio pode ser dolorosa A distância emocional do excônjuge é o segredo para uma boa adaptação Muitas pessoas divorciadas casamse novamente dentro de poucos anos mas os novos casamentos tendem a ser menos estáveis do que os primeiros As famílias reconstituídas podem passar por diversos estágios de ajustamento indicad r indicad r indicad r Papalia14indd 509 Papalia14indd 509 010213 0917 010213 0917 Capítulo 15 pontos principais A meiaidade um construto social DESENVOLVIMENTO FÍSICO Transformações físicas Saúde física e mental DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Medindo as capacidades cognitivas na meiaidade O caráter distinto da cognição do adulto Criatividade Trabalho e educação pontos principais você sabia que Um terço dos norteamericanos na faixa dos 60 anos considera que está na meiaidade Os traços de personalidade positivos estão relacionados a boa saúde e vida longa Pessoas de meiaidade que realizam trabalho complexo tendem a apresentar um desempenho cognitivo mais forte do que seus pares Neste capítulo examinaremos as transformações físicas durante a meiaidade bem como as questões de saúde física sexual e mental Examinaremos os fatores que afetam a inteligência os processos de pensamento e a criatividade Finalmente focalizaremos o trabalho a aposentadoria e as buscas educacionais você sabia Desenvolvimento Físico e Cognitivo na Vida Adulta Intermediária O padrão primitivo físico e funcional da aurora da vida os anos ativos antes dos 40 ou 50 estão superados Mas ainda resta o entardecer que se descortina que não se pode passar no ritmo febril da manhã mas finalmente proporciona o tempo necessário para aquelas atividades intelectuais culturais e espirituais que foram deixadas de lado no calor da corrida Anne Morrow Lindbergh Presente do Mar 1955 Papalia15indd 510 Papalia15indd 510 010213 0916 010213 0916 Papalia15indd 511 Papalia15indd 511 010213 0916 010213 0916 512 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A vida adulta intermediária um construto social O termo meiaidade apareceu pela primeira vez nos dicionários em 1895 Lachman 2004 quando a expectativa de vida começou a se prolongar Hoje nas sociedades industrializadas a vida adulta in termediária é considerada um estágio distinto da vida com suas próprias normas sociais papéis opor tunidades e desafios Entretanto algumas sociedades tradicionais como os hindus da casta superior na zona rural da Índia Menon 2001 e os gusii no Quênia ver Quadro 161 não reconhecem absoluta mente um estágio intermediário da vida adulta Portanto alguns estudiosos descrevem a meiaidade como um construto social Neste livro definimos vida adulta intermediária em termos cronológicos como o período entre as idades de 40 e 65 anos mas esta definição é arbitrária Não há consenso sobre quando a meiaidade começa e termina ou sobre eventos biológicos e sociais específicos que marcam suas fronteiras Com melhorias na saúde e aumentos na expectativa de vida os limites superiores subjetivos da meiaidade estão se elevando Lachman 2001 2004 Um terço dos adultos norteamericanos na faixa dos 70 anos e metade daqueles entre 65 e 69 anos considerase na meiaidade National Council on Aging 2000 Entretanto pessoas com nível socioeconômico baixo tendem a considerar idades mais preco ces de início e de término como meiaidade talvez devido à saúde mais precária ou a transições mais prematuras para a aposentadoria e para a condição de avós Lachman 2004 Nos Estados Unidos no início do século XXI mais de 80 milhões de pessoas nascidas entre 1946 e 1964 os baby boomers tinham entre 35 e 54 anos de idade e constituíam cerca de 30 da população total US Census Bureau 2000 Mundialmente essa é a coor te mais bemeducada e mais abastada a atingir a meiaidade e isso está mudando nossa pers pectiva sobre essa época da vida Eggebeen e Sturgeon 2006 Willis e Reid 1999 Quais são os aspectos característicos da vida adulta intermediária indicad r Quando você diria que a meiaidade começa Pense em diversas pessoas que você conhece que estão na meiaidade Elas parecem ter boa saúde O quanto elas estão envolvidas no trabalho ou em outras atividades indicadores de estudo 1 Quais são os aspectos característicos da vida adulta intermediária 2 Quais são as alterações físicas que geralmente ocorrem durante a meiaidade e qual é o seu impacto psicológico 3 Quais são os fatores que afetam a saúde física e mental na meiaidade 4 Quais ganhos e perdas cognitivos ocorrem durante a vida adulta intermediária 5 Adultos maduros pensam diferente das pessoas mais jovens 6 O que explica a capacidade criativa e como ela se modifica com a idade 7 Como os padrões de trabalho e educação estão se modificando e como o trabalho contribui para o desenvolvimento cognitivo Papalia15indd 512 Papalia15indd 512 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 513 O estudo MeiaIdade nos Estados Unidos MIDUS um levantamento abrangente de uma amostra nacional de 7189 adultos não institucionalizados com idades de 25 a 75 anos possibilitou aos pesquisadores estudar os fatores que influenciam a saúde o bemestar e a produtividade na meiaidade e como os adultos realizam a transição para a velhice Brim Ryff e Kessler 2004 De acordo com os dados do MIDUS a maioria das pessoas de meiaidade está em boas condições físicas cognitivas e emocionais e se sente bem em relação à qualidade de sua vida Fleeson 2004 Figura 151 Entretanto a experiência da meiaidade varia de acordo com a saúde o gênero a raçaetnia o nível socioeco nômico a coorte e a cultura bem como com a personalidade a situação conjugal e parental e o emprego Lachman 2004 Além disso as experiências os papéis e os problemas do início da meiaidade diferem daqueles do final da meiaidade Keegan et al 2004 De acordo com a pesquisa do MIDUS o envelhecimento pelo menos até os 75 anos parece ser um fenômeno positivo Fleeson 2004 p 269 Ao mes mo tempo os anos intermediários são marcados por crescentes diferenças indi viduais e por uma multiplicidade de trajetórias da vida Lachman 2004 Algu mas pessoas de meiaidade podem correr maratonas outras ficam sem fôlego ao subir uma escadaria íngreme Algumas têm uma memória mais aguçada do que nunca outras sentem que a memória começa a falhar Muitos adultos nos anos intermediários têm um sentido estável de controle sobre suas vidas Skaff 2006 na medida em que assumem pesadas responsabilidades e papéis múltiplos e exi gentes governar a casa chefiar departamentos ou empresas educar os filhos e talvez cuidar de pais idosos ou iniciar novas atividades profissionais Outros já tendo deixado sua marca e criado os filhos têm uma maior sensação de liberda de e independência Lachman 2001 Alguns estão no auge da criatividade ou de suas carreiras outros tiveram um início lento ou encontramse num impasse Outros ainda ressuscitam sonhos abandonados ou perseguem metas novas e desafiadoras O que as pessoas fazem e como vivem tem muito a ver com a forma como envelhecem A meiaidade pode ser um tempo não principalmente de declínio e perda mas de domínio competência e crescimento um tempo para reavaliar metas e aspirações e decidir como melhor utilizar a parte restante do ciclo de vida verificador você é capaz de Citar as diferenças individuais na experiência da meiaidade Muitas pessoas de meia idade estão no auge de suas carreiras desfrutando de um senso de liberdade responsa bilidade e controle sobre suas vidas e dando importantes contribuições para a melhoria social Bill Gates que quando jovem fundou a gigante do software Microsoft agora dedica grande parte de seus esforços à filantropia por meio da fundação que ele e sua es posa Melinda estabeleceram em 1999 Aqui eles apelam a um fórum de cientistas e po líticos para uniremse à sua meta de erradicar a malária em todo o mundo Casamento Vida em geral Filhos Trabalho Finanças Sexualidade Contribuição para outros Saúde Qualidade de 0 a 10 30 40 50 60 70 1 0 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Idade do participante FIGURA 151 Como adultos norteamericanos de várias idades ava liam aspectos de sua qualidade de vida e da qualidade de vida em geral Fonte Fleeson 2004 dados da Research Network on Successful Midlife Development da fundação MacArthur o levantamento nacional MIDUS Papalia15indd 513 Papalia15indd 513 010213 0916 010213 0916 514 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman DESENVOLVIMENTO FÍSICO Transformações físicas Usar ou perder As pesquisas confirmam a sabedoria dessa expressão popular Apesar de algumas transformações fisiológicas serem resultado direto do envelhecimento biológico e da constituição ge nética fatores comportamentais e de estilo de vida desde a juventude podem afetar a probabilidade o tempo de ocorrência e a extensão das transformações físicas Por esse mesmo motivo a saúde e os hábitos de estilo de vida nos anos adultos intermediários influenciam o que acontecerá nos anos pos teriores Lachman 2004 Whitbourne 2001 Quanto mais as pessoas usam mais elas podem usar Pessoas que são ativas desde cedo na vida colhem os benefícios de mais vigor e de mais resiliência após os 60 anos Spirduso e MacRae 1990 Pessoas que levam vidas sedentárias perdem tônus muscular e energia e são menos inclina das a se exercitar fisicamente Contudo nunca é tarde demais para adotar um estilo de vida mais saudável FUNCIONAMENTO SENSORIAL E PSICOMOTOR Do período adulto jovem até os anos intermediários as mudanças sensoriais e motoras são quase im perceptíveis até que um dia um homem de 45 anos percebe que não consegue ler a lista telefônica sem óculos ou uma mulher de 60 anos precisa admitir que não consegue andar com a mesma rapidez que antes Com o aumento da idade é comum que os adultos experimentem uma variedade de declí nios perceptuais incluindo dificuldades de audição e de visão Pleis e Lucas 2009 Problemas visuais relacionados à idade ocorrem principalmente em cinco áreas visão de perto visão dinâmica ler sinais em movimento sensibilidade à luz busca visual por exemplo localizar um sinal e velocidade de processamento de informação visual Kline et al 1992 Kline e Scialfa 1996 Kosnik et al 1988 Também é comum uma ligeira perda na acuidade visual ou nitidez da visão Devido a alterações na pupila do olho pessoas de meiaidade podem precisar de aproximada mente um terço a mais de luminosidade para compensar a perda de luz que chega à retina Belbin 1967 Troll 1985 De modo geral aproximadamente 12 dos adultos de 45 a 64 anos experimen tam declínios em sua visão Pleis e Lucas 2009 Uma vez que o cristalino tornase progressivamente menos flexível sua capacidade para mudar de foco diminui Essa mudança costuma ficar perceptível no início da meiaidade e praticamente se completa aos 60 anos Kline e Scialfa 1996 Muitas pessoas precisam usar óculos de leitura a partir dos 40 anos de idade devido à presbiopia uma diminuição na capacidade de focalizar objetos próximos condição associada ao envelhecimento O prefixo presbi significa com a idade A in cidência de miopia vista curta também aumenta durante a meiaidade Merrill e Verbrugge 1999 Óculos bifocais e multifocais dispositivos de correção em que lentes para leitura são combinadas com outras lentes para facilitar a visão a distância ajudam o olho a se ajustar entre objetos próximos e distantes Quais são as alterações físicas que geralmente ocorrem durante a meiaidade e qual é o seu impacto psicológico indicad r As pessoas percebem suas mãos mais curtas e mais gordas do que elas realmente são Longo e Haggard 2010 presbiopia Perda progressiva associada à idade da capacidade dos olhos de focalizar objetos próximos devido à perda de elasticidade do cristalino miopia Vista curta Embora a força e a coordenação possam declinar muitas pessoas de meiaidade consideram que sua melhor capacidade de usar estratégias adquiridas pela ex periência compensam as mudanças em suas capacidades físicas Papalia15indd 514 Papalia15indd 514 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 515 Uma perda auditiva gradual raramente percebida mais cedo na vida acelerase na faixa dos 50 anos Merrill e Verbrugge 1999 Essa condição denominada presbiacusia normalmente se limita a sons de intensidade mais alta do que aqueles usados na fala Kline e Scialfa 1996 A perda auditiva nos homens se processa duas vezes mais rápido do que nas mulheres Pearson et al 1995 Hoje um aumento evitável da perda auditiva está ocorrendo entre pessoas de 45 a 65 anos por causa da exposição contínua ou repentina a ruídos no trabalho concertos musicais em alto volume uso de fones de ouvido etc Wallhagen et al 1997 Quase 18 desses adultos experimentam problemas auditivos Pleis e Lucas 2009 Perdas auditivas em razão do ruído ambiental podem ser evitadas utilizandose protetores de ouvido tais como tampões ou proteto res auriculares A sensibilidade gustativa e olfativa costuma diminuir na meiaidade Cain Reid e Stevens 1990 Stevens et al 1991 À medida que as papilas gustativas tornamse menos sensíveis e o número de células olfativas diminui os alimentos podem parecer mais insípidos Merrill e Verbrugge 1999 Troll 1985 As mulheres tendem a preservar esses sentidos por mais tempo do que os homens Entretanto há diferenças individuais Uma pessoa pode tornarse menos sensível a comidas salgadas outra a ali mentos doces amargos ou ácidos E a mesma pessoa pode permanecer mais sensível a alguns desses sabores do que a outros Stevens et al 1995 Whitbourne 1999 Os adultos começam a perder a sensibilidade ao tato após os 45 anos e em níveis leves à dor após os 50 Entretanto a função protetora da dor permanece e consequentemente adultos mais velhos ainda são sensíveis a níveis mais altos de dor e também tendem a relatar alívio inadequado da dor Isto é problemático visto que a dor é uma consequência de muitas doenças crônicas como artrite ou câncer que são sentidas em níveis mais altos à medida que os adultos envelhecem Gloth 2000 A força e a coordenação diminuem gradualmente depois de seu auge na década que vai dos 20 aos 30 anos Certa perda da força muscular geralmente é notada aos 45 anos de 10 a 15 da força máxima podem ter se esgotado aos 60 anos O motivo é a perda de fibra muscular que é substituída por gor dura A força de preensão reflete o peso ao nascimento e o crescimento muscular mais cedo na vida bem como o nível socioeconômico na infância e é uma prognosticadora importante de futura incapa cidade perdas funcionais e mortalidade no futuro Guralnik et al 2006 Kuh et al 2006 Contudo o declínio não é inevitável o treinamento da força na meiaidade pode prevenir a perda muscular e até mesmo recuperar a força Whitbourne 2001 A resistência costuma manterse muito melhor do que a força física Spirduso e MacRae 1990 Sua perda resulta de uma diminuição gradativa na taxa de metabolismo basal o uso de energia para manter as funções vitais após os 40 anos Merrill e Verbrugge 1999 Habilidades usadas com frequência são mais resistentes aos efeitos da idade do que aquelas que são menos usadas desse modo os atletas apresentam uma perda de resistência menor do que a média Stones e Kozma 1996 A destreza manual geralmente se torna menos eficiente depois da metade da quarta década de vida Vercruyssen 1997 embora alguns pianistas como Vladimir Horowitz continuem a ter um desempenho brilhante aos 80 anos O tempo de reação simples como ao pressionar um botão quando uma luz se acende diminui muito pouco em torno dos 50 anos mas o tempo de reação de escolha como ao pressionar um de quatro botões numerados quando o mesmo número aparece em uma tela fica gradualmente mais lento no decorrer da idade adulta Der e Deary 2006 Quando uma resposta vocal em vez de uma manual é necessária as diferenças de idade no tempo de reação simples são substancialmente menores S J Johnson e Rybash 1993 O CÉREBRO NA MEIAIDADE O cérebro em processo de envelhecimento experimenta declínios em uma série de áreas e isto é par ticularmente verdadeiro para tarefas que requerem um tempo de reação rápido ou o malabarismo de múltiplas tarefas Por exemplo tarefas que envolvem escolha de respostas tal como apertar um botão quando uma luz se acende e outro botão quando um som é ouvido e habilidades motoras complexas envolvendo muitos estímulos respostas e decisões como ao dirigir um carro sofrem um declínio mais acentuado Parte da razão para isto é que a capacidade de ignorar distrações declina gradualmente com a idade tornando a multitarefa mais desafiadora Madden e Langley 2003 Stevens et al 2008 Alguns desses declínios podem ser baseados em alterações físicas reais no cérebro Por exemplo o fe nômeno napontadalíngua TOT tipofthetongue em que uma pessoa sabe que sabe uma palavra presbiacusia Perda gradual da audição associada à idade que se acelera depois dos 55 anos especialmente em relação a sons de frequências mais altas metabolismo basal Uso de energia para manter as fun ções vitais Papalia15indd 515 Papalia15indd 515 010213 0916 010213 0916 516 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman mas não consegue acessála na memória tornase mais frequente na meiaidade E aquelas pessoas que experimentam TOTs muito frequentemente são propensas a apresentar a maior quantidade de atrofia na ínsula esquerda uma área do cérebro associada à produção da fala Shafto et al 2007 Além disso a mielina a bainha de gordura que envolve nossos axônios nervosos e ajuda a acelerar os impulsos através de nosso cérebro começa a se degenerar com a idade Bartzokis et al 2008 Nossos cérebros não apenas parecem funcionar mais lentamente eles realmente funcionam mais lentamente Em muitos casos mesmo em face de declínios em algumas capacidades o conhecimento baseado na experiência pode mais que compensar as alterações físicas Normalmente adultos de meiaidade são melhores motoristas do que os mais jovens McFarland Tune e Welford 1964 e digitadores de 60 anos são tão eficientes quanto os de 20 anos Salthouse 1984 Spirduso e MacRae 1990 Trabalhadores especializados do setor industrial na faixa dos 40 e 50 anos costumam ser mais produtivos do que nunca em parte porque tendem a ser mais meticulosos e cuidadosos Os trabalha dores de meiaidade são menos propensos do que os trabalhadores mais jovens a sofrer lesões graves no trabalho Salthouse e Maurer 1996 provavelmente em razão da experiência e do bom senso que compensam qualquer diminuição da coordenação e das habilidades motoras Os declínios não são inevitáveis nem necessariamente permanentes Mesmo quando ficamos mais velhos nossos cérebros ainda são flexíveis e podem responder positivamente Por exemplo quan do um grupo de pessoas mais velhas sedentárias foi inscrito em um programa de educação física eles mostraram alterações correspondentes no volume das substâncias cinzenta e branca Particularmente os exercícios aeróbicos pareceram ser benéficos para a função cerebral Colcombe et al 2006 TRANSFORMAÇÕES ESTRUTURAIS E SISTÊMICAS As mudanças na aparência podem tornarse perceptíveis durante os anos intermediários Por volta da quinta ou sexta década de vida a pele pode tornarse flácida e menos firme à medida que a camada de gordura abaixo da superfície fica mais fina as moléculas de colágeno mais rígidas e as fibras de elastina mais frágeis Os cabelos podem ficar mais finos em razão da diminuição da taxa de substituição e mais grisalhos à medida que a produção de melanina o agente de pigmentação diminui Pessoas de meiaidade tendem a ganhar peso como resultado do acúmulo de gordura cor poral e a perder altura em razão da contração dos discos intervertebrais Merrill e Verbrugge 1999 Whitbourne 2001 A densidade óssea normalmente atinge o auge em torno dos 20 ou 30 anos A partir daí as pes soas experimentam alguma perda óssea à medida que mais cálcio é absorvido do que reposto fazendo com que os ossos fiquem mais finos e mais frágeis A perda óssea se acelera aos 50 e 60 anos isso ocorre duas vezes mais rápido nas mulheres do que nos homens às vezes levando à osteoporose Merrill e Verbrugge 1999 Whitbourne 2001 O tabagismo o consumo de bebidas alcoólicas e a má alimentação no início da vida adulta contribuem para agilizar a perda óssea ela pode ser diminuída por meio de exercícios aeróbicos muscula ção e maior ingestão de cálcio e vitamina C As articulações podem ficar mais rígidas em consequência da pressão acumulada Exercí cios de alongamento e de fortalecimento dos músculos que sustentam uma articulação podem melhorar o funcionamento Whit bourne 2001 Um grande número de pessoas de meia idade e até mais velhas apresenta pouco ou nenhum declínio no funcionamento dos órgãos Galla gher 1993 Em alguns contudo o coração começa a bombear mais lenta e irregularmente na faixa dos 50 anos aos 65 ele pode perder até 40 de sua força aeróbica As paredes arteriais podem tornarse mais espessas e mais rígidas As doenças cardíacas são mais comuns iniciandose no final dos 40 ou início dos 50 anos A capacidade vital o volume máximo de ar que os pulmões são capazes de inspirar e expelir começa a diminuir por volta dos 40 anos e pode chegar a 70 aos 70 anos O controle da temperatura e a resposta imunológica começam a se enfraquecer e o sono tornase menos profundo Merrill e Verbrugge 1999 Whitbourne 2001 Um grupo de pesquisadores notou esta distratibilidade durante varreduras do cérebro de adultos mais jovens e mais velhos Eles perceberam que o desempenho dos adultos mais velhos estava sendo prejudicado pelos ruídos da máquina de ressonância magnética Stevens et al 2008 Outra forma de manter seu cérebro aguçado Use o Google Adultos mais velhos solicitados a navegar na internet mostraram ativação significativa em áreas do cérebro relacionadas a raciocínio e tomada de decisão Este efeito foi mais forte para usuários experientes mas os pesquisadores afirmaram que mesmo adultos sem sofisticação tecnológica devem se beneficiar Small Moody Siddarth e Bookheimer 2009 A pesquisa sugere que é a quantidade e a profundidade de suas rugas não a sua localização que faz você parecer mais velho AznarCasanova TorroAlves e Fukusima 2010 capacidade vital Quantidade de ar que pode ser inspira da e expelida na respiração verificador você é capaz de Resumir as mudanças no fun cionamento sensorial e motor e na estrutura e nos sistemas corporais que podem se ini ciar durante a meiaidade Identificar fatores que con tribuem para as diferenças individuais na condição física Papalia15indd 516 Papalia15indd 516 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 517 SEXUALIDADE E FUNCIONAMENTO REPRODUTIVO A sexualidade não é somente uma marca registrada da juventude Embora ambos os sexos enfrentem perdas em sua capacidade reprodutiva durante a vida adulta intermediária as mulheres tornamse incapazes de gerar filhos e a fertilidade masculina começa a declinar o prazer sexual pode continuar por toda a vida adulta As mudanças nos sistemas reprodutivos masculino e feminino estão resumidas na Tabela 151 Contudo muitas pessoas de meiaidade têm preocupações a respeito da sexualidade e do funcionamento reprodutivo Vamos examinálas A menopausa e seus significados A menopausa se desenvolve quando uma mulher para permanentemente de ovular e de menstruar e quando não é mais capaz de conceber um filho geralmente considerase que isso ocorra um ano após o último ciclo menstrual Isso acontece em média dos 50 aos 52 anos mas na maioria das mulheres se dá entre os 45 e os 55 anos Avis e Crawford 2006 A menopausa não é um evento único mas um processo denominado transição menopausal Começando em meados dos 30 até meados dos 40 anos a produção de óvulos de uma mulher começa a diminuir e os ovários produzem menos estrogênio o hormônio feminino O período de 3 a 5 anos durante o qual ocorre essa desaceleração da produção de hormônios e da ovulação antes e durante o primeiro ano da menopausa é denominado perimenopausa também conhecido por climatério ou mudança de vida Durante a perimenopausa a menstruação tornase irregular com menos fluxo do que antes e com período mais longo entre os ciclos menstruais antes de cessar completamente Atitudes em relação à menopausa Durante o século XIX nas culturas ocidentais a menopausa era vista como uma doença uma incapacidade dos ovários em realizar sua função natural Nos Estados Unidos hoje a maioria das mulheres que passou pela menopausa a vê positivamente como um processo natural Avis e Crawford 2006 Rossi 2004 A menopausa pode ser vista como um sinal de transição para a segunda metade da vida adulta um tempo de mudanças de papéis maior independência e crescimento pessoal Sintomas e mitos A maioria das mulheres experimenta alguns sintomas durante a menopausa Al gumas não têm absolutamente nenhum sintoma e existem variações raciaisétnicas A Tabela 152 resume as evidências atuais quanto aos sintomas relatados Os mais comuns são as ondas de calor e os suores noturnos sensações repentinas de calor que perpassam o corpo em razão de alterações erráticas de secreção hormonal que afetam os centros cere brais de controle da temperatura Há forte evidência de que a transição menopausal é responsável por menopausa Cessação da menstruação e da capaci dade de gerar filhos perimenopausa Período de vários anos durante o qual uma mulher enfrenta as mudanças fisiológicas da menopausa inclui o primeiro ano após o término da menstruação também denominado climatério TABELA 151 Mudanças nos sistemas reprodutivos humanos durante a meiaidade Mulher Homem Mudança hormonal Diminuição do estrogênio e da progesterona Queda na testosterona Sintomas Ondas de calor secura vaginal disfunção urinária Indeterminados Mudanças sexuais Excitação menos intensa or gasmos menos frequentes e mais rápidos Perda de excitação psicológica ereções menos frequentes orgasmos mais lentos recu peração mais longa entre as ejaculações maior risco de disfunção erétil Capacidade reprodutiva Término Continua ocorre alguma diminui ção na fertilidade Papalia15indd 517 Papalia15indd 517 010213 0916 010213 0916 518 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman esses sintomas Entretanto algumas mulheres nunca os têm e outras os têm quase todos os dias Avis e Crawford 2006 Rossi 2004 Os níveis decrescentes de estrogênio não parecem afetar o desejo sexual nas mulheres American Medical Association 1998 NIH 2005 Entretanto algumas mulheres consideram a relação sexual dolorosa por causa do adelgaçamento dos tecidos vaginais e da lubrificação insuficiente NIH 2005 Géis à base de água podem evitar ou aliviar esse problema A irritabilidade o nervosismo a tensão e a depressão aumentam em mulheres durante a meno pausa mas as pesquisas não estabelecem uma associação clara entre esses distúrbios e esta alteração normal Muitas mulheres nesta fase estão passando por mudanças estressantes de papéis relaciona mentos e responsabilidades e essas mudanças podem afetar seu estado mental Avis 1999 Lachman 2004 NIH 2005 Rossi 2004 Whitbourne 2001 De modo geral as pesquisas sugerem que alguns dos presumidos sintomas da síndrome da meno pausa podem estar relacionados mais a outras alterações naturais do envelhecimento do que à própria menopausa NIH 2005 Eles também podem refletir a visão que a sociedade tem das mulheres e do envelhecimento Quadro 151 Nas culturas em que as mulheres veem a menopausa positivamente ou em que as mulheres mais idosas adquirem poder social religioso ou político após a menopausa poucos problemas são associados a esse evento natural Aldwin e Levenson 2001 Avis 1999 En tretanto as alterações físicas na densidade óssea e no funcionamento cardíaco depois da menopausa podem afetar a saúde da mulher conforme discutimos posteriormente neste capítulo Tratamento dos sintomas da menopausa A administração de curto prazo de baixas doses de estrogênio artificial é a forma mais eficaz de aliviar as ondas de calor mas ela acarreta sérios riscos Avis e Crawford 2006 NIH 2005 Várias terapias hormonais foram tentadas Estudos encontraram alguma evidência da eficácia de certos medicamentos antidepressivos bem como do antihipertensivo clonidina e do anti convulsivante gabapentina no tratamento das ondas de calor em mulheres com sintomas graves mas os efeitos adversos e os altos custos limitam sua utilidade para a maioria das mulheres Nelson et al 2006 Algumas mulheres procuram terapias alternativas como medicamentos fitoterápicos erva de São João vitamina E cimicífuga racemosa cohosh preto e outras preparações naturais ou herbáceas bem como terapias mentaiscorporais terapias de energização e medicina oriental mas nenhuma se revelou eficaz Avis e Crawford 2006 Nedrow et al 2006 Newton et al 2006 NIH 2005 Entretanto a maioria dos estudos foram pequenos ou mal planejados Além disso há um efeito placebo as mulheres nos grupos controle que não recebem a terapia que está sendo testada melhoram mais de 30 NIH 2005 TABELA 152 Quais sintomas da menopausa têm apoio das pesquisas Sintoma Apoio das pequisas Ondas de calor suores noturnos Forte apoio Secura vaginal relações sexuais dolorosas Forte apoio Distúrbios do sono Apoio moderado Distúrbios do humor depressão ansiedade irritabilidade Apoio limitado Incontinência urinária Resultados mistos inadequado para demonstrar associação causal Distúrbios cognitivos ie esquecimento Evidência insuficiente para separar os efeitos do envelhecimento dos efeitos da menopausa Sintomas somáticos dor nas costas cansa ço articulações rígidas ou doloridas Nenhuma associação com a menopausa foi demonstrada Disfunção sexual Nenhuma associação com a menopausa foi demonstrada Fonte National Institutes of Health NIH 2005 Mulheres em idade de menopausa rela tam maior irritabilidade e depressão o que pode estar mais estreitamente rela cionado a mudanças em suas vidas do que a alterações biológicas Papalia15indd 518 Papalia15indd 518 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 519 Mudanças no funcionamento sexual masculino Os homens não têm nenhuma experiência comparável à menopausa Eles não sofrem uma queda repentina na produção de hormônios na meia idade como ocorre com as mulheres e podem continuar se reproduzindo até o fim da vida Entre tanto os homens parecem ter um relógio biológico Os níveis de testosterona diminuem lentamente depois dos 30 anos cerca de 1 ao ano com amplas variações individuais Asthana et al 2004 Finch 2001 Lewis Legato e Fisch 2006 Whitbourne 2001 A contagem de esperma dos homens diminui com a idade tornando a concepção menos provável A qualidade genética do esperma tam bém diminui conforme discutido no Capítulo 3 a idade paterna avançada pode ser uma fonte de defeitos de nascimento Lewis et al 2006 O declínio da testosterona foi associado a reduções na densidade óssea e na massa muscular Asthana et al 2004 bem como a diminuição da energia impulso sexual mais baixo sobrepeso irritabilidade emocional e humor deprimido A testosterona baixa também foi associada ao diabetes e a doenças cardiovasculares e pode aumentar a mortalidade Lewis et al 2006 Uma queda nos níveis de testosterona não significa necessariamente o fim da atividade sexual Entretanto alguns homens de meiaidade e mais velhos enfrentam a disfunção erétil DE comu mente chamada de impotência incapacidade persistente de obter e manter o pênis suficientemente ereto para um desempenho sexual satisfatório Estimase que 39 dos homens de 40 anos de idade e 67 dos homens de 70 anos de idade enfrentem uma DE pelo menos às vezes Feldman et al 1994 Goldstein et al 1998 Diabetes hipertensão colesterol alto insuficiência renal depressão transtornos neurológicos e muitas doenças crônicas estão associadas a disfunção erétil Álcool drogas tabagismo técnicas sexuais pobres falta de conhecimento relacionamentos insatisfatórios ansiedade e estresse podem ser fatores contribuintes Lewis et al 2006 Utiger 1998 O sildenafil viagra e outras terapias de testosterona semelhantes têm sido considerados seguros e eficazes Goldstein et al 1998 Nurnberg et al 2003 Utiger 1998 e seu uso tem se multiplicado Entretanto eles não devem ser prescritos indiscriminadamente apenas para homens com deficiência de testosterona comprovada Lewis et al 2006 Whitbourne 2001 Se não houver problema físico aparente psicoterapia ou terapia sexual com o apoio e envolvimento dao companheirao pode ajudar NIH 1992 Atividade sexual Os mitos sobre a sexualidade na meiaidade por exemplo a ideia de que o sexo satisfatório acaba na menopausa têm às vezes se tornado profecias autorrealizáveis Atualmente avanços nos tratamentos de saúde e atitudes mais liberais em relação ao sexo estão tornando as pes soas mais conscientes de que o sexo pode ser uma parte essencial da vida durante esta fase e mesmo em idades mais avançadas A frequência da atividade sexual e a satisfação com a vida sexual tendem a diminuir gradual mente entre os 40 e os 60 anos No estudo MIDUS 61 das mulheres casadas ou em concubinato que estavam na prémenopausa mas apenas 41 das que já estavam na menopausa relataram ter re lações sexuais uma vez por semana ou mais Esse declínio estava relacionado não à menopausa mas à idade e à condição física Rossi 2004 As possíveis causas físicas incluem doenças crônicas cirurgias medicações e excesso de comida ou bebidas alcoólicas Muitas vezes porém a queda da frequência da atividade sexual tem causas não fisiológicas monotonia em um relacionamento preocupação com negócios ou preocupações financeiras cansaço mental ou físico depressão incapacidade de dar priori dade ao sexo medo de não conseguir obter uma ereção ou falta de um parceiro King 1996 Masters e Johnson 1966 Weg 1989 O tratamento dessas causas pode trazer uma vitalidade renovada à vida sexual de um casal Saúde física e mental A maioria dos norteamericanos de meiaidade assim como as pessoas de meiaidade em outros países industrializados é bastante saudável Aproximadamente 12 das pessoas de 45 a 54 anos e 18 das pessoas de 55 a 64 anos consideramse em condições de saúde boas a excelentes Apenas 125 das pessoas de 45 a 54 anos e 20 das de 55 a 64 anos de idade têm suas atividades limitadas devido a doenças crônicas especialmente artrite e problemas circulatórios que aumentam com a idade Na tional Center for Health Statistics NCHS 2006 Schiller e Bernadel 2004 disfunção erétil Incapacidade de um homem alcançar ou manter o pênis suficientemente ereto para o desempenho sexual satisfatório verificador você é capaz de Comparar as alterações repro dutivas de homens e mulhe res na meiaidade Identificar fatores que podem afetar a experiência das mu lheres na menopausa Citar quais sintomas estavam de fato relacionados à meno pausa e quais não estavam Identificar mudanças no fun cionamento sexual masculino na meiaidade Discutir as mudanças na atividade sexual durante a meiaidade indicad r Quais são os fatores que afetam a saúde física e mental na meiaidade Papalia15indd 519 Papalia15indd 519 010213 0916 010213 0916 520 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Entretanto essa faixa etária os babyboomers pode ser menos saudável do que gerações anterio res Em uma comparação de três coortes de nascimento 6069 anos 7079 anos e 80 anos ou mais as coortes mais jovens apresentavam aumentos mais pronunciados nos problemas de saúde incluindo as atividades básicas associadas com a vida diária a realização de tarefas cotidianas como fazer o jantar ou usar o banheiro e problemas de mobilidade Neste grupo a incapacidade aumentou entre 40 e 70 em cada área Em contrapartida essas mudanças não eram observadas nas coortes mais velhas Esta pesquisa sugere que as pessoas que estão agora entrando na faixa dos 60 anos poderiam enfrentar incapacidades significativas mais do que suas correspondentes em gerações anteriores e causam um custo substancial sobre o já sobrecarregado sistema de saúde Seeman et al 2009 Não surpre endentemente a pesquisa também mostrou aumentos no uso de serviços médicos A porcentagem de consultas médicas nas quais cinco ou mais medicamentos foram prescritos duplicou para 25 nos últimos 10 anos Além disso as taxas de hospitalização para inserção de stent coronário e de próteses de quadril e joelho aumentaram drasticamente da mesma forma que muitos tipos de procedimentos cirúrgicos menos extensivos Freid e Bernstein 2010 TENDÊNCIAS DE SAÚDE NA MEIAIDADE Apesar da saúde geralmente boa muitas pessoas na meiaidade especialmente aquelas com NSE baixo enfrentam crescentes problemas de saúde Lachman 2004 ou estão preocupadas com sinais de possível declínio Elas podem ter menos energia do que na juventude e provavelmente enfrentam dores e cansaço ocasionais ou crônicos A prevalência de limitações físicas aumenta com a idade de aproximadamente 16 aos 5059 anos para quase 23 perto dos 70 anos e este efeito é mais mar cante para afroamericanos e para as mulheres Holmes et al 2009 Muitos adultos não podem mais ficar acordados com facilidade Eles têm mais propensão a contrair certas doenças como hipertensão e diabetes e demoram mais tempo para se recuperar de doenças ou de esforços extremos Merrill e Verbrugge 1999 Siegler 1997 A hipertensão pressão arterial cronicamente alta é uma preocupação cada vez mais importante na meiaidade como um fator de risco para doenças cardiovasculares e doenças renais Quase 41 dos adultos de 5564 anos sofrem de hipertensão Schoenborn e Heyman 2009 Pessoas que consomem mais proteínas vegetais tendem a ter pressão arterial mais baixa Elliott et al 2006 A impaciência Uma pergunta relativamente simples como você está pode ajudar a alertar os médicos para a qualidade dos problemas de vida que poderiam afetar a saúde e as ocorrências de saúde Os pesquisadores sugeriram que tais perguntas sejam incorporadas em todas as consultas médicas para adultos mais velhos Hahn et al 2007 hipertensão Pressão arterial cronicamente alta para o mund DIFERENÇAS CULTURAIS NA EXPERIÊNCIA DAS MULHERES NA MENOPAUSA Muitas mulheres aceitam as ondas de calor e os suores notur nos como decorrências normais embora indesejáveis da me nopausa Contudo as mulheres em algumas culturas raramente ou nunca experimentam esses sintomas Na pesquisa conduzida por Margaret Lock menos de 10 das mulheres japonesas cuja menstruação estava se tornando irregular relataram ter tido ondas de calor nas duas semanas anteriores em comparação com cerca de 40 de uma amos tra canadense e 35 de uma amostra norteamericana De fato menos de 20 das mulheres japonesas experimentaram algu ma vez ondas de calor em comparação com 65 de mulheres canadenses e a maioria das mulheres japonesas que tinham experimentado ondas de calor relatou pouco ou nenhum des conforto físico ou psicológico Além disso apenas aproximada mente 3 das mulheres japonesas disseram ter experimentado suores noturnos e elas eram muito menos propensas do que as mulheres ocidentais a sofrer de insônia depressão irritabilida de ou falta de energia Lock 1994 No Japão a menopausa não é considerada uma condição médica e o final da menstruação tem muito menos importância do que para as mulheres ocidentais O termo mais próximo para ela kônenki referese não especificamente ao que os ocidentais chamam de menopausa mas a um período consideravelmen te mais longo comparável à perimenopausa Lock 1994 1998 Também não há um termo japonês específico para as ondas de calor ou fogachos ainda que a língua japonesa faça muitas distinções sutis entre os estados corporais O próprio envelhe cimento é menos temido no Japão do que no ocidente ele traz JANELA 151 Papalia15indd 520 Papalia15indd 520 060313 1317 060313 1317 Desenvolvimento Humano 521 e a hostilidade aumentam o risco de longo prazo de desenvolver hipertensão Yan et al 2003 A hipertensão pode ser controlada por meio da medição da pressão arterial de uma dieta pobre em sal e de medicamentos A hipertensão é 60 mais prevalente na Europa do que nos Estados Unidos e no Canadá Wolf Maier et al 2003 Estimase que a proporção da população mundial que sofre de hipertensão se elevará de um quarto para um terço em 2025 levando à previsão de uma epidemia de doenças car diovasculares que já são responsáveis por 30 de todas as mortes no mundo Kearney et al 2005 Nos Estados Unidos o câncer substituiu as doenças cardíacas como principal causa de morte entre pessoas de 45 a 64 anos Miniño Xu e Kochanek 2010 No mundo todo os índices de mor talidade diminuíram substancialmente a partir da década de 1970 para as pessoas dessa faixa etária em grande parte devido a melhorias no tratamento de pacientes infartados Hoyert et al 2001 Ro samond et al 1998 Dor no peito é o sintoma mais comum de ataque cardíaco tanto em homens como em mulheres mas as mulheres podem experimentar outros sintomas como dores nas costas e no maxilar náusea e vômitos indigestão dificuldade para respirar ou palpitações Patel Rosengren e Ekman 2004 A prevalência do diabetes duplicou na década de 1990 Weinstein et al 2004 O tipo mais comum o diabetes com início na idade adulta tipo 2 normalmente se desenvolve após os 30 anos e é mais prevalente à medida que a pessoa envelhece Diferentemente do diabetes juvenil tipo 1 ou diabetes insulinodependente no qual o nível de açúcar no sangue aumenta porque o corpo não pro duz insulina suficiente no diabetes com início na idade adulta os níveis se elevam porque as células perdem sua capacidade de usar a insulina que o corpo produz Como resultado o corpo tentará com pensar essa perda produzindo insulina em excesso Pessoas com diabetes com início na idade adul ta com frequência não percebem que a têm até desenvolverem complicações graves como doenças cardíacas acidentes vasculares cerebrais cegueira doenças renais ou perda de membros American Diabetes Association 1992 INFLUÊNCIAS COMPORTAMENTAIS SOBRE A SAÚDE Assim como no período adulto jovem a nutrição o tabagismo o consumo de álcool e drogas e a ativi dade física continuam a afetar a saúde na meiaidade e mais tarde Em média os norteamericanos que diabetes Doença na qual o corpo não produz ou não utiliza adequadamente a insulina um hormônio que converte açúcar amidos e outros alimentos na energia necessária para a vida uma liberdade recém descoberta da mesma forma que a me nopausa Lock 1998 Foi sugerido que visto que a dieta das mulheres no Japão é rica em alimentos de origem vegetal con tendo fitoestrogênios compostos semelhantes ao estrogênio elas podem não experimentar os sintomas de declínios acentu ados nos níveis de estrogênio As atitudes em relação à menopausa variam muito de uma cultura para outra Em algumas culturas como a dos índios pápagos do sudoeste dos Estados Unidos a menopausa é apa rentemente ignorada Em outras culturas como na Índia e no sul da Ásia ela é um acontecimento bemvindo o status e a li berdade de movimento das mulheres aumentam uma vez livres dos tabus associados à menstruação e à fertilidade Avis 1999 Lock 1994 Nos Estados Unidos um estudo nacional sobre a saúde da mulher produziu alguns achados paradoxais As mulheres afro americanas tendiam a ter mais sentimentos positivos em relação à menopausa do que as mulheres caucasianas talvez porque em comparação com o racismo que muitas mulheres afroamerica nas experimentaram a menopausa é considerada um estressor insignificante Avis e Crawford 2006 Sommer et al 1999 Con tudo em outros estudos as mulheres afroamericanas relataram ondas de calor mais frequentes do que as mulheres brancas Avis e Crawford 2006 No estudo nacional sobre as mulheres as mulheres brancas concordavam que a menopausa era sinal de liberdade e independência Sommer et al 1999 Contudo em um grande estudo baseado na comunidade as mulheres brancas eram muito mais propensas a experimentar sofrimento psicoló gico durante a menopausa do que mulheres de outros grupos ra ciaisétnicos Bromberger et al 2001 No estudo nacional sobre as mulheres mulheres americanas de origem japonesa e chinesa relataram os sentimentos mais negativos em relação à menopau sa contrário aos achados sobre as mulheres japonesas no Japão Avis e Crawford 2006 Sommer et al 1999 Evidentemente mais pesquisas são necessárias Entretanto esses achados mostram que mesmo um evento biológico univer sal como a menopausa tem variações culturais importantes mais uma vez afirmando a importância da pesquisa transcultural qual a sua opinião O que poderia explicar as diferenças cul turais na experiência entre as mulheres da menopausa o Papalia15indd 521 Papalia15indd 521 010213 0916 010213 0916 522 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman fumam estão acima do peso e têm pressão arterial alta e açúcar sanguíneo alto têm a probabilidade de cortar quatro anos de sua expectativa de vida Danaei et al 2010 Pessoas que não fumam que se exercitam regularmente bebem álcool com moderação e comem muitas frutas e vegetais têm quatro vezes menos risco de morrer na meiaidade e na velhice do que pessoas que não seguem esses comportamentos Khaw et al 2008 De fato elas não apenas vivem mais tempo como também têm períodos mais breves de incapacidade no fim da vida Vita et al 1998 Homens e mulheres de meia idade que param de fumar diminuem os riscos de doenças cardíacas e de AVC AHA 1995 Kawachi et al 1993 Stamler et al 1993 Wannamethee et al 1995 Infelizmente apenas cerca de um terço de adultos norteamericanos demonstram uma boa aderência às recomendações de saúde e os norte americanos são particularmente menos propensos a aderir às diretrizes dietéticas sugeridas Wright Hirsch e Wang 2009 O excesso de peso na meiaidade aumenta o risco de problemas de saúde e de morte mesmo em pessoas saudáveis Yan et al 2006 e naquelas que nunca fumaram Adams et al 2006 Em um estudo prospectivo de 12 anos com 1213929 adultos coreanos com idades de 30 a 95 anos aqueles que estavam acima ou abaixo do peso tinham taxas de mortalidade mais altas do que aqueles com peso normal Jee et al 2006 Mesmo pequenas alterações no peso podem fazer uma grande diferença Byers 2006 Certos grupos raciais e étnicos parecem ter um risco maior para sobrepeso ou obesidade embora os padrões de diferenças dependam de qual categoria está sendo examinada Por exemplo ao conside rar o sobrepeso os hispânicos têm as taxas de prevalência mais altas de 842 em comparação com brancos não hispânicos de 708 e negros não hispânicos de 76 Em contrapartida ao considerar a obesidade negros não hispânicos 529 apresentam as taxas de prevalência mais altas e os hispâ nicos 42 têm o risco mais baixo Flegal et al 2010 A atividade física na meiaidade pode aumentar as chances de permanecer com mobilidade na ve lhice Patel et al 2006 de evitar ganho de peso Lee Djoussé e Sesso 2010 e de permanecer sau dável por mais tempo Jackson et al 2009 Ela também ajuda a afastar o risco de morte Entre uma amostra nacionalmente representativa de 1992 de 9824 adultos norteamericanos de 51 a 61 anos aqueles que praticavam exercícios moderados ou vigorosos regularmente tinham aproximadamente 35 menos probabilidade de morrer nos oito anos seguintes do que aqueles com estilos de vida seden tários Aqueles com fatores de risco cardiovasculares como tabagismo diabetes hipertensão arterial e uma história de doença arterial coronariana beneficiavamse mais da atividade física Richardson et al 2004 Apenas 72 minutos de exercício por semana podem aumentar significativamente a condição física em mulheres anteriormente sedentárias Church et al 2007 Os declínios na condição cardio vascular são particularmente abruptos após os 45 anos de idade Jackson et al 2009 Influências indiretas como nível socioeconômico raçaetnia e gênero também continuam a afetar a saúde O mesmo ocorre com os relacionamentos sociais Ryff Singer e Palmersheim 2004 Por exemplo a solidão na meiaidade prevê declínios na atividade física Hawkley Thisted e Cacio ppo 2009 Outra influência importante é o estresse cujos efeitos cumulativos tanto sobre a saúde física quanto sobre a mental com frequência começam a aparecer na vida adulta intermediária Aldwin e Levenson 2001 NÍVEL SOCIOECONÔMICO E SAÚDE As desigualdades sociais continuam a afetar a saúde na meiaidade Marmot e Fuhrer 2004 Pes soas com nível socioeconômico baixo tendem a ter saúde mais fraca expectativa de vida mais curta mais limitações da atividade devido a doenças crônicas nível de bemestar mais baixo e acesso mais restrito a tratamento de saúde do que as pessoas com NSE mais alto Spiro 2001 No estudo MI DUS NSE baixo estava associado com estado de saúde sobrepeso e bemestar psicológico autorre latados Marmot e Fuhrer 2004 Em um estudo de acompanhamento de 2606 pacientes de AVC o NSE afetava a probabilidade de morte independente da gravidade do AVC Arrich Lalouschek e Müllner 2005 Em parte as razões para a associação entre NSE e saúde podem ser psicológicas Pessoas com NSE baixo tendem a ter mais emoções e pensamentos negativos e a viver em ambientes mais estres santes Gallo e Mathews 2003 Além disso mesmo quando mais jovens elas tendem a ter comporta Papalia15indd 522 Papalia15indd 522 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 523 mentos não saudáveis a taxas mais altas do que pessoas de NSE alto Stringhini et al 2010 Pessoas com NSE mais alto em contrapartida tendem a ter maior sensação de controle sobre o que lhes acon tece à medida que envelhecem Elas tendem a escolher estilos de vida mais saudáveis e a procurar cuidados médicos e apoio social quando precisam Lachman e Firth 2004 Marmot e Fuhrer 2004 Whitbourne 2001 e tendem a mostrar maior aderência a modificações de estilo de vida recomen dadas para melhorar os índices de saúde Wright Hirsch e Yang 2009 Entretanto existem amplas diferenças individuais em termos de saúde entre os adultos de NSE baixo As influências protetoras incluem a qualidade dos relacionamentos sociais e o nível de envolvimento religioso desde a infância Ryff Singer e Palmersheim 2004 Conforme mencionamos no Capítulo 13 muitas pessoas pobres não têm planos de saúde Um estudo prospectivo feito em 1992 com 7577 adultos que tinham de 51 a 61 anos revelou que aque les que não possuíam plano de saúde tinham probabilidade 63 maior de apresentar um declínio de saúde durante os quatro anos seguintes e 23 de chance de desenvolver problemas para caminhar ou subir escadas Baker et al 2001 RAÇAETNIA E SAÚDE As disparidades raciais e étnicas em termos de saúde diminuíram nos Estados Unidos a partir de 1990 mas diferenças substanciais persistem Bach et al 2002 Keppel Pearcy e Wagener 2002 Como ocorre no período adulto jovem as taxas globais de mortalidade na meiaidade são mais altas para afroamericanos do que para brancos hispânicos asiáticos e ameríndios Kochanek et al 2004 A hipertensão é 50 mais prevalente entre afroamericanos do que entre norteamericanos bran cos De 1999 a 2007 317 dos negros norteamericanos sofriam de hipertensão em comparação com 222 dos brancos e 206 dos latinos NCHS 2009 Os negros não hispânicos são mais pro pensos do que os brancos não hispânicos a ser obesos e a ter uma condição cardiovascular deficiente e são menos propensos a participar de atividades físicas moderadas regulares Lavie et al 2004 Office of Minority Health Centers for Disease Control 2005 Provavelmente o principal fator subjacente aos problemas de saúde dos afroamericanos é a po breza que está relacionada à má nutrição a condições de moradia abaixo do padrão e a pouco acesso aos serviços de assistência à saúde Otten et al 1990 Smedley e Smedley 2005 Contudo a pobreza não pode ser a única explicação porque a taxa de mortalidade de hispanoamericanos de meiaidade que também são desproporcionalmente pobres é mais baixa do que a dos norteamericanos brancos Kochanek et al 2004 Os hispanoamericanos assim como os afroamericanos têm uma incidência desproporcional de AVC doenças hepáticas diabetes infecção por HIV homicídios e cânceres do colo uterino e do estômago Office of Minority Health Centers for Disease Control 2005 Eles têm menor probabi lidade do que os brancos não hispânicos de ter planos de saúde e uma fonte regular de assistência à saúde Também são menos propensos a fazer exames de colesterol e exames preventivos de câncer de mama do colo do útero e colorretal ou de receber vacinas contra gripe e pneumonia Balluz Okoro e Strine 2004 A pesquisa sobre o genoma humano encontrou variações características no código genético DNA entre pessoas de descendência europeia africana e chinesa Hinds et al 2005 Essas varia ções estão ligadas a predisposições a certas doenças de câncer à obesidade Essa pesquisa em última análise pode abrir caminho para tratamentos ou medidas preventivas direcionados GÊNERO E SAÚDE Quem é mais saudável as mulheres ou os homens Sabemos que as mulheres têm uma expectativa de vida mais alta do que os homens e taxas de mortalidade mais baixas ao longo da vida Miniño et al 2007 ver Capítulo 17 A maior longevidade das mulheres foi atribuída à proteção genética conferida pelo segundo cromossomo X que os homens não possuem e antes da menopausa aos efeitos benéficos do hormônio feminino estrogênio particularmente sobre a saúde cardiovascular Rodin e Ickovics 1990 USDHHS 1992 Entretanto fatores psicossociais e culturais como a verificador você é capaz de Descrever o estado de saúde típico na meiaidade e iden tificar as preocupações de saúde que se tornam mais preponderantes nessa fase da vida Discutir os fatores socioeco nômicos e raciaisétnicos que influenciam a saúde e a mor talidade na meiaidade A pesquisa sugere que frequência regular à igreja está relacionada a diminuições no risco de morte e melhora na saúde Algumas dessas influências parecem ser indiretas por exemplo aquelas pessoas que vão à igreja frequentemente são menos propensas a abusar do álcool e do cigarro mas outras podem ser diretas aquelas pessoas que frequentam a igreja regularmente demonstram bemestar subjetivo mais alto Em outras palavras elas simplesmente se sentem melhor Koenig e Vaillant 2009 Papalia15indd 523 Papalia15indd 523 010213 0916 010213 0916 524 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman maior propensão dos homens a assumir riscos também podem desempenhar um pa pel Liebman 1995 Schardt 1995 Apesar da vida mais longa as mulheres são mais propensas do que os homens a relatar sobre saúde e doença e elas vão a médicos ou buscam tratamento ambulatorial ou emergencial com maior frequência Os homens são menos propensos a buscar ajuda profissional para problemas de saúde têm internações hospitalares mais longas e seus problemas de saúde tendem mais a ser crônicos e potencialmente fatais Addis e Maha lik 2003 Kroenke e Spitzer 1998 NCHS 2004 Rodin e Ickovics 1990 De acordo com a pesquisa do MIDUS as mulheres de meiaidade tendem a relatar sintomas e condições crônicas mais específicos e os homens têm maior probabilidade de relatar problemas com álcool ou drogas Cleary Zaborski e Ayanian 2004 A maior tendência das mulheres de buscar tratamento médico não significa neces sariamente que elas estejam em pior condição de saúde que os homens nem que elas tenham enfermidades imaginárias ou estejam preocupadas com doença Elas podem simplesmente ser mais conscientes em relação à saúde As mulheres se dedicam mais a manter uma boa saúde Cleary Zaborski e Ayanian 2004 Os homens podem achar que admitir uma doença não é masculino e buscar ajuda significa uma perda de contro le Addis e Mahalik 2003 Pode muito bem ser que o melhor cuidado que as mulheres têm consigo mesmas as ajude a viver mais tempo do que os homens O conhecimento público dos problemas de saúde dos homens aumentou A dispo nibilidade de tratamento para a impotência e de exames para câncer de próstata está tra zendo mais homens para os consultórios médicos Em um estudo de coorte prospectivo de 40 anos com 5820 homens norteamericanos de meiaidade de origem japonesa em Honolulu 42 viveram até a idade de 85 anos Uma força de preensão boa juntamente com evitação do sobrepeso do fumo da hipertensão e do açúcar sanguíneo alto que pode levar a diabetes aumentaram as chances de vidas longas e saudáveis Entretanto na medida em que os estilos de vida das mulheres se tornaram mais parecidos aos dos homens o mesmo ocorreu em alguns aspectos com seus padrões de saúde A diferença de gênero nas mortes por doença cardíaca diminuiu principal mente porque as taxas de ataque cardíaco em mulheres aumentaram As explicações para este aumento baseiamse em parte nas taxas crescentes de obesidade e diabetes nas mulheres e em parte na tendência dos médicos de supor que doenças cardíacas são menos prováveis em mulheres levando a um foco maior no controle dos fatores de risco nos homens Towfighi Zheng e Ovbiagele 2009 Vaccarino et al 2009 Esta tendência pode ajudar a explicar por que a diferença entre a expectativa de vida de mulheres e homens diminuiu de 76 anos em 1970 para 52 anos em 2005 Kochanek et al 2004 Kung et al Murphy 2007 NCHS 2004 As mulheres correm um risco maior depois da menopausa particularmente de osteoporose de câncer de mama e de doença cardíaca Com a maior expectativa de vida agora as mulheres de mui tos países desenvolvidos podem esperar viver a metade de suas vidas adultas após a menopausa Em consequência uma maior atenção às questões da saúde da mulher é dada nessa fase da vida Barrett Connor et al 2002 Perda óssea e osteoporose Nas mulheres a perda óssea acelerase rapidamente nos primeiros 5 a 10 anos após a menopausa quando os níveis de estrogênio que ajuda na absorção do cálcio di minuem A perda óssea extrema pode levar à osteoporose ossos porosos uma condição na qual os ossos tornamse finos e frágeis em consequência da redução de cálcio Os sinais comuns de osteo porose são a acentuada perda de altura e uma postura encurvada resultante da compressão e colapso de uma coluna vertebral enfraquecida Em um estudo de observação nacional com mais de 200 mil mulheres no período pósmenopausa quase a metade tinha uma baixa densidade mineral óssea não detectada anteriormente e 7 dessas mulheres tinham osteoporose Siris et al 2001 A osteoporose é a principal causa de fraturas ósseas na velhice podendo afetar enormemente a qualidade de vida e até mesmo a sobrevivência NIH 2003 NIH Consensus Development Panel on Osteoporosis Preven tion Diagnosis and Therapy 2001 Siris et al 2001 Quase três em cada quatro casos de osteoporose ocorrem em mulheres brancas mais frequente mente naquelas que têm a pele pálida estatura pequena peso e IMC baixos e um histórico familiar Mesmo apenas uma hora por dia de exercícios moderados como caminhar fazer o trabalho doméstico ou andar de bicicleta pode prevenir ganho de peso em mulheres osteoporose Condição na qual os ossos se tornam finos e frágeis em consequência da rápida redução de cálcio A maior longevidade das mulheres tem sido atri buída à proteção genética conferida pelo segundo cromossomo X que os homens não possuem e antes da menopausa aos efeitos benéficos do hor mônio feminino estrogênio particularmente sobre a saúde cardiovascular Papalia15indd 524 Papalia15indd 524 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 525 dessa condição e naquelas cujos ovários foram retirados cirurgicamente antes da menopausa NIA 1993 NIH Consensus Development Panel 2001 Should You Take 1994 Siris et al 2001 Outros fatores de risco além da idade incluem o tabagismo e a falta de exercícios físicos Siris et al 2001 A predisposição para a osteoporose parece ter uma base genética portanto a medição da densidade óssea é uma precaução especialmente aconselhável para mulheres com familiares afetados por essa condição Prockop 1998 Uitterlinden et al 1998 Entretanto bons hábitos de vida fazem uma diferença signi ficativa especialmente quando iniciados cedo NIH Consensus Development Panel 2001 Mesmo que a perda óssea tenha se iniciado ela pode ser desacelerada ou até mesmo revertida com uma alimentação adequada exercícios para manter o peso e abandono do tabagismo Barrett Connor et al 2002 Eastell 1998 Exercícios de força com alta intensidade e exercícios de resistên cia mostraramse altamente eficazes Layne e Nelson 1999 Nelson et al 1994 Mulheres com mais de 40 anos devem obter de 1000 a 1500 miligramas de cálcio por dia na dieta alimentar juntamente com as doses diárias prescritas de vitamina D a qual ajuda o corpo a absorver o cálcio NIA 1993 Estudos revelaram que suplementos de cálcio e de vitamina D melhoram a densidade óssea Jackson et al 2006 Foi verificado que o alendronato Fosamax e o risedronato Actonel reduzem fraturas de quadril Black et al 2007 O raloxifeno integrante de um novo grupo de estrogênio sintético parece afetar favoravelmente a densidade óssea e possivelmente os níveis de colesterol além de reduzir o risco de câncer de mama genético BarrettConnor et al 2002 Uma infusão intravenosa uma vez ao ano de ácido zoledrônico pode reduzir o risco de fraturas vertebrais de quadril e de outras fraturas Black et al 2007 Compston 2007 Outros medicamentos para osteoporose aprovados pela FDA incluem te riparatide Forteo e calcitonina Miacalcin ou Calcimar Entretanto a maioria desses medicamentos apresenta efeitos colaterais e seus efeitos a longo prazo são desconhecidos Câncer de mama e mamografia Uma em cada oito mulheres norteamericanas e uma em cada nove mulheres britânicas desenvolvem câncer de mama em algum momento da vida American Can cer Society 2001 Pearson 2002 Como ocorre com outros tipos de câncer as chances de desenvol ver câncer de mama aumentam com a idade BarrettConnor et al 2002 Acreditase que cerca de 5 a 10 dos casos de câncer de mama são hereditários resultantes de mutações herdadas As mais comuns são as mutações dos genes BRCA1 e BRCA2 Mulheres que têm uma mutação de BRCA1 ou de BRCA2 têm aproximadamente 80 de chance de desenvolver câncer de mama American Cancer Society 2007 Entretanto a vasta maioria dos casos de câncer de mama é influenciada pelo ambiente Outrora encontrado principalmente em países ricos o câncer de mama está se tornando um problema mundial na medida em que os estilos de vida ocidentais são adotados pelos países em desenvolvimento Porter 2008 Mulheres com sobrepeso que consomem bebidas alcoólicas que tiveram menarca precoce e menopausa tardia que têm histórico familiar de câncer de mama e as que não têm filhos ou que gera ram filhos tardiamente têm maior risco de desenvolver câncer de mama enquanto as que praticam ati Imagens de ossos normais es querda e afetados pela osteo porose direita Papalia15indd 525 Papalia15indd 525 010213 0916 010213 0916 526 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman vidades físicas moderadamente e têm uma dieta pobre em gordura e rica em fibras correm menos riscos ACS 2007 BarrettConnor et al 2002 ClavelChapelton et al 2002 McTiernan et al 2003 US Preventive Services Task Force 2002 O ga nho de peso especialmente após a menopausa aumenta o risco de câncer de mama das mulheres e a perda de peso diminui o risco Eliassen et al 2006 Os avanços nos diagnósticos e nos tratamentos melhoraram substancialmente as perspectivas para as pacientes com câncer de mama Noventa e oito por cento das mulheres norteamericanas com câncer de mama podem agora sobreviver no mínimo cinco anos se a doença for detectada antes de se espalhar Ries et al 2007 Os benefícios da mamografia um exame radiológico de diagnóstico dos seios pare cem ser maiores para mulheres acima dos 50 anos Em 2009 a Preventive Services Task Force dos Estados Unidos publicou um novo conjunto de diretrizes recomen dando que as mulheres iniciem avaliações de rotina para câncer de mama aos 50 anos em vez de aos 40 como tinha sido sugerido anteriormente Atualmente en tretanto os programas de saúde do governo ainda dão cobertura para mamografias para mulheres de 40 anos e mais velhas O tomoxifeno um medicamento que bloqueia a ação do estrogênio é usado para tratar câncer de mama avançado Ele também pode ser preventivo em mulhe res com risco de desenvolver a doença Em mulheres que já têm câncer de mama ele pode reduzir o risco de reincidência ou de um novo câncer no outro seio Natio nal Cancer Institute 2002 Terapia hormonal Considerando que os efeitos físicos mais incômodos da me nopausa estão ligados aos níveis reduzidos de estrogênio a terapia hormonal TH na forma de estrogênio artificial tem sido prescrita para aliviar as ondas de calor os suores noturnos e outros sintomas Quando tomado sozinho o estrogênio aumenta o risco de câncer uterino portanto as mulheres cujo útero foi removido cirurgicamente geralmente recebem o estrogênio em combinação com a progesti na uma forma do hormônio feminino progesterona Atualmente entretanto evi dências médicas contestam os supostos benefícios da TH e confirmam alguns riscos suspeitados O lado positivo da TH quando iniciada na menopausa e continuada por pelo menos cinco anos é que ela pode prevenir ou interromper a perda óssea após a menopausa Barrett Connor et al 2002 Lindsay et al 2002 e pode prevenir fraturas de quadril e de outros ossos Writing Group for the Womens Health Initiative Investigators 2002 Entretanto a perda óssea retorna dentro de três anos se e quando a TH é interrompida BarrettConnor et al 2002 Heiss et al 2008 e conforme discutimos pode ser tratada de formas mais seguras Contrário às primeiras pesquisas de mesma ordem que sugeriam que a TH reduzia o risco de doenças cardíacas Davidson 1995 Ettinger et al 1996 Grodstein 1996 um estudo controla do randomizado de larga escala revelou que o tratamento hormonal não traz nenhum benefício cardiovascular para mulheres de alto risco aquelas que já têm doenças cardíacas ou condições relacionadas ou na verdade aumenta os riscos de doença cardíaca Grady et al 2002 Hulley et al 2002 Petitti 2002 Então a Womens Health Initiative WHI um ensaio clínico controlado randomizado de larga escala de estrogênio mais progestina em mulheres saudáveis foi interrompido depois de cinco anos devido à evidência de que os riscos de câncer de mama ataque cardíaco AVC e trombose eram maiores do que os benefícios NIH 2005 WassertheilSmoller et al 2003 Writing Group for the Womens Health Initiative Investigators 2002 Os riscos cardiovasculares caíram de volta para o normal três anos após o final do ensaio clínico Heiss et al 2008 Entretanto a idade pode fazer a diferença Os resultados do estudo da WHI foram influenciados principalmente pelos efeitos sobre as mulheres mais velhas Mendelsohn e Karas 2007 A terapia de estrogênio reduz os coágulos das artérias coronárias em mulheres na faixa dos 50 anos que entraram recentemente na menopausa Manson et al 2007 Contudo a American Heart Association aconselha agora contra a TH embora naturalmente a decisão deva ser tomada em consulta com um médico Mosca et al 2001 Mudanças de estilo de vida como perder peso e parar de fumar juntamente com quaisquer medicamentos necessários para mamografia Exame radiológico de diagnóstico dos seios terapia hormonal TH Tratamento com estrogênio artificial às vezes em combinação com a progeste rona hormonal para aliviar ou evitar os sintomas causados pela queda dos ní veis de estrogênio após a menopausa Praticar mais exercícios e consumir uma dieta pobre em gordura pode diminuir o risco de câncer de mama de uma mulher Papalia15indd 526 Papalia15indd 526 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 527 baixar o colesterol e a pressão arterial parecem ser caminhos mais prudentes para a prevenção de doença cardíaca na maioria das mulheres Manson e Martin 2001 Os riscos de câncer de mama e de outros tipos de câncer aumentaram ligeiramente após o tér mino do tratamento da WHI Na verdade o risco combinado de todos os tipos de câncer aumentou durante e após o ensaio clínico Heiss et al 2008 Um risco maior de câncer de mama parece ocorrer principalmente entre usuárias recentes de estrogênio e o risco aumenta com o tempo de uso Chen et al 2002 Willett Colditz e Stampfer 2000 O uso de estrogênio a longo prazo também foi associado com maior risco de câncer de ovário Lacey et al 2002 et al 2001 e de doença da vesícula biliar Cirillo et al 2005 Finalmente estudos revelaram que contrariamente a pesquisas anteriores Zandi et al 2002 o estrogênio tanto usado sozinho como combinado com a progestina não melhora a cognição ou previne a limitação cognitiva após os 65 anos Antes ele aumenta o risco de demência ou de declínio cognitivo Espeland et al 2004 Rapp et al 2003 Shumaker et al 2003 2004 Entretanto em um estudo randomizado de um ano com 5692 mulheres após a menopausa na Austrália Nova Zelândia e Reino Unido a TH melhorou a qualidade de vida relacionada à saúde Welton et al 2008 O ESTRESSE NA MEIAIDADE Estresse é o dano que ocorre quando as demandas ambientais percebidas ou estressores excedem a capacidade de uma pessoa de enfrentálos A capacidade que o corpo tem de se adaptar ao estresse envolve o cérebro que percebe o perigo real ou imaginário as glândulas suprarrenais que mobili zam o corpo para combatêlo e o sistema imunológico que fornece as defesas As pessoas no início da meiaidade tendem a experimentar níveis de estresse maiores e mais frequentes e diferentes tipos de estressores do que adultos mais jovens ou mais velhos De acordo com um levantamento nacionalmente representativo American Psychological Association 2007 39 de norteamericanos de 35 a 54 anos relatam estresse extremo em um em cada quatro dias por mês Os principais estressores para esta faixa etária são os relacionamentos familiares o trabalho dinheiro e habitação Adultos mais jovens de 18 a 34 anos e adultos no final da meiaidade ou mais velhos de 55 anos em diante têm níveis de estresse um pouco mais baixos com 29 e 25 respectivamente relatando alto estresse Os mais jovens são mais estressados por comportamentos não saudáveis como tabagismo perda de sono e salto de refeições Para adultos mais velhos como discutiremos no Capí tulo 18 o estresse tende a concentrarse em problemas relacionados à saúde e ao envelhecimento Similarmente no estudo MIDUS adultos de meiaidade relataram estressores graves múltiplos e mais frequentes do que os adultos mais velhos e um maior grau de sobrecarga e perturbação em suas vidas diárias O estresse na meiaidade tendia a originarse de mudanças de papel transições na carrei ra filhos crescidos saindo de casa e a renegociação de relacionamentos familiares Almeida e Horn 2004 Almeida Serido e McDonald 2006 A frequência de tensões interpes soais como discussões entre cônjuges diminuía com a idade mas estressores envol vendo por exemplo um amigo ou parente doente aumentavam Característico da meiaidade foi o aumento significativo nos estressores que representavam riscos financeiros ou envolviam os filhos Entretanto as pessoas de meia idade relataram um número menor de estressores sobre os quais elas tinham pouco ou nenhum controle Almeida e Horn 2004 As pessoas de meiaidade podem estar mais bemequipadas para lidar com o estresse do que as de outras faixas etárias Lachman 2004 Elas têm melhor percepção daquilo que podem fazer para modificar circunstâncias estressantes e talvez sejam mais capazes de aceitar o que não pode ser mudado Elas também aprenderam estratégias mais eficazes para evitar ou minimizar o estresse Por exemplo em vez de se preocuparem em ficar sem gasolina em meio a uma longa viagem provavelmente se certificarão de que o tanque está completo antes de sair Aldwin e Levenson 2001 As mulheres tendem a relatar estresse mais extremo do que os homens 35 comparado com 28 e a ser mais preocupadas com o estresse American Psychological Association 2007 A resposta verificador você é capaz de Discutir as mudanças nos ris cos para a saúde das mulheres após a menopausa e pesar os riscos e os benefícios da tera pia de reposição hormonal estresse Resposta a demandas físicas ou psi cológicas estressores Demandas ambientais percebidas que podem produzir estresse Pessoas que mascam chiclete regularmente relatam ser menos estressadas Smith 2009 As mulheres são mais propensas a cuidar e a conviver como uma for ma de lidar com o estresse Papalia15indd 527 Papalia15indd 527 010213 0916 010213 0916 528 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman clássica ao estresse luta ou fuga pode ser principalmente masculina ativada em parte pela testos terona O padrão de resposta das mulheres é mais característicamente de cuidar e ajudar atividades carinhosas que promovem segurança e confiança nas redes de apoio para troca de recursos e respon sabilidades Esses padrões ativados pela oxitocina e por outros hormônios reprodutivos femininos podem ter evoluído por meio da seleção natural e podem influenciar o envolvimento das mulheres no apego e no cuidado Taylor et al 2000 Taylor 2006 EMOÇÕES E SAÚDE O antigo provérbio de Salomão O coração alegre é como o bom remédio Provérbios 1722 está sendo confirmado pela pesquisa contemporânea Emoções negativas como ansiedade e desespero estão frequentemente associadas com saúde física e mental precária e emoções positivas como es perança com boa saúde e vida mais longa Ray 2004 Salovey et al 2000 Spiro 2001 Visto que o cérebro interage com todos os sistemas biológicos do corpo sentimentos e crenças afetam as funções corporais incluindo o funcionamento do sistema imunológico Ray 2004 Richman et al 2005 Humores negativos parecem suprimir o funcionamento imunológico e aumentar a suscetibilidade a doenças humores positivos parecem aumentar o funcionamento imunológico Salovey et al 2000 A emoção positiva pode proteger contra o desenvolvimento de doenças Quando voluntários adultos foram expostos a um vírus que pode causar resfriados aqueles com uma perspectiva emocio nal positiva foram menos propensos a ficar doentes Cohen et al 2003 Em um estudo de pacientes em uma grande clínica médica foi constatado que duas emoções positivas esperança e curiosidade diminuíam a probabilidade de ter ou de desenvolver hipertensão diabetes ou infecções do trato respiratório Richman et al 2005 Entretanto não podemos ter certeza de que desfechos como esses sejam causados pelas emoções demonstradas Pessoas com uma perspectiva emocional positiva tendem a ter atitudes mais saudáveis como sono e exercício regulares e a prestar mais atenção a informações relacionadas à saúde As emoções positivas também podem afetar a saúde indiretamente suavizando o impacto de eventos de vida estressantes Cohen e Pressman 2006 Richman et al 2005 Não apenas emoções específicas mas também traços de personalidade parecem estar relaciona dos à saúde Em estudos prospectivos neuroticismo e hostilidade estão consistentemente associados com doenças sérias e longevidade reduzida enquanto otimismo e conscienciosidade estão associados com melhor saúde e vida mais longa Kern e Friedman 2008 Lahey 2009 Ray 2004 T W Smith 2006 Spiro 2001 O otimismo foi relacionado a diminuições no risco de doença cardíaca corona riana e na mortalidade para mulheres após a menopausa enquanto a hostilidade foi relacionada ao padrão oposto Tindle et al 2009 Entretanto os mecanismos subjacentes ainda não foram identifi cados e testados T W Smith 2006 Quais são as principais fontes de estresse em sua vida Como você lida com o estresse Que métodos você considerou mais bemsucedidos Pessoas que sorriem mais nas fotografias tendem a viver mais tempo do que as que não sorriem Abel e Kruger 2010 verificador você é capaz de Explicar como as emoções e a personalidade podem afetar a saúde Identificar os fatores de risco para angústia psicológica e sintomas depressivos Uma perspectiva positiva pode prote ger contra doenças e amortecer o im pacto do estresse Pessoas com uma perspectiva positiva tendem a cuidar de sua saúde Papalia15indd 528 Papalia15indd 528 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 529 SAÚDE MENTAL Adultos de meiaidade são mais propensos do que adultos mais velhos ou mais jovens a padecer de angústia psicológica séria tristeza extrema nervosismo inquietação desesperança e sentimentos de inutilidade na maior parte do tempo Adultos com angústia psicológica séria são mais propensos do que seus pares a serem diagnosticados com doenças cardíacas diabetes artrite ou AVC e a relatar necessidade de ajuda para as atividades da vida diária como tomar banho e vestirse Pratt Dey e Cohen 2007 Em um grande estudo nacional de mulheres de meiaidade aproximadamente uma em cada quatro apresentavam sintomas depressivos Como em estudos anteriores a prevalência era mais alta entre mulheres afroamericanas e hispanoamericanas e mais baixa entre mulheres norteamericanas de origem chinesa e japonesa Diferenças no NSE e outros fatores de risco podem explicar essas discre pâncias raciaisétnicas Mulheres que eram menos educadas e que tinham dificuldade em prover as necessidades básicas eram mais propensas a terem sintomas depressivos Mas também eram aquelas que consideravam sua saúde precária ou razoável e aquelas que estavam sob estresse ou não tinham apoio social e esses fatores podem ser mais importantes do que o indício mais óbvio de nível socioe conômico Bromberger et al 2004 Como o estresse afeta a saúde Quanto mais estressantes são as mudanças que se desenvol vem na vida de uma pessoa maior a probabilidade de doenças sérias dentro de um ou dois anos Qualquer mudança mesmo uma mudança positiva pode ser estressante e algumas pessoas reagem ao estresse adoecendo Foi essa a constatação de um estudo pioneiro no qual dois psiquia tras com base em entrevistas realizadas com 5 mil pacientes de hospital classificaram o desgaste emocional de eventos de vida marcantes como divórcio a morte de um cônjuge ou de outro membro da família ou a perda de um emprego que precederam a doença Eles então aplicaram a escala resultante a uma população saudável Holmes e Rahe 1976 Aproximadamente 50 das pessoas com unidades de mudança de vida UMV entre 150 e 300 em um único ano e aproxi madamente 70 das que obtiveram 300 ou mais UMVs adoeceram Este estudo clássico tornouse a base do amplamente utilizado Teste do Estresse de Mudanças de Vida ou da Escala de Avaliação da Readaptação Social TABELA 153 Estresse por mudanças de vida Estados Unidos 1967 e 2007 UNIDADES DE MUDANÇA DE VIDA UMVs 1967 2007 Morte do cônjuge 100 80 Morte de um membro da família 63 70 Divórcioseparação 7365 66 Dispensa ou demissão do trabalho 47 62 Nascimento de um filhogravidez 40 60 Morte de um amigo 37 58 Casamento 50 50 Aposentadoria 45 49 Reconciliação conjugal 45 48 Mudança de campo de trabalho 36 47 Filho saindo de casa 29 43 Nota Uma comparação dos achados do First 30 Days e da Escala de Avaliação da Readaptação Social Thomas H Holes e Richard H Rahe Journal of Psychosomatic Research Os níveis de estresse de muitas mudanças de vida aumentaram Visto que os métodos de estudo diferem os achados devem ser interpretados como relativos e indicativos Fonte First 30 Days 2008 Papalia15indd 529 Papalia15indd 529 010213 0916 010213 0916 530 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman O estresse da maioria das mudanças de vida é crescente de acordo com um levantamento feito pela internet baseado em itens selecionados da Escala de Mudanças de Vida First 30 Days 2008 Tabela 153 Rahe verificou que o estresse de ajustarse aos eventos de vida foi 45 mais alto em 1997 do que em 1967 Miller e Rahe 1997 Os estressores diários irritações frustrações e sobrecargas Figura 152 podem ter um impacto menos grave do que as mudanças de vida mas seu acúmulo também pode afetar a saúde e o ajustamento emocional Almeida et al 2006 American Psychological Association 2007 O estresse é cada vez mais investigado como um dos fatores de certas doenças associadas à idade como hipertensão problemas cardíacos AVC diabetes osteoporose úlceras pépticas depressão HIVAIDS e câncer Baum et al 1995 Cohen Janicki Deverts e Miller 2007 Levenstein et al 1999 Light et al 1999 Sapolsky 1992 Wittstein et al 2005 Como o estresse produz doenças E por que algumas pessoas lidam melhor com ele do que outras Estressores crônicos podem ativar o siste ma imunológico levando a inflamações e a doenças persistentes Miller e Blackwell 2006 Entretanto muitos estudos demonstraram que somente uma pequena porcentagem de pessoas infectadas com um organismo pa togênico desenvolve os sintomas da doença Isso ocorre somente quan do a intensidade da infecção ultrapassa a capacidade que o corpo tem de combatêla Fatores genéticos podem estar envolvidos Em um estudo longitudinal com 847 neozelandeses acompanhados desde o nascimento aproximadamente 43 dos que enfrentaram múltiplos eventos estressan tes entre os 21 e 26 anos e que possuíam uma versão sensível ao estresse do gene transportador de serotonina desenvolveram depressão em compa ração com apenas 17 dos que possuíam uma versão do gene protetor do estresse Caspi et al 2003 Tipos distintos de estressores afetam o sistema imunológico diferente mente O estresse agudo ou de curto prazo como o desafio de realizar um exame ou de falar em público fortalece o sistema imunológico mas o estres se intenso ou prolongado como as consequências da pobreza ou de uma de ficiência física pode enfraquecer ou pôr em colapso o sistema imunológico aumentando a suscetibilidade a doenças Segerstrom e Miller 2004 Pes quisas revelaram que a função imunológica foi suprimida em pacientes com câncer de mama Compas e Luecken 2002 em mulheres vítimas de abuso em sobreviventes de furacões e em homens com histórico de transtorno de estresse póstraumático TEPT Harvard Medical School 2002 Bairros inseguros com habitações de baixa qualidade e poucos recursos podem produzir ou piorar a depressão Cutrona Wallace e Wesner 2006 Como será discutido no Capítulo 17 o estresse grave de longo prazo pode causar envelhecimento genético Epel et al 2004 O estresse pode prejudicar a saúde indiretamente por meio de outros fatores relacionados ao estilo de vida Pessoas que estão sob estresse podem dormir menos fumar e beber mais alimentarse mal e dar muito pouca atenção à saúde American Psychological Association 2007 enquanto exercí cios físicos regulares boa alimentação pelo menos 7 horas de sono por noite e socialização frequente estão relacionados a menos estresse Baum et al 1995 Pessoas que acreditam que têm o controle sobre suas vidas tendem a ter comportamentos mais saudáveis e a ter menos doenças e melhor funcio namento físico Lachman e Firth 2004 Como as pessoas lidam com um evento traumático Surpreendentemente o desfecho mais comum é a resiliência Após os ataques terroristas de 11 de setemro mais de 65 de uma amostra aleatória de novaiorquinos demonstraram resiliência Mesmo entre aqueles pessoalmente expostos a resiliência não foi menor que 33 Bonanno et al 2006 Pessoas resilientes que sofrem uma rup tura em suas vidas normais de algum modo conseguem manterse funcionando tão efetivamente ou quase tão efetivamente como antes Os relacionamentos de apoio juntamente com a própria capa cidade da pessoa de adaptarse flexível e pragmaticamente aos desafios contribuem para a resiliência Bonanno 2005 verificador você é capaz de Discutir as causas e os efeitos do estresse e as fontes de es tresse na meiaidade Explicar como o estresse afeta a saúde Dinheiro Carga de trabalho Filhos Responsabilidades familiares Preocupações com a saúde Problemas de saúde afetando os pais ou outros membros da família Problemas de saúde afetando cônjuge companheiroa ou filhos Custos de moradia p ex hipoteca ou aluguel Relacionamentos íntimos Trabalho 0 20 Porcentagem de entrevistados indicando fontes significativas de estresse 40 80 60 FIGURA 152 Fontes significativas de estresse Estados Unidos 2007 Um levantamento nacional revelou que trabalho e dinheiro são estressores maiores do que relacionamentos ou saúde Fonte American Psychological Association 2007 Papalia15indd 530 Papalia15indd 530 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 531 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO O que acontece com as capacidades cognitivas na meiaidade Elas melhoram pioram ou acontecem as duas coisas As pessoas desenvolvem maneiras de pensar típicas dessa etapa da vida Como a idade afeta a capacidade para resolver problemas aprender criar e ter bom desempenho no trabalho Medindo as capacidades cognitivas na meiaidade O estado das capacidades cognitivas na meiaidade tem sido um tema de discussão Estudos empregan do diferentes metodologias e medindo diferentes características fizeram constatações um tanto distin tas Pesquisas transversais amplas baseadas na Escala de Inteligência Adulta de Wechsler um instru mento psicométrico veja o Capítulo 17 mostram declínios tanto nas habilidades ver bais quanto nas de desempenho no início da vida adulta Entretanto duas outras linhas de pesquisa o Estudo Longitudinal de Seattle de K Warner Schaie e as pesquisas de Horn e Cattell sobre a inteligência fluida e cristali zada produziram achados mais animadores SCHAIE O ESTUDO LONGITUDINAL DE SEATTLE Em termos de cognição sob muitos aspectos as pessoas de meiaidade estão em seu ápice O Estudo Longitudinal da Inteligência Adulta de Seattle conduzido por K Warner Schaie e seus colegas Schaie 1990 1994 1996a 1996b 2005 Willis e Schaie 1999 2006 demonstra este fato Embora este estudo contínuo seja chamado de longitudinal ele usa métodos sequenciais medin do coortes sucessivas O estudo iniciou em 1956 com 500 participantes escolhidos aleatoriamente 25 homens e 25 mulheres com intervalos de classe de 5 anos dos 22 aos 67 anos de idade Os participan tes realizavam testes cronometrados de seis capacidades mentais primárias A Tabela 154 apresenta definições e exemplos das tarefas para cada capacidade A cada sete anos os participantes existentes eram testados novamente e uma nova coorte era acrescentada Os pesquisadores não encontraram padrões uniformes de mudança relacionada à idade seja entre pessoas ou entre capacidades cognitivas Schaie 1994 2005 Willis e Schaie 2006 De fato diversas capacidades tinham seu pico durante a meiaidade e a compreensão verbal melhorou até a velhice Ape nas 13 a 17 dos adultos diminuíram em aptidão numérica memória de evocação ou fluência verbal entre as idades de 39 e 53 anos Embora a maioria dos participantes apresentasse notável estabilidade um poderia decair cedo enquanto outro poderia mostrar grande plasticidade Willis e Schaie 2006 Apesar dessas amplas diferenças individuais a maioria dos participantes do estudo de Seattle não apresentou nenhuma redução significativa na maioria das capacidades mesmo após os 60 anos e nem tão pouco na maioria das áreas Virtualmente nenhum decaiu nos diversos aspectos e muitas pessoas melhoraram em algumas áreas Schaie 1994 2005 Possivelmente em razão de melhorias na educação de estilos de vida saudáveis e de outras influências ambientais positivas as coortes sucessivas obtiveram pontuação progressivamente mais alta nas mesmas idades na maioria das capa cidades Entretanto a capacidade numérica declinou a partir da coorte nascida em 1924 exceto por um pequeno aumento para a coorte nascida em 1973 O significado de palavras a capacidade mais forte nas primeiras coortes começou a declinar com a coorte nascida em 1952 A fluência verbal que diminuiu gradualmente nas primeiras coortes aumentou gradualmente a partir da coorte nascida em 1938 Willis e Schaie 2006 Figura 153 Os indivíduos com maior pontuação tendiam a ter níveis educacionais altos a ter personalidades flexíveis a viver em famílias intactas a buscar ocupações e outras atividades cognitivamente comple xas a ser casados com alguém cognitivamente mais avançado a estar satisfeitos com suas realizações Schaie 1994 2005 Willis e Schaie 2006 e a ter alta pontuação na dimensão da personalidade de Quais ganhos e perdas cognitivos ocorrem durante a vida adulta intermediária indicad r Pessoas que eram boas em soletrar parecem continuar boas à medida que envelhecem Maus soletradores entretanto ficam piores Margolin e Abrams 2007 Papalia15indd 531 Papalia15indd 531 010213 0916 010213 0916 532 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman abertura para o novo Sharp et al 2010 Dado o forte desempenho cognitivo da maioria das pessoas de meiaidade a evidência de declínio cognitivo substancial em pessoas com menos de 60 anos pode indicar um problema neurológico Schaie 2005 Willis e Schaie 1999 Particularmente o declínio na meiaidade em memória de evocação e fluência verbal uma medida do funcionamento executivo pode prever prejuízo cognitivo na velhice Willis e Schaie 2006 Em outro estudo longitudinal de 384 adultos de Baltimore com 50 anos ou mais aquelas redes de apoio mais amplas mantinham um melhor funcionamento cognitivo 12 anos depois Entretanto não é claro se um número maior de contatos sociais produz ou simplesmente reflete um melhor funciona mento cognitivo No primeiro caso o benefício pode resultar de uma ampla variedade de oportunidades de informação e interação que um círculo de amigos e familiares proporciona Holtzman et al 2004 Nosso crescente conhecimento sobre o envelhecimento gené tico do cérebro pode esclarecer os padrões de declínio cognitivo Pesquisadores que examinaram o tecido cerebral após a morte de 30 pessoas com idades entre 26 e 106 anos identificaram dois gru pos de genes que tendem a se danificar com a idade Entre eles estavam genes envolvidos na aprendizagem e na memória Os cére bros de pessoas de meiaidade apresentaram a maior variabilidade alguns exibindo padrões genéticos muito similares aos dos adultos jovens e outros exibindo padrões genéticos mais semelhantes aos de adultos mais velhos Lu et al 2004 Esse achado pode ajudar a explicar a grande variedade de diferenças individuais no funciona mento cognitivo na meiaidade HORN E CATTELL INTELIGÊNCIAS FLUIDA E CRISTALIZADA Outra linha de pesquisa Cattell 1965 Horn 1967 1968 1970 1982a 1982b Horn e Hofer 1992 estabeleceu uma distinção en tre dois aspectos da inteligência fluida e cristalizada Inteligência fluida é a capacidade de resolver problemas novos que exigem pou co ou nenhum conhecimento prévio como descobrir o padrão em TABELA 154 Testes de capacidades mentais primárias aplicados no estudo longitudinal de inteligência adulta de Seattle Teste Capacidade medida Tarefa Tipo de inteligência Compreensão verbal Reconhecimento e entendimento de palavras Encontrar sinônimo combinando uma palavra de estímulo com outra de uma lista de múl tipla escolha Cristalizada Fluência verbal Recuperação de palavras da memó ria de longo prazo Pensar no maior número possível de palavras que se iniciam com determinada letra em um intervalo de tempo definido Parcialmente cristalizada e parcialmente fluida Aptidão numérica Realização de cálculos Resolver problemas de adição simples Cristalizada Orientação espacial Manipulação mental de objetos no espaço bidimensional Selecionar exemplos de figuras em rotação que correspondam à figura de estímulo Fluida Raciocínio indutivo Identificação de padrões e inferência de princípios e regras para resol ver problemas lógicos Completar uma sequência de letras Fluida Rapidez perceptiva Fazer discriminações rápidas e preci sas entre estímulos visuais Identificar imagens coincidentes e não coinci dentes apresentadas rapidamente em uma tela de computador Fluida As inteligências fluida e cristalizada são definidas na próxima seção Fontes Schaie 1989 Willis e Schaie 1999 Compreensão verbal Raciocínio indutivo Orientação espacial Aptidão numérica Fluência verbal 5 1896 1903 1910 1917 1924 1931 1938 1945 1952 1959 19681973 1889 10 15 Coorte Pontuação 0 25 FIGURA 153 Diferenças de coorte nas pontuações de testes de capacidades mentais Coortes mais recentes obtiveram pontuações mais altas em raciocínio in dutivo fluência verbal e orientação espacial Fonte De K W Schaie Developmental Influences on Adult Inteligence The Seattle Longitudi nal Study 2005 Fig 61 p 137 Com permissão de Oxford University Press Inc Papalia15indd 532 Papalia15indd 532 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 533 uma sequência de figuras Ela envolve perceber relações formar conceitos e fazer inferências capaci dades largamente determinadas pela condição neurológica Inteligência cristalizada é a capacidade de lembrar e utilizar a informação adquirida ao longo da vida como encontrar um sinônimo para uma palavra Ela é medida por testes de vocabulário conhecimentos gerais e respostas a situações e dile mas sociais capacidades que dependem largamente da experiência educacional e cultural Esses dois tipos de inteligência seguem caminhos diferentes Normalmente a inteligência fluida atinge o ápice no período adulto jovem enquanto a inteligência cristalizada melhora ao longo da meiaidade e frequentemente até próximo do final da vida Horn 1982a 1982b Horn e Donaldson 1980 Entretanto grande parte dessa pesquisa é transversal e portanto pode pelo menos parcialmen te refletir mais diferenças entre gerações do que alterações com a idade Os achados sequenciais do Estudo de Seattle foram um pouco diferentes Embora as capacidades fluidas declinassem mais cedo do que as capacidades cristalizadas a perda de certas capacidades fluidas raciocínio indutivo e orien tação espacial não se estabeleciam até por volta dos 50 anos Willis e Schaie 1999 Uma habilidade fluida que reconhecidamente atinge o ápice cedo a partir dos 20 anos é a rapi dez perceptual A capacidade da memória de trabalho também começa a declinar Entretanto essas mudanças são graduais e não causam necessariamente limitação funcional Lachman 2004 Willis e Schaie 1999 A atividade física parece melhorar o funcionamento cognitivo particularmente a inte ligência fluida SinghManoux et al 2005 O caráter distinto da cognição do adulto Em vez de medir as mesmas capacidades cognitivas em diferentes idades alguns cientistas do de senvolvimento identificam qualidades peculiares no pensamento de adultos maduros Alguns tra balhando dentro da tradição psicométrica afirmam que o conhecimento acumulado altera o modo como a inteligência fluida funciona Outros conforme observamos no Capítulo 13 sustentam que o pensamento maduro representa um novo estágio do desenvolvimento cognitivo uma forma espe cial de inteligência Sinnott 1996 p 361 que pode fundamentar habilidades interpessoais maduras e contribuir para a resolução de problemas práticos O PAPEL DA ESPECIALIZAÇÃO Dois jovens médicos residentes no laboratório de radiologia de um hospital examinam um raio X de tórax Eles estudam uma mancha branca incomum no lado esquerdo Parece um grande tumor diz um deles finalmente O outro acena com a cabeça concordando Exatamente nesse momento entra na sala um antigo radiologista da equipe e olha sobre os ombros deles para a radiografia Esse paciente tem uma falência pulmonar e precisa ser operado imediatamente declara Lesgold 1983 Lesgold et al 1988 Por que adultos maduros demonstram uma crescente competência para resolver problemas em seus campos de trabalho Uma resposta parece ser o conhecimento especializado ou expertise uma forma de inteligência cristalizada Os avanços no conhecimento especializado continuam pelo menos durante a vida adulta inter mediária e são relativamente independentes da inteligência geral e de quaisquer declínios no mecanis mo de processamento de informação do cérebro Sugerese que com a experiência o processamento de informação e as habilidades fluidas ficam encapsulados ou dedicados a tipos específicos de conhe cimento facilitando o seu acesso sua expansão e sua utilização Em outras palavras a encapsulação capta as capacidades fluidas para resolver problemas que exigem expertise Portanto embora pessoas de meiaidade possam levar mais tempo do que pessoas jovens para processar novas informações ao resolver problemas de suas próprias áreas de atuação elas mais do que compensam com o julgamento desenvolvido a partir da experiência Hoyer e Rybash 1994 Rybash Hoyer e Roodin 1986 Em um estudo clássico Ceci e Liker 1986 pesquisadores identificaram 30 homens de meiaidade e mais velhos que eram fanáticos por corridas de cavalo Baseandose na habilidade de escolher os ven cedores os investigadores dividiram os homens em dois grupos especialistas e não especialistas Os especialistas usavam um método mais sofisticado de raciocínio incorporando interpretações de in formações bastante interligadas enquanto os não especialistas usavam métodos mais simples menos bemsucedidos O raciocínio superior não estava relacionado ao QI não havia nenhuma diferença signi ficativa na inteligência média medida entre os dois grupos e os especialistas com QI mais baixo usavam um raciocínio mais complexo do que os não especialistas com QIs superiores inteligência fluida Tipo de inteligência proposto por Horn e Cattell que é aplicado a problemas novos e é relativamente independente de influências educacionais e culturais inteligência cristalizada Tipo de inteligência proposto por Horn e Cattell que envolve a capacidade de lembrar e utilizar informações adqui ridas é largamente dependente de educação e cultura verificador você é capaz de Resumir os resultados do Es tudo Longitudinal de Seattle Estabelecer a diferença entre inteligência fluida e inteligên cia cristalizada e dizer como elas são afetadas pela idade Comparar os achados do Estudo de Seattle com os de Horn e Cattell Adultos maduros pensam diferente das pessoas mais jovens indicad r encapsulação Na terminologia de Hoyer dedicação progressiva do processamento de informação e do pensamento fluido a sistemas de conhecimento específicos tornando o conhecimento mais pronta mente acessível Papalia15indd 533 Papalia15indd 533 010213 0916 010213 0916 534 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Estudos de pessoas em ocupações tão diversas como jogadores de xadrez vendedores ambulantes pessoas que fazem cálculos com ábaco especialistas em física funcionários do setor de hotelaria atendentes de balcão de empresas aéreas e pilotos de avião ilustram como o conhecimento específico contribui para o desempenho supe rior em um campo particular Billet 2001 e pode ajudar a suavizar os declínios dos recursos cognitivos relacionados à idade ao resolver problemas naquele campo Morrow et al 2001 Os especialistas percebem os aspectos diferentes de uma situa ção que os novatos não percebem e processam informação e resol vem problemas diferentemente O raciocínio deles é frequentemente mais flexível e adaptável Eles assimilam e interpretam novos conhe cimentos com maior eficiência consultando uma fonte rica e altamen te organizada de representações mentais daquilo que já sabem Clas sificam a informação baseados mais em princípios fundamentais do que em semelhanças e diferenças superficiais E têm mais consciência daquilo que não sabem Charness e Schultetus 1999 Goldman Pe trosino e Cognition and Technology Group at Vanderbilt 1999 O desempenho cognitivo não é o único ingrediente da exper tise A resolução de problemas ocorre em um contexto social A capacidade de fazer julgamentos baseados na experiência depende da familiaridade com a maneira como as coisas são feitas com as expectativas e demandas do trabalho e da cultura da comunidade ou empresa Até mesmo pianistas concertistas que passam horas prati cando em isolamento precisam adaptarse a várias salas de concerto com diferentes acústicas às convenções musicais do tempo e do lu gar e ao gosto musical de suas plateias Billet 2001 O pensamento especializado muitas vezes parece automático e intuitivo Os especialistas ge ralmente não têm plena consciência dos processos mentais que sustentam suas decisões Charness e Schultetus 1999 Dreyfus 19931994 Rybash et al 1986 Eles não sabem explicar facilmente como chegaram a determinada conclusão ou onde um não especialista errou O radiologista experien te não conseguia entender por que os médicos residentes nem sequer consideraram diagnosticar uma falência pulmonar em vez de um tumor Esse tipo de pensamento intuitivo baseado na experiência também é característico do que foi denominado pensamento pósformal PENSAMENTO INTEGRATIVO Embora não seja limitado a nenhum período específico da idade adulta o pensamento pósformal apresentado no Capítulo 13 parece bem adequado às tarefas complexas aos papéis múltiplos e às difíceis escolhas e desafios da meiaidade como a necessidade de sintetizar e equilibrar as demandas de trabalho e família Sinnott 1998 2003 Uma característica importante do pensamento pósformal é sua natureza integrativa Adultos maduros integram lógica com intuição e emoção fatos com ideias conflitantes e informações novas com as que já possuem Eles interpretam o que leem veem ou ou vem em termos do significado que isso tem para eles Em vez de aceitar algo por seu resultado visível eles o filtram por meio de suas respectivas experiências de vida e aprendizado anterior Em um estudo C Adams 1991 foi solicitado que jovens no início e no fim da adolescência e adultos de meiaidade e mais velhos resumissem um conto dos ensinamentos Sufi No conto um riacho era incapaz de atravessar um deserto até que uma voz lhe disse para deixar que o vento o carregasse o riacho ficou em dúvida mas finalmente concordou e foi soprado ao longo do deserto Os adolescentes se lembravam de mais detalhes da história do que os adultos mas seus resumos se limitavam amplamente a repetir o desenrolar da história Os adultos especialmente as mulheres apresentavam resumos mais ricos em interpretação integrando aquilo que estava no texto com o sig nificado psicológico e metafórico para eles como nesta resposta de uma mulher de 39 anos de idade Acredito que essa história esteja tentando dizer que há momentos em que todos precisam de ajuda e que às vezes precisam efetuar mudanças para atingir suas metas Algumas pes soas podem resistir à mudança por um longo tempo até perceberem que certas coisas estão Se você necessitasse de uma cirurgia você preferiria ir a um médico de meia idade ou a um que fosse consideravelmente mais velho ou mais jovem Por quê A perícia para interpretar radiografias à semelhança do que ocorre em muitas outras áreas depende de um conhecimento acumulado e espe cializado que continua a aumentar com a idade Os especialistas fre quentemente parecem ser guiados pela intuição e não sabem explicar como chegam às conclusões Papalia15indd 534 Papalia15indd 534 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 535 além de seu controle e que precisam de ajuda Quando isso finalmente é obtido e elas são capazes de aceitar ajuda e confiar em alguém podem dominar até mesmo coisas grandio sas como um deserto p 333 A sociedade se beneficia dessa característica integrativa do pensamento adulto Geralmente são os adultos maduros que traduzem seus conhecimentos sobre a condição humana em histórias inspira doras para as quais as gerações mais jovens podem se voltar em busca de orientação Criatividade Com aproximadamente 40 anos de idade Frank Lloyd Wright projetou a Robie House em Chicago Agnes deMille fez a coreografia do musical da Broadway Carousel e Louis Pasteur desenvolveu a teoria dos germes como causadores de doenças Charles Darwin tinha 50 anos quando apresentou sua teoria da evolução Toni Morrison ganhou o Prêmio Pulitzer pelo romance Beloved escrito quando ela tinha 55 anos Muitas pessoas criativas alcançaram suas maiores realizações na meiaidade CARACTERÍSTICAS DOS REALIZADORES CRIATIVOS A criatividade não se limita aos Darwins e aos deMilles podemos observála em um inventor que cria uma ratoeira melhor ou em um promotor de vendas que encontra uma maneira inovadora de vender A criatividade começa com o talento mas só ele não basta As crianças podem demonstrar potencial criativo mas nos adultos o que conta é o desempenho criativo o que e quanto uma mente criativa produz Sternberg e Lubart 1995 A criatividade se desenvolve em um contexto social e não necessariamente em ambientes edu cativos Antes ela parece originarse de experiências diversas que enfraquecem as restrições con vencionais e de experiências desafiadoras que fortalecem a capacidade de perseverar e de superar obstáculos Simonton 2000 A realização criativa extraordinária de acordo com uma análise Keegan 1996 resulta do conhecimento profundo e altamente organizado de um assunto de motivação intrínseca e de uma forte ligação emocional com o trabalho que incentiva o criador a perseverar diante dos obstáculos Uma pessoa precisa primeiro estar meticulosamente fundamentada em uma área antes de poder ver as suas limitações antever mudanças radicais e desenvolver um ponto de vista novo e único A inteligência geral ou QI tem pouca relação com o desempenho criativo Simonton 2000 Pessoas altamente criativas têm iniciativa própria e assumem riscos Elas tendem a ser independentes não são conformistas nem convencionais são flexíveis e abertas a novas ideias e experiências Seus processos de pensamento são frequentemente inconscientes levando a momentos repentinos de iluminação Simonton 2000 Torrance 1988 Elas examinam um problema mais profundamente do que as outras pessoas e apresentam soluções que não ocor rem aos outros Sternberg e Horvath 1998 CRIATIVIDADE E IDADE Há uma relação entre desempenho criativo e idade Em testes psicométricos de pensamento divergente descrito no Capítulo 9 as diferenças de idade aparecem consistentemente Se jam os dados transversais ou longitudinais as pontuações atingem o pico em média perto dos 40 anos Uma curva de idade similar é produzida quando a criatividade é medida pelas variações dos resultados número de publicações pinturas ou composições Uma pessoa na última década de uma carreira criativa produz somente a metade do que produzia no final dos 30 anos de vida ou início dos 40 ainda que bem mais do que aos 20 anos Simonton 1990 Entretanto a curva de idade varia dependendo da área de atuação Poetas matemáticos e físicos teóricos tendem a ser mais prolíficos no final da terceira década de vida ou no início da quarta Psicólogos que trabalham com pesquisa atingem o auge por volta dos 40 anos seguindose um declínio moderado Romancistas historiadores e filósofos tornamse cada vez mais produtivos no final dos seus 40 ou 50 anos e então se estabilizam Esses padrões se mantêm verdadeiros em todas as culturas e períodos históricos Dixon e Hultsch 1999 Simonton 1990 Perdas de produti verificador você é capaz de Discutir a relação entre expertise conhecimento e inteligência Dar um exemplo de pensa mento integrativo indicad r O que explica a capacidade criativa e como ela se modifica com a idade Pense em um adulto que você conhece que é um realizador criativo A qual combinação de qualidades pessoais e forças ambientais você atribuiria o desempenho criativo dele Helen Mirren uma atriz altamente respeitada com uma preparação clássica alcançou o ápice de sua carreira aos 61 anos quando ganhou o Oscar de Me lhor Atriz por sua representação de uma Rainha Eli zabeth II orgulhosa e envelhecida no filme A Rainha Papalia15indd 535 Papalia15indd 535 010213 0916 010213 0916 536 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman vidade podem ser compensadas por ganhos de qualidade Um estudo das últimas obras de 172 compositores revelou que elas eram geralmente bastante curtas e melodicamen te simples mas estavam entre suas criações mais ricas mais importantes e mais bem sucedidas Simonton 1989 Trabalho e educação Nas sociedades industrializadas os papéis ocupacionais se baseiam na idade Pessoas jovens são estu dantes adultos jovens e adultos de meiaidade são trabalhadores adultos idosos organizam suas vidas em torno da aposentadoria e do lazer Nas sociedades pósindustriais as pessoas fazem múltiplas transições durante toda a sua vida adulta Czaja 2006 Estudantes universitários assumem programas de trabalho e estudo ou trancam a matrí cula durante algum tempo e depois retomam a educação Adultos emergentes exploram vários cami nhos antes de se estabelecerem na carreira e mesmo então suas decisões podem ser ilimitadas Uma pessoa pode ter diversas carreiras sucessivas cada uma exigindo educação ou treinamento adicional Adultos maduros frequentam aulas noturnas ou dão um tempo no trabalho para seguir um interesse es pecial Pessoas aposentamse mais cedo ou mais tarde do que no passado ou não se aposentam nunca Aposentados dedicam tempo a estudar ou a uma nova linha de trabalho remunerado ou não TRABALHO VERSUS APOSENTADORIA PRECOCE Antes de 1985 as pessoas se aposentavam cada vez mais cedo A idade média da aposentadoria foi diminuindo progressivamente Desde então a tendência se inverteu Antes de interromper comple tamente suas vidas profissionais as pessoas podem reduzir as horas ou dias de trabalho entrando gradualmente na aposentadoria durante alguns anos Esta prática é denominada aposentadoria gra dual Ou elas podem mudar para uma outra empresa ou para uma nova linha de trabalho uma prática denominada empregoponte Czaja 2006 Aproximadamente metade dos trabalhadores de 55 a 65 anos têm um empregoponte antes da aposentadoria integral Purcell 2002 Esses processos são discutidos mais detalhadamente no Capítulo 18 O que ocasionou esta mudança As pessoas podem continuar trabalhando para manter sua saúde física e emocional e seus papéis pessoal e social ou simplesmente porque apreciam a estimulação do trabalho e suas razões podem mudar em momentos diferentes Czaja 2006 Sterns e Huyck 2001 Outros trabalham principalmente por razões financeiras A atual recessão bem como as tendências de trabalho de longo prazo nos Estados Unidos também parece afetar a idade de aposentadoria com uma proporção maior de adultos de 55 a 64 anos relatando agora que planejam adiar a aposentadoria até os 66 anos e 16 dizendo que planejam nunca se aposentar Morin 2009 Hoje muitos dos trabalhadores de meiaidade e mais velhos têm poupanças ou pensões inadequadas ou necessitam de atendimento previdenciário contínuo O aumento na idade de aposentadoria da previdência social para 67 anos para benefícios integrais constitui uma motivação para continuar trabalhando A Lei de Discriminação de Idade no Emprego que eliminou idades obrigatórias de aposentadoria para a maioria das ocupações e a Lei de Americanos com Necessidades Especiais que requer que os empregadores disponibilizem vagas para trabalhadores com necessidades especiais ajudaram trabalhadores maduros a manter seus empregos Além disso os babyboomers nascidos entre 1946 e 1964 agora próximos da idade de aposentadoria têm melhor educação do que gerações anteriores e portanto suas opções são mais amplas Czaja 2006 TRABALHO E DESENVOLVIMENTO COGNITIVO O ditado use ou perca aplicase tanto à mente quanto ao corpo O trabalho pode influenciar o fun cionamento cognitivo As pesquisas apresentadas no Capítulo 13 sugerem que pensadores flexíveis tendem a obter trabalhos substancialmente complexos que exigem pensamento e julgamento independente Esse tipo de trabalho por sua vez estimula a pessoa a ter mais pensamento flexível e o pensamento flexí vel aumenta a capacidade para fazer trabalhos complexos Kohn 1980 Portanto pessoas que estão verificador você é capaz de Discutir os prérequisitos para a realização criativa Resumir a relação entre de sempenho criativo e idade indicad r Como os padrões de trabalho e de educação estão se modificando e como o trabalho contribui para o desenvolvimento cognitivo Nós nos tornamos mais ambidestros usando qualquer uma das mãos em vez da mão dominante para realizar funções à medida que envelhecemos Os pesquisadores sugerem que isto pode estar ligado à aposentadoria Em geral intensificamos esta dominância nas atividades diárias Quando a aposentadoria ocorre e aquelas atividades mudam também pode mudar nossa dominância Kalisch et al 2006 As pesquisas sugerem que este declínio na produtividade pode não ser mais característico das coortes mais novas de pesquisadores Stroebe 2010 Papalia15indd 536 Papalia15indd 536 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 537 profundamente envolvidas em um trabalho complexo tendem a apresentar um desempenho cognitivo mais forte do que seus pares à medida que envelhecem Avolio e Sosik 1999 Kohn e Schooler 1983 Schaie 1984 Schooler 1984 1990 E aqueles adultos altamente abertos ao novo uma variável da personalidade que afeta esse estilo de pensamento são mais propensos a manter altos níveis de desempenho ao longo do tempo Sharp et al 2010 O mesmo se aplica a homens e mulheres que realizam trabalho doméstico complexo tal como planejar o orçamento ou uma mudança de residência ou fazer reparos complicados como trocar o encanamento Caplan e Schooler 2006 Se o trabalho tanto na empresa como em casa pudesse tornarse algo significativo e desafiador mais adultos poderiam manter ou aperfeiçoar suas capacidades cognitivas Avolio e Sosik 1999 Isso parece já estar acontecendo Os ganhos na maioria das capacidades cognitivas encontrados em coortes recentes de meiaidade e mais velhas podem muito bem refletir alterações no ambiente de trabalho que dão ênfase a equipes autônomas e multifuncionais valorizando a adaptabilidade a inicia tiva e a descentralização na tomada de decisões Avolio e Sosik 1999 Infelizmente os trabalhadores mais velhos têm menor probabilidade de que lhes sejam oferecidas novas oportunidades ou até de que sejam aceitos como voluntários para treinamento em tarefas funcionais desafiadoras em razão da crença equivocada de que eles não sabem lidar com situações novas Contudo o Estudo Longitudinal de Seattle revelou que os declínios na habilidade cognitiva geralmente não ocorrem até muito tarde na vida bem depois de a pessoa parar de trabalhar De fato o desempenho no trabalho exibe maior variabilidade dentro de cada um dos vários grupos etários do que entre eles Avolio e Sosik 1999 Os adultos podem influenciar ativamente seu desenvolvimento cognitivo futuro pelas escolhas ocupacionais que fazem Aqueles que constantemente procuram oportunidades mais estimulantes tendem a se manter mentalmente ativos Avolio e Sosik 1999 O APRENDIZ MADURO Em 2005 44 dos adultos norteamericanos incluindo 48 de pessoas de 45 a 54 anos e 40 de pessoas de 55 a 64 anos relataram ter participado de educação para adultos 27 em cursos relaciona dos ao trabalho National Center for Education Statistics 2007 ODonnell 2006 Por que pessoas de meiaidade buscam a educação formal A educação permite que os adultos desenvolvam seu potencial cognitivo melhorem sua autoestima ajudem seus filhos com o dever de casa ou se mantenham atualizados com as mudanças no mercado de trabalho Alguns procuram treina mento especializado para atualizar seus conhecimentos e habilidades Alguns se instruem para novas ocupações Alguns querem ascender na carreira ou iniciar negócios próprios Algumas mulheres que dedicaram sua vida adulta jovem ao trabalho doméstico e à parentalidade estão dando seus primeiros passos para reingressar no mercado de trabalho Pessoas próximas da aposentadoria frequentemente querem expandir suas mentes e habilidades para fazer uso mais produtivo e interessante do lazer Al gumas pessoas simplesmente gostam de aprender e querem continuar aprendendo durante toda a vida Educação adulta e habilidades de trabalho As mudanças na área de trabalho frequentemente trazem a necessidade de mais treinamento ou educação A tecnologia em expansão e as mudanças nos mercados de trabalho requerem aprendizado e atualização constantes As habilidades tecnológicas são cada vez mais necessárias para o sucesso no mundo moderno e são um componente importante da educação adulta relacionada ao trabalho Com experiência pessoas de meiaidade podem realizar tarefas no computador tão bem quanto adultos jovens Czaja 2006 Os empregadores também enxergam os benefícios da educação na área de trabalho tais como moral melhorada aumento da qualidade do trabalho melhor trabalho em equipe e resolução de pro blemas e maior capacidade de lidar com novas tecnologias e com outras mudanças na área de trabalho Conference Board 1999 Letramento Ser letrado é um requisito fundamental para participar não apenas na área de trabalho mas em todas as facetas de uma sociedade moderna movida pela informação Adultos letrados podem usar informação impressa e escrita para atuar em sociedade atingir seus objetivos e desenvolver seu conhecimento e potencial Na virada do século uma pessoa com uma educação de 4 a série era consi derada letrada hoje um diploma do ensino médio mal dá para o gasto por assim dizer Em 2003 o ano mais recente para o qual há dados disponíveis 14 dos adultos norteameri canos não conseguiam localizar claramente informações identificáveis em textos curtos 22 não conseguia realizar operações numéricas simples como adição e 12 não conseguiam ler documentos suficientemente bem para serem bemsucedidos na atual economia todos componentes do letramen verificador você é capaz de Discutir as tendências no tra balho e na aposentadoria na meiaidade Explicar como o trabalho pode afetar o funcionamento cognitivo Pelo que você tem visto os estudantes de idade não tradicional parecem se sair melhor ou pior na universidade do que os estudantes mais jovens Como você explicaria sua observação letramento Em um adulto a capacidade de usar informação impressa e escrita para atuar em sociedade alcançar objetivos e de senvolver o conhecimento e o potencial Papalia15indd 537 Papalia15indd 537 010213 0916 010213 0916 538 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman to básico NCES 2006c Também em 2003 adultos norteamericanos se saíram pior em um teste de letramento internacional do que adultos das Bermudas do Canadá da Noruega e da Suíça mas melhor do que os da Itália Lemke et al 2005 NCES 2005b Adultos de meiaidade e mais velhos tendem a ter níveis de letramento mais baixos do que adul tos jovens mas o nível médio de letramento de adultos de 50 a 59 anos aumentou a partir de 1992 Os adultos com letramento abaixo dos níveis básicos são menos propensos a estar empregados do que adultos com níveis de letramento mais altos Kutner et al 2007 NCES 2006c Globalmente 774 milhões de adultos aproximadamente 1 em cada 5 são analfabetos prin cipalmente na África subsaariana e no leste e sul da Ásia UNESCO 2004 2007 O analfabetismo é especialmente comum entre as mulheres em nações em desenvolvimento onde a educação ca racterísticamente é considerada pouco importante para elas Em 1990 a Organização das Nações Unidas ONU lançou programas de alfabetização em países em desenvolvimento como Bangladesh Nepal e Somália Linder 1990 Mais recentemente a ONU denominou o período de 2003 a 2012 de a Década do Letramento e está patrocinando conferências e programas para o desenvolvimento da alfabetização Nos Estados Unidos a National Literacy Act Lei Nacional de Alfabetização requer que os estados estabeleçam centros de treinamento de alfabetização com auxílio de fundos federais Pesquisas sobre educação e trabalho bem como sobre resolução de problemas criatividade e escolhas morais demonstram que a mente continua a se desenvolver durante a idade adulta Essas pesquisas ilustram as ligações entre o aspecto cognitivo do desenvolvimento e seus aspectos sociais e emocionais aos quais nos dedicaremos no Capítulo 16 N de T Em inglês a palavra literacy significa alfabetização e letramento A alfabetização passou a ter um significado mais amplo que vai além de saber ler e escrever verificador você é capaz de Explicar as razões por que adultos maduros retornam à sala de aula Discutir a importância do letramento e do treinamento do letramento nos Estados Unidos e no resto do mundo resumo e palavraschave A meiaidade um construto social Quais são os aspectos característicos da meiaidade O conceito de meiaidade é um construto social Ele passou a ser usado nas sociedades industriais quando a crescente expectativa de vida levou a novos papéis nessa fase da vida O intervalo de tempo da vida adulta intermediária é fre quentemente subjetivo A vida adulta intermediária é uma época de ganhos e de perdas A maioria das pessoas de meiaidade está em boas con dições físicas cognitivas e emocionais Elas têm muitas responsabilidades e múltiplos papéis e se sentem com petentes para lidar com eles A meiaidade é uma época para fazer um balanço e to mar decisões sobre os anos de vida restantes DESENVOLVIMENTO FÍSICO Transformações físicas Quais são as alterações físicas que geralmente ocorrem durante a meiaidade e qual é o seu impacto psicológico Embora algumas mudanças fisiológicas resultem do envelhecimento e da constituição genética o compor tamento e o estilo de vida podem afetar seu tempo de ocorrência e extensão A maioria dos adultos de meiaidade compensa bem os pequenos e graduais declínios nas capacidades sensórias e psicomotoras Perdas de densidade óssea e da capaci dade vital são comuns Os sintomas da menopausa e as atitudes em relação a ela podem depender de fatores culturais e de alterações naturais do envelhecimento Embora os homens possam continuar a gerar filhos em idade avançada muitos homens de meiaidade sofrem um declínio na fertilidade e na frequência de orgasmo Uma grande proporção de homens de meiaidade sofre de disfunção erétil A disfunção erétil pode ter causas físicas mas também pode estar relacionada à saúde ao estilo de vida e ao bemestar emocional A atividade sexual geralmente diminui gradualmente na meiaidade presbiopia 514 miopia 514 presbiacusia 515 metabolismo basal 515 capacidade vital 516 menopausa 517 perimenopausa 517 disfunção erétil 519 indicad r indicad r Papalia15indd 538 Papalia15indd 538 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 539 Saúde física e mental Quais são os fatores que afetam a saúde física e mental na meiaidade A maioria das pessoas de meiaidade é saudável e não tem li mitações funcionais entretanto os babyboomers podem ser menos saudáveis do que gerações anteriores na meiaidade A hipertensão é um problema de saúde importante que se inicia na meiaidade O câncer superou as doenças cardíacas como causa principal de morte na meiaidade A prevalência de diabetes duplicou e é agora a quarta principal causa de morte nessa faixa etária Dieta exercícios uso de álcool e tabagismo afetam a saú de presente e futura O cuidado preventivo é importante A baixa renda está associada a condições de saúde mais precárias em parte devido a falta de seguro de saúde As disparidades raciais e étnicas na saúde e no cuidado que ela demanda diminuíram mas ainda persistem Mulheres após a menopausa tornamse mais suscetíveis a doenças cardíacas bem como a perda óssea levando à osteoporose As chances de desenvolver câncer de mama também aumentam com a idade e recomendase que as mulheres façam exames de mamografia rotineiros a partir dos 40 anos Evidências sugerem que os riscos da terapia hormonal superam seus benefícios O estresse ocorre quando a capacidade do corpo para lidar com os problemas não é igual ao que se exige dele O estresse é frequentemente maior na meiaidade e pode estar relacionado a uma variedade de problemas práticos Estresse grave pode afetar o funcionamento imunológico As mudanças de papel e de carreira e outras experiências características da meiaidade podem ser estressantes mas a resiliência é comum A personalidade e a emotividade negativa podem afetar a saúde Emoções positivas tendem a estar associadas com boa saúde A angústia psicológica tornase mais prevalente na meia idade hipertensão 520 diabetes 521 osteoporose 524 mamografia 526 terapia hormonal TH 526 estresse 527 estressores 527 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Medindo as capacidades cognitivas na meiaidade Quais ganhos e perdas cognitivos ocorrem durante a meiaidade O Estudo Longitudinal de Seattle revelou que várias das capacidades mentais básicas permanecem fortes durante a meiaidade mas há uma grande variabilidade individual A inteligência fluida declina mais cedo do que a inteli gência cristalizada inteligência fluida 533 inteligência cristalizada 533 O caráter distinto da cognição do adulto Adultos maduros pensam diferente das pessoas mais jovens Alguns teóricos propõem que a cognição assume formas características na meiaidade Os avanços na expertise ou conhecimento especializado têm sido atribuídos à encapsulação das capacidades fluidas dentro da área de atuação de uma pessoa O pensamento pósformal parece especialmente útil em situações que exigem pensamento integrativo encapsulação 533 Criatividade O que explica a capacidade criativa e como ela se modifica com a idade O desempenho criativo depende de atributos pessoais e de forças ambientais A criatividade não está fortemente relacionada à inteli gência Um declínio associado à idade aparece tanto nos testes psicométricos de pensamento divergente quanto no resultado criativo real mas as idades em que a produção atinge o pico variam de acordo com a ocupação As per das de produtividade com a idade podem ser compensa das por ganhos em qualidade Trabalho e educação Como os padrões de trabalho e educação estão se modificando e como o trabalho contribui para o desenvolvimento cognitivo Uma mudança da aposentadoria precoce para opções mais flexíveis está ocorrendo Um trabalho complexo pode melhorar a flexibilidade cognitiva Muitos adultos participam de atividades educacionais frequentemente para aperfeiçoar habilidades e conheci mentos relacionados ao trabalho O treinamento para alfabetização é uma necessidade ur gente nos Estados Unidos e no resto do mundo letramento 537 indicad r indicad r indicad r indicad r indicad r Papalia15indd 539 Papalia15indd 539 010213 0916 010213 0916 Capítulo 16 pontos principais A trajetória de vida na meiaidade Mudanças da meiaidade abordagens teóricas O self na meiaidade problemas e temas Relacionamentos na meiaidade Relacionamentos consensuais Relacionamentos com filhos maduros Outros laços de parentesco pontos principais você sabia que A ideia de uma crise da meiaidade tem sido largamente desacreditada e que é razoavelmente incomum passar por uma A satisfação conjugal geralmente é mais baixa no início da meiaidade e chega ao ápice quando os filhos estão criados Com o apoio adequado cuidar de um pai enfermo pode ser uma oportunidade para crescimento pessoal Neste capítulo examinamos as perspectivas teóricas e as pesquisas sobre questões e temas psicossociais na meiaidade Então nos concentramos nos relacionamentos íntimos casamento concubinato e divórcio relacionamentos homossexuais amizades e relacionamentos com filhos em fase de crescimento pais idosos irmãos e netos Tudo isso pode ser urdido na textura rica dos anos da meiaidade você sabia Desenvolvimento Psicossocial na Vida Adulta Intermediária Aceitar todas as experiências como matériaprima de onde o espírito humano destila sentidos e valores é uma parte do significado da maturidade Howard Thurman Meditations of the Heart 1953 Papalia16indd 540 Papalia16indd 540 010213 0916 010213 0916 Papalia16indd 541 Papalia16indd 541 010213 0916 010213 0916 542 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A trajetória de vida na meiaidade Os cientistas do desenvolvimento examinam o curso do desenvolvimento psicossocial da meia idade de diversas maneiras Objetivamente eles consideram as trajetórias ou caminhos tal como a busca de uma carreira na meiaidade por uma outrora tradicional esposa e mãe Subjetivamente eles observam como as pessoas constroem sua identidade e a estrutura de suas vidas Moen e Wethington 1999 O desenvolvimento nos anos da meiaidade deve ser visto na perspectiva de todo o ciclo de vida mas os padrões do começo da vida não são necessariamente projeções para os padrões da maturidade Lachman e James 1997 E existem diferenças entre o início e o final da meiaidade Apenas compare as preocupações de uma pessoa de 40 anos com as de uma de 60 Hoje naturalmente é difícil dizer que trajetória de vida se houver uma é característica Aos 40 anos algumas pessoas se tornam pais pela primeira vez e outras se tornam avós Aos 50 algumas pessoas estão iniciando novas carreiras e outras estão se aposentando precocemente Além disso as vidas não progridem isoladamente Os caminhos individuais se cruzam com os caminhos dos membros da família dos amigos de conhecidos e de desconhecidos O trabalho e os papéis pessoais são interdependentes e esses papéis são afetados pelas tendências na sociedade Geração gênero etnia cultura e nível socioeconômico podem afetar profundamente o curso da vida Ver Quadro 161 para uma discussão sobre uma sociedade sem o conceito de meiaidade A trajetória de uma mulher com uma carreira na meiaidade pode ser muito diferente da de sua mãe que dedicou tempo integral à família A trajetória desta mulher também pode ser diferente da de uma mulher jovem graduada de hoje que embarca em uma carreira antes do casamento e da maternida de Sua trajetória muito provavelmente teria sido diferente também tivesse ela nascido homem ou tivesse sido muito pobre ou com pouca educação para aspirar a uma carreira ou tivesse ela crescido em uma sociedade altamente tradicional Todos esses fatores e outros mais fazem parte do estudo do desenvolvimento psicossocial na meiaidade Como os cientistas do desenvolvimento abordam o estudo do desenvolvimento psicossocial na vida adulta intermediária indicad r verificador você é capaz de Diferenciar entre as visões ob jetiva e subjetiva da trajetória de vida Identificar os fatores que afetam a trajetória de vida na meiaidade indicadores de estudo 1 Como os cientistas do desenvolvimento abordam o estudo do desenvolvimento psicossocial na vida adulta intermediária 2 O que os teóricos têm a dizer sobre a mudança psicossocial na vida adulta intermediária 3 Quais são as questões relacionadas à identidade que afloram durante a vida adulta intermediária 4 Qual é o papel dos relacionamentos sociais nas vidas das pessoas de meiaidade 5 Como os casamentos os concubinatos os relacionamentos homossexuais e as amizades acontecem durante os anos da meiaidade e o quanto o divórcio é comum nesta fase da vida 6 De que forma os relacionamentos entre pais e filhos mudam à medida que os filhos se aproximam e chegam à idade adulta 7 Como as pessoas de meiaidade se relacionam com seus pais e irmãos 8 Quais são os papéis dos avós nos dias de hoje Papalia16indd 542 Papalia16indd 542 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 543 Mudança da meiaidade abordagens teóricas Em termos psicossociais a vida adulta intermediária já foi considerada um período relativamente estável Freud 19061942 acreditava que a personalidade está permanentemente bem formada antes dessa idade Em contrapartida teóricos humanistas como Abraham Maslow e Carl Rogers viam a meiaidade como uma oportunidade para mudança positiva De acordo com Maslow 1968 a realização plena do potencial humano que ele chamava de autorrealização pode vir apenas com a maturidade Rogers 1961 afirmava que o funcionamento humano pleno exige um processo constante por toda a vida para conduzir o self em harmonia com a experiência Estudos longitudinais mostram que o desenvolvimento psicossocial envolve tanto estabilidade como mudança Franz 1997 Helson 1997 Mas que tipos de mudanças ocorrem e o que as cau sam Diversas teorias buscaram responder essa pergunta indicad r O que os teóricos têm a dizer sobre a mudança psicossocial na meiaidade para o mund UMA SOCIEDADE SEM MEIAIDADE Os gusii são uma sociedade rural de mais de 1 milhão de pes soas no sudoeste do Quênia Levine 1980 LeVine e LeVine 1998 Eles têm um plano de vida uma hierarquia de estágios baseada largamente na realização da capacidade reproduti va e sua extensão através da geração seguinte Os gusii não têm palavras para adolescente adulto jo vem ou meiaidade Um menino ou menina sofre circun cisão em algum momento entre as idades de 9 e 11 anos e se torna um idoso quando seu primeiro filho se casa Entre esses dois eventos um homem está no estágio de omomura ou guerreiro O estágio de omomura pode durar dos 25 aos 40 anos ou até mais tarde Devido à importância do casa mento na vida de uma mulher as mulheres têm um estágio adicional o omosubaati ou mulher jovem casada A procriação não é limitada ao período adulto jovem Como em outras sociedades préindustriais onde muitas mãos são necessárias para ajudar nas colheitas a morte na primeira ou na segunda infância é comum a fertilidade é altamente valorizada As pessoas continuam a se reprodu zir enquanto elas forem fisiologicamente capazes A mulher em média dá à luz 10 filhos Quando uma mulher chega à menopausa seu marido pode tomar uma esposa mais jo vem e criar outra família Na sociedade gusii então as transições dependem dos eventos de vida A posição está ligada à circuncisão ao casa mento para as mulheres a ter filhos e finalmente a tornarse pai de um filho casado e portanto um futuro avô e idoso res peitado Os gusii têm um relógio social um conjunto de expec tativas para as idades nas quais esses eventos devem normal mente ocorrer Pessoas que se casam tarde ou não se casam homens que ficam impotentes ou estéreis e mulheres que não conseguem conceber têm seu primeiro filho tarde não têm filhos ou têm poucos filhos são ridicularizadas e lançadas no ostracismo e podem passar por rituais para corrigir a situação Embora os gusii não tenham a transição da meiaidade reconhecida alguns deles reavaliam suas vidas em torno da época em que têm idade suficiente para serem avós A cons ciência da mortalidade e do declínio das forças físicas espe cialmente entre as mulheres pode levar a uma carreira de curandeira A busca de poderes espirituais tem um propósito generativo também os idosos são responsáveis pelos rituais de proteção de seus filhos e netos contra doenças ou morte Muitas mulheres mais velhas que se tornam curandeiras ou bruxas buscam o poder ou para ajudar as pessoas ou para pre judicálas talvez para compensar sua falta de poder pessoal e econômico em uma sociedade dominada pelos homens A sociedade gusii tem passado por mudanças particular mente a partir da década de 1970 como resultado do do mínio colonial britânico e suas consequências Com a morta lidade infantil reduzida o rápido crescimento populacional está esgotando os suprimentos de alimento e outros recur sos e um plano de vida organizado em torno do aumento da reprodução não é mais necessário A crescente aceitação da limitação de filhos entre os gusii mais jovens sugere que concepções de maturidade adulta menos centradas na fer tilidade eventualmente se tornarão dominantes na cultura gusii LeVine e LeVine 1998 p 207 qual a sua opinião Dadas as atuais mudanças dramáticas na sociedade gusii você esperaria mu danças na forma como eles definem os estágios de vida Nesse caso em que direção JANELA 161 o Papalia16indd 543 Papalia16indd 543 010213 0916 010213 0916 544 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman MODELOS DE TRAÇO A pesquisa do modelo de traços de Costa e McCrae ver especialmente 2006 que alegava original mente continuidade ou consistência da personalidade após os 30 anos nos agrupamentos dos Cinco Grandes traços neuroticismo ansiedade hostilidade instabilidade extroversão abertura para o novo conscienciosidade e amabilidade reconhece agora uma mudança mais lenta também durante os anos da meiaidade e da velhice como relatamos no Capítulo 14 Outros investigadores testando uma estrutura de traços semelhante encontraram mudança positiva mais significativa durante esses anos Roberts e Mroczek 2008 A conscienciosidade por exemplo tende a ser mais alta na meiaidade Donnellan e Lucas 2008 aparentemente relacionada à experiência de trabalho A estabilidade emocional continua a escala ascendente regular iniciada no período adulto jovem As pessoas tendem a se tornar mais maduras socialmente confiantes simpáti cas responsáveis e calmas à medida que se encaminham para o auge da vida e esta maturidade por sua vez lhes permite traba lhar para a sociedade e levar vidas mais lon gas e mais saudáveis Roberts e Mroczek 2008 A aposentadoria também afeta este processo Comparados com pessoas que continuam a trabalhar os aposentados ten dem a aumentar a amabilidade e a diminuir a atividade Lockenhoff Terracciano e Cos ta 2009 Diferenças individuais baseadas na experiência frequentemente ocorrem por exemplo homens que se casam novamente na meiaidade tendem a tornarse menos neuróticos Roberts e Mroczek 2008 MODELOS DO ESTÁGIO NORMATIVO Os dois primeiros teóricos do estágio normativo cujos trabalhos continuam a fornecer uma estrutura de referência para a maior parte da pesquisa e da teoria do desenvolvimento na vida adulta interme diária são Carl G Jung e Erik Erikson Carl G Jung Individuação e transcendência O psicólogo suíço Carl Jung 1933 1953 1969 1971 afirmava que o desenvolvimento saudável da meiaidade requer individuação a emergência do self verdadeiro por meio do equilíbrio ou integração das partes conflitantes da personalidade incluindo aquelas partes que foram anteriormente negligenciadas Até aproximadamente os 40 anos afirma Jung os adultos estão concentrados nas obrigações com a família e com a sociedade e desenvol vem aspectos da personalidade que os ajudarão a alcançar objetivos externos As mulheres enfatizam a expressividade e a educação os homens são primariamente orientados à realização Na meiaidade as pessoas voltam suas preocupações para o self interior espiritual Tanto os homens como as mulheres buscam uma união dos opostos expressando seus aspectos anteriormente renegados Duas tarefas difíceis porém necessárias na meiaidade são abrir mão da imagem jovem e reco nhecer a mortalidade De acordo com Jung 1966 a necessidade de reconhecer a mortalidade exige uma busca por significado dentro de si mesmo Esse movimento de interiorização pode ser inquie tante Contudo as pessoas que evitam essa transição e não reorientam suas vidas adequadamente perdem a chance de crescer psicologicamente Erik Erikson Generatividade versus estagnação Ao contrário de Jung que via a meiaidade como um momento de interiorização Erikson descreveua como um movimento para o exterior Erikson via os anos em torno dos 40 como a época em que as pessoas entram em seu sétimo estágio normativo generatividade versus estagnação Generatividade como definiu Erikson é a preo cupação de adultos maduros em estabelecer e orientar a próxima geração perpetuandose através da influência sobre aqueles que o sucedem As pessoas que não encontram uma saída para a generati vidade tornamse centradas em si mesmas autoindulgentes ou estagnadas inativas ou sem vida A Uma pesquisa entre 55 nações mostrou que as diferenças de sexo nos traços de personalidade são maiores em nações mais prósperas onde as mulheres têm mais igualdade Nessas nações as mulheres tendem a relatar níveis mais altos de neuroticismo extroversão amabilidade e conscienciosidade do que os homens Schmitt et al 2008 Os Cinco Grandes traços estão relacionados a diferenças físicas reais nas estruturas cerebrais dos adultos Por exemplo a extroversão está correlacionada ao tamanho do córtex órbitofrontal medial uma área do cérebro envolvida no processamento de recompensas e o neuroticismo está relacionado ao volume de áreas do cérebro associadas à ameaça e à punição Isto dá suporte ao modelo biológico dos Cinco Grandes DeYoung et al 2010 individuação Termo de Jung para o surgimento do self verdadeiro por meio do equilíbrio ou integração das partes conflitantes da personalidade generatividade versus estagnação O sétimo estágio do desenvolvimento psicossocial de Erikson no qual o adulto de meiaidade desenvolve uma preocupação relacionada a estabelecer orientar e influenciar a próxima geração ou então experimenta a estagnação um senso de inatividade ou falta de significado para a vida generatividade Termo de Erikson para a preocupação de adultos maduros em estabelecer orientar e influenciar a próxima geração Papalia16indd 544 Papalia16indd 544 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 545 virtude desse período é o cuidado um compromisso amplo no sentido de cuidar das pessoas dos produtos e das ideias com as quais a pessoa apren deu a se importar Erikson 1985 p 67 A teoria e a pesquisa posteriores apoiaram e expandiram as opiniões de Erikson Como surge a generatividade De acordo com um modelo McAdams 2001 os desejos internos de imortalidade simbólica ou uma necessidade de ser necessário se somam às demandas externas expectativas e respon sabilidades crescentes para produzir um interesse consciente na próxima geração Esse interesse juntamente com o que Erikson chamou de crença nas espécies conduz a compromissos e ações generativos Generatividade idade e gênero A generatividade é especialmente pro eminente durante a meiaidade porque as demandas de trabalho e família durante este período requerem respostas generativas Pais altamente gene rativos tendem a ser mais envolvidos na educação escolar de seus filhos do que pais menos generativos e tendem a ter estilos de parentalidade demo cráticos McAdams 2006 Usando técnicas como listas de verificação de comportamento e autor relatos Tabela 161 os pesquisadores constataram que pessoas de meia idade tendem a ter pontuações mais altas em generatividade do que as mais jovens ou as mais velhas Entretanto a generatividade não se limita à meiaidade A idade em que os indivíduos alcançam a generatividade varia assim como sua força em um determinado momento Além disso algumas pessoas são mais generativas do que outras Keyes e Ryff 1998 McAda ms 2006 McAdams de St Aubin e Logan 1993 Stewart e Vandewater 1998 As mulheres normalmente relatam níveis mais altos de generativi dade do que os homens mas essa diferença diminui na vida adulta tardia Keyes e Ryff 1998 Aparentemente mesmo aqueles adultos que entram na meiaidade com uma relativa desvantagem com respeito à generativida de podem igualarse a seus pares Whitbourne Sneed e Sayer 2009 um achado que enfatiza a afirmação de Erikson de que mudança positiva é possível em qualquer momento da vida Formas de generatividade Como o desafio central da meiaidade a ge neratividade pode ser expressa não apenas por meio de cuidados paternos e maternos ou de cuidados pelos avós mas também através de ensino ou aconselhamento produtividade ou criatividade e autogeração ou autode senvolvimento Ela tende a estar associada ao comportamento prósocial McAdams 2006 Pode se estender ao mundo do trabalho à política à religião aos passatempos à arte à música e a outras esferas ou como Erikson chamava à manutenção do mundo Oferecerse como voluntário para serviços comunitários ou para uma causa política é uma expressão de generatividade Hart Souther land e Atkins 2003 O alívio das responsabilidades familiares e profissionais primárias pode libertar adultos de meiaidade e mais velhos para que possam expressar generatividade em uma escala mais ampla Keyes e Ryff 1998 A generatividade então pode derivar do envolvimento em múltiplos papéis Staudinger e Bluck 2001 Tal envolvimento foi associado a bemestar e a satisfação tanto na meiaidade McAdams 2001 como na velhice Sheldon e Kasser 2001 Vandewater Ostrove e Stewart 1997 talvez por meio da sensação de ter contribuído significativamente para a sociedade Entretanto visto que esses achados são correlacionais não podemos ter certeza de que a generatividade causa o bemestar pode ser que as pessoas que estejam felizes com suas vidas sejam mais propensas a ser generativas McAdams 2001 Devido ao papel central da generatividade na meiaidade retomaremos o assunto posteriormente neste capítulo O legado de Jung e de Erikson Vaillant e Levinson As ideias e observações de Jung e de Erikson inspiraram os estudos longitudinais do homem de George Vaillant 1977 1989 e Daniel Levinson 1978 apresentados no Capítulo 14 Ambos descreveram as maiores mudanças ocorridas Generatividade uma preocupação em orientar a geração mais jovem pode ser expressa por meio do treinamento ou do aconse lhamento A generatividade pode ser o segredo para o bemestar na meiaidade Papalia16indd 545 Papalia16indd 545 010213 0916 010213 0916 546 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman na meiaidade desde a luta ocupacional aos 30 anos à reavaliação e muito frequentemente a drástica reestruturação da vida aos 40 à suavização e relativa estabilidade aos 50 1 Vaillant como Jung relatou uma diminuição da diferenciação de gênero na meiaidade e uma tendência do homem a ficar mais terno e expressivo Do mesmo modo o homem de Levinson na meiaidade é menos obcecado com a realização pessoal e mais preocupado com os relacionamentos e mostra a generatividade ao tornarse mentor de pessoas mais jovens Vaillant reproduziu o conceito de interiorização de Jung Na faixa dos 40 anos muitos dos ho mens em seu Grant Study de formados de Harvard abandonaram as atividades compulsivas irrefleti das de seus aprendizados profissionais e mais uma vez se tornaram exploradores do mundo interior 1977 p 220 Bernice Neugarten 1977 observou uma tendência à introspecção semelhante na meiaidade que ela chamou de interioridade Para os homens de Levinson a transição para a vida adulta intermediária era suficientemente estressante para ser considerada uma crise Vaillant 1993 também estudou o relacionamento entre generatividade idade e saúde mental À medida que seus alunos de Harvard se aproximavam e entravam na meiaidade uma proporção cada 1 A descrição de Levinson dos cinquenta anos foi apenas projetada interioridade Termo de Neugarten para uma preocu pação com a vida interior introversão ou introspecção que geralmente aparece na meiaidade Com base em suas observações você acredita que a personalidade de um adulto muda de forma significativa na meia idade Nesse caso essas mudanças parecem estar relacionadas à maturidade ou acompanham eventos importantes como divórcio mudança ocupacional ou tornarse avô ou avó TABELA 161 Teste de autoavaliação para generatividade Eu tento passar adiante o conhecimento que obtive por meio da minha experiência Eu não acho que as outras pessoas precisem de mim Eu acho que gostaria de ser professora Eu sinto que fiz uma diferença para muitas pessoas Eu não me ofereço como voluntário para trabalhos de caridade Eu fiz e criei coisas que tiveram um impacto sobre outras pessoas Eu tento ser criativo na maioria das coisas que faço Eu acredito que serei lembrado por um longo tempo após minha morte Acredito que a sociedade não pode ser responsável por prover alimento e abrigo para todas as pessoas sem residência Os outros diriam que eu dei contribuições únicas à sociedade Se eu fosse incapaz de ter meus próprios filhos eu gostaria de adotar uma criança Eu tenho habilidades importantes que tento ensinar aos outros Eu sinto que não fiz nada que sobreviva após a minha morte Em geral minhas ações não têm um efeito positivo sobre os outros Eu sinto como se não tivesse feito nada de valor para contribuir para os outros Eu assumi muitos compromissos com muitos tipos diferentes de pessoas grupos e atividades em minha vida As outras pessoas dizem que eu sou uma pessoa muito produtiva Eu tenho a responsabilidade de melhorar o bairro em que vivo As pessoas me procuram para pedir conselhos Eu sinto que minhas contribuições sobreviverão a mim Fonte Copyright 1992 pela American Psychological Association Reproduzida com permissão A citação oficial que deve ser usada em referência a este material é McAdams D P e St Aubin E 1992 Uma teoria de generatividade e sua avalia ção por meio de autorrelato atos comportamentais e temas narrativos na autobiografia Journal of Personality and Social Psychology 626 10031005 do Apêndice p 1015 Nenhuma reprodução ou distribuição pode ser feita sem a permissão por escrito da American Psychological Association Papalia16indd 546 Papalia16indd 546 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 547 vez maior era avaliada como tendo alcançado a generatividade Aos 50 anos os homens mais bem ajustados eram os mais generativos Soldz e Vaillant 1998 O MOMENTO DOS EVENTOS O RELÓGIO SOCIAL De acordo com o modelo do momento dos eventos apresentado no Capítulo 14 o desenvolvimento da personalidade adulta depende menos da idade do que de eventos importantes da vida A meiaidade fre quentemente traz uma reestruturação de papéis sociais separarse dos filhos se torna avô ou avó mudar de trabalho ou de carreira e eventualmente aposentarse Para as coortes representadas pelos primeiros estudos do estágio normativo a ocorrência e o momento desses eventos importantes eram razoavelmente previsíveis Hoje os estilos de vida são mais diversificados e as fronteiras da vida adulta intermediária tornaramse menos claras apagando as antigas definições do relógio social Josselson 2003 p 431 Quando os padrões ocupacionais eram mais estáveis e a aposentadoria aos 65 anos era quase uni versal o significado do trabalho na meiaidade tanto para os homens quanto para as mulheres pode ter sido diferente de seu significado atual em que as mudanças de trabalho a redução do quadro de funcio nários e a aposentadoria precoce ou prorrogada são frequentes Quando a vida da mulher girava em torno da concepção e da educação dos filhos o fim do ciclo reprodutivo tinha um significado diferente do que tem agora quando tantas mulheres de meiaidade ingressaram na força de trabalho Quando as pessoas morriam mais cedo os sobreviventes na meiaidade sentiamse ve lhos percebendo que eles também estavam muito próximos do final de suas vidas Mui tas pessoas de meiaidade agora se encontram mais ocupadas e mais envolvidas do que nun ca algumas ainda criando filhos pequenos enquanto outras redefinem seus papéis como pais de adolescentes e de adultos jovens e fre quentemente como responsáveis por pais ido sos Contudo apesar dos múltiplos desafios e eventos variáveis da meiaidade a maioria dos adultos nesta fase da vida parece ser bem capaz de lidar com eles Lachman 2001 2004 O self na meiaidade problemas e temas Agora eu sou uma pessoa completamente diferente da que eu era 20 anos atrás disse um arquiteto de 47 anos enquanto seis amigos todos na faixa dos 40 e dos 50 anos concordavam vigorosamente com a cabeça Muitas pessoas sentem e observam a ocorrência de mudanças na personalidade na meiaidade Não importa se olhamos para as pessoas de meiaidade de forma objetiva em termos de seus comportamentos externos ou de forma subjetiva em termos de como elas descrevem a si próprias é inevitável o surgimento de determinados problemas e temas Será que existe a chamada crise da meiaidade Como a identidade se desenvolve na meiaidade Homens e mulheres mudam da mesma maneira O que contribui para o bemestar psicológico Todas essas questões giram em torno do self EXISTE A CRISE DA MEIAIDADE Mudanças na personalidade e no estilo de vida que ocorrem dos 40 aos 45 anos são frequentemente atribuídas à crise da meiaidade um período supostamente estressante desencadeado pela revisão e reavaliação da própria vida A crise da meiaidade foi conceituada como uma crise de identidade também já foi chamada de segunda adolescência O que a traz disse Elliott Jaques 1967 o psica nalista que criou o termo é a consciência da mortalidade Muitas pessoas agora percebem que não poderão realizar seus sonhos de juventude ou que a realização deles não lhes trouxe a satisfação que esperavam Elas sabem que se desejam mudar de direção devem agir rapidamente Levinson 1978 1980 1986 1996 acreditava que o tumulto é inevitável quando a pessoa luta com a necessidade de reestruturar a sua vida Mantendo constantes os níveis de renda a pesquisa de laboratório da psicóloga de Harvard Ellen Langer sugere que pessoas que trabalham em um emprego onde é requerido o uso de uniforme têm morbidade geral mais baixa do que aqueles que podem usar roupas normais Hsu Chung e Langer 2010 verificador você é capaz de Resumir as mudanças im portantes que ocorrem na meiaidade de acordo com a teoria e a pesquisa do traço e do estágio normativo Dizer de que forma as mu danças históricas e culturais afetaram o relógio social para a meiaidade Quais são as questões relacionadas à identidade que afloram durante a vida adulta intermediária indicad r crise da meiaidade Em alguns modelos normativos de cri se período estressante da vida desen cadeado pela revisão e pela reavaliação do passado ocorrendo característica mente dos 40 aos 45 anos Papalia16indd 547 Papalia16indd 547 010213 0916 010213 0916 548 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Entretanto o termo crise da meiaidade é agora considerado uma represen tação imprecisa do que a maioria das pessoas vivencia na meiaidade De fato a sua ocorrência parece ser razoavelmente incomum Aldwin e Levenson 2001 He ckhausen 2001 Lachman 2004 Algumas pessoas de meiaidade podem vivenciar crises ou tumultos mas outras se sentem no auge de suas capacidades Outras ainda podem estar em uma posição intermediária nem no auge nem em crise ou podem vivenciar crise e competência em momentos diferentes ou em diferentes áreas da vida Lachman 2004 O início da meiaidade pode ser estressante embora não mais do que alguns eventos do período adulto jovem Chiriboga1997 Wethington et al 2004 De fato alguns pesquisadores propuseram a ocorrência de uma crise dos 25 quando os adultos jovens procuram trabalho e relacionamentos que os satisfaçam Lachman 2004 Robbins e Wilner 2001 Aparentemente a meiaidade é apenas um dos momentos decisivos da vida transições psicológicas que envolvem mudanças ou transformações significativas na percepção do significado propósito ou direção da própria vida Os momentos decisivos podem ser desencadeados pelos principais eventos da vida mudanças nor mativas ou por uma nova compreensão da experiência passada seja ela positiva ou negativa podendo ser estressante Entretanto no estudo MIDUS e em outro estudo complementar dos Momentos Psicológicos Decisivos MPD muitas respostas re latam crescimento positivo a partir de uma resolução bemsucedida das situações estressantes Wethington et al 2004 Figura 161 Os momentos decisivos frequentemente envolvem uma revisão e reavaliação introspectiva de valores e prioridades Helson 1997 Reid e Willis 1999 Robinson Rosenberg e Farrell 1999 Esta revisão da meiaidade pode ser um momento de balanço geral gerando novas descobertas sobre si mesmo e estimulando correções no projeto e na trajetória da própria vida Junto com o reconhecimento da finitude da vida a revisão da meiaidade pode trazer arrependimento por ter falhado em al cançar um sonho ou a consciência clara dos prazos evolutivos limites de tempo para digamos a capacidade de gerar um filho ou fazer as pazes com um amigo ou um membro da família distante Heckhausen 2001 Heckhausen Wrosch e Flee son 2001 Wrosch e Heckhausen 1999 Se um momento decisivo se tornará uma crise pode depender menos da idade do que das circunstâncias e recursos pessoais do indivíduo Pessoas com neuroticismo ele vado são mais propensas a vivenciar crises da meiaidade Lachman 2004 Pessoas com resiliência do ego a capacidade de adaptarse flexível e desembaraçadamente às possíveis fontes de estresse e que têm um senso de domínio e controle são mais pro pensas a atravessar a meiaidade com suces so Heckhausen 2001 Klohnen 1996 Lachman 2004 Lachman e Firth 2004 Para pessoas com personalidades resilientes mesmo eventos negativos tais como um divórcio não desejado podem se transformar em trampolins para um crescimento positivo Klohnen et al 1996 Moen e Wethington 1999 A Tabela 162 resume as qualidades consideradas mais e menos características de adultos com egos resilientes DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE Embora Erikson tenha definido a formação da identidade como a maior preocupação da adolescência ele notou que a identidade continua a se desenvolver De fato alguns cientistas do desenvolvimento veem o processo de formação da identidade como a principal preocupação adulta McAdams e de St Aubin 1992 Examinemos as teorias e pesquisas atuais sobre desenvolvimento da identidade particularmente na meiaidade momentos decisivos Transições psicológicas que envolvem mudanças ou transformações signifi cativas na percepção do significado propósito ou direção da própria vida revisão da meiaidade Exame introspectivo que frequentemen te ocorre na meiaidade levando à reava liação e à revisão de valores e prioridades resiliência do ego A capacidade de adaptarse flexível e desembaraçadamente a possíveis fon tes de estresse teoria do processo de identidade TPI Teoria do desenvolvimento da identida de de Whitbourne baseada em proces sos de assimilação e acomodação esquemas da identidade Percepções acumuladas do self mol dadas por informação proveniente de relacionamentos íntimos de situações relacionadas ao trabalho e da comuni dade e de outras experiências assimilação da identidade Termo de Whitbourne para o esforço de adaptar uma nova experiência a um autoconceito existente acomodação da identidade Termo de Whitbourne para o ajusta mento do autoconceito para adequar se a novas experiências Pelo que você sabe algum dos seus pais passou pelo que parecia ser uma crise da meiaidade Se você está na meiaidade ou é mais velho você passou por esta crise Nesse caso que problemas a tornaram uma crise Ela pareceu mais séria do que transições em outras épocas da vida Uma revisão da meiaidade poderia inspirar uma mulher que sente que seu relógio biológico está adiantado em re lação ao seu desejo de ter um filho Papalia16indd 548 Papalia16indd 548 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 549 Susan Krauss Whitbourne Os processos de identidade De acordo com a teo ria do processo de identidade TPI de Susan Krauss Whitbourne 1987 1996 Jones Whitbourne e Skultety 2006 Whitbourne e Connolly 1999 a identidade é constituída de percepções acumuladas do self A percepção de características físicas capacidades cognitivas e traços de personalidade eu sou sensível ou eu sou tei moso é incorporada a esquemas da identidade Essas percepções de si mesmo são continuamente confirmadas ou revisadas em resposta à entrada de informações que podem vir de relacionamentos íntimos de situações relacionadas ao trabalho de atividades comunitárias e de outras experiências As pessoas interpretam suas interações com o ambiente por meio de dois pro cessos semelhantes aos descritos por Piaget para o desenvolvimento cognitivo das crianças ver Capítulo 2 assimilação da identidade e acomodação da identidade A assimilação da identidade é uma tentativa de manter um sentido consistente de self em face de novas experiências que não se ajustam a um esquema existente a acomo dação da identidade é o ajuste do esquema para se adequar a novas experiências A assimilação da identidade tende a manter a continuidade do self a acomodação tende a causar a mudança necessária O uso excessivo da assimilação ou da acomodação não é saudável segundo Whitbourne e seus colegas As pessoas que assimilam constantemente são inflexíveis e não aprendem com a experiência As pessoas que se acomodam constantemente são fracas e altamente vulneráveis à crítica suas identidades são facilmente minadas O mais saudável é o equilíbrio da identidade que permite que uma pessoa mantenha um sentido de self estável enquanto se ajusta aos esquemas do self para incorporar novas informações tal como os efeitos do envelhecimento As pessoas lidam com mudanças físicas mentais e emocionais associadas ao iní cio do envelhecimento da mesma forma como lidam com outras experiências que desafiam o esquema de identidade Pessoas que fazem uso excessivo da assimilação podem buscar talvez de modo irrealístico manter uma autoimagem jovem e ignorar o que está acontecendo com seus corpos Este processo de negação pode tornar mais difícil para eles confrontarem a realidade do envelhecimento quando ela não puder mais ser ignorada Pessoas que equilíbrio da identidade Termo de Whitbourne para uma tendência a equilibrar assimilação e acomodação 60 50 40 30 20 10 0 Porcentagem relatada 42 36 35 43 Relacio nado ao trabalho Descobrir algo pertur bador sobre outra pessoa Descobrir algo bom sobre outra pessoa Descobrir algo pertur bador sobre si mesmo Descobrir algo bom sobre si mesmo Realizar um sonho especial 51 48 29 31 21 32 38 Homens Mulheres 47 FIGURA 161 Momentos decisivos ocorridos nos últimos cinco anos relatados por indivíduos de 25 a 74 anos Fonte Wethington E Kessler R C e Pixley J E 2004 Turnin points in adulthood Em O G Brim CD Ryff e R C Kessler Eds How Healthy Are We A National Study of WellBeing at Midlife Figura 3 p 600 2004 pela University of Chicago Reimpressa com permissão da University of Chicago Press TABELA 162 Características de adultos com egos resilientes Mais característico Mais atípico Entende seus próprios motivos e comportamentos Tem defesa do ego frágil má adaptação sob estresse Tem calor humano capacidade para relacionamentos íntimos É autodestrutivo Tem atitude e presença social Não se sente confortável com incertezas e complexidades É produtivo realiza seus planos Reage exageradamente às menores frustrações irritase com facilidade Tem maneiras calmas relaxadas Rejeita pensamentos e experiências negativas É habilidoso nas técnicas sociais de papel imaginário Não varia os papéis relacionase com todos da mesma forma Tem a percepção social de dicas interpessoais É basicamente ansioso Pode ver o âmago dos problemas Desiste e se afasta diante de frustração e adversidade É genuinamente confiável e responsável É emocionalmente afável Responde bem ao humor É vulnerável a ameaças reais ou falsas medroso Valoriza a própria independência e autonomia Tende a ruminar e a preocuparse Tende a despertar simpatia e aceitação Sentese lesado e vitimizado pela vida Conta piadas Sente uma falta de sentido pessoal na vida Nota Esses itens são usados como critérios para avaliar a resiliência do ego usando o teste California Adult QSet Fonte Adaptada de Block 1991 reimpressa em Klohnen 1996 Papalia16indd 549 Papalia16indd 549 010213 0916 010213 0916 550 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman são excessivamente acomodativas podem reagir de forma exage rada aos primeiros sinais de envelhecimento tal como o primei ro cabelo branco Elas podem ficar desesperadas e o pessimismo pode apressar seus declínios físico e cognitivo Pessoas que usam o equilíbrio da identidade podem reconhecer as mudanças que estão ocorrendo e responder com flexibilidade elas buscam controlar o que pode ser controlado e aceitar o que não pode Uma identidade mais forte e mais estável permite que elas resistam à autoestereo tipagem negativa busquem ajuda quando necessário e enfrentem o futuro sem pânico ou ansiedade desmedida Jones et al 2006 Generatividade e identidade Erikson considerava a genera tividade um aspecto da formação da identidade Pesquisas apoiam essa associação Dentre 40 mulheres de classe média funcionárias de um ban co na faixa dos 40 anos que eram mães de crianças em idade esco lar aquelas que haviam realizado a identidade eram as mais sau dáveis psicologicamente Elas também expressavam o grau mais alto de generatividade fortalecendo a visão de Erikson de que a realização bemsucedida da identidade abre caminho para outras tarefas DeHaan e MacDermid 1994 Em um estudo transversal com 333 mulheres a maioria branca e formada pela Universidade de Michigan na faixa dos 60 anos altos níveis de generativida de andavam de mãos dadas com uma maior segurança sobre suas identidades e com um senso de confiança em suas capacidades Zucker Ostrove e Stewart 2002 Na turma de 1984 de Radcliffe as mulheres que tinham alcançado a generatividade aos 43 anos como foi medido por um instrumento Qsort relataram maior investi mento 10 anos mais tarde em seus papéis intergeracionais como filhas e mães e se sentiam menos so brecarregadas pelo cuidado de pais idosos Peterson 2002 E uma vez estabelecida a generatividade parece abrir caminho para desfechos de vida positivos Por exemplo em um estudo de mulheres de meiaidade a generatividade previu sentimentos positivos em relação a casamento e a maternidade e estava relacionada a envelhecimento bemsucedido Peterson e Duncan 2007 Psicologia narrativa a identidade como uma história da vida O campo da psicologia nar rativa considera o desenvolvimento do self um processo contínuo de construção da própria histó ria uma narrativa dramática ou mito pessoal para ajudar a dar sentido à vida e ligar o passado e o presente com o futuro McAdams 2006 O desenvolvimento dessa história oferece à pessoa uma identidade narrativa Singer 2004 De fato alguns psicólogos narrativos consideram a pró pria identidade um roteiro ou história internalizada As pessoas seguem o roteiro que elas próprias criaram à medida que expressam suas identidades por meio de ações McAdams et al 1997 A meiaidade frequentemente é uma época para revisar a própria história de vida McAdams 1993 Rosenberg Rosenberg e Farrell 1999 Os estudos na psicologia narrativa são baseados em uma entrevista de história de vida padroni zada de 2 horas de duração O participante é instruído a pensar em sua vida como um livro dividir o livro em capítulos e recordar oito cenas fundamentais cada uma delas incluindo um momento decisi vo As pesquisas utilizando essa técnica constataram que os roteiros das pessoas tendem a refletir suas personalidades McAdams 2006 Adultos altamente generativos tendem a construir roteiros de generatividade Esses roteiros fre quentemente exibem um tema de redenção ou libertação do sofrimento e estão associados com bemestar psicológico Em uma dessas histórias uma enfermeira dedicase a cuidar de uma boa amiga durante uma doença fatal Embora devastada pela morte da amiga ela sai da experiência com um sentido renovado de confiança e determinação de ajudar os outros McAdams 2006 Frequentemente as personagens principais nessas histórias redentoras tiveram infâncias favore cidas um talento especial ou um ambiente doméstico privilegiado mas eram profundamente per turbadas pelo sofrimento dos outros Este contraste moral as inspirou a querer retribuir à sociedade Quando crianças e adolescentes elas internalizaram um sentido estável de valores morais Quando verificador você é capaz de Comparar os conceitos da crise da meiaidade e dos momentos decisivos e discutir sua prevalência relativa Especificar as preocupações características da transição da meiaidade e os fatores que afetam a forma como as pessoas passam por ela Resumir a teoria do processo identitário de Whitbourne e explicar de que forma a assimilação da identidade a acomodação da identidade e o equilíbrio da identidade diferem especialmente em resposta aos sinais de enve lhecimento A popularidade das injeções regulares de Botox toxina botulínica para suavizar temporariamente as linhas de expressão e as rugas pode expres sar o que Whitbourne chama de um estilo de identidade assimilativa Papalia16indd 550 Papalia16indd 550 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 551 adultas elas dedicam suas vidas à melhoria social e não se desviam daquela missão a despeito de obstáculos frustrantes que eventualmente têm resoluções positivas Elas aguardam o futuro com oti mismo McAdams 2006 Identidade de gênero e papéis de gênero Como Erikson observou a identidade está intima mente ligada aos papéis e compromissos sociais sou pai sou professor sou um cidadão A mu dança de papéis e relacionamentos na meiaidade pode afetar a identidade de gênero Josselson 2003 Em muitos estudos realizados durante as décadas de 1960 1970 e 1980 os homens de meia idade eram mais abertos em relação aos sentimentos mais interessados em manter relacionamen tos íntimos e mais generosos características tradicionalmente rotuladas como femininas do que quando mais jovens enquanto as mulheres de meiaidade tornavamse mais assertivas autoconfian tes e orientadas à realização características tradicionalmente rotuladas como masculinas Cooper e Gutmann 1987 Cytrynbaum et al 1980 Helson e Moane 1987 Huyck 1990 1999 Neugarten 1968 Jung considerava essas mudanças parte do processo de individuação ou equilíbrio da persona lidade O psicólogo David Gutmann 1975 1977 1985 1987 oferece uma explicação que vai mais longe do que a de Jung Os papéis de gênero tradicionais de acordo com Gutmann evoluíram para assegurar o bemestar dos filhos durante seu desenvolvimento a mãe deve ser a cuidadora o pai o provedor Quando a parentalidade ativa termina não há apenas um equilíbrio mas uma inversão de papéis uma troca de gêneros Os homens agora livres para explorar o seu lado feminino anteriormente reprimido tornamse mais passivos as mulheres livres para explorar seu lado masculino tornamse mais domi nantes e independentes Essas mudanças podem ter sido normativas nas sociedades agrícolas préletradas que Gutmann estudou que tinham papéis de gênero distintos mas elas não são necessariamente universais Franz 1997 Na sociedade atual os papéis dos homens e das mulheres tornaramse menos distintos Em uma época na qual a maioria das mulheres jovens combina trabalho com parentalidade quando mui tos homens assumem uma paternidade ativa e quando a concepção de filhos pode iniciarse bem mais tarde a troca dos gêneros na meiaidade parece menos provável Antonucci e Akiyama 1997 Barnett 1997 James e Lewkowicz 1997 De fato uma análise de estudos longitudinais de mudança de personalidade de homens e mulheres no decorrer da vida encontrou pouco apoio para a hipótese da troca de gêneros ou mesmo para a ideia de que homens e mulheres mudam de formas diferentes ou de formas relacionadas a seus papéis de gênero variáveis Roberts et al 2006a 2006b BEMESTAR PSICOLÓGICO E SAÚDE MENTAL POSITIVA Saúde mental não é apenas a ausência de doença mental Saúde mental positiva envolve um sentido de bemestar psicológico que anda de mãos dadas com uma percepção saudável de si mesmo Keyes e Shapiro 2004 Ryff e Singer 1998 Esse sentido subjetivo de bemestar ou de felicidade é a avaliação de uma pessoa de sua própria vida Diener 2000 Como os cientistas do desenvolvimento medem o bemestar e quais fatores o afetam na meiaidade Emotividade personalidade e idade Muitos estudos incluindo o MIDUS encontraram um de clínio médio gradual nas emoções negativas durante a meiaidade e depois dela embora as mulheres no estudo MIDUS relatassem emotividade ligeiramente mais negativa tal como raiva medo ansieda de do que os homens em todas as idades Mroczek 2004 De acordo com os achados do MIDUS a emotividade positiva tal como a alegria aumenta em média entre os homens mas cai entre as mulheres na meiaidade e então aumenta acentuadamente para ambos os sexos mas especialmente nos homens na vida adulta tardia As tendências gerais na emotividade positiva e negativa parecem sugerir que à medida que as pessoas envelhecem elas tendem a ter aprendido a aceitar o que lhes ocorre Carstensen et al 2000 e a regular suas emoções efetivamente Lachman 2004 Adultos de meiaidade e mais jovens no estudo MIDUS apresentaram maior variação individual na emotividade do que os adultos mais velhos entretanto os fatores que afetavam a emotividade eram diferentes Apenas a saúde física teve um impacto consistente na emotividade nos adultos de todas as idades mas dois outros fatores estado civil e educação tiveram impactos significativos na meiaidade As pessoas casadas nesta fase da vida tendiam a relatar emoções mais positivas e menos emoções negativas do que as não casadas Pessoas com educação superior também relataram mais Pelo que você tem observado os homens parecem tornarse menos masculinos e as mulheres menos femininas na meiaidade troca de gêneros Termo de Gutmann para a inversão dos papéis de gênero após o término da parentalidade ativa verificador você é capaz de Explicar a ligação entre ge neratividade e identidade e discutir a pesquisa sobre generatividade e idade Explicar o conceito de iden tidade como história de vida e como ele se relaciona com generatividade Comparar os conceitos de Jung e de Gutmann de mu danças na identidade de gê nero na meiaidade e avaliar as pesquisas que o apoiam Ficamos mais nostálgicos à medida que envelhecemos Uma das consequências disso é que nos tornamos mais suscetíveis a propagandas que apelam para a nostalgia e que nos fazem mais propensos a comprar um produto Kusumi Matsuda e Sugimori 2010 Papalia16indd 551 Papalia16indd 551 010213 0916 010213 0916 552 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman emoções positivas e menos emoções negativas mas apenas quando o estresse foi controlado Mroczek 2004 Sabese também que o bemestar subjetivo o quanto uma pes soa se sente feliz está relacionado a dimensões da personalidade identificadas pelo modelo dos cinco fatores Em particular pessoas que são emocionalmente estáveis com baixo neuroticismo física e socialmente ativas com alta extroversão e altamente consciencio sas tendem a ser mais felizes Weiss Bates e Luciano 2008 Satisfação com a vida e idade Em inúmeros levantamentos rea lizados no mundo inteiro usando várias técnicas para avaliar o bem estar subjetivo a maioria dos adultos de todas as idades de ambos os sexos e de todas as raças relatam estar satisfeitos com suas vidas Myers 2000 Myers e Diener 1995 1996 Walker Skowronski e Thompson 2003 Uma razão para esse achado geral de satisfação com a vida é que as emoções positivas associadas com memórias agradáveis tendem a persistir enquanto os sentimentos negativos associados com memórias desagradáveis tendem a desaparecer A maioria das pessoas apresenta boas habilidades de enfrentamento Walker et al 2003 Após eventos especialmente felizes ou estressantes como casamento ou divór cio elas geralmente se adaptam e o bemestar subjetivo retorna praticamente ao seu nível anterior Lucas et al 2003 Diener 2000 O apoio social amigos e cônjuges e a religiosidade são contribuintes importantes para a satis fação com a vida Csikszentmihalyi 1999 Diener 2000 Myers 2000 Igualmente importantes são determinadas dimensões da personalidade extroversão e conscienciosidade Mroczek e Spiro 2005 Siegler Brummett 2000 e a qualidade do trabalho e do lazer Csikszentmihalyi 1999 Diener 2000 Myers 2000 A satisfação com a vida se altera com a idade Embora uma maioria de adultos mais velhos relate níveis crescentes de satisfação com a vida à medida que envelhecem este certamente não é o caso para todos os adultos Adultos que relatam relacionamentos sociais insatisfatórios e a falta de um senti do de controle tendem a relatar declínios na satisfação com a vida Rocke e Lachman 2008 Também há mudanças do desenvolvimento que podem ser melhor descritas como descrevendo uma curva em forma de U Por exemplo em um estudo longitudinal de 22 anos com 1927 homens a satisfação com a vida aumentou gradualmente atingiu seu pico aos 65 anos e então declinou lentamente Mroczek e Spiro 2005 Em outro estudo feito com alunas do Mills College a satisfação de vida tendia a atingir um pico na última parte da meiaidade A maioria das alunas da Mills considerou o início dos 40 anos uma época de tumulto mas no início dos 50 elas avaliaram sua qualidade de vida como alta Helson e Wink 1992 Entre uma subamostra de entrevistados do MIDUS de meiaidade a satisfação com a vida foi fortemente afetada pela saúde física pela capacidade de aproveitar a vida e por sentimentos positivos sobre si mesmo Markus et al 2004 É provável que a maneira como a pessoa se sente em relação a si mesma afete o quanto ela está satisfeita com sua vida Em um estudo longitudinal de 16 anos com mais de 3500 adultos a autoestima mostrou uma trajetória semelhante à da satisfação com a vida sugerin do uma ligação entre as duas A autoestima parece aumentar até a vida adulta intermediária atingir um pico aos 60 anos e então declinar Embora não houvesse diferenças de coorte os afroamericanos apresentaram os maiores declínios na velhice Orth Trzesniewski e Robins 2010 Um aumento na satisfação com a vida pode ser o desfecho de uma revisão da meiaidade uma busca de equilíbrio por meio da realização de desejos e aspirações anteriormente submersos Jossel son 2003 No estudo de Radcliffe mencionado anteriormente cerca de dois terços das mulheres fizeram mudanças de vida importantes entre as idades de 37 e 43 anos Mulheres que tinham arrepen dimentos da meiaidade muitos relativos a opções de educação ou trabalho que elas tinham deixado de lado para assumir papéis familiares tradicionais e que consequentemente mudaram suas vidas tinham maior bemestar e melhor ajustamento psicológico no final dos 40 anos do que aquelas que tinham arrependimentos mas não fizeram as mudanças desejadas Stewart e Ostrove 1998 Stewart e Vendewater 1999 A Red Hat Society Sociedade do Chapéu Vermelho cujos membros vão ao chá com chapéus vermelhos e vestidos ro xos começou com a decisão de algumas amigas de saudar a meiaidade com en tusiasmo bom humor e dignidade Papalia16indd 552 Papalia16indd 552 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 553 Carol Ryff As múltiplas dimensões do bemestar Carol Ryff e colegas Keyes e Ryff 1999 Ryff 1995 Ryff e Singer 1998 desenvolveram um modelo que incluiu seis dimensões de bemestar e uma escala de autoavaliação para medilo o Inventário do BemEstar de Ryff Ryff e Keyes 1995 As seis dimensões são autoaceitação relações positivas com os outros autonomia domínio sobre TABELA 163 Dimensões de bemestar usadas na escala de Ryff AUTOACEITAÇÃO Pontuações mais altas possui uma atitude positiva em relação a si mesmo reconhece e aceita aspectos múltiplos de si mesmo incluindo qualidades e defeitos tem sentimentos positivos em relação ao seu passado Pontuações mais baixas sentese insatisfeito consigo mesmo desapontado com acontecimentos do passado atormentase com certas qualidades pessoais deseja ser diferente do que é RELAÇÕES POSITIVAS COM OS OUTROS Pontuações mais altas tem relacionamentos afetuosos satisfatórios e de confiança com os outros preocupase com o bemestar dos outros é capaz de forte empatia afeição e intimidade en tende as trocas das relações humanas Pontuações mais baixas tem poucos relacionamentos próximos e de confiança com outros acha difícil ser afetuoso aberto e preocupado com os outros é isolado e frustrado nos relaciona mentos interpessoais não está disposto a criar compromissos para manter ligações importan tes com os outros AUTONOMIA Pontuações mais altas é determinado e independente é capaz de resistir a pressões sociais para pensar e agir de determinadas formas regula o comportamento internamente avalia a si mes mo por padrões pessoais Pontuações mais baixas preocupase com as expectativas e avaliações dos outros apoiase nos julgamentos dos outros para tomar decisões importantes conformase com pressões sociais para pensar e agir de determinadas formas DOMÍNIO SOBRE O AMBIENTE Pontuações mais altas tem um sentido de domínio e competência para lidar com o ambiente controla o conjunto complexo de atividades externas utiliza efetivamente as oportunida des em torno é capaz de escolher ou criar contextos adequados a necessidades e valores pessoais Pontuações mais baixas tem dificuldade em lidar com questões do dia a dia sentese incapaz de mudar ou melhorar o contexto em torno não tem consciência de oportunidades em torno não tem um senso de controle sobre o mundo externo OBJETIVO DE VIDA Pontuações mais altas tem objetivos na vida e um sentido de direção sente que há sentido na vida presente e passada acredita que a vida tem um propósito tem metas e objetivos de vida Pontuações mais baixas faltalhe um sentido na vida tem poucos objetivos ou metas não tem sentido de direção não vê propósito na vida passada não tem perspectivas ou crenças que deem significado à vida CRESCIMENTO PESSOAL Pontuações mais altas tem um senso de desenvolvimento contínuo vêse crescendo e expandin do é aberto a novas experiências tem um sentido de realização de seu potencial vê melhora em si mesmo e em seu comportamento com o passar do tempo está mudando de uma forma que reflete mais autoconhecimento e efetividade Pontuações mais baixas sentese pessoalmente estagnado não tem sentimento de melhora ou expansão ao longo do tempo sentese entediado e desinteressado pela vida sentese incapaz de desenvolver novas atitudes ou comportamentos Fonte Adaptada de Keyes e Ryff 1999 p 163 Tabela 1 Papalia16indd 553 Papalia16indd 553 010213 0916 010213 0916 554 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman o ambiente propósito na vida e crescimento pessoal Tabela 163 De acordo com Ryff pessoas psicologicamente saudáveis têm atitudes positivas em relação a si mesmas e aos outros Elas tomam suas próprias decisões e regulam seu comportamento e escolhem ou moldam ambientes compatíveis com suas necessidades Elas têm objetivos que tornam suas vidas significativas e lutam para explorar e desenvolver a si próprias o máximo possível Uma série de estudos transversais usando a escala de Ryff mostrou que a meiaidade é um pe ríodo de saúde mental geralmente positiva Ryff e Singer 1998 Pessoas de meiaidade expressaram maior bemestar do que adultos mais velhos e mais jovens em algumas áreas embora não em outras Elas eram mais autônomas do que os adultos jovens mas um pouco menos objetivas e menos focadas no crescimento pessoal dimensões de orientação ao futuro que declinaram até mais acentuada mente na idade adulta tardia O domínio sobre o ambiente por outro lado aumentou entre a meia idade e a idade adulta tardia A autoaceitação era relativamente estável em todas as faixas etárias Naturalmente uma vez que essa pesquisa foi transversal não sabemos se as diferenças se devem a fatores de amadurecimento de envelhecimento ou de coorte De modo geral o bemestar de homens e mulheres foi bastante semelhante mas as mulheres tinham relacionamentos sociais mais positivos Ryff e Singer 1998 Quando a escala de Ryff foi usada para medir o bemestar psicológico de membros de grupos minoritários o retrato coletivo reproduziu esses padrões Contudo mulheres negras e hispânicas tive ram pontuações mais baixas do que homens negros e hispânicos em diversas áreas revelando uma maior extensão de comprometimento do bemestar entre mulheres de minoria étnica de diferentes idades Ryff Keyes e Hughes 2004 p 417 Entretanto quando a situação de trabalho e o estado civil foram controlados uma condição de minoria previu bemestar positivo em diversas áreas mesmo quando a educação e a percepção de discriminação foram consideradas Pode ser que fatores como amorpróprio domínio e crescimento pessoal sejam fortalecidos quando os desafios da vida dos grupos minoritários são enfrentados Ryff et al 2004 Pesquisas sugerem que os imigrantes podem ser física e mentalmente mais saudáveis do que aqueles que já se encontravam no país há duas ou mais gerações Um estudo que avaliou 312 imigran tes portoriquenhos e mexicanos de primeira geração e 242 imigrantes portoriquenhos da segunda geração revelou que a resistência à assimilação promove o bemestar na geração de imigrantes es pecialmente no que se refere à autonomia qualidade dos relacionamentos e propósito na vida Os pesquisadores propõem o termo conservadorismo étnico para essa tendência a resistir à assimilação e a apegarse a valores e práticas familiares que dão sentido à vida O conservadorismo étnico foi menos efetivo em promover o bemestar entre os imigrantes da segunda geração que podem achar mais difí cil ou mais conflitante psicologicamente resistir à atração da assimilação Horton e Schweder 2004 Relacionamentos na meiaidade É difícil generalizar o significado dos relacionamentos na meiaidade hoje Esse período não apenas cobre um quarto de século de desenvolvimento como também abrange uma multiplicidade maior de trajetórias de vida jamais vista S L Brown Bulanda e Lee 2005 Para a maioria das pessoas na meiaidade entretanto os relacionamentos com os outros são muito importantes talvez de maneira diferente do que quando eram jovens TEORIAS DO CONTATO SOCIAL De acordo com a teoria do comboio social as pessoas se movimentam pela vida cercadas por com boios sociais círculos de amigos e de membros da família de graus variados de intimidade com quem elas podem contar para assistência bemestar e apoio social e para quem elas se voltam também para oferecer cuidado preocupação e apoio Antonucci e Akiyama 1997 Kahn e Antonucci 1980 Características da pessoa sexo raça religião idade educação e estado civil juntamente com carac terísticas da situação daquela pessoa expectativas de papéis eventos de vida estresse financeiro lutas diárias demandas e recursos influenciam o tamanho e a composição do comboio ou rede de apoio a quantidade e os tipos de apoio social que uma pessoa recebe e a satisfação derivada deste apoio Todos estes fatores contribuem para a saúde e o bemestar Antonucci Akiyama e Merline 2001 verificador você é capaz de Explicar o conceito de saúde mental positiva Discutir as tendências de idade na emotividade na personalidade na satisfação com a vida e no bemestar psicológico Explicar a importância de uma medida de bemestar multifacetada e nomear e descrever as seis dimensões do modelo de Ryff indicad r Qual é o papel dos relacionamentos sociais nas vidas das pessoas de meiaidade teoria do comboio social Teoria proposta por Kahn e Antonucci de que as pessoas passam pela vida cercadas por círculos concêntricos de relacionamentos íntimos dos quais elas se valem em busca de assistência bem estar e apoio social Papalia16indd 554 Papalia16indd 554 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 555 Embora os comboios geralmente mostrem uma estabilidade de longo prazo a sua composição pode se alterar Em um momento as ligações com os irmãos podem ser mais significativas em outro as relações com os amigos Paul 1997 As pessoas de meiaidade em países industrializados tendem a ter os comboios maiores provavelmente por serem casadas terem filhos e pais vivos e por integrarem a força de trabalho a menos que elas tenham se aposentado cedo Antonucci et al 2001 Os comboios das mulheres particularmente o círculo menor tendem a ser maiores do que o dos homens Antonucci e Akiyama 1997 A teoria da seletividade socioemocional de Laura Carstensen 1991 1995 1996 Carstensen Isaacowitz e Charles 1999 oferece uma perspectiva para a vida toda de como as pessoas escolhem com quem passarão o seu tempo Segundo Carstensen a interação social tem três objetivos principais 1 é uma fonte de infor mação 2 ajuda pessoas a desenvolverem e manterem uma noção de si próprias 3 é uma fonte de prazer e conforto ou bemestar emocional Na primeira infância o terceiro objetivo a necessidade de apoio emocional é de importância suprema Da infância ao período adulto jovem a busca por informação vem na frente Como os jovens batalham para aprender sobre a sua sociedade e seu lugar nela estranhos podem muito bem ser as melhores fontes de conhecimento Na meiaidade embo ra a busca pela informação continue sendo importante Fung Carstensen e Lang 2001 a função original reguladora da emoção e dos contatos sociais começa a se reafirmar Em outras palavras as pessoas de meiaidade buscam cada vez mais outras pessoas que as façam sentirse bem Figura 162 RELACIONAMENTOS GÊNERO E QUALIDADE DE VIDA Para a maioria dos adultos na meiaidade os relacionamentos são a chave mais importante para o bem estar Markus et al 2004 Eles podem ser a fonte principal de saúde e satisfação Lachman 2004 De fato ter uma companheiroa e estar com boa saúde são os maiores fatores no bemestar para as mulheres na faixa dos cinquenta anos de acordo com dois levantamentos nacionais Ter ou não ter fi lhos fazia pouca diferença As menos felizes mais solitárias e mais deprimidas eram as mães solteiras divorciadas ou viúvas KoropeckyjCox Pienta e Brown 2007 Entretanto os relacionamentos também podem apresentar demandas estressantes Lachman 2004 que tendem a pesar mais sobre as mulheres Um sentido de responsabilidade e preocupação pelos outros pode prejudicar o bemestar de uma mulher quando problemas ou infortúnios afligem seu companheiro filhos pais amigos ou colegas de trabalho Esse estresse indireto pode ajudar a explicar por que mulheres de meiaidade são especialmente suscetíveis a depressão e a outros problemas de saúde mental e por que como veremos elas tendem a ser mais infelizes em seus casamentos do que os homens Antonucci e Akiyama 1997 S P Thomas 1997 Ao estudarmos os relacionamentos sociais da meiaidade então precisamos ter em mente que seus efeitos podem ser tanto positivos quanto negativos Nas seções remanescentes desse capítulo examinaremos como os relacionamentos íntimos se desenvolvem durante os anos da meiaidade Va mos examinar primeiro os relacionamentos com cônjuges parceiros de coabitação parceiros homos sexuais e amigos em seguida as ligações com os filhos maduros e então os laços com pais idosos irmãos e netos Relacionamentos consensuais Casamentos concubinatos uniões homossexuais e amizades normalmente envolvem duas pessoas da mesma geração que escolhem uma à outra Como são esses relacionamentos na meiaidade CASAMENTO O casamento na meiaidade é muito diferente do que costumava ser Quando as expectativas de vida eram mais curtas os casais que permaneciam juntos por 25 30 ou 40 anos eram raros O padrão mais teoria da seletividade socioemo cional Teoria proposta por Carstensen de que as pessoas selecionam contatos sociais com base na evolução da im portância relativa das interações sociais como fonte de informação auxílio no desenvolvimento e manutenção de um autoconceito e como uma fonte de bemestar emocional verificador você é capaz de Resumir dois modelos teóricos da seleção de conta tos sociais Discutir como os relaciona mentos podem afetar a qua lidade de vida na vida adulta intermediária indicad r Como os casamentos os concubinatos os relacionamentos homossexuais e as amizades acontecem durante os anos da vida adulta intermediária e o quanto o divórcio é comum nesta fase da vida Primeira infância Alta Baixa Velhice Adolescência Meiaidade Busca de conhecimento Busca de emoção Importância dos motivos para contato social FIGURA 162 De que forma os motivos para contatos sociais mudam ao longo da vida De acordo com a teoria da seletividade socioemocional as crianças buscam contato social principalmente para o conforto emocional Na adolescência e no período adul to jovem as pessoas tendem a estar mais interessadas em buscar informações dos outros Da meiaidade em diante as necessidades emocionais predominam cada vez mais Fonte Adaptada de Carstensen Gross e Fung 1997 Papalia16indd 555 Papalia16indd 555 010213 0916 010213 0916 556 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman comum era os casamentos serem interrompidos por morte e os sobreviventes casaremse novamente As pessoas tinham muitos filhos e esperavase que eles vivessem com os pais até se casarem Não era comum o marido e a esposa na meiaidade ficarem juntos e sozinhos Atualmente mais casamentos terminam em divórcio mas os casais que permanecem juntos podem frequentemente esperar por 20 anos ou mais de vida em comum após o último filho sair de casa O que acontece com a qualidade de um casamento de longa duração Uma análise de dois le vantamentos com 8929 homens e mulheres em seus primeiros casamentos encontrou uma curva em forma de U Durante os primeiros 20 a 24 anos de casamento quanto mais tempo um casal estivesse casado menos satisfeitos eles tendiam a ser Então a associação entre satisfação conjugal e duração do casamento começa a se tornar positiva Dos 35 aos 44 anos de casamento um casal tende a estar até mais satisfeito do que durante os primeiros quatro anos Orbuch et al 1996 A satisfação conjugal geralmente alcança o ponto mais baixo nos anos iniciais da meiaidade quando muitos casais têm filhos adolescentes e estão fortemente envolvidos com as carreiras A satis fação geralmente alcança um ponto alto quando os filhos estão crescidos muitas pessoas estão apo sentadas ou se preparando para a aposentadoria e um acúmulo de recursos de toda uma vida ajuda a diminuir as preocupações financeiras Orbuch et al 1996 Não obstante essas mudanças podem produzir novas pressões e desafios Antonucci et al 2001 A satisfação sexual afeta a satisfação e a estabilidade conjugal de acordo com um estudo longitu dinal com 283 casais casados Aqueles que estavam satisfeitos com suas vidas sexuais tendiam a estar satisfeitos com seus casamentos e a melhor qualidade conjugal levava a casamentos mais longos tanto para os homens como para as mulheres Yeh et al 2006 COABITAÇÃO Embora a coabitação ou concubinato tenha aumentado muito nos Estados Unidos ela é quase tão co mum na meiaidade quanto no período adulto jovem Blieszner e Roberto 2006 Com o envelhecimen to da geração do baby boom entretanto ela está se tornando mais comum S L Brown et al 2005 Os coabitantes colhem as mesmas recompensas que as pessoas casadas Embora haja pouca pesquisa sobre a coabitação entre pessoas na meiaidade e mais velhas um estudo sugere que a resposta pelo menos para os homens é não Entre 18598 norteamericanos com mais de 50 anos os homens que coabitam mas não as mulheres eram mais propensos a ser depressivos do que suas contrapartes casadas mesmo quando variáveis como saúde física apoio social e recursos econômicos foram controladas De fato os homens que coabitam eram tão propensos a ser depressivos quanto os homens sem uma companheira Pode ser que homens e mulheres vejam seus relacionamentos de for ma diferente Mulheres como os homens podem querer uma companhia íntima embora possam ser capazes de ter prazer com a companhia sem o compromisso do casamento formal um compromisso que na meiaidade pode vir a significar a possibilidade de ter que cuidar de um marido enfermo Homens idosos justamente por isso talvez precisem ou antecipem a necessidade do tipo de cuidado que as esposas tradicionalmente fornecem e podem preocuparse com a possibilidade de não obtêlo S L Brown et al 2005 DIVÓRCIO Embora o divórcio na meiaidade seja mais comum do que no passado Aldwin e Levenson 2001 Blieszner e Roberto 2006 a ruptura pode contudo ser traumática Em um levantamento da American Association of Retired Persons AARP Associação NorteAmericana de Aposentados com homens e mulheres que tinham se divorciado pelo menos uma vez na faixa dos 40 50 ou 60 anos a maioria dos entrevistados descreveu a experiên cia como tão emocionalmente devastado ra quanto perder um emprego ou ter uma doença grave embora menos devastadora do que a morte de um cônjuge O divórcio na Alguns pesquisadores sugerem que as pessoas casadas há 25 anos ou mais começam a ficar parecidas Certamente a dieta e o estilo de vida podem desempenhar um papel mas os pesquisadores acreditam que tem mais a ver com empatia Os casais de longo prazo espelham as expressões faciais um do outro e com o passar do tempo suas rugas se definem em sulcos semelhantes Zajonc et al 1987 Quantos casamentos felizes de longa duração você conhece Você é capaz de dizer se os casamentos deles seguiram padrões semelhantes àqueles mencionados no texto O exvicepresidente Al Gore e sua esposa Tipper se divorciaram em 2010 após 40 anos de casamento Embora muitas pessoas tenham ficado chocadas com isso o fato não é tão incomum O risco durante a vida para casais na faixa etária deles é de pouco menos de 50 Papalia16indd 556 Papalia16indd 556 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 557 meiaidade parece ser especialmente difícil para as mulheres que são mais negativamente afetadas em qualquer idade do que os homens Marks e Lambert 1998 Montenegro 2004 A perda do casamen to está associada com uma chance elevada de condições de saúde crônicas em ambos os sexos talvez causada pela ruptura e pelo estresse que uma perda acarreta Hughes e Waite 2009 Felizmente a maioria das pessoas divorciadas de meiaidade eventualmente se recupera Em média os entrevistados da AARP tiveram resultados tão elevados quanto a população em geral com mais de 45 anos e como mais alta do que a das pessoas solteiras em sua faixa etária Três em cada quatro pessoas disseram que terminar seu casamento foi a decisão acertada Aproximadamente um em cada três 32 tinha se casado novamente 6 com seus excônjuges e suas perspectivas eram melhores do que a das pessoas que não tinham se casado novamente Montenegro 2004 Casamentos de longa duração têm menor probabilidade de serem rompidos do que os mais re centes porque à medida que os casais permanecem juntos eles constroem o capital conjugal benefícios emocionais e financeiros do casamento que ficam difíceis de romper Becker 1991 Jones Tepperman e Wilson 1995 Escolaridade superior diminui o risco de separação ou divórcio após a primeira década de casamento talvez porque casais com uma escolarização razoável tendem a acu mular ativos conjugais e podem ter muito a perder financeiramente com o divórcio Hiedemann et al 1998 Os divorciados de meiaidade especialmente as mulheres que não se casam novamente tendem a ter menos segurança financeira do que as que permanecem casadas De acordo com o es tudo da AARP a perda de segurança financeira é a maior preocupação das pessoas aos 40 anos que se divorciam e que precisam mostrar que podem dar continuidade às suas vidas Entretanto as pessoas aos 50 anos têm mais dificuldades com o divórcio na meiaidade talvez porque elas se preocupam mais com suas chances de um novo casamento e ao contrário dos divorciados mais velhos estão mais preocupadas com seu futuro Montenegro 2004 Por que as pessoas se divorciam na meiaidade A principal razão dada pelos entrevistados da AARP foi o abuso peloa parceiroa verbal físico ou emocional Outras razões frequentes foram diferenças de valores ou de estilos de vida infidelidade abuso de álcool ou drogas ou simplesmente porque deixaram de amar Contudo o estresse frequentemente permanece O divórcio não elimina o estresse embora possa mudar sua fonte Quase metade 49 dos entrevistados pela AARP especialmente as mulheres disse ram ter sofrido muito de estresse e 28 de depressão Essas proporções são semelhantes às das taxas entre os solteiros da mesma idade Montenegro 2004 Do lado positivo o estresse do divórcio pode levar a crescimento pessoal Aldwin e Levenson 2001 Helson e Roberts 1994 O sentimento de expectativas frustradas pode estar diminuindo à medida que o divórcio na meiaidade se torna mais comum Marks e Lambert 1998 Norton e Moorman 1987 Esta mu dança parece deverse largamente à crescente independência financeira das mulheres Hiedemann et al 1998 Mesmo nos casamentos longos o número de anos que as pessoas podem esperar viver com boa saúde terminada a fase de criação dos filhos pode tornar a dissolução de um casa mento marginal e a perspectiva de um possível novo casamento uma opção mais prática e atraente Hiedemann et al 1998 De fato o divórcio hoje em dia pode ser menos uma ameaça ao bemestar na meiaidade do que no período adulto jovem Essa conclusão vem de um estudo longitudinal de cinco anos que com parou as reações de 6948 adultos jovens e de meiaidade tomados de uma amostra nacionalmente representativa Os pesquisadores usaram a medida de seis dimensões do bemestar psicológico de Ryff bem como outros critérios Em quase todos os aspectos as pessoas de meiaidade mostraram mais adaptabilidade do que as pessoas mais jovens em face de uma separação ou divórcio Marks e Lambert 1998 ESTADO CIVIL BEMESTAR E SAÚDE Como no período adulto jovem o casamento oferece benefícios importantes apoio social encoraja mento de comportamentos saudáveis e recursos socioeconômicos Gallo et al 2003 Na amostra do MIDUS o bemestar dos homens e das mulheres foi igualmente beneficiado pelo casamento mas a condição de solteiro pareceu emocionalmente mais difícil para os homens de meiaidade que tendiam a ser mais ansiosos tristes ou inquietos e menos generativos do que suas contrapartes mais jovens Mulheres e homens casados anteriormente não coabitantes relataram mais emotividade negativa do capital conjugal Benefícios emocionais e financeiros construídos ao longo de um casamento que tendem a manter os casais juntos Tudo o mais sendo igual casais com filhas são mais propensos a se divorciar do que casais com filhos Dahl e Moretti 2004 Papalia16indd 557 Papalia16indd 557 010213 0916 010213 0916 558 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman que aqueles que ainda estavam no primeiro casamento Contudo mulheres de meiaidade que eram divorciadas casadas novamente ou coabitantes experimentavam mais bemestar do que suas contra partes mais jovens sugerindo que a experiência de vida é um bem para mulheres nessas situações Marks Bumpass e Jun 2004 Em estudos transversais as pessoas casadas parecem ser mais saudáveis tanto física como men talmente na meiaidade e tendem a viver mais do que pessoas solteiras separadas ou divorciadas S L Brown et al 2005 Kaplan e Kronick 2006 Zhang 2006 Aquelas que nunca casaram podem ter o risco mais alto principalmente de doenças cardiovasculares e de outras doenças crônicas Kaplan e Kronick 2006 Entretanto o quadro pode ser um pouco mais complexo do que parece à primeira vista Quando recursos pessoais como domínio atividade e autossuficiência foram incluídos aqueles adultos com pontuações baixas nessas medidas mostraram efeitos desfavoráveis em relação a suas contrapartes casadas enquanto aqueles adultos com pontuações altas mostraram maior bemestar emocional do que os casais casados Bookwala e Fekete 2009 A qualidade da vida conjugal parece ser um fator chave no bemestar Dentre 494 mulheres de 42 a 50 anos brancas em sua maioria acompanhadas por 13 anos aquelas com relacionamen tos conjugais ou de coabitação altamente satisfatórios tinham fatores de risco mais baixos para doenças cardiovasculares do que mulheres que não estavam atualmente nesses tipos de relacio namento Isso não foi verdadeiro para mulheres que estavam menos satisfeitas com seus relacio namentos Portanto o estresse de um mau relacionamento pode anular os possíveis benefícios Gallo et al 2003 Outros estudos também apontam a importância da qualidade conjugal Em um levantamento longitudinal nacional as tensões conjugais aumentavam os declínios na saúde relacionados ao en velhecimento de homens e mulheres e este efeito era mais forte à medida que o casal envelhecia Umberson et al 2006 Uma revisão de vários estudos sugere que o conflito conjugal pode contribuir para problemas de saúde graves especialmente em mulheres que tendem a ser mais afetadas pela qualidade emocional de seus casamentos KiecoltGlaser e Newton 2001 O relacionamento entre saúde e casamento pode ser mediado pela função imunológica Estar em um bom casamento pode proporcionar a uma pessoa um amortecedor contra estressores de vida na forma de um amigo e confidente Isso parece reforçar o sistema imunológico e o casamento nesses casos está relacionado à boa saúde Entretanto estar em um mau casamento e experimentar ní veis elevados de estresse e conflito é um estressor e pode resultar em funcionamento do sistema imunológico deprimido Portanto não é surpresa que o casamento possa estar relacionado à saúde deficiente Graham Christian e KiecoltGlaser 2006 RELACIONAMENTOS HOMOSSEXUAIS Os homossexuais masculinos e femininos que hoje estão na meiaidade cresceram em uma época em que a homossexualidade era considerada uma doença mental e os homossexuais tendiam a isolarse não apenas da comunidade em geral mas uns dos outros Um fator que parece afetar a qualidade do relacionamento nos homossexuais é se eles têm internalizadas ou não visões negativas da sociedade sobre homossexualidade Aqueles homossexuais que internalizaram as atitudes homofóbicas mantidas pelos outros são mais propensos a apresentar sintomas de depressão presumivelmente porque essas atitudes afetam seu autoconceito geral E quando os sintomas depressi vos aumentam também aumentam os problemas de relacionamento Frost e Meyer 2009 O momento da revelação pode afetar aspectos do desenvolvimento Alguns homossexuais de meiaidade podem estar se associando abertamente pela primeira vez e estabelecendo relacionamen tos Muitos ainda estão elaborando os conflitos com os pais e com outros membros da família às vezes incluindo cônjuges ou escondendo sua homossexualidade deles Alguns se mudam para cidades com populações homossexuais grandes onde podem mais facilmente buscar e formar relacionamentos Homens homossexuais que não se assumiram até a meiaidade frequentemente passam por uma busca prolongada pela identidade marcada por culpa segredo casamento heterossexual e relaciona mentos conflituosos com ambos os sexos Em contrapartida aqueles que reconhecem e aceitam sua orientação sexual ainda na juventude frequentemente atravessam as barreiras raciais socioeconômi cas e de idade dentro da comunidade homossexual verificador você é capaz de Descrever o padrão caracte rístico de satisfação conjugal relacionado à idade e citar os fatores que podem ajudar a explicála Comparar os benefícios do casamento e da coabitação na meiaidade Dar razões para a tendência de o divórcio ocorrer no início de um casamento e citar os fato res que podem aumentar o ris co de divórcio na meiaidade Discutir os efeitos do casa mento da coabitação e do divórcio sobre o bemestar e a saúde física e mental Alguns homens e mulheres homossexuais não se assumem até a idade adulta e portanto podem desenvolver relaciona mentos íntimos mais tarde na vida do que suas contrapartes heterossexuais Papalia16indd 558 Papalia16indd 558 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 559 As amizades na meiaidade frequentemente têm especial importância para os homossexuais As lésbicas são mais propensas a obter apoio emocional de amigas lésbicas de amantes e mesmo de ex amantes do que dos parentes Os homens gays também contam com redes de amizades ou parentes fictícios consulte o Capítulo 14 que eles criam e mantêm ativamente As redes de amizade ofere cem solidariedade e contato com pessoas mais jovens que os heterossexuais de meiaidade normal mente obtêm por meio da família AMIZADES Como prevê a teoria de Carstensen as redes sociais tendem a se tornar menores e mais íntimas na meiaidade Não obstante as amizades persistem e são a fonte mais poderosa de apoio emocional e bemestar especialmente para as mulheres Adams e Allan 1998 Antonucci et al 2001 Os baby boomers de meiaidade têm em média aproximadamente sete bons amigos Blieszner e Roberto 2006 As amizades frequentemente giram em torno do trabalho e da parentalidade outras se baseiam nos contatos da vizinhança ou na associação em organizações voluntárias Antonucci et al 2001 Hartup e Stevens 1999 A qualidade das amizades da meiaidade complementa o que elas não têm em termos de tempo Especialmente durante uma crise tal como um divórcio ou um problema com um pai idoso os adultos recorrem a amigos em busca de apoio emocional orientação prática conforto companheirismo e con versa Antonucci e Akiyama 1997 Hartup e Stevens 1999 Suitor e Pillemer 1993 A qualidade dessas amizades pode afetar a saúde assim como a falta de amizades A solidão por exemplo prediz aumentos na pressão sanguínea mesmo quando variáveis como idade gênero raça e fatores de risco cardiovascular são levados em consideração Hawkley et al 2010 Entretanto às vezes as próprias amizades podem ser estressantes Os conflitos com amigos geralmente se originam das diferenças de valores crenças e estilos de vida contudo os amigos geral mente podem falar sobre esses conflitos embora mantendo a dignidade e o respeito mútuos Hartup e Stevens 1999 Relacionamentos com filhos maduros A paternidade é um processo de renúncia e esse processo geralmente alcança seu clímax ou dele se aproxima durante a meiaidade dos pais Marks et al 2004 É verdade que com as tendências contemporâneas a adiar o casamento e a paternidade algumas pessoas de meiaidade agora se veem diante de problemas como achar uma boa creche ou préescola e selecionar os desenhos animados das manhãs de sábado Entretanto a maioria dos pais nos primeiros anos da meiaidade devem lidar com um conjunto diferente de problemas que surgem do fato de conviver com filhos que em breve sairão de casa Quando os filhos se tornam adultos e têm seus próprios filhos a família intergeracional se multiplica em número e em conexões São os pais de meiaidade geralmente as mulheres que tendem a ser os guardiões das relações familiares preservando os laços entre as várias ramificações da família estendida Putney e Bengtson 2001 Atualmente as famílias são diversificadas e complexas Cada vez mais os pais de meiaidade têm de lidar com um filho adulto que continua a viver com eles ou que retorna para junto deles Entretan to uma coisa não mudou o bemestar dos pais tende a depender do tipo de adulto que seus filhos se tornam Allen Blieszner e Roberto 2000 Felizmente o relacionamento entre pais e filhos frequen temente melhora com a idade Blieszner e Roberto 2006 verificador você é capaz de Discutir as questões relativas aos relacionamentos de ho mossexuais na meiaidade A solidão é contagiosa Uma pesquisa recente conduzida sobre as redes sociais sugere que pessoas solitárias agem de formas menos positivas com os outros Seu comportamento é frequentemente interpretado como significando rejeição ou indiferença o que então faz com que aquelas pessoas se sintam mais solitárias também Cacioppo Fowler e Christakis 2010 verificador você é capaz de Resumir a quantidade quali dade e importância dos ami gos na meiaidade De que forma os relacionamentos entre pais e filhos mudam à medida que os filhos se aproximam e chegam à idade adulta indicad r Papalia16indd 559 Papalia16indd 559 010213 0916 010213 0916 560 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman FILHOS ADOLESCENTES PROBLEMAS PARA OS PAIS Ironicamente pessoas que se encontram em duas épocas da vida popularmente ligadas a crises emo cionais adolescência e meiaidade frequentemente vivem na mesma casa Geralmente adultos de meiaidade são pais de filhos adolescentes Enquanto lidam com suas próprias preocupações os pais têm de lidar diariamente com jovens que estão passando por grandes mudanças físicas emo cionais e sociais Embora as pesquisas discordem do estereótipo da adolescência como uma época de inevitáveis tumultos e rebeldias alguma rejeição da autoridade parental é necessária Uma tarefa importante para os pais é aceitar seus filhos como eles são não como esperavam que eles fossem Teóricos de várias linhas têm descrito esse período como sendo de questionamento reavaliação ou diminuição do bemestar dos pais mas isso não é inevitável No estudo MIDUS ser paimãe estava associado com mais angústia psicológica do que não o ser mas também trazia maior bemestar psico lógico e generatividade especialmente para os homens Marks et al 2004 Um levantamento em forma de questionário com 129 casais com um primeiro filho ou filha entre as idades de 10 e 15 anos ilustra esta complexidade Para alguns pais especialmente homens profissionais liberais e executivos a adolescência de um filho trouxe mais satisfação bemestar e até orgulho Para a maioria dos pais entretanto as mudanças normativas da adolescência evocam uma mistura de emoções positivas e negativas Isso era particularmente verdadeiro para mães com filhas na préadolescência cujos relacionamentos tendem a ser tanto íntimos quanto cheios de conflito Silverberg 1996 QUANDO OS FILHOS VÃO EMBORA O NINHO VAZIO As pesquisas têm questionado ideias populares sobre o ninho vazio uma transição supostamente difícil especialmente para as mulheres que ocorre quando o filho mais jovem deixa a casa dos pais Embora algumas mulheres que investiram pesadamente em suas funções como mães te nham problemas de ajustamento ao ninho vazio elas são superadas em número por aquelas que consideram essa partida liber tadora Antonucci et al 2001 Antonucci e Akiyama 1997 Barnett 1985 Chiriboga 1997 Helson 1997 Mitchell e Helson 1990 Para algumas mulheres o ninho va zio pode trazer alívio do que Gutmann cha mou de a necessidade crônica da função parental Cooper e Gutmann 1987 p 347 Elas podem buscar seus próprios inte resses enquanto desfrutam das realizações de seus filhos adultos Quando os filhos não são realizados entretanto este processo pode ser mais difícil Normalmen te quando filhos adultos têm necessidades maiores os pais fornecem mais apoio material e financeiro a eles Fingerman et al 2009 Dada essa tendência não é surpresa descobrir que esses pais prova velmente se sentem divididos entre querer que seus filhos adultos adquiram sua independência e um desejo de intervir e ajudar Os homens em particular parecem ser mais afetados pelos sucessos e fra cassos de seus filhos Birditt Fingerman e Zarit 2010 Alguma ambivalência durante essas situações é padrão mas muito mais estresse resulta quando já há tensão no relacionamento Birditt et al 2009 ou quando os filhos crescidos retornam à casa dos pais Thomas 1997 Os efeitos do ninho vazio sobre um casamento dependem de sua qualidade e duração Em um bom casamento a partida dos filhos crescidos pode prenunciar uma segunda lua de mel A partida dos filhos da casa da família aumenta a satisfação conjugal talvez devido ao tempo adicional que o casal agora tem para passar um com o outro Gorhoff John e Helson 2008 O ninho vazio pode ser mais difícil para casais cujas identidades dependem de seus papéis de pais ou que agora devem encarar problemas conjugais já existentes e adiados pela pressão das responsabilidades parentais Antonucci et al 2001 ninho vazio Fase de transição que acompanha a saída do último filho da casa dos pais Sentindose sozinho Tente aquecer a sua casa A pesquisa sugere que a temperatura de um cômodo da casa afeta o quanto nos sentimos socialmente conectados Cômodos mais quentes estão associados a sentimentos de proximidade com os outros Ijzerman e Semin 2009 Papalia16indd 560 Papalia16indd 560 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 561 O ninho vazio não significa o fim da maternidade e da paternidade É uma transição para um novo estágio o relacionamento entre pais e filhos adultos CUIDANDO DE FILHOS CRESCIDOS Mesmo que os anos vividos como pai e mãe tenham se encerrado e os filhos tenham deixado a casa dos pais para sempre os pais ainda são pais O papel de pais de meiaidade de filhos adultos jovens levanta novas questões e exige novas atitudes e comportamentos por parte de ambas as gerações Marks et al 2004 Os pais de meiaidade geralmente dão mais ajuda e apoio aos seus filhos adultos jovens do que recebem deles quando estes estabelecem carreiras e constituem famílias Antonucci et al 2001 Os pais dão mais ajuda aos filhos que mais necessitam normalmente àqueles que são solteiros ou são pais solteiros Blieszner e Roberto 2006 Ao mesmo tempo os problemas dos filhos adultos reduzem o bemestar de seus pais Greenfield e Marks 2006 Alguns pais têm dificuldades em tratar os filhos como adultos e muitos adultos jovens têm dificuldades em aceitar a contínua preocupação de seus pais com eles Em um ambiente familiar de apoio e afeição tais conflitos podem ser gerenciados por meio da exposição dos sentimentos Putney e Bengtson 2001 A maioria dos adultos jovens e de seus pais de meiaidade aprecia a companhia uns dos outros e se dão bem Entretanto nem todas as famílias com bom relacionamento entre as gerações se encaixam nesse modelo Estimase que 25 das famílias intergeracionais são firmemente integradas e unidas geográfica e emocionalmente elas mantêm contato frequente com ajuda e apoio mútuos Outros 25 são sociáveis mas com menos afinidade emocional ou comprometimento Cerca de 16 mantêm re lacionamentos obrigatórios com muita interação mas pouca ligação emocional e 17 são desligadas tanto emocionalmente como geograficamente Uma categoria intermediária consiste daquelas que são íntimas mas distantes 16 ou seja passam pouco tempo juntos mas conservam sentimentos afetu osos que podem levar a uma renovação de contato e troca Os filhos adultos tendem a se manter mais próximos de suas mães do que de seus pais Bengtson 2001 Silverstein e Bengtson 1997 PROLONGAMENTO DA PARENTALIDADE O NINHO ATRAVANCADO O que acontece quando o ninho não se esvazia quando normalmente deveria ou inesperadamente se enche novamente Desde a década de 1980 na maioria das nações ocidentais cada vez mais os filhos adultos vêm adiando a saída da casa dos pais para o final dos 20 anos ou até mesmo para mais tarde um fenômeno discutido no Capítulo 14 Mouw 2005 Além disso a síndrome da porta giratória às vezes chamada de fenômeno bumerangue tem se tornado mais comum Um número cada vez maior de adultos jovens especialmente de homens retorna para a casa de seus pais em alguns casos mais de uma vez e em outros com suas próprias famílias Aquilino 1996 Blieszner e Roberto 2006 Putney e Bengtson 2001 O prolongamento da função dos pais pode levar a uma tensão intergeracional quando ela con tradiz as expectativas normativas dos pais À medida que os filhos passam da adolescência para o período adulto jovem os pais esperam que eles se tornem independentes e os filhos esperam fazêlo A autonomia de um filho adulto é um sinal de sucesso dos pais Como prevê o modelo do momento dos eventos então o adiamento da saída de casa de um filho crescido ou seu retorno a ela pode gerar estresse familiar Antonucchi et al 2001 Aquilino 1996 Pais e filhos adultos tendem a ter um melhor relacionamento quando os filhos estão empregados e vivendo por conta própria Belsky et al 2003 Quando filhos adultos vivem com os pais as relações tendem a ser mais tranquilas quando os pais percebem que o filho adulto busca a própria autonomia por exemplo ao entrar para a faculdade Antonucci et al 2001 Aquilino 1996 A experiência não normativa da corresidência de pais e filhos entretanto está se tornando mais normal especialmente para pais com mais de um filho Em vez de uma saída abrupta a transição para o ninho vazio está sendo vista como um processo prolongado de separação com frequência durando vários anos Aquilino 1996 Putney e Bengtson 2001 A corresidência com filhos adultos pode ser vista como uma expressão de solidariedade familiar uma extensão da expectativa normativa de assis tência dos pais aos filhos adultos jovens Os pais são mais propensos a demonstrar favoritismo pelos filhos adultos do que pelos filhos pequenos particularmente quando se trata de filhas que vivem próximas compartilham seus valores evitaram comportamentos desviantes e os ajudaram no passado Suitor et al 2008 Você acha que é uma boa ideia os filhos adultos viverem com seus pais síndrome da porta giratória Tendência dos adultos jovens que já deixaram a casa dos pais a voltar quan do enfrentam problemas financeiros conjugais ou outros verificador você é capaz de Discutir as mudanças que os pais de filhos adolescentes enfrentam Comparar como mulheres e homens respondem ao ninho vazio Descrever os aspectos caracte rísticos dos relacionamentos entre pais e filhos crescidos Dar as razões para o fenôme no da parentalidade prolon gada e discutir seus efeitos Papalia16indd 561 Papalia16indd 561 010213 0916 010213 0916 562 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Outros laços de parentesco Exceto em tempos de necessidade os vínculos com a família de origem pais e irmãos tendem a ser de menor importância durante o período adulto jovem quando trabalho cônjuge ou parceiros e filhos têm precedência Na meiaidade esses laços de parentesco mais antigos podem reafirmarse de uma nova maneira quando a responsabilidade por cuidar e sustentar pais idosos pode começar a passar para seus filhos de meiaidade Além disso um novo relacionamento frequentemente se inicia nesta fase da vida o de avós RELACIONAMENTOS COM PAIS IDOSOS Os anos da meiaidade podem trazer mudanças dramáticas embora graduais aos relacionamentos entre pais e filhos Muitas pessoas de meiaidade enxergam seus pais de forma mais objetiva do que antes vendoos como indivíduos com forças e fraquezas Outra coisa pode acontecer durante esses anos um dia um adulto de meiaidade pode olhar para sua mãe ou seu pai e ver uma pessoa idosa que pode precisar do cuidado do filho ou da filha Contato e apoio mútuo Mesmo quando não vivem próximos a maioria dos adultos de meiaidade e seus pais tem relacionamentos calorosos e afetuosos baseados em contato frequente apoio mútuo sentimentos de apego e valores comuns As relações entre filhas e mães idosas tendem a ser especialmente pró ximas Bengtson 2001 Fingerman e DolbinMacNab 2006 Willson Shuey e Elder 2003 Os relacionamentos positivos com os pais contribuem para um sen tido forte de identidade e para o bemestar emocional na meiaidade Blieszner e Roberto 2006 Na sua maior parte a ajuda e a assistência continuam a fluir dos pais para o filho A maioria da ajuda consiste de assistência nas necessidades diárias e menos comumente em emergências e crises Este padrão é verdadeiro na maioria das fa mílias entretanto as dinâmicas mudam em situações nas quais os pais são incapaci tados ou estão passando por algum tipo de crise Não surpreendentemente nesses casos os filhos adultos frequentemente fornecem os recursos para seus pais de meia idade Fingerman et al 2010 Com o aumento da expectativa de vida alguns cientistas do desenvolvimento propuseram um novo estágio de vida chamado de maturidade filial quando filhos de meiaidade aprendem a aceitar e a atender às necessidades de dependência de seus pais Marcoen 1995 p 125 Esse desenvolvimento normativo é visto como um desfecho sau dável de uma crise filial na qual os adultos aprendem a equilibrar amor e dever para com seus pais com autonomia em um relacionamento de mãodupla A maioria das pessoas de meiaidade aceita de bom grado suas obrigações para com seus pais Antonucci et al 2001 Entretanto as relações familiares na vida adulta intermediária e tardia podem ser complexas Com o aumento da expectativa de vida casais de meiaidade com recursos emocionais e financeiros limitados podem ter de se responsabilizar por dois casais de pais idosos assim como prover as suas próprias necessidades e possivelmente as de seus próprios filhos adultos Em um estudo os pesqui sadores entrevistaram 738 filhos e filhas de meiaidade de 420 famílias muito unidas a maioria com os dois pais Mais de 25 dos relacionamentos entre filhos adultos e seus pais ou sogros idosos eram caracterizados por ambivalência quase 8 por um alto grau de ambivalência Willson et al 2003 A ambivalência pode surgir na tentativa de fazer malabarismos com necessidades que competem entre si Em um estudo longitudinal nacional com 3622 casais casados com pelo menos um dos pais vivo a alocação de assistência aos pais idosos envolvia negociações e frequentemente dependia da linhagem familiar A maioria dos casais contribuía com tempo ou dinheiro mas não com ambos e poucos assistiam a ambos os casais de pais Os casais tendiam a responder mais prontamente às necessidades dos pais da esposa presumivelmente em razão da maior proximidade dela com eles Casais afroamericanos e hispânicos tinham maior probabilidade do que os casais brancos de prestar assistência consistente de todos os tipos aos pais de ambos os lados da família Shuey e Hardy 2003 indicad r Como as pessoas de meia idade se relacionam com seus pais e irmãos maturidade filial Estágio da vida proposto por Marcoen e outros no qual os filhos de meia idade como desfecho de uma crise filial aprendem a aceitar e a atender às necessidades de dependência dos pais crise filial Na terminologia de Marcoen o desen volvimento normativo da meiaidade no qual os adultos aprendem a equili brar amor e dever para com seus pais com autonomia dentro de um relacio namento de mãodupla A maioria dos adultos de meiaidade e seus pais idosos mantêm relacionamentos calorosos e afetuosos Papalia16indd 562 Papalia16indd 562 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 563 Tornarse um cuidador de pais idosos As gerações normalmente se dão melhor enquanto os pais são saudáveis e vigorosos Quando pessoas mais velhas ficam enfermas a carga de cuidar de les pode desgastar um relacionamento Antonucci et al 2001 Marcoen 1995 Em razão dos altos custos dos lares para idosos e da relutância da maioria deles em permanecer neles ver Capítulo 18 muitos idosos dependentes recebem tratamento de longa duração em suas próprias casas ou na casa da pessoa que cuida deles No mundo inteiro cuidar é normalmente uma função feminina Kinsella e Velkoff 2001 Quan do uma mãe doente é viúva ou divorciada e não pode mais cuidar de si mesma é mais provável que uma filha assuma o papel de cuidadora Antonucci et al 2001 Pinquart e Sörensen 2006 Schulz e Martire 2004 Os filhos contribuem com o cuidado mas eles têm menor probabilidade de prover o cuidado básico e pessoal Blieszner e Roberto 2006 Marks 1996 Matthews 1995 Tensões provocadas pelo cuidar Cuidar de outra pessoa pode ser estressante Muitos cuidadores consideram a tarefa uma carga física emocional e financeira especialmente se eles trabalham em tem po integral têm recursos financeiros limitados ou não têm apoio e assistência Lund 1993a Schulz e Martire 2004 É difícil para as mulheres que trabalham fora de casa assumir o papel adicional de cuidadoras e reduzir as horas de trabalho ou deixálo para atender as obrigações como cuidadora pode aumentar o estresse financeiro Horários de trabalho flexíveis ajuda de familiares e licença médica poderiam ajudar a aliviar esse problema A tensão emocional pode originarse não apenas do papel de cuidador mas da necessidade de equilibrálo com as muitas outras responsabilidades da meiaidade Antonucci et al 2001 Climo e Stewart 2003 Os pais idosos podem tornarse dependentes em uma época em que os adultos de meiaidade precisam orientar seus filhos adultos ou se a paternidadematernidade foi adiada criálos O papel de cuidador também pode criar problemas no casamento Cuidadores adultos relatam menor felicidade conjugal grande desigualdade conjugal mais hostilidade e para as mulheres um maior grau de sintomatologia depressiva e depressão com o passar do tempo Bookwala 2009 Os membros desta geração intermediária às vezes chamada de geração sanduíche podem encontrarse espre midos entre essas necessidades concorrentes e seus recursos limitados de tempo dinheiro e energia Além disso um filho na meiaidade que pode estar se preparando para se aposentar dificilmente pode rá arcar com os custos adicionais de cuidar de uma pessoa mais velha e frágil ou pode ter ele próprio problemas de saúde Kinsella e Velkoff 2001 Cuidar de uma pessoa com limitações físicas é difícil E pode ser ainda mais difícil cuidar de al guém com demência que além de ser incapaz de desempenhar as funções básicas da vida diária pode ser incontinente desconfiado agitado ou deprimido sujeito a alucinações podendo ser sonâmbulo perigoso para si mesmo e para os outros e necessitar de supervisão constante Biegel 1995 Schultz e Martire 2004 Às vezes o cuidador tornase física ou mentalmente doente sob tal tensão Pinquart e Sörensen 2007 Schultz e Martire 2004 Vitaliano Zhang e Scanlan 2003 Visto que as mulheres são mais propensas do que os homens a prestar assistência pessoal sua saúde mental e seu bemestar podem ter maior probabilidade de ser afetados Amirkhanyan e Wolf 2006 Climo e Stewart 2003 Pinquart e Sörensen 2006 Algumas vezes o estresse criado pelas demandas pesadas e incessantes do papel de cuidador é tão grande a ponto de levar a abuso negligência ou mesmo abandono da pessoa idosa dependente veja o Capítulo 18 Um resultado dessas e de outras tensões pode ser o esgotamento do cuidador uma exaus tão física mental e emocional do cuidador que pode afetar adultos que cuidam de parentes idosos Barnhart 1992 Mesmo o cuidador mais paciente e amoroso pode ficar frustrado ansioso ou res sentido sob a constante tensão de satisfazer as necessidades aparentemente infinitas de uma pessoa idosa Frequentemente as famílias e os amigos não reconhecem que os cuidadores têm o direito de se sentir desencorajados frustrados e fartos Os cuidadores precisam ter uma vida própria além da invalidez ou doença das pessoas amadas Às vezes outros arranjos como a colocação em uma instituição assistência em domicílio ou uma divisão de responsabilidades entre os irmãos devem ser feitos Shuey e Hardy 2003 Programas comunitários de apoio podem reduzir as tensões e os encargos do cuidador prevenir o esgotamento e adiar a necessidade de colocar a pessoa dependente em uma instituição Os serviços de apoio podem incluir refeições e cuidados da casa serviços de transporte e acompanhamento e geração sanduíche Adultos de meiaidade espremidos pelas necessidades concorrentes de criar ou orientar os filhos e cuidar de pais idosos esgotamento do cuidador Condição de exaustão física mental e emocional que afeta adultos que cuidam constantemente de pessoas idosas ou doentes Papalia16indd 563 Papalia16indd 563 010213 0916 010213 0916 564 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman creches para adultos que oferecem cuidados e atividades supervisionadas enquanto os cuidadores tra balham ou cuidam de suas necessidades pessoais A assistência temporária cuidado supervisionado substituto fornecido por enfermeiros ou assistentes de saúde em domicílio permite que os cuidadores tenham algum tempo livre mesmo que por poucas horas por um dia um final de semana ou uma semana A internação temporária do paciente em uma casa de repouso é outra alternativa Por meio de grupos de aconselhamento de apoio e de autoajuda os cuidadores podem compartilhar seus pro blemas obter informações sobre os recursos das comunidades e melhorar suas habilidades O apoio da comunidade pode melhorar o moral e reduzir o estresse dos cuidadores Gallagher Thompson 1995 Intervenções de bases mais amplas visam tanto o cuidador quanto o paciente oferecendo aconselhamento individual ou familiar manejo de caso treinamento de habilidades modificação ambiental e estratégias de manejo do comportamento Essa combinação de diferentes serviços e apoios pode reduzir o fardo dos cuidadores e melhorar suas habilidades sua satisfação e seu bemestar e até mesmo em alguns casos melhorar os sintomas do paciente Schulz e Martire 2004 Alguns cuidadores da família fazendo uma retrospectiva consideram a experiência excepcional mente gratificante Quando um cuidador ama profundamente um parente enfermo se preocupa com a continuidade da família considera o cuidar um desafio e dispõe de recursos pessoais familiares e comunitários adequados para enfrentar aquele desafio esta pode ser uma oportunidade de crescimen to pessoal em competência compaixão autoconhecimento e autotranscendência Bengtson 2001 Bengtson Rosenthal e Burton 1996 Biegel 1995 Climo e Stewart 2003 Lund 1993a RELACIONAMENTOS COM IRMÃOS Os laços entre irmãos são os relacionamentos de mais longa duração na vida da maioria das pessoas Em algumas pesquisas transversais os relacionamentos entre irmãos ao longo da vida lembram uma ampulheta com o maior contato nas duas extremidades infância e meiaidade em diante e con tato mínimo durante os anos de criação dos filhos Após estabelecerem carreiras e famílias os irmãos podem renovar seus laços Bedford 1995 Cicirelli 1995 Putney e Bengtson 2001 Outros estudos indicam um declínio no contato durante a idade adulta Os conflitos entre irmãos tendem a diminuir com a idade talvez porque irmãos que não se dão bem se vejam menos Putney e Bengtson 2001 Os relacionamentos entre irmãos que permanecem em contato podem ser centrais ao bem estar psicológico na meiaidade Antonucci et al 2001 Spitze e Trent 2006 Como no período adulto jovem as irmãs tendem a ser mais próximas que os irmãos Blieszner e Roberto 2006 Spitze e Trent 2006 O cuidado de pais idosos pode trazer mais união entre os irmãos mas também pode causar ressentimento e conflito Antonucci et al 2001 Bengston et al 1996 Blieszner e Roberto 2006 IngersollDayton et al 2003 Divergências podem surgir em relação à divisão do cuidado ou em rela ção a uma herança especialmente se o relacionamento entre os irmãos não tem sido bom TORNANDOSE AVÓS Frequentemente o papel de avô ou avó começa antes de terminar as suas funções como pais Nos Estados Unidos os adultos tornamse avós em média por volta dos 45 anos de idade Blieszner e Roberto 2006 Com o atual aumento da expectativa de vida muitos adultos passam várias décadas como avós e vivem para ver os netos tornaremse adultos Oitenta por cento das pessoas com mais de 65 anos de idade têm netos e aproximadamente um terço delas consideram essa experiência o aspecto mais valioso de envelhecer Livingston e Parker 2010 O papel dos avós hoje é diferente em outros aspectos daquele no passado A maioria dos avós norteamericanos tem menos netos do que seus pais ou avós tiveram Blieszner e Roberto 2006 Com a crescente incidência de divórcios na meiaidade aproximadamente um em cada cinco avós é divorciado viúvo ou separado Davies e Williams 2002 e muitos são meioavós Os avós de meia idade tendem a ser casados ativos em suas comunidades e empregados portanto menos disponíveis para ajudar na criação dos netos Eles também têm maior probabilidade de ainda estarem criando um ou mais filhos próprios Blieszner e Roberto 2006 O que você faria se um ou ambos os seus pais necessitassem de cuidado de longo prazo Em que grau os filhos ou outros parentes devem ser responsáveis por esse cuidado Em que grau e de que forma a sociedade deve ajudar verificador você é capaz de Descrever a mudança no equi líbrio das relações filiais que frequentemente ocorre entre filhos de meiaidade e pais idosos Citar as fontes de possíveis tensões no cuidado de pais idosos Discutir a natureza dos rela cionamentos entre irmãos na meiaidade Quais são os papéis dos avós nos dia de hoje indicad r Papalia16indd 564 Papalia16indd 564 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 565 O papel dos avós Em muitas sociedades em desenvolvimento como aquelas na América Latina e na Ásia os lares de famílias estendidas predominam e os avós participam integralmente da criação da criança e das decisões familiares Em países da Ásia como Tailândia e Taiwan aproximadamente 40 da população com 50 anos ou mais vive na mesma casa com um neto pequeno e metade daqueles com netos de 10 anos ou menos ge ralmente as avós são os responsáveis pelo cuidado da criança Kinsella e Velkoff 2001 Nos Estados Unidos lares de famílias estendidas são comuns em algumas comunidades de grupos monoritários mas o padrão familiar dominante é a família nuclear Quando os filhos crescem eles normal mente deixam a casa dos pais e estabelecem famílias nucleares novas e autônomas onde quer que suas inclinações aspirações e procura de emprego os levem Embora 68 dos avós em um levantamento da AARP vejam pelo menos um neto a cada uma ou duas semanas 45 vivem muito longe para vêlos regularmente Davies e Williams 2002 Entretanto a distância não afeta necessariamente a qualidade dos relacionamentos com os netos Kivett 1991 1993 1996 Em geral as avós têm relacionamentos mais estreitos mais calo rosos mais afetuosos com seus netos especialmente com as netas do que os avôs e os veem mais Putney e Bengtson 2001 Avós que mantêm contato frequente com seus netos que se sentem bem em relação ao fato de serem avós que atribuem importância a esse papel e que têm autoestima elevada tendem a ser mais satisfeitas por se rem avós Reitzes e Mutran 2004 Aproximadamente 15 dos avós norte americanos cuidam dos netos enquanto os pais trabalham Davies e Williams 2002 De fato os avós têm quase tanta probabilida de de serem os cuidadores dos netos quanto creches ou préescolas organizadas 30 das crianças com menos de 5 anos com mães empregadas ficam sob o cuidado de um avô enquanto as mães estão no trabalho US Census Bureau 2008b Os avós após o divórcio e um novo casamento Um resultado do aumento nas taxas de divór cio e de novos casamentos é o número cada vez maior de avós e netos cujos relacionamentos são afetados ou interrompidos Após um divórcio visto que a mãe geralmente fica com a custódia os avós maternos tendem a ter mais contato e relacionamentos mais fortes com seus netos e os avós paternos tendem a ter menos Cherlin e Furstenberg 1986 Myers e Perrin 1993 O novo casamento de uma mãe divorciada reduz sua necessidade do apoio de seus pais mas não o contato deles com seus netos Para os avós paternos entretanto um novo casamento aumenta a probabilidade de que eles sejam descartados ou de que a família se mude para longe deles tornando o contato ainda mais difícil Cherlin e Furstenberg 1986 Visto que os laços com os avós são importantes para o desenvolvimento das crianças cada estado concedeu aos avós e em alguns estados aos bisavós aos irmãos e a outros o direito à visitação após um divórcio ou a morte de um dos pais se o juiz considerar que é o melhor para a criança Entretanto alguns tribunais estaduais derrubaram essas leis por serem muito amplas e possivelmente infringirem os direitos parentais Greenhouse 2000 e algumas legislaturas restringiram os direitos de visitação dos avós Por exemplo em junho de 2000 a Suprema Corte invalidou o estatuto de direitos dos avós do Estado de Washington argumentando que os critérios para concessão de visitação fossem mudados de o melhor para a criança para se a defesa dos interesses dos pais poderia ou não causar dano à criança Atualmente as leis variam de um estado para outro e o ônus da prova recai geral mente sobre os avós Você teve um relacionamento próximo com uma avó ou um avô Neste caso de que formas específicas aquele relacionamento influenciou seu desenvolvimento No Japão as avós tradicionalmente usam vermelho como um sinal de sua nobreza Tornarse avô ou avó é um marco importante também nas sociedades ocidentais Papalia16indd 565 Papalia16indd 565 010213 0916 010213 0916 566 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Criando os netos Muitos avós são os principais ou únicos cuidadores de seus netos Uma razão em países desenvolvidos é a migração dos pais das áreas rurais para as áreas urbanas na busca por trabalho Essas famílias que pulam uma geração existem em todas as regiões do mundo particu larmente nos países afrocaribenhos Na África subsaariana a epidemia de AIDS tem deixado muitos órfãos cujos avós acabam ocupando o lugar dos pais Kinsella e Velkoff 2001 Nos Estados Unidos aproximadamente 1 em 10 avós está criando um neto e este número está aumentando Livingston e Parker 2010 Muitos estão atuando como pais à revelia de crianças cujos pais são incapazes de cuidar deles frequentemente como resultado de gravidez na adolescência abuso de substância doença divórcio ou morte Allen et al 2000 Blieszner e Roberto 2006 A pa rentagem subrogada pelos avós é um padrão bem estabelecido em famílias afroamericanas Blieszner e Roberto 2006 A parentalidade subrogada inesperada pode trazer esgotamento físico emocional e financeiro para adultos de meiaidade ou mais velhos Eles podem ter de abandonar seus trabalhos adiar seus planos de aposentadoria reduzir drasticamente seus momentos de lazer e sua vida social e pôr em risco sua saúde A maioria dos avós que assumem a responsabilidade de criar seus netos o faz porque não os que rem ver colocados em um lar adotivo estranho Entretanto a diferença de idade pode tornarse uma barreira e ambas as gerações podem sentirse privadas de seus papéis tradicionais Ao mesmo tempo os avós frequentemente têm de lidar com um sentimento de culpa porque os filhos que eles criaram agora adultos falharam com seus próprios filhos e também com o rancor que eles podem sentir em relação a estes filhos adultos Para alguns casais de cuidadores as dificuldades geram tensão em seu relacionamento E se um dos pais ou ambos reassume seu papel normal pode ser emocionalmente doloroso abrir mão da criança Crowley 1993 Larsen 19901991 Os avós que fornecem cuidado de parentesco sem se tornar pais adotivos ou obter a custódia não têm status legal e nenhum direito a mais do que babás não remuneradas Eles podem enfrentar muitos problemas práticos desde matricular a criança na escola a ter acesso aos registros acadêmicos para obter seguro médico para a criança Os netos geralmente não usufruem dos direitos que um pla no de saúde oferece a um funcionário mesmo que os avós tenham a sua custódia Como os pais os avós que trabalham fora precisam de um lugar seguro para que seus netos possam ficar além de uma política familiar no ambiente de trabalho tal como licença para cuidar de filho doente A lei federal Family and Medical Leave de 1993 dá cobertura a avós que criam seus netos mas muitos não têm conhecimento dela Os avós podem ser fontes de orientação companhias para brincar vínculos com o passado e símbolos de continuidade familiar Eles expressam generatividade um desejo de transcender a morta lidade investindo eles próprios nas vidas das futuras gerações Homens e mulheres que não se tornam avós podem preencher as necessidades generativas tornandose avós adotivos ou sendo voluntários em escolas ou hospitais Ao encontrar formas de desenvolver o que Erikson chamou de a virtude do cuidado os adultos preparamse para entrar no período culminante do desenvolvimento adulto que discutiremos nos Capítulos 17 e 18 cuidado de parentesco O cuidado de crianças que vivem sem os pais na casa dos avós ou de outros parentes com ou sem uma mudança da custódia legal verificador você é capaz de Dizer como o divórcio dos pais e um segundo casamento po dem afetar o relacionamento dos avós com os netos Discutir os desafios envolvi dos em criar os netos Dizer como o papel dos avós mudou nas últimas gerações Descrever os papéis dos avós na vida da família Papalia16indd 566 Papalia16indd 566 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 567 resumo e palavraschave A trajetória de vida na meiaidade Como os cientistas do desenvolvimento abordam o estudo do desenvolvimento psicossocial na vida adulta intermediária Os cientistas do desenvolvimento consideram o desen volvimento psicossocial da meiaidade de duas formas objetivamente em termos das trajetórias ou caminhos e subjetivamente em termos da percepção que as pessoas têm de si mesmas e da forma como elas construíram ati vamente as suas vidas Mudança e continuidade devem ser vistas no contexto e em termos da vida como um todo Mudanças da meiaidade abordagens teóricas O que os teóricos têm a dizer sobre a mudança psicossocial na meiaidade Embora alguns teóricos afirmem que a personalidade está essencialmente formada na meiaidade há um consenso crescente de que o desenvolvimento da meia idade mostra tanto mudança como estabilidade Teóricos humanistas como Maslow e Rogers viam a meia idade como uma oportunidade para mudança positiva O modelo dos cinco fatores de Costa e McCrae mostra uma mudança mais lenta após os 30 anos de idade Ou tra pesquisa do traço encontrou mudança positiva mais significativa com diferenças individuais Carl Jung afirmava que homens e mulheres na meiaida de expressam aspectos da personalidade antes reprimi dos Duas tarefas necessárias são abandonar a imagem de jovem e reconhecer a mortalidade O sétimo estágio psicossocial de Erikson é a generati vidade versus estagnação A generatividade pode ser expressa por meio da parentalidade e por tornarse avô de ensino ou aconselhamento da produtividade ou cria tividade do autodesenvolvimento e da manutenção do mundo A virtude deste período é o cuidado A pesquisa atual sobre generatividade a considera mais prevalente na meiaidade mas esse padrão não é universal Vaillant e Levinson encontraram mudanças importantes na meiaidade no estilo de vida e na personalidade A maior fluidez do ciclo de vida hoje tem enfraquecido parcialmente a suposição de um relógio social individuação 544 generatividade versus estagnação 544 generatividade 544 interioridade 546 O self na meiaidade problemas e temas Quais são as questões relacionadas à identidade que afloram durante a vida adulta intermediária Problemas e temas psicossociais cruciais durante a vida adulta intermediária dizem respeito à existência de uma crise de meiaidade desenvolvimento da identidade in cluindo identidade de gênero e bemestar psicossocial Pesquisas não apoiam uma crise normativa da meiaida de É mais correto referirse a uma transição que pode ser um momento psicológico decisivo De acordo com a teoria do processo de identidade de Whitbourne as pessoas continuamente confirmam ou revisam as suas percepções sobre si mesmas com base na experiência e no retorno dos outros Os processos de identidade característicos de um indivíduo podem pre ver adaptação ao envelhecimento Generatividade é um aspecto do desenvolvimento da identidade A psicologia narrativa descreve o desenvolvimento da identidade como um processo contínuo de construção da história de vida Pessoas altamente generativas ten dem a focalizarse em um tema de redenção Algumas pesquisas encontraram uma crescente mascu linização das mulheres e feminização dos homens na meiaidade mas isto pode ser largamente um efeito de coorte As pesquisas não confirmam o cruzamento de gênero proposto por Gutmann Emotividade e personalidade estão relacionadas a bem estar psicológico Pesquisa baseada na escala de seis dimensões de Ryff revelou que a meiaidade é geralmente um período de saúde mental positiva e bemestar embora o nível socio econômico seja um fator crise da meiaidade 547 momentos decisivos 548 revisão da meiaidade 548 resiliência do ego 548 teoria do processo de identidadeTPI 548 esquemas da identidade 548 assimilação da identidade 548 acomodação da identidade 548 equilíbrio da identidade 549 troca de gêneros 551 indicad r indicad r indicad r Papalia16indd 567 Papalia16indd 567 010213 0916 010213 0916 568 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Relacionamentos na meiaidade Qual é o papel dos relacionamentos sociais nas vidas das pessoas de meiaidade Duas teorias sobre a importância da mudança dos rela cionamentos são a teoria do comboio social de Kahn e Antonucci e a teoria da seletividade socioemocional de Carstensen De acordo com ambas as teorias o apoio socioemocional é um elemento importante na interação social da meiaidade em diante Os relacionamentos na meiaidade são importantes para a saúde física e mental mas também podem apresentar demandas estressantes teoria do comboio social 554 teoria da seletividade socioemocional 555 Relacionamentos consensuais Como os casamentos os concubinatos os relacionamentos homossexuais e as amizades acontecem durante os anos da meiaidade e o quanto o divórcio é comum nesta fase da vida Pesquisa sobre a qualidade dos casamentos sugere uma queda na satisfação conjugal durante os anos de criação de filhos seguida por uma melhora no relacionamento após os filhos deixarem a casa dos pais A coabitação na meiaidade pode afetar negativamente o bemestar dos homens Divórcio na meiaidade pode ser estressante e pode acar retar uma mudança de vida O capital conjugal tende a dissuadir o divórcio na meiaidade O divórcio hoje pode ser menos ameaçador ao bem estar na meiaidade do que no período adulto jovem As pessoas casadas tendem a ser mais felizes na meia idade do que as pessoas em qualquer outro estado civil Em razão de alguns homossexuais adiarem assumir sua orientação sexual na meiaidade eles podem estar ape nas começando a estabelecer relacionamentos íntimos As pessoas de meiaidade tendem a investir menos tempo nas amizades do que os adultos mais jovens mas dependem do apoio emocional e da orientação prática dos amigos capital conjugal 557 Relacionamentos com filhos maduros De que forma os relacionamentos entre pais e filhos mudam à medida que os filhos se aproximam e chegam à idade adulta Pais de adolescentes têm de enfrentar a perda do contro le sobre as vidas de seus filhos O esvaziamento do ninho é libertador para muitas mulheres mas pode ser estressante para casais cuja identidade depende do papel de pais ou para aqueles que agora têm de enfrentar problemas conjugais ante riormente ignorados Pais de meiaidade tendem a permanecer envolvidos com seus filhos adultos e a maioria em geral é feliz com o rumo das vidas de seus filhos Podem surgir conflitos sobre a necessidade de os filhos adultos serem tratados como tais e os pais continuarem a se preocupar com eles Atualmente mais adultos jovens estão adiando a partida da casa dos pais ou estão retornando a ela algumas ve zes com suas próprias famílias Os ajustes tendem a ser mais tranquilos quando os pais veem os filhos adultos se encaminhando para a autonomia ninho vazio 560 síndrome da porta giratória 561 indicad r indicad r indicad r Papalia16indd 568 Papalia16indd 568 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 569 Outros laços de parentesco Como as pessoas de meiaidade se relacionam com seus pais e irmãos Relacionamentos entre adultos de meiaidade e seus pais são geralmente caracterizados por uma forte ligação afetiva As duas gerações geralmente mantêm contato frequente e oferecem e recebem assistência O auxílio flui dos pais para os filhos À medida que a vida passa mais e mais pais idosos se tornam dependentes dos cuidados de seus filhos de meiaidade A aceitação dessas necessidades de depen dência é a marca da maturidade do filho e pode ser o desfecho de uma crise filial As chances de tornarse um cuidador de um pai idoso aumenta na meiaidade sobretudo para as mulheres Cuidar pode ser uma fonte de considerável estresse mas também de satisfação Programas de apoio da comuni dade podem ajudar a evitar o esgotamento do cuidador Embora os irmãos tendam a ter menos contato na meia idade do que antes e depois a maioria dos irmãos de meiaidade permanece em contato e seus relaciona mentos são importantes para o bemestar maturidade filial 562 crise filial 562 geração sanduíche 563 esgotamento do cuidador 563 Quais são os papéis dos avós nos dia de hoje A maioria dos adultos norteamericanos tornamse avós na meiaidade e têm menos netos que as gerações an teriores A separação geográfica não afeta necessariamente a qualidade dos relacionamentos entre avós e netos O divórcio e um novo casamento de um filho adulto pode afetar o relacionamento entre avós e netos Um número cada vez maior de avós está criando netos cujos pais são incapazes de fazêlo Criar os netos pode acarretar tensões físicas emocionais e financeiras cuidado de parentesco 566 indicad r indicad r Papalia16indd 569 Papalia16indd 569 010213 0916 010213 0916 Capítulo 17 pontos principais A velhice hoje DESENVOLVIMENTO FÍSICO Longevidade e envelhecimento Mudanças físicas Saúde física e mental DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Aspectos do desenvolvimento cognitivo pontos principais você sabia que Estimase que em 2040 a população de pessoas com 65 anos ou mais no mundo inteiro será de 13 bilhão Em muitas partes do mundo a faixa etária que mais cresce é a de pessoas com 80 anos ou mais Cérebros mais velhos podem gerar novas células nervosas algo que antes era considerado impossível Neste capítulo verificamos as tendências demográficas da população idosa hoje Vemos o aumento crescente da longevidade e da qualidade de vida na vida adulta tardia e as causas do envelhecimento biológico Examinamos as alterações físicas e a saúde Depois voltamos a atenção para o desenvolvimento cognitivo alterações na inteligência e na memória a emergência da sabedoria e a influência da educação contínua na terceira idade você sabia Por que não olhar para esses novos anos de vida em termos de continuidade e de novos papéis na sociedade uma outra etapa no crescimento pessoal ou mesmo espiritual e no desenvolvimento Betty Friedan The Fountain of Age 1993 Papalia17indd 570 Papalia17indd 570 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Físico e Cognitivo na Vida Adulta Tardia Papalia17indd 571 Papalia17indd 571 010213 0916 010213 0916 572 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A velhice hoje No Japão a velhice é um símbolo de status Lá geralmente quando os viajantes se registram em ho téis eles dizem a idade para assegurar que receberão a deferência apropriada Em muitas outras cultu ras ao contrário envelhecer é visto como indesejável Na pesquisa os estereótipos mais consistentes a respeito dos idosos são que embora de um modo geral sejam vistos como afetuosos e carinhosos eles são incompetentes e de baixo status Cuddy Norton e Fiske 2005 Esses estereótipos incons cientes sobre envelhecimento internalizados na juventude e reforçados durante décadas por atitudes da sociedade podem ter se tornado autoestereótipos que inconscientemente afetam as expectativas dos idosos em relação ao seu comportamento e que frequentemente atuam como profecias autorreali záveis Levy 2003 Hoje os esforços para combater o idadismo preconceito ou discriminação com base na idade estão em amplo cres cimento graças à crescente visibilidade de idosos ativos e saudáveis Relatos sobre ido sos que atingem idades avançadas aparecem com frequência na mídia Na televisão os idosos são cada vez menos retratados como pessoas decrépitas e desamparadas e mais como indiví duos equilibrados respeitados e sábios mudança que pode ser importante na redução dos estereótipos negativos sobre eles Bodner 2009 Precisamos olhar para além das imagens distorcidas da idade para a sua realidade verdadeira e multifacetada Qual é o perfil da população idosa atual O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO A população global está envelhecendo Em 2008 quase 56 milhões de pessoas no mundo tinham 65 anos ou mais e o incremento anual líquido é de mais de 870 mil por mês Até 2040 projetase uma população total dessa faixa etária de 13 bilhão Estimase que em 10 anos pessoas com 65 anos ou mais pela primeira vez estarão em maior número que crianças de 5 anos ou menos O crescimento mais rápido será nos países em desenvolvimento onde vivem agora 62 dos idosos do mundo Kinsella e He 2009 Figura 171 Populações indicad r De que modo a atual população de idosos está mudando Quais são os estereótipos sobre idosos que você tem visto na mídia e no cotidiano idadismo Preconceito ou discriminação contra uma pessoa geralmente o idoso ba seado na idade indicadores de estudo 1 De que modo a atual população de idosos está mudando 2 Como tem variado a expectativa de vida quais são as causas do envelhecimento e quais são as possibilidades de estender o tempo de vida 3 Quais são as mudanças físicas que ocorrem durante a velhice e como essas mudanças variam entre os indivíduos 4 Quais são os problemas de saúde comuns na vida adulta tardia quais são os fatores que influenciam a saúde e quais são os problemas mentais e comportamentais vivenciados por algumas pessoas idosas 5 Quais são as perdas e os ganhos em termos de habilidades cognitivas que tendem a ocorrer na vida adulta tardia Existem meios para melhorar o desempenho cognitivo de pessoas idosas A crescente visibilidade de adultos mais velhos ativos e saudáveis como Nelson Mandela está mudando a percepção da ve lhice Aos 75 anos Mandela ganhou o Prêmio Nobel da Paz e aos 76 tornouse pre sidente da África do Sul Papalia17indd 572 Papalia17indd 572 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 573 envelhecidas resultam de declínio na fertilidade acom panhado de crescimento econômico melhor nutrição estilos de vida mais saudáveis aprimoramento no con trole de doenças infecciosas água mais pura e instalações sanitárias mais seguras e avanços na ciência tecnologia e medicina Administration on Aging 2003 Dobriansky Suzman e Hodes 2007 Kinsella e Velkoff 2001 A própria população de idosos está envelhecendo Em muitas partes do mundo a faixa etária que cresce mais rápido é a de pessoas com 80 anos ou mais Sendo agora 19 da população mundial estimase que aumen tarão em 233 entre 2008 e 2040 Por outro lado a taxa de aumento prevista para adultos com 65 anos ou mais é de 160 e o aumento geral esperado para todas as idades é de apenas 33 Kinsell e He 2009 Em cada país o envelhecimento da população tem diversas causas específicas dentre elas o alto índice de nascimentos e altas taxas de imigração no começo do século XX e uma tendência para famílias menores o que tem reduzido o número relativo de grupos mais jovens Desde 1900 a proporção de norteamericanos com ou acima de 65 anos mais do que triplicou de 41 para 128 Com os babyboomers chegando aos 65 quase 19 dos norte americanos 721 milhões terão 65 anos ou mais em 2030 aproximadamente o dobro do que em 2000 Ad ministration on Aging 2010 Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2010 A diversidade étnica dos idosos está aumentan do Em 2005 18 dos idosos norteamericanos eram membros de grupos minoritários em 2040 serão 24 A projeção é de que a população hispânica idosa crescerá mais rapidamente de 6 da população com mais de 65 anos em 2004 para quase 20 em 2050 Administration on Aging 2010 Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2010 DO IDOSO JOVEM AO IDOSO MAIS VELHO O impacto econômico de uma população que está envelhecendo depende da proporção de pessoas saudáveis e fisicamente capazes dessa população Nesse sentido a tendência é encorajadora Muitos problemas que costumavam ser considerados inevitáveis agora são entendidos como resultantes do estilo de vida ou doenças e não do envelhecimento O envelhecimento primário é um processo gradual e inevitável de deterioração física que começa cedo na vida e continua ao longo dos anos não importa o que as pessoas façam para evitálo Nessa visão o envelhecimento é uma consequência inevitável de ficar velho O envelhecimento secundário resulta de doenças abusos e maus hábitos fatores que em geral podem ser controlados Busse 1987 JC Horn e Meer 1987 Essas duas filosofias do envelhecimento podem ser compara das ao conhecido debate naturezaexperiência e como sempre a verdade está em algum ponto entre os dois extremos Hoje em dia os cientistas sociais especialistas em envelhecimento referem se a três grupos de adultos mais velhos o idoso jovem o idoso idoso e o idoso mais velho Cronologicamente os idosos jovens são pessoas entre 65 e 74 anos que em geral são ativas animadas e vigorosas O idoso idoso pessoas entre 75 e 84 anos e o idoso mais velho pessoas de 85 anos em diante estão mais propensos a uma condição de fragilidade e doença e têm dificuldade em administrar as atividades diárias da vida ADVs Consequentemente o idoso mais velho consome uma quantidade despro porcional de recursos como pensões ou custos de assistência médica tendo em vista o tamanho da população de idosos mais velhos Kinsella e He 2009 envelhecimento primário Processo gradual inevitável de deterio ração física ao longo da vida envelhecimento secundário Processo de envelhecimento que resulta de doenças abusos e maus hábitos físicos e que pode muitas vezes ser evitado atividades diárias da vida ADVs Atividades essenciais que são a base da sobrevivência como alimentarse vestirse banharse e realizar tarefas domésticas 40 35 30 25 20 15 10 05 0 Índices de crescimento anual médio porcentagem Mundo África Sub saariana Oriente Próximo e Norte da África China Índia Restante da Ásia e Oceania América Latina e Caribe Leste Europeu e NIS Mundo desen volvido População total População com 65 anos ou mais FIGURA 171 Mudança na população idosa e população total por região 20022025 Estimase que o crescimento da população com 65 anos ou mais será mais rápido do que o de qualquer outro segmento em todas as regiões do mundo O crescimento será maior na maioria dos países em desenvolvimento Fonte US Census Bureau 2004 dados do US Census Bureau International Programs Center Interna tional Data Base e tabelas não publicadas Papalia17indd 573 Papalia17indd 573 010213 0916 010213 0916 574 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Uma classificação mais significativa é a idade funcional a capacidade de uma pessoa interagir em um ambiente físico e social em comparação com outros da mesma idade cronológica Uma pessoa de 90 anos que está com boa saúde pode ser funcionalmente mais jovem do que uma de 65 Assim podemos usar o termo idoso jovem para a maioria ativa e saudável dos adultos mais velhos e idoso idoso para a minoria frágil e enferma independentemente da idade cronológica Neugarten e Neugar ten 1987 Pesquisas na área da gerontologia o estudo do envelhecimento e seus processos e da geriatria área da medicina que trata do envelhecimento têm ressaltado a necessidade de serviços de apoio principalmente para os idosos mais velhos muitos dos quais sobrevivem com poucas economias e não podem pagar por seus próprios cuidados DESENVOLVIMENTO FÍSICO Longevidade e envelhecimento Quanto tempo você vai viver Por que você tem de envelhecer Você gostaria de viver para sempre Há milhares de anos os seres humanos fazem essas perguntas A primeira questão envolve diversos conceitos relacionados Expectativa de vida é a idade má xima que uma pessoa nascida em um determinado período e lugar provavelmente viverá consideran dose a idade atual e a saúde dessa pessoa A expectativa de vida baseiase na média de longevidade ou quanto tempo vivem os membros de uma população Ganhos em expectativa de vida refletem declínio nas taxas de mortalidade ou taxas de falecimento a proporção de uma população ou de certos grupos de idade que morre em um dado ano O tempo de vida humano é o período mais longo que os mem bros de nossa espécie podem viver O tempo de vida mais longo documentado até hoje é o de Jeanne Clement uma francesa que morreu aos 122 anos de idade A segunda questão expressa um tema da idade avançada um desejo ardente por uma fonte ou poção da juventude Por trás desse anseio há o medo não tanto da idade cronológica mas do envelhe cimento biológico perda da saúde e das energias físicas A terceira questão expressa uma preocupação não apenas com a longevidade mas também com a qualidade de vida TENDÊNCIAS E FATORES NA EXPECTATIVA DE VIDA O envelhecimento da população reflete um rápido crescimento na expectativa de vida Estimase que um bebê nascido nos Estados Unidos em 2009 pode viver até 787 anos aproximadamente 29 anos a mais do que um bebê nascido em 1900 e mais de quatro vezes o tempo que se tinha no início da história da humanidade Wilmoth 2000 Banco Mundial sd Figura 172 No entanto alguns gerontologistas preveem que na falta de maiores mudanças de estilo de vida a expectativa de vida pode estagnar a sua tendência crescente e até mesmo declinar nas próximas décadas já que doenças infecciosas e relacionadas à obesidade compensam os ganhos obtidos com os avanços da medicna Olshansky et al 2005 Preston 2005 Diferenças de gênero Em praticamente todo o mundo as mulheres em geral vivem mais tempo e apresentam taxas de mortalidade mais baixas em todas as idades do que os homens Kinsella e He 2009 Kinsella e Phillips 2005 A distância entre os gêneros é maior em nações industrializadas onde a renda é mais alta e a mortalidade feminina diminuiu acentuadamente com os melhoramentos na assistência prénatal e obstetrícia A vida mais longa das mulheres também tem sido atribuída à sua tendência maior de tomar conta de si próprias e de buscar cuidados médicos ao nível mais alto de apoio social que recebem à elevação de seu nível socioeconômico nas últimas décadas e às taxas de verificador você é capaz de Discutir as causas e o impacto da população que está enve lhecendo Indicar dois critérios usados para identificar a diferença entre idosos jovens idosos idosos e idosos mais velhos Diferenciar envelhecimento primário de envelhecimento secundário indicad r Como tem variado a expectativa de vida quais são as causas do envelhecimento e quais são as possibilidades de estender o tempo de vida A expectativa de vida não reflete a idade média em que alguém morre Ela inclui mortes ao longo do ciclo de vida Portanto uma baixa expectativa de vida geralmente significa uma alta taxa de mortalidade infantil que puxa o número para baixo idade funcional Medida da capacidade de uma pessoa de funcionar efetivamente em seu ambiente físico e social em compa ração com outras da mesma idade cronológica gerontologia Estudo dos idosos e dos processos de envelhecimento geriatria Área da medicina relacionada aos processos de envelhecimento e aos problemas de saúde que surgem com a velhice expectativa de vida Idade máxima que uma pessoa em uma determinada coorte provavelmen te viverá dada a sua idade atual e con dições de saúde com base na média de longevidade de uma população longevidade Duração da vida de um indivíduo tempo de vida O período mais longo que os membros de uma espécie podem viver Papalia17indd 574 Papalia17indd 574 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 575 mortalidade mais altas dos homens Além disso os homens tendem a fumar e a beber mais e também estão mais expostos a toxinas peri gosas Kinsella e He 2009 Nos Estados Unidos a distância entre os gêneros aumentou para 78 anos no final da década de 1970 principalmente porque mais homens estavam morrendo de doenças relacionadas ao tabagismo doenças cardíacas e câncer de pulmão e menos mulheres morriam no parto Desde então a distância diminuiu para cerca de cinco anos Heron et al 2008 em grande parte porque mais mulheres estavam fumando Gorman e Read 2007 Com exceção do Leste Europeu e da antiga União Soviética tendências semelhantes têm sido observa das em outros países desenvolvidos Kinsella e He 2009 Devido à diferença na expectativa de vida nos Estados Unidos mulheres mais idosas são mais numerosas que homens mais velhos numa proporção de quase três para dois Administration on Aging 2006 e essa dispa ridade aumenta com o avanço da idade Diferenças regionais e raciaisétnicas A diferença nas expec tativas de vida entre países desenvolvidos e países em desenvolvi mento é enorme Em Serra Leoa país africano um homem nascido em 2009 podia esperar viver 48 anos comparado a 82 anos para um homem em São Marinho uma minúscula república encravada na Itália WHO 2011 Em média uma criança nascida num país desen volvido pode esperar viver 14 anos a mais que uma criança nascida num país em desenvolvimento Kinsella e He 2009 As melhorias mais notáveis em regiões desenvolvidas estão ocor rendo no leste asiático onde a expectativa de vida cresceu de menos de 45 anos em 1950 para mais de 72 anos nos dias de hoje Quase todas as nações apresentaram melhorias com exceções na Améri ca Latina e na África esta devido à epidemia de AIDS Kinsella e Phillips 2005 Nos Estados Unidos existem grandes disparidades raciaisétni cas socioeconômicas e geográficas no que diz respeito à expectativa de vida Ao contrário da tendên cia nacional ascendente a expectativa de vida estagnou ou mesmo vem declinando desde 1983 em muitos dos condados mais pobres da nação principalmente no Sul Profundo ao longo do rio Mississi pi na região dos Apalaches no Texas e na região das Planícies do sul Ezzati et al 2008 Em média norteamericanos brancos vivem cerca de cinco anos mais que afroamericanos embora essa diferença tenha diminuído um pouco com as reduções nas taxas de mortalidade de afroamericanos por homi cídio HIV acidentes câncer diabetes influenza pneumonia e entre as mulheres doenças cardíacas Harper et al 2007 Heron et al 2008 NCHS 2007 Afroamericanos principalmente os homens Anos 1946 Estados Unidos 2009 Estados Unidos 2009 Mundo 1900 Estados Unidos 18381854 Inglaterra e País de Gales 16871691 Breslau Idade Média Inglaterra Aproximadamente 2000 anos atrás Roma Início da Idade do Ferro e do Bronze Grécia 22 409 787 Antes de 1789 Massachusetts e New Hampshire 20 0 40 60 80 100 18 33 335 355 492 667 692 FIGURA 172 Mudanças na expectativa de vida da antiguidade aos tem pos modernos Fonte Adaptado de Katchadourian 1987 2009 dados referentes aos EUA e ao mundo Banco Mundial sd TABELA 171 Expectativa de vida em anos para Ao nascer Aos 65 anos Homens hispânicos 779 840 Mulheres hispânicas 831 867 Homens brancos 756 821 Mulheres brancas 804 847 Homens afroamericanos 692 800 Mulheres afroamericanas 762 834 Fonte Arias 2010 Papalia17indd 575 Papalia17indd 575 010213 0916 010213 0916 576 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman são mais vulneráveis a doenças e morte da primeira infância até a vida adulta intermediária do que os norteamericanos brancos Entretanto a distância começa a diminuir na fase adulta mais avançada e aos 85 anos os afroamericanos podem viver mais alguns anos do que os norteamericanos brancos Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2004 NCHS 2007 Causa certa surpresa que norteamericanos hispânicos tenham a expectativa de vida mais elevada 806 anos uma vanta gem de 25 anos sobre os norteamericanos brancos e de 77 anos sobre os afroamericanos Tabela 171 As razões para essa diferença ainda não são claras mas podem estar relacionadas a questões de estilo de vida ou efeitos de migração pex aqueles que migram para os Estados Unidos tendem a ser mais saudáveis Arias 2010 Uma nova forma de olhar para a expectativa de vida é em termos do número de anos que uma pessoa pode esperar viver com boa saúde livre de deficiências Nesse aspecto os Estados Unidos estão em 33 o lugar no mundo com uma expectativa média de vida saudável de 779 anos As razões para essa evidência relativamente ruim quando comparada com outras nações industrializadas incluem a má saúde em alguns grupos étnicos e pobres urbanos uma proporção relativamente grande de mortes relacionadas ao HIV e a deficiências físicas no início e na fase intermediária da vida adulta altas taxas de doenças do pulmão e do coração e altos níveis de violência WHO 2000 2007 POR QUE AS PESSOAS ENVELHECEM Qual é a causa da senescência um período marcado por declínios no funcionamento físico associados ao envelhecimento e por que o seu declínio varia de pessoa para pessoa Afinal de contas por que as pessoas envelhecem A maior parte das teorias sobre enve lhecimento biológico pertence a duas categorias resumidas na Tabela 172 teorias de programação genética e teorias de taxas variáveis Teorias de programação genética As teorias de programação genética susten tam que o corpo da pessoa envelhece de acordo com o relógio evolutivo normal inato dos genes Uma dessas teorias diz que o envelhecimento resulta da senescência programada desligamento de genes específicos antes que as perdas relativas à idade por exemplo na visão audição e controle motor tornemse evidentes Estudos sobre gêmeos constataram que as diferenças genéticas são responsáveis por aproximadamente um quarto da variância no tempo de vida adulto humano Essa influên cia genética é mínima antes dos 60 mas aumenta depois dessa idade Provavelmente envolve muitas variantes gênicas raras cada uma com pequenos efeitos Christensen Johnson e Vaupel 2006 Molofsky et al 2006 Willcox et al 2008 Mudanças epigenéticas diferenças relativas à ativação e à desativação de genes podem estar envolvidas e dependem da hereditariedade da influências ambientais e de certo grau de acaso Mudanças epigenéticas envolvem mudanças na expressão gênica não codificada no DNA Alguns pesquisadores sugeriram que a acumulação de alterações epigenéticas é em parte responsável pelo envelhecimento Fraga et al 2005 Skulachev et al 2009 Há porém um lado positivo Como as mudanças epigenéticas são por natu reza dinâmicas e reversíveis isso permite a possibilidade de intervenção para combater os efeitos do envelhecimento Gravina e Vijg 2010 As mitocôndrias organismos minúsculos que geram energia para os processos celulares de sempenham um papel importante na sobrevivência das células em condições de estresse Um estudo com minhocas descobriu que a fragmentação da mitocôndria prepara as células para se autodestruírem Jagasia et al 2005 e tais defeitos podem ser a principal causa do envelhecimen to Holliday 2004 Uma linha de pesquisa sugere que o envelhecimento é regulado por um encolhimento gradual dos telômeros as extremidades de proteção dos cromossomos que diminuem todas as vezes que as células se dividem Um estudo de 143 adultos normais sem qualquer vínculo de parentesco com 60 anos ou mais descobriu uma ligação entre menos telômeros no DNA do sangue e morte prematura particularmente resultante de doença cardíaca e de doença infecciosa Cawthon et al 2003 estudos mais amplos não confirmaram essa descoberta quando a idade era controlada Bischoff et al 2006 Há algumas indicações de que em vez de prever a expectativa de vida o comprimento do telômero verificador você é capaz de Distinguir entre expectativa de vida longevidade e tempo de vida Resumir tendências na expec tativa de vida incluindo dife renças de gênero regionais e étnicas senescência Período da vida marcado por declínios no funcionamento físico normalmente associados à idade começa em idades diferentes para pessoas diferentes teorias de programação genética Teorias que explicam o envelhecimento biológico como resultado de uma pro gramação geneticamente determinada O estilo de vida ativo desta japonesa con tribuiu para sua vida longa e saudável e para uma expectativa de vida longeva e saudável em seu país Papalia17indd 576 Papalia17indd 576 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 577 poderia prever quantos anos de vida serão saudáveis Njajou et al 2009 A análise de amostras de sangue de 58 mães jovens e de meiaidade sugeriu que o estresse pode provocar alterações no telôme ro Epel et al 2004 Isso pode ajudar a explicar a ligação frequentemente observada entre estresse e riscos de doenças cardiovasculares e câncer M Simon et al 2006 É provável que os processos acima apresentados estejam intimamente relacionados e resultem numa série de mudanças interagentes A disfunção mitocondrial pode causar danos no DNA o que por sua vez acelera a diminuição do comprimento do telômero e o envelhecimento Sahin e DePinho 2010 De acordo com a teoria endócrina o relógio biológico age através dos genes que controlam as mudanças hormonais Perda da força muscular acumulação de gordura e atrofia dos órgãos podem estar relacionados a declínios na atividade hormonal Lamberts van den Beld e van der Lely 1997 Rudman et al 1990 Há indicações de que o efeito da longevidade visto como resultado da restrição de calorias descrito abaixo poderia ser mediado por atividade endócrina Em outras palavras o que talvez esteja causando o aumento do tempo de vida não é consequência direta da diminuição das calorias mas resul tado das alterações na atividade endócrina provocadas pela restrição calórica Redman e Ravussin 2009 A teoria imunológica propõe que certos genes podem causar problemas no sistema imunológico Holliday 2004 KiecoltGlaser e Glaser 2001 que depois resulta em maior suscetibilidade a doenças infecções e câncer DiCarlo et al 2009 Outra variante da teoria de programação genética é a teoria evolucionista do envelhecimento Segundo essa teoria a adequação reprodutiva é a principal meta da seleção natural Assim a seleção natural age com mais vigor sobre os indivíduos jovens que têm diante de si muitos anos de reprodução potencial E qualquer traço que favoreça ou beneficie a juven tude será mantido e disseminado entre a população mesmo que os efeitos sejam prejudiciais para o indivíduo mais tarde na vida Portanto os danos acumulamse ao longo do ciclo de vida em benefício da reprodução mas à custa da saúde e da longevidade Baltes 1997 Como explicar então a longevi dade dos seres humanos Uma hipótese é a de que o tempo de vida aumenta quando adultos não têm de competir com os jovens por recursos disponíveis Travis 2004 Outra proposta é que os humanos continuam a servir a um propósito de reprodução por meio do cuidado contínuo de seus mais jovens Lee 2003 Rogers 2003 Teorias de taxas variáveis As teorias de taxas variáveis algumas vezes chamadas de teorias dos erros consideram o envelhecer como resultado de processos randômicos que variam de pessoa para pessoa e envolvem danos resultantes de erros aleatórios ou agressões ambientais nos sistemas biológicos Uma dessas teorias a teoria do desgaste afirma que o corpo envelhece como resultado do TABELA 172 Teorias sobre o envelhecimento biológico Teorias de programação genética Teorias de taxas variáveis Teoria da Senescência Programada Envelhecer é o resultado de uma ativação e desativação contí nua de certos genes Senescência é o tempo em que os déficits associados ao resultado da idade ficam evidentes Teoria do Desgaste Normal Células e teci dos têm partes vitais que se desgastam Teoria Endócrina Relógios biológicos atuam por meio de hormônios para controlar o passo do envelhecimento Teoria dos Radicais Livres Danos acumu lados de radicais de oxigênio causam paradas no funcionamento de células e de órgãos Teoria Imunológica Um declínio programado em funções do sistema imunológico leva a uma crescente vulnerabilidade com predisposição para doenças infecciosas e portanto para o en velhecimento e morte Teoria da Taxa de Vida Quanto maior a taxa de metabolismo de um organismo me nor é o seu tempo de vida Teoria Evolucionista Envelhecer é um traço evoluti vo que possibilita aos membros de uma espécie viver somente o suficiente para reproduzir Teoria da Autoimunidade O sistema imu nológico tornase confuso e ataca suas próprias células corporais Fonte Adaptado de NIHNIA 1993 p 2 teorias de taxas variáveis Teorias que explicam o envelhecimento biológico como o resultado de proces sos que variam de pessoa para pessoa e são influenciados pelos ambientes interno e externo algumas vezes cha madas de teorias dos erros Papalia17indd 577 Papalia17indd 577 010213 0916 010213 0916 578 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman acúmulo de danos ao sistema no nível molecular Hayflick 2004 Holliday 2004 Conforme descrito no Capítulo 3 as células do corpo multiplicamse constantemente por divisão celular esse processo é essencial para equilibrar a morte programada de células em uso ou potencialmente perigosas e manter órgãos e sistemas funcionando apropriadamente À medida que envelhecemos as células tornamse menos capazes de reparar ou substituir partes danificadas Estressores internos e externos incluindo o acúmulo de substâncias prejudiciais como os subprodutos químicos do metabolismo podem agravar o processo de desgaste A teoria dos radicais livres concentrase nos efeitos danosos dos radicais livres moléculas ou átomos instáveis e altamente reativos formados durante o metabolismo que reagem com e podem danificar membranas celulares proteínas das células gorduras carboidratos e até o DNA Os danos provocados pelos radicais livres se acumulam com a idade eles têm sido associados à artrite distrofia muscular catarata câncer diabetes de ação tardia e transtornos neurológicos como o mal de Parkin son Stadtman 1992 Wallace 1992 O apoio para a teoria dos radicais livres vem de uma pesquisa em que moscas de frutas com cópias extras de genes que eliminam radicais livres viveram um terço a mais do que o normal Orr e Sohal 1994 Inversamente uma linhagem de ratos criados sem um gene chamado MsrA que normalmente protege contra radicais livres teve tempo de vida mais curto do que o normal Moskovitz et al 2001 Antioxidantes são moléculas que estabilizam a ação de radicais livres e teoricamente podem ser usados para evitar seus efeitos negativos Infelizmente a suplementação com antioxidantes não tem sido útil em prolongar o tempo de vida humano e alguns estudos até mostraram efeitos negativos dos suplementos de antioxidantes em humanos No entanto ensaios randomizados adicionais com humanos são necessários para investigar com mais profundidade esses efeitos Bjelakovic et al 2009 A teoria da taxa de vida sugere que o corpo pode trabalhar até certo ponto e isso é tudo quanto mais rápido ele trabalha mais energia usa e mais rápido o desgaste Assim a velocidade do metabolis mo ou o uso da energia determina o tempo de vida Os peixes cujo metabolismo é reduzido quando colocados em água mais fria vivem mais tempo do que viveriam em água morna Schneider 1992 É claro que as dietas de calorias reduzidas cujos efeitos segundo se constatou aumentam o tempo de vida podem também causar impacto aqui já que reduções no consumo de calorias também resultam em metabolismo mais lento Apresentaremos evidências adicionais para a teoria da taxa de vida e para a restrição dietética na próxima seção A teoria autoimune sugere que um sistema imunológico envelhecido pode tornarse confuso e liberar anticorpos para atacar as próprias células Esse mau funcionamento chamado de autoimu nidade é portanto responsável pelas doenças e transtornos relacionados à idade Holliday 2004 As teorias de taxas variáveis e de programação genética têm implicações práticas Se os humanos estão programados para envelhecer em uma determinada proporção ou taxa pouco podem fazer para retardar o processo exceto tentar alterar os genes apropriados Se por outro lado envelhecer é variável então um estilo de vida e práticas saudáveis podem influenciar Entretanto não há evidências que apoiem a profusão dos remédios antienvelhecimento que existem no mercado International Longevity Center 2002 Olshansky Hayflick e Carnes 2002a 2002b Olshansky Hayflick e Perls 2004 Em vez de procurar por medicamentos antienvelhecimento muitos gerontologistas anseiam que mais recursos sejam destinados à pesquisa sobre a medicina da longevidade formas para com bater doenças específicas e assim prolongar a vida International Longevity Center 2002 Olshansky et al 2002a Além do mais alguns pesquisadores sugeriram que em vez de se preocupar em como estender o tempo de vida humano faz mais sentido considerar como podemos melhorar a saúde hu mana enquanto envelhecemos Partridge 2010 É provável que várias dessas perspectivas teóricas ofereçam partes da verdade Os fatores am bientais controlados e o estilo de vida podem interagir com os fatores genéticos para determinar por quanto tempo uma pessoa viverá e em quais condições E também é possível que aqui estejam em jogo processos epigenéticos Migliore e Coppede 2008 Segundo uma teoria atual que incorpora as teorias de taxa variável e teoria evolucionista Hayfli ck 2004 a seleção natural resulta em recursos de energia suficientes apenas para manter o corpo até a reprodução Após a reprodução a energia remanescente é insuficiente para continuar a manter a integridade molecular do organismo e das células do corpo Conforme o tempo passa elas deterioram aleatoriamente além da capacidade do corpo de reparálas resultando em uma vulnerabilidade cres cente que leva à doença e à morte Embora todos passem pelo mesmo processo de envelhecimento a velocidade do envelhecimento varia de célula para célula de tecido para tecido e de órgão para órgão radicais livres Moléculas ou átomos instáveis e alta mente reativos formados durante o metabolismo que podem causar danos físicos internos metabolismo Conversão de alimento e oxigênio em energia autoimunidade Tendência de um corpo envelhecido a confundir seus próprios tecidos com invasores externos atacandoos e destruindoos Papalia17indd 578 Papalia17indd 578 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 579 POR QUANTO TEMPO A VIDA PODE SER PROLONGADA A ideia de que as pessoas podem controlar o tempo e a qualidade de suas vidas nos remete a Luigi Cor naro um nobre do século XVI da Itália renascentista Haber 2004 Cornaro praticava a moderação em todas as coisas e viveu até os 98 anos perto do que os cientistas já consideravam o limite máximo para um tempo de vida humano Hoje em dia esse limite já foi ultrapassado por um número cada vez maior de centenários pessoas que passaram dos 100 Quadro 171 É possível que os seres humanos vivam mais tempo do que isso Até recentemente curvas de sobrevivência porcentagens de pessoas ou animais que vivem até idades diversas apoiavam a ideia de um limite biológico para o tempo de vida com um número cres cente de membros de uma espécie morrendo à medida que se aproximam dele Embora muitas pessoas possam viver mais tempo do que no passado as curvas ainda terminam por volta dos 100 anos Essa ob servação sugere que apesar da saúde e da capacidade física o tempo máximo de vida não é muito maior Leonard Hayflick 1974 descobriu que células humanas se dividem no laboratório não mais do que 50 vezes Isso é chamado de limite de Hayflick e foi demonstrado que esse limite é genetica mente controlado Se conforme sugerido por Hayflick 1981 as células passam pelo mesmo processo curvas de sobrevivência Curvas de um gráfico que mostram os percentuais de uma população que sobrevive em cada faixa etária limite de Hayflick Limite geneticamente controlado pro posto por Hayflick sobre o número de vezes que as células podem se dividir em membros de uma espécie pesquisa em ação CENTENÁRIOS Um século atrás a maioria das pessoas não chegava ao seu 50 o aniversário Hoje pessoas com mais de 100 anos são um segmento crescente na população mundial Os pesquisadores estimam que em 2040 haverá 23 milhões de centenários no mundo inteiro uma mudança de 746 desde 2005 Kinsella e He 2009 Gerontologistas de prestígio preocupamse com o fato de um tempo de vida mais longo significar um aumento no núme ro de pessoas com doenças crônicas mas essa previsão talvez não venha necessariamente a se realizar Extraordinariamente entre 424 centenários nos Estados Unidos e no Canadá apro ximadamente metade dos homens e das mulheres não apre sentava doenças cardíacas AVC e câncer que não câncer de pele as três causas mais comuns de mortalidade na velhice Os pesquisadores encontraram três padrões alternativos nos históricos de saúde dos centenários Quase 1 em 5 32 dos homens e 15 das mulheres estavam ilesos não tinham ne nhuma doença Os sobreviventes 24 dos homens e 43 das mulheres tinham sido diagnosticados com uma doença as sociada à idade como AVC cardiopatia câncer hipertensão diabetes ou doença pulmonar obstrutiva crônica antes dos 80 anos mas conseguiram sobreviver A categoria maior os prote ladores 44 dos homens e 42 das mulheres tinham conse guido retardar o início das doenças relacionadas à idade até os 80 anos ou depois No total 87 dos homens e 83 das mulhe res tinham evitado ou retardado o surgimento dessas doenças Evert et al 2003 O que poderia explicar esse padrão Uma possibilidade são genes excepcionais Os centenários tendem a estar relati vamente livres de genes ligados a doenças fatais relacionadas à idade como câncer e Alzheimer Uma região do cromosso mo 4 compartilhada por muitos dos centenários estudados tem sido vinculada a uma vida excepcionalmente longa Perls Kunkel e Puca 2002a 2002b Puca et al 2001 e também ao envelhecimento saudável Reed et al 2004 Em outra pesqui sa um gene variante estudado em pessoas de descendência judaica ashkenazi Leste Europeu de 95 anos ou mais pare cia proteger a memória e a capacidade de pensar e aprender Barzilai et al 2006 Centenários estudados em oito cidades da Nova Inglaterra apresentam grande variação em nível educacional nível socio econômico religião etnia e padrões dietéticos Alguns são ve getarianos e outros comem bastante gordura saturada Alguns eram atletas e outros não faziam atividade física No entanto poucos eram obesos e fumantes inveterados são raros entre eles Há um número desproporcional de mulheres que nunca casaram e entre aquelas que são mães um número despro porcional teve filhos depois dos 40 O único traço de persona lidade compartilhado é a capacidade de administrar o estresse Perls Alpert e Fretts 1997 Perls HutterSilver e Lauerman 1999 Silver et al 1998 Talvez essa qualidade fosse mais bem exemplificada por Anna Morgan de Rehoboth Massachusetts Antes de morrer aos 101 anos ela providenciou o seu próprio funeral Não quero que meus filhos se preocupem com tudo isso explicou ela aos pesquisadores Sabe eles são velhos Hilts 1999 qual a sua opinião Você já conheceu alguém que viveu mais de 100 anos Em caso afirmativo a que essa pessoa atribuía sua longevidade Ele ou ela tinha familiares que também vive ram muito tempo 171 o Papalia17indd 579 Papalia17indd 579 010213 0916 010213 0916 580 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman tanto no corpo quanto na cultura de laboratório deve haver um limite biológico de tempo de vida para as células humanas e portanto de vida humana um limite que Hayflick estimou em 110 anos Entretanto o padrão parece mudar em idades bem avançadas Na Suécia por exemplo o tempo máximo de vida aumentou de aproxima damente 101 anos em 1860 para 108 anos em 1990 em razão sobretu do da redução de mortes após os 70 anos Wilmoth et al 2000 Além disso as taxas de mortalidade de fato diminuíram depois dos 100 Coles 2004 As pessoas com 110 anos não têm maior probabilidade de morrer em determinado ano do que aquelas com 80 Vaupel et al 1998 Em outras palavras pessoas suficientemente resistentes para chegar a uma determinada idade provavelmente viverão ainda mais tempo Razão pela qual a expectativa de vida aos 65 anos por exemplo é maior do que a expectativa de vida ao nascer Administration on Aging 2006 Por essas e outras evidências demográficas pelo menos um pesquisador sugeriu que não há limite fixo para o tempo de vida humano Wilmoth 2000 No entanto modelos matemáticos mais novos incrementados por dados sobre mulheres suecas longevas sugerem que o tempo de vida máximo para humanos pode estar em algum ponto na faixa dos 126 anos Weon e Je 2009 Como a genética desempenha um papel pelo menos parcial na lon gevidade humana Coles 2004 alguns acreditam que a ideia de um au mento exponencial no tempo de vida humano é fantasiosa Ganhos na expectativa de vida desde a década de 1970 têm ocorrido por reduções em doenças relacionadas à idade como doenças cardíacas câncer e AVC e outros ganhos serão mais difíceis de serem alcançados a menos que os cientistas descubram formas de modificar os processos básicos de enve lhecimento um feito considerado impossível por alguns gerontologistas Hayflick 2004 Holliday 2004 Pesquisas realizadas com animais entretanto desafiam a ideia de um limite biológico inalterável para cada espécie Cientistas têm prolongado o tempo de vida saudável de minhocas moscas de frutas e camundongos por meio de ligeiras mutações genéticas Ishii et al 1998 TE Johnson 1990 Kolata 1999 Lin Seroude e Benzer 1998 Parker et al 1998 Pennisi 1998 Essa pesquisa sugere a possibilidade de retardar o envelhecimento e um aumento significativo nos tempos de vida médio e máximo Arking Novoseltsev e Novoseltseva 2004 Em seres humanos naturalmente o controle genético de um processo biológico pode ser muito mais complexo Em razão de nenhum processo ou gene simples parecer ser responsável pelo envelhecimento e pelo fim da vida é menos provável que encontremos soluções genéticas rápidas para o envelhecimento humano Holliday 2004 Olshansky et al 2002a Além do mais as espécies usadas nos testes de extensão do tempo de vida vivem muito menos tempo que os humanos Assim técnicas que se mostram promisso ras nessas espécies de vida curta podem não se aplicar a humanos No entanto uma abordagem mais geral e holística com medicamentos utilizados antes do advento de doenças relacionadas à idade poderá ser mais promissora em estender a vida dos humanos Partridge 2010 Uma linha de pesquisa muito promissora inspirada nas teorias da taxa de vida que consideram a velocidade do metabolismo ou o uso de energia como um fator crucial determinante de envelheci mento é a de restrição dietética Descobriuse que uma drástica redução de calorias embora ainda incluindo todos os nutrientes necessários prolonga muito a vida em minhocas peixes e macacos na verdade em quase todas as espécies animais testadas Bodkin et al 2003 Heilbronn e Ravussin 2003 Weindruch e Walford 1988 Uma análise crítica abrangendo 15 anos de pesquisa sugere que a restrição calórica pode ter efeitos benéficos sobre o envelhecimento humano e a expectativa de vida Fontana e Klein 2007 A Sociedade de Restrição Calórica The Calorie Restriction Society pratica a restrição calórica voluntária evitando alimentos industrializados ricos em carboidratos refinados e óleos parcialmente hidrogenados Em comparação com gruposcontrole com dieta caracteristicamente ocidental os membros da sociedade apresentam muitas daquelas melhorias encontradas nas funções metabólicas Se você pudesse viver o quanto quisesse quanto tempo escolheria viver Quais os fatores que afetariam sua resposta Pessoas que quando jovens sustentavam estereótipos negativos sobre os idosos estavam mais propensas a ter problemas cardíacos mais tarde Levy et al Edna Parker segurando uma rosa que recebeu no seu 115 o aniversário em Shelbyville Indiana A sra Parker nasceu em 1893 e morreu em 2008 com 115 anos e 220 dias Comprovadamente ela foi a 14 a supercentenária mais velha da história Papalia17indd 580 Papalia17indd 580 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 581 e nos órgãos de macacos rhesus alimentados com restrições calóricas entre elas uma baixa por centagem de gordura corporal e redução na incidência de diabetes câncer e doenças relacionadas á idade Macacos sob restrição calórica também apresentam menos casos de atrofia cerebral que por vezes acompanha o envelhecimento Colman et al 2009 Não se sabe porém qual a quantidade ideal de restrição calórica para seres humanos nem tampouco se há quaisquer efeitos adversos resultantes de uma restrição tão extrema Além disso não está claro se a magreza induzida por exercícios tem os mesmos efeitos positivos que a magreza resultante de mera restrição calórica Por essas razões e porque uma dieta de baixa caloria exige muita disciplina há um interesse cada vez maior em desenvolver medicamentos que mimetizem os efeitos da restrição calórica Fontana Klein e Holloszy 2010 Se algum dia os seres humanos realizarem o antigo sonho de encontrar uma fonte da juventude alguns gerontologistas temem um aumento das enfermidades incapacitantes e doenças relacionadas à idade Banks e Fossel 1997 Cassel 1992 Stock e Callahan 2004 Treas 1995 Entretanto estudos sobre o prolongamento da vida em animais e pesquisas em seres humanos centenários sugerem que tais temores podem não ser concretizados e que as doenças fatais surgiriam muito próximas do final da vida International Longevity Center 2002 Mudanças físicas Algumas mudanças físicas costumam estar associadas ao envelhecimento sendo óbvias para um ob servador casual embora afetem mais algumas pessoas do que outras A pele mais velha tende a se tornar mais pálida e menos elástica e assim como a gordura e os músculos encolhem a pele fica enru gada São comuns varizes nas pernas O cabelo fica mais fino grisalho e depois branco e os pelos do corpo tornamse mais ralos Adultos mais velhos diminuem um pouco de tamanho em razão do atrofiamen to dos discos entre as vértebras da espinha Especialmente em mulheres com osteopo rose o afinamento dos ossos pode causar cifose mais conhecida como corcundez uma curvatura exagerada da coluna verte bral que geralmente ocorre entre 50 e 59 anos Ball 2009 Além disso a composição química das alterações ósseas cria um risco maior de fraturas Mudanças menos visíveis mas igualmente importantes afetam os órgãos internos e o organismo em geral o cérebro e o funcionamento sexual motor e sensorial MUDANÇAS ORGÂNICAS E SISTÊMICAS Mudanças no funcionamento sistêmico e orgânico são altamente variáveis entre os indivíduos Alguns organismos declinam rapidamente outros quase nada Figura 173 O envelhecimento e mais o es tresse crônico podem enfraquecer a função imunológica fazendo as pessoas mais idosas ficarem mais suscetíveis a infecções respiratórias KiecoltGlaser e Glaser 2001 e com menor probabilidade de se recuperarem Koivula Sten e Makela 1999 O estresse crônico em adultos mais velhos também está relacionado à inflamação crônica de baixa intensidade Bauer Jeckel e Luz 2009 O sistema diges tivo em contrapartida permanece relativamente eficiente embora adultos mais velhos apresentem maior risco de desnutrição Harris et al 2008 O ritmo do coração tende a se tornar mais lento e mais irregular Depósitos de gordura acumulada em torno do coração podem interferir no seu funcio namento e a pressão arterial muitas vezes sobe A capacidade de reserva ou reserva orgânica é uma capacidade extra que ajuda os organis mos a funcionar até seus limites em tempos de estresse O fato de uma pessoa saudável poder doar um rim ou um pulmão e ainda sobreviver ilustra esse conceito Com a idade os níveis de reserva tendem a cair e muitas pessoas idosas não podem responder às demandas físicas extras tão bem como antes Uma pessoa que costumava ser capaz de limpar a neve e depois esquiar agora pode exaurir a sua capacidade cardíaca apenas limpando a neve ou talvez tenha que parar de limpála verificador você é capaz de Comparar dois tipos de teorias de envelhecimento biológico e discutir suas im plicações e evidências Discutir as descobertas feitas em pesquisas sobre extensão da vida e suas limitações em seres humanos Quais são as mudanças físicas que ocorrem durante a velhice e como essas mudanças variam entre os indivíduos indicad r A cifose não é inevitável exercícios para a extensão da coluna vertebral podem ajudar a evitála ou retardála Ball 2009 capacidade de reserva Capacidade dos sistemas e órgãos de acrescentar de quatro a 10 vezes mais energia do que o normal em situação de estresse agudo também chamada de reserva orgânica verificador você é capaz de Resumir as alterações e va riações comuns no funciona mento sistêmico que ocorrem na velhice Papalia17indd 581 Papalia17indd 581 010213 0916 010213 0916 582 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Ainda assim muitos adultos mais velhos dificilmente notam mudan ças no funcionamento orgânico Muitas atividades não exigem nível máxi mo de desempenho Diminuindo um pouco o ritmo a maioria dos adultos idosos pode fazer quase tudo o que precisa e deseja O ENVELHECIMENTO DO CÉREBRO Normalmente as mudanças que ocorrem com o envelhecimento do cérebro de pessoas saudáveis são sutis e fazem pouca diferença em seu funcionamento variando consideravelmente de uma pessoa para outra de uma região do cérebro para outra e de um tipo de tarefa para ou tro Além disso a plasticidade do cérebro pode reorganizar os circuitos neuronais para responder ao desafio do envelhecimento neurobiológico Park e Gutchess 2006 p 107 Alguns pesquisadores sugeriram que a contínua flexibilidade e plasticidade do cérebro é responsável pelo fato de que embora a velocidade de processamento a memória e a inibição en trem em declínio com a idade avançada na verdade existem incrementos na atividade préfrontal Park e ReuterLorenz 2009 Do mesmo modo estudos de RMI mostraram que quando envolvido em tarefas cognitivas o cérebro de adultos mais velhos apresenta uma ativação mais difusa que o cérebro de adultos mais jovens Brayne 2007 Esses processos podem ser compensatórios Com o declínio em certas áreas o cérebro contorna esses problemas utilizando vias cognitivas alternativas e assim o declínio observado no envelhecimento do cérebro não é tão grave como de outra forma poderia ter sido Na vida adulta tardia o cérebro aos poucos diminui de volume e de peso especialmente no córtex préfrontal que controla as funções exe cutivas Park e Gutchess 2006 von Hippel 2007 Esse encolhimento gradual antes foi atribuído à perda de neurônios células nervosas No entanto a maioria dos pesqui sadores agora concorda em que exceto em certas áreas específicas do cérebro como o cerebelo que coordena a atividade sensorial e motora a perda neuronal não é substancial e não afeta a cognição Burke e Barnes 2006 Finch e Zelinski 2005 Entretanto quando aumenta o ritmo dessas mudan ças no cérebro declínios cognitivos são cada vez mais prováveis Carlson et al 2008 Outra mudança característica é a diminuição na quantidade ou densidade do neurotransmissor dopamina devido à perda de sinapses conexões neuronais Os receptores de dopamina são importantes na medida em que ajudam a regular a atenção Park e ReuterLorenz 2009 Não causa surpresa que esse declínio geralmente resulte em um tempo de resposta mais lento embora em algumas tarefas com plexas como a digitação adultos mais velhos respondam mais rapidamente que adultos mais jovens Já aos 50 a bainha de mielina que permite a rápida transmissão dos impulsos neuronais entre regiões do cérebro começa a diminuir Hinman e Abraham 2007 Essa deterioração da mielina do cérebro ou matéria branca está associada ao declínio cognitivo e motor AndrewsHanna et al 2007 Finch e Zelinski 2005 Exames pósmorte do tecido cerebral realizados em 30 pessoas com idade entre 26 e 106 anos constataram danos significativos ao DNA em certos genes que afetam a aprendizagem e a memória na maioria das pessoas muito velhas e algumas de meiaidade Lu et al 2004 Embora adultos com mais de 90 anos tenham uma probabilidade mais de 25 vezes maior de desenvolver demência do que adultos entre 65 e 69 anos Brayne 2007 essa deterioração não é inevitável O exame pósmorte do cérebro de uma holandesa que morreu aos 115 anos não encontrou nenhuma evidência de demência Entre dois e três anos antes de sua morte seu desempenho neurológico e cognitivo foi melhor do que a média de pessoas entre 60 e 75 anos den Dunnen et al 2008 Nem todas as mudanças no cérebro são destrutivas Os pesquisadores descobriram que cérebros mais velhos podem criar novas células nervosas a partir de célulastronco algo impensado no passa do Evidências de divisão celular foram encontradas no hipocampo uma região do cérebro envolvida na aprendizagem e na memória Eriksson et al 1998 Van Praag et al 2002 Parece provável que 100 20 40 60 80 0 30 40 50 60 70 80 Idade Desempenho comparado com pessoas normais de 30 anos porcentagem Decremento porcentagem 100 80 60 40 20 0 Nível de glicose no sangue em jejum Velocidade de condução nervosa enzimas celulares Índice cardíaco em repouso Capacidade vital fluxo sanguíneo renal Capacidade máxima de respiração Ritmo de atividade máximo captação de O2 FIGURA 173 Declínio no funcionamento de órgãos As diferenças na eficiência funcional dos vários sistemas do corpo são mínimas em jovens adultos mas aumentam na velhice Fonte Katchadourian 1987 Papalia17indd 582 Papalia17indd 582 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 583 em seres humanos a atividade física combinada aos desafios cognitivos possa promover o crescimento de novas células no hipocampo Fabel e Kempermann 2008 Alterações no cérebro podem ter consequências sociais e cognitivas A perda da função executiva no córtex préfrontal pode diminuir a capacidade de inibir pensamentos inadequadas ou indesejáveis assim adultos mais velhos poderão falar demais sobre questões aparentemente sem relação com o tema da conversa No lado positivo a amígdala a sede das emoções reduz suas respostas negativas a eventos mas não as positivas assim os adultos mais velhos tendem a ser mais construtivos na solução de conflitos do que os adultos mais jovens von Hippel 2007 FUNÇÕES SENSORIAIS E PSICOMOTORAS Diferenças individuais nas funções sensóriomotoras aumentam com a idade SteinhagenThiessen e Borchelt 1993 Algumas pessoas mais idosas declinam rapidamente outras percebem suas habilida des virtualmente inalteradas Um homem de 80 anos pode ouvir cada uma das palavras ditas em uma conversa cochichada outro não pode ouvir a campainha Uma mulher de 70 anos corre oito quilôme tros diariamente outra não consegue dar uma volta no quarteirão A diminuição da capacidade tende a ser mais severa entre os idosos mais avançados Problemas auditivos e visuais podem priválos de relacionamentos sociais e de independência Desai et al 2001 ONeill Summer e Shirey 1999 e problemas motores podem limitar atividades diárias Visão e audição Olhos mais velhos precisam de mais luz para ver são mais sensíveis ao brilho e podem ter problemas para localizar e ler sinais Assim dirigir veículos pode tornarse perigoso espe cialmente à noite Adultos mais velhos podem ter dificuldade com a percepção de profundidade ou de cor ou com atividades diárias como ler costurar comprar e cozinhar Desai et al 2001 Perdas na sensibilidade de contraste visual podem ocasionar dificuldades para ler letras miúdas ou impressos muito claros Akutsu et al 1991 Kline e Scialfa 1996 Problemas de visão também podem causar acidentes e quedas Kulmala et al 2009 Muitos adultos mais velhos em residências comunitárias relatam dificuldade para se banhar vestir e andar pela casa em parte porque estão visualmente debi litados Desai et al 2001 Pessoas com perdas visuais moderadas geralmente podem ser ajudadas por lentes corretivas ou mudanças no ambiente Ainda assim 17 dos adultos mais velhos nos Estados Unidos e 30 daque les com 85 anos ou mais têm dificuldade em ver mesmo quando usam óculos ou lentes de contato Schoenborn Vickerie e PowellGriner 2006 e as mulheres geralmente apresentam mais deficiências do que os homens pelo menos até os 85 anos Schoenborn e Heyman 2009 verificador você é capaz de Identificar várias alterações no cérebro relacionadas à ida de e seus efeitos nas funções cognitivas e sociais Na degeneração macular relacionada à idade a principal causa de deficiência visual em adultos mais velhos o centro da retina gradualmente perde a capacidade de distinguir detalhes Nestas fotos à esquerda temos uma imagem como é vista por uma pessoa com visão normal e à direita a mesma imagem como é vista por uma pessoa com degeneração macular Papalia17indd 583 Papalia17indd 583 010213 0916 010213 0916 584 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A catarata área turva ou opaca nas lentes dos olhos é comum em adultos mais velhos e por fim causa visão embaçada Schaumberg et al 2004 A cirurgia de remoção de catarata nor malmente é bemsucedida e é uma das operações mais comuns entre norteamericanos idosos A degeneração macular relacionada à idade em que o centro da retina gradualmente perde a habilidade de distinguir detalhes nitidamente é a principal causa de deficiência visual em adultos idosos Em sua manifestação mais comum as próprias células retinais degeneramse com o tempo e finalmente tornamse não funcionais Em alguns casos tratamentos como cirurgia a laser terapia fotodinâmica e suplementos de zinco e antioxidantes podem evitar perdas futuras de visão Founda tion Fighting Blindness 2005 O glaucoma é um dano irreversível ao nervo óptico causado pelo aumento da pressão nos olhos se não for tratado pode levar à cegueira O tratamento logo no início pode abaixar a pressão elevada nos olhos e retardar a doença Heijl et al 2002 No mundo inteiro o glaucoma é a segunda causa de cegueira Quigley e Broman 2006 No entanto mesmo com tratamento 10 das pessoas que têm glaucoma acabarão ficando cegas Glaucoma Research Foundation 2010 Deficiências auditivas aumentam com a idade e afetam 316 dos norteamericanos entre 65 e 74 anos e 621 daqueles com 85 anos ou mais Os homens estão mais propensos a ter perda de audição do que as mulheres e os brancos mais do que os negros Schoenborn e Heyman 2009 A perda da audição pode contribuir para uma falsa percepção de que a pessoa idosa seja distraída desatenta e irritável e isso influi negativamente em seu bemestar afetando também o cônjuge ou parceiro Wallhagen et al 2004 E também pode contribuir para dificultar a lembrança do que os outros dizem Wingfield Tun e McCoy 2005 Aparelhos auditivos podem ajudar mas são caros e podem amplificar os ruídos de fundo junto com os sons que a pessoa quer ouvir Mudanças no projeto do ambiente assim como luzes mais fortes para leitura a opção de legenda nos aparelhos de televisão e amplificadores embutidos no telefone podem ajudar muitos adultos mais velhos com limitações sensoriais Força resistência equilíbrio e tempo de reação Adultos em geral perdem cerca de 10 a 20 de sua força até os 70 anos e muito mais depois disso A resistência diminui de forma mais consis tente com a idade principalmente entre as mulheres do que alguns outros aspectos da capacidade física como a flexibilidade Van Heuvelen et al 1998 Declínios na força e na energia muscular resultam de uma combinação de envelhecimento natural diminuição da atividade e doença Barry e Carson 2004 Essas perdas parecem ser parcialmente reversíveis Em estudos controlados com pessoas en tre 60 e 90 anos programas de treinamento com peso treinamento de força ou treinamento de resistência de oito semanas a dois anos aumentaram a força tamanho e mobilidade muscular ve locidade resistência e força muscular das pernas e atividade física espontânea Ades et al 1996 Fiatarone et al 1990 1994 Foldvari et al 2000 McCartney et al 1996 Embora esses ganhos possam resultar até certo ponto de aumento da massa muscular o principal fator nos adultos idosos é provavelmente uma adaptação induzida por treinamento na habilidade do cérebro para ativar e coordenar a atividade muscular Barry e Carson 2004 Essa evidência de plasticidade em adultos mais idosos é muito importante porque pessoas cujos músculos atrofiaram têm maior probabilidade de sofrer quedas e fraturas e precisar de ajuda para tarefas do cotidiano Agency for Healthcare Research and Quality and CDC 2002 De fato o treinamento com peso tem sido usado para restaurar as funções físicas em idosos que se recuperam de cirurgia de substituição do quadril e tem se mostrado muito mais eficaz do que a terapia física padrão geralmente aplicada na reabilitação Suetta et al 2008 Quedas e os ferimentos que geralmente as acompanham são a principal causa de hospitaliza ção de idosos Centers for Disease Control Merck Company Foundation 2007 Muitas quedas e fraturas podem ser evitadas fortalecendo a força muscular o equilíbrio e a velocidade no caminhar e eliminando os perigos domésticos Agency for Healthcare Research and Quality and CDC 2002 NIH Consensus Development Panel 2001 Tabela 173 A arte marcial coreana do tae kwon do é eficaz em melhorar o equilíbrio e a capacidade de andar Cromwell et al 2007 Em um estudo o treinamento de resistência pesada que envolve o rápido levantamento de pesos foi bem tolerado por mulheres entre 60 e 89 anos resultando em aumento da energia e da força muscular e conse quentemente diminuindo o risco de quedas Casserotti et al 2008 catarata Áreas turvas ou opacas nas lentes dos olhos que causam visão embaçada degeneração macular relacionada à idade Condição em que o centro da retina perde gradualmente a sua habilidade de discernir detalhes refinados É a principal causa da debilidade visual irreversível em adultos idosos glaucoma Dano irreversível ao nervo óptico causado pelo aumento da pressão nos olhos Papalia17indd 584 Papalia17indd 584 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 585 O SONO Pessoas idosas tendem a dormir menos e sonhar menos do que antes Suas horas de sono profundo são mais curtas e elas podem acordar mais facilmente em razão de problemas físicos exposição à luz Czeisler et al 1999 Lamberg 1997 ou talvez como resultado de mudanças relacionadas à idade na capacidade do corpo de regular os ciclos circadianos de sono e vigília Cajochen et al 2006 Entre tanto a suposição de que distúrbios do sono são normais no idoso pode ser perigosa A insônia crônica pode ser um sintoma ou quando não tratada um precursor de depressão Sono em excesso ou falta de sono estão associados a um risco maior de mortalidade Gangswisch 2008 Medicamentos como os benzodiazepínicos são muito usados para tratar distúrbios do sono Sal zman 2008 Além disso a terapia cognitivocomportamental ficar na cama somente quando estiver dormindo levantar no mesmo horário todas as manhãs e aprender sobre falsas crenças em relação às necessidades de sono tem produzido melhoras a longo prazo com ou sem tratamento com remédios Morin et al 1999 Reynolds Buysse e Kupfer 1999 FUNÇÕES SEXUAIS O fator mais importante para a manutenção das funções sexuais é a atividade sexual consistente ao longo dos anos Em uma pesquisa nacional 53 dos norteamericanos adultos entre 65 e 74 anos e 26 dos idosos entre 75 e 85 anos declararam ser sexualmente ativos Os homens estão muito mais propensos do que as mulheres a permanecerem sexualmente ativos na velhice em grande parte porque sendo menos numerosos têm maior probabilidade de ter uma esposa ou parceira Lindau et al 2007 O sexo na vida adulta tardia é diferente do que era antes Geralmente os homens levam mais tempo para ter uma ereção e ejacular podem precisar de estímulo manual e podem vivenciar in tervalos mais longos entre as ereções O intumescimento dos seios nas mulheres e outros sinais de excitação sexual são menos intensos do que antes e elas podem ter problemas com a lubrificação Na pesquisa acima mencionada cerca de metade dos homens e mulheres que eram sexualmente Em estudo recente cerca de um terço dos homens entre 75 e 95 anos de idade declarou ter feito sexo no ano anterior Hyde et al 2010 TABELA 173 Lista de verificação para evitar quedas em casa Escadas corredores e passagens Sem impedimentos Boa iluminação principalmente no topo das escadas Interruptores de luz no topo e na base das escadas Corrimões bem fixados em ambos os lados e ao longo de toda a escada Tapetes bem colados e sem rasgos faixas de textura áspera e abrasiva para assegurar apoio para os pés Banheiros Barras de metal devidamente posicionadas dentro e fora de banheiras e chuveiros e perto dos vasos sanitários Capachos não escorregadios faixas abrasivas ou carpetes em todas as superfícies que possam ficar úmidas Luzes noturnas Quartos Telefones e luzes noturnas ou interruptores próximos da cama Todas as áreas da residência Fios elétricos e fios de telefone fora do caminho Tapetes e carpetes bem presos ao chão Nada de pregos expostos ou frisos soltos na soleira da porta Mobília e outros objetos em lugares conhecidos e fora do ca minho bordas das mesas arredondadas ou acolchoadas Sofás e cadeiras de altura apropriada para sentar e levantar com facilidade Fonte Adaptada de NIA 1993 Papalia17indd 585 Papalia17indd 585 010213 0916 010213 0916 586 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman ativos relataram problemas sexuais Lindau et al 2007 Problemas de saúde costumam afetar mais a vida sexual das mulheres do que a dos homens mas saúde mental precária e insatisfação com o relacionamento estão associadas à disfunção sexual tanto nos homens quanto nas mulheres Laumann Das e Waite 2008 A atividade sexual pode ser mais satisfatória para pessoas mais velhas quando elas reconhecem que ela é uma atividade normal e saudável Familiares e cuidadores devem considerar as necessida des sexuais dos idosos A satisfação com a vida o bom funcionamento da cognição e o bemestar psicológico estão profundamente relacionados com o interesse pelo sexo Trudel et al 2008 Os médicos devem evitar prescrever medicamentos que interfiram no funcionamento sexual se houver alternativas disponíveis e quando o medicamento tiver de ser ingerido o paciente deve ser alertado sobre seus efeitos Saúde física e mental O aumento da expectativa de vida está fazendo surgir questões prementes sobre a relação entre longe vidade e saúde tanto física como mental Como adultos mais velhos e saudáveis podem hoje em dia livrarse dos declínios na saúde CONDIÇÕES DE SAÚDE Uma saúde precária não é consequência inevitável do envelhecimento Moore Moir e Patrick 2004 Em torno de 76 dos norteamericanos adultos com 65 anos ou mais se consideram com saúde entre boa e excelente Assim como acontece antes na vida a pobreza está intimamente relacionada à saúde precária e ao acesso e uso limitado de assistência médica Federal Interagency Forum on Aging Related Statistics 2006 Schoenborn et al 2006 DOENÇAS CRÔNICAS E DEFICIÊNCIAS Aproximadamente 80 dos norteamericanos em idade avançada apresentam pelo menos uma doença crônica e 50 pelo menos duas Moore et al 2004 Uma proporção menor mas aproximadamen te metade das pessoas acima de 85 anos é frágil fracos e vulneráveis a estresse doença deficiências físicas e morte Ostir Ottenbacher e Markides 2004 Doenças crônicas comuns Seis das sete principais causas de morte na velhice são devidas a con dições crônicas doenças cardíacas câncer acidente vascular cerebral doenças crônicas do sistema respiratório diabetes e influenzapneumonia que as autoridades públicas da área de saúde contam como uma única doença Na verdade doenças cardíacas câncer e acidente vascular cerebral são res ponsáveis por aproximadamente 60 de todas as mortes entre os norteamericanos mais idosos Fede ral Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2006 NCHS 2007 No entanto mortes causadas pelo câncer vêm declinando desde o começo da década de 1990 devido a reduções no tabagismo à realização de exames logo no começo da doença e a tratamentos mais eficazes Howe et al 2006 No mundo todo as principais causas de morte aos 60 anos ou mais são as doenças cardíacas AVCs doenças crônicas do pulmão infecções do sistema respiratório e câncer de pulmão WHO 2003 Conforme veremos muitas dessas mortes podem ser evitadas com estilos de vida mais saudáveis Se os norteamericanos parassem de fumar tivessem uma dieta mais saudável e praticassem mais ativida des físicas as estimativas são de que aproximadamente 35 das mortes poderiam ser evitadas entre os idosos Centers for Disease Control e Merck Company Foundation 2007 Quase 95 dos custos de assistência médica para idosos norteamericanos são de doenças crônicas Moore et al 2004 e espe rase nas próximas duas décadas um acentuado crescimento na demanda por serviços de assistência médica por parte dessa população Centers for Disease Control e Merck Company Foundation 2007 A ocorrência de hipertensão e de diabetes está aumentando afetando aproximadamente 56 e 19 da população idosa respectivamente Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2010 A hipertensão que pode afetar o fluxo sanguíneo no cérebro está relacionada a declínios na atenção aprendizagem memória funções executivas habilidades psicomotoras e habilidades espa verificador você é capaz de Descrever alterações caracte rísticas nas funções sensório motoras na necessidade de sono e dizer como elas podem afetar o dia a dia Resumir as mudanças que ocorrem nas funções sexuais e as possibilidades de atividade sexual na velhice indicad r Quais são os problemas de saúde comuns na vida adulta tardia quais são os fatores que influenciam a saúde e quais são os problemas mentais e comportamentais vivenciados por algumas pessoas idosas A exposição a palavras que evocam estereótipos de idosos leva pessoas jovens a caminharem mais lentamente Como esses estereótipos afetam alguém que é idoso Bargh Chen e Burrows 1996 Papalia17indd 586 Papalia17indd 586 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 587 ciais perceptivas e visuais sendo um fator de risco para AVC A Tabela 174 traz uma lista de sinais de alerta para AVC Além da hipertensão e do diabetes as doenças crônicas mais comuns são a artrite 50 doenças cardíacas 31 e câncer 21 A ocorrência de hipertensão acidente vascular cerebral asma bron quite crônica enfisema e artrite é maior em mulheres enquanto os homens estão mais propensos a ter doenças cardíacas câncer e diabetes Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2010 As doenças crônicas variam no que diz respeito à raçaetnia Em 20072008 71 de negros idosos tinham hipertensão comparado a pouco mais de 50 de brancos e hispânicos Idosos negros e hispânicos eram bem mais propensos do que idosos brancos a ter diabetes 30 e 27 respectiva mente comparado a 16 em idosos brancos Por outro lado 25 dos idosos brancos tinham câncer comparado a aproximadamente 13 de idosos negros e hispânicos Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2010 Deficiências e limitação de atividades Nos Estados Unidos a proporção de adultos mais velhos com deficiências físicas crônicas ou com limitação de atividades tem diminuído desde meados de 1980 Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2010 talvez em parte pelo aumento do número de adultos idosos com maior escolaridade e com conhecimento das medidas preventivas No entanto a proporção de pessoas com dificuldades em atividades funcionais como caminhar subir escada e levantar objetos aumenta acentuadamente com a idade NCHS 2010 Quando uma determinada condição não é grave geralmente pode ser tratada de forma que não interfira na vida diária Uma pessoa com artrite ou falta de ar pode subir menos degraus ou mudar os objetos para as prateleiras mais baixas e de fácil acesso Entretanto na presença de estados crônicos e perda da capacidade de reserva mesmo um pequeno dano ou doença pode ter sérias re percussões Em um estudo sobre adultos mais velhos hospitalizados após uma queda esses adultos estavam mais propensos a morrer ou a ser encaminhados para uma casa de repouso do que adultos admitidos em hospitais por razões não relacionadas a quedas Aitken et al 2010 Mesmo pessoas idosas que dizem não ter dificuldade para caminhar podem ter problemas se andarem 400 metros em passo acelerado Em um estudo idosos entre 70 e 79 anos que não conseguiram concluir esse teste corriam maior risco de ter doenças cardiovasculares limitações de mobilidade ou deficiências e morte após os 80 anos e cada minuto a mais necessário para concluir o teste aumentava esses riscos Newman et al 2006 INFLUÊNCIAS DO ESTILO DE VIDA NA SAÚDE E NA LONGEVIDADE As chances de permanecer saudável e fisicamente capaz em geral dependem das opções de estilo de vida principalmente em relação ao tabagismo e à prática de exercícios Vu et al 2009 Atividade física Quando Yuichiro Miura escalou pela primeira vez o topo do Monte Everest ele tinha 70 anos Não satisfeito continuou a treinar com pesos e na esteira na esperança de realizar mais uma vez aquela conquista Miura é um dos velhos da montanha no Japão um pequeno grupo de alpinistas idosos que buscam o título de a pessoa mais velha a atingir o pico mais alto do mundo Watanabe 2007 verificador você é capaz de Resumir a condição de saúde de adultos mais velhos e identificar doenças crônicas comuns na velhice TABELA 17 4 Sinais de alerta para AVC Amortecimento súbito ou fraqueza na face no braço ou perna principalmente em um lado do corpo Confusão súbita dificuldade para falar ou entender Dificuldade súbita para ver com um olho ou com ambos os olhos Dificuldade súbita para andar tontura perda de equilíbrio ou de coordenação Súbita e forte dor de cabeça sem causa conhecida Fonte American Stroke Association 2005 Papalia17indd 587 Papalia17indd 587 010213 0916 010213 0916 588 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Nem todo idoso pode almejar ser um alpinista mas a prática constante de exercícios físicos pode evitar muitas mudanças físicas associadas ao envelhecimento normal O exercício regular pode forta lecer o coração e os pulmões e diminuir o estresse Pode proteger contra hipertensão endurecimento das artérias doenças cardíacas osteoporose e diabetes Pode ajudar a manter a velocidade a força e a resistência e as funções básicas como circulação e respiração Reduz a chance de ferimentos ao fortalecer os músculos e articulações e deixálos mais flexíveis ajudando a prevenir ou aliviar dores lombares e sintomas de artrite Pode permitir que pessoas com doenças pulmonares ou que sofrem de artrite permaneçam independentes e pode ajudar a prevenir o desenvolvimento de limitações na mobilidade Além disso pode melhorar o estado de alerta mental e o desempenho cognitivo aliviar a ansiedade e a depressão moderada e promover sentimentos de controle e bemestar Agency for Heal thcare Research and Quality and CDC 2002 Blumenthal et al 1991 Butler et al 1998a 1998b Kramer et al 1999 Kritchevsky et al 2005 Mazzeo et al 1998 Netz et al 2005 NIA 1995 NIH Consensus Development Panel 2001 Rall et al 1996 A inatividade contribui para as doenças cardíacas diabetes câncer do colo do útero e pressão alta Ela pode levar à obesidade que afeta o sistema circulatório os rins e o metabolismo do açúcar Contribui para os transtornos degenerativos e tende a encurtar a vida Em um estudo longitudinal com 7553 mulheres brancas idosas a taxa de mortalidade entre as que aumentaram as atividades físicas em um período de seis anos diminuiu durante os seis anos e meio seguintes Gregg et al 2003 Em um estudo randômico controlado durante doze meses e envolvendo 201 adultos de 70 anos ou mais uma combinação de exercícios treinamento no autocontrole de doença crônica e apoio dos pares aumentou a habilidade dos portadores de deficiências moderadas de executar atividades do dia a dia Phelan et al 2004 Uma análise de muitos estudos constatou que a atividade aeróbica de intensida de moderada foi bastante benéfica para o bemestar Netz et al 2005 Nutrição Cinco em cada seis norteamericanos com 60 anos de idade ou mais têm dietas precárias ou precisam melhorar Mulheres mais velhas tendem a ter dietas mais saudáveis que homens mais velhos Ervin 2008 A nutrição é uma parte importante na suscetibilidade a doenças crônicas como arteriosclerose doenças cardíacas e diabetes assim como nas limitações de atividades e nas limitações funcionais A gordura corporal excessiva que pode ter origem em uma dieta pesada em carnes vermelhas e indus trializadas e álcool tem sido associada a vários tipos de câncer World Cancer Research Fund 2007 Entretanto embora ganho de peso não seja saudável para adultos mais velhos a perda de peso tam bém não é A perda excessiva de peso pode resultar em fraqueza muscular e fragilidade geral e pode ser tão debilitante para adultos mais velhos quanto o ganho de peso Schlenker 2010 Você pratica exercícios físicos com regularidade Quantas pessoas idosas você conhece que fazem isso Que tipo de atividade física você espera manter enquanto envelhece Os benefícios obtidos por estes esquiadores em sua atividade constante são numerosos O exercício ajuda a viver por mais tempo e com mais saú de e o aspecto social do es porte ajuda a mantêlos men talmente saudáveis Papalia17indd 588 Papalia17indd 588 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 589 Uma dieta saudável pode reduzir os riscos de obesidade pressão alta e colesterol alto Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2006 Descobriuse que uma dieta mediterrânea rica em óleo de oliva grãos integrais vegetais e nozes reduz o risco de doenças cardiovasculares Esposito et al 2004 e em combinação com atividades físicas uso moderado de bebidas alcoólicas e absten ção de cigarro reduz 10 da mortalidade de todas as causas para os europeus saudáveis entre 70 e 90 anos em quase dois terços Rosamund et al 2008 Comer frutas e vegetais principalmente aque les ricos em vitamina C frutas e sucos cítricos hortaliças brócolis repolho couveflor e couvede bruxelas diminui o risco de câncer e doenças cardíacas Takachi 2007 A perda de dentes devido à cárie ou a periodontite inflamação na gengiva geralmente atribuída à falta de cuidados dentários pode apresentar sérias implicações para a nutrição Embora nunca tantos idosos norteamericanos tenham mantido seus dentes naturais como o fazem hoje mais de um em cada quatro perderam todos eles Schoenborn et al 2006 PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS E MENTAIS Apenas 6 dos norteamericanos idosos relatam perturbações mentais frequentes Moore et al 2004 Entretanto transtornos comportamentais e mentais podem resultar em incapacidades fun cionais para as principais atividades da vida assim como em declínio cognitivo van Hooren et al 2005 Muitos idosos com problemas comportamentais e mentais tendem a não procurar ajuda Al guns desses problemas são intoxicação medicamentosa delírio transtornos infecciosos ou meta bólicos má nutrição anemia baixo funcionamento da tireoide pequenos ferimentos na cabeça alcoolismo e depressão NIA 1980 1993 Wykle e Musil 1993 Aparentemente a principal razão de idosos não procurarem ajuda é sua incapacidade de acessar os serviços de apoio necessá rios Mackenzie et al 2008 De fato há uma escassez de profissionais devidamente treinados na área de saúde mental que possa atender os idosos e essa escassez provavelmente aumentará na mesma proporção que a estimativa de aumento da população mais velha American Psychological Association 2011 Depressão Em 2006 10 dos homens idosos e 18 das mulheres idosas relataram sintomas de depressão clínica Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2010 A hereditariedade pode representar 40 a 50 de risco para depressão mais grave Bouchard 2004 Harvard Medical School 2004c A vulnerabilidade parece resultar da influência de múltiplos genes interagindo com fatores ambientais NIMH 1999b como acontecimentos estressantes solidão e abuso de medica mentos Fatores especiais de risco na vida adulta tardia incluem doenças crônicas ou deficiência declínio cognitivo e divórcio separação ou viuvez Harvard Medical School 2003 Mueller et al 2004 NIMH 1999b A depressão geralmente está associada a outros problemas de saúde Alguns especialistas quando tratam de várias doenças podem não dar muita prioridade à depressão em detrimento de outras como diabetes ou artrite Ainda assim em um estudo com 1801 adultos idosos com depressão clínica séria em que cada um deles teve em média quatro doenças crônicas a depressão teve um papel mais difuso no estado funcional mental na invalidez e na qualidade de vida do que qualquer um dos outros problemas Noël et al 2004 Pelo fato de a depressão poder acelerar os declínios físicos do envelhecimento um diagnóstico preciso a prevenção e o tratamento adequado podem ajudar pessoas idosas a viverem mais tempo e a permanecerem mais ativas Penninx et al 1998 A depressão pode ser tratada com drogas anti depressivas psicoterapia ou ambas e os antidepressivos parecem funcionar tão bem quanto o fazem para os mais jovens Blazer 2009 Exercícios aeróbicos regulares podem reduzir sintomas de depres são leve ou moderada Dunn et al 2005 Demência A demência é o termo geral para o declínio comportamental e cognitivo de causas fisio lógicas capaz de interferir nas atividades diárias O declínio cognitivo tornase cada vez mais comum com a idade avançada afetando 5 dos adultos nos Estados Unidos na faixa dos 70 anos 24 na faixa dos 80 e 374 na faixa dos 90 ou mais Plassman et al 2007 Ainda assim a diminuição cognitiva severa suficiente para ser diagnosticada como demência não é inevitável verificador você é capaz de Apresentar evidências da importância dos exercícios e nutrição para a saúde e a longevidade A terapia assistida por animais faz diminuir os sintomas depressivos e melhora as funções cognitivas dos idosos Moretti et al 2010 demência Deterioração no funcionamento com portamental e cognitivo em razão de causas fisiológicas Papalia17indd 589 Papalia17indd 589 010213 0916 010213 0916 590 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A maior parte das formas de demência é irreversível mas em torno de 10 dos ca sos podem ser revertidos com diagnóstico feito logo no início e com tratamentos NIA 1980 1993 Wykle e Musil 1993 Embora existam cerca de 50 causas de demência de origem conhecida na grande maioria dos ca sos dois terços aproximadamente a causa é o mal de Alzheimer MA uma doença progressiva e degenerativa que ocorre no cé rebro Gatz 2007 O mal de Parkinson a segunda doença mais comum e que envolve uma degeneração neurológica progressiva é caracterizada por tremores rigidez movimentos lentos e postura instável Nussbaum 1998 Essas duas doenças e mais a demência por múltiplos infartos DM que é causada por uma série de pequenos acidentes vasculares cerebrais são responsáveis pelo menos por 8 de cada 10 casos de demência todos irreversíveis Certos traços de personalidade estão associados à probabilidade de uma pessoa desenvolver de mência Um estudo longitudinal que acompanhou 506 adultos suecos mostrou que uma combinação de traços de personalidade alta extroversão e baixo neuroticismo especificamente está associada a um risco menor de desenvolver demência Wang et al 2009 No Estudo das Freiras um estudo lon gitudinal sobre o mal de Alzheimer e o envelhecimento realizado com 678 freiras católicas o traço da conscienciosidade tendia a proteger contra o mal de Alzheimer Wilson et al 2007 A escolaridade também parece proteger contra a demência Mortimer Snowdon e Markesbery 2002 assim como ter um trabalho desafiador Seidler et al 2004 e um bilinguismo que dure a vida toda A diminuição da capacidade cognitiva é mais provável nas pessoas com saúde física ruim principalmente aquelas que tiveram AVC ou diabetes Tilvis et al 2004 Algumas pesquisas sugerem que o risco de diminuição da capacidade cognitiva pode ser reduzido com caminhadas ou outra atividade física regular de longo prazo Abbott et al 2004 van Gelder et al 2004 Weuve et al 2004 Existem até indicações de que a prática de exercícios poderia rever ter alguns dos primeiros sinais de deficiência cognitiva em adultos saudáveis Lautenschlager et al 2008 Uma recente metanálise de 23 estudos sobre álcool e demência constatou que a ingestão de pequenas quantidades de álcool estava associada a um menor risco de declínio cognitivo na velhice Peters et al 2008 Um estudo longitudinal com 354 adultos na faixa dos 50 anos ou mais descobriu que as pessoas com redes de contatos maiores ou que mantinham contato social frequente ou que podiam contar com apoio emocional de familiares ou amigos tinham menor probabilidade de mostrar declínio cognitivo 12 anos mais tarde Holtzman et al 2004 Mal de Alzheimer O mal de Alzheimer MA é uma das mais comuns e mais temidas doenças terminais entre as pessoas idosas Gradualmente rouba dos pacientes a inteligência a consciência e até mesmo a habilidade de controlar as funções de seu corpo e finalmente os mata A doença afeta mais de 26 milhões de pessoas no mundo inteiro quase metade delas na Ásia e estimase que sua incidência quadruplicará até 2050 Brookmeyer et al 2007 Nos Estados Unidos o MA foi a sexta principal causa de morte em 2007 Xu et al 2010 Estimase que 53 milhões de pessoas nesse país incluindo uma em cada oito pessoas de 65 anos ou mais estão vivendo com MA e até 2050 a incidência poderá atingir entre 11 e 16 milhões de indivíduos Além disso meio milhão de pessoas com menos de 65 anos podem ter uma forma inicial da doença Alzheimers Association 2010 Os riscos aumentam dramaticamente com a idade assim aumentos na longevidade significam muito mais pessoas sobrevivendo em uma faixa etária em que o risco de MA é maior Hebert et al 2003 Sintomas Os sintomas clássicos do mal de Alzheimer são a diminuição da capacidade de memória deterioração da linguagem e deficiências no processamento espacial e visual O sintoma precoce mais evidente é a incapacidade de lembrar acontecimentos recentes ou absorver novas informações Uma pessoa pode repetir as perguntas que acabaram de ser respondidas ou deixar uma tarefa do dia a dia sem terminar Esses sinais precoces podem não ser considerados porque parecem esquecimentos co mal de Alzheimer MA Distúrbio cerebral progressivo irre versível e degenerativo caracterizado por deterioração cognitiva e perda do controle das funções corporais e que leva à morte mal de Parkinson Distúrbio neurológico degenerativo progressivo e irreversível caracterizado por tremores rigidez movimentos len tos e postura instável verificador você é capaz de Dizer por que a depressão na velhice pode ser mais comum do que geralmente se percebe Citar as três principais causas de demência em adultos mais velhos Como nossa população de animais de estimação também está vivendo por mais tempo a demência igualmente ocorre em cães e é conhecida como síndrome da disfunção cognitiva canina Os sinais comuns dessa disfunção incluem acidentes na casa andar em círculos ou fixar o olhar e mudança de apetite e nos ritmos circadianos Papalia17indd 590 Papalia17indd 590 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 591 muns ou podem ser interpretados como sinais de envelhecimento normal A Tabela 175 compara sinais precoces do mal de Alzheimer com lapsos mentais normais As mudanças de personalidade por exemplo rigidez apatia egocentrismo e diminuição da capacidade de se controlar emocionalmente tendem a ocorrer no começo do desenvolvimento da doença Balsis Carpenter e Storandt 2005 Há indicações de que essas mudanças de personalidade podem ser úteis em prever quais os adultos saudáveis que poderiam correr o risco de desenvolver de mência Duchek et al 2007 Outros sintomas também surgem irritabilidade ansiedade depressão e mais tarde ilusões delírios e pensamentos desordenados Memória de longo prazo julgamento concentração orientação e fala tudo isso é afetado e os pacientes apresentam problemas ao lidarem com as atividades básicas do cotidiano No final eles não conseguem entender ou usar a linguagem não reconhecem os membros da família não podem comer sem ajuda não podem controlar o intesti no e a bexiga e perdem a capacidade de andar sentar e engolir alimentos sólidos O óbito vem de oito a dez anos após o aparecimento dos sintomas Cummings 2004 Causas e fatores de risco O acúmulo de uma proteína anormal denominada peptídeo betaamiloide parece ser o principal culpado pelo desenvolvimento do mal de Alzheimer Gatz et al 2006 O cére bro de uma pessoa com MA contém volumes excessivos de emaranhados neurofibrilares massas retorcidas de neurônios mortos e grandes massas cerosas de placa amiloide tecido não funcional formado pela betaamiloide nos espaços entre os neurônios Como essas placas são insolúveis o cére bro não pode se livrar delas Elas podem se tornar densas espalharse e destruir os neurônios vizinhos A desagregação da mielina pode promover o aumento gradativo das placas Bartkozis et al 2007 O mal de Alzheimer ou pelo menos a idade em que tem início é acentuadamente hereditário Gatz et al 2006 Descobriuse que uma variante do gene APOE contribui para a suscetibilidade ao MA de início tardio a forma mais comum que normalmente se desenvolve após os 65 anos Gatz 2007 Constatouse que uma variante de outro gene chamado SORL1 estimula a formação da placa amiloide Meng et al 2006 Outra variante gênica envolvida na produção de precursores amiloides a catepsina D também aumenta moderadamente o risco Schuur et al 2009 No entanto acreditase que os genes identificados explicam não mais que metade dos casos de MA Modificações epigenéticas que determinam se um gene específico é ativado podem ter influência Gatz 2007 emaranhados neurofibrilares Massas retorcidas de fibras de proteína encontradas nos cérebros das pessoas com mal de Alzheimer placa amiloide Massas cerosas de tecido insolúvel en contradas nos cérebros de pessoas com mal de Alzheimer TABELA 175 Mal de Alzheimer versus comportamento normal Sintomas da doença Comportamento normal Esquecimento permanente dos acontecimen tos recentes repetir as mesmas perguntas Esquecimento temporário das coisas Incapacidade de executar tarefas rotineiras com muitas etapas como preparar e servir uma refeição Incapacidade de executar algumas tarefas desafiadoras Esquecer palavras simples Esquecer palavras complexas e incomuns Perderse em seu próprio quarteirão Perderse em uma cidade estranha Esquecer que tem uma criança sob seus cuida dos e sair de casa Distrairse momentaneamente e deixar de vi giar uma criança Esquecer o que significam os números num talão de cheques e o que fazer com eles Cometer erros ao conferir um talão de cheques Colocar as coisas em lugares inapropriados onde não se pode recuperálas por exem plo um relógio de pulso em um aquário Guardar objetos do dia a dia em lugar errado Rápidas e dramáticas oscilações de humor e mudanças de personalidade perda de iniciativa Mudanças ocasionais de humor Papalia17indd 591 Papalia17indd 591 010213 0916 010213 0916 592 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Embora vários fatores relativos ao estilo de vida tenham sido estudados no que diz respeito a seu impacto potencial sobre o MA os resultados são dúbios e é difícil tirar conclusões Por exemplo fatores ligados ao estilo de vida como dieta e atividade física têm sido sugeridos para pessoas que não correm risco genético Gatz 2007 Alimentos ricos em vitamina E ácidos graxos com ômega3 e gorduras insaturadas desidrogenadas como temperos para saladas à base de azeite nozes sementes peixe maionese e ovos podem proteger contra o MA enquanto alimentos com alto teor de gorduras saturadas e transsaturadas como as carnes vermelhas manteiga e sorvete podem ser prejudiciais Morris 2004 Os fumantes correm risco maior de ter MA Launer et al 1999 O uso de medica mentos antiinflamatórios não esteroidais como a aspirina e o ibuprofeno podem eliminar o risco de MA Vlad et al 2008 A escolarização e atividades cognitivamente estimulantes têm sido associadas à redução do risco da doença Billings et al 2007 Wilson et al 2007 mesmo na presença de genes APOE Sando et al 2008 O efeito protetor parece deverse não à escolarização em si mas ao fato de que as pessoas com mais escolaridade tendem a ser mais ativas Wilson e Bennett 2003 Como a atividade cognitiva poderia proteger contra o MA Uma das hipóteses é que a atividade cognitiva contínua pode formar reserva cognitiva e assim postergar o início da demência Stern 2009 A reserva cognitiva assim como a reserva orgânica pode permitir que um cérebro em deterioração continue funcionando em condições de estresse até certo ponto sem mostrar sinais de deficiência Uma análise de 26 estudos realizados no mundo inteiro concluiu que um simples aumento de 5 na reserva cognitiva pode evitar um terço dos casos de Alzheimer de la FuenteFernandez 2006 Entretanto segundo uma declara ção recente do Desenvolvimento de Consenso da NIH sobre a prevenção do MA e o declínio cognitivo Daviglus et al 2010 não se pode tirar conclusões seguras sobre a associação de qualquer fator de risco modificável com o declínio cognitivo ou o mal de Alzheimer p 2 Diagnóstico e Prognóstico Embora possa parecer que testes definitivos para o MA em breve es tejam disponíveis Kolata 2010 até recentemente o MA podia ser definitivamente diagnosticado somente por um exame pósmorte do tecido cerebral A neuroimagem tem sido particularmente útil em excluir causas alternativas de demência Cummings 2004 e em permitir que os pesquisadores vejam as lesões indicativas de MA no cérebro do paciente vivo ShoghiJadid et al 2002 O escane amento PET tomografia de emissão de pósitron não invasivo tem sido usado para detectar as placas e emaranhados característicos do Alzheimer e os resultados foram tão bons quanto aqueles obtidos por autópsia Mosconi et al 2008 Small et al 2006 Qualquer que seja a técnica utilizada a iden tificação do MA antes de aparecerem os sintomas traria várias consequências importantes desde a avaliação daqueles indivíduos com risco de desenvolver demência até o monitoramento de interven reserva cognitiva Fundo hipotético de energia que pode possibilitar ao cérebro deteriorado con tinuar funcionando normalmente Se esses testes forem bemsucedidos permitirão que pesquisadores e profissionais de saúde pela primeira vez possam fazer diagnósticos dos primeiros sinais de Alzheimer em pacientes que ainda não começaram a apresentar os sintomas da doença Kolata 2010 A batalha de Esther Lipman Rosenthal contra o mal de Alzheimer é evidente em sua arte Durante os estágios ini cial e intermediário de sua doença ela pintou aos 55 anos o quadro à esquerda que mostra seu marido jogan do golfe e aos 75 anos o qua dro à direita em que ele está esquiando Fotos cortesia de Linda Goldman Papalia17indd 592 Papalia17indd 592 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 593 ções e monitoramento de intervenção e tratamento medicamentoso para pessoas afetadas Outros pesquisadores concentraramse em identificar não o Alzhei mer em si mas as pequenas deficiências cognitivas que se não tratadas podem resultar na doença Um estudo longitudinal descobriu que ativida des metabólicas reduzidas no hipocampo de adultos saudáveis podem pre ver com precisão quem terá mal de Alzheimer ou terá a memória afetada dentro dos próximos nove anos Mosconi et al 2005 No que poderia levar a um teste definitivo para detecção precoce de MA pesquisadores utilizaram tecnologia para detectar ligantes amiloides betaderivados di fusos ADDLs na sigla em inglês no líquido cefalorraquiano Georgano poulou et al 2005 Além disso certos resultados de exames de sangue e eletroencefalograma EEG podem prever MA em seus estágios iniciais Gandhi et al 2006 Ray et al 2007 Alterações degenerativas na estrutura do cérebro também podem prever MA Por exemplo em um estudo escaneamentos no cérebro de adultos mais velhos que eram considerados cognitivamente normais cons tataram que havia menos matéria cinzenta nas áreas de processamento da memória do cérebro daqueles que foram diagnosticados com MA quatro anos depois C D Smith et al 2007 Apenas testes cognitivos podem distinguir pacientes vivenciando mudanças cognitivas relacionadas a um envelhecimento normal daqueles que apresentam os primeiros estágios da demência No Estudo Longitudinal de Seattle sobre Inteligência Adulta apresentado no Capítulo 15 resultados de testes psicométricos previram a demência 14 anos antes do diagnóstico Schaie 2005 No Estudo das Freiras uma equipe de pesquisadores examinou as autobiografias escritas pelas freiras no início de seus 20 anos As mulheres cujas autobiografias eram mais repletas de detalhes tinham menor probabilidade de serem afetadas cognitivamente ou de desen volverem o mal de Alzheimer na idade avançada Riley et al 2005 No entanto a utilização de testes cognitivos com estudos de imageamento do cérebro poderia proporcionar uma forma de avaliar quais são os adultos que correm risco de desenvolver demência Por exemplo em um estudo de adultos com deficiência cognitiva moderada mudanças no lobo temporal medial e no giro fusiforme ocorre ram três anos antes do diagnóstico da doença Whitwell et al 2007 Apesar da identificação de vários genes associados ao MA até agora os testes genéticos tive ram um papel limitado na previsão e no diagnóstico Ainda assim podem ser úteis em combinação com testes cognitivos escaneamentos do cérebro e evidência clínica dos sintomas Há evidências de que as pessoas alteram seu comportamento em relação à saúde se lhes disserem que possuem genes que os tornam vulneráveis à demência Chao et al 2008 Tal informação portanto algum dia poderá fazer parte do método com o qual os profissionais de saúde indicam ou anunciam o risco para indivíduos Tratamento Embora não se tenha descoberto a cura o diagnóstico e o tratamento logo no início podem reduzir o progresso do mal de Alzheimer e melhorar a qualidade de vida Atualmente a Food and Drug Administration aprovou cinco medicamentos que diminuem o ritmo de progressão do mal de Alzheimer por até um ano sem porém detêlo Alzheimers Association 2010 Um medicamento aprovado pela FDA Food and Drug Administration é a memantina comercialmente conhecida como Namenda Em um experimento duplocego controlado com placebo a ingestão de doses diárias de memantina durante um ano reduziu a degeneração em pacientes com MA entre moderado e grave sem efeitos adversos significativos Reisberg et al 2006 Inibidores da colinesterase como o donepezil comercialmente conhecido como Aricept torna ramse o tratamento padrão para reduzir ou estabilizar o progresso do MA entre brando e moderado Uma análise de 26 estudos mostrou que no geral o donepezil trouxe benefícios modestos no sentido de interromper os declínios ou estabilizar indivíduos já declinantes Hansen et al 2008 Entretanto um experimento que durou cinco anos não identificou nenhuma diferença significativa após os pri meiros dois anos entre pacientes que tomaram o Aricept e aqueles que receberam placebo AD2000 Collaborative Group 2004 Estes escaneamentos PET tomografia de emissão de pó sitron mostram uma grande deterioração no cérebro de um paciente com Alzheimer à direita quando compa rados a um cérebro normal à esquerda As áreas mais claras representam atividade intensa no cérebro as áreas mais escuras baixa atividade O escaneamento da direi ta mostra uma redução tanto funcional quanto do fluxo sanguíneo em ambos os lados do cérebro Papalia17indd 593 Papalia17indd 593 010213 0916 010213 0916 594 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A imunoterapia é uma abordagem experimental que traz grandes expectativas Em um estudo os pacientes com Alzheimer que foram vacinados com betaamiloide apresentaram melhores desem penhos nos testes de memória até um ano depois dos pacientes injetados com placebo N C Fox et al 2005 Gilman et al 2005 Os pesquisadores continuam esperançosos de que uma vacina para Alzheimer baseada na abordagem imunoterápica seja possível Solomon e Frankel 2010 Na ausência da cura o gerenciamento da doença é crítico Nos primeiros estágios intervenções com treinamento cognitivo resultaram em ganhos tanto na área cognitiva quanto comportamental Sitzer Twamley e Jeste 2006 Terapias comportamentais podem reduzir a degeneração melhorar a comunicação e reduzir o comportamento perturbador Barinaga 1998 Drogas podem aliviar a agitação e a depressão e ajudar os pacientes a dormir Nutrição apropriada e ingestão de líquidos juntamente com exercícios terapia física e controle de outros estados clínicos são importantes e a cooperação entre o médico e o cuidador é essencial Cummings 2004 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Aspectos do desenvolvimento cognitivo A velhice acrescenta conforme tira de acordo com o poeta William Carlos Williams em um de seus três livros de poesia que produziu entre seu primeiro AVC aos 68 anos e sua morte aos 79 Esse co mentário parece caracterizar várias tendências das funções cognitivas na vida adulta tardia De acordo com a sugestão dada pela abordagem evolucionista do ciclo de vida de Baltes a idade traz ganhos e perdas Primeiro vamos analisar a inteligência e as habilidades gerais de processamento depois a me mória e então a sabedoria que é popularmente associada com os anos mais avançados INTELIGÊNCIA E HABILIDADES DE PROCESSAMENTO Será que a inteligência diminui na vida adulta tardia A resposta depende de quais habilidades estejam sendo medidas e como Algumas habilidades como a velocidade de processamento mental e o racio cínio abstrato podem declinar com a idade mas outras tendem a melhorar ao longo da maior parte da vida adulta Embora mudan ças nas habilidades de processamento pos sam refletir uma degeneração neurológica existe uma grande variação individual que sugere que o declínio das funções não é ine vitável e pode ser prevenido O impacto das alterações cognitivas é influenciado pelas habilidades cognitivas anteriores NSE e nível educacional As pontuações de testes de inteligência na in fância são confiáveis em prever a habilidade cognitiva aos 80 anos e o NSE e o nível educacional preveem o status cognitivo após os 70 anos melhor do que avaliações de saúde ou a presença ou gravidade de condições clínicas Finch e Zelinski 2005 Além do mais uma inteligência mais elevada na infância pode prever não só o nível geral de funcionamento mas também se há proba bilidade de declínios ou não Um estudo sobre crianças avaliadas aos 11 anos e depois novamente entre 66 e 80 anos mostrou que aquelas crianças que começaram com pontuações mais baixas na escala de inteligência estavam mais propensas a apresentar declínios cognitivos na vida adulta tardia Bourne et al 2007 Medindo a inteligência de adultos idosos Para medirem a inteligência de adultos mais ve lhos os pesquisadores geralmente usam a Escala Wechsler de Inteligência Adulta WAIS na sigla em inglês O número de pontos nos subtestes da WAIS revela um QI verbal um QI de verificador você é capaz de Resumir o que se conhece sobre ocorrência sintomas causas fatores de risco diag nóstico e tratamento do mal de Alzheimer indicad r Quais são as perdas e os ganhos em termos de habilidades cognitivas que tendem a ocorrer na vida adulta tardia Existem meios para melhorar o desempenho cognitivo de pessoas idosas Os efeitos do envelhecimento não são todos ruins À medida que envelhecemos estamos mais propensos a prestar atenção e processar faces positivas e felizes do que faces negativas uma tendência que pode ter implicações para o tratamento dos problemas da vida real Mather e Carstenson 2003 Escala Wechsler de Inteligência Adulta WAIS na sigla em inglês Teste de inteligência para adultos que apresenta pontuação de exercício e verbal assim como uma pontuação combinada Papalia17indd 594 Papalia17indd 594 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 595 execução e um QI total Adultos idosos tendem a não ter um desempenho tão bom da WAIS como os adultos mais jovens mas a diferença ocorre principalmente na velocidade de processamento e no desempenho não verbal Nos cinco subtestes da escala de execução como identificar a parte que falta de uma figura copiar um desenho e montar um quebra cabeça os resultados diminuem com a idade mas nos seis testes da escala verbal particularmente os testes de vocabulário informação e compreensão os resultados sofrem uma queda muito leve e gradual Fi gura 174 Isso é chamado de padrão clássico de envelhecimento Bo twinick 1984 Essa disparidade etária no desempenho especialmente para a velocidade de processamento vem diminuindo em coortes mais recentes Miller et al 2009 Qual seria a explicação para esse padrão Para começar os itens ver bais mantidos com a idade são baseados no conhecimento eles não exigem que a pessoa que se submete ao teste descubra ou faça algo novo O de sempenho das tarefas envolve o processamento de novas informações elas requerem habilidade motora e velocidade perceptual o que pode refletir enfraquecimento neurológico e muscular A alteração na retenção de dife rentes tipos de habilidades cognitivas na velhice gerou diversas linhas de teoria e de pesquisa O Estudo Longitudinal de Seattle useo ou deixeo No Estudo Longitudinal de Seattle sobre a Inteligência Adulta os pesquisadores me diram as seis principais habilidades mentais significados verbais fluência verbal números habilidade computacional orientação espacial raciocínio indutivo e velocidade perceptual Coerente com outros estudos a velocida de perceptual tendeu a declinar mais cedo e mais rapidamente O declínio cognitivo em outros aspectos porém foi lento e não para todo mundo Parece que se viverem tempo suficiente o funcionamento da maioria das pessoas decairá em algum momento mas muito poucos pioram em todas ou mesmo na maior parte das habilidades e muitos melhoram em algumas áreas A maioria dos adultos idosos saudáveis apresenta apenas pequenas per das até o final dos 60 ou 70 anos Somente aos 80 é que começam a apresentar desempenho abaixo da média dos adultos mais jovens E mesmo assim declínios em habilidades verbais e raciocínio são bem modestos Schaie 2005 A característica mais surpreendente das pesquisas de Seattle é a tremenda variação entre os indi víduos Alguns participantes mostraram declínios aos 40 anos mas alguns poucos se mantiveram em funcionamento pleno até com idade muito avançada Mesmo em seus quase 90 anos virtualmente todos os participantes mantiveram suas competências em uma ou mais das habilidades testadas Os mais propensos a apresentar declínios foram os homens com baixos níveis educacionais que estavam insatisfeitos com suas realizações na vida e exibiam um decréscimo significativo em flexibilidade de personalidade Algumas variáveis relacionadas à saúde também foram importantes especialmente hipertensão e diabetes Participantes envolvidos em trabalhos cognitivamente complexos e que goza vam de boa saúde tenderam a manter suas habilidades por mais tempo Envolverse em atividades que desafiam as habilidades cognitivas promove a retenção ou crescimento dessas habilidades e conforme mencionamos antes parece proteger da demência Willis e Schaie 2005 Descobertas feitas por estudos longitudinais sugerem que o treinamento cognitivo pode capacitar adultos mais velhos não só a recuperar a competência perdida mas até mesmo a superar suas realiza ções anteriores Schaie e Willis 1996 No estudo de Seattle participantes que se submeteram a uma intervenção cujo foco era treinálos em habilidades com o raciocínio mostraram menor probabilidade de desenvolver demência sete anos após o treinamento Blaskewicz et al 2007 A deterioração cognitiva portanto muitas vezes poderá estar relacionada ao desuso Assim como muitos atletas podem contar com reservas físicas à medida que envelhecem idosos que recorrem ao treinamento à prática e obtêm apoio social parecem poder utilizar as reservas mentais Adultos poderão ser capazes de manter ou expandir essa reserva dedicandose constantemente a programas de exercício mental Vance et al 2008 Quais são os meios para manter um alto nível de atividade intelectual na velhice Você acha que precisa desenvolver novos interesses ou mais amplos à medida que for envelhecendo 2024 0 2534 3544 4554 5564 6569 7074 Idade WAISR pontuações em escala 55 35 40 45 50 30 Escala verbal Escala de execução FIGURA 174 Padrão clássico de envelhecimento na versão revisada da Escala Wechsler de Inteligência Adulta WAISR Pontuações nos subtestes de execução declinam bem mais rapidamente do que pontuações nos subtestes verbais Fonte Botwinick 1984 Papalia17indd 595 Papalia17indd 595 010213 0916 010213 0916 596 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Solucionando problemas do cotidiano O objetivo da inteligência naturalmente não é ficar fazendo testes mas sim lidar com os desafios da vida diária Em muitos estudos a qualidade das deci sões práticas como que carro comprar que tratamento buscar para câncer de mama quanto de di nheiro poupar em um plano de previdência ou como comparar apólices de seguros tem apenas uma relação modesta se tiver alguma com o desempenho de tarefas como as dos testes de inteligência BlanchardFields 2007 M M S Johnson Schmitt e Everard 1994 Meyer Russo e Talbot 1995 e em geral não tem qualquer relação com a idade M M S Johnson 1990 Meyer et al 1995 Walsh e Hershey 1993 Da mesma forma muitas pesquisas sobre a solução de problemas diários como o que fazer com a inundação do andar inferior da casa não encontraram nenhum declínio precoce como em geral é encontrado em avaliações de inteligência fluida e algumas pesquisas cons tataram nítida melhora BlanchardFields Stein e Watson 2004 especialmente quando os contextos avaliados são aqueles com que os idosos estão familiarizados Artistico et al 2010 As diferenças de idade são menos importantes em estudos que se concentram em problemas interpessoais por exemplo como lidar com uma mãe jovem que insiste em mostrar para sua sogra mais velha e mais experiente como segurar o bebê do que em relação a problemas instrumentais por exemplo como devolver mercadoria com defeito Thornton e Dumke 2005 Adultos mais velhos possuem repertórios de estratégias mais extensos e variados para aplicar em diferentes situa ções interpessoais do que adultos mais jovens e é mais provável que aqueles escolham uma estratégia altamente eficaz do que estes BlanchardFields Mienaltowski e Seay 2007 Alterações nas habilidades de processamento O que explica os desenvolvimentos variados das habilidades cognitivas na vida adulta tardia Em muitos adultos mais velhos uma diminuição geral na atividade do sistema nervoso central contribui acentuadamente para perdas de eficiência do processamento de informação e alterações nas habilidades cognitivas A velocidade de processamento uma das primeiras habilidades a declinar está relacionada à condição de saúde equilíbrio e jeito de andar e ao desempenho de atividades do dia a dia como procurar números de telefone e conferir o troco Ball Edwards e Ross 2007 Uma das habilidades que tendem a se tornar mais lentas é a facilidade de deslocar a atenção de uma tarefa ou função para outra Bucur e Madden 2010 Essa constatação pode ajudar a explicar por que muitos adultos mais velhos têm dificuldade em dirigir algo que requer rápidos deslocamentos de atenção Bialystok et al 2004 O treinamento pode aumentar a velocidade de processamento de adultos mais velhos sua habilidade para processar informações mais e mais complexas em perío dos de tempo cada vez mais curtos O treinamento envolve prática feedback e a aprendizagem de estratégias específicas para cada tarefa Em estudos de vários programas de treinamento participantes que começaram com o pior desempenho obtiveram os melhores ganhos Um método que tinha por objetivo melhorar a capacidade de dirigir foi o mais bemsucedido talvez porque tinha uma meta con creta e prática Essa pesquisa destaca a plasticidade do cérebro mesmo em relação a uma habilidade fluida básica a velocidade de processamento Ball et al 2007 Além disso o ácido fólico em níveis adequados de vitamina B12 e a vitamina D podem ter um efeito facilitador em processos cognitivos Morris et al 2007 Buell et al 2009 como memória velocidade de processamento e velocidade sensóriomotora Durga et al 2007 Do mesmo modo já foi demonstrado que a vitamina D tem um efeito facilitador Buell et al 2009 Embora ocorram declínios relacionados à idade nas habilidades de processamento não é ine vitável que adultos mais velhos apresentem declínios em suas atividades diárias Muitos adultos mais velhos compensam naturalmente Por exemplo fortes emoções negativas provavelmente tornam o processamento mais difícil Entretanto adultos mais velhos tendem de um modo geral a demonstrar menos humores negativos e mais humores positivos diminuindo esse efeito Além do mais utilizam seu vasto repertório de conhecimento para compensar declínios que possam ocorrer Peters et al 2007 Geralmente adultos mais velhos tendem a se sair melhor em tarefas que dependem de hábitos arraigados e conhecimento Bialystok et al 2004 Craik e Salthouse 2000 É provável que adultos mais velhos estejam usando circuitos neurais alternativos embora complementares para as tarefas mais difíceis e talvez as intervenções cognitivas estejam exer cendo sua influência reestruturando as vias utilizadas para realizar essas tarefas Park e Reuter Lorenz 2009 verificador você é capaz de Comparar o padrão clássico de envelhecimento na WAIS com aquele do Estudo Longitudinal de Seattle em relação às alte rações cognitivas na velhice Citar evidências da plasticida de das habilidades cognitivas na vida adulta tardia Discutir a relação entre solu ção de problemas práticos do cotidiano e idade Papalia17indd 596 Papalia17indd 596 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 597 Habilidades cognitivas e mortalidade A inteligência psicométrica talvez seja um importante indicador de quanto tempo e em quais condições os adultos viverão Essa foi a conclusão de um es tudo com 2230 escoceses adultos que haviam feito um teste de QI aos 11 anos de idade Em média alguém que na infância teve 15 pontos de QI a menos do que outro participante tinha somente 79 de chance de viver até a idade de 76 anos Gottfredson e Deary 2004 O mesmo QI diferencial foi associado a 27 de aumento em mortes por câncer entre os homens e aproximadamente 40 entre as mulheres Deary Whalley e Starr 2003 Entretanto em outro estudo o tempo de reação para a idade de 56 anos previu de forma mais acentuada a mortalidade aos 70 do que o fez o QI sugerindo que a eficiência do processamento de informação talvez explique a ligação entre a inteligência e a época da morte Deary e Der 2005 Uma outra possível explicação é que as pessoas inteligentes provavelmente apreendem informações e habilidades para solucionar problemas que as ajudam a prevenir doenças crônicas e danos aciden tais e cooperam em seus tratamentos quando ficam doentes ou machucadas Deary e Der 2005 Gottfredson e Deary 2004 Outra interpretação contudo é que tendo em vista que muitos estudos são retrospectivos os resultados podem ser enganosos Já que muitas doenças como diabetes e hiper tensão podem levar tanto a declínios cognitivos prematuros e também à morte prematura dados que mostram uma ligação entre os dois podem refletir a ação da doença e não uma associação entre QI e mortalidade No entanto os poucos estudos que acompanharam pessoas no futuro parecem indicar que o QI pode prever o timing da morte Batty Deary e Gottfredson 2007 MEMÓRIA COMO ELA SE ALTERA A falha de memória geralmente é considerada um sinal de envelhecimento O homem que sempre manteve a própria agenda na cabeça agora tem de anotála em um calendário a mulher que toma di versos remédios agora mede a sua dosagem diária e os coloca onde possa vêlos A perda de memória é a principal preocupação relatada por idosos norteamericanos National Council on the Aging 2002 Estimase que um em cada cinco adultos com mais de 70 anos apresente algum grau de deficiência de memória aquém da demência Plassman et al 2008 Mas na memória assim como em outras habi lidades cognitivas o funcionamento das pessoas idosas declina vagarosamente e varia enormemente Para entendermos o declínio de memória relacionado à idade precisamos rever os vários sistemas da memória apresentados nos Capítulos 7 e 9 que possibilitam ao cérebro processar informações para uso posterior Budson e Price 2005 Esses sistemas são tradicionalmente classificados como de curto prazo e de longo prazo Memória de curto prazo Pesquisadores avaliam a memória de curto prazo pedindo que a pessoa repita uma sequência de números ou na ordem em que lhe é apresentada série direta de dígitos ou na ordem inversa série inversa de dígitos A habilidade para memorizar a série direta de dígitos se mantém com a idade avançada Craik e Jennings 1992 Poon 1985 Wingfield e Stine 1989 ao contrário do desempenho da habilidade de memorizar a série inversa de dígitos Craik e Jennings 1992 Lovelace 1990 Por quê Uma explicação muito aceita é que a repetição direta imediata exige apenas memória sensorial que se mantém eficiente pela vida afora ao passo que a repetição inversa exige a manipulação da informação na memória de trabalho cuja capacidade diminui gradualmente com a idade Gazzaley et al 2007 dificultando bem mais o lidar com mais de uma tarefa ao mesmo tempo E E Smith et al 2001 Um fatorchave no desempenho da memória é a complexidade da tarefa Park e ReuterLorenz 2009 Tarefas que exigem somente ensaio ou repetição mostram muito pouco declínio Tarefas que exigem reorganização ou elaboração mostram maior queda Emery et al 2008 Se lhe solicitam que reorganize verbalmente uma série de itens como esparadrapo elefante jornal por ordem de tama nho esparadrapo jornal elefante você deve relembrar seu conhecimento anterior sobre esparadra pos jornais e elefantes Cherry e Park 1993 Um esforço mental maior é necessário para manter essa informação adicional na mente usando mais do que a capacidade limitada da memória de trabalho Memória de longo prazo Pesquisadores do processamento de informação dividem a memória de lon go prazo em três grandes sistemas memória episódica memória semântica e memória de procedimento verificador você é capaz de Discutir as descobertas sobre a diminuição na velocidade do processamento neural e sua re lação com o declínio cognitivo Discutir a relação de inteligên cia com saúde e mortalidade memória sensorial Armazenamento temporário breve inicial das informações sensoriais memória de trabalho Armazenamento de curto prazo das in formações que estão sendo ativamente processadas Papalia17indd 597 Papalia17indd 597 010213 0916 010213 0916 598 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Você se lembra do que comeu no café da manhã hoje Você trancou seu carro quando o esta cionou Tais informações são armazenadas na memória episódica o sistema de memória de longo prazo mais provável de se degenerar com a idade Park e Gutchess 2005 Como a memória episódica está ligada a acontecimentos específicos você recupera um item do seu diário mental ao reconstruir a experiência original em sua mente Adultos mais velhos têm menor capacidade do que as pessoas jovens de fazer isso talvez porque eles se concentrem menos no contexto onde algo aconteceu quem estava lá e confiem mais no ponto principal do que nos detalhes Dodson e Schacter 2002 Por causa disso possuem menos conexões para estimular a memória Lovelace 1990 Além disso as pessoas idosas têm muitas experiências semelhantes que tendem a se fundir Quando pessoas idosas percebem um acontecimento como sendo importante podem se lembrar dele quase tão bem quanto as mais jovens Geraci et al 2009 A memória semântica é como uma enciclopédia mental ela mantém armazenado o conheci mento de fatos históricos localizações geográficas costumes sociais significados das palavras e outros A memória semântica não depende da lembrança de quando e onde algo foi aprendido e apresenta pouco declínio com a idade embora sem ser usada frequentemente às vezes possa ser difícil recu perar informações altamente específicas Luo e Craik 2008 De fato alguns aspectos da memória semântica como o vocabulário e o conhecimento de regras de linguagem podem até aumentar Camp 1989 Horn 1982b Lembrarse de como andar de bicicleta ou usar uma máquina de escrever é um exemplo de memória de procedimento Isso inclui habilidades motoras hábitos e processos que uma vez aprendidos podem ser ativados sem esforço consciente A memória de procedimento é pouco afe tada pela idade Fleischman et al 2004 Além do mais há indicações de que mesmo novas me mórias de procedimento formadas na velhice são retidas relativamente intactas por no mínimo dois anos Smith et al 2005 mesmo que possam levar um pouco mais de tempo para serem aprendidas Iaria et al 2009 Fala e memória efeitos do envelhecimento Já lhe aconteceu não se lembrar de uma palavra que você conhecia perfeitamente bem Essa experiência ocorre entre pessoas de todas as idades mas se torna mais comum e frequente na vida adulta tardia Burke e Shafto 2004 Em um teste que pede definições de palavras os adultos de idade avançada em geral se saem melhor do que os mais jovens embora tenham mais dificuldade para se lembrar de uma palavra quando lhe é dado o significado A D Smith e Earles 1996 Tais experiências de ponta da língua podem ser relacio nadas a problemas na memória de trabalho Schwartz 2008 Adultos idosos também cometem mais erros ao dizerem nomes de desenhos de objetos em voz alta fazem mais referências ambíguas e cometem lapsos na fala do dia a dia e com mais frequência preenchem suas pausas com ahn Adultos idosos também mostram uma tendência crescente a so letrar erroneamente as palavras que soam diferente da escrita Burke e Shafto 2004 Esses problemas refletem uma falha na recuperação ver bal e não uma falha de conhecimento vocabular que como já vimos em geral permanece sólido Quais são os outros aspectos da fala que declinam com a idade Em um estudo longitudinal os pesquisadores pediram a 30 adultos idosos sau dáveis entre 65 e 75 anos coisas como Descreva a pessoa que mais influenciou a sua vida e Descreva um acontecimento inesperado que aconteceu com você As respostas verbais dos participantes mostraram declínios em complexidade gramatical e profundidade entre as idades de 65 e 80 anos com o declínio mais rápido na metade dos 70 Kemper Thompson e Marquis 2001 Por que alguns sistemas de memória declinam Como explicar a perda de memória em idosos Pesquisadores têm apresentado diversas hipóteses Uma das abordagens concentrase nas estruturas biológicas que fazem a memória funcionar Outra abordagem trata dos problemas com os três passos exigidos para processar informação na memória codificação armazenamento e recuperação memória episódica Memória de longo prazo de experiên cias ou acontecimentos específicos ligados a tempo e lugar memória semântica Memória de longo prazo de conheci mento prático factual de linguagem e de costumes sociais memória de procedimento Memória de longo prazo de habilida des motoras costumes e formas de fazer as coisas que em geral podem ser relembradas sem esforço consciente algumas vezes chamada de memória implícita Andar de bicicleta requer memória de procedimento Uma vez aprendidas as habilidade procedurais podem ser ativadas sem esforço consciente mesmo após um lon go período de desuso Papalia17indd 598 Papalia17indd 598 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 599 Alteração neurológica O declínio na velocidade de processamento descrito anteriormente neste ca pítulo parece ser um fator fundamental para a perda de memória relacionada à idade Em um estudo o controle da velocidade de processamento eliminou a maior parte da diminuição no desempenho da memória Hedden Lautenschlager e Park 2005 Conforme discutimos no Capítulo 5 diferentes sistemas de memória dependem de diferentes estruturas cerebrais Assim um distúrbio que danifica uma determinada estrutura do cérebro pode prejudicar o tipo de memória a ela associada Por exemplo o mal de Alzheimer perturba a memória de trabalho localizada no córtex préfrontal à frente dos lobos frontais bem como as memórias se mântica e episódica localizadas nos lobos frontal e temporal o mal de Parkinson afeta a memória de procedimento localizada no cerebelo gânglios basais e outras áreas Budson e Price 2005 As principais estruturas envolvidas no processamento e armazenamento da memória normal incluem os lobos frontais e o hipocampo Os lobos frontais são ativos em codificar e recuperar memó rias episódicas A disfunção dos lobos frontais pode causar falsas memórias lembrarse de eventos que nunca ocorreram O declínio prematuro no córtex préfrontal pode ser a causa de problemas comuns como a incapacidade de se concentrar ou de prestar atenção e a dificuldade em desempenhar uma tarefa com várias etapas O hipocampo uma pequena estrutura localizada bem no centro do lobo temporal parece ser fundamental para a capacidade de armazenar novas informações na memória episódica Lesões no hipocampo ou em outras estruturas do cérebro envolvidas na memória episódica podem resultar em perda de memórias recentes Budson e Price 2005 O cérebro geralmente compensa declínios relacionados à velhice em regiões especializadas so licitando ajuda de outras regiões Em um estudo quando solicitados a se lembrar de conjuntos de letras que apareciam na tela de um computador estudantes de faculdade usaram apenas o hemisfério esquerdo quando solicitados a se lembrar da localização de pontos na tela usaram somente o hemisfé rio direito Adultos mais idosos cujo desempenho foi tão bom quanto o dos estudantes usaram ambos os lobos direito e esquerdo para ambas as tarefas ReuterLorenz Stanczac e Miller 1999 Reuter Lorenz et al 2000 Isso sugere que o cérebro dos adultos mais velhos estava compensando porque a tarefa era mais difícil para eles utilizaram mais áreas do cérebro do que os adultos mais jovens Park e ReuterLorenz 2009 Em outro estudo adultos mais jovens instruídos que desempenharam tarefas envolvendo memória utilizaram mais os lobos temporais medianos enquanto adultos mais velhos instruídos realizando a mesma tarefa utilizaram mais os lobos frontais Springer et al 2005 A capa cidade do cérebro para trocar de funções pode ajudar a explicar por que os sintomas do mal de Alzhei mer geralmente só aparecem quando a doença já está bem avançada e regiões do cérebro antes não afetadas e que haviam assumido as funções das regiões deficientes perdem sua própria capacidade de funcionamento Alzheimers Disease Part I 1998 Finch e Zelinski 2005 Problemas em codificar armazenar e recuperar A memória episódica é particularmente vulnerável aos efeitos do envelhecimento efeitos que são agravados à medida que as tarefas da memória tornam se mais complexas ou exigentes ou requerem a livre recordação de informações em oposição ao reconhecimento de material previamente visto Cansino 2009 Adultos mais idosos parecem ter mais dificuldade em codificar novas memórias episódicas provavelmente por causa das dificuldades em formar e mais tarde recordar um episódio coerente e coeso NavehBenjamin Brav e levy 2007 Eles tendem a ser menos eficientes e precisos do que os adultos mais jovens no uso de estratégias para facilitar a recordação por exemplo organizando o material alfabeticamente ou criando associações mentais Craik e Byrd 1982 A maior parte dos estudos descobriu que adultos mais velhos e mais jovens são igualmente informados no que se refere a estratégias de codificação efetiva Salthouse 1991 Mas em experimentos de laboratório adultos mais velhos têm menor probabilidade de usar tais estratégias a menos que sejam treinados ou pelo menos sugeridos ou lembrados a fazêlo Craik e Jennings 1992 Salthouse 1991 No entanto quando fazem uso de estratégias associativas como essas os declínios na codificação relacionados à idade podem ser reduzidos substancialmente NavehBenjamin et al 2007 Outra hipótese é que o material armazenado pode deteriorarse a ponto de a recuperação tornar se difícil ou impossível Algumas pesquisas sugerem que um pequeno aumento na falha de arma zenamento pode ocorrer com a idade Lustig e Flegal 2008 Entretanto vestígios de memórias deterioradas podem permanecer e talvez seja possível reconstruílos ou pelo menos reaprender o material rapidamente Camp e McKitrick 1989 Chafetz 1992 Aparentemente as memórias que contêm um componente emocional são mais resistentes aos efeitos da deterioração Kensinger 2009 A memória pode ser melhorada com uma simples técnica pronunciar as palavras em voz alta ou apenas mover os lábios sem emitir som McLeod et al 2010 Papalia17indd 599 Papalia17indd 599 010213 0916 010213 0916 600 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Por exemplo estudos constataram que adul tos mais velhos são motivados a preservar memórias que tenham um significado emo cional positivo para eles Carstensen e Mi kels 2005 Assim os fatores emocionais precisam ser considerados no estudo das alterações da memória na velhice Devemos ter em mente que a maior parte da pesquisa em codificação armazena mento e recuperação tem sido feita em labo ratório Mas a memória pode operar diferen temente no mundo real Em um estudo naturalista quando se solicitou a 333 adultos mais velhos que mantivessem um diário eles estavam mais propensos a relatar falhas de memória em dias estressantes especialmente quando envolviam outras pessoas Neupert et al 2006 SABEDORIA Com o envelhecimento do planeta a sabedoria há tempos um assunto de especulação filosófica tornouse um tópico importante da pesquisa psicológica Teóricos da personalidade como Jung e Erikson veem a sabedoria como o apogeu de toda uma vida de crescimento pessoal e desenvolvi mento do ego As ideias de Erikson sobre a sabedoria são discutidas no Capítulo 18 A sabedoria também tem sido estudada como uma habilidade cognitiva Como tal foi definida como amplitude excepcional e profundo conhecimento sobre as condições de vida e assuntos huma nos e julgamento reflexivo sobre a aplicação desse conhecimento Talvez envolva insight e consciên cia da natureza paradoxal e incerta da realidade e leve à transcendência afastamento da preocupação consigo mesmo Kramer 2003 p 132 Alguns teóricos definem sabedoria como uma extensão do pensamento pósformal uma síntese da razão e da emoção LabouvieVief 1990a 1990b A pesquisa mais extensa sobre sabedoria como habilidade cognitiva foi feita pelo já falecido Paul Baltes e seus colegas Em uma série de estudos Baltes e seus associados do Instituto Max Planck em Berlim pediram a adultos de várias idades e ocupações que pensassem em voz alta sobre dilemas hipo téticos As respostas foram classificadas de acordo com sua demonstração de um amplo conhecimento factual e de procedimentos sobre a condição humana e as estratégias para lidar com os problemas da vida Outros critérios foram a consciência de que o contexto circunstancial pode influir nos proble mas de que os problemas tendem a apresentar múltiplas interpretações e soluções e que as escolhas das soluções dependem de valores objetivos e prioridades individuais Baltes e Staudinger 2000 Pasupathi Staudinger e Baltes 2001 Em um desses estudos 60 profissionais alemães com alta escolaridade na faixa dos 25 aos 81 anos receberam quatro dilemas envolvendo temas como ponderar carreira e necessidades familiares e decidir se aceitam aposentarse cedo Das 240 soluções somente 5 foram classificadas como sábias e essas respostas estavam distribuídas de forma aproximadamente equivalente entre adultos jovens de meiaidade e idosos Os participantes mostraram mais sabedoria sobre decisões aplicáveis a seus próprios estágios de vida Por exemplo o grupo dos mais velhos deu as melhores respostas para o problema de uma viúva de 60 anos que tendo iniciado recentemente seu próprio negócio recebe a notícia de que seu filho havia sido abandonado com duas crianças e queria que ela o ajudasse a cuidar deles J Smith e Baltes 1990 Aparentemente então a sabedoria não é necessariamente uma propriedade da velhice ou de qual quer idade Ao contrário parece ser um fenômeno complexo e um tanto raro que mostra relativa estabili dade ou ligeiro crescimento em determinados indivíduos Staudinger e Baltes 1996 Stau dinger Smith e Baltes 1992 Uma variedade de fatores incluindo personalidade e expe riência de vida direta ou indireta pode con tribuir para isso Shedlock e Cornelius 2003 e a orientação de mentores pode ajudar a pre parar o caminho Baltes e Staudinger 2000 Pasupathi et al 2001 verificador você é capaz de Identificar dois aspectos da memória que tendem a decli nar com a idade e dar razões para esse declínio Discutir as alterações neuroló gicas relacionadas à memória Explicar como problemas de codificação armazenamento e recuperação podem afetar a memória na vida adulta tar dia e discutir como os fatores emocionais podem afetar a memória Pense na pessoa mais sábia que você conhece Quais dos critérios de sabedoria mencionados neste capítulo se houver algum parecem descrever essa pessoa Se nenhum deles servir como você definiria e mediria a sabedoria Como exemplo de uma consequência frequente no mundo real adultos clinicamente frágeis estão mais propensos a ter problemas com a memória e assim estão menos propensos a tomar seus medicamentos Insel et al 2006 Papalia17indd 600 Papalia17indd 600 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 601 A pesquisa sobre funcionamento físico cognição e envelhecimento é mais estimulante do que se pode imaginar Adultos mais velhos tendem a fazer o máximo com suas habilidades explorando ganhos em uma área para compensar declínios em outra A pesquisa destaca as diversas vias do de senvolvimento físico e cognitivo entre os indivíduos Também aponta para a importância do bemestar emocional na vida adulta tardia o tema do Capítulo 18 verificador você é capaz de Comparar várias abordagens ao estudo da sabedoria Discutir as descobertas de Baltes sobre a sabedoria resumo e palavraschave A velhice hoje De que modo a atual população de idosos está mudando Esforços para combater o envelhecimento estão fazendo progresso graças à visibilidade de um número cada vez maior de adultos idosos saudáveis e ativos A proporção de pessoas idosas entre populações de todo o mundo é maior do que antes e esperase que continue a crescer Pessoas acima dos 80 são o grupo de idade que cresce mais rápido Embora os efeitos do envelhecimento primário talvez escapem ao controle das pessoas é possível evitar os efeitos do envelhecimento secundário Especialistas no estudo do envelhecimento algumas vezes se referem às pessoas da faixa entre 65 e 74 anos como idoso jovem aos de 75 ou mais como idoso idoso e aos acima de 85 anos como idoso mais velho Entretanto esses termos talvez sejam mais úteis quando usados para se referirem à idade funcional idadismo 572 envelhecimento primário 573 envelhecimento secundário 573 atividades diárias da vida 573 idade funcional 574 gerontologia 574 geriatria 574 DESENVOLVIMENTO FÍSICO Longevidade e envelhecimento Como tem variado a expectativa de vida quais são as causas do envelhecimento e quais são as possibilidades de estender o tempo de vida A expectativa de vida aumentou sensivelmente Quanto mais as pessoas vivem mais querem viver Em geral a expectativa de vida é maior em países desen volvidos do que nos países em desenvolvimento entre hispânicos e norteamericanos brancos do que entre os afroamericanos e entre as mulheres quando compara das com os homens Ganhos recentes na expectativa de vida surgiram em grande parte para reduzir as taxas de mortalidade por doenças que afetam as pessoas mais idosas Futuros grandes progressos na expectativa de vida talvez depen dam dos cientistas aprenderem a modificar os processos básicos do envelhecimento As teorias do envelhecimento biológico abrangem duas categorias teorias de programação genética e taxas va riáveis ou teorias dos erros A pesquisa sobre prolongamento do tempo de vida por meio da manipulação genética ou restrição calórica tem desafiado a ideia de limite biológico para o ciclo de vida expectativa de vida 574 longevidade 574 tempo de vida 574 senescência 576 teorias de programação genética 576 teorias de taxas variáveis 577 radicais livres 578 metabolismo 578 autoimunidade 578 curvas de sobrevivência 579 limite de Hayflick 579 indicad r indicad r Papalia17indd 601 Papalia17indd 601 010213 0916 010213 0916 602 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Mudanças físicas Quais são as mudanças físicas que ocorrem durante a velhice e como essas mudanças variam entre os indivíduos Mudanças nos órgãos e sistemas são altamente variáveis A maioria dos sistemas corporais continua a funcionar muito bem mas o coração começa a ficar mais suscetível a doenças A capacidade de reserva declina Embora o cérebro mude com a idade as mudanças em geral são modestas Envolvem perda de volume e peso e uma diminuição na velocidade das respostas Entretanto o cérebro pode gerar novos neurônios e construir novas conexões na velhice Problemas visuais e auditivos talvez interfiram na vida diária mas em geral podem ser corrigidos Danos irrever síveis podem resultar de glaucoma ou degeneração ma cular relacionados à idade Perdas de paladar e olfato po dem levar à má nutrição O treinamento pode melhorar o tempo de reação equilíbrio e força muscular Adultos idosos tendem a ser suscetíveis a acidentes e quedas Pessoas mais velhas tendem a dormir menos e a sonhar menos que antes mas a insônia crônica pode ser uma indicação de depressão Muitos adultos mais velhos permanecem sexualmente ativos capacidade de reserva 581 catarata 584 degeneração macular relacionada à idade 584 glaucoma 584 Saúde física e mental Quais são os problemas de saúde comuns na vida adulta tardia quais são os fatores que influenciam a saúde e quais são os problemas mentais e comportamentais vivenciados por algumas pessoas idosas A maior parte dos idosos é razoavelmente saudável principalmente se seguem um estilo de vida saudável Muitos apresentam problemas crônicos mas esses em geral não limitam muito suas atividades ou interferem na vida diária Exercício e dieta têm influência importante na saúde A perda de dentes pode afetar seriamente a nutrição A maior parte dos idosos apresenta boa saúde men tal Depressão alcoolismo e muitos outros problemas podem ser revertidos com tratamento alguns poucos como o mal de Alzheimer são irreversíveis O mal de Alzheimer tornase mais frequente com a idade É altamente hereditário mas dieta exercício e outros fatores do estilo de vida podem fazer uma gran de diferença A atividade cognitiva pode ser protegida construindose uma reserva cognitiva que possibilite ao cérebro funcionar em condições de estresse Terapias comportamentais e medicamentosas podem diminuir a velocidade da deterioração A redução da capacidade cognitiva pode ser um sinal precoce da doença os pesquisadores estão desenvolvendo instrumentos para diagnóstico precoce demência 589 mal de Alzheimer 590 mal de Parkinson 590 emaranhados neurofibrilares 591 placa amiloide 591 reserva cognitiva 592 indicad r indicad r Papalia17indd 602 Papalia17indd 602 010213 0916 010213 0916 Desenvolvimento Humano 603 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO Aspectos do desenvolvimento cognitivo Quais são as perdas e os ganhos em termos de habilidades cognitivas que tendem a ocorrer na vida adulta tardia Existem meios para melhorar o desempenho cognitivo de pessoas idosas Adultos mais velhos têm um desempenho melhor na parte verbal da Escala Wechsler de Inteligência Adulta O Estudo Longitudinal de Seattle descobriu que o fun cionamento cognitivo na vida adulta tardia é altamente variável Poucas pessoas declinam em todas ou na maior parte das áreas e muitas melhoram em algumas A hipó tese do envolvimento procura explicar as diferenças Adultos mais velhos resolvem problemas práticos com mais eficácia se estes tiverem relevância emocional para eles Uma diminuição generalizada no funcionamento do sistema nervoso central pode afetar a velocidade do pro cessamento de informação A inteligência pode ser um previsor de longevidade As memórias sensorial semântica e de procedimento pa recem tão eficientes nos adultos idosos quanto em adul tos mais jovens A capacidade da memória de trabalho e da memória episódica geralmente é menos eficiente Adultos mais velhos têm mais problemas em recuperar palavras oralmente e em soletrar do que adultos jo vens A complexidade gramatical e o conteúdo da fala declinam Alterações neurológicas e problemas de codificação armazenamento e recuperação podem ser responsáveis por grande parte do declínio da memória funcional em adultos idosos Entretanto o cérebro pode compensar alguns declínios relacionados à idade Pessoas idosas mostram considerável plasticidade em desempenho cognitivo e podem se beneficiar de treina mento De acordo com os estudos de Baltes a sabedoria não está relacionada à idade mas pessoas de todas as idades dão respostas mais sábias para problemas que afetam sua própria faixa etária Escala Wechsler de Inteligência Adulta 594 memória sensorial 597 memória de trabalho 597 memória episódica 598 memória semântica 598 memória de procedimento 598 indicad r Papalia17indd 603 Papalia17indd 603 010213 0916 010213 0916 Capítulo 18 pontos principais Teoria e pesquisa sobre o desenvolvimento da personalidade O bemestar na vida adulta tardia Questões práticas e sociais relacionadas ao envelhecimento Relacionamentos pessoais na terceira idade Relacionamentos conjugais Estilos de vida e relacionamentos não conjugais Laços de parentesco não conjugais pontos principais você sabia que A atividade produtiva parece desempenhar um papel importante para o envelhecimento bemsucedido Na maioria dos países desenvolvidos mulheres idosas estão mais propensas a viver sozinhas que homens idosos Pessoas que podem confiar seus sentimentos e pensamentos aos amigos tendem a lidar melhor com as mudanças e desafios do envelhecimento Neste capítulo tratamos da teoria e da pesquisa sobre o desenvolvimento psicossocial na vida adulta tardia e discutimos as opções de vida nessa fase como trabalho aposentadoria e outros aspectos e também seu impacto sobre a capacidade da sociedade de manter e cuidar daqueles que estão envelhecendo Por fim tratamos do relacionamento com a família e com os amigos algo que afeta e muito a qualidade desses últimos anos de vida você sabia Desenvolvimento Psicossocial na Vida Adulta Tardia Ainda há o hoje E o amanhã com novos sonhos A vida nunca envelhece Rita Duskin Haiku Som e Luz 1987 Papalia18indd 604 Papalia18indd 604 010213 0915 010213 0915 Papalia18indd 605 Papalia18indd 605 010213 0915 010213 0915 606 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Teoria e pesquisa sobre o desenvolvimento da personalidade No começo da década de 1980 quando a escritora Betty Friedan foi convidada para organizar um seminário na Universidade de Harvard sobre Crescimento na velhice o ilustre behaviorista B F Skinner não quis participar Velhice e crescimento disse ele são uma contradição em termos Frie dan 1993 p 23 Skinner estava longe de ser o único a acreditar nisso No entanto três décadas de pois cada vez mais se reconhece que a vida adulta tardia é um tempo de crescimento potencial O exemplo de pessoas como o expre sidente Jimmy Carter que ganhou o Prêmio Nobel da Paz aos 78 anos por seu trabalho na área dos direitos humanos educação pesquisa em saúde preventiva e resolução de conflitos mundiais levou alguns teóricos a ver a vida adulta tardia como um estágio de desenvolvimento com suas próprias questões e tarefas especiais É um período em que as pessoas podem reavaliar suas vidas concluir o que ficou pendente e decidir como melhor canalizar suas energias e passar os dias me ses ou anos que lhes restam Alguns querem deixar um legado aos netos ou ao mundo transmitir os resultados de suas experiências ou confirmar o significado de suas vidas Outros querem simplesmente dedicarse aos seus passatempos favoritos ou fazer as coisas que nunca tiveram tempo de fazer quando eram mais jovens O crescimento na velhice é possível e muitos idosos que se sentem saudáveis competentes e no controle de suas vidas vivenciam essa última fase da vida de modo positivo Vejamos o que as teorias e as pesquisas podem nos dizer sobre a personalidade nessa fase final do ciclo de vida e sobre os desafios psicossociais e as oportunidades do envelhecimento No próximo indicad r A personalidade muda com a idade E quais são as questões e as tarefas especiais que as pessoas mais velhas têm de enfrentar Quando começa a velhice Isso depende para quem você pergunta Para pessoas com menos de 30 anos certamente começa um pouco antes dos 60 No entanto quanto mais velho o indivíduo mais tarde ele ou ela projetará a velhice aos 75 anos somente 35 das pessoas consideram se velhas Pew Research Center 2009a indicadores de estudo 1 A personalidade muda com a idade E quais são as questões e as tarefas especiais que as pessoas mais velhas têm de enfrentar 2 Quais são as estratégias e os recursos que contribuem para o bemestar e para a saúde mental dos idosos 3 Como os idosos lidam com o trabalho e com as decisões relativas à aposentadoria aos recursos financeiros e às providências do dia a dia 4 Quais são as mudanças que ocorrem nos relacionamentos pessoais durante a velhice Qual é o seu efeito sobre o bemestar 5 Quais são as características dos casamentos duradouros na velhice E qual é o impacto da viuvez do divórcio e de um novo casamento nessa fase da vida 6 Como convivem os idosos solteiro E os que vivem juntos mas não são casados E aqueles envolvidos em relacionamentos homossexuais E como a amizade se manifesta na velhice 7 Como os adultos da terceira idade se relacionam com os seus filhos adultos E com os seus irmãos E como se adaptam ao serem bisavós Papalia18indd 606 Papalia18indd 606 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 607 segmento discutiremos como os idosos enfrentam o estresse e as perdas e o que significa envelhecimento bemsucedido ERIK ERIKSON QUESTÕES E TAREFAS NORMATIVAS Quais são os fatores que contribuem para o crescimento pessoal De acordo com os teóricos dos estágios normativos o crescimento depende da execução das tarefas psicológicas de cada fase da vida de modo emo cionalmente sadio Para Erikson a conquista culminante da vida adulta tardia é o senso de integridade do ego ou integridade do self conquista fundamentada na reflexão sobre a própria vida No oitavo e último estágio do ciclo de vida in tegridade do ego versus desespero os adultos mais velhos têm de avaliar e aceitar suas vidas para poderem aceitar a morte A partir dos resultados dos sete estágios anteriores lutam para conquistar um senso de coerência e tota lidade em vez de se entregar ao desespero por sua incapacidade de reviver o passado de forma diferente Erikson Erikson e Kivnick 1986 As pessoas bemsucedidas nesta tarefa final de integração adquirem o entendimento do significado de suas vidas dentro da ordem social mais ampla A virtude que pode se desenvolver nessa etapa é a sabedoria um interesse informado e imparcial pela vida em si diante da morte Erikson 1985 p 61 Sabedoria disse Erikson significa aceitar a vida que se viveu sem maiores arrependimentos sem ficar preso ao que deveria ser feito ou poderia ter sido Isso significa aceitar imperfeições em si próprio nos pais nos filhos e na vida Essa definição de sabedoria como um impor tante recurso psicológico difere das definições em grande parte cognitivas exploradas no Capítulo 17 Embora a integridade deva superar o desespero para que essa etapa seja resolvida com êxito Erikson afirmava que algum desespero é inevitável As pessoas têm necessidade de se lamentar não apenas pelas próprias desventuras e oportunidades perdidas mas pela vulnerabilidade e transitorieda de da condição humana Erikson acreditava porém que mesmo quando as funções do corpo enfraquecem as pessoas devem manter um envolvimento vital na sociedade Com base em estudos feitos sobre as histórias de vida de octogenários ele concluiu que a integridade do ego resulta não somente da reflexão sobre o passado mas de contínuos estímulos e desafios quer por meio de atividade política de programas de manutenção da boa forma do trabalho criativo quer pelos relacionamentos com os netos Erikson et al 1986 O MODELO DOS CINCO FATORES TRAÇOS DE PERSONALIDADE NA VELHICE A personalidade sofre mudança na terceira idade A resposta pode depender em parte do modo como a estabilidade e a mudança são medidos Medindo estabilidade e mudança na vida adulta tardia Numa população a estabilidade de longo prazo relatada por Costa e McCrae e discutida nos Capítulos 14 e 16 ocorre nos níveis médios de vários traços Segundo o modelo dos cinco fatores e as pesquisas que lhe dão supor te é improvável que pessoas hostis em média tornemse muito mais amigáveis com a idade a não ser que se submetam a tratamento terapêutico e pessoas otimistas provavelmente continuarão esperançosas Entretanto estudos longi tudinais e transversais que utilizaram uma versão modificada desse modelo constataram uma mudança contínua na vida adulta tardia com o tempo uma diminuição no neuroticismo Allemand 2007 aumentos em autoconfiança acolhimento caloroso e estabilidade emocional Roberts e Mzoczek 2008 e aumentos em conscienciosidade acompanhados por declínios em vitalidade social gregarismo e abertura para o novo Roberts e Mroczek 2008 integridade do ego versus desespero De acordo com Erikson a oitava e última etapa do desenvolvimento psicossocial quando as pessoas da vida adulta tardia adquirem um senso de in tegridade do ego pela aceitação da vida que tiveram e assim aceitam a morte ou se entregam ao desespero pela im possibilidade de reviver suas vidas Jimmy Carter um dos mais ativos expresidentes da his tória dos Estados Unidos ganhou o Prêmio Nobel aos 78 anos por seu trabalho na área dos direitos humanos educação pesquisa em saúde preventiva e resolução de conflitos boa parte deles em países em desenvolvimento Segundo Erikson a integrida de do ego na vida adulta tar dia requer constantes estimu lações e desafios o que para este escultor vem do trabalho criativo Papalia18indd 607 Papalia18indd 607 010213 0915 010213 0915 608 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Uma das maneiras de medir estabilidade ou mudança são por ordem de graduação as compa rações das diferentes pessoas em um determinado traço Uma análise de 152 estudos longitudinais constatou que as diferenças relativas entre indivíduos tornamse cada vez mais estáveis por um período e depois atingem o ponto máximo Alguns pesquisadores acreditam que isso acontece relativamente cedo na vida aproximadamente aos 30 anos de idade Terraciao McCrae e Costa 2009 Outros que isso ocorre entre os 50 e os 70 Roberts e DelVecchio 2000 Se quando ainda uma jovem adulta Elsa for mais conscienciosa que Manuel é provável que ela continue sendo a mais conscienciosa dos dois na vida adulta tardia Um estudo recente de mais de 800 adultos su gere que essa estabilidade na ordem de posição é fortemente influenciada pela genética Johnson McGue e Krueger 2005 A melhor maneira de definir a estabilidade da personalidade na vida adulta tardia é como algo relativamente consistente moldado tanto pela genética quanto pela escolha ativa de uma posição mas ainda sujeito às influências contínuas de um mundo biológico e social em transformação As primeiras pesquisas transversais indicavam que a personalidade tornase mais rígida na velhi ce No entanto testes de personalidade em 3422 participantes do Estudo Longitudinal de Seattle não encontraram nenhuma tendência relacionada à idade no que diz respeito à inflexibilidade Schaie 2005 E pessoas de coortes mais recentes parecem ser mais flexíveis isto é menos rígidas que de coortes anteriores Essas descobertas sugerem que o aumento na rigidez encontrado nos primeiros estudos pode na verdade estar ligado não à idade mas às experiências de vida de uma determinada coorte Schaie e Willis 1991 Essas descobertas contrariam o estereótipo de que os idosos passam a ser rígidos e a ter hábitos arraigados A personalidade como previsor de emotividade saúde e bemestar A personalidade é um forte previsor de emotividade e bemestar subjetivo mais forte em muitos aspectos que as relações sociais e a saúde Isaacowitz e Smith 2003 Em um estudo longitudinal que acompanhou quatro gerações por 23 anos emoções negativas autorrelatadas tais como inquietude tédio infelicidade e depressão diminuíram com a idade Ao mesmo tempo a emotividade positiva entusiasmo interes se orgulho e senso de realização tendeu a permanecer estável até a velhice e depois declinou apenas ligeiramente e aos poucos Charles Reynolds e Gatz 2001 Uma possível explicação para esse quadro de um modo geral positivo vem da teoria da seletivida de socioemocional à medida que as pessoas envelhecem elas tendem a procurar atividades e outras pessoas que lhes proporcionem gratificação emocional Além disso a grande habilidade dos adultos mais velhos de controlar suas emoções talvez explique por que eles tendem a ser mais felizes e mais alegres do que adultos mais jovens e a experimentar emoções negativas com menor frequência e de modo mais fugaz BlanchardFields Stein e Watson 2004 Carstensen 1999 Mroczek e Kolarz 1998 Além do mais as emoções fazem parte da definição de personalidade Por exemplo em muitos aspectos o neuroticismo é uma forma caracteristicamente negativa de ver o mundo Assim não causa surpresa que as variáveis da personalidade possam estar relacionadas ao bemestar geral e à satisfação com a vida Lucas e Diener 2009 Dois dos traços de personalidade do Big Five extroversão e neuroticismo demonstram a re lação Como previram Costa e McCrae 1980 pessoas com personalidade extrovertida sociáveis e socialmente orientadas tendem a reportar altos níveis de emoção positiva inicialmente e estão mais propensas do que as outras a manter sua positividade ao longo da vida Charles et al 2001 Isaaco witz e Smith 2003 Pessoas com personalidade neurótica temperamentais suscetíveis ansiosas e inquietas tendem a reportar emoções negativas e não positivas e tendem a se tornar ainda menos positivas à medida que envelhecem Charles et al 2001 Isaacowitz e Smith 2003 O neuroticismo é um previsor bem mais eficaz do estado de espírito e de transtornos do humor do que variáveis como idade condição de saúde educação ou gênero Siedlecki et al 2008 Pessoas altamente neuróticas que se tornam mais neuróticas à medida que envelhecem apresentam baixas taxas de sobrevivência possivelmente porque fumam ou usam álcool ou drogas para ajudar a tranquilizar suas emoções negativas e porque não conseguem administrar o estresse Mroczek e Spiro 2007 Diferentemente constatouse que a conscienciosidade ou confiabilidade prevê saúde e mortalidade muito provavelmente porque pes soas conscienciosas tendem a evitar comportamentos de risco e a se envolver em atividades que promovem sua saúde Martin Friedman e Schwartz 2007 Em janeiro de 2011 os babyboomers mais velhos começaram a chegar aos 65 e aparentemente eles não se sentem satisfeitos Segundo os pesquisadores eles são mais pessimistas que as gerações anteriores e as gerações mais jovens Cohn e Taylor 2010 verificador você é capaz de Discutir o estágio da integri dade do ego versus desespero e dizer o que significava sabe doria para Erikson Resumir a pesquisa sobre estabilidade da personalida de e seus efeitos na emotivi dade e no bemestar durante a velhice Papalia18indd 608 Papalia18indd 608 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 609 O bemestar na vida adulta tardia Adultos mais velhos em geral têm menos transtornos mentais e estão mais felizes e satisfeitos com a vida que adultos mais jovens Mroczek e Kolarz 1998 Wykle e Musil 1993 Yang 2008 De fato um estudo recente de 340 mil adultos mostrou que a felicidade está em alta aos 18 anos declina até a pessoa chegar aos 50 e depois tende a subir novamente até os 85 anos nesse ponto alcan çando níveis ainda mais altos do que na adolescência Stone et al 2010 Qual a explicação para essa notável capacidade de lidar com situações difíceis e o que contribui para um envelhecimento bemsucedido Mais felicidade na velhice pode em parte refletir o valor de uma perspectiva madura mas tam bém pode refletir a sobrevivência seletiva dos mais felizes Ainda assim existem algumas variações de coortes e disparidades sociais Por exemplo babyboomers reportam níveis mais baixos de felicidade do que coortes anteriores e posteriores talvez devido ao tamanho imenso de sua geração e às tensões competitivas por escolarização emprego e segurança econômica bem como aos turbulentos eventos sociais dos anos de sua formação Disparidades de gênero raciaisétnicas e educacionais em relação à felicidade diminuíram ou no caso do gênero desapareceram especialmente a partir de meados da dé cada de 1990 Além disso as disparidades sociais talvez tenham menor impacto na velhice já que as mudanças biológicas os eventos da vida a habilidade de lidar com o estresse e o acesso à assistência social e aos serviços de apoio desempenham um papel mais importante Yang 2008 ENFRENTAMENTO COPING E SAÚDE MENTAL Enfrentamento coping é o pensamento ou comportamento adaptativo que visa reduzir ou aliviar o estresse resultante de condições prejudiciais ameaçadoras ou difíceis É um importante aspecto da saúde mental Vejamos agora duas abordagens teóricas ao estudo do enfrentamento as defesas adap tativas e o modelo de avaliação cognitiva Em seguida examinaremos um sistema de apoio que muitos adultos mais velhos adotam a religião George Vaillant as defesas adaptativas O que contribui para uma saúde mental positiva na ve lhice De acordo com três estudos prospectivos abrangendo mais de 60 anos um importante fator de previsão é o uso de defesas adaptativas maduras no enfrentamento de problemas em fases anteriores da vida Vaillant 2000 observou os sobreviventes de seus estudos anteriores bem como uma subamostra de mulheres do estudo de Terman sobre crianças superdotadas da Califórnia nascidas por volta de 1910 Aqueles que na velhice apresentaram melhor adaptação psicossocial foram os mesmos que quando adultos jovens haviam usado defesas adaptativas maduras como altruísmo humor persistên cia no sentido de não desanimar antecipação de planos para o futuro e sublimação redirecionando emoções negativas para atividades produtivas Como funcionam essas defesas adaptativas De acordo com Vaillant 2000 elas podem mudar a percepção das realidades que as pessoas são incapazes de modificar Por exemplo nos estudos já men cionados o uso de defesas adaptativas permitiu prever um funcionamento físico subjetivo mesmo não tendo previsto uma saúde física objetiva segundo avaliação médica As defesas adaptativas podem ser inconscientes ou intuitivas Em contrapartida o modelo de avaliação cognitiva ao qual nos dedicaremos agora enfatiza estratégias de enfrentamento escolhidas conscientemente Modelo de avaliação cognitiva No modelo de avaliação cognitiva Lazarus e Folkman 1894 as pessoas escolhem conscientemente estratégias de enfrentamento com base no modo como percebem e analisam uma situação O enfrentamento inclui qualquer coisa que um indivíduo pense ou faça para se adaptar ao estresse independentemente de como isso funcione A escolha da estratégia mais adequada exige uma contínua reavaliação da relação entre a pessoa e o ambiente Estratégias de enfrentamento focalizado no problema versus focalizado na emoção Conforme mostramos no Capítulo 3 as estratégias de enfrentamento podem ser focalizadas no problema ou focalizadas na emoção O enfrentamento focalizado no problema implica o uso de estratégias Quais são as estratégias e os recursos que contribuem para o bemestar e para a saúde mental dos idosos indicad r enfrentamento coping É o pensamento ou comportamento adaptativo que visa reduzir ou aliviar o estresse resultante de condições preju diciais ameaçadoras ou difíceis A linguagem dirigida a idosos o uso de palavras ou frases do tipo Como estamos indo ou Boa menina é usada com frequência na tentativa de ser útil ou gentil mas é mais provável que seja vista como humilhante ou condescendente Balsis e Carpenter 2006 modelo de avaliação cognitiva É o modelo de avaliação cognitiva proposto por Lazarus e Folkman o qual afirma que com base em contínuas avaliações de sua relação com o am biente as pessoas escolhem estratégias adequadas de enfrentamento para lidar com situações que sobrecarregam seus recursos normais enfrentamento focalizado no problema No modelo de avaliação cognitiva estratégia de enfrentamento orientada para eliminar administrar ou melhorar uma situação estressante Papalia18indd 609 Papalia18indd 609 010213 0915 010213 0915 610 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman instrumentais ou orientadas para a ação com o objetivo de eliminar administrar ou mitigar uma con dição estressante Esse tipo geralmente predomina quando uma pessoa prevê uma oportunidade real de mudar a situação O enfrentamento focalizado na emoção é voltado para o sentirse melhor administrando a resposta emocional a uma situação de estresse para aliviar seu impacto físico ou psico lógico Esse tipo de enfrentamento tende a predominar quando uma pessoa chega à conclusão de que pouco ou nada pode ser feito no que diz respeito àquela situação específica As respostas focalizadas no problema em resposta a uma série de reprimendas de um patrão poderiam ser trabalhar com mais afinco buscar formas de melhorar as próprias habilidades ou pro curar outro emprego Respostas focalizadas na emoção poderiam ser recusarse a pensar naquelas reprimendas ou convencerse de que o patrão não tinha a intenção de ser tão duro A pesquisa pôde distinguir dois tipos de enfrentamento focalizado na emoção proativo confrontar ou expressar as emoções ou procurar apoio social e passivo evitação negação supressão das emoções ou aceitação da situação como ela é Diferenças de idade na escolha de estilos de enfrentamento Adultos mais velhos tendem a usar mais o enfrentamento focalizado na emoção do que as pessoas mais jovens BlanchardFields 2007 isso é verdadeiro especialmente quando se observa o idoso mais velho Martin et al 2008 Geralmente o enfrentamento focalizado na emoção é menos adaptativo do que o enfrenta mento focalizado no problema mas isso é verdadeiro somente quando realisticamente algo pode ser feito em relação ao problema Quando não há solução disponível talvez seja mais adaptativo controlar as emoções negativas ou desagradáveis Além do mais quando ambos os enfrentamentos são usados conjuntamente isso permite uma variedade mais ampla e mais flexível de respostas a eventos estressantes Em estudos em que se perguntou a jovens a pessoas de meiaidade e a idosos como lidariam com vários tipos de problemas os participantes independentemente da idade e na maioria das vezes optaram por estratégias focalizadas no problema quer por ação quer analisando o problema para melhor compreendêlo As maiores diferenças de idade apareceram em relação aos problemas com implicações altamente emocionais ou estressantes como o caso de um homem divorciado autorizado a ver o filho só nos finais de semana mas que queria vêlo com mais frequência Os adultos de todas as idades tendiam a usar o enfrentamento por focalização na emoção em situações como essa mas os adultos mais velhos escolhiam estratégias focalizadas na emoção por exemplo nada fazer esperar que a criança crescesse ou tentar não se preocupar com mais frequência do que os adultos mais jovens BlanchardFields et al 2004 Aparentemente com a idade as pessoas desenvolvem esse repertório mais flexível de estratégias de enfrentamento Os adultos mais velhos podem utilizar estratégias focalizadas no problema mas podem ser mais hábeis do que os mais jovens em regular as emoções quando a situação assim o exige quando uma ação focalizada no problema se mostra inútil ou contraproducente BlanchardFields e Camp 1990 BlanchardFields et al 2004 O enfrentamento focalizado na emoção pode ser particularmente útil para lidar com o que a psi coterapeuta Pauline Boss 2007 chama de perda ambígua ver Quadro 191 Boss aplica esse termo a perdas não totalmente definidas ou que não tiveram um desfecho como a de um ente querido aco metido pelo mal de Alzheimer ou a perda da terra natal que pode ser sentida até o fim da vida por imigrantes idosos Nessas situações a experiência pode ensinar as pessoas a aceitarem o que não po dem mudar lição essa muitas vezes reforçada pela religião Os estilos de enfrentamento não estão relacionados apenas ao bemestar emocional e psicológico De um modo geral pessoas mais felizes são também mais saudáveis E o modo como a pessoa enfrenta as prova ções e atribulações da vida está relacionado a várias consequências importantes para a saúde Qual o motivo dessa relação Pesqui sas sugerem que o enfrentamento adaptati vo está relacionado à saúde por meio dos hormônios do estresse Carver 2007 Em um estudo de mais de 500 adultos mais velhos aqueles que usavam as estratégias de enfrentamento focalizado no problema e procuravam apoio social enfrentamento focalizado na emoção No modelo de avaliação cognitiva estratégia de enfrentamento orientada para administrar a resposta emocional a uma situação estressante com o objetivo de diminuir seu impacto físico ou psicológico perda ambígua Uma perda não totalmente definida ou que não teve um desfecho Que tipo de enfrentamento você tende a usar mais focalizado no problema ou focalizado na emoção Que tipo seus pais usam mais E seus avós Em quais situações cada tipo de enfrentamento parece ser mais eficaz Papalia18indd 610 Papalia18indd 610 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 611 diante de eventos estressantes apresentaram ao longo do dia níveis mais baixos de cortisol um dos hormônios do estresse ODonnell et al 2008 A religião ou a espiritualidade afetam a saúde e o bemestar A religião tornase cada vez mais importante para muitas pessoas à medida que elas envelhecem Em uma pes quisa de âmbito nacional cerca de 50 dos adultos norteamericanos na faixa dos 70 e 80 disseram que frequentavam serviços reli giosos semanalmente Cornwell Laumann e Schumm 2008 A religião parece ter um pa pel determinante de apoio para muitos idosos Possíveis explicações incluem o apoio social o encorajamento a levar estilos de vida saudá veis a percepção de uma medida de controle sobre a vida por meio da oração a criação de estados emocionais positivos a redução do estresse e a fé em Deus como forma de interpretação dos infortúnios Seybold e Hill 2001 Mas a religião promove realmente a saúde e o bemestar Muitos estudos sugerem uma ligação positiva entre religião ou espiritualidade e saúde Lawler Rowe e Elliot 2009 De fato uma análise de estudos com metodologia relativamente sólida consta tou uma redução de 25 no risco de mortalidade entre adultos saudáveis que frequentavam serviços religiosos semanalmente Powell Shahabi e Thoresen 2003 Outra revisão de estudos revelou a existência de uma associação positiva entre religiosidade ou espiritualidade e níveis de saúde bem estar satisfação conjugal e função psicológica e uma associação negativa com suicídio delinquência criminalidade e uso de drogas e álcool Seybold e Hill 2001 Parece que parte da razão para as relações entre saúde e espiritualidade é porque as pessoas que pertencem a uma igreja estão mais propensas a se envolver em comportamentos saudáveis e dispõem de níveis mais altos de apoio social Curiosamente a variável fundamental é fazer parte da igreja e não a frequência LawlerRow e Elliot 2009 Embora o estudo citado tenha se concentrado apenas em membros de igrejas é provável que a participação em outras tradições religiosas e comunidades funcione da mesma maneira Foram feitas relativamente poucas pesquisas sobre religião e espiritualidade em relação a grupos minoritários raciais e étnicos Em um estudo dessa natureza entre 3050 idosos mexicanos os que iam à igreja uma vez por semana tinham um risco de mortalidade 32 menor do que os que não iam Hill et al 2005 Para idosos negros a religião está intimamente ligada à satisfação com a vida e ao bemestar Coke 1992 Coke e Twaite 1995 Krause 2004a Walls e Zaritt 1991 Um fator especial é a crença de muitos negros de que a igreja os ajuda a enfrentar as injustiças raciais Ellison Musick e Henderson 2008 MODELOS DE ENVELHECIMENTO BEMSUCEDIDO OU IDEAL Com o crescente número de idosos ativos e saudáveis houve uma mudança no conceito de enve lhecimento O envelhecimento bemsucedido ou ideal em grande parte substituiu a ideia de que o envelhecimento resulta de processos inevitáveis e intrínsecos de perda e declínio Considerando que fatores modificáveis influenciam o envelhecimento conforme já vimos no Capítulo 17 consequen temente algumas pessoas podem envelhecer com mais sucesso do que outras Rowe e Kahn 1997 Uma recente análise da literatura sugere que aproximadamente um terço dos adultos com mais de 60 anos é bemsucedido ao envelhecer Depp e Jeste 2009 Vários estudos identificaram três componentes principais do envelhecimento bemsucedido 1 anulação da doença ou de incapacidade relacionada à doença 2 manutenção elevada das funções psicológica e cognitiva e 3 engajamento constante e ativo em atividades sociais e produtivas ativida des pagas ou não criadoras de valor social Os idosos bemsucedidos tendem a ter apoio social emo cional e material o que contribui para a saúde mental e enquanto permanecem ativos e produtivos não se consideram velhos Rowe e Kahn 1997 Outra abordagem enfatiza o bemestar e a satisfação verificador você é capaz de Citar cinco mecanismos de adaptação madura identifi cados por Vaillant e explicar como funcionam Descrever o modelo de enfren tamento por avaliação cogniti va e especificar a relação entre idade e escolha de estratégias de enfrentamento Discutir em que medida a reli giosidade e a espiritualidade se relacionam com o risco de mortalidade saúde e bemes tar na fase avançada da vida A atividade religiosa parece ajudar muitas pessoas a en frentar o estresse e as perdas na velhice e algumas pesqui sas sugerem que seu efeito sobre a saúde e o bemestar pode ser real Papalia18indd 611 Papalia18indd 611 010213 0915 010213 0915 612 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman com a vida em termos subjetivos Jopp e Smith 2006 Surpreendentemente a concordância sobre o que constitui um envelhecimento bemsucedido não existe Depp e Jeste 2009 Muitas pessoas argumentam que as definições de envelhecimento bemsucedido ou ideal são carregadas de valor Esses termos dizem os críticos podem sobrecarregar mais do que libertar as pessoas idosas pressionandoas a alcançar padrões que elas não podem ou não querem atingir O con ceito de envelhecimento bemsucedido não considera devidamente os fatores de coação que podem limitar as escolhas de um estilo de vida Nem todos os adultos têm bons genes instrução e circuns tâncias favoráveis para construir o tipo de vida de sua escolha Um resultado não premeditado ao rotular os adultos mais velhos como sendo bemsucedidos ou malsucedidos pode ser culpar as vítimas e leválas a uma autoderrota mediante estratégias de antienvelhecimento Isso também tende a menosprezar a própria velhice e a negar a importância de aceitar ou de se adaptar ao que não pode ser mudado Holstein e Minkler 2003 Considerando esses cuidados vejamos algumas teorias e pesquisas clássicas e atuais sobre o en velhecer bem Teoria do desengajamento versus teoria da atividade Quem tem uma adaptação mais sau dável à velhice aquele que tranquilamente vê o mundo passar de uma cadeira de balanço ou quem se mantém em atividade desde a manhã até a noite De acordo com a teoria do desengajamento envelhecer geralmente comporta uma redução gradual no envolvimento social e maior preocupação consigo mesmo De acordo com a teoria da atividade quanto mais ativos permanecem os idosos melhor envelhecem A teoria do desengajamento foi uma das primeiras teorias influentes da gerontologia Seus pro ponentes Cumming e Henry 1961 entendiam o desengajamento como uma condição universal do envelhecimento Eles defendiam que a decadência do funcionamento físico e a consciência da proximidade da morte resultam numa gradual e inevitável suspensão dos papéis sociais trabalhador cônjuge pai ou mãe e como a sociedade deixa de providenciar papéis úteis para os adultos da ter ceira idade o desengajamento é mútuo Acreditase que o desengajamento deve ser acompanhado pela introspecção e apaziguamento das emoções No entanto depois de mais de cinco décadas a teoria do desengajamento tem recebido pouco apoio da pesquisa independente e quase desapareceu da literatura empírica Achenbaum e Bengtson 1994 p 756 Parece que o desenvolvimento dessa perspectiva teórica tinha mais a ver com a atmosfera social e intelectual geral da época em que foi formulada do que com qualquer processo normativo do envelhecimento Moody 2009 A teoria da atividade em oposição à teoria do desengajamento associa a atividade com a satisfa ção de viver De acordo com essa teoria nós somos o que fazemos Moody 2009 Como as atividades tendem a ser vinculadas a papéis e a conexões sociais quanto mais ativos permanecermos nesses papéis mais satisfeitos provavelmente estaremos As pessoas que envelhecem bem mantêm o máxi mo possível de atividades e encontram substitutos para os papéis perdidos Neugarten Havighurst e Tobin 1968 De fato a pesquisa detectou que a retenção das principais identificações com papéis sociais é um fator de proteção para o bemestar e a saúde mental Greenfield e Marks 2004 No entanto a teoria da atividade como originalmente estruturada é considerada hoje em dia muito simplista Em pesquisas anteriores Neugarten et al 1968 a atividade era geralmente asso ciada à satisfação No entanto isso não é tudo Por exemplo parece que a conservação dos relaciona mentos sociais de alta qualidade o que é mais provável para uma pessoa que permanece ativa pode explicar muitas das descobertas anteriores Litwing e ShiovitzEzra 2006 Além disso boa parte das pessoas desengajadas é bem ajustada Descobertas como essas sugerem que embora a atividade possa ser melhor para a maioria das pessoas o desengajamento pode ser mais adequado para algumas delas assim a generalização de um determinado padrão de envelhecimento bemsucedido pode ser arrisca da Moen DempsterMcClain e Williams 1992 Musick Herzog e House 1999 Uma versão mais elaborada da teoria da atividade propõe que a frequência e a intimidade social das atividades são importantes para a satisfação de viver Lemon Bengtson e Peterson 1972 Em di versos estudos tanto o número de atividades em que os idosos se engajaram quanto a frequência com que nelas se engajaram estavam positivamente relacionados ao bemestar e permitiam previsões quan to à saúde psíquica estado funcional e cognitivo incidência do mal de Alzheimer e sobrevivência Segundo uma pesquisa de âmbito nacional mencionada anteriormente neste capítulo cerca de 75 dos adultos no final da meiaidade e idosos socializam com os vizinhos frequentam serviços religiosos atuam como voluntários ou frequentam reuniões ao menos uma vez por semana Quem está na faixa verificador você é capaz de Dizer o que significa envelhe cimento bemsucedido ou ideal e por que o conceito é controverso teoria do desengajamento Teoria do envelhecimento proposta por Cumming e Henry que sustenta que o envelhecimento bemsucedido é caracterizado pelo mútuo afastamento entre idosos e sociedade teoria da atividade Teoria do envelhecimento proposta por Neugarten e outros que sustenta que para envelhecer bem uma pessoa deve permanecer tão ativa quanto possível Papalia18indd 612 Papalia18indd 612 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 613 dos 80 tem probabilidade duas vezes maior de fazer isso do que aqueles que estão na faixa dos 50 Cornwell et al 2008 Todavia inconsistências na definição das atividades tornam difícil a comparação dos estudos Além disso a maioria das pesquisas sobre a teoria da atividade tem sido correlacional Ainda que fosse detectada uma relação entre os níveis de atividade e o envelhecimento bemsucedido isso não reve laria se as pessoas envelhecem bem porque se mantêm ativas ou se permane cem ativas porque envelhecem bem Teoria da continuidade A teoria da continuidade proposta pelo gerontologista Robert Atchley 1989 enfatiza a necessidade das pessoas manterem uma conexão entre o passado e o presente Nessa perspectiva a atividade é importante não por si mesma mas à medida que representa a continuação de um estilo de vida e ajuda os adultos mais velhos a manter um autoconceito semelhante ao longo do tempo Para idosos que sempre estiveram ativos e envolvidos pode ser importante manter um elevado nível de atividade Muitos aposentados são mais felizes mantendose em ativi dades de trabalho ou de lazer semelhantes às que tinham no passado J R Kelly 1994 As mulheres que tinham envolvimento em muitos papéis como os de esposa mãe trabalhadora e voluntária tendem a manter es ses envolvimentos e a colher os benefícios à medida que envelhecem Moen et al 1992 Embora nos idosos o fato de permanecer ativo geral mente esteja ligado ao bemestar os níveis anteriores de atividade também são importantes Pushkar et al 2009 Por exemplo pessoas que foram menos ativas quando jovens podem ser mais felizes na proverbial fase da cadeira de balanço É claro que em certas atividades nem sempre é possível a continuida de mas na medida em que as atividades favoritas possam ser mantidas os idosos provavelmente serão mais felizes Em um estudo longitudinal de uma amostra representativa de suecos entre 18 e 75 anos pessoas que na velhice participaram de uma atividade de lazer como ler um livro praticar um hobby ou dedicarse à jardinagem tendiam a se envolver nessa atividade também na meiaidade embora os índices de participação diminuíssem e alguns adultos mais velhos tivessem que se adaptar em razão de deficiências visuais motoras ou cognitivas Agahi Ahacic e Parker 2006 O papel da produtividade Alguns pesquisadores concentramse na atividade produtiva quer seja remunerada ou não como a chave para envelhecer bem Em um estudo de mais de 1200 adultos idosos tanto o número de atividades produtivas quanto o tempo despendido nessas atividades esta vam relacionados ao bemestar subjetivo e a sentimentos de felicidade Baker et al 2005 Do mesmo modo um estudo longitudinal de seis anos envolvendo 3218 adultos mais velhos em Manitoba Canadá detectou que as atividades sociais e produtivas como visitar a família manter a casa em ordem e jardinagem tinham relação com a felicidade autoavaliada com o melhor funcionamento físico e uma chance menor de vir a morrer seis anos depois Embora atividades solitárias como ler um livro ou realizar trabalhos manuais não trouxessem benefícios físicos estavam relacionadas com a felicidade talvez por promoverem um senso de envolvimento com a vida Menec 2003 Algumas pesquisas sugerem que a participação frequente em atividades de lazer pode ser tão benéfica à saúde e ao bemestar quanto a participação em atividades produtivas embora esse efeito possa ser maior para as mulheres Agahi e Parker 2008 É possível que qualquer atividade regular que expresse e intensifique qualquer aspecto do self possa contribuir para o envelhecimento bem sucedido Herzog et al 1998 Otimização seletiva com compensação De acordo com Baltes e colaboradores Baltes 1997 o envelhecimento bemsucedido envolve otimização seletiva com compensação OSC Esse mo delo descreve estratégias que possibilitam às pessoas adaptarse ao equilíbrio mutável do crescimento e declínio ao longo da vida Na infância os recursos são usados principalmente para o crescimento e no começo da idade adulta para maximizar a habilidade reprodutiva Na velhice os recursos são cada teoria da continuidade Teoria do envelhecimento descrita por Atchley que sustenta que para enve lhecer bem as pessoas devem manter um equilíbrio entre a continuidade e a mudança nas estruturas interna e externa de suas vidas verificador você é capaz de Comparar a teoria do desenga jamento a teoria da atividade e a teoria da continuidade Discutir a importância da produtividade na vida adulta tardia otimização seletiva com compensação OSC Fortalecimento das funções cognitivas com o uso de habilidades mais desen volvidas para compensar aquelas se tornaram mais fracas Idosos que se sentem úteis ajudando os outros como este avô em relação ao neto estão mais propensos a envelhecer com sucesso Papalia18indd 613 Papalia18indd 613 010213 0915 010213 0915 614 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman vez mais dirigidos para a manutenção da saúde e a administração de perdas Baltes e Smith Jopp e Smith 2006 Na vida adulta tardia a OSC pode capacitar adultos a poupar recursos selecionando um número menor de atividades ou metas mais significativas para concentrar seus esforços otimizar ou aproveitar ao máximo os recursos de que dispõem para atingir suas metas e compensar as perdas mo bilizando recursos com formas alternativas de atingir suas metas como por exemplo usar aparelhos para compensar a perda da audição Baltes 1997 Baltes e Smith 2004 Jopp e Smith 2006 Lang Rieckman e Baltes 2002 O famoso pianista Arthur Rubinstein que fez seu concerto de despedida aos 89 anos compensava a perda motora e de memória mantendo um repertório reduzido praticando mais todos os dias e tocando mais lentamente antes dos movimentos mais rápidos que não conseguia mais tocar na velocidade máxima para intensificar o contraste Baltes e Baltes 1990 As mesmas estratégias de administração da vida são aplicadas ao desenvolvimento psicossocial De acordo com a teoria da seletividade socioemocional de Cartensen 1991 1995 1996 os adultos mais velhos tornamse mais seletivos quanto a contatos sociais restringindoos aos amigos e familiares que melhor correspondam às suas necessidades correntes de satisfação emocional Assim mesmo que adultos mais velhos possam ter menos amigos esses amigos são mais íntimos e proporcionam um contato social mais gratificante Pesquisas constataram que o uso da OSC está associado a um desenvolvimento positivo e com maior bemestar Baltes e Smith 2004 Por fim pessoas idosas podem atingir o limite de seus recur sos disponíveis e esforços compensatórios talvez não funcionem mais Em um estudo longitudinal de quatro anos envolvendo 762 adultos os esforços compensatórios aumentaram até os 70 anos de ida de mas depois declinaram Ajustar os padrões pessoais a mudanças no que for possível realizar pode ser essencial para manter uma perspectiva de vida positiva Rothermund e Brandstädter 2003 A discussão sobre envelhecimento bemsucedido ou ideal e o que contribui para o bemestar na velhice está longe de ser conclusiva e talvez nunca o seja Uma coisa é certa as pessoas são muito diferentes quanto ao modo como podem viver vivem e querem viver nos anos mais avançados da vida Questões práticas e sociais relacionadas ao envelhecimento Aposentadoria não consta em meu vocabulário Não vão se livrar de mim dessa maneira disse a comediante e atriz Betty White que aos 89 anos está desfrutando de um ressurgimento na car reira aparecendo em talk shows comerciais do Superbowl e como convidada no Saturday Night Live Além disso recentemente assinou contrato para dois livros e também é uma ativista pelo bemestar dos animais Aposentarse consiste na mais peno sa decisão de estilo de vida que as pessoas têm de tomar à medida que se aproximam da vida adulta tardia Essa decisão afeta sua situação financeira e seu estado emocional tanto quanto o modo como elas passam o tempo e se relacionam com a família e os amigos A necessidade de fornecer apoio financeiro a inúmeros idosos aposentados também tem sérias implicações para a socie dade sobretudo à medida que a geração do pósguerra baby boom nos Estados Unidos começa a se aposentar Outra questão social é a necessidade de esquemas de vida adequados e de assistência para pessoas que não podem mais se manter sozinhas No Quadro 181 são relacionadas questões que tratam do apoio a idosos na Ásia TRABALHO E APOSENTADORIA A aposentadoria começou a se firmar em muitos países industrializados no final do século XIX e início do século XX à medida que a expectativa de vida aumentava Nos Estados Unidos a Você concorda com as definições de envelhecimento bemsucedido ou ideal apresentadas neste segmento Por que ou por que não verificador você é capaz de Explicar como a otimização seletiva com compensação ajuda os idosos a lidar com as perdas indicad r Como os idosos lidam com o trabalho e com as decisões relativas à aposentadoria aos recursos financeiros e às providências do dia a dia Apesar do fato de que um número maior de mulheres desenvolve mal de Alzheimer os homens tendem a ter mais problemas de esquecimento e mais cedo tendência que pode ter consequências práticas mais imediatas para aqueles que estão entrando nas últimas fases da vida Petersen et al 2010 Betty White é a pessoa mais velha a fazer uma apresentação no Saturday Night Live Papalia18indd 614 Papalia18indd 614 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 615 criação do Sistema de Previdência Social na década de 1930 e mais os planos de aposentadoria patrocinados por empresas e negociados pelos sindicatos permitiu que muitos trabalhadores idosos se aposentassem com segurança financeira Finalmente a aposentadoria obrigatória aos 65 anos tornouse quase universal No entanto em 1983 aprovouse uma emenda em que a idade para a plena eligibilidade dos benefícios da aposentadoria foi elevada para 67 anos para as pessoas nasci das em 1960 ou depois e penalidades mais severas foram instituídas para aposentadorias aos 62 anos Apesar dessas mudanças o número de pessoas que recebem benefícios continuou a crescer em consonância com as mudanças demográficas ocorridas nos Estados Unidos Duggan Singleton e Song 2007 para o mund ENVELHECENDO NA ÁSIA Os desafios de uma população cada vez mais velha são co muns nas sociedades orientais e ocidentais mas diferenças em termos de tradição cultural e sistema econômico afetam o modo como as sociedades lidam com esses desafios No leste da Ásia particularmente o deslocamento do equilíbrio entre jovens e velhos somado a um rápido desenvolvimento econômico vem causando perturbações e tensões culturais abalando antigas tradições Um dos resultados desse envelhecimento é um número menor de jovens para cuidar dos idosos Até 2030 estima se que por exemplo a população de idosos no Japão será duas vezes maior quase 40 deles com no mínimo 80 anos que a de crianças Os fundos de pensão provavelmente serão exauridos e os custos de aposentadoria e assistência médica para os idosos poderão consumir quase três quartos da ren da nacional Dobriansky et al 2007 Kinsella e Phillips 2005 WuDunn 1997 Na China a população com mais de 60 anos cresce mais rápido do que em qualquer outro país importante Até a me tade do século serão em torno de 430 milhões de chineses aposentados um terço da população Nações Unidas 2007 Em sua rápida transição para a economia de mercado a China não estabeleceu um sistema plenamente funcional de seguro para a velhice O constante aumento no número de aposen tados e mais o declínio na proporção entre trabalhadores e pensionistas ameaça a estabilidade do sistema Uma possí vel solução aumentar a idade para a aposentadoria atual mente baixa tornaria ainda mais escassos os empregos para os 30 de recémgraduados em curso superior que estão de sempregados Dobriansky et al 2007 French 2007 Em toda a Ásia uma grande parcela de idosos ainda vive com seus filhos segundo a tradição confucionista que ensina a obrigação espiritual de ajudar e cuidar dos pais Essa tradi ção porém está acabando Em Hong Kong na China Coreia e Japão um número significativo de idosos agora vive sozi nho Dobriansky et al 2007 Kinsella e Phillips 2005 Silvers tein Cong e Li 2006 Todas essas mudanças tornam a tradição do cuidado do méstico com os idosos menos viável A internação pratica mente não existente em 1960 é vista como uma violação das obrigações tradicionais mas a explosão de idosos no Japão está superando os cuidados familiares Para deter essa tendência o governo fez da obrigação uma lei e tem ofere cido descontos no imposto de renda para aqueles que pres tam ajuda financeira aos idosos Lin et al 2003 L G Martin 1988 Oshima 1996 Em áreas urbanas da China onde a moradia é escassa pais idosos continuam a viver com os filhos adultos geralmente casados seguindo o costume tradicional patriarcal Pimentel e Liu 2004 Silverstein et al 2006 Zhang 2004 Nas áreas rurais porém onde muitos adultos em idade produtiva mi graram para as cidades em busca de trabalho o declínio dos lares multigeracionais enfraquece os ideais confucionistas Ainda assim na ausência de uma previdência social universal e de programas assistenciais de longo prazo os pais idosos permanecem em grande parte dependentes de seus filhos Em uma província rural mais da metade 51 de pais idosos vive com os filhos ou netos adultos ou com ambos e quase todos recebem ajuda material dos filhos mas para muitos pais essa ajuda é menos importante do que manter a tradi ção de um lar multigeracional Silverstein et al 2006 Por causa da política chinesa de filho único em vigor desde 1979 esperase que filhos únicos adultos geralmente noras que possam estar trabalhando cuidem dos pais e de quatro avós tarefa que se tornará cada vez mais inviável O envelhecimento da população aumentou o predomínio de doenças crônicas e deficiências e expandiu a necessidade de assistência de longo prazo O governo começou a desen volver programas de prevenção de doenças e sistemas as sistenciais de longo prazo mas é improvável que haja verba disponível para cobrir custos de assistência médica cada vez maiores Kaneda 2006 qual a sua opinião Em que aspectos o envelhecimento na Ásia tornase semelhante ao envelhe cimento nos Estados Unidos Em que aspectos é diferente JANELA 181 o Papalia18indd 615 Papalia18indd 615 010213 0915 010213 0915 616 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Hoje a aposentadoria compulsória foi praticamente proscrita nos Estados Unidos como forma de discriminação etária salvo para algumas profissões como a de piloto de aviões e o limite entre trabalho e aposentadoria não é tão nítido como costumava ser Não há mais normas relativas à época da aposentadoria como se planejar para ela e o que fazer depois Os adultos têm muitas escolhas Os maiores fatores de decisão são normalmente a saúde e as condições financeiras Para muitos adultos a aposentadoria é um fenômeno de muitas fases que compreende múltiplas transições do trabalho remunerado para o não remunerado Kim e Moen 2001 p 489 Somente 40 desses adultos mais velhos que param de trabalhar quando estão na faixa dos 50 ou 60 param definitivamente o restante volta a trabalhar meioperíodo ou integral antes de deixarem permanentemente o mercado de traba lho Maestas 2010 Tendências do trabalho na velhice e na aposentadoria Nos Estados Unidos a maioria dos adultos que podem aposentarse de fato se aposentam e com a longevidade crescente passam mais tempo aposentados do que no passado Dobriansky et al 2007 Kim e Moen 2001 Kinsella e Velko ff 2001 Entretanto a proporção de trabalhadores com mais de 65 anos aumentou acentuadamente entre 1997 e 2007 alcançando 56 em 2007 É esperado que esse envelhecimento da população trabalhadora continue aumentando U S Bureau of Labor Statistics 2008b Como a idade afeta a atitude perante o trabalho e o desempenho no emprego Antes da crise econômica que começou em 2007 pessoas que continuavam a trabalhar após os 65 anos gostavam do seu trabalho e não o consideravam excessivamente estressante Elas tendiam a ser mais instruídas e a ter melhores condições de saúde do que aquelas que se aposentavam mais cedo Kiefer Summer e Shirey 2001 Kim e Moen 2001 Parnes e Sommers 1994 No entanto a mudança na situação econômica significou que agora muitos trabalhadores mais velhos são forçados a trabalhar não porque querem mas por causa de sua situação financeira e dos custos cada vez mais altos da assistência médica Sterns 2010 Contrariamente aos estereótipos relativos à velhice os trabalhadores de mais idade são muitas vezes mais produtivos que os mais jovens Embora possam trabalhar mais lentamente que estes são mais cuidadosos Czaja e Sharit 1998 Salthouse e Maurer 1996 Treas 1995 Um dos fatoreschave pode ser a experiência mais do que a idade talvez os idosos tenham melhor desempenho porque tive ram um emprego ou fizeram um trabalho semelhante por tempo mais longo Cleveland e Lim 2007 Nos Estados Unidos a Lei de Discriminação de Idade no Emprego Age Discrimination in Em ployment Act ADEA que se aplica a empresas com 20 ou mais funcionários protege os trabalha dores de 40 anos de que lhes seja negado emprego de serem despedidos de receberem remunera ção menor ou de serem forçados a se aposentar por causa da idade Todavia muitos empregadores exercem pressões sutis sobre os funcionários idosos Landy 1994 e assim os casos de discriminação etária podem ser muito difíceis de provar Aproximadamente 14500 queixas de discriminação etária concentradas principalmente em decisões de dispensa e não de contratação são apresentadas a cada ano o que sugere que a discriminação etária ainda é um fator importante no trabalho para os adultos mais velhos Neumark 2008 A vida após a aposentadoria A aposentadoria não é um evento isolado mas um processo de ajuste dinâmico uma forma de tomada de decisão Os recursos pessoais saúde NSE e personalidade econômicos e sociorrelacionais como o apoio do companheiro ou da companheira ou de amigos po dem afetar o modo como o aposentado administra essa transição Wang e Shultz 2009 assim como o apego da pessoa ao trabalho van Solinge e Henkens 2005 Em um estudo longitudinal de dois anos feito com 458 casais relativamente saudáveis com idade entre 50 e 70 anos os homens cuja disposição no trabalho havia sido baixa tendiam a ficar entusias mados durante o período de luademel imediatamente após aposentadoria mas sua continuação estava associada a um aumento de sintomas depressivos O bemestar das mulheres não era tão afeta do pela aposentadoria delas mesmas ou dos maridos seu ânimo era mais afetado pela qualidade do matrimônio Tanto nos homens como nas mulheres o principal previsor do estado de ânimo foi o senso de controle pessoal Kim e Moen 2002 O nível socioeconômico pode afetar o modo como os aposentados usam o seu tempo Um padrão comum o estilo de vida focalizado na família consiste sobretudo em atividades acessíveis e de Embora você possa ter mais tempo para apreciar uma taça de vinho depois de se aposentar infelizmente pagará mais por ela no dia seguinte Pessoas mais velhas metabolizam o vinho mais devagar e possuem menos líquido no corpo Portanto o nível alcoólico sobe mais rapidamente e provavelmente resultará numa ressaca mais severa National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism 2010 Com que idade você espera se aposentar se é que pretende fazêlo Por quê Como gostaria de passar o tempo se e quando se aposentar estilo de vida focalizado na família Padrão de atividades na aposentadoria que gira em torno da família do lar e dos companheiros Papalia18indd 616 Papalia18indd 616 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 617 baixo custo com a família o lar e os companheiros conversar ver televisão visitar parentes e amigos entreterse informal mente jogar baralho ou fazer o que aparecer Outro padrão o investimento equilibrado é típico de pessoas mais instruí das que distribuem melhor seu tempo entre família trabalho e lazer J R Kelly 1987 1994 Esses padrões podem mudar com a idade Em um estudo os aposentados mais jovens e mais satisfeitos com sua qualidade de vida viajavam regularmente e participavam de eventos culturais mas após os 75 anos as ati vidades com base na família e no lar eram as que produziam maior satisfação J R Kelly Steinkamp e Kelly 1986 O trabalho voluntário está intimamente ligado ao bem estar durante a aposentadoria Hao 2008 Em uma amostra de adultos entre 65 e 74 anos do estudo MIDUS o voluntariado previa emotividade positiva Também tendia a proteger contra o declínio do bemestar associado à perda das principais identifica ções com papeis sociais Greenfield e Marks 2004 e declínios na saúde mental Hao 2008 No Japão idosos que estão sau dáveis e ativos são encorajados a ser voluntários Em um estudo longitudinal de idosos japoneses aqueles que se consideravam úteis para os outros e para a sociedade eram mais propensos a sobreviver por mais seis anos mesmo após o ajuste para saúde autoavaliada Okamoto e Tanaka 2004 É importante observar que os idosos voluntários estão mais propensos a ter mais recur sos do que idosos não voluntários Li e Ferraro 2005 Entre tanto apesar do viés dessa seleção parece que o voluntariado apresenta um efeito positivo nos idosos Os muitos caminhos que levam a uma aposentadoria significativa e agradável possuem duas coi sas em comum fazer coisas e ter relacionamentos que causem satisfação Para a maioria das pessoas mais velhas ambos são uma extensão das histórias que se desenvolveram durante toda a vida J R Kelly 1994 p 501 COMO OS IDOSOS LIDAM COM O ASPECTO FINANCEIRO Desde a década de 1960 a Previdência Social provê a maior parte da renda dos norteamericanos mais velhos 37 em 2008 Outras fontes de renda incluem ativos 13 previdência privada 19 e vencimentos 30 Federal Interagency Forum on Aging Related Statistics 2010 A dependência da Previdência Social e dos ativos aumenta notavelmente com a idade e diminui com o nível da renda Federal Interagency Forum on Aging Related Statistics 2006 A Previdência Social e outros programas de governo norteamericanos como o Medicare que garante seguro básico de saúde para pessoas de 65 anos ou mais ou incapazes permitiram que hoje os idosos tenham uma vida financeira razoavelmente confortável Desde 1959 a proporção de adultos mais velhos vivendo na pobreza diminuiu de 35 para menos de 10 em 2008 Administration on Aging 2009 e a taxa de pobreza dos adultos mais velhos agora é mais baixa do que a do total da população U S Census Bureau 2010b No entanto com o envelhecimento da população e propor cionalmente menos trabalhadores contribuindo para o sistema previdenciário parece que os benefí cios por fim declinarão a não ser que se faça mudanças embora o momento em que isso ocorrerá e a gravidade do problema sejam controversos Sawicki 2005 As mulheres especialmente se forem solteiras viúvas separadas ou divorciadas ou se antes eram pobres ou trabalharam apenas em meio turno na meiaidade estão mais propensas 12 do que os homens 7 a viver na pobreza na velhice Também há diferenças étnicas Afroamericanos e norteamericanos hispânicos idosos 23 e 17 respectivamente estão mais propensos a viver na pobreza do que norteamericanos brancos idosos 74 As maiores taxas de pobreza estão entre mu lheres hispânicas idosas 20 e mulheres afroamericanas idosas 27 que vivem sozinhas Federal Interagency Forum on Aging Related Statistics 2010 investimento equilibrado Padrão de atividades na aposentadoria distribuídas entre família trabalho e lazer verificador você é capaz de Descrever as atuais tendên cias do trabalho na velhice e na aposentadoria Citar algumas descobertas na relação entre envelhecimento e atitudes e habilidades no trabalho Discutir como a aposentadoria pode afetar o bemestar e des crever dois padrões de estilo de vida que são muito comuns após a aposentadoria Discutir a situação econômica dos idosos e questões referen tes à Previdência Social Por volta de 500 mil norteamericanos idosos são voluntários do programa Senior Corps Esses voluntários estão construindo uma casa para uma família de baixa renda através do Habitat for Huma nity Habitação para a Humanidade Papalia18indd 617 Papalia18indd 617 010213 0915 010213 0915 618 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman ESQUEMAS DE VIDA Nos países em desenvolvimento os adultos idosos vivem normalmente com os filhos adultos e os netos em domicílios multigeracionais embora esse costume esteja declinando Nos países desenvolvidos a maioria dos idosos vive sozinha ou com um companheiro ou cônjuge Kinsella e Phillips 2005 Nos Estados Unidos em 2008 41 dos adultos de 65 anos ou mais viviam em casas de repouso de vários tipos geralmente aproveitando os serviços de apoio disponíveis Administration on Aging 2009 Em razão da expectativa de vida mais longa das mulheres cerca de 72 dos homens não internados mas apenas aproximadamente 42 das mulheres não internadas viviam com o cônjuge Quase 19 dos homens e quase 40 das mulheres viviam sozinhos embora a proporção dos que vivem sozinhos aumente com o avanço da idade Por exemplo aos 75 anos quase metade de todas as mulheres vive sozinha Aproximadamente 9 dos homens e 19 das mulheres viviam com outros parentes ou não parentes incluindo companheiros e filhos Idosos de grupos minoritários como asiá ticos e hispanoamericanos mantendo suas tradições eram mais propensos do que os idosos brancos a viver em domicílios de família estendida Administration On Aging 2009 Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2006 Figura 181 Os esquemas de vida em si não nos dizem muito a respeito do bemestar dos idosos Por exem plo viver sozinho não implica necessariamente uma falta de coesão familiar e de apoio em vez disso pode refletir a boa saúde de um idoso sua autossuficiência econômica e desejo de independência Pela mesma razão o fato de morar com filhos adultos não nos diz nada a respeito da qualidade dos relacionamentos no domicílio Kinsella e Velkoff 2001 Envelhecer em casa A maioria dos adultos mais velhos em países industrializados preferem se possível ficar em sua própria casa ou na sua comunidade Kinsella e Phillips 2005 Essa opção conhecida como envelhecer em casa faz sentido para aqueles que conseguem cuidar de si mesmos ou necessitam de ajuda mínima têm uma renda adequada ou uma hipoteca quitada podem lidar com a sua manutenção são felizes no bairro e querem ser independentes ter privacidade e estar próximos de amigos dos filhos adultos ou dos netos A maior parte dos cuidadores informais como a família que presta assistência para que o idoso possa envelhecer em casa o faz de boa vontade mas pode tornarse uma fonte de estresse e preocupação para o idoso Sanders et al 2010 Em parte como uma resposta para isso comunidades de aposentados naturalmente constituídas NORCs na sigla em inglês são bairros onde uma grande parte dos residentes é constituída de adultos idosos As NORCs não são resultado de um planejamento deliberado mas do envelhecimento simultâneo de residentes de uma comunidade ou da migração de um grande número de idosos para um determina do local Uma iniciativa nacional da Administration on Aging nos Estados Unidos procura ampliar os serviços de apoio para pessoas que vivem em NORCs Bernstein 2008 processo que provavelmente será cada vez mais importante com o envelhecimento da população envelhecer em casa A permanência na própria casa com ou sem assistência durante a velhice Outros 19 Vivem com o cônjuge 42 Vivem sozinhas 40 Outros 9 Vivem com o cônjuge 72 Vivem sozinhos 19 Mulheres Homens Fonte Federal Interagency Forum on Aging Related Statistics 2010 FIGURA 181 Esquemas de vida de homens e mu lheres não internados com 65 anos ou mais Estados Unidos 2008 Em parte por causa da maior expectati va de vida das mulheres elas estão mais propensas a viver sozinhas especialmen te quando ficam velhas enquanto os ho mens estão mais propensos a viver com o cônjuge A categoria Outros inclui aqueles que vivem com os filhos adultos outros parentes ou não parentes Papalia18indd 618 Papalia18indd 618 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 619 Para adultos com deficiências para os quais é difícil se manterem sozinhos qualquer tipo de apoio secundário como refeições transporte e amparo à saúde em domicílio pode ajudálos a permanecer em seu lar Da mesma forma podem ser úteis rampas barras de apoio e outras modifi cações feitas na casa Newman 2003 A maioria dos idosos não precisa de muita ajuda e aqueles que precisam podem muitas vezes permanecer na comunidade se tiverem pelo menos uma pessoa da qual possam depender De fato o fator mais importante para manter a pessoa fora das instituições de repouso é ser casada Enquanto o casal tiver uma saúde relativamente boa poderá viver uma vida independente um cuidando do outro A questão dos esquemas de vida tornase mais premente e a internação mais provável quando um ou outro ou ambos tornase frágil enfermo ou incapacitado ou quando um dos cônjuges morre Nihtilä e Martikainen 2008 Vejamos com mais detalhes os dois esquemas de vida mais comuns entre os idosos sem cônjuges viver sozinho e viver com filhos adultos e depois viver em casas de repouso e as formas alterna tivas de moradia coletiva Viver sozinho Como as mulheres vivem mais do que os homens e estão mais propensas a ficarem viúvas as idosas têm o dobro de probabilidade de viverem sozinhas e essa tendência aumenta com a idade Os idosos que moram sozinhos estão mais propensos do que os idosos que vivem com o cônjuge a ser pobres Administration on Aging 2009 e a ir para casas de repouso Kaspar Pezzin e Rice 2010 O quadro é semelhante na maioria dos países mais desenvolvidos as mulheres idosas são mais propensas a viver sozinhas do que os homens O crescimento de domicílios com idosos solteiros tem sido estimulado pela maior longevidade aumento dos benefícios e das pensões aumento de proprie dade de imóveis casas mais adequadas para idosos maior disponibilidade de apoio da comunidade e redução dos custos da assistência em domicílio Kinsella e Phillips 2005 Viver com filhos adultos Historicamente as pessoas idosas em muitas sociedades africanas asiá ticas e latinoamericanas podiam esperar viver e serem cuidadas nos lares de seus filhos ou netos mas esse padrão está mudando rapidamente A maioria dos idosos em países desenvolvidos mesmo em circunstâncias difíceis prefere não viver com os filhos Kinsella e Phillips 2005 Eles relutam em sobrecarregar a família e abrir mão de sua liberdade Pode ser inconveniente absorver uma pessoa a mais num domicílio a privacidade de todos e as relações podem sofrer com isso O pai ou a mãe pode se sentir inútil entediado e isolado dos amigos Se o filho adulto for casado e o cônjuge e a mãe ou pai não se derem bem ou se a demanda de cuidados se tornar onerosa o casamento pode ficar ameaçado Shapiro e Cooney 2007 Os cuidados com pais idosos são analisados no Capítulo 16 e mais adiante neste capítulo O sucesso de tal esquema depende muito da qualidade do relacionamento que existiu no passado e da habilidade de ambas as gerações de se comunicar de maneira plena e franca A decisão do pai ou da mãe de se mudar para a casa de um filho deveria ser mútua e as necessidades precisam ser avalia das com cuidado e em todos os aspectos Pais e filhos precisam respeitar a dignidade e a autonomia de cada um e aceitar suas diferenças Shapiro 1994 Viver em instituições O uso de instituições não familiares para cuidar de idosos fragilizados varia grandemente em todo o mundo A internação tem sido rara em regiões em desenvolvimento mas está deixando de ser no Sudoeste Asiático onde o declínio na fertilidade resultou num rápido envelhecimento da população e na falta de cuidadores na família Kinsella e Velkoff 2001 Em alguns países como Reino Unido Dinamarca e Austrália programas geriátricos abrangentes de visi tação ao lar são eficazes para conter as admissões em casas de repouso Stuck et al 2002 Em todos os países a probabilidade de viver em uma casa de repouso aumenta com a idade nos Estados Unidos de aproximadamente 1 entre 65 e 74 anos a 154 aos 85 anos ou mais Adminis tration on Aging 2009 No mundo todo a maioria dos residentes mais velhos em casas de repouso é de mulheres Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2004 Kinsella e Velkoff 2001 Além do gênero ser pobre e viver sozinho aumenta significativamente o risco de ser internado Mar tainkainen et al 2009 O número de residentes em casas de repouso aumentou consideravelmente desde os anos 1970 por causa do crescimento da população de idosos mas sua proporção entre a população de idosos de Quanto mais velho você for mais provável que diga que a televisão é uma necessidade e não algo supérfluo Pessoas mais jovens exibem o padrão oposto Taylor e Wang 2010 Papalia18indd 619 Papalia18indd 619 010213 0915 010213 0915 620 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman clinou de 51 em 1990 para 41 em 2008 Administration on Aging 2009 Esse declínio pode ser atribuído em parte à redução da proporção de idosos com deficiências Somase a isso a liberação da cobertura de longo prazo do Medicare e o surgimento amplamente difundido do seguro privado com cobertura de longo prazo que estimulou a mudança da internação para opções de vida alternativas e menos dispendiosas analisadas na próxima seção e para o atendimento à saúde em domicílio Ness Ahmed e Aronow 2004 No entanto como a geração do pósguerra está ficando mais velha se as taxas atuais de utilização das casas de repouso continuarem aumentando estimase que o número de residentes aumentará significativamente Seblega et al 2010 Tal crescimento sobrecarregaria o Medicaid o programa de assistência médica para pessoas de baixa renda e a maior fonte de recursos para a utilização de casas de repouso Ness et al 2004 A lei federal estabelece requisitos rigorosos para as casas de repouso e dá aos residentes o direito de escolha de seus próprios médicos de serem totalmente informados acerca de sua assistência e tratamento e de estarem a salvo de abuso físico ou mental punição corporal reclusão involuntária e restrições físicas ou químicas Alguns estados treinam ombudsmen voluntários para atuar como defen sores de residentes de casas de repouso explicarlhes seus direitos e solucionar suas queixas acerca de questões como privacidade tratamento alimentação e assuntos financeiros Um elemento essencial da boa assistência é a oportunidade de os residentes tomarem decisões e exercerem algum controle sobre suas vidas Entre 126 idosos residentes de casas de repouso aqueles que viviam em estabelecimentos que davam apoio à sua autonomia demonstraram aumento na per cepção das opções e da liberdade disponíveis Essas mudanças perceptuais por sua vez resultaram em aumento na motivação para tentar várias atividades diárias e estavam relacionadas ao ajustamento psicológico e ao bemestar Phillippe e Vallerand 2008 Alternativas de moradia Alguns idosos que não podem ou não querem manter uma casa não precisam de cuidados especiais não têm família próxima preferem um local ou clima diferentes ou querem viajar mudamse para casas geminadas com manutenção gratuita ou de baixo custo condo mínios apartamentos cooperativos ou de aluguel ou casas móveis Um segmento relativamente novo mas em franco crescimento no mercado imobiliário são as comunidades de adultos ativos restritas por idade Nessas comunidades para pessoas de 55 anos ou mais os residentes podem sair de casa e caminhando encontrar uma variedade de opções de lazer como academias quadras de tênis e campos de golfe todos próximos Um recente movimento com vistas à indicação adequada em casas de repouso envolve designar regularmente os mesmos cuidadores para uma pessoa idosa em vez da rotatividade usual de cuidadores Span 2010 Idosos em uma vila de apo sentados com instalações de apoio mantêm a mente ativa Estas mulheres têm aulas de informática em cooperação com uma faculdade comuni tária vizinha Papalia18indd 620 Papalia18indd 620 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 621 Para aqueles que não podem ou preferem não viver completamente independentes surgiu uma ampla variedade de opções de moradias coletivas muitas delas descritas na Tabela 181 Alguns desses novos esquemas permitem aos idosos com problemas de saúde ou deficiências receberem os serviços ou cuidados necessários sem sacrificar a autonomia a privacidade e a dignidade Uma opção muito conhecida são as moradias assistidas um tipo de moradia específico para idosos Hawes et al 2003 As instalações da moradia assistida permitem aos moradores viverem em seu próprio espaço doméstico garantindolhes ao mesmo tempo durante 24 horas um fácil acesso a serviços de assistência médica e pessoal Na maior parte dessas instalações a pessoa pode passar quando se é necessário de uma relativa independência com a manutenção da casa e fornecimento Quando você ficar mais velho e talvez parcialmente incapacitado que tipo de esquema de vida irá preferir TABELA 181 Esquemas de moradia coletiva para idosos Instalação Descrição Hotel para aposentados Hotel ou prédio de apartamentos remodelado para atender às necessidades de adultos ido sos independentes São oferecidos serviços típicos de hotéis central telefônica serviço de arrumadeira central de recados Comunidade de aposentados Grande empreendimento independente com unidades adquiridas eou alugadas Dispõe frequentemente de serviços de apoio e instalações recreativas Moradia compartilhada A moradia pode ser compartilhada informalmente por pais e filhos adultos ou entre ami gos Às vezes agências sociais fazem o contato entre pessoas que precisam de um lugar para viver e de pessoas que possuem casa ou apartamento com cômodos adicionais O idoso geralmente tem um quarto particular mas compartilha as áreas de estar jantar e cozinha e pode trocar pequenos serviços de manutenção pelo aluguel Apartamento auxiliar ou moradia ECHO oportunidade de moradia em chalé para idosos Unidade independente criada para que uma pessoa mais velha possa viver em uma casa re modelada para uma só família ou em uma unidade móvel na área de uma casa de família muitas vezes mas não necessariamente a de um filho adulto Essas unidades oferecem privacidade proximidade dos cuidadores e segurança Moradia congregada Complexo de apartamentos ou de parques para casas móveis para aluguel privados ou subsidiados pelo governo destinados a idosos onde se oferecem refeições serviços de manutenção transporte atividades sociais e recreativas e às vezes assistência médica é chamada de lar coletivo Uma agência social que possui ou aluga uma casa reúne um pequeno número de residentes idosos e contrata auxiliares para fazer compras cozinhar fazer a limpeza pesada dirigir e prestar aconselhamento Os residentes cuidam de suas próprias necessidades e responsabilizamse pelas tarefas do dia a dia Moradias assistidas Vida semiindependente em casa ou apartamento próprio Semelhante à moradia con gregada mas os residentes recebem cuidados pessoais banho auxílio para se vestir e para se arrumar e supervisão conforme suas necessidades e desejos Lares com refeição e assistência são semelhantes mas são menores e oferecem mais cuidados pessoais e supervisão Lares adotivos Os proprietários de uma residência com família única recebem um idoso sem parentes e fornecem refeições serviços domésticos e cuidados pessoais como nas comunidades de adultos ativos Comunidade de aposentados com assistência constante Moradia de longo prazo projetada para oferecer uma série completa de acomodações e de serviços para idosos abastados à medida que mudam suas necessidades Um residente pode começar em um apartamento independente e depois mudarse para uma moradia congregada com serviços de limpeza lavanderia e refeições depois passa para uma unidade com assistência e por fim mudase para uma clínica de repouso Comunidades de assistência à vida são semelhantes mas garantem moradia e cuidados médicos ou de enfermagem por um período específico ou pela vida toda exigem uma substancial taxa de ingresso além de pagamentos mensais Fonte Laquatra e Chi 1998 Porcino 1993 Papalia18indd 621 Papalia18indd 621 010213 0915 010213 0915 622 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman de refeições para uma ajuda nos momentos de tomar banho vestirse controlar medicamentos e usar a cadeira de rodas para se deslocar Entretanto as instalações da moradia assistida variam ampla mente em termos de acomodação funcionamento filosofia e custos e as que oferecem privacidade e serviços adequados não são acessíveis para pessoas de renda baixa ou moderada a menos que elas disponibilizem ou gastem seus bens para complementar a renda Hawes et al 2003 De fato as instalações são desproporcionalmente encontradas em áreas com residentes mais instruídos e de alta renda Stevenson e Grabowski 2010 Relacionamentos pessoais na terceira idade Nossos estereótipos sobre a terceira idade geralmente nos levam a acreditar que a velhice é um tempo de solidão e isolamento O trabalho é uma conveniente fonte de contato social pessoas que se aposen taram há muito tempo têm menos contatos sociais do que aposentados mais recentes ou aqueles que continuam trabalhando Para alguns idosos as enfermidades tornam cada vez mais difícil sair de casa e ver as pessoas Em resumo a rede social de adultos mais velhos é apenas metade da rede de adultos mais jovens Lang 2001 e a rede social dos homens tende a ser um pouco menor do que a das mu lheres McLaughlin et al 2010 Entretanto pesquisas sugerem que mesmo que a idade possa enco lher o tamanho das redes sociais adultos mais velhos retêm um círculo íntimo de confidentes Cor nwell et al 2008 Além do mais seus relacionamentos são mais importantes do que nunca para seu bemestar Charles e Carstensen 2007 e ajudam a manter a mente e a memória em pleno funcionamento Crooks et al 2008 Ertel Glymour e Berkman 2008 Em uma pesquisa do Conselho Nacional sobre o En velhecimento 2002 somente um em cada cinco idosos mencionou a solidão como um problema sério e quase nove entre 10 atri buíram maior importância à família e aos amigos para desfrutarem uma vida repleta de significado e cheia de vigor TEORIAS DO CONTATO SOCIAL E DO APOIO SOCIAL Segundo a teoria do comboio social introduzida no Capítulo 16 os adultos ao envelhecer mantêm seus níveis de apoio social identificando os membros de seu círculo social que podem ajudálos e afastandose daqueles que não lhes dão apoio Quando os antigos colegas de trabalho e amigos se afastam a maioria dos idosos retém um círculo mais próximo e estável de comboios sociais amigos próximos e membros da família com quem eles podem contar e que afetam fortemente seu bemestar Antonucci 1991 Antonucci e Akiyama 1995 Kahn e Antonucci 1980 Uma explicação ligeiramente diferente das mudanças no contato social vem da teoria da sele tividade socioemocional Carstensen 1991 1995 1996 Quando o tempo que lhes resta se torna curto os adultos mais velhos escolhem estar com as pessoas e nas atividades que atendem suas neces sidades emocionais mais imediatas Um estudante universitário pode tolerar um professor que aprecie menos para garantir a aquisição do conhecimento necessário um adulto mais velho pode não querer despender tempo precioso com um amigo que o aborrece Jovens adultos com meia hora livre podem despendêla com alguém que gostariam de conhecer melhor adultos mais velhos tendem a passar o tempo livre com alguém que conheçam bem Portanto mesmo que os adultos mais velhos tenham círculos sociais menores do que os de jovens adultos tendem a ter o mesmo tanto de relacionamentos íntimos Cornwell et al 2008 e ten dem a ficar muito satisfeitos com estes Fiori Smith e Antonucci 2007 Seus sentimentos para com os velhos amigos são tão fortes quanto os dos jovens adultos e os sentimentos positivos em relação aos membros da família são mais fortes Charles e Piazza 2007 Em uma amostra de representação nacional os idosos tendiam a ver os amigos com menor frequência mas a família aproximadamente com a mesma frequência de antes Essa constatação verificador você é capaz de Comparar os vários tipos de esquemas de vida para idosos sua relativa predominância vantagens e desvantagens indicad r Quais são as mudanças que ocorrem nos relacionamentos pessoais durante a velhice Qual é o seu efeito sobre o bemestar Com a idade as pessoas tendem a ganhar inteligência emocional Elas respondem com mais empatia a eventos ou estímulos tristes mas conseguem reconfigurar essa informação de modo positivo Seider et al 2010 Papalia18indd 622 Papalia18indd 622 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 623 coerente com a teoria da seletividade socioemocional sugere que à medida que as pessoas envelhe cem elas investem o tempo e a energia disponíveis em manter relacionamentos mais íntimos Em consonância com a teoria do comboio social os pesquisadores também encontraram um equilíbrio cambiante de apoio tangível informacional e emocional à medida que envelhecem os adultos espe cialmente os homens dão menos apoio aos outros mas recebem mais À medida que os idosos abrem mão do apoio que antes recebiam dos amigos passam a ganhar mais apoio emocional de uma pequena rede de vínculos familiares Shaw et al 2007 A IMPORTÂNCIA DOS RELACIONAMENTOS SOCIAIS O apoio emocional ajuda as pessoas mais velhas a manter satisfação na vida em face do estresse e de traumas como a perda do cônjuge ou de um filho uma doença altamente letal ou um acidente Krause 2004b e os laços positivos tendem a melhorar a saúde e o bemestar Entretanto os relacio namentos conflituosos podem desempenhar um papel bastante negativo Uma pesquisa longitudinal feita com 515 adultos mais velhos verificou que relações difíceis ou desagradáveis contaminadas por crítica rejeição competição violação de privacidade ou falta de reciprocidade podem ser agentes crônicos de estresse Krause e Rook 2003 Assim como acontece nas fases anteriores da vida os relacionamentos sociais seguem lado a lado com a saúde Bosworth e Schaie 1997 Vaillant et al 1998 Pessoas socialmente isoladas tendem a ser solitárias e a solidão pode acelerar o declínio físico e cognitivo Hawkley e Cacioppo 2007 Holtzman et al 2004 Além do mais sentimentos de inutilidade são um forte fator de risco para deficiências e mortalidade Gruenewald et al 2007 Vínculos sociais podem literalmente salvar vidas Em um estudo longitudinal envolvendo 28369 homens aqueles mais socialmente isolados estavam 53 mais propensos do que os mais socialmente conectados a morrer de doenças cardiovasculares e duas vezes mais propensos a morrer por acidente ou suicídio Eng et al 2002 Para as mulheres mais velhas que geralmente são viúvas e vivem sozi nhas o apoio emocional é essencial Em um estudo de 10 anos envolvendo finlandesas de 80 anos as mulheres que receberam mais apoio social que se sentiam úteis e valorizadas fazendo parte de um grupo desfrutando de intimidade emocional eram 25 vezes menos propensas a morrer ao longo do período de estudo do que aquelas que recebiam menos apoio O apoio relacionado à assistência por outro lado não fez nenhuma diferença na mortalidade Lyyra e Heikkinen 2006 Esses tipos de efeito estão bem estabelecidos na literatura De fato uma análise multiestudo que inclui dados de mais de 300 mil participantes mostrou que relacionamentos sociais sólidos são tão importantes para a saúde e a mortalidade quanto fumar ser obeso e abusar do álcool HoltLunstad Smith e Layton 2010 A FAMÍLIA MULTIGERACIONAL A família na terceira idade tem características especiais Historicamente as famílias raramente se estendem por mais de três gerações Hoje muitas famílias em países desenvolvidos podem incluir quatro ou mais gerações tornando possível a uma pessoa ser avô e neto ao mesmo tempo Costanzo e Hoy 2007 A presença de tantos familiares pode ser enriquecedora McIlvane Ajrouch e Antonucci 2007 mas também pode criar certas pressões Um número crescente de famílias tende a ter pelo menos um membro que tenha vivido o bastante para ter várias doenças crônicas e cujos cuidados podem ser físi ca e emocionalmente exaustivos C L Johnson 1995 Agora que o grupo que mais cresce na popu lação tem 85 anos ou mais muitas pessoas na faixa dos 60 ou mais cuja própria saúde e energia co meçam a vacilar passam elas mesmas a servir de cuidadoras Geralmente o fardo dessa assistência intergeracional cabe às mulheres Grundy e Henretta 2006 A razão em grande parte são as normas de papel de gênero das mulheres como cuidadoras Brody 2004 O modo como as famílias lidam com essas questões muitas vezes têm raízes cul turais Por exemplo pessoas de culturas que dão grande valor aos laços familiares são mais receptivas às necessidades de seus pais idosos e estão mais propensas a apoiá Você já morou em um lar multigeracional Acha que algum dia poderá morar Quais são os aspectos desse estilo de vida que o atraem ou não e por quê Papalia18indd 623 Papalia18indd 623 010213 0915 010213 0915 624 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman los do que aquelas provenientes de culturas mais individualistas Kalmijin e Saraceno 2008 Tomassini Glaser e Stuchbury 2007 Esses padrões culturais diversos afetam os relacionamentos familiares e as responsa bilidades em relação à geração mais velha Por exemplo a família nuclear e o desejo dos adultos mais velhos de viver reparados dos filhos refletem os valores dominantes do individualismo autonomia e autodependência norteamericanos As culturas hispanoamericanas e asiáticas enfatizam tradicionalmente as obrigações lineares ou intergeracionais com o poder e a autoridade concentrados na geração mais velha um sistema de crenças que difere radicalmente daquele que predomina nos valores culturais dos Estados Unidos C L Johnson 1995 e que traz consequências para o tipo de cuidado que as pessoas estão dispostas a oferecer aos pais idosos Há sugestões de que o ritmo acele rado da globalização resultará no enfraquecimento dos laços familiares tradicionais encontrados em muitos países e no fortalecimento do estilo individualista mais característico das nações economica mente estáveis Costanzo e Hoy 2007 No restante do capítulo analisaremos mais profundamente os relacionamentos das pessoas mais velhas com a família e os amigos Examinaremos também a vida dos adultos mais velhos que são di vorciados casaramse novamente ou estão viúvos aqueles que nunca se casaram e os que não tiveram filhos Finalmente consideraremos a importância de um novo papel o de bisavô ou bisavó Relacionamentos conjugais Diferentemente de outros relacionamentos familiares o casamento pelo menos nas culturas oci dentais contemporâneas geralmente é estabelecido por consenso mútuo Assim seu efeito sobre o bemestar tem características tanto de amizade como de laços de parentesco Antonucci e Akiyama 1995 Ele tanto pode oferecer as melhores experiências emocionais como as piores que uma pessoa possa experimentar O que acontece com a qualidade das relações conjugadas na terceira idade CASAMENTO DE LONGA DURAÇÃO Como geralmente as mulheres casam com homens mais velhos e vivem mais do que eles e como os homens estão mais propensos a casar novamente após um divórcio ou a viuvez no mundo todo uma proporção maior de homens do que mulheres está casada na velhice Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2010 Figura 182 Casais que ainda estão juntos na vida adulta tardia são mais propensos que os de meiaidade a descrever seu casamento como mais satisfatório e com menos problemas de ajustamento Orathinkal e Vansteenwegen 2007 Em razão da facilidade em obter o divórcio cônjuges que permanecem juntos em idade avançada tendem a ter solucionado suas diferenças e a ter chegado a acomodações mutuamente satisfatórias Huyck 1995 Os filhos tendem a se tornar uma fonte de prazer comparti lhado e de orgulho em vez de conflito Carstensen et al 1996 De acordo com o Estudo sobre En velhecimento BemSucedido de MacArthur MacArthur Successful Aging Study os homens recebem apoio social primeiramente de suas esposas já as mulheres contam mais com amigos parentes e filhos Gurung Taylor e Seeman 2003 A maneira como os casais resolvem os conflitos será fundamental para a satisfação conjugal du rante a idade adulta Pessoas com muitas desavenças no casamento tendem a ser ansiosas e deprimi das enquanto aquelas com casamentos menos discordantes tendem a ter autoestima mais elevada Whisman et al 2006 e a relatar níveis mais altos de satisfação conjugal Schmitt Kliegel e Shapiro 2007 Os padrões de resolução de conflitos tendem a permanecer constantes ao longo do casamento mas a maior capacidade dos casais mais velhos de ajustar suas emoções pode minimizar seus conflitos Carstensen et al 1996 As pessoas casadas são mais saudáveis Schoenborn 2004 e vivem mais do que as não casadas Kaplan e Kronick 2006 mas a relação entre o casamento e a saúde pode ser diferente para maridos e esposas Enquanto estar casado parece trazer benefícios para homens mais velhos a saúde das mulheres mais velhas parece estar mais ligada à qualidade do casamento Carstensen et al 1996 verificador você é capaz de Dizer como o contato social se modifica na velhice e discutir explicações teóricas para essa mudança Explicar a importância do contato social positivo e do apoio social e citar evidências para a relação entre interação social e saúde Discutir as questões relativas à nova família multigeracio nal indicad r Quais são as características dos casamentos duradouros na velhice E qual é o impacto da viuvez do divórcio e de um novo casamento nessa fase da vida Um novo termo surgiu para designar esses cuidadores geração sanduíche Papalia18indd 624 Papalia18indd 624 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 625 O casamento na terceira idade pode ser severamente testado com o avanço da idade e das doenças físicas embora um relacionamento conjugal íntimo possa minimizar os efeitos psicoló gicos negativos das deficiências funcionais reduzindo a ansiedade e a depressão e aumentando a autoestima Mancini e Bonanno 2006 Os cônjuges que têm de cuidar de parceiros incapacita FIGURA 182 Status conjugal da população com 65 anos ou mais por fai xa etária e sexo em 2008 nos Estados Unidos Devido à maior longevidade das mulheres elas estão mais propensas do que os homens a enviuvar na velhice enquan to os homens são casados ou se casam novamente 100 80 90 60 70 40 50 20 30 10 0 4 4 Porcentagem Nunca casou Divorciado Homens Viúvo Casado 6574 7584 84 ou mais 5 7 10 6 19 38 79 72 55 3 100 80 90 60 70 40 50 20 30 10 0 4 4 Porcentagem Nunca casou Divorciada Mulheres Viúva Casada 6574 7584 84 ou mais 4 5 14 7 53 76 57 37 25 15 Nota Casadoa inclui casadoa cônjuge presente casadoa cônjuge ausente e separado Esses dados referemse à po pulação civil não internada Fonte Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2010 Muitos casais que ainda estão juntos na velhice dizem que são mais felizes no casamento do que quando eram mais jovens Os importantes benefícios do casamento incluem intimida de compartilhamento e um senso de pertencimento mútuo Papalia18indd 625 Papalia18indd 625 010213 0915 010213 0915 626 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman dos podem se sentir isolados nervosos e frustrados principalmente quando eles próprios têm a saúde abalada Esses casais podem ser apanhados num círculo vicioso a doença traz tensões ao casamento e essas tensões podem agravar a doença esgarçando a capacidade de enfrentamento ao ponto de ruptura Karney e Bradbury 1995 e pondo em risco a saúde e o bemestar do cuida dor Graham et al 2006 De fato um estudo de mais de 500 mil casais inscritos no Medicare constatou que quando um dos cônjuges estava hospitalizado o risco do outro morrer aumentava Christakis e Allison 2006 Um estudo longitudinal com 818 casais na terceira idade detectou a natureza frágil dos cui dados prestados pelo cônjuge idoso Somente cerca de um quarto das 317 pessoas que vinham cuidando do cônjuge no início ainda o fazia cinco anos depois o restante havia falecido ou o cônjuge havia morrido ou havia sido colocado sob cuidados de longo prazo Além do mais apenas cerca de metade das 501 pessoas que não cuidavam de seu cônjuge no início tornouse cuidadora nos cinco anos seguintes Aquelas em ambos os grupos que haviam passado a prestar assistên cia intensa geralmente tinham a saúde mais debilitada e mais sintomas de depressão Burton et al 2003 A qualidade da experiência de cuidar do cônjuge pode afetar a maneira como as pessoas que desempenham essa tarefa reagem à morte da pessoa de quem cuidavam Em um estudo cônjuges que assistiam companheiros de vida mais idosos e enfermos foram entrevistados antes e depois do luto Aqueles que antes da morte haviam enfatizado os benefícios do cuidar me faz sentir útil me leva a apreciar mais a vida mais do que a sobrecarga relataram mais pesar após a morte sugerindo que o pesar era acentuado pela perda não apenas do cônjuge falecido mas do papel de cuidador Boerner Schulz e Horowitz 2004 VIUVEZ Assim como os homens mais velhos estão mais propensos a ser casados do que as mulheres as mu lheres mais velhas estão mais propensas a enviuvar e por razões similares As mulheres tendem a sobreviver aos maridos e estão menos propensas que os homens a casar novamente A Figura 182 mostra que mulheres norteamericanas com 65 anos ou mais são bem mais propensas que homens da mesma idade a enviuvar Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2010 Entretanto à medida que a distância de gêneros quanto à expectativa de vida diminui e isso tem ocorrido desde 1990 uma proporção cada vez maior de homens idosos sobreviverá às suas esposas Hetzel e Smith 2001 Aos 65 anos as mulheres têm probabilidade quase quatro vezes maior de enviuvar Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2010 E homens idosos viúvos têm maior chance de internação do que mulheres idosas viúvas após a morte do cônjuge Nihtila e Martikainen 2008 Na maioria dos países mais da metade das mulheres idosas é viúva Kinsella e Velkoff 2001 As questões relativas à adaptação à viuvez serão analisadas no Capítulo 19 DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO O divórcio na velhice é raro apenas cerca de 11 dos adultos norteamericanos com 65 anos ou mais eram divorciados e não se casaram novamente em 2005 Administration on Aging 2006 No entan to esses números quase duplicaram desde 1980 e provavelmente continuarão a aumentar à medida que coortes mais jovens com uma proporção maior de pessoas divorciadas chegarem à vida adulta tardia Administration on Aging 2006 O novo casamento na velhice pode ter um caráter especial Entre 125 homens e mulheres bem instruídos e razoavelmente afluentes aqueles que se casaram novamente na velhice pareciam mais confiantes e receptivos e menos necessitados de um profundo compartilhamento de sentimentos pes soais do que no casamento anterior Os homens mas não as mulheres tendiam a estar mais satisfeitos em novos casamentos na velhice do que em novos casamentos na meiaidade Bograd e Spilka 1996 Casarse novamente apresenta benefícios societais Pessoas idosas casadas estão menos propen sas do que aquelas que vivem sozinhas a precisar de ajuda da comunidade O novo casamento pode ria ser estimulado deixandose as pessoas manterem a pensão e os benefícios da Previdência Social oriundos de um casamento anterior e por uma maior disponibilidade de moradias coletivas e outros alojamentos compartilhados verificador você é capaz de Discutir os fatores que afetam a satisfação conjugal na vida adulta tardia Explicar as diferenças de gênero na predominância da viuvez Dizer por que o divórcio na velhice é raro e identificar o caráter especial de um novo casamento na vida adulta tardia Papalia18indd 626 Papalia18indd 626 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 627 Estilos de vida e relacionamentos não conjugais VIDA DE SOLTEIRO Na maioria dos países 5 ou menos dos homens idosos e 10 ou menos das mulheres idosas nunca se casaram Na Europa essa diferença de gênero pode refletir a perda de homens que estavam prontos para o casamento por morte na Segunda Guerra Mundial quando a coorte atual mais velha estava em idade de se casar Em alguns países latinoamericanos e caribenhos as proporções de pessoas que nunca se casaram são maiores provavelmente por causa da ocorrência de uniões consensuais Kinsella e Phillips 2005 Nos Estados Unidos somente 4 dos homens e das mulheres com 65 anos e mais velhos nunca se casaram Federal Interagency Forum for AgingRelated Statistics 2010 ver Figura 182 Esse percentual tende a aumentar à medida que os adultos de meiaidade hoje envelhecem pois proporções maiores daquela coorte principalmente afroamericanos permaneceram solteiras U S Bureau of the Census 1991a 1991b 1992 1993 Nos Estados Unidos idosos que nunca se casaram estão mais propensos a preferir a vida de soltei ro e tendem a se sentir menos solitários do que idosos divorciados ou viúvos Dykstra 1995 mesmo que estejam mais propensos a viver sozinhos e a receber menos apoio social Eles estão menos propen sos a vivenciar o estresse de solteiro estressores crônicos práticos e emocionais atribuídos à falta de um parceiro íntimo A razão pode ser porque nunca sofreram o estresse da transição da separação e desenvolveram antes na vida adulta habilidades e recursos como autonomia e autoconfiança que os ajudam a lidar com a vida de solteiro Possuem também mais recursos tangíveis a saúde é melhor e o grau de instrução e a renda são mais altos do que dos casados Pudrovska Schieman e Carr 2006 Mulheres brancas que nunca casaram relatam mais estresse de solteiro do que sua contraparte masculina As mulheres de coortes mais velhas eram socializadas para considerar os papéis de esposa e mãe como normativos e poderão ser alvo de atitudes culturais negativas se não casarem Mulheres ne gras demonstram menos estresse de solteira do que mulheres brancas Com uma escassez de homens negros disponíveis para casar ser solteira é normal e estatisticamente predominante entre mulheres negras Prudovska et al 2006 Homens idosos previamente casados são mais propensos a namorar do que mulheres mais ve lhas previamente casadas provavelmente em razão da maior disponibilidade de mulheres nessa faixa etária Os namoradores idosos na maioria são sexualmente ativos mas não tendem a se casar Tanto entre os brancos quanto entre os negros os homens estão mais interessados em envolvimentos ro mânticos do que as mulheres que talvez tenham medo de ficar confinadas aos papéis tradicionais de gênero K Bulcroft e OConner 1986 RA Bulcroft e Bulcroft 1991 Tucker Taylor e Mitchell Kernan 1993 COABITAÇÃO Os idosos estão cada vez mais propensos a coabitar assim como os adultos mais jovens mas para aqueles a coabitação vem depois de um casamento anterior e não antes Mais de um milhão de idosos norteamericanos 4 da população não casada atualmente coabitam e 9 entre 10 já foram casados S L Brown Lee e Bulanda 2006 Coabitantes mais velhos têm certas desvantagens quando comparados a pessoas mais velhas que casaram novamente Coabitantes idosos especialmente mulheres tendem a ter renda mais baixa e menor probabilidade de possuir casa própria Por outro lado em comparação com adultos mais velhos sem parceiros elas tendem a dispor de uma renda doméstica mais alta e maior probabilidade de ter um emprego em tempo integral Em comparação tanto com os recasados quanto com aqueles que não têm parceiros eles são menos propensos à religiosidade ou a ter amigos ou parentes vivendo por perto S L Brown et al 2006 As mulheres especialmente parecem estar em desvantagem na coabitação Por exemplo elas estão três vezes mais propensas a não ter seguro saúde que mulheres casadas novamente ou sem parceiro Para os homens não há essa diferença De fato de um modo geral o status conjugal faz mais diferença para as mulheres do que para os homens S L Brown et al 2006 indicad r Como convivem os idosos solteiros E os que vivem juntos mas não são casados E aqueles envolvidos em relacionamentos homossexuais E como a amizade se manifesta na velhice Papalia18indd 627 Papalia18indd 627 010213 0915 010213 0915 628 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman RELACIONAMENTOS HOMOSSEXUAIS Existem poucas pesquisas sobre relacionamentos homossexuais na velhice sobretudo por que a coorte atual de adultos mais velhos cresceu em uma época em que viver abertamente como homossexual era raro Para gays e lésbicas que envelheceram e admitiram sua homos sexualidade antes do surgimento do movimento de liberação gay em finais dos anos 1960 seu autoconceito tendia a ser modulado pelo então predominante estigma contra a homos sexualidade Aqueles que atingiram a maioridade após o movimento de liberação estar no apogeu e a mudança de discurso público que isso acarretou tendem a ver sua homossexua lidade simplesmente como uma condição uma característica do self como qualquer outra Rosenfeld 1999 As relações de gays e lésbicas na terceira idade tendem a ser fortes solidárias e diver sas Muitos homossexuais têm filhos de casamentos anteriores outros têm filhos adotivos Redes de amigos ou grupos de apoio podem substituir a família tradicional Reid 1995 Aqueles que mantiveram relacionamentos próximos e forte envolvimento na comunidade homossexual tendem a se adaptar ao envelhecimento com relativa facilidade Friend 1991 Reid 1995 Os principais problemas de muitos gays e lésbicas idosos têm origem nas atitudes da so ciedade relacionamentos tensos com a família de origem discriminação em casas de repouso e em outros lugares falta de serviços médicos ou sociais e de apoio social políticas insensíveis das agências sociais e quando um parceiro adoece ou morre dificuldade em lidar com planos de saúde questões de perda e de herança e falta de acesso a um benefício da Previdência Social do parceiro Berger e Kelly 1986 Kimmel 1990 Reid 1995 AMIZADES A maioria das pessoas idosas tem amigos íntimos e como no início e nos meados da vida adulta intermediária as que têm um círculo ativo de amigos tendem a ser mais saudáveis e mais felizes An tonucci e Akiyama 1995 Babchuk 19781979 Lemon et al 1972 Steinbach 1992 As pessoas que têm com quem confidenciar seus sentimentos e seus pensamentos e que sabem conversar com amigos sobre suas preocupações e seus sofrimentos tendem a lidar melhor com as mudanças e as cri ses do envelhecimento Genevay1986 Lowenthal e Haven 1968 e a viver mais Steinbach 1992 O elemento de escolha da amizade é principalmente importante para pessoas mais velhas que podem ter o sentimento de que a vida está escapando ao seu controle R G Adams 1986 A intimidade é outro importante benefício trazido pela amizade no caso de adultos mais velhos que precisam saber que ainda são valorizados e desejados apesar das perdas físicas ou outras Essex e Nam 1987 As pessoas mais velhas gostam mais do tempo que passam com os amigos do que do tempo que passam com a família Como anteriormente na vida as amizades giram em torno do prazer e do lazer ao passo que os relacionamentos familiares tendem a envolver necessidades diárias e tarefas Anto nucci e Akiyama 1995 Larson Mannell e Zuzanek 1986 Os amigos são uma poderosa fonte de prazer imediato a família provê maior segurança e apoio emocional Portanto as amizades têm maior efeito positivo no bemestar dos idosos mas quando as relações familiares são pobres ou ausentes os efeitos negativos podem ser profundos Antonucci e Akiyama 1995 Em consonância com a teoria da seletividade socioemocional os idosos tendem a ter sentimentos positivos mais fortes em relação aos velhos amigos do que a amigos mais recentes Charles e Piazza 2007 As pessoas geralmente dependem dos vizinhos para emergências e de parentes para compromis sos de longo prazo como os cuidados pessoais mas os amigos podem ocasionalmente cumprir essas duas funções Apesar de os amigos não poderem substituir o cônjuge ou companheiro podem ajudar a compensar a falta de um Hartup e Stevens 1999 desempenhando o papel de parente fictício e formando uma família psicológica Entre 131 adultos mais velhos na Holanda que nunca se casaram eram divorciados ou viúvos aqueles que receberam altos níveis de apoio emocional e prático dos amigos estavam menos propensos a se sentir solitários Dykstra 1995 Confirmando as teorias da seletividade socioemocional e do comboio social é frequente os amigos de longa data perdurarem até idades muito avançadas Hartup e Stevens 1999 Às vezes contudo mudanças de domicílio doenças ou incapacitações tornam difícil manter amigos antigos Embora muitos idosos façam novos amigos até mesmo depois dos 85 anos C L Johnson e Troll 1994 adultos mais velhos estão mais propensos do que adultos mais jovens a atribuir os benefícios verificador você é capaz de Discutir as diferenças na ter ceira idade entre os solteiros que nunca se casaram e os solteiros casados anterior mente Dizer por que mulheres idosas que coabitam podem estar em desvantagem Discutir os pontos fortes e os problemas dos relacionamen tos homossexuais na velhice Identificar as características es peciais da amizade na velhice A intimidade é importante para lésbi cas idosas assim como para adultos heterossexuais mais velhos Contra riamente ao estereótipo o relaciona mento homossexual na velhice é sóli do e solidário Papalia18indd 628 Papalia18indd 628 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 629 trazidos pela amizade como afeição e lealdade a indivíduos específicos que não podem facilmente ser substituídos se morrerem forem internados em uma casa de repouso ou mudarem de domicílio de Vries 1996 Laços de parentesco não conjugais Alguns dos relacionamentos mais duradouros e importantes na terceira idade são os derivados não de escolha mútua casamentos coabitações parcerias homossexuais e amizades mas de laços de parentesco RELACIONAMENTOS COM FILHOS ADULTOS Os laços entre pais e filhos continuam fortes na velhice Os filhos proporcionam uma ligação com outros membros da família os netos principalmente Os pais que têm boas relações com seus filhos adultos estão menos propensos a se sentir solitários ou deprimidos do que aqueles cujos relacionamen tos entre pais e filhos não são tão bons KoropeckyjCox 2002 A maioria dos idosos tem filhos vivos mas por causa das tendências globais a formar famílias menores tem menos filhos do que as gerações anteriores Dobriansky et al 2007 Kinsella e Phillips 2005 Nos países europeus em torno de um terço dos adultos na faixa dos 60 vive com um filho adulto e quase metade vive a uma distância de até 24 quilômetros de um filho adulto Essas propor ções permanecem razoavelmente estáveis ou aumentam com a idade A corresidência é mais comum nos países mediterrâneos mais tradicionais Grécia Itália e Espanha e menos comum nos países escandinavos Dinamarca e Sué cia com seus consolidados serviços de bem estar social e ênfase cultural na autonomia Aproximadamente metade dos pais idosos com menos de 80 anos afirma ter contato com um filho ou filha geralmente a filha pelo menos uma vez por semana Hank 2007 Nos Estados Unidos imigrantes que chegaram já idosos muito provavelmente vi vem com os filhos adultos e deles dependem Glick e Van Hook 2002 A relação entre mãe e filha tende a ser especialmente próxima Em um estudo pesquisadores gravaram conversas entre 48 pares de mães e filhas na maioria norteamericanas de origem europeia e bem instruídas As mães tinham mais de 70 anos e gozavam de boa saúde Foi solicitado a cada par que construísse uma história a respeito de uma fotografia de uma mulher idosa e outra mais jovem Essas conversas eram caracterizadas por calor humano e afeição mútua encorajamento e apoio com poucas críticas ou hostilidades Mães e filhas tinham seu relacionamento em alta consideração con fessando ter muitos sentimentos positivos e poucos negativos uma em relação a outra Lefkowitz e Fingerman 2003 O equilíbrio de mútuo auxílio que se estabelece entre os pais e seus filhos adultos tende a mu dar com o envelhecimento dos pais tendo os filhos que prover uma parcela maior de apoio Bengt son et al 1990 1996 A disposição das mães mas não dos pais de pedir ajuda aos filhos adultos reflete seu estilo anterior de parentalidade Mães afetuosas e receptivas estão mais propensas a pedir ajuda financeira ou conselhos pessoais do que mães que eram mais dominadoras ou restritivas du rante a adolescência e o início da vida adulta de seus filhos Schooler Revell e Caplan 2007 Nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos suportes institucionais como a Previdência Social tiraram dos membros da família algumas das responsabilidades para com os idosos mas muitos filhos adultos prestam assistência significativa e cuidados diretos conforme foi discutido no Capítulo 16 A tendência a famílias menores significa menos cuidadores potenciais na família para ajudar pais idosos debilitados Kinsella e Phillips 2005 aumentando a pressão sobre aqueles que de fato servem como cuidadores pressões que podem levar a maustratos em relação a um paciente frágil e difícil Quadro 182 indicad r Como os adultos da terceira idade se relacionam com seus filhos adultos E com os seus irmãos E como se adaptam ao serem bisavós Um estudo com participantes entre 60 e 90 anos em que se solicitava a avaliação sobre um homem que se vangloriava de si próprio ou de seu filho mostrou que gabarse das realizações daqueles que nos são próximos processo conhecido como polimento pode levar a percepções de que a pessoa é menos capaz TalOr 2010 Papalia18indd 629 Papalia18indd 629 010213 0915 010213 0915 630 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Pais idosos geralmente continuam prestando ajuda financeira aos filhos quando podem fazêlo Em países menos desenvolvidos pais idosos contribuem fazendo tarefas domésticas cuidando dos filhos e da socialização dos netos Kinsella e Phillips 2005 Eles continuam demonstrando grande preocu pação com os filhos Bengtson et al 1996 Tendem a se angustiar se os filhos têm problemas sérios e poderão considerar esses problemas um sinal de seu próprio fracasso como pais G R Lee Netzer e Coward 1995 Pillemer e Suitor 1991 Suitor et al 1995 Troll e Fingerman 1996 Muitas pessoas de idade cujos filhos adultos são mentalmente doentes retardados fisicamente incapazes ou afetados por doenças sérias servem como principais cuidadores enquanto ambos os pais e filho estiverem vivos Brabant 1994 Greenberg e Becker 1988 Ryff e Seltzer 1995 Além disso um número cada vez maior de idosos sobretudo entre os afroamericanos cria ou ajuda a criar netos e bisnetos Como vimos no Capítulo 16 esses cuidadores não normativos pegos de surpresa que são pressionados a assumir a paternidade ativa em uma época em que esse papel é inesperado frequentemente ficam tensos Muitas vezes mal preparados física emocional e financei ramente para a tarefa podem não saber a quem recorrer para obter ajuda e apoio Abramson 1995 E quanto ao número crescente de idosos que não têm filhos Segundo questionários e entrevistas com uma amostragem representativa de adultos no final da meia idade e mais velhos o impacto da não paternidade no bemestar é influenciado pelo gênero e pelos sentimentos de uma pessoa a respeito de não ter filhos Mulheres sem filhos que diziam que teria sido melhor ter um filho estavam mais propensas a se sentirem solitárias e deprimidas do que as que não concordavavam com essa afirmativa Isso não foi verdadeiro quanto aos homens provavelmente em razão da maior importância da mater nidade para a identidade das mulheres Entretanto mães e pais que tinham relacionamentos precários pesquisa em ação MAUSTRATOS COM IDOSOS Uma mulher de meiaidade chega ao prontosocorro de um hospital de uma cidade de porte médio nos Estados Unidos Ela tira do carro uma idosa debilitada que parece um tanto confusa e a coloca numa cadeira de rodas levaa até a sala de emergência e tranquilamente vai embora sem se identificar Barnhart 1992 Livrarse da vovó é um exemplo de abuso contra idoso maus tratos ou negligência para com idosos ou violação de seus direi tos individuais Maustratos com pessoas de idade podem ser in cluídos em uma destas seis categorias 1 abuso físico aplicação de força física que pode causar ferimentos dor física ou deficiên cia 2 abuso sexual contato sexual não consentido com pessoa idosa 3 abuso emocional ou psicológico causar angústia dor ou sofrimento como ameaças de abandono ou internação 4 exploração financeira ou material uso ilegal ou impróprio de re cursos propriedade ou ativos de um idoso 5 negligência re cusa ou descumprimento de qualquer parte das obrigações ou deveres em relação a um idoso e 6 autonegligência compor tamentos de uma pessoa idosa deprimida debilitada ou men talmente incapacitada que ameaçam sua saúde ou segurança como deixar de comer ou beber adequadamente ou de tomar os medicamentos prescritos National Center on Elder Abuse e Westat Inc 1998 A Associação Médica Americana American Medical Association acrescentou uma sétima categoria violação de direitos individuais por exemplo o direito do idoso à privaci dade e a tomar decisões pessoais e relativas à sua saúde Em quase nove de cada 10 casos de maustratos cujo cau sador é conhecido essa pessoa é um membro da família e dois de cada três causadores são o cônjuge ou oa filhoa adultoa National Center on Elder Abuse e Westat Inc 1998 A negli gência por parte dos cuidadores na família geralmente não é in tencional Muitos não sabem como prestar os devidos cuidados ou eles mesmos têm saúde precária O estado de espírito dos cuidadores e dos idosos sob seus cuidados podem reforçarse mutuamente Quando mulheres idosas que recebem cuidados informais de longo prazo se sentem respeitadas e valorizadas por seus cuidadores estão menos propensas a ficar deprimidas Wolff e Agree 2004 Outros tipos de abuso contra idosos devem ser reconheci dos como formas de violência doméstica Os abusadores pre cisam de aconselhamento ou tratamento para perceber o que estão fazendo e assistência para reduzir o estresse causado pelos cuidados que prestam AARP 1993 Grupos de autoajuda podem auxiliar as vítimas a admitir o que está acontecendo re conhecer que não têm que tolerar os maustratos e encontrar uma maneira de parálos ou de se livrar deles qual a sua opinião Quais as medidas que poderiam ser to madas para reduzir os maustratos contra idosos 182 o Papalia18indd 630 Papalia18indd 630 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 631 com seus filhos estavam mais propensos a serem solitários ou deprimidos Portanto a paternidade não garante o bemestar na velhice nem a falta de filhos necessariamente a prejudica O que conta são as atitudes e a qualidade dos relacionamentos KoropeckyjCox 2002 RELACIONAMENTOS COM IRMÃOS Irmãos e irmãs desempenham papéis importantes nas redes de apoio de pessoas idosas Os irmãos mais do que outros membros da família oferecem companheirismo como fazem os amigos mas os irmãos mais do que os amigos oferecem apoio emocional Bedford 1995 O conflito e a rivalidade explícita geralmente diminuem na velhice e alguns irmãos tentam resolver conflitos anteriores embora senti mentos subjacentes de rivalidade possam perdurar principalmente entre os homens Cicirelli 1995 Irmãos adultos idosos na maioria dos casos dizem que estão prontos a oferecer auxílio concreto e que recorreriam a um irmão para tal ajuda se necessário fosse mas relativamente poucos de fato o fazem exceto em emergências como doenças quando podem se tornar cuidadores ou a morte do cônjuge Cicirelli 1995 Em países em desenvolvimento os irmãos estão mais propensos a fornecer ajuda econômica Bedford 1995 Independentemente de quanto auxílio de fato fornecem a disposi ção dos irmãos em ajudar é uma fonte de conforto e de segurança na terceira idade Cicirelli 1995 Quanto mais próximas as pessoas idosas vivem de seus irmãos e quanto mais irmãos elas têm maior a probabilidade de se confidenciarem com eles Connidis e Davies 1992 Recordar as primei ras experiências compartilhadas tornase mais frequente na velhice e isso pode ajudar a recapitular a vida e a colocar o significado dos relacionamentos familiares em perspectiva Cicirelli 1995 As irmãs são especialmente vitais para a manutenção dos relacionamentos familiares e do bem estar talvez em razão da sua expressividade emocional e do seu tradicional papel de cuidadoras Be dford 1995 Cicirelli 1989 1995 As pessoas mais velhas próximas de suas irmãs sentemse melhor em relação à vida e preocupamse menos com o envelhecimento do que aquelas que não têm irmãs ou não têm laços íntimos com elas Cicirelli 1977 1989 Apesar da morte de um irmão ser compreendida como um evento normal daquela etapa da vida os sobreviventes podem sofrer intensamente e ficar solitários ou deprimidos A perda de um irmão representa não somente a perda de alguém em quem se apoiar e uma mudança na constelação fami liar mas talvez até uma perda parcial da identidade Chorar a morte de um irmão significa lamentar a integridade perdida da família original dentro da qual viemos a nos conhecer e isso pode também nos fazer lembrar a nossa própria proximidade com a morte Cicirelli 1995 BISAVÓS À medida que os netos crescem os avós costumam vêlos com menos frequência veja o que foi dito sobre ser avô ou avó no Capítulo 16 E quando os netos se tornam pais os avós assumem um novo papel o de bisavós Por causa da idade do declínio da saúde e do desmembramento das famílias os bisavós tendem a estar menos envolvidos do que os avós na vida de uma criança e uma vez que as famílias de qua tro a cinco gerações são relativamente novas há poucas diretrizes de aceitação geral para o que os bisavós devem fazer Cherlin e Furstenberg 1986 Entretanto a maioria encontra satisfação nesse papel Pruchno e Johnson 1996 Ser bisavô ou bisavó traz um senso de renovação pessoal e fa miliar uma fonte de diversão e uma marca de longevidade Quando quarenta bisavós de 71 a 90 anos foram entrevistados 93 fizeram comentários como A vida está começando novamente em minha família Vêlos crescer me mantém jovem e Nunca pensei que fosse viver para ver isso Doka e Mertz 1988 p 193194 Mais de um terço da amostra em sua maioria mulheres tinha um relacionamento próximo com seus bisnetos Aqueles com ligações mais íntimas tendiam a viver perto e a estar próximos dos pais e dos avós das crianças muitas vezes ajudando com empréstimos presentes e cuidados Os avós e bisavós são importantes para suas famílias Eles são fontes de sa bedoria parceiros de jogos ligações com o passado e símbolos da continuidade da vida familiar Estão envolvidos na derradeira função generativa expressar o desejo humano de transcender a mortalidade investindo eles próprios nas vidas das gerações futuras verificador você é capaz de Dizer como o contato e o auxílio mútuo entre pais e filhos adultos muda durante a vida adulta tardia e como a falta de filhos pode afetar as pessoas mais velhas Discutir a importância dos relacionamentos entre irmãos na velhice Identificar os valores que os bisavós encontram em seu papel Bessie e Sadie Delany foram a melhor amiga uma da outra durante toda a vida Irmãos idosos são elementos impor tantes da rede de apoio de uma pessoa e as irmãs são es pecialmente fundamentais em manter as relações familiares Papalia18indd 631 Papalia18indd 631 010213 0915 010213 0915 632 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman resumo e palavraschave Teoria e pesquisa sobre o desenvolvimento da personalidade A personalidade muda com a idade E quais são as questões e as tarefas especiais que as pessoas mais velhas têm de enfrentar O estágio final de Erik Erikson integridade do ego versus desespero culmina na virtude da sabedoria ou na acei tação da vida e da morte iminente Erikson acreditava que as pessoas devem manter um en volvimento vital na sociedade Os traços de personalidade tendem a permanecer razoa velmente estáveis na vida adulta tardia dependendo de como são medidos Em coortes recentes os idosos parecem ter personalida de menos rígida do que em coortes anteriores A emotividade tende a tornarse mais positiva e menos negativa na velhice mas traços de personalidade podem modificar esse padrão integridade do ego versus desespero 607 O bemestar na vida adulta tardia Quais são as estratégias e os recursos que contribuem para o bemestar e para a saúde mental dos idosos George Vaillant descobriu que o uso de defesas adapta tivas maduras mais cedo na vida adulta prediz o ajusta mento psicossocial na terceira idade Em pesquisas baseadas no modelo de avaliação cogni tiva os adultos de todas as idades geralmente preferem o enfrentamento focalizado no problema mas quando a situação assim o exige os adultos mais velhos utilizam mais o enfrentamento focalizado na emoção do que os adultos mais jovens A religião é para muitos idosos uma importante fonte de enfrentamento focalizado na emoção Foram consta tados vínculos entre religião ou espiritualidade e saúde longevidade e bemestar O conceito de envelhecimento bemsucedido ou ideal reflete o crescente número de adultos mais velhos sau dáveis revigorados mas há controvérsias sobre como definilo e medilo e sobre a validade do conceito Dois modelos anteriores contrastantes de envelhecimen to bemsucedido ou ideal são a teoria do desengajamen to e a teoria da atividade A teoria do desengajamento tem pouco suporte e as descobertas sobre a teoria da atividade são ambíguas Novos refinamentos da teoria da atividade incluem a teoria da continuidade e uma ênfase na atividade produtiva Baltes e seus colegas sugerem que o envelhecimento bemsucedido pode depender da otimização seletiva com compensação tanto no âmbito psicossocial quanto no cognitivo enfrentamento coping 609 modelo de avaliação cognitiva 609 enfrentamento focalizado no problema 609 enfrentamento focalizado na emoção 610 perda ambígua 610 teoria do desengajamento 612 teoria da atividade 612 teoria da continuidade 613 otimização seletiva com compensação OSC 613 Questões práticas e sociais relacionadas ao envelhecimento Como os idosos lidam com o trabalho e com as decisões relativas à aposentadoria aos recursos financeiros e às providências do dia a dia Alguns adultos mais velhos continuam em trabalho re munerado mas a maioria está aposentada Entretanto muitas pessoas aposentadas começam novas carreiras ou trabalham meio turno ou como voluntárias Frequen temente a aposentadoria é um processo planejado Adultos mais velhos tendem a estar mais satisfeitos com seu trabalho e geralmente a ser mais produtivos do que os mais jovens A idade tem efeitos positivos e negativos no desempenho no trabalho e as diferenças individuais são mais significativas do que as de idade A aposentadoria é um processo Recursos pessoais eco nômicos e sociais podem afetar o ânimo Padrões de estilo de vida muito comuns depois da apo sentadoria incluem o estilo de vida focalizado na família e o investimento equilibrado A situação financeira dos idosos norteamericanos me lhorou e menos pessoas vivem na pobreza Mulheres norteamericanas hispânicas e afroamericanas estão mais propensas a ser pobres na velhice Em países em desenvolvimento os idosos frequente mente vivem com os filhos ou netos Em países desen volvidos a maioria das pessoas mais velhas vive com o cônjuge ou sozinha Os idosos das minorias são mais pro pensos do que os brancos idosos a viver com membros de família estendida A maior parte dos idosos em nações industrializadas pre fere envelhecer em casa A maioria pode permanecer na comunidade se puder depender do cônjuge ou de outra pessoa para ajudálos indicad r indicad r indicad r Papalia18indd 632 Papalia18indd 632 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 633 Mulheres mais velhas estão mais propensas do que os homens mais velhos a viver sozinhas A internação é rara em países em desenvolvimento Sua extensão varia em países desenvolvidos Nos Estados Unidos somente cerca de 45 da população de 65 anos ou mais encontrase internada mas a proporção aumen ta acentuadamente com a idade Os mais propensos a ser internados são as mulheres idosas os idosos que mo ram sozinhos ou não tomam parte em atividades sociais aqueles que têm saúde precária ou deficiências e aqueles cujos cuidadores estão sobrecarregados Alternativas cada vez mais comuns para as internações são as moradias assistidas e outros tipos de moradia coletiva estilo de vida focalizado na família 616 investimento equilibrado 617 envelhecer em casa 618 Relacionamentos pessoais na terceira idade Quais são as mudanças que ocorrem nos relacionamentos pessoais durante a velhice Qual é o seu efeito sobre o bemestar Os relacionamentos são importantes para as pessoas mais velhas ainda que a frequência dos contatos sociais diminua na velhice Segundo a teoria do comboio social as reduções ou as mudanças no contato social na velhice não comprome tem o bemestar porque um círculo interno estável de apoio emocional é mantido Segundo a teoria da seleti vidade socioemocional as pessoas mais velhas preferem passar seu tempo com outras que aumentem seu bem estar emocional A interação social está associada à boa saúde e à satis fação com a vida o isolamento sendo um fator de risco para mortalidade A maneira como as famílias multigeracionais funcionam na velhice muitas vezes possui raízes culturais Relacionamentos conjugais Quais são as características dos casamentos duradouros na velhice E qual é o impacto da viuvez do divórcio e de um novo casamento nessa fase da vida À medida que a expectativa de vida aumenta também aumenta a longevidade potencial do casamento Mais homens do que mulheres são casados na vida adulta tar dia Os casamentos que duram até a velhice tendem a ser relativamente satisfatórios Apesar de uma proporção cada vez maior de homens que ficam viúvos as mulheres tendem a sobreviver ao marido e estão menos propensas a se casar novamente O divórcio não é comum entre os idosos e a maioria dos adultos mais velhos que se divorciou casou novamente Os segundos casamentos podem ser mais tranquilos na velhice Estilos de vida e relacionamentos não conjugais Como convivem os idosos solteiros E aqueles que vivem juntos mas não são casados E aqueles envolvidos em relacionamentos homossexuais E como a amizade se manifesta na velhice Uma pequena mas crescente porcentagem de adultos atinge a velhice sem se casar Adultos que nunca se ca saram estão menos propensos a ser solitários do que os divorciados e os viúvos Idosos estão mais propensos a coabitar após um casa mento anterior do que antes do casamento Muitos gays e lésbicas se adaptam ao envelhecimento com relativa facilidade especialmente se mantiverem os relacionamentos bem como o envolvimento com a co munidade gay A adaptação pode ser influenciada pela condição assumida A maioria dos adultos mais velhos tem amigos íntimos e aqueles que os têm de fato são mais saudáveis e mais felizes Idosos apreciam mais o tempo que passam com os ami gos do que o tempo que passam com a família apesar de esta ser a principal fonte de apoio emocional e prático Laços de parentesco não conjugais Como os adultos da terceira idade se relacionam com os seus filhos adultos E com os seus irmãos E como se adaptam ao serem bisavós Pais idosos e seus filhos adultos se encontram ou têm contato com frequência preocupamse e oferecem as sistência uns aos outros Muitos pais idosos cuidam de filhos adultos netos ou bisnetos Em alguns aspectos a falta de filhos não parece ser uma desvantagem importante na velhice Muitas vezes os irmãos oferecem apoio emocional uns aos outros e às vezes também apoio mais concreto As irmãs particularmente mantêm laços com seus irmãos Os bisavós geralmente estão menos envolvidos com a vida das crianças do que os avós mas a maioria encontra satisfação nesse papel indicad r indicad r indicad r indicad r Papalia18indd 633 Papalia18indd 633 010213 0915 010213 0915 Capítulo 19 pontos principais Os diversos significados da morte e do morrer Enfrentando a morte e as perdas Perdas significativas Questões médicas legais e éticas o direito à morte Encontrando significado e propósito para a vida e para a morte pontos principais você sabia que Um acentuado declínio cognitivo na ausência de doença física conhecida pode prever a morte para quase 15 anos depois As pesquisas têm desafiado as noções antigas de um padrão normal único de luto Crianças de 4 anos podem ter alguma compreensão do que acontece após a morte mas talvez somente no período escolar terão pleno entendimento Neste capítulo discutimos como pessoas de diferentes culturas e idades pensam e se sentem a respeito da morte e do morrer Examinamos os padrões de luto e como as pessoas lidam com perdas significativas Focalizamos as questões sobre o apoio à vida e se as pessoas têm o direito de morrer Finalmente consideramos como ao se encarar a morte podese dar um significado maior à vida você sabia Lidando com a Morte e o Sentimento de Perda A chave para a questão da morte abre as portas da vida Elizabeth KüblerRoss Morte o último estágio do crescimento 1975 Papalia19indd 634 Papalia19indd 634 010213 0915 010213 0915 Papalia19indd 635 Papalia19indd 635 010213 0915 010213 0915 636 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman Os diversos significados da morte e do morrer A morte é um fato biológico mas também apresenta aspectos sociais culturais históricos religiosos legais psicológicos clínicos éticos e de desenvolvimento que com frequência estão intimamente interligados Embora a morte e a perda sejam experiências universais seu contexto é cultural e histórico Ati tudes culturais e religiosas referentes à morte e ao morrer afetam o modo como as pessoas enxergam sua própria morte A morte pode significar uma coisa para um japonês idoso imbuído dos ensinamen tos budistas que pregam a aceitação do inevitável e outra para um jovem norteamericano de origem japonesa da terceira geração que cresceu com a crença de que pode dirigir seu próprio destino A morte costumava vir mais cedo e com mais frequência na vida de uma família e de uma comunidade além de ser uma companheira constante Hoje na maior parte dos países as pessoas vivem mais e a morte é uma ocorrência menos frequente e menos visível Examinemos com mais atenção a morte e o luto em seu contexto cultural e histórico CONTEXTO CULTURAL Costumes referentes à remoção e recordação dos mortos transferência de bens e mesmo à expressão da dor variam muito de uma cultura para outra e geralmente são regidos por prescrições religiosas ou legais que refletem a visão que uma sociedade tem da morte e do que acontece depois Aspectos culturais da morte incluem os cuidados relativos aos doentes terminais e aos mortos o ambiente onde a morte costuma ocorrer bem como costumes e rituais relativos ao luto da vigília noturna dos irlandeses quando amigos e familiares brindam à memória da pessoa morta até o shiva judeu que dura toda uma semana quando então se expressam sentimentos e se compartilham lembranças sobre o falecido Algumas convenções culturais como hastear uma bandeira a meio mastro após a morte de uma figura pública são codificadas em lei Na Grécia antiga os corpos dos heróis eram queimados publicamente como sinal de honra A cremação ainda é muito praticada por hindus na Índia e no Nepal Em contrapartida a cremação é proibida pela lei ortodoxa judaica pois se acredita que os mortos levantarão novamente para o Juízo Final e a oportunidade de vida eterna Ausubel 1964 No Japão os rituais religiosos incentivam os vivos a manter contato com os mortos As famílias mantêm um altar em casa dedicado aos ancestrais elas conversam com seus entes queridos que já se foram e lhes oferecem comida ou charutos Em Gâmbia os mortos são considerados parte da comuni indicad r Como as atitudes e os costumes referentes à morte diferem entre as culturas e quais são as implicações da revolução da mortalidade em países desenvolvidos Mesmo com a morte cerebral é possível que reflexos da medula espinhal causem movimento Um exemplo assustador é o chamado sinal de Lázaro quando o falecido levanta os braços e os cruza sobre o peito Urasaki et al 1992 A maioria dos gladiadores morria de traumatismo craniano Kanz e Grossschmidt 2006 indicadores de estudo 1 Como as atitudes e os costumes referentes à morte diferem entre as culturas e quais são as implicações da revolução da mortalidade em países desenvolvidos 2 Como as pessoas lidam com o morrer e como elas lamentam suas perdas 3 Quais são as dificuldades específicas quando se perde o cônjuge os pais um filho ou no caso de um aborto espontâneo 4 Como estão mudando as atitudes em relação ao apressamento da morte e quais são as preocupações que essas práticas fazem surgir 5 Como as pessoas podem superar o medo de morrer e aceitar a morte Papalia19indd 636 Papalia19indd 636 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 637 dade entre os americanos nativos os hopi temem os espíritos dos mortos e tentam esquecer o falecido o mais rápido possível Os muçulmanos do Egito demonstram sua dor por meio de expressões de profundo pesar os muçulmanos de Bali são encorajados a suprimir a tristeza a rir e a ficar contentes Stroebe et al 1992 Todos esses diversos costumes e práticas ajudam as pessoas a lidar com a morte e a perda mediante significados culturais bem definidos que oferecem uma ancoragem estável em meio à turbulência da perda Alguns costumes modernos evoluíram de práticas antigas O embalsamento remonta a uma prá tica comum no antigo Egito e na China a mumificação que preserva o corpo de modo que a alma possa retornar Um costume tradicional dos judeus é nunca deixar um moribundo sozinho Antropó logos sugerem que a razão original era a crença de que espíritos do mal ficavam rondando para tentar entrar no corpo daquele que está para morrer Ausubel 1964 Esses rituais oferecem às pessoas que sofreram uma perda algo que seja previsível e importante num momento em que de outra forma poderiam sentirse confusos e indefesos A REVOLUÇÃO DA MORTALIDADE Até o século XX em todas as sociedades ao longo da história a morte foi um evento frequente e es perado às vezes bemvindo como o fim do sofrimento Cuidar em casa de um ente querido à beira da morte era uma experiência comum como ainda o é em algumas comunidades rurais Grandes mudanças históricas envolvendo a morte e o morrer ocorreram no final do século XIX principalmente em países desenvolvidos Avanços na medicina e no saneamento básico novos trata mentos para doenças outrora fatais e uma população mais informada e mais consciente sobre a saúde resultaram numa revolução da mortalidade Hoje as mulheres estão menos propensas a morrer no parto os bebês tendem a sobreviver ao seu primeiro ano as crianças têm maior probabilidade de che gar à idade adulta jovens adultos têm maior probabilidade de alcançar a velhice e os idosos geralmen te conseguem superar doenças que cresceram vendo como fatais As principais causas de morte na década de 1900 eram na maior parte das vezes doenças que afetavam crianças e jovens pneumonia e gripe tuberculose diarreia e enterite Hoje apesar do aumento em mortes aparentemente ligadas a drogas entre pessoas na faixa dos 20 anos e no começo da meiaidade bem como do pico de suicídios na meiaidade quase três quartos dos óbitos nos Estados Unidos ainda ocorrem entre pessoas de 65 anos ou mais e quase metade das mortes são causadas por doenças cardíacas câncer e AVC as três principais causas de morte no final da idade adulta Xu et al 2004 Em meio a todo esse progresso para melhorar a saúde e prolongar a vida algo importante pode ter se perdido Vendo a morte de perto pouco a pouco dia após dia as pessoas que viveram nas so ciedades tradicionais absorveram uma verdade importante morrer faz parte do viver À medida que a morte cada vez mais foi se tornando um fenômeno do final da idade adulta passou a ser invisível e abstrata Fulton e Owen 19871988 p 380 Os cuidados com os doentes terminais e os mortos são transferidos para profissionais Convenções sociais como colocar o moribundo num hospital ou asilo e recusarse a discutir abertamente sua condição refletiram e perpetuaram atitudes de evitação e negação da morte A morte mesmo a dos muito idosos passou a ser vista como uma falha do tratamento médico e não como o fim natural da vida McCue 1995 Hoje o quadro está mudando novamente A tanatologia o estudo da morte e do morrer desper ta interesse e programas educacionais foram criados para ajudar as pessoas a lidar com a morte Em virtude do custo proibitivo dos cuidados hospitalares para doentes terminais aumenta o número de mortes que agora ocorrem em casa como acontecia antigamente no mundo todo ASSISTÊNCIA AO DOENTE TERMINAL Além da crescente tendência a encarar a morte com mais honestidade surgiram movimentos para tor nar mais humano o morrer Entre eles a assistência ao doente terminal e grupos de apoio e autoajuda para doentes terminais e suas famílias A assistência ao doente terminal presta cuidados pessoais e compassivos voltados para o paciente e a família a indivíduos com doença terminal Seu foco está nos cuidados paliativos tam bém chamados de cuidados de consolo alívio da dor e do sofrimento e controle dos sintomas para verificador você é capaz de Dar exemplos de diferenças transculturais em termos de costumes e atitudes relacio nados à morte tanatologia Estudo sobre a morte e o morrer assistência ao doente terminal Assistência afetuosa e pessoal centrada no paciente e em sua família para indi víduos com doença terminal cuidados paliativos Cuidados direcionados para o alívio da dor e do sofrimento e que permitem a doentes terminais morrer em paz com conforto e dignidade Papalia19indd 637 Papalia19indd 637 010213 0915 010213 0915 638 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman manter uma qualidade de vida satisfatória e permitir que o paciente morra em paz e com dignidade Essa assistência geralmente ocorre em casa mas também pode ser prestada num hospital ou em outra instituição num centro assistencial ou mediante uma combinação de cuidados domésticos e institucionais Os membros da família geralmente têm uma par ticipação ativa Os cuidados paliativos também podem ser introduzidos quando uma doença ainda não é terminal e talvez melhore a qua lidade de vida Por exemplo em um estudo de acompanhamento de pacientes recémdiag nosticados com câncer de pulmão metastático avançado aqueles que começaram a receber cuidados paliativos imediatamente após o diagnóstico tiveram uma qualidade de vida mais elevada um melhor estado emocional e até mesmo um tempo de sobrevivência médio mais longo que pacientes que somente recebe ram os cuidados oncológicos de praxe Temel et al 2010 O que significa preservar a dignidade de um paciente que está morrendo Um grupo de pesquisadores resolveu perguntar aos próprios pacientes A partir de entrevistas com 50 pacientes canadenses com câncer terminal avançado os pesquisadores concluíram que os cuidados que mantêm a dignidade dependem não apenas de como os pacientes são tratados mas de como são vistos Quando pacientes terminais são vistos e sabem que são vistos como dignos de honra e estima por aqueles que cuidam deles é mais provável que a dignidade seja mantida Chochinov et al p 2259 Enfrentando a morte e as perdas A morte é um capítulo importante do desenvolvimento humano As pessoas mudam ao reagirem à morte e ao morrer seja a sua própria ou a de um ente querido Quais são as mudanças pelas quais as pessoas passam pouco antes da morte Como elas lidam com a dor Como as atitudes em relação à morte mudam ao longo do ciclo de vida MUDANÇAS FÍSICAS E COGNITIVAS QUE PRECEDEM A MORTE Mesmo na ausência de qualquer doença identificável pessoas com idade em torno de 100 anos e portanto próximo do atual limite da vida humana tendem a experimentar declínios funcionais a perder o interesse pelo ato de comer e beber e a morrer de morte natural Johansson et al 2004 Mc Cue 1995 Rabbit et al 2003 Singer et al 2003 B J Small et al 2003 Tais mudanças também têm sido notadas em pessoas mais jovens cuja morte está próxima Em um estudo longitudinal de 22 anos com 1927 homens a satisfação com a vida apresentou declínios abruptos no período de um ano que antecedeu a morte independentemente da autoavaliação da saúde Mroczeck e Spiro 2005 O declínio terminal referese especificamente a um declínio em várias capacidades cognitivas amplamente observado pouco antes da morte mesmo quando fatores demográficos e relativos à saúde são controlados Weatherbee e Allaire 2008 Esse efeito foi encontrado em estudos longitudinais em vários países não só nos idosos Johansson et al 2004 T Singer et al 2003 B J Small et al 2003 mas também em adultos numa ampla faixa etária Rabbitt et al 2002 B J Small et al 2003 sem qualquer sinal de demência Constatouse que perdas na velocidade perceptual podem prever a morte com 15 anos de antecedência Thorvaldsson et al 2008 Declínios na habilidade verbal raciocínio espacial e cognição são outros importantes sinalizadores de declínio terminal Rabbitt et al 2002 Thorvaldsson et al 2008 verificador você é capaz de Discutir a revolução da mortali dade nos países desenvolvidos Identificar as principais me tas dos cuidados prestados num hospital para doentes terminais indicad r Como as pessoas lidam com o morrer e como elas lamentam suas perdas declínio terminal Declínio em várias capacidades cog nitivas frequentemente observado próximo ao final da vida Os cuidados num hospital para doentes terminais visam aliviar a dor dos pacientes e tratar seus sintomas mantendoos assim tão confortáveis e alertas quanto possível Também ajudam as famílias a lidar com a doença e a morte Papalia19indd 638 Papalia19indd 638 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 639 Algumas pessoas que estiveram próximas da morte relataram expe riências de quasemorte EQM geralmente envolvendo uma sensação de estar fora do corpo ou de ser sugado por um túnel e visões de luzes brilhantes ou encontros místicos Esses relatos são altamente subjetivos e os céticos geralmente os interpretam como resultantes de alterações fi siológicas que acompanham o processo de estar morrendo Segundo um anestesiologista holandês as experiências de quasemorte provavelmente são eventos biológicos que ocorrem no cérebro e as semelhanças dos rela tos refletem as estruturas orgânicas afetadas pelo processo especialmente a privação de oxigênio que ocorre em 9 entre 10 pessoas que estão mor rendo Woerlee 2005 Entretanto nem todos que passam pela experiên cia de privação de oxigênio experimentam uma EQM Em um estudo de pacientes cardíacos que foram resgatados após morte clínica somente 18 relataram uma EQM van Lommel et al 2001 Portanto a anoxia não pode ser a única causa de EQMs Algumas pessoas podem estar biologicamente predispostas a expe riências de quasemorte Um estudo constatou alterações nos lobos tem porais em pessoas que veem aquele conjunto de imagens próprios das experiências de quasemorte Britton e Bootzin 2004 Em outro estudo pacientes que passaram por uma EQM durante a ressuscitação tinham maior probabilidade de ter passado por múltiplas sessões de RCP no hospi tal e de morrer até 30 dias após sua EQM do que paciente similares que não tiveram uma EQM van Lommel et al 2001 CONFRONTANDO A PRÓPRIA MORTE A psiquiatra Elisabeth KüblerRoss em seu trabalho pioneiro com doentes terminais constatou que a maioria deles apreciava a oportunidade de falar abertamente sobre sua condição e tinha consciência de que a morte estava próxima mesmo quando ninguém lhes havia contado Depois de conver sar com cerca de 500 pacientes terminais KüblerRoss 1969 1970 delineou cinco estágios na rela ção com a morte 1 negação Isso não pode estar acontecendo comigo 2 raiva Por que eu 3 barganhar por um tempo extra Se pelo menos puder viver até minha filha casar não vou pedir mais nada 4 depressão e por fim 5 aceitação Ela também propôs uma progressão semelhante nos sentimentos de pessoas que estão diante de uma perda iminente KüblerRoss 1975 O modelo de KüblerRoss tem sido cri ticado e modificado por outros profissionais que trabalham com pacientes terminais Embora as emoções que ela descreveu se jam comuns nem todos passam pelos cinco estágios e não necessariamente na mesma sequência Uma pessoa poderá oscilar entre a raiva e a depressão por exemplo ou então sentir ambos ao mesmo tempo Infelizmen te alguns profissionais da saúde supõem que esses estágios sejam inevitáveis e universais e outros julgam que falharam se não puderem levar o paciente ao estágio final da aceitação Morrer assim como viver é uma experiência individual Para algumas pessoas a negação ou a raiva podem ser uma maneira mais saudável de enfrentar a morte do que a aceitação tranquila As descobertas de KüblerRoss por mais valiosas que sejam para nos ajudar a entender os sentimentos daqueles que estão diante da morte não devem ser consideradas o único modelo ou critério para uma boa morte PADRÕES DE LUTO A perda de um ente querido e o processo de adaptação a essa situação de ausência podem afetar pra ticamente todos os aspectos da vida de quem permanece vivo A perda geralmente provoca mudança Como as pessoas que estão no corredor da morte enfrentam essa situação Em um levantamento sobre suas últimas palavras é mais provável que falem sobre perdão alegações de inocência silêncio amor ativismo e crença na vida após a morte Heflick 2005 perda A morte de um ente querido e o pro cesso de adaptação a essa situação de ausência Quando o cérebro é privado de oxigênio surgem certas imagens devido a alterações no córtex visual que podem resultar na percepção de um túnel como o das imagens relatadas por pessoas que tiveram experiências de quase morte Papalia19indd 639 Papalia19indd 639 010213 0915 010213 0915 640 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman de status e de papel por exemplo de espo sa para viúva ou de filho para órfão Pode haver consequências sociais e econômicas perda de amigos e às vezes de renda Mas primeiro ocorre o pesar do luto a resposta emocional vivenciada nos primeiros estágios da perda A perda assim como o morrer é uma experiência altamente pessoal Atualmente as pesquisas têm questionado as noções ante riores de um único padrão normal de luto e uma sequência normal de recuperação Uma viúva que conversasse com o marido falecido outrora seria considerada emocionalmente perturbada agora isso é reconhecido como um comportamento comum e útil Lund 1993b Algumas pessoas têm uma recuperação relativamente rápida após a perda outras não O modelo clássico de elaboração do luto Um padrão clássico de luto são os estágios em que a pessoa enlutada aceita a dolorosa realidade da perda aos poucos se liberta do vínculo com o falecido e se readapta à vida desenvolvendo novos interesses e novos relacionamentos Esse processo de ela boração do luto a resolução de questões psicológicas ligadas a ele geralmente segue uma sequência embora assim como acontece com os estágios de KüblerRoss possa haver variação J T Brown e Stoudemire 1983 R Schultz 1978 1 Choque e descrença Imediatamente após a morte aqueles que estavam mais ligados ao falecido sentemse perdidos e confusos À medida que se aprofunda o sentimento de perda o entorpe cimento inicial dá lugar a sentimentos de tristeza e choro frequente O primeiro estágio poderá durar várias semanas principalmente após uma morte súbita ou inesperada 2 Preocupação com a memória da pessoa falecida No segundo estágio que poderá durar de seis meses a dois anos tentase resolver o problema da morte mas ainda não se pode aceitála A viúva poderá reviver a morte do marido e todo o relacionamento Ocasionalmente talvez seja tomada por um sentimento de que o falecido está presente Essas experiências diminuem com o tempo embora possam voltar talvez durante anos em ocasiões como o aniversário de casa mento ou da morte 3 Resolução O estágio final ocorre quando a pessoa que sofreu a perda renova o interesse pelas atividades cotidianas A lembrança do falecido traz sentimentos de afeto misturados com tristeza em vez de uma dor aguda e ansiedade Luto múltiplas variações Embora o padrão de luto descrito aqui seja comum nem sempre o luto segue uma linha reta do choque à resolução Uma equipe de psicólogos Wortman e Silver 1989 constatou a existência de três principais padrões de luto No padrão normalmente esperado a pessoa enlutada passa do sofrimento intenso ao sofrimento leve No padrão de luto ausente a pessoa enluta da não experimenta sofrimento intenso nem de imediato nem mais tarde No padrão de luto crônico a pessoa enlutada sofre por um longo tempo Wortman e Silver 1989 O luto crônico pode ser especialmente doloroso e a aceitação mais difícil quando a perda é ambígua como quando um ente querido está ausente e presumese que tenha morrido Quadro 191 Em outro estudo os pesquisadores entrevistaram 1532 idosos casados e de pois fizeram entrevistas de acompanhamento com 185 deles 161 mulheres e 24 homens cujos cônjuges haviam morrido As entrevistas ocorreram seis meses depois e novamente até quatro anos após a perda Boerner Wortman e Bonan no 2005 Bonanno Wortman e Nesse 2004 Bonanno et al 2002 O padrão que mais predominou demonstrado por 46 da amostra foi de longe a resi liência um nível de sofrimento baixo e gradualmente decrescente Os resilien tes expressaram a aceitação da morte como um processo natural Após a perda passaram relativamente pouco tempo pensando e falando sobre ela ou buscando significados embora a maioria tenha relatado certa ansiedade e angústia durante os primeiros seis meses Esses resultados questionam a suposição de que algo luto Resposta emocional vivenciada nos primeiros estágios da perda elaboração do luto Resolução de questões psicológicas ligadas ao luto Que conselho você daria a um amigo sobre o que dizer e o que não dizer para uma pessoa de luto A dor da perda deveria ser medicada Um estudo mostrou que aproximadamente metade dos médicos acredita que medicar a dor da perda é justificável apesar do risco do uso prolongado ou de adicção Cook Biyanova e Marshall 2007 Algumas pessoas recuperamse rapida mente da perda de um ente querido e outras nunca se recuperam Papalia19indd 640 Papalia19indd 640 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 641 esteja errado se a pessoa vítima da perda apresentar apenas um sofrimento moderado e demonstram que passar bem após a perda não deve necessariamente causar preocupação mas é somente uma resposta normal para muitos idosos Boerner et al 2005 p P72 O conhecimento de que o luto assume várias formas e padrões tem importantes implicações para ajudar as pessoas a lidar com a perda Boerner et al 2004 2005 Bonnano et al 2002 A Tabela 191 traz algumas sugestões para ajudar aqueles que perderam um ente querido Pode ser desnecessá rio e mesmo prejudicial insistir para que os enlutados elaborem a perda ou esperar que eles sigam um padrão estabelecido de reações emocionais assim como pode ser desnecessário e prejudicial esperar que todos os pacientes à beira da morte experimentem os estágios de KüblerRoss E embora a terapia do luto possa ajudar algumas pessoas especialmente no curto prazo e particularmente aquelas que têm grande dificuldade em se adaptar à perda muitas pessoas simplesmente não precisam de terapia e irão se recuperar sozinhas com o tempo Neimeyer e Currier 2009 O respeito pelos diferentes modos de demonstrar luto pode ajudar aqueles que sofreram a perda a lidar com ela sem fazêlos sentir que suas reações são anormais pesquisa em ação PERDA AMBÍGUA Uma mulher cujo marido estava no World Trade Center no momento do ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 só foi acreditar que ele havia morrido meses depois quando as equipes de limpeza acharam uma lasca de um de seus ossos As vítimas do tsunami de 2005 no sudoeste da Ásia continuam chorando pelos cônjuges filhos e pais levados pelas imensas ondas sem deixar qualquer traço Mulheres e homens de meia idade voam para o Vietnã e o Camboja para procurar os restos dos maridos e pais cujos aviões foram abatidos décadas atrás Lidar com a morte de um ente querido já é difícil em circuns tâncias normais Mas quando não há um corpo nenhuma clara evidência de morte pode ser ainda mais difícil enfrentar a fata lidade da perda Isso é verdade principalmente na cultura norte americana com sua tendência a negar a realidade da morte As pessoas anseiam por um corpo diz a terapeuta familiar Pauline Boss 2002 p 15 porque paradoxalmente a posse do corpo lhes permite abrir mão dele A visão do corpo faz a pessoa superar o estado de confusão traz a certeza cognitiva da morte e assim possibilita àquele que sofreu a perda o começo do luto Sem um corpo aqueles que ficam sentemse despojados da oportunidade de dizer adeus e prestar a devida homenagem ao ente querido Boss utiliza o termo perda ambígua introduzido no Capítulo 18 para situações em que a perda não é claramente definida e portanto tornase confusa e difícil de resolver A perda ambígua não é um transtorno psicológico mas um transtorno relacional em que o luto permanece suspenso e a situação não se resolve Não se trata de uma doença e sim de uma debilitante fonte de estresse Quando falta à perda confirmação tangível negase às pessoas um ritual e um fechamento emocional e elas poderão fi car imobilizadas incapazes de continuar com a tarefa necessária de reorganização dos papéis familiares e dos relacionamentos A perda se perpetua criando esgotamento físico e emocional e o apoio dos amigos e da família poderá se tornar menos consis tente Boss também aplicou o conceito de perda ambígua a si tuações em que o ente querido está fisicamente presente mas psicologicamente ausente como no mal de Alzheimer na depen dência de drogas e em outras doenças mentais crônicas As pessoas que melhor toleram a perda ambígua tendem a ter certas características 1 são profundamente espiritualistas e não esperam entender o que acontece no mundo elas têm fé e confiam no desconhecido 2 São otimistas por natureza 3 Con seguem manter duas ideias opostas ao mesmo tempo Preciso reorganizar minha vida mas mantenho a esperança viva e assim convivem com a incerteza 4 Geralmente elas foram criadas em famílias ou culturas em que o controle e a busca de respostas eram menos importantes que aprender a viver com o que se tem A terapia pode ajudar as pessoas a entender enfrentar e continuar vivendo após a perda mesmo que esta não tenha sido resolvida Boss 1999 p 7 Contar e ouvir histórias sobre pessoas desaparecidas pode ser o começo do processo de cura A reconstrução dos rituais de família é uma afirmação de que a vida continua Os terapeutas que trabalham com pessoas que sofrem de perda ambígua precisam ser capazes eles mesmos de tolerar a ambiguidade Devem reconhecer que os estágios clássicos de elaboração do luto descritos neste capítulo não se aplicam A pressão por um fechamento trará resistência As famílias podem aprender a administrar o estresse da perda ambígua no seu pró prio ritmo e da sua própria maneira Fontes Boss 1999 2002 2004 2006 2007 Boss et al 2003 qual a sua opinião Você já vivenciou uma perda ambígua ou conhece alguém que tenha vivenciado Em caso positivo quais as estratégias que pareceram mais eficazes para lidar com a situação 191 o Papalia19indd 641 Papalia19indd 641 010213 0915 010213 0915 642 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman ATITUDES EM RELAÇÃO À MORTE E AO MORRER DURANTE O CURSO DA VIDA Não há uma maneira de ver a morte que seja independente da idade as atitudes das pessoas refletem sua personalidade e experiência bem como o quanto acreditam que estejam próximas da morte Mesmo assim são grandes as diferenças em termos de desenvolvimento Como sugere o modelo do momento dos eventos a morte provavelmente não significa a mesma coisa para um homem idoso de 85 anos com uma artrite extremamente dolorosa uma mulher de 56 anos no auge de uma bri lhante carreira jurídica que descobre que tem câncer de mama e um jovem de 15 anos que morre de overdose de drogas As mudanças características de atitude em relação à morte ao longo da vida dependem tanto do desenvolvimento cognitivo quanto da época da ocorrência do evento se foge ao normal ou não Infância e adolescência Segundo uma pesquisa neopiagetiana Speece e Brent 1984 entre 5 e 7 anos a maioria das crianças passa a entender que a morte é irreversível que uma pessoa animal ou flor morta não pode voltar a viver Aproximadamente na mesma idade a criança percebe dois outros importantes conceitos sobre a morte primeiro que é universal todos os seres vivos morrem e portanto inevitável e segundo que uma pessoa morta é não funcional todas as funções vitais cessam com a morte Antes disso a criança pode acreditar que certos grupos de pessoas digamos professores pais e crianças não morrem que quem for suficientemente esperto ou felizardo poderá evitar a morte e que ela própria será capaz de viver para sempre Ela ainda poderá acreditar que uma pessoa morta ainda pode pensar e sentir Os conceitos de irreversibilidade universalidade e fim das funções de acordo com esses estudos geralmente se desenvolvem durante a passagem do pensamen to préoperatório para o pensamento operatórioconcreto quando os conceitos de causalidade ficam mais maduros Pesquisas mais recentes indicam que a criança pode adquirir uma compreensão parcial do que acontece após a morte já aos 4 anos de idade mas essa compreensão talvez só seja completa no pe ríodo escolar Em uma série de estudos feita em duas escolas suburbanas afiliadas a universidades a maioria das crianças da préescola e do maternal expressou o conhecimento de que um rato morto nunca mais vai viver ou crescer e tornarse um rato velho mas 54 disseram que o rato ainda pre cisaria comer Por volta dos 7 anos 91 das crianças eram coerentes em seu conhecimento de que processos biológicos como comer e beber cessam com a morte No entanto quando perguntas seme lhantes eram feitas em termos psicológicos Ele ainda está com fome crianças dessa idade e mais jovens eram menos coerentes Somente 21 de crianças do maternal e 55 do começo do ensino fundamental sabiam por exemplo que um rato morto não mais ficaria doente em comparação com as 75 de 11 e 12 anos que cursavam as séries mais avançadas do ensino fundamental A compreen verificador você é capaz de Resumir as mudanças que po dem ocorrer com uma pessoa que está prestes a morrer Citar possíveis explicações para as experiências de quasemorte Citar os cinco estágios do confronto com a morte de KüblerRoss e dizer por que seu trabalho é controverso Identificar os três estágios usualmente descritos como elaboração do luto e discutir as novas descobertas sobre as variações no processo do luto TABELA 191 Ajudando aquele que perdeu um ente querido Estas sugestões de profissionais da área de saúde mental podem capacitálo a ajudar alguém que você conhece a superar o processo do luto Compartilhe a dor Deixe ou encoraje a pessoa que sofreu a perda falar de seus sentimentos e compartilhe as memórias do falecido Não ofereça falso consolo Dizer coisas como Assim foi melhor ou Com o tempo você supera não ajuda Em vez disso simplesmente expresse seu pesar e ouça Ofereça ajuda prática Cuidar das crianças cozinhar e fazer pequenos favores são maneiras de ajudar a pessoa enlutada Seja paciente Pode levar tempo para alguém se recuperar de uma perda significativa Esteja disponível para falar e ouvir Sugira ajuda profissional quando necessário Não hesite em recomendar ajuda profissional quando parecer que alguém está sofrendo demais para lidar com isso sozinho Fonte National Mental Health Association sd Papalia19indd 642 Papalia19indd 642 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 643 são de que os estados cognitivos cessam com a morte demorava ainda mais apenas 30 das crianças do grupo mais avançado do ensino fundamental responderam coerentemente as perguntas sobre se os pensamentos sentimentos e desejos persistem após a morte Bering e Bjorklund 2004 As crianças poderão entender melhor a morte se desde pequenas forem apresentadas ao concei to e incentivadas a falar sobre isso A morte de um animal de estimação pode ser uma oportunidade natural Se outra criança morrer pais e professores precisam tentar mitigar a ansiedade daquelas que ficaram Para crianças com doenças terminais a necessidade de entender a morte poderá ser mais urgente e mais concreta No entanto os pais talvez evitem falar sobre o assunto seja por causa de sua própria dificuldade em aceitar a perspectiva da perda ou porque estão tentando proteger o filho Ao fazêlo talvez percam uma oportunidade para a criança e a família se prepararem emocionalmente para o que está por vir Wolfe 2004 Assim como acontece com sua compreensão sobre a morte o modo como a criança demonstra o luto depende do desenvolvimento cognitivo e emocional Tabela 192 Às vezes a criança expressa a dor do luto por meio da raiva do comportamento explícito ou da recusa em aceitar a morte como se fingir que uma pessoa está viva pudesse tornar isso realidade Elas podem sentirse confusas com os eufemismos dos adultos que alguém se foi ou que a família perdeu alguém ou que fulano está adormecido e nunca mais vai despertar Adaptarse à perda é mais difícil se a criança tinha um relacionamento conturbado com a pessoa que morreu se o pai ou a mãe que ficou com a criança depende muito dela se a morte foi inesperada sobretudo se foi assassinato ou suicídio se a criança já teve problemas comportamentais ou emocio nais se falta o apoio da família e da comunidade AAP Committee on Psychosocial Aspects of Child and Family Health 1992 Os pais e outros cuidadores adultos podem ajudar a criança a lidar com a perda explicando a ela que a morte é o fim e é inevitável e que ela não causou a morte por causa de seu mau comportamento ou de seus pensamentos A criança precisa ser tranquilizada de que continuará recebendo assistência de adultos que gostam dela Geralmente aconselhase que se faça o mínimo possível de mudanças no ambiente nos relacionamentos e nas atividades cotidianas da criança que se responda às perguntas de maneira simples e com sinceridade e que se incentive a criança a falar sobre seus sentimentos e sobre a pessoa que morreu AAP Committee on Psychosocial Aspects of Child and Family Health 2000 Para os adolescentes a morte não é algo que normalmente ocupe muito o seu pensamento a não ser que tenham de confrontála diretamente Muitos deles assumem riscos desnecessários Eles pegam carona dirigem de forma imprudente ou fazem experiências com drogas e sexo geralmente com No caso das crianças a confusão está relacionada ao desenvolvimento cognitivo No sistema piagetiano discutido nos capítulos anteriores aprendemos que as crianças têm dificuldade com o pensamento abstrato portanto os eufemismos usados para descrever a morte podem lhes parecer confusos TABELA 192 Manifestações de luto em crianças Menores de 3 anos 3 a 5 anos Crianças em idade escolar Adolescentes Regressão Tristeza Medo Perda de apetite Incapacidade de prosperar Perturbação do sono Retraimento social Atraso no desenvolvimento Irritabilidade Choro excessivo Aumento da dependência Perda da fala Atividade mais intensa Constipação Incontinência Enurese Acesso de raiva e mauhumor Comportamento descontro lado Pesadelos Acessos de choro Deterioração do desempenho escolar causada por perda de concentração falta de interesse e de motivação incapacidade de concluir tarefas e distração na sala de aula Resistência em ir à escola Acessos de choro Mentiras Roubos Nervosismo Dores abdominais Dores de cabeça Apatia Fadiga Depressão Queixas somáticas Comportamento delinquente Promiscuidade Tentativas de suicídio Abandono da escola Fonte Adaptado do APP Committee on Psychosocial Aspects of Child and Family Health 1992 Papalia19indd 643 Papalia19indd 643 010213 0915 010213 0915 644 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman resultados trágicos Em seu grande desejo por descobrir e expressar a sua identidade eles tendem a se preocupar mais em como vivem do que por quanto tempo provavelmente viverão A idade adulta Jovens adultos que concluíram sua formação e começa ram uma carreira profissional um casamento ou tiveram filhos geralmente estão ansiosos para viver a vida para a qual se prepararam Se forem su bitamente acometidos de uma doença ou ferimento potencialmente fatal é provável que fiquem extremamente frustrados e bravos Pessoas que desenvolvem doenças terminais como a AIDS na faixa dos 20 ou 30 anos enfrentam questões relativas à morte numa idade em que normal mente estariam lidando com questões do início da idade adulta como o estabelecimento de relações íntimas Em vez de uma longa vida de perdas como preparação gradual para a perda final da vida elas veem todo o seu mundo ruir de repente Na meiaidade a maioria dos adultos entende com mais clareza do que antes que de fato eles vão morrer O corpo lhes envia sinais de que não são mais jovens ágeis e vigorosos como outrora Cada vez mais pen sam em quantos anos ainda lhes restam e como aproveitálos ao máximo Neugarten 1967 Geralmente sobretudo após a morte de ambos os pais temse a consciência de ser a geração mais velha ou a próxima a morrer Scharlach e Fredriksen 1993 Adultos de meiaidade e idosos poderão prepararse emocionalmente para a morte e também de maneira prática fazendo um testamento planejando o próprio funeral e discutindo seus desejos com a família e os amigos Os idosos poderão ter sentimentos confusos sobre a perspectiva de morrer Perdas físicas e outros problemas e perdas da velhice poderão di minuir o prazer e a vontade de viver McCue 1995 Alguns idosos desis tem de metas não cumpridas Outros se esforçam ainda mais para fazer o que podem com a vida no tempo que lhes resta Muitos tentam estender o tempo res tante adotando estilos de vida mais saudá veis ou lutam para viver mesmo quando es tão profundamente doentes Cicirelli 2002 Quando pensam ou falam sobre a morte imi nente alguns idosos expressam medo Ou tros principalmente os religiosos devotos comparam a morte ao sono uma transição tranquila e indolor para o além Cicirelli 2002 Segundo Erikson idosos que resolvem a alternativa crítica final de integridade versus desespero descrita no Capítulo 18 conseguem aceitar tanto o que fizeram em suas vidas quanto a iminência da morte Uma das maneiras de chegar a essa solução é mediante uma reavaliação de vida algo que discutiremos mais adiante neste capítulo Pessoas que sentem que suas vidas foram significativas e que se adaptaram às perdas talvez estejam mais aptas a enfrentar a morte Perdas significativas Perdas difíceis que podem ocorrer durante a fase adulta são as do cônjuge do pai da mãe ou de um filho A perda de uma criança em potencial por um aborto espontâneo ou parto de natimorto também pode ser dolorosa mas geralmente atrai menos apoio social A PERDA DO CÔNJUGE Como as mulheres tendem a viver mais do que os homens e a ser mais novas que os maridos é mais provável que fiquem viúvas Também tendem a enviuvar mais cedo Aproximadamente 25 das Tente imaginar que você é um doente terminal Como seriam seus sentimentos Seriam semelhantes ou diferentes daqueles descritos no texto com referência à sua faixa etária verificador você é capaz de Discutir sobre como pessoas de diferentes idades com preendem e lidam com a morte e a perda indicad r Quais são as dificuldades específicas quando se perde o cônjuge os pais um filho ou no caso de um aborto espontâneo Os riscos desnecessários às vezes assumidos pelos adoles centes podem trazer resultados trágicos Papalia19indd 644 Papalia19indd 644 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 645 mulheres norteamericanas mas somente 7 dos homens perdem o cônjuge por volta dos 65 anos Federal Interagency Forum on AgingRelated Statistics 2010 O estresse da viuvez geralmente afeta a saúde física e mental A dor da perda pode prejudicar o sistema imunológico resultando em dores de cabeça tontura indigestão ou dores no peito ou mesmo em morte Stroebe Schut e Stroebe 2007 Em um estudo finlandês de grande escala homens que perderam a esposa no período de cinco anos que durou a pesquisa tinham 25 a mais de chance de morrer nesse mesmo período do que homens que permaneceram casados e mulheres viúvas tinham 10 a mais de chance de morrer do que mulheres não viúvas Martikrainen e Valkonen 1996 O risco de morte natural ou suicídio é maior nos primeiros meses após a perda e é mais alto para adultos mais jovens A dor da perda também pode trazer problemas de memória perda de apetite e dificulda de para se concentrar além de aumentar os riscos de ansiedade depressão insônia e disfunção social Essas reações podem variar de relativamente curtas e moderadas até prolongadas e extremas às vezes durando anos Stroebe et al 2007 As relações sociais estão associadas à boa saúde Assim a perda da companhia talvez ajude a explicar o porquê do viúvo ou da viúva morrer logo depois do cônjuge Ray 2004 Pode haver no entanto uma explicação mais prática Após a morte do cônjuge talvez não haja ninguém para lembrar o viúvo ou a viúva de tomar os remédios ou certificarse de que a pessoa esteja seguindo uma dieta es pecial Aqueles que foram lembrados pelos filhos ou pelos cuidadores tendiam a melhorar os hábitos de saúde e relataram estar com boa saúde Williams 2004 A qualidade da relação conjugal perdida pode afetar o grau em que a viuvez afeta a saúde mental Em um estudo viúvos ou viúvas que tinham uma forte ligação com o cônjuge ou que dependiam muito dele tendiam a se tornar mais ansiosos e sentiam mais a falta dele do que pessoas que não ti nham uma ligação tão forte ou não eram tão dependentes Carr et al 2000 A perda do marido pode ser especialmente muito difícil para a mulher que estruturou sua vida e sua identidade em função de agradálo ou cuidar dele Marks e Lambert 1998 Essas mulheres perderam não apenas o companhei ro mas um papel importante talvez fundamental Lucas et al 2003 A viuvez também pode criar problemas práticos Viúvas cujos maridos eram os principais pro vedores poderão passar por dificuldades econômicas ou cair na pobreza Hungerford 2001 Viúvos podem ter de contratar serviços domésticos que a esposa dona de casa antes fazia Se ambos estavam empregados a perda de uma fonte de renda pode trazer problemas Para as mulheres as principais consequências da viuvez provavelmente serão os problemas econômicos enquanto para os homens o isolamento social e a perda da intimidade emocional Pudrovska et al 2006 Viúvas idosas estão mais propensas do que viúvos idosos a permanecer em contato com amigos dos quais recebem apoio social Kinsella e Velkoff 2001 Em última análise a dor da perda pode ser um catalisador para a introspecção e o crescimento para descobrir aspectos de si próprio já esquecidos e aprender a andar com as próprias pernas Lieberman 1996 Em um estudo viúvas continua ram a falar do falecido e a pensar nele décadas após a perda mas esses pensamen tos raramente as deixavam transtornadas Ao contrário essas mulheres disseram que tinham se tornado mais fortes e mais autoconfiantes como resultado da perda Carnelley et al 2006 A PERDA DE UM DOS PAIS NA IDADE ADULTA A perda de um dos pais em qualquer momento é difícil mesmo na idade adulta Entrevistas com 83 voluntários entre 35 e 60 anos constataram que a maioria dos filhos adultos que sofreu perda ainda vivenciava um sofrimento emocional variando de tristeza e choro até depressão e pensamentos de suicídio após um período de um a cinco anos principalmente em seguida à perda da mãe Schar lach e Fredriksen 1993 No entanto a morte de um dos pais pode ser uma experiência que traz amadurecimento forçando o adulto a resolver importantes questões de desenvolvimento construir um senso de identidade mais sólido e uma percepção mais urgente e realista de sua própria mortalidade além de um maior senso de responsabilidade compromisso e vínculo com os outros M S Moss e Moss 1989 Scharlach e Fredriksen 1993 Tabela 193 Viúvas idosas estão mais pro pensas que viúvos idosos a permanecer em contato com os amigos e a se beneficiar do apoio de uma rede social Papalia19indd 645 Papalia19indd 645 010213 0915 010213 0915 646 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A morte de um dos pais geralmente traz mudanças em outros relacionamentos O filho adulto que sofreu a perda poderá assumir mais responsabilidade pelo pai ou pela mãe que ficou e também terá de manter a família unida Aldwin e Levenson 2001 As intensas emoções da perda poderão aproximar os irmãos ou talvez eles entrem em conflito em razão das diferenças que surgiram durante a doença fatal do pai ou da mãe A morte de um dos pais poderá trazer mais liberdade ao filho adulto ou à filha adulta Assim ele ou ela terá mais tempo e energia para dispensar com relacionamentos que foram temporariamente negligenciados por causa da assistência Ou a morte poderá libertar o filho ou a filha de um relacionamento que era mantido para atender às expectativas do pai ou da mãe M S Moss e Moss 1989 Scharlach e Fredriksen 1993 A morte do segundo genitor pode trazer grande impacto O filho adulto talvez sinta uma sen sação aguda de mortalidade agora que o último membro da geração mais velha foi embora Aldwin TABELA 193 Autorrelato dos impactos psicológicos da morte de um dos pais em filhos adultos Impactos Morte da mãe porcentagem Morte do pai porcentagem Autoconceito Mais adulto Mais autoconfiante Mais responsável Menos maduro Outros Nenhum impacto 29 19 11 14 8 19 43 20 4 3 17 12 Sentimentos de mortalidade Maior consciência da própria mortalidade Maior aceitação da própria morte Fez planos concretos em relação à própria morte Medo crescente da própria morte Outros Nenhum impacto 30 19 10 10 14 17 29 10 4 18 16 23 Religiosidade Mais religiosoa Menos religiosoa Outros Nenhum impacto 26 11 3 60 29 2 10 59 Prioridades pessoais Mais importância aos relacionamentos pessoais Mais importância aos prazeres simples da vida Mais importância à felicidade pessoal Menos importância aos bens materiais Outros Nenhum impacto 35 16 10 5 20 14 28 13 7 8 8 36 Trabalho ou plano de carreira Deixou o emprego Ajustou seus objetivos Mudou os planos de acordo com as necessidades da família Mudouse Outros Nenhum impacto 29 15 5 4 13 34 16 10 6 10 19 39 Fonte Scharlach A E e Fredriksen K I 1993 Reactions to the death of a parent during midlife Omega Journal of Death and Dying 27 tabela 1 p 311 Copyright 1993 por Baywood Publishing Company Inc Reproduzido com permissão da Baywood Publishing Company Inc no formato de texto via Copyright Clearance Center Papalia19indd 646 Papalia19indd 646 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 647 e Levenson 2001 Essa percepção poderá ser uma oportunidade de crescimento resultando numa perspectiva de vida mais madura e maior valorização das relações pessoais Scharlach e Frederiksen 1993 O reconhecimento da fatalidade da morte e de não poder dizer mais nada ao pai ou à mãe que faleceu motiva algumas pessoas a resolver problemas em seus vínculos com os vivos enquanto ainda é tempo Algumas pessoas são levadas a se reconciliar com seus filhos adultos Às vezes irmãos que estavam brigados percebendo que aquele ou aquela que estabelecia um vínculo entre eles não está mais presente tentam uma reaproximação A PERDA DE UM FILHO Os pais raramente estão preparados emocionalmente para a morte de um filho Tal morte não im porta a idade é um choque cruel e anormal um evento prematuro que no curso natural das coisas nunca deveria acontecer Os pais talvez pensem que falharam não importa o quanto amaram o filho e cuidaram dele e poderá ser difícil esquecer Se o casamento for sólido o casal poderá ficar ainda mais unido um apoiando o outro em sua perda comum Em outros casos a perda enfraquece e finalmente destrói o matrimônio Brandt 1989 Aumenta o risco de pais principalmente mães que perderam o filho serem hospitalizados por doença mental Li et al 2005 O estresse da perda de um filho pode até apressar a morte de um dos pais Li et al 2003 Muitos pais hesitam em falar com o filho doente terminal sobre sua morte iminente mas aqueles que o fazem tendem a experimentar uma sensação de término que os ajuda a enfrentar a perda Em 2001 um grupo de pesquisa sueco fez um estudo com 449 pais que haviam perdido o filho para o cân cer entre quatro e nove anos atrás Cerca de um terço dos pais disse que havia conversado com o filho sobre a morte iminente e nenhum deles se arrependeu ao passo que 27 daqueles que não tinham tocado no assunto se arrependeram O impacto da perda parental pode variar dependendo de fatores como a idade do filho a causa da morte e o número de filhos restantes Em um estudo longitudinal 219 casais holandeses que haviam perdido um filho foram acompanhados durante 20 meses após a morte A tristeza era proporcional à idade do filho até 17 anos Pais cujo filho morreu de morte traumática sofreram mais do que aqueles cujo filho havia morrido de doença fora um natimorto ou morrera de morte neonatal Pais que esperavam a morte e aqueles que tinham outros filhos expressa ram menos sofrimento À medida que o tempo passava o sofrimento tendia a diminuir especialmente entre casais que depois geraram outra criança Wijngaardsde Meij et al 2005 Embora o pai ou a mãe que sofreu a perda de um filho deva enfrentar o luto ao seu próprio modo alguns perceberam que o trabalho interesses diversos outros relacionamentos ou a participação num grupo de apoio ajuda a mitigar a dor Alguns amigos bemintencionados aconselham esses pais a não ficarem falando insistentemente sobre a perda mas lembrar do filho ou da filha de maneira significati va talvez seja exatamente o que eles precisam fazer Quando se perguntou o que mais os ajudou a lidar com a morte do filho 73 dos pais cujos filhos morreram em unidades de tratamento intensivo deram respostas religiosas ou espiritualistas Mencionaram a prece a fé conversas com clérigos ou a crença de que o relacionamento entre pais e filhos perdura após a morte Os pais também disseram que eram guiados por insight e sabedoria valores interiores e virtudes espirituais como esperança confiança e amor Robinson et al 2006 O LUTO DE UM ABORTO ESPONTÂNEO Em um templo budista em Tóquio pequenas estátuas de crianças acompanhadas de brinquedos e presentes são deixadas como oferendas a Jizo um ser iluminado que segundo se acredita vela pelos fetos abortados e finalmente através da reencarnação os conduz para uma nova vida O ritual do mizuko kuyo um rito de apologia e lembrança é observado como um meio de fazer reparações à vida abortada Orenstein 2002 A palavra japonesa mizuko significa filho das águas Os budistas japoneses acreditam que a vida flui gradualmente num organismo como a água e um mizuko um feto abortado está em algum lugar no contínuo entre a vida e a morte Orenstein 2002 Em inglês no entanto não há nenhuma palavra especial para o feto abortado e na vida norteamericana nenhum ritual para lamentar a perda As famílias os amigos e os profissionais da saúde não costumam falar sobre essas perdas que geralmente Você já perdeu o pai ou a mãe um irmão ou irmã o cônjuge um filho ou um amigo Em caso negativo quais dessas perdas imagina que seria mais difícil suportar e por quê Se já vivenciou mais de um desses tipos de perda como diferiram suas reações Papalia19indd 647 Papalia19indd 647 010213 0915 010213 0915 648 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman são consideradas insignificantes comparadas às de uma criança viva Van 2001 A dor do luto pode ser mais angustiante sem o apoio social Como pais em potencial enfrentam a perda de um filho que nunca conheceram Cada experiên cia de perda de cada pessoa ou casal é única Em um pequeno estudo 11 homens cujos filhos haviam morrido no útero disseram ter ficado desesperados com a frustração e o sentimento de impotência durante e após o parto mas vários encontraram conforto no apoio que deram à companheira Sa muelsson Radestad e Segesten 2001 Em outro estudo pais e mães que sofreram perda perceberam os cônjuges e a família estendida como os mais prestativos e os médicos como os menos prestativos Alguns se beneficiaram de um grupo de apoio outros não DiMarco Menke e McNamara 2001 Se jam casados ou vivendo juntos os casais que passam pela experiência de um aborto espontâneo antes da vigésima semana de gestação estão 22 mais propensos à separação do que casais que tiveram uma gravidez bemsucedida Quando o aborto espontâneo ocorre depois da vigésima semana de gestação o risco sobe para 40 Gold Sen e Heyward 2010 Em resposta aos desejos de muitos pais que tiveram a experiência de um parto de natimor to desde julho de 2011 em 28 estados norteamericanos foram aprovadas leis que estabelecem a emissão de certificados de nascimento para bebês natimortos reconhecendo e validando assim esses nascimentos Questões médicas legais e éticas o direito à morte As pessoas têm o direito de morrer Em caso positivo sob quais circunstâncias Devese permitir ou ajudar um doente terminal que queira cometer suicídio Deve o médico prescrever um remédio que alivie a dor mas que pode abreviar a vida do paciente E o que dizer de aplicar uma injeção letal para pôr fim ao sofrimento do paciente Quem decide que não vale a pena prolongar uma vida Essas são algumas das espinhosas questões morais éticas e legais a que estão sujeitos indivíduos famílias médicos e sociedade questões que envolvem a qualidade a natureza e as circunstâncias da morte SUICÍDIO Embora o suicídio tenha deixado de ser um crime nas sociedades modernas ainda há um estigma contra ele baseado tanto em proibições religiosas quanto no interesse da sociedade em preservar a vida Uma pessoa que expressa pensamentos suicidas pode ser considerada mentalmente doente Em contrapartida um número cada vez maior de pessoas considera a livre decisão por parte de um adulto maduro de pôr fim à sua vida uma atitude racional e um direito a ser defendido As taxas de suicídio nos Estados Unidos começaram a declinar no final da década de 1990 após uma elevação de 25 entre 1981 e 1997 entretanto um aumento significativo de 37 ocorreu entre 2006 e 2007 Sahyoun et al 2001 Xu et al 2010 com mais de 34500 pessoas tirando a própria vida em 2007 Ainda assim a taxa de suicídio nos Estados Unidos 115 mortes para cada 100 mil habitantes Xu et al 2010 é mais baixa do que em muitos outros países industrializados Kinsella e Velkoff 2001 As estatísticas provavelmente subes timam o número de suicídios muitos não são relatados e alguns como acidentes de automóvel e overdoses acidentais de medicamentos não são reconhecidos como tais Também ocorre que os números geral mente não incluem as tentativas estima se que entre 20 e 60 das pessoas nos Estados Unidos que cometem suicídio já tentaram ao menos uma vez antes e cerca de 10 daquelas que tentaram o suicídio verificador você é capaz de Identificar os desafios especí ficos envolvidos na perda do cônjuge Discutir maneiras pelas quais a perda do cônjuge ou de um dos pais por parte de um adulto pode ser uma expe riência de maturação Explicar por que é raro os pais estarem preparados emocionalmente para a morte de um filho Sugerir meios de ajudar pais a lidar com a perda na gravidez indicad r Como estão mudando as atitudes em relação ao apressamento da morte e quais são as preocupações que essas práticas fazem surgir A maioria das pessoas acredita que os terroristas suicidas são motivados pelo extremismo religioso No entanto um pequeno e polêmico grupo de pesquisadores argumenta que a motivação é simplesmente dirigida pelo mesmo desejo de cometer suicídio e os mesmos fatores de risco encontrados em outras populações clínicas Lankford 2010 Papalia19indd 648 Papalia19indd 648 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 649 provavelmente vão se matar em um prazo de 10 anos Harvard Medical School 2003 Na maioria dos países as taxas de suicídio aumentam com a idade e são mais altas entre os homens do que entre as mulheres Kinsella e Ve lkoff 2001 Nock et al 2008 embora mais mulheres que homens con siderem ou tentem o suicídio Figura 191 Mulheres jovens não casadas com pouca instrução e aquelas muito impulsivas ansiosas ou deprimidas correm maior risco de ter pensamentos e comportamento suicida Nock et al 2008 Historicamente os homens tiveram uma probabilidade maior de êxito em tirar a própria vida mas essa distância vem diminuindo muito em anos recentes e os homens têm uma probabilidade apenas ligeiramen te maior de tentar o suicídio National Survey on Drug Use and Health 2009 As taxas de suicídio entre os homens são maiores principalmente porque eles estão muito mais propensos a utilizar métodos mais confiá veis como armas de fogo ao passo que as mulheres estão mais propensas a utilizar outros meios como o envenenamento ou enforcamento Mais da metade dos suicídios bemsucedidos é por armas de fogo CDC 2007a Kung et al 2008 Miniño et al 2007 Entre os grupos raciaisétnicos homens americanos nativos e ho mens brancos são os que apresentam as maiores taxas de suicídio A probabilidade de negros idosos cometerem suicídio é de um terço da probabilidade de idosos brancos NCS 2006 talvez por causa do com prometimento religioso e de estarem acostumados a experiências desa gradáveis NCHS 1998 NIH 1999a No entanto as taxas de suicídio entre os negros especialmente os mais jovens e com menos instrução têm aumentado significativamente desde meados da década de 1980 Joe et al 2006 Devido a um recente e não explicado aumento dos suicídios na meia idade Tabela 194 as taxas de suicídio nos Estados Unidos alcançam agora um máximo em adultos da faixa dos 40 e começo dos 50 anos e depois diminuem e sobem novamente após os 75 Xu et al 2010 O suicídio de adolescentes é tratado no Capítulo 11 Um histórico de suicídio ou de tentativas de suicídio na família au menta bastante o risco de sua ocorrência Uma aparente vulnerabilidade hereditária pode estar relacionada à baixa atividade da serotonina uma substância reguladora de estados emocionais e dos impulsos no córtex préfrontal região do cérebro responsável pelo julgamento planejamento e inibição Harvard Medical School 2003 Embora algumas pessoas que pretendem se suicidar ocultem cuida dosamente seus planos a maioria dá sinais de advertência Entre essas sinalizações estão falar sobre morte ou suicídio desfazerse de objetos im portantes abuso de drogas ou de álcool e mudanças na personalidade como raiva tristeza tédio ou apatia incomuns Pessoas que estão prestes a se matar poderão negligenciar a aparência e dormir ou comer muito mais ou muito menos que o usual Geralmente apresentam sinais de depressão como uma incomum dificuldade para se concentrar perda de autoestima e sentimentos de desamparo desesperança ou pânico American College of Emergency Physicians 2008 Harvard Medical School 2003 Parentes de pessoas que tiraram a própria vida têm sido chamados de as outras vítimas do suicídio Muitos se culpam por não terem identifica do os sinais Eles reveem obsessivamente os eventos que antecederam a morte imaginando como poderiam têla impedido e se autocensuram por terem falhado Goldman e Rothschild sd Por causa do estigma asso ciado ao suicídio geralmente eles lutam sozinhos com suas emoções em vez de compartilhálas com outros que poderiam entendêlos A Tabela 195 traz uma lista de sinais de advertência para o suicídio e as medidas a serem tomadas se alguém tentar suicidarse Pensou seriamente em se suicidar 34 39 09 11 04 06 0 1 2 3 4 5 Porcentagem Fez planos para se suicidar Tentou o suicídio Homens Mulheres FIGURA 191 Pensamentos e comportamentos suicidas no ano pas sado entre adultos por gênero Fonte SMHSA 2009a A taxa mais alta de suicídio é entre homens brancos com 75 anos ou mais e o risco aumenta entre homens de 85 anos ou mais Os idosos estão mais propensos à depres são e ao isolamento social que os mais jovens Papalia19indd 649 Papalia19indd 649 010213 0915 010213 0915 650 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman APRESSANDO A MORTE Em fevereiro de 1990 aos 26 anos Terri Schiavo de repente desmaiou Sem oxigênio no cérebro ela estava numa condição que os médicos diagnosticaram como estado vegetativo persistente Nesse estado a pessoa embora tecnicamente viva não apresenta nenhuma reação e o cérebro funciona apenas de forma rudimentar O marido de Schiavo Michael insistiu em que Terri não desejaria viver naquela condição e em 1998 tentou desligar os aparelhos que a mantinham viva Os pais discorda ram quanto ao desejo de Terri e questionaram se a condição dela seria de fato irreversível Começou uma batalha judicial de sete anos que devido à acirrada polêmica sobre a questão do apressamento da morte foi marcada por uma intervenção sem precedentes do Congresso no processo Finalmente a Suprema Corte aceitou a decisão dos tribunais inferiores de que Terri não tinha nenhuma esperança de recuperação Em março de 2005 removeuse a sonda que alimentava Terri e ela morreu menos de duas semanas depois Annas 2005 Até algumas décadas atrás a ideia de ajudar um ente querido que sofre a abreviar a própria vida era praticamente desconhecida A mudança de atitudes em relação a esse tipo de ajuda pode ser atri buída em grande parte à reação contra tecnologias que mantêm os pacientes vivos contra a vontade apesar de intenso sofrimento e às vezes depois que o cérebro para todos os fins práticos parou de funcionar A morte de Terri Schiavo foi um exemplo de eutanásia passiva suspender ou interromper tra tamento que poderia estender o tempo de vida de um paciente terminal como por exemplo medica ção sistemas de suporte à vida ou sondas de nutrição Por outro lado na eutanásia ativa por vezes chamada de assassinato por misericórdia a ação é cometida direta e deliberadamente para abreviar a vida Eutanásia significa boa morte ambos os tipos de eutanásia têm como objetivo pôr fim ao sofrimento ou permitir que um doente terminal morra com dignidade No entanto a eutanásia ativa geralmente é ilegal a eutanásia passiva em algumas circunstâncias não é Uma questão importante relativa a ambas as formas de eutanásia é se elas são voluntárias ou seja se são feitas por causa de um pedido direto ou para cumprir um desejo da pessoa Autorização antecipada O caso de Terri Schiavo poderia ter sido muito diferente caso ela tivesse deixado instruções escritas sobre o seu desejo A Suprema Corte dos Estados Unidos no caso de Nancy Cruzan sustentou que uma pessoa cujo desejo é claramente conhecido tem o direito consti tucional de recusar ou interromper tratamento de manutenção da vida Cruzan v Director Missouri Department of Health 1990 O desejo de uma pessoa mentalmente sã pode ser expresso de antemão O lugar mais conhecido no mundo para o suicídio é a ponte Golden Gate em São Francisco Califórnia Fleming 2010 eutanásia passiva Retirada ou interrupção deliberada do tratamento que prolonga a vida de um doente terminal de modo a pôr fim ao sofrimento ou permitir uma morte com dignidade eutanásia ativa Ação deliberada para abreviar a vida de um doente terminal de modo a pôr fim ao sofrimento ou permitir uma morte com dignidade também chamada de assassinato por misericórdia TABELA 194 Mudanças nas taxas de suicídio por idade Estados Unidos 19992003 As taxas de suicídio atingiram um máximo entre pessoas de meiaidade enquanto diminuíram para os idosos cujo risco no entanto continua sendo o mais alto Taxa de suicídio por 100 mil pessoas Faixa etária Taxa em 1999 Taxa em 2003 15 a 24 101 97 25 a 34 127 130 35 a 44 143 156 45 a 54 139 177 55 a 64 122 155 65 a 74 134 126 75 a 84 181 163 85 ou mais 193 156 Fonte Xu et al 2010 Papalia19indd 650 Papalia19indd 650 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 651 em um documento chamado autorização antecipada testamento em vida que contém instru ções para quando e como interromper uma assistência médica ineficaz Todos os 50 estados norte americanos desde então legalizaram alguma forma de autorização antecipada ou adotaram outros procedimentos relativos às decisões de pôr fim a vida Um testamento em vida poderá conter instruções específicas sobre as circunstâncias em que o tratamento deve ser interrompido quais as medidas extraordinárias se precisar de alguma a serem tomadas para prolongar a vida e qual o tipo desejado de gerenciamento da dor Uma pessoa também Na época da morte mais de um quarto dos pacientes idosos é incapaz de tomar decisões sobre assistência médica Isso mostra por que as discussões a respeito do fim da vida são importantes por mais difíceis que possam ser Silveira Kim e Langa 2010 autorização antecipada testamento em vida Documento que especifica o tipo de as sistência desejada pela pessoa em caso de incapacitação ou doença terminal TABELA 195 Prevenção contra o suicídio Sinais de alerta do suicídio Depressão e muita tristeza Sentimentos de desesperança inutilidade ou falta de propósito na vida e também perda de interesse ou do prazer em fazer as coisas Preocupação com a morte ou com a violência ou expressar o desejo de morrer Procurar medicamentos armas ou outros meios para cometer suicídio Grandes oscilações de humor num dia se sente extremamente animado e no outro profunda mente triste Sentimentos de muita agitação fúria raiva incontrolada ou desejo de se vingar Mudanças envolvendo hábitos alimentares sono aparência comportamento ou personalidade Comportamento arriscado ou autodestrutivo tais como dirigir com imprudência ou consumir drogas ilegais Tranquilidade repentina sinal de que a pessoa tomou a decisão de tentar o suicídio Crises traumas ou contratempos na vida incluindo problemas na escola no trabalho ou rela cionamento perda de emprego divórcio morte de um ente querido dificuldades financeiras diagnóstico de doença terminal Resolver coisas pendentes desfazerse de pertences visitar membros da família e amigos redi gir um testamento ou escrever uma nota de suicídio Se alguém tentar o suicídio Fique calmo Leve a tentativa a sério Não deixe a pessoa sozinha Evite que tenha acesso a armas de fogo facas medicamentos ou qualquer outra coisa que possa ser usada para cometer suicídio Não tente lidar com a situação sozinho Ligue para 190 ou para o telefone local de emergência Ligue para o médico da pessoa para a polícia ou para outros que sejam treinados para ajudar nesses casos Enquanto espera por ajuda ouça atentamente o que a pessoa tem a dizer Mantenha sempre contato visual chegue mais perto ou segure sua mão se for apropriado para que ela perceba que você está ouvindo Faça perguntas para saber qual o método de suicídio que a pessoa está considerando e se ele ou ela tem um plano organizado Diga à pessoa que ela terá ajuda Se a pessoa tentar suicidarse chame imediatamente a assistência médica de emergência e ad ministre os primeiros socorros se necessário Fonte Adaptado do American College of Emergency Physicians 2008 Papalia19indd 651 Papalia19indd 651 010213 0915 010213 0915 652 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman pode especificar por meio de um cartão de doador ou uma assinatura no verso da carteira de habilita ção que seus órgãos sejam doados a alguém que precise de um transplante O planejamento desses cuidados antecipados é benéfico não só para o moribundo mas também para a família A decisão sobre um plano de ação no caso de morte iminente proporciona melhores cuidados no fim da vida e resulta em níveis mais altos de satisfação para a família e menos estresse ansiedade e depressão para os membros da família do paciente terminal Detering et al 2010 Algumas leis sobre testamento em vida aplicamse apenas a pacientes termi nais não àqueles que estejam incapacitados por doença ou ferimento mas que podem viver muitos anos com dores agudas Nem tampouco as autorizações antecipadas aju dam muitos pacientes em coma ou em es tado vegetativo persistente Essas situações são cobertas por uma procuração com vi gência indeterminada que aponta outra pessoa para tomar decisões se o autor do documento tornarse incapacitado a fazêlo No entanto mesmo com autorização anteci pada muitos pacientes têm se submetido a tratamentos longos e inúteis contra a sua vontade expressa SUPPORT Principal Investigators 1995 Essas situações levaram a Associação Médica NorteAmericana a formar uma ForçaTarefa sobre Assistência Qualificada no Final da Vida Agora muitos hospitais dispõem de comitês de ética que criam diretrizes analisam casos e ajudam médicos pacientes e suas famílias a tomar decisões sobre a assistência no final da vida Simpson 1996 e alguns hospitais utilizam consultores de ética em tempo integral Suicídio assistido prós e contras O suicídio assistido quando um médico ou outra pes soa qualquer ajuda alguém a provocar a própria morte por exemplo prescrevendo ou obtendo medicamentos ou permitindo que o paciente inale um gás letal geralmente referese a situações em que pessoas com doenças terminais incuráveis solicitam ajuda para pôr fim à vida O suicídio assistido ainda é ilegal na maioria dos lugares mas recentemente tem sido tema de debate público Aparentemente é semelhante em princípio à eutanásia ativa voluntária em que o paciente por exemplo solicita e recebe uma injeção letal mas no suicídio assistido a própria pessoa que quer morrer executa o ato O suicídio assistido é ilegal em muitos países mas geralmente ocorre de maneira velada sem regulamentação As leis opõemse a que o médico ajude a apressar a morte pois se trata de algo con trário ao juramento do profissional de não causar nenhum dano Os médicos têm permissão para ministrar medicamentos que possam abreviar a vida se o objetivo for aliviar a dor Gostin 1997 Quill Lo e Brock 1997 mas alguns se recusam por razões de ética médica pessoal APA 2001 Os argumentos éticos a favor do suicídio assistido baseiamse nos princípios da autonomia e da autodeterminação pessoas mentalmente competentes devem ter o direito de controlar sua própria vida o momento e a natureza de sua morte Aqueles que defendem o suicídio assistido atribuem um alto valor à preservação da dignidade e personalidade do ser humano que está morrendo Os argu mentos clínicos sustentam que o médico é obrigado a tomar todas as medidas necessárias para aliviar o sofrimento Além disso no suicídio assistido o paciente é aquele que toma a iniciativa de pôr fim à vida Um dos argumentos legais é que legalizando o suicídio assistido permitese a regulamentação de práticas que hoje ocorrem de qualquer maneira para o paciente que sofre Argumentase que pro teções adequadas contra abusos podem ser implementadas mediante uma combinação de legislação e regulamentação profissional APA 2001 Alguns acadêmicos da área ética e da área jurídica vão ainda mais longe Eles são a favor da lega lização de todas as formas de eutanásia voluntária com salvaguardas contra a eutanásia involuntária A questão fundamental segundo esses acadêmicos não é como a morte ocorre mas quem toma a de cisão Eles não veem nenhuma diferença em princípio entre desligar um respirador retirar as sondas de nutrição dar uma injeção letal ou prescrever uma overdose de pílulas a pedido do paciente Susten tam que a prática de ajudar a morrer se abertamente disponível reduziria o medo e o sentimento de Desde maio de 2011 mais de 110500 pessoas esperam pela doação de um órgão nos Estados Unidos e a necessidade é particularmente aguda para candidatos pertencentes às minorias Você doaria um órgão para um amigo ou membro da família que precisasse E para um estranho Por que ou por que não The need is real sd procuração com vigência indeterminada Instrumento legal que elege um indi víduo para tomar decisões em caso de incapacitação da outra pessoa suicídio assistido Suicídio em que um médico ou qual quer outra pessoa ajuda alguém a tirar a própria vida Papalia19indd 652 Papalia19indd 652 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 653 impotência permitindo aos pacientes controlar seu próprio destino APA 2001 Brock 1992 Epstein 1989 Orentlicher 1996 Os argumentos éticos contra o suicídio concentramse em dois princípios 1 a crença de que tirar uma vida mesmo com consentimento é errado e 2 a preocupação com a proteção aos menos favorecidos Os oponentes do suicídio assistido apontam para o fato de que a autonomia geralmente é limitada pela pobreza ou incapacidade ou por fazer parte de grupo social estigmati zado e eles temem que pessoas dessas categorias possam ser sutilmente pressionadas a escolher o suicídio sendo a contenção de custo um fator subjacente Os argumentos clínicos incluem a possibilidade de erro no diagnóstico uma potencial disponibilidade futura de novos tratamentos a probabilidade de prognóstico incorreto e a crença de que ajudar alguém a morrer é incompatível com o papel do médico como aquele que cura além de não ser possível garantir salvaguardas ade quadas Os argumentos legais contra o suicídio assistido incluem a preocupação com a execução de salvaguardas e com processos legais quando membros da família discordam sobre o poder de pôr fim a uma vida APA 2001 Como as pílulas autoadministradas nem sempre funcionam alguns oponentes afirmam que o sui cídio assistido pelo médico levaria à eutanásia ativa voluntária Groenewoud et al 2000 O próximo passo na descida ao abismo advertem alguns seria a eutanásia involuntária não só para os doentes terminais mas também para outros como pessoas com necessidades especiais cuja qualidade de vida é percebida como reduzida Os oponentes alegam que pessoas que querem morrer costumam estar temporariamente deprimidas e poderiam mudar de ideia com tratamento ou cuidados paliativos APA 2005 Butler 1996 Hendin 1994 Latimer 1992 Quill et al 1997 Simpson 1996 P A Singer 1988 P A Singer e Siegler 1990 Legalização da ajuda médica para morrer Desde 1997 quando por unanimidade a Suprema Corte dos Estados Unidos deixou a regulamentação da ajuda médica para morrer a cargo dos estados da federação medidas para legalizar essa prática para os doentes terminais têm sido introduzidas em vários estados Oregon foi o primeiro estado a aprovar uma lei dessa natureza a Lei da Morte com Dignidade DWDA na sigla em inglês Em 1994 os habitantes desse estado votaram por deixar pa cientes mentalmente competentes já informados por dois médicos de que têm menos de seis meses de vida solicitar uma prescrição letal com sólidas salvaguardas garantindo que o pedido é sério e voluntário e que todas as alternativas foram consideradas Em janeiro de 2006 a Suprema Corte dos Estados Unidos manteve a lei de Oregon Gostin 2006 Greenhouse 2005 Como tem sido a experiência sob a lei de Oregon A legalização do suicídio assistido tem resul tado em melhorias aos cuidados paliativos e aumento no número de mortes que ocorrem em casa e não no hospital Steinbrook 2008 Desde que a DWDA foi implementada houve um registro de 460 pacientes terminais que tiraram a própria vida 53 deles em 2009 As preocupações mencionadas com mais frequência pelos pacientes que requisitaram e utilizaram as prescrições letais foram a perda de autonomia 97 perda da dignidade 92 e perda da capacidade de participar de atividades que tornam a vida agradável 86 Oregon Health Authority sd A eutanásia ativa continua sendo ilegal nos Estados Unidos mas não na Holanda onde em 2002 foi aprovada uma lei permitindo a eutanásia voluntária para pacientes em estado de sofrimento contínuo insuportável e incurável Nesses casos os médicos podem agora injetar uma dose letal de medicamento Em 2005 segundo registros 18 das mortes na Holanda resultaram de eutanásia ou de suicídio assistido Van der Heide et al 2007 Antes de 2002 tanto o suicídio assistido quanto a eutanásia ativa eram tecnicamente ilegais na Holanda mas os médicos envolvidos nessa prática podiam evitar um processo com a estrita condição de fazer um relatório e permitir a supervisão do governo Simons 1993 Situação semelhante ainda existe na Suíça e na Bélgica Steinbrook 2008 Na França uma lei aprovada em fevereiro de 2006 autoriza os médicos a suspender tratamentos desnecessários ou a intensificar o alívio da dor mesmo se essas decisões não intencionalmente apressarem a morte Em muitos casos o suicídio assistido ocorre independentemente das leis contra essa prática clandestina Steinbrook 2008 Decisões sobre o fim da vida e atitudes culturais É difícil comparar a experiência da Holanda que tem uma população homogênea e uma assistência médica universal com a de outros países gran des e diversificados No entanto com o crescente número de norteamericanos a favor da eutanásia para o paciente incurável e que quer morrer alguns médicos concordaram em auxiliar pacientes que Em setembro de 1996 um australiano de 66 anos com câncer de próstata em estágio avançado foi a primeira pessoa a morrer legalmente por suicídio assistido Papalia19indd 653 Papalia19indd 653 010213 0915 010213 0915 654 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman solicitam ajuda para apressar a morte Em pesquisa feita com 1902 médicos cujas es pecialidades envolvem assistência a doentes terminais constatouse que daqueles que haviam recebido pedidos de ajuda para suicí dio 18 ou de injeções letais 11 cerca de 7 haviam consentido pelo menos uma vez Meier et al 1998 O primeiro estudo representativo sobre decisões no fim da vida em seis países euro peus Bélgica Dinamarca Holanda Itália Suécia e Suíça constatou importantes dife renças culturais Em todos os seis países os médicos relataram ter retido ou retirado o tratamento que prolonga a vida na maior parte das vezes medicamentos seguidos de hidratação e nutrição mas a frequência variou muito de 41 de mortes na Suíça para 6 na Itália Bosshard et al 2005 Formas ativas de morte assistida por médico predominaram mais na Holanda e na Bélgica van der Heide et al 2003 Em um posterior levantamento feito com médicos desses mesmos seis países as mortes assistidas diretamente por eles foram raras mas entre um quarto e metade de todas as mortes 23 na Itália 51 na Suíça os médicos tomaram decisões que apressaram a morte como a sedação profunda às vezes acompanhada da suspensão da nutrição e hidratação artificiais Bilsen Cohen e Deliens 2007 A maioria dos norteamericanos 84 aproximadamente apoia o direito do paciente terminal de decidir se quer ou não ser mantido vivo com tratamento clínico e cerca de 70 concordam em que há circunstâncias nas quais se deve deixar a pessoa morrer Somente 22 dos norteamericanos acreditam que sempre deve ser feito todo o possível para salvar a vida do paciente Parker 2009a Opções para o fim da vida e diversidade cultural Um dos resultados positivos da controvérsia em torno do auxílio médico para morrer foi destacar a necessidade de cuidados paliativos de melhor qualidade e mais atenção para a motivação e o estado mental do paciente Quando os médicos falam abertamente com os pacientes sobre seus sintomas físicos e mentais suas expectativas seus medos e objetivos suas opções para a assistência no fim da vida suas preocupações com a família e sua neces sidade por qualidade de vida podemse encontrar meios de diminuir essas preocupações sem tirar a vida Bascom e Tolle 2002 Nos Estados Unidos com sua população etnicamente diversificada as questões relativas à di versidade social e cultural precisam ser levadas em conta na decisão sobre o fim da vida O planeja mento para a morte é incompatível com os valores tradicionais dos navajo que evitam pensamentos e conversas negativas As famílias chinesas talvez tentem proteger a pessoa que está morrendo de informações desfavoráveis o que inclui o conhecimento de sua morte iminente Imigrantes mexi canos e coreanos talvez acreditem menos em autonomia individual do que se costuma acreditar na cultura norteamericana dominante Entre alguns grupos minoritários étnicos o valor da longevidade poderá ter prioridade sobre a saúde Tanto os afroamericanos quanto os norteamericanos de origem hispânica por exemplo estão mais propensos que os norteamericanos de origem europeia a preferir tratamento que prolongue a vida independentemente do estado da doença e do nível educacional do paciente APA Working Group on Assisted Suicide 2005 As questões relativas ao apressamento da morte tornamse mais prementes à medida que a po pulação envelhece No futuro tanto os tribunais quanto o público serão forçados a lidar com essas questões à medida que um número cada vez maior de pessoas reclamar o direito de morrer com dignidade e com ajuda Encontrando significado e propósito para a vida e para a morte A luta para encontrar significado na vida e na morte geralmente dramatizada nos livros e nos filmes tem sido confirmada pela pesquisa Estudos sobre a religião e a morte constataram que essas crenças O escritor Aldous Huxley mais conhecido pelo romance distópico Admirável Mundo Novo morreu sob efeito de uma injeção intramuscular de LSD que lhe foi aplicada pela esposa a pedido dele verificador você é capaz de Explicar por que a intenção de cometer suicídio às vezes não é identificada e citar alguns sinais de advertência Discutir as questões éticas práticas e legais envolvidas nas autorizações antecipadas na eutanásia e no suicídio assistido indicad r Como as pessoas podem superar o medo de morrer e aceitar a morte Você acha que o suicídio assistido deveria ser legalizado Em caso afirmativo quais as salvaguardas a serem providenciadas Suas respostas seriam as mesmas ou diferentes para a eutanásia ativa voluntária Você vê uma distinção ética entre a eutanásia e a supersedação do paciente terminal Papalia19indd 654 Papalia19indd 654 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 655 geralmente são benéficas para os que estão morrendo Edmondson et al 2008 Em um estudo en volvendo 39 mulheres cuja média de idade era de 76 anos aquelas que viam mais propósito na vida tinham menos medo da morte Durlak 1973 Inversamente segundo KüblerRoss 1975 enfrentar a realidade da morte é a chave para viver uma vida que faz sentido É a negação da morte que é parcialmente responsável pela vida vazia e sem propósito das pessoas pois quando se vive como se fosse viver para sempre é fácil adiar as coisas que o indivíduo sabe que deve fazer Em contrapartida quando você entende plenamente que cada dia em que você acorda pode ser o último da sua vida você aproveita o dia para cres cer para se tornar mais daquilo que realmente é para se comunicar com outros seres hu manos p 164 REAVALIAÇÃO DE VIDA Em Conto de Natal de Charles Dickens Scrooge muda o seu jeito ganancioso e insensível depois de ter visões fantasmagóricas do passado do presente e de sua morte futura No filme A Felicidade não se Compra quando um anjo ajuda George Bailey representado por Jimmy Stewart a ver o mundo sem ele George este percebe como a vida é cheia de significado Esses personagens fictícios dão mais significado ao que resta de suas vidas por meio de uma reavaliação de vida um processo de recorda ção que permite à pessoa ver a importância de sua própria vida É claro que a reavaliação de vida pode ocorrer a qualquer momento No entanto poderá ter um significado especial na velhice quando é capaz de promover a integridade do ego segundo Erikson a última tarefa crítica de toda uma vida À medida que se aproxima o fim de sua jornada a pessoa poderá olhar para trás e ver onde teve sucesso e onde falhou e perguntarse qual foi o significado de sua vida A consciência da mortalidade pode servir como impulso para reexaminar valores e ver experiências e ações sob uma nova perspectiva Algumas pessoas encontram disposição para concluir tarefas inacabadas como reconciliarse com membros da família e com amigos com os quais haviam brigado e assim realizar uma conclusão satisfatória Nem todas as lembranças favorecem a saúde mental e o crescimento Idosos que fazem uso da recordação para a autocompreensão demonstram uma integridade mais sólida do ego enquanto aque les que se entretêm apenas com memórias agradáveis demonstram menos Os menos adaptados são aqueles que continuam recordando eventos negativos e ficam obcecados com remorsos desesperança e medo da morte a integridade do ego dá lugar ao desespero Sherman 1993 Walasky Whitbourne e Nehrke 19831984 A terapia de reavaliação de vida pode ajudar a pessoa a se concentrar no processo natural de retrospecção tornandoo mais consciente intencio nal e eficiente Butler 1961 M L Lewis e Butler 1974 Os métodos geralmente utilizados para tra zer à tona lembranças nessa terapia que também podem ser usados pelos próprios indivíduos in cluem gravação de uma autobiografia construção de uma árvore genealógica passar o tempo vendo álbuns de recortes ou de fotografias velhas cartas e outros objetos antigos fazer uma viagem de volta a cenas da infância e da juventude reuniões com ex colegas de escola ou de trabalho ou com membros distantes da família descrever tradições étnicas e resumir o trabalho de sua vida DESENVOLVIMENTO UM PROCESSO PARA A VIDA TODA Já com quase 80 anos o artista PierreAuguste Re noir tinha artrite incapacitante e bronquite crônica e havia perdido a esposa Ele passava os dias numa cadeira de rodas e sua dor era tão grande que ele não conseguia dormir à noite Era incapaz de segu Alguns teóricos sugeriram que uma das principais funções da religião é proporcionar consolo frente à certeza da morte Edmondson et al 2008 reavaliação de vida Recordação da vida da pessoa para ver a sua importância Compartilhar lembranças evocadas por um álbum de fotografias é uma das maneiras de reavaliar a vida A reavaliação de vida pode ajudar as pessoas a recordar eventos importantes podendo motiválas a reconstruir relações aba ladas ou concluir tarefas pendentes Papalia19indd 655 Papalia19indd 655 010213 0915 010213 0915 656 Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman resumo e palavraschave Os diversos significados da morte e do morrer Como as atitudes e os costumes referentes à morte diferem entre as culturas e quais são as implicações da revolução da mortalidade em países desenvolvidos A morte tem aspectos biológicos sociais culturais histó ricos religiosos legais psicológicos éticos clínicos e de desenvolvimento Os costumes que envolvem a morte e o luto variam bas tante de uma cultura para outra e dependem da visão que uma sociedade tem da natureza e das consequên cias da morte Alguns costumes modernos evoluíram a partir de crenças e práticas antigas As taxas de mortalidade diminuíram drasticamente duran te o século XX principalmente nos países desenvolvidos Nos Estados Unidos quase três quartos das mortes ocor rem entre os idosos e as principais causas são doenças que afetam principalmente adultos mais velhos À medida que a morte foi se tornando um fenômeno da última fase da idade adulta passou a ser em grande par te invisível a assistência aos doentes terminais é presta da por profissionais e ocorre em isolamento Agora há um surto de interesse em compreender e lidar de modo realista e compassivo com a morte Exemplos dessa tendência são o crescente interesse pela tanatologia e uma ênfase cada vez maior na assis tência ao doente terminal e nos cuidados paliativos ou de consolo tanatologia 637 assistência ao doente terminal 637 cuidados paliativos 637 Enfrentando a morte e as perdas Como as pessoas lidam com o morrer e como elas lamentam suas perdas As pessoas costumam passar por declínios cognitivos e funcionais pouco antes da morte Algumas pessoas que estiveram próximas de morrer têm experiências de quasemorte que podem resultar de alterações fisiológicas Elisabeth KüblerRoss propôs cinco estágios perante a morte negação raiva barganha depressão e aceitação Esses estágios e sua sequência não são universais Não há nenhum padrão universal de luto O padrão mais amplamente estudado vai do choque e descrença até a preocupação com a memória da pessoa morta e finalmente à solução No entanto a pesquisa constatou amplas variações e a predominância da resiliência indicad r indicad r rar uma paleta ou um pincel ele tinha que amarrar o pincel na mão direita No entanto continuou produzindo pinturas brilhantes cheias de cores e de uma vida vibrante Finalmente acometido de pneumonia ficava na cama admirando algumas anêmonas que seu ajudante havia colhido Reuniu força suficiente para rascunhar a forma dessas lindas flores e então pouco antes de morrer recostouse na cama e sussurrou Acho que estou começando a entender alguma coisa sobre isso L Hanson 1968 Mesmo o morrer pode ser uma experiência de desenvolvimento Como disse um profissional da saúde Há coisas a serem ganhas e realizadas quando se morre O tempo com e para aqueles que nos são próximos a realização de um derradeiro e duradouro senso de autovalor e estar preparado para se desligar são elementos inestimáveis de uma boa morte Weinberger 1999 Em um tempo de vida limitado ninguém pode realizar todas as capacidades satisfazer a todos os desejos explorar todos os interesses ou experimentar todas as possibilidades que a vida tem para oferecer A tensão entre as possibilidades de crescimento e o tempo finito em que ocorre o crescimen to define a vida humana Escolhendo as possibilidades das quais vai se ocupar e dedicandose a elas o máximo possível até o derradeiro momento cada pessoa contribui para a história inacabada do desenvolvimento humano verificador você é capaz de Explicar por que a reavalia ção de vida pode ser útil na velhice e como pode ajudar a superar o medo da morte Dizer quais são os tipos de lembranças mais favoráveis a uma reavaliação de vida Citar várias atividades utiliza das na terapia de reavaliação de vida Explicar como o morrer pode ser uma experiência de de senvolvimento Papalia19indd 656 Papalia19indd 656 010213 0915 010213 0915 Desenvolvimento Humano 657 A compreensão das crianças em relação à morte de senvolvese gradualmente Crianças pequenas podem entender melhor a morte se esta fizer parte de sua pró pria experiência As crianças demonstram a dor do luto de acordo com a idade e com base no desenvolvimento cognitivo e emocional Embora os adolescentes geralmente não pensem muito sobre a morte a violência e a ameaça da morte fazem parte da rotina diária de alguns deles Adolescentes ten dem a assumir riscos desnecessários declínio terminal 638 perda 639 luto 640 elaboração do luto 640 Perdas significativas Quais são as dificuldades específicas quando se perde o cônjuge os pais um filho ou no caso de um aborto espontâneo As mulheres têm maior probabilidade de ficarem viúvas e podem com menos idade do que os homens vivenciar a viuvez de maneira um pouco diferente A saúde física e mental tende a declinar após a viuvez mas para algumas pessoas a viuvez pode finalmente tornarse uma expe riência positiva de desenvolvimento A morte de um dos pais pode precipitar mudanças na identidade e no relacionamento com os outros A perda de um filho pode ser difícil porque foge à norma Como o aborto espontâneo e o parto de natimorto ge ralmente não são considerados perdas significativas na sociedade norteamericana as pessoas que experimen tam esse tipo de perda geralmente têm de lidar com isso sozinhas Questões médicas legais e éticas o direito à morte Como estão mudando as atitudes em relação ao apressamento da morte e quais são as preocupações que essas práticas fazem surgir Embora o suicídio não seja mais ilegal nas sociedades modernas ainda há um estigma associado a ele Algumas pessoas defendem o direito de morrer principalmente aquelas que têm doenças degenerativas de longo prazo O número de suicídios provavelmente é subestimado Frequentemente está relacionado à depressão ao iso lamento conflitos familiares problemas financeiros e doenças debilitantes Há muito mais tentativas de suicí dio do que mortes efetivas A eutanásia e o suicídio assistido envolvem questões éti cas médicas e legais controversas Para evitar sofrimento desnecessário por meio do pro longamento artificial da vida a eutanásia passiva geral mente é permitida com o consentimento do paciente ou com autorização antecipada Entretanto essa autori zação nem sempre é seguida Atualmente a maioria dos hospitais tem comitês de ética para lidar com decisões sobre os cuidados no fim da vida A eutanásia ativa e o suicídio assistido geralmente são ilegais mas o apoio público ao médico que ajuda o paciente a morrer tem aumentado O estado americano de Oregon tem uma lei que permite o suicídio assistido por um médico para doentes terminais A Holanda e a Bélgica legalizaram tanto a eutanásia quanto o suicídio assistido Retirar ou abrir mão do tratamento de recémnascidos que não podem sobreviver ou que podem fazêlo apenas com uma qualidade de vida extremamente precária está se tornando uma prática mais aceita do que no passado principalmente em alguns países europeus A controvérsia em torno da ajuda para morrer tem focali zado mais atenção na necessidade de melhores cuidados paliativos e na compreensão do estado mental do pa ciente Questões relativas à diversidade social e cultural precisam ser consideradas eutanásia passiva 650 eutanásia ativa 650 autorização antecipada testamento em vida 651 procuração com vigência indeterminada 652 suicídio assistido 652 Encontrando significado e propósito para a vida e para a morte Como as pessoas podem superar o medo de morrer e aceitar a morte Quanto mais significado e propósito a pessoa encontrar em sua vida menos ela tenderá a temer a morte A reavaliação de vida pode ajudar as pessoas a se pre pararem para a morte e darlhes uma última chance de concluir tarefas inacabadas Até mesmo o morrer pode ser uma experiência de de senvolvimento reavaliação de vida 655 indicad r indicad r indicad r Papalia19indd 657 Papalia19indd 657 010213 0915 010213 0915 Glossário abismo visual Aparato projetado para dar a ilusão de profundidade e utilizado para avaliar a percepção de profundidade em bebês abordagem behaviorista Abordagem ao estudo do desenvolvimento cognitivo cuja preo cupação é conhecer os mecanismos básicos da aprendizagem abordagem da linguagem integral Ensino da leitura enfatizando a recuperação visual e o uso de sugestões contextuais abordagem da neurociência cognitiva Abor dagem ao estudo do desenvolvimento cognitivo que vincula os processos cerebrais aos processos cognitivos Abordagem de imersão na lingua inglesa Abordagem ao ensino do inglês como segunda língua na qual a instrução é apresentada apenas em inglês abordagem do processamento de informação 1 Abordagem do estudo do desenvolvimento cognitivo que observa e analisa os processos mentais envolvidos na percepção e no trata mento da informação 2 Abordagem ao estudo do desenvolvimento cognitivo que analisa os processos envolvidos na percepção e no trata mento da informação abordagem fonética com ênfase no código Ensino da leitura enfatizando a decodificação de palavras desconhecidas abordagem piagetiana Abordagem ao estudo do desenvolvimento cognitivo que descreve es tágios qualitativos no funcionamento cognitivo abordagem psicométrica Abordagem ao estu do do desenvolvimento cognitivo que procura medir a inteligência quantitativamente abordagem sociocontextual Abordagem ao es tudo do desenvolvimento cognitivo que focaliza as influências ambientais particularmente os pais e outros cuidadores abordagem tipológica Abordagem teórica que identifica tipos ou estilos amplos de persona lidade aborto espontâneo Expulsão natural do útero sofrida por um embrião que não pode sobrevi ver fora do útero abuso de substâncias químicas Uso repetido e prejudicial de uma substância química geral mente álcool ou outras drogas abuso físico Ação deliberada para pôr em peri go outra pessoa e que envolve possíveis danos corporais abuso sexual Atividade sexual física e psico logicamente prejudicial ou qualquer atividade sexual que envolve uma criança e uma pessoa mais velha ácido desoxirribonucleico DNA Substância química que carrega instruções herdadas para o desenvolvimento de todas as formas de vida celular acomodação Termo de Piaget para as mudanças numa estrutura cognitiva existente para incluir novas informações acomodação da identidade Termo de Whitbourne para o ajustamento do autoconcei to para adequarse a novas experiências aconselhamento genético Serviço clínico que aconselha futuros pais sobre seus prováveis ris cos de ter filhos com defeitos hereditários adaptação Termo de Piaget para a adaptação a novas informações sobre o ambiente obtida por meio dos processos de assimilação e aco modação adequação da educação Adequação das exi gências e restrições ambientais ao temperamen to da criança adolescência Transição no desenvolvimento en tre a infância e a vida adulta que impõe grandes mudanças físicas cognitivas e psicossociais afirmação de poder Estratégia disciplinar desti nada a desencorajar comportamento indesejável através da aplicação física ou verbal do controle parental agressão explícita direta Agressão aberta mente direcionada ao seu alvo agressão instrumental Comportamento agres sivo utilizado como um meio de atingir um objetivo agressão relacional social ou indireta Agressão com o intuito de prejudicar ou interfe rir no relacionamento reputação ou bemestar psicológico de outra pessoa alcoolismo Doença crônica envolvendo depen dência do uso de álcool que causa interferência no funcionamento normal e no cumprimento de obrigações alelos Duas ou mais formas alternativas de um gene que ocupa a mesma posição em cromos somos emparelhados e que afetam o mesmo traço alfabetização emergente Desenvolvimento de habilidades conhecimento e atitudes de crianças em idade préescolar subjacentes à capacidade de leitura e escrita altruísmo Comportamento que visa ajudar os outros motivado por uma preocupação interior e sem expectativa de recompensa externa pode envolver autonegação e autossacrifício ambiente Totalidade das influências não hereditárias ou experienciais sobre o desenvol vimento amostra Grupo de participantes escolhidos para representar toda uma população a ser estudada andaime Suporte temporário para ajudar uma criança a realizar uma tarefa andaime conceitual Apoio temporário para ajudar uma criança a dominar uma tarefa animismo Tendência a atribuir vida a objetos inanimados anorexia nervosa Transtorno da alimentação caracterizado pela autoinanição anóxia Falta de oxigênio que pode causar dano cerebral ansiedade de separação Aflição demonstrada por alguém geralmente um bebê na ausência do cuidador familiar ansiedade diante de estranhos Cautela diante de pessoas e lugares desconhecidos demonstra da por alguns bebês durante a segunda metade do primeiro ano de vida apego Vínculo recíproco e duradouro entre duas pessoas especialmente entre bebê e cuidador cada um contribuindo para a qualidade do relacionamento apego ambivalente resistente Padrão em que o bebê tornase ansioso antes da ausência do cuidador principal fica extremamente per turbado com sua ausência e ao mesmo tempo em que procura o cuidador quando este retor na resiste ao contato apego desorganizadodesorientado Padrão em que o bebê após a ausência do principal cuidador demonstra comportamentos contradi tórios repetitivos ou mal direcionados quando ele volta apego evitativo Padrão em que o bebê rara mente chora quando separado do cuidador prin cipal evitando o contato quando ele retorna apego seguro Padrão em que o bebê chora ou protesta quando o cuidador principal se ausenta procurandoo ativamente quando ele retorna aprendizagem observacional Aprendizagem por meio da observação do comportamento dos outros aprendizagem simultânea bilíngue Abor dagem ao ensino da segunda língua na qual os estudantes que estão aprendendo inglês e aqueles que têm o inglês como língua materna aprendem juntos em ambas as línguas armazenamento Retenção da informação na memória para uso futuro arteterapia Abordagem terapêutica que permite à pessoa expressar sentimentos perturbadores sem o uso de palavras com diversos materiais e mídias artísticos asma Doença respiratória crônica caracterizada por ataques repentinos de tosse chiados e difi culdade para respirar assimilação da identidade Termo de Whitbourne para o esforço de adaptar uma nova experiência a um autoconceito existente assimilação Termo de Piaget para a incorpo ração de novas informações em uma estrutura cognitiva existente assistência ao doente terminal Assistência afetuosa e pessoal centrada no paciente e em sua família para indivíduos com doença terminal associação rápida Processo pelo qual uma criança absorve o significado de uma palavra nova após ouvila uma ou duas vezes em uma conversa associações representativas Na terminologia neopiagetiana segundo estágio no desenvolvi 1Papaliaglossario2indd 659 1Papaliaglossario2indd 659 010213 1119 010213 1119 660 Glossário mento da autodefinição no qual a criança faz conexões lógicas entre aspectos de sua identida de mas ainda vê essas características em termos de tudo ou nada atividades diárias da vida ADVs Atividades essenciais que são a base da sobrevivência como alimentarse vestirse banharse e realizar tarefas domésticas autoconceito 1 Senso de identidade quadro mental descritivo e valorativo de nossas capaci dades e traços 2 Senso de identidade quadro mental descritivo e avaliativo das próprias capa cidades e traços autoconsciência Percepção de que a própria existência e funcionamento estão separados dos de outras pessoas e coisas autodefinição Conjunto de características usa das para descrever a própria pessoa autoeficácia Percepção que a pessoa tem de sua própria capacidade de vencer desafios e atingir metas autoestima Julgamento que um indivíduo faz sobre seu valor pessoal autoimunidade Tendência de um corpo enve lhecido a confundir seus próprios tecidos com invasores externos atacandoos e destruindoos autonomia versus vergonha e dúvida Para Erikson é o segundo estágio do desenvolvi mento psicossocial quando a criança atinge o equilíbrio entre a autodeterminação e o contro le por parte de outros autorização antecipada testamento em vida Documento que especifica o tipo de assistência desejada pela pessoa em caso de incapacitação ou doença terminal autorregulação Controle independente do comportamento que a criança apresenta em conformidade com as expectativas sociais autossomos Em humanos os 22 pares de cro mossomos não relacionados à expressão sexual auxiliares de memória externos Estratégias mnemônicas usando alguma coisa fora da pessoa baixo peso natal Peso menor que 25 kg ao nascer em virtude de prematuridade ou de ser pequeno para a idade gestacional Bateria de Avaliação de Kaufman para Crian ças KABCII Teste de inteligência indivi dual não tradicional que visa fornecer avaliações justas de crianças pertencentes a grupos minori tários e de crianças com necessidades especiais bebês pequenos para a idade gestacional Bebês cujo peso ao nascer é menor que o peso de 90 das crianças da mesma idade gestacio nal em virtude de um crescimento fetal lento bebês prétermo prematuros Bebês que nascem antes de completar a 37ª semana de gestação behaviorismo Teoria da aprendizagem que enfatiza o papel previsível do ambiente como causa do comportamento observável bilíngue Fluente em duas línguas brincadeira de faz de conta Brincadeira envol vendo pessoas e situações imaginárias também chamada de jogo de fantasia jogo dramático ou jogo imaginativo brincadeiras impetuosas Brincadeira vigorosa envolvendo luta chute e perseguição com fre quência acompanhada por risadas e gritos bulimia nervosa Transtorno da alimentação no qual a pessoa ingere regularmente grandes quantidades de alimento e depois purifica o corpo com laxantes vômito induzido jejum ou excesso de exercícios canalização Limitação na variante de expressão de certas características herdadas capacidade de representação Terminologia de Piaget para a capacidade de armazenar imagens mentais ou símbolos de objetos e eventos capacidade de reserva Capacidade dos siste mas e órgãos de acrescentar de quatro a 10 ve zes mais energia do que o normal em situação de estresse agudo também chamada de reserva orgânica capacidade vital Quantidade de ar que pode ser inspirada e expelida na respiração capital conjugal Benefícios emocionais e finan ceiros construídos ao longo de um casamento que tendem a manter os casais juntos capital social Recursos familiares e comunitá rios aos quais as pessoas podem recorrer caracteres sexuais primários Órgãos di retamente relacionados à reprodução que aumentam de tamanho e amadurecem durante a adolescência caracteres sexuais secundários Sinais fisio lógicos de amadurecimento sexual como o desenvolvimento dos seios e o crescimento de pêlos corporais que não envolvem os órgãos sexuais castigo corporal Utilização da força física com a intenção de causar dor para corrigir ou contro lar o comportamento sem causar ferimentos catarata Áreas turvas ou opacas nas lentes dos olhos que causam visão embaçada centração Na teoria de Piaget a tendência da criança préoperacional a concentrarse em um aspecto de uma situação e negligenciar outros central executiva No modelo de Baddeley um elemento da memória operacional que controla o processamento de informação codificação Processo pelo qual a informação é preparada para armazenamento de longo prazo e posterior recuperação código genético Sequência de bases que com põem a molécula de DNA orienta a formação de proteínas que determinam a estrutura e as funções das células vivas cognição social A capacidade de entender que os outros possuem estados mentais e de avaliar seus sentimentos e ações complexidade substantiva Grau com que o trabalho de uma pessoa requer reflexão e julga mento independente comportamento altruísta Atividade em que se pretende ajudar outra pessoa sem esperar recompensa comportamento inteligente Comportamento que é orientado para uma meta e que se adapta às circunstâncias e condições de vida comportamento prósocial Qualquer compor tamento voluntário que visa ajudar os outros comportamentos externalizantes Comporta mentos pelos quais uma criança representa suas dificuldades emocionais por exemplo agressão e hostilidade comportamentos internalizantes Comporta mentos pelos quais problemas emocionais são voltados para dentro da pessoa por exemplo ansiedade ou depressão comportamentos reflexos Respostas automáti cas involuntárias e inatas à estimulação compromisso Termo de Marcia para o inves timento pessoal em uma ocupação ou em um sistema de crenças concordante Termo que descreve a tendência de gêmeos compartilharem o mesmo traço ou distúrbio condicionamento clássico Aprendizagem baseada na associação de um estímulo que nor malmente não elicia uma resposta com outro estímulo que elicia a resposta condicionamento operante 1 Aprendiza gem que associa o comportamento às suas consequências 2 Aprendizagem baseada na associação do comportamento com suas conse quências confiança básica versus desconfiança Pri meiro estágio no desenvolvimento psicossocial segundo Erikson quando os bebês desenvol vem um senso de confiança nas pessoas e nos objetos conhecimento conceitual Entendimentos interpretativos adquiridos armazenados na me mória de longo prazo conhecimento declarativo Conhecimento factual adquirido armazenado na memória de longo prazo conhecimento procedural Habilidades adqui ridas armazenadas na memória de longo prazo conhecimento tácito Termo de Sternberg para a informação que não é ensinada formalmente ou expressa abertamente mas é necessária para ir adiante consciência moral Padrões internos de comportamento que geralmente controlam a conduta e que ao serem violados produzem desconforto emocional conservação Termo de Piaget para a cons ciência de que dois objetos que são iguais de acordo com determinada medida e perma necem iguais mesmo em face de alteração da percepção desde que nada seja acrescentado ou retirado de nenhum deles constância de gênero Consciência de que a pessoa sempre será homem ou mulher Também chamada constância da categoria sexual construção social Conceito ou prática que pode parecer natural e óbvio àqueles que o acei tam mas que na realidade é uma invenção de uma determinada cultura ou sociedade consumo de risco Consumir mais de 14 doses de álcool por semana ou quatro doses em um único dia para homens e mais de sete doses por semana ou três doses em qualquer dia para mulheres controle do ego Autocontrole e a autorregula ção dos impulsos cooperação receptiva Na terminologia de Kochanska disposição ansiosa para cooperar harmoniosamente com o pai ou a mãe nas inte rações cotidianas incluindo rotinas pequenas tarefas higiene e brincadeiras coorte Grupo de pessoas nascidas aproximada mente na mesma época corregulação Estágio de transição no controle do comportamento quando os pais exercem 1Papaliaglossario2indd 660 1Papaliaglossario2indd 660 010213 1119 010213 1119 Glossário 661 uma supervisão geral e os filhos a autorregula ção a cada momento correlação genótipoambiente Tendência de certas influências genéticas e ambientais a se reforçarem mutuamente pode ser passiva rea tiva evocativa ou ativa Também chamada de covariante genótipoambiente crianças difíceis Crianças de temperamento irritadiço ritmos biológicos irregulares e respos tas emocionais intensas crianças fáceis Crianças de temperamento alegre ritmos biológicos regulares e dispostas a aceitar novas experiências crianças de aquecimento lento Crianças cujo temperamento é geralmente moderado mas que hesitam em aceitar novas experiên cias crianças resilientes Crianças que resistem a circunstâncias adversas vivem bem apesar dos desafios ou das ameaças ou que se recuperam de eventos traumáticos criatividade Capacidade de ver coisas de uma maneira nova de produzir inovações ou de reconhecer problemas não identificados e en contrar soluções novas crise Termo de Marcia para o período de toma da de decisão consciente relativa à formação de identidade crise da meiaidade Em alguns modelos nor mativos de crise período estressante da vida desencadeado pela revisão e pela reavaliação do passado ocorrendo caracteristicamente dos 40 aos 45 anos crise filial Na terminologia de Marcoen o desenvolvimento normativo da meiaidade no qual os adultos aprendem a equilibrar amor e dever para com seus pais com autonomia den tro de um relacionamento de mãodupla cromossomos sexuais Par de cromossomos que determina o sexo XX na mulher normal XY no homem normal cromossomos Espirais de DNA que contêm os genes cuidado de parentesco O cuidado de crianças que vivem sem os pais na casa dos avós ou de outros parentes com ou sem uma mudança da custódia legal cuidados paliativos Cuidados direcionados para o alívio da dor e do sofrimento e que per mitem a doentes terminais morrer em paz com conforto e dignidade cultura O modo de vida global de uma socieda de ou de um grupo que inclui costumes tra dições crenças valores linguagem e produtos materiais todo comportamento adquirido que é transmitido dos pais para os filhos curvas de sobrevivência Curvas de um gráfico que mostram os percentuais de uma população que sobrevive em cada faixa etária declínio terminal Declínio em várias capaci dades cognitivas frequentemente observado próximo ao final da vida decodificação Processo de análise fonética pelo qual uma palavra impressa é convertida para a forma falada antes da recuperação na memória de longo prazo deficiência intelectual Função cognitiva significativamente abaixo do normal Também chamada de retardo mental déficit de crescimento não orgânico Cresci mento físico mais lento ou retardado sem causa clínica conhecida acompanhado de desenvolvi mento precário e problemas emocionais definição operacional Definição enunciada apenas em termos das operações ou procedi mentos utilizados para produzir ou medir um fenômeno degeneração macular relacionada à idade Condição em que o centro da retina perde gra dualmente a sua habilidade para discernir deta lhes refinados É a principal causa da debilidade visual irreversível em adultos idosos demência Deterioração no funcionamento comportamental e cognitivo em razão de causas fisiológicas dependência química Dependência física psicológica ou ambas a uma substância química prejudicial depressão infantil Transtorno do humor caracterizado por sintomas como sensação prolongada de falta de amigos incapacidade de se divertir ou se concentrar fadiga atividade extrema ou apatia sentimentos de inutilidade alteração de peso queixas físicas e pensamentos de morte ou suicídio desabituação Aumento da resposta após a apre sentação de um novo estímulo descentrar Na terminologia de Piaget pensar si multaneamente a respeito de diversos aspectos de uma situação desenvolvimento cognitivo Padrão de mudança nas habilidades mentais tais como aprendizagem atenção memória linguagem pensamento raciocínio e criatividade desenvolvimento do ciclo de vida Conceito sobre o desenvolvimento humano como um processo que dura a vida toda e que pode ser estudado cientificamente desenvolvimento físico Crescimento do corpo e do cérebro incluindo os padrões de mudança nas capacidades sensoriais habilidades motoras e saúde desenvolvimento humano Estudo científico dos processos de transformação e estabilidade ao longo de todo o ciclo de vida humano desenvolvimento psicossexual Na teoria freudiana uma sequência invariável de fases do desenvolvimento da personalidade na infância quando a gratificação se desloca da boca para o ânus e depois para os genitais desenvolvimento psicossocial 1 Padrão de mudança nas emoções personalidade e relações sociais 2 Na teoria dos oito estágios de Erikson o processo de desenvolvimento do ego ou self é influenciado por fatores sociais e culturais determinismo recíproco Termo usado por Bandura para as forças bidirecionais que afetam o desenvolvimento diabetes 1 Uma das doenças mais comuns da infância É caracterizada por altos níveis de glicose no sangue como resultado de produção deficiente de insulina ação ineficaz da insu lina ou ambos 2 Doença na qual o corpo não produz ou não utiliza adequadamente a insulina um hormônio que converte açúcar amidos e outros alimentos na energia necessá ria para a vida diferenças individuais Diferenças nas carac terísticas nas influências ou nos resultados do desenvolvimento diferenciação Processo pelo qual as células ad quirem estruturas e funções especializadas difusão de identidade Estado de identidade descrito por Marcia que é caracterizado por ausência de compromissos e falta de uma consi deração séria de alternativas disciplina Métodos para moldar o caráter das crianças e para ensinálas a exercer o autocon trole e ter um comportamento aceitável discurso particular Conversar em voz alta consigo mesmo sem nenhuma intenção de comunicarse com os outros discurso social Fala que se destina a ser enten dida por um ouvinte disfunção erétil Incapacidade de um homem alcançar ou manter o pênis suficientemente ere to para o desempenho sexual satisfatório dislexia Transtorno do desenvolvimento no qual a aquisição da leitura é substancialmente mais baixa do que o previsto pelo QI ou pela idade dispositivo de aquisição da linguagem DAL Na terminologia de Chomsky mecanismo inato que permite à criança inferir regras linguísticas do idioma que ouve distribuição randômica Distribuição dos par ticipantes de um experimento em grupos de modo que cada pessoa tenha chances iguais de ser colocada em qualquer um dos grupos distúrbios de aprendizagem DAs Transtor nos que interferem em aspectos específicos da aprendizagem e do desempenho escolar doenças agudas Doenças que duram pouco tempo doenças crônicas Doenças ou debilitações que persistem por pelo menos três meses dominância incompleta Padrão hereditário em que a criança recebe dois alelos diferentes resultando na expressão parcial de um traço educação bilíngue Sistema de ensinar crianças que não falam inglês em suas línguas nativas enquanto aprendem o inglês e mais tarde mu dando para instrução totalmente em inglês efeitos ambientais não compartilhados O ambiente único em que cada criança cresce e que consiste em influências distintas ou influên cias que afetam cada uma diferentemente egocentrismo Termo usado por Piaget para de nominar a incapacidade de considerar o ponto de vista de outra pessoa uma característica do pensamento das crianças pequenas elaboração Estratégia mnemônica de fazer as sociações mentais envolvendo os itens a serem lembrados elaboração do luto Resolução de questões psi cológicas ligadas ao luto elemento componencial Termo de Sternberg para o aspecto analítico da inteligência elemento contextual Termo de Sternberg para o aspecto prático da inteligência elemento experiencial Termo de Sternberg para o aspecto introspectivo ou criativo da inteligência emaranhados neurofibrilares Massas retorci das de fibras de proteína encontradas nos cére bros das pessoas com mal de Alzheimer 1Papaliaglossario2indd 661 1Papaliaglossario2indd 661 010213 1119 010213 1119 662 Glossário emoções Reações subjetivas a experiências que estão associadas a mudanças fisiológicas e comportamentais emoções autoavaliadoras Emoções como orgulho vergonha e culpa que dependem tanto da autoconsciência quanto do conhecimento de padrões de comportamento socialmente aceitos emoções autoconscientes Emoções como constrangimento empatia e inveja que depen dem da autoconsciência empatia Capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa e sentir o que ela sente encapsulação Na terminologia de Hoyer dedicação progressiva do processamento de in formação e do pensamento fluido a sistemas de conhecimento específicos tornando o conheci mento mais prontamente acessível enfrentamento coping É o pensamento ou comportamento adaptativo que visa reduzir ou aliviar o estresse resultante de condições preju diciais ameaçadoras ou difíceis enfrentamento focalizado na emoção No modelo de avaliação cognitiva estratégia de enfrentamento orientada para administrar a resposta emocional a uma situação estressante com o objetivo de diminuir seu impacto físico ou psicológico enfrentamento focalizado no problema No modelo de avaliação cognitiva estratégia de enfrentamento orientada para eliminar adminis trar ou melhorar uma situação estressante enurese Urinação repetida nas roupas ou na cama envelhecer em casa A permanência na própria casa com ou sem assistência durante a velhice envelhecimento primário Processo gradual inevitável de deterioração física ao longo da vida envelhecimento secundário Processo de envelhecimento que resulta de doenças abusos e maus hábitos físicos e que pode muitas vezes ser evitado epigênese Mecanismo que ativa ou desativa os genes e determina funções das células equilibração Termo de Piaget para a tendência a procurar um equilíbrio estável entre os ele mentos cognitivos obtido por meio do equilí brio entre assimilação e acomodação equilíbrio da identidade Termo de Whitbour ne para uma tendência a equilibrar assimilação e acomodação Escala Brazelton de Avaliação do Comporta mento Neonatal NBAS Teste neurológico e comportamental para medir as respostas do neonato ao ambiente Escala de Apgar Medida padronizada da condi ção de um recémnascido avalia cor frequência cardíaca reflexos tônus muscular e respiração Escala de Inteligência Wechsler para Crian ças WISCIV Teste de inteligência para crianças em idade escolar que produz pontua ções verbais e de desempenho bem como uma pontuação combinada Escala de Inteligência Wechsler Préescolar e Primária Revisada WPPSIIII Teste de inteligência individual para crianças com 2 e meio a 7 anos de idade que produz pontuações verbais e de desempenho bem como uma pon tuação combinada Escala Wechsler de inteligência adulta WAIS na sigla em inglês Teste de inteligência para adultos que apresenta pontuação de de sempenho e verbal assim como uma pontuação combinada Escalas Bayley de Desenvolvimento infantil Teste padronizado que avalia o desenvolvi mento mental e motor de bebês e crianças até 3 anos Escalas de Inteligência de StanfordBinet Testes individuais de inteligência para crianças a partir de dois anos e usado para medir a fluidez de raciocínio o conhecimento o raciocínio quantitativo e a memória de trabalho escolha de nicho Tendência de uma pessoa es pecialmente após a primeira infância a procurar ambientes compatíveis com seu genótipo esgotamento do cuidador Condição de exaus tão física mental e emocional que afeta adultos que cuidam constantemente de pessoas idosas ou doentes espermarca A primeira ejaculação do menino esquemas da identidade Percepções acumu ladas do self moldadas por informação prove niente de relacionamentos íntimos de situações relacionadas ao trabalho e da comunidade e de outras experiências esquemas 1 Termo de Piaget para os padrões organizados de pensamento e o comportamento utilizados em diferentes tipos de situações 2 Na terminologia de Piaget padrões de pensamento e comportamento utilizados em determinadas situações esquizofrenia Transtorno mental marcado pela perda de contato com a realidade Os sintomas incluem alucinações e delírios estado de alerta A condição fisiológica e com portamental de um bebê num determinado momento no ciclo periódico diário de vigília sono e atividade estados de identidade Termo usado por Mar cia para os estágios de desenvolvimento do ego que dependem da presença ou da ausência de crise e compromisso estágio préoperatório Na teoria de Piaget o segundo maior estágio do desenvolvimento cognitivo no qual o pensamento simbólico se expande mas as crianças ainda não são capazes de usar a lógica estágio sensóriomotor Na teoria de Piaget o primeiro estágio do desenvolvimento cognitivo durante o qual as crianças aprendem por meio dos sentidos e da atividade motora estereótipos de gênero Generalizações pre concebidas sobre o comportamento masculino ou feminino estilo de vida focalizado na família Padrão de atividades na aposentadoria que gira em torno da família do lar e dos companheiros estirão de crescimento adolescente Aumen to rápido na altura e no peso que precede a maturidade sexual estratégias mnemônicas Técnicas para auxiliar a memória estresse 1 Pressões físicas e psicológicas sobre uma pessoa ou organismo 2 Resposta a de mandas físicas ou psicológicas estressores Demandas ambientais percebidas que podem produzir estresse estrutura de vida Na teoria de Levinson o padrão subjacente da vida de uma pessoa em um determinando momento construído sobre os aspectos da vida que a pessoa considera mais importantes estudo correlacional Modelo de pesquisa que visa descobrir se existe uma relação estatística entre variáveis estudo de caso Estudo de um único sujeito que pode ser um indivíduo ou uma família estudo etnográfico Estudo detalhado de uma cultura utiliza uma combinação de métodos que inclui a observação participante estudo longitudinal Estudo elaborado para avaliar numa amostra mudanças que ocorrem com a idade no decorrer do tempo estudo sequencial Modelo de estudo que com bina técnicas transversais e longitudinais estudo transversal Estudo elaborado para avaliar diferenças relacionadas à idade em que pessoas de diferentes idades são avaliadas em uma determinada ocasião etologia Estudo dos comportamentos adaptati vos distintivos de espécies de animais os quais evoluíram para aumentar a sobrevivência da espécie eutanásia ativa Ação deliberada para abreviar a vida de um doente terminal de modo a pôr fim ao sofrimento ou permitir uma morte com dignidade também chamada de assassinato por misericórdia eutanásia passiva Retirada ou interrupção deliberada do tratamento que prolonga a vida de um doente terminal de modo a pôr fim ao sofrimento ou permitir uma morte com dignidade eventos de vida normativos No modelo do momento dos eventos experiências de vida comumente esperadas que ocorrem em épocas habituais execução Estado de identidade descrito por Marcia no qual uma pessoa que não passou um tempo considerando alternativas ou seja não esteve numa crise está comprometida com os planos de outras pessoas para sua vida expectativa de vida Idade máxima que uma pessoa em uma determinada coorte prova velmente viverá dada a sua idade atual e condições de saúde com base na média de longevidade de uma população experimento Procedimento controlado e repli cável em que o pesquisador manipula variáveis para avaliar o efeito de uma sobre a outra faixa de reação Variabilidade potencial na ex pressão de um traço hereditário que depende das condições ambientais fala dirigida à criança FDC Tipo de fala geralmente usada para conversar com bebês ou crianças pequenas tratase de uma fala lenta e simplificada tonalidade alta sons vogais exagerados palavras e sentenças curtas e muita repetição também chamada de manhês fala linguística Expressão verbal designada para transmitir significado fala prélinguística Precursora da fala linguís tica emissão de sons que não são palavras Inclui choro arrulho balbucio e imitação aci dental e deliberada de sons sem compreensão do significado 1Papaliaglossario2indd 662 1Papaliaglossario2indd 662 010213 1119 010213 1119 Glossário 663 fala telegráfica Forma inicial do uso de sen tenças que consiste em falar apenas algumas palavras essenciais família extensa Rede de parentesco envolven do muitas gerações e formada por pais filhos e outros parentes às vezes vivendo juntos no mesmo lar família nuclear Unidade econômica e do méstica que compreende laços de parentesco envolvendo duas gerações e que consiste em pai e mãe ou apenas um dos dois e seus filhos biológicos adotados ou enteados fatores de proteção 1 Fatores que reduzem o impacto de influências potencialmente negati vas e tendem a prever consequências positivas 2 Influências que reduzem o impacto do estresse e tendem a prognosticar desfechos positivos fatores de risco Condições que aumentam a probabilidade de uma consequência negativa no desenvolvimento fecundação União entre espermatozoide e óvulo para produzir um zigoto também deno minada concepção fenótipo Características observáveis de uma pessoa fobia escolar Medo irreal de ir para a escola pode ser uma forma de transtorno de ansieda de de separação ou de fobia social fobia social Medo extremo eou esquiva de situações sociais função executiva 1 O controle consciente de pensamentos emoções e ações para alcançar metas ou solucionar problemas 2 Controle consciente dos pensamentos emoções e ações para alcançar objetivos ou solucionar problemas função simbólica Termo de Piaget para a capacidade de usar representações mentais palavras números ou imagens às quais uma criança atribui um significado funcionamento executivo Conjunto de pro cessos mentais que controla e regula outros comportamentos gêmeos dizigóticos Gêmeos concebidos pela união de dois óvulos distintos ou um único óvulo que se dividiu com dois espermatozoides diferentes também chamados de gêmeos fra ternos não são mais geneticamente semelhan tes do que quaisquer irmãos não gêmeos gêmeos monozigóticos Gêmeos resultantes da divisão de um único zigoto após a fecundação também chamados de gêmeos idênticos são geneticamente semelhantes generalização étnica Generalização exagerada a respeito de um grupo étnico ou cultural que obscurece as diferenças existentes dentro do grupo generatividade Termo de Erikson para a preo cupação de adultos maduros em estabelecer orientar e influenciar a próxima geração generatividade versus estagnação O séti mo estágio do desenvolvimento psicossocial de Erikson no qual o adulto de meiaidade desenvolve uma preocupação relacionada a estabelecer orientar e influenciar a próxima geração ou então experimenta a estagnação um senso de inatividade ou falta de significa do para a vida gênero O significado de ser homem ou mulher genes Pequenos segmentos de DNA localiza dos em posições definidas em determinados cromossomos unidades funcionais da heredi tariedade genética comportamental Estudo quantitativo das influências relativas da hereditariedade e do ambiente no comportamento genoma humano Sequência completa dos ge nes do corpo humano genótipo Constituição genética de uma pessoa contendo tanto as características expressas quanto as não expressas geração histórica Grupo de pessoas que du rante seu período de formação recebeu forte influência de um importante evento histórico geração sanduíche Adultos de meiaidade espremidos pelas necessidades concorrentes de criar ou orientar os filhos e cuidar de pais idosos geriatria Área da medicina relacionada aos pro cessos de envelhecimento e aos problemas de saúde que surgem com a velhice gerontologia Estudo dos idosos e dos processos de envelhecimento gestação Período de desenvolvimento entre a concepção e o nascimento glaucoma Dano irreversível ao nervo óptico causado pelo aumento da pressão nos olhos grupocontrole Em um experimento grupo de pessoas semelhante ao grupo experimental que não recebe o tratamento em estudo grupo étnico Grupo unido por ancestralidade raça religião língua ou origens nacionais que contribuem para formar um senso de identidade comum grupo experimental Em um experimento o grupo que recebe o tratamento em estudo habilidades motoras finas 1 Habilidades físi cas que envolvem músculos menores e coorde nação entre os olhos e as mãos 2 Habilidades físicas que envolvem os pequenos músculos e a coordenação olhosmãos habilidades motoras gerais Habilidades físicas que envolvem os músculos maiores habilidades motoras grossas Habilidades físi cas que envolvem os grandes músculos habituação Tipo de aprendizagem em que a fa miliaridade com um estímulo reduz torna mais lenta ou faz cessar uma resposta herança dominante Padrão de hereditariedade no qual é expresso somente o dominante quan do a criança recebe alelos diferentes herança poligênica Padrão de herança em que múltiplos genes em diferentes posições nos cro mossomos afetam um traço complexo herança recessiva Padrão de hereditariedade em que a criança recebe alelos recessivos idên ticos resultando na expressão de um traço não dominante herança vinculada ao sexo Padrão hereditário em que certas características contidas no cro mossomo X herdadas da mãe são transmitidas diferentemente às proles masculina e feminina herdabilidade Estimativa estatística da con tribuição da hereditariedade para diferenças individuais em um traço específico e em uma determinada população hereditariedade Traços ou características inatas herdadas dos pais biológicos heterozigótico Indivíduo que possui alelos dife rentes para um determinado traço hipertensão Pressão arterial cronicamente alta hipótese da dupla representação Hipótese se gundo a qual as crianças com menos de 3 anos têm dificuldade para entender relações espaciais devido à necessidade de manter mais de uma representação mental ao mesmo tempo hipótese do extravasamento Hipótese de que há uma transferência dos ganhos cognitivos do trabalho para o lazer que explica a relação positiva entre atividades na qualidade do funcio namento intelectual hipóteses Possíveis explicações para os fenôme nos usadas para prever o resultado da pesquisa holofrase Uma única palavra que transmite um pensamento completo homozigótico Indivíduo que possui dois alelos idênticos para um determinado traço icterícia neonatal Condição de muitos neona tos causada por imaturidade do fígado e eviden ciada pela aparência amarelada pode causar dano cerebral se não for tratada imediatamente idade funcional Medida da capacidade de uma pessoa de funcionar efetivamente em seu am biente físico e social em comparação com outras da mesma idade cronológica idade gestacional Idade do nascituro geralmen te contada a partir do primeiro dia do último ciclo menstrual da futura mãe idadismo Preconceito ou discriminação contra uma pessoa geralmente o idoso baseado na idade identidade De acordo com Erikson uma con cepção coerente do self constituída de metas valores e crenças com os quais a pessoa está solidamente comprometida identidade de gênero Consciência desenvolvi da na segunda infância de ser do sexo masculi no ou feminino identidade ideal O que a pessoa gostaria de ser identidade real O que a pessoa realmente é identidade versus confusão de identidade O quinto estágio do desenvolvimento psicossocial de Erikson na qual o adolescente procura desenvolver uma percepção coerente do self incluindo o papel que ele precisa desempenhar na sociedade Também chamada de confusão de identidade versus confusão de papel identificação Na teoria freudiana processo pelo qual a criança pequena adota características crenças atitudes valores e comportamentos do genitor do mesmo sexo imagem corporal Crenças descritivas e avaliati vas sobre a própria aparência imitação diferida Na terminologia de Piaget a reprodução de um comportamento observado após algum tempo evocandose um símbolo armazenado desse comportamento imitação induzida Método de pesquisa em que os bebês ou crianças de até 3 anos são induzidas a imitarem uma série específica de ações que já viram mas não necessariamente realizaram imitação invisível Imitação usando partes do corpo que a criança não pode ver 1Papaliaglossario2indd 663 1Papaliaglossario2indd 663 010213 1119 010213 1119 664 Glossário imitação visível Imitação usando partes do cor po que a criança pode ver imprinting Forma instintiva de aprendizagem em que um filhote de animal durante um pe ríodo crítico no início de seu desenvolvimento estabelece um vínculo com o primeiro objeto que ele vê em movimento geralmente a mãe inatismo Teoria de que os seres humanos possuem uma capacidade inata para adquirir linguagem inclusão de classes Compreensão da relação entre um todo e suas partes individuação 1 A luta do adolescente por autonomia e identidade pessoal 2 Termo de Jung para o surgimento do self verdadeiro por meio do equilíbrio ou integração das partes con flitantes da personalidade infecções sexualmente transmissíveis ISTs Infecções e doenças transmitidas por contato sexual inferência transitiva Compreensão da relação entre dois objetos conhecendose a relação de cada um deles com um terceiro infertilidade Incapacidade de conceber um filho após 12 meses de tentativas sem o uso de contraceptivos iniciativa versus culpa O terceiro estágio no desenvolvimento psicossocial de Erikson quan do a criança equilibra o desejo de atingir metas com ressalvas em relação a fazêlo início da vida adulta Período de transição en tre a adolescência e a idade adulta comumente encontrado em países industrializados integração Processo pelo qual os neurônios co ordenam as atividades dos grupos musculares integridade do ego versus desespero De acordo com Erikson a oitava e última etapa do desenvolvimento psicossocial quando as pes soas da vida adulta tardia adquirem um senso de integridade do ego pela aceitação da vida que tiveram e assim aceitam a morte ou se entregam ao desespero pela impossibilidade de reviver suas vidas inteligência cristalizada Tipo de inteligência proposto por Horn e Cattell que envolve a capacidade de lembrar e utilizar informações adquiridas é largamente dependente de educa ção e cultura inteligência emocional IE Termo de Salo very e Mayer para a capacidade de entender e regular as emoções um componente importan te do comportamento inteligente efetivo inteligência fluida Tipo de inteligência propos to por Horn e Cattell que é aplicado a proble mas novos e é relativamente independente de influências educacionais e culturais interação genótipoambiente A parcela de variação fenotípica que resulta das reações de indivíduos geneticamente diferentes a condi ções ambientais similares interioridade Termo de Neugarten para uma preocupação com a vida interior introversão ou introspecção que geralmente aparece na meiaidade internalização Durante a socialização processo em que as crianças aceitam padrões societais de conduta como sendo seus intervenção precoce Processo sistemático de atendimento que ajuda as famílias a satisfazer as necessidades de desenvolvimento das crianças intimidação bullying Agressão deliberada e persistentemente dirigida contra um alvo específico ou vítima que normalmente é fraco vulnerável e indefeso intimidade versus isolamento O sexto estágio do desenvolvimento psicossocial de Erikson no qual adultos jovens formam vínculos fortes duradouros com amigos e parceiros românticos ou enfrentam um possível sentimento de isola mento e autoabsorção Inventário HOME de Observação Doméstica Instrumento para medir a influência do ambien te doméstico no desenvolvimento cognitivo da criança investimento equilibrado Padrão de ativida des na aposentadoria distribuídas entre família trabalho e lazer irreversibilidade Termo de Piaget para o fra casso da criança no estágio préoperacional em entender que uma operação pode seguir em duas ou mais direções jogo construtivo Brincadeira envolvendo o uso de objetos ou materiais para fazer algo jogo dramático Brincadeira envolvendo pessoas ou situações imaginárias também chamado de jogo de faz de conta jogo de fantasia ou jogo imaginativo jogo funcional Brincadeira envolvendo movi mentos musculares largos repetitivos jogos formais com regras Jogos organizados com procedimentos e penalidades conhecidos lateralidade manual Preferência por usar uma das mãos lateralização Tendência de cada um dos hemisférios cerebrais a apresentar funções especializadas lembrança A capacidade de reproduzir material da memória letramento 1 Habilidade para ler e escre ver 2 Em um adulto a capacidade de usar informação impressa e escrita para atuar em sociedade alcançar objetivos e desenvolver o conhecimento e o potencial limite de Hayflick Limite geneticamente con trolado proposto por Hayflick sobre o número de vezes que as células podem se dividir em membros de uma espécie linguagem Sistema de comunicação baseado em palavras e na gramática longevidade Duração da vida de um indivíduo ludoterapia Abordagem terapêutica que utiliza brinquedos para ajudar uma criança a lidar com o sofrimento emocional luto Resposta emocional vivenciada nos primei ros estágios da perda mal de Alzheimer MA Distúrbio cerebral progressivo irreversível e degenerativo carac terizado por deterioração cognitiva e perda do controle das funções corporais e que leva à morte mal de Parkinson Distúrbio neurológico dege nerativo progressivo e irreversível caracteriza do por tremores rigidez movimentos lentos e postura instável mamografia Exame radiológico de diagnóstico dos seios maturação Desdobramento de uma sequência natural de mudanças físicas e comportamentais maturidade filial Estágio da vida proposto por Marcoen e outros no qual os filhos de meiaidade como desfecho de uma crise filial aprendem a aceitar e a atender às necessidades de dependência dos pais maustratos emocionais Rejeição aterroriza ção isolamento exploração ridicularização ou negação de apoio emocional amor e afeição ou outras ações ou inações que possam causar transtornos comportamentais cognitivos emo cionais ou mentais memória autobiográfica Memória de eventos específicos da própria vida memória de longo prazo Depósito com capacidade virtualmente ilimitada que retém informações por longos períodos memória de procedimento Memória de longo prazo de habilidades motoras costumes e for mas de fazer as coisas que em geral podem ser relembradas sem esforço consciente algumas vezes chamada de memória implícita memória de reconhecimento visual Capaci dade de distinguir um estímulo visual familiar de outro não familiar quando ambos são mostra dos ao mesmo tempo memória de trabalho Armazenamento de curto prazo de informações que estão sendo ativamente processadas memória episódica Memória de longo prazo de experiências ou eventos específicos ligados a um tempo e lugar memória explícita Memória intencional e consciente geralmente de fatos nomes e eventos memória genérica Memória que produz roteiros de rotinas familiares para guiar o com portamento memória implícita Recordação inconsciente geralmente de hábitos e habilidades às vezes chamada de memória de procedimentos ou procedural memória semântica Memória de longo prazo de conhecimento prático factual de linguagem e de costumes sociais memória sensorial Armazenamento inicial breve temporário de informação sensorial menarca A primeira menstruação da menina menopausa Cessação da menstruação e da capacidade de gerar filhos metabolismo Conversão de alimento e oxigê nio em energia metabolismo basal Uso de energia para manter as funções vitais metacognição Consciência da pessoa de seus próprios processos mentais metamemória O entendimento dos processos da memória método canguru Método de contato íntimo em que o recémnascido é colocado de bruços entre os seios da mãe por cerca de uma hora após o nascimento método científico Sistema de princípios estabelecidos e de processos de investigação científica que inclui a identificação do problema a ser estudado a formulação de uma hipótese a ser testada pela pesquisa a coleta e análise de 1Papaliaglossario2indd 664 1Papaliaglossario2indd 664 010213 1119 010213 1119 Glossário 665 dados a formulação de conclusões provisórias e a divulgação dos resultados mielinização Processo de revestimento das vias neurais com uma substância gordurosa mieli na que permite maior rapidez de comunicação entre as células miopia Vista curta mistura de código O uso de elementos de duas línguas às vezes na mesma expressão por crianças pequenas em lares onde ambas as línguas são faladas modelo de avaliação cognitiva É o modelo de avaliação cognitiva proposto por Lazarus e Folkman o qual afirma que com base em contí nuas avaliações de sua relação com o ambiente as pessoas escolhem estratégias adequadas de enfrentamento para lidar com situações que sobrecarregam seus recursos normais modelo de interação social Modelo baseado na teoria sociocultural de Vygotsky que propõe que as crianças constroem memórias autobio gráficas por meio da conversação com adultos sobre eventos compartilhados modelo do momento dos eventos Modelo teórico do desenvolvimento da personalidade que descreve o desenvolvimento psicossocial adulto como resposta à ocorrência e ao momen to previsto ou imprevisto de eventos de vida importantes modelo dos cinco fatores Modelo teórico da personalidade desenvolvido e testado por Costa e McCrae baseado nos Cinco Grandes fatores subjacentes a agrupamentos de traços de personalidade relacionados neuroticismo extroversão abertura para o novo consciencio sidade e amabilidade modelo mecanicista Modelo que vê o desen volvimento humano como uma série de respos tas previsíveis a estímulos modelo organicista Modelo que vê o desenvolvi mento humano como algo iniciado internamente por um organismo ativo e que ocorre numa se quência de etapas qualitativamente diferentes modelos de traço Modelos teóricos do desen volvimento da personalidade que se concen tram nos traços ou atributos mentais emocio nais temperamentais e comportamentais modelos do estágio normativo Modelos teóricos que descrevem o desenvolvimento psi cossocial em termos de uma sequência definida de mudanças relacionadas à idade momentos decisivos Transições psicológicas que envolvem mudanças ou transformações significativas na percepção do significado pro pósito ou direção da própria vida monitoração eletrônica fetal Monitoração mecânica das batidas cardíacas do feto durante o trabalho de parto moralidade convencional ou moralidade de conformidade com o papel convencional Segundo nível da teoria do raciocínio moral de Kohlberg no qual os padrões das figuras de autoridade são internalizados moralidade pósconvencional ou moralidade dos princípios morais autônomos Ter ceiro nível da teoria do raciocínio moral de Kohlberg em que as pessoas seguem princípios morais internalizados e podem decidir entre padrões morais conflitantes moralidade préconvencional Primeiro nível da teoria de Kohlberg sobre o julgamento moral em que o controle é externo e as regras são obedecidas para se obter recompensas ou evitar punição ou por interesse pessoal moratória Estado de identidade descrito por Marcia no qual uma pessoa está atualmente considerando alternativas em crise e parece estar rumando para o compromisso morte celular No desenvolvimento cerebral a eliminação normal do excesso de células cerebrais para obter um funcionamento mais eficiente mudança qualitativa Mudanças descontínuas de tipo estrutura ou organização mudança quantitativa Mudanças em número ou quantidade como altura peso tamanho do vocabulário ou frequência da comunicação mutações Alterações permanentes nos genes ou nos cromossomos que podem produzir caracte rísticas prejudiciais não normativo Característico de um evento incomum que acontece com uma determinada pessoa ou de um evento típico que ocorre fora de seu período usual natimorto Morte do feto na ou após a 20ª sema na de gestação negligência Não atendimento das necessidades básicas de um dependente neonato O bebê recémnascido com até quatro semanas de idade neurociência cognitiva Estudos dos vínculos entre processos neurais e capacidades cogni tivas neurônios Células nervosas neurônios espelhos Neurônios que são ativa dos quando uma pessoa faz alguma coisa ou observa outro fazendo a mesma coisa ninho vazio Fase de transição que acompanha a saída do último filho da casa dos pais nível socioeconômico NSE Combinação de fatores econômicos e sociais que descreve um indivíduo ou uma família e que inclui renda educação e ocupação normativo Característica de um evento que ocorre de modo semelhante para a maioria das pessoas de um grupo obediência comprometida Na terminologia de Kochanska obediência incondicional às ordens dos pais sem advertências ou deslizes obediência situacional Na terminologia de Kochanska obediência às ordens parentais somente na presença de sinais de controle cons tante dos pais obesidade Sobrepeso extremo em relação à idade sexo altura e tipo corporal conforme definido por um índice de massa corpórea no ou acima do 95º percentil observação laboratorial Método de pesquisa em que todos os participantes são observados sob as mesmas condições controladas observação naturalista Método de pesquisa em que o comportamento é estudado em ambientes naturais sem intervenção ou mani pulação observação participante Método de pesquisa em que o observador vive com as pessoas ou participa da atividade que está sendo observada operatórioconcreto Terceiro estágio do de senvolvimento cognitivo piagetiano aproxima damente dos 7 aos 12 anos durante o qual as crianças desenvolvem pensamento lógico mas não abstrato operatórioformal Segundo Piaget o estágio fi nal do desenvolvimento cognitivo caracterizado pela capacidade de pensar em termos abstratos organização 1 Termo de Piaget para a criação de categorias ou sistemas de conhecimento 2 Estratégia mnemônica de categorizar o ma terial a ser lembrado orientação sexual Foco de interesse sexual romântico e afetuoso consistente seja heteros sexual homossexual ou bissexual orientação visual O uso dos olhos para orientar movimentos das mãos ou de outras partes do corpo osteoporose Condição na qual os ossos se tor nam finos e frágeis em consequência da rápida redução de cálcio otimização seletiva e compensação OSC Fortalecimento das funções cognitivas com o uso de habilidades mais desenvolvidas para compensar aquelas se tornaram mais fracas papéis de gênero Comportamentos interesses atitudes habilidades e traços de personalidade que uma cultura considera apropriada para cada sexo diferem para homens e mulheres parentalidade autoritária Na terminologia de Baumrind estilo de criação dos filhos enfatizan do o controle e a obediência parentalidade democrática Na terminologia de Baumrind estilo de criação dos filhos que combina respeito pela individualidade da crian ça com uma tentativa de incutir valores sociais parentalidade permissiva Na terminologia de Baumrind estilo de criação dos filhos enfatizan do a autoexpressão e a autorregulação parente fictício Amigos que são considerados e se comportam como membros da família participação ativa Envolvimento pessoal na escola no trabalho na família ou em outra atividade participação guiada Participação do adulto numa atividade da criança ajudando a estrutu rála e a aproximar a compreensão da criança da compreensão do próprio adulto parto cesariano Parto em que o bebê é removi do cirurgicamente do útero parto natural Método que procura evitar a dor eliminando o medo por meio da educação sobre a fisiologia da reprodução e treinando respira ção e relaxamento durante o parto parto preparado Método que utiliza instrução exercícios de respiração e apoio social para in duzir respostas físicas controladas às contrações uterinas e reduzir o medo e a dor parturição Processo de mudanças uterinas cer vicais entre outras que geralmente dura cerca de duas semanas antes do nascimento do bebê pensamento convergente Pensamento visando encontrar a resposta correta para um problema pensamento divergente Pensamento que produz uma variedade de possibilidades novas e diferentes pensamento pósformal Tipo de pensamento maduro que recorre à experiência subjetiva e à 1Papaliaglossario2indd 665 1Papaliaglossario2indd 665 010213 1119 010213 1119 666 Glossário intuição bem como à lógica e dá espaço para ambiguidade incerteza inconsistência contra dição imperfeição e tolerância pensamento reflexivo Tipo de pensamento lógico que se torna mais proeminente na vida adulta envolvendo avaliação contínua e ativa das informações e crenças levando em conta as evidências e implicações percepção de profundidade Capacidade de perceber objetos e superfícies em três dimensões percepção tátil Capacidade de adquirir in formação sobre propriedades de objetos tais como tamanho peso e textura por meio de seu manuseio perda ambígua Uma perda não totalmente defi nida ou que não teve um desfecho perda A morte de um ente querido e o processo de adaptação a essa situação de ausência perimenopausa Período de vários anos durante o qual uma mulher enfrenta as mudanças fisiológicas da menopausa inclui o primeiro ano após o término da menstruação também denominado climatério período crítico Intervalo de tempo específico em que um determinado evento ou sua au sência causa um impacto específico sobre o desenvolvimento período embrionário Segundo período da ges tação da segunda à oitava semana caracteriza do pelo rápido crescimento e desenvolvimento dos principais sistemas e órgãos do corpo período fetal Período final da gestação da oitava semana até o nascimento caracterizado pela crescente diferenciação das partes do corpo e grande aumento de seu tamanho período germinal As duas primeiras semanas do desenvolvimento prénatal caracterizadas por rápida divisão celular formação de blastóci tos e implantação na parede do útero período neonatal As primeiras quatro sema nas de vida um período de transição entre a dependência intrauterina e a existência inde pendente períodos sensíveis Momentos do desenvolvi mento em que a pessoa está particularmente receptiva para certos tipos de experiência permanência do objeto Na terminologia de Piaget compreensão de que uma pessoa ou objeto ainda existe quando está fora do campo de visão personalidade Combinação relativamente con sistente de emoções temperamento pensamen to e comportamento que torna a pessoa única perspectiva cognitiva Visão segundo a qual os processos do pensamento são essenciais para o desenvolvimento perspectiva contextual Visão do desenvolvi mento humano que vê o indivíduo como inse parável do contexto social perspectiva da aprendizagem Visão do desen volvimento humano segundo a qual as mudan ças no comportamento resultam da experiência ou da adaptação ao ambiente perspectiva evolucionistasociobiológica Visão do desenvolvimento humano que se con centra nas bases evolucionistas e biológicas do comportamento perspectiva psicanalítica Visão do desenvol vimento humano como moldado por forças inconscientes que motivam o comportamento humano pesquisa qualitativa Pesquisa que se concentra em dados não numéricos como experiências sentimentos ou crenças subjetivas pesquisa quantitativa Pesquisa que trata de dados objetivamente medidos placa amiloide Massas cerosas de tecido inso lúvel encontradas nos cérebros de pessoas com mal de Alzheimer plasticidade 1 Variação da modificabilidade do desempenho 2 Modificabilidade ou modela gem do cérebro por meio da experiência pósmaduro referese ao feto que ainda não nasceu passadas duas semanas da data devida ou 42 semanas após o último ciclo menstrual da mãe pragmática 1 O conhecimento prático neces sário para usar a linguagem para fins de comu nicação 2 Conjunto de regras linguísticas que regem o uso da linguagem para comunicação preconceito Atitude desfavorável em relação a membros de certos grupos diferentes do da própria pessoa principalmente grupos raciais ou étnicos preferência visual Tendência dos bebês a passar mais tempo olhando para uma imagem e não para outra presbiacusia Perda gradual da audição associa da à idade que se acelera depois dos 55 anos especialmente em relação a sons de frequências mais altas presbiopia Perda progressiva associada à idade da capacidade dos olhos para focalizar objetos próximos devido à perda de elasticidade do cristalino princípio cefalocaudal Princípio segundo o qual o desenvolvimento ocorre de cima para baixo isto é as partes superiores do corpo desenvolvemse antes das partes inferiores princípio próximodistal Princípio segundo o qual o desenvolvimento ocorre de dentro para fora isto é as partes do corpo próximas ao cen tro desenvolvemse antes das extremidades procuração com vigência indeterminada Instrumento legal que elege um indivíduo para tomar decisões em caso de incapacitação da outra pessoa produtividade versus inferioridade Quarto estágio do desenvolvimento psicossocial de Erikson no qual a criança deve aprender as ha bilidades produtivas que sua cultura requer ou então enfrentar sentimentos de inferioridade programas de aceleração Programas para educação de superdotados que os fazem avan çar no currículo a um ritmo excepcionalmente rápido programas de enriquecimento Programas para educação de superdotados que ampliam e aprofundam o conhecimento e as habilidades por meio de atividades extras projetos estudos de campo ou tutoria psicologia evolucionista Aplicação dos prin cípios de Darwin da seleção natural e sobrevi vência dos mais adaptados ao comportamento individual psicoterapia individual Tratamento psicológico em que o terapeuta atende cada pessoa indivi dualmente puberdade Processo pelo qual o indivíduo atinge a maturidade sexual e a capacidade de reproduzir punição Processo em que um comportamento é enfraquecido diminuindo a probabilidade de repetição raciocínio dedutivo Tipo de raciocínio lógico que parte de uma premissa geral sobre uma classe para uma conclusão sobre um determina do membro ou membros da classe raciocínio hipotéticodedutivo Capacidade segundo Piaget que acompanha o estágio operatórioformal de desenvolver considerar e testar hipóteses raciocínio indutivo Tipo de raciocínio lógico que parte de observações particulares sobre membros de uma classe para uma conclusão geral sobre aquela classe radicais livres Moléculas ou átomos instáveis e altamente reativos formados durante o metabo lismo que podem causar danos físicos internos reações circulares Na terminologia de Piaget processos pelos quais o bebê aprende a reprodu zir ocorrências desejadas originalmente desco bertas ao acaso realização de identidade Estado de identida de descrito por Marcia que é caracterizado por compromisso com as escolhas feitas após uma crise um período gasto na exploração de alternativas reavaliação de vida Recordação da vida da pessoa para ver a sua importância rebeldia adolescente Padrão de tumulto emocional característico de uma minoria de adolescentes que pode envolver conflito com a família alienação da sociedade adulta com portamento impulsivo e rejeição dos valores adultos recentralização Processo subjacente à mudança para uma identidade adulta reconhecimento A capacidade de identificar um estímulo encontrado anteriormente recuperação Processo pelo qual a informação é acessada ou trazida de volta do armazenamento na memória recuperação baseada na visualização Proces so de recuperar o som de uma palavra impressa ao ver a palavra inteira referenciação social Compreensão de uma situação baseada na percepção de outra pessoa reforço Processo em que um comportamento é fortalecido aumentando a probabilidade de que seja repetido regulação mútua Processo em que o bebê e o cuidador comunicam estados emocionais um para o outro e respondem de acordo relógio social Conjunto de normas ou expec tativas culturais para os momentos da vida em que certos eventos importantes como casar ter filhos começar a trabalhar e aposentarse devem ocorrer representações únicas Na terminologia neo piagetiana primeiro estágio no desenvolvimento da autodefinição no qual a criança descreve a si mesma em termos de características individuais desconexas e em termos de tudo ou nada reserva cognitiva Fundo hipotético de energia que pode possibilitar ao cérebro deteriorado continuar funcionando normalmente 1Papaliaglossario2indd 666 1Papaliaglossario2indd 666 010213 1119 010213 1119 Glossário 667 resiliência do ego 1 A capacidade de adaptar se flexível e desembaraçadamente a possíveis fontes de estresse 2 Capacidade dinâmica de modificar o próprio nível de controle do ego em resposta a influências ambientais e contextuais retenção Estratégia mnemônica para manter um item na memória operacional por meio de repetição consciente retirada do amor Estratégia disciplinar que envolve ignorar isolar ou mostrar desagrado por uma criança revisão da meiaidade Exame introspectivo que frequentemente ocorre na meiaidade levando a reavaliação e a revisão de valores e prioridades roteiro script Esboço geral memorizado de um evento familiar e repetido usado para guiar o comportamento segregação de gênero Tendência a escolher companheiros de brinquedo do próprio sexo seleção randômica Seleção de uma amostra de tal modo que cada pessoa em uma população tenha chances iguais e independentes de ser escolhida senescência Período da vida marcado por declí nios no funcionamento físico normalmente as sociados à idade começa em idades diferentes para pessoas diferentes seriação Capacidade de ordenar itens segundo a sua dimensão síndrome alcoólica fetal Combinação de ano malias mentais motoras e do desenvolvimento que afeta os filhos de algumas mulheres que bebem muito durante a gravidez síndrome da imunodeficiência adquirida AIDS Doença viral que enfraquece o funcio namento eficaz do sistema imunológico síndrome da morte súbita infantil SIDS Morte súbita inexplicável de um bebê aparente mente saudável síndrome da portagiratória Tendência dos adultos jovens que já deixaram a casa dos pais a voltar quando enfrentam problemas financeiros conjugais ou outros síndrome de Down Transtorno cromossômico caracterizado por retardo mental entre modera do e severo e por sinais físicos como a pele do brada para baixo nos cantos internos dos olhos Também chamado de trissomia21 síndrome de tensão prémenstrual STPM ou TPM Transtorno produzindo sintomas de desconforto físico e tensão emocional por até duas semanas antes de um período menstrual síndrome do bebê sacudido Forma de maus tratos em que sacudir um bebê ou uma criança pequena pode causar danos cerebrais paralisia ou morte sintaxe Regras para formar sentenças em uma determinada língua sistema nervoso central O cérebro e a medula espinhal sistemas de ação 1 Combinações cada vez mais complexas de habilidades motoras que permitem um espectro mais amplo ou mais preciso de movimentos e um maior controle do ambiente 2 Combinações cada vez mais complexas de habilidades que permitem uma variedade mais ampla ou mais precisa de movi mentos e mais controle do ambiente sistemas representativos Na terminologia neopiagetiana o terceiro estágio no desenvolvi mento da autodefinição caracterizado por tole rancia equilíbrio e pela integração e avaliação de vários aspectos da identidade Situação Estranha Técnica de laboratório utili zada para estudar o apego do bebê socialização O desenvolvimento de hábitos ha bilidades valores e motivações compartilhadas por membros responsáveis e produtivos de uma sociedade socialização cultural Práticas parentais que ensinam às crianças sobre sua herança racial étnica e promovem as práticas culturais e o orgulho cultural sorriso antecipatório O bebê sorri ao ver um objeto e depois olha para um adulto enquanto ainda sorri sorriso social Começando no segundo mês bebês recémnascidos olham para seus pais e sorriem para eles sinalizando participação posi tiva no relacionamento suicídio assistido Suicídio em que um médico ou qualquer outra pessoa ajuda alguém a tirar a própria vida tanatologia Estudo sobre a morte e o morrer tarefas do desenvolvimento Nas teorias do estágio normativo desafios típicos que precisam ser dominados para a adaptação bemsucedida a cada estágio de vida taxa de mortalidade infantil Proporção de bebês nascidos vivos que morrem no primeiro ano de vida técnicas indutivas Técnicas disciplinares des tinadas a induzir comportamento desejável por apelo à racionalidade e ao senso de justiça da criança temperamento Disposição característica ou estilo de abordagem e reação a situações tempo de vida O período mais longo que os membros de uma espécie podem viver tendência secular Tendência que pode ser vista apenas observando diversas gerações tal como a tendência a alcançar mais cedo a altura adulta e a maturidade sexual que começou um século atrás em alguns países teoria Conjunto coerente de conceitos logi camente relacionados que procura organizar explicar e prever os dados teoria bioecológica Abordagem de Bronfen brenner para entender processos e contextos do desenvolvimento humano e que identifica cinco níveis de influência ambiental teoria da aprendizagem social Teoria segundo a qual os comportamentos são aprendidos pela observação e imitação de modelos Também chamada de teoria social cognitiva teoria da atividade Teoria do envelhecimento proposta por Neugarten e outros que sustenta que para envelhecer bem uma pessoa deve per manecer tão ativa quanto possível teoria da continuidade Teoria do envelhe cimento descrita por Atchley que sustenta que para envelhecer bem as pessoas devem manter um equilíbrio entre a continuidade e a mudança nas estruturas interna e externa de suas vidas teoria da mente Consciência e entendimento de processos mentais teoria da seleção sexual Teoria de Darwin de que os papéis de gênero se desenvolveram em resposta às necessidades reprodutivas diferentes dos homens e das mulheres teoria da seletividade socioemocional Teoria proposta por Carstensen de que as pessoas selecionam contatos sociais com base na evolução da importância relativa das intera ções sociais como fonte de informação auxílio no desenvolvimento e manutenção de um autoconceito e como uma fonte de bemestar emocional teoria das inteligências múltiplas de Gardner Teoria de Gardner de que cada pessoa tem vá rias formas diferentes de inteligência teoria do comboio social Teoria proposta por Kahn e Antonucci de que as pessoas passam pela vida cercadas por círculos concêntricos de relacionamentos íntimos dos quais elas se valem em busca de assistência bemestar e apoio social teoria do desengajamento Teoria do envelhe cimento proposta por Cumming e Henry que sustenta que o envelhecimento bemsucedido é caracterizado pelo mútuo afastamento entre idosos e sociedade teoria do esquema de gênero Teoria proposta por Sandra Bem segundo a qual a criança socializase em seus papéis de gênero desenvol vendo uma rede de informações mentalmente organizada sobre o que significa ser masculino ou feminino em uma determinada cultura teoria do processo de identidade TPI Teoria do desenvolvimento da identidade de Whitbourne baseada em processos de assimila ção e acomodação teoria dos estágios cognitivos Teoria de Piaget segundo a qual o desenvolvimento cognitivo da criança avança em uma série de quatro estágios que envolvem tipos qualitativamente distintos de operações mentais teoria dos sistemas dinâmicos TSD Teoria de Esther Thelen segundo a qual o desenvolvi mento motor é um processo dinâmico de coor denação ativa de múltiplos sistemas do bebê em relação ao ambiente teoria ecológica da percepção Teoria desen volvida por Eleanor e James Gibson que descre ve o desenvolvimento das habilidades motoras e perceptuais como partes interdependentes de um sistema funcional que orienta o comporta mento em diversos contextos teoria social cognitiva Expansão da teoria da aprendizagem social de Albert Bandura ela afirma que as crianças aprendem os papéis de gênero por meio da socialização teoria sociocultural Teoria de Vygotsky sobre os fatores contextuais que afetam o desenvolvi mento da criança teoria triangular do amor Teoria de Sternberg de que os padrões de amor dependem do equi líbrio entre três elementos intimidade paixão e compromisso teoria triárquica da inteligência de Sternberg Teoria de Sternberg descrevendo três elementos da inteligência componencial experiencial e contextual teorias de programação genética Teorias que explicam o envelhecimento biológico como 1Papaliaglossario2indd 667 1Papaliaglossario2indd 667 010213 1119 010213 1119 668 Glossário resultado de uma programação geneticamente determinada teorias de taxas variáveis Teorias que expli cam o envelhecimento biológico como sendo o resultado de processos que variam de pessoa para pessoa e são influenciados pelos ambientes interno e externo algumas vezes chamada de teorias dos erros terapia comportamental Abordagem terapêuti ca que utiliza princípios da teoria da aprendiza gem para encorajar comportamentos desejáveis ou eliminar comportamentos indesejáveis tam bém chamada de modificação comportamental terapia familiar Tratamento psicológico em que o terapeuta trata toda a família em conjunto para analisar padrões de atividade familiar terapia hormonal TH Tratamento com estro gênio artificial às vezes em combinação com a progesterona hormonal para aliviar ou evitar os sintomas causados pela queda dos níveis de estrogênio após a menopausa terapia medicamentosa Administração de medicamentos para tratar transtornos emo cionais teratógeno Agente ambiental como por exem plo vírus drogas radiações que pode interferir com o desenvolvimento prénatal normal e causar anormalidades Teste de avaliação do desenvolvimento de Denver Teste aplicado a crianças de 1 mês a 6 anos para determinar se elas estão se desen volvendo normalmente Teste de Habilidade Escolar de OtisLennon OLSAT8 Teste de inteligência coletivo para crianças desde o jardim da infância até o ensino médio teste de Habilidades Triárquicas de Sternberg STAT Teste que busca medir as inteligências componencial experiencial e contextual testes culturalmente justos Testes de inteli gência que lidam com experiências comuns a várias culturas visando eliminar o viés cultural testes de desenvolvimento Testes psicomé tricos que comparam o desempenho do bebê numa série de tarefas com normas padronizadas para idades específicas testes de QI quociente de inteligência Testes psicométricos que procuram medir a in teligência comparando o desempenho de quem responde ao teste com normas padronizadas testes dinâmicos Testes baseados na teoria de Vygotsky que enfatizam mais o potencial do que a aprendizagem passada testes livres de aspectos culturais Testes de inteligência que se fossem possíveis de con ceber não teriam nenhum conteúdo cultural associado testes pertinentes à cultura Testes de inte ligência que utilizam e se ajustam a conteúdo relacionado à cultura tipificação de gênero 1 Processo de socializa ção em que as crianças ainda em tenra idade aprendem os papeis apropriados de gênero 2 Processo de socialização pelo qual a criança ainda pequena aprende a se apropriar dos pa péis de gênero transdução Termo de Piaget para a tendência de uma criança préoperatória a vincular men talmente determinados fenômenos havendo ou não uma relação causal lógica transferência intermodal Capacidade de uti lizar informações obtidas por meio de um dos sentidos para orientar outro transmissão multifatorial Combinação de fa tores genéticos e ambientais que produz certos traços complexos transtorno da conduta TC Padrão repetitivo e persistente de comportamento agresssivo e antissocial violando as normas sociais ou os direitos dos outros transtorno de ansiedade de separação Condição envolvendo ansiedade excessiva e prolongada por estar longe de casa ou de pes soas a quem a criança é ligada transtorno de ansiedade generalizada An siedade que não se concentra em nenhum alvo específico transtorno de déficit de atençãohiperativi dade TDAH Síndrome caracterizada por desatenção e distração persistentes impulsivi dade baixa tolerância à frustração e atividade excessiva inoportuna transtorno desafiador de oposição TDO Padrão de comportamento persistindo até a terceira infância marcado por negatividade hostilidade e desafio transtorno obsessivocompulsivo TOC An siedade despertada por pensamentos repetitivos e intrusivos imagens ou impulsos que geral mente levam a comportamentos ritualísticos compulsivos troca de código Mudança na fala para corres ponder à situação como acontece com pessoas que são bilíngues troca de gêneros Termo de Gutmann para a inversão dos papéis de gênero após o término da parentalidade ativa ultrassom Procedimento clínico prénatal que uti liza ondas sonoras de alta frequência para detectar os contornos do feto e seus movimentos de modo a determinar se a gravidez segue normalmente variável dependente Num experimento a condição que pode ou não se alterar como re sultado de mudanças na variável independente variável independente Num experimento a condição sobre a qual o experimentador exerce controle direto viés cultural Tendência dos testes de inteligên cia a incluir itens que exigem conhecimento ou habilidades mais familiares ou significativas para alguns grupos culturais do que para outros viés de atribuição hostil Tendência a perceber os outros como querendo machucálo e a revi dar como retaliação ou autodefesa violação de expectativas Método de pesquisa em que a desabituação a um estímulo que con flita com a experiência é tomada como evidên cia de que o bebê reconhece o novo estímulo como algo que o surpreende zigoto Organismo unicelular resultante da fecundação zona de desenvolvimento proximal ZDP 1 Termo utilizado por Vygotsky para dife renciar o que a criança pode fazer sozinha e o que ela pode fazer com ajuda 2 Termo de Vygotsky para a diferença entre o que uma criança pode fazer sozinha e o que a criança pode fazer com ajuda 1Papaliaglossario2indd 668 1Papaliaglossario2indd 668 010213 1119 010213 1119 Referências Aaron V Parker K D Ortega S Calhoun T 1999 The extended family as a source of support among African Americans Challenge A Journal of Research on African American Men 102 2336 Abbott R D White L R Ross G W Masaki K H Curb J D Petrovitch H 2004 Walking and dementia in physically capable elderly men Journal of theAmerican 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2Papaliareferenciasindd 758 010213 1119 010213 1119 Créditos TEXTO E ILUSTRAÇÕES Capítulo1 Figura 11 De Rethinking Poverty Report on the World Social Situation 2010 New York United Nations Department of Economic and Social Affairs 2009 Figura II p 14 Copyright by United Nations 2009 Reimpresso com permissão Figura 12 De Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 12ª ed p 11 Figura 11 a b Copyright 2011 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc Capítulo 2 Figura 21 De The Development of Children por Michael Cole e Shelia R Cole 1989 by Michael Cole e Shelia R Cole e Judith Boies Usado com permissão da Worth Publishers Capítulo 3 Figura 34 De Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 12ª ed p 67 Figura 34 Copyright 2011 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc Figura 37 De Diane E Papalia Sally Wendkos Olds e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 8ª ed Copyright 1999 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGraw Hill Companies Inc Capítulo 4 Figura 41 De Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 12ª ed p 109 Figura 51 Copyright 2011 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc Figura 43 Arte por Patricia J Wynne de H Lagercrantz e T A Slotkin The stress of being born Scientific American 2544 1986 pp 100107 Reimpresso com permissão de Patricia J Wynne Figura 44 De Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 12ª ed p 121 Figura 54 Copyright 2011 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc Figura 45 De The State of the Worlds Children 2009 Maternal and Newborn Health p 10 Figura 14 United Nations Childrens Fund UNICEF December 2008 Reimpresso com permissão Figura 46 De Diane E Papalia Sally Wendkos Olds e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 11ª ed Figura 68 Copyright 2008 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc Figura 49 De Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 12ª ed p 137 Figura 62 Copyright 2011 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc Figura 410 Adaptado das ilustrações de Tom Prentiss de W Maxwell Cowan The Development of the Brain Scientific American September 1979 p 116 Usado com permissão de Nelson H Prentiss Capítulo 5 Tabela 51 De Diane E Papalia Sally Wendkos Olds e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 11ª ed Copyright 2008 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc Capítulo 6 Figura 61 De Michael Lewis The Self in self conscious emotions Annals of the New York Academy of Sciences vol 818 The Self across Psychology SelfRecognition SelfAwareness and the Self Concept ed J G Snodgrass e R L Thompson June 1997 p 120 Figura 1 Copyright 1997 by the New York Academy of Sciences Reimpresso com permissão da John Wiley Sons Inc Figura 62 De Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 12ª ed p 228 Figura 82 Copyright 2011 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc Tabela 64 De Diane E Papalia Sally Wendkos Olds e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 11ª ed Copyright 2008 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão Capítulo 7 Tabela 71 De Diane E Papalia Sally Wendkos Olds e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 9ª ed p 213 Copyright 2002 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão Figura 72 De Rhoda Kellogg Analyzing Childrens Art Mountain View CA Mayfield Publishing Company 1970 Copyright 1969 1970 by Rhoda Kellogg Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc p 254 Segurança Alimentar de Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 12ª ed p 247 Copyright 2011 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc Figura 73 De Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 12ª ed p 248 Figura 93 Copyright 2011 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc p 256 Comparação da mortalidade infantil De Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 12ª ed p 248 Copyright 2011 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc p 257 Causas principais de morte em crianças De The global Burden of Disease atualização de 2004 WHO 2008 p 14 Figura 5 World Health Organization 2008 Reimpresso com permissão Tabela 75 De Diane E Papalia Sally Wendkos Olds e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 9ª ed p 237 Copyright 2002 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc Figura 74 De Diane E Papalia Sally Wendkos Olds e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 10ª ed p 270 Figura 101 Copyright 2006 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc Figura 76 De Diane E Papalia Sally Wendkos Olds e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 10ª ed p 241 Copyright 2002 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc Capítulo 8 Tabela 82 Adaptado de M B Parten Social play among preschool children Journal of Abnormal and Social Psychology 27 1943 pp 32433269 Capítulo 9 Figura 91 De N Gogtay et al Dynamic mapping of human cortical development during childhood through early adulthood Proceedings of the National Academy of Sciences of the USA 101 p 8178 da Figura 3 2004 National Academy of Sciences USA Figura 92 De Margie Peden et al World Report on Child Injury Prevention WHO 2008 p 6 Figura 11 World Health Organization 2008 Reimpresso com permissão Capítulo 11 Figura 111 Figura 1 de Buck Louis G et al Environmental Factors and puberty timing 3Papaliacreditosindd 759 3Papaliacreditosindd 759 010213 1118 010213 1118 760 Créditos Expert panel research needs Reproduzido com permissão de Pediatrics vol 121 Supplement 3 pp S192S207 copyright 2008 by the AAP Figura 112 De N Gogtay et al Dynamic mapping of human cortical development during childhood through early adulthood Proceedings of the National Academy of Sciences of the USA 101 p 8178 Figura 3 Copyright 2004 National Academy of Sciences USA Tabela 111 De Diane E Papalia e Ruth Duskin Feldman A Childs World Infancy through Adolescence 12ª ed p 407 Tabela 153 Copyright 2011 by The McGrawHill Companies Inc Reimpresso com permissão de The McGrawHill Companies Inc Tabela 113 De L Kohlberg Stage and sequence The cognitivedevelopment approach to 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Russell Sage Foundation 112 E 64th Street New York NY 10065 Reimpresso com permissão Tabela 141 De R J Sternberg A Triangular Theory of Love Reimpresso com permissão de Robert J Sternberg Capítulo 16 Tabela 162 De J Block 1991 Prototypes for the California Adult QSet Berkeley Department of Psychology University of California Usada com permissão do professor Jack Block Tabela 163 Adaptado de Corey Lee M Keys e Carol D Ryff Psychological WellBeing in Midlife Em S L Willis e J D Reid eds Life in the Middle Psychological and Social Development in Middle Age p 163 Tabela 1 Copyright 1999 by Academic Press Reimpresso com permissão da Elsevier Figura 162 De Carstensen L L Gross J J Fung H H 1997 The social context of emotional experience Annual Review of Gerontology and Geriatrics 17 ed K Warner Schaie e M Powell Lawton p 331 Figura 122 Copyright 1998 by Springer Publishing Company Inc Reproduzido com a permissão de Springer Publishing Company LLC Capítulo 17 Figura 173 De Fifty Midlife in Perspective por Herant Katchadourian 1987 by W H Freeman and Company Usado com permissão do autor Figura 174 De J Botwinick em Aging and Behavior 3ª edição Springer Publishing Company Inc Usado com permissão de Joan Botwinick Capítulo 18 p 604 Rita Duskin Haiku Sound and Light 1987 Usado com permissão Capítulo 19 Tabela 192 Tabela p 517 da American Academy of Pediatrics Committee on Psychosocial Aspects of Child and Family Health The Pediatrician and Childhood Bereavement Reproduzido com permissão de Pediatrics vol 89 pp 516518 copyright 1992 by the APP FOTOS Capítulo 1 Abertura Image SourceGetty Images p 37 Living Art Enterprises LLCPhoto Researches p 38 IT Stock FreeAlamy p 43 Blend ImagesAlamy p 47 Mark AndersenGetty Images p 48 Digital Archive JapanAlamy p 49 NinaLeenTimePixGetty Images Capítulo 2 Abertura Lewis J MerrimPhoto Researchers p 58 Nancy NeyDigital VisionGetty Images p 59 Mary Evans Picture LibrarySigmund Freud Copyrights p 61 BettmannCorbis p 64 Laura Dwight p 65 Bill AndersonPhoto Researchers p 66 A R LuriaDr Michael Cole Laboratory of Human Cognition University of California San Diego p 73 Lawrence MigdalePhoto Researchers p 74 DrScott T GraftoVisuals Unlimited Capítulo 3 Abertura Hill Street StudioBlend Images Getty Images p 87 Pascal Goetgheluck Photo Researchers p 91 Rubberball Getty Images p 93 Science Photo Library RFGetty Images p 97 StockbyteVeer p 101 T K WanstalThe Image Works p 103 Daniel Dempster Photography Alamy p 106 Digital VisionPunchStock p 108 1 m Petit FormatNestleScience SourcePhoto Researchers p 108 7 s Petit FormatNestleScience SourcePhoto Researchers p 108 3 m Lennart Nilsson Albert Bonniers Forlag AB A CHILD SI BORN Dell Publishing Company p 108 4 m J S Allen p 108 5 m James Stevenson Photo Researchers p 109 6 m Lennart NilssonAlbert Bonniers Forlag p 109 7 m Petit FormatNestleScience SourcePhoto Researchers p 109 8 m Petit Format NestleScience SourcePhoto Researchers p 109 9 m Tom GalliherCorbis p 112 Jose Luis PelaezBlend ImagesAlamy p 115 George Steinmetz Capítulo 4 Abertura Maya Barnes JohansenThe Image Works p 133 Viviane MoosCorbis Images p 139 David YoungWolffPhotoEdit p 140 Chuck SavageCorbis Images p 141 Cortesia Dr Emmy Werner p 146 Mark ThomasSPLPhoto Researchers p 149 Scott T BaxterGetty Images p 150 Dennis MacDonaldPhotoEdit p 153 CreatasPunchStock p 156 acima à esquerda AstierPhoto Researchers p 156 acima centro Lew MerrimPhoto Researchers p 156 acima à direita Laura Dwight p 156 abaixo à esquerda Laura Dwight p 156 abaixo centro Elizabeth Crews p 156 abaixo à direita Elizabeth Crews p 160 esquerda Erika Stone p 160 centro Elizabeth Crews p 160 direita Jennie WoodcokCorbis Images p 163 acima Innervisions p 163 abaixo Steve MainesStock Boston Capítulo 5 Abertura Tony MetaxasAsia ImagesGetty Images p 171 Mary Ellen Mark p 172 BananastockPictureQuest p 174 White RockGetty Images p 176 Laura Dwight p 181 Doug GoodmanPhoto Researchers p 182 DeLoache J S Uttal D H Rosengren K S 2004 Erros de escala evidenciam a dissociação percepçãoação nos primeiros anos de vida Science 304 1047 1029 Foto de Jackson Smith Reimpresso com permissão de AAAS p 188 Laura Dwight p 196 PhotoDiscGetty Images p 199 Michael NewmanPhotoEdit p 201 RedlinkCorbis p 202 Brand X Pictures PunchStock Capítulo 6 Abertura Bob LewineTetra ImagesCorbis p 210 BananastockPictureQuest p 211 acima FrareDavis PhotographyBrand X Corbis p 211 centro Amos MorganGetty Images p 211 abaixo Comstock Images p 212 Cortesia de Primo Pelczynski p 215 Camille TokerudGetty Images p 217 Harlow Primate Laboratory University of Wisconsin p 218 Don HammondDesign PicsCorbis p 220 Jonathan Finlay p 223 Michael NewmanPhotoEdit p 227 Laura Dwight p 228 Geoff ManasseGetty Images p 233 EastcottThe Image Works Capítulo 7 Abertura Laura Dwight p 249 Laura Dwight p 250 esquerda Laura Dwight p 250 centro PhotoDiscGetty Images 3Papaliacreditosindd 760 3Papaliacreditosindd 760 010213 1118 010213 1118 Créditos 761 p 250 direita Miro VintonStock Boston p 253 David YoungWolffPhotoEdit p 258 Tony FreemanPhotoEdit p 261 Erika stone p 266 Tony Freeman Photo Edit p 269 PurestockPunchstock p 271 Erika Stone p 275 Ellen Senisi TheImage Works Capítulo 8 Abertura Tony MataxasAge Fotostock p 285 Phoebe DunnStock ConnectionDistribution Alamy p 286 NancyRichmondThe Image Works p 289 Leanna Rathkelly Getty Images p 298 David YoungWolff PhotoEdit p 300 Rob Van PettenDigital VisionGetty Images p 304 Laura Dwight p 306 Ellen B SenisiPhoto Researchers p 308 AP ImagesDave Umberger p 310 Nita Winter Capítulo 9 Abertura MoodboardAge Fotostock p 319 Michael NewmanPhotoEdit p 322 David YoungWolffPhotoEdit p 327 Laura Dwight p 328 David LassmanThe Image Works p 334 Image 100 Ltd p 338 Ellen Senisi p 342 Ellen SenisiThe Image Works p 344 Digital Vision p 348 Michael NewmanPhoto Edit Capítulo 10 Abertura Christopher FitzgeraldThe Image Works p 357 Michael JusticeThe Image Works p 359 Image SourceGetty Images p 360 C BoretzThe Image Works p 363 Laura DwightPhotoEdit p 365 Fancy PhotographyVeer p 367 James R HollandStock Boston p 370 Erika Stone p 372 Don HammondDesign Pics Inc Alamy p 373 Jonathan NourokPhotoEdit p 378 Michael NewmanPhotoEdit Capítulo 11 Abertura Juice ImagesPhotolibrary p 389 AP ImagesEnric Marti p 397 Mary Kate DennyPhotoEdit p 394 David Young WolffPhotoEdit p 398 RichardNowitz Photo Researchers p 401 DougMenuez Getty Images p 403 Amos MorganGetty Images p 412 Photodisc Collection Getty Images p 417 Bob DaemmrichThe ImageWorks Capítulo 12 Abertura Red ChopsticksPhotolibrary p 423 Michael PoleCorbis p 428 Ryan McVay GettyImages p 434 Fox SearchlightThe Kobal CollectionGregory Doane p 435 Erika Stone p 441 Bob DaemmrichThe Image Works p 442 Brand X Pictures Alamy p 445 Joel Gordon Capítulo 13 Abertura Ariel SkelleyCorbis p 453 Digital VisionGetty Images p 454 Digital VisionGetty Images p 456 Ulrich BaumgartenVario Images GmbH Co KG Alamy p 457 Ryan McVayGetty Images p 459 David WellsThe Image Works p 460 RoyaltyFreeCorbis p 465 AP ImagesMinot Daily News p 475 Doug MenuezGetty Images p 477 David YoungWolffPhotoEdit Capítulo 14 Abertura Hill Street StudiosPhotolibrary p 485 MikeKempRubberballGetty Images p 487 JupiterImagesThinkstock Alamy p 489 Mark ScottGetty Images p 494 Digital VisionGetty images p 496 AP ImagesPaul Sancya p 500 AP ImagesAman Sharma p 503 Creatas JupiterImages Capítulo 15 Abertura Keith BrofskyBlend ImagesCorbis p 513 AP ImagesElaineThompson p 514 PhotodiscGettyImages p 518 Bob ThomasGetty Images p 524 Ron ChappleGetty Images p 525 esquerda Susumu NishinagaPhoto Researchers p 525 direita Steve GschmeissnerPhoto Researchers p 526 The McGrawHill Companies IncAndrew Resek fotógrafo p 527 BananaStockAlamy p 528 Brian YarvinThe Image Works p 534 RoyaltyFreeCorbis p 535 Lester Cohen WireImageGettyImages Capítulo 16 Abertura PictureBlend ImagesAge Fotostock p 545 Getty Images p 548 Laura Dwight p 550 AP Images p 552 AP ImagesLasCruces Sunnews Norm Dettlaff p 558 Lars A Niki p 562 David Young WolffPhotoEdit p 565 CameramannThe Image Works Capítulo 17 Abertura Dex ImageCorbis p 572 AP ImagesAndrew Parsons p 576 Digital VisionPunchStock p 580 AP Images Darron Cummings p 583 ambas Science VUNIHVisuals Unlimited p 588 Boiffin VivierreExplorerPhoto Researchers p 592 ambas Arte de Esther Lipman Rosenthal Photos cortesia de Linda Lee Goldman p 593 Dr Robert FriedlandScience Photo Library Photo Researchers p 598 Marko Hagerty Getty Images Capítulo 18 Abertura Joselito BrionesGetty Images p 607 acima HansJuergen WegeepaCorbis p 607 abaixo Skip ORourkeThe Image Works p 611 AP ImagesMukhtar Khan p 613 Steve MasonGetty Images p 617 Jim WestAlamy p 620 JournalCourier Clayton StalterThe Image Works p 625 StockbyteGetty Images p 628 Bill Aron PhotoEdit p 631 Matthew Jordan Smith LVA Represents Capítulo 19 Abertura Con TanasiukDesign Pics AgeFotostock p 638 Bob Daemmrich Daemmrich Photography p 639 Mark GibbonsAlamy p 640 Spohn Mattieu Getty Images p 644 Michael Newman PhotoEdit p 645 ColinPatersonGetty Images p 649 Jose Luis Pelaez IncCorbis Images p 655 RoyaltyFreeCorbis 3Papaliacreditosindd 761 3Papaliacreditosindd 761 010213 1118 010213 1118 Índice Onomástico Aarguard P 584585 AarnoudseMoens C S 141 Aaron V 4243 Abbott R 435 Abbott R D 435 590 Abe A 233 395 Abel E 528 Aber J L 224 231 372 427 Ablard K E 232 Abma J C 429 429431 433 Abraham C R 582583 Abramovitch R 309 Abrams C L 362 Abrams L 531 Abrams M T 290 Abrams S A 316 Abramson T A 630 Acebo C 395 Achenbaum W A 612 Achter J A 349 Ackerman B P 381 Ackerman M J 145 Ackerman S 530 Acosta A 149 Acosta M T 348 Adam E K 224 Adams B N 496 507 Adams C 534535 Adams K F 521522 Adams L A 248249 Adams L F 463464 Adams R 437 Adams R G 559 628 Adams S H 453 Addington A M 106 Addis M E 523524 Ades P A 584585 AdlerBaeder F 507 Adolph K E 160 162 163 Afifi T D 487 Afrank J 445 Agahi N 613 Agerbo E 106 Agree E M 630 Ahacic K 613 Ahadi S A 213 Ahlberg C 294295 Ahmed A 620 Ahmed S 339 Ahmeduzzaman M 219 Ahnert L 223 235 Ahrons C R 362 363 Ainsworth M 220 221 Aitken L 587 Aitkin M 120 Ajrouch K J 623 Akande A 379 Akinbami L 323324 Akitsuki Y 358 Akiyama H 551 554 555 559 560 622 624 628 Aksan N 228 229 231 232 522523 Akutsu H 583584 Alagappan R K 464465 Alaimo K 253 Albert D B 435 Albert J M 522523 Alberts J R 112 Albus K E 224 Aldwin C M 116 Alexander C 457 Alexander K L 341 343 Alexander T M 455 Alfred Lord Tennyson 168 Aligne C A 116 323324 Alipuria L 487 Allaire J C 638 Allan G 559 Allemand M 607 Allen G L 332333 Allen I E 475 Allen J P 435 441 485 Allen J R 184 Allen K R 559 566 Allen L 427 Allen N B 377 Allik J 544 Allison P D 626 Alloway T P 330331 Almeida D M 527 600 AlmquistParks L 310 Alp I E 471 Alper C M 528 Alpern L 224 Alpert L 579 Als H 157 Altarac M 346 Altobelli J 501 Altschul I 427 Aluti A 98 Alwin J 235 Amaral D G 154 Amato P J 440 Amato P R 362365 487 499 501 507 Ambrosini P J 348 Amedi A 157 Ames E W 157 Amirkhanyan A A 563 Amler R W 258 Amler S 258 Amlie C 366 Amsel E 325 Amsel L B 188 Amso D 317 318 Anastasi A 76 332333 349 Andersen P 104 Anderson A 586 Anderson A H 339 Anderson C 373 Anderson C A 372 373 Anderson D 295 Anderson D A 295 Anderson D R 187 276 373 Anderson K J 219 Anderson K N 182 Anderson M 374 Anderson P 140 Anderson R N 145 146 403 453 Anderson S E 253 391 392 Anderssen N 366 Andrews A 254 AndrewsHanna J R 582583 Angel J L 611 Angel R J 611 Angelelli J 360 Angelou M 45 Angold A 79 377 Annas G J 650 Anthony J C 445 Anthony J L 275 Antonenko O 473 Antonio A L 477 555 560 562564 Antonucci T 551 554 555 559 560 622 624 628 Antonucci T C 554556 559561 563 622 623 Apfelbaum E P 357 Apgar V 135 Aptekar S 488 Aquilino W S 487 488 561 Archer A H 182 Archer J 288 291 300 306 370 Archer S L 424425 ArcosBurgos M 348 Arcus D 216 Arend R 223 Arent S M 455 Arias E 139 144 575577 Arking R 580 Armer M 299 Armstrong M A 117 Arnestad M 145 Arnett J J 435 452 453 456 487 490 491 Arnold S E 590 Aronow W S 620 Arrich J 522523 Arrighi H M 590 Arterberry M E 159 Artistico D 596 Asendorpf J B 493 Asher M I 323324 Asher S R 369 Asherson P 92 Ashikaga T 584585 Ashman S B 226 Ashmead D H 162 Aslin R N 202 Asplund C L 415 Asthana S 519 Astington J W 264 Aszmann A 394 Atchley R C 613 Atella L D 118 Athansiou M S 378 Atkins R 545 Atkinson L 224 Atkinson R 435 Attanucci J 175 Atzmon G 579 Au T K 273 Augustyn M 117 Auinger P 323324 Auman C 596 Aumiller K 369 Aunola K 486 Austin E W 402 Ausubel N 636 637 Auyeng B 290 Avis N 529 Avis N E 517521 Avolio B J 537 Ayanian J Z 523524 AznarCasanova J 516 Babchuk N 628 Babu A 99 Bach P B 522523 Bachand A M 118119 Bachman J G 399 400 461 Back M D 493 Backman J 452 Bäckman L 638 Backus M M 647 Bada H S 117 Baddeley A 268 Baddeley A D 330331 Bade U 215 Badger S 496 Badrick E 611 Baer J S 116 Bagwell C L 370 Bailey M D 232 233 Bailey T R 417 Baillargeon R 189191 265 Baillargeon R H 218 288 306 Bainbridge J W B 98 Baines E 319 Baird A A 393 Baird D D 86 464465 Baird G 155 Bakeman R 175 Baker B L 317 Baker D W 522523 Baker J L 322323 Baker L 613 Baker S B 403 BakermansKranenburg M J 221 224 Balaraman G 266 Baldi S 411 Baldwin D A 225 Ball J M 581 Ball K 596 Ball O E 350 Ball S 287 Ballor D L 584585 Balluz L 400 Balluz L S 522523 Balota D A 591 Balsis S 591 609 Baltes M M 614 4PapaliaIndiceonomastico2indd 763 4PapaliaIndiceonomastico2indd 763 010213 1118 010213 1118 764 Índice Onomástico Baltes P B 48 50 492 576577 594 600 601 613 614 638 Baltes P M 3637 Bandura A 60 6465 276 290 293295 307 342343 368 373 416 Bank L 441 445 Banks A 366 Banks D A 581 Banks E 215 Banks M S 159 Barbaranelli C 342343 416 Barber B 438 484 Barber B L 442 Bargh J A 443 586 Barinaga M 594 Barker D J P 106 Barkley R A 347 348 Barlaug D 271 Barlow D H 377 Barlow W 527 Barnes C A 582583 Barnes G M 439 Barnes H V 278 435 Barnes P M 456 Barnett D 220 221 Barnett R 551 560 Barnett R C 504 Barnett W S 66 278 448 Barnhart M A 563 630 BaronCohen S 154 264 267 Barr H M 116 Barr P A 98 Barrett K C 161 226 BarrettConnor E 523526 Barry B K 584585 Barry B K 496 Barth R P 366 Barthel M 223 Bartick M 148 Bartkowski J P 499 Bartlett A 497 Barton J J S 598 Bartoshuk L M 112 158 Bartz J A 132 442 Bartzokis G 516 591 Barzilai N 579 Bascom P B 653654 Baser R E 649 Basso G 479 Bassuk E L 258 Basu R 118119 Bateman D 117 Bates B 224 Bates E 193194 Bates J E 299 301303 307 374 392 445 Bates T C 552553 Batshaw M L 97 Batty G D 597 Bauchner H 149 Bauer D 402 Bauer D J 462464 Bauer M E 581 Bauer P J 180 181 191 218 Baum A 530 Baum S 475 478479 Bauman J M 579 Baumer E P 429430 Baumrind D 301 303 304 413 438 Baumwell L 201 Bauserman R 364 Bavelier D 50 Bayley N 173 Bayliss D M 330331 Beal S J 412 Beals D E 359 Beardslee W R 226 Bearman K 402 Bearman S K 402 Beauchamp G K 112 158 159 Beaulieu L 641 Beautrais A L 402 Beck J C 619 Beck S 93 Becker B J 587588 Becker G S 557 Becker J B 389 Becker J A H 494 Becker M 630 Becker P E 504 Beckett C 158 Beckett N 590 Beckman D 215 Beckwith L 187 Bedford V H 564 631 Beech B 322323 Begg M D 106 Begum N 622 Behne R 213 Behrman R E 46 122 139 322323 Beidas R 380 Beidel D C 376 Beintema D J 137 Bekedam D J 137 Belbin R M 514 Belizzi M 252 Belkin L 443 Bell D C 437 Bell L 478479 Bell L G 437 Bell M A 192 Bell R 113 Bellinger D 259 Bellinger D C 459 Belsky J 49 215 216 223 224 235 236 392 487 Bem S 290 293 BenAri A 501 Benbow C P 350 Bendersky M 307 Benenson J F 300 Benes F M 154 249250 Bengtson V 612 Bengtson V L 559 561 562 564 565 612 629 Benjamin J T 320321 Benjet C 301 302 Benner A D 416 427 Bennett C 369 Bennett D 307 Bennett D A 590 592 598 Bennett D S 240 Bennett J 623 Benowitz N L 459 Benson E 333334 Benson J B 162 190 191 Benson M L 506 Benson N 161 Benson P L 367 Benzer S 580 Berard A 115 Berenson A 118 Berg C A 467468 Berg S J 217 503504 Bergeman C S 103 104 Bergen D 297299 Berger K S 374 375 Berger R 477 Berger R M 628 Berget A 120 Berglund H 429 Bergström R 114 Bering J M 643 Berk L E 273274 Berkman L F 460 622 Berkowitz G S 118119 Berkowitz L 373 Berkowitz R I 150151 Berkowitz R L 118119 Berlin L 300 Berlin L J 302 Berman S 432 Bernadel L 519520 Berndt A E 218 Berndt T J 442 Bernert R A 457 Bernier A 221 231 Berns S 492 Bernstein A B 519520 Bernstein L 456 Bernstein N 618 Bernstein P S 139 Bernzweig J 307 Berrick J D 240 BerruetaClement J R 278 448 Berry M 366 Berry R J 114 Bertenthal B 161 Bertenthal B I 161 162 Berthier N E 162 BertoneJohnson E R 463464 Bethell C D 375 Beumont P J V 398 Beveridge M 118 Beversdorf D Q 118 Bhaskaran K 463464 Bialystok E 266 590 596 Bianchi S 503504 Bianchi S M 503504 BiasonLauber A 90 BibbinsDomingo K 396 Biblarz T J 366 Bickart K C 494 Bickham D 373 Biegel D E 563 564 Bielby D 471 Bienias J L 590 598 Bienvenu O J 492 Bierman K L 306 310 369 Billet S 533534 Billings L M 592 Billings R L 485 Bilsen J 653654 Bimbi D S 462463 Binet A 173 Bingham K 302 Binstock G 498 Birch H G 105 213 Birch L L 253 388 396 Birditt K 560 562 Birditt K S 560 Birmaher B 377 402 Birmingham W 460 Biro F M 389 Bischoff C 576577 Biyanova T 640 Bjelakovic G 578 Bjork J M 393 Bjorklund D F 69 179 180 291 296300 319 329332 347 643 Black A E 303 Black D M 525 Black J E 157 Black K 448 Black M C 506 Black M M 45 Black R E 149 253 255 Blackwell E 530 Blagrove M 457 Blair A 464465 Blair C 279 Blair P S 146 Blair S N 521522 Blais L 115 Blakemore C 153 Blakemore S 393 394 407 Blakeslee S 175 364 BlanchardFields F 467468 596 608 610 Blanco C 378 Blanco K 294 Blankson A N 210 Blaskewicz B J 594595 Blatchford P 319 Blatter K 585 Blazer D G 589 Blehar M C 220 BleskeRechek A 350 Blieszner R 556 559 561566 Blizzard L 145 Block J 360 493 549 Block J H 360 493 Block R W 238 Bloodgood J M 471 Bloom B 349 Bloom P 182 212 267 Bluck S 50 545 Blum R 404 Blum R W 429430 Blumberg S J 375 Blumenthal J A 587588 Blustein D L 479 Bluum L 551 Blyth D A 392 Boatman D 50 Bochukova E G 105 Bocskay K A 118119 Bode J 275 Boden J M 484 Bodkin N L 455 580 Bodner E 572 Bodrova E 299 300 Boerger E A 265 Boerner K 626 640 641 Boersma E R 149 Boffetta P 454 Bogaert A F 429 Bogan H 579 Bogard K 278 Bogatz G A 287 Bogg T 492 Bograd R 626 Bohlin G 300 Boivin M 203 248249 374 Bojczyk K E 182 4PapaliaIndiceonomastico2indd 764 4PapaliaIndiceonomastico2indd 764 010213 1118 010213 1118 Índice Onomástico 765 Bolger N 645 Bollen AM 120 Bollinger M B 323324 Bonanno G A 530 625 640 Bonham V L 47 Bookheimer S Y 516 Bookwala J 558 563 Booth A 363 501 Booth J L 327 Booth J R 341 BoothKewley S 463464 BoothLaForce C 222 Bootzin R R 639 BoRam K 222 Borawski E A 522523 Borchelt M 583584 Borkowski J G 434 Bornstein D 375 Bornstein M H 179 187 197 201 210 300 Borowsky I A 404 Borse N N 146 Bosch J 367 Bosch J D 372 BoschiPinto C 253 Bosman J 276 367 Boss P 143 610 641 Bosshard G 653654 Bosworth H B 623 Botto L 118 Botto L D 113 Botwinick J 594595 Bouchard T J 104 105 461 589 Boucher S M 369 Bouchey H A 429 443 Boudreau J P 49 159 162 Boudreault M A 403 Boukydis C F Z 194 Boulé N G 456 Boulton M J 374 Bourne V J 594 Bousada M 118119 Bower B 264 Bowes J M 411 Bowlby J 60 69 220 221 Bowman S A 320 Boyce W F 374 Boyce W T 255 BoydZaharias J 344 Boyle C 159 Boyles S 120 Brabant S 630 Brabeck M M 410 473 Bracewell M A 140 Brachen S S 341 Bracher G 434 Brackett M A 470 Bradbury T 503504 Bradbury T N 501 626 Bradley R 175 Bradley R H 173175 320 Brady C 361 Braine M 197 Braithwaite S R 457 Brakefield T 457 Bramlett M D 498 499 505 Brandt B 647 Brandt J 395 Brandtstädter J 614 Branski D 379 Brant L J 515 Branum A 255 Brashears M E 495 Brass L M 104 Braswell G S 252 Bratter J L 505 Bratton S C 378 Braun A R 199 Braun H 345346 Braungart J M 214 Brav T 599 Braver E R 403 Braver T S 597 Bray J H 362 365 Brayne C 582583 Brazelton T B 136 Breaux C 217 218 Brecklin L R 458 Breeden G 649 Breiding M J 506 Breitkopf C 118 Brendgen M 306 307 Brennan L 320 Brennan R T 505 Brenneman K 275 Brent D A 402 404 Brent M R 197 Brent R L 116 Brent S B 642 Bretherton I 224 Brewaeys A 365 Brewer B 600 Brewer R D 400 Bridge J A 378 403 Bridges M 365 Briggs J 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Bruder C E G 87 Bruer J T 49 Brummett B H 552553 Brunelleschi S 462 Bruner A B 395 Bruner J 66 Brunner E 532533 Brunson K L 240 Bruschi C J 209 Brust J C M 117 Bruton J R 398 399 Bryan V E 222 Bryant B K 358 Bryant D 533534 Bryant D M 175 235 Bryant P 327 Bryce J 149 253 255 256 Bryk A 201 Bryson S E 268 Bubrick E 579 Bucciarelli A 530 Buchanan C M 389 Buchmann C 475 Buchmueller T 461 Buck G M 389 Buck Louis G 387 390 Buckhalt J A 317 BuckMorss S 66 Buckner J C 258 Bucur B 596 Budson A E 597 599 Buehler C 445 487 Buell J S 596 Buhrmester D 370 441 442 494 Buitelaar J 118 Buitendijk S E 137 Bukowski W 298 Bukowski W M 369 370 374 445 Bulanda J R 505 554 627 Bulcroft K 627 Bulcroft K A 627 Bulcroft R A 627 Bulik C 397 398 Bulkley K 344 Bulpitt C 590 Bumpass L L 558 Bunikowski R 117 Burch M M 218 Burchinal M 173174 Burchinal M R 235 271 Burgess S R 275 Burhans K K 285 Buriel R 303 358 360 507 Burke C T 645 Burke D M 598 Burke S N 582583 Burleson B R 369 Burmeister E 587 Burns B J 239 Burns T C 195 Burr J A 613 Burraston B 441 445 Burris S 575 Burrows E 140 Burrows L 586 Burtless G 478479 Burton L C 626 Burton L M 564 Burts D C 310 Busch C M 492 Bush A J 457 Bush T 526 Bushman B J 373 Bushnell E W 49 159 162 Busnel MC 113 Busse E W 573 Bussey K 293295 Büssing A 470 Butler R 653655 Butler R N 587588 654655 Butterworth S 515 Buyck P 285 Buysse D J 585 Bybee D 427 Byers T 521522 ByersHeinlein K 195 Byrd M 599 Byrd R S 323324 Byrne M 106 120 Byrnes J 406 Byrnes J P 260262 341 Bystron I 153 Caballero B 113 Cabrera N 218 Cabrera N J 201 218 362 Cacciatore J 143 Cacioppo J 559 Cacioppo J T 521522 530 559 623 Cahalin L P 613 Cai T 444 Cain K M 286 Cain W S 515 Cairns B D 369 Cajochen C 585 Caldwell B 175 Caldwell B M 173174 Calhoun T 4243 Calkins S D 224 306 Call J 213 Callahan D 581 Callahan S T 453 Calle E E 527 Calvin J E III 455 Calvin J E Jr 455 Camann W R 133 Camarata S 329330 342343 Cameron A D 132 Cameron L 368 Camoin T I L 388 4PapaliaIndiceonomastico2indd 765 4PapaliaIndiceonomastico2indd 765 010213 1118 010213 1118 766 Índice Onomástico Camp C J 598 600 Campa M J 433 Campbell A 218 289 Campbell F A 175 Campbell R N 338 Campbell W K 503504 Campione J C 406 CampioneBarr N 439 Campos J 161 222 Campos J J 161 225 287 Candotti F 98 Candy J 289 Cansino S 599 Cantor J 308 Cao A 99 Capage L 266 Capaldi D M 429430 433 Caplan L J 537 629 Caplan M 233 Caprara G V 342343 416 Capute A J 193194 Caraballo R S 459 Carbery J 494 Card N 372 Carey S 188 Carlo G 411 Carlo W A 256 Carlson E 224 Carlson E A 221 224 Carlson J J 232 Carlson M J 256 440 Carlson N E 582583 Carlson S 254 Carlson S M 231 265 299 Carlström E 429 Carmichael M 257 Carnelley K B 645 Carnes B A 578 Carnethon M R 394 Carnozzi A 74 Carothers S S 434 Carpenter B 609 Carpenter B D 591 Carpenter C 461 Carpenter K 240 Carpenter M 195 212 213 Carper R 330331 Carr D 627 645 Carraher D W 327 Carraher T N 327 Carrel L 90 Carrey J 347 Carriger M S 185 Carroll M D 104 252 455 Carroll J S 496 Carskadon M A 395 Carson R G 584585 Carstensen L L 551 555 559 594 600 608 614 622 624 625 Carter J 116 606 607 Carter M 462463 Carter R C 116 Cartwright B S 299 Caruso D 470 Carvalhal J B 116 Carver C S 610 Carver L J 181 Carver P R 293 361 Casaer P 152 Casas J F 306 Case R 285 332333 406 Casella J F 395 Casey B J 317 318 Cashon C H 188 Casper L M 218 240 Caspi A 45 215 377 381 392 487 493 530 Cassel C 581 Casserotti P 584585 Cassidy J 224 Cassidy K W 266 Catalano R F 400 435 446 Cates W Jr 432 CattaPreta A B 496 Cattell R B 532533 Cauffman E 445 Caughey A B 122 Cavanaugh P 587588 Cawthon R M 576577 Ceci S 533534 Ceci S J 332334 346 Celis W 239 Cen G 369 CepedaBonito A 458 Ceppi G 277 Cernkovich S A 436 Cervone D 596 Chaboyer W 587 Chafetz M D 600 Chaika H 159 Chamberlain L B 149 Chambers C 226 Chambers R A 393 399 Chambliss H O 589 Champagne F A 89 Chan R W 366 Chan W 562 Chandler P 196 Chandra A 428 431 Chang C 327 Chang CH 139 Chang J 464466 Chang L 117 374 Chang S 253 Chang Y 359 Chantala K 453 Chao R 335 Chao R K 305 Chao S 593 Chao W 445 Chapieski M L 229 Chapman C 344 415 444 Chapman M 212 326 Charles S T 555 608 622 623 628 Charlesworth A 402 Charness N 533534 Chase M 118 Chassin L 401 Chatav Y 625 Chaudoir S R 654655 Cheak A A C 456 Chehab F F 388 Chen A 149 Chen C 335 414 Chen C L 527 Chen E 255 Chen G M 443 Chen H 437 Chen L 403 Chen M 586 Chen PL 106 Chen S 222 Chen W 104 320 Chen X 369 370 Cheney M M 455 Cheng S 366 Cheng Y 470 Cher 346 Cherkassky V L 154 Cherlin A 498 505 565 631 Cherlin A J 362 Chernausek S D 317 Cherry K E 598 Cheruku S R 114 Chervin R D 248249 Chesney J 375 Chess S 105 213 214 Cheung L W Y 139 Chi P S K 621 Chiang E 252 Chiew K S 515516 Childs C P 76 Chin N 90 Chiriboga C A 117 Chiriboga D A 548549 560 Chiu V 622 Chochinov H M 638 Chodirker B N 121 Chomitz V R 139 Chomsky C S 273 338 339 Chomsky N 198 Chorpita B P 377 Choudhury S 393 394 407 Christakis D A 185 186 Christakis N A 507 559 626 Christensen A 492 496 Christensen K 576577 Christian L M 558 Christian M S 116 Christie J F 297 Christophe A 113 Chu S Y 113 Chua A N C 456 Chung G H 436 Chung H L 446 Chung J 547 Church R B 435 Church T S 521522 Cicchetti D 377 Cicchino J B 189 Cicero S 121 Cicirelli V G 367 564 631 644 Cillessen A H N 369 372 Cirillo D J 527 Clark A 339 Clark A E 501 Clark A G 377 Clark C G 589 Clark C M 593 Clark L 320 Clark M 325 Clark S 429430 ClarkeStewart A 375 376 ClarkeStewart K A 236 Clarkson M G 162 Clausell E 497 Clauson J 362 ClavelChapelon G 526 Clayton E W 98 Clearfield M W 190 Cleary P D 523524 Clement J 574 Clément K 388 Clements M L 501 Clements P 442 Cleveland H H 402 Cleveland J N 616 Clifton R K 162 182 184 190 Climo A H 563 564 Clinkenbeard P 338 Cloak C C 117 Cloud M 505 Cnattingius S 114 142 Coatsworth J D 369 372 381 382 484 Cobb R 503504 Cochrane J A 145 Coe R 328 Coffman J L 331332 Cohan C L 499 506 Cohen A J 529 Cohen B 222 Cohen J 653654 Cohen L B 188 Cohen R D 584585 Cohen S 459 460 528 530 Cohen S E 187 Cohn D 499 502503 608 Cohrs M 160 Coie J 369 Coie J D 306 307 369373 376 445 Coke M M 611 Colburne K A 218 300 Colby A 410 Colcombe S J 456 516 Colditz G 527 Colditz G A 526 Coldwell J 309 Cole M 335 Cole P M 209 226 357 Cole R E 240 Cole S W 93 Cole T B 403 Cole T J 149 253 Colecchi C 585 Coleman J S 343 ColemanPhox K 145 Coles L S 580 Coley R L 429430 440 Collaris R 308 Collier V P 340 Collins A 224 Collins F S 47 98 Collins W A 102 445 494 Colliver J D 400 Colman R J 580 Colombo B 464465 Colombo J 114 184 185 Comer J 380 Committeri G 598 Compas B E 530 Compston J 525 Compton S N 79 Conboy B T 49 CondeAgudelo A 139 Confer J 505 Cong Z 614615 Conger K 414 Conger R 414 Conger R D 392 402 438 439 556 Conger R D B 445 Connidis I A 631 Connolly L A 548549 Connor P D 116 Conradt B 576577 4PapaliaIndiceonomastico2indd 766 4PapaliaIndiceonomastico2indd 766 010213 1118 010213 1118 Índice Onomástico 767 Constantino J N 154 290 Cook C R 374 Cook D G 149 Cook J M 640 Cooney J W 597 Cooney T M 619 Cooper K L 551 560 Cooper R P 113 202 Cooper W O 115 453 Copen C E 429 Coplan R J 299 305 Coppage D J 188 Coppede F 578 Corbet A 140 Corbetta D 182 Corbin C 250251 Corbin S B 364 Corcoran M 478479 Cordal A 529 Cordero J F 118 Cornaro L 579 Cornelius S W 601 Cornwell B 611 612 622 Correa A 118 Corriveau K H 225 Corter C 309 Corwyn R F 173174 Costa P 159 608 Costa P T 544 Costa P T Jr 491 492 544 607 608 Costanzo P R 623 624 Costello E J 79 376 377 Costigan K A 112 118 Côté J E 475479 486 Cote L R 300 Cottrell J E 405 Countermine M 222 Courage M L 66 70 185 187 197 227 269 Courchesne E 155 Cowan C P 504 505 Cowan P A 504 505 Cowan W M 152 Coward R T 630 Cox A 203 470 Cox M J 502503 Coxson P 396 Coy K C 231 Craft A W 120 Craig E A 494 Craig W M 374 Craik F I M 590 596599 Cramer A 445 Crary D 367 Cratty B J 319 Crawford C 292 Crawford J 340 Crawford K 355 Crawford S 517521 Crean H 439 Crepaz N 463464 Crespo C J 463464 Crick N 370 Crick N R 306 372 Crider K S 115 Crimmins E M 519520 Crnic K 216 Crockenberg S C 235 Crockett L J 412 Cromwell R L 584585 Cronk L B 145 Crook C 218 Crooks V C 622 Crosby A E 403 Cross D 264 Crouch D J 415 Crouter A 395 Crouter A C 361 441 494 504 Crowder K D 4243 Crowley J 238 Crowley S L 566 Cruise T 346 Cruz L A 515 Crystal S 378 Csapo B 411 Csikszentmihalyi M 349 552553 Cuddy A J C 572 Cui M 439 Culbert K M 397 Cumming E 612 Cummings J L 591 592 594 Cunniff C 121 Cunningham F G 118119 Cuomo V 462 Curby T W 279 Curcio P 121 Curenton S 265 266 Curhan K B 552553 Curran P J 331332 Currie C 394 Currier J M 641 Curtin L R 104 455 Curtiss S 50 Curto V 475 Cushman L 504 Cutler S J 619 Cutrona C E 530 Cymerman E 273 Cytrynbaum S 551 Czaja A J 616 Czaja S J 535537 Czeisler C A 584585 Dahl G B 557 Dai L 400 Dalais C 253 Dale P S 275 Dallal G E 391 Dalton M 402 Daly R 378 Dambrosia J M 131 Damon W 410 Danaceau M A 463464 Danaei G 521522 Danesi M 407 Daniels D 103 104 Darling N 146 303 438 Darroch J E 434 Darwin C 69 290 534535 Das W 586 Datar A 320321 Dauber S L 341 Davalos M 226 Davidson A 504 Davidson J I F 299 Davidson N E 526 Davidson R J 223 Davies C 564 565 581 Davies L 631 Davies M 464465 Daviglus M L 587 592 Davis A S 97 David B E 145 Davis C C 233 Davis D L 266 Davis J 344 429 Davis M 218 Davis O S P 333334 Davis R 587588 DavisKean P E 343 437 503 504 Davison K K 388 396 Dawson D A 362 Dawson G 155 226 Dawson V L 349 DawsonHughes B 587588 Day D 464465 Day J C 344 Day N L 117 Day S 93 de Castro B O 372 de Geus E J C 105 de Kieviet J F 141 de la FuenteFernandez R 592 de Matos M G 394 de Roos S 301 de St Aubin E 545 546 548550 de Vries B 628 de Vries C S 36 Dean D 405 Deane K E 222 DeAngelis C 323324 Deary I J 332333 515 594 597 Deaton A 609 DeBaryshe B D 445 DeBell M 344 415 DeCasper A J 112 113 159 Decety J 358 470 Deck A 366 Declercq E 129 Dee D L 149 Deegan L J 580 Deeprose C 402 DeFrain J 143 DeFries J C 103105 201 214 Degnan K A 306 DeHaan L G 550 DeKun L 145 del Aguila M A 120 Del Carmen R D 222 Del Castillo K 427 Del Vecchio W F 608 DelaneyBlack V 115 Delany B 631 Delany S 631 Deliens L 653654 Delis D C 401 DeLoache J 216 DeLoache J S 182 183 187 260262 DeMaris A 436 500 506 507 Demarque A 515 deMille A 534535 DempsterMcClain D 612 den Boer A M 257 den Dunnen W F A 582583 Denckla M B 290 Denham S A 287 Denissen J J A 437 438 493 Dennerstein L 455 Dennis T 287 Denton K 279 Denton N A 45 46 DePinho R A 576577 Depp C A 611 Der G 515 597 Derby C A 579 Derevensky J L 202 Derringer J 49 442 Desai M 583584 DEsposito M 597 Desrosiers M F 593 Detering K M 652 Detrich R 344 Detweiler J B 528 Devaney B 150151 Devi R 118119 Devoe J E 256 DeVos J 189 Dewey J 277 466467 DeWolf M 310 Dey A N 529 Dey E L 476 477 DeYoung C G 544 dHarcourt C 128 Diamond A 3738 192 550 Diamond L M 428 429 Diamond M 291 DiCarlo A L 576577 DiChiara G 401 Dick D M 392 579 Dickens C 654655 Dickens W T 334 Dickerson B C 494 Dickinson H O 120 Dickman P W 142 DickRead G 132 Didow S M 233 Diego M 140 226 DiemandYauman C 416 Dien D S F 473 Diener E 501553 608 Dietert R R 118119 Dietrich A 467468 Dietz W H 252 396 DiFranza J R 116 258 DiGiuseppe D L 185 DilworthBart J E 258 DiMarco M A 648 Dingel A 188 Dinges D F 457 Dinse H R 535536 Dion G S 411 Dionne G 203 DiPietro J A 112 118 DiPrete T A 475 Dirix C E H 113 Dishion T J 304 445 448 Dissanayake C 228 Dittmar H 320321 Dittus P 462463 Dittus P J 429430 Dixon R A 535536 Dixon S V 360 Djoussé L 521522 Dobbie R 132 Dobriansky P J 573 614616 629 Dobson A 622 Dodds J B 160 Dodge K A 279 299 301303 306 307 369374 376 392 445 448 Dodson C S 598 Doherty W J 217 Doka K J 632 Dolan M A 505 4PapaliaIndiceonomastico2indd 767 4PapaliaIndiceonomastico2indd 767 010213 1118 010213 1118 768 Índice Onomástico DolbinMacNab M 562 Dolinoy D C 453 Dollinger S J 406 Don A 116 Donahue P L 411 Donaldson G 532533 Dong Q 310 379 Donnellan M B 544 DOnofrio B 335 Donovan W L 226 Donzella B 235 Dor A 522523 Dornbusch S M 414 Douch R 368 Dougherty T M 186 Dove H 164 Downer J T 273 Dowshen S 238 Doyle A B 368 Doyle L W 140 Doyle W J 460 528 Dozier M 224 Drewnowski A 254 Drews F 415 Drews F A 415 Dreyfus H L 533534 Dronkers J 365 Dropik P L 181 Duatoff R J 494 Dubas J S 437 Dubé E M 429430 Dube S R 240 Dubocovich M L 395 Dubois A 530 Dubowitz H 239 Dubrow N 379 Duchek J M 591 Duckworth A 358 412 Duenwald M 465466 Duggan A K 395 Duggan M 616 Duke J 320 DumasHines F 286 Dumke H A 596 Duncan G J 361 Duncan J R 145 Duncan L E 550 Dunham R 427 Dunn A L 589 Dunn J 232 233 266 287 300 306 367 Dunn J F 309 DunneBryant A 507 Dunson D 86 464465 Dunson D B 464465 DuPont R L 307 Dür W 414 Durett D 344 Durga J 596 Durlak J A 654655 Durrence H H 457 Dush C M K 499 Duskin R 604 Duster T 47 Dux P E 415 Dweck C S 285 286 Dwyer T 145 Dye J L 395 416 Dye M 197 Dyer A R 521522 Dykstra P A 627 628 Dylla D J 366 Eagly A 291 292 Earles J L 598 Earnest C P 521522 East P L 441 Eastell R 525 Eaton D K 387 394 395 Eaton W W 106 Ebbeling C B 320 Eccles A 128 Eccles J 484 Eccles J E 437 Eccles J S 357 389 406 411 412 414 416 417 437 438 442 Eckenrode J J 433 Ecker J L 132 Eckerman C O 233 Eddleman K A 122 Edelsohn G 377 Edelstein W 493 Eden G F 347 Eder W 323324 Edgin J 97 Edison M I 478479 Edmondson D 654655 Edwards C P 230 277 Edwards J D 596 Efferich I 639 Ege M J 323324 Eggebeen D J 503504 513 Egger M 619 EggerlingBoeck J 484 Ehrenreich B 3839 Eichelsdoerfer P 254 Eichler E E 154 Eichstedt J A 218 Eide C L 366 Eimas P 159 Eimas P D 188 Eisenberg A R 360 Eisenberg L 505 Eisenberg M 396 Eisenberg N 231 232 306 307 310 357 358 381 408 410 411 Eisenbud L 293 Eisenmann J 320 Eklund K 275 Ekman I 520521 Elder G H 47 402 445 556 562 Eldridge K 496 Elia J 348 Eliassen H 526 Elicker J 223 Elieff C 497 Elkind D 378 407 422 Elliot J 330331 Elliott D S 447 Elliott J 611 Elliott P 520521 Ellis A 188 412 Ellis A W 341 Ellis B 392 Ellis B J 392 429430 433 Ellis K J 316 Ellison C G 611 Ellison N B 460 476 496 Elmenhorst D 457 ElseQuest N 277 ElSheikh M 317 Eltzschig H K 133 Emberson L L 466467 Emde R N 214 Emery L 597 Emery R E 362 363 367 Emory E 218 Eng P M 623 Engel M 344 Engell D 253 Engels R C M E 437 Engelsbel S 137 Engle P L 217 218 English D 3839 English K 361 Englund M 223 369 Entwisle D R 341 343 Eogan M A 137 Epel E S 530 576577 Eppe S 307 Eppler M A 162 163 Epstein A S 448 Epstein R A 653 Erath S 458 Erdley C A 286 372 Erickson J D 114 118 Erickson K I 456 Erickson M F 217 Erikkson J G 106 Erikson E H 59 60 61 69 219 220 228 288 356 422426 472 485 489 490 496 544 545 550 551 600 607 644 654655 Erikson J M 61 607 Eriksson P S 153 582583 Erklani A 377 Ernest T 117 Ernst M 347 348 Eron L 373 Ertel K A 622 Ervin R B 587588 Espeland M A 527 Espinoza G 495 Esposito K 589 Esposity L 145 Essex M J 628 Ettinger B 526 Etzel R A 323324 Evans A D 44 343 Evans D A 590 Evans D E 213 Evans G W 271 343 361 Evans W J 587588 Everard K 596 Everson R B 120 Evert J 579 Ewald H 106 Ewert T 470 Ezzati M 457 575 Fabel K 582583 Fabes R A 295 300 306 307 310 357 358 411 Fabricius W V 363 Fagen J 184 Fagot B I 295 Fairchild G 376 Falb M D 154 Falbo T 309 310 Fandal A W 160 Fang S 414 Fantz R L 184 Farkas S L 114 Farmer A E 106 Farol P 154 Farrell M P 548550 Farver J M 374 Farver J A M 300 307 Favaro A 455 Fawcett G M 506 Fazio R H 477 Fearon P 141 Fearon R P 224 Feingold A 396 Fekete E 558 Feldman B L 494 Feldman H A 519 Feldman J F 141 184 185 Feldman R 225 Felson D T 592 Ferber R 247248 Ferber S G 136 140 Ferguson D L 487 Fergusson D M 402 484 Fernald A 194 196 197 225 Fernandez A 307 Ferrara S 455 Ferraro K F 617 Ferrer E 347 Ferrucci L 580 Fewtrell M 149 Fiatarone M 587588 Fiatarone M A 584585 Fidler V 149 Field A E 396 Field P A 70 Field T 140 226 Field T M 233 Fields J 362 364 365 498 502 503 507 Fields J M 344 361 Fiese B 359 Fifer W P 113 Figueredo A 600 Finch C E 519 582583 594 599 Finer L B 429 462463 Fingerhut L A 403 Fingerman K 560 562 Fingerman K L 560 562 629 630 Finkelhor D 240 446 Finkle J P 320321 Finn J D 344 416 Fiori K L 622 Firth K M P 522523 530 548549 Fiscella K 240 Fisch H 519 Fischel J E 341 Fischer K 285 Fischer K W 191 410 466468 476 Fischer M J 477 Fish M 215 Fisher C B 47 82 Fisher D M 163 Fisher L 513 Fisler J 344 Fitzmaurice G 623 Fitzpatrick M D 474 Fitzsimmons C M 196 Fivush R 269 270 Flannagan C A 411 Flavell E R 79 265 Flavell J 330331 Flavell J H 79 264 265 326 329331 406 Fleeson W 492 513 548549 4PapaliaIndiceonomastico2indd 768 4PapaliaIndiceonomastico2indd 768 010213 1118 010213 1118 Índice Onomástico 769 Flegal K 247248 316 317 599 Flegal K M 104 252 455 521 522 Fleischman D A 598 Fleming B M 650 Fleming J S 343 Fletcher P 253 Flook L 344 436 Flores G 145 257 Flynn J R 271 334 Fochot U G 436 Fogel A 225 Foldvari M 584585 Folkman S 456 609 Fomby P 362 Fontana L 580 581 Fontanel B 128130 132 Ford C A 402 Ford M T 504 Ford P 498 Ford R P 116 ForgetDubois N 203 Forhan S E 431 432 Forman D R 228 231 Foroud T 579 Forsen T 106 Fortuna K 497 Fossel M 581 Foster C A 503504 Foster E M 185 Fournier J S 405 Fournier S 586 Fowler J 471 472 Fowler J H 507 559 Fox G L 506 Fox H C 594 Fox M K 150151 Fox N A 158 192 216 223 224 226 260262 299 341 Fox N C 594 Fozard J L 514 515 Fraga M F 87 92 93 106 576 577 Fraiberg S 127 François Y 400 401 Franconi F 462 Frangou S 106 Frank D A 117 Franken F H 401 Frankenburg W K 160 161 Franks M M 562 613 Franks P W 322323 Franks S 464465 Frans E M 120 Franz C E 543 551 Franzetta K 431 Fraser A M 118119 433 Fratiglioni L 638 Fravel D L 366 Fredricks J A 357 Fredriksen K I 644647 Freeark K 367 Freeman C 342343 Freeman M 590 Fregni F 157 Freid V M 519520 French H W 614615 French S 404 French S A 320 French S E 427 Frenkel D 594 Fretts R C 579 Freud A 59 69 Freud S 59 60 290 543 Frey B S 501 Frey K S 375 Frick J E 184 Fried P A 117 Friedan B 570 606 Friederici A D 113 Friedman A B 575 Friedman G D 526 Friedman H S 528 608 Friedman M A 455 Friend R A 628 Fries A B W 240 Fries J F 521522 Friesenborg A E 232 492 Frigoletto F D Jr 132 Frith U 264 267 Frodi A M 219 Frodi M 219 Froehlich T E 116 Fromkin V 50 Fromm E 482 Frongillo E A 253 Frost D M 558 Frost J J 434 Fry R 499 Fryar C 247248 316 317 Frydman O 327 Frye D 268 Frye N E 506 Fu M 395 Fuchs C S 458 Fuentes E 145 Fuhrer R 521523 Fujii L 117 Fujioka Y 402 Fukusima S 516 Fuldner R 576577 Fuligni A J 335 414 436 438 442 Fulker D W 105 214 Fulton R 637 Fung H 555 Fung H H 555 Furman L 140 347 Furman W 310 370 429 441 443 Furr J 380 Furrow D 273274 Furstenberg F 452 499500 Furstenberg F F 452 453 474 479 565 631 Furstenberg F F Jr 452 504 Fussell E 452 499 Gabbard C P 155 249250 Gabhainn S 400 401 Gable S 359 Gabriel T 466467 Gabrieli J D E 598 Gaffney M 159 Gaines S O 470 Galanello R 99 Gale C R 114 Galea S 530 Gall M 471 Gallagher J C 526 Gallagher K C 215 Gallagher K I 456 Gallagher W 516 GallagherThompson D 564 Gallant S J 530 Gallo L C 522523 557 558 Gallup G G Jr 462463 Galobardes B 459 Galotti K M 326 Gamble M 159 Gandhi H 593 Gandhi M 472 Ganger J 197 Gangwisch J E 585 Gannon P J 199 Gans J E 391 Garasky S 320 Garbarino J 239 379 Gardiner H W 164 405 499 Gardner H 336 337 349 Gardner M 442 Garland A F 404 Garlick D 157 Garner P W 287 Garon N 268 Garside D B 587 Gartrell N 366 Garver K E 329330 Garvin R A 273274 Garvin W 400 Garyantes D 327 Gates B 513 Gatewood J D 306 Gathercole S E 330331 Gatherum A 360 Gattis K S 492 Gatz M 532 590592 608 Gauthier A H 504 Gauvain M 324 329330 335 GaylordHarden N K 427 Gazzaley A 597 Ge X 392 402 Gearhart J P 290 Geary D C 297 347 Geary M P 137 Geen R 240 Gehring W J 266 Geier D A 155 Geier M R 155 Geilen U P 500 Gelfand D M 226 Gélis J 128 Gelman R 260263 273275 Gelman S A 287 Gelstein S 495 Genesee F 202 Genevay B 628 Georganopoulou D G 593 George C 224 Georgellis Y 501 Geraci L 598 Gerber S B 344 Gerberding J L 454 Gergen K J 637 Gergen M M 637 Gerhard T 378 GerminoHausken E 279 Gershoff E T 302 Gerst K 613 Gerstein D R 400 Gervai J 218 221 295 Gettman D C 439 Getzels J W 349 Gfroerer J C 400 Ghisletta P 638 Giambrone S 265 Gibbons S 310 Gibbs J 410 Gibbs J C 302 410 438 471 Gibson E J 162 185 Gibson J J 162 Giedd J N 249250 317 318 Gilboa S 113 Gilbreth J G 363 Gilchrist E S 494 Gilg J A 149 Gillen M M 462463 Gillies P 120 Gilligan C 4243 328 405 407 410 424426 473 474 Gilman S 594 Gilmore J 152 158 218 296 Ginsburg D 328 Ginsburg G S 343 Ginsburg H 404 Ginsburg H P 347 Ginsburg K 296 298 Ginzburg N 315 Giodano P C 498 Giordano P 444 Giordano P C 436 Giscombé C L 139 Gitchell J 458 Gjerdingen D 226 Glantz S A 402 Glaser D 240 Glaser K 624 Glaser R 576577 581 Glass T 460 Glasson E J 155 Gleason T R 299 Glenn N 364 505 Glick J E 629 Gloth F M 515 Glover V 118 Gluckman P D 134 Gluud C 578 Gluud L L 578 Glymour M M 622 Godrey K M 114 Goetz P J 266 Gogtay N 318 393 Gold K J 648 Goldberg W 346 Goldberg W A 237 361 Goldenberg R L 114 139 140 142 Golding J 118 GoldinMeadow S 196 199 Goldman L 258 396 592 Goldman L L 649 Goldman S R 533534 Goldscheider F 507 Goldstein G 154 Goldstein I 519 Goldstein M 201 Goldstein M H 210 466467 Goldstein S E 437 Goler N C 117 Golinkoff R M 196 200 273 Golombok S 288 365 366 Golombok S E 289 Göncü A 192 Gonzales N A 458 Gonzalez E 454 GonzalezBacken M A 427 Goodman D C 139 Goodman G 325 Goodman G S 366 367 4PapaliaIndiceonomastico2indd 769 4PapaliaIndiceonomastico2indd 769 010213 1118 010213 1118 770 Índice Onomástico Goodnow J J 228 301 302 304 307 Goodz E 202 Goossens L 439 Gootman E 414 Gopie N 599 Gopnik A 179 Gorchoff S M 560 Gordon R 269 GordonLarsen P 394 453 GordonSalant S 515 Gorman B K 575 Gorman J 462 Gorman M 4243 GormanSmith D 445 Gornick J 478479 Gortmaker S L 320 323324 396 Gosselin P 287 Gostin L O 652 653 Gotlib I H 377 503504 Gottesman I 93 Gottesman I I 335 Gottfredson L S 597 Gottfried A 343 Gottfried A W 343 Gottlieb A 182 216 Gottlieb B 460 Gottlieb G 92 101 102 Gottman J M 624 Goubet N 162 182 190 Gould E 153 Gove F 223 Graber J A 360 392 Grabowski D C 622 Grady C L 515516 599 Grady D 132 526 Graff J 624 Grafman J 479 Graham J E 558 626 Graham J W 446 Graham S 416 Graham S A 273 Gralinski H 228 Granger D A 378 Granhag P A 358 Granholm E 401 GranierDeferre C 113 Grant B F 462 Grant B M 458 Grant N 460 GranthamMcGregor S 253 Gravina S 576577 Gray J R 333334 Gray M R 439 Graziano A M 248249 Graziano M S A 153 Green A P 218 Green D 593 Green F L 79 265 Green K N 592 Green P J 411 Green R E 89 Greenberg J 630 Greendale G A 623 Greene L 429 Greene M F 141 Greene S M 115 Greenfield E A 561 612 617 Greenfield P M 76 415 Greenhouse L 566 653 Greenland P 394 Gregg E W 455 587588 Gregg V R 405 Greil A L 464465 Grether J K 131 Grewal D 471 Grigg W 345346 Grigorenko E L 47 337 338 344 470 Grilo C M 398 455 Grimm K J 279 Grizzle K L 344 Grodstein F 526 Groenewoud J H 653 Gross C G 153 Gross J 555 Gross S 513 Grosser T 116 Grossman J B 265 Grossman K 219 Grossschmidt K 636 Grote P 576577 Grotevant H D 366 367 Grotpeter J K 372 Grov C 462463 Gruber H 349 Gruber R 395 Gruenewald T L 623 GrummerStrawn L M 149 Grundy E 624 Grusec J E 228 301 302 304 307 360 Guberman S R 327 Guegen N 496 Gueldner B 375 Guendelman S 149 Guerra N G 374 Guerrero T J 488 Guilford J P 349 Guilleminault C 248249 Guimond A B 427 Gulati M 394 Gulko J 300 Gullone E 379 Gundersen C 320 Gunn D M 330331 Gunnar M R 223 224 235 367 Gunturkun O 112 161 Gunzburg N 315 Guo G 444 Guralnik J M 515 Gurin G 477 Gurin P Y 477 Gurney J G 154 Gurung R A R 624 Gustafson G E 210 Gutchess A 582583 598 Guterman N B 301 Guthrie D 158 Gutierrez I T 182 Gutman L M 437 Gutmann D 551 Gutmann D L 551 560 Guttmacher A E 98 Guyer B 139 Guzick D S 465466 Gwaltney J M Jr 460 Ha J 564 Ha T 437 Haas S A 396 Haber C 579 Habicht JP 150151 Haboubi N Y 581 Hack M 140 141 Hack T 638 Haddad E 456 Haden C A 269 270 Hagan J F 380 Hagberg J 587588 Hagedorn L S 478479 Haggard P 514 Hahn E A 447 519520 Hahn R 447 Haigh M M 494 Haight W 201 Haith M M 159 162 186 190 Haley A 335 Halgunseth L C 358 360 Hall D G 273 Hallett M 494 Hallfors D D 402 462464 Halliwell E 320321 Halpern C 444 Halpern C T 402 Halpern D F 289 342343 412 413 475 476 HalpernFelsher B L 392 Halverson C F 290 293 Hamby S 446 Hamer M 460 Hamilton B 266 Hamilton B E 88 106 111 113 116 118119 129 131 132 135 138140 142 433 434 491 502503 Hamilton L 366 Hamilton M 295 Hamilton M A 474 476479 Hamilton M C 295 Hamilton S F 474 476479 Hamlin J K 212 Hamm J V 361 Hammad T A 378 Hammer A 619 Hammer L B 564 HampdenThompson G 365 414 Hampson J G 290 Hampson J L 290 Hamre B K 342343 Han S S 378 Han WJ 234 Hancock A D 652 Hancock J T 496 Handmaker N S 116 Hane A A 216 Hanish L D 300 Hank K 629 Hankin B L 402 Hankinson S E 463464 526 Hanney L 378 Hans S L 302 Hansen B C 455 Hansen M 395 Hansen R A 593 Hanson L 655656 Hanson T L 365 Hao Y 617 Hardman C 357 Hardway C 436 Hardy M A 562 563 Hardy R 141 HardyBrown K 201 Harenski C L 473 Harlos M 638 Harlow H 216 217 Harlow H F 217 Harlow M K 217 Harlow S 529 Harnishfeger K K 329330 Harold G 376 Harper S 575 Harris D G 581 Harris G 158 455 Harris K M 453 Harris M L 223 Harris P L 357 Harrison M A 462463 Harrison Y 457 Harrist A W 227 299 Hart C 322323 Hart C H 306 310 369 Hart D 493 545 Hart R 460 507 Harter S 227 284288 356 357 Hartford R B 145 Hartshorn K 171 Hartup W W 299 310 368371 442 445 494 559 628 Harvey J H 362 Hasebe Y 437 Haselager G J T 493 Hasher L 515516 Hasin D S 458 Haskuka M 471 Haslett S J 424425 Haswell K 229 Hatcher P J 341 Hatzichristou D G 519 Hauck F R 146 Haugaard J J 367 Hauser S T 485 Hauser W A 117 Haven C 628 Haverkock A 215 Havighurst R 612 Hawes A 297 Hawes C 621 622 Hawkins J D 400 435 446 Hawkley L C 521522 559 623 Haworth C M A 333334 Hay D 226 305 Hay D F 118 233 Hayashi M 395 Haydel K F 374 Haydon K C 224 Hayes A 97 Hayflick L 576580 Hayghe H 234 Haynes O M 179 222 Hayward R A 521522 648 He W 572575 579 He Y 369 Healy A J 122 Heath S B 335 Heatherington E M 507 Heaven T J 597 Hébert J R 521522 Hebert L E 590 Heck K 459 Heckhausen J 548549 Hedden T 599 Hedemark B 117 Hedges L V 262263 Hedman K E 405 Heeren T 401 458 Heffner L J 118119 Hegyl T 145 4PapaliaIndiceonomastico2indd 770 4PapaliaIndiceonomastico2indd 770 010213 1118 010213 1118 Índice Onomástico 771 Heijl A 584585 Heikkiia M 90 Heikkinen R 623 Heilbronn L K 580 Heinen B A 504 Heinz W 486 Heise L L 506 Heiss G 526 527 Heitzler C 320 Hellerstedt W L 367 Hellström A 116 Helms H M 494 Helms J E 47 335 Helson R 543 548549 551553 557 560 Helwig C C 410 Henderson A K 611 Henderson H A 299 Hendin H 653 Hendricks J 619 Henkens K 616 Hennon E A 196 Henretta J C 624 Henrich C C 446 Henrichon A J 265 Henriksen T B 116 Henry D B 445 Henry W 612 Henshaw S K 433 Heraclitus 35 Herbig B 470 Herbst J H 463464 Herdt G 387 428 Herek G M 497 Herget D 411 Hernandez D 440 Hernandez D J 4243 45 46 344 396 HernandezReif M 140 226 Heron J 118 Heron M P 129 138 144 146 255 323324 403 523524 575 Herrenkohl T I 446 Herrera B 459 Herrnstein R J 334 Hershey D A 596 Hertenstein M J 161 225 Hertsgaard L 223 HertzPannier L 50 Herzog A R 612 613 Hesketh K 320321 Hesketh T 309 Hess T M 596 Hesso N A 145 Hetherington E M 362 364 365 Hetzel L 626 Heuveline P 498 Hewlett B S 216 218 219 Heyman K 520521 Heyman K M 520521 583585 Heyman R E 503504 Heymann J 504 Heywood C 218 Hickling A K 260262 Hickman M 394 Hicks A L 584585 Hiedemann B 557 Hieggelke J B 455 Hill A L 306 Hill C 487 Hill D A 97 Hill J L 234 Hill K G 435 Hill N 413 Hill N E 343 Hill P C 611 Hill T 506 Hill T D 611 Hillier L 429 Hillis S D 433 Hillsdon M 532533 Hilton S C 112 Hilts P J 579 Himsel A 361 Hinckley A F 118119 Hinds D A 522523 Hines A M 365 Hines M 289 Hingson R 458 Hingson R W 401 Hinman J D 582583 Hinnant J B 317 Hiripi E 455 Hirsch C 626 Hirsch R 521523 Hirschhorn K 99 Hirschl T A 501 HirschPasek K 196 200 273 Hitchins M P 93 Hitlin S 47 Hix H R 265 Hjertholm E 273274 Ho R C M 456 Hoban T F 136 247250 317 395 Hobson J A 248249 457 Hock E 229 Hodes R 576577 Hodes R J 573 Hodges E V E 374 Hodgson D M 112 Hofer S M 532533 Hoff E 200202 Hofferth S L 344 361 503504 Hoffman C D 505 Hoffman C M 411 Hoffman G F 464465 Hoffman H T 145 Hoffman J H 439 Hoffman J M 515 Hoffman M L 302 Hoffmann J P 400 Hofman P L 140 Hofmann V 223 493 Hogge W A 110 Hoglund W L G 374 HohmannMarriott B E 498 Hohne E A 194 Holan S 621 Holdaway J 484 Holden G W 304 Holland A 497 Holliday R 576578 580 Holloszy J 581 Holloway R L 199 Holmberg D 613 Holmes E A 402 Holmes J 520521 Holmes T H 529 Holowka S 199 200 Holstein M B 612 Holstrum J 159 HoltLunstad J 460 623 Holtzman N A 98 532 Holtzman R E 590 623 Holzer H 487 Honberg L 322323 Honein M A 113 114 Honeycutt H 69 101 Honig A S 310 Hooper F H 219 Hopkins B 164 Hopkins L M 122 Hoppin J A 464465 Horbar J D 140 Horenczyk G 487 Horiuchi S 580 Horn J C 573 Horn J L 532533 598 Horn L 477 Horn M C 527 Horne J 457 Horne J A 457 Hornig M 146 Hornstein M D 88 Hornstra G 113 Horowitz A 626 Horowitz V 515 Horton R 129 554 Horvath J A 470 534535 Horwood L J 402 484 Hoult L A 141 Hourihan K L 599 House J S 459 556 612 Houston E 596 Houts R M 320 392 Howard K I 435 Howard K S 434 Howe H L 586 Howe M L 66 70 185 197 227 269 Howe N 309 Howell R R 136 Howlett N 219 Hoxby C M 344 Hoy M B 623 624 Hoyer W J 533534 Hoyert D 648 Hoyert D L 88 116 129 132 138 139 463464 520521 523 524 575 Hsia J 146 Hsieh K 487 Hsu L M 547 Hu F B 455 Hu W 342343 Huang C 378 Huang Z J 257 Hubert H B 521522 Hudd S 456 Hudson J I 455 Hudson V M 257 Hudspeth C D 499 Huesmann L R 373 Huesmann R 373 374 Huffman L C 222 Hughes C 300 306 Hughes D 427 Hughes D L 554 Hughes I A 90 Hughes K K 402 Hughes K L 417 Hughes L 456 Hughes M 262263 Hughes M E 557 Hughes S M 462463 Huguet N 463464 Huhman M 320 Huisman M 149 Huizink A 118 Hujoel P P 120 Hulley S 526 Hulme C 275 341 429 Hultsch D F 535536 Humphreys A P 319 Hungerford T L 645 Hunt C E 145 Huntsinger C S 335 Hurtado S 476 477 Huston A C 276 300 361 373 Huston H C 343 Huston T L 503504 Hutchins R C 369 Huttenlocher J 190 201 260263 273 327 333334 342343 HutterSilver M 579 Huttly S 116 Huttunen M 118 Huxley A 653654 Huyck M H 535536 551 557 624 Hwang C P 219 Hwang S A 120 Hwang S J 113 Hyde J 412 Hyde J S 288 306 410 504 Hyde Z 585 Hymel S 375 Iacoboni M 213 Iacono W G 444 Ialongo N S 377 Iaria G 598 Ickovics J 523524 Iervolino A C 289 294 295 445 Iglowstein I 247248 395 Ijzerman H 560 Imada T 200 Ingersoll E W 136 IngersollDayton B 564 Ingoldsby B B 500 Ingram J L 93 Inhelder B 262263 326 328 Insabella G M 365 Insel K 600 Ireland M 404 Iritani B J 462464 Iruka I U 361 Irwin C E 453 Isaacowitz D M 555 608 Isaacsohn J L 104 Isaacson W 273274 Isabella R 215 226 Isava D 375 Ishii N 580 IsitaEspejel L 506 Ispa J M 358 Ito S 115 Ivanoff J G 415 Ive S 320321 Ivey P 216 Iyasu S 146 Izard C 381 Izard C E 222 225 Jaccard J 429430 Jacklin C N 219 300 Jackson A S 521522 Jackson J S 649 4PapaliaIndiceonomastico2indd 771 4PapaliaIndiceonomastico2indd 771 010213 1118 010213 1118 772 Índice Onomástico Jackson P W 349 Jackson R D 525 Jackson S 626 Jacob E J 527 Jacob M C 464465 Jacob P III 459 Jacobs J 484 Jacobsen T 223 Jacobson J L 223 Jacoby B 487 Jacques P F 596 Jacquet R C 273 JaffariBimmel N 224 Jaffee S 410 487 Jaffee S R 116 239 240 487 Jagasia R 576577 Jagers R J 302 Jagnow C P 112 Jain D 219 Jain T 88 Jakicic J M 456 James E L 402 James J B 542 551 Jameson J L 90 JanickiDeverts D 530 Jankowiak W 217 Jankowski J J 141 184 Jankowski L 150151 Jankuniene Z 361 Janowsky J S 330331 Janssen I 374 395 Janssen S 470 Janus A 344 Jaques E 547 Jarrold C 330331 Järvenpää A 224 Jasiobedzka U 410 JaszynaGasior M 401 Javaid M K 114 Je J H 580 Jeckel C M M 581 Jee S H 521522 Jeffery H E 117 Jeffery R W 320 Jelalian E 322323 Jeng G 88 464466 Jenkins F 345346 JennekensSchinkel A 357 Jenni O G 247248 Jennings J M 597 599 Jensen A R 334 473 Jenson L A 473 Jernigan M 47 Jeste D V 594 611 Jeynes W H 341 Ji B T 120 Ji G 310 Jia Y 414 Jiao S 310 Jilinskaia E 579 Jin Y 411 Jing Q 310 Jirtle R L 453 Jodl K M 416 Joe S 649 Joffe A 395 Johansson B 638 John O P 493 560 Johnson A J 494 Johnson C A 501 Johnson C L 624 628 Johnson C P 154 155 Johnson D J 4243 47 Johnson D R 501 Johnson E 455 590 Johnson J E 299 Johnson J G 404 Johnson K E 326 Johnson K W 631 Johnson M A 619 Johnson M D 501 Johnson M H 50 191 Johnson M J 190 Johnson M M S 596 Johnson M P 506 Johnson P J 504 Johnson R A 400 Johnson S 307 Johnson S J 515 Johnson S R 463464 Johnson T D 395 416 Johnson T E 576577 580 Johnson T R B 112 Johnson V E 519 Johnson W 608 Johnston J R 507 Johnston J S 414 Johnston L 452 Johnston L D 399401 461 Joiner T E 457 Jones A 114 Jones A M 474 Jones B Q 460 Jones C L 557 Jones G 251 Jones J 428 Jones K M 548550 Jones K L C 143 Jones N A 226 Jones S E 400 Jones S M 372 446 Jones S S 179 Jongsma H W 113 Jonsson B 411 Jopp D 611 614 Jordan N C 262263 Jose A 498 499 Jose P E 335 Josh P 219 Josselson R 547 551553 Jost J T 406 Joy M E 232 Joyner K 500 Juffer F 224 Jun H 558 Jung C G 544546 551 600 Jung S 118 Juntunen C L 479 Jusczyk P 159 Jusczyk P W 194 196 Just M A 154 Juster F T 319 320 358 436 Justice L M 273 JuulDam N 155 Jyhla M 619 Kaban B 175 Kaczynski K J 359 Kadis J 471 KafuryGoeta A C 139 Kagan J 179 180 190 191 215 216 Kahlo F 337 Kahn R L 554 611 622 Kaiz M 435 Kales A 249250 Kalil A 74 440 Kalisch T 535536 Kalish C W 260262 Kalmijn M 624 Kalmuss D 504 Kaminski J 576577 Kampert J B 589 Kana R K 154 Kanaya T 346 Kandel D B 377 Kaneda T 614615 Kanny D 400 Kanso R 467468 Kanstrup Hansen I L 114 Kanz F 636 Kaplan D 262263 Kaplan G A 515 584585 Kaplan H 164 Kaplan M K 463464 Kaplan N 224 Kaplan R M 558 625 Kaplowitz P B 388 Kaprio J 392 Karafantis D M 358 Karas R H 424425 Karch M D 403 Karlamangla A 519520 Karlamangla A S 623 Karney B R 506 626 Karpinski A C 442 Kashima Y 228 Kasinitz P 484 Kasper J D 619 Kasser T 545 Katchadourian H 575 582583 Katerelos M 199 201 202 Kato K 319 Katz M 118 Katzman R 77 Kaufman A S 338 Kaufman J 374 Kaufman N L 338 Kaukinen C 506 Kawabata Y 370 Kawachi I 457 521522 623 Kazdin A E 301 302 Kazuk E 160 Keane D P 137 Keane S P 306 Kearney P M 520521 Kearsley R B 184 Keegan C 513 Keegan R T 349 534535 Keel P K 398 Keeler G 79 Keenan K 218 289 Keeton S 630 Kefalas M 499500 Kegler S R 403 Kehayias B D H 587588 Keihl K A 473 Keijsers L 439 Keil F C 342343 Kellam S G 377 Keller B 3839 Keller M 493 Keller T A 154 Kelley K 215 Kelley M L 218 219 362 Kellman P J 159 Kellogg N 239 Kellogg R 251 252 Kelly A M 396 Kelly J 364 617 Kelly J B 362 363 Kelly J J 628 Kelly J R 613 617 Kelly R J 317 Kelsey J L 47 KeltikangasJärvinen L 224 Kemp J S 146 Kempen G I 584585 Kemper S 598 Kempermann G 582583 Kendall P 380 Kendler K 455 Kennedy R 347 Kennell J H 133 Kenny G P 456 Kensinger E A 600 Keppel K G 522523 Kerber R A 576577 Kere J 347 Kerem E 379 Kermoian R 161 Kern M L 528 Kerns K A 116 Kerr M 445 Kerrebrock N 253 Kessler R C 375 455 513 549 Kestenbaum R 287 Keyes C L 554 Keyes C L M 545 551553 Keyes K M 458 Khashan A S 106 Khaw K T 521522 Khoo S T 441 Khoury M J 98 Kidd K K 47 470 KiecoltGlaser J K 530 558 576 577 581 Kiefe C I 454 459 Kiefer K M 616 Kier C 309 Kikuchi Y 222 Kilford E J 402 Killen J D 401 Killen M 368 Kim H K 433 Kim J 150151 441 Kim J E 616 619 Kim S 361 Kim S Y 427 Kim S Y H 650651 Kim T E 374 Kim Y K 300 Kimball M M 295 KimCohen J 45 271 375 381 Kimmel D 628 Kimmel M S 506 King A 201 King B M 464465 519 King K M 401 King M 497 King M L Jr 472 King N J 379 King R B 505 King V 363 King W J 238 Kinsella K 4243 563 565 566 572575 579 614616 618620 626 627 629 645 649 4PapaliaIndiceonomastico2indd 772 4PapaliaIndiceonomastico2indd 772 010213 1118 010213 1118 Índice Onomástico 773 Kinsley C H 152 Kirby D 432 434 435 Kirk E 219 Kirk J K 459 Kirkorian H L 187 276 Kirkwood H 330331 Kirmeyer S 88 110 138 142 Kirschner P A 442 Kirschner S 305 Kirwil L 373 Kisilevsky B S 112 113 Kispert A 90 Kitzman H J 240 Kitzmann K M 322323 KivensonBaron I 490 Kivett V R 565 Kivnick H Q 61 607 Klaczynski P A 467468 Klar A J S 251 Klaus M H 133 Klebanoff M A 118119 Kleerekoper M 526 Kleibel N 535536 Klein J D 429 431434 435 429430 Klein L 515 Klein R 596 Klein S 580 581 Kleinman R 36 KleinVelderman M 224 Klibanoff R S 262263 Kliegel M 619 625 Kline D 514 Kline D W 514 515 583584 Kline T J B 514 Klohnen E C 548549 Klump K L 397 398 Klute C 441 442 Knaack A 522523 Knafo A 306 Knickmeyer R 154 Knight W G 117 Knoblauch V 585 Knoester C 503504 Knudsen E I 49 Kochanek K D 453 463464 520524 Kochanska G 223 224 228 229 231 232 492 522523 Koechlin E 479 Koenig H G 472 Koenig L B 522523 Kogan M D 322323 Kogos J 381 Kohlberg L 273274 290 292 293 328 405 407410 471473 Kohn D B 98 Kohn M 479 Kohn M L 479 537 Koivula I 581 Kolarz C M 608 609 Kolasa M 146 Kolata G 580 592 Kolbert E 308 Komatsu L K 326 Konrad D 90 Koops W 372 Kopp C B 228 229 231 Koren G 115 Korner A 215 KoropeckyjCox T 555 629 631 Kos M 121 Kosmitzki C 164 Kosnik W 514 Koso G 501 557 Kostelny K 239 379 Kosterman R 435 446 447 Kouneski E F 217 Kounios J 593 Kovas Y 275 346 Kovelman I 199 201 202 Kowal A K 309 431 Kowall N W 592 Kozlowska K 378 Kozma A 515 Kracke K 446 Kramer A F 456 587588 Kramer D A 600 Kramer L 309 Kramer M S 114 149 Krane R J 519 Krashen S 50 340 Krasilnikoff P A 120 Krause N 611 623 Krauss S 596 Kraut R 443 Kravitz H M 529 Krebs N F 238 Kreider R M 362 364367 498 505 507 Kremen A M 493 Kreutzer M 330331 Krevans J 302 438 Krishnakumar A 45 Krishnamoorthy J S 322323 Kriska A M 521522 Kristjanson L 638 Kritchevsky S B 587588 Kroenke K 523524 Kroger J 424426 486 Krois L 256 Kronick R G 558 625 Kroonenberg P M 221 Kroutil L A 400 Krueger A B 344 Krueger R F 444 608 Kruger M 528 Krull J L 359 Kruttschnitt C 446 Krypianidou A 401 Kryzer E 235 KüblerRoss E 634 639641 654655 Kuczmarski R J 148 Kuczynski L 229 Kuh D 141 515 Kuhl P 195 200 272 Kuhl P K 49 194 195 200202 Kuhn C 226 Kuhn D 197 318 393 394 405407 Kuiper H 357 Kulkarni S C 575 Kuller L H 557 Kulmala J 583584 Kumari M 611 Kumwenda N I 150151 Kung HC 138 142 144 523 524 649 Kunkel L M 579 Kunz A 369 Kupanoff K 357 411 Kuperman S 401 Kupersmidt J B 369 Kupesic S 121 Kupfer D J 585 Kupper L 444 Kurdek L A 497 Kurjak A 121 Kurlakowsky K D 377 Kurtzberg T 443 Kuruvanka T 522523 Kushnir T 190 Kusumi T 551 Kuther T 320321 Kutner M 538 Kye C 377 La Greca A M 379 Laakso M 275 Labarere J 149 Laberge L 248249 LaBounty J 266 LabouvieVief G 467468 600 Labov T 407 Lacerda F 195 Lacey J V Jr 527 Lachman M E 512514 518 519 522523 527 530 532533 542 547549 551553 555 LaCruz S 641 Ladd G W 279 369 LaFerla F M 592 LaFontana K M 369 Lagattuta K H 287 Lagercrantz H 131 132 Lahey B 358 Lahey B B 528 Laible D 411 Laible D J 232 287 Laird J 415 416 Laird R D 445 Laje G 378 Lakatos K 221 Lalonde C E 193194 Lalouschek W 522523 Lamason R L 91 Lamaze F 132 Lamb M E 201 216 219 223 235 Lamb M M 104 Lamberg L 584585 Lambert J D 556 557 645 Lambert S F 377 Lamberts S W J 576577 Lambeth G S 494 Lamborn S D 445 Lamm C 329330 LammiKeefe C J 114 Lampe C 460 Lancaster M 344 Lando B 309 Landon M B 132 Landry S H 272 Landstrom S 358 Landy F J 616 Lang F R 555 614 622 Lang J 587 Lang W 456 Langa K M 650651 Lange L A 232 Langenberg C 141 Langer E J 547 Langer J 191 Langkamer K L 504 Langley I K 515 Långström N 429 Lankford A 648 Lanphear B P 323324 Lansford J E 240 303 360 363 448 Lanting C I 149 Lantz P M 459 521522 LaPierreAdamcyk E 498 Lapinski R H 118119 Lapsley AM 224 Laquatra J 621 Largo R H 247248 Laris B 432 Larsen D 566 Larsen J B 584585 Larsen R 591 Larson M C 223 Larson R 359 386 389 395 412 436 628 Larson R W 436 Larzalere R E 302 Lasquade C 310 Latendresse S J 45 Latimer E J 653 Lauerman J F 579 Laughren T 378 Laumann E O 500 586 611 Launer L J 592 Laurenceau J 359 Laursen B 435 437 440 442 Laursen T M 226 647 Lautenschlager G 599 Lautenschlager N T 590 LaVecchia C 454 Lavee Y 501 Lavelli M 225 Lavie C J 522523 Lawler E 579 LawlerRow K A 611 Lawn J E 142 Lawrence E 503504 Layne J E 525 Layton J B 623 Lazar N A 329330 Lazarus R S 456 609 Le H N 114 Le Bourdais C 498 Leadbeater B J 374 Leaper C 219 289 Leavitt L A 226 Leblanc M 378 Lecanuet J P 113 Lee F R 256 Lee G R 554 627 630 Lee I 521522 Lee J M 388 392 Lee K 265 Lee L 149 Lee P 162 Lee R D 576577 Lee R M 367 Lee S 335 Lee S J 111 158 301 Lee S Y 335 Lee Y 300 Leerkes E M 210 LeFebvre R 309 Lefever J B 434 Lefkowitz E S 462463 560 629 Legato M 519 Legerstee M 225 Legge G E 583584 4PapaliaIndiceonomastico2indd 773 4PapaliaIndiceonomastico2indd 773 010213 1118 010213 1118 774 Índice Onomástico Lehman B J 454 Lehnart J 494 Leibel R L 105 Leigh B C 458 Leigh E 330331 Leinbach M D 295 Leman P J 339 Lemelin JP 203 Lemke M 411 538 Lemmon H 332333 Lemon B 612 628 Lenneberg E 50 193194 Lennon J 347 Leno J 346 Lenroot R K 249250 317 318 Lentzner H 583584 648 Leonard C 330331 Leonard S A 357 Leone J M 506 Leong D J 299 300 Lerman C 457 Lesch K P 105 Lesgold A 532533 Lesgold A M 532533 Leslie A M 188 264 267 Leslie L K 375 378 Lester B M 115 194 LethbridgeCejku M 520521 LeVay S 429 Leveille S G 587588 Leveno K J 118119 Levenson M R 518 521522 527 548549 556 557 646 647 Levenson R W 622 624 Levenstein S 530 Leventhal J M 120 Levine R 543 LeVine R A 216 543 LeVine S 543 Levine S 273 333334 Levine S C 190 262263 327 342343 Levinson D 489 490 545547 Levron J 464465 Levy B 580 Levy B R 572 Levy O 599 Levy S R 358 LevyShiff R 367 Lew S 415 Lewin A C 507 Lewinsohn M 377 Lewinsohn P M 377 Lewis B H 519 Lewis C 309 Lewis C B 587588 Lewis C C 237 Lewis J M 364 Lewis L 344 Lewis M 211 223 227 231 240 307 396 Lewis M D 329330 Lewis M I 654655 Lewis T L 159 Lewit E 253 Lewkowicz C J 551 Leyendecker B 216 LHoir M P 146 Li D 369 Li DK 116 Li G 403 Li J 647 Li R 118 149 Li S 614615 Li X 322323 Li Y 369 617 Liang J 623 Liberman A M 341 Liberman I Y 341 Lichstein K L 457 Lichtenstein P 429 Lickliter R 69 101 Lickona T 409 Lie R T 140 Lieberman E 139 Lieberman E S 133 Lieberman M 410 645 Liebkind K 487 Liebman B 523524 Light K C 530 Light S N 358 Lightwood J 396 LiGrining C R 279 Liker J 533534 Lillard A 265 266 277 Lim A S 616 Lim M E 388 Lim V R 496 Lin I 614615 Lin L 310 Lin S 120 Lin S P 106 Lin S S 47 Lin Y 580 Lincoln A 45 Lindahl K M 359 Lindau S T 585 Lindberg S 412 Lindbergh A M 510 Lindblom B 195 Lindenberger U 50 326 638 Linder K 538 Lindsay R 526 Lindström P 429 Linebarger D L 373 Linn M 412 Linnet K M 116 LinsDyer M T 437 Lippman L H 423 Lipton R B 579 Lipworth L 114 Lissau I 395 Liszkowski U 195 Littell S W 341 Little D 622 Little R E 120 Little T 372 Littleton H 118 Litwin H 612 Liu D 266 Liu E 252 Liu H 558 Liu H M 195 Liu J 253 254 614615 Liu L 378 Liu T 587 Liu V 118 Liu Y 400 Livingston G 564 566 Lizotte A J 434 Lloyd J J 445 Lloyd S E 506 Lloyd T 395 LloydRichardson E 402 Lobel M 139 Lochner K 459 Lock A 196 Lock M 519521 Locke J 57 Lockenhoff C E 544 Lockhart K L 342343 Lockwood C J 139 Locuniak M N 262263 Loeken M R 118 Logan R L 545 LoGerfo J P 587588 Lohman B J 320 Lohse N 463464 Lonczak H S 435 London K 218 Long J D 374 Longmore M A 498 Longnecker M P 118119 Longo M R 514 Lonigan C J 275 341 Loomis C C 286 Lopatto E 505 Lopes P N 470 471 Lopez A 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MacDonald K 220 MacDonald W L 507 MacDorman M F 110 129 138 139 142 144 433 Machado S F 275 MacKay M 238 Mackenzie C S 589 MacKinnonLewis C 307 MacLean K 157 Macmillan C 117 MacMillan H M 302 Macmillan R 446 MacRae P G 514516 MacWhinney B 341 Madathil J 500 Madden D J 515 596 Maddux W 45 Madsen S D 496 Maes L 395 396 Maestas N 616 Maestripieri D 240 Mahalik J R 523524 Maher E 320321 Maheshwari A 464465 Mahoney J L 448 Main M 221 224 Maislin G 150151 457 Maisonet M 392 Mak A 456 Makela P H 581 Makhoul I R 136 140 Makino M 455 Makridis M 140 Makuc D 459 Makuc D M 453 Malaguzzi L 277 Malanchuk O 416 Malaspina D 106 120 MaldonadoCarreno C 279 Maletaki S 401 Malik N M 359 Malloy M H 131 Malone F D 120 Malone P S 279 Mampe B 113 Mancini A D 625 Mandara J 427 Mandela N 572 Mandell D J 266 Mandler J M 188 190 Manke B 504 Manlove J 431 Mann E A 448 Mann J J 404 4PapaliaIndiceonomastico2indd 774 4PapaliaIndiceonomastico2indd 774 010213 1118 010213 1118 Índice Onomástico 775 Mannell R 628 Manning W D 498 499 Mannix L J 463464 Mansfield E 550 Manson J E 463464 526 527 Manzano I 598 Mao Y 456 Marchman V A 194 197 Marcia J E 423426 486 Marcoen A 223 285 562 563 Marcovitch S 268 Marcus B H 456 Marcus G F 195 Marentette P F 199 Margolin S J 531 Marion D 120 Markel H 154 Markesbery W R 590 593 Markestad T 140 Markides K S 586 Markman E M 196 197 Markman H J 501 Markoff J 118119 Markowitz S 455 Marks G 463464 Marks H 416 Marks J S 454 522523 Marks N F 556561 563 612 617 645 Markus H R 552553 555 613 Marlow N 140 Marmot M 532533 Marmot M G 521523 Marois R 415 Marquardt E 364 505 Marquis J 275 598 Marsh P 441 Marshall E G 120 Marshall N L 235 236 Marshall P J 299 Marshall R 640 Martel M M 232 Martikainen P 619 620 626 645 Martin C L 218 289 290 292 295 300 357 Martin J 584585 Martin J A 88 106 111 113 116 118120 122 129 131 132 135 138140 142 303 433 434 491 502503 Martin K A 527 Martin L G 614615 Martin L R 608 Martin M 251 Martin N 87 Martin P 610 619 Martin R 118 Martin S 444 Martin S P 505 Martin J A 122 138 Martinez G M 429 MartínezGonzález M A 398 MartinezPons M 342343 Martinussen M 486 Martire L M 563 564 Marton M 121 Mascher J 47 Mashburn A J 273 Mashoodh R 89 Masi C M 559 Maslow A 543 Masse L C 400 Massey C 275 Masten A S 369 372 381 382 484 Masters W H 519 Mateer C A 116 Mather A 589 Mather M 364 365 594 Mathews T J 88 114 116 132 138 139 144 434 Mathie A 74 Matijevic R 121 Matsuda K 551 Matsudaira J 478479 Mattanah J F 476 Matthews J 320 Matthews K A 255 522523 557 Matthews S H 563 Mattingly M J 503504 Maurer D 159 Maurer O 364 Maurer T J 516 616 Mayer G 222 Mayer J D 470 Mayeux L 369 372 Mayr U 551 Mayseless O 490 Mazzella R 396 Mazzeo R S 587588 Mazziotta J C 213 McAdams D P 545 546 548550 McAdoo H P 173174 McAuley E 587588 McCabe E R B 98 McCabe L L 98 McCall L W 331332 McCall R B 185 McCallum K E 398 399 McCartney K 103 104 McCartney N 584585 McCartt A T 403 McCarty C A 185 403 McCarty M E 162 McClearn G E 104 McClelland J L 190 McClement S 638 McClintock M 428 McClintock M K 387 McConaughey M 487 McCord J 302 445 McCoy A R 344 McCoy S L 584585 McCrae R 608 McCrae R R 491 492 544 607 608 McCrink K 190 McCue J D 637 638 644 McDaniel M 323324 McDaniel M A 598 McDermott R 507 McDonald D 527 McDonald E 320321 McDonald S A 140 McDonough L 188 McDowell D J 369 McDowell M 148 247248 316 317 McDowell M A 455 McElhaney K B 441 McElwain N L 222 309 McFadyenKetchum S 392 McFadyenKetchum S A 374 McFarland F C 441 McFarland R A 516 McField G 340 McGaugh J L 592 McGue M 271 444 608 McGue M K 367 McGuffin P 100 103 104 106 McHale S M 361 441 494 503504 McIlvane J M 623 McIntosh A R 599 McIntosh H 423 McKelvie M 625 McKenna K Y A 443 McKinlay J B 519 McKinney K L 392 McKitrick L A 600 McKusick V A 98 McLanahan S 271 McLanahan S S 365 McLaughlin D 622 McLeod C M 599 McLeod P J 202 McLeod R 118 McLeskey J 344 McLoyd V 361 McLoyd V C 271 301 361 McMahon A P 90 McMahon C R 155 McMorris B J 446 McMorrow M 146 McNamara T 648 McNeely C S 429430 McNeillyChoque M K 306 McPherson M 495 McQueeny T 400 McQuillan J 464465 McRitchie S L 320 McRoberts G W 197 McRoy R G 366 McTiernan A 526 Meador R 618 Mears B 392 Mechur M J 417 Meck E 260262 Mednick S 254 Mednick S A 253 Mednick S C 457 Meehan B T 401 Meeks J J 90 Meer J 573 Meerum Terwogt M 357 Meeter M 470 Meezan W 365 366 Mehta S D 149 Meier A M 396 Meier D 414 Meier D E 653654 Meier R 199 Meijer A M 504 Meins E 221 223 Meis P J 139 Melamed B G 530 Melby J 414 Mellingen K 254 Meltzoff A 179 272 Meltzoff A N 179 180 185 186 189 Menacker F 129 433 Menard W W E 533534 Mendel G 90 Mendelsohn M E 424425 Mendle J 392 Mendola P 389 Mendoza C M 456 Menec V H 586 613 Menegaux F 120 Meng H 347 Meng Y 591 Menke E M 648 Mennella J A 112 159 Menon U 512 Merabet L B 157 Merckelbach H 308 Merewood A 149 Merikangas K D 375 Merikangas K R 104 Merkin S S 519520 Merline A 554 Mermelstein R 402 Mero R P 459 556 Merrell K 375 Merriam E 420 Merrill K A 457 Merrill S S 514516 520521 Mertesacker B 215 Mertz M E 632 Mervis C B 326 Mesch G 443 Messinger D S 117 226 Messinis L 401 Metter E J 515 Metz K E 406 Metzger A 439 Meydani S N 587588 Meyer B J F 596 Meyer E A 152 Meyer E C 647 Meyer I H 558 Meyer S E 623 Meyers P E 584585 Meyers P M 584585 Meyers V 639 Michael A 416 Michael R T 500 Michaelieu Q 426 Michaelson K F 149 Michalaska K 358 Miech R A 396 Miedel W T 344 Miedzian M 295 Mienaltowski A 596 Migeon B R 90 Migliore L 578 Mikels J A 600 Mikkola K 140 Milani I 184 Milani R V 522523 Miles C L 320 Milkie M 503504 Milkie M A 503504 Miller A 599 Miller D C 475 Miller D R 592 Miller G E 530 Miller J R 456 Miller J W 400 Miller J Y 400 Miller K 479 Miller K F 260262 Miller L 560 Miller L J 594595 Miller L M 560 Miller M A 530 Miller P C 304 4PapaliaIndiceonomastico2indd 775 4PapaliaIndiceonomastico2indd 775 010213 1118 010213 1118 776 Índice Onomástico Miller P H 326 Miller S A 326 Miller W C 462464 MillerKovach K 322323 MillerLoncar C L 272 Millman R P 395 Minagawa R Y 463464 Minder C E 619 Miner J L 375 376 Minich N 140 Miniño A M 403 523524 530 649 Minkler M 612 Minshew N J 154 Mintz T H 197 Miranda S B 184 Mirren H 534535 Mischel W 231 294 Missmer S A 88 Mistry J 192 Mistry R S 361 Mitchell E A 146 Mitchell O S 475 Mitchell S 320 Mitchell V 560 MitchellKernan C 627 Mitnick D M 503504 Mittenberg W 594595 Miura H 262263 Miura Y 587588 Mix K S 190 327 Miyake K 222 Mlot C 212 Moane G 551 Mobley A K 497 Mody M 347 Modzeleski W 446 Moen P 504 542 548549 612 613 616 619 Moffitt T 487 Moffitt T E 45 215 392 446 493 Mohai P 459 Moir P 586 MoiseTitus J 373 Mojon D S 369 MojonAzzi S 369 Mokdad A H 454 455 Mol B W 137 Molenaar P C M 328 Molinari L 247248 Moline M L 463464 Mollenkopf J 484 Moller L C 300 Molnar Z 153 Molofsky A V 576577 Monahan K C 445 Mondschein E R 160 219 Moneta G 436 Money J 290 Monshouwer H J 372 Montague D P F 225 Montenegro X P 556 557 Montessori M 276 277 Montgomery G 87 Montgomery M J 475479 MontgomeryDowns H E 114 Montplaisir J 248249 Moody H R 612 Moody T D 516 Mooijaart A 224 MookKanamori D O 116 Moolchan E T 401 Moon C 113 Moon C M 113 Moon J 97 Moon R Y 145 Mooney K C 248249 MooneySomers J 366 Moore C A 113 Moore C F 258 Moore G E 93 Moore J W 490 Moore K 433 Moore K A 45 Moore M J 586 589 Moore M K 179 180 189 Moore S E 114 Moorman J E 557 Moran C 456 Morell C H 515 Morelli G 76 Morelli G A 216 Moreno C 378 Morenoff J 459 Moretti E 557 Moretti F 589 Morgan A 457 579 Morgan R A 98 Morin C M 585 Morin R 496 497 535536 Morison P 369 Morris A D 408 410 411 Morris J E 440 Morris M C 592 Morris M S 596 Morris P A 6768 Morris S S 149 Morrison J A 396 Morrison T 534535 Morrissey T W 235 Morrow D 600 Morrow D G 533534 Mors O 226 Morse J M 70 Mortensen E L 149 Mortensen P B 106 226 647 Mortimer J 452 Mortimer J A 590 Mortimer J T 417 Morton H 3839 Morton T 378 Mosca L 526 Mosconi L 462463 593 Moses L J 225 265 Mosher W D 428 431 433 498 499 505 Mosier C 192 Mosier C E 228 230 Moskovitz J 578 Mosley J 365 Moss M S 645 646 Moss S Z 645 646 Moster D 140 Mother Teresa 472 Moulson M C 158 Mounts N 445 Mounzih K 388 Mouw T 484 561 Moyer A 498 Mroczek D 492 Mroczek D K 551553 600 608 609 638 Msall M S E 140 Mudrack P 471 Mueller T I 589 Muenke M 348 Muir D 265 Muir D W 112 162 Mukamal K 623 Mulder E 118 Mulford C 444 Mulinare J 118 Mullan D 394 Müller U 154 268 Mullin J 339 Mullington J M 457 Mullins R 120 Müllner M 522523 Mulye T P 453 Mumma G H 369 Mumme D L 225 287 Munafo M 251 Munakata Y 190 Münch M 585 MunkOlsen T 226 Munn P 232 233 Munroe R L 335 Munson M L 362 Murachver T 269 Muraco A 494 Muris P 308 Murphy B C 358 Murphy J M 473 Murphy L A 187 Murphy P D 98 Murphy S L 138 453 463464 520521 523524 Murray C 334 Murray C E 497 Murray C J L 575 Murray K T 231 Murray M L 36 Murre J 470 Murry V 392 Murry V M 361 Murzyn E 457 Musick M A 611 612 Musil C M 589 590 609 Musisca N 492 Muter V 275 391 396 Mutran E J 565 Myers A 594595 Myers D G 494 499 501 552 553 Myers J E 500 565 Myers S M 154 155 Mylander C 199 Mzoczek D 492 544 607 Nabors L A 235 Nadel L 97 Nader P R 320 394 Nadig A S 155 Nagaoka J 344 Nagaraja J 255 Naimi T S 400 Nair K S 584585 Naito M 262263 Naito T 500 Nam S 628 Nandakumar R 273 Nanin J E 462463 Nansel T R 374 Napier J L 406 Napolitano L 499500 Napolitano M 456 Naquin C 443 Nash A 233 Natenshon A 320321 Nathanielsz P W 139 Nathanson L 279 Nation M 448 Navacruz L C 374 NavehBenjamin M 599 Navratil F 90 Nawrocki T 226 Neal M B 564 Neale B M 348 Neary K R 599 Neaton J 521522 Nedrow A 519 Needell B 366 Needham B 558 Needham C 378 Nef S 90 Nehrke M F 654655 Neidorf S 497 Neighbors H W 649 Neimark E D 80 Neimeyer R A 641 Neisser U 105 271 278 333 335 Neitzel C 272 Nelson A R 459 Nelson C A 157 158 181 188 192 267 Nelson D A 306 Nelson H D 518 Nelson K 69 171 191 268270 Nelson K B 131 Nelson L J 306 496 Nelson M C 394 Nelson M E 525 587588 Nelson T 49 Neo L F 456 Ness J 620 Nesse R M 640 Nesselroade J 551 Nestle M 455 Netz Y 587588 Netzer J K 630 Neugarten B L 490 546 574 612 644 Neugarten D A 574 Neumark D 616 NeumarkSztainer D 359 396 Neupert S D 600 Neville A 110 Neville H J 50 Nevis S 184 Newacheck P W 322323 Newcomb A F 369 370 Newcomb P 527 Newcombe N S 342343 Newcombe R 269 Newman A B 587 Newman D L 215 Newman K 488 Newman N M 145 Newman R S 193194 196 Newman S 619 Newman T B 375 Newport E 199 Newport E L 50 Newschaffer C J 154 Newton K M 519 Newton R A 584585 4PapaliaIndiceonomastico2indd 776 4PapaliaIndiceonomastico2indd 776 010213 1118 010213 1118 Índice Onomástico 777 Newton R L 317 Newton T L 558 Neyer F J 494 Niaura R 402 Nichols W C 579 Nicoladis E 202 Nicolaides K 121 Nie N H 443 Nielsen G 104 Nielsen M 213 228 Nieman L K 463464 Nihtilä E 619 626 Nijhuis J G 113 Nikolova D 578 Nin A 385 451 Nirmala A 104 105 Nisbett R E 334 Nix R L 301 Nixon C L 266 Njajou O T 576577 Nobes G 328 Nobre A C 200 Nock M K 649 Nock S L 501 Noël P H 589 Nomaguchi S M 503504 Noonan C J 120 Nora A 478479 Nord M 254 Nordstrom B 115 Noriuchi M 222 Norman R 464465 Norris L 467468 Norton A J 557 Norton M E 122 Norton M I 572 Nourot P M 299 Novak M F S X 118 Novoseltsev V 580 Novoseltseva J 580 Nowicki S 586 Noyes J 118 Nucci L 437 439 Nugent J K 115 136 Nurmi J 486 Nurnberg H G 519 Nussbaum R L 590 Nyman M 307 Oakes L M 188 Oates R K 240 Obama B 47 485 505 Obel C 116 Ober C 323324 Oberman L M 213 Obradovic J 49 OBrien C M 117 OBrien E 576577 OBrien M 210 300 320 OConnell B 193194 OConnell M P 137 OConner M 627 OConnor T 118 OConnor T G 157 Odent M 132 Odgen C 247248 316 317 Odgers C 401 Odoki K 149 ODonnell K 537 611 ODonnell L N 401 Odouli R 116 145 Oehlenschlager A G 244 Oetting J B 275 Offer D 435 Offer M K 435 Offit P A 147 Ofori B 115 Ogden C L 104 252 320 396 455 Oh S 337 Oishi S 608 Okamoto K 617 Okamoto Y 406 Okazaki S 335 Oken E 187 Okoro C A 522523 Oláh L N 262263 Olds D 240 Olds S W 236 OLeary K D 498 Olfson M 378 Oliphant J A 429 Oliver J 253 Ollendick T H 310 379 Olsen J 647 Olsen L W 322323 Olsen S F 306 Olshansky S J 574 578 580 Olson C M 253 Olson K 305 Olson L 145 Olson L S 343 Olthof T 357 Olweus D 374 OMahony P 115 OMalley P 452 OMalley P M 399 400 461 Omojokun O O 146 Ondracek P J 332333 ONeil K 299 ONeill G 583584 Ono H 319 Oosterlaan J 141 Operskalski B 378 Opfer J E 327 Oppenheimer D 416 Opper S 404 ORahilly S 388 Oraichi D 115 ORand A M 557 Orathinkal J 624 Orbuch T L 556 OReilly A W 179 Orenstein P 647 648 Orentlicher D 653 Ormel J 584585 Ormrod R 446 Ornstein P A 331332 Orom H 596 Orr M 462463 Orr W C 578 Ortega S 4243 Orth U 552553 Ortmeyer H K 455 Osborne C 499 Osejo V M 117 Osgood D W 441 484 Oshima S 614615 OshimaTakane Y 202 Osmond C 106 Osmond M 226 Ossorio P 47 Ostbye T 140 Osterman M 138 Osterman M J K 122 138 Ostfeld B M 145 Ostir G V 586 Ostrov E 435 Ostrove J M 545 550 552553 Ostry D 199 OToole B I 240 Otsuka R 457 Ott M G 98 Otten M W 522523 Ottenbacher K J 586 Ottolini M C 145 Ovbiagele B 523524 Over H 212 Overbeek G 437 Overpeck M D 394 Owen C G 149 Owen D R 271 Owen G 637 Owen L D 429430 433 Owen M J 104 106 Owens J L 269 Owens R E 200 272274 339 407 Oyserman D 427 Ozarow L 339 Ozata M 388 Ozcaliskan S 196 Ozubko J D 599 Pac S 150151 Pachana N A 622 Padden C A 199 Padden D 49 Padilla A M 340 Pae S 275 Pagani L 445 Page D C 464465 Painter J E 455 Painter K 179 Palella F J 432 Palermo L 598 Paley B 502503 Palmer F B 193194 Palmersheim K A 521523 552553 Palombini L 248249 Palusci V J 238 Pamuk E 459 Pan B A 201 Pan S Y 456 Panagiotaki G 328 Panigrahy A 145 Panwar O 118119 Panzer S 479 PapadatouPastou M 251 Papageorghiou A 121 Papalia D 405 471 Papathanasopoulos P 401 Papernow P 507 Paradis J 202 Parashar S 505 Pardo C 379 ParishMorris J 200 Park C L 654655 Park D 582583 598 Park D C 582583 597599 Park H 484 Park M J 453 Park S 216 Park Y 368 Parke R 46 76 369 Parke R D 219 303 358 360 361 507 Parker E 580 Parker J D 118119 Parker J G 298 369 Parker K 361 564 566 653654 Parker K D 4243 Parker L 120 Parker M G 613 Parker V 618 Parkes T L 580 Parnes H S 616 Parry B L 457 Parry W 291 Parsons J T 462463 Partelow L 475 Parten M B 298 Partridge L 578 580 Pascarella E T 478479 Pasch L A 501 PascualLeone A 157 Pasteur L 534535 Pastor P N 346 347 453 Pastore M 448 Pastorelli C 342343 416 Pastuszak A 115 Pasupathi M 551 600 601 Patel A V 527 Patel H 520521 Patel K V 521522 Patenaude A F 98 Paterson D S 145 Patrick K 396 Patrick M M 586 Patrick R 551 Patrizio P 464465 Pattee L 369 Patterson C J 366 428 429 Patterson G R 445 Patterson M Q 515 Pauen S 188 Paul E L 555 PauliPott U 215 Paulozzi L J 114 Paus T 318 Pauwels B G 362 Pavlov I 60 63 Pawelski J G 365 366 Pawlby S 118 Pawson C 328 Paxson C 323324 Paxton J L 597 Payea K 475 Pearce M J 446 Pearce M S 120 Pearcy J N 522523 Pears K C 433 Pearson H 525 Pearson J D 515 Pedersen C B 226 Pedersen F A 222 Pedersen J 233 Pedersen N L 532 Peeters A 455 Pegg J E 202 Peirce C S 54 Pelayo R 248249 Pell J P 132 Pell T 117 Pellegrini A D 69 179 180 288 291 296300 306 319 347 368 370 374 4PapaliaIndiceonomastico2indd 777 4PapaliaIndiceonomastico2indd 777 010213 1118 010213 1118 778 Índice Onomástico Peltola P 504 Pempek T A 187 Pennington B F 97 Penninx B W J H 587589 Pennisi E 580 Pepe M S 252 Pepler D 309 Pepper S C 57 Pereira M A 320 454 455 Perera F P 120 Perez S M 329330 PérezStable E J 459 Perfetti C A 341 Perfors A 194 Perl H 145 Perls T 579 Perls T T 578 579 Perra O 118 Perrin E C 365 Perrin E M 320321 Perrin J M 323324 375 396 Perrin N 565 Perron M 287 Perry D G 293 Perry T B 442 Perry W G 476 477 PerryJenkins M 361 Perusse D 203 Pesonen A 224 Peter J 443 Peter K 477 Peters E 596 Peters J 590 Peters R 590 Petersen A C 392 435 Petersen R C 614 Peterson B E 550 Peterson J 612 Peterson K 431 Petit D 248250 Petitti D B 526 622 Petitto L A 199202 Petrakos H 309 Petrill S A 105 Petronis A 93 Petrosino A J 533534 Pettit G S 299 301304 307 369 374 381 392 445 Peyser H 366 Pezzin L E 619 Phelan E A 587588 Phelps J L 224 Phelps K E 266 Philipp B L 149 Philippe F L 620 Philliber S 435 Phillips C D 621 Phillips D 235 278 Phillips D A 235 Phillips D F 464465 Phillips D I W 114 Phillips J A 498 499 505 Phillips P 4243 574 575 614 615 618 619 627 629 Phillips R 344 Phinney J S 426 486 487 Piaget J 60 6467 6970 171 176183 187189 191 207 262 265 273274 277 297 324326 328 332333 405 406 408 410 432 465468 472 Pianezza M L 457 Pianta R C 273 342343 Piazza J R 623 628 Pick A D 162 Pick S 506 Pickar J H 526 Pickens J 226 Picker J 106 Pickett W 374 Piek J P 141 Pienta A M 555 Pierce K M 361 Pierce S 433 Piernas C 320321 Pierroutsakos S L 182 260262 Pietrini P 479 Pike A 309 368 Pike L B 431 Pillemer K 559 561 630 Pillitteri J 458 Pillow B H 265 Pilon G 586 Pimentel E E 614615 Pine D S 216 Pine K J 219 Pines M 50 Pinkleton B E 402 Pinquart M 563 Pinto J P 197 Pinuelas A 307 Piontek C M 457 Pipe M 269 Pitzer L M 562 Pixley J E 549 Plant L D 145 Planty M 411 Plassman B L 590 597 Pleck J H 218 Pleis J R 514 515 Pletcher M J 396 Plikuhn M 561 Plomin R 92 98 100 103105 116 201 214 275 289 306 333334 346 Plotkin S A 118 Pluess M 49 Plunkett K 200 Podolski C L 373 Pogarsky G 434 Poikkeus A 275 Polikar R 593 Polit D F 309 310 Pollack B 219 Pomerantz E M 286 360 437 Pomery E A 441 Pong S 365 Ponjaert I 365 Ponsonby A L 145 Pontieri F E 401 Poole K 140 Poon L W 597 619 Pope A L 497 Pope A W 369 Pope H G Jr 455 Pope R S 329330 Popenoe D 498 499 502503 505 Popkin B M 320321 455 Poponoe D 499 Porcino J 621 Porfeli E 452 Porges S W 222 Porter M 498 Porter M R 441 Porter P 525 Portes P R 427 Posada G 222 Posner J K 361 Posthuma D 105 Potenza M N 393 Poulin F 445 PoulinDubois D 218 Povinelli D J 265 Powell B 366 Powell C 253 Powell L H 455 611 Powell M B 269 PowellGriner E 520521 583584 Power T G 229 287 Powers D A 558 Powlishta K K 300 368 Prakash K 299 Prasad A 522523 Pratt L A 529 583584 Pratt M 456 Prause J 237 Prause J A 361 Precht D H 647 Prechtl H F R 137 Preissler M 182 Presnell K 396 402 Pressley J C 146 Pressman S D 528 Preston S H 574 Previti D 501 Price B H 597 599 Price J M 369 Price T S 92 116 275 Prinzi L 594595 Prockop D J 525 Profet M 69 Pruchno R 631 Pruden S M 196 Pruitt J 49 Pruyne E 410 466468 476 Puca A 579 Puca A A 579 Pudrovska T 627 645 Puggaard L 584585 Pulkkinen L 493 Pungello E P 176 Purcell P J 535536 Pushkar D 613 Putallaz M 306 Putnam S 216 Putney N M 559 561 564 565 Qin L 437 Quamie L 505 Quattrin T 252 253 Querido J G 201 Quesenberry C P 526 Quigley H A 584585 Quill T E 652 653 Quinn P C 188 Rabbitt P 638 Rabin B S 460 Rabin R C 455 Rabiner D 369 Raboy B 366 Racoosin J 378 Radestad I 648 RadkeYarrow M 212 Raggatt P 154 Ragsdale B L 427 Rahe R H 529 530 Rahman Q 429 Raikes H 202 Raïkkönen K 224 Raine A 253 254 Raizada R 272 Rakic P 153 Rakison D H 158 159 179 181 189 Rakoczy H 266 Rakyan V 93 Rall L C 587588 Ram A 232 Ramachandran V S 213 Ramani G B 233 Ramey C T 173175 Ramey G 234 Ramey S L 173175 Ramey V 234 Raminemi C 262263 Ramoz N 154 Rampey B D 411 Ramsey E 445 Ramsey P G 310 Rank M R 501 Rankin J 113 Rao S B 195 Rapoport J L 106 348 Rapp S R 527 Rasinski K 514 RaskNissilä L 322323 Rasmussen K M 114 Rasmussen S A 113 Rathbun A 279 343 Rauch J 365 366 Rauh V A 116 Raver C C 279 Raviv A 395 Ravussin E 576577 580 Ray D 378 Ray M 256 Ray O 528 645 Ray S 593 Rayner R 63 Read D 375 Read J G 575 Reade M C 652 Realo A 544 Reaney P 465466 Reddy B M 104 Reddy P P 104 Redman L M 576577 Reed T 579 Reese E 203 259260 269 275 299 Reeves A J 153 Reich S M 495 Reichenberg A 120 155 Reid F 515 Reid J D 513 548549 628 Reid Y 120 Reidel B W 457 Reif J S 118119 Reijo R 464465 Reimer J F 329330 Reiner W G 290 Reinhold A 148 Reinisch J M 149 Reisberg B 593 Reiss A L 290 Reither E N 396 4PapaliaIndiceonomastico2indd 778 4PapaliaIndiceonomastico2indd 778 010213 1118 010213 1118 Índice Onomástico 779 Reitzes D C 565 Remafedi G 404 Remez L 431 432 Remez S 513 Rende R 402 441 Renoir PA 655656 Repacholi B 224 Repetti R L 344 361 Resnick L B 327 Resnick M D 404 447 Resnick S 222 Rest J R 408 Reuben C 453 459 Reuben C A 346 347 Reusing S P 118 ReuterLorenz P 582583 597 599 ReuterLorenz P A 599 Revell A J 629 Rey E 115 Reynolds A J 278 344 448 Reynolds C A 532 608 Reynolds C F III 585 Reynolds M A 88 Reynoso J T 458 Rhee S H 444 Rhines H M 522523 Ricciuti H N 364 440 Rice J B 619 Rice J C 301 Rice M 275 Rice M L 197 275 276 Rich M 187 373 Richards D 332333 Richards M H 396 427 436 Richards T 272 Richardson C R 521522 Richardson G A 117 Richardson G S 395 Richardson J 217 Richman L S 528 Richmond T S 587 Rickert V I 248249 Ridder E M 402 Rideout V J 186 436 Rieckmann N 614 Riemann M K 114 Ries L A G 526 RifasShiman S 187 Rifkin J 98 Riggle E D B 497 Riggle S G 497 Rigler D 50 Rigler M 50 RiksenWalraven J M 493 Riley B 100 Riley K P 593 Rimm E B 623 RimmKaufman S E 279 Rinaldi C M 309 Riordan K 222 Rispens P 584585 Ritchie L 252 Ritchie M 378 Rivera J A 114 150151 Rivera S M 191 RiveraGaxiola M 195 200 Robbins A 548549 Roberto K 556 559 561566 Roberto K A 559 Roberts B 492 544 607 Roberts B W 492 551 557 608 Roberts C 394 Roberts D 440 Roberts D F 436 Roberts G C 360 Roberts J E 235 Roberts L 120 Robertson D L 448 Robin D J 162 Robinette C D 104 Robins R W 426 493 552553 Robinson C C 306 Robinson J 503504 Robinson J P 503504 Robinson K N 583584 648 Robinson M 647 Robinson S D 548549 Robinson S M 114 Robinson S R 112 Robinson T N 374 Robison J 630 Robles de Medina P 118 Rochat P 201 227 Rock D A 416 Rock S 175 Rocke C 552553 Rockefeller N 346 Rodas C 366 Roderick M 344 Rodier P M 154 155 Rodin J 523524 Rodkin P C 369 Rodriguez C 527 Rodriguez M L 231 Roediger H L 598 Roesch L 402 Roettger M 444 Rogaeva E 591 Rogan W J 149 Rogers A R 576577 Rogers C R 543 Rogers F 283 Rogers M C 218 Rogers S J 501 Rogler L H 48 Rogoff B 76 192 228 230 Rogol A 387392 396 402 Rohde P 396 Roisman G I 224 369 484 490 497 Rolls B J 253 Romney D M 294 Ronca A E 112 Roodin P A 533534 Rook K S 623 Roopnarine J 310 Roopnarine J L 219 233 Roosa M W 376 Rosamond W D 520521 RosasBermdez A 139 Rosatelli M C 99 Rose H 293 Rose M 621 Rose R J 392 Rose S A 141 184 185 Rose S P 191 Roseberry S 200 Rosenbaum J E 431 Rosenbaum P L 141 Rosenberg H J 548550 Rosenberg I H 596 Rosenberg S D 550 Rosenblum G D 396 Rosenbluth S C 494 Rosenfeld D 628 Rosengren A 520521 Rosengren K S 182 Rosenkrantz S L 188 Rosenthal C J 564 Rosenthal E 256 Rosenthal E L 592 Rosicky J G 225 Rosner B 526 Ross D 276 307 Ross G 66 Ross H S 232 309 Ross J A 583584 Ross J L 290 Ross K 474 Ross L A 596 Ross S 375 Ross S A 276 307 Rossi A S 517519 Rossi R 414 Roth G 438 Rothbart M K 213215 222 Rothermund K 614 Rothman A D 503504 Rothman A J 528 Rothman M T 503504 Rotosky S S 497 Rott C 619 Roubenoff R 587588 Rourke M 266 Rouse C 271 343 Rouse D J 139 140 142 Roush W 347 Rousseau J J 57 Roussotte F F 117 RoveeCollier C 112 171 172 180 Rowe J W 611 Rowe M L 196 201 Rubin D H 120 Rubin K 299 Rubin K H 298 299 310 Rubinow D R 463464 Ruble D 292294 Ruble D N 218 285 289 290 292 293 295 Ruchkin V 446 Rudman D 576577 Rudolph K D 377 Rudy D 358 360 Rueter M A 438 Ruitenberg A 458 Rumbaut R G 452 Rundell L J 188 Rushton J P 334 Russell J D 398 Russell S T 366 Russo C 596 Rust J 289 Ruth G 484 Rutherford G W 146 Ruthruff A M 515 Rutland A 368 Rutland A F 338 Rutledge T 460 Rutter M 92 98 100 102104 157 347 Ryan A S 149 Ryan N 346 377 Ryan S 431 Ryan V 378 Rybash J M 515 533534 Ryff C D 513 521523 545 551 554 557 630 Rymer R 50 Ryncarz R A 408 471 Saarni C 287 Saba L 99 Sabbagh M A 266 Sabol S Z 457 Sachs H C 145 Sadeh A 395 Sadek S 374 Sagi A 221 Sahin E 576577 Sahyoun N R 648 Saigal S 140 141 Salkind N J 210 Sallmen M 464465 SalmelaAro K 379 486 Salovey P 470 471 528 Salthouse T A 516 596 599 608 616 Salzman C 585 Samara M 140 141 Samdal O 414 Sameroff A 416 Sameroff A J 222 Sampson H A 255 Sampson P D 116 Sampson R J 446 Samuelsson M 648 Sandberg J F 503504 Sandefur G 484 Sanders A 618 Sanders P 219 Sanders S A 149 Sandler D P 120 464465 Sandnabba H K 294295 Sando S B 592 Sandstrom M J 372 Santagata R 496 Santelli J 462463 Santinello M 448 Santonastaso P 455 Santos I S 116 Santow M 434 Sapienza C 93 Sapolsky R M 530 Sapp F 265 Saraceno C 624 Sareen J 589 Sargent J D 402 Saroha E 346 Sassler S 507 Satcher D 431 434 Saudino K J 105 Savage S L 273 Savarino J 378 Savic I 429 SavinWilliams R C 428430 Savoie D 325 Sawalani G 372 Sawicki M B 617 Saxe R 188 Saxon J L 286 Sayer S 545 Saylor M M 182 Scanlan J M 563 Scarr S 103 104 236 Schacter D L 67 598 Schaefer C E 349 4PapaliaIndiceonomastico2indd 779 4PapaliaIndiceonomastico2indd 779 010213 1118 010213 1118 780 Índice Onomástico Schaie K W 467468 531533 537 593595 608 623 Schanberg S 226 Schardt D 523524 Scharf M 364 490 Scharlach A E 644647 Schaumberg D A 583584 Scheers N J 146 Scheidt P 394 395 Schein S S 182 Schelar E 431 Schemo D J 344 Scher M S 117 Scherr P A 590 592 Schetter C D 118 Schiavo M 650 Schiavo T 650 Schieber F 514 Schieman S 627 Schieve L A 88 466467 Schiff A 395 Schiller J S 519520 Schiller M 222 Schindler H S 429430 Schlegel E 342343 Schlenker E D 589 Schliemann A D 327 Schlotz W 114 Schmidt C R 293 Schmidt M E 187 Schmidt P J 463464 Schmitt D P 544 Schmitt F A 596 Schmitt K L 373 Schmitt M 625 Schmitz S 105 214 Schnaas L 120 Schneider B H 224 Schneider E L 578 Schneider J A 590 592 Schneider M 344 Schnell S V 410 Schoefs V 223 Schoenborn C A 456 460 520 521 583586 589 625 Schoendorf K C 118119 Schoeni R 474 Schoenle E J 90 Schoff K 381 Schölmerich A 216 Scholten C M 128 129 SchonertReichl K A 375 Schooler C 537 629 Schore A N 212 Schouten A 357 Schreiber J B 396 Schuebel K J 583584 Schuengel C 221 Schug J 45 Schulenberg J 452 459 484 Schulenberg J E 399 400 445 447 461 462 Schull W J 120 Schultetus R S 533534 Schulting A B 279 Schulz M S 504 505 Schulz R 563 564 626 640 Schumann C M 154 Schumann J 50 Schumm L P 611 Schut H 645 Schuur M 591 SchwabStone M 446 SchwabStone M E 446 Schwade J A 210 Schwartz B L 598 Schwartz D 307 374 Schwartz J E 608 609 Schwartz L L 466467 Schwartz M 359 Schweinhart L J 278 435 448 Scialfa C T 514 515 583584 Scola C 502503 Scott C 453 575 Scott E S 392 447 Scott J 501 Scott P 326 Scott R M 265 Scott T 589 Scullin M H 346 Seaton E K 427 Seay R B 596 Sebanc A M 299 Seblega B K 620 Sedlak A J 239 Seechrist J 561 Seeley J R 377 Seeman J 475 Seeman T E 454 519520 623 624 Seeman T S 361 Seepersad S 436 Segerstrom S C 530 Segesten K 648 Seidel K D 252 Seidell J C 454 Seider B H 622 Seidler A 590 Seidman E 427 Seifer R 222 395 Seiner S H 226 Seitz V 448 Sekuler R 514 Selhub J 596 Seligman M E P 358 412 Sellers E M 457 459 Sellers R M 427 Selman A P 370 371 Selman R L 370 371 Seltzer J A 364 498 499 Seltzer M 201 Seltzer M M 630 Semin G R 560 Seminara S B 388 Sen A 475 648 Sen M 218 Sen M G 218 Senman L 266 Senoo A 222 Serbin L 218 Serbin L A 300 368 Sergio L 199 Serido J 527 Seroude L 580 Service V 196 Servin A 300 Sesso H D 521522 Sethi A 231 Setliff A E 187 Setterstein R A Jr 452 479 Sexton A 85 Seybold K S 611 Shaffer R A 463464 Shafto M A 516 598 Shah T 116 Shahabi L 611 Shamah T 150151 Shanahan M 452 Shane M S 473 Shankaran S 116 117 Shannon D 216 Shannon J D 201 218 362 Shaper A G 457 521522 Shapiro A 619 625 Shapiro A D 551 Shapiro B K 193194 Shapiro P 619 Sharit J 616 Sharma A R 367 Sharp D 118 Sharp E S 532 537 Shatz M 273274 Shaw A 305 Shaw B A 348 623 Shaw D 218 289 Shaw H 396 Shaw N 252 Shaw P 333334 348 Shayer M 328 Shaywitz B A 347 Shaywitz S 347 Shaywitz S E 347 Shea K M 120 Shea S 322323 Sheblanova E 411 Shedlock D J 601 Shekelle R B 521522 Sheldon K M 545 Shema S J 515 Shepherd J 185 Shepherd R A 138 Sheridan M A 597 Sherman E 654655 Sherman M 621 Shibuya K 253 Shields B 226 Shields M K 46 Shiffman S 458 Shin M 97 Shine B 252 Shiono P H 122 139 Shiota M N 622 ShiovitzEzra S 612 Shirey L 583584 616 Shirley L 218 289 Shoda Y 231 ShoghiJadid K 592 Shonkoff J 235 Shook N J 477 Shooshtari S 586 Shore C 193194 Shore E L 410 473 Shouldice A 307 308 Shrout P E 163 Shuey K 562 563 Shuey K M 562 Shulman S 224 364 367 369 505 Shultz K A 616 Shumaker S A 527 Shwe H I 197 Shweder R A 473 554 Siadaty M S 146 Sicherer S H 255 Siddarth P 516 Sidora K J 240 Siebert W S 504 Siedlecki K 608 SieffgeKrenke I 456 SiegaRiz A M 455 Siegler I C 520521 552553 Siegler M 653 Siegler R S 190 260263 267 275 327 332333 341 Sieving R E 429430 Sigal R J 456 Sigman M 187 Sigmundson H K 291 Silva C 487 Silva P 215 Silva P A 215 392 487 Silveira M J 650651 Silver M H 579 Silver R C 640 Silverberg S B 560 Silverman W K 379 Silverstein M 561 614615 Silvester W 652 Silvestri L 248249 Simion F 184 Simmons R G 392 Simon G E 378 Simon M 576577 Simon T 173 Simonetti R G 578 Simonoff E 92 Simons M 653 Simons R F 222 Simons R L 392 445 Simonton D K 350 534536 Simpson J A 224 Simpson K H 652 653 Simpson L E 492 Sines E 128 Singer B 551554 Singer B H 521523 623 Singer D G 187 299 306 Singer H S 290 Singer J D 201 Singer J L 187 299 306 550 Singer L T 117 Singer P A 653 Singer T 638 Singh G K 257 Singh S 434 Singhal A 149 SinghManoux A 532533 Singleton P 616 Sinnott J 467468 532534 Sipos A 106 Siqueland E 159 Siris E S 523525 Sirnick A 238 Sisson S B 317 Sit D K Y 226 Sitzer D I 594 Sivatchenko A 576577 Skadberg B T 145 Skaff M M 513 Skemer M 411 Skinner B F 60 63 198 606 Skinner D 295 Skinner J S 521522 Skjaerven R 140 Skolnick Weisberg D 267 Skoner D P 460 528 Skovron M L 118119 Skowronski J J 552553 4PapaliaIndiceonomastico2indd 780 4PapaliaIndiceonomastico2indd 780 010213 1118 010213 1118 Índice Onomástico 781 Skulachev V P 576577 Skultety K M 548549 Slade A 224 Slade M 580 Slaughter V 228 Slep A M S 503504 Slobin D 197 Slomkowski C 266 402 Slotkin T A 131 132 Sly R M 323324 Slyper A H 389 392 Small B J 638 Small G W 516 593 Smedley A 47 522523 Smedley B D 47 459 522523 Smeedling T M 478479 Smetana J 439 Smetana J G 439 Smilansky S 296 Smith A 626 Smith A D 598 Smith A M 117 Smith A P 527 Smith B L 145 146 403 520 521 Smith C D 593 598 Smith E A 470 Smith G D 459 575 Smith G C S 132 Smith I M 268 Smith J 48 50 301 600 601 608 611 614 622 Smith K E 272 344 361 Smith K R 576577 Smith L B 163 181 Smith L M 116 117 Smith P K 296300 319 374 Smith P J S 118 Smith R S 142 Smith T B 623 Smith T E 219 289 Smith T S 218 Smith T W 500 528 SmithKhuri E 447 SmithLovin L 495 Smock P J 498 499 Smoot D L 369 Smotherman W P 112 Smyke A T 158 Sneed J R 545 Snidman N 215 216 Snoek H 376 Snow C E 201 275 359 Snow M E 219 Snowdon D A 590 593 Snowling M J 275 320321 Snyder E E 104 Snyder J 310 441 445 Snyder T D 411 Sobol A M 396 Sobolewski J M 363 440 Soenens B 439 Sohal R S 578 Sokol R J 115 116 120 Soldz S 546 623 Solomon B 594 Solomon J 221 Solowij N 401 Sommer B 520521 Sommers D G 616 Sondergaard C 116 Sonek J 121 Song J 616 Sood B 116 Sood R 585 Sophian C 268 327 Sörensen S 563 Sorensen T 104 Sorensen T I A 322323 Sorof J M 320321 Sosik J J 537 SotresAlvarez D 150151 Souter V L 87 South S J 429430 Southerland N 545 Soutollo D 226 Sowell E R 152 Span P 620 Sparling J J 175 Speece M W 642 Spelke E 190 191 289 Spelke E S 260262 Spellman B A 188 Spence M J 112 113 159 Spencer J P 164 181 Sperling M A 140 Spiegel D 39 42 Spielberg S 346 Spilka B 626 Spinath F M 275 Spinrad T L 299 Spira E G 341 Spirduso W W 514516 Spiro A 552553 600 638 Spiro A III 522523 528 608 Spitz R A 223 Spitze G 564 Spitzer R L 523524 Spivey M J 466467 Spohr H L 116 Spraggins C E 111 Springer M V 599 Squire L R 191 Srivastav P 219 Sroufe L A 209 210 212 223 224 369 St Clair D 106 Stacey J 366 Stack D M 184 Stadtman E R 578 Staff J 417 418 Stafford F P 319 Stahl S A 341 Stallings V A 150151 Stamler J 521522 Stamler R 521522 Stampfer M 527 Stanczak L 599 Stanhope L 309 Stanley S M 501 Starnes R 307 Starr J M 332333 597 Startzell J 587588 Stattin H 437 Staub E 446 Stauder J E A 328 Staudinger U M 50 492 545 600 601 Steardo L 462 Stedron J 97 Steffen L M 454 Stegge H 357 Steil J M 494 Stein J 551 Stein M R 233 Stein R 596 608 Steinbach U 628 Steinberg L 303 392 393 414 437439 442 445447 Steinberg L D 392 Steinbrook R 653654 Steinfield C 460 SteinhagenThiessen E 583584 Steinhausen H C 399 Steinhausen HC 116 Steinkamp M 617 Sten M 581 Stennes L M 218 Stephansson O 142 Steptoe A 460 611 Stern Y 592 Sternberg R J 47 332338 344 417 468470 495 534535 Sterns H L 535536 616 Stevens J C 515 Stevens J H 175 Stevens K N 195 Stevens N 310 370 371 442 445 494 559 628 Stevens W D 515516 Stevenson D G 622 Stevenson H W 335 414 Stevenson J 275 StevensonHinde J 307 308 Steward W T 528 Stewart A J 545 550 552553 563 564 Stewart I C 434 Stewart J 654655 Stewart J H 239 302 Stewart S 320 Stice E 396 402 Stickgold R 457 Stigler J W 335 Stine E A L 597 StineMorrow E A L 533534 Stipek D J 228 Stith A Y 459 Stock G 581 Stockemer V 310 Stoecker J J 184 Stoelhorst M S J 140 Stoll B J 139 Stoll M F 362 Stone A A 609 Stone J 585 Stone R 618 Stone W L 155 Stones M J 515 Stoolmiller M 429430 Storandt M 591 Stormshak E 304 Story M 320 396 404 Stoskopf B L 140 141 Stothard K J 113 Stoudemire A 640 Stout H 48 StouthamerLoeber M 493 Stovall K C 224 Strandberg T 224 Strassberg Z 302 Straus M A 239 301 302 Straus R 470 Strauss E 587588 Strawbridge W J 515 584585 Strayer D 415 Strayer D L 415 Streiner D L 140 141 Streissguth A P 116 Striano T 195 201 225 227 266 Strickland B 322323 StriegelMoore R H 397 398 Stright A D 215 272 343 Strine T W 522523 Stringhini S 522523 Strobel A 388 Strobino D M 139 Stroebe M 637 645 Stroebe W 535536 637 645 Strohschein L 363 Strömland K 116 Stromwall L A 358 Strosberg A D 388 Stroup D F 454 Stuchbury R 624 Stuck A E 619 Stucky B 372 Stueve A 401 Stukel T A 139 Stunkard A J 150151 Sturgeon S 513 Sturm R 320321 455 Stutzer A 501 Styfco S J 278 Subrahmanyam K 495 Sudano J J 522523 Suddendorf T 228 Sue S 335 Suetta C 584585 Sugimori E 551 Suhomilinova O 557 Sui X 521522 Suitor J J 559 561 630 Sullivan K 116 Sullivan K T 501 Sullivan M W 240 Sulloway F J 309 Summer L 583584 616 Sun Y 439 Sunar D 471 Sundet J 271 Suomi S 217 Surkan P J 142 Susman E J 387392 396 402 Susser E S 106 Sutton P D 122 138 362 505 Suzman R M 573 Swahn M H 403 Swain I U 184 Swain J E 132 Swallen K C 396 Swamy G K 140 Swan S H 120 Swank P R 272 Swanston H Y 240 Swarr A E 396 Swedo S 404 Sweeney J A 329330 Sweeney M M 498 499 505 Swingley D 196 197 Syed U 128 Sylva K 173174 Szatmari P 154 Szkrybalo J 218 292 Tackett J L 444 Taillac C J 117 Tajfel H 486 4PapaliaIndiceonomastico2indd 781 4PapaliaIndiceonomastico2indd 781 010213 1118 010213 1118 782 Índice Onomástico Takachi R 589 Takanishi R 278 Talbot A 596 TallentRunnels M 475 Talokder E 219 TalOr N 629 Tamang B L 209 TamisLeMonda C S 160 187 201 218 Tanaka A 224 Tanaka Y 617 Tanda G 401 Tang Y 395 592 Tanner J L 362 363 485 486 Tao KT 310 Tapert S F 401 Tappan M B 473 Tardif C 224 Tate B A 395 Tate J D 487 TausopoulosChan M 439 Taussig C 448 Taveras E 187 Taveras E M 149 Taylor A 45 Taylor C A 301 Taylor C L 275 Taylor D J 457 Taylor G 140 Taylor J G 471 Taylor J R 393 Taylor K 154 Taylor L C 343 Taylor M 299 Taylor M G 293 Taylor P 608 619 Taylor R D 440 Taylor R J 627 Taylor S E 361 454 528 624 Teachman J 499 Teachman J D 4243 496 Teasdale T 104 271 Tebbutt J S 240 Tedrow L M 4243 Tegenthoff M 535536 TejadaVera B 362 505 575 Tellegen A 484 Teller T 533534 Telzer E H 436 Temel J S 638 Temple J A 278 344 448 Tenenbaum G 587588 Tenenbaum J B 188 Tennant P W G 113 Tepperman L 557 Terenzini P T 478479 Termine N T 225 Terracciano A 544 Terracio A 608 Terry R B 521522 Tesla C 266 Tester D J 145 Teti D M 222 226 232 Teutsch S M 522523 Thabes V 507 Thapar A 348 Thelen E 163 181 Thiel M M 647 Thisted R A 521522 559 Thoennes N 506 Thoma S J 408 Thoman E B 114 136 Thomas A 105 213 214 Thomas S P 555 560 Thomas W P 340 Thompson C P 552553 Thompson K M 372 Thompson L A 139 Thompson M 598 Thompson P M 105 152 249 250 333334 Thompson R A 82 210 232 287 303 Thompson W W 155 Thomson D M 269 Thomson E 365 Thoresen C E 611 Thornberry T P 434 Thorne A 426 Thornton A 498 Thornton W J L 596 Thorvaldsson V 638 Thun M J 527 Thurman H 540 Tidball G 225 Tidwell L C 443 Tiggeman M 320 Tilvis R S 590 Timberlake J M 498 Tincoff R 196 Tindle H A 528 Ting T Y 131 Tingle L R 500 Tinsley R 219 Tisdale S 94 Tita A T N 132 Tither J 392 Tjaden P 506 Tjebkes T L 228 231 Tobin S 612 Toga A 105 Toga A W 152 157 249250 318 Tolan P H 445 446 448 Tolejko N 625 Tolle S W 653654 Toma C L 496 TomanyKorman S C 145 Tomaselli K 213 Tomasello M 195 212 213 266 305 Tomashek K M 146 Tomassini C 624 Torff B 344 Torjussen T 271 Torrance E P 350 534535 TorroAlves N 516 Toth S L 377 Totsika V 173174 Touchette E 248249 Touwen B C L 149 Touyz S W 398 Towfighi A 523524 Townsend J 155 Townsend N W 217 Tran S 224 Trautner H M 293 Travis C 530 Travis J M J 576577 Treas J 581 616 Tremblay R E 203 248249 400 445 Trenholm C 431 Trent K 564 Trim R S 401 Trimble C L 457 Trionfi G 259260 299 Trivedi M H 589 Troiano R P 394 Troll L E 514 515 628 630 Tronick E 159 Tronick E Z 216 225 Troseth G L 182 Trotter R J 468469 Troxel W M 557 Trudel G 586 Truglio R 276 Trzesniewski K H 426 552553 Tsao F M 195 Tschann J 507 Tsuboi K 455 Tsuchiya K 120 Tucker M B 627 TuckerDrop E M 608 Tun P A 584585 Tune G B 516 Turati C 184 Turkheimer E 335 Turkle S 232 Turner C F 73 Turner H 446 Turner P J 218 295 Turner R B 528 Turner S E 474 Turner S M 376 Turner W 641 Turnley W H 471 Turrisi R 402 Turtle M 154 Twain S 45 Twaite J A 611 Twamley E W 594 Twenge J M 379 503504 Tyndale R F 457 Tynkkynen L 379 Tyson D 413 Udry J R 453 Uebelacker L A 625 Uggen C 417 Ugnat A M 456 Uitterlinden A G 525 Ullman J B 344 Ullman S E 458 UmanaTaylor A J 427 487 Umberson D 558 Umilta C 184 Underwood L 460 Uniacke S K 579 Updegraff K A 487 Urban J 369 Urban T A 329330 Utiger R D 519 Uttal D H 182 Utton J L 584585 Vaccarino V 523524 Vagenas D 622 Vaillant G E 489 490 522523 545 546 609 623 Vainio S 90 Valeri S M 403 Valkenburg P 443 Valkonen T 645 Valladares S 45 Vallerand R J 620 Van P 648 van Aken M A G 437 493 Van Cleave J 323324 van den Beld A W 576577 Van den Boom D C 222 van den Wittenboer G L H 504 van der Heide A 653654 van der Lely A 576577 Van der Molen M W 328 van der Palde Bruin K M 137 Van Dongen H P A 457 van Dulmen M 494 van Dyk D 500 502503 van Gelder B M 590 van Goozen S 376 444 Van Hall V E 365 Van Heuvelen M J 584585 Van Hook J 629 van Hooren S A H 589 van IJzendoorn M H 221 224 van Lieshout C F M 493 van Lommel P 639 van NoordZaadstra B M 464465 Van Orden K A 457 van Praag H 582583 Van Ryzin M J 235 van Solinge H 616 Van Voorhis B J 465467 van Wees R 639 Van Wyk J 506 Vance D E 594595 Vandell D L 232 233 237 361 Vandewater E A 186 187 361 545 552553 Vansteenkiste M 439 Vansteenwegen A 624 Varady A 374 VarghaKhadem F 191 Varghese J 225 Vasilyeva M 260263 273 342343 Västfjäall D 596 Vauclair J 502503 Vaughan E 416 Vaupel J W 576577 580 Vedder P 487 Veenstra R 374 375 Veerman J W 372 Velkoff V A 563 565 566 573 616 618620 626 645 649 Venables P 254 Venables P H 253 Ventura H O 522523 Ventura S J 433 434 Verbrugge L M 514516 520521 Vercruyssen M 454 515 Vereecken C 395 396 Vereijken B 163 Verhaeghen P 638 Verlinsky Y 121 Verma S 436 Vermulst A 437 Verschueren K 223 285 Verschuren W M M 454 Vespo J 233 Vevea J 333334 Vgontzas A N 249250 Vickerie J L 583584 Victora C G 116 Viechtbauer W 492 Vieno A 448 Vigorito J 159 Vijayan S 195 Vijg J 576577 4PapaliaIndiceonomastico2indd 782 4PapaliaIndiceonomastico2indd 782 010213 1118 010213 1118 Índice Onomástico 783 Viken R 392 Villalpando S 150151 Villeneuve V 586 Viner R M 253 Vishton P M 195 Visser G 118 Viswanathan M 596 Vita A J 521522 Vitalian P P 563 Vitaro F 248249 374 445 Vitousek K M 398 455 Vittone M 324 Vlad S C 592 Vlahov D 530 Voelz S 326 Vohr B R 140 Volkow N 348 Volling B 307 Volling B L 309 von Hippel W 582583 Von Korff L 366 von Mutius E 323324 von Strauss E 638 Vondra J I 220 221 Vong K I 268 Voracek M 544 Vosniadou S 339 VotrubaDrzal E 279 429430 Voydanoff P 504 Vrijenhoek T 106 Vrijheld M 118119 Vu T 587 Vuchinich S 360 Vuori J 379 Vuori L 114 Vygotsky L S 60 6466 192 269 271 273274 277 Waber D P 334 Wadner D 551 Wadsworth M E 141 Wadsworth M E J 515 Waecheter N 495 Wagener D K 522523 Wagner E 212 Wagner R K 470 Wahlbeck K 106 Wainright J L 366 Waisbren S E 136 Waite L J 500 507 557 586 Wake M 320321 Wakefield M 120 Wakeley A 191 Waknine Y 93 Walasky M 654655 Wald N J 114 Walden T A 155 Waldfogel J 234 323324 Waldman I 92 Waldman I D 372 444 Waldron J 335 Walford R L 580 Walk R D 162 Walker A S 185 Walker L 473 Walker L E 506 Walker M 457 521522 Walker M P 457 Walker S 253 Walker W R 552553 WalkerAndrews A S 225 Wall M 396 Wall S 128 220 Wallace D C 578 Wallace G 530 Wallace J M 458 Wallace P M 503504 Waller M 444 Waller M W 402 Waller N G 105 Wallerstein J 364 Wallerstein J S 364 507 Wallhagen M I 515 584585 Walls C 611 Walma van der Molen J 380 Walsh D A 596 Walsh R O 226 Walsh T 106 Walston J 279 Walston J T 279 Walters E 455 Walters R H 6465 Walther J B 443 Walton K E 492 Wang C 521523 Wang D W 145 Wang H 139 Wang HX 590 Wang L 370 463464 Wang M 616 Wang P S 378 Wang Q 360 437 Wang W 496 619 Wang Z 370 Wannamethee S G 457 521522 Wansink B 455 Ward H 581 Ward R H 118119 Wardle J 396 Warneken F 212 Warner J 466467 590 Warner M 403 Warner R M 470 Warner V 377 Warren J A 504 Warren M P 392 WarshauerBaker E 47 Wartella E A 186 276 Washington G 406 Wasik B H 175 Wasserman D 462 Wasserstein S 379 WassertheilSmoller S 526 Watamura S E 235 Watanabe C 587588 Waterfall H 273 Waters C S 118 Waters E 220 222 223 320321 Waters J M 181 Waters M C 484 Watkins M 113 Watkins S 185 Watson A C 266 Watson J 264 Watson J B 63 Watson M S 98 Watson T L 596 608 Waugh R M 227 Way N 74 Wayne J 492 Weatherbee S R 638 Webber C E 584585 Webster P S 556 Wechsler H 458 WeeseMayer D E 145 Weg R B 519 Wehner E A 429 Wegienka G 102 Wei X 504 Weikart D P 278 435 448 Weile B 120 Weinberg A 197 Weinberger B 140 Weinberger J 655656 Weindruch R 580 Weiner C 380 Weinraub M 223 Weinreb L 258 Weinreb L F 258 Weinstein A R 520521 Weinstock H 432 Weisner T S 74 367 Weiss A 457 552553 Weiss B 258 301 372 378 Weiss J 90 Weiss N S 527 Weiss R B 154 Weissman M M 377 Weisz J R 378 403 Weitzman M 116 323324 WelchRoss M K 293 Welford A 516 Wellman H M 190 260262 264266 Wells G A 456 Wells J 344 Welsh D P 487 Welt C K 464465 Welte J W 439 Welton A J 527 Wenar C 229 Weng X 116 Wenjun Z 149 Wenner J A 181 Wentworth N 162 Wentzel K R 414 Weon M W 580 Werker J F 193195 202 Wermke K 113 Werner E 142 Werner E E 141 142 381 Werner R S 266 Wesner K A 530 West J 279 West L 310 West M 201 Westby E L 349 Westen D 60 292 Westerlund A 188 Westermann B 576577 Westra T 164 Wethington E 542 548549 Weuve J 590 Wewerka S S 181 Wexler A 98 Wexler I D 379 380 Whalen P 622 Whalley L J 332333 594 597 Whatt W 394 Whincup P H 149 457 521522 Whipple N 231 Whisman M A 625 Whitaker R C 252 253 Whitbourne S K 514516 518 519 522523 545 548549 654655 White A 401 White B 614 White B L 175 White D R 368 White E 527 White H R 456 White L 464465 Whitehead B D 498 499 502 503 505 Whitehurst G J 77 78 275 341 Whithead B D 499 Whitman T L 434 Whitmore D M 344 Whitwell J L 593 Whyatt R M 118119 Wickrama K 414 Wickrama K A S 556 Wickramaratne P J 377 Wiebe R P 402 Wiebe S A 181 WieczorekDeering D 115 Wieling E 641 Wiersman K A 402 Wigfield A 406 Wijngaardsde Meij L 647 Wilcox A J 86 120 Wilcox W B 496 501 Wilde M L 374 Wildsmith E 431 432 Wilimzig C 535536 Wilk C 551 Willard B F 90 Willard N E 443 Willcox B J 576577 Wille D E 223 Willett W C 526 527 Williams B 587588 Williams C 412 Williams D 564 565 Williams D L 154 Williams J 320321 Williams K 507 558 645 Williams K A 195 Williams K R 374 Williams R 347 Williams R M Jr 612 Williams S 337 Williams V 337 Williams W C 594 Williams W M 333334 470 Williamson D F 522523 Willinger M 145 Willingham D T 337 Willis S K 548549 Willis S L 467468 513 531 533 594595 608 Willms J 116 Willson A E 562 Wilmoth J 501 557 Wilmoth J R 574 580 Wilner A 548549 Wilson A 266 Wilson B J 287 306 Wilson E O 69 Wilson G T 398 399 455 Wilson K 378 Wilson R S 590 592 598 Wilson S 386 389 412 436 Wilson S J 557 WilsonCostello D 140 Winer G A 405 Winfrey O 496 4PapaliaIndiceonomastico2indd 783 4PapaliaIndiceonomastico2indd 783 010213 1118 010213 1118 784 Índice Onomástico Wingfield A 584585 597 Wink P 552553 Winner E 349 350 Winocur G 599 Winslow L 514 Winter M 458 Winter M R 401 Wippman J 223 WirzJustice A 585 Wisborg K 116 Wisenbaker J 118 Wisner K L 226 457 Wittstein I S 530 Woerlee G M 639 Wolchik S A 364 Wolf D A 563 Wolf M 473 Wolfe L 643 Wolff J L 630 Wolff P H 137 210 Wolfinger N H 496 WolfMaier K 520521 Wolke D 140 Wolraich M L 347 348 Wong C A 133 Wong H 93 106 Wong I C K 36 Wong L Y C 114 Wong M M 400402 Wong W W 316 Wood A 268 327 Wood D 66 Wood R M 210 Wood W 291 292 Woodcock R 329330 342343 Woodruff T J 118119 258 346 348 Woodsworth W 437 Woodward A L 196 Woolley J D 265 266 Wooster R 454 Wooten K G 146 Worley H 128 Worth K 373 Worthington R L 479 Wortman C B 640 645 Wortman J H 654655 Wozniak P 310 Wright C I 494 Wright F L 534535 Wright J 276 Wright J A 252 Wright J C 187 276 373 Wright J D 521523 Wright L L 140 Wright V C 88 464466 Wrosch C 548549 Wu M 587588 Wu T 389 Wu Z 460 507 WuDunn S 614615 Wulczyn F 240 Wykle M L 589 590 609 Wynn K 190 212 260262 WynneEdwards K E 217 503 504 Wyrobek A J 120 Xia H 453 Xia Y 310 Xie H 369 Xing Z W 309 Xu J 138 520521 523524 575 Xu J Q 93 453 590 637 648 650 Xu X 499 Xu Y 307 Yaeger J 273274 Yaktine A L 114 Yamada H 305 Yamazaki J N 120 Yan L L 520522 Yang B 310 379 Yang C Y 470 Yang Y 609 Yarkoni T 492 Yau J P 439 Yeh H 556 Yeung W J 503504 Yingling C D 67 Yip T 427 Yoder P J 155 Yokota F 372 Yoshikawa H 74 448 Young A 196 Young K 295 Young K A 377 Young M 444 Youngblade L 266 Youngblade L M 223 387 Youngstrom E 381 Ytteroy E A 366 Yu S M 257 Yu T 507 Yuki M 45 Yunger J L 293 368 YurgelunTodd D 393 Zaborski L B 523524 ZahnWaxler C 212 226 307 Zail C M 456 Zain A F 299 Zajonc R B 556 Zametkin A J 347 348 Zandi P P 527 Zarit S 560 562 611 Zarit S H 560 Zarrett N R 445 447 461 462 Zdaniuk B 626 Zeanah C H 158 Zee P C 395 Zelazo P D 154 268 329330 Zelazo P R 159 184 Zelinski E M 582583 594 599 Zendell S M 463464 Zerwas S 233 Zhang J 563 Zhang Q 395 Zhang Q F 614615 Zhang X 88 Zhang Z 558 Zhao D 395 Zhao Y 304 395 Zheng L 523524 Zhou H 118119 ZieglerGraham K 590 Zigler E 278 404 448 Zimmerman A W 154 Zimmerman B J 342343 412 Zimmerman F J 185187 Zimmerman R R 217 Zini M 277 ZiolGuest K M 440 Zizza C 455 Zonderman A 580 Zoran N 367 Zosuls K M 218 Zubernis L S 266 Zubrick S R 275 Zucker A N 550 Zuckerman B 117 Zuckerman B S 226 Zuzanek J 628 Zweigenhaft R L 309 Zylke J 323324 4PapaliaIndiceonomastico2indd 784 4PapaliaIndiceonomastico2indd 784 010213 1118 010213 1118 Índice Remissivo Números de página em itálico indi cam fotos ou ilustrações e números de página em negrito indicam termos importantes Números de páginas seguidos de t indicam tabe las números de páginas seguidos de f indicam figuras AAP Ver American Academy of Pediatrics Academia Americana de Pediatria AARP Ver American Association of Retired Persons abandono da escola 415416 abertura para o novo 491f 492 544 abismo visual 162 abordagem behaviorista 170 171172 biológica ao desenvolvimento do gênero 290291 cognitiva ao desenvolvimento do gênero 292294 da aprendizagem social ao desen volvimento do gênero 294295 da ênfase no código Ver abor dagem fonética com ênfase no código da imersão na língua inglesa 340 da neurociência cognitiva 170 171 191192 do desenvolvimento do ciclo de vida 5051 dos sistemas em desenvolvi mento 69 evolucionista ao desenvolvimento de gênero 291292 fonética com ênfase no código 340 global da linguagem 340 340 341 psicanalítica ao desenvolvimento do gênero 292 sociocontextual 170 171 192 tipológica 493 vygotskiana 271272 abordagem do processamento de informação 60t61t 66 67 170 183191 atenção seletiva 329330 avaliando a 190191 capacidades de percepção e processamento visual e auditivo 184185 desenvolvimento atencional e a 185 desenvolvimento da aptidão piagetiana e a 187190 desenvolvimento da habilidade executiva 329330 desenvolvimento da memória 267270 habituação 183184 memória de trabalho 329331 metamemória 330331 mnemônica 330332 previsão da inteligência com a 185187 tarefas piagetianas e a 332333 terceira infância e a 329333 transformações na adolescência e a 406407 Ver também processamento de informação social abordagem piagetiana 170 176 177t 178183 Ver também teorias neopiagetianas abordagem do processamento de informação e 187190 332 333 amadurecimento cognitivo e 404406 avaliação 181183 capacidade de imitação 179181 abordagem psicométrica 170 173176 abordagem de Vygotsky 271272 controvérsia sobre QI 332334 influências sobre a inteligência medida 271 influências sobre a inteligência QI 333335 medidas tradicionais 270 terceira infância e 332338 aborto espontâneo 110111 647648 gravidez na adolescência e 433f 434 abstinência 431 abuso contra idosos 630 de drogas 399401 400f 461 462 461f de substâncias 399 461462 divórcio e 557 emocional 506 557 630 físico 237 557 psicológico 630 sexual 237 240 630 tipos de 237 verbal 557 acampamentos de verão 448 ACE inibidores Ver inibidores da enzima conversora da angiotensina aceitação pelos pares 343344 acidentes com veículos 403 403f ácidos desoxirribonucleico DNA 88 88f 153 docosahexaenoico DHA 114 140 fólico 114 graxos com ômega3 114 592 ACOG Ver American College of Obstetrics and Gynecology acomodação 65 da identidade 549 aconselhamento genético 97 97 99 Actonel 525 acuidade visual 514 adaptação 65 215 emocional 279 social 279 350 ADDLs Ver ligantes amiloides beta derivados difusos ADEA Ver Lei de Discriminação de Idade no Emprego adequação da educação 215 adicção 399 adoção estudos sobre 100 adoção por estrangeiros 367 adoções abertas 366 adolescência 3839 41t 386 abuso de drogas e fatores de risco 400f amadurecimento cognitivo 404 411 amizades 442 atitudes em relação à morte e ao morrer 642644 atividade física 394 busca da identidade 422427 características de resiliência 381 382 381t como construção social 386 como período de oportunidades e riscos 387 como transição no desenvolvi mento 386387 comportamento antissocial e delinquência juvenil 444448 comportamento prósocial e atividade voluntária 410411 comportamento sexual 429431 429430f depressão 402403 402f desenvolvimento da linguagem 407 estrutura e atmosfera familiar 439440 fontes de informação sobre sexo 431 globalização 388389 identidade versus confusão de identidade 422423 irmãos 440441 julgamento moral 407408 monitoração parental e autoexpo sição 439 morte na 403404 mudanças na utilização do tempo 436 mudanças no processamento de informação 406407 mudanças nos relacionamentos 436 necessidades e problemas relati vos ao sono 395 obesidade 395396 os pares 441444 problemas na criação 560 questões educacionais e vocacio nais 411418 relacionamento com os pais 437 440 relacionamentos amorosos 442 444 saúde física 394404 saúde mental 394404 sexualidade 427435 suicídio 403404 403f trabalho na 417418 transtornos da alimentação 396 399 uso de contraceptivos 431434 adolescente surto de crescimento do 391 adolescentes rebeldes 435 435436 ADV Ver atividades diárias da vida afirmação de poder 302 afroamericanos abandono da escola 415416 abortos espontâneos 110 acesso à assistência médica 257 anemia falciforme 93 atitudes de coabitação 499 atitudes na menopausa 520521 bebês com baixo peso natal 139 bemestar entre os 554 comportamento sexual na adoles cência 429430 condição de saúde no início da idade adulta 453 459 condições crônicas de saúde 587 conexão familiar 436 decisões no fim da vida 653654 desempenho escolar 413 diversidade 47 doenças genéticas 93 94t estilos de parentalidade 360 expectativa de vida 575 575t famílias monoparentais 364 famílias multigeracionais 4243 gravidez na adolescência 433 hipertensão 522523 587 identidade étnica 427 índices de matrícula na faculdade 476 influências ambientais no QI 271 média de idade ao nascer o primeiro filho 502503 mortalidade infantil 144 netos criados por 630 obrigações lineares 624 pesquisa transcultural sobre 76 5PapaliaIndiceremissivo2indd 785 5PapaliaIndiceremissivo2indd 785 010213 1716 010213 1716 786 Índice Remissivo pobreza 361 pobreza na velhice 617 preconceito 368 questões relativas à saúde 522 523 relacionamento entre irmãos 441 SIDS 145 taxas de ISTs 462463 taxas de suicídio 403 649 vida de solteiro 496 vivendo com filhos adultos 619 agressão 306307 bullying 374375 diferenças de gênero na 306 direta 306 371 exposição à violência e 372 explícita direta 306 hostil 371 372 indireta 306 371 influências na 307 instrumental 306 371 372 na terceira infância 371375 proativa 372 processamento de informação social influenciando a 372 reativa 372 relacional social ou indireta 306 social 306 371 suicídio e 404 testemunhando violência e 307 tipos 306 372 violência na mídia eletrônica e 372374 AID Ver inseminação artificial por um doador AIDS Ver síndrome da imunodefi ciência adquirida álcool 400402 acidentes com veículo 403 baixo peso natal 139 139 desenvolvimento prénatal 115 117 privação do sono 457 riscos 458 suicídio 404 transtornos da personalidade e abuso de 462 uso por parte de adultos jovens 458 458f Alcoólicos Anônimos 461 alcoolismo 106 461 alelos 90 alendronato 525 alergias alimentares 254255 alfa de crescimento transformador 113 alfa talassemia 94t alfa1antritripsina deficiência de 94t alfabetização 202 537 computacional 345346 desenvolvimento na terceira infância 338341 emergente 275 interação social e 275 na vida adulta intermediária 537 538 por computador 345346 preparandose para a 202203 275 alterações neurológicas declínios da memória e 599 altruísmo 305 alucinógenos 399 Alzheimer mal de MA 97 579 590 592 593 causas e fatores de risco 591592 diagnóstico e prevenção 592593 mudanças de personalidade 591 precursores 593 sintomas 590591 591t tratamento 593594 AMA Ver American Medical Asso ciation amabilidade 491f 492 544 amamentação no peito 148151 149 149t ambiente 39 42 autismo 155 complicações do parto e apoio no 141142 comportamento antissocial 445 correlação do genótipo com 102 103 desenvolvimento do cérebro 333334 desenvolvimento prénatal in fluenciado pelo 113120 doméstico na infância 173174 hereditariedade 100106 inteligência 105 271 interação do genótipo com 102 não compartilhado 103104 personalidade e psicopatologia influenciadas pelo 105106 saúde influenciada pelo 255259 traços físicos e psicológicos influenciados pelo 104105 American Academy of Child Adolescent Psychiatry 380 American Academy of Pediatrics Academia Americana de Pediatria AAP Comitê de Bioética 466467 Comitê de Drogas 115 Comitê de Educação Pública 186 373 Comitê de Medicina Esportiva e Forma Física 324 Comitê de Prevenção de Aciden tes e Envenenamentos 324 Comitê de Prevenção de Ferimen tos e Envenenamentos 324 posição sobre direitos de gays e lésbicas 366 Seção de Aleitamento Materno 148 American Association of Retired Persons AARP 556 557 565 American College of Obstetrics and Gynecology ACOG 115 American College of Sports Medi cine 456 American Heart Society 526 American Medical Association AMA 130 630 652 American Psychological Society APA 82 497 americanos nativos 47 404 abortos espontâneos 110 condição de saúde no início da vida adulta 453 gravidez na adolescência 433 mortalidade infantil entre 110 SIDS 145 taxas de suicídio 403 649 amígdala 154 429 amizade 494495 estágios 371f na adolescência 442 na vida adulta intermediária 559 na segunda infância 310 na terceira infância 370371 na vida adulta tardia 628 âmnio 110 amniocentese 121t amor 489 495496 padrões de 495t teoria triangular do 495 amostra 71 das vilosidade coriônicas CVS 121t de sangue fetal 121t randômica 71 amostragem 71 analfabetismo 538 analgésicos 133 andaime 66 67 272 andrógenos 115 290 387 androstenediona 387 anemia de Cooley 94t 97 falciforme 93 94t 98 anencefalia 94t 114 anestesia no parto 132133 anestesia regional 133 animismo 260262 ano livre 474 anonimato online 443 anorexia nervosa 396 397 397t anormalidades genéticas e cromossô micas 93 94t 9597 96t anóxia 134 ansiedade de separação 222 222223 diante de estranhos 222 222 223 social 376 transtornos de 376377 462 antecipação visível 186 antidepressivos tricíclicos 226 antidepressores 226 antioxidantes 578 antiparasitários 118 antipsicóticos 115 APA Ver American Psychological Association aparência realidade distinta da 265 apartamento auxiliar 621t apego 220 ambivalente resistente 221 desenvolvimento 220224 desorganizadodesorientado 221 efeitos de longo prazo 223224 estabelecimento do 221222 evitativo 221 métodos alternativos de estudo 222 padrões 220221 224 seguro 220 222224 temperamento e 222 transmissão intergeracional de padrões de 224 Apgar escala 135 135t apoio social 459461 552553 611 622623 aposentadoria 614617 compulsória 614616 gradual 535536 precoce 535536 aprendizagem Ver também educa ção teoria da aprendizagem social a distância 475 aprender a aprender 163 associativa 6465 condicionamentos clássico e operante 171 encenativa 373 mecanismos inatos 190 na vida adulta intermediária 537 538 observacional 6465 373 segunda língua 340 sono e 457 aprendizes de língua inglesa 340 aquecimento lento crianças de 214 214t aquisição da linguagem audição e 159 debate genéticaambiente 198 199 períodos críticos e 50 aréola 390 Aricept 593 Armações do Amor filme 487 armas de fogo 403 armazenamento 267 599600 arteterapia 378 artrite 453 515 587 589 Ásia envelhecimento na 614615 asma 323324 Asperger síndrome de 154 aspirina 592 assassinato por misericórdia 650 assédio sexual 462463 assimilação 65 assimilação da identidade 549 assistência ao doente terminal 637 assistência médica acesso no início da vida adulta 453 diferenças étnicas no acesso e no uso 257 no período préconcepção 122 prénatal 122 utilização pelas mulheres 523524 assistência prénatal disparidades na 122 assistência temporária 564 atenção conjunta 185 em recémnascidos 136 5PapaliaIndiceremissivo2indd 786 5PapaliaIndiceremissivo2indd 786 010213 1716 010213 1716 Índice Remissivo 787 seletiva 329330 social 266 atividade física densidade óssea e 516 na adolescência 394 no início da vida adulta 455456 saúde e longevidade influenciadas pela 587588 atividades diárias da vida 573 produtivas 613 sociais 613 solitárias 613 voluntárias 410411 atribuição coerente 620 audição 159 deficiência de 584585 envelhecimento e 583585 autismo 106 146 154155 autoaceitação 552553 553t 554 autoatualização 543 autocoerência 227 autoconceito 227 284 desenvolvimento do 356 influência do grupo de amigos 368 autoconsciência 211 227 autodefinição 284 284285 autodesenvolvimento 545 autodeterminação 227 autoeficácia 6465 342343 412 416 autoestima 285286 286 356357 contingente 285286 não contingente 286 autoexposição 439 443 autogeração 545 autogestão 470 autoimune teoria 578 autoimunidade 578 autoinanição 397 autolocomoção 161 autonegligência 630 autonomia 227 228 552553 553t 554 psicológica 438 versus vergonha e dúvida 228 autorização antecipada testamento em vida 650651 autorregulação 229 229 231 358 autorrelatos 7172 7172t parentais 7172 autossomos 89 autovalor global 356 auxiliares externos da memória 331332 331332t avaliação de risco suicídio e 404 AVC 526 586 sinais de alerta 587t avós 564566 criando netos 566 630 papel dos 565 socialização dos netos pelos 629 axônios 153 balbucio 194 Barbie 320321 Bateria de Avaliação Kaufman para Crianças KABCII 338 Bebê Einstein 186 bebês com baixo peso natal 137 137141 consequências 139141 fatores de risco 139 tratamento 139141 bebês com peso natal extremamente baixo 140 bebês pequenos para a idade gesta cional 138 bebês recémnascidos 133136 avaliação clínica e comportamen tal 135136 estados de alerta 136 137f padrões de sono 136 sistemas corporais 134135 tamanho e aparência 134 behaviorismo 60t 61t 63 6365 BEIP Ver Projeto de Intervenção de Bucarest bemestar 551553 553t 554 efeito da religião e espiritualidade no 611 na vida adulta tardia 609614 personalidade como um previsor de 608 status conjugal e 557558 benzodiazepínicos 585 beta talassemia anemia de Cooley 94t 97 bilíngue 340 bisavós 631632 bissexualidade 497 desenvolvimento da identidade e 429 no começo da vida adulta 462 463 blastocisto 110 bloqueio pudendo 132 bolsa amniótica 110 brancos norteamericanos atitudes de coabitação 499 atitudes na menopausa 520521 comportamento sexual na adoles cência 429430 condição de saúde no início da vida adulta 453 459 condições crônicas 587 distúrbios genéticos 94t diversidade 47 expectativa de vida 575 575t gêmeos 87 gravidez na adolescência 433 hipertensão 587 osteoporose 525 pobreza na vida adulta tardia 617 taxas de suicídio 649 BraxtonHicks contrações de 130 brincarbrincadeiras base evolucionista 297 com objetos 296 complexidade cognitiva 296 construtiva 296 dimensão social 296 298299 298t exploratória livres 296 faz de conta 259260 297 físicas 318320 habilidades motoras 296 impetuosas 296 319 influência cultural no 300 influência do gênero 299300 jogos construtivos 296 jogos de fantasia 259260 297 jogos de livre exploração 296 jogos dramáticos 259260 278 297 299 jogos imaginativos 259260 297 jogos locomotores 296 297 jogos paralelos construtivos 299 jogos reticentes 299 na terceira infância 318320 não social 298299 níveis cognitivos 296298 social 298299 bronquite crônica 587 bulimia nervosa 396 397t 398 bullying 374 374375 emocional 374 fatores de risco 374 na terceira infância 371375 online 443 proativo 374 programa Passos para o Respeito para reduzir o 375 reativo 374 tipos 374 virtual 374 vitimização e 374 busca visual 514 cafeína 116 Calcimar 525 calcitonina 525 calvície 215216 camas elásticas 324 canalização 101 101102 câncer 586 cervical 432 de mama 525527 diferenças raciaisétnicas 587 sensibilidade à dor 515 síndrome de Down e 97 taxa de mortes por 520521 canguru método 140 capacidade aeróbica 516 capacidade de representação 179 capacidade de reserva 581 capacidade vital 516 capacidades interativas em recém nascidos 136 capacidades sensoriais iniciais 158159 capital conjugal 557 capital social 343 características sexuais secundárias 389390 390 CARE Projeto 175 cariótipo 99 99f Carrossel musical 534535 casamento Ver também segundo casamento arranjado 500 atitude dos jovens adultos em relação ao 499500 atividade sexual após o 500501 aumento na média de idade para o 491 bemestar e 557558 duradouro 624626 fatores de sucesso no 501 influência da saúde no 460 557 558 ingresso 500 itinerante 496 mesmo sexo 497498 na vida adulta intermediária 555 556 na vida adulta tardia 624626 625f ninho vazio 561 parentalidade e 503504 satisfação no 501 503504 556 semiarranjado 500 sobrevivendo à morte do cônjuge 644645 taxas de por país 496 497f casas de repouso 619620 catarata 583584 categorização 187188 325326 compreensão da 260262 causalidade 188189 260262 324325 cavidade amniótica 110 CDC Ver Centros para Controle e Prevenção de Doenças CDS Ver fala direcionada à criança cefalocaudal princípio 147 células gliais 153 centenários 579 centralização 262263 Centros para Controle e Prevenção de Doenças CDC 155 456 cérebro células 153154 complexidade do trabalho e o 479 comportamento de risco 393 crianças superdotadas 349 desenvolvimento da linguagem na infância 200 desenvolvimento emocional e crescimento do 211 desenvolvimento físico na infân cia 150155 157158 desenvolvimento gestacional 152 152f desenvolvimento na segunda infância 249250 desenvolvimento na terceira in fância 317318 318f 333334 efeitos ambientais sobre o 333 334 experiência e desenvolvimento do 157 inteligência e padrões de desen volvimento do 333334 na adolescência 392394 na vida adulta intermediária 515 516 partes principais 152153 153f plasticidade 151152 157158 582583 teoria do desenvolvimento da mente 266 5PapaliaIndiceremissivo2indd 787 5PapaliaIndiceremissivo2indd 787 010213 1716 010213 1716 788 Índice Remissivo Chicago ChildParent Centers Centros para pais e Filhos de Chicago 448 Chicago Public Schools Escolas Públicas de Chicago 448 China envelhecendo na 614615 CHIP Ver State Childrens Health Insurance Program choro 194 210 de dor 210 de fome 210 de frustração 210 de raiva 210 chumbo 258259 ciclo de vida 574 atitudes em relação à morte durante o 642644 genética e 580 limites de extensão 579581 períodos 3839 cifose 581 cimicífuga 518 cinco fatores modelo dos 491 491 493 491f 607608 clamídia 432 432f classe reprodutora 466467 climatério 517 clorofórmio 132 coabitação comparações internacionais 498 498f influência na saúde 460 na vida adulta intermediária 556 na vida adulta tardia 627 nos Estados Unidos 498499 pósdivórcio 499 tipos 498 coágulos sanguíneos 526 cocaína 117 307 399 codificação 267 599600 código genético 88 8889 88f coerência de gênero 292 cognição adulta 532535 alterações que precedem a morte 638639 especialização 532534 experiência e 102 medindo habilidades na vida adulta intermediária 531533 mídia e 276 moral 232 mortalidade e habilidade de 597 na vida adulta tardia 594597 no início da vida adulta 465479 o brincar e níveis de 296298 pensamento pósformal 467468 pensamento reflexivo 466468 sabedoria e 600 social 179 195 211212 265 gestos e 195 colegas 310 coleta de dados 7174 7172t cólica 116 cólica menstrual 463464 colinesterase inibidores da 593 Columbine High School 446 combinações mentais 177t comboios 554555 Comitê de Genética 121 como eu mecanismo 179 companheiros imaginários 299 competência 357 desenvolvendo 173174 175t pictórica 182183 social 266 complexidade cognitiva 296 complexidade substantiva 479 complicações no parto 137143 138f ambiente apoiador 141142 baixo peso natal 137141 gravidez na adolescência 433 natimorto 142143 pósmaturidade 142 comportamento adaptativo 173 altruísta 211 diferenças de gênero na infância 218 externalização 359 inteligente 173 internalização 227 orientado para uma meta 173 prósocial 305306 357358 410411 que exigem atenção 305308 reflexo 155 saúde e forma física influenciada pelo 454458 521522 comportamento antissocial 444448 na infância 444445 perspectiva de longo prazo 446 447 pobreza e 447448 precoce 444445 prevenção e tratamento 447448 tardio 444445 comportamento sexual após o casamento 500501 na adolescência 429431 429 430f na meiaidade 519 na velhice 585586 no início da idade adulta 462 463 composição da vizinhança 45 comprometimento 423 495 comprometimento no relativismo 477 comprometimentos livremente escolhidos 476477 comunicação online 443 comunidades de aposentados 621t comunidades de aposentados com assistência constante 621t comunidades de aposentados natu ralmente constituídos NORCs 618 concepção 86 condição neurológica de recémnascidos 135136 delinquência juvenil e 444 condicionamento clássico 63 171 condicionamento operante 63 6365 171 condições clínicas agudas 322323 condições clínicas crônicas 322 323 condições crônicas 586587 conduta moral 232 conectividade 427 confiança básica 219 desenvolvendo 219220 confiança básica versus desconfian ça 219 confusão de identidade 485 conhecimento conceitual 406 declarativo 406 especializado 532533 essencial 190 procedural 406 tácito 337 470 consciência cognitiva 231 consciência moral 231 231232 consciência perceptual 190 conscienciosidade 491f 492 544 conservação 263264 263264 263264t conservadorismo étnico 554 constância da categoria sexual 292 constância de gênero 292 construção social 3839 construtivismo social 277 contagem 262263 contexto histórico 47 contraceptivos gravidez na adolescência e os 433 uso adolescente dos 534535 uso no início da vida adulta 462 463 controle da cabeça 160 da mão 160161 do ego 493 inibitório 329330 psicológico 438 438t convivência à distância 496 cooperação receptiva 232 coorte 48 coparentalidade 363364 corcundez 581 cordão umbilical 110 cordão umbilical amostragem de 121t cordocentese 121t córion 110 corregulação 359360 360 correlação ativas 103 evocativas 103 geneambiente 221 genótipoambiente 102103 103 104 passivas 103 reativas 103 córtex cerebral 211 317318 318f córtex frontal 582583 córtex motor 153 200 348 córtex préfrontal 191 329330 649 covariância genótipoambiente 103 creches efeito das 235237 fatores de impacto 235 lista para escolha de 236t qualidade 235 serviços de 234237 crescimento pessoal 552553 553t crianças apressadas 378 difíceis 214 214t fáceis 214 214t resilientes 381 superdotadas 349350 criatividade 349 crianças superdotadas 349350 idade e 534536 inteligência 534535 crise 423 486 de identidade 61 422 de personalidade 61 do primeiro quarto de vida 548 549 filial 562 na meiaidade 547549 cromossomos 88 anormalidade relacionadas a 96 97 cromossomos sexuais 89 anormalidades relacionadas aos 9596 96t cromossomos X 89 90 95 99 cromossomos Y 89 cronossistema 6768 68f cuidado de parentesco 566 cuidados não normativos 630 cuidados paliativos 637 cuidar tensões do 563564 cuidar de si próprio 361 cuidar e ajudar 527 528 cultura 45 agressão influenciada pela 307 decisões sobre o fim da vida 653 desenvolvimento influenciado pela 4547 desenvolvimento moral 410 desenvolvimento motor influen ciado pela 164 diferenças no uso do tempo 436 estilos de parentalidade 304305 360 experiências de menopausa 519 521 famílias multigeracionais 624 gênero 293295 julgamento moral 471 473 maustratos 239 morte e contexto da 636637 o brincar influenciado pela 300 pesquisa transcultural 76 popularidade 369370 QI 335 curvas de sobrevivência 579 custódia 363364 custódia conjunta 364 CVS Ver amostra das vilosidade coriônicas 5PapaliaIndiceremissivo2indd 788 5PapaliaIndiceremissivo2indd 788 010213 1716 010213 1716 Índice Remissivo 789 DA Ver distúrbios de aprendiza gem DAL Ver dispositivo de aquisição de linguagem daltonismo 95 DCT Ver vacina contra difteria coqueluchetétano DE Ver disfunção erétil Década da Alfabetização 538 decepção 265 decisões sobre o fim da vida 653 declínio terminal 638 decodificação 340 defeitos de nascimento 93 94t aconselhamento genético e testes 97 99 diabetes 118 herança dominante ou recessiva 95 ocorrência 111f defesas adaptativas 609 deficiências 587 deficiências no desenvolvimento gravidez na adolescência e 433 déficit de crescimento não orgânico 238 déficits neurobiológicos 444 definições operacionais 74 degeneração macular 583584 degeneração macular relacionada à idade 583584 dehidroepiandrosterona DHEA 387 delinquência juvenil 444448 fatores genéticos e neurológicos 444 influências interagentes na 444 446 perspectivas de longo prazo 446 447 prevenção e tratamento 447448 demência 589 589590 demência por múltiplos infartos MD 590 dendritos 153 densidade óssea 516 Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA 81 Health Resources and Services Administration Maternal and Child Health Bureau 145 programa Passos para o Respeito 375 dependência de substâncias 399 depressão 106 desenvolvimento prénatal in fluenciado pela 118 diferenças entre adultos e crian ças 462 fatores de risco 402 infantil 377 462 na adolescência 402403 402f na infância 462 na velhice 589 no início da vida adulta 462 obesidade e 455 pósparto 226 privação do sono e 457 DES Ver dietilestilbestrol desabituação 184 desastres causados por humanos 380 desastres e impacto sobre as crian ças 380 descentralizar 262263 326 desconfiança 219 descritor 203 desempenho criativo 534535 desenvolvimento Ver também desenvolvimento da linguagem artístico 251252 251f atencional 185 atrasado da linguagem 273275 como processo da vida toda 655 656 composição da vizinhança e 45 contexto histórico 47 contextos do 39 4247 contínuo ou descontínuo 58 da confiança 219220 de apegos 220224 depressão pósparto influenciando o 226 do conhecimento sobre objetos e símbolos 181183 dos bebês 226229 231232 físico inicial 147155 147f 157 159 influência ambiental 39 42 influência cultural 4547 influência da hereditariedade 39 42 influência da pobreza no 44 44f influências no 39 4249 influências normativas e não normativas no 4748 maturidade e 39 42 motor 159164 períodos críticos ou sensíveis 4849 prénatal psicossocial ativo ou reativo 57 primeira infância 219225 princípios 147 raçaetnia 4547 45f simbólico 182183 ver televisão e 186187 desenvolvimento cognitivo 3738 62t abordagem behaviorista ao estudo do 170172 abordagem da neurociência cognitiva ao estudo do 170 191192 abordagem do processamento de informação ao estudo do 170 183191 267270 329333 abordagem piagetiana ao estudo do 170 176 177t 178183 259267 324328 404406 abordagem psicométrica ao estu do do 170 173176 270272 332338 abordagem sociocontextual ao estudo do 170 192 abordagem vygotskiana 271272 abordagens ao estudo do 170 adolescência e maturidade 404 411 autoconceito 284285 avanços na segunda infância 309t avanços na terceira infância 324 327 325t maturidade cognitiva 404411 modelo do ciclo de vida 467 469 na faculdade 476477 na meiaidade 531538 na terceira infância 324327 325t trabalho e 478479 537 ver televisão 186187 desenvolvimento da identidade na meiaidade 548551 sexualidade e 429 desenvolvimento da linguagem abordagem global da linguagem 340341 aprendizagem da segunda língua 340 atrasado 273275 características da fala inicial 197 198 gestos 195196 influências no início do 200 202 marcos no 193194f na adolescência 407 na segunda infância 272276 na terceira infância 338341 percebendo sons e estruturas da linguagem 194195 primeiras palavras 196197 primeiras sentenças 197 sequência no início do 193197 teoria do desenvolvimento da mente e 266 vocalização inicial 194 desenvolvimento da memória formando e retendo memórias na infância 268268 processos básicos e capacidades 267268 reconhecimento e recordação 268 desenvolvimento da personalidade abordagens ao 488493 489t na vida adulta tardia 606608 teoria e pesquisa sobre 606608 desenvolvimento de gênero abordagem biológica 290291 abordagem cognitiva 292294 abordagem da aprendizagem social 294295 abordagem evolucionista 291 292 abordagem psicanalítica 292 perspectivas 289295 290t desenvolvimento descontínuo 58 desenvolvimento do ciclo de vida a fé no 472 desenvolvimento do ego 485 desenvolvimento físico 3738 Ver também desenvolvimento físico inicial crescimento do corpo e mudança 246248 247248t inicial 147155 147f 157159 mudanças que precedem a morte no 638639 na segunda infância 246252 na terceira infância 316320 317t padrões de sono e problemas 247250 247249t desenvolvimento físico inicial 147 155 147f 157159 cérebro e comportamento reflexo 150155 157158 nutrição 148151 padrões de crescimento 148 148f pesquisa em neurociência 151 152 desenvolvimento humano 36 3637 conceitos básicos 3639 domínios 3738 oito períodos do 3839 40t41t desenvolvimento moral 228 328 408 na adolescência 407408 409t 410 nas mulheres 473 474t níveis e estágios 408 409t socialização e internalização no 228229 231232 desenvolvimento motor influências culturais no 164 marcos do 159162 161t na terceira infância 318320 319t percepção e 162 teoria dos sistemas dinâmicos do 163164 teoria ecológica da percepção e do 162163 desenvolvimento prénatal em adolescentes 433435 433f nutrição durante 113114 primeiros sinais e sintomas 107t tabagismo e nicotina durante 116 desenvolvimento prénatal 106 atividade física materna e trabalho pesado 114115 cafeína durante 116 desnutrição materna 114 estágios 107 108t109t 110 113 influência da idade materna 118 119 118119f influência de doenças maternas 117118 influência de estresse ansiedade e depressão materna 118 influências ambientais maternas 113120 influências ambientais paternas 120 5PapaliaIndiceremissivo2indd 789 5PapaliaIndiceremissivo2indd 789 010213 1716 010213 1716 790 Índice Remissivo ingestão de álcool durante 115 117 medicamentos sem prescrição e 116117 medicamentos tomados durante 115 monitoração e facilitação do 120 121t 122 nicotina durante 116 nutrição e peso materno 113114 perigos do ambiente externo 118120 desenvolvimento psicossexual 59 5960 60t62t desenvolvimento psicossocial 37 38 6061 60t61t 61 62t aspectos mais importantes 209t emoções e 208213 estratégias de gestão de vida 614 fundamentos 208219 intimidade versus isolamento 489 mudanças normativas 489 temperamento no 213216 desenvolvimento simbólico 182183 desespero 607 644 desintoxicação 461 desnutrição 150151 na vida adulta tardia 581 prénatal 114 dessensibilização 373 determinação do sexo 8990 determinismo genético 98 determinismo recíproco 6465 dextrometorfano DXM 400 17P Ver hidroxiprogesterona ca proato de DHA Ver ácido docosahexaenoico DHEA Ver dehidroepiandrosterona diabetes 323324 520521 586 587 589 bebês prétermo e pequenos para a idade gestacional e 140 defeitos de nascimento e 118 tipos 520522 diarreia 256 dieta início da vida adulta 454 dietilestilbestrol DES 115 diferenças de gênero 288289 diferenças individuais 39 42 diferenciação 153 difusão da identidade 424425 424425t 426 dilema de Heinz 407408 409t 473 direção distraída 415 direito de morrer 648654 disciplina 301 afirmação de poder 302 corregulação e 360 física 360 formas de 301303 raciocínio indutivo 302 reforço e punição 301302 retirada do amor 302 disco embrionário 110 discriminação auditiva estudos de 184 discriminação etária 616 disfunção erétil DE 519 dislexia 346 347 dismenorreia 463464 dispositivo de aquisição de lingua gem DAL 198 distribuição randômica 78 distrofia muscular de Duchenne 94t distúrbios de aprendizagem DAs 346 346349 distúrbios do humor 462 distúrbios esqueléticos 453 distúrbios menstruais 463464 distúrbios musculares 453 divórcio abuso e 557 adaptandose ao 362363 507 coabitação após 499 custódia visitação e coparentali dade 363364 efeitos de longo prazo nos filhos 364 estresse 557 estrutura familiar 362364 na meiaidade 556557 na vida adulta tardia 626 razões para o 505 507 tornandose avôavó após DNA Ver ácido desoxirribonucleico doença de Huntington 93 doença policística renal 94t doença respiratória crônica 586 doenças cardíacas 520521 586 587 TRH e 526 doenças cardiovasculares Ver tam bém doenças cardíacas AVC bebês pequenos para a idade gestacional e 140 síndrome de Down e 97 doenças congênitas 93 doenças sexualmente transmissíveis DSTs 463 dominância incompleta 95 domínio do ambiente 552553 553t 554 donezepil 593 dopamina 582583 dor 158 redução da sensibilidade na meia idade 515 doula 133 133 Down síndrome de 93 96 9697 drogasmedicamentos antidepressivos 226 antiparasitários 118 antipsicóticos 115 fatores de risco para abuso em adolescentes 420f NSAIDs 115 para fertilidade 464465 sulfa 115 tendências no uso de 399400 399f transmissão de IST e uso intrave noso de transtornos da personalidade e abuso de 462 uso e abuso de 399401 461 462 461f DST Ver teoria dos sistemas dinâ micos DSTs Ver doenças sexualmente transmissíveis dupla representação hipótese da 183 duplocego procedimentos 77 DWDA Ver Lei da Morte com Dignidade DXM Ver dextrometorfano EAA Ver Entrevista de Apego do Adulto Early Head Start 278 ECHO Ver oportunidade de moradia em chalé para idosos ecstasy MDMA 399 461 ectoderma 110 Édipo complexo de 59 educação abandonando o ensino médio 415416 aprendizagem à distância 475 aprendizagem e deficiências intelectuais 348349 bilíngue 340 crianças superdotadas 350 desempenho e métodos 344 do adulto 537 estendendo a 484 influência sobre o desempenho na 342346 412415 inovações 344346 internet 345346 mal de Alzheimer e 592 mudanças cognitivas na velhice 594 na adolescência 411418 na idade adulta 537 na meiaidade 535538 na segunda infância 276279 na terceira infância 341346 necessidades especiais 345350 no início da vida adulta 474479 oportunidades de trabalho e poder aquisitivo relacionados à 478479 478479f QI 333334 sexual 431434 superior preparandose para a 416418 tamanho da classe 344 trabalho combinado à 478479 transição para a faculdade 475 477 uso da mídia 345346 Edwards síndrome de 97 eficácia coletiva 446 ego 59 egocentrismo 262263 262264 elaboração 331332 331332t elaboração do luto 640 Electra complexo de 59 elemento componencial 337 468469 elemento contextual 337 468469 elemento experiencial 337 468 469 ELLs Ver aprendizes da língua inglesa emaranhados neurofibrilares 591 embalsamento 637 embriaguez 400 embrioscopia 121t emoções 208 autoavaliadoras 211 autoconscientes 211 autodirigidas 287288 autorregulação 358 conflitos 287 crescimento do cérebro 211 crescimento na terceira infância e 357358 cuidadores comunicação com os 225 desenvolvimento psicossocial 208213 diferenciação 211f entendendo e controlando 286 288 morais 232 pensamento pósformal 467468 primeiros sinais 209210 saúde e 528 surgimento 211 suspensão 226 emotividade 551 608 empatia 211 358 encapsulação 532533 encenação 259260 278 297 297 299 endoderma 110 enfermeiras obstetras 129 enfisema 587 enfrentamento coping 609 categorias de 456 defesas adaptativas 609 diferenças de idade na escolha do estilo de 610611 estratégias 609610 focado na emoção 456 609610 focado no problema 456 609 610 resiliência e 381382 saúde mental na velhice e 609 611 engajamento ativo 416 ensaio 331332 331332t entendedor 203 entendimento conceitual 190 Entrevista de Apego do Adulto EAA 224 entrevistas 7172 entrevistas abertas 7172 entrevistas estruturadas 7172 enurese 249250 envelhecendo em casa 618 618 619 envelhecimento 572573 600 617 alterações na força resistência equilíbrio e tempo de reação no 584585 alterações na visão e audição 583585 audição e 583585 bemsucedido 611614 5PapaliaIndiceremissivo2indd 790 5PapaliaIndiceremissivo2indd 790 010213 1716 010213 1716 Índice Remissivo 791 bemsucedido ou ideal modelos 611614 causas 576578 cérebro e 582583 crescimento no 606 epigenética e 576577 estilo de enfrentamento 610611 funcionamento dos órgãos 581 582583f habilidades de processamento e 596597 ideal 611614 na Ásia 614615 padrão clássico 594595f primário 573 questões práticas e sociais relati vas ao 614622 secundário 573 teoria da atividade e 612613 teoria do desengajamento e 612 teorias do 576578 576577t voluntariado e 617 epigênese 92 9293 epigenética 92 576577 EQM Ver experiências de quase morte equidade 328 equilibração 65 equilíbrio da identidade 549 eritromicina 115 erros de escala 182 erva de são joão 518 escala compreensão de 182183 Escala Brazelton de Avaliação do Comportamento Neonatal 135 135136 140 escala de avaliação do comporta mento 173 Escala de Inteligência Wechsler para Crianças WISCIV 332333 Escala de Inteligência Wechsler PréEscolar e Primária Revisada WPPSIIII 270 Escala Wechsler de Inteligência Adulta WAIS 531 594595 594595f Escalas Bayley de Desenvolvimento Infantil 173 Escalas de Inteligência de Stanford Binet 270 escolarização doméstica 345346 escolas abandono 415416 desempenho na escola 414415 préescola 276278 escolha de nicho 103 103f esgotamento do cuidador 563 ESL Ver abordagem da imersão no inglês especialização 532534 espermarca 391 espermatozoide 87 87f 464465 espinha bífida 94t 114 espiritualidade saúde e bemestar influenciados pela 611 esportes 320 esquemas 65 176 177t esquemas de identidade 549 esquizofrenia 106 114 estabilidade de gênero 292 estabilidade emocional 544 estação da fome 114 estado de alerta 136 137t estados de identidade 423 423 425 486 estados de identidade entrevistas de 423 424t estados mentais cognição social e 265 conhecimento sobre 264265 estágio das formas 251 estágio dos desenhos 251 estágio embriônico 110 110111 estágio fetal 111 111113 estágio germinal 107 107 110 estágio operatórioconcreto 62t 324 405 estágio operatórioformal 62t 404 466467 estágio pictorial 251 estágio préoperatório 62t 259 estágio sensóriomotor 62t 176 259 aptidões imitativas 179181 avaliação 183 conhecimento sobre objetos e símbolos 181183 principais desenvolvimentos 180t subestágios 176 177t 178179 estereótipos de gênero 289 293 estilo de parentalidade autoritário 303 343 360 413 de parentalidade democrático 303 303304 343 413 438 439 comportamento antissocial evitado por 445 de vida focado na família 617 estima de grupo 427 estimativa 327 computacional 327 de medida 327 numérica 327 estratégias de gerenciamento da vida 613614 estratégias mnemônicas 330331 estresse 527 baixo peso natal e 139 complicações do parto 141142 crônico 151152 581 da vida moderna 378380 das mudanças na vida 529 529t de trauma 530 de viuvez 645 déficit de crescimento e 238 desenvolvimento influenciado pelo 118 diferenças de gênero ao lidar com 456 divórcio e 557 do cuidar 563564 econômico 440 445 emotividade positiva e 551 estratégias para lidar com 456 fatores de proteção e 142 fatores do estilo de vida influen ciador pelo 530 insônia e 457 na meiaidade 527528 na terceira infância 378382 no início da vida adulta 456 no modelo de cronologia de eventos 491 reações ao trauma relacionados à saúde 379t resiliência e enfrentamento 530 530f saúde e 529530 sono e 456457 tóxico 151152 estresse crônico 151152 581 estresse econômico 440 comportamento antissocial e 445 estresse tóxico 151152 estressores 527 estrógenos 134 290 463464 526527 estrutura de vida 490 Estudo das Freiras 590 593 Estudo de Oakland sobre Crescimen to do Adolescente Oakland Adoles cent Growth Study 3637 Estudo Longitudinal de Inteligência Adulta de Seattle 531533 532f 532t 593595 608 Estudo Longitudinal de Nova York NYLS 213214 214t estudos correlacionais 74 75 7577 75t estudos de caso 74 75 75 75t Estudos de Crescimento e Orienta ção de Berkeley 3637 estudos de família 100 Estudos de Stanford sobre Crianças Superdotadas 3637 estudos etnográficos 74 75 75 75t estudos longitudinais 79 7981 80t estudos sequenciais 7981 80t 81 81f estudos transversais 79 7981 80t éter 132 ética da eutanásia 652653 da pesquisa 8182 do cuidar 410 morte e questões de 648654 na pesquisa 8182 teste genético e 98 etnia 4547 abandono da escola 415 condições crônicas e 587 conexão familiar 436 de adultos mais velhos 573 desempenho escolar 413414 diferenças de expectativa de vida por 575577 575t diferenças em matrículas na faculdade 475476 diversidade dentro dos grupos étnicos 47 exploração da identidade 486 487 explorando o significado de 427 fatores de formação da identida de 426427 426t mortalidade infantil 144145 145f opções para o fim da vida 653 654 orientação sexual 462463 QI 333335 saúde 255257 459 522523 taxas de suicídio 649 etologia 69 eu ideal 286 356 eutanásia 650 ativa 650 653 passiva 650 voluntária 653 eventos de vida normativos 490 eventos normativos etários 490 exames de sangue para a mãe 121t execução 424 424425t 426 executiva central 268 exossistema 6768 68f expectativa de vida 574 diferenças de gênero 574575 diferenças de raçaetnia 575 577 575t diferenças regionais 575577 tendências e fatores na 574577 575f experiência abertura para a 491f 492 544 da menopausa diferenças cultu rais na 519521 de desenvolvimento parentalida de como 502504 de quasemorte 639 desenvolvimento do cérebro 157 na canalização 102 resiliência 381 social na infância 216218 experiências de quasemorte EQM 639 experimentos 74 75t 77 de campo 78 em laboratório 78 naturais 79 extroversão 491f 492 544 608 Facebook 415 443 494 faculdade 475477 adaptação à 476 conclusão 477 crescimento cognitivo 476477 diversidade de alunos 477 gênero NSE e diferenças de raça etnia 475476 faixa de reação 101 102f fala memória e 598 fala dirigida à criança CDS 202 fala inicial características da 197 198 fala linguística 196 fala prélinguística 194 200201 fala privada 273274 fala social 273274 fala telegráfica 197 falha na decolagem 487488 falsas crenças 265 falta de moradia 257258 5PapaliaIndiceremissivo2indd 791 5PapaliaIndiceremissivo2indd 791 010213 1716 010213 1716 792 Índice Remissivo família abusiva e negligente 238239 adolescência e estrutura e atmos fera da 439440 adotiva 366367 ajudando famílias em dificulda des 239240 atmosfera 358361 coabitante 365 440 com dupla renda e parentalidade 504505 como fator de proteção 381 crianças superdotadas 349 de segundo casamento 365 delinquência juvenil 444446 desempenho escolar e caracterís ticas da 414 estendida 4243 618 estresse econômico 440 estrutura 362367 etnia e conectividade 436 hora da refeição 359 imigrante 46 individuação e conflito 437438 influências de gênero 294295 instabilidade 362 monoparental 364365 440 multigeracional 623624 nuclear 4243 primeiras experiências sociais 216218 que coabitam 365 440 que pulam uma geração 566 relacionamentos 381 saúde mental e relações na 437 438 terceira infância 358368 fantasia companheiros imaginários e 299 distinguir realidade de 265266 fase de latência 59 62t fase fálica 59 62t fase oral 59 62t fatores de proteção 142 381 fatores de risco 44 fazdeconta jogos de 259260 297 fé desenvolvimento no ciclo de vida 472 fecundação 86 8687 fecundação in vitro FIV 465467 fenda palatal 93 fenilcetonúria PKU 94t 98 136 fenômeno bumerangue 561 fenótipos 91f 92 fetoscopia 121t fibrose cística 93 94t fidelidade 486 filho único 309310 filhos adultos cuidando de 561 adultos relacionamento com 629631 atitudes sobre a morte e o morrer 642644 criados por avós 566 630 de famílias de imigrantes 46 deixando o lar 560561 maduros relacionamento com 559561 manifestações de luto 643 643t morte dos 647 FIV Ver fertilização in vitro fixação 59 fobia escolar 376 fobia social 376 folículos 86 fonemas 195 fontanela 134 Food and Drug Administration US 593 Força Tarefa dos Estados Unidos para Serviços Preventivos 322323 ForçaTarefa sobre Assistência Quali ficada no Final da Vida 652 forma física influências comportamentais na 454458 no início da vida adulta 453462 Forteo 525 Fosamax 525 função executiva 231 268 329 330 autismo e 154 suicídio e 404 função simbólica 259260 funcionamento cognitivo 381 funções reprodutivas na meiaidade 417t 517519 galactosemia 136 gêmeos estudos sobre 100 gêmeos dizigóticos 87 100 104 gêmeos fraternos 87 gêmeos idênticos 87 gêmeos monozigóticos 87 92 100 104 gêmeos semiidênticos 87 generalização étnica 47 generatividade 544 544546 546t 550 generatividade versus estagnação 544 gênero 218 agressão e diferenças 306 aspirações do estudante 416417 cuidados com o filho 235 cultura e 293 295 desempenho escolar e 342343 412413 diferenças comportamentais na infância por 218 diferenças em matrículas na faculdade 475476 diferenças na administração do estresse 456 diferenças na expectativa de vida 574575 diferenças na formação da identi dade 424426 em bebês e crianças pequenas 218 generatividade e 545 influência da família no 294295 influência dos amigos 295 julgamento moral 473 474t o brincar influenciado pelo 299 300 os pares e o 368 pais moldando diferenças no 219 qualidade de vida e 555 saúde e 523527 taxas de suicídio 649 649f genes 88 genética comportamental 100 genética médica 98 genoma humano 88 genômica 98 genótipos 91f 92 geração histórica 48 geração M 415 geração sanduíche 563 geração X 415 geração Y 415 geriatria 574 gerontologia 574 gestação 106 gestão de pessoas 470 gestão de tarefas 470 gestos 195196 representacionais 195 simbólicos 196 sociais convencionais 195 GIFT Ver transferência intratubária de gametas glaucoma 93 583584 583585 globalização da adolescência 388389 GnRH Ver hormônio liberador de gonadotrofina gonorreia 432 432f gorduras insaturadas 592 Graduate Record Examination GRE Exame de Desempenho Universitá rio 468469 gramática 273274 grau de controle 78 gravidez Ver também parto nasci mento gravidez na adolescência 433435 433f consequências 433434 prevenção 434435 uso de contraceptivo 433 GRE Ver Graduate Record Exami nation grupo de abilidades 350 grupo étnico 45 grupo experimental 77 grupocontrole 77 grupos 7779 grupos de amigos desempenho escolar e 413414 desenvolvimento moral e 410 influência no comportamento sexual 429430 na terceira infância 368375 grupos de status de aceitação 369 grupos de tratamento 77 guerra conversando com as crianças sobre 380 gusii 39 216 543 habilidades motoras brincar e 286 desenvolvimento na segunda infância 249251 250251t finas 160 250251 gerais 160 249250 250251t 296 sono e 457 Habitat for Humanity Habitação para a Humanidade 617 habituação 171 183 183184 Head Start 277278 278f Head Start Projeto 277278 HEF Ver hormônio estimulador do folículo hemofilia 94t 95 96 herança dominante 9091 91 95 herança ligada ao sexo 93 95 9596 95f herança poligênica 91 herança recessiva 9091 91 95 hereditariedade 39 42 aconselhamento e teste genético 97 99 ambiente e 100106 anormalidades genéticas e cro mossômicas 93 94t 9597 96t câncer de mama e 525 código genético 8889 composição do zigoto e 89 89f concordante 100 delinquência juvenil e 444 determinação do sexo 8990 dos traços de personalidade 105 faixa de reação e 101 102f influenciando a saúde 454 inteligência e 105 334 longevidade e 580 mecanismos 8893 9597 99 medindo a herdabilidade 100 obesidade e 252 padrões de transmissão genética 9093 personalidade e psicopatologia influenciadas pela 105106 traços físicos e psicológicos influenciados pela 104105 heroína 461 herpes genital 432 heterossexualidade 428 heterozigoto 90 91 92 hidroxiprogesterona caproato de 49P 139 hiperplasia congênita da suprarrenal CAH 290 hipertensão 520521 522523 587 hipocampo 154 191 211 582 593 599 hipotálamo 211 hipótese 56 hipotireoidismo 136 hipóxia 134 hispânicos abandono da escola 415416 atitudes de coabitação 499 bemestar entre os 554 condições crônicas e 587 decisões sobre o fim da vida 653 654 diversidade 47 expectativa de vida 575 575t 5PapaliaIndiceremissivo2indd 792 5PapaliaIndiceremissivo2indd 792 010213 1716 010213 1716 Índice Remissivo 793 famílias monoparentais 364 gravidez na adolescência 433 índices de matrícula na faculdade entre 476 lares de família estendida 618 mortalidade infantil 144 obrigações de linhagem 624 pobreza 361 problemas de saúde 522523 HIV Ver vírus da imunodeficiência humana holofrase 196 HOME Ver Inventário Home de Observação Doméstica homofobia 497 homossexualidade 428 casamento e 497498 desenvolvimento da identidade e 429 na velhice 628 no início da vida adulta 462463 pais 365366 relacionamentos 497498 558 559 taxas de suicídio e 403404 homozigoto 90 91 92 hormônio estimulador do folículo HEF 387 hormônio luteinizante LH 387 hormônios distúrbios da menstruação 463 464 mudanças na puberdade 387 389 tratamento de infertilidade com 464465 hotéis para aposentados 621t HPV Ver papilomavírus humano humor depressivo 462 ibuprofeno 115 592 ICSI Ver injeção intracitoplásmica de espermatozoides icterícia neonatal 135 id 59 idade doenças relacionadas à 530 idade funcional 573 idade gestacional 106 idadismo 572 identidade 422 bissexualidade e desenvolvimento da 429 busca na adolescência 422427 compreensão da 260262 conservação e 326 diferenças de gênero na formação da 424426 exploração racialétnica da 486 487 fatores étnicos na formação da 426427 426t generatividade e 550 homossexualidade e desenvolvi mento da 429 identidade de gênero 288 292 551 identidade sexual 422 427 no início da vida adulta 462463 identidade versus confusão de identi dade 422 identidade versus confusão de papel 422 identificação 292 idoso idoso 573574 idoso jovem 573574 idoso mais velho 573 IE Ver inteligência emocional IfRM Ver imageamento funcional por ressonância magnética ilesos 579 ilhéus do Pacífico índices de matrícula na faculdade 476 média de idade do primeiro filho 502503 IM Ver mensagens instantâneas imageamento funcional por resso nância magnética IfRM 74 imagem corporal 320 320321 396 transtornos da alimentação 396 397 IMC Ver índice de massa corpórea imitação 179181 diferida 180 259260 induzida 181 218 invisível 179 no desenvolvimento da lingua gem 194 visível 179 impotência 519 imprinting 48 genético 93 imunização 146147 imunodeficiência grave combinada SCID 98 imunoterapia 594 incapacidade aprendida 285 incapacidade intelectual 346 inclusão de classes 326 incubadora 140 indicativos cinéticos 162 índice de massa corpórea IMC 104 113 252 índios americanos Ver americanos nativos individuação 437 437438 544 infecções sexualmente transmissíveis ISTs 431 431432 462464 inferência transitiva 325 infertilidade 464465 influências não normativas 4748 48 influências normativas 47 4748 influenza 106 586 inglês como segunda língua ISL Ver abordagem da imersão no inglês inibição ao não familiar 215 inibidores da enzima conversora da angiotensina 115 inibidores seletivos de recaptação da serotonina SSRIs 226 378 403 iniciativa versus culpa 288 início da vida adulta 3839 41t 452453 453 atitudes no casamento 499500 atividade física 455456 cognição 465479 comportamento sexual 462463 condição e problemas relativos à saúde 453 459 depressão 462 desenvolvimento da identidade 485487 dieta e nutrição 454 educação e trabalho 474479 entrada no mercado de trabalho 477479 estresse 456 identidade sexual 462463 ISTs 462464 obesidadeexcesso de peso 454 455 orientação sexual 462463 problemas de saúde mental 461 462 questões sexuais e de reprodução 462465 recentralização 486 saúde e forma física 453462 sono 456457 tabagismo 457458 transição para a faculdade 475 477 transtornos da alimentação 455 uso de álcool 458 458f injeção intracitoplásmico de esper matozoides ICSI 465466 injeções epidurais 133 insatisfação com o corpo 320321 inseminação artificial 465466 por um doador IAD 465466 insight criativo 468469 insônia 457 585 Instant Messenger da AOL 415 integração 153 integração social 459460 integridade do ego versus desespero 607 integridade versus desespero 644 inteligência bemsucedida 335 criatividade e 534535 cristalizada 532533 cultura e 335 fluida 532533 influências ambientais 105 271 influências da hereditariedade 105 334 influências na 333335 medida influências na 271 múltipla 336337 336t norteamericanos de origem asiática e 334 335 NSE e 271 333335 outros testes de 338 padrões de desenvolvimento do cérebro e 333334 prática 468470 processamento de informação como indicador de 185187 raçaetnia e 333335 teoria triárquica da 337338 velhice e 594597 interação geneambiente 221 interação genótipoambiente 102 interação social desenvolvimento da alfabetização e 275 desenvolvimento inicial da lingua gem e 200202 interações diádicas 441 interioridade 546 internalização 225 227 228 internet educação e 345346 intimidade 495 intimidade versus isolamento 489 introspecção 546 Inventário do BemEstar de Ryff 552553 553t 554 Inventário Home de Observação Doméstica HOME 173174 investimento equilibrado 617 IPT Ver teoria do processo da iden tidade irmãos adolescentes 440441 relacionamentos com 232233 367368 relacionamentos na meiaidade 564 relacionamentos na segunda infância 308309 relacionamentos na vida adulta tardia 631 irreversibilidade 264 ISTs Ver infecções sexualmente transmissíveis Japão crenças sobre aborto espontâneo 647648 envelhecimento no 614615 617 jogos com objetos 296 de 259260 297 formais com regras 298 funcionais 296 imaginativos 259260 297 locomotores 296 297 paralelos construtivos 299 reticentes 299 sociais 298299 julgamento moral 328 cultura e 471 473 estágios 471 gênero e 473 474t na adolescência 407408 409t 410 juventude 446447 KABCII Ver Bateria de Kaufman para Avaliação de Crianças Kleinfelter síndrome de 96 96t lábio leporino 93 laços de parentesco 629632 Lamaze método 132 lanugo 108t 134 lares adotivos 621t lateralidade 251 lateralização 152 5PapaliaIndiceremissivo2indd 793 5PapaliaIndiceremissivo2indd 793 010213 1716 010213 1716 794 Índice Remissivo latino americanos acesso e uso de assistência médi ca 257 comportamento sexual na adoles cência 429430 condição de saúde no início da vida adulta 453 desempenho escolar 413 estilos de parentalidade 360 famílias multigeracionais 4243 identidade étnica 427 relacionamento com os irmãos 441 taxas de IST entre 463464 vivendo com filhos adultos 619 lazer atividades de 613 Lei da Morte com Dignidade DWDA 653 Lei da Violência contra a Mulher EUA 506 Lei de Alfabetização Nacional Natio nal Literacy Act 538 Lei de Discriminação de Idade no Emprego ADEA 535536 616 Lei do Ensino Fundamental e Médio nos EUA 349 Lei dos Americanos Deficientes 535536 Lei Nenhuma Criança Deixada para Trás No Child Left Behind Act 344 Leis de Defesa do Casamento 497 leite de bruxa 134 leitores orientados para o desempe nho 203 leitura 102 alfabetização e 340341 em voz alta 202203 no desenvolvimento da alfabetiza ção 275 leptina 388 lésbicas casamento entre 497498 na meiaidade 558559 na velhice 628 letramento alfabetização e 340341 leucemia 97 120 LH Ver hormônio luteinizante licença paternidade 504 ligantes amiloides betaderivados difusos ADDLs 593 limitação de atividades 587 limite de Hayflick 579 limites 548549 linguagem 193194 regras fonológicas 195 linguagem dirigida a idosos 609 livrarse da vovó 630 lobos frontais 211 599 locomoção 161163 longevidade 574 580 atividade física e 587588 influências do estilo de vida na 587589 nutrição e 587589 luta ou fuga 527 luto 640 ajuda com o 642t em crianças 643 643t modelo clássico de elaboração do 640 padrões 639641 variações 640641 MA Ver mal de Alzheimer maconha 399402 461 desenvolvimento prénatal e 116 117 macrossistema 6768 68f 86 mães média de idade ao nascer o pri meiro filho 502503 502503f papel nas primeiras experiências sociais216217 que trabalham fora 233234 234f 360361 440 solteiras 361 substitutas 466467 malária 256 mamadeira 148151 mamografia 525526 526 manhês 202 mapeamento rápido 273 mapeamentos representacionais 286 matemática na terceira infância desenvolvimento cognitivo 327 matéria branca 317318 400 matéria cinzenta 317 318f 393f 394 maternidade substituta 466467 maturação 39 42 maturação in vitro MIV 465466 maturidade definições sociológicas de 452 maturidade cognitiva 452 maturidade filial 562 maturidade psicológica 452 maturidade sexual 452 sinais de 391 maustratos ajudando famílias em apuros 239240 características da comunidade e valores culturais como fatores de 239 efeitos de longo prazo 240 emocionais 237 morte por 237 238f na primeira infância 237238 pais abusivos e negligentes e ca racterísticas familiares 238239 suicídio e 404 visão ecológica dos 238239 maustratos emocionais 237 MD Ver demência por múltiplos infartos MDMA Ver ecstasy mecanismos evolutivos 69 mecanismos internos de aprendiza gem 190 mecônio 135 Medicaid 256 453 620 medicamentos antiinflamatórios nãoesteroidais NSAIDs 115 medicamentos com prescrição abuso de 400 medicamentos para fertilidade 464465 medicamentos sem prescrição médi ca para tosse e gripe 400 Medicare 617 medidas de desempenho 7172 7172t 7374 medidas do comportamento 7172 7172t 7374 medo 307308 medula espinhal 150151 meiaidade crise da 547 547549 meiose 89 96 melatonina 395 memantina 593 memória autobiográfica 269 causas do declínio 598600 de curto prazo 597598 de longo prazo 267 268 598 de reconhecimento visual 184 de trabalho 191 267 329331 597 declarativa 191 do bebê 171172 episódica 269 598 estratégias para a 330332 331 332t explícita 191 fala e 598 genérica 269 implícita 191 influências na retenção da 269 270 mudanças neurológicas e declí nios na 599 na infância 268270 na velhice 597600 procedural 598 semântica 598 sensorial 267 597 menarca 391 392 menopausa 517 atitudes em relação à 517 diferenças culturais na experiên cia da 519521 sintomas e mitos 517518 518t tratamento de sintomas 518519 mensagens instantâneas IM 443 menstruação 391 519520 mesoderma 110 mesossistema 6768 68f 448 metabolismo 578 metabolismo basal 515 metacognição 341 metáfora 338 metamemória 330331 metanfetamina 461 desenvolvimento prénatal e 117 método científico 71 métodos de pesquisa amostragem 71 coleta de dados 7174 7172t grupos e variáveis 7779 quantitativos e qualitativos 70 71 74 transcultural 76 metotrexato 115 Miacalcin 525 microssistema 6768 68t 86 mídia agressão e 372374 cognição e 276 desempenho educacional e uso da 345346 tempo de interação com a 373 uso responsável da 276 276t violência na 372374 373f Midlife in the United States Study MIDUS Estudo sobre MeiaIdade nos Estados Unidos 512 519 523524 527 551553 617 MIDUS Ver Midlife in the United States Study mielinização 154 mileniais 485 miopia 514 mistura de código 202 mitocôndria 576577 mitose 89 MIV Ver maturação in vitro mizuko kuyo 647648 mnemônica 330332 331332t modelagem 6465 Ver também aprendizagem observacional modelo da avaliação cognitiva 609611 modelo da cronologia de eventos 490 490491 547 modelo da interação social 269 modelo do ciclo de vida para o de senvolvimento cognitivo 467469 modelo mecanicista 57 modelo organicista 57 modelos básicos de pesquisa 74 79 75t modelos de estágio normativo 489 489490 544546 modelos de pesquisa básicos 7479 75t de desenvolvimento 7981 79f modernização 388 modificação do comportamento 6465 377 momentos decisivos 548549 549f momentos psicológicos decisivos 548549 549t monitoração eletrônica do feto 130 130131 Montessori método 276277 moradias assistidas 621622 621t moralidade convencional ou mo ralidade da conformidade ao papel convencional 408 moralidade pósconvencional moralidade dos princípios morais autônomos 408 moralidade préconvencional 408 moratória 424425 424425t 426 486 moratória psicossocial 422 mortalidade infantil causada por ferimentos 146 disparidades étnicasraciais 144 145 145f 5PapaliaIndiceremissivo2indd 794 5PapaliaIndiceremissivo2indd 794 010213 1716 010213 1716 Índice Remissivo 795 reduzindo a 143146 SIDS 145146 taxas de 129 129f 143f 144f morte alterações físicas e cognitivas que precedem a apressando a 650654 atitudes da criança e do adoles cente quanto à 642644 atitudes durante o ciclo de vida em relação à 642644 atitudes na vida adulta quanto à 644 celular 153 confrontando a própria 639 contexto cultural 636637 cuidados com os mortos 637638 do cônjuge 644645 do filho 647 dos pais na idade adulta 645647 encontrando significado propósito na 654656 enfrentando a 638644 legalizando o auxílio do médico 653654 na adolescência 403404 na segunda infância 255 257256f 257f no berço 145 percepção da 162 por acidente em veículos 403 403f por arma de fogo 403 por câncer 520521 por condições crônicas 586 por maustratos 237 238f questões médicas legais e éticas 648654 taxas de HIV 463464 motivação do aluno 412 MPD Ver momentos psicológicos decisivos mRNA Ver RNA mensageiro MSCEIT Ver Teste de Inteligência Emocional de MayerSalovey Caruso mudança qualitativa 58 7071 mudança quantitativa 58 mudanças de estado 136 mulheres bemestar 554 coabitação na meiaidade 556 desenvolvimento moral 473 474t divórcio na meiaidade 556557 envolvimento parental 502504 expectativa de vida 574575 perda óssea e osteoporose 523 525 pobreza na velhice 617 tomando conta da família 559 utilização da assistência médica pelas 523524 viuvez 644645 multidão 441 multitarefa 415 mumificação 637 mutações 91 MySpace 443 na terceira infância 338339 Nações Unidas 538 322323 NAEP Ver National Assessment of Educational Progress 344 411 nascimentos múltiplos 8788 natimorto 111 National Association of Child Care Resource and Referral Agencies NACCRRA 234 National Association of State Boards of Education 320321 National Center on Addiction and Substance Abuse 359 National Childrens Study 81 National Education Association 344 National Institute of Child Health and Human Development NI CHD 234237 National Institutes of Health NIH 132 National Institutes of Mental Health NIMH 50 National Longitudinal Survey of Youth NLSY 234 National Sleep Foundation 457 National Symposium of Early Childhood Science and Policy 151152 nativismo 198 198199 nativos do Alasca abortos espontâneos 110 ISTs 145 média de idade ao nascer o primeiro filho 502503 mortalidade infantil 144 nativos do Havaí mortalidade infantil entre 144 naturezaeducação 99 hereditariedade e ambiente 100 106 teorias da aquisição da linguagem e 198199 NCLB Ver Lei Nenhuma Criança Deixada para Trás No Child left Behind Act negativismo 228 negligência 237 630 neonatos 134 netos criando 566 neurociência cognitiva 74 neurociência do desenvolvimento da segunda infância 151152 neurônios 153 neurônios espelho 211 neuroticismo 491f 492 544 608 neurotransmissores 153 NICHD Ver National Institute of Child Health and Human Develo pment nicotina 116 117 401 457458 NIH Ver National Institutes of Health NIMH Ver National Institutes of Mental Health ninho atravancado 561 ninho vazio 560 Nível socioeconômico NSE 4243 4245 abandono da escola e 415 alterações cognitivas na velhice e 594 desempenho escolar e 343 414 diferenças em matrículas na faculdade 475476 inteligência e 271 padrões de aposentadoria e 617 QI e 333335 saúde e 255257 459 521523 NLSY Ver National Longitudinal Survey of Youth NORCs Ver comunidades de aposentados com assistência constante norteamericanos de origem asiática abandono da escola 415 acesso e uso de assistência médi ca 257 comportamento sexual na adoles cência 429430 condição de saúde no início da vida adulta 453 conexão familiar 436 desempenho escolar 414 diversidade 47 doenças genéticas 94t famílias multigeracionais 4243 gêmeos 87 gravidez na adolescência 433 índices de matrícula em faculda de 476 inteligência 334 335 lares de família estendida 618 média de idade ao nascer o primeiro filho 502503 mortalidade infantil 144 vivendo com filhos adultos 619 norteamericanos de origem coreana o brincar e os 300 norteamericanos de origem euro peia conexão familiar entre 436 identidade étnica 427 pesquisa transcultural sobre 76 norteamericanos de origem mexi cana 554 nortriptilina 226 911 Ver ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 NSAIDs Ver medicamentos anti inflamatórios nãoesteroidais NSE Ver nível socioeconômico números compreensão dos 189190 260 263 conhecimento sobre 262263 no desenvolvimento cognitivo da terceira infância 327 números noção de 262263 nutrição Ver também desnutrição adolescência e 395399 desenvolvimento físico inicial e 148151 durante a gravidez 113114 na terceira infância 316317 no início da vida adulta 454 saúde e longevidade influenciadas pela 587589 subnutrição 253254 NYLS Ver New York Longitudinal Study Estudo Longitudinal de Nova York obediência comprometida 231 obediência situacional 231 obesidade 104 104105 150151 adolescência e 395396 aumento nas taxas de 454455 causas 320 depressão e 455 hereditariedade e 252 imagem corporal e 320 na infância 320323 no início da vida adulta 454455 prevenção 252253 322323 tratamento 322323 obesidade infantil 320323 objetivo de vida 552553 553t objeto conceito de 181 objetos no espaço compreensão de 260262 obligações intergeracionais 624 obrigações de linhagem 624 observação em laboratório 7172 7172t 73 observação naturalista 7172 7172t 73 OECD Ver Organisation for Economic Cooperation and De velopment Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico olfato 158159 OLSAT8 Ver Teste de Aptidão Escolar OtisLennon 11 de setembro de 2001 ataques terroristas de 380 530 641 oportunidade de moradia em chalé para idosos ECHO 621t Organisation for Economic Coope ration and Development OECD Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico 411 organização 65 331332 331 332t organização motora 136 orientação sexual 428 no início da idade adulta 462 463 origens 428429 orientação visual 162 orientadas para o símbolo 182 OSC Ver otimização seletiva com compensação osteoporose 114 523524 523 525 525 otimização seletiva com compensa ção OSC 613 613614 ovulação 86 óvulo de doadora 465466 óvulos 464465 oxitocina 132 528 5PapaliaIndiceremissivo2indd 795 5PapaliaIndiceremissivo2indd 795 010213 1716 010213 1716 796 Índice Remissivo padrão clássico de envelhecimento 594595 594595f padrão incapaz 285286 padrastomadrasta 365 padrões numéricos 262263 pais gays 365366 pais que trabalham fora 234f filhos de 233237 paisparentalidade à revelia 566 abusivos e negligentes 238239 adiada 484 491 adolescentes monitorados pelos 439 agressão influenciada pelos 307 autoridade 438439 avós 564566 bisavós 631632 como experiência de desenvolvi mento 502504 comportamentos que exigem atenção 305308 controle e corregulação 359360 cuidando dos idosos 563 de segundo casamento 507 desempenho escolar e 342343 413414 desenvolvimento moral 410 diferenças culturais em estilos de 304305 360 divórcio 362364 envolvimento do homem e da mulher 502504 estilos de 303305 438439 famílias de dupla renda 504505 filhos adolescentes e 560 filhos adultos 561 filhos que deixam o lar 560561 formas de disciplina 301303 gays ou lésbicas 365366 idosos relacionamento com 562 564 impacto da morte do filho 647 impacto do trabalho na 360361 luto do aborto espontâneo 647 648 média de idade dos primeiros filhos 502503 502503f negligente ou sem envolvimento 303 padrastomadrasta 365 perda dos na idade adulta 645 647 646t permissiva 303 343 413 pobreza 361 prolongada 561 relacionamento de adolescentes com os 437440 relacionamento de adultos com os 487488 satisfação conjugal 503504 paixão 495 paladar 158159 panelas 441 papéis de gênero 289 551 papel do pai nas primeiras experiên cias sociais 217218 papilomavírus humano HPV 432 paradigma da expectativa visual 186 parente fictício 494 pares adolescentes e seus 441444 comportamentos de risco e os 442 delinquência juvenil e os influência de gênero dos 295 Parkinson mal de 590 parteiras 128129 participação guiada 192 parto nascimento anestesia 132133 de natimorto 142 142143 complicações 137143 138f 433 doméstico 129 etapas 130 131f medicado vs não medicado 132 133 monitoração eletrônica do feto mudanças 128130 natural 132 preparado 132 processo 130133 trauma 133 vaginal após cesariana VBAC 132 vaginal vs parto cesariano 131 132 parturição 130 Passos para o Respeito 375 PDL Ver ponta da língua fenômeno pelos pubianos 390391 penicilina 115 pensamento conhecimento sobre 264265 convergente 349 criatividade e 534536 divergente 349350 534535 especialização e 532534 imaturo 467468 integrativo 533535 mágico 266 pósformal 466468 reflexivo 465468 simbólico 259 pensamento préoperacional aspectos imaturos 259260t 262264 avanços 259263 peptídio betaamiloide 591 594 percepção de profundidade 162 desenvolvimento motor e 162 háptica 162 teoria ecológica da 162163 visual 184185 percepção auditiva e capacidades de processamento 184185 percepção háptica 162 percepção visual e capacidade de processamento 184185 perda 639 enfrentando a 638644 perda ambígua 143 610 640 641 perda óssea 523526 perdas significativas 644648 perimenopausa 517 período crítico 4849 49 50 período neonatal 133 periodontite 589 períodos sensíveis 4849 49 permanência do objeto 181 181 182 189 189f personalidade 208 como um previsor de emotivida de saúde e bemestar 608 crise na 61 egoresiliente 493 emotividade e 551553 experiência e 102 herdabilidade 105 influências hereditárias e ambien tais 105106 mal de Alzheimer e 591 no modelo de cronologia de eventos 491 nos modelos tipológicos 493 resiliência 381 subcontrolada 493 supercontrolada 493 perspectivas teóricas 5870 aprendizagem 6265 cognitivas 60t61t 6467 contextuais 6768 evolucionistassociobiológicas 69 psicanalíticas 5961 perturbações emocionais na terceira infância 375377 suicídio 404 peso natal muito baixo crianças com 141 pesquisa qualitativa 70 avaliação 74 pesquisa quantitativa 70 7071 avaliação 74 pesquisa sobre desenvolvimento modelos de 7981 79f PET Ver tomografia por emissão de pósitron PKU Ver fenilcetonúria placa amiloide 591 placebo 77 placenta 110 plasticidade 49 151152 157 157158 582583 pneumonia 256 586 pobreza comportamentos antissociais e 445446 desnutrição 150151 incapacidade de prosperar 238 influência no desenvolvimento 44 44f mães solteiras 361 na velhice 617 no início da vida adulta 453 saúde 459 viuvez 645 poluções noturnas 391 poluição do ar 258 ponta da língua fenômeno PDL 516 ponte 200 popularidade 369370 percebida 369 sociométrica 369 portoriquenhos 554 pósmaduro 142 potencial criativo 534535 pragmática 273274 339 339 preconceito 368 préconcepção assistência para 122 préescolas 278279 programas compensatórios 277 278 278f tipos 276277 preferência atencional 184 preferência por novidade 184 preferência visual 184 préimplantação genética diagnósti co de 121t prénatal avaliação 120 121t 122 presbiacusia 515 presbiopia 514 preservativos 432 463464 prétermo prematuros bebês 137 Previdência Social 535536 614 615 617 626 primeira infância 3839 40t brigas entre irmãos 230 contato com outras crianças na 233 crescimento na 148 148f desnutrição na 150151 diferenças de gênero 218 imunização na 146 147 maustratos na 237238 primeiras experiências sociais 216218 questões de desenvolvimento na 219229 231232 relacionamento com irmãos 232 233 sobrevivência e saúde 143147 sociabilidade com não irmãos 233 testando o desenvolvimento funcional na 173 ver televisão durante a 186187 primeira série 341343 primeiras experiência sociais 216 218 primeiras intervenções 173176 primeiras sentenças 197 primeiros reflexos 155 156t 157 princípio da realidade 59 princípio da reversibilidade 326 princípio do prazer privação do sono 395 457 problemas de aprendizagem 345 349 problemas instrumentais 596 problemas interpessoais 596 problemas visuais relacionados à idade processamento de informação social 372 processos atencionais 231 procuração com vigência indetermi nada 652 5PapaliaIndiceremissivo2indd 796 5PapaliaIndiceremissivo2indd 796 010213 1716 010213 1716 Índice Remissivo 797 produtividade teorias do envelheci mento e 613 produtividade versus inferioridade 356 progesterona 463464 progestina 526527 programas compensatórios para pré escola 277278 278f programas de aceleração 350 programas de enriquecimento 350 programas de gerenciamento de peso 322323 programas geriátricos de visitação doméstica 619 Projeto Abecedarian 175 Projeto de Intervenção de Bucarest BEIP 158 promoção social 344 propósito 288 prostaglandina 463464 proteladores 579 prova das três montanhas 262263 263264f proximodistal princípio 147 psicanálise 59 psicanalítica perspectiva 59 5961 60t61t psicologia evolucionista 69 psicopatologia hereditariedade e in fluências do ambiente na 105106 psicoterapia familiar 377 individual 377 tratamento de depressão com 403 puberdade 386 alterações hormonais 387389 influências no timing e nos efeitos da 391392 regulação do início e progressão 390f ritos de iniciação e 388 sinais da 390391 timing sinais e sequência 389 392 pular séries 350 punição 63 301302 punição corporal 301 360 QD Ver quocientes de desenvolvi mento QI quociente de inteligência testes de 173 534535 controvérsia sobre 332334 cultura e 335 escolarização e 333334 influências ambientais 271 influências no 333335 quaseexperimentos 79 queda prevenção da 584585 585t questionários 72 80 321 Questionário de Classificação de Apego AQS 222 questões e tarefas normativas 607 questões sexuais e de reprodução no início da vida adulta 462465 quocientes de desenvolvimento QD 173 rabiscos 251 raça como construto social 47 condições crônicas 587 desenvolvimento 4547 45f diferenças em expectativa de vida 575577 575t diferenças em matrículas na faculdade 475 476 exploração da identidade 486 487 mortalidade infantil 144145 145f QI 333335 saúde 255257 459 522523 taxas de suicídio 649 raciocínio especialização e 533534 julgamento moral 328 407408 409t 410 471 473 474t no desenvolvimento cognitivo da terceira infância 328 raciocínio dedutivo 326 raciocínio hipotéticodedutivo 404 405 405 raciocínio indutivo 302 326 racismo consciência do 427 menopausa comparada ao 520 521 Radcliffe estudo de 550 552553 radicais livres 578 raloxifeno 525 rastreamento neonatal para condi ções clínicas 136 reações circulares 177t 178 178f realidade companheiros imaginários e 299 distinguir aparência de 265 distinguir fantasia de 266 realização da identidade 424 424 425t 426 reavaliação da meiaidade 548549 reavaliação de vida 644 654655 654655 recentralização 486 reconhecimento 268 recordação 268 recreio brincar no 319 recuperação 267 599600 recuperação baseada na visualização 340 rede de controle cognitivo 393 rede socioemocional 393 redenção 550 redes sociais 543 494 594595 redução calórica 580581 redutos de adolescentes 448 refeição em família 359 referenciamento social 161 225 reflexos 136 177t locomotores 155 marcha automática 163 posturais 155 primeiros 155 156t157 reforço 63 301302 refugiados preconceito e 368 Reggio Emilia abordagem de 277 regras fonológicas 195 regulação mútua 225 relacionamentos Ver também casamento amorosos 442444 com filhos maduros 559561 consensuais 555559 de adultos com os pais 487488 homossexuais 497498 558 559 628 IE e 470 importância social 623 íntimos 494496 íntimos fundamentos dos 494 496 na adolescência 436 na terceira infância 554555 na velhice 622624 não conjugais na velhice 627630 qualidade de vida e 555 saúde e 459460 645 sociais importância dos 623 relações espaciais 324325 relações gramaticais 197 relações positivas com os outros 552553 553t religião saúde e bemestar influen ciados pela 611 relógio social 491 547 reserva cognitiva 592 reserva orgânica 581 resiliência 240 530 egoresiliência 493 548549 549t em crianças e adolescentes 381 382 381t na terceira infância 378382 no luto 640 resolução de conflito relações entre irmãos e 367 ressonância magnética imageamen to por 479 582583 responsividade parental 173174 retirada do amor 302 revolução da mortalidade 637 risada 210 riscos assumir com os pares 442 interações na rede neuronal 393 no sexo 429431 uso de álcool 458 risedronato 525 RNA mensageiro mRNA 88 RNA polimerase 88 Roacutan 115 roteiro 269 550 roteiros de generatividade 550 rotinas de manuseio 164 rubéola 106 117118 sabedoria 600601 607 salas de batepapo chat 443 satisfação na vida 552553 623 Saturday Night Live 614 saúde apoio social e 459461 atividade física 587588 coabitação e 460 efeitos da religião ou espiritualida de na 611 emoções e 528 estresse 529530 gênero e 523527 influência ambientais na 255 259 influência do casamento na 460 557558 influência genética na 454 influência indiretas na 458461 influências comportamentais na 454458 521522 influências do estilo de vida na 587589 integração social e 459460 na meiaidade 519530 na segunda infância 252259 na velhice 586594 no início da vida adulta 453462 no modelo dos cinco fatores 492 NSE e 255257 459 521523 nutrição e 587589 personalidade como indicador de 608 pobreza e 459 raçaetnia e 255257 459 522 523 relacionamentos e 459460 645 tendências na meiaidade 519 522 saúde física na adolescência 394404 na meiaidade 519528 na velhice 586589 saúde mental enfrentamento e 609611 na adolescência 394404 na meiaidade 529530 551554 na terceira infância 375382 na velhice 589594 positiva 551553 554 problemas emocionais comuns 375377 problemas no início da vida adulta 461462 relações familiares e 437438 técnica de tratamento 377378 saúde mental positiva 551554 SCHIP Ver State Childrens Health Insurance Program SCID Ver imunodeficiência grave combinada SCR Ver sarampocaxumbarubéola vacina contra secular tendência 391 391392 segregação de gênero 300 segunda infância 3839 40t alergias alimentares 254255 amizades 310 avanços cognitivos 259t colegas 310 comportamentos que exigem atenção 305308 crescimento e transformações do corpo 246248 247248t desenvolvimento artístico 251 252 251f 5PapaliaIndiceremissivo2indd 797 5PapaliaIndiceremissivo2indd 797 010213 1716 010213 1716 798 Índice Remissivo desenvolvimento da gramática e da sintaxe 273 desenvolvimento da linguagem 272276 desenvolvimento do cérebro 249250 desenvolvimento do vocabulário 272273 desenvolvimento físico 246252 educação 276279 fala particular 273274 formação e retenção da memória 268270 habilidades motoras finas 250 251 habilidades motoras gerais 249 251 250251t medo 307308 mortes e ferimentos acidentais 255257 256f 257f padrões de sono e problemas na 247250 247249t pragmática e fala social 273274 prevenção da obesidade 252253 relacionamento com irmãos 308 309 relacionamento com outras crianças 308310 saúde e segurança 252259 semteto 257258 subnutrição 253254 taxas de sobrevivência 256257 256f teoria da mente 264267 segunda língua aprendizagem da 340 segundo casamento 507 na velhice 626 tornarse avôavó após 565566 segurança na segunda infância 252259 prevenção de queda 584585 585t segurança alimentar 254 seguro saúde para jovens adultos 453 seleção randômica 71 self desenvolvendo o autoconceito e desenvolvimento cognitivo 284285 autoestima 285286 356357 desenvolvimento do autoconcei to 356 emoções 286288 iniciativa vs culpa 288 self real 286 356 senescência 576577 senescência programada 576577 Senior Corps 617 sensibilidade à luz 514 senso de identidade 227228 sepse neonatal 256 sequência numérica estimativa de 327 seriação 325 Serviço de Saúde Pública 155 serviços de proteção 239240 sexo assumir riscos no 429431 casual 462463 extraconjugal 500 oral 432 primário características do 389 389390 sexualidade fontes de informação sobre 431 na adolescência 427435 na meiaidade 417t 517519 no início da idade adulta 462 463 SFA Ver síndrome fetal alcoólica SIDS Ver síndrome da morte súbita infantil sífilis 432 432f significado das palavras subgeneralizado 197 supergeneralizado 198 sildenafil Viagra 519 sinapses 153 síndrome da depressão 462 síndrome da imunodeficiência adquirida AIDS 117 149 257 432 575 síndrome da morte súbita infantil SIDS 145 145146 síndrome da porta giratória 561 síndrome de tensão prémenstrual STPM 463464 síndrome do bebê sacudido 238 síndrome do ovário policístico 464465 síndrome do triplo X 96t síndrome do X frágil 96t síndrome fetal alcoólica SFA 115 115116 single representations 286 sintaxe 197 273 na terceira infância 338339 sistema límbico 211 sistema nervoso central 150151 sistema nervoso central instabilida de do 136 sistema parassimpático 211 sistema simpático 211 sistemas de ação 159 251 sistemas de desenvolvimento 101 sistemas representacionais 285 356 Situação Estranha 220 221 222 sobrepeso no início da vida adulta 454455 sobreviventes 579 Social Readjustment Rating Scale 529 socialização 225 227 228 231 232 294 319 629 socialização cultural 427 Sociedade do Chapéu Vermelho Red Hat Society 552553 Sociedade para a Pesquisa do Desen volvimento da Criança 82 Sociedade para a Restrição da Calo ria 580 solução de problemas cognição na velhice e 596 contexto social da 533534 especialização e 533534 suicídio e 404 sonambulismo 249250 sonho molhado 391 sono aprendizagem e 457 depressão e 457 estresse e 456457 habilidades motoras e 457 na adolescência 395 na terceira infância 316317 na velhice 584585 no início da vida adulta 456457 padrões da segunda infância e problemas do 247250 247 249t padrões em recémnascidos 136 sons discriminação de 194 sorriso antecipatório 210 sorriso social 210 SRY gene 89 SSRIs Ver inibidores seletivos de recaptação da serotonina STAT Ver Teste de Aptidões Triárqui cas de Sternberg State Childrens Health Insurance Program SCHIP 256 453 STPM Ver síndrome de tensão pré menstrual subnutrição 253254 suicídio 403404 403f 462 648 650 649f 650651t suicídio assistido 652 652653 sulfas 115 superego 59 surfactante 140 tabaco 400402 tabagismo 400402 baixo peso natal e 139 139 gravidez e 116 mal de Alzheimer e 592 mortes por câncer e redução do 586 no início da vida adulta 457 458 parentalidade e 258 programas de interrupção 458 tae kwon do 584585 talassemia 94t 97 talidomida 115 tamanho da classe 344 tamoxifeno 526 tanatologia 637 tarefas de desenvolvimento 490 tato 158 taxas de mortalidade 574 taxas de mortalidade materna 129 129f TaySachs doença de 93 94t 97 TC Ver Transtorno de conduta TDAH Ver transtorno de déficit de atenção e hiperatividade TDO Ver transtorno desafiador opositivo técnicas indutivas 302 tecnologia de reprodução assistida TRA 465467 tecnologias de reprodução artificial TRA 464465 Teen Outreach Program TOP 435 televisão crianças pequenas vendo 186 187 desenvolvimento atencional e 185 telômeros 576577 temperamento 105 213 adaptação e 215 apego e 222 creche e 235 estabilidade 214215 no desenvolvimento psicossocial 213216 padrões 213214 214t tempo de reação visual 186 teoria 56 bioecológica 60t61t 67 200 238 da aprendizagem 198199 da aprendizagem social 60t61t 65 198 373 da atividade 612 612613 da continuidade 613 da seleção sexual 291 da seletividade socioemocional 555 555f 614 622 da taxa de vida 578 580 das inteligências múltiplas 336 336337 de contato social 554555 622 623 de programação genética 576 577 de taxas variáveis 576577t 576577 576578 do apego 60t61t do comboio social 554 622 do desengajamento 612 do desenvolvimento cognitivo 292293 do desgaste 576577 do esquema de gênero 293 293 294 do processo da identidade IPT 548549 548550 do radical livre 578 dos estágios cognitivos 60t62t 6466 65 dos sistemas dinâmicos TSD 163164 164 ecológica da percepção 162 162163 endócrina 576577 imunológica 576577 neopiagetianas 67 social e cognitiva 6465 293 sociocultural 60t61t 66 66 triangular do amor 495 triárquica da inteligência 337 337338 468469 teoria da mente 264 atenção social e 266 autismo e 154 desenvolvimento da linguagem e desenvolvimento da 266 desenvolvimento do cérebro e 266 5PapaliaIndiceremissivo2indd 798 5PapaliaIndiceremissivo2indd 798 010213 1716 010213 1716 Índice Remissivo 799 diferenças individuais no desen volvimento da 266267 segunda infância e 264267 teoria evolucionista do envelhecimento 576577 o brincar e a 297 teorias piagetianas abordagem do processamento de informação 187190 332333 aptidões imitativas 179181 avaliação 181183 conhecimento de objetos e símbo los nas 181183 maturação cognitiva 404406 principais desenvolvimentos do estágio sensóriomotor 180t subestágios do estágio sensório motor 176 177t 178179 terceira infância e 324328 TEPT Ver transtorno do estresse póstraumático terapia antiviral altamente ativa 463464 terapia cognitivocomportamental 378 585 terapia comportamental 377 da perda 641 de reposição hormonal TRH 526 526527 familiar 377 gênica 98 lúdica 378 medicamentosa 378 teratógeno 113 terceira infância 3839 40t abordagem do processamento de informação e 329333 abordagem piagetiana à 324328 abordagem psicométrica à 332 338 agressão e bullying 371375 amizades 370371 autoestima 356357 avanços cognitivos 324327 325t brincadeiras físicas 318320 comportamento prósocial 357 358 condições clínicas na 322324 crescimento emocional 357358 desenvolvimento do autoconcei to 356 desenvolvimento do cérebro 317318 318f 333334 desenvolvimento físico 316320 317t desenvolvimento motor 318320 319t escolarização 341346 estresse e resiliência 378382 família 358368 grupo de amigos 368375 leitura e escrita 340341 nutrição e sono 316317 pobreza 361 popularidade 369370 problemas emocionais 375377 relacionamento com irmãos 367 368 saúde mental 377382 tempo de interação com a mídia 373 terríveis dois anos 228 229t 230 terrores no sono 248249 terrores noturnos 248249 terrorismo falando com as crianças sobre 380 íntimo 506 terrorismo íntimo 506 testamento em vida 650652 Teste de Aptidão Escolar OtisLen non OLSAT8 332333 Teste de Aptidões Triárquicas de Sternberg STAT 337 337338 Teste de Avaliação do Desenvolvi mento de Denver 160 Teste de Estresse de Mudanças na Vida 529 Teste de Inteligência Emocional de MayerSaloveyCaruso MSCEIT 470 testes ajustados ao conteúdo cultu ral 335 testes culturalmente justos 335 testes de desenvolvimento 173 Testes de Pensamento Criativo de Torrance 349 testes dinâmicos 338 testes genéticos 9799 testes livres de aspectos culturais 335 testículos 87 testosterona 387 519 tetraciclina 115 timerosal 155 timidez 215216 tipificação de gênero 219 289 TOC Ver transtorno obsessivo compulsivo Todo Mundo em Pânico filme 373 tomografia por emissão de pósitron PET 74 592 593 TOP Ver Teen Outreach Program toxoplasmose 118 TRA Ver tecnologias de reprodução artificial tecnologia de reprodução assistida trabalho aposentadoria precoce 535536 complexidade 479 537 crescimento cognitivo no 478 479 537 de parto 130 educação combinada com 478 479 educação do adulto e 537 impacto sobre os pais 360361 ingresso no mundo do 477479 mulheres no 233234 234f 360361 440 na adolescência 417 418 na velhice 535538 nível educacional superior 478 479 478479f no início da vida adulta 474479 provisório 535536 transição para o 479 voluntário 617 traços modelos de 491 544 traços do Big Five 491f 492 544 608 transbordamento hipótese do 479 transcendência 544 600 transcultural pesquisa 76 transdução 260262 transferência de óvulo 465466 transferência intermodal 185 transferência intratubária de gametas GIFT 466467 transformações numéricas 262263 transgêneros 462463 transição menopáusica 517 transmissão genética Ver também hereditariedade herança dominante e recessiva 9091 influências ambientais 9293 padrões 9093 transmissão multifatorial 92 transtornos da alimentação fatores de risco e sintomas 397t na adolescência 396399 no início da idade adulta 455 tratamento e consequências 398 399 transtornos bipolar 402 da ansiedade generalizada 376 da compulsão alimentar 398 da conduta TC 376 da personalidade relação entre abuso de álcool e drogas e 462 de ansiedade de separação 376 de déficit de atençãohiperati vidade TDAH 92 114 346 347 347348 347f depressivo maior 462 desafiador de oposição TDO 376 do estresse póstraumático TEPT 530 hipercinético 116 obsessivocompulsivo TOC 376 trauma estresse causado por 530 no nascimento 134 reação de crianças 380 reações relacionadas á idade 379t treinamento cognitivo 594595 TRH Ver terapia de reposição hor monal trissomia21 97 Ver também síndrome de Down troca de código 202 troca de gêneros 551 tronco encefálico 200 tsunami de 2005 no sudeste asiático 641 tuba uterina 87 464465 tubo neural defeitos do 94t 114 Turner síndrome de 96 96t ultrassom 111 112 121t UMV Ver unidades de mudanças na vida união dos opostos 544 unidades de mudança na vida UMV 529 529t uniões consensuais 498 uniões informais 498 uso do tempo 436 usuários ativos de mídia 276 vacina contra difteriacoqueluche tétano DCT 146 vacina contra sarampocaxumba rubéola SCR 146 vacinação 155 Ver também imu nização variáveis 7779 dependente 78 independente 78 VBAC Ver parto vaginal após ce sariana velocidade de processamento da informação visual 514 vernix caseosa 134 Viagra 519 vida adulta Ver também início da vida adulta vida adulta tardia vida adulta intermediária atitudes em relação à morte e ao morrer 644 dentro de casa 488 488f influências sobre os caminhos para a 484485 perda de um dos pais na 645 647 646t relacionamento com os pais 487 488 vida adulta intermediária 3839 41t abordagens teóricas 543547 alfabetização e 537538 alterações físicas estruturais e sistêmicas na 516 alterações físicas na 514519 amizades 559 aprendizagem 537538 atividade sexual 519 casamento na 555556 cérebro na 515516 coabitação na 556 cognição adulta na 532535 como construto social 512513 criatividade na 534536 definição 512 desenvolvimento cognitivo na 531538 desenvolvimento da identidade na 548551 divórcio 556557 estresse 527528 funções sensorial e psicomotora 514515 funções sexuais e reprodutivas 517519 517t influência comportamentais na saúde na 521522 influências da raçaetnia na saúde 522523 5PapaliaIndiceremissivo2indd 799 5PapaliaIndiceremissivo2indd 799 010213 1716 010213 1716 800 Índice Remissivo influências do NSE na saúde 521523 medida da aptidão cognitiva na 531533 modelo do momento dos eventos 547 modelos de estágio normativo e 544546 modelos de traços 544 relacionamento com filhos madu ros 559561 relacionamento com irmãos 564 relacionamento com pais idosos 562564 relacionamento homossexual 558559 relacionamentos 554555 satisfação com a vida na 552553 saúde física 519528 saúde mental na 529530 551 554 taxas de suicídio na 649 650t tendências de saúde 519522 tornarse avôavó na 564566 trabalho e educação 535538 trajetória de vida na 542 vida adulta legal 452 vida adulta na casa dos pais 488 488f vida adulta tardia 3839 41t alterações físicas 581586 alterações na capacidade de processamento 596597 alternativas de moradia 620622 621t amizades 628 aposentadoria 614617 bemestar 609614 bisavós 631632 casamento na 624626 625f coabitação na 627 condição de saúde 586 condição financeira 617 demência 589590 depressão 589 desenvolvimento cognitivo 594 601 desenvolvimento da personalida de 606608 desnutrição 581 diversidade étnica de adultos mais velhos 573 divórcio e novo casamento 626 envelhecimento da população 572573 573f 600 esquemas de vida 618622 618f estabilidade e mudança na 607 608 estilos de vida e relacionamentos não conjugais na 627630 famílias multigeracionais 623 624 funções sensoriais e psicomotoras 583585 funções sexuais 585586 laços de parentesco 629632 limites de expansão do ciclo de vida 579581 mal de Alzheimer 590594 maustratos contra os idosos 630 memória 597600 questões práticas e sociais relati vas ao envelhecimento 614622 relacionamento com filhos adul tos 629631 relacionamento com irmãos 631 relacionamentos homossexuais 628 relacionamentos pessoais 622 624 sabedoria 600601 saúde física 586589 saúde mental 589594 sono 584585 trabalho na 614617 traços de personalidade 607608 vida de solteiro na 627 viuvez 626 vivendo com filhos adultos 619 vivendo em instituições 619620 viver sozinho na 619 vida de solteiro 496 627 viés cultural 335 viés de atribuição hostil 372 Vila Sésamo 187 276 287 violência agressão e exposição a 373 agressão e testemunho de 307 casal situacional 506 de parceiro íntimo 506 juvenil 446447 na mídia 372374 373f namoro e 444 sinais de alerta 447 Virginia Tech massacre de 446 vírus da imunodeficiência humana HIV 117 149151 257 número de pessoas com 463464 risco de infecção 432 taxas de infecção 432 taxas de mortalidade 463464 visão159 binocular 159 dinâmica 514 Estratégica Global de Imunização 146 próxima 514 visitação 363364 vitamina D 114 vitamina E 518 592 vítimas de bullying 374 viuvez 626 644645 vocabulário desenvolvimento inicial 201 202 expressivo 197 na segunda infância 272273 na terceira infância 338339 passivo 196 vocações preparandose para as 416418 WAIS Ver Escala Wechsler de Inteli gência Adulta WHI Ver Womens Health Initiative WISCIV Ver Escala de Inteligência Wechsler para Crianças Womens Health Initiative WI 526527 WPPSIIII Ver Escala de Inteligência Wechsler PréEscolar e Primária ZDP Ver zona de desenvolvimento proximal ZIFT Ver transferência intrafalopiana do zigoto zigoto 86 composição hereditária 89 89f zoledrônico ácido 525 Zoloft 226 zona de desenvolvimento proximal ZDP 66 271 338 5PapaliaIndiceremissivo2indd 800 5PapaliaIndiceremissivo2indd 800 010213 1716 010213 1716